A DIMENSÃO ECOLÓGICA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E IMPORTÂNCIA DO DIREITO FUNDAMENTAL À ÁGUA 1

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1 A DIMENSÃO ECOLÓGICA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E IMPORTÂNCIA DO DIREITO FUNDAMENTAL À ÁGUA 1 Luana Maíra Moura de Almeida 2 Eduarda Perini 3 Rodrigo Vieira Lamana 4 Suyan Pabline Almeida Siqueira 5 Resumo: O trabalho tem como objetivo analisar a dimensão ecológica do princípio da dignidade da pessoa humana, enquanto fundamento da República Federativa do Brasil. Busca investigar a importância do meio ambiente ecologicamente equilibrado para a realização dos direitos fundamentais. Perpassa a questão relacionada à qualidade de vida do ser humano, atrelada ao direito individual da vida e ao direito social da saúde. Traz contornos acerca da dignidade da pessoa humana, percorrendo as dimensões de direitos fundamentais para, enfim, enfrentar o direito difuso ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. O artigo analisa, ainda, a importância da água como direito fundamental, enquanto recurso natural tão indispensável para uma existência digna. Foi utilizado o método de abordagem dedutivo e de pesquisa bibliográfico. Do estudo percebe-se a relação entre o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e o direito de acesso à agua com a realização da dignidade, pois deles são dependentes outros tantos direitos fundamentais. Palavras-chave: Dignidade da pessoa humana, direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito fundamental à água. INTRODUÇÃO O trabalho, desenvolvido no decorrer do Projeto de Pesquisa intitulado Estado Socioambiental e Democrático de Direito e do Projeto de Extensão A Dimensão Ecológica da Dignidade da Pessoa Humana, coordenados pela Profa. Me. Luana Maíra Moura de Almeida, do Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)- Campus Santo Ângelo, discorre sobre a dimensão ecológica da dignidade da pessoa humana, revelando a influência do direito ao meio ambiente 1 GT 06: Direito, Cidadania e Cultura 2 Professora do Curso de Direito da Universidade Regional Integrada ao Alto Uruguai e Missões (URI), Campus de Santo Ângelo, mestre em Direito, coordenadora do Núcleo de Monografia e dos Projetos de Extensão e Pesquisa aceca da Dimensão Ecológica da Dignidade da Pessoa Humana e Estado Socioambiental e Democrático de Direito, respectivamente. luana.mmalmeida@gmail.com 3 Graduanda do 3º semestre no Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Campus Santo Ângelo-RS, pesquisadora bolsista. periniduda24@gmail.com 4 Graduando do 6º semestre no Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Campus Santo Ângelo-RS, rodrigolamana@live.com 5 Graduanda do 7º semestre no Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Campus Santo Ângelo-RS, estagiária na Procuradoria Nacional da Fazenda e pesquisadora bolsista do Projeto de Extensão A Dimensão Ecológica da Dignidade da Pessoa Humana. bine_suyan@hotmail.com 1

