DIREITO DO TRABALHO. Aula 2

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1 DIREITO DO TRABALHO TEORIA GERAL DO PROCESSO JURISDIÇÃO. AÇÃO. ELEMENTOS DA AÇÃO.CONDIÇÕES DA AÇÃO PROCESSO. PRESSUPOSTOS. PROCEDIMENTO NULIDADES PROCESSUAIS. Artigos. 795 a 797 da CLT Aula 2

2 JURISDIÇÃO Hoje se busca a legitimidade do sistema processual na utilidade que o processo e o exercício da jurisdição possam oferecer à nação e às suas instituições. Há finalidade social e política na jurisdição, decorrente da busca da pacificação do conflito. A jurisdição é a principal forma heterônoma de composição dos conflitos, em que a solução é dada por uma fonte suprapartes, que decide com força obrigatória sobre os litigantes

3 JURISDIÇÃO O Estado possui função jurídica que é desempenhada de duas formas: (1) estabelecimento de normas para reger as relações sociais, de modo genérico e abstrato, através da legislação; (2) realização prática das normas estabelecidas, no caso de conflito entre pessoas, através da atividade jurisdicional (TGP).

4 JURISDIÇÃO E FUNÇÃO A principal finalidade da jurisdição é a pacificação com justiça! É uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça! Portanto, é monopólio estatal!!!

5 JURISDIÇÃO A JURISDIÇÃO é : PODER, FUNÇÃO e ATIVIDADE! Sua legitimidade emerge do exercício através do processo devidamente estruturado (devido processo legal) PODER: manifestação do poder estatal, conceituado como capacidade de decidir imperativamente e impor decisões. FUNÇÃO: encargo que têm os órgãos estatais de promover a pacificação dos conflitos interinviduais, mediante a realização do direito justo e através do processo. ATIVIDADE: complexo de atos do juiz no processo, exercendo o poder e cumprindo a função que a lei lhe comete

6 JURISDIÇÃO A jurisdição trabalhista está fundada na CF: (1) previsão do Judiciário como Poder que integra a República (CF, art. 92), incluindo tribunais e juízes do trabalho (art. 111); (2) (2) garantia ao acesso jurisdicional (artigo 5º, XXXV CF) CARACTERÍSTICAS CHIOVENDA: (1) caráter substitutivo: (2) escopo jurídico de atuação do direito

7 JURISDIÇÃO 1. caráter substitutivo: no exercício da jurisdição do Estado substitui com uma atividade sua, as atividades daqueles que estão envolvidos no conflito. 2. escopo jurídico de atuação do direito: o exercício da função jurisdicional faz com que se atinja, em cada caso concreto, os objetivos das normas de direito substancial; o escopo jurídico do processo é a realização do direito material.

8 JURISDIÇÃO : características OUTRAS CARACTERÍSTICAS: (3) lide; (4) inércia; (5) definitividade.pressupõe lide, que é o conflito de interesses que leva o particular a pedir a atuação do Estado; conflito de interesses; pretensão resistida; inércia: nemo judex sine actore; ne procedat judex ex officio. Exercício espontâneo atividade jurisdicional contrariaria a finalidade da jurisdição, que é a pacificação social; fomentaria conflitos e discórdias. A regra é a inércia dos órgãos jurisdicionais. Exceções: (a) execução trabalhista (artigo 878 da CLT) (b) recuperação judicial x falência ex officio (artigo 73 da Lei /2005); (c) concessão de habeas corpus (CPP, 654, 2º);

9 JURISDIÇÃO Características (cont) imutabilidade: somente os atos jurisdicionais são suscetíveis de se tornarem imutáveis, não podendo ser revistos ou modificados (artigo 5º, XXXVI). Somente o exercício da função jurisdicional gera coisa julgada, que se traduz na imutabilidade dos efeitos de uma sentença, em virtude da qual nem as partes podem repropor a mesma demanda em juízo ou comportar-se de modo diferente daquele preceituado nem os juízes podem voltar a decidir a respeito; nem o próprio legislador pode emitir preceitos que contrariem, para as partes, o que já foi definitivamente julgado.

10 JURISDIÇÃO PRINCÍPIOS: INVESTIDURA ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO INDELEGABILIDADE INEVITABILIDADE INAFASTABILIDADE JUIZ NATURAL

11 AÇÃO A ação é o direito correspondente ao dever de jurisdição do Estado. A concepção moderna da teoria da ação a define como um direito público, subjetivo, constitucional e abstrato de provocar a jurisdição.

