Aula Demonstrativa. Direito Previdenciário

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1 Direito Previdenciário Seguridade Social: Previdência social, saúde e assistência social: conceituação, princípios e disposições constitucionais Professor: Moisés Moreira 0

2 Olá, pessoal! Sou o Professor Moisés Moreira e estou aqui para ajudá-los na aprovação para o cargo de Analista Judiciário do TRF da 2ª Região! O edital do concurso foi publicado no dia 23/11/2016 e nossas aulas foram devidamente revisadas e adequadas ao conteúdo exigido para Analista Judiciário. Do mesmo modo, revisamos as questões e, considerando que a Consulplan não costuma cobrar a matéria previdenciária, decidimos focar em bancas com estilo semelhante, a exemplo da Fundação Carlos Chagas. Porém, questões de outras bancas, cuja abordagem seja relevante para nosso aprendizado, também serão apresentadas. A legislação previdenciária é alvo de constantes alterações... Por isso, é muito importante estarmos juntos neste percurso. Nossa atualização deve ser permanente e jamais podemos deixar de conferir as novidades previdenciárias. Estaremos juntos nesse desafio! A parceria e a troca de informações são fundamentais! Sei que estou aqui na companhia de lutadores e guerreiros, que não desistem e persistem em busca de seus sonhos. Jogo nesse time e, por isso, minha alegria e entusiasmo são ainda maiores! Compartilhando um pouco de minha história, para vocês terem ideia da profundidade de nossa parceria, tudo começou lá em 2003 quando, logo após sair da faculdade, ainda meio assustado diante das inúmeras possibilidades que a vida de recém-formado nos apresenta, decidi prestar o concurso para Analista 1

3 do INSS. Foi o início de algo especial, com muito aprendizado, estudo e vontade de ir adiante... Aprovado no concurso, trabalhei numa Agência da Previdência Social entre 2003 e 2005, depois numa Gerência-Executiva (2006 a 2008) e, a partir de 2009, na Auditoria Interna do INSS. Em novembro de 2015, mudei-me para Brasília, onde atuei como Coordenador-Geral de Auditoria em Benefícios do INSS. Nesse período, tive a oportunidade de lidar diariamente com as questões previdenciárias... E elas são tantas e com tantas nuances! Apaixonar-me pelo tema foi, então, o caminho natural. Começar a dar aulas, também... Perceberam por que estou aqui como amigo e parceiro de vocês? Vou ajudar a todos que estão começando, porque sei que vocês também chegaram até aqui em busca de algo especial! Do mesmo modo, vou ajudar a todos que, como eu, passaram por muitas etapas e jamais desistiram do sonho! Sou amigo dos que lutam! A partir de agora iniciaremos nossos estudos. Qualquer dúvida ou sugestão, estou aqui! Nossa comunicação se dará, preferencialmente, pelo Fórum de Dúvidas do Ponto. Se vocês desejarem, também podem me encaminhar - moises.omoreira@gmail.com. É isso, amigos! Contem comigo! Um forte abraço! 2

4 Tópicos da Aula 1. Seguridade Social Noções Iniciais Conceito Noções Gerais Organização e Princípios Constitucionais Organização Princípios Constitucionais Universalidade de Cobertura e Atendimento Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às Populações Urbanas e Rurais Seletividade e Distributividade na Prestação dos Benefícios e Serviços Irredutibilidade do Valor dos Benefícios Equidade na Forma de Participação no Custeio Diversidade da Base de Financiamento Caráter Democrático e Descentralizado da Administração Solidariedade Preexistência da Fonte de Custeio Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada Questões de concursos Gabarito comentado

5 1. Seguridade Social Estudar a Seguridade Social é adentrar num dos pontos mais interessantes do Direito Previdenciário, que envolve o dia a dia de milhões de trabalhadores e que é muito, mas muito cobrado em concursos públicos. Portanto, preparem-se para caminharmos juntos nesse universo habitado por diversos institutos e repleto de princípios e regras bastante peculiares. Vamos lá! 1.1 Noções Iniciais O ramo do direito que cuida da Seguridade Social é o Direito Previdenciário. Este possui natureza de direito público e abrange o conjunto de regras e princípios relativos aos planos básicos e complementares de previdência social, bem como aos órgãos e entidades que atuam nessa área. As principais normas sobre Seguridade Social estão na Constituição Federal e nas Leis nº e de Direito previdenciário é o ramo do direito público que estuda os princípios e regras relativas à Seguridade Social. 1.2 Conceito Seguridade Social é um instrumento de proteção social, instituído pela CF/88, composto por um conjunto integrado de ações dos Poderes Públicos e da sociedade, com vistas a assegurar os direitos relativos à saúde, à assistência e 4

