Material de Apoio. Fundação Bradesco Setor de Educação de Jovens e Adultos

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1 Material de Apoio Fundação Bradesco Setor de Educação de Jovens e Adultos

2 Oficinas Interdisciplinares Caro aluno, Seja bem-vindo às Oficinas Interdisciplinares! Saiba que elas foram especialmente construídas com a finalidade de contribuir para a sua formação. Para tanto, propomos um trabalho diferenciado que oportunizará a aprendizagem de forma integrada entre as áreas do conhecimento. Essas oficinas têm o objetivo de abordar assuntos do cotidiano para promover a aprendizagem interdisciplinar e evidenciar que o conhecimento é construído a partir da soma de saberes. Para o desenvolvimento desse trabalho você contará com vídeo-aulas e materiais de apoio, como textos, exercícios e indicações de recursos complementares os quais abordam as temáticas discutidas em cada uma das oficinas. Todo esse material favorecerá a retomada dos estudos de forma autônoma, sempre que você desejar. Desejamos a todos bons estudos! Fundação Bradesco Setor de Educação de Jovens e Adultos 1

3 Agropecuária no Brasil: a parte que nos cabe deste latifúndio A partir de agora, convidamos você a refletir a respeito de um tema que aborda alguns aspectos e ao mesmo tempo mostra as distintas realidades do nosso país: a agropecuária em suas diferentes feições a estrutura fundiária, a reforma agrária e a produção de alimentos. Nas próximas páginas, você encontrará o embasamento teórico de várias disciplinas que contribuirá para um olhar mais científico sobre o tema. Simultaneamente, esperamos colaborar para que os conhecimentos escolares possam ser utilizados de forma articulada com o seu cotidiano, aplicado em situações práticas, para melhor entender o mundo que o cerca. Almejamos que no decorrer desta oficina você desenvolva habilidades que facilitem seu entendimento sobre a configuração dos espaços rurais e a organização da estrutura fundiária brasileira, bem como possibilitem a leitura e a interpretação dos dados da agropecuária, a utilização da linguagem para argumentar e expor diferentes pontos de vista sobre o tema e a compreensão da importância dos fertilizantes na produção de alimentos. Ao término deste trabalho, esperamos que as reflexões aqui realizadas e suas vivências cotidianas enriqueçam seus conhecimentos sobre a ocupação da terra e a produção de alimentos, possibilitando, assim, o desenvolvimento do pensamento crítico para a análise da realidade a sua volta. Desta forma, durante o estudo do tema, falaremos sobre: a organização da estrutura fundiária, as relações de trabalho e os conflitos pela posse da terra no Brasil; os movimentos sociais e o processo de reforma agrária; os principais dados da agropecuária brasileira e a distribuição de terras; a linguagem e a argumentação como forma de persuasão para discutir a reforma agrária no Brasil; os elementos químicos essenciais para o desenvolvimento das culturas agrícolas; a importância da fabricação industrial e do uso de fertilizantes para aumentar a produtividade da agricultura familiar e a disponibilidade de alimentos. Atenciosamente, Erika Yokoyama Fabiana Leal Gilda Galdino Lucilene Oliveira 2

4 ÍNDICE Discutindo a teoria O espaço agrário brasileiro...04 A concentração fundiária no Brasil...06 Agronegócio e agricultura familiar...10 A reforma agrária e a luta pelo acesso à terra Os movimentos sociais no campo Os dados da estrutura fundiária Hora de discutir o tema A linguagem A argumentação Retomando ideias Vocabulário Os discursos argumentativos A produção de alimentos pela agricultura familiar Como auxiliar na produtividade aumentando a produção de alimentos? Quais são os elementos que as plantas precisam para crescer? Localização desses elementos na Tabela Periódica A organização dos elementos na Tabela Periódica Classificação dos elementos e propriedades Quais são as matérias-primas para a produção industrial dos fertilizantes? Exercícios para praticar Geografia (1 e 2) Matemática (3, 4, 5 e 6) Português (7 e 8) Química (9 e 10) Gabaritos comentados Geografia (1 e 2) Matemática (3, 4, 5 e 6) Português (7 e 8) Química (9 e 10) Referências

5 DISCUTINDO A TEORIA O espaço agrário brasileiro Agricultura e pecuária são atividades milenares e, no Brasil, ambas sempre tiveram grande importância econômica, desde os tempos em que o país era colônia de Portugal, ainda no século 16. Com a modernização das técnicas agropecuárias, o país se tornou uma das grandes potências mundiais no setor. No entanto, apesar desse status e do aumento da produtividade, o campo brasileiro vive de grandes contradições e de uma imensa desigualdade social. O Brasil é o quinto maior país do mundo em área, com mais de 8 milhões de km 2, e possui uma população de aproximadamente 200 milhões de habitantes, segundo os dados do último Censo Demográfico, realizado pelo IBGE, em Esses números também fazem do Brasil o quinto país mais populoso do mundo. Desse total, aproximadamente 30 milhões de pessoas vivem nas áreas rurais do Brasil. Os números são importantes; contudo, se olharmos para a história recente do país, vemos que a população rural brasileira, desde a década de 1970, está em declínio. Observe o gráfico: Os motivos para o declínio da população rural são bastante conhecidos: o intenso êxodo rural (migração campo-cidade), ocorrido entre as décadas de 1950 e 1970, especialmente para as grandes capitais da região Sudeste brasileira. A busca por oportunidades de trabalho e por melhores condições de vida forçaram muitos brasileiros a deixarem suas terras de origem em direção às grandes cidades que, recentemente, haviam passado por um processo de urbanização e industrialização. 4

6 Vale ressaltar, todavia, que a modernização e a mecanização do campo (provocada pelo processo de industrialização) substituíram parte da mão de obra por máquinas, fazendo com que muitos trabalhadores do campo e pequenos produtores rurais perdessem seus meios de sustento. Sendo assim, é preciso apontar que a incorporação de técnicas mais eficientes, a expansão da mecanização e o uso de insumos agrícolas (fertilizantes e agrotóxicos) foi, basicamente, um privilégio dos grandes produtores rurais. Apesar de ser um país majoritariamente urbano mais de 80% da população brasileira vive em áreas urbanas são os números e a tradição da agropecuária que mantêm o Brasil entre as dez maiores economias do mundo. Veja os números a seguir: A produção agropecuária brasileira Nos últimos anos, o Brasil se tornou um dos principais produtores agropecuários do mundo e o segundo maior exportador mundial de alimentos, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2012, a participação de produtos agropecuários e minérios, no total das exportações brasileiras, foi de 65,3%; O Brasil apresentou safra recorde em 2013/2014, colhendo 192,8 toneladas de grãos; No mesmo período, a soja foi o principal produto brasileiro exportado, em receita (14% do PIB). Atualmente, o Brasil é o maior exportador de soja do mundo (42 milhões de toneladas); o segundo maior produtor de soja (85,65 milhões de toneladas); o maior produtor e exportador de açúcar, café e suco de laranja; o maior exportador de carne bovina e de frango; o segundo maior exportador de milho do mundo. Disponível em: < alter_campanato)4set2009.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 30 jun h50min. Mesmo com esses números impressionantes, uma parcela muito pequena da população do campo tira proveito da riqueza gerada com a produção e a exportação dos produtos agropecuários. A modernização do campo provocou uma enorme diferença entre os produtores rurais em termos de produtividade e uso de técnicas avançadas de cultivo, colheita e criação de animais. Como consequência, a grande maioria dos estabelecimentos rurais brasileiros ainda apresenta baixa produtividade e fica de fora do lucrativo mercado internacional agropecuário, produzindo apenas para subsistência e para abastecer o mercado interno. 5

