Direito Previdenciário

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Direito Previdenciário"

Transcrição

1 AULA 00 Direito Previdenciário Seguridade Social Conceito, organização e Princípios Professor Moisés Moreira 1

2 Olá, amigos! Sou o Professor Moisés Moreira e estou aqui no Ponto dos Concursos com uma missão especial: ajudá-los a serem aprovados no concurso do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco! O edital foi publicado e a banca organizadora é o Cespe/Cebraspe. Dois cargos exigem nossa matéria com conteúdo idêntico: Auditor de Controle Externo Auditoria de Contas Públicas e Analista de Controle Externo Auditoria de Contas Públicas. Portanto, vamos nos dedicar ao máximo para acertar as questões de Previdenciário. Nossa preparação está centrada no edital do dia 29/06/2017, nas questões mais recorrentes em Tribunais de Contas e nas recentes atualizações da legislação previdenciária. Sabemos que nossa matéria é uma das que mais sofrem mudanças... por isso, é fundamental estarmos juntos neste percurso. A parceria e a troca de informações são essenciais para a vitória! Sei que estou aqui na companhia de lutadores e guerreiros, que não desistem e persistem em busca de seus sonhos. Jogo nesse time e minha alegria e entusiasmo são ainda maiores diante disso! Compartilhando um pouco de minha história, para vocês terem ideia da profundidade de nossa parceria, tudo começou lá em 2003 quando, logo após sair da faculdade, ainda meio assustado diante das inúmeras possibilidades que a vida de recém-formado nos apresenta, decidi prestar o concurso para Analista do INSS. Foi o início de algo especial, com muito aprendizado, estudo, e vontade de ir adiante... aprovado no concurso, trabalhei numa Agência da Previdência Social 2

3 entre 2003 e 2005, depois numa Gerência-Executiva (2006 a 2008), e, a partir de 2009, na Auditoria Interna do INSS. Em novembro de 2015, mudei-me para Brasília, onde exerci a função de Coordenador-Geral de Auditoria em Benefícios. Atualmente, trabalho como Coordenador-Geral de Reconhecimento de Direitos e atuo como Diretor de Benefícios Substituto. Nesse período, tive a oportunidade de lidar diariamente com as questões previdenciárias... E elas são tantas e com tantas nuances! Apaixonar-me pelo tema foi, então, o caminho natural. Começar a dar aulas, também. Perceberam por que estou aqui como amigo e parceiro de vocês? Vou ajudar a todos que estão começando, porque sei que também chegaram até aqui em busca de algo especial! Do mesmo modo, vou ajudar a todos que, como eu, passaram por muitas etapas e jamais desistiram do sonho! Sou amigo dos que lutam! A partir de agora iniciaremos nossos estudos. Qualquer dúvida ou sugestão, estou aqui! Nossa comunicação se dará, preferencialmente, pelo Fórum de Dúvidas do Ponto. Se vocês desejarem, também podem me encaminhar - moises.omoreira@gmail.com. É isso aí, meus amigos! Contem comigo! Um forte abraço! 3

4 Sumário 1. Seguridade Social Noções Iniciais Conceituação Organização e Princípios Constitucionais Organização Princípios Constitucionais Universalidade da Cobertura e do Atendimento Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às Populações Urbanas e Rurais Seletividade e Distributividade na Prestação dos Benefícios e Serviços Irredutibilidade do Valor dos Benefícios Equidade na Forma de Participação no Custeio Diversidade da Base de Financiamento Caráter Democrático e Descentralizado da Administração Solidariedade Preexistência da Fonte de Custeio Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada Direito Previdenciário e Legislação Previdenciária Conteúdo Fontes Autonomia Questões de concursos Gabarito comentado

5 1. Seguridade Social Estudar a Seguridade Social é adentrar numa das matérias mais interessantes do direito brasileiro, que envolve o dia a dia de milhões de trabalhadores e que é muito, mas muito cobrada em concursos públicos que trazem a matéria de previdenciário. Portanto, amigos, vamos em frente! 1.1 Noções Iniciais Amigos, para entendermos bem a essência da Seguridade Social é preciso que tenhamos em mente o alcance e o significado do termo proteção social. A proteção social engloba uma série de medidas adotadas ao longo dos anos pelos grupos sociais, com o objetivo de amparar e proteger as pessoas que se encontram em situações de necessidade social que impeçam ou dificultem a obtenção dos meios necessários à sobrevivência. Como exemplo de necessidades sociais, também chamadas, por alguns doutrinadores, de riscos sociais, tem-se a morte, a idade avançada, a invalidez e a incapacidade para o trabalho. Na história da humanidade, a proteção social se deu de diversas formas: Inicialmente por meio das famílias ou grupos reunidos para tal finalidade e, posteriormente, por intermédio do próprio Estado, o qual, de uma postura abstencionista (Estado Liberal), passou para uma postura intervencionista, garantidor de direitos sociais, incluídos nestes os direitos relativos à saúde, assistência e previdência. Estes direitos formam a tríade constitutiva da Seguridade Social. No Brasil, a Constituição de 1988 é a primeira a promover completa sistematização de cunho protetivo, estabelecendo a organização e os princípios 5

6 aplicáveis ao sistema de Seguridade Social. Nesse sentido, a leitura dos artigos 194 a 204 da Lei maior é altamente recomendável para compreensão desse ponto da matéria. Portanto, vamos estudar a fundo as normas constitucionais, com foco naquelas que ser cobradas no dia da prova. Antes, porém, é importante conceituarmos o Direito Previdenciário e visualizarmos suas características fundamentais. 1.2 Conceituação Conforme dissemos, foi a Constituição de 1988 quem estabeleceu o conceito de Seguridade Social, dando-lhe os contornos definitivos, conforme consta do Título VIII Da Ordem Social, da CF. A Seguridade Social abrange determinados direitos sociais destinados a preservar a dignidade humana, a reduzir as desigualdades e a fornecer proteção em caso de necessidades sociais. Portanto, trata-se de um instrumento de proteção social, instituído pela CF, composto por um conjunto integrado de ações dos Poderes Públicos e da sociedade, com vistas a assegurar os direitos relativos à saúde, à assistência e à previdência social (CF, art. 194). Saúde, Assistência e Previdência são direitos sociais, os quais garantem condições mínimas para que as pessoas possam usufruir outros direitos. Os direitos sociais estão ligados ao Estado protecionista, que atua para proteger e amparar os indivíduos. DICA DE MEMORIZAÇÃO (Seguridade Social possui PAS) 6

7 P A S P = Previdência A = Assistência S = Saúde A Seguridade Social é gênero do qual são espécies Saúde, Previdência e Assistência Social. Saúde e Assistência formam um sistema não contributivo. Já a Previdência compõe um sistema contributivo. Desse modo, Saúde e Assistência são direitos cujo acesso independe do pagamento de contribuições específicas. A Assistência se destina àqueles que comprovem dela necessitar, incluindo os estrangeiros residentes no país, conforme decidiu o STF (RE SP). Já a Saúde será prestada a todos, indistintamente, brasileiros ou estrangeiros. Porém, a Previdência Social é um direito adstrito aos que para ela contribuem, os chamados segurados, ou aos dependentes destes segurados. Para se ter direito a um benefício previdenciário é imprescindível que haja a qualidade de segurado, ou seja, o vínculo jurídico, denominado filiação, do qual decorrem obrigações (de contribuir) e direitos (aos benefícios). Saúde: É direito de todos e dever do Estado! É gratuita e destinada a todos! Assistência: Será prestada a quem dela necessitar! Também é gratuita e se destina a quem dela precisar! Previdência: Será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória! É destinada aos beneficiários da 7

8 Previdência, que são os segurados e dependentes! Direito Previdenciário A Saúde é direito de todos e dever do Estado. Nesse sentido, devem ser adotadas medidas ou políticas sociais e econômicas, que visem à redução do risco de doença e de outros agravos, bem como ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação desse direito. Cabe ao Poder Público regulamentar, fiscalizar e controlar as ações e os serviços de saúde, os quais podem ser executados diretamente pelo Estado ou pela iniciativa privada (médicos e hospitais particulares). Porém, nos termos do 2º do art. 199 da CF, é proibida a destinação de recursos públicos para auxílios e subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. O Sistema Único de Saúde SUS é formado por uma rede regionalizada e hierarquizada, cuja organização deverá obedecer às seguintes diretrizes: descentralização, com direção única em cada esfera de governo; atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; e participação da comunidade. A Assistência Social se destina a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à Seguridade Social, e tem por objetivos: a) A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; b) O amparo às crianças e adolescentes carentes; c) A promoção da integração ao mercado de trabalho; d) A habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e) A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à 8

