Proposta de Melhoria de Processos da SWB Soluções Integradas usando o MR-MPS e a abordagem PRO2PI
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- Luiz Fernando Cerveira Lemos
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1 Proposta de Melhoria de Processos da SWB Soluções Integradas usando o MR-MPS e a abordagem PRO2PI Josiane Brietzke Porto 1,2, Anna Carolina Pereira 1,3, Juliana Pohren 1,4 1 UFLA - Pós-graduação Lato Sensu a Distância em Melhoria de Processo de Software Caixa Postal 3142 CEP Lavras MG - Brasil 2 Qualità Informática Ltda Rua 16 de Julho, 42/607 CEP Porto Alegre RS - Brasil 3 SWB Soluções Integradas Cesário Alvim, 2258 CEP Uberlândia - MG - Brasil 4 Tlantic SI Av. Ipiranga, Prédio 96E - TECNOPUC - Porto Alegre RS - Brasil josiane_brietzke@hotmail.com, anna.carol.p@gmail.com, julianaph1@hotmail.com Resumo: Este artigo apresenta uma proposta de melhoria de processos da empresa SWB Soluções Integradas, utilizando o modelo de referência MR-MPS e o método PRO2PI-WORK. Logo após a identificação e avaliação de problemas e da situação atual dos processos de sua unidade organizacional são sugeridas ações de melhoria para seus processos de Verificação e Validação. 1. Introdução A avaliação do processo de software utilizado numa empresa segundo um determinado modelo de qualidade de processo busca verificar e determinar sua capacidade e maturidade para construir produtos de software com qualidade. A idéia básica destas avaliações é que a melhoria dos processos leve à melhoria do produto de software [Souza 2006]. Diante disto, empresas procuram avaliar seus processos não só com o objetivo de obter uma avaliação que comprove seu nível de qualidade, mas também identificar deficiências e melhorias nos seus processos, corrigindo falhas de forma a aprimorá-los continuamente [Porto 2007]. A partir deste cenário, este artigo apresenta uma proposta de melhoria de processos baseada no Modelo de Referência (MR-MPS) e na abordagem Perfil de Capacidade de Processo para Melhoria de Processo (PRO2PI) aplicada ao contexto de uma empresa brasileira cuja unidade organizacional consiste numa Fábrica de Software descrita na seção 2. Este artigo está organizado da seguinte forma: a seção 2 apresenta a organização; a seção 3 descreve o MR-MPS e a abordagem PRO2PI; a seção 4 apresenta uma análise da situação atual dos processos selecionados para avaliação; a seção 5 trata da proposta de melhoria destes processos; e por fim, a seção 6 trata das considerações finais. 2. Descrição da Organização A empresa SWB Soluções Integradas (SWB) localiza-se em Uberlândia - Minas Gerais e atua no mercado desde 1995 atendendo empresas dos mais diversos segmentos. Com o objetivo de melhorar seus processos, a SWB já realizou outras iniciativas de melhoria, porém muitas delas acabaram sendo abandonadas devido à falta de planejamento e alinhamento das necessidades da empresa, tornando essas iniciativas frustradas. Em 2007 através da iniciativa do SEBRAE e Trisoft, a empresa aderiu ao projeto de Melhoria de Processos Rumo ao MPS.BR, com o objetivo de avaliar a sua unidade organizacional Fábrica de Software SWB no nível F do MPS.BR em janeiro de Este projeto encontra-se em andamento e conta com o apoio da diretoria e comprometimento dos colaboradores, utilizando como referência o MR-MPS, o Rational Unified Process (RUP) [Rational 2003] e o PMBOK [PMI 2004] na implementação das práticas do modelo. 3. O MR-MPS e a Abordagem PRO2PI Esta seção apresenta uma visão geral do MR-MPS e da abordagem PRO2PI, que são adotados com referência para a elaboração desta proposta de melhoria de processos.