7 A maioria da população que permanece no campo e resiste a uma realidade heterogênea e, por muitas vezes adversa, sobrevive com técnicas rudimentares de cultivo e preparo do solo, sequer utilizam tratores e vivem da produção familiar. As diferenças e contradições se tornam mais expressivas quando observamos os dados referentes à pobreza existente no campo. Dos 16,2 milhões de brasileiros que vivem na extrema pobreza, 7,59 milhões residem em áreas rurais, isto é, mais de 25% da população rural brasileira vive com menos de 70 reais mensais. As origens das desigualdades sociais no campo brasileiro são históricas e explicadas pelo fato da propriedade da terra ser altamente concentrada. Em outras palavras, um dos maiores problemas do campo brasileiro é a concentração fundiária. A concentração fundiária no Brasil A maneira como as propriedades rurais privadas estão organizadas, considerando-se o tamanho, a quantidade e a distribuição delas, é chamada de estrutura fundiária. Uma das principais características da agropecuária brasileira é a concentração das terras nas mãos de poucos proprietários. Por esse motivo, falamos que a estrutura fundiária do Brasil é altamente concentrada. Essa má distribuição das terras no Brasil é herança do nosso passado colonial e tem origem no processo de exploração e ocupação do território, a partir do estabelecimento das Capitanias Hereditárias e das sesmarias. Por esse sistema, implantado oficialmente em 1534, a Coroa Portuguesa dividiu as terras brasileiras que até então eram um bem coletivo das comunidades indígenas concedendo poder e vantagens para aqueles poucos que se dispusessem a investir um imenso capital na produção de cana-de-açúcar em terras da colônia. Fonte: Fundação Bradesco,

8 Os donatários, como ficaram conhecidos os homens de confiança da Coroa para realizar tal empreitada, receberam concessões para explorar vastas porções de terras, uma vez que a produção de cana-de-açúcar, com o estabelecimento dos engenhos, só era viável em grande escala. Estava estabelecido o sistema de plantation, que se valia da tríade: monocultura para exportação, produção em vastas porções de terra (os latifúndios) e baixo custo da mão de obra (ou mesmo o regime de escravidão), para obtenção de lucro. Nesse sistema de divisão de terras, que privilegiava apenas um pequeno grupo de pessoas, a estrutura fundiária brasileira já se iniciava concentrada, pois poucos possuíam condições financeiras para realizar tal atividade. Estrutura fundiária A análise da estrutura fundiária de um país mostra a forma como as propriedades destinadas à agropecuária são divididas e utilizadas. Para compreender essa organização, é preciso conhecer a diferenciação das propriedades rurais, tomada a partir de suas dimensões. Quando falamos da dimensão de uma propriedade rural, pode-se estabelecer a seguinte divisão: Minifúndio: pequenas propriedades rurais responsáveis pela produção de aproximadamente 70% dos alimentos consumidos no Brasil. Geralmente, essas propriedades utilizam mão de obra predominantemente familiar. Empresa rural: propriedade de médio ou grande porte vinculada ao agronegócio. Usualmente produz matérias-primas (laranja, soja, cana-de-açúcar, leite, carne) para as indústrias de processamento de alimentos. Latifúndio por dimensão: grandes propriedades rurais, com atividade vinculada ao agronegócio, geralmente, a monocultura voltada para a exportação. Latifúndio por exploração: propriedade rural que tem por característica a improdutividade, uma vez que o proprietário não tem a intenção de cultivar essas terras, deixando-as para valorização ou especulação imobiliária. Trata-se, portanto, de uma propriedade subutilizada econômica e socialmente. Além do poder econômico, com o passar do tempo, o sistema de Capitanias Hereditárias deu vasto poder político aos grandes proprietários e, mesmo após a Independência do Brasil e a Proclamação da República, a propriedade de latifúndios produtivos e improdutivos esteve (e em alguns lugares ainda está) na base do poder político brasileiro. A estrutura fundiária brasileira, ao contrário de muitos países do mundo, tem forte característica de concentração, por consequência, grande parte dos trabalhadores rurais que vive das atividades do campo não é proprietária das terras onde trabalha. Foi nesse contexto que boa parte da sociedade brasileira foi estruturada, bem como os problemas resultantes dessa organização. Especialmente no campo, mas também nas cidades, boa parte da população brasileira ainda se ressente das desigualdades surgidas no período colonial, no qual perdurou a concentração fundiária e o regime de escravidão, que excluiu uma imensa parcela da população dos direitos sociais mais básicos. 7

9 Ainda hoje, a concentração fundiária é um dos maiores problemas do Brasil. Observe a tabela a seguir: Área dos estabelecimentos agropecuários (em milhões de hectares) Propriedades 1985 Área total (1985) 2006 Área total (2006) Menos de 10 ha* 9,99 2,66% 7,80 2,33% De 10 ha a menos de 100 ha 69,56 18,56% 62,90 18,85% De 100 ha a menos de 1000 ha 131,43 35,05% 112,84 33,82% 1000 ha ou mais 163,94 43,73% 150,14 45% Total 374,92 100% 333,68 100% Fonte: IBGE - Censo Agropecuário, 1985 e 2006 (Segunda apuração). *Nota: 1 hectare (ha) = m 2 De acordo com a tabela, organizada com dados do Censo Agropecuário (IBGE) de 1985 e 2006, os latifúndios, ou as propriedades com mais de 100 ha, ocupam quase 80% da área total dos estabelecimentos destinados à agropecuária. Em contrapartida, as propriedades menores, ou os minifúndios, ocupam pouco mais de 20% das terras destinadas à agropecuária. Por outro lado, se olharmos para o número total de propriedades, conseguimos perceber com clareza a concentração fundiária, uma vez que os latifúndios representam menos de 10% de estabelecimentos rurais. Isto é, dos aproximadamente 5 milhões dos estabelecimentos agropecuários existentes no Brasil, cerca de 500 mil ocupam 80% da área destinada à agropecuária. Na outra ponta, as menores propriedades, que representam 90% dos estabelecimentos, ocupam em torno de 20% dessa mesma área. De olho nos números Você percebeu a discrepância nos números apresentados? Esses dados mostram que, no Brasil, existem vastas extensões de terras nas mãos de poucos, porém ricos latifundiários. Eis a concentração fundiária! Os Censos Agropecuários, realizados ao longo dos últimos anos, revelam que a concentração da propriedade fundiária no Brasil permanece praticamente inalterada. Nesse cenário desfavorável, e que historicamente beneficiou as elites, não era de se estranhar o elevado número de brasileiros que vive em condições extremas de pobreza no campo. Da mesma forma, também não era se de estranhar que muitos trabalhadores rurais migrassem para as cidades em busca de melhores condições de vida e trabalho, não é mesmo? 8