12 AÇÃO TEORIA INAMENTISTA: direito pedir em juízo o que nos é devido <> época em que ação e processo eram capítulos do direito substancial ; ação como qualidade do direito ou o próprio direito reagindo a uma violação. Houve uma polêmica entre dois alemães (Windscheid e Muther). O segundo, para combater as idéias do primeiro, distinguiu entre direito lesado e ação. Da ação, nascem dois direitos de natureza pública: (A) ação como direito público do ofendido à tutela jurídica do Estado; (B) e o direito do Estado à eliminação da lesão

13 AÇÃO TEORIA DO DIREITO AUTÔNOMO: se divide em 2: TEORIA DO DIREITO CONCRETO À TUTELA JURÍDICA: como a tutela jurisdicional só pode ser satisfeita através da proteção concreto, o direito de ação só existiria quando a sentença fosse favorável. A ação seria um direito público e concreto: um direito existente nos cacos concretos em que existisse direito subjetivo (Wach/ Chiovenda) TEORIA DO DIREITO ABSTRATO DE AGIR: o direito de ação independe da existência efetiva do direito material invocado: mesmo quando uma sentença justa nega o direito do autor, ou quando uma sentença injusta o acolhe, existe a ação. Mesmo numa ação temerária, há ação!!!

14 AÇÃO É o direito ao provimento jurisdicional, qualquer que seja a natureza deste favorável ou desfavorável, justo ou injusto, e, portanto, direito de natureza abstrata Ex.: mesmo reclamante não fazendo jus ao aviso prévio que pleiteia, atendendo às exigências do direito processual concernentes ao exercício da ação, tem direito a um pronunciamento do Estado[1] (Tostes Malta) MALTA, Cristovão Tostes. Breves notas sobre as condições da ação e a prática do Direito Processual Trabalhista. Revista LTr 60-02/

15 CARACTERÍSTICAS DO Direito de Ação Público porque exercido contra o Estado. Subjetivo porque está no campo da facultas agendi, já que seu exercício pelo titular é uma faculdade e não uma obrigação. Constitucional porque está expressamente amparado pela Constituição Federal. (Art. 5º, XXXV). Abstrato porque sua existência não está relacionada com a existência do direito material nela perseguido. O direito de ação existe ainda que improcedente seja o seu resultado final. Logo, o direito de ação é o direito de postular a tutela jurisdicional para solução do conflito, tendo ou não seu autor direito a esta pretensão.

16 ELEMENTOS DA AÇÃO A ação tem elementos subjetivos e elementos objetivos. Os elementos subjetivos são as partes e os objetivos o pedido e a causa de pedir. 1. Partes: Parte ativa, parte passiva, Estado (Juiz) Denominação. (Reclamante e Reclamado) Litisconsórcio (Pluralidade de partes) Fixação: Petição Inicial. Modificação. Intervenção de terceiros

17 Elementos Objetivos 2. Causa de Pedir Art. 840, 1º CLT x Art. 319, III, CPC Fatos: Causa de pedir próxima. Fundamento jurídico: Causa de pedir remota. Fundamento Jurídico x Fundamento legal. 3. Pedido Pedido Imediato e pedido mediato É de fundamental importância que se visualize a existência destes dois pedidos, a fim de eliminar quaisquer dúvidas quanto à aplicação do regramento processual, que incide sobre o pedido imediato. Já o pedido mediato é regulado pelo direito material.

18 Pedido. Cont. Pedido Imediato: Aquele dirigido ao Juiz. Entrega da tutela jurisdicional. Regido pelo Direito Processual. Pedido Mediato: Aquele dirigido ao réu. Bem da vida objeto da pretensão. Regido pelo Direito Material. Amparado uma relação jurídica (causa de pedir remota) também denominada de relação jurídica de base, e nos fatos ocorridos nesta relação jurídica (causa de pedir próxima).

19 CONDIÇÕES DA AÇÃO Legitimidade de parte Ordinária e extraordinária Pode-se dizer que há legitimidade daquele a quem a tutela jurisdicional afetará positivamente (autor) ou negativamente (réu) 2. Interesse de agir Necessidade e adequação do Provimento O Poder Judiciário não é órgão de consulta. É preciso que o autor tenha necessidade do provimento jurisdicional sem o qual não terá acesso ao objeto da pretensão. Ademais, é preciso que tal provimento atenda à situação fática narrada pelo autor (adequação) 3. Possibilidade jurídica do pedido Alteração do art. 485, VI CPC (não consta mais como condição da ação) 4. Teoria da asserção Ex.:julgamento de mérito da responsabilidade patrimonial x legitimidade da parte. 5. Posição do juiz quanto a condições da ação = objeção processual