2 ProQualiti - Qualidade na Produção de Software 3.1 Programa de Melhoria de Processo do Software Brasileiro (MPS.BR) O MPS.BR é um programa do governo brasileiro que visa promover a qualificação de um grupo amplo de empresas compatível com os padrões de qualidade aceitos internacionalmente pela comunidade de software, a custos acessíveis para a grande maioria das empresas brasileiras [Corgosinho 2006]. Este programa está estruturado em três componentes tais como: Modelo de Referencia (MR-MPS), Modelo de Avaliação (MA-MPS) e Modelo de Negocio (MN- MPS). O MR-MPS é definido através de sete níveis de maturidade, seqüenciais e acumulativos. Cada nível de maturidade é uma junção entre processos e capacidade dos processos, ou seja, é composto por um conjunto de processos em um determinado nível de capacidade. Os processos e as capacidades dos processos foram descritos segundo as normas ISO/IEC e suas emendas 1 e 2, ISO/IEC e CMMI-DEV. O progresso e o atendimento do nível de maturidade se obtêm quando são atendidos todos os resultados e propósito do processo e os atributos de processo relacionados àquele nível. 3.2 Abordagem PRO2PI para Melhoria de Processo Conforme Salviano (2006), PRO2PI (Process Capability Profile to Process Improvement) é uma abordagem para melhoria de processos orientada a Perfil de Capacidade de Processo (PCP) e pode utilizar boas práticas de uma ou mais modelos de capacidade de processo (SW- CMM, ISO/IEC , icmm, CMMI-SE/SW, MR- MPS) e outros modelos de referência (ISO 9001, PMBOK, RUP, PNQ). O PCP, também chamado de PRO2PI, é alinhado com os objetivos e estratégias da organização e pode ser alterado em função de mudanças de objetivos e estratégias organizacionais. O PCP deve possuir, em grau suficiente, as propriedades de ser relevante, dinâmico, viável, sistêmico, representativo que são aplicadas ao perfil como um todo e, rastreável, específico e oportuno que podem ser aplicadas ou não a uma parte do PCP. A abordagem PRO2PI é composta por quatro elementos: PRO2PI-PROP - conjunto de oito propriedades citadas anteriormente; PRO2PI-MODEL - modelo que unifica os elementos das estruturas dos modelos de capacidade da maturidade; PRO2PI-MEAS - conjunto de medições para PRO2PI; e PRO2PI- CYCLE - processo para um ciclo de melhoria de processo. PRO2PI-CYCLE é um ciclo de seis fases seqüenciais e tem como objetivo realizar um ciclo de melhoria de processo orientada por um perfil de capacidade de processo (PRO2PI). Este ciclo inicia com a decisão e comprometimento da organização em realizar a melhoria, sendo essencial o alinhamento de atividades deste com objetivos e estratégias organizacionais para alcance da meta, que é a melhoria do negócio da organização. De acordo com a Figura 1, as fases que compõe o PRO2PI-CYCLE são: inicia ciclo de melhoria, avalia práticas correntes, planeja ações de melhoria, realiza ações de melhoria, prepara institucionalização da melhoria e institucionaliza a melhoria. Figura 1 Ciclo de Melhoria de PRO2PI e Fases do Método PRO2PI- WORK 58
3 Proposta de Melhoria de Processos da SWB Soluções Integradas usando o MR-MPS e a abordagem PRO2PI O método PRO2PI-WORK realiza as atividades do ciclo de melhoria para micro e pequenas empresas intensivas em software, com processos de baixa capacidade e que queiram iniciar um ciclo de melhoria o mais breve possível, investindo poucos recursos e com resultados em curto prazo. Tem como estratégia identificar melhorias importantes para a organização e que possam ser implementadas pelos seus próprios recursos e tenham resultados em 4 a 6 meses. O propósito deste processo é estabelecer um perfil de capacidade de processo como indutor de um ciclo de melhoria de processo, conforme Figura 2. Segundo Salviano (2006), a estratégia para definição deste perfil é baseada em informações relevantes da organização (pontos fortes, fraquezas, oportunidades, ameaças e objetivos de negócio), que servem de subsídios para uma decisão subjetiva e coletiva, análise de um conjunto de áreas de processo em relação à organização e escolha