10 Disponível em: < Acesso em: 30 jun h50min. O problema é que nem sempre esses migrantes encontraram melhores condições de vida e trabalho nas cidades, tal como mostra a imagem. Além disso, deve-se sempre considerar que existe uma imensa parcela da população que, ao contrário do que pode imaginar o senso comum, prefere permanecer no campo e viver das atividades rurais, ao invés de mudar-se para as cidades. Desse modo, cabe ao Estado brasileiro criar as condições necessárias para fixar o homem ao campo, fornecendo meios para que ele possa se sustentar, a partir de sua produção, sem que haja a necessidade dele migrar, ou ainda, se submeter à exploração dos latifundiários como trabalhadores mal remunerados, temporários ou permanentes. É nesse contexto que a reforma agrária aparece como um elemento fundamental de rompimento com nossa herança elitista. Antes de falarmos sobre ela, no entanto, precisamos diferenciar ao menos duas relações de produção e de trabalho existentes no campo: as relações familiares e as relações capitalistas assalariadas. As relações familiares, como o nome já sugere, estão fundamentadas na produção para a subsistência, sem o uso de outra mão de obra que a dos próprios membros de uma família. Já nas relações capitalistas, ao contrário da agricultura familiar, existe uma relação patronal, ou seja, o agricultor é um assalariado, tal como um operário em uma fábrica, e produz não para seu sustento, mas para o lucro de seu patrão. Normalmente essa relação é estabelecida entre os trabalhadores e os latifundiários. 9

11 Boias-frias Com a intensa mecanização das atividades no campo, os latifundiários têm optado por contratar o trabalhador assalariado apenas nos períodos do plantio e da colheita, que são os momentos de maior demanda de mão de obra. Nessas áreas, é muito comum a contratação de trabalhadores temporários, ou boias-frias, que pela sua condição, vivem desamparados da legislação trabalhista, pois não possuem vínculos empregatícios formais com o empregador. De maneira geral, os boias-frias vivem nas periferias das cidades e ficam nas fazendas apenas nos períodos em que são contratados. Disponível em: <Rawpixel/Shutterstock.com>. Acesso em: 22 out h. As condições de trabalho no campo, contudo, estão longe de serem adequadas, uma vez que a concentração fundiária, os baixos salários e a mecanização impedem que a maioria dos agricultores consiga sobreviver com dignidade. Ao contrário do que podemos imaginar, o trabalho assalariado está longe de prevalecer no campo brasileiro. A maior parte dos camponeses brasileiros vive, ou luta para viver, da produção familiar, produzindo para a subsistência e para o abastecimento do mercado interno. Agronegócio e agricultura familiar O campo brasileiro vive, pelo menos, duas realidades bastante distintas: a do agronegócio e a da agricultura familiar. No Brasil, as atividades do agronegócio estão ligadas à produção mecanizada de soja, laranja, cana-de-açúcar e à criação de gado. Essas atividades são realizadas por grandes produtores ou empresas de processamento de alimento, em latifúndios, com produção mecanizada e uso intensivo de tecnologia e pouca mão de obra empregada. O agronegócio abrange toda a cadeia produtiva da agricultura e da pecuária, desde a produção, desenvolvimento de sementes geneticamente modificadas, produção de implementos e defensivos agrotóxicos, transformação da matéria-prima em alimento processado, distribuição, transporte e comércio. Juntas, essas atividades somam mais de 20% do Produto Interno Bruto brasileiro. Enquanto as atividades do agronegócio são herdeiras do sistema de exploração da terra do período colonial, baseado nas monoculturas em larga escala para exportação, a agricultura familiar, geralmente, é realizada em pequenas propriedades e é voltada para a produção de alimentos e abastecimento do mercado interno. 10

12 Normalmente, os agricultores que vivem da produção familiar são responsáveis pelas culturas pobres (feijão, arroz, mandioca, batata), que não interessam aos latifundiários ligados ao agronegócio. Compare os dados a seguir: Veja que a maioria das propriedades rurais estabelecem relações familiares de produção e trabalho, apesar disso, essas propriedades ocupam menos de 25% da área destinada à agropecuária brasileira. Independentemente desses números discrepantes, é importante ressaltar que a agricultura familiar é responsável pela produção de 70% dos alimentos consumidos no Brasil. Disponível em: < Acesso em: 01 jul h50min. 11

13 Temos, então, outro fator que justifica a importância de se criar condições para que o pequeno produtor permaneça no campo. É esse tipo de atividade que praticamente abastece o mercado nacional de alimentos. Existem casos em que pequenos estabelecimentos rurais de agricultura familiar se modernizam e participam do circuito do agronegócio. Todavia, é muito mais comum que as monoculturas voltadas pra exportação, como a soja, a laranja e a cana-de-açúcar, sejam realizadas em grandes propriedades e com relações de trabalho assalariado. Além disso, a maior parte dos investimentos e dos financiamentos são concedidos aos produtores do agronegócio, justamente pela importância da atividade no mercado internacional. A reforma agrária e a luta pelo acesso à terra Mesmo com a extinção do sistema de Capitanias Hereditárias e sesmarias e o fim das concessões de terras, a classe dominante permaneceu com privilégios para adquirir propriedades privadas mediante a compra. Desta forma, restringia-se o acesso à terra àqueles que tinham condições de adquiri-las por meio da compra e aumentava-se a possibilidade da expansão dos latifúndios. Com isso, muitos fazendeiros passaram também a exercer influência direta na vida política local e, com o poder em suas mãos, muitos fazendeiros reprimiram violentamente diversas revoltas de trabalhadores que brigavam por melhores condições de vida e trabalho no campo. Foi justamente nesse cenário, para solucionar o problema de acesso à terra, que surgiram as primeiras reivindicações mais intensas pela realização da reforma agrária. Pode-se definir reforma agrária como a distribuição de lotes organizada pelo Estado, segundo critérios sociais, garantindo a função social da terra prevista pela Constituição Federal (1988), isto é, a função de produzir alimentos, gerar trabalho e distribuir renda. Com esse sistema, o governo compra latifúndios improdutivos, loteia-os em terrenos menores e os distribui para as famílias dos produtores, assentando-as (ou fixando-as) no campo. Além da distribuição de assentamentos, a reforma agrária deve incluir o fornecimento de assistência técnica, moradia e crédito fundiário para essas famílias camponesas, ou seja, é função dos governantes oferecer condições para que a distribuição de terras resulte no necessário avanço da produção de alimentos e da geração de renda. 12