2 ecologicamente equilibrado para a realização da dignidade da pessoa humana. Para isso, inicialmente busca-se refletir acerca da dignidade da pessoa humana e o quanto as dimensões dos direitos fundamentais são importantes na sua construção. Por fim, procede o estudo acerca do direito fundamental de acesso à agua, analisando a legislação pertinente e ponderando a importância desse recurso natural finito, tão pouco valorizado e, muitas vezes, negligenciado às populações mais carentes. 1 CONTORNOS ACERCA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA O conceito de dignidade da pessoa humana é uma construção histórica, e ganhou força ao final da Segunda Guerra Mundial, por influência do filósofo alemão Immanuel Kant, que acreditava que o ser humano era o próprio fim em si mesmo. Ele conceituou como digno tudo aquilo que não pode ser valorado ou substituído. Sendo assim, todo ser humano usufrui de dignidade, pois não é um objeto, e sim um sujeito, com autonomia, liberdade, racionalidade e autodeterminação. Deixou também, outro grande legado, ao propor que a dignidade deve ser atribuída com igualdade a todos os seres humanos, independentemente de qualquer tipo de reconhecimento social (SARLET, FENSTERSEIFER, 2014b, p ). Muitos autores basearam-se em Kant ao definir o conceito de dignidade, assim como Maria Celina Bodin de Moraes que afirma que [...] será desumano, isto é, contrário à dignidade da pessoa humana, tudo aquilo que puder reduzir a pessoa (o sujeito de direitos) à condição de objeto" (MORAES, 2003, p. 85). A dignidade da pessoa humana se apresenta no ordenamento jurídico brasileiro, como fundamento da República Federativa do Brasil, no art. 1º, inciso III da Constituição Federal de 1988 (CF/88), insculpindo o Estado Democrático de Direito, que visa promover a justiça social e o respeito aos direitos e garantias fundamentais (BRASIL, 1988). A partir dela, os demais princípios surgem, com função de assegurar o livre e pleno desenvolvimento, individual, social e ecológico da vida de cada pessoa. Todavia, não se pode olhar para a dignidade como criação constitucional, e sim como própria do ser humano, não podendo ser renunciada ou alienada. A dignidade da pessoa humana foi o alicerce para o surgimento dos direitos fundamentais, positivados no texto constitucional, de modo que, especificamente no artigo 5º da Constituição Federal, estão garantidos os direitos individuais e as liberdades fundamentais. Outras dimensões de direitos fundamentais, contudo, podem ser percebidas no decorrer da Carta Magna, e, inclusive, no ordenamento jurídico brasileiro infraconstitucional, de modo a melhor 2

3 implementar a dignidade da pessoa humana. Desse modo, importa a análise das dimensões dos direitos fundamentais, para melhor compreensão do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e sua relevância para mesma. A Declaração dos Direitos do Homem, assinada em 1789 pelos franceses, abrangendo todos os seres humanos, já havia sido realizada pelos ingleses e americanos anos antes. Contudo, estes privilegiavam somente uma camada social que, logicamente, consubstanciavase naquela que detinha o poder. Os direitos do homem trazem consigo a liberdade e a dignidade humana. Os direitos fundamentais protegem o homem no âmbito nacional enquanto os direitos do homem o protegem no âmbito internacional. É dos direitos do homem que são extraídos os conteúdos dos direitos fundamentais (BONAVIDES, 2014, p ). As dimensões dos direitos fundamentais são: 1ª dimensão, relacionada aos direitos de liberdade, de índole individual; 2ª dimensão, relacionada aos direitos de Igualdade, de índole social; 3ª dimensão, relacionada aos direitos de fraternidade, de índole coletiva e 4ª dimensão, relacionada aos direitos de globalização, de índole universal. Os direitos da primeira dimensão são os civis e políticos reconhecidos no âmbito universal pelo fato de serem inerentes ao homem, oponíveis ao Estado, são as escolhas e características da pessoa humana e tem como sua maior característica a subjetividade sendo uma posição tomada pelo indivíduo para manter sua situação particular com relação ao Estado. São também conhecidos como os direitos negativos do cidadão em relação ao Estado, uma vez que limitam o poder do Estado diante do cidadão (BONAVIDES, 2014, p. 577). Os direitos da segunda dimensão são movidos pelo princípio da igualdade material, exigindo do Estado posturas ativas para implementação de necessidades mínimas para viver com dignidade. No que se refere à igualdade material, Norberto Bobbio afirma que todos os cidadãos devem ser tratados em uniformidade de oportunidades, podendo partir de um ponto comum. Nesse contexto a desigualdade se torna relevante, considerando tratamento desigual aos desiguais na medida de suas desigualdades (BOBBIO, 1997, p ). Segundo ele, [...] o princípio da igualdade das oportunidades, quando elevado a princípio geral, tem como objetivo colocar todos os membros daquela determinada sociedade na condição de participar da competição pela vida, ou pela conquista do que é vitalmente mais significativo, a partir de posições iguais (BOBBIO, 1997, p. 31). Correspondem a educação, saúde, emprego entre outros tantos que implementam condições de igualdade entre as pessoas, mesmo com a garantia 3

