Rosangela Peixoto Santa Rita. Maceió,, 05 de junho de 2008
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- Teresa Lopes Belém
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1 A condição da criança a no espaço o penitenciário Rosangela Peixoto Santa Rita Maceió,, 05 de junho de 2008
2 Perfil Nacional Pesquisa 2006 Percentual de unidades femininas exclusivas e alas ou pavilhões no interior do complexo prisional masculino(42 (42 UE e 37UNE)
3 Estado Exclusiva Não Exclusiva Número de locais segundo a natureza da unidade prisional por Estado Acre - 1 Alagoas 1 - Amapá 1 - Amazonas 1 - Bahia 1 6 Ceará 1 4 Distrito Federal 1 - Espírito Santo 1 5 Goiás 1 7 Maranhão - 1 Mato Grosso 1 - Mato Grosso do Sul 6 - Minas Gerais 2 7 Pará 1 - Estrutura arquitetônica que contribui para violação de direitos Paraíba 2 - Paraná 2 - Pernambuco 2 - Piauí 2 1 Rio de Janeiro 3 - Rio Grande do Norte - 3 Rio Grande do Sul 2 - Rondônia 1 - Roraima - 1 São Paulo 7 - Santa Catarina 1 - Sergipe 1 - Tocantins 1 1 Total 42 37
4 Aspectos conjunturais e de omissão de gênero na execução penal feminina: -Agravantes do encarceramento feminino; - Crescimento da população penitenciária feminina (mudança da tipicidade e percentual); - Externalizações da prisão de mulheres. Particularidade da mulher presa: Ignorada na Agenda Pública Desafio concreto
5 Demonstrativo do percentual de unidades prisionais por modalidade de atendimento à criança 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 59,5% 20,0% 10,0 % 0,0% 21,6% 18,9 % Berçário Creche Outros
6 Centro de Reeducação Feminino Maria Júlia Maranhão Penitenciária Feminina de João Pessoa PB.
7 Centro de Inserção Social Consuelo Nasser Penitenciária Feminina de Goiânia GO.
8 Percentual do período de idade máxima para a permanência da criança Percentual do período de idade máxima para permanência da criança 2,0% 7,0% 2,0%2,0% 9,0% 15,0% 63,0% Até 4 m es es Até 6 mes es Até 1 ano Até 2 anos Até 3 anos Até 4 anos Até 6 anos
9 Creche Rio Grande do Sul Unidade Materno Infantil Rio de Janeiro Trânsito Amamentação São Paulo
10 Um pouco de questionamento: -Por que existem poucas unidades prisionais exclusivas para as mulheres? -Por que algumas só permitem a permanência da criança em companhia da mãe até os 4 meses? -Por que em outras não se permite a inserção do récem-nascido em ambiente de execução penal? -De quem é a responsabilidade de decidir sobre a permanência da criança? -O Ministério Público e o Poder Judiciário não precisam de uma atuação efetiva nas relações atrás das grades? -Qual o período de amamentação para que não haja uma dupla penalização para a mulher encarcerada? -Quais as condições objetivas para que a criança possa ficar junto com a mãe sob privação de liberdade?
11 -Os dados levantados ratificam a existência de populações que a sociedade e o Estado tentam esquecer, vivendo em situação de encarceramento e, confirmam o fato de que não vêm sendo desenvolvidos programas de ação a partir de uma abordagem que respeite a dignidade da pessoa humana; -Temática invisibilizada, silenciada, e ainda não pautada de forma efetiva na agenda pública; -As ações institucionais são diferenciadas e descaracterizadas de qualquer diretriz de política pública minimizadora de violação da dignidade da pessoa humana, não levando em conta as particularidades da mãe encarcerada; -A legitimação e reprodução da dominação masculina na instituição prisional são refletidos nos espaços de cumprimento de pena para a mulher; -Os instumentos legais e normativos de proteçao à mulher presa não são cumpridos na maioria dos estados brasileiros;
12 -Os espaços de berçário e creche em ambiente prisional não se regem pelos ditames da Política de Educação Infantil; -A maternidade apresenta-se dentro de um processo de ressignificação em ambiente prisional e serve para o abrandamento da pena e, por outro lado, é sentida como uma dupla penalização, tendo em vista o momento de separação da criança; A separação das crianças é sentida como uma das piores perdas na prisão, apesar de as mães também expressarem ambiguidades em relaçao à permanência dos seus filhos em ambiente de prisão; -A quebra dos vínculos familiares se dá de forma mais concreta em situações de encarceramento feminino; -As ações institucionais do encarceramento feminino confrontam-se com abuso de poder, ausência de garantias jurisdicionais e omissões do Estado para efetivação do respeito à dignidade da pessoa humana;
13 Para se reconhecer o respeito à dignidade da pessoa humana nesse contexto prisional importa também refletir sobre questões mais amplas de reformulações da política criminal e penitenciária, levantando possíveis alternativas que possibilitem uma execução penal feminina mais humanizada (ou amenizada do seu caráter degradante): -Revisão de processos legislativos; -desconstrução da idéia do crime em si mesmo; -políticas penitenciárias integradas com as diversas políticas públicas; - ampliaçao da participação da sociedade civil que pode contribuir para a visibilidade dessa realidade e para a mudança de paradigma na orientação de ações às mães e às crianças presas por tabela;
14 Deve-se ainda pensar: -Na necessidade de minimizar a ação discricionária da gestão prisional com a instituição de estratégias comuns para redirecionamento das ações institucionais, rumo a critérios objetivos; -Na definição de regras claras e uniformes quanto ao local adequado de cumprimento de pena de mulheres; quanto à consolidação da necessidade de permanência dos filhos junto às mães presas; quanto à definição científica sobre o limite mínimo de permanência da criança junto à mãe (regramento único quanto à estada, permanência e posterior encaminhamento das crianças); quanto à readequação dos espaços de atendimento infantil; quanto à inserçao de recursos humanos qualificados; quanto à preparação social e psicológica da mãe e da criança para o momento de separação e quanto à capacitação permanente dos servidores envolvidos na execução penal; -Programa de atendimento infantil política de educacão infantil / organizar rede de atenção às mulheres presas e seus filhos; -Na efetivação das garantias legais pelas interfaces das políticas da infância, da mulher, da saúde e da educação no contexto da execução penal.
15 Obrigada! Rosangela Peixoto Santa Rita Contatos por ou
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