6 à previdência social. Esse conceito é extraído da própria Constituição que, em seu art. 194, afirma que a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Saúde, Assistência e Previdência são direitos sociais, os quais garantem condições mínimas para que as pessoas possam usufruir outros direitos. Os direitos sociais estão ligados ao Estado protecionista, que atua para proteger e amparar os indivíduos. DICA DE MEMORIZAÇÃO (Seguridade Social possui PAS) P A S P = Previdência A = Assistência S = Saúde A Seguridade Social é gênero do qual são espécies Saúde, Previdência e Assistência Social. Saúde e Assistência formam um sistema não contributivo. Já a Previdência compõe um sistema contributivo. Dessa forma, a Saúde será prestada a todos e a Assistência a quem dela precisar, sem que seja necessário contribuir. Porém, para usufruir os benefícios previdenciários, a exemplo do auxílio-doença e da aposentadoria por idade, é necessário que as pessoas sejam seguradas, que contribuam para a Previdência ou que sejam dependentes dos segurados. 5

7 A Saúde é direito de todos e dever do Estado. Nesse sentido, devem ser adotadas medidas ou políticas sociais e econômicas, que visem à redução do risco de doença e de outros agravos, bem como ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação desse direito. Cabe ao Poder Público regulamentar, fiscalizar e controlas as ações e os serviços de saúde, os quais podem ser executados diretamente pelo Estado ou pela iniciativa privada (médicos e hospitais particulares). Porém, nos termos do 2º do art. 199 da CF/88, é proibida a destinação de recursos públicos para auxílios e subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. O Sistema Único de Saúde SUS é formado por uma rede regionalizada e hierarquizada, cuja organização deverá obedecer às seguintes diretrizes: descentralização, com direção única em cada esfera de governo; atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; e participação da comunidade. A Assistência Social se destina a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à Seguridade Social, e tem por objetivos: a) A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; b) O amparo às crianças e adolescentes carentes; c) A promoção da integração ao mercado de trabalho; d) A habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e) A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 6

8 Aqui é importante registrar a existência de dois benefícios assistenciais muito conhecidos: O Amparo Social à Pessoa Portadora de Deficiência e Amparo Social ao Idoso (os famosos benefícios da Lei Orgânica da Assistência Social LOAS). Apesar de serem operacionalizados pelo INSS, não se confundem com os benefícios previdenciários, visto que são concedidos independentemente de contribuições. A Previdência Social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Notem que a Previdência, além de contributiva, é obrigatória. Aquele que exercer atividade remunerada estará compulsoriamente vinculado ao RGPS. Assim, um médico que atende a clientes em seu consultório é obrigado a contribuir para o Regime Geral. Se não o fizer, estará em débito com a Previdência. Contudo, existem aqueles que, mesmo sem exercer atividade remunerada, optam por contribuir para a Previdência. São os segurados facultativos, os quais decidem ingressar no RGPS, mediante contribuição, para ter direito aos benefícios e serviços do INSS. Nos termos do art. 201 da CF/88, a Previdência atenderá, nos termos da Lei, a: a) Cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada Nesse sentido, existem os benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e aposentadoria por idade. Em outras palavras, cada benefício previdenciário corresponde a um risco social ( eventos ) que recebe proteção; b) Proteção à maternidade, especialmente à gestante Nesse sentido, existe, por exemplo, o benefício de salário-maternidade que é devido aos segurados da Previdência; c) Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 7

