ESPAÇO AGRÁRIO: ESTRUTURA FUNDIÁRIA E RELAÇÕES DE TRABALHO

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1 ESPAÇO AGRÁRIO: ESTRUTURA FUNDIÁRIA E RELAÇÕES DE TRABALHO CONTEÚDOS Estrutura fundiária Relações de trabalho no campo Reforma agrária Movimentos sociais rurais AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS As atividades agropecuárias sempre tiveram grande importância econômica, desde os tempos em que o Brasil era colônia de Portugal, entre os séculos 16 e 19. Mesmo com a independência e o desenvolvimento de outras atividades econômicas no país, como a industrialização, o Brasil manteve sua tradição agroexportadora. Com o aumento das exportações e a modernização das técnicas agropecuárias, o país se tornou uma das grandes potências mundiais no setor. Apesar de ser um país majoritariamente urbano, com mais de 80% da população vivendo em áreas urbanas, é a venda de commodities e as demais atividades ligadas a agropecuárias que mantêm o Brasil entre as dez maiores economias do mundo. Ainda assim, apenas uma pequena parcela da população do campo consegue tirar proveito da imensa riqueza gerada com a produção e a exportação desses produtos. Saiba mais: As commodities (mercadorias, em inglês) são gêneros primários como produtos agropecuários ou minérios cultivados ou extraídos em grande quantidade, comercializados no mercado internacional em bolsas de valores especializadas, com alto valor de exportação. O Brasil é um dos maiores produtores de commodities do mundo, e exporta, principalmente, soja, laranja, café, carne de frango e bovina, minérios de ferro e petróleo. As commodities têm grande importância para a economia mundial, uma vez que, em geral, são matérias-primas para os diversos setores produtivos. Tal fato elimina a antiga

2 ideia de que a agroexportação de bens primários é uma atividade exclusiva de países periféricos não industrializados. Assim, a produção dessas mercadorias, independe do desenvolvimento das nações, e muitas economias ricas incrementam o PIB (Produto Interno Bruto) com a venda de commodities, como é o caso dos Estados Unidos e da China, as duas maiores potências econômicas do mundo. A modernização do campo, entre as décadas de 1950 e 1970, provocou uma enorme diferença entre os produtores rurais em termos de produtividade e uso de técnicas avançadas de cultivo, colheita e criação de animais. A maioria da população que permanece no campo e resiste a uma realidade heterogênea e, por muitas vezes adversa, sobrevive com técnicas rudimentares de cultivo e preparo do solo, sequer utilizam tratores e vivem da produção familiar. Por essa razão, a grande maioria dos estabelecimentos rurais brasileiros ainda apresenta baixa produtividade e fica de fora do lucrativo mercado internacional agropecuário, produzindo apenas para subsistência e para abastecer o mercado interno. Curiosidade: atualmente, o Brasil é o maior exportador de soja do mundo (42 milhões de toneladas); o segundo maior produtor de soja (85,65 milhões de toneladas); o maior produtor e exportador de açúcar, café e suco de laranja; o maior exportador de carne bovina e de frango; o segundo maior exportador de milho do mundo. Figuras 1, 2 e 3 O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de soja, café e carne bovina Fonte: freerangestock.com

3 A modernização e a mecanização do campo (provocada pelo processo de industrialização) substituíram parte da mão de obra por máquinas, fazendo com que muitos trabalhadores do campo e pequenos produtores rurais perdessem seus meios de sustento e migrassem para as cidades, em um fluxo migratório conhecido por êxodo rural. Assim, é possível afirmar que a incorporação de técnicas mais eficientes, a expansão da mecanização e o uso de insumos agrícolas (fertilizantes e agrotóxicos) foi, basicamente, um privilégio dos grandes produtores rurais. Apesar de ser um grande produtor de commodities, do aumento da produtividade e das exportações, o campo brasileiro vive com grandes contradições e desigualdades sociais, que se tornam mais expressivas quando observamos os dados referentes à pobreza existente no campo. Dos 16,2 milhões de brasileiros que vivem na extrema pobreza, 7,59 milhões residem em áreas rurais, isto é, mais de 25% da população rural brasileira vive com menos de 70 reais mensais. As origens das desigualdades sociais no campo brasileiro são históricas e explicadas pelo fato da propriedade da terra ser altamente concentrada. Em outras palavras, um dos maiores problemas do campo brasileiro é a concentração fundiária. Estrutura fundiária A maneira como as propriedades rurais privadas estão organizadas, considerandose o tamanho, a quantidade e a distribuição delas, é chamada de estrutura fundiária. A análise da estrutura fundiária de um determinado país mostra a forma como as propriedades destinadas à agropecuária são divididas e utilizadas. Para compreender essa organização, é preciso conhecer a diferenciação das propriedades rurais, tomada a partir de suas dimensões. Quando se fala em dimensão de uma propriedade rural, pode-se estabelecer a seguinte classificação: 1) Minifúndio: pequenas propriedades rurais responsáveis pela produção de aproximadamente 70% dos alimentos consumidos no Brasil. Geralmente, essas propriedades utilizam mão de obra predominantemente familiar. 2) Empresa rural: propriedade de médio ou grande porte vinculada ao agronegócio. Usualmente produz matérias-primas (laranja, soja, cana-de-açúcar, leite, carne) para as indústrias de processamento de alimentos.