14 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) O INCRA é órgão federal responsável por executar a reforma agrária no Brasil. Para tanto, busca fazer valer o Artigo 184 (e seus cinco parágrafos) da Constituição Federal de 1988, que diz: Art Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: < Acesso em: 01 jul h30min. Segundo o INCRA, a reforma agrária proporciona: 1. Desconcentração e democratização da estrutura fundiária. 2. Produção de alimentos básicos. 3. Geração de ocupação e renda. 4. Combate à fome e à miséria. 5. Interiorização dos serviços públicos básicos. 6. Redução da migração campo-cidade. 7. Promoção da cidadania e da justiça social. 8. Diversificação do comércio e dos serviços no meio rural. 9. Democratização das estruturas de poder. Disponível em: < Acesso em: 01 jul h50min. Os movimentos sociais no campo A concentração fundiária e a reforma agrária há muito tempo são amplamente debatidas por vários movimentos sociais rurais que surgiram no Brasil, especialmente após a segunda metade do século 20. O primeiro grupo que ganhou destaque foi o Movimento das Ligas Camponesas, que surgiu no Nordeste e se espalhou pelo restante do Brasil, a partir da década de Esse movimento foi o primeiro a pressionar o governo para a realização de uma ampla reforma agrária, com o objetivo de redistribuir as terras de latifúndios improdutivos e assentar as famílias no campo. Consequentemente, buscava-se diminuir o êxodo rural que se intensificava naquela época. 13

15 Fonte: Microsoft Office As Ligas Camponesas foram extintas pelo regime militar, que governou o Brasil entre os anos de 1964 e Os governos militares identificavam os líderes, partidários e simpatizantes do movimento como socialistas e, por esse motivo, perseguiu, prendeu e torturou vários membros das Ligas. Ainda assim, o movimento cumpriu um papel decisivo em relação à ampliação dos direitos trabalhistas e sociais para os trabalhadores do campo. Com a permanência da concentração fundiária, outros movimentos sociais ganharam expressão no país. Dentre eles, figura o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que, tal como as Ligas Camponesas, organiza-se para pressionar os governantes a realizar uma ampla reforma agrária no Brasil, garantindo o direito de acesso à terra e de trabalho no campo. O movimento surgiu em 1984, no Rio Grande Sul, mas logo difundiu suas ideias por todo o campo brasileiro. A estratégia de luta do movimento é bastante conhecida, elogiada e, ao mesmo tempo, contestada por muitos. 14

16 As estratégias do MST Fonte: Fabiana Leal / Arquivo pessoal, A principal forma de luta do MST é a ocupação de latifúndios considerados improdutivos. Famílias sem terra ocupam essas propriedades e levantam acampamentos nelas, com a intenção de mostrar para os governantes e à sociedade a existência de propriedades que não cumprem sua função social. Segundo o MST, em 2013, havia cerca de 100 mil famílias, em mais de 800 acampamentos pelo país, esperando receber lotes de terras. Outra forma de luta é a realização de marchas e passeatas, partindo de várias regiões do Brasil, em direção a Brasília, também com a intenção de chamar a atenção de todos para a necessidade da realização de uma ampla reforma agrária em prol da fixação dos trabalhadores rurais no campo. Foto: Wilson Dias/ABr - Agencia Brasil. Disponível em: < le:mst_ jpg>. Acesso em: 02 jul h. Apesar de polêmico, o MST é hoje um dos principais movimentos sociais de luta pela reforma agrária e pela distribuição mais igualitária das terras. A grande conquista dos movimentos sociais que defendem a realização da reforma agrária são os assentamentos onde as famílias, antes sem terra, passam a viver e a produzir. Após essa conquista, muitos trabalhadores se organizam em pequenas cooperativas e associações para organizarem a produção e a distribuição do que é cultivado nos assentamentos. 15

17 Violência no campo A violência e os conflitos entre trabalhadores rurais e latifundiários, constantemente, permeiam as lutas pelo acesso e pela posse da terra. Dentre os diversos episódios ocorridos no Brasil, o massacre de Corumbiara (RO), ocorrido no ano de 1995, e o massacre de Eldorado de Carajás (PA), ocorrido em 1996, ganham destaque, pois deixaram cerca de 50 trabalhadores rurais sem-terra mortos e outras dezenas de feridos. A expansão da produção e da exportação da soja e a valorização das terras e das atividades do agronegócio, no Brasil, aumentaram as tensões e a violência entre latifundiários e trabalhadores rurais, comunidades indígenas e ribeirinhas. O mundo rural brasileiro é bastante diverso e contraditório. O agronegócio divide espaço com um imenso número de pequenos agricultores que ainda depende de políticas públicas eficazes para sobreviver das atividades agropecuárias. Além das questões citadas, nossas áreas rurais ainda convivem com imensos problemas ambientais, como o desmatamento; e sociais, como a permanência de regimes análogos à escravidão. Atualmente, a luta dos movimentos sociais rurais é pela efetivação de uma reforma agrária que conceda benefícios aos assentados, tal como já são dados aos latifundiários do agronegócio. Nesse contexto de imensas desigualdades, luta-se também pela ampliação dos direitos trabalhistas e de acesso a serviços básicos, como saúde e educação, para as famílias camponesas. Os dados da estrutura fundiária O Brasil possui uma área de ,04 km², desse território hectares são ocupados por estabelecimentos agropecuários. Desses estabelecimentos aproximadamente 21,17% possuem área menor que 100 de hectares. O restante, ou seja, 78,83% estão distribuídos entre estabelecimentos que ocupam território maior que 100 de hectares. A maior parte dos hectares é ocupada por estabelecimentos que possuem área maior que ha. Para que seja possível dimensionar qual é a relação entre a extensão territorial brasileira e a área ocupada pelos estabelecimentos agropecuários, acompanhe a seguir a relação entre as unidades de medidas que expressam essas dimensões. 16

18 100 ha (hectare) = 1 km² Se o Brasil tem uma extensão de ,04 km², essa área em hectares é de aproximadamente Esses valores de extensão territorial podem ser calculados por meio de uma simples relação entre as unidades de medida. 1 km² 100 ha ,04 km² x 1.x = ,04 x = ha Conforme os dados já apresentados, desse total de hectares, são ocupados por estabelecimentos agropecuários. Para que possamos ter uma ideia de qual é a tamanho dessa área, graficamente visualiza-se a seguinte distribuição do território brasileiro Área com corpos d' água Área urbanizada Área total das unidades de conservação Área total das terras índigenas Área com ocupação distintas das demais Área total dos estabelecimentos agropecuários Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006(Segunda apuração) 17

19 Em análise ao gráfico podemos afirmar que um percentual significativo da área territorial nacional é ocupado pelos estabelecimentos agropecuários. Esse percentual pode ser calculado pelas seguintes relações: Área em hectares Valores em porcentagem Extensão territorial brasileira % Área do Brasil ocupada por estabelecimentos agropecuários X x = x = x = = 39,18% Em relação ás suas extensões, esses estabelecimentos estão classificados e representados da seguinte maneira: Estrato da área Área dos estabelecimentos rurais (ha) 2006 Valores em percentual Total * 100% Menos de 10 ha ,33% De 10 ha a menos de 100 ha De 100 ha a menos de ha ,85% ,82% ha a mais % Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006(Segunda apuração) *Dados oficiais do IBGE Conforme já comentado, e agora verificado por meio dos dados apresentados na tabela anterior, há uma grande concentração de terras ocupadas por latifundiários, já que dos , hectares são ocupados por estabelecimentos agropecuários que apresentam extensão maior que ha. Esses estabelecimentos detêm 45% do território agrícola brasileiro. Observe o cálculo que revela esse percentual. Área do Brasil ocupada por estabelecimentos agropecuários Área ocupada por estabelecimentos com extensão maior que ha Área em hectares Valores em porcentagem % X x = x = x = = 45% (aproximadamente)

