Superior Tribunal de Justiça

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1 RECURSO ESPECIAL Nº PR (2011/ ) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN RECORRENTE : LEONILDO ISIDORO CHIARADIA ADVOGADO : ELISABETE KLAJN E OUTRO(S) RECORRIDO : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA PROCURADOR : CARLOS DOS SANTOS DOYLE E OUTRO(S) EMENTA AMBIENTAL. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA. FUNÇÃO ECOLÓGICA DA PROPRIEDADE. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. MÍNIMO ECOLÓGICO. DEVER DE REFLORESTAMENTO. OBRIGAÇÃO PROPTER REM. ART. 18, 1º, DO CÓDIGO FLORESTAL de REGRA DE TRANSIÇÃO. 1. Inexiste direito ilimitado ou absoluto de utilização das potencialidades econômicas de imóvel, pois antes até "da promulgação da Constituição vigente, o legislador já cuidava de impor algumas restrições ao uso da propriedade com o escopo de preservar o meio ambiente" (EREsp /SP, Rel. Min. Eliana Calmon, Primeira Seção, DJe ), tarefa essa que, no regime constitucional de 1988, fundamenta-se na função ecológica do domínio e posse. 2. Pressupostos internos do direito de propriedade no Brasil, as Áreas de Preservação Permanente e a Reserva Legal visam a assegurar o mínimo ecológico do imóvel, sob o manto da inafastável garantia constitucional dos processos ecológicos essenciais e da diversidade biológica. Componentes genéticos e inafastáveis, por se fundirem com o texto da Constituição, exteriorizam-se na forma de limitação administrativa, técnica jurídica de intervenção estatal, em favor do interesse público, nas atividades humanas, na propriedade e na ordem econômica, com o intuito de discipliná-las, organizá-las, circunscrevê-las, adequá-las, condicioná-las, controlá-las e fiscalizá-las. Sem configurar desapossamento ou desapropriação indireta, a limitação administrativa opera por meio da imposição de obrigações de não fazer (non facere), de fazer (facere) e de suportar (pati), e caracteriza-se, normalmente, pela generalidade da previsão primária, interesse público, imperatividade, unilateralidade e gratuidade. Precedentes do STJ. 3. "A obrigação de reparação dos danos ambientais é propter rem" (REsp /SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe ), sem prejuízo da solidariedade entre os vários causadores do dano, descabendo falar em direito adquirido à degradação. O novo proprietário assume o ônus de manter a preservação, tornando-se responsável pela reposição, mesmo que não tenha contribuído para o desmatamento. Precedentes" (REsp /MG, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, DJ ; em igual sentido, entre outros, REsp /PR, Rel. Min. Franciulli Netto, Segunda Turma, DJ ; REsp /PR, Rel. Min. José Delgado, Primeira Turma, DJ ; EDcl no Ag /SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe ; AgRg no REsp /SP, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJe ; AgRg nos EDcl no Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 1 de 29

2 REsp /SP, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, Primeira Turma, DJe ). Logo, a obrigação de reflorestamento com espécies nativas pode "ser imediatamente exigível do proprietário atual, independentemente de qualquer indagação a respeito de boa-fé do adquirente ou de outro nexo causal que não o que se estabelece pela titularidade do domínio" (REsp /SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJe ). 4. "O 1º do art. 18 do Código Florestal quando dispôs que, 'se tais áreas estiverem sendo utilizadas com culturas, de seu valor deverá ser indenizado o proprietário', apenas criou uma regra de transição para proprietários ou possuidores que, à época da criação da limitação administrativa, ainda possuíam culturas nessas áreas" (REsp /PR, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJe ). 5. Recurso Especial não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça: "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro-Relator, sem destaque." Os Srs. Ministros Mauro Campbell Marques, Castro Meira e Humberto Martins votaram com o Sr. Ministro Relator. Não participou, justificadamente, do julgamento o Sr. Ministro Cesar Asfor Rocha. Brasília, 28 de junho de 2011(data do julgamento). MINISTRO HERMAN BENJAMIN Relator Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 2 de 29

3 RECURSO ESPECIAL Nº PR (2011/ ) RELATOR RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO PROCURADOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN : LEONILDO ISIDORO CHIARADIA : ELISABETE KLAJN E OUTRO(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA : CARLOS DOS SANTOS DOYLE E OUTRO(S) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN (Relator): Trata-se de Recurso Especial interposto, com fundamento no art. 105, III, "a" e "c", da Constituição da República, contra acórdão assim ementado (fls , e-stj): ADMINISTRATIVO. AMBIENTAL. DANO AMBIENTAL. MULTAS. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP). RIO SANTO ANTÔNIO. LIMITAÇÃO DE USO, E NÃO DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA. CÓDIGO FLORESTAL (LEI 4.771/65). FUNÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL DA PROPRIEDADE. PREQUESTIONAMENTO. 1. O recorrente intenta enquadrar a situação em comento na figura administrativa da desapropriação indireta, argumentando ser devida, por isso, a indenização pleiteada. No caso em exame, entretanto, o apelante não foi desapossado de sua propriedade, senão que apenas lhe é limitada a utilização econômica em razão da proteção ambiental. 2. O termo inicial à prescrição do pedido indenizatório não pode ser a data da cominação da multa administrativa, mas sim o fato que teria eventual ensejado a redução do proveito econômico da propriedade do apelante. Tal fato seria a entrada em vigor do Código Florestal, o qual teria, supostamente, acarretado uma desapropriação indireta (o que, como se mostrou acima, não o fez). O prazo de 5 (cinco) anos, a contar da aplicação da multa, seria referente ao prazo para o particular contestar a própria multa, e não para requerer indenização por desapropriação indireta. 3. O direito de uso da propriedade não é ilimitado, encontrando limites, inclusive, constitucionais. Deste modo, a propriedade deve atender a sua função social, conforme dispõe a Carta Magna do país, função esta que constitui direito fundamental, princípio da ordem econômica e, principalmente, critério constitucional de política agrícola, esta última revelando a função sócio-ambiental da propriedade. 4. O venire contra factum proprium não pode ser aplicado a atos genéricos, mas apenas quando da existência da contradição de dois atos específicos, realizados pelo mesmo sujeito e separados no tempo. Assim, deveria ter sido comprovado, por exemplo, um ato específico de formento, o que inexiste nos autos. Ademais, é infactível a aplicação da teoria do venire Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 3 de 29