4 3) Latifúndio por dimensão: grandes propriedades rurais, com atividade vinculada ao agronegócio, geralmente, a monocultura voltada para a exportação. 4) Latifúndio por exploração: propriedade rural que tem por característica a improdutividade, uma vez que o proprietário não tem a intenção de cultivar essas terras, deixando-as para valorização ou especulação imobiliária. Trata-se, portanto, de uma propriedade subutilizada econômica e socialmente. Uma das principais características da agropecuária brasileira é a concentração das terras nas mãos de poucos proprietários. Por esse motivo, falamos que a estrutura fundiária do Brasil é altamente concentrada. Essa característica na estrutura fundiária brasileira é histórica e remonta ao passado colonial brasileiro, baseado na organização econômica a partir de grandes latifúndios voltados para a monocultura de exportação, uma vez que o modelo adotado por Portugal para explorar o Brasil, no século 16, foi a plantation. A produção canavieira representava, na época, a primeira forma efetiva de ocupação do território brasileiro, que foi dividido em vastas porções de terras e doadas pela Coroa Portuguesa para donatários (homens de confiança do rei), que tinham por função ocupar, desenvolver e proteger essas terras. Figura 4 Engenho de açúcar (1816) Fonte: Henry Koster In: Wikimedia Commons

5 As capitanias hereditárias (como ficou conhecido esse sistema de administração das terras coloniais), depois de doadas aos donatários, foram redistribuídas em lotes menores (mas que ainda eram vastas extensões de terras), conhecidos por sesmarias. O sesmeiro tinha por obrigação tornar a terra produtiva, realizando alguma atividade econômica nela. Nesse contexto emerge, no Brasil, o sistema de plantation baseado na monocultura de cana e na exploração do trabalho escravo. Figura 5 Capitanias Hereditárias Fonte: Fundação Bradesco A origem do latifúndio e da concentração de terras muitas terras nas mãos de poucos donos e muitos trabalhadores rurais sem terras para produzir o seu próprio sustento está diretamente ligada à divisão do território em capitanias hereditárias e sesmarias. Nesse sistema, que privilegiava apenas um pequeno grupo de pessoas, a estrutura fundiária brasileira já se iniciava concentrada, pois poucos possuíam condições financeiras

6 para realizar tal atividade. Por consequência, grande parte dos trabalhadores rurais que vivem das atividades do campo não é proprietária das terras onde trabalha. Quando o Brasil deixou de ser colônia e se tornou um país independente, em 1822, esse sistema permaneceu enraizado à nossa organização político-administrativa e o modo de produção econômico baseado na exploração da mão de obra (escrava e, mais tarde, assalariada) e que privilegiava os grandes fazendeiros donos de terra perdurou. Por essa razão, a luta dos trabalhadores rurais pela realização da reforma agrária tem origem na organização da estrutura fundiária do país, que sempre favoreceu as elites agrárias, em prejuízo da grande massa de trabalhadores, que sequer dispunham de meios para produzir o próprio sustento. É por isso que, ainda hoje, a concentração fundiária é um dos maiores problemas sociais do Brasil. Observe a tabela: Área dos Estabelecimentos Agropecuários do Brasil (1985 e 2006) Propriedades 1985 Área total (em %**) 2006 Área total (em %**) Menos de 10 ha* 9,99 2,66% 7,80 2,33% De 10 ha a menos de 100 ha 69,56 18,56% 62,90 18,85% De 100 ha a menos de 1000 ha 131,43 35,05% 112,84 33,82% 1000 ha ou mais 163,94 43,73% 150,14 45% *1 hectare (ha) = m 2 ** dados aproximados Total 374,92 100% 333,68 100% Dados: IBGE - Censo Agropecuário, 1985 e 2006 (Segunda apuração, 2012). Figura 6 Área dos Estabelecimentos Agropecuários do Brasil (1985 e 2006) Fonte: Fundação Bradesco Os dados revelam que, nos anos de 1985 e 2006, os latifúndios, ou as propriedades com mais de 100 ha, ocupavam quase 80% da área total dos estabelecimentos agropecuários do país. Em contrapartida, as propriedades menores ocupavam pouco mais de 20% dessas terras. No entanto, as grandes propriedades, apesar de representarem 80% da área dos estabelecimentos, somavam menos de 10% do total de propriedades. Para se ter uma ideia dessa discrepância em número absolutos, o Censo registrou que dos aproximadamente 5 milhões de estabelecimentos agropecuários existentes no país, cerca de 500 mil ocupam

