Comitê de Provisionamento do Risco Jurídico - CPC-25 Agosto Temas em discussão
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- Irene Gorjão Martini
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1 Comitê de Provisionamento do Risco Jurídico - CPC-25 Agosto Temas em discussão Diretrizes e Recomendações para o Provisionamento do Risco Jurídico, Tabela de Aplicações Avaliação dos riscos jurídicos da Terceirização Relevância do assunto Meios de monitoramento do risco Quando e como provisionar Uniformidade de critérios e automação de medições
2 Diretrizes e Recomendações para o Provisionamento do Risco Jurídico 1. Foram considerados nestas recomendações somente os riscos relacionados a contenciosos judiciais e administrativos, com foco nas grandes empresas. Riscos jurídicos relacionados a contratos serão objeto de etapa posterior; 2. Na aplicação destas recomendações, caberá à organização avaliar a adaptação das recomendações ao seu cenário específico e segmento de atuação; 3. Como premissa para aplicação destas Recomendações deve-se buscar, preliminarmente: 1. O estabelecimento de um "acordo-base transparente, consistente, e sustentável" envolvendo, idealmente, os seguintes atores: o advogado "avaliador do risco", o advogado "homologador da avaliação" (advogado interno ou externo, conforme realidade de cada empresa, devendo-se, entretanto, estabelecer via procedimento com definição de responsabilidades, a garantia de relativa independência entre as duas naturezas de trabalhos jurídicos), auditoria interna, auditoria externa, e contabilidade; 2. O estabelecimento da unidade organizacional (e.g., Finanças, Jurídico, Contabilidade) responsável pela gestão e controle da aplicação do CPC-25 na organização 4. Considerados os potenciais impactos nos demonstrativos financeiros associados a implementação do controle do risco jurídico nas empresas nos moldes do CPC-25, e em face do expressivo valor do contencioso no Brasil, se recomenda avaliar a conveniência de se estabelecer uma "regra de transição para a aplicação plena do CPC-25", evidenciando-se os elementos desta transição em conformidade com a boa pratica contábil (através de notas explicativas, e outras formas aplicáveis)
3 Tipo de Critério Média por objeto Média histórica Média Geral Análise individual Por decisão judicial Aspectos a serem analisados Quando usar Solução mais adequada para cumprimento dos requisitos do CPC-25 no tocante a rastreabilidade dos prognósticos (possibilidade de se auditar de modo confiável alterações de prognóstico por processo ao longo do tempo). Quando aplicável (em especial causas Tributárias), pode-se adotar critérios de estabelecimento de prognóstico de risco através de pontuação com medias ponderadas (qualificando entendimentos a nível de Doutrina e Jurisprudência, julgados pacificados, ou com uma linha majoritária de entendimento, conforme instância) Aplicável para situações que envolvem grande volume de processos de mesma natureza (e.g. relação de consumo). A correlação com as práticas da Justiça Estadual auxilia na melhor precisão Aplicável apenas em situações especiais, em segmentos cujas causas apresentem majoritariamente o mesmo tipo de demanda, com julgados dominantemente pacificados Aplicável a causas especiais, sensíveis ao negócio (e.g. causas coletivas trabalhistas, créditos de IPI de 1998 a 2007), de grande valor, ou grande impacto, onde somente a análise especifica, especializada, pode estabelecer com maior adequação a provisão Deve ser evitada por, essencialmente, não representar uma previsão, mas uma sentença já proferida. A adoção deste critério, pode prejudicar a adequada análise das demonstrações financeiras, com risco de comprometimento dos princípios da prudência e oportunidade Nota relevante: A presente tabela representa um esforço auxiliar às organizações, sem a pretensão de exaurir quaisquer dos aspectos tratados, e, ainda, pela natureza do contexto, encontra-se em permanente evolução, buscando se adaptar às dinâmicas dos mercados
4 Recomendações - Comentários Na gestão do risco jurídico deve-se emprestar especial atenção nos meios e rotinas de sistematização de atividades. Com a finalidade de sistematizar o prognóstico de risco jurídico, e seu acompanhamento subsequente ao longo da vida dos processos, garantindo-se a rastreabilidade dos procedimentos e rotinas de trabalho, recomenda-se estabelecer um padrão de Relatório de Prognóstico, que contenha, sempre que possível, os seguintes elementos: 1. Descrição completa da lide, com os andamentos mais relevantes destacados, e situação atual, assim como comentários cabíveis para o claro entendimento do pleito. Nota: Ao tratar das principais decisões e incidentes processuais, explicar efeitos no caso concreto para a organização; 2. Data de avaliação (se é primeira avaliação ou reavaliação), e avaliadores envolvidos; 3. Valor do pleito, e previsão de ano (exercício) de encerramento da ação; 4. Informar sobre a existência de depósitos ou garantias judiciais, seus valores, bem como liminares e incidentes processuais; 5. Classificação do risco de perda (provável, possível, remoto), e estimativa de valor de sucumbência.
5 Mauro Sampaio (21) (21)
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