4 contra factum proprium às modificações legislativas realizadas por um Estado, argumentando que a mudança legislativa estatal viola a moralidade administrativa. Evidentemente, é descabida a argumentação de que não é dado ao Estado proibir a degradação ambiental de hoje, caso tivesse incentivado a exploração agrícola da região há mais de meio século atrás. 5. O artigo 18, parágrafo 1º do Código Florestal de 1965 não se aplica à situação em exame. O caso não é de reflorestamento em propriedade particular, mas de desmatamento por parte de particular (imposição de sanção por uso ilícito de área de preservação permanente). Não há qualquer correlação entre a legislação invocada e a hipótese em comento, o que afasta a suposta violação à legalidade. 6. É jurisprudência pacífica nesta Egrégia Corte, inclusive nesta Colenda Turma, a possibilidade de compensação dos honorários sucumbenciais mesmo que uma das partes litigue sob o pálio da justiça gratuita. 7. Não cabe afastar a multa cominada simplesmente porque foi aplicada ao autor - o qual, teoricamente, teria maior interesse no deslinde do feito. Deve-se, isto sim, verificar apenas se os embargos foram evidentemente infundados - e, na hipótese dos autos, o fora. Segundo afirma o próprio autor, seus embargos não teriam intuito protelatório, mas sim a função de prequestionar o juízo acerca de certas matérias, consabido que o prequestionamento em primeiro grau é evidentemente infundado e, segundo o Código de Processo Civil, reputa-se litigante de má-fé precisamente aquele que provoca incidentes manifestamente infundados. 8. A existência comprovada de ilícito ambiental - perpetrado pelo proprietário particular o desmatar áreas de preservação permanente sem autorização, o que constitui violação ao artigo 4º do Código Florestal - realiza a hipótese legal à imposição de multa, certo que aquele que perpetua o ilícito ambiental também comete dano ao meio ambiente. 9. Solucionada a lide com espeque no direito aplicável, tem-se por afastada a incidência da legislação em confronto, senão pela total abstração, com as adequações de mister, resultando, assim, prequestionada, sem que isso importe sua violação. O acórdão recorrido acolheu o parecer do Procurador Regional da República Carlos Eduardo Copetti Leite, no sentido de que a situação fática não evidencia desapropriação indireta, mas mera limitação administrativa de uso trazida com o Código Florestal. Além do descabimento de indenização, ficou asseverada a prescrição do pleito. Confiram-se os seguintes excertos do voto-condutor (fls ): No caso em exame, entretanto, o apelante não foi desapossado de 'sua propriedade, senão que apenas lhe é limitada a utilização econômica em Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 4 de 29

5 razão da proteção ambiental. Da mesma sorte, não foi dada qualquer destinação pública à área do recorrente, como a torná-ia reserva ecológica ou parque ambiental. Por conseguinte, não há que se falar em "irreversibilidade do apossamento", visto que não houve apossamento algum. Mesmo que se queira considerar o caso em comento como desapropriação indireta, de qualquer forma, deveria haver, ao menos, o ato de desapropriação de fato, isto é, tornar-se o bem do particular em bem público. Tal ato, contudo, sequer ocorreu. Ao contrário, o que há, no caso presente, é apenas uma efetiva limitação de uso, a qual se, configura, justamente, pela restrição gratuita da utilização econômica do direito de usar a propriedade em função de imposição geral e de ordem pública, o que, no caso dos autos, se configura na função sócio-ambiental da propriedade consubstanciada na proibição constante no art. 4º do Código Florestal. Eis o que explana a doutrina acerca das limitações feitas pela Administração: (...) Assim, por tratar-se de limitação de ordem geral (evidenciada pela edição do Código Florestal), e não ato de desapossamento da propriedade específica do apelante, impossível tratar-se de outra coisa senão de limitação administrativa, sendo inconcebível pensar em desapropriação indireta sem um ato de desapropriação. Destarte, a limitação de uso não enseja indenização, sendo a gratuidade caraterística pertinente ao instituto. (...) Evidentemente, o termo inicial do pedido indenizatório não pode ser a data da cominação da multa administrativa, mas sim o fato que teria eventualmente ensejado a redução do proveito econômico da propriedade do apelante. Tal fato seria a entrada em vigor do Código Florestal, o qual teria, supostamente, acarretado uma desapropriação indireta (o que, como se mostrou acima, não o fez). O prazo de 5 (cinco) anos, a contar da aplicação da multa, seria referente ao prazo para o particular contestar,a própria multa, e não para requerer indenização por desapropriação indireta. A tese do direito adquirido à exploração da APP, invocada pelo proprietário, foi rechaçada nos seguintes termos (fl. 380): Argumenta o recorrente que seu pedido se fundamenta não no direito adquirido a degradar o meio ambiente, mas sim no direito ao uso da propriedade. Porém, não é convincente a argumentação. Cabe lembrar que o direito de uso da propriedade não é ilimitado, encontrando limites, inclusive, constitucionais. Deste modo, a propriedade deve atender a sua função social, conforme dispõe a Carta Magna do país, função esta que constitui direito fundamental, princípio da ordem econômicas e, principalmente, critério constitucional de política agrícola, esta última revelando a função sócio-ambiental da propriedade. Destarte, conclui-se que não pode ser considerado o direito constitucional de propriedade na utilização desta em confronto com o critério Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 5 de 29