4 de suas liberdades. Com esse direito foi descoberto também o aspecto objetivo dos direitos fundamentais que funciona como um mandamento para o Estado. Os direitos de terceira dimensão, já no final do século XX, trazem consigo a fraternidade e surgiram de necessidades compartilhadas sobre o meio ambiente, a paz, a comunicação e ao patrimônio da humanidade. Esses são também nascidos do princípio da solidariedade. Paulo Bonavides refere que esses direitos são Dotados de altíssimo teor de humanismo e universalidade, os direitos da terceira geração tendem a cristalizar-se neste fim de século enquanto direitos que não se destinam especificamente à proteção dos interesses de um indivíduo, de um grupo, ou de um determinado Estado. Têm primeiro por destinatário o gênero humano mesmo, num momento expressivo de sua afirmação como valor supremo em termos de existencialidade concreta. [...] Emergiram eles da reflexão sobre temas referentes ao desenvolvimento, à paz, ao meio ambiente, à comunicação e ao patrimônio comum da humanidade (BONAVIDES, 2014, p ). Os direitos da quarta dimensão são os da globalização, as liberdades e o que se pode esperar do futuro. Segundo Paulo Bonavides, referem-se aos direitos [...] à democracia, o direito à informação e o direito ao pluralismo. Deles depende a concretização da sociedade aberta para o futuro, em sua dimensão de máxima universalidade, para a qual parece o mundo inclinar-se no plano de todas as relações de convivência (BONAVIDES, 2014, p. 586). Mas para Norberto Bobbio não se apresenta na quarta geração somente a globalização e a política, mas também as mudanças genéticas [...] já apresentam novas exigências que só poderiam chamar-se de direitos de quarta geração, referentes aos efeitos cada vez mais traumáticos da pesquisa biológica, que permitirá manipulações do patrimônio genético de cada indivíduo (BOBBIO, 2004, p. 05). A dignidade da pessoa, considerada como princípio fundamental e fundamento da República pela CF/88, artigo 1º, inciso III, é a chave dos direitos fundamentais. Então, se de alguma forma o ser humano for privado de algum desses direitos constitucionalmente consagrados, se acaba violando a própria dignidade humana. Portanto, a compreensão das as dimensões dos direitos fundamentais é necessária, para um melhor entendimento da importância do meio ambiente ecologicamente para a dignidade. 2 DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO Direitos fundamentais difusos são aqueles que ultrapassam a barreira de um único indivíduo e passam a pertencer a toda uma coletividade. São exercidos por todos e dependem 4

5 de sua efetivação para uma vida considerada digna. Segundo o Código de Defesa do Consumidor os direitos difusos são transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato (BRASIL, 1990). Sendo assim, o meio ambiente ecologicamente equilibrado é considerado um direito difuso, uma vez que está associado diretamente à qualidade de vida. De acordo com o artigo 225 da Constituição Federal, Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988). A Constituição atribuiu ao meio ambiente característica de direito fundamental, mesmo não tendo sido insculpido nos capítulos dos direitos individuais ou sociais. O mesmo impõe a proteção não apenas por parte do Poder Público, mas por todos os cidadãos, a fim de garantir que as gerações futuras não sofram impactos negativos decorrentes de danos causados, visto que os prejuízos podem ser irreparáveis. De acordo com Sarlet, Machado e Fensterseifer: Há, portanto, o reconhecimento, pela ordem constitucional, da dupla funcionalidade da proteção ambiental no ordenamento jurídico brasileiro, a qual toma forma simultaneamente de um objetivo e tarefa estatal e de um direito (e dever) fundamental do indivíduo e da coletividade, implicando todo um complexo de direitos (posições subjetivas) e deveres (dimensão jurídico-objetiva) fundamentais de cunho ecológico (SARLET; MACHADO; FENSTERSEIFER, 2015, p. 127). Estado e sociedade devem adotar o princípio da cooperação, com auxilio mútuo para garantir a preservação da natureza, para que, posteriormente, as futuras gerações também tenham a garantia do direito ecológico, fundamental à existência da espécie humana e, como se viu, diretamente vinculado à dignidade da pessoa humana. Nesses termos acaba por implementar os princípios da solidariedade e da fraternidade, marcas distintivas da terceira dimensão dos direitos fundamentais. Estes estão relacionados a uma vida saudável e são imprescindíveis à realização plena da dignidade social. Segundo Bonavides não se refere [...] especificamente à proteção dos interesses de um indivíduo, de um grupo ou de um determinado Estado. Têm por primeiro destinatário o gênero humano mesmo, em um momento expressivo de sua afirmação como valor supremo em termos de existencialidade concreta (BONAVIDES, 2006, p. 569). Portanto, imprescindível a solidariedade e cooperação, não só entre Estado e setores organizados da sociedade civil, mas também de todo cidadão, a fim de que essa mútua ajuda estabelecida possibilite a conservação 5