9 própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. Aqui é importante registrar a existência de dois benefícios assistenciais muito conhecidos: O Amparo Social à Pessoa Portadora de Deficiência e Amparo Social ao Idoso (os famosos benefícios da Lei Orgânica da Assistência Social LOAS). Apesar de serem operacionalizados pelo INSS, não se confundem com os benefícios previdenciários, visto que são concedidos independentemente de contribuições. A Previdência Social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Notem que a Previdência é contributiva, ou seja, para se ter direito aos benefícios e serviços previdenciários é preciso pagar contribuições, é preciso ser um segurado (ou dependente deste) do Regime Geral de Previdência Social RGPS. Além disso, a Previdência é obrigatória. Aquele que exerce atividade remunerada está compulsoriamente vinculado ao RGPS. Assim, um médico que atende a clientes em seu consultório é obrigado a contribuir para o Regime Geral. Se não o fizer, estará em débito com a Previdência. Contudo, meus amigos, existem aqueles que, mesmo sem exercer atividade remunerada, optam por contribuir para a Previdência. São os segurados facultativos, os quais decidem ingressar no RGPS, mediante contribuição, para ter direito aos benefícios e serviços do INSS. De acordo com o art. 201 da CF, a Previdência atenderá, nos termos da lei, a: a) Cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada Nesse sentido, existem os benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e aposentadoria por idade. Em outras palavras, cada benefício previdenciário corresponde a um risco ou necessidade social, 9

10 os quais são chamados pela CF de eventos, e que recebem proteção social; b) Proteção à maternidade, especialmente à gestante Nesse sentido, existe, por exemplo, o benefício de salário-maternidade, que é devido aos segurados da Previdência; c) Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário Aqui há um ponto polêmico no Direito Previdenciário: Afinal, o seguro-desemprego é um benefício previdenciário? A questão é tormentosa, e há respeitáveis posições tanto no sentido positivo (por causa da previsão contida no art. 201, III, da CF/88), quanto no negativo (pois a Lei 8.213/91, em seu art. 9º, 1º, excluiu do RGPS a cobertura da situação de desemprego, que será objeto de Lei específica). Dica! Para a prova, recomendo o seguinte: se houver menção ao texto constitucional, considere que o desemprego involuntário é um risco social a ser protegido pela Previdência. Porém, se a questão afirmar que se trata de benefício do Regime Geral, conclua que está errado, pois quem operacionaliza o seguro-desemprego do segurado empregado urbano é o Ministério do Trabalho, o qual é financiado por meio de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT. d) Salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda Notem que esta previsão possui caráter restritivo, pois os benefícios citados somente serão devidos se os segurados forem de baixa renda. Atualmente, considera-se de baixa renda o segurado que possui renda inferior ou igual a R$ 1.292,43 valor atualizado pela Portaria MF nº 8 de 13/01/2017. e) Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. É importante sabermos que nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo e que essa regra também se aplica à pensão por morte. 10

11 Em outras palavras, somente os benefícios previdenciários que não substituem o rendimento do trabalhador, a exemplo do auxílio-acidente, que é meramente indenizatório, é que podem ter valor inferior ao salário mínimo. 2. Organização e Princípios Constitucionais Depois de compreendermos a essência da Seguridade Social, chegou o momento de entendermos a sua organização e conhecermos seus princípios de forma detalhada. Vamos em frente! 2.1 Organização Conforme estudamos, a Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. De acordo com o art. 194, parágrafo único, da CF/88, compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a Seguridade Social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - equidade na forma de participação no custeio; 11

12 VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Reparem que a CF fala em objetivos e não em princípios da Seguridade Social. Apesar disso, podemos ficar tranquilos, porque ambas as expressões são empregadas num mesmo sentido, de modo que se o concurso trouxer qualquer uma delas, podem considerar a questão como correta. Conforme art. 194, parágrafo único, da CF/88, a Seguridade Social será organizada apenas pelo Poder Público e com base nos princípios (objetivos) citados. Cuidado para não confundir com o conceito: conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade.... Existem ainda outros princípios que, apesar de não constarem do rol citado, são aplicáveis à Seguridade Social, a exemplo da Solidariedade, da Preexistência da Fonte de Custeio e da Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada. Vamos aos princípios? 2.2 Princípios Constitucionais Universalidade da Cobertura e do Atendimento A Seguridade Social deve promover a maior cobertura possível dos eventos de risco ou necessidade social, a exemplo da invalidez, idade avançada, morte; trata-se do aspecto objetivo desse princípio. Também, deve visar ao atendimento 12

13 de todas ou do maior número possível de pessoas; sendo este o seu aspecto subjetivo. Assim, por exemplo, a incapacidade para o trabalho, se preenchidos os requisitos legais, gera atendimento e concessão de auxílio-doença. Em outras palavras, a proteção do risco social relativo à incapacidade (cobertura) será destinada a todos que cumprirem os requisitos previdenciários (atendimento). Do mesmo modo, mas direcionado a qualquer pessoa, o tratamento de determinada doença (cobertura), tanto de brasileiros, como de estrangeiros (atendimento), poderá ser feito pelo sistema único de saúde. O princípio em estudo possui maior incidência na área da Saúde, pois esta é destinada a todos. Quanto à Assistência, destina-se àqueles que sejam necessitados. Na Previdência, é preciso contribuição, pois somente os segurados e seus dependentes é que terão acesso aos benefícios previdenciários. Em atendimento ao princípio da universalidade de cobertura e atendimento é que foi facultada, para todo aquele que assim desejar, a possibilidade de contribuir para o RGPS, desde que não exerça atividade remunerada. Trata-se da figura do segurado facultativo. Por fim, temos de ter em mente que tal princípio não é absoluto, devendo ser aplicado ponderadamente com outro, também de índole constitucional, a seletividade e distributividade, que será logo mais estudado. 13

14 2.2.2 Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanos e rurais Consiste na semelhança de tratamento aplicável à população urbana e rural. Resolve a antiga discrepância contida na legislação brasileira, acabando com o preconceito em relação aos rurais. Qualquer diferenciação só poderá ser feita diante do princípio da igualdade material e com base na razoabilidade, sendo proibidos privilégios e discriminações preconceituosos. A própria Constituição Federal prevê distinções, a exemplo das contribuições diferenciadas para o pequeno produtor rural (art. 195, 8º). A uniformidade diz respeito aos eventos sociais a serem protegidos em relação aos rurais e aos urbanos. O tratamento deve ser igual quanto à cobertura da idade avançada, doença, morte. A equivalência está ligada ao valor dos benefícios e à qualidade dos serviços prestados, que devem ser equivalentes entre urbanos e rurais. Assim, por exemplo, o valor do benefício que substitua a renda do segurado urbano ou rural não pode ser inferior ao salário mínimo (CF, art. 201, 2º). Diferenças de requisitos podem existir, desde que devidamente justificadas. O que se proíbe é o tratamento preconceituoso ou desproporcional entre a população rural e urbana. 14

15 2.2.3 Seletividade e distributividade A seletividade se refere à técnica utilizada para proteção dos direitos relativos à saúde, à assistência e à previdência, cuja aplicação ocorre, especialmente, quando da elaboração das leis. Considerando que os recursos são limitados, selecionam-se os riscos e eventos de maior relevância social para serem protegidos. Depois, selecionam-se as pessoas que terão direito às prestações, em estrita observância ao interesse público e às necessidades sociais. Assim, pode-se dizer que a seletividade funciona como um guia para a escolha dos benefícios e serviços da seguridade social, bem como dos respectivos requisitos de concessão, conforme os riscos sociais mais relevantes e os recursos orçamentários existentes, atuando, portanto, como princípio limitador da universalidade da seguridade social. Já a distributividade atende aos ditames da justiça social, promovendo meios de subsistência, principalmente, àqueles que mais precisam. Um bom exemplo da aplicação desse princípio está no benefício de Amparo Social ao Idoso. Este somente é devido àqueles que tiverem 65 anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover o próprio sustento ou de tê-lo provido pela família. Assim, seleciona-se uma camada necessitada da população (idosos que não possuem renda) para depois distribuir-lhes um benefício assistencial. Registre-se que a distributividade alcança sua máxima expressão no campo da Assistência, porquanto redireciona recursos aos que se encontram em situação de fragilidade ou vulnerabilidade sociais. Outro exemplo de aplicação do princípio em comento foi restrição do acesso, promovida pela EC 20/1998, aos benefícios de salário-família e auxílio-reclusão, cuja concessão deverá observar critérios de baixa renda. 15