20 Graficamente essa distribuição pode ser visualizada da seguinte forma: Distribuição da área total dos estabelecimentos agropecuários Curiosidade! Em relação às unidades de medida utilizadas para expressar a extensão de terras, você já deve ter ouvido falar em alqueires, forma que expressa uma medida utilizada em algumas regiões brasileiras. Contudo, eles são diferentes para cada uma delas. O alqueire paulista, por exemplo, representa m²; o alqueire mineiro m²; o alqueire do Norte m². Alqueire era uma unidade de medida utilizada para expressar capacidade. Essa capacidade referia-se aos cestos utilizados para armazenar grãos. Porém, havia divergências nas medidas que representavam a capacidade dos cestos. Em meados do século XVI, definiu-se que 1 alqueire seria o equivalente a 13,9 litros. Para facilitar o controle do plantio, os camponeses aproximaram essa medida para 14 litros e diziam que 1 alqueire representava a porção de terra que poderia ser semeada com 14 litros de sementes. Assim, a medida do alqueire que estava relacionada à capacidade, passou a ser relacionada à medida de área. E as divergências nessas medidas se deram pelo fato de que o plantio de um determinado grão apresentava algumas especificidades, de acordo com a região. Dessa forma, 14 litros de grão ocupavam, no plantio, áreas de diferentes tamanhos. Para saber mais sobre a história sobre os alqueires, assista o vídeo disponível no seguinte endereço eletrônico: 19

21 Quando nos deparamos com os dados que representam a distribuição regional dessas terras, observa-se uma distribuição que não ocorre de forma igualitária. Distribuição regional da área ocupada por estabelecimentos agropecuários Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Norte Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006(Segunda apuração) Os dados permitem analisar que há uma concentração de aproximadamente 31,57% da área total ocupada por estabelecimentos agropecuários na região Centro-Oeste. Já o Norte e Nordeste ficam com, respectivamente, 16,6% e 22,8% dessas terras. Esses percentuais podem ser obtidos por meio das seguintes relações: Área do Brasil ocupada por estabelecimentos agropecuários Área da região Centro-Oeste ocupada por estabelecimentos agropecuários Área em hectares Valores em porcentagem % X x = x = x = = 31,57%

22 Área do Brasil ocupada por estabelecimentos agropecuários Área da região Nordeste ocupada por estabelecimentos agropecuários x = Área em hectares Valores em porcentagem % X x = x = = 22,8% (aproximadamente) Os números que representam a quantidade de estabelecimentos agropecuários por região, possibilitam certas afirmações em relação a estrutura fundiária brasileira. No gráfico a seguir é possível observar que dos quase 5 milhões de estabelecimentos agropecuários, aproximadamente a metade (50%) deles está localizada na região Nordeste. Porém esta região ocupa apenas 22,8 % da área agropecuária. Já na região Centro-Oeste, que ocupa 31,57% da área agropecuária, estão localizados, aproximadamente, 6% do total de estabelecimentos. Estabelecimentos agropecuários Nordeste Sul Sudeste Norte Centro-Oeste Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006(Segunda apuração) Os números nos permitem afirmar que a distribuição de terras está relacionada a desigualdade observada na estrutura fundiária e ao desenvolvimento regional. Essa desigualdade pode ser observada, mais claramente, quando nos deparamos com os dados da produção agropecuária. Em 2014, por exemplo, somente os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, apresentaram uma participação na produção agrícola de, aproximadamente 32%. Acompanhe a leitura dos dados: 21

23 Partipipação na produção agrícola em 2014 Mato Grosso Paraná Rio Grande do Sul Goiás Mato Grosso do Sul Minas Gerais Bahia Santa Catarina São Paulo Maranhão Tocantis Piauí Demais Estado e Distrito Federal 18,50% 14,90% 10,20% 7,70% 6,10% 3,70% 3,30% 3,20% 2,10% 1,40% 1,40% 3% 24,50% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% Fonte: Revista Atualidades, 1º semestre Observação: Os estados que não aparecem no gráfico e o Distrito Federal, apresentaram participação inferior a 1%; juntos totalizaram 3%. Relacionando as informações, pode-se ainda observar que a região Nordeste, com 50% dos estabelecimentos agropecuários, teve uma participação inferior a 11% na produção agrícola de A região Centro-Oeste apresenta participação maior que 42%. A soja é o produto que tem contribuído de forma significativa para esse percentual, pois, segundo dados do Embrapa, em 2014, sua produção foi de 85,656 milhões de toneladas, sendo o estado do Mato Grosso o maior produtor, com participação de milhões de toneladas. A concentração dos latifundiários em regiões como o Centro-Oeste, reflete a necessidade de políticas públicas que trabalhem no sentido de proporcionar que o pequeno agricultor, muito representativo no Nordeste, tenha o direito à terra necessária para plantar o alimento que servirá para a sua própria subsistência e, também, que contribuirá com a produção de alimentos do país. É importante lembrar que 70% dos alimentos produzidos no Brasil são cultivados pela agricultura familiar, ou seja, por esses pequenos agricultores. Com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento social de algumas regiões, como o Nordeste, movimentos sociais como o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) lutam pela reforma agrária. 22

24 É essa necessidade, de uma distribuição mais igualitária, que justifica o aumento, nos últimos 20 anos, do número de famílias assentadas, isto é, que conseguiram o seu pedaço de chão. Assentamentos por região Anos SUL SUDESTE CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE Total Fonte: INCRA Assentamento dos trabalhadores rurais. Em acompanhamento aos dados da tabela, verifica-se que os últimos 20 anos proporcionaram o assentamento de aproximadamente famílias. Observa-se que o maior número de famílias assentadas ocorreu nas regiões do Norte e Nordeste, pois é nessas regiões que existe grande número de pequenos camponeses a espera de um pedaço de chão para produzir seu alimento. Em uma síntese dos dados apresentados até aqui, avalia-se que de todo o território brasileiro, ou seja, dos ,04 km², aproximadamente 39,18% são ocupados pelos estabelecimentos agropecuários, em especial na região Centro-Oeste, onde temos os latifundiários produtores de soja. Em 2014, somente esta região participou com mais de 42% na produção agropecuária brasileira, sendo parte dessa produção representada pela soja. Ao confrontar os dados do Nordeste com os dados da região Centro-Oeste, verifica-se que a primeira concentra pouca terra e grande número de camponeses, pois, trata-se de uma região que está mais voltada para a agricultura familiar. Já no Centro-Oeste há muita terra nas mãos de poucos latifundiários. Esta região está mais voltada para o agronegócio. 23

