CÓDIGO COMERCIAL PARTE PRIMEIRA: DO COMÉRCIO EM GERAL

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1 LEI Nº 556, DE 25 DE JUNHO DE 1850 Dom Pedro Segundo, por graça de Deus e unânime alamação dos povos, Imperador Constituional e defensor perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos e nós queremos a Lei seguinte: Revogada. Lei nº , de , que institui o Código Civil. CÓDIGO COMERCIAL PARTE PRIMEIRA: DO COMÉRCIO EM GERAL PARTE SEGUNDA: DO COMÉRCIO MARÍTIMO TÍTULO I DAS EMBARCAÇÕES Art Somente podem gozar das prerrogativas e favores onedidos a embarações brasileiras, as que verdadeiramente pertenerem a súditos do Império, sem que algum estrangeiro nelas possua parte ou interesse. Provando-se que alguma embaração, registrada debaixo do nome de brasileiro, pertene no todo ou em parte a estrangeiro, ou que este tem nela algum interesse, será apreendida omo perdida; e metade do seu produto apliado para o denuniante, havendo-o, e a outra metade a favor do ofre do Tribunal do Comério respetivo. Os súditos brasileiros domiiliados em país estrangeiro não podem possuir embaração brasileira; salvo se nela for omparte alguma asa omerial brasileira estabeleida no Império. Art Aonteendo que alguma embaração brasileira passe por algum título a domínio de estrangeiro no todo ou em parte, não poderá navegar om a natureza de propriedade brasileira, enquanto não for alienada a súdito do Império. Art É livre onstruir as embarações pela forma e modo que mais onveniente pareer; nenhuma, porém, poderá aparelhar-se sem se reonheer previamente, por vistoria feita na onformidade dos regulamentos do Governo, que se aha navegável. O auto original da vistoria será depositado na seretaria do Tribunal do Comério respetivo; e antes deste depósito nenhuma embaração será admitida a registro. Art Toda embaração brasileira destinada à navegação do alto-mar, om exeção somente das que se empregarem exlusivamente nas pesarias das ostas, deve ser registrada no Tribunal do Comério do domiílio do seu proprietário ostensivo ou armador (artigo 484), e sem onstar do registro não será admitida a despaho. Art O registro deve onter: 1. a delaração do lugar onde a embaração foi onstruída, o nome do onstrutor, e a qualidade das madeiras prinipais; 2. as dimensões da embaração em palmos e polegadas, e a sua apaidade em toneladas, omprovadas por ertidão de arqueação om referênia à sua data; 3. a armação de que usa, e quantas obertas tem; 4. o dia em que foi lançada ao mar; 5. o nome de ada um dos donos ou ompartes, e os seus respetivos domiílios; 6. menção espeifiada do quinhão de ada omparte, se for de mais de um proprietário, e a époa da sua respetiva aquisição, om referênia à natureza e data do título, que deverá aompanhar a petição para o registro. O nome da embaração registrada e do seu proprietário ostensivo ou armador serão publiados por anúnios nos periódios do lugar. Art Se a embaração for de onstrução estrangeira, além das espeifiações sobreditas, deverá delarar-se no registro a nação a que pertenia, o nome que tinha e o que tomou, e o título por que passou a ser de propriedade brasileira; podendo omitir-se, quando não onste dos doumentos, o nome do onstrutor. Art O proprietário armador prestará juramento por si ou por seu prourador, nas mãos do presidente do tribunal, de que a sua delaração é verídia, e de que todos os proprietários da embaração são verdadeiramente súditos brasileiros, obrigando-se por termo a não fazer uso ilegal do registro, e a entregá-lo dentro de um ano no mesmo tribunal, no aso da embaração ser vendida, perdida ou julgada inapaz de navegar; pena de inorrer na multa no mesmo termo delarada, que o tribunal arbitrará. Nos lugares onde não houver Tribunal do Comério, todas as diligênias sobreditas serão pratiadas perante o juiz de direito do omério, que enviará ao tribunal ompetente as devidas partiipações, aompanhadas dos doumentos respetivos. Art Todas as vezes que qualquer embaração mudar de proprietário ou de nome, será o seu registro apresentado no Tribunal do Comério respetivo para as ompetentes anotações. Art Sempre que a embaração mudar de apitão, será esta alteração anotada no registro, pela autoridade que tiver a seu argo a matríula dos navios, no porto onde a mudança tiver lugar. Art Toda a embaração brasileira em viagem é obrigada a ter a bordo: 1. o seu registro (artigo 460); 2. o passaporte do navio; 3. o rol da equipagem ou matríula; 4. a guia ou manifesto da Alfândega do porto brasileiro donde houver saído, feito na onformidade das