6 consignou (fl. 381): sócio-ambiental estabelecido pela própria Constituição, qual seja: utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente. Do mesmo modo, não é mais convincente o argumento do direito adquirido de uso da propriedade, pois que este deve-se pautar, em tudo o mais, pelos preceitos acima delineados. Enfim, com relação ao art. 18, 1º, da Lei 4.771/1995, o Tribunal a quo Ocorre que, sucintamente, o dispositivo invocado não se aplica à situação em exame. O caso não é de reflorestamento em propriedade particular, mas de desmatamento por parte de particular (imposição de sanção por uso ilícito de área de preservação permanente). Não há qualquer correlação entre a legislação invocada e a hipótese em comento, o que afasta a suposta violação à legalidade. O recorrente suscita divergência jurisprudencial e violação dos arts. 2º, 8º e 18 da Lei 4.771/1965, além do art. 1º do Decreto (fls ). Em síntese, defende que: a) a APP situada em sua propriedade foi desmatada antes da entrada em vigor do Código Florestal, razão pela qual o reflorestamento enseja a indenização prevista no art. 18, 1º; b) a pretensão indenizatória não está prescrita, pois o prazo quinquenal começou a correr somente com a autuação do Ibama, ocorrida em julho/2008. (fls ). Contrarrazões às fls Parecer do Ministério Público Federal pelo não conhecimento do apelo É o relatório. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 6 de 29

7 RECURSO ESPECIAL Nº PR (2011/ ) VOTO O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN (Relator): Cuida-se, na origem, de Ação Ordinária movida por Leonildo Isidoro Chiaradia contra o Ibama, objetivando a nulidade de auto de infração ambiental e o pagamento de indenização pelo reflorestamento da Área de Preservação Permanente app contida em sua propriedade, situada à margem do Rio Santo Antônio. O Juízo de 1º grau julgou o pedido procedente em parte apenas para afastar a multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) imposta com a autuação. Ambas as partes recorreram. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em acórdão relatado pelo eminente Desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, negou provimento à Apelação do autor e proveu o recurso do Ibama para, com isso, julgar totalmente improcedentes os pedidos (fls ). No Recurso Especial, o recorrente sustenta fazer jus à indenização prevista no mencionado art. 18, 1º, do Código Florestal, ao argumento de que sua propriedade já havia sido desmatada antes da sua vigência. Não lhe assiste razão. A controvérsia refere-se à Área de Preservação Permanente APP em terreno marginal de rio, que decorre diretamente da Lei 4.771/1965 (art. 2º, "a"). Conforme consta no acórdão recorrido e nas próprias razões recursais, a área qualificada como APP foi desmatada e, até a autuação engendrada pelo Ibama, em julho/2008, vinha sendo explorada economicamente. Tal situação denota a ilicitude da conduta do recorrente e, em contraposição, a legitimidade do poder de polícia ambiental questionado nos autos, não havendo falar, muito menos, em direito à indenização. 1. Propriedade e meio ambiente Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 7 de 29

8 Segundo o acórdão recorrido, "o direito de uso da propriedade não é ilimitado, encontrando limites, inclusive, constitucionais". Está corretíssimo. Em várias oportunidades, o STJ vem afastando a existência de um hipotético gozo absoluto e total do imóvel rural ou urbano, pois, antes mesmo "da promulgação da Constituição vigente, o legislador já cuidava de impor algumas restrições ao uso da propriedade com o escopo de preservar o meio ambiente" (EREsp /SP, Rel. Min. Eliana Calmon, Primeira Seção, DJe ), tarefa essa que, no regime constitucional de 1988, abaixo veremos, fundamenta-se na função ecológica do domínio e posse, que regra, na raiz, o ius utendi, fruendi, abutendi e aedificandi. Nunca é demasiado relembrar que o domínio privado jamais (exceto no período feudal, quando fraco o controle central do monarca) foi um direito absoluto, no sentido de insulá-lo e cobri-lo com o manto da intocabilidade, sobretudo em relação a limites destinados a compatibilizá-lo com o interesse da coletividade, mormente porque "o proprietário não está só no mundo (Joseph Charmont, Les Transformations du Droit Civil, Paris, Librairie Armand Colin, 1912, p. 202). Muito ao contrário, as limitações estão por toda parte, afirmava Henri Hayem aluno aplicado de Léon Duguit e ele próprio precursor da visão social da propriedade, o que, ainda na primeira década do Século XX e bem antes do surgimento do Welfare State, permitia-lhe concluir, categoricamente, que atualmente existe um direito de propriedade cercado por restrições inumeráveis, nele se devendo enxergar, pois, um direito essencialmente relativo (Henri Hayem, Essai sur le Droit de Propriété et sés Limites, Paris, Arthur Rousseau, éditeur, 1910, pp e 402, grifo no original; cf. também Rafael Bielsa, Derecho Administrativo, sexta edición, Tomo IV, Buenos Aires, La Ley, 1965, p. 371; Carlos Alberto Dabus Maluf, Limitações ao Direito de Propriedade, 2ª ed., São Paulo, RT, 2005, p. 152; Cristiane Derani, A propriedade na Constituição de 1988 e o conteúdo da função social, in Revista de Direito Ambiental, vol. 27, jul./set. 2002, p. 62). Além disso, se é o legislador que confere e assegura o direito de propriedade afinal, não se trata de concessão divina, como se defendia antigamente, compete-lhe associar ao desenho do instituto não só um conjunto de direitos, Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 8 de 29