16 A título de ilustração da seletividade e distributividade, basta visualizarmos o benefício de amparo social ao idoso: foram selecionados os maiores de 65 anos que não possuem condição de prover o próprio sustento ou de tê-lo provido por alguém da família, para que lhes fosse distribuída renda por meio desse benefício Irredutibilidade do valor dos benefícios Consiste na proibição de diminuição do valor dos benefícios. Assim, por exemplo, se a aposentadoria de João foi concedida no valor de R$1.000,00, este valor não poderá ser reduzido; não se aplica, por exemplo, aquela regra do Direito do Trabalho que autoriza redução do salário por Acordo ou Convenção Coletiva. Segundo o Supremo Tribunal Federal STF, a irredutibilidade prevista no art. 194, parágrafo único, inciso IV, da CF/88, visa a proteger apenas o valor nominal dos benefícios (irredutibilidade nominal) ganho mil, tenho de continuar a ganhar, pelo menos, mil! Porém, especificamente para a Previdência, tem-se garantido, além da nominal, outro tipo de irredutibilidade, a real, de modo que o reajuste dos benefícios previdenciários deve garantir, pelo menos, a recomposição das perdas geradas pela inflação. Atualmente se utiliza o Índice Nacional de Preços ao Consumidor INPC. Assim, por exemplo, Pedro recebe R$ 2.000,00 de aposentadoria por idade. Após um ano, se a inflação no período foi de 10%, o benefício de Pedro deverá ser reajustado para, pelo menos, R$ 2.200,00 (10% x R$2.000,00). Sobre a irredutibilidade real, veja o que dispõe o art. 201, 4º, da Constituição: 16

17 Art A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. Conforme consta do art. 194, parágrafo único, IV, a irredutibilidade se refere tão somente ao valor dos benefícios. Não se aplica aos serviços! Não devemos relacionar o valor dos benefícios ao valor do salário mínimo. Muitos fazem essa vinculação, dizendo, por exemplo, que quando se aposentaram recebiam 10 salários mínimos, mas que, com o tempo, o valor do benefício foi diminuindo, correspondendo a 5 salários atualmente. Não se deve fazer essa relação! A diminuição refere-se ao fato de que o índice de reajustamento dos benefícios concedidos em valor superior ao mínimo é inferior ao índice utilizado para o aumento deste Equidade de participação no custeio Equidade significa aplicação de critérios de justiça ao caso concreto. Assim, na Seguridade Social, esse princípio exige que as contribuições correspondam aos ganhos, de maneira que aquele que pode mais, contribui com valor maior - observa-se a capacidade contributiva. De modo semelhante, quanto maior o risco de a atividade exercida gerar 17

18 contingências de cobertura (acidentes de trabalho, por exemplo), maior deverá ser a contribuição. Nesse sentido, dispõe o 9º, do art. 195, da Constituição Federal, que as contribuições sociais poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. Para ficar bem claro, outro exemplo de aplicação do princípio da equidade de participação no custeio é o da tabela de contribuição progressiva para os segurados empregados, trabalhadores avulsos e empregados domésticos, calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o salário de contribuição mensal (8%, 9% ou 11%) Diversidade da base de financiamento Significa que as fontes de custeio e financiamento da Seguridade Social devem ser as mais variadas possíveis. O objetivo é garantir a sustentabilidade do sistema, evitando-se que a crise num setor prejudique a solvibilidade financeira de toda a Seguridade. Nesse sentido, dispõe o art. 195, da Constituição Federal, que a Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 18

19 a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Ainda no âmbito desse princípio, de acordo com o art. 195, 4º, da CF, está autorizada a criação de novas contribuições sociais além daquelas previstas nos incisos I a IV do art Essas novas contribuições somente podem ser cridas mediante lei complementar e fazem parte da denominada competência residual da União Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação do governo, trabalhadores, empregadores e aposentados nos órgãos colegiados. Este princípio garante que as decisões envolvendo a Seguridade Social considerem diferentes esferas de interesses, visando à condução democrática e descentralizada da administração. A título de exemplo, cite-se o Conselho Nacional da Previdência Social CNPS, instituído pelo art. 3º, da Lei n /91, composto por seis representantes do governo federal, três dos aposentados e pensionistas, três dos trabalhadores em atividade e três dos empregadores. Compete ao CNPS, dentre outros, estabelecer 19

20 as diretrizes gerais e apreciar as decisões de política aplicáveis à Previdência Social. Nos termos da Lei 8.213/91: Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social CNPS, órgão superior de deliberação colegiada, que terá como membros: I - seis representantes do Governo Federal; II - nove representantes da sociedade civil, sendo: a) três representantes dos aposentados e pensionistas; b) três representantes dos trabalhadores em atividade; c) três representantes dos empregadores. 1º Os membros do CNPS e seus respectivos suplentes serão nomeados pelo Presidente da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma única vez. 2º Os representantes dos trabalhadores em atividade, dos aposentados, dos empregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas centrais sindicais e confederações nacionais. 3º O CNPS reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês, por convocação de seu Presidente, não podendo ser adiada a reunião por mais de 15 (quinze) dias se houver requerimento nesse sentido da maioria dos conselheiros. 4º Poderá ser convocada reunião extraordinária por seu Presidente ou a requerimento de um terço de seus membros, conforme dispuser o regimento interno do CNPS. 5º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997) 6º As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atividades do Conselho, serão abonadas, computando-se como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais. 7º Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial. 8º Competirá ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social proporcionar ao CNPS os meios necessários ao exercício de suas 20

21 competências, para o que contará com uma Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Previdência Social. 9º O CNPS deverá se instalar no prazo de 30 (trinta) dias a contar da publicação desta Lei. Art. 4º Compete ao Conselho Nacional de Previdência Social CNPS: I - estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de políticas aplicáveis à Previdência Social; II - participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gestão previdenciária; III - apreciar e aprovar os planos e programas da Previdência Social; IV - apreciar e aprovar as propostas orçamentárias da Previdência Social, antes de sua consolidação na proposta orçamentária da Seguridade Social; V - acompanhar e apreciar, através de relatórios gerenciais por ele definidos, a execução dos planos, programas e orçamentos no âmbito da Previdência Social; VI - acompanhar a aplicação da legislação pertinente à Previdência Social; VII - apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas da União, podendo, se for necessário, contratar auditoria externa; VIII - estabelecer os valores mínimos em litígio, acima dos quais será exigida a anuência prévia do Procurador-Geral ou do Presidente do INSS para formalização de desistência ou transigência judiciais, conforme o disposto no art. 132; IX - elaborar e aprovar seu regimento interno. Parágrafo único. As decisões proferidas pelo CNPS deverão ser publicadas no Diário Oficial da União. Art. 5º Compete aos órgãos governamentais: I - prestar toda e qualquer informação necessária ao adequado cumprimento das competências do CNPS, fornecendo inclusive estudos técnicos; II - encaminhar ao CNPS, com antecedência mínima de 2 (dois) meses do seu envio ao Congresso Nacional, a proposta orçamentária da Previdência Social, devidamente detalhada. Cuidado na hora de resolver as questões. Olhem só como o Cespe tentou enganar os candidatos na prova de Defensor Público do Distrito Federal de 21

22 2013: Entre os objetivos em que se baseia a organização da Seguridade Social no Brasil inclui-se o caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão tripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores e do governo nos órgãos colegiados. A assertiva está incorreta! A gestão, na verdade, nos termos do art. 194, parágrafo único, VII, é quadripartite e não tripartite! Solidariedade Por este princípio, a contribuição para a Seguridade Social deverá ser feita independentemente de o benefício ou serviço da Seguridade Social virem a ser usufruídos. Constitui o fundamento do próprio sistema: uma geração de pessoas contribui para garantir o benefício de outra, e dentro da própria geração as pessoas contribuem não para si mesmas, mas para o todo. De acordo com o art. 3º, I, da CF/88, constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, dentre outros, construir uma sociedade livre, justa e solidária. É por causa desse princípio que um jovem de 19 anos, acidentado em seu primeiro dia de trabalho, sem efetuar nenhuma contribuição, tem direito à proteção previdenciária. De forma semelhante, em função da solidariedade, o aposentado que retorna ao trabalho é obrigado a contribuir, ainda que não possa obter, em regra, novo benefício previdenciário. 22