leis, regulamentos e instruções fisais; 5. a arta de fretamento nos asos em que este tiver lugar, e os onheimentos da arga existente a bordo, se alguma existir; 6. os reibos das despesas dos portos donde sair, ompreendidas as de pilotagem, anoragem e mais direitos ou impostos de navegação; 7. um exemplar do Código Comerial. Art A matríula deve ser feita no porto do armamento da embaração, e onter: 1. os nomes do navio, apitão, ofiiais e gente da tripulação, om delaração de suas idades, estado, naturalidade e domiílio, e o emprego de ada um a bordo; 2. o porto da partida e o do destino, e a torna-viagem, se esta for determinada; 3. as soldadas ajustadas, espeifiando-se, se são por viagem ou ao mês, por quantia erta ou a frete, quinhão ou luro na viagem; 4. as quantias adiantadas, que se tiverem pago ou prometido pagar por onta das soldadas; 5. a assinatura do apitão, e de todos os ofiiais do navio e mais indivíduos da tripulação que souberem esrever (artigos 511 e 512). 1

2 Art As alienações ou hipoteas de embarações brasileiras destinadas à navegação do alto-mar, só podem fazer-se por esritura públia, na qual se deverá inserir o teor do seu registro, om todas as anotações que nele houver (artigos 472 e 474); pena de nulidade. Todos os aprestos, aparelhos e mais pertenes existentes a bordo de qualquer navio ao tempo da sua venda, deverão entender-se ompreendidos nesta, ainda que deles se não faça expressa menção; salvo havendo no ontrato onvenção em ontrário. Art Vendendo-se algum navio em viagem, pertenem ao omprador os fretes que venerem nesta viagem; mas se na data do ontrato o navio tiver hegado ao lugar do seu destino, serão do vendedor; salvo onvenção em ontrário. Art No aso de venda voluntária, a propriedade da embaração passa para o omprador om todos os seus enargos; salvo os direitos dos redores privilegiados que nela tiverem hipotea táita. Tais são: 1. os salários devidos por serviços prestados ao navio, ompreendidos os de salvados e pilotagem; 2. todos os direitos de porto e impostos de navegação; 3. os venimentos de depositários e despesas neessárias feitas na guarda do navio, ompreendido o aluguel dos armazéns de depósito dos aprestos e aparelhos do mesmo navio; 4. todas as despesas do usteio do navio e seus pertenes, que houverem sido feitas para sua guarda e onservação depois da última viagem e durante a sua estadia no porto da venda; 5. as soldadas do apitão, ofiiais e gente da tripulação, venidas na última viagem; 6. o prinipal e prêmio das letras de riso tomadas pelo apitão sobre o aso e aparelho ou sobre os fretes (artigo 651) durante a última viagem, sendo o ontrato elebrado e assinado antes do navio partir do porto onde tais obrigações forem ontraídas; 7. o prinipal e prêmio de letras de riso, tomadas sobre o aso e aparelhos, ou fretes, antes de omeçar a última viagem, no porto da arga (artigo 515); 8. as quantias emprestadas ao apitão, ou dívidas por ele ontraídas para o onserto e usteio do navio, durante a última viagem, om os respetivos prêmios de seguro, quando em virtude de tais empréstimos o apitão houver evitado firmar letras de riso (artigo 515); 9. faltas na entrega da arga, prêmios de seguro sobre o navio ou fretes, e avarias ordinárias, e tudo o que respeitar à última viagem somente. Arts. 472 a 476, 479 e 627 deste Código. Art São igualmente privilegiadas, ainda que ontraídas fossem anteriormente à última viagem: 1. as dívidas provenientes do ontrato da onstrução do navio e juros respetivos, por tempo de três anos, a ontar do dia em que a onstrução fiar aabada; 2. as despesas do onserto do navio e seus aparelhos, e juros respetivos, por tempo dos dois últimos anos, a ontar do dia em que o onserto terminou. Art Os réditos provenientes das dívidas espeifiadas no artigo preedente, e nos n os 4, 6, 7 e 8 do artigo 470, só serão onsiderados omo privilegiados quando tiverem sido lançados no Registro do Comério em tempo útil (artigo 10, nº 2) e as suas importânias se aharem anotadas no registro da embaração (artigo 468). As mesmas dívidas, sendo ontraídas fora do Império, só serão atendidas ahando-se autentiadas om o Visto do respetivo ônsul. Art Os redores ontemplados nos artigos 470 e 471 preferem entre si pela ordem dos números em que estão oloados; as dívidas, ontempladas debaixo do mesmo número e ontraídas no mesmo porto, preederão entre si pela ordem em que fiam lassifiadas, e entrarão em onurso sendo de idêntia natureza; porém, se dívidas idêntias se fizerem por neessidade em outros portos, ou no mesmo porto a que voltar