7 80% da área destinada à agropecuária. Em outras palavras, um número pequeno de grandes fazendeiros é dono de uma imensa área. É por esse motivo que afirmam que no Brasil existe uma gigantesca concentração fundiária. Regionalmente, também é possível perceber essa concentração. Observe a tabela: Região Estabelecimentos Agropecuários por região do IBGE 2006 (número de estabelecimentos e área) Número de estabelecimentos (em %**) Área dos estabelecimentos (ha*) (em %**) Norte ,2% ,6% Nordeste ,4% ,8% Sudeste ,8% ,5% Sul ,5% ,5% Centro-Oeste ,1% ,6% Brasil % % *1 hectare (ha) = m 2 ** dados aproximados Dados: IBGE - Censo Agropecuário 2006 (Segunda apuração, 2012). Figura 7 Estabelecimentos Agropecuários por região do IBGE (2006) Fonte: Fundação Bradesco A região Nordeste, por exemplo, registrou praticamente a metade (47,4%) dos estabelecimentos agropecuários do Brasil. Porém, eles ocupam apenas 22,8% da área total destinada às atividades agropecuárias no país. Esses números nos levam a considerar que, apesar da imensa concentração fundiária do Nordeste, herdeira do passado colonial, a região também possui um número elevado de pequenos camponeses e que, muitos deles, sobrevivem às adversidades naturais, econômicas e sociais da região. Já a região Centro-Oeste, por outro lado, possui apenas 6,1% do número de estabelecimentos agropecuários. No entanto, essas propriedades ocupam quase um terço (31,6%) da área destinada à agropecuária no Brasil. A tradição do cultivo da soja e do agronegócio na região, nos leva a considerar que, no Centro-Oeste, predominam os latifúndios ligados ao cultivo de soja e outros grãos voltados para a exportação.

8 Curiosidade: A estrutura fundiária da região do Sul do país é menos concentrada, e isso se dá devido à forma como ocorreu a organização econômica das atividades agropecuárias na região. Diferentemente do Nordeste, onde essa organização era baseada na plantation, a região Sul estruturou sua economia a partir da produção familiar realizada em pequenas propriedades. Até o século 19, no entanto, o Sul do país era um grande vazio demográfico. Foi com a chegada dos grandes fluxos imigratórios de colonos europeus que a região passou a ganhar importância econômica abastecendo outras áreas com carne e couro. Muitas cidades do Paraná, por exemplo, surgiram como paradas de tropeiros, que levam o gado do Sul para o Sudeste. Figura 8 Família de italianos em Caxias do Sul (RS), em 1901 Fonte: Wikimedia Commons Esse tipo de atividade limitava o uso de mão de obra escrava, uma vez que o trabalhador poderia fugir durante os longos percursos realizados. Ao contrário, das atividades agrárias voltadas para exportação, que demandavam a fixação da mão de obra no local de trabalho e garantiam o maior controle por parte dos fazendeiros. Vale lembrar que as terras do Sul geralmente eram mais baratas, o que estimulava a ida de uma grande quantidade de imigrantes europeus. O baixo valor, em comparação às terras do Nordeste e Sudeste, permitia que muitas famílias comprassem pequenos lotes e realizassem a produção de atividades agrícolas semelhantes às já realizadas na Europa, devido ao clima subtropical da região.

9 Figura 9 Horticultura no Paraná, baseada na agricultura familiar Fonte: Wikimedia Commons Assim nasceu a organização das atividades agropecuárias da região Sul, baseadas na produção familiar em pequenas propriedades, onde se desenvolvia basicamente a policultura para a subsistência e o abastecimento local. Bem diferente da monocultura voltada para exportação, realizada em grandes latifúndios com a exploração da mão de obra escrava e assalariada. Além disso, é importante destacar que a região Sul não pertencia à Coroa Portuguesa até a assinatura do Tratado de Madri, em 1750, sendo assim, não herdou a divisão do sistema de capitanias hereditárias e sesmarias. Isto é, não se baseou na estrutura fundiária dos latifúndios. Somente a partir da década de 1960, é que a organização de latifúndios ganhou força no Sul do país, com a introdução da soja. Relações de trabalho no campo As relações produtivas no campo não se fundamentam apenas nas técnicas ou nos sistemas de cultivo. Elas também se baseiam nas relações estabelecidas entre o produtor ou empresa agrícola e o trabalhador. As relações de trabalho mais comuns existentes no campo brasileiro são as relações familiares, as relações capitalistas assalariadas (temporários ou permanentes), as parcerias e o arrendamento. As relações familiares, como o nome já sugere, estão fundamentadas na produção para a subsistência, sem o uso de outra mão de obra que a dos próprios membros de uma