9 prerrogativas e faculdades, como igualmente um leque, cada vez mais extenso, de pressupostos, obrigações e responsabilidades. Nessa linha de entendimento e acompanhado da mais abalizada doutrina brasileira e estrangeira, ensina Sérgio de Andréa Ferreira que a propriedade, por estar protegida na Constituição, não pode ser transformada em tábula rasa, mas seu "conteúdo não é único cabendo à lei, dentro do que a Constituição Federal dispõe, definir tal conteúdo, regular seu exercício, estabelecendo os respectivos limites", pois a situação do titular de um direito, posta nesses termos, é estatutária, regulamentar, e, assim, modificável por lei que substitua a anterior. Não há, pois, imutabilidade em questão de poderes, de faculdades (O Direito de Propriedade e as Limitações e Ingerências Administrativas, São Paulo, Revista dos Tribunais, 1980, pp. 5 e 7-8, grifos no original). Incontáveis e multifacetárias mostram-se essas limitações, uma obra permanente de reescrever o direito de propriedade, que, ao oposto do que ainda pensam alguns, nada tem de novo nos sistemas jurídicos, acima indicamos. Na lição de Cunha Gonçalves, seria impossível mencionar todas as restrições da propriedade baseadas no interesse público; e a lista ficaria sempre incompleta, porque o número e a qualidade destas restrições vai sempre aumentando, mercê da incessante e multiforme intervenção do Estado nas atividades econômicas particulares, por efeito das crises dos nossos tempos" (Tratado de Direito Civil, vol. XI, Coimbra, Coimbra Editora, 1936, p. 218). Logo, ao juiz contemporâneo não devem impressionar as reclamações saudosistas dos que ainda insistem em defender uma visão extremada do direito de propriedade, posição que, no Brasil, qualquer estudante de Direito afirmará ultrapassada desde, pelo menos, a Constituição de 1934 e, com maior ênfase, a de Prevalece hoje a postura de que o dono só é senhor da terra na medida do respeito às aspirações estabelecidas em favor de toda a coletividade e das gerações futuras, entre as quais ganha crescente realce a proteção do meio ambiente. Uma espécie de contrato socioecológico coletivo e intergeracional, como novo marco do direito de propriedade, o único compatível com o paradigma ambiental, que, nota o Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 9 de 29

10 magistral Ricardo Luis Lorenzetti, representa, para os indivíduos, um sistema em que predominam os deveres e limites a direitos em razão da proteção que demanda o bem coletivo (Teoria Del Derecho Ambiental, Buenos Aires, La Ley, 2008, p. 11, grifei). Na época atual, por conseguinte, já não há espaço, nem desculpa, para o Judiciário se omitir, dificultar ou obstar a implementação da legislação ambiental, acima de tudo a florestal; a um, porque os danos causados e a serem causados são, amiúde, de natureza irreversível e, não raro, catastróficos (como demonstram, nas grandes cidades brasileiras, enchentes e deslizamentos recorrentes, com lastimável perda de vidas humanas e incalculáveis prejuízos materiais); a dois, porque o conhecimento acerca do valor da biodiversidade e do seu desaparecimento é copioso e inquestionável; a três, porque aí estão tecnologias e métodos capazes de conferir índole sustentável à exploração dos recursos naturais; finalmente, porque o juiz brasileiro do Século XXI é convocado a aplicar não um conjunto de diplomas exóticos, desatualizados, funambulescos e sem apoio nas referências histórico-culturais do País, mas um microssistema legal coerente, de origem e índole constitucional, que vocaliza, de modo impositivo, a transição de um Direito de danos para um Direito de riscos (sobre os pilares dos princípios da prevenção, precaução e in dubio pro natura) e da propriedade-especulação para a propriedade-função, tomando de empréstimo a terminologia tão antiga quanto atual de Léon Duguit (Les Transformations Générales du Droit Privé Depuis le Code Napoléo n, Paris, Librairie Félix Alcan, 1920, p. 150), função essa que, consoante a Constituição de 1988, além de social, é igualmente ecológica. A legislação ambiental, inspirada e autenticada assim pela função ecológica da propriedade (derivação técnica e ampliação ética da função social), refreia o costume ou a pretensão do máximo e ilimitado aproveitamento do solo, prática herdada do laissez-faire e legitimada, mais de fato do que de direito, pela passividade histórica, quando não conivência contra legem, das autoridades públicas, aí incluindo-se o Judiciário. No microssistema jurídico-ambiental, preocupou-se, pois, o legislador em dar um basta naquilo que Helita Barreira Custódio descreveu como "delinqüência generalizada sob alegações de direito absoluto, exclusivo ou Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 10 de 29

11 especulatório da propriedade" (Limitações à propriedade revestida de vegetação, in Revista de Direito Civil, Ano 7, jul./set. 1983, p. 107). Os benefícios advindos da tutela ambiental são, realmente, de todos e para todos, favorecendo, inclusive e amiúde, direta ou indiretamente, os que se dizem vítimas da intervenção do legislador e administrador. De fato, nem mesmo o proprietário ou possuidor rural mais relapso, retrógrado ou insensível negará ser imperioso buscar compatibilizar a legítima atividade econômica (agropecuária, florestal, de silvicultura, imobiliária, minerária, turística, etc.) com a conservação dos recursos naturais, particularmente em época de mudanças climáticas, de desaparecimento veloz e abrangente de espécies da flora e da fauna, de erosão e degradação do solo, e de esgotamento quantitativo ou qualitativo dos recursos hídricos. Sob esse enfoque, no ordenamento jurídico brasileiro pós 1988, o ius utendi, o ius fruendi, o ius abutendi, o ius aedificandi e a desinente prerrogativa de desmatamento da vegetação nativa dividem o núcleo duro ou imanente do direito de propriedade com outros valores e interesses de índole coletiva e solidarista, constitucional e legalmente salvaguardados. Aqueles, extirpados de sua essência (ou aparência) de intocabilidade, compõem agora uma zona de potencialidades-reserva do direito de propriedade, expectativas deste derivadas, é certo, mas que, para virarem elas próprias direitos-plenos, dependem de manifestação, expressa e complementar, do legislador ou do administrador, tanto na maneira e tempo do seu exercício, como nos cuidados reclamados e condicionantes ordenados. Como já observado em outra oportunidade (REsp /SC, DJe ), nos atuais regimes jurídicos, os imóveis - rurais ou urbanos - transportam finalidades múltiplas (privadas e públicas, inclusive ecológicas), o que faz com que sua utilidade econômica não se esgote em um único uso, no melhor uso e, muito menos, no mais lucrativo uso. Conforme a ordem constitucional-legal brasileira, não se garante ao proprietário e ao empresário o máximo retorno financeiro possível dos bens privados e das atividades exercidas. A admitir-se a hipótese inversa, ilícito seria, no campo urbanístico, preceituar recuo dos prédios, vedar usos, limitar a altura acima Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 11 de 29