das áreas de processo. O PRO2PI-WORK permite a escolha de áreas de processo de vários modelos ou mesmo a definição de novas áreas. Por se tratar de um método simples é viável e útil para organizações de software com processos de baixa capacidade, ou seja, até o nível 3 de capacidade. A seção seguinte apresenta a aplicação do método PRO2PI-WORK juntamente com o MR-MPS no contexto da Fábrica de Software SWB. 4. Contexto de Melhoria A Fábrica de Software SWB apresenta como resultados da análise SWOT [Humphrey 2004]: (i) Pontos fortes: pessoas capacitadas e motivadas, preocupação com a qualidade do produto final e comprometimento dos colaboradores com o processo e com a satisfação do cliente; (ii) Fraquezas: falta de padrão institucionalizado, grande rotatividade de recursos gera altos custos de capacitação, pessoas executam mais de um papel, gerando sobrecarga em uns e ociosidade em outros; (iii) Ameaças: comoditização da prestação de serviços de desenvolvimento, alta rotatividade de pessoal, sendo assimilados por grandes corporações e concentração de projetos em poucos clientes; (iv) Oportunidades: diferenciação através de avaliações de qualidade e definição de processos e de papéis, levando a maior qualidade do produto. Além disto, apresenta os seguintes problemas: falta de disponibilidade da alta direção em acompanhar atividades do projeto de melhoria de processos, abandono dos processos em projetos críticos, falta de priorização nas atividades da área de melhoria de processos. Figura 2 Fases e atividades do método PRO2PI- WORK 59
4 ProQualiti - Qualidade na Produção de Software Como são testados os produtos - Equipe Técnica Não são testados Teste superficial antes da entrega Testes unitários Testes de integração Testes de sistema Dois dos testes anteriores Todos os testes anteriores Outras (ainda não passei por esta etapa) Figura 3 Situação atual dos testes na Fábrica de Software SWB Com a adoção do MPS.BR Nível F, já são percebidos resultados satisfatórios e conforme os resultados de uma pesquisa conduzida com os colaboradores desta unidade organizacional observaram-se também a necessidade de melhorar os processos de Validação (VAL) e Verificação (VER) conforme resultados apresentados na Figura 3 e Tabela 1. Em relação aos testes, notou-se uma grande confusão de conceitos na organização e a grande maioria dos desenvolvedores testa o seu próprio código. Portanto, em paralelo com a implantação do MPS.BR Nível F, a empresa planeja iniciar a melhoria dos processos de VAL e VER em novembro de 2008, pois as práticas referentes aos demais processos do Nível F já estarão implantados e em utilização nos projetos da empresa. Diante deste contexto e conforme Corgosinho (2006) justifica-se a seleção do MR-MPS versão 1.2 e os processos de VAL e VER do Nível D (Largamente Definido) como base para esta proposta melhoria, pois permitem a antecipação da definição e implementação de práticas na organização, além de uma orientação para tratamento dos problemas e pontos destacados. Conforme MPS.BR (2007a), o propósito de VAL é confirmar que um produto ou componente do produto atenderá a seu uso pretendido quando colocado no ambiente para o qual foi desenvolvido. Já o propósito de VER é confirmar que cada serviço e/ou produto de trabalho do processo ou do projeto atende apropriadamente os requisitos especificados. A situação atual destes processos e seus resultados esperados obtidos através de uma pesquisa e entrevistas com os colaboradores são apresentados na Tabela 1. Considerando o cenário atual apresentado na Tabela 1, observa-se que os processos VAL e VER encontram-se no nível de capacidade 0 Incompleto de acordo com os níveis de capacidade da ISO/IEC [ISO/IEC ], pois o propósito destes processos não é satisfeito pela unidade organizacional atualmente, onde apenas alguns dos produtos de trabalho ou resultados dos processos são identificados. A seguir, na Tabela 2 é apresentada a relevância atual destes processos na Fábrica de Software SWB. Tabela 1. Situação Atual dos Processos de Validação (VAL) e Verificação (VER) Resultados Esperados VAL1. Produtos de trabalho a serem validados são identificados. Cenário Atual Inexistência de uma atividade e/ou critérios definidos para identificação dos produtos de trabalho a serem validados. Alguns produtos de trabalho são validados durante o ciclo de desenvolvimento de software. 60