23 2.2.9 Preexistência da Fonte de Custeio Segundo esse princípio, também conhecido por Princípio da Preexistência, Contrapartida ou Antecedência da Fonte de Custeio, nenhum benefício ou serviço da Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total (art. 195, 5, CF). O objetivo é garantir uma gestão responsável da Seguridade Social, pois a criação de benefícios e serviços exige a existência prévia de recursos públicos, devendo o ato instituidor indicar expressamente a respectiva fonte de custeio, para que seja mantida a correspondência entre despesas e receitas públicas. Segundo o STF, o princípio da prévia fonte de custeio somente diz respeito à Seguridade Social financiada por toda a sociedade, sendo alheio às entidades de previdência privada (RE AgR, de 29/03/2011, 2ª Turma) Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada Para as contribuições sociais, aplica-se a chamada anterioridade nonagesimal, pois, conforme o 6º, do art. 195, da CF, as contribuições sociais só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". É preciso muito cuidado, pois, o princípio da anterioridade, segundo o qual o tributo não poderá ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou (art. 150, III, b, da CF/88), não se aplica às contribuições sociais, as quais podem ser cobradas no mesmo exercício financeiro em que foram instituídas ou majoradas. 23

24 Portanto, amigos, no âmbito da Seguridade Social, incide apenas a anterioridade nonagesimal ou mitigada! 3. Direito Previdenciário e Legislação previdenciária O ramo do direito responsável pelo estudo e detalhamento da Seguridade Social é o Direito Previdenciário, o qual possui natureza de direito público e abrange o conjunto de regras e princípios relativos aos planos básicos e complementares de previdência social, bem como aos órgãos e entidades que atuam nessa área. De acordo com o art. 22, XXIII, da CF, compete privativamente à União legislar sobre Seguridade Social. Todavia, nos termos do parágrafo único desse mesmo artigo, lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas que envolvam tal assunto. Em relação à previdência social, proteção e defesa da saúde, nos termos do art. 24, XII, da CF, a competência é concorrente entre União, Estados e Distrito Federal, cabendo à União a edição de normas gerais e aos Estados e DF a edição de normas suplementares. Igualmente, a CF dispõe, no inciso XIV do citado artigo, que a competência é concorrente sobre a proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência. Repararam que existe algo estranho nos dois últimos parágrafos? Como é que a competência para legislar sobre Seguridade Social é privativa da União, enquanto que a competência para legislar sobre previdência, saúde e temas ligados à assistência (CF, art. 24, XIV), é concorrente? A aparente contradição é resolvida da seguinte forma: a) Cabe à União legislar sobre Previdência Social, salvo quanto aos servidores públicos efetivos dos Estados, do Distrito Federal e dos 24

25 Municípios, cujas regras previdenciárias podem ser editadas por estes entes, desde que observadas as normas gerais emitidas pela União ou constantes da Constituição. b) Em relação à Saúde e à Assistência, a competência, é, de fato, concorrente. À União cabe editar normas gerais, o que foi feito pelas Leis 8.080/90 (Saúde) e 8.742/93 (Assistência). Aos demais entes compete a emissão de normas complementares, de acordo com as respectivas peculiaridades. Amigos, a leitura e a compreensão da legislação previdenciária são fundamentais para aprovação nos concursos que exigem Direito Previdenciário. A maioria das questões, até mesmo no caso de bancas que possuem um gosto tradicional pela jurisprudência, envolve a letra pura e simples dos textos normativos previdenciários. Então, muita atenção! Vamos lá! 3.1 Conteúdo Legislação previdenciária é o conjunto de normas que cuidam da organização e do funcionamento do sistema previdenciário. Possui conteúdo geral e específico, pois abrange tanto as regras de custeio da Seguridade Social - Lei nº 8.212/91, como as regras específicas da Previdência e das prestações desta - Lei nº 8.213/91. Antes de prosseguirmos, precisamos estabelecer a diferenciação entre Direito Previdenciário e Legislação Previdenciária. Enquanto esta é o conjunto de regras securitárias, aquele é o ramo do Direito que estuda os princípios e regras gerais do custeio da Seguridade Social, bem como os princípios e regras específicas da Previdência e de seus benefícios e serviços. 25

26 A chave para compreender bem o Direito Previdenciário é estudarmos as noções fundamentais da Seguridade e da Previdência, ler a Constituição Federal (temos de saber de coração os artigos 194 a 204!) e as normas previdenciárias. É preciso estudar as Leis e e complementar com o Decreto 3.048/99 (busquem a versão mais atualizada no site do planalto ou no SISLEX, tendo sempre o cuidado de observar as leis mais recentes, pois em muitos pontos o Decreto ainda não foi atualizado). 3.2 Fontes Fonte do Direito Previdenciário refere-se à origem e ao processo de formação das normas previdenciárias. Existem duas classificações principais sobre o assunto. A primeira divide as fontes em materiais e formais. Materiais são os fenômenos sociais: os fatores econômicos, políticos e sociais que levam à criação da norma jurídica. Já as formais consistem no ato jurídico produzido, efetivamente criado - a lei é a fonte formal por excelência. A segunda classificação divide as fontes em primárias e secundárias. As primárias se referem ao processo legislativo originário, ou seja, ao processo de criação da norma originária pelo Estado - Constituição e as leis. As fontes secundárias são aquelas que derivam da lei, a exemplo dos decretos regulamentares, das instruções normativas, das portarias etc. Existe, ainda, outra classificação, que não é tão cobrada em concursos como as duas que apresentamos. Por cautela, para não sermos pegos de surpresa na prova, vou apresentá-la: é a que divide as fontes em diretas/imediatas e indiretas/mediatas. As fontes diretas são as leis e os costumes. Estes são normas gerais que, embora não escritas, são obedecidas tendo em vista a convicção das pessoas. O exemplo 26

27 de costume mais comum são as filas e o uso do cheque pré-datado. Direito Previdenciário As fontes indiretas são a doutrina e a jurisprudência. Esta significa o conjunto de decisões reiteradas num mesmo sentido, espelhando o entendimento dos Tribunais acerca de determinados assuntos objeto de discussões quanto à aplicabilidade das leis. 3.3 Autonomia O direito previdenciário é autônomo, porque possui objeto, método e princípios peculiares. Estuda temas específicos, tais como salário de contribuição, salário de benefício, manutenção e perda da qualidade de segurado etc. Detém princípios singulares, a exemplo da compulsoriedade e da contributividade. Além disso, como método próprio desse direito, observa-se que a compulsoriedade da relação previdenciária ocorre tanto para quem exerce atividade remunerada, quanto para o próprio INSS, que assume as obrigações e atribuições impostas por lei. Discute-se, contudo, sobre a classificação desse direito. Trata-se de ramo do direito público ou um direito social? Na verdade, quando se observa a ordem jurídica, nota-se que o direito é uno e não deve ser decomposto em partes. A discussão é meramente didática, para facilitar o estudo e a compreensão do tema. Direito público se refere às relações em que o Estado participa e em que a autonomia das partes é bastante reduzida - direito penal, processual, tributário. Direito privado é aquele que regula a relação entre particulares, cuja principal característica é autonomia da vontade: direito civil, empresarial etc. 27

28 Essa é a divisão tradicional do direito. Porém, alguns estudiosos afirmam existir um terceiro ramo, o dos direitos sociais, no qual se enquadram o direito do trabalho e o direito previdenciário. Nesse debate, a certeza é de que o direito previdenciário jamais poderá ser considerado como ramo de direito privado. Sobre a dúvida suscitada há pouco, esclarecemos que dificilmente será cobrada numa questão fechada de concurso, pois o tema é polêmico e as duas posições, desde que fundamentadas, estão corretas. Para nós, o direito previdenciário é ramo do direito público. Na verdade, direito social se refere a outra classificação dos direitos, que não está relacionada a esse tema, mas sim às dimensões dos direitos: civis, políticos, sociais, solidários, fraternos. Trata-se, pois, de uma forma de se pensar o direito e não de um terceiro gênero (Fábio Zambitte). Amigos, transcrevo a seguir os artigos da CF/88 que tratam da Seguridade Social e de seus três ramos: Saúde, Assistência e Previdência. Recomendo fortemente a leitura prévia. Esses artigos devem estar guardados em nossos corações. Eles salvam vidas na hora da prova! TÍTULO VIII Da Ordem Social CAPÍTULO I DISPOSIÇÃO GERAL Art A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. 28

29 CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Direito Previdenciário Art A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Art A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não 29

30 integrando o orçamento da União. Direito Previdenciário 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-deobra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as 30

31 contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. 13. Aplica-se o disposto no 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. Seção II DA SAÚDE Art A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. Art As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento); II no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; III no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os 31

32 arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e 3º. Direito Previdenciário 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do 2º; II os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; III as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; IV - (revogado). 2015) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. 6º Além das hipóteses previstas no 1º do art. 41 e no 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. Art A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a 32