6 da natureza. Afinal, as futuras gerações ainda não podem fazer nada para auxiliar, mas devem ter o seu direito ao meio ambiente equilibrado garantido. Associado ao direito fundamental do meio ambiente ecologicamente equilibrado temse a dignidade da pessoa humana, princípio de um Estado Democrático de Direito e fundamento previsto na Constituição Federal, que também se encontra em sintonia com os direitos de cunho social. Nas palavras de Sarlet e Fensterseifer, O Estado de Direito, a fim de promover a tutela da dignidade humana rente aos novos riscos ambientais e insegurança gerados pela sociedade tecnológica contemporânea, deve ser capaz e conjugar os valores fundamentais que emergem das relações sociais e, através das suas instituições democráticas, garantir aos cidadãos a segurança necessária à manutenção e proteção da vida com qualidade ambiental, vislumbrando, inclusive, as consequências futuras da adoção de determinadas tecnologias (SARLET; FENSTERSEIFER in SARLET [Org.], 2010, p.17). É impossível garantir o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente com os altos índices de desigualdade social enfrentada pelos países, em que muitas pessoas morrem de fome devido à miséria enfrentada. A falta dos seus direitos mais básicos, importantes para a realização da sua dignidade, podem afetar direta e negativamente a construção de um ambiente ecologicamente equilibrado. Essa realidade está perceptível nos grades centros urbanos, em que os cidadãos com baixo poder aquisitivo vivem nas áreas mais deterioradas, próximo a lixões, rios contaminados e em encostas, barrancos que podem desmoronar, pondo em risco a sua própria vida. De tal maneira, Sarlet e Fensterseifer enfatizam que [...] os grupos sociais mais pobres têm os seus direitos sociais violados duplamente, tanto sob a perspectiva dos seus direitos sociais quanto em relação ao seu direito a viver em um ambiente sadio, seguro e equilibrado (SARLET; FENSTERSEIFER, 2014 a, p. 102). Percebe-se, portanto, que os mais vulneráveis à situação ambiental são os mesmos que ainda sofrerão os impactos da degradação, fator este que pode ser crucial para agravar ainda mais a sua condição de exclusão social. Sem que ocorra uma efetiva defesa dos direitos ambientais e sociais, não será possível a realização de uma vida plenamente digna a esses cidadãos. Contudo, a dignidade humana somente se torna viável com a presença de um ambiente equilibrado, que garanta a saúde dos seres vivos, fato que só é possível a partir de um mínimo existencial socioambiental. Sem que ocorra o cumprimento de medidas mínimas relacionadas à qualidade de vida e que garantam a defesa do meio ambiente, não é possível realizar a dignidade (SARLET; FENSTERSEIFER in SARLET [Org.], 2010, p.33). 6