9 Aqui há um ponto polêmico no Direito Previdenciário: Afinal, o segurodesemprego é um benefício previdenciário? A questão é tormentosa, e há respeitáveis posições tanto no sentido positivo (por causa da previsão contido no art. 201, III, da CF/88), quanto no negativo (pois a Lei 8.213/91, em seu art. 9º, 1º, excluiu do RGPS a cobertura da situação de desemprego, que será objeto de Lei específica). Para a prova, recomendo o seguinte: se houver menção ao texto constitucional, considere que o desemprego involuntário é um risco social a ser protegido pela Previdência. Porém, se a questão afirmar que se trata de benefício do RGPS, conclua que está errado, pois quem operacionaliza o seguro-desemprego do segurado empregado urbano é o Ministério do Trabalho. d) Salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; Notem que esta previsão possui caráter restritivo, pois os benefícios citados somente serão devidos se os segurados forem de baixa renda. Atualmente, considera-se de baixa renda o segurado que possui renda inferior ou igual a R$1.212,64 valor atualizado pela Portaria Interministerial MTPS/MF Nº 1 DE 08/01/2016. e) Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no 2º do art. 201 da CF/88. É importante sabermos que nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo e que essa regra também se aplica à pensão por morte. Em outras palavras, amigos, somente os benefícios previdenciários que não substituem o rendimento do trabalhador, a exemplo do auxílio-acidente, que é meramente indenizatório, é que podem ter valor inferior ao salário mínimo. 8

10 Saúde: É direito de todos e dever do Estado! É gratuita e destinada a todos! Assistência: Será prestada a quem dela necessitar! Também é gratuita e se destina a quem dela precisar! Previdência: Será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória! É destinada aos beneficiários da Previdência, que são os segurados e dependentes! 1.3 Noções Gerais Conforme entendimento da maioria dos estudiosos do Direito Previdenciário, o grande marco da Previdência Social no Brasil é a Lei Eloy Chaves (Decreto- Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923), tendo em vista a estrutura e o desenvolvimento conferidos à Previdência a partir dessa Lei. Eloy de Miranda Chaves foi um importante político brasileiro da primeira metade do século XX. A Lei por ele criada instituiu as Caixas de Aposentadorias e Pensões - CAPs dos ferroviários, garantindo a estes trabalhadores os benefícios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria ordinária, pensão por morte e assistência médica. As CAPs eram ligadas a empresas e custeadas por contribuições destas e dos empregados. O Estado não participava da administração e gerenciamento das Caixas. Nos anos posteriores à Lei, houve expansão desse modelo de previdência, alcançando-se, inclusive, ramos diversos, a exemplo dos marítimos e dos portuários. 9

11 Embora a Lei Eloy Chaves seja considerada o marco da Previdência Social no Brasil, é incorreto afirmar que antes dessa Lei não houve normas sobre Previdência. Conforme vimos, o Decreto 3.724, de 1919, criou o Seguro de Acidente do Trabalho SAT. Portanto, se a questão do concurso afirmar que a Lei Eloy Chaves é o marco da Previdência no Brasil, está correto. Porém, se afirmar que anteriormente a essa Lei não houve qualquer outra norma previdenciária, está errado. Na década de 1930, com a urbanização mais acentuada do Brasil e o fortalecimento dos sindicatos, o modelo restrito a empresas se mostrou insuficiente e outro passou a ser adotado, a partir da unificação da maioria das CAPs existentes (havia cerca de 180!). Foram criados, então, os Institutos de Aposentadorias e Pensões - IAPs, vinculados a categorias profissionais, e não mais a empresas. É importante sabermos que o Estado passou a administrar os Institutos por meio das contribuições de empregados e empregadores, sendo iniciada a consolidação de um modelo previdenciário mais amplo. Havia os Institutos de Aposentadoria e Pensões dos marítimos - IAPM; dos bancários - IAPB; dos industriários - IAPI; dos comerciários - IAPC; dos empregados das empresas de transportes e cargas - IAPETEC. A Constituição de 1934 estabeleceu a tríplice forma de custeio (governo, trabalhadores e empregadores). Já a Constituição 1937 chega a utilizar a expressão "seguro social"; contudo, não avançou nesse tema. A Constituição de 1946 é inovadora e representa a primeira grande tentativa de sistematizar a proteção social e chega, inclusive, a utilizar a expressão 10