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

DIREITO PREVIDENCIÁRIO DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO Conceituação: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Da Seguridade Social - Disposições Gerais Professor: André Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS

Leia mais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL CONSTITUIÇÃO FEDERAL - 1988 TÍTULO VIII CAPÍTULO II SEÇÃO II DA SAÚDE Profª. Andréa Paula Enfermeira E-mail - andreapsmacedo@gmail.com Facebook - http://facebook.com/andreapsmacedo Art. 194 A seguridade

Leia mais

SEGURIDADE SOCIAL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO AFRF - Exercícios SEGURIDADE SOCIAL. SEGURIDADE SOCIAL Princípios Constitucionais

SEGURIDADE SOCIAL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO AFRF - Exercícios SEGURIDADE SOCIAL. SEGURIDADE SOCIAL Princípios Constitucionais SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO AFRF - Exercícios Prof. Eduardo Tanaka SAÚDE SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL ASSISTÊNCIA SOCIAL 1 2 SEGURIDADE SOCIAL Conceituação: A seguridade social compreende

Leia mais

Direito Constitucional III Profª Marianne Rios Martins

Direito Constitucional III Profª Marianne Rios Martins Direito Constitucional III Profª Marianne Rios Martins O TRIPÉ DA SEGURIDADE SOCIAL A Constituição Federal garante os direito à: SAÚDE, PREVIDENCIA E ASSISTENCIA SOCIAL ( Art. 194 a 204) A SEGURIDADE SOCIAL

Leia mais

SEGURIDADE SOCIAL NA CF/88. Professor Ivan Lucas

SEGURIDADE SOCIAL NA CF/88. Professor Ivan Lucas SEGURIDADE SOCIAL NA CF/88 Professor Ivan Lucas 1. (CESPE- 2015- TCE-RN- Auditor) Os objetivos da seguridade social incluem a universalidade da cobertura e do atendimento, a equidade na forma de participação

Leia mais

TESTE RÁPIDO DIREITO PREVIDENCIÁRIO P/ O INSS

TESTE RÁPIDO DIREITO PREVIDENCIÁRIO P/ O INSS TESTE RÁPIDO DIREITO PREVIDENCIÁRIO P/ O INSS COMENTADO 1 Direito Previdenciário INSS 2014 - TSS 1) Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil 2012 ESAF Assinale a opção incorreta. Compete ao Poder

Leia mais

Nos termos do art. 194, da Constituição Federal:

Nos termos do art. 194, da Constituição Federal: NOTA TÉCNICA EM RELAÇÃO À CONSTITUCIONALIDADE DA METODOLOGIA UTILIZADA PELA ANFIP ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM SEU ESTUDO ANÁLISE DA SEGURIDADE SOCIAL 2015

Leia mais

Tropa de Elite Delegado Federal Direito Previdenciário

Tropa de Elite Delegado Federal Direito Previdenciário Tropa de Elite Delegado Federal Direito Previdenciário Seguridade Social André Studart 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Conceito de Seguridade Social Art. 194.

Leia mais

Direito Previdenciário Curso De Exercícios Para Receita Federal Professor: Flaviano Lima

Direito Previdenciário Curso De Exercícios Para Receita Federal Professor: Flaviano Lima 01. (ATRFB 2012 ESAF) Assinale a opção incorreta. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: a) universalidade da cobertura e do atendimento,

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Da Saúde (Art. 196 a 200) Professor André Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional Seção II DA SAÚDE Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido

Leia mais

ATA Assistente Técnico Administrativo Direito Previdenciário Custeio da Seguridade Social Gilson Fernando

ATA Assistente Técnico Administrativo Direito Previdenciário Custeio da Seguridade Social Gilson Fernando 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. ATA Assistente Técnico Administrativo Direito Previdenciário Custeio da Gilson Fernando Custeio da Lei nº 8.212/1991 e alterações

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Ordem Social Previdência Social Profª. Fabiana Coutinho Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade,

Leia mais

CONSTITUIÇÃO DE 88/ PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS 2º AULA

CONSTITUIÇÃO DE 88/ PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS 2º AULA CONSTITUIÇÃO DE 88/ PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS 2º AULA PROF. HÉLDER PACHECO CONSTITUIÇÃO FEDERAL Lei 8.080 Lei 8.142 DECRETO 7.508 LEI 141 1988 1990 1991 1993 1996 2001/2002 2006 2011 2012 NOB NOAS

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário AULA 00 Direito Previdenciário Seguridade Social Conceito, organização e Princípios Professor Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá, amigos! Sou o Professor Moisés

Leia mais

Custeio da Seguridade Social

Custeio da Seguridade Social ENCONTRO 02 Custeio da Seguridade Social Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos

Leia mais

Exercícios Comentados

Exercícios Comentados Exercícios Comentados Provas & Concursos Direito Previdenciário Exercícios Comentados Seguridade Social Conceitos 01) (CESPE) Consoante o caput do Art. 194 da CF, A Seguridade Social compreende um conjunto

Leia mais

REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO. Regimes Previdenciários: Regimes Previdenciários. Regimes Previdenciários:

REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO. Regimes Previdenciários: Regimes Previdenciários. Regimes Previdenciários: DIREITO PREVIDENCIÁRIO REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Regimes Previdenciários Regime Geral De Previdência Social Regimes Previdenciários Regimes Próprios De Previdência De Previdência 1- Regime Geral

Leia mais

Unidade I DIREITO SOCIAL. Prof. Ligia Vianna

Unidade I DIREITO SOCIAL. Prof. Ligia Vianna Unidade I DIREITO SOCIAL Prof. Ligia Vianna 1- Introdução Constituição Federal Direitos Sociais; ART. 6º.: São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência

Leia mais

CURSO PREPARATÓRIO Concurso para JUIZ FEDERAL Prova escrita ALEXANDRE ROSSATO DA S. AVILA 2016

CURSO PREPARATÓRIO Concurso para JUIZ FEDERAL Prova escrita ALEXANDRE ROSSATO DA S. AVILA 2016 CURSO PREPARATÓRIO Concurso para JUIZ FEDERAL Prova escrita ALEXANDRE ROSSATO DA S. AVILA 2016 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS Prof. Alexandre Schumacher Triches DEFINIÇÃO PELA LEI 8.212/91 Art. 194. A seguridade

Leia mais

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

DIREITO PREVIDENCIÁRIO Transcrição Aula 02 INSS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Hugo Goes Direito Previdenciário AULA 02 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL Em matéria de Direito, quando se fala em princípios, trata-se

Leia mais

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

DIREITO PREVIDENCIÁRIO Simulado Aula 01 INSS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Guilherme Biazotto Direito Previdenciário SEGURIDADE SOCIAL 1. O princípio da seguridade social que estabelece a proporcionalidade da contribuição social

Leia mais

LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS QUESTÕES COMENTADAS EBSERH Lagarto- Se 2017 Gabarito preliminar Prof.ª Natale Souza

LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS QUESTÕES COMENTADAS EBSERH Lagarto- Se 2017 Gabarito preliminar Prof.ª Natale Souza LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS QUESTÕES COMENTADAS EBSERH Lagarto- Se 2017 Gabarito preliminar Prof.ª Natale Souza Olá pessoal, trago hoje cinco questões comentadas, da disciplina Legislação Aplicada ao SUS,

Leia mais

Cronograma Questões sem Comentários Questões Comentadas...16

Cronograma Questões sem Comentários Questões Comentadas...16 Cronograma...02 Questões sem Comentários...03 Questões Comentadas...16 www.universodosconcursos.com Página 1 CRONOGRAMA Aula Data Conteúdo 01 09/11/2012 Ponto 01: Seguridade social: conceito e princípios

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Seguridade e Previdência Social Banca FCC 1) FCC Juiz do Trabalho TRT 1ª Região (2012) A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações a) de iniciativa da

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário Direito Previdenciário Seguridade Social Professor Hugo Goes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Previdenciário LEGISLAÇÃO APLICADA AO CURSO Constituição Federal: Arts. 194 a 204 Lei nº 8.212/91 (custeio)

Leia mais

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

DIREITO PREVIDENCIÁRIO Questões de Concursos Aula 01 INSS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Guilherme Biazotto Direito Previdenciário SEGURIDADE SOCIAL 1. No que se refere à seguridade social no Brasil, julgue o item seguinte. A

Leia mais

CURSO SOMAR CONCURSO INSS/PC DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 09. Seção II DA SAÚDE

CURSO SOMAR CONCURSO INSS/PC DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 09. Seção II DA SAÚDE CURSO SOMAR CONCURSO INSS/PC DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 09 Seção II DA SAÚDE Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução

Leia mais

Auditor Fiscal Seguridade Social Art. 201 CF Leandro Macedo

Auditor Fiscal Seguridade Social Art. 201 CF Leandro Macedo Auditor Fiscal Seguridade Social Art. 201 CF Leandro Macedo 2014 2015 Copyright. Curso Agora Eu Eu Passo - - Todos os direitos reservados ao ao autor. O RGPS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL LEANDRO MACÊDO DEFINIÇÃO

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário Direito Previdenciário Curso Teórico Seguridade Social Princípios Gerais e Específicos Aula 1 Prof. Bruno Oliveira Adquira o Curso de Questões 1 Seguridade Social Saúde; Previdência Social; Assistência

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário Direito Previdenciário Financiamento do Regime Geral de Previdência Social Parte - 1 Prof. Bruno Valente Art. 195 da Constituição Federal Lei nº 8.212/91 Para iniciarmos os estudos do custeio previdenciário

Leia mais

Princípios da Seguridade Social (Resumos de Direito Previdenciário)

Princípios da Seguridade Social (Resumos de Direito Previdenciário) Princípios da Seguridade Social (Resumos de Direito Previdenciário). Os princípios da seguridade social estão previstos no art. 194 da Constituição Federal de 88 (CF/88): Art. 194. A seguridade social

Leia mais

PROFa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

PROFa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ PROFa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ Mestre em Direito Previdenciário pela PUC/SP Especialista em Direito Previdenciário pela EPD Advogada e Consultora Jurídica Professora de Direito Previdenciário Ex Servidora

Leia mais

Ananindeua 2017 UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA. Professor: Dr. Eduardo Arruda

Ananindeua 2017 UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA. Professor: Dr. Eduardo Arruda Ananindeua 2017 UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA Professor: Dr. Eduardo Arruda Sistema Único de Saúde Seguridade Social Conjunto integrado de ações (CF/88, art. 194) de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade;

Leia mais

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. Palestrante: Maurício Viot

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. Palestrante: Maurício Viot Palestrante: Maurício Viot PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR A previdência privada complementar é uma forma de acumulação de recursos para o longo prazo, os quais podem ser utilizados para aposentadoria e para

Leia mais

Rodada #1 Direito Previdenciário

Rodada #1 Direito Previdenciário Rodada #1 Direito Previdenciário Professor Moisés Moreira Assuntos da Rodada Direito Previdenciário: Seguridade social, previdência social, saúde e assistência social: conceituação, princípios e disposições

Leia mais

A situação da Seguridade Social no Brasil

A situação da Seguridade Social no Brasil A situação da Seguridade Social no Brasil Audiência Pública Comissão de Seguridade Social e Família CSSF Câmara dos Deputados, 16/08/2011 Álvaro Sólon de França Presidente do Conselho Executivo da ANFIP

Leia mais

DIREITO PREVIDENCIÁRIO: ORIGEM, CONCEITUAÇÃO E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL DA SEGURIDADE SOCIAL. CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO.

DIREITO PREVIDENCIÁRIO: ORIGEM, CONCEITUAÇÃO E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL DA SEGURIDADE SOCIAL. CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO. Sumário 7 Semana 1 DIREITO PREVIDENCIÁRIO: ORIGEM, CONCEITUAÇÃO E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL DA SEGURIDADE SOCIAL. COMPOSIÇÃO E PRINCÍPIOS INFORMADORES DA SEGURIDADE SOCIAL. CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL

Leia mais

INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO

INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. SEGURIDADE SOCIAL... 4 Princípios... 5 2. SISTEMA DA SEGURIDADE SOCIAL...10 Novas Fontes de Custeio... 11 3. SAÚDE...14 Sus - Sistema

Leia mais

TRABALHADORES E A PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

TRABALHADORES E A PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL TRABALHADORES E A PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL ORIGENS Luta dos trabalhadores ferroviários e constituição de caixas de socorro mútuo Conquistas gradativas Lei Eloy Chaves obriga cada ferrovia a criar Caixas

Leia mais

Rodada #1 Direito Previdenciário

Rodada #1 Direito Previdenciário Rodada #1 Direito Previdenciário Professor Moisés Moreira Assuntos da Rodada Noções de Direito Previdenciário: Seguridade social, previdência social, saúde e assistência social: conceituação, princípios

Leia mais

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

DIREITO PREVIDENCIÁRIO DIREITO PREVIDENCIÁRIO 1. Da Saúde 1.1. Conceito e relevância pública Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco

Leia mais

Aula Demonstrativa. Direito Previdenciário

Aula Demonstrativa. Direito Previdenciário Direito Previdenciário Seguridade Social: Previdência social, saúde e assistência social: conceituação, princípios e disposições constitucionais Professor: Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br 0

Leia mais

Sumário. CAPÍTULO 2 Contribuições para o custeio da seguridade social NOTAS INTRODUTÓRIAS... 43

Sumário. CAPÍTULO 2 Contribuições para o custeio da seguridade social NOTAS INTRODUTÓRIAS... 43 Sumário CAPÍTULO 1 A seguridade social no Brasil... 11 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA E COMPOSIÇÃO... 11 3. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA... 13 4. PRINCÍPIOS INFORMADORES... 14 4.1. Universalidade da cobertura e do atendimento...

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário Direito Previdenciário Curso Teórico Seguridade Social Regimes de Previdência Aula 3 Prof. Bruno Oliveira Adquira o Curso de Questões Regimes Regime Geral de Previdência Social: operado pelo INSS, uma

Leia mais

Eduardo Tanaka. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br

Eduardo Tanaka. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Eduardo Tanaka Pós-graduado em Direito Constitucional. Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Graduado em Odontologia pela USP. Auditor

Leia mais

Legislação do SUS. SEGURIDADE SOCIAL E SAÚDE Prof.ª Andrea Paula

Legislação do SUS. SEGURIDADE SOCIAL E SAÚDE Prof.ª Andrea Paula Legislação do SUS Tema: CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 SEGURIDADE SOCIAL E SAÚDE Prof.ª Andrea Paula Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa...

Leia mais

Da Ordem Social: bases e valores. Generalidades. Seguridade Social. Educação. Cultura. Desporto. Ciência e Tecnologia.

Da Ordem Social: bases e valores. Generalidades. Seguridade Social. Educação. Cultura. Desporto. Ciência e Tecnologia. Da Ordem Social: bases e valores. Generalidades. Seguridade Social. Educação. Cultura. Desporto. Ciência e Tecnologia. Cretella Júnior e Cretella Neto Direito Constitucional III Prof. Dr. João Miguel da

Leia mais

CAPÍTULO 1 A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL...

CAPÍTULO 1 A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL... Sumário CAPÍTULO 1 A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL... 15 1. Evolução histórica e composição... 15 2. Definição e natureza jurídica... 16 3. Competência legislativa... 17 4. Princípios informadores... 18

Leia mais

DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL I RISCO SOCIAL 18/02/14 AULA 2. RISCO SOCIAL à Incapacidade ou impossibilidade de trabalhar. Saúde. Assistência Social

DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL I RISCO SOCIAL 18/02/14 AULA 2. RISCO SOCIAL à Incapacidade ou impossibilidade de trabalhar. Saúde. Assistência Social DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL AULA 2 - RISCO SOCIAL - CONCEITOS DE SAÚDE, ASSISTÊNCIA SOCIAL E PREVIDÊNCIA SOCIAL - PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL I RISCO SOCIAL Trata- se de acontecimentos, pela natureza

Leia mais

EBSERH QUESTÕES COMENTADAS LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS CONCURSO EBSERH PARÁ AOCP/2016. Prof.ª Natale Souza

EBSERH QUESTÕES COMENTADAS LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS CONCURSO EBSERH PARÁ AOCP/2016. Prof.ª Natale Souza EBSERH QUESTÕES COMENTADAS LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS CONCURSO EBSERH PARÁ AOCP/2016 NÍVEL MÉDIO/TÉCNICO TARDE Prof.ª Natale Souza Olá queridos concurseiros EBSERH, vamos continuar os estudos? Vários editais

Leia mais

Rodada #1 Direito Previdenciário

Rodada #1 Direito Previdenciário Rodada #1 Direito Previdenciário Professor Moisés Moreira Assuntos da Rodada Direito Previdenciário: 1 Seguridade social. 1.1 Conceito, organização e princípios. 2 Regime geral de previdência social. 2.1

Leia mais

SUMÁRIO O QUE É SEGURIDADE SOCIAL? QUEM SÃO OS PARTICIPANTES DO REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL? CAPÍTULO I