o navio, as posteriores preferirão às anteriores. Art Em seguimento dos réditos menionados nos artigos 470 e 471, são também privilegiados o preço da ompra do navio não pago, e os juros respetivos, por tempo de três anos, a ontar da data do instrumento do ontrato; ontanto, porém, que tais réditos onstem de doumentos insritos lançados no Registro do Comério em tempo útil, e a sua importânia se ahe anotada no registro da embaração. Art No aso de quebra ou insolvênia do armador do navio, todos os réditos a argo da embaração, que se aharem nas preisas irunstânias dos artigos 470, 471 e 474, preferirão sobre o preço do navio a outros redores da massa. Art O vendedor de embaração é obrigado a dar ao omprador uma nota por ele assinada de todos os réditos privilegiados a que a mesma embaração possa ahar-se obrigada (artigos 470, 471 e 474), a qual deverá ser inorporada na esritura da venda em seguimento do registro da embaração. A falta de delaração de algum rédito privilegiado induz presunção de má-fé da parte do vendedor, ontra o qual o omprador poderá intentar a ação riminal que seja ompetente, se for obrigado ao pagamento de algum rédito não delarado. Art Nas vendas judiiais extingue-se toda a responsabilidade da embaração para om todos e quaisquer redores, desde a data do termo da arrematação, e fia subsistindo somente sobre o preço, enquanto este se não levanta. Todavia, se do registro do navio onstar que este está obrigado por algum rédito privilegiado, o preço da arrematação será onservado em depósito, em tanto quanto baste para solução dos réditos privilegiados onstantes do registro; e não poderá levantar-se antes de expirar o prazo da presrição dos réditos privilegiados, ou se mostrar que estão todos pagos, ainda mesmo que o exeqüente seja redor privilegiado, salvo prestando fiança idônea; pena de nulidade do levantamento do depósito; ompetindo ao redor prejudiado ação para haver de quem indevidamente houver reebido, e de perdas e danos solidariamente ontra o juiz e esrivão que tiverem passado e assinado a ordem ou mandado. Art Ainda que as embarações sejam reputadas bens móveis, ontudo, nas vendas judiiais, se guardarão as regras que as leis presrevem para as arrematações dos bens de raiz; devendo as ditas vendas, além da afixação dos editais nos lugares públios, e partiularmente nas praças do omério, ser publiadas por três anúnios insertos, om o intervalo de oito dias, nos jornais do lugar, que habitualmente publiarem anúnios, e, não os havendo, nos do lugar mais vizinho. Nas mesmas vendas, as ustas judiiais do proesso da exeução e arrematação preferem a todos os réditos privilegiados. Art Enquanto durar a responsabilidade da embaração por obrigações privilegiadas, pode esta ser embargada e detida, a requerimento de redores que apresentarem títulos legais (artigos 470, 471 e 474), em qualquer porto do Império onde se ahar, estando sem arga ou não tendo reebido a bordo mais da quarta parte da que orresponder à sua lotação; o embargo, porém, não será admissível ahando-se a embaração om os despahos neessários para poder ser delarada desimpedida, qualquer que seja o estado da arga; salvo se a dívida proeder de forneimentos feitos no mesmo porto, e para a mesma viagem. Art Nenhuma embaração pode ser embargada ou detida por dívida não privilegiada; salvo no porto da sua matríula; e mesmo neste, uniamente nos asos em que os devedores são por direito obrigados a prestar aução em juízo, ahando-se previamente intentadas as ações ompetentes. Art Nenhuma embaração, depois de ter reebido mais da quarta parte da arga orrespondente à sua lotação, pode ser embargada ou detida por dívidas partiulares do armador, exeto se estas tiverem sido ontraídas para aprontar o navio para a mesma viagem, e o devedor não tiver outros bens om que possa pagar; mas, mesmo neste aso, se mandará levantar o embargo, dando os mais ompartes fiança pelo 2