7 O mínimo existencial diz respeito a todos os demais direitos, independentemente de serem fundamentais ou não, mas que garantam o exercício da cidadania. A miséria e pobreza, juntamente com a degradação ambiental, são fatores que violam a existência digna. Dessa maneira, o mínimo existencial deve garantir a efetivação dos direitos básicos do ser humano (SARLET; FENSTERSEIFER in SARLET [Org.], 2010, p. 31). Conforme Steigleder, imperioso que as pessoas possam ter acesso a [...] uma existência digna, ou seja, de um direito, por parte da sociedade, à obtenção de prestações públicas de condições mínimas de subsistência na seara ambiental, as quais, acaso desatendidas, venham a criar riscos graves para a vida e a saúde da população, ou risco de dano irreparável (STEIGLEDER, apud SARLET; FENSTERSEIFER in SARLET [Org.], 2010, p. 31). Segundo Sarlet e Fensterseifert a [...] noção de sustentabilidade deve ser tomada a partir dos eixos econômico, social e ambiental. Estes delimitam os três pilares do desenvolvimento sustentável. No aspecto econômico, a maioria dos países industrializados consomem muito mais do que aqueles em desenvolvimento. De tal forma, é importante que os países ricos se desenvolvam economicamente preocupados não só com o meio ambiente, mas também com a diminuição da desigualdade mundial (SARLET; FENSTERSEIFER, 2014 b, p. 98, grifo original). Em nível social, é necessário reparar a situação em que se encontram as populações carentes, para que elas alcancem os seus direitos mais básicos. Por fim, o pilar ambiental se refere à diminuição da degradação da natureza, através de ações como reciclagem e a produção limpa das empresas, com o uso de produtos que não agridam a qualidade do ar, do solo e das águas. Assim, o desenvolvimento dos países associado com a busca pela defesa da natureza tem também como objetivo o combate à pobreza, aliando o mínimo existencial com as questões ambientais, como é o caso do saneamento básico e acesso à água potável, uma vez que está relacionado à saúde humana e socioambiental. Sem que haja o cumprimento das políticas socais não há como ocorrer à completa preservação do meio ambiente. Caso isso não ocorra, são as populações dos países mais pobres que sofrerão com a imprudência dos países desenvolvidos e daquelas pessoas altamente consumistas. Os mais carentes, já prejudicados pela sua condição social, podem ainda ser os mais afetados por fenômenos como o aquecimento global, o que entra em choque com o princípio da dignidade 7

8 da pessoa humana, já que os mais desamparados com a degradação ambiental são os grupos menos favorecidos da sociedade. Portanto, deve-se levar em conta que os problemas ecológicos estão nitidamente associados aos cidadãos que enfrentam más condições de vida, o que põe em choque a dignidade da pessoa humana, princípio de um Estado Democrático de Direito. Assim, ignorar esta relação é agravar ainda mais a situação de marginalização social em que se encontram. É importante lembrar que a concretização de um ambiente sadio e propicio ao desenvolvimento humano é condição essencial para a realização dos demais direitos fundamentais. Sem que isso ocorra, a população necessitada acaba tendo os seus direitos, que são assegurados pela Constituição, violados de forma dupla: tanto no aspecto social quanto no de viver em um ambiente sadio. O meio ambiente como direito fundamental apresenta direitos e deveres a serem cumpridos de forma difusa, não apenas pelo poder público, mas por toda a coletividade. A humanidade depende da qualidade do meio ambiente para a efetivação dos direitos sociais e, devido a isso, a natureza pode ser considerada um bem comum a todos os cidadãos. Sem que algo seja efetivado visando à melhoria das condições ambientais atuais, quem mais pode sofrer são as camadas menos favorecidas da sociedade, os países tidos como subdesenvolvidos e as futuras gerações. Isso já se percebe, no que se refere ao acesso à água potável, tão indispensável para a manutenção de saudáveis condições de vida, que possibilitem uma existência digna. 3 O DIREITO FUNDAMENTAL À ÁGUA Em todas as atividades realizadas diariamente a água é uma necessidade. Sem ela não seria possível a sobrevivência dos indivíduos na Terra, sendo pertinente a discussão sobre este recurso. Além disso, a água é um dos problemas da modernidade, pois nem todos possuem o acesso igualitário e de qualidade, ao passo em que, inúmeras vezes, é desperdiçada por pessoas que não possuem uma consciência ecológica formada. Sendo assim, o presente trabalho objetiva, neste momento, analisar algumas considerações no que se refere ao reconhecimento da água como direito fundamental, citando desta forma, o direito à água frente a legislação brasileira, além do posicionamento da doutrina em relação à esta. Do mesmo modo, há um breve questionamento acerca da reserva do possível e da garantia do mínimo existencial. 8