5 Proposta de Melhoria de Processos da SWB Soluções Integradas usando o MR-MPS e a abordagem PRO2PI Resultados Esperados VAL2. Uma estratégia de validação é desenvolvida e implementada, estabelecendo cronograma, participantes envolvidos, métodos para validação e qualquer material a ser utilizado na validação. VAL3. Critérios e procedimentos para validação dos produtos de trabalho a serem validados são identificados e um ambiente para validação é estabelecido. VAL4. Atividades de validação são executadas para garantir que os produtos de software estejam prontos para uso no ambiente operacional pretendido. VAL5. Problemas são identificados e registrados. VAL6. Resultados de atividades de validação são analisados e disponibilizados para as partes interessadas. VAL7. Evidências de que os produtos de software desenvolvidos estão prontos para o uso pretendido são fornecidas. VER1. Produtos de trabalho a serem verificados são identificados. VER2. Uma estratégia de verificação é desenvolvida e implementada, estabelecendo cronograma, revisores envolvidos, métodos para verificação e qualquer material a ser utilizado na verificação. VER3. Critérios e procedimentos para verificação dos produtos de trabalho a serem verificados são identificados e um ambiente para verificação é estabelecido. VER4. Atividades de verificação, incluindo testes e revisões por pares, são executadas. VER5. Defeitos são identificados e registrados. VER6. Resultados de atividades de verificação são analisados e disponibilizados para as partes interessadas. Cenário Atual Alguns projetos possuem planejamento e execução de prototipação por solicitação do cliente ou quando o gerente de projeto considera necessário. Existem planejamento e execução de teste de aceitação pelo cliente, tendo o apoio de um plano de testes em alguns casos. Em alguns projetos também ocorre o teste unitário, que é apoiado por um checklist padrão que pode ser adaptado para o projeto em questão. Além disto, os testes de integração e de sistema acontecem na maioria dos projetos. Não são observados critérios e procedimentos para validação dos produtos de trabalho nem existe uma preparação de um ambiente para validação. As atividades de validação existentes são executadas conforme planejadas no cronograma do projeto. Especificações de casos de testes e procedimentos de testes não são adotadas. Os testes são executados conforme o plano de testes. Os problemas encontrados durante os testes são registrados numa planilha e no caso de protótipos, não ocorrem registros. O gerente de projeto avalia os resultados superficialmente e sem registro. As demais partes interessadas são envolvidas nesta análise. Não são observadas evidências de análise e tomada de decisão de que os produtos de software estão prontos para o uso e aceitos. Não há identificação dos produtos de trabalho a serem verificados. Apenas testes são observados como prática de verificação nos projetos da organização. Não há critérios, procedimentos e ambiente para verificação estabelecido na organização. Nenhum tipo de revisão é realizada em produtos de trabalho. Os testes são executados pelos próprios desenvolvedores dos projetos sem casos de testes, O Plano de Testes é realizado por alguém da Equipe de Projeto (Gerente de Projeto, Líder de Projeto ou Desenvolvedor). Os defeitos encontrados pela equipe do projeto são identificados e registrados em uma planilha. Não há registro de análise de resultados de verificação. 61