12 de um dado gabarito, prescrever a limpeza e conservação da fachada das casas, determinar a disposição adequada das águas paradas, impor a observância de certas características ou padrões arquitetônicos nos edifícios, exigir a construção de escada de incêndio. Limite, em tal ótica da máxima exploração e irrestrito benefício econômico da propriedade, só o do céu, da engenharia, da lei da gravidade e da vontade do titular. Tudo isso significa, como magnificamente indicado por Henri Heyem, atrás referido, que existe uma propriedade social, que pesa sobre a propriedade privada como o domínio eminente pesa sobre o domínio útil, ou seja, um patrimônio social colocado a disposição de cada um e de todos, e acumulado pelas gerações anteriores, para o maior bem das gerações futuras (Ob. Cit., pp. 402 e 423, grifos no original). Especificamente a respeito da flora, o próprio Código Florestal de 1965 se encarrega de dizer que "As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem" (art. 1, caput, grifei). Aí está um dos exemplos mais expressivos de densificação, no ordenamento brasileiro, da função ecológica da propriedade e do princípio da solidariedade intra e intergeracional. 2. Natureza jurídica das Áreas de Preservação Permanente (APP) e da Reserva Legal Nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) e na Reserva Legal afigura-se uma genuína limitação administrativo-ambiental ao direito de propriedade (cf., p. ex., Nicolao Dino, ao dizer que se cuida de "limitação administrativa de caráter compulsório", Proteção Jurídica do Meio Ambiente I - Florestas, Belo Horizonte, Del Rey, 2003, p. 215; com idêntico ponto de vista, cf., dentre outros, Ana Maria de Oliveira Nusdeo, A compensação de Reserva Legal através de contrato de arrendamento e os incentivos à proteção florestal, in Revista de Direito Ambiental, n. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 12 de 29

13 48, 2007, p. 31; Guilherme José Purvin de Figueiredo, A Propriedade no Direito Ambiental, 2ª ed., Rio de Janeiro, ADCOAS, 2005, p. 212). Pela ótica dos instrumentos de Direito Ambiental, os dois institutos incluem-se na categoria dos "espaços territoriais especialmente protegidos em sentido amplo ou lato sensu", na exata terminologia proposta por Édis Milaré (Direito do Ambiente: A Gestão Ambiental em Foco, São Paulo, RT, 2007, p. 690). É próxima e inseparável a vinculação entre limitações de interesse público e função social da propriedade, não obstante os doutrinadores do Direito Público muito terem procurado acentuar que esta última não deveria ser confundida ou equiparada àquelas. Na verdade, tem-se aí um autêntico continuum de incidência sobre o direito de propriedade, dois institutos que, no fundo, se encontram, dogmática e pragmaticamente, na generalidade de incidência e na finalidade de interesse público, valores comuns que os fundamentam e os legitimam. Em tal ótica, é como prius político-metodológico, além de ético-jurídico, que a função social dialoga com as limitações ambientais ao direito de propriedade. A função social (e a ecológica) fortalece e satisfaz o paradigma das limitações ao uso e gozo do direito de propriedade, de origem civilista, agregando às imposições negativas classicamente a elas atreladas todo um arcabouço de deveres positivos, dirigidos a conformar o domínio aos interesses da coletividade. Daí que, em vez de incompatibilidade entre os dois institutos, funcionam eles ou devem funcionar de forma coordenada. Esse casamento recente prática e metodologicamente forçoso consolida-se no momento em que o Código Civil brasileiro, autodeclarado guardião das limitações privadas ou públicas ao exercício do direito de propriedade (a velha fórmula do direito de construir, repetida no atual Código Civil, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos, art ), incorpora, sem reservas, a função social da propriedade ( O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais, art , 1º). A caracterização das APPs e Reserva Legal como limitação administrativa deve ser apreendida em duplo sentido. Entende-se por limitação administrativa a) os controles prescritos (isto é, instituídos ou densificados) pelo Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 13 de 29

14 administrador, bem como b) aqueles que, embora minuciosamente prescritos e descritos pelo legislador, inclusive o constitucional, são executados, implementados ou fiscalizados por órgãos do Poder Executivo. No terreno ambiental, exemplo daquela modalidade de limitação administrativa são as APPs do art. 3º do Código Florestal de 1965 ("quando assim declaradas por ato do Poder Público ", grifei, ato esse que cabe não apenas ao administrador singular, mas igualmente a órgãos colegiados, como o Conama e os Consemas), bem assim a Reserva Legal decretada em percentual superior ao mínimo legalmente reclamado (acima de 20% ou 80%, conforme a região do País); da última, cabe citar a Reserva Legal em seu percentual mínimo e APPs do tipo da Mata Ciliar e das encostas com inclinação acima de 45 graus, disciplinadas no art. 2º da mesma lei. Naquela primeira hipótese, administrativa mostra-se, simultaneamente, a prescrição concreta (com base em parâmetros gerais ou abertos, dispostos na Constituição ou leis) e a execução específica do instrumento; na segunda, diversamente, a qualificação administrativa faz referência tão só à implementação, aplicação ou fiscalização (= execução) dos limites, quando à Administração reserva-se a tarefa de efetivar e reclamar os padrões mínimos, precisa e vinculativamente assentados pelo legislador; aqui o administrador, em verdade, não inova, no sentido amplo da expressão, na ordem jurídica, pois seu controle administrativo circunscreve-se à cobrança do cumprimento, pelo particular, da pré-conformação proferida ex lege. Diante dessas limitações preordenadas, de maneira fechada, pelo legislador, à Administração basta aplicá-las, fiscalizá-las e cobrá-las, administrativa ou judicialmente. São casos em que, para usar a precisa lição de Celso Antonio Bandeira de Mello, "a limitação já vem assinalada de modo inarredável na lei" (Curso de Direito Administrativo, 21ª ed., São Paulo, Malheiros, 2006, p. 778). É, em síntese, limitação que de administrativa só apresenta o fato de operar na ponta final do processo de regulação do uso da propriedade e do controle da atividade econômica (= execução). No presente, muito do que se encontra no conteúdo dos instrumentos de Direito Ambiental aplicável ao domínio privado (a Reserva Legal e as APPs, mas Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 14 de 29