9 Desde os tempos mais remotos a água possibilita a sobrevivência na Terra, não havendo notícias de algum organismo que viva ou vivia sem água. Apesar de que a água possua um ciclo renovável ao longo dos anos, é importante ressaltar que a água potável é um recurso finito e, por ter fim, acaba por adquirir características econômicas, levando a entender que quem possui maior poder aquisitivo usa mais água, e que em inúmeras vezes sem controle ecológico. Desta maneira, é oportuno possibilitar questionamentos acerca dos recursos hídricos, quanto sua disponibilidade e preservação, para que sejam acessíveis às presentes e futuras gerações. O primeiro instrumento utilizado pela legislação brasileira para se referir aos recursos hídricos foi a Lei 3.071, Código Civil de 1º de janeiro de 1916, em seu artigo 526: A propriedade do sobre e do subsolo abrange a do que lhe está superior e inferior em toda altura e em toda a profundidade, úteis ao seu exercício [...] (BRASIL, 1916). A partir do dispositivo, havia a compreensão de que a água podia ser pública ou privada e esta propriedade era de domínio exclusivo e ilimitado. Logo após, o Decreto nº , de10 de julho de 1934, conhecido como Código das Águas, que tinha como objetivo regulamentar de forma geral o uso das águas no Brasil. Neste Decreto foi mantida a água o seu domínio privado e "[...] inovou quanto ao domínio público e comum daquelas. Segundo o diploma, águas privadas eram determinadas por exclusão, de modo que, não sendo pública ou comum seria privada, numa clara tendência a publicização das águas" (FLORES, 2011, p. 5). A Constituição Federal da República de 1988 por sua vez, tratou de assegurar a todos os indivíduos direitos fundamentais em seu artigo 5º, apesar de não citado, está delineado implicitamente o acesso igualitário e de qualidade a água. Neste sentido, Ingo Wolfgang Sarlet salienta que a Constituição Federal, em seu art. 5º, 2º sinaliza: [...] para a existência de direitos fundamentais positivados em outras partes do texto constitucional e até mesmo em tratados internacionais, bem assim para a previsão expressa da possibilidade de se reconhecer direitos fundamentais não-escritos, implícitos nas normas do catálogo, bem como decorrentes do regime e dos princípios Constituição (SARLET, 2003, p. 84). Além disso, o artigo 225 da CF/88 define que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, e, apesar de não haver positivação no que se refere à água como direito fundamental, os doutrinadores entendem, em uma maioria, que este seria um direito fundamental implícito na Constituição Federal por agregar a cidadania, interesse público e se 9