3 valor de seus respetivos quinhões, assinando o apitão termo de voltar ao mesmo lugar finda a viagem, e prestando os interessados na expedição fiança idônea à satisfação da dívida, no aso da embaração não voltar por qualquer inidente, ainda que seja de força maior. O apitão que deixar de umprir o referido termo responderá pessoalmente pela dívida, salvo o aso de força maior, e a sua falta será qualifiada de barataria. Art Os navios estrangeiros surtos nos portos do Brasil não podem ser embargados nem detidos, ainda mesmo que se ahem sem arga, por dívidas que não forem ontraídas no território brasileiro em utilidade dos mesmos navios ou da sua arga; salvo provindo a dívida de letras de riso ou de âmbio saadas em país estrangeiro no aso do artigo 651, e venidas em algum lugar do Império. Art Nenhum navio pode ser detido ou embargado, nem exeutado na sua totalidade por dívidas partiulares de um omparte; poderá, porém, ter lugar a exeução no valor do quinhão do devedor, sem prejuízo da livre navegação do mesmo navio, prestando os mais ompartes fiança idônea. TÍTULO II DOS PROPRIETÁRIOS, COMPARTES E CAIXAS DE NAVIOS Art Todos os idadãos brasileiros podem adquirir e possuir embarações brasileiras; mas a sua armação e expedição só pode girar debaixo do nome e responsabilidade de um proprietário ou omparte, armador ou aixa, que tenha as qualidades requeridas para ser omeriante (artigos 1º e 4º). Art Quando os ompartes de um navio fazem dele uso omum, esta soiedade ou pareria marítima regula-se pelas disposições das soiedades omeriais (Parte I, Título XV); salvo as determinações ontidas no presente Título. Art Nas parerias ou soiedades de navios, o pareer da maioria no valor dos interesses prevalee ontra o da minoria nos mesmos interesses, ainda que esta seja representada pelo maior número de sóios e aquela por um só. Os votos omputam-se na proporção dos quinhões; o menor quinhão será ontado por um voto; no aso de empate deidirá a sorte, se os sóios não preferirem ometer a deisão a um tereiro. Art Ahando-se um navio neessitado de onserto, e onvindo neste a maioria, os sóios dissidentes, se não quiserem anuir, serão obrigados a vender os seus quinhões aos outros ompartes, estimando-se o preço antes de prinipiar-se o onserto; se estes não quiserem omprar, proeder-se-á à venda em hasta públia. Arts a do Código de Proesso Civil. Art Se o menor número entender que a embaração neessita de onserto e a maioria se opuser, a minoria tem direito para requerer que se proeda a vistoria judiial; deidindo-se que o onserto é neessário, todos os ompartes são obrigados a ontribuir para ele. Art Se algum omparte na embaração quiser vender o seu quinhão, será obrigado a afrontar os outros pareiros; estes têm direito a preferir na ompra em igualdade de ondições, ontanto que efetuem a entrega do preço à vista, ou o onsignem em juízo no aso de ontestação. Resolvendo-se a venda do navio por deliberação da maioria, a minoria pode exigir que se faça em hasta públia. Art Todos os ompartes têm direito de preferir no fretamento a qualquer tereiro, em igualdade de ondições; onorrendo na preferênia para a mesma viagem dois ou mais ompartes, preferirá o que tiver maior parte de interesses na embaração; no aso de igualdade de interesses deidirá a sorte; todavia, esta preferênia não dá direito para exigir que se varie o destino da viagem aordada pela maioria. Art Toda a pareria ou soiedade de navio é administrada por um ou mais aixas, que representa em juízo e fora dele a todos os interessados, e os responsabiliza; salvo as restrições ontidas no instrumento soial, ou nos poderes do seu mandato, ompetentemente registrados (artigo 10, nº 2). Art O aixa deve ser nomeado dentre os ompartes; salvo se todos onvierem na nomeação de pessoa estranha à pareria; em todos os asos é neessário que o aixa tenha as qualidades exigidas no artigo 484. Art Ao aixa, não havendo estipulação em ontrário, pertene nomear, ajustar e despedir o apitão e mais ofiiais do navio, dar todas as ordens, e fazer todos os ontratos relativos à administração, fretamento e viagens da embaração; obrando sempre em onformidade do aordo da maioria e do seu mandato, debaixo de sua responsabilidade pessoal para om os ompartes pelo que obrar ontra o mesmo aordo, ou mandato. Art Todos os proprietários e ompartes são solidariamente responsáveis pelas dívidas que o apitão ontrair para onsertar, habilitar e aprovisionar o navio; sem que esta responsabilidade possa ser ilidida, alegando-se que o apitão exedeu os limites das suas fauldades, ou instruções, se os redores provarem que a quantia pedida foi empregada a benefíio do navio (artigo 517). Os mesmos proprietários e ompartes são solidariamente responsáveis pelos prejuízos que o apitão ausar a tereiro por falta da diligênia que é obrigado a empregar para boa guarda, aondiionamento e onservação dos efeitos reebidos a bordo (artigo 519). Esta responsabilidade essa, fazendo aqueles abandono do navio e fretes venidos e a vener na respetiva viagem. Não é permitido o abandono ao proprietário ou omparte que for ao mesmo tempo apitão do navio. Art O aixa é obrigado a dar aos proprietários ou ompartes, no fim de ada