12 "previdência social" em seu texto. A partir da criação do Instituto Nacional de Previdência Social INPS pelo Decreto-Lei n. 72/66, que entrou em vigor em 01/01/1967, houve a efetiva padronização de todos os critérios, consolidando-se um novo modelo e estrutura da previdência brasileira. Na sequência, com a criação do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social - SINPAS, pela Lei 6.439, de 1977, as atividades de saúde, previdência e assistências médica e social foram integradas mediante a reunião de vários órgãos e autarquias com funções próprias: INPS Instituto Nacional de Previdência Social responsável pela concessão e manutenção dos benefícios; IAPAS - Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social - responsável pela arrecadação, fiscalização e cobrança de contribuições e demais recursos; INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social - área médica; LBA - Fundação Legião Brasileira de Assistência - assistência social; FUNABEM - Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor; CEME - Central de Medicamentos - distribuição de medicamentos; DATAPREV - Empresa de Processamento de dados da Previdência Social. Desses órgãos, somente a DATAPREV permanece em atividade. Ela é responsável pelos serviços de tecnologia da informação do Ministério da Previdência Social - MPS e, após 2007, com a Lei n , foi autorizada a prestar serviços ao Ministério da Fazenda. A lei 8.029, de 12 de abril de 1990, autorizou a criação do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a partir da junção do INPS e do IAPAS. 11

13 A Constituição de 1988 é que dá os contornos definitivos e atuais da seguridade social. É a primeira a promover completa sistematização de cunho protetivo, estabelecendo a organização e os princípios aplicáveis ao sistema! Existem ainda outras leis e alterações legislativas que merecem destaque: Lei de Plano de Organização e Custeio da Seguridade Social - PCSS; Lei de Plano de Benefícios da Seguridade Social - PBSS; Lei de Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS; Emenda Constitucional nº 20 de alterou as regras de aposentadoria; Decreto de aprova o Regulamento da Previdência social; Lei de criou a Secretaria da Receita Federal do Brasil, com funções de arrecadar, fiscalizar e cobrar. Conforme estudamos, a criação do INSS, em 1990, resultou da fusão do INPS e do IAPAS. Até hoje, existem pessoas que confundem e continuam a chamar o INSS de INPS! Isso ocorre porque era o INPS quem administrava os benefícios. Reparem que, desde então, o INSS passou a cuidar tanto da administração dos benefícios, quanto da arrecadação, cobrança e fiscalização das contribuições previdenciárias. 12

14 Em 2004, houve a criação da Secretaria da Receita Previdenciária SRP pela Medida Provisória nº 222, posteriormente convertida na Lei /2005, que passou a ser responsável por tais atribuições, passando o INSS a cuidar apenas da administração dos benefícios do RGPS. A SRP, por sua vez, foi extinta quando da criação da Receita Federal do Brasil, pela Lei /2007, a qual absorveu todas as atribuições da Secretaria. INSS concede e mantém benefícios previdenciários! Receita Federal arrecada, fiscaliza e cobra contribuições! 2. Organização e Princípios Constitucionais Depois de estudarmos os pontos iniciais da Seguridade Social, chegou o momento de entendermos a sua organização e conhecermos seus princípios de forma detalhada. Vamos em frente! De acordo com o art. 22, XXIII, da CF/88, compete privativamente à União legislar sobre Seguridade Social. Todavia, nos termos do parágrafo único desse mesmo artigo, lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas que envolvam tal assunto. Já em relação à previdência social, proteção e defesa da saúde, nos termos do art. 24, XII, da CF/88, a competência é concorrente entre União, Estados e Distrito Federal, cabendo à União a edição de normas gerais e aos Estados e DF a edição de normas suplementares. 13

15 No caso da competência concorrente, inexistindo normas gerais por parte da União, os Estados podem exercer competência legislativa plena, ou seja, podem editar normas gerais sobre Previdência Social. Todavia, a superveniência de norma geral produzida pela União provoca a suspensão, naquilo que for incompatível com a nova lei federal, a eficácia das normas estaduais gerais. 2.1 Organização Conforme estudamos, a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. De acordo com o art. 194, parágrafo único, da CF/88, compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - equidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos 14