10 tratar de um recurso natural, conforme previsão na Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Ainda, a Política Nacional de Recursos Hídricos instituída pela Lei n.º 9.433/97 dispõe em seu artigo 1º, inciso I, que: a água é um bem de domínio público (BRASIL, 1997) gerando assim, muitas discussões, pois quando refere-se a domínio seria dotado de valor econômico, caracterizado como uma mercadoria, mas a água, em um primeiro momento, é algo natural e, dessa maneira, pertencente a todos os indivíduos de forma igualitária e que, em decorrência disso, não deveria ser denominada recurso hídrico, pois não envolve questões financeiras e sim sociais (FLORES, 2011, p.5-14) Embora sejam comumente usados como sinônimos, convém estabelecer a distinção entre as expressões água e recursos hídricos: Água é o elemento natural, descomprometido com qualquer uso ou utilização. É o gênero. Recurso hídrico é a água como bem econômico, passível de utilização com tal fim. É espécie (POMPEU, 2002, s.p.). A Lei da Política Nacional dos Recursos Hídricos também delimita o acesso de qualidade aos indivíduos no que se refere aos seus objetivos no artigo 2º [...] assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos (BRASIL, 1997). Percebe-se, assim que o acesso à água de qualidade é um direito fundamental, pois todos os indivíduos têm direito a um mínimo existencial para sadia qualidade de vida. Nas palavras de Paulo de Bessa Antunes, ao elevar a água ao status de direito fundamental, o Brasil constituiu [...] um importante marco na construção de uma sociedade democrática e participativa e socialmente solidária (ANTUNES, 2001, p.48). Contudo, apesar de positivado em lei, e sendo de inimaginável relevância, nota-se a grande problemática quanto ao consumo de qualidade, e a falta de implementação de políticas públicas adequadas. Além disso, [...] a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou [...] resolução que reconhece o acesso a água potável e ao saneamento básico como direito humano. O documento votado pela Assembléia Geral das Nações Unidas declara que o direito a uma água potável, limpa e de qualidade e a instalações sanitárias é um direito humano, indispensável para gozar plenamente do direito à vida (TRATA BRASIL, 2010, s.p.). Partindo desse pressuposto, nota-se a necessidade de políticas públicas no que se refere ao acesso de qualidade dos recursos hídricos, e, por isso a necessidade de reconhecer enquanto direito social, ainda que se perceba multidimensional, pois seu acesso garante outros direitos 10

11 fundamentais de índole individual, como a vida, social, como a saúde e transindividuais, como o meio ambiente ecologicamente equilibrado. Fica evidente a intima relação do princípio do mínimo existencial com o acesso à água potável, por ser esta o elemento mais essencial para a existência da vida no planeta, deste modo, [...] negar água ao ser humano é negar-lhe o direito à vida; ou em outras palavras, é condenálo à morte (MACHADO, 2003, p. 13). Por outro lado, deve ser também analisada a disponibilidade de recursos financeiros de que dispõe o Estado para a real efetivação de todas essas políticas. A chamada reserva do possível é um argumento frequentemente usado pelo Poder Público para afastar obrigações relacionadas à proteção dos direitos básicos, e deve ser plausível seu questionamento para implementação de novos projetos que fomentem a viabilização de direitos. Salienta-se que não deve ser normal utilizar-se de tal argumento de forma irresponsável e desproporcional, pois muitas vezes acabam ocultando desvios de verba e/ou outros atos de corrupção da Administração Pública. A teoria da reserva do possível não afasta a responsabilidade do Estado de proporcionar o acesso das pessoas ao mínimo existencial, assim compreendido como o básico necessário para uma sobrevivência decente (VASCONCELOS, 2016, s.p.). No mais, ainda que a prestação do Estado seja imprescindível para a consolidação dos recursos hídricos como direito fundamental, é preciso uma mudança de conscientização populacional, no sentido de buscar a sustentabilidade, erradicar a poluição das reservas e o desperdício, pois não haverá uma distribuição igualitária da água se esta acabar. CONCLUSÃO O estudo concentrou-se em abordar o tema da dimensão ecológica da dignidade da pessoa humana. Para isso, foi caracterizado o conceito de dignidade da pessoa humana, alicerce para o surgimento dos direitos fundamentais e princípio de um Estado Democrático de Direito. A terceira dimensão dos direitos fundamentais, especificamente, traz o fundamento da fraternidade e nela se inclui o meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito de todos os cidadãos, presente no texto constitucional e que pode ser considerado como difuso, pois pede atuação de toda a coletividade. A problematização se deu pela influência do direito ao ambiente para a realização da dignidade da pessoa humana. Assim, a preservação da natureza está relacionada com a plena efetivação dos direitos sociais. É importante levar em conta um mínimo existencial, pois a 11