25 No Sul, região que também apresenta participação significativa na produção agrícola de 2014, observa-se uma distribuição mais igualitária: a região ocupa hectares distribuídos entre um pouco mais de de estabelecimentos agropecuários. Resumidamente observa-se a seguinte distribuição: Região Área ocupada por estabelecimentos agropecuários (em ha) Estabelecimentos agropecuários Poucas terras para muitos camponeses Nordeste Latifundiários Centro-Oeste Distribuição de terras mais igualitária Sul Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006(Segunda apuração) Por fim, os dados apresentados confirmam que a estrutura fundiária brasileira tem forte característica de concentração, por consequência, conforme já foi dito, a maioria dos trabalhadores rurais que vivem das atividades do campo não são proprietários das terras onde trabalham. Os últimos números do censo comprovam que a concentração de terras permaneceu, e permanece, praticamente inalterada, apesar do grande número de famílias assentadas nos últimos anos. É nesse contexto que a reforma agrária surge como uma das principais políticas públicas necessárias para a permanência do homem no campo e para a diminuição das desigualdades sociais. Hora de discutir o tema Existe uma discussão muito grande acerca do tema reforma agrária no Brasil. Um tema assim, causa polêmica e é palco para uma longa discussão. Mas, o que é necessário conhecer antes de argumentar sobre esse ou qualquer outro tema, na defesa de um ponto de vista? Importância em dominar a língua e o vocabulário que predominam no tema argumentos sólidos e incisivos, que convençam seu interlocutor de que seu ponto de vista é o correto o tema a ser discutido 24

26 A linguagem A linguagem é a expressão do pensamento, um instrumento de comunicação e interação humana que possibilita a transmissão de informações de um emissor para um receptor. Essas formas de interação podem variar de acordo com a intenção do emissor. Este pode ter o propósito de informar, divertir, seduzir, reclamar, persuadir, etc. Além dos propósitos citados, o tipo de linguagem usada em uma comunicação, durante a fala, pode construir a imagem de uma pessoa agressiva, culta, fina, etc. Ao mesmo tempo, se o uso da linguagem for adequado pode funcionar para impor respeito, já seu uso inadequado pode ter efeito contrário e expor o falante à uma situação indesejável e isso cabe também, para o uso da linguagem escrita. Daí a importância em dominar o que se deseja transmitir em qualquer comunicação. É importante destacar que o domínio das linguagens representa um primordial elemento para a conquista da autonomia, a chave para o acesso a informações, permitindo a comunicação de ideias, a expressão de sentimentos e o diálogo, necessários à negociação dos significados. E quando se tem o conhecimento da linguagem atrelado ao que se deseja transmitir, é possível comunicar-se com sabedoria e confiança, utilizando então a língua da maneira que se quer. Sendo assim, vamos nos ater aqui a explorar aquela linguagem que todos utilizam com o intuito de convencer o interlocutor daquilo que se quer: a linguagem da persuasão. A argumentação Você já sabe que todo texto tem uma intenção. Ao defender uma ideia em um discurso, seja ele oral ou escrito, tem-se a intenção de convencer o interlocutor, seja ele ouvinte ou leitor, do que se deseja transmitir como verdadeiro. Porém, é válido lembrar que a argumentação está presente em qualquer texto, já que todo texto tem um propósito. O que tratamos aqui é da força da palavra, da argumentação quando há a intenção de persuadir o interlocutor por meio de justificativas coerentes e precisas. O ser humano é o único animal capaz de comunicar-se por meio da palavra e usar os vocábulos como poder de convencimento, por meio dos argumentos, com a capacidade de mobilizar pessoas para agir em nome de uma causa considerada defensável a partir de intenções aceitáveis por todos os envolvidos, possibilitando assim, criar situações de convencimento. 25

27 Observe então, a charge a seguir. Nela também há uma intenção: JEAN. Disponível em: < Acesso em: 06 ago h22min. Como se pode observar, a charge vista apresenta como ilustração, no primeiro quadrinho, dois meninos que solicitam ao pai que leia para eles um conto de fadas, um gênero textual conhecido também como conto maravilhoso, que conta histórias com conotações belas e fantásticas. No segundo quadrinho é possível ver que na verdade o pai lê a Constituição Brasileira que diz que todo brasileiro tem direito à moradia. Enquanto isso, os meninos apresentam-se deitados, cobertos com jornais, embaixo de uma ponte, uma situação diferente da imaginada na primeira cena. Portanto, a charge também tem uma intenção ao expor a situação de muitos brasileiros que não têm onde morar, o que diverge da Constituição Brasileira que traz em seu Capítulo II, Artigo 6º, dos Direitos Sociais que são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, entre outros. A charge tem uma maneira de expor, até mesmo com um certo humor, que a desigualdade social existe e não condiz com que é garantido por lei. Esta é também uma maneira de argumentar, de forma implícita, porém baseada em um elemento oficial e respeitável que é a Constituição Federal. Retomando as ideias Foi possível ver anteriormente, neste material, o que é a reforma agrária. Retomemos aqui o conceito exposto: 26

28 Pode-se definir reforma agrária como a distribuição de lotes organizada pelo Estado, segundo critérios sociais, garantindo a função social da terra prevista pela Constituição Federal (1988), isto é, a função de produzir alimentos, gerar trabalho e distribuir renda. Com esse sistema, o governo compra latifúndios improdutivos, loteia-os em terrenos menores e os distribui para as famílias dos produtores, assentando-as (ou fixandoas) no campo. Além da distribuição de assentamentos, a reforma agrária deve incluir o fornecimento de assistência técnica, moradia e crédito fundiário para essas famílias camponesas, ou seja, é função dos governantes oferecer condições para que a distribuição de terras resulte no necessário avanço da produção de alimentos e da geração de renda. Como foi dito anteriormente, a reforma agrária é um tema que pode causar muita polêmica e muita discussão. Para tanto, o emissor deve, além de compartilhar informações, saber motivar e envolver seus interlocutores com as palavras. Entretanto, é necessário conhecer termos relacionados ao tema, pois um bom vocabulário, condizente com o tema que se expõe, pode ajudar o enunciador a desenvolver um bom texto. O vocabulário Vejamos então, algumas palavras relacionadas à reforma agrária. O primeiro quadro traz alguns termos que já foram explorados anteriormente no início deste material, por isso os resgataremos aqui. Já o segundo quadro traz termos e expressões que podem aumentar seu repertório e entendimento. Agricultura familiar Agronegócio Estrutura fundiária Hectare Latifúndio Reforma agrária Êxodo rural: é o termo pelo qual se designa o abandono do campo por seus habitantes que, em busca de melhores condições de vida, se transferem de regiões consideradas menos favorecidas para outras; ocorre de áreas rurais para centros urbanos. O êxodo rural foi um dos principais fatores responsáveis pelo crescimento acelerado das grandes cidades brasileiras, entre as décadas de 1950 e Por consequência, esse processo também foi responsável pelo crescimento desordenado e pela expansão das periferias das áreas urbanas. Assim, como consequências negativas desse processo, temos o crescimento de moradias precárias e o aumento do desemprego e da pobreza nas cidades. 27