16 empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Reparem que a CF fala em objetivos e não em princípios da Seguridade Social. Apesar disso, podemos ficar tranquilos, porque ambas as expressões são empregadas num mesmo sentido, de modo que se o concurso trouxer qualquer uma delas, podem considerar a questão como correta. Conforme art. 194, parágrafo único, da CF/88, a Seguridade Social será organizada apenas pelo Poder Público e com base nos princípios (objetivos) citados. Cuidado para não confundir com o conceito: conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade.... Existem ainda outros princípios que, apesar de não constarem do rol citado, são aplicáveis à Seguridade Social, a exemplo da Solidariedade, da Preexistência da Fonte de Custeio e da Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada. Vamos aos princípios? 2.2 Princípios Constitucionais Universalidade da cobertura e do atendimento Significa que a Seguridade deve conferir ampla cobertura, abrangendo os riscos sociais, a exemplo da invalidez, idade avançada e morte (aspecto objetivo), e garantindo o atendimento de todas as pessoas (aspecto subjetivo). Em outras palavras, a Seguridade deve encampar o maior número possível de eventos e assegurar atendimento às pessoas que se enquadrem nos requisitos legais. 15

17 Assim, por exemplo, a incapacidade para o trabalho, se preenchidos os requisitos legais, gera atendimento e concessão do benefício de auxílio-doença. Ou seja, a proteção do risco social relativo à incapacidade (cobertura) será destinada a todos que cumprirem os requisitos previdenciários (atendimento). Do modo semelhante, mas direcionado a qualquer pessoa, o tratamento de determinada doença (cobertura), tanto de brasileiros, como de estrangeiros (atendimento), poderá ser feito pelo sistema único de saúde. O princípio em estudo possui maior incidência na área da Saúde, pois esta é destinada a todos. Quanto à Assistência, destina-se a todos que dela necessitam. Na Previdência, é preciso contribuição, pois somente os segurados e seus dependentes é que terão acesso aos benefícios previdenciários. Em atendimento ao princípio da universalidade de cobertura e atendimento é que foi facultada, para todo aquele que assim desejar, a possibilidade de contribuir para o RGPS, desde que não exerça atividade remunerada. Trata-se da figura do segurado facultativo. 16

18 2.2.2 Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais Consiste na semelhança de tratamento aplicável à população urbana e rural. Resolve a antiga discrepância contida na legislação brasileira, acabando com o preconceito em relação aos rurais. Qualquer diferenciação só poderá ser feita diante do princípio da igualdade material e com base na razoabilidade, sendo proibidos privilégios e discriminações preconceituosos. A própria Constituição Federal prevê distinções, a exemplo das contribuições diferenciadas para o pequeno produtor rural (art. 195, 8º). A uniformidade diz respeito aos eventos sociais a serem protegidos em relação aos rurais e aos urbanos. O tratamento deve ser igual quanto à cobertura da idade avançada, doença, morte. A equivalência está ligada ao valor dos benefícios e à qualidade dos serviços prestados, que devem ser equivalentes entre urbanos e rurais. Assim, por exemplo, o valor do benefício que substitua a renda do segurado urbano ou rural não pode ser inferior ao salário mínimo (CF, art. 201, 2º). Diferenças de requisitos podem existir, desde que devidamente justificadas. O que se proíbe é o tratamento preconceituoso ou desproporcional entre a população rural e urbana Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços Refere-se à técnica utilizada para proteção dos direitos relativos à saúde, 17

19 assistência e à previdência, cuja aplicação ocorre, especialmente, quando da elaboração das leis. Considerando que os recursos são limitados, selecionam-se os riscos de maior relevância social para serem protegidos. Depois, distribui-se a todos que se enquadrem nos requisitos legais. A seletividade se relaciona, portanto, ao princípio da universalidade (mitigandoo), trazendo a ideia da reserva do possível : deve-se fazer aquilo que os recursos disponíveis proporcionam. Está mais ligada à atividade legislativa. A distributividade, por sua vez, pode ser observada nos benefícios previdenciários concedidos à população de baixa renda, a exemplo do saláriofamília e do auxílio-reclusão, assim como nos benefícios assistenciais de amparo ao idoso. Está mais ligada à concessão dos benefícios. A título de ilustração da seletividade e distributividade, basta visualizarmos o benefício de amparo social ao idoso: foram selecionados os maiores de 65 anos que não possuem condição de prover o próprio sustento ou de tê-lo provido por alguém da família, para que lhes fossem distribuído renda por meio desse benefício Irredutibilidade do valor dos benefícios Consiste na proibição da diminuição do valor dos benefícios. Assim, por exemplo, se a aposentadoria de João foi concedida no valor de R$1.000,00, este não poderá ser reduzido. À Seguridade Social não se aplica a regra do Direito do Trabalho que autoriza redução do salário por Acordo ou Convenção Coletiva. 18