SUMÁRIO O QUE É SEGURIDADE SOCIAL? QUEM SÃO OS PARTICIPANTES DO REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL? CAPÍTULO I SUMÁRIO CAPÍTULO I O QUE É SEGURIDADE SOCIAL?... 13 Solidariedade social... 16 Universalidade na cobertura e no atendimento... 17 Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas

Leia mais

Rodada #1 Direito Previdenciário

Rodada #1 Direito Previdenciário Rodada #1 Direito Previdenciário Professor Moisés Moreira Assuntos da Rodada Direito Previdenciário: 26. Seguridade social. 26.1. Conceituação. 26.2. Organização e princípios constitucionais. 27. Regime

Leia mais

NOVO Curso Completo do SUS

NOVO Curso Completo do SUS NOVO Curso Completo do SUS Aula 01 O SUS na Constituição Federeal 1 Próximas aulas Esse curso será formado por 20 Videoaulas e 10 ebooks (aulas escritas). Todos os ebooks já estão disponíveis para os alunos

Leia mais

DISCIPLINA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO. AULA 01 - Seguridade social

DISCIPLINA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO. AULA 01 - Seguridade social DISCIPLINA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO Professora: Soraya da Silva dos Santos OBJETIVO: auxiliar o estudante concurseiro na compreensão de maneira sucinta, clara e objetiva da disciplina, para que reflita

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Da Seguridade Social - Da Previdência Social Professor: André Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional Seção III DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Art. 201. A PREVIDÊNCIA

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Regular - 6ª fase Período 2015 2016 1) FGV - ANALISTA - DPE/RO (2016) Em relação à evolução das despesas previdenciárias, considere V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s)

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário Direito Previdenciário Prof. Hugo Goes www.hugogoes.com.br Origem e evolução legislativa da Previdência Social no Brasil 1. Lei Eloy Chaves e as CAPs Decreto Legislativo nº 4.682, de 24-1-1923 - instituiu

Leia mais

SEGURIDADE SOCIAL. Tem a finalidade de garantir o mínimo necessário à sobrevivência do indivíduo.

SEGURIDADE SOCIAL. Tem a finalidade de garantir o mínimo necessário à sobrevivência do indivíduo. SEGURIDADE SOCIAL A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e

Leia mais

CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO. Prof. Dr. Germano Campos Silva

CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO. Prof. Dr. Germano Campos Silva CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Dr. Germano Campos Silva I- Parte Introdutória 1.1-Noções de Previdência Social e Seguridade Social 1.2-Princípios Constitucionais da Seguridade Social 1.2.1- Universalidade

Leia mais

www.grupoidealbr.com.br AULA 2 (CF/88 ARTIGOS 196 A0 200) Legislação do SUS - Professora Ana Flávia Alves e-mail: anaflaviaprofessora@yahoo.com Garantido mediante políticas sociais e econômicas. A saúde

Leia mais

Rodada #1 Direito Previdenciário

Rodada #1 Direito Previdenciário Rodada #1 Direito Previdenciário Professor Moisés Moreira Assuntos da Rodada Direito Previdenciário: 1 Seguridade social. 1.1 Conceito, organização e princípios. 2 Regime geral de previdência social. 2.1

Leia mais

Capítulo 1 A seguridade social no Brasil... 17

Capítulo 1 A seguridade social no Brasil... 17 SUMÁRIO Capítulo 1 A seguridade social no Brasil... 17 1. Evolução histórica e composição... 17 2. Definição e natureza jurídica... 18 3. Competência legislativa... 19 4. Princípios informadores... 20

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário Direito Previdenciário Regime Geral de Previdência Social Estrutura administrativa Parte 1 Prof. Bruno Valente -PODER EXECUTIVO FEDERAL -MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (MPS) -O MPS é a estrutura administrativa

Leia mais

Sumário APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO SINOPSES PARA CARREIRAS FISCAIS... 17

Sumário APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO SINOPSES PARA CARREIRAS FISCAIS... 17 Sumário APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO SINOPSES PARA CARREIRAS FISCAIS... 17 EDITAL SISTEMATIZADO CARREIRAS FISCAIS... 19 1. Receita Federal do Brasil... 19 2. Ministério do Trabalho e Emprego... 21 CAPÍTULO

Leia mais

CARLOS MENDONÇA DIREITO PREVIDENCIÁRIO

CARLOS MENDONÇA DIREITO PREVIDENCIÁRIO CARLOS MENDONÇA DIREITO PREVIDENCIÁRIO Conteúdo Programático Direito Previdenciário: Seguridade social: origem e evolução legislativa no Brasil; conceito; organização e princípios constitucionais. Da assistência

Leia mais

Sumário. nota do autor...11 nota do autor 2ª edição a seguridade social no brasil...15 CAPÍTULO 1

Sumário. nota do autor...11 nota do autor 2ª edição a seguridade social no brasil...15 CAPÍTULO 1 nota do autor...11 nota do autor 2ª edição...13 CAPÍTULO 1 a seguridade social no brasil...15 1. Evolução histórica e composição...15 2. Definição e natureza jurídica...16 3. Competência legislativa...17

Leia mais

1 A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL...

1 A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL... Capítulo 1 A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL... 19 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA E COMPOSIÇÃO... 19 2. DEFINIÇÃO E NATUREZA JURÍDICA... 22 3. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA... 22 4. PRINCÍPIOS INFORMADORES... 24 4.1. Universalidade

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Previdenciário. Técnico do TRF 2. Consulplan

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Previdenciário. Técnico do TRF 2. Consulplan CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Técnico do TRF 2 Consulplan Seguridade Social Questão 1: CONSULPLAN - JT TRT1/TRT 1/2005 A natureza jurídica dos regimes básicos previdenciários é: a) contratual; b) institucional;

Leia mais

PONTO 1: Legislação PONTO 2: Seguridade Social PONTO 3: Princípios e Regras aplicáveis PONTO 4: Previdência Social 1. LEGISLAÇÃO: 3.

PONTO 1: Legislação PONTO 2: Seguridade Social PONTO 3: Princípios e Regras aplicáveis PONTO 4: Previdência Social 1. LEGISLAÇÃO: 3. 1 DIREITO PREVIDENCIÁRIO PONTO 1: Legislação PONTO 2: Seguridade Social PONTO 3: Princípios e Regras aplicáveis PONTO 4: Previdência Social 1. LEGISLAÇÃO: CF, art. 194 a 203. Lei 8.213/91 Lei 8.212/91

Leia mais

Aula 00. Direito Previdenciário Princípios Constitucionais da Seguridade Social Professor: Adriana Menezes

Aula 00. Direito Previdenciário Princípios Constitucionais da Seguridade Social Professor: Adriana Menezes Aula 00 Direito Previdenciário Princípios Constitucionais da Seguridade Social Professor: Adriana Menezes Aula 00 Aula Demonstrativa PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL QUESTÕES 1 (ESAF Auditor-Fiscal

Leia mais

Reforma da Previdência PEC 287. A Reforma é necessária?

Reforma da Previdência PEC 287. A Reforma é necessária? Reforma da Previdência PEC 287 A Reforma é necessária? Prof. Gilson Fernando 1 Saúde Seguridade Social Assistência Social Sistema Nacional garantidor de Direitos subjetivos Regimes Básicos RGPS Previdência

Leia mais

QUADRO DE INCONSTITUCIONALIDADES PEC 287/2016

QUADRO DE INCONSTITUCIONALIDADES PEC 287/2016 QUADRO DE INCONSTITUCIONALIDADES PEC 287/2016 PEC 287/2016 RPPS Aposentadoria por tempo de contribuição e por invalidez 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao limite mínimo ou superiores

Leia mais

Abreviaturas... Parte I: Introdução ao Estudo do Direito Previdenciário. 1. Aspectos Históricos da Proteção Social... 3

Abreviaturas... Parte I: Introdução ao Estudo do Direito Previdenciário. 1. Aspectos Históricos da Proteção Social... 3 Sumário Abreviaturas........................... Apresentação........... Prefácio..................................... xxi xxv xxvii Parte I: Introdução ao Estudo do Direito Previdenciário 1. Aspectos Históricos

Leia mais

Aula Previdência Social: O Sistema Previdenciário brasileiro é dividido em 2 grandes ramos: Previdência Pública e Privada.