20 PROCESSO O processo é um vínculo existente na formação de uma nova relação jurídica: a relação jurídica de direito processual. Esta relação é, normalmente, um espelho, da relação jurídica material, no plano processual. A teoria moderna aponta o processo como instrumento da jurisdição, ou seja, a forma pela qual o Estado deve atuar na pacificação dos conflitos sociais. Daí porque a tendência, não só do Processo do Trabalho mas também do Processo Civil, é a redução do formalismo e a busca da efetividade do processo. Procedimento é o encadeamento de ATOS PROCESSUAIS, para a outorga jurisdicional. É o método, omapa a forma como vai se desenvolver o processo

21 PROCESSO. Pressupostos processuais São os requisitos necessários à constituição ou validade do processo. Pressupostos processuais podem ser de EXISTÊNCIA e de VALIDADE; Art. 485, IV do CPC; Pressupostos de EXISTÊNCIA: INVESTIDURA DO JUIZ: pessoa que preencha requisitos constitucionais e infraconstitucionais para o exercício da magistratura; DEMANDA REGULARMENTE FORMULADA: contenha partes, pedido, causa de pedir e apresentada em juízo contendo requisitos legais (art. 319 CPC)

22 PROCESSO. Pressupostos processuais PRESSUPOSTOS DE VALIDADE COMPETÊNCIA MATERIAL : aquele juiz que for competente e esteja assim previsto na legislação para apreciar a matéria; IMPARCIALIDADE DO JUIZ: casos de IMPEDIMENTO e SUSPEIÇÃO; CAPACIDADE DAS PARTES: para ser parte e para estar em juízo. Jus postulandi: art. 791 da CLT INEXISTÊNCIA DE FATOS EXTINTIVOS DA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL = litispendência, coisa julgada, perempção, convenção arbitral; RESPEITO ÀS FORMALIDADES DO PROCESSO: requisitos previstos em Lei, pena de nulidade.

23 PROCESSO. Pressupostos processuais 1) Uma demanda regularmente formulada (Art. 2º do CPC) = Provocação da parte na forma prevista em Lei. (Ne procedat iudex ex officio); 2) Capacidade de que a formula; Esta capacidade processual em nada se relaciona à legitimidade de parte. A parte pode ser legítima, mas não ter capacidade processual. A capacidade de ser parte deve ser vista sob duas óticas: A capacidade civil, porque a parte deve possuir seus direitos civis para propor a ação. Se não for será representada ou assistida pelo responsável legal. (Representada = atuar por e assistir = atuar com). A capacidade postulatória, porque o processo, em regra, não admite ao leigo a postulação em Juízo, sendo o jus postulandi privativo dos advogados (Art. 1º da Lei 8.906/94). Exceções: Justiça do Trabalho, Juizado de Pequenas Causas e Habeas Corpus.

24 PROCESSO. Pressupostos processuais Não esquecer que os vícios de representação são sanáveis e, portanto, é preciso conceder prazo razoável para a regularização antes da extinção (art. 76 do CPC). Não saneado o vício: Se o autor: Nulo é o processo que será extinto sem resolução do mérito. Se o réu: Decreta-se a revelia. Lembrar que o preposto deve ser necessariamente empregado, consoante jurisprudência consolidada pelo C. TST. 3) Juiz Competente: Critérios absolutos. Incompetência integral, remessa dos autos. Incompetência parcial, extinção do pedido por falta de pressuposto processual.

25 ATOS PROCESSUAIS. NULIDADES PROCESSUAIS PARTE 2

26 Atos Processuais. A forma não deve ser desprezada, sob pena de se levar ao caos e à insegurança entre os litigantes. Entretanto, a forma não deve sufocar o processo. Os sistemas podem ser rígidos ou flexíveis. No Brasil o sistema é rígido. Estabeleceu-se o procedimento comum, chamado ordinário. Os demais foram estabelecidos para atender a situações peculiares, em face às relações materiais existentes entre as partes, incompatíveis ao procedimento comum.

27 Atos Processuais. Embora possa ser enquadrado como rígido, porque disciplina exaustivamente as formas, podemos considerar que existe um abrandamento no sistema brasileiro, na medida que permite ao Juiz o enquadramento do correto procedimento e permite o aproveitamento de atos que não foram realizados segundo a forma prescrita, desde que não contenham prejuízos às partes.