12 miséria e a pobreza, junto com a degradação ambiental, são fatores de violação de uma existência considerada digna. Portanto, é compreensível que para se alcançar a preservação da natureza deve haver cooperação mútua entre sociedade e Estado. Além disso, levar em conta que os problemas ecológicos estão associados aos cidadãos mais carentes da sociedade, pessoas que enfrentam péssimas condições de vida e que têm os seus direitos violados duplamente, tanto em questão ambiental quanto social. Através do presente estudo, é possível ponderar, ainda, que existe uma necessidade de reconhecimento da água como direito fundamental social e que seja garantido seu acesso de modo unânime a todos, pois se trata de um elemento básico e essencial à vida. Este reconhecimento também exige uma prestação positiva do Estado, no sentido de implementar políticas públicas para efetivação do direito de acesso aos recursos hídricos, sendo necessário levar-se a teoria da reserva do possível, que pode tornar-se empecilho ao falar-se em tais iniciativas. Contudo, tal argumento não pode ser utilizado de forma absoluta e devem ser sempre observados os princípios da proporcionalidade e do mínimo existencial, sendo essencial haver uma razoabilidade entre a possibilidade financeira do Poder Público e as necessidades básicas da população. E que a efetivação do direito à água não depende apenas do Estado, mas de um esforço conjunto de toda a sociedade, sendo necessária uma mudança nos hábitos e conceitos desta, para que seja possível a concretização de fato de tal direito. REFERÊNCIAS ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. 5 ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de Disponível em: < Acesso em: 05 de nov BRASIL. Leiº 8.078, de 11 de setembro de Institui o Código de Defesa do Consumidor. Presidência da República. Brasília. Disponível em: < Acesso em: 12 set BRASIL. Lei nº de 08 de janeiro de Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.Presidência da República. Brasília. Disponível em: 12

13 < Acesso em: 24 de abr BRASIL. Lei nº de 1º de janeiro de Código Civil dos Estados Unidos do Brasil. Presidência da República. Brasília. Disponível em: < Acesso em: 24 de abr BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. 10. ed. Rio de Janeiro: Campus, BOBBIO, Norberto. Igualdade e Liberdade. 3. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 29. ed. São Paulo: Malheiros editores, CASTRO, Emmanuelle Konzen. A teoria da reserva do possível e sua utilização pelo judiciário nas demandas de saúde no Brasil. Revista de Direito. Viçosa, v. 8, n. 1, p , jan/jun FLORES, Karen M. O reconhecimento da água como direito fundamental e suas implicações. RFD- Revista da Faculdade de Direito da UERJ, Rio de Janeiro, v.1, n. 19, jun./dez Disponível em:< Acesso em: 24 de abr. 2017>. MACHADO, Paulo Affonso Leme. Recursos Hídricos: Direito Brasileiro e Internacional. São Paulo: Malheiros, MORAES, Maria Celina Bodin de. Danos à pessoa humana. Rio de Janeiro: Renovar, POMPEU, Cid Tomanik. Direito de Águas no Brasil. Disponível em: < Acesso em 22 de abril de 2017>. SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. 3. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, SARLET, Ingo Wolfgang; FENSTERSEIFER, Tiago. Estado socioambiental e mínimo existencial (ecológico?):algumas aproximações. In: SARLET, Ingo Wolfgang [Org.]. Estado socioambiental e direitos fundamentais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010, p SARLET, Ingo Wolfgang; FENSTERSEIFER, Tiago. Direito Ambiental: Introdução, Fundamentos e Teoria Geral. São Paulo: Saraiva, 2014 a. SARLET, Ingo Wolfgang; FENSTERSEIFER, Tiago. Princípios do direito ambiental. São Paulo: Saraiva, 2014 b. SARLET, Wolfgang Ingo; MACHADO, Paulo Afonso Leme; FENSTERSEIFER Tiago. Constituição e Legislação e Ambiental Comentadas. São Paulo: Saraiva,

14 SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo: Malheiros,2005. TRATA BRASIL. ONU reconhece acesso a água potável e ao saneamento como direito humano. Disponível em < Acesso em 29 de abril de VASCONCELOS, Thais Cristina Carvalho de. Reflexões sobre as dificuldades de concretização dos Direitos Fundamentais na contemporaneidade, a partir da análise da obra A Tolice da Inteligência Brasileira de Jessé Souza. Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIX, n. 151, ago Disponível em: < os_leitura&artigo_id=17730&revista_caderno=9>. Acesso em 24 de abril de

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