15 também certas categorias de Unidades de Conservação, como a APA Área de Proteção Ambiental e até mesmo o licenciamento ambiental) deriva de acertamento que se faz, em maior ou menor medida, não no plano do exercício da função administrativa, estritamente falando, mas, sim, em pré-arranjos instituídos na lei e, mais valioso até, na Constituição. Vale dizer, à luz desses pré-arranjos, no universo das limitações ambientais, ao paradigma da legalidade agregou-se o paradigma da constitucionalidade, esteado na função ecológica da propriedade e na garantia do mínimo ecológico. O resultado é que ao administrador agora incumbe, como dever-poder, a proteção ambiental em bases mais sólidas, ricas e complexas. Sua atuação deixa de constituir simples e insegura derivação da cláusula constitucional/legal difusa de atribuição a ele de um poder de polícia genérico para zelar pela "ordem pública", inclusive pelos recursos naturais, caminho que se lhe facultava trilhar, quando assim entendesse apropriado, ao limitar o exercício do direito de propriedade urbana e rural. Tamanha a contaminação, com licença da palavra, do ordenamento pelo paradigma da função ecológica da propriedade que a nova civilística, editada sob a influência do constitucionalismo do Estado Social, a abraça expressamente. Confira-se, a propósito, o Código Civil de 2002 (art , 1, grifei): O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. De todo o dito, fica o seguinte: no regime da Constituição de 1988, limitação administrativa e função social (e ecológica) não mais convivem em mundos dogmáticos à parte, separadas uma da outra, atrás referimos. São clientes de uma mesma fonte a norma constitucional de desenho da propriedade e da ordem econômica e apoiam-se em único macroargumento ético-político, a persecução do interesse público das presentes e futuras gerações, vale dizer, a realização dos objetivos maiores e supraindividuais da comunidade, sob o fundamento da dignidade Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 15 de 29

16 da pessoa humana (art. 1º, III) e o amparo do princípio da solidariedade (art. 3º, I). Agora aprisionadas num programa constitucional renovado e minucioso de introdução do solidarismo intra e intergeracional nas relações entre proprietários, posseiros, a sociedade e os nossos descendentes, as limitações administrativas passam a incorporar, preservadas a roupagem e a terminologia antigas, um novo papel, de porta-voz pontual e concreto de função social ou ecológica diluída, expressão de um pacto ético-jurídico sustentado não mais em doutrina ou dispositivos esparsos do Código Civil, mas na própria Constituição nacional. É a função social que se exterioriza nas limitações administrativas e são, simultaneamente, as limitações administrativas que se interiorizam na função social. 3. Modalidades de limitações administrativas no Direito Ambiental Limitação administrativa é a técnica jurídica de intervenção estatal, em favor do interesse público, nas atividades humanas, na propriedade e na ordem econômica, com o intuito de discipliná-las, organizá-las, circunscrevê-las, adequá-las, condicioná-las, controlá-las e fiscalizá-las. Sem configurar desapossamento ou desapropriação indireta, a limitação administrativa opera por meio da imposição de obrigações de não fazer (= non facere), de fazer (facere) e de suportar (pati), e caracteriza-se, normalmente, pela abstração da previsão primária (= aplicabilidade genérica aos que se encontrem numa determinada situação ou posição jurídica), utilidade pública (= benefícios uti universi, isto é, a toda a coletividade ou a parte significativa dela), imperatividade (= cumprimento obrigatório), unilateralidade (= dispensa de anuência do regulado e de reciprocidade de deveres, diferentemente do que se dá com as limitações de vizinhança) e gratuidade (= inindenizabilidade da constrição, resultado da falta de acréscimo material nos bens do Estado, ou da utilidade econômica que lhe é prestada como tal, não se protegendo, em via imediata, interesse individualizado de pessoa física ou jurídica, visto que de ordem social os benefícios de sua realização Esses aspectos não passaram despercebidos por Hely Lopes Meirelles, Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 16 de 29

17 para quem limitação administrativa é toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências do bem-estar social (Direito Administrativo Brasileiro, 18ª edição, atualizada por Eurico de Andrade Azevedo, Délcio Balestero Aleixo e José Emmanuel Burle Filho, São Paulo, Malheiros, 1993, p. 537). Note-se que, na definição acima, os dois núcleos das limitações administrativas, anteriormente indicados, vêm bem discriminados a prescrição e a execução de controles das atividades humanas e direitos a elas associados, aspectos que melhor serão analisados adiante. Nela ainda se realça o fato de que o mecanismo incide por igual sobre a atividade do próprio Estado, que, no campo ambiental, é multifacetária. Para ficar em uns poucos exemplos colhidos da jurisprudência, cite-se a construção de estradas, portos, hidrelétricas, aeroportos, conjuntos habitacionais, presídios, equipamentos de saneamento e outros empreendimentos públicos, mormente os de infraestrutura. Releva ainda acentuar que, no Direito Ambiental, não se espere encontrar limitações administrativas ajustáveis plena e perfeitamente ao molde ou matriz tradicional, inaptidão essa que se observa igualmente no empréstimo que a disciplina faz de outros institutos do Direito Administrativo, como as licenças e autorizações. Se, já consignamos, as limitações administrativas imobiliárias normalmente se apresentam, no regime constitucional de 1988, como exteriorização ou concretização de pressupostos intrínsecos do direito de propriedade e da posse, no caldo da função social e ecológica, parece óbvio que seu perfil teórico-dogmático se afasta, como concepção jurídica, do modelo sob o qual se desenvolveu, ou seja, o Estado liberal ou do laissez-faire. Como acima indicado, forçoso, pois que seja por amor à clareza do raciocínio jurídico, separar, de um lado, o estabelecimento administrativo de limitação ao direito de propriedade ou à atividade econômica, e, do outro, a execução administrativa de limitação legal ao direito de propriedade ou à atividade econômica. Naquela situação, o legislador se atém a dar a hipótese genérica e deixa ao Poder Público a possibilidade de ajustá-la, em juízo ad hoc, conforme as circunstâncias, Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 17 de 29