10 família. Já nas relações capitalistas, ao contrário da agricultura familiar, existe uma relação patronal, ou seja, o agricultor é um assalariado, tal como um operário em uma fábrica, e produz não para seu sustento, mas para o lucro de seu patrão. Normalmente, essa relação é estabelecida entre os trabalhadores e os latifundiários. Nas relações assalariadas temporárias, o trabalhador é contratado por um período determinado para realizar um trabalho específico e, em troca, recebe um valor acordado entre as partes. O trabalhador mais conhecido dessa relação temporária é o boia-fria, que é contratado apenas nos períodos do plantio e da colheita, ou seja, os momentos de maior demanda de mão de obra. Pelo contrato temporário, os boias-frias vivem desamparados da legislação trabalhista, pois não possuem vínculos empregatícios formais com o empregador. Figura 10 Boia-fria Fonte: joloei/shutterstock.com O sistema de parceria ocorre quando o proprietário da terra concede um lote da fazenda ao camponês e, em troca, recebe parte da produção. Em alguns casos, proprietário e camponês dividem a produção meio a meio, por esse motivo, os camponeses parceiros também são chamados de meeiros. Por outro lado, o sistema de arrendamento ocorre quando os camponeses alugam parte das terras de terceiros por um determinado tempo, para que possam cultivar ou criar animais. Geralmente, o pagamento ocorre não com a produção, mas com dinheiro.

11 Além das relações de trabalho mencionadas, é importante destacar que, no Brasil, é muito comum o uso de mão de obra escrava e infantil em atividades primárias, em carvoarias e fazendas. Na produção de carvão, por exemplo, explora-se a mão de obra familiar, expondo pais e filhos a situações análogas à escravidão. E, ainda que não sejam exploradas como mão de obra forçada, muitas crianças são expostas aos riscos, simplesmente por acompanharem as famílias nessas atividades. As condições de trabalho no campo estão longe de serem adequadas, uma vez que a concentração fundiária, os baixos salários e a mecanização impedem que a maioria dos agricultores consiga sobreviver com dignidade. Vale lembrar que, ao contrário do que podemos imaginar, o trabalho assalariado está longe de prevalecer no campo brasileiro. A maior parte dos camponeses brasileiros vive, ou luta para viver, da produção familiar, produzindo para a subsistência e para o abastecimento do mercado interno. Reforma agrária Mesmo com a extinção do sistema de Capitanias Hereditárias e sesmarias e o fim das concessões de terras, a classe dominante permaneceu com privilégios para adquirir propriedades privadas mediante a compra. Para solucionar a dificuldade de acesso à terra, surgiram as primeiras reivindicações mais intensas pela realização da reforma agrária, que pode ser definida como a distribuição de lotes organizada pelo Estado, segundo critérios sociais, garantindo a função social da terra prevista pela Constituição Federal (1988), isto é, a função de produzir alimentos, gerar trabalho e distribuir renda. Com esse sistema, o governo federal compra latifúndios improdutivos, loteia-os em terrenos menores e os distribui para as famílias dos produtores, assentando-as (ou fixandoas) no campo. Além da distribuição de assentamentos, a reforma agrária deve incluir o fornecimento de assistência técnica, moradia e crédito fundiário para essas famílias camponesas, ou seja, é função dos governantes oferecer condições para que a distribuição de terras resulte no necessário avanço da produção de alimentos e da geração de renda. Entre os anos de 2007 e 2014, o Brasil assentou mais de 340 mil famílias, a maior parte delas nas regiões Norte e Nordeste do país.

12 Figura 11 Famílias assentadas no Brasil por região do IBGE Fonte: Fundação Bradesco Dados: INCRA, Segundo o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o órgão federal responsável por executar a reforma agrária no Brasil, um assentamento equivale a um lote de terra que foi adquirido pela reforma agrária e repassado a uma família sem condições econômicas para adquirir e manter um imóvel rural por outras vias. Os camponeses assentados comprometem-se a morar nesse lote e a explorá-lo para seu sustento, utilizando exclusivamente a mão de obra familiar. Vale ressaltar que os beneficiados da reforma agrária não podem vender, alugar ou doar sua terra a terceiros. De acordo com o INCRA, existem mais de 9 mil assentamentos rurais em todo o país, ocupando uma área de mais de 88 milhões de hectares.