28 Atos Processuais. Exigências quanto à forma: Do lugar: Os atos processuais cumprem-se normalmente na sede do Juízo, salvo por sua natureza ou disposição legal. (Citação, penhora, etc.). Tempo: É levado em consideração sob dois aspectos: a época de sua realização (dias úteis, horário, etc.) e o prazo para sua realização. Quando o prazo se dá em uma distância mínima para evitar qualquer cerceamento, chama-se dilatório e quando fica uma distância máxima, chama-se aceleratório.

29 Atos Processuais. Os prazos podem ser legais (fixados em Lei), judiciais (a cargo do Juiz) e convencionais (acordado entre as partes). Os prazos são ordinatórios (em benefício das partes) e podem ser alterados, estendidos ou reduzidos ou peremptórios, que não podem ser modificados. Vencidos, entretanto, ocorre a preclusão.

30 Atos Processuais. Modo: Deve ser analisado em três óticas: Linguagem: Escrito, oral ou misto. O processo no Brasil é, teoricamente, oral, mas a prática o transformou em misto. Da oralidade decorrem o princípio da concentração de atos e o da Imediação ou seja, da recepção das provas diretamente pelo Juiz, sem intermediários. Atividade: Esta ligada ao impulso do processo, que pode ser atribuído às partes ou ao Juiz (impulso oficial). Embora o Juiz não instigue à prática de atos processuais, o CPC de 1.973, em seu art. 125, consagrou o impulso oficial, de modo que o Juiz não deve esperar o requerimento das partes para cada andamento.

31 Atos Processuais. Daí decorre a preclusão, que vem a ser a perda de um direito, poder ou faculdade de praticar um ato processual. A inércia da parte não pode prejudicar a marcha do processo. A preclusão pode ser: Temporal: Quando decorrido o prazo fixado sem a prática do ato. Lógica: Quando a prática do ato é incompatível com a de outro, já praticado. consumativa: Quando a faculdade processual já foi validamente praticada. (Art. 473, CPC).

32 Introdução. Processo como meio e não como fim. O processo é um instrumento para que se realize o Direito Material. Não é um fim em si mesmo. O Objetivo do processo, portanto, é a realização do Direito Material que se reputa violado. Evidentemente, porém, que o Princípio do Devido Processo Legal e todos os outros que daí decorrem, estabelecem que a realização do Direito Material pela via processual deve seguir determinadas formas que visam a segurança das partes e, por conseqüência, a transparência da aplicação da norma.

33 Introdução As questões relativas às nulidades processuais devem ser discutidas, sempre, antes do mérito da pretensão. Estão ligadas à impossibilidade de entrega da tutela jurisdicional pretendida e, portanto, precedem a discussão quanto ao resultado desta entrega (positiva = procedência ou negativa = improcedência)..

34 1. Conceito: É o estado do processo que o impede de produzir os efeitos pretendidos ou retira os efeitos já produzidos até então. O objetivo do processo é garantir a eficácia do Direito Material. Se for possível ao processo produzir este efeito, então não há nulidade a ser declarada..

35 2. Espécies. A doutrina tradicional divide as nulidades em ato nulo, anulável e inexistente, conforme a intensidade do vício a que está acometido. Vale a análise para fins didáticos: 2.1. Ato nulo É o ato que carece de um dos elementos necessários à sua validade. Produz uma nulidade insanável e que, por esta razão, não depende da provocação da parte, podendo ser declarado ex officio. Logo, não se sujeita à preclusão. Sujeita-se, normalmente, à ação anulatória, quando não declarado nos próprios autos. Tratando-se, porém, de decisão judicial de mérito transitada em julgado, sujeita-se à ação rescisória. Ex: Sentença proferida por Juiz impedido.

36 2. Espécies 2.2. Ato anulável Produz uma nulidade sanável ou relativa. Depende de provocação da parte que, em não o fazendo, sujeita-se à preclusão. Ocorrida a preclusão, convalida-se a nulidade em ato válido, de sorte a produzir seus efeitos Ato Inexistente. É o ato que carece dos elementos mínimos necessários à caracterização de sua realização e, por conseqüência, é considerado como não praticado. Ex: Sentença não assinada pelo Juiz. Atos praticados por advogado sem mandato e não ratificados no prazo concedido pelo art. 37, parágrafo único do CPC. Recurso interposto por advogado sem procuração nos autos no momento da interposição (Súmula 164 do C. TST).