18 necessidades e peculiaridades do fato concreto, diante de contingências comuns à mutabilidade e à complexidade do interesse público, o que pode levá-lo a ampliar o grau de intervenção na atividade econômica (pense-se, mais uma vez, nas APPs do art. 3º do Código Florestal de 1965, e na Reserva Legal exigida administrativamente acima do mínimo legal). Já na limitação administrativa ambiental de execução, atrás citado, ao administrador, tecnicamente falando, não se conferem, como se fora atribuição da obra ao seu criador, poderes amplos naquilo que já é, anteriormente, desenhado ponto a ponto pelo legislador. Melhor dito, não se limita - nem precisa limitar-se - administrativamente o que já está constitucional ou legalmente limitado; aí, o que se requer é execução (= implementação e fiscalização) dos controles estabelecidos pelo legislador. E se do administrador não se espera função prescritiva, limitação administrativa, na acepção mais ampla do termo, não é. Administrativo aqui não se reporta à gênese ou à fonte direta da limitação, mas à autoridade que a executa. A limitação, nesses casos, também poderá ser denominada de administrativa (e, corriqueiramente, o é), mas não por autoria do desenho, tão só por controle externo, circulação individualizada e implementação concreta do marco preestabelecido alhures. Nesse contexto, bem recorda Maria Sylvia Zanella di Pietro que, "embora muitas das normas legais limitadoras de direitos individuais sejam de caráter constitucional, penal, eleitoral, é à Administração Pública que cabe o exercício dessa atividade de restrição ao domínio privado, por meio do poder de polícia fundado na supremacia do interesse público sobre o particular" (Direito Administrativo, 20ª ed., São Paulo, Atlas, 2007, p. 117, grifei). Se assim é, pode-se afirmar, em síntese, que, no nosso Direito Ambiental (para não dizer no Direito Administrativo como um todo), encontramos limitações administrativas de prescrição e limitações administrativas de execução. Naquelas, a Administração atua para densificar controles normativos genéricos da explorabilidade e dos usos da propriedade, ou de organização das atividades humanas. Nestas, a limitação só é administrativa no "controle do controle", por assim dizer, ou seja, na implementação e fiscalização de parâmetros rígidos e fechados assinalados na lei, que, Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 18 de 29

19 de maneira prévia e inequívoca, instrui e delimita o direito de propriedade e o exercício das atividades humanas. Em tais casos, cumpre à Administração, na observação de Celso Antonio Bandeira de Mello, "o poder-dever de assegurar-lhe o respeito, fiscalizando sua observância e impedindo-lhe a transgressão" (Ob. Cit., p. 778). Ou, na lição de Odete Medauar, exercer o poder de polícia pelo "controle da observância das prescrições e a imposição de sanções em caso de desatendimento" (Direito Administrativo Moderno, 11ª ed., São Paulo, RT, 2007, p. 334). A limitação administrativa de prescrição, no Direito Ambiental, como não poderia deixar de ser, deriva remotamente dos pressupostos intrínsecos do direito de propriedade e da posse, trazidos a lume ex vi legis no bojo do "direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado" assegurado a todos, do princípio da "defesa do meio ambiente" a ser observado pela "ordem econômica", da garantia do mínimo ecológico afiançador da diversidade biológica, e da "função ecológica da propriedade", sofisticação pós-moderna da função social do domínio e de seus consectários (arts. 225, 170, VI, e 186, II, da Constituição Federal, respectivamente). Assim, a função social e a função ecológica da propriedade servem de sustentáculo à limitação administrativa de prescrição (= estabelecimento pelo administrador de limitação ao direito de propriedade ou à atividade econômica), pois delas deflui, em última análise, a competência legítima para o Poder Público identificar e concretizar a configuração interna minimamente estabelecida pelo legislador para o direito ou atividade, respeitados, sempre, os princípios da legalidade, da razoabilidade e da proporcionalidade. Com razão, pois, Guilherme José Purvin de Figueiredo quando, de maneira certeira, abandona as amarras do modelo tradicional e aponta que "o princípio da função social da propriedade assegura a legitimidade das intervenções administrativas de caráter ambiental que resultam na limitação do exercício pleno do direito de propriedade" (Ob. Cit., p. 92, grifei). Desse quadro próprio do nosso Direito Ambiental derivam pelo menos três consequências inafastáveis. Primeiro, nas limitações administrativas ambientais, não se está diante de mera atuação exclusiva sobre as condições de exercício do direito de propriedade, aí se encontrando similitude com outras situações em que, como Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 19 de 29