13 Além da distribuição de terras, o processo de reforma agrária oferece condições de moradia e de produção familiar, garantindo a segurança alimentar das famílias camponesas que, até então, não tinham acesso à terra. Movimentos sociais rurais Apesar do crescimento econômico das últimas décadas, o Brasil não distribui a renda de forma igual e concentra a maior parte da riqueza nas mãos de poucas pessoas. No campo, a concentração fundiária (vastas extensões de terras nas mãos de poucos proprietários) acentua as desigualdades e a miséria de uma grande parcela de camponeses que não tem acesso às terras. Mesmo com as recentes melhorias, o país ainda patina em muitos indicadores socioeconômicos e, internamente, não consegue eliminar históricas diferenças entre sua população. Por esse motivo, há muitos anos, os movimentos sociais são os principais responsáveis pela promoção de mudanças e reivindicações de melhorias para parcelas excluídas da população. Assim, os movimentos sociais, na ausência de ações efetivas das esferas públicas, tornam-se os principais porta-vozes da luta e defesa dos direitos de pessoas que se encontram em situação de fragilidade, seja ela social ou econômica. No Brasil, no campo e na cidade, existem diversos movimentos sociais que propõem alternativas e transformações estruturais na sociedade, muitas vezes fazendo uso de protestos, ocupações e manifestações, para despertar a atenção da população e dos governantes. A concentração fundiária e a reforma agrária há muito tempo são amplamente debatidas por vários movimentos sociais rurais que surgiram no Brasil, especialmente após a segunda metade do século 20. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, ou MST, surgiu em 1984, no Rio Grande do Sul, e é um dos movimentos sociais mais importantes do Brasil.

14 Figura12 Marcha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Fonte: Wikimedia Commons Esse movimento, por meio de marchas e ocupações em latifúndios improdutivos, reivindica um amplo projeto de reforma agrária no país. Esta consiste na desapropriação dos latifúndios e na redistribuição das terras para milhares de trabalhadores rurais que estão no campo, mas não dispõem de condições para produzir alimentos e garantir seu sustento. A concentração fundiária é um fenômeno histórico e deixa marcas no campo brasileiro até hoje. As elites agrárias permanecem com muitas terras, enquanto milhares de camponeses têm o acesso dificultado. Herdeiro das Ligas Camponesas, que surgiram no Nordeste na década de 1950, o MST, além da reforma agrária, busca assegurar os direitos dos trabalhadores rurais e discutir formas para acabar com a pobreza e as desigualdades que persistem no campo. Curiosidade: As Ligas Camponesas sugiram no Nordeste e se espalharam pelo restante do Brasil, a partir da década de Esse movimento é considerado o primeiro a pressionar o governo para a realização de uma ampla reforma agrária, com o objetivo de redistribuir as terras de latifúndios improdutivos e assentar as famílias no campo. Os governos militares ( ) identificavam os líderes, partidários e simpatizantes do movimento como socialistas e, por esse motivo, extinguiram as Ligas, perseguiram, prenderam e torturaram vários de seus membros.

15 Os camponeses, responsáveis basicamente pela produção de alimentos para atender a demanda do mercado interno, se organizam em prol da reforma agrária e se posicionam contrários aos latifundiários, que ficam com as melhores terras e todos os privilégios, além de explorarem a mão de obra, pagando-lhes baixos salários. A principal forma de luta do MST é a ocupação de latifúndios considerados improdutivos. Famílias sem terras ocupam essas propriedades e levantam acampamentos, com a intenção de mostrar para os governantes e para a sociedade a existência de propriedades rurais que não cumprem sua função social, ou seja, não produzem alimento, tampouco, geram renda e trabalho. Os conflitos pela posse da terra ocorrem justamente porque uma das principais formas encontradas pelo MST, para pressionar as autoridades a realizarem a reforma agrária, é a ocupação de latifúndios. É muito comum que os grandes fazendeiros e os adeptos a esse movimento entrem em disputas violentas, por divergência de interesses. Figura13 Conflitos pela terra no Brasil Fonte: Comissão Pastoral da Terra

16 A violência (assassinatos, ameaças, coerção, violação de direitos e outros abusos) e os conflitos entre camponeses, comunidade indígenas, quilombolas, posseiros e latifundiários, constantemente, envolvem as questões ligadas ao acesso à terra e a efetivação da reforma agrária. A expansão da produção e da exportação da soja e a valorização das terras e das atividades do agronegócio, no Brasil, aumentaram as tensões e a violência entre latifundiários e trabalhadores rurais, comunidades indígenas e ribeirinhas. Não é à toa que muitos conflitos ocorrem em regiões do Norte e Centro-Oeste, onde a valorização das atividades ligadas ao agronegócio contrasta com um número elevado de famílias sem terras. Em 2015, a região Norte concentrou 35,5% do número de ocorrências dos conflitos por terra no Brasil. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, o Nordeste registrou outros 31,8% conflitos no país. Em terceiro lugar aparece o Centro-Oeste, seguido por Sudeste e Sul, com 15,6%, 11,2%, 5,9%, respectivamente. A região do Bico do Papagaio, no leste do do Pará, oeste do Maranhão e norte do Tocantins, ainda é região com mais conflitos por terra no Brasil. Figura14 Conflitos pela terra no Brasil com destaque para a região do Bico do Papagaio Fonte: Comissão Pastoral da Terra