viagem, uma onta da sua gestão, tanto relativa ao estado do navio e pareria, omo da viagem finda, aompanhada dos doumentos ompetentes, e a pagar sem demora o saldo líquido que a ada um ouber; os proprietários ou ompartes são obrigados a examinar a onta do aixa logo que lhes for apresentada, e a pagar sem demora a quota respetiva aos seus quinhões. A aprovação das ontas do aixa dada pela maioria dos ompartes do navio não obsta a que a minoria dos sóios intente ontra eles as ações que julgar ompetentes. TÍTULO III DOS CAPITÃES OU MESTRES DE NAVIO Art Para ser apitão ou mestre de embaração brasileira, palavras sinônimas neste Código para todos os efeitos de direito, requer-se ser idadão brasileiro, domiiliado no Império, om apaidade ivil para poder ontratar validamente. Art O apitão é o omandante da embaração; toda a tripulação lhe está sujeita, e é obrigada a obedeer e umprir as suas ordens em tudo quanto for relativo ao serviço do navio. Art O apitão tem a fauldade de impor penas orreionais aos indivíduos da tripulação que perturbarem a ordem do navio, ometerem faltas de disiplina, ou deixarem de fazer o serviço que lhes ompetir; e até mesmo de proeder à prisão por motivo de insubordinação, ou de qualquer outro rime ometido a bordo, ainda mesmo que o delinqüente seja passageiro; formando os neessários proessos, os quais é obrigado a entregar om os presos às autoridades ompetentes no primeiro porto do Império aonde entrar. Art Pertene ao apitão esolher e ajustar a gente da equipagem, e despedi-la, nos asos em que a despedida possa ter lugar (artigo 555), obrando de onserto om o dono ou armador, aixa, ou onsignatário do navio, nos lugares onde estes se aharem presentes. O apitão não pode ser obrigado a reeber na equipagem indivíduo algum ontra a sua vontade. 3

4 Art O apitão que seduzir ou desenaminhar marinheiro matriulado em outra embaração será punido om a multa de em mil-réis por ada indivíduo que desenaminhar, e obrigado a entregar o marinheiro seduzido, existindo a bordo do seu navio; e se a embaração por esta falta deixar de fazer-se à vela, será responsável pelas estadias da demora. Art O apitão é obrigado a ter esrituração regular de tudo quanto diz respeito à administração do navio, e à sua navegação; tendo para este fim três livros distintos, enadernados e rubriados pela autoridade a argo de quem estiver a matríula dos navios; pena de responder por perdas e danos que resultarem da sua falta de esrituração regular. Art No primeiro, que se denominará Livro da Carga assentará diariamente as entradas e saídas da arga, om delaração espeífia das maras e números dos volumes, nomes dos arregadores e onsignatários, portos da arga e desarga, fretes ajustados, e quaisquer outras irunstânias oorrentes que possam servir para futuros eslareimentos. No mesmo livro se lançarão também os nomes dos passageiros, om delaração do lugar do seu destino, preço e ondições da passagem, e a relação da sua bagagem. Art O segundo livro será da Reeita e Despesa da Embaração ; e nele, debaixo de ompetentes títulos, se lançará, em forma de ontas orrentes, tudo quanto o apitão reeber e despender respetivamente à embaração; abrindo-se assento a ada um dos indivíduos da tripulação, om delaração de seus venimentos, e de qualquer ônus a que se ahem obrigados, e a argo do que reeberem por onta de suas soldadas. Art No tereiro livro, que será denominado Diário da Navegação se assentarão diariamente, enquanto o navio se ahar em algum porto, os trabalhos que tiverem lugar a bordo, e os onsertos ou reparos do navio. No mesmo livro se assentará também toda a derrota da viagem, notando-se diariamente as observações que os apitães e os pilotos são obrigados a fazer, todas as oorrênias interessantes à navegação, aonteimentos extraordinários que possam ter lugar a bordo, e om espeialidade os temporais, e os danos ou avarias que o navio ou a arga possam sofrer, as deliberações que se tomarem por aordo dos ofiiais da embaração, e os ompetentes protestos. Art. 539 deste Código. Art Todos os proessos testemunháveis e protestos formados a bordo, tendentes a omprovar sinistros, avarias, ou quaisquer perdas, devem ser ratifiados om juramento do apitão perante a autoridade ompetente do primeiro lugar onde hegar; a qual deverá interrogar o mesmo apitão, ofiiais, gente da equipagem (artigo 545, nº 7) e passageiros sobre a veraidade dos fatos e suas irunstânias, tendo presente o Diário da Navegação, se houver sido salvo. Art Na véspera da partida do porto da arga, fará o apitão inventariar, em presença