29 Função social: De acordo com o Artigo 186, da Constituição Federal: a função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Ocupação: modo de aquisição da propriedade de coisa móvel e imóvel, sem dono ou abandonada; apropriação. Os discursos argumentativos A união de todos os elementos vistos anteriormente (conhecimento e exploração da linguagem, do tema, dos argumentos e do vocabulário adequado), favorecem o desenvolvimento de discursos que podem ser contra ou a favor do tema que queremos discutir. Vejamos exemplos que ilustram duas opiniões distintas em relação à reforma agrária: A favor da reforma agrária Dados do IBGE mostram que apesar de ocupar uma parte modesta da área destinada ao cultivo e à pecuária no Brasil (cerca de 25%), é a agricultura familiar a responsável por favorecer o oferecimento de comida ao povo brasileiro, ou seja, a agricultura familiar é a responsável por garantir a segurança alimentar da nação. Sendo assim, a reforma agrária se faz urgente: é ela que pode propiciar as condições para que o pequeno produtor permaneça no campo e abasteça o mercado nacional de alimentos, bem como evitar que as grandes capitais sofram um inchaço, que favoreça o crescimento da pobreza e do desemprego nessas regiões. Contra a reforma agrária Hoje a economia do Brasil está focada no setor de serviços e na indústria, onde existem maiores oportunidades de emprego. Deixar que o homem permaneça fixo no campo é um atraso. Investir naqueles que se deslocam para as grandes cidades ensinandolhes uma profissão pode favorecer seu crescimento pessoal e profissional. E para que isso vire uma realidade, é necessário migrar para as grandes metrópoles, afinal, todos merecem ter uma oportunidade que não seja apenas a de trabalhar no campo sem condições favoráveis e dependendo da reforma agrária. E por falar em reforma agrária, é válido citar que enquanto muitos brasileiros lutam nas grandes cidades por melhores condições de vida, outros esperam uma oportunidade de ganhar terras do governo e assim invadem o que já tem dono. Mas reforma agrária não se faz com invasão. É preciso que a propriedade seja respeitada, quem quiser que as compre e pague por elas. 28

30 Vejam que ambos os textos são utilizados com o intuito de expor uma visão diferente sobre o tema reforma agrária, cada um defende seu ponto de vista por meio de argumentos. O primeiro, ao defender a reforma, ilustra com dados do IBGE o quanto a agricultura familiar pode beneficiar o Brasil, por isso a importância em investir na distribuição de lotes e garantir a função social da terra. Os segundo mostra alguns motivos pelos quais muitos trabalhadores rurais deslocamse para as grandes metrópoles, ao mesmo tempo em que defende que isso ocorra, mostra o porquê de ser contra a reforma agrária. Vamos refletir? Leia o pequeno fragmento retirado do livro Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, publicado pela primeira vez em O poema conta a história do retirante Severino que deixa suas terras do interior em direção à cidade. Reflita sobre a concentração fundiária, a necessidade de realização da reforma agrária e a pobreza que historicamente toma grande parte da população rural brasileira. (...) - Essa cova em que estás, com palmos medida, é a conta menor que tiraste em vida. - É de bom tamanho, nem largo nem fundo, é a parte que te cabe deste latifúndio. (...) MELO NETO, J. C. de. Morte e vida Severina e outros poemas em voz alta. Rio de Janeiro: José Olympio, Independente do posicionamento que se tenha acerca do tema reforma agrária, cabe, neste momento, refletir a respeito da relevância de todos terem o seu espaço para viver, um meio de subsistência e que, diferente do poema de João Cabral de Melo Neto, que esse pedaço de terra seja um lugar para chamar de seu, em vida, que possa ser produtivo e cumpra a sua função social. Entender a importância de garantir que todos tenham seu espaço é uma forma de mostrar a compreensão quanto à significância da produção agrícola e de suas contribuições para a produção de alimentos, bem como para o crescimento econômico do país e benefício da população. A produção de alimentos pela agricultura familiar O Brasil possui cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários, os quais correspondem a cerca de 330 milhões de hectares, o equivalente a 39,18 % do território nacional. Destes, 70% da produção de alimentos consumidos provêm da agricultura familiar, responsável por garantir alimentos saudáveis e de qualidade na mesa dos brasileiros. Como auxiliar na produtividade aumentando a produção de alimentos? O crescimento das plantas e o aumento da produção de alimentos dependem da disponibilidade de minerais no solo. Disponibilidade de minerais quer dizer concentração adequada de elementos químicos necessários para as plantas crescerem. Portanto, a chave para conseguir um bom rendimento na produção agrícola é colocar novamente no solo os elementos químicos que foram utilizados pelas plantas no crescimento. 29

31 É possível aumentar a produtividade na agricultura utilizando-se fertilizantes. Esses aditivos químicos são fabricados para melhorar a produtividade, ou seja, para produzir mais em uma mesma área. Quais são os elementos que as plantas precisam para crescer? Os elementos químicos que as plantas precisam para crescer e viver denominam-se elementos essenciais. Há três grupos de elementos essenciais para as plantas: 1 grupo 2 grupo 3 grupo carbono (C), oxigênio (O) e hidrogênio (H) A planta retira o elemento carbono do ar atmosférico onde ele existe na forma de gás carbônio (CO 2). O oxigênio do gás carbônico também é aproveitado. Além disso, ela tira o hidrogênio e o oxigênio da água (H 2O) que está no solo. ferro (Fe), manganês (Mn), boro (B), cobre (Cu), cobalto (Co), molibdênio (Mo) e zinco (Zn) Os elementos deste grupo são chamados micronutrientes porque as plantas precisam deles em quantidades muito pequenas. Esses elementos estão presentes na maioria dos solos, em concentração suficiente. As plantas consomem muito pouco esses nutrientes por isso não é preciso repor esses elementos. nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (S) e sódio (Na) Neste grupo estão os elementos que são os nutrientes consumidos em grande quantidade pelas plantas. A concentração dos mesmos no solo, com exceção do sódio, não é suficiente para alimentar as plantas. Todos os elementos dos três grupos são importantes para o crescimento das plantas e a falta de um elemento pode prejudicar esse processo. Os elementos do grupo 1 e 2 estão presentes em concentração suficiente no solo, mas os do grupo 3 não, portanto, é preciso providenciar a reposição dos mesmos, principalmente o N, P e K. Localização desses elementos na tabela Periódica Os elementos essenciais para as plantas crescerem estão nas seguintes posições na Tabela Periódica. 30

32 Fonte: Fundação Bradesco A organização dos elementos na Tabela Periódica A Tabela Periódica moderna contém cerca de 118 elementos e existem diversos formatos de apresentação, porém todos são equivalentes. A forma mais comum é a longa, na os elementos estão organizados em ordem crescente de número atômico, a partir do hidrogênio (H). Com esta disposição, originam-se os períodos (linhas) e, na vertical (colunas), as famílias ou os grupos. Períodos e Grupos (Famílias) Fonte: Fundação Bradesco 31