17 Vale lembrar que, além da reforma agrária, o MST e outros movimentos sociais rurais também buscam assegurar os direitos dos trabalhadores, bem como discutir formas para acabar com a pobreza e as desigualdades que persistem no campo, além de eliminar a histórica concentração de terras. O longo e ininterrupto percurso de reivindicações e mobilizações e a existência desses e de outros importantes movimentos sociais, enfatizam a necessidade de tomada de consciência em relação ao atraso social de uma grande parcela da população brasileira e contribuem para o fortalecimento da democracia e da busca pela igualdade de direitos de todos os cidadãos. ATIVIDADES 1. (ENEM 2013) TEXTO I A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas. Disponível em: Acesso em: 25 ago (adaptado). TEXTO II O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno proprietário de loja: quanto menor o negócio mais difícil de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são difíceis de arcar. Sou a favor de propriedades produtivas e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma empresa produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a reforma agrária. LESSA, C. Disponível em: Acesso em: 25 ago (adaptado). Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em relação à reforma agrária se opõem. Isso acontece porque os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à

18 a) redução do inchaço urbano e à crítica ao minifúndio camponês. b) ampliação da renda nacional e à prioridade ao mercado externo. c) contenção da mecanização agrícola e ao combate ao êxodo rural. d) privatização de empresas estatais e ao estímulo ao crescimento econômico. e) correção de distorções históricas e ao prejuízo ao agronegócio. 2. (ENEM 2010) O gráfico representa a relação entre o tamanho e a totalidade dos imóveis rurais no Brasil. Que característica da estrutura fundiária brasileira está evidenciada no gráfico apresentado? a) A concentração de terras nas mãos de poucos. b) A existência de poucas terras agricultáveis. c) O domínio territorial dos minifúndios. d) A primazia da agricultura familiar. e) A debilidade dos plantations modernos.

19 3. (FATEC º Semestre) O agronegócio envolve operações desde as pesquisas científicas relacionadas ao setor até a comercialização dos produtos, determinando uma cadeia produtiva entrelaçada e interdependente. (ALBUQUERQUE, Maria Adailza Martins de et alii. Geografia: sociedade e cotidiano. São Paulo: escala, 2010.) Podem-se acrescentar outras características ao agronegócio, dentre as quais a seguinte: a) mantém centros de tecnologia avançados, voltados à agricultura orgânica. b) expande os cultivos de grãos da região Centro-Oeste para a região Sudeste. c) promove a concentração de terras e o desemprego no campo. d) possibilita ao país a autossuficiência nas matérias-primas para a indústria. e) planeja a expansão das lavouras, barrando o desmatamento e os impactos ambientais. 4. (ETEC º Semestre) No Brasil, parte da produção de alimentos é feita por trabalhadores agrícolas que se deslocam diariamente para a propriedade rural, executando tarefas sob empreitada, em condições indignas e perigosas, trabalhando nas terras de outros por salários que não são suficientes nem para uma pessoa, que dirá para uma família. ( Acesso em: Adaptado) É correto afirmar que os trabalhadores rurais mencionados no texto são os a) meeiros, pois repartem com o dono da terra a metade da produção. b) arrendatários, pois pagam pelo uso de terras durante um tempo determinado. c) parceiros, pois pagam pelo uso da terra oferecendo parte do lucro da produção. d) boias-frias, pois trabalham em diversas lavouras mas não possuem suas próprias terras. e) posseiros, pois têm a posse legal de um imóvel rural ou estão de posse de uma terra devoluta.