do piloto e ontramestre, as amarras, ânoras, velames e mastreação, om delaração do estado em que se aharem. Este inventário será assinado pelo apitão, piloto e ontramestre. Todas as alterações que durante a viagem sofrer qualquer dos sobreditos artigos serão anotadas no Diário da Navegação, e om as mesmas assinaturas. Art O apitão é obrigado a permaneer a bordo desde o momento em que omeça a viagem de mar, até a hegada do navio a surgidouro seguro e bom porto; e a tomar os pilotos e prátios neessários em todos os lugares em que os regulamentos, o uso e prudênia o exigirem; pena de responder por perdas e danos que da sua falta resultarem. Art É proibido ao apitão abandonar a embaração, por maior perigo que se ofereça, fora do aso de naufrágio; e julgando-se indispensável o abandono, é obrigado a empregar a maior diligênia possível para salvar todos os efeitos do navio e arga, e om preferênia os papéis e livros da embaração, dinheiro e meradorias de maior valor. Se apesar de toda a diligênia os objetos tirados do navio, ou os que nele fiarem se perderem ou forem roubados sem ulpa sua, o apitão não será responsável. Art Nenhuma desulpa poderá desonerar o apitão que alterar a derrota que era obrigado a seguir, ou que pratiar algum ato extraordinário de que possa provir dano ao navio ou à arga, sem ter preedido deliberação tomada em junta omposta de todos os ofiiais da embaração, e na presença dos interessados do navio ou na arga, se algum se ahar a bordo. Em tais deliberações, e em todas as mais que for obrigado a tomar om aordo dos ofiiais do navio, o apitão tem voto de qualidade, e até mesmo poderá obrar ontra o venido, debaixo de sua responsabilidade pessoal, sempre que o julgar onveniente. Arts. 539 e 770 deste Código. Art É proibido ao apitão entrar em porto estranho ao do seu destino; e, se ali for levado por força maior (artigo 740), é obrigado a sair no primeiro tempo oportuno que se ofereer; pena de responder pelas perdas e danos que da demora resultarem ao navio ou à arga (artigo 748). Art. 393 do Código Civil. Art O apitão que entrar em porto estrangeiro é obrigado a apresentar-se ao ônsul do Império nas primeiras vinte e quatro horas úteis, e a depositar nas suas mãos a guia ou manifesto da Alfândega, indo de algum porto do Brasil, e a matríula; e a delarar, e fazer anotar nesta pelo mesmo ônsul, no ato da apresentação, toda e qualquer alteração que tenha oorrido sobre o mar na tripulação do navio; e antes da saída as que oorrerem durante a sua estada no mesmo porto. Quando a entrada for em porto do Império, o depósito do manifesto terá lugar na Alfândega respetiva, havendo-a, e o da matríula na repartição onde esta se ostuma fazer om as sobreditas delarações. Art Na volta da embaração ao porto donde saiu, ou naquele onde largar o seu omando, é o apitão obrigado a apresentar a matríula original na repartição enarregada da matríula dos navios, dentro de vinte e quatro horas úteis depois que der fundo, e a fazer as mesmas delarações ordenadas no artigo preedente. Passados oito dias depois do referido tempo, presreve qualquer ação de proedimento, que possa ter lugar ontra o apitão por faltas por ele ometidas na matríula durante a viagem. O apitão que não apresentar todos os indivíduos matriulados, ou não fizer onstar devidamente a razão da falta, será multado, pela autoridade enarregada da matríula dos navios, em em mil-réis por ada pessoa que apresentar de menos, om reurso para o Tribunal do Comério ompetente. Art Não se ahando presentes os proprietários, seus mandatários ou onsignatários, inumbe ao apitão ajustar fretamentos, segundo as instruções que tiver reebido (artigo 569). Art O apitão, nos portos onde residirem os donos, seus mandatários ou onsignatários, não pode, sem autorização espeial destes, fazer despesa alguma extraordinária om a embaração. Art É permitido ao apitão em falta de fundos, durante a viagem, não se ahando presente algum dos proprietários da embaração, seus mandatários ou onsignatários, e na falta deles algum interessado na arga, ou mesmo se, ahando-se presentes, não provideniarem, ontrair dívidas, tomar dinheiro a riso sobre o aso e pertenes do navio e remanesentes dos fretes depois de pagas as soldadas, e até mesmo, na falta absoluta de outro reurso, vender meradorias da arga, para o reparo ou provisão da embaração; delarando nos títulos das obrigações que assinar a ausa de que estas proedem (artigo 517). 4