37 Princípio da instrumentalidade das Formas. Estabelece que o processo é um meio (instrumento) para que se alcance o fim, qual seja, a eficácia do Direito Material cuja violação se debate. Daí porque é possível validar um ato processual que alcance o fim almejado, ainda que realizado de forma diversa daquela prevista em Lei. Ex: Tentativa de conciliação judicial quando a lei exige a tentativa de conciliação extrajudicial (CCP). Está expressamente previsto nos artigos 154 e 244 do CPC:

38 3. Princípios Instrumentalidade (cont). Art Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial. Art Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, Ihe alcançar a finalidade.

39 3. Princípios 3.2. Prejudicialidade. Como já se viu, o ato processual não contém finalidade em si mesmo. Existe para que um efeito seja alcançado. Portanto, a ausência da prática do ato e/ou sua prática de forma irregular não será considerada como nulidade processual se destes vícios não houver nenhum prejuízo às partes. Está incorporado no art. 794 da CLT que assim dispõe: Art Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.

40 3. Princípios Prejudicialidade (cont). Verificando-se que, por outros meios, o resultado do processo seria o mesmo a nulidade não deve ser declarada. Ex: Falta de citação. Por outros meios a ré tomou ciência da ação, compareceu à audiência e apresentou defesa. Ressalte-se que o prejuízo a que se refere o dispositivo é de natureza processual e não de natureza econômica, financeira, moral, etc., ligadas intimamente ao Direito Material a que se refere a própria lide. O prejuízo deve ser manifesto. Trata-se de prejuízo de monta que seja suficiente, por si só, a impedir que o processo alcance ao fim desejado.

41 3. Princípios 3.3. Convalidação (Preclusão) Com efeito o art. 795 da CLT estabelece: Art As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. Ex.: irregularidade representação x revela x razões finais

42 3. Princípios Convalidação (cont.) Com fundamento neste dispositivo é forçoso concluir que a não provocação da parte no momento adequado acarreta na preclusão, não sendo possível ao Poder Judiciário declarar a nulidade. A expressão... não serão... impede que o Juízo o faça, mesmo que assim entender. Não se trata, pois, de uma faculdade do Juízo. Trata-se de vedação legal.

43 3. Princípios Convalidação. Cont. Exceção faz o parágrafo primeiro do dispositivo legal em comento, que estabelece: 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. Já vimos, porém, que a incompetência pode ser absoluta ou relativa. A incompetência relativa deve ser provocada, pena de preclusão (ou prorrogação). Tratamos aqui, portanto, de incompetência absoluta (material ou funcional).

44 3. Princípios Convalidação. Cont. Em que momento deve ser caracterizada a primeira vez que tiver que falar nos autos? Depende. Se o ato ocorre em audiência, na própria audiência. Se fora da audiência, na primeira oportunidade que é concedida à parte o direito de manifestação. Pelo rito tradicional, a parte tem primeira oportunidade de manifestação em razões finais. Entretanto, se o ato é praticado fora de audiência, a primeira oportunidade pode ser um prazo judicialmente concedido à parte.

45 3. Princípios Convalidação. Cont. Como manifestar o inconformismo? O inconformismo pode ser manifestado de qualquer forma. Não há previsão legal para tanto. A práxis consagrou o uso do termo protesto ou protesto antipreclusivo. A jurisprudência tem aceito que o simples uso da expressão isoladamente, em geral, é suficiente para evitar a preclusão. A cautela, entretanto, exige que a apresentação dos protestos venha acompanhada de fundamentação, ainda que breve, a caracterizar a nulidade. De qualquer sorte, é preciso renovar esta manifestação de inconformismo quando da interposição de recurso ordinário, nas razões recursais, em preliminar em face ao efeito devolutivo do recurso ( Tantum devolutum quantum apelatum )

46 3.4. Economia Processual Não se pode perder de vista que o Princípio maior do Processo do Trabalho é o Princípio da Celeridade, ou seja, a prestação jurisdicional deve ser entregue no menor espaço de tempo possível. Por vezes há nulidade, mas esta nulidade não compromete todo o processo, permitindo que seja refeito o ato, convalidando-se os demais.

47 3. Princípios Economia Processual (cont) Estabelecem os artigos 796, a e 797 da CLT: Art A nulidade não será pronunciada: a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; Art O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende. Daí se extrai que, sendo possível aproveitar atos processuais, ainda que posteriores ao viciado, mas que dele não decorram, a nulidade será restrita, como restritos serão seus efeitos.

48 3.5. Interesse Além de demonstrar o prejuízo, a parte deve demonstrar o interesse que resulta do saneamento da nulidade. Isto porque o art. 796, b da CLT estabelece: Art A nulidade não será pronunciada: b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa. Decorre do princípio Geral de direito que enuncia que a ninguém é dado beneficiar-se de sua própria torpeza.

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