20 LEITURA COMPLEMENTAR Agrossistemas Desde o desenvolvimento das primeiras civilizações, a agricultura vem passando por sucessivas transformações em suas formas, sobretudo com a evolução dos instrumentos e os diferentes usos de suas técnicas. São as técnicas que propiciam as diferenciações ao longo do espaço agrário e possibilitam a sua configuração e reconfiguração em diferentes formas com o passar do tempo. Nesse sentido, existem os agrossistemas, também chamados de sistemas agrários, que são o conjunto de técnicas ou modelos agropecuários de produção, responsável pela adoção dos procedimentos de plantio ou cultivo, em que são vistas as relações entre a agricultura e o espaço, além dos resultados da aplicação desses diferentes modelos. Em termos classificatórios, existem três tipos de agrossistemas conforme as suas complexidades e o tipo de técnicas por eles empregado, são eles: os agrossistemas tradicionais, modernos e orgânicos. Os agrossistemas tradicionais, como o próprio nome indica, compreendem as técnicas mais antigas e simplificadas do processo produtivo no campo. Eles caracterizamse pela maior utilização da mão de obra assalariada ou associada e pela menor presença de aparatos científicos e tecnológicos. Esses agrossistemas tradicionais costumam ser mais amplamente empregados em países subdesenvolvidos, bem como em parte dos emergentes. Como necessitam de uma grande quantidade média de trabalhadores, tendem a conter a migração campo-cidade (êxodo rural). Esse tipo de produção normalmente é voltado para a comercialização interna, por isso quase não há exportação. O foco maior é para produtos da chamada cultura do pobre, tais como arroz, feijão, entre outros. Alguns tipos de agrossistemas tradicionais são as plantations, a agricultura itinerante, a mediterrânea e a de jardinagem. Com o avanço do processo de industrialização do campo, esses sistemas agrários estão perdendo força e importância, fator que se intensifica com a concentração de terras. Os agrossistemas modernos são aqueles em que há o emprego de uma tecnologia mais avançada, com uma menor média de empregabilidade, haja vista que a maior parte da produção é mecanizada, com instrumentos capazes de substituir dezenas ou até centenas de trabalhadores. Esse tipo de agrossistema popularizou-se a partir da década de 1960, com a inauguração da chamada Revolução Verde, que se pautou na

21 ampliação da produção através de técnicas avançadas na área da biotecnologia e da produção de equipamentos. Em geral, os agrossistemas modernos utilizam-se, além das técnicas acima mencionadas, de ampla gama de fertilizantes, defensivos agrícolas, técnicas de correção do solo e, em alguns casos, de produtos modificados geneticamente, conhecidos como transgênicos. Há sistemas produtivos que empregam uma avançada tecnologia, tanto na previsão de oscilações meteorológicas ou climáticas quanto, até mesmo, na implantação de controle sobre as espécies com a utilização dos Sistemas de Informações Geográficas (SIGs). A grande questão dos agrossistemas modernos é o elevado custo de seus equipamentos e o processo de concentração de terras deles resultante. Afinal, são necessários amplos investimentos para uma produção modernizada, que também elevam os lucros e diminuem a quantidade de trabalhadores, que passam a residir nas cidades. Outro fator é o ambiental, pois as áreas agricultáveis são ampliadas em detrimento da conservação das vegetações naturais, além da poluição dos rios e dos solos pelos agrotóxicos que escoam superficialmente com a irrigação e também em tempos de chuva. Um exemplo dessa dinâmica é o Cerrado brasileiro, que foi quase totalmente devastado em função da expansão do agronegócio que, graças às novas técnicas, passou a produzir em larga escala onde antes não havia solos propícios para tal. Por fim, temos os agrossistemas alternativos, que envolvem todas as técnicas de plantio pautadas na conservação e no uso sustentável do meio ambiente. Esses agrossistemas envolvem a agricultura orgânica, a ecológica e muitas outras técnicas, cujo objetivo principal é garantir a prática da sustentabilidade. Além disso, os agrossistemas alternativos operam através da renúncia de produtos químicos que podem, eventualmente, afetar a qualidade dos produtos ou deixá-los menos saudáveis, tais como os agrotóxicos ou a alteração genética tal como ocorre nos transgênicos. Em vez disso, procura-se a utilização exclusiva de adubos orgânicos ou naturais, tais como o esterco e restos de outros vegetais, e são adotadas medidas de controle biológico de pragas. Outro procedimento bastante importante para os agrossistemas alternativos é a policultura ou até a rotação de culturas, ou seja, em vez de cultivar apenas um tipo de vegetal para atender a objetivos puramente econômicos, busca-se a produção de várias espécies e até o intercalamento entre uma e outra.

22 Apesar de, em geral, os agrossistemas alternativos visarem basicamente à subsistência e serem mais empregados no cultivo de hortifrutigranjeiros, há investimentos governamentais em vários países, incluindo o Brasil, que fazem crescer o comércio de seus produtos. Em alguns nichos, produtos produzidos a partir da agricultura alternativa são mais valorizados e mais procurados pelos consumidores, o que vem gerando um crescimento econômico para o setor nos últimos anos. PENA, Rodolfo F. Alves. Agrossistemas. Brasil Escola. Disponível em: < Acesso em: 23 maio h20min. INDICAÇÃO FUNDAÇÃO BRADESCO. Oficinas Interdisciplinares: Agropecuária no Brasil: a parte que nos cabe deste latifúndio. Disponível em: < es/lists/oficinasinterdisciplinares/dispform.aspx?id=13&source=http%3a%2f%2fwww %2Eeja%2Eeducacao%2Eorg%2Ebr%2Fbibliotecadigital%2Fcienciashumanas%2FOficin asinterdiscilplinares%2fpaginas%2fdefault%2easpx>. Acesso em: 14 fev h45min. REFERÊNCIAS CENTRO PAULA SOUZA. Vestibular FATEC - 1º Sem/12. Disponível em: < Acesso em: 25 maio h30min. CENTRO PAULA SOUZA. Vestibulinho ETEC - 1º Sem/12. Disponível em: < Acesso em: 25 maio h30min.