33 o Períodos Existem sete períodos na Tabela Periódica. O início do período é à esquerda, na primeira coluna. O número de elementos em cada período é variável. Período N de elementos Elementos 1 2 H e He 2 8 Li ao Ne 3 8 Na ao Ar 4 18 K ao Kr 5 18 Rb ao Xe 6 32 Cs ao Rn 7 Incompletos Fr em diante Para tornar a tabela mais manejável, o sexto e o sétimo período apresentam elementos em duas linhas fora da tabela (série dos Actinídeos e Lantanídeos). o Grupos ou Famílias Na Tabela Periódica há 18 colunas, isto é, os grupos ou famílias. Atualmente, os grupos são numerados de 1 a 18. Os elementos do mesmo grupo apresentam propriedades semelhantes e alguns grupos recebem nomes especiais: Grupos ou Famílias Fonte: Fundação Bradesco Grupo 1: Metais alcalinos (Li, Na, K, Rb, Cs, Fr) 32

34 Alcalino é derivado de álcali, que significa cinza de plantas, que é uma referência aos compostos de metais alcalinos nessas cinzas. Grupo 2: Metais alcalinos terrosos (Be, Mg, Ca, Sr, Ba) Terroso é a palavra usada pelos alquimistas quando os compostos resistem bem ao calor. Grupo 16: Calcogênios (O, S, Se, Te, Po) Calcogênio significa gerador de cobre. Grupo 17: Halogênios (F, Cl, Br, I, At) Halogênio significa gerador de sal. Grupo 18: Gases nobres (He, Ne, Ar, Kr, Xe, Rn) Nobre significa pouca reatividade. Classificação dos elementos e propriedades Uma das maneiras de agrupar os elementos é classificando-os segundo suas propriedades físicas e químicas, como metais, não metais e semimetais. Observe que a maioria dos elementos essenciais para as plantas são metais. Grupos de elementos Metais, Semimetais e Não metais Fonte: Fundação Bradesco o Metais Os metais formam substâncias simples que de modo geral conduzem bem a corrente elétrica e o calor; são facilmente transformados em lâminas e em fios e são sólidos nas condições ambientes, com exceção ao mercúrio (Hg) que é líquido. 33

35 o Não metais Também conhecidos como ametais, formam substâncias simples que, ao contrário dos metais, não conduzem bem o calor e nem a corrente elétrica, exceto o carbono na forma de grafite. Não são transformados em fio ou lâminas. Dos não metais, 11 formam substâncias simples gasosas nas condições ambientes: hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, flúor, cloro e os gases nobres. o Semimetais Esses elementos apresentam propriedades intermediárias entre metais e não metais. Eles formam substâncias simples nas condições ambientes. Os mais importantes são o silício e o germânio, que são empregados em componentes eletrônicos. Quais são as matérias-primas para a produção industrial dos fertilizantes? Como visto, um elemento essencial para as plantas é o nitrogênio (N), por isso, os compostos utilizados como fertilizantes devem ser ricos dele. O gás nitrogênio (N 2) é a substância em maior concentração no ar atmosférico, mas as plantas não conseguem utilizá-la diretamente, por isso, é necessário que os nutrientes, entre eles o nitrogênio, sejam colocados no solo na forma de compostos solúveis, de forma que a planta possa absorvê-los. O primeiro fertilizante comercial utilizado foi o nitrato de sódio (NaNO 3) e o nitrato de amônio (NH 4NO 3), rico em nitrogênio, é um sal solúvel muito utilizado também. A produção industrial dessa substância ocorre a partir da reação entre amônia (NH 3) e ácido nítrico (HNO 3): A amônia (NH 3) utilizada nesse processo é produzida industrialmente a partir do nitrogênio (N 2) do ar e do hidrogênio (H 2), que é obtido a partir da reação de hidrocarbonetos com a água. Esse processo é conhecido como síntese ou processo Haber-Bosh, desenvolvido em 1909, pouco antes da 1 Guerra Mundial, para a produção de nitrato de sódio (NaNO 3). Reação de produção da amônia (NH 3): N 2 + H 2 NH 3 Reação de produção do hidrogênio (H 2): CH 4 + H 2O CO + 3 H 2 Hoje, a síntese de Haber-Bosch é importantíssima para a indústria de fertilizantes. Perceba que a produção industrial requer diferentes insumos (matérias-primas) e as condições de pressão, temperatura e catalisadores são fundamentais para um bom rendimento do processo. 34

36 Conforme apresentado, 70% dos alimentos produzidos no Brasil vêm da agricultura familiar, portanto, as atividades do agronegócio também dependem dos fertilizantes, pois, com eles, é possível produzir mais em uma mesma área de produção. Independente de quem produz os alimentos que consumimos, vimos que o uso dos fertilizantes traz benefícios, já que seu papel fundamental é aumentar a produtividade, enriquecendo a terra com os aditivos químicos essenciais para a produção de alimentos. 35

37 EXERCÍCIOS PARA PRATICAR 1. Analise a charge a seguir e justifique, a partir dela, a necessidade do Brasil realizar uma política ampla de redistribuição das terras rurais. Disponível em: < component/joomgallery/?func=detail&id=303#joomimg>. Acesso em: 01 jul h20min. 2. (ENEM 2013) TEXTO I A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas. Disponível em: Acesso em: 25 ago (adaptado). 36

38 TEXTO II O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno proprietário de loja: quanto menor o negócio mais difícil de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são difíceis de arcar. Sou a favor de propriedades produtivas e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma empresa produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a reforma agrária. LESSA, C. Disponível em: Acesso em: 25 ago (adaptado). Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em relação à reforma agrária se opõem. Isso acontece porque os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à a) redução do inchaço urbano e à crítica ao minifúndio camponês. b) ampliação da renda nacional e à prioridade ao mercado externo. c) contenção da mecanização agrícola e ao combate ao êxodo rural. d) privatização de empresas estatais e ao estímulo ao crescimento econômico. e) correção de distorções históricas e ao prejuízo ao agronegócio. 3. Dos estabelecimentos agropecuários, 2,33% tem uma extensão com menos de 10 há, ou seja, essas terras têm extensões inferiores a a) m². b) m². c) m². d) m². e) m². 4. De acordo com a distribuição, por região, dos milhares de hectares referentes aos estabelecimentos agrícolas, em relação aos hectares do território brasileiro, a extensão da região Sudeste representa a) 16,46%. b) 12,52%. c) 31,57%. d) 22,8%. e) 45%. 5. Em relação a produção agrícola, a região que apresentou a segunda maior participação na produção de 2014 teve um percentual de aproximadamente a) 18,50%. b) 14,90% c) 36,70%. d) 42%. e) 11,0%. 37

39 6. Nos últimos 20 anos foram assentadas, no Nordeste, famílias. Para se chegar a esse número, os anos de 2005 e 2006 tiveram significativa contribuição, pois nesse período houve o assentamento de aproximadamente a) famílias. b) famílias. c) famílias. d) famílias. e) famílias. 7. Leia a charge a seguir: BARALDI, Márcio. Disponível em: < Acesso em: 7 ago h56min. De acordo com os seus conhecimentos e com o que você pôde assimilar ao longo desta oficina, desenvolva um parágrafo expondo, por meio de argumentos, a intenção da charge lida. Você deverá interpretar o que está ilustrado ao mesmo tempo em que esclarecerá o ponto de vista exposto na charge por meio da linguagem verbal e não verbal. 38

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