20 Segundo o Supremo Tribunal Federal STF, a irredutibilidade prevista no art. 194, parágrafo único, inciso IV, da CF/88, visa a proteger apenas o valor nominal dos benefícios (irredutibilidade nominal) ganho mil, tenho de continuar a ganhar, pelo menos, mil! Porém, especificamente para a Previdência, tem-se garantido, além da nominal, outro tipo de irredutibilidade, a real, de modo que o reajuste dos benefícios previdenciários deve garantir, pelo menos, a recomposição das perdas geradas pela inflação. Atualmente se utiliza o Índice Nacional de Preços ao Consumidor INPC. Assim, por exemplo, Pedro recebe R$2.000,00 a título de aposentadoria por idade. Após um ano, se a inflação no período foi de 10%, o benefício de Pedro deverá ser reajustado para, pelo menos, R$2.200,00 (10% x R$2.000,00). Sobre a irredutibilidade real, veja o que dispõe o art. 201, 4º, da Constituição: Art A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservarlhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. Conforme consta do art. 194, parágrafo único, IV, a irredutibilidade se refere tão somente ao valor dos benefícios. Não se aplica aos serviços! 19

21 Na análise das questões de concursos sobre o tema, tenha o seguinte cuidado: Quando a questão fizer referência à jurisprudência do STF em relação à Seguridade Social, deve-se considerar que o princípio da irredutibilidade assegura apenas a manutenção do valor nominal dos benefícios; Porém, se a questão não se referir à jurisprudência, afirmando que a irredutibilidade para a Seguridade visa à preservação do poder aquisitivo, deverá ser considerada correta, pois, apesar de não ser a orientação do STF, é o que consta no art. 1º, IV, do Decreto 3.048/99; Se mencionar apenas a Previdência Social, estão presentes tanto a irredutibilidade nominal, quanto a real, pois é o que consta da Constituição e da Lei 8.213/91, além de estar de acordo com o STF. Mas atenção! Não devemos relacionar o valor dos benefícios ao valor do salário mínimo. Muitos fazem essa vinculação, dizendo, por exemplo, que, quando se aposentaram, recebiam 10 salários mínimos, mas que, com o tempo, o valor do benefício foi diminuindo, correspondendo a 5 salários atualmente. Não se deve fazer essa relação! A diminuição se refere ao fato de que o índice de reajustamento dos benefícios concedidos em valor superior ao mínimo tem sido inferior ao índice utilizado para o aumento deste Equidade na forma de participação no custeio Equidade significa aplicação de critérios de justiça ao caso concreto. Assim, na seguridade social, esse princípio exige que as contribuições correspondam aos ganhos dos contribuintes, de maneira que aquele que pode mais, contribui com 20

22 valor maior - observa-se a capacidade contributiva. De modo semelhante, quanto maior o risco de a atividade exercida gerar contingências de cobertura (acidentes de trabalho, por exemplo), maior deverá ser a contribuição. Nesse sentido, dispõe o 9º, do art. 195, da Constituição Federal, que as contribuições sociais poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. Para ficar bem claro, outro exemplo de aplicação do princípio da equidade de participação no custeio é o da tabela de contribuição progressiva para os segurados empregados, trabalhadores avulsos e empregados domésticos, calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o salário de contribuição mensal (8%, 9% ou 11%) Diversidade da base de financiamento Significa que as fontes de custeio e financiamento da Seguridade Social devem ser as mais variadas possíveis. O objetivo é garantir a sustentabilidade do sistema, evitando-se que a crise num setor prejudique a sobrevivência financeira de toda a Seguridade. Nesse sentido, dispõe o art. 195, da Constituição Federal, que a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 21

