ICMS Ecológico. Uma experiência brasileira de Pagamento por Serviços Ambientais. Wilson Loureiro
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- Zilda Ana Luísa Barateiro Affonso
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1 ICMS Ecológico Uma experiência brasileira de Pagamento por Serviços Ambientais Wilson Loureiro Seminário Nacional sobre Pagamentos por Serviços Ambientais, 6, 7 e 8 de abril de 2009 Brasília Ministério do Meio Ambiente
2 Onde existe? ESTADO ANO CRITÉRIOS AMBIENTAIS Biodiversidade (%) Demais critérios (%) Paraná ,5 2,5 São Paulo ,5 0,0 Minas Gerais ,5 0,5 Rondônia ,0 - Amapá ,4 - Rio Grande do Sul ,0 ( 1 ) - Mato Grosso ,0 2,0 Mato Grosso do Sul ( 2 ) ,0 - Pernambuco ,0 5,0 Tocantins ,5 9,5 Acre ( 3 ) Rio de Janeiro ( 4 ) ,125 1,375 Goiás ( 5 ) ,0 - Ceará ,0 Fonte: Legislações estaduais. Notas: ( 1 ) No caso do RS, o critério é território multiplicado por três onde houver áreas protegidas; ( 2 ) O MS esta debatendo reformulação na legislação em 2007; ( 3 ) Embora aprovado em 2004, esta em regulamentação em 2007; ( 4 ) Em fase de regulamentação e, ( 5 ) Aprovado Emenda Constitucional, em fase elaboração da legislação a ser enviada a Assembléia Legislativa.
3 Estados com anteprojetos de Lei tramitando, ou em debate Alagoas; Amazonas; Bahia; Espírito Santo; Pará; Paraíba; Santa Catarina; Sergipe; Piauí e, Rio Grande do Norte.
4 O que é o ICMS Ecológico? É a denominação de qualquer critério, ou um conjunto de critérios de caráter ambiental, utilizado para o cálculo do percentual que cada município de um Estado tem direito de receber quando do repasse de recursos financeiros do ICMS, definido na Constituição Federal.
5 O que é o ICMS Ecológico? Noutras palavras, os municípios brasileiros têm direito de receber parte de recursos financeiros arrecadados de impostos federais e estaduais. No caso dos impostos estaduais nos interessa é o ICMS, imposto que depois de arrecadado, deve se repartido, ficando 75% para o Estado que o arrecadou, e 25% ser destinado aos municípios.
6 A oportunidade do Critério ambiental está na CF Artigo 158 (da CF) Pertencem aos municípios (entre outros): IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadoria e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Parágrafo único- As parcelas de receita pertencentes aos municípios, mencionados no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios: I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicional nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; II - até um quarto, de acordo com o que dispuser a lei estadual ou, no caso dos territórios, lei federal.
7 O exemplo dos critérios de distribuição no Paraná
8 Critérios ambientais em utilização pelos Estados Conservação da biodiversidade: (Unidades de conservação, terras indígenas, comunidades tradicionais, recuperação de áreas degradadas e, conexão de fragmentos vegetais) Conservação dos solos Coleta, processamento e destinação adequada do lixo; Conservação dos mananciais de abastecimento; Controle de queimadas e combate a incêndios florestais; Organização de sistemas municipais de meio Ambiente; Conservação do patrimônio histórico.
9 Um exemplo prático, o da biodiversidade no Paraná Os município se beneficiam por possuírem seus territórios integrados por: Unidades de Conservação: Federais, estaduais,municipais, Públicas, privadas, parcerias. Reserva Particular do Patrimônio Natural RPPN; Terras Indígenas; Comunidade tradicional (Faxinais); Áreas (degradadas) em recuperação; Conectividade de fragmentos: Reserva legal e preservação permanente.
10 Procedimentos de cálculos? 1. Variáveis quantitativas AUC CCB = * FC, sendo: AM CCB - AUC - AM - FC - Coeficiente de Conservação da Biodiversidade; Área da unidade de conservação e/ou Área do município Fator de Conservação (função de # categorias de manejo) 2.Variáveis qualitativas (princípio do gabarito vertical - incremental) CCBI = (CCB + CCB * Variação da qualidade da UC) * P, sendo: CCBI = Coeficiente de Conservação da Biodiversidade por Interface da unidade de conservação com o Município (total ou parcial) 3. Índice percentual que cada município tem direito de receber Índice Biodiversidade Municipal = ( CCBImunicipal/ CCBIEstadual) * 100
11 Uma aplicação em campo!
12 Resultados Áreas protegidas Até 1991 Até jun 2007 Incremento (%) Unidades de conservação federais , ,10 22,29 Unidades de conservação estaduais , ,05 718,05 Unidades de conservação estaduais 8.485, , ,45 Terras indigenas , ,44 2,14 Reserva Particular do Patrimônio Nat ,27 - Faxinais ,73 - Preservação permanente ,69 - Reserva Legal ,73 - Sítios especiais ,62 - Outras florestas de conexão ,62 - Total , ,06 163,00 Fonte: IAP/DIBAP-ICMS Ecológico. Nota: A par de ter sido utilizado como argumento para a criação, apenas a RVS dos Campos de Palmas esta cadastrada para efeito de crédito do ICMS Ecológico.
13 Resultados Melhoria da qualidade da conservação da biodiversidade; Justiça fiscal aos municípios que conservam; Modernização institucional: Reorientação das políticas públicas (precaução); Ações via corredores de biodiversidade; Organização de Sistemas Municipais de Meio Ambiente; Resgate das comunidades tradicionais; Reprodução e aprimoramentos nos Estados.
14 Observações e desafios O ICMS Ecológico não é panacéia, mas contribui muito de várias formas; Ampliar, otimizar e adaptar o ICMS Ecológico é fundamental: Integração institucional; Consolidação de programas fins; Adaptação aos Estados (cada caso é um caso); Leis genéricas; Garantir e ampliar a oportunidade dos critérios ambientais (ICMS Ecológico) na Reforma Tributária, associado ao fortalecimento dos municípios mais pobres.
15 Muito obrigado!
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