23 CPT. Conflitos no Campo Brasil Disponível em: < >. Acesso em: 25 maio h15min. FREERANGE STOCK. Holstein friesian cows. Disponível em: < Acesso em: 23 maio h45min. IBGE. Censo Agropecuário ª Apuração. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/censos/censo_agropecuario_2006/segunda_apuracao/censoagro20 06_2aapuracao.pdf>. Acesso em: 24 maio h40min. INCRA. Famílias assentadas Série Histórica. Disponível em: < Acesso em: 24 maio h40min. INEP. Prova azul do ENEM de Disponível em: < f>. Acesso em: 25 maio h30min. INEP. Prova azul do ENEM de Disponível em: < b_azul.pdf>. Acesso em: 25 maio h30min. JOLOEI In: SHUTTERSTOCK. Sugarcane field and worker. Disponível em: < Acesso em: 25 maio h30min. KOSTER, Henry In: WIKIMEDIA COMMONS. Engenho de açúcar. Disponível em: < Acesso em: 24 maio h45min.

24 PENA, Rodolfo F. Alves. Agrossistemas. Brasil Escola. Disponível em: < Acesso em: 23 maio h20min. SID WOOD In: FREERANGESTOCK. Coffee beans. Disponível em: < Acesso em: 23 maio h45min. SID WOOD In: FREERANGE STOCK. Soy. Disponível em: < Acesso em: 23 maio h45min. WIKIMEDIA COMMONS. Cerca de 18 mil militantes participam da marcha de encerramento do 5º Congresso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Disponível em: < Acesso em: 24 maio h45min. WIKIMEDIA COMMONS. Família de italianos em Caxias do Sul (RS). Disponível em: < Acesso em: 24 maio h45min. WIKIMEDIA COMMONS. Plantação de hortifrutigranjeiros em Almirante Tamandaré (PR). Disponível em: < tryside.jpg>. Acesso em: 24 maio h45min.

25 GABARITO 1. Alternativa E. Comentário: O texto I destaca a concentração fundiária e apresenta a reforma agrária como uma necessidade para a democratização da propriedade privada. Para o autor, a organização de nossa economia, desde o Período Colonial, fez surgir um sistema que privilegia a concentração de terras nas mãos de poucos fazendeiros e a improdutividade dos latifúndios. Já o texto II apoia a expansão do agronegócio e vê a pequena propriedade, nos moldes da agricultura familiar, como uma solução inviável economicamente e, portanto, prejudicial aos interesses dos latifundiários. Assim, argumenta que deve-se apoiar o modelo que gera maior produção e lucro. 2. Alternativa A. Comentário: O gráfico representa a relação entre o tamanho e a totalidade dos imóveis rurais no Brasil, evidenciando a concentração da estrutura fundiária, ou seja, vastas extensões de terras nas mãos de poucos proprietários. No gráfico, com dados do ano de 1998, as terras acima de 100 hectares ocupam aproximadamente 70% da área destinada às atividades agropecuárias. Vale ressaltar que essa tendência de concentração fundiária permanece no campo brasileiro. 3. Alternativa C. Comentário: No Brasil, as atividades do agronegócio estão ligadas à produção mecanizada de soja, laranja, cana-de-açúcar e à criação de gado. Essas atividades são realizadas por grandes produtores ou empresas de processamento de alimento, em latifúndios, com produção mecanizada e uso intensivo de tecnologia e pouca mão de obra empregada. Assim, o desenvolvimento do agronegócio promove o desemprego no campo e contribui para o aumento da concentração fundiária.

26 4. Alternativa D. Comentário: Com a intensa mecanização das atividades no campo, os latifundiários têm optado por contratar o trabalhador assalariado apenas nos períodos do plantio e da colheita, que são os momentos de maior demanda de mão de obra. Nessas áreas, é muito comum a contratação de trabalhadores temporários, ou boias-frias, que pela sua condição, vivem desamparados da legislação trabalhista, pois não possuem vínculos empregatícios formais com o empregador. De maneira geral, os boias-frias vivem nas periferias das cidades e ficam nas fazendas apenas nos períodos em que são contratados.

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