6 Importância Alta: A qualidade do produto final é uma premissa corporativa, além de existir comprometimento com a satisfação do cliente e neste caso, o objetivo da validação é garantir que o produto correto está sendo desenvolvido. Importância Alta: Idem ao processo de validação, já que o objetivo de verificação é garantir que o produto atende aos requisitos especificados, contribuindo também para a qualidade do produto final. ProQualiti - Qualidade na Produção de Software Tabela 2. Relevância Atual dos Processos VAL Impacto Alto: Insatisfação dos clientes pelo fato do produto não atender suas necessidades. Além de grande quantidade de problemas no produto final detectados pelo cliente, colocando em questão sua qualidade. VER Impacto Alto: Alto índice de retrabalho pelo fato dos defeitos serem identificados apenas no final do ciclo de desenvolvimento de software. Qualidade do produto final insatisfatória. De acordo com os resultados da Tabela 2 é possível construir o quadro de relevância da Figura 4 seguindo a abordagem PRO2PI. Também se observa a importância dos processos VAL e VER alinhando-os com os objetivos de negócio e a realidade da empresa. Figura 4 Quadro de Relevância 5. Proposta de Melhoria Nesta seção, metas e ações de melhoria são apresentadas para elevar o nível de capacidade dos processos de VAL e VER para o nível 1 Executado [ISO/IEC ] Metas As seguintes metas organizacionais são propostas em médio e longo prazo (6 a 12 meses): Aumento da satisfação geral dos clientes em 20%; Redução do retrabalho em 10%; Redução de problemas e defeitos detectados pelo cliente no produto final em 10% Ações de Melhoria As seguintes ações de melhoria são propostas: Planejamento: planejar a melhoria dos processos (cronograma, papéis, recursos, riscos, comunicação, medição e etc.), aprovando com a alta direção e demais envolvidos; Acompanhamento: acompanhar periodicamente a melhoria com a alta direção para comprometê-los e resolução de riscos, questões, análise de desempenho dos indicadores e metas propostas. Para viabilizar pode ser adotada a participação da maioria dos membros da alta direção e ferramentas de apoio como correio eletrônico, telefone, etc.; Sensibilização sobre VAL e VER: realizar evento para sensibilização dos colaboradores e alta direção sobre a importância destes processos nos projetos e na organização. Apresentar os principais conceitos de cada um dos processos para estimular o início da melhoria, buscando o comprometimento de todos para implementação destes processos; Criação de estrutura independente de VAL e VER: identificar na organização ou contratar profissional com habilidades, experiência e conhecimento para ser responsável por estes processos. Também disponibilizar um ou mais profissionais com experiência e conhecimento inicial (exemplo, estagiário) para a execução de atividades de testes; Definição e implementação dos processos de VAL e VER: o Conforme planejamento, os envolvidos nestes processos podem utilizar como referência o Guia Geral do MR-MPS [MPS.BR 2007a] e o 62
7 Proposta de Melhoria de Processos da SWB Soluções Integradas usando o MR-MPS e a abordagem PRO2PI Guia de Implementação Parte 4 Nível D [MPS.BR 2007b] do programa MPS.BR para desenvolvê-los na organização e com o apoio de uma consultoria, se for possível; o A partir das práticas atuais distribuir a resolução de lacunas entre os envolvidos nestes processos, criando canais de esclarecimento de dúvidas e validação das soluções. Se for o caso, prover treinamentos e encontros com consultoria; o Ferramentas: avaliar ferramentas para suportar a execução destes processos, principalmente para o registro e acompanhamento de defeitos encontrados e de preferência sem custo ou custo baixo e de fácil instalação e operacionalização; o Troca de experiência: buscar relatos e visitas em outras organizações, que já possuem estes processos implementados para troca de experiências e conhecimento; o Homologar os processos com a alta direção e na unidade organizacional buscando alinhamento e compromisso na execução dos processos e institucionalização; o Projetos piloto: selecionar projetos piloto e treinar os envolvidos nos novos processos e ferramenta de apoio, identificando ajustes e melhorias nestes processos; o Institucionalização: após conclusão do piloto e ajustes nos processos, executar os mesmos nos demais projetos da organização, conduzindo previamente treinamentos. 