20 lembram Eduardo García de Enterría e Tomás-Ramón Fernández, define-se "a extensão do conteúdo normal do direito, com o que são algo mais que uma verdadeira limitação ou compressão de seu exercício" (Curso de Derecho Administrativo, vol. II, Madrid, Thompson/Civitas, 2004, p. 108). Segundo, sob o influxo e convergência da função social (art. 5, XXIII) e da função ecológica (Constituição Federal, arts. 170, VI, e 186, II) da propriedade e da atividade econômica, nas limitações administrativas ambientais se observa a presença de deveres tanto de abstenção como de atuação e de suportar. Um direito de propriedade com contraprestações do titular, individuais (direitos de vizinhança) e coletivas, em favor das presentes e futuras gerações. E, finalmente, a essas limitações administrativas e aos ônus ambientais em geral se atribui a natureza de obrigação propter rem, isto é, daquelas que aderem ao título de domínio ou posse, questão que mais à frente melhor se analisará. administrativa ambiental 4. Generalidade da previsão e dos beneficiários da limitação As Áreas de Preservação Permanente e a Reserva Legal, nos termos da legislação, são limitação ambiental que se aplica a todos os sujeitos que se encontram em uma dada posição jurídica: proprietários e posseiros de terras. Portanto, a norma que a estatui objetiva alcançar imóveis (e pessoas) indeterminados, mesmo que determináveis. Por isso se diz que se trata de referência legal de cunho abstrato ou geral - como a própria lei e normas administrativas o são -, embora sua aplicabilidade se dê, no caso concreto, com as variações determinadas pelo status ecológico do imóvel (p. ex., o administrador pode concluir que, havendo no terreno espécie ameaçada de extinção, a Reserva Legal não ficará restrita ao seu mínimo legal). Esse o primeiro ângulo da generalidade. Um outro significado de generalidade desperta o instituto, além do fato de os destinatários do ônus não se acharem pré-identificados com nome e sobrenome. Os benefícios também se dirigem a sujeitos indeterminados, uti universi, ou seja, Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 20 de 29

21 encerram propósito de ordem geral ou interesse comum. Aspecto que não passou despercebido ao legislador constitucional, quando previu que o "dever" de proteger e defender o meio ambiente ecologicamente equilibrado é exercido em favor das "presentes e futuras gerações" (art. 225, caput). Logo, não se cuida de vantagens individuais ou estatais, nem mesmo puramente coletivas. Levadas às últimas consequências, isto é, na perspectiva planetária, são universais ou da humanidade, intra (gerações presentes) e intergeracionais (gerações futuras). Interesse mais geral ou público, impossível. O próprio Código Florestal de 1965 se encarrega de esclarecer que "As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem" (art. 1, grifei), dispositivo anterior à Constituição de 1988, mas com ela em notável sintonia, no qual essa generalidade dos beneficiários é, de maneira pleonástica, duplamente ressaltada, primeiro com o "interesse comum" e, em seguida, com a expressão "a todos habitantes do País" (Helita Barreira Custódio, Art. Cit., p. 102). A questão se põe também no Direito comparado. Na mesma trilha teórica, Michel Prieur anota que "um mesmo espaço florestal é patrimônio de toda uma série de titulares diferentes" (Ob. Cit., p. 320). Mesmo que de domínio privado, as florestas e vegetação nativa interessam à universalidade dos brasileiros e, percebidas no seu conjunto como megabiomas (pense-se no gigantismo da Amazônia), também beneficiam cada habitante do Planeta, tendo em vista que vários serviços ecológicos globais delas dependem - o clima e a biodiversidade mundiais, p. ex., para ficar naqueles que mais despertam a atenção. Em síntese, a própria lei se encarrega de marcar, no seio do universo dos bens reconhecidos pelo Direito, uma identidade peculiar para as florestas e demais formas de vegetação, o que lhes confere natureza jurídica especial e, em consequência, as submete a regime dominial sui generis, suficiente para distingui-las da propriedade do solo, das águas, do subsolo e da fauna. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 21 de 29

22 5. Reflorestamento obrigatório das APPs Importa salientar que, ao passo que conceituou e delimitou as APPs, o Código Florestal de 1965 estabeleceu o dever do proprietário de proceder ao florestamento ou reflorestamento das áreas correspondentes, com a possibilidade de intervenção do Poder Público na hipótese de sua inércia (art. 18). In verbis: Art. 18. Nas terras de propriedade privada, onde seja necessário o florestamento ou o reflorestamento de preservação permanente, o Poder Público Federal poderá fazê-lo sem desapropriá-las, se não o fizer o proprietário. 1 Se tais áreas estiverem sendo utilizadas com culturas, de seu valor deverá ser indenizado o proprietário. 2º As áreas assim utilizadas pelo Poder Público Federal ficam isentas de tributação. O 1º acima transcrito, invocado pelo recorrente, previu a indenização do proprietário apenas quando as áreas estivessem sendo cultivadas no momento da entrada em vigor da limitação administrativa trazida pelo Código Florestal, em 1965, sem embargo do dever de recuperação ambiental. Tal norma de transição não afasta a ilicitude da exploração da área a partir de então, tampouco confere suporte à pretensão do recorrente, de ser indenizado pela redução do aproveitamento econômico de sua propriedade em virtude da legislação ambiental. Nesse sentido, cito precedente da Segunda Turma do STJ: AMBIENTAL E PROCESSUAL CIVIL. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. POSSIBILIDADE DE REFLORESTAMENTO POR PARTE DO PODER PÚBLICO SEM DESAPROPRIAÇÃO. TRANSFERÊNCIA DOS CUSTOS AO PROPRIETÁRIO. OBRIGAÇÃO PROPTER REM. INDENIZAÇÃO DO ART. 18, 1º, DO CÓDIGO FLORESTAL. REGRA DE TRANSIÇÃO. CULTIVOS APÓS A CRIAÇÃO DA APP. CONDUTA ILÍCITA NÃO INDENIZÁVEL. DISCUSSÃO SOBRE A PRESCRIÇÃO PREJUDICADA. 1. O Código Florestal, em seu art. 18, determina que, nas terras de propriedade privada onde seja necessário o florestamento ou o reflorestamento de preservação permanente, o Poder Público Federal poderá Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2012 Página 22 de 29

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