Aula Previdência Social: O Sistema Previdenciário brasileiro é dividido em 2 grandes ramos: Previdência Pública e Privada. Página1 Curso/Disciplina: Ordem Social, Econômica e Financeira. Aula: 02 Professor (a): Marcelo Tavares Monitor (a): Fabiana Pimenta Aula 02 1.3 Previdência Social: O Sistema Previdenciário brasileiro

Leia mais

Artigo 194, parágrafo único: PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CUSTEIO. Artigo 195 da CF, que trata do financiamento da seguridade social

Artigo 194, parágrafo único: PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CUSTEIO. Artigo 195 da CF, que trata do financiamento da seguridade social RESUMO DA AULA 13 de maio de 2019 CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL Artigo 194 da CF: define o que é SEGURIDADE SOCIAL Artigo 194, parágrafo único: PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CUSTEIO Equidade na forma de participação

Leia mais

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO SUMÁRIO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO 1.1. Evolução histórica geral... 29 1.2. Evolução histórica no Brasil... 34 1.3. Denominação... 40 1.4. Conceito... 41 1.5. Abrangência e divisão...

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO

SUMÁRIO. Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO SUMÁRIO Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO 1.1. Evolução histórica geral... 23 1.2. Evolução histórica no Brasil... 28 1.3. Denominação... 35 1.4. Conceito... 36 1.5. Abrangência e divisão...

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA SAÚDE PÚBLICA AULA 02

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA SAÚDE PÚBLICA AULA 02 SAÚDE PÚBLICA AULA 02 A saúde ganhou importante espaço na Constituição Federal de 1988 (CF/88), fazendo parte da seguridade social juntamente com a assistência e previdência social de forma integrada.

Leia mais

CONSTITUIÇÃO PEC Nº 287

CONSTITUIÇÃO PEC Nº 287 CONSTITUIÇÃO PEC Nº 287 Artigo 201 Art. 1º Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem

Leia mais

DIREITO PREVIDENCIÁRIO Questões realizadas pela Fundação Carlos Chagas FCC. 1. O financiamento da Seguridade Social, incluindo a assistência social:

DIREITO PREVIDENCIÁRIO Questões realizadas pela Fundação Carlos Chagas FCC. 1. O financiamento da Seguridade Social, incluindo a assistência social: DIREITO PREVIDENCIÁRIO Questões realizadas pela Fundação Carlos Chagas FCC 1. O financiamento da Seguridade Social, incluindo a assistência social: a) é tripartite, a cargo do Poder Público, das empresas

Leia mais

IPERGS. ARI LOVERA Diretor de Previdência do IPERGS

IPERGS. ARI LOVERA Diretor de Previdência do IPERGS IPERGS ARI LOVERA Diretor de Previdência do IPERGS 1. Regimes Próprios de Previdência Social - RPPS REGIMES PREVIDENCIÁRIOS RGPS Regime Geral de Previdência Social RPPS Regime Próprio de Previdência Social

Leia mais

DIREITO PREVIDENCIÁRIO E ASSISTENCIAL

DIREITO PREVIDENCIÁRIO E ASSISTENCIAL Frederico Amado DIREITO PREVIDENCIÁRIO E ASSISTENCIAL para o concurso do INSS Obra organizada para leitura em 17 semanas 2019 APRESENTAÇÃO 5 Apresento mais uma obra de minha autoria aos meus fiéis leitores

Leia mais

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 A SEGURIDADE SOCIAL... 19

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 A SEGURIDADE SOCIAL... 19 SUMÁRIO S CAPÍTULO 1 A SEGURIDADE SOCIAL... 19 1. Origem e evolução legislativa no Brasil... 19 Questões comentadas de concursos públicos... 29 Questões de concursos... 30 CAPÍTULO 2 A SEGURIDADE SOCIAL

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 A seguridade social no Brasil... 15

SUMÁRIO. Capítulo 1 A seguridade social no Brasil... 15 SUMÁRIO Capítulo 1 A seguridade social no Brasil... 15 1. Evolução hist rica e composição... 15 2. Definição e natureza jurídica... 16 3. Competência legislativa... 17 4. Princípios informadores... 18

Leia mais

SIMULADO DIREITO PREVIDENCIÁRIO

SIMULADO DIREITO PREVIDENCIÁRIO SIMULADO DIREITO PREVIDENCIÁRIO TRF 4ª Região 2007. 1. Para um trabalhador que não possua dependentes, o benefício salário-família não será concedido; para o trabalhador que se encontre incapaz temporariamente

Leia mais

Direitos da Pessoa com Deficiência

Direitos da Pessoa com Deficiência Direitos da Pessoa com Deficiência A constitucionalização dos direitos das pessoas com deficiência. A política nacional para a integração das pessoas com deficiência; diretrizes, objetivos e instrumentos

Leia mais

DECRETO Nº /2007 (Dispõe sobre o art. 3 o da Lei n o 8.742/1993)

DECRETO Nº /2007 (Dispõe sobre o art. 3 o da Lei n o 8.742/1993) DECRETO Nº. 6.308/2007 (Dispõe sobre o art. 3 o da Lei n o 8.742/1993) O art. 1º define em seu parágrafo único que são características essenciais das entidades e organizações de assistência social: I.

Leia mais

ESTAMOS NA RETA FINAL!!!!

ESTAMOS NA RETA FINAL!!!! ESTAMOS NA RETA FINAL!!!! 4 Seguridade Social Conjunto de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade Destinada a assegurar os direitos relativos à: Saúde Previdência Assistência social Financiamento

Leia mais

Acerca do conceito e dos princípios da seguridade social no Brasil, julgue os itens que se seguem.

Acerca do conceito e dos princípios da seguridade social no Brasil, julgue os itens que se seguem. (): Acerca do conceito e dos princípios da seguridade social no Brasil, julgue os itens que se seguem. 80 A seguridade social representa um conjunto integrado de ações direcionadas à proteção exclusiva

Leia mais

Questões Passíveis de Recurso Direito Previdenciário - Prova Cubo

Questões Passíveis de Recurso Direito Previdenciário - Prova Cubo Questões Passíveis de Recurso Direito Previdenciário - Prova Cubo Questão 52: 52. Na década de 30 do século passado, as caixas de aposentadoria e pensões foram reunidas nos institutos de aposentadoria

Leia mais

COLEÇÃO SINOPSES PARA CONCURSOS. 13 NOTA DO AUTOR 6ª EDIÇÃO 2015/2º SEMESTRE. 15 GUIA DE LEITURA DA COLEÇÃO A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL.

COLEÇÃO SINOPSES PARA CONCURSOS. 13 NOTA DO AUTOR 6ª EDIÇÃO 2015/2º SEMESTRE. 15 GUIA DE LEITURA DA COLEÇÃO A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL. Sumário COLEÇÃO SINOPSES PARA CONCURSOS... 13 NOTA DO AUTOR 6ª EDIÇÃO 2015/2º SEMESTRE... 15 GUIA DE LEITURA DA COLEÇÃO... 17 Capítulo 1 A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL... 19 1. Evolução histórica e composição...

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário AULA 00 Direito Previdenciário Seguridade Social Conceito, organização e Princípios Professor Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br 0 Olá, amigos! Sou o Professor Moisés Moreira e estou aqui no Ponto

Leia mais

file:///j:/macilene/legisla%c3%a7%c3%b5es/lei%20n_% htm SEGURIDADE SOCIAL LEI N , DE 24 DE JULHO DE 1991

file:///j:/macilene/legisla%c3%a7%c3%b5es/lei%20n_% htm SEGURIDADE SOCIAL LEI N , DE 24 DE JULHO DE 1991 1 de 5 3/5/2010 10:15 Sumário Apresentação Volume II Início SEGURIDADE SOCIAL LEI N. 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991 Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio e dá outras

Leia mais

Capítulo 1 Origem e evolução histórica e legislativa no Brasil e no mundo... 1 Capítulo 2 Direito Previdenciário... 11

Capítulo 1 Origem e evolução histórica e legislativa no Brasil e no mundo... 1 Capítulo 2 Direito Previdenciário... 11 Sumário Capítulo 1 Origem e evolução histórica e legislativa no Brasil e no mundo... 1 1.1. Introdução...1 1.2. Assistência social...1 1.3. Mutualismo...2 1.4. Seguro privado...2 1.5. Seguro social...3

Leia mais

Ato Declaratório nº 5 da Receita Federal

Ato Declaratório nº 5 da Receita Federal Ato Declaratório nº 5 da Receita Federal 22.09.2015 Belo Horizonte/ MG Prof.: Ronaldo Gaudio Art. 22, inc. IV, Lei 8.212/91 (incluído pela lei 9.876/99) A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade

Leia mais

ASPECTOS DO DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

ASPECTOS DO DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA SOCIAL SEMINÁRIO DA PREVIDÊNCIA SINDIBEL 04/10/2016 ASPECTOS DO DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DECIO BRUNO LOPES VICE PRESIDENTE DE ASSUNTOS DA SEGURIDADE SOCIAL CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE SEGURIDADE SOCIAL

Leia mais