5 As meradorias da arga que em tais asos se venderem serão pagas aos arregadores pelo preço que outras de igual qualidade obtiverem no porto da desarga, ou pelo que por arbitradores se estimar no aso da venda ter ompreendido todas as da mesma qualidade (artigo 621). Art Para poder ter lugar alguma das providênias autorizadas no artigo preedente, é indispensável: 1. que o apitão prove falta absoluta de fundos em seu poder pertenentes à embaração; 2. que não se ahe presente o proprietário da embaração, ou mandatário seu ou onsignatário, e na sua falta algum dos interessados na arga; ou que, estando presentes, se dirigiu a eles e não provideniaram; 3. que a deliberação seja tomada de aordo om os ofiiais da embaração, lavrando-se no Diário da Navegação termo da neessidade da medida tomada (artigo 504). A justifiação destes requisitos será feita perante o juiz de direito do omério do porto onde se tomar o dinheiro a riso ou se venderem as meradorias, e por ele julgada proedente, e nos portos estrangeiros perante os ônsules do Império. Art O apitão que, nos títulos ou instrumentos das obrigações proedentes de despesas por ele feitas para fabrio, habilitação ou abasteimento da embaração, deixar de delarar a ausa de que proedem, fiará pessoalmente obrigado para om as pessoas om quem ontratar; sem prejuízo da ação que estas possam ter ontra os donos do navio provando que as quantias devidas foram efetivamente apliadas a benefíio deste (artigo 494). Art O apitão que tomar dinheiro sobre o aso do navio e seus pertenes, empenhar ou vender meradorias, fora dos asos em que por este Código lhe é permitido, e o que for onvenido de fraude em suas ontas, além das indenizações de perdas e danos, fiará sujeito à ação riminal que no aso ouber. Art O apitão é onsiderado verdadeiro depositário da arga e de quaisquer efeitos que reeber a bordo, e omo tal está obrigado à sua guarda, bom aondiionamento e onservação, e à sua pronta entrega à vista dos onheimentos (artigos 586 e 587). A responsabilidade do apitão a respeito da arga prinipia a orrer desde o momento em que a reebe, e ontinua até o ato da sua entrega no lugar que se houver onvenionado, ou que estiver em uso no porto da desarga. Art O apitão tem direito para ser indenizado pelos donos de todas as despesas neessárias que fizer em utilidade da embaração om fundos próprios ou alheios, ontanto que não tenha exedido as suas instruções, nem as fauldades que por sua natureza são inerentes à sua qualidade de apitão. Art É proibido ao apitão pôr arga alguma no onvés da embaração sem ordem ou onsentimento por esrito dos arregadores; pena de responder pessoalmente por todo o prejuízo que daí possa resultar. Art Estando a embaração fretada por inteiro, se o apitão reeber arga de tereiro, o afretador tem direito a fazê-la desembarar. Art O apitão, ou qualquer outro indivíduo da tripulação, que arregar na embaração, ainda mesmo a pretexto de ser na sua âmara ou nos seus agasalhados, meradorias de sua onta partiular, sem onsentimento por esrito do dono do navio ou dos afretadores, pode ser obrigado a pagar frete dobrado. Art O apitão que navega em pareria a luro omum sobre a arga não pode fazer omério algum por sua onta partiular a não haver onvenção em ontrário; pena de orrerem por onta dele todos os risos e perdas, e de pertenerem aos demais pareiros os luros que houver. Art É proibido ao apitão fazer om os arregadores ajustes públios ou seretos que revertam em benefíio seu partiular, debaixo de qualquer título ou pretexto que seja; pena de orrer por onta dele e dos arregadores todo o riso que aonteer, e de pertener ao dono do navio todo o luro que houver. Art É obrigação do apitão resistir por todos os meios que lhe ditar a sua prudênia a toda e qualquer violênia que possa intentar-se ontra a embaração, seus pertenes e arga; e se for obrigado a fazer entrega de tudo ou de parte, deverá munir-se om os ompetentes protestos e justifiações no mesmo porto, ou no primeiro onde hegar (artigos 504 e 505). Art O apitão não pode reter a bordo os efeitos da arga a título de segurança do frete; mas tem direito de exigir dos donos ou onsignatários, no ato da entrega da arga, que depositem ou afianem a importânia do frete, avarias grossas e despesas a seu argo; e na falta de pronto pagamento, depósito, ou fiança, poderá requerer embargo pelos fretes, avarias e despesas sobre as meradorias da arga, enquanto estas se aharem em poder dos donos ou onsignatários, ou estejam fora das estações públias ou dentro delas; e mesmo para requerer a sua venda imediata, se forem de fáil deterioração, ou de guarda arrisada ou dispendiosa. A ação de embargo