6. Considerações Finais Percebe-se na Fábrica de Software SWB uma cultura e um ambiente favorável à mudança e à melhoria de processos em virtude de estar em andamento no momento outra iniciativa de qualidade para alcance de nível de maturidade (MPS.BR Nível F). Embora, a falta de disponibilidade da alta direção tenha sido identificada como um problema neste contexto esperase que as melhorias propostas no acompanhamento do projeto acrescida das demais ações sugeridas de planejamento e sensibilização resolvam esta questão. Em relação aos processos de VAL e VER se observa que ambos são complementares, quando analisamos as atividades de Testes. Estes processos possuem objetivos diferentes, mas colaboram para a qualidade do produto de software. Outro ponto que se percebe neste contexto de melhoria é a alta importância dada para os Testes como prática de VAL e VER. Avaliando os resultados esperados destes processos, outras técnicas podem ser avaliadas para implementação nesta organização como cenários de casos de uso, revisão por pares, etc., além de melhorias na prática atual de prototipação. Nesta iniciativa de melhoria são observados alguns resultados preliminares obtidos pela organização como o melhor entendimento dos processos de VAL e VER, reconhecimento da importância destes processos nos projetos da organização para se obter produtos de qualidade e percepção pelos envolvidos da necessidade de garantir a entrega de um produto de acordo com as expectativas dos clientes e especificações. De acordo com o PRO2PI-CYCLE, esta iniciativa encontra-se atualmente na fase 3 (Planeja ações de melhoria) para que em novembro de 2008, as ações de melhoria sejam iniciadas, conforme previsto pela organização. O propósito desta fase 3 é analisar os resultados da avaliação, construir o plano de ação de melhoria dos processos de VAL e VER e preparar a organização para a execução destas ações. Observa-se também que o comprometimento dos colaboradores, a percepção da importância das práticas dos processos de VAL e VER e o apoio da alta direção serão fundamentais para o sucesso da implementação destes processos na unidade organizacional. Além disto, orienta-se que a melhoria dos processos da organização seja conduzida de forma contínua e granular de acordo com as suas necessidades e objetivos estratégicos, contribuindo cada vez mais para a satisfação dos clientes e qualidade dos produtos. 7. Referências Corgosinho, Cintya C. (2006) Implantando um Programa de Melhoria de Processos em uma Empresa de Médio Porte. Monografia de conclusão do curso de Pós-Graduação Latu Senso em Melhoria de Processo de Software, UFLA, Lavras, Humphrey, Albert S. (2004) The origins of the SWOT analysis model, in SWOT Analysis, by Alan Chapman, ISO/IEC (2003) The International Organization for Standardization and the International Electrotechnical Commission, ISO/IEC Information Technology Process Assessment, MPS.BR (2007a) Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro. MPS.BR Guia Geral, 63
8 Geral_V1.2.pdf. MPS.BR (2007b) Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro. MPS.BR Guia de Implementação Parte 4: Nível D (Versão 1.1), de_implementacao_parte_4_v1.1.pdf. PMI - Project Management Institute (2004) A Guide to the Project Management Body of Knowledge, PMBOK Guide, Third Edition. Porto, Josiane Brietzke et al. (2007) A Experiência de Avaliação MPS.BR Nível F na Qualità, Revista ProQualiti Vol. 3, N. 3. Rational, Software Corporation (2003) RUP Rational Unified Process, Version Salviano, Clênio F. (2006) Uma Proposta Orientada a Perfis de Capacidade de Processo para Evolução da Melhoria de Processo de Software, Tese Doutorado, FEEC-Unicamp. Souza, Adriana S. de et al. (2006) Diagnósticos Concorrentes de Processos de Software no Modelo de Negócio Cooperado do MPS.BR, Revista ProQualiti Vol. 2, N. 2. ProQualiti - Qualidade na Produção de Software 64
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