23 I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Ainda no âmbito desse princípio, de acordo com o art. 195, 4º, da CF, está autorizada a criação de novas contribuições sociais além daquelas previstas nos incisos I a IV do art Essas novas contribuições somente podem ser cridas mediante lei complementar e fazem parte da denominada competência residual da União Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação do governo, trabalhadores, empregadores e aposentados nos órgãos colegiados. Este princípio garante que as decisões envolvendo a seguridade social considerem diferentes esferas de interesses, visando à condução democrática e descentralizada da administração. 22

24 A título de exemplo, cite-se o Conselho Nacional da Previdência Social CNPS, instituído pelo art. 3º, da Lei n /91, composto por seis representantes do governo federal, três dos aposentados e pensionistas, três dos trabalhadores em atividade e três dos empregadores. Nos termos da Lei 8.213/91: Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social CNPS, órgão superior de deliberação colegiada, que terá como membros: I - seis representantes do Governo Federal; II - nove representantes da sociedade civil, sendo: a) três representantes dos aposentados e pensionistas; b) três representantes dos trabalhadores em atividade; c) três representantes dos empregadores. 1º Os membros do CNPS e seus respectivos suplentes serão nomeados pelo Presidente da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma única vez. 2º Os representantes dos trabalhadores em atividade, dos aposentados, dos empregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas centrais sindicais e confederações nacionais. 3º O CNPS reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês, por convocação de seu Presidente, não podendo ser adiada a reunião por mais de 15 (quinze) dias se houver requerimento nesse sentido da maioria dos conselheiros. 4º Poderá ser convocada reunião extraordinária por seu Presidente ou a requerimento de um terço de seus membros, conforme dispuser o regimento interno do CNPS. 5º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997) 6º As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atividades do Conselho, serão abonadas, computando-se como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais. 7º Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta 23

25 grave, regularmente comprovada através de processo judicial. Direito Previdenciário 8º Competirá ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social proporcionar ao CNPS os meios necessários ao exercício de suas competências, para o que contará com uma Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Previdência Social. 9º O CNPS deverá se instalar no prazo de 30 (trinta) dias a contar da publicação desta Lei. Art. 4º Compete ao Conselho Nacional de Previdência Social CNPS: I - estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de políticas aplicáveis à Previdência Social; II - participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gestão previdenciária; III - apreciar e aprovar os planos e programas da Previdência Social; IV - apreciar e aprovar as propostas orçamentárias da Previdência Social, antes de sua consolidação na proposta orçamentária da Seguridade Social; V - acompanhar e apreciar, através de relatórios gerenciais por ele definidos, a execução dos planos, programas e orçamentos no âmbito da Previdência Social; VI - acompanhar a aplicação da legislação pertinente à Previdência Social; VII - apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas da União, podendo, se for necessário, contratar auditoria externa; VIII - estabelecer os valores mínimos em litígio, acima dos quais será exigida a anuência prévia do Procurador-Geral ou do Presidente do INSS para formalização de desistência ou transigência judiciais, conforme o disposto no art. 132; IX - elaborar e aprovar seu regimento interno. Parágrafo único. As decisões proferidas pelo CNPS deverão ser publicadas no Diário Oficial da União. Art. 5º Compete aos órgãos governamentais: I - prestar toda e qualquer informação necessária ao adequado cumprimento das competências do CNPS, fornecendo inclusive estudos técnicos; II - encaminhar ao CNPS, com antecedência mínima de 2 (dois) meses do seu envio ao Congresso Nacional, a proposta orçamentária da Previdência Social, devidamente detalhada. 24

26 Cuidado na hora de resolver as questões. Olhem só como uma banca tentou enganar os candidatos na prova de Defensor Público do Distrito Federal de 2013: Entre os objetivos em que se baseia a organização da seguridade social no Brasil inclui-se o caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão tripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores e do governo nos órgãos colegiados. A assertiva está incorreta! A gestão, na verdade, nos termos do art. 194, parágrafo único, VII, é quadripartite e não tripartite! Solidariedade Por este princípio, a contribuição para a seguridade social deverá ser feita independentemente de o benefício ou serviço da Seguridade Social serem usufruídos ou não. A solidariedade é o fundamento do próprio sistema securitário: uma geração de pessoas contribui para garantir o benefício de outra; além disso, dentro da própria geração, as pessoas contribuem para o todo, e não para si mesmas. De acordo com o art. 3º, I, da CF/88, constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, dentre outros, construir uma sociedade livre, justa e solidária. É por causa desse princípio que um jovem de 19 anos, acidentado em seu primeiro dia de trabalho, sem efetuar nenhuma contribuição, tem direito à proteção previdenciária. 25

27 De forma semelhante, em função da solidariedade, o aposentado que retorna ao trabalho é obrigado a contribuir, ainda que não possa obter, em regra, novo benefício previdenciário Preexistência da fonte de custeio Segundo esse princípio, também conhecido por princípio da preexistência, contrapartida ou antecedência da fonte de custeio, nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total (art. 195, 5, CF). O objetivo é garantir uma gestão responsável da seguridade social, pois a criação de benefícios e serviços exige a existência prévia de recursos públicos, devendo o ato instituidor indicar expressamente a respectiva fonte de custeio, para que seja mantida a correspondência entre despesas e receitas públicas. Segundo o STF, o princípio da prévia fonte de custeio somente diz respeito à seguridade social financiada por toda a sociedade, sendo alheio às entidades de previdência privada (RE AgR, de 29/03/2011, 2ª Turma). (Esaf 2009 Auditor da Receita Federal do Brasil) A respeito do financiamento da Seguridade Social, nos termos da Constituição Federal e da legislação de custeio previdenciária, assinale a opção correta. a) A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social pode contratar com o poder público federal. 26

28 b) Lei ordinária pode instituir outras fontes de custeio além das previstas na Constituição Federal. c) Podem-se criar benefícios previdenciários para inativos por meio de decreto legislativo. d) As contribuições sociais criadas podem ser exigidas noventa dias após a publicação da lei. e) São isentas de contribuição para a seguridade social todas entidades beneficentes de utilidade pública distrital e municipal. COMENTÁRIOS: A alternativa correta é a d, pois trata do princípio da anterioridade nonagesimal ou mitigada, a qual se aplica às contribuições sociais. A a erra ao dizer que a pessoa jurídica em débito com a seguridade social pode contratar com o Poder Público; na verdade, nos termos do 3º do art. 195 da CF/88, a pessoa jurídica nessa situação, além de não poder contratar com o Poder Público, não poderá receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. A b está errada por afirmar que lei ordinária pode instituir outras fontes de custeio além daquelas previstas na CF; na realidade, somente lei complementar poderá fazê-lo. A c erra ao dizer que os benefícios podem ser criados por decreto legislativo; na realidade, tem de haver lei. A e está errada; na verdade, a imunidade é para as entidades beneficentes que atendam às exigências previstas em lei Anterioridade nonagesimal ou mitigada Para as contribuições sociais, aplica-se a chamada anterioridade nonagesimal, pois, conforme o 6º, do art. 195, da CF, as contribuições sociais só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". É preciso muito cuidado, pois, o princípio da anterioridade, segundo o qual o tributo não poderá ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que tenha 27

29 sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou (art. 150, III, b, da CF/88), não se aplica às contribuições sociais, as quais podem ser cobradas no mesmo exercício financeiro em que foram instituídas ou majoradas. Portanto, amigos, no âmbito da Seguridade Social, incide apenas a anterioridade nonagesimal ou mitigada! Amigos, transcrevo a seguir os artigos da CF/88 que tratam da Seguridade Social e de seus três ramos: Saúde, Assistência e Previdência. Ao longo do nosso curso detalharemos os pontos mais relevantes. Recomendo fortemente a leitura prévia. Esses artigos devem estar guardados em nossos corações. Eles salvam vidas na hora da prova! TÍTULO VIII Da Ordem Social CAPÍTULO I DISPOSIÇÃO GERAL Art A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; 28

30 II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Art A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 29

31 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-deobra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. 13. Aplica-se o disposto no 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. Seção II DA SAÚDE 30

32 Art A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. Art As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento); II no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; III no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e 3º. 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do 2º; II os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; 31

33 III as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; IV - (revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. 6º Além das hipóteses previstas no 1º do art. 41 e no 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. Art A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. Art Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de 32

34 interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. Seção III DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Art A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no 2º. 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. 33

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