presreve passados trinta dias a ontar da data do último dia da desarga. Art Quando por ausênia do onsignatário, ou por se não apresentar o portador do onheimento à ordem, o apitão ignorar a quem deva ompetentemente fazer a entrega, soliitará do juiz de direito do omério, e onde o não houver da autoridade loal a quem ompetir, que nomeie depositário para reeber os gêneros, e pagar os fretes devidos por onta de quem pertener. Art O apitão é responsável por todas as perdas e danos que, por ulpa sua, omissão ou imperíia, sobrevierem ao navio ou à arga; sem prejuízo das ações riminais a que a sua malversação ou dolo possa dar lugar (artigo 608). O apitão é também ivilmente responsável pelos furtos, ou quaisquer danos pratiados a bordo pelos indivíduos da tripulação nos objetos da arga, enquanto esta se ahar debaixo da sua responsabilidade. Art Serão pagas pelo apitão todas as multas que forem impostas à embaração por falta de exata observânia das leis e regulamentos das Alfândegas e políia dos portos; e igualmente os prejuízos que resultarem de disórdias entre os indivíduos da mesma tripulação no serviço desta, se não provar que empregou todos os meios onvenientes para as evitar. Art O apitão que, fora do aso de inavegabilidade legalmente provada, vender o navio sem autorização espeial dos donos, fiará responsável por perdas e danos, além da nulidade da venda, e do proedimento riminal que possa ter lugar. Art O apitão que, sendo ontratado para uma viagem erta, deixar de a onluir sem ausa justifiada, responderá aos proprietários, afretadores e arregadores pelas perdas e danos que dessa falta resultarem. Em reiproidade, o apitão, que sem justa ausa for despedido antes de finda a viagem, será pago da sua soldada por inteiro, posto à usta do proprietário ou afretador no lugar onde omeçou a viagem, e indenizado de quaisquer vantagens que possa ter perdido pela despedida. Pode, porém, ser despedido antes da viagem omeçada, sem direito a indenização, não havendo ajuste em ontrário. Art Sendo a embaração fretada para porto determinado, só pode o apitão negar-se a fazer a viagem, sobrevindo peste, guerra, bloqueio ou impedimento legítimo da embaração sem limitação de tempo. 5

6 Art Aonteendo faleer algum passageiro ou indivíduo da tripulação durante a viagem, o apitão proederá a inventário de todos os bens que o faleido deixar, om assistênia dos ofiiais da embaração e de duas testemunhas, que serão om preferênia passageiros, pondo tudo em boa arreadação, e logo que hegar ao porto da saída fará entrega do inventário e bens às autoridades ompetentes. Art Finda a viagem, o apitão é obrigado a dar sem demora ontas da sua gestão ao dono ou aixa do navio, om entrega do dinheiro que em si tiver, livros e todos os mais papéis. E o dono ou aixa é obrigado a ajustar as ontas do apitão logo que as reeber, e a pagar a soma que lhe for devida. Havendo ontestação sobre a onta, o apitão tem direito para ser pago imediatamente das soldadas venidas, prestando fiança de as repor, a haver lugar. Art Sendo o apitão o únio proprietário da embaração, será simultaneamente responsável aos afretadores e arregadores por todas as obrigações impostas aos apitães e aos armadores. Art Toda a obrigação pela qual o apitão, sendo omparte do navio, for responsável à pareria, tem privilégio sobre o quinhão e luros que o mesmo tiver no navio e fretes. TÍTULO IV DO PILOTO E CONTRAMESTRE Art A habilitação e deveres dos pilotos e ontramestres são presritos nos regulamentos de Marinha. Art O piloto, quando julgar neessário mudar de rumo, omuniará ao apitão as razões que assim o exigem; e se este se opuser, desprezando as suas observações, que em tal aso deverá renovar-lhe na presença dos mais ofiiais do navio, lançará o seu protesto no Diário da Navegação (artigo 504), o qual deverá ser por todos assinado, e obedeerá às ordens do apitão, sobre quem reairá toda a responsabilidade. Art O piloto, que, por imperíia, omissão ou malíia, perder o navio ou lhe ausar dano, será obrigado a ressarir o prejuízo que sofrer o mesmo navio ou a arga; além de inorrer nas penas riminais que possam ter lugar; a responsabilidade do piloto não exlui a do apitão nos asos do artigo 529. Art Por morte ou impedimento do apitão reai o omando do navio no piloto, e na falta ou impedimento deste no ontramestre, om todas as prerrogativas, fauldades, obrigações e responsabilidades inerentes ao lugar de apitão. Art O ontramestre que, reebendo ou entregando fazendas, não exige e entrega ao apitão as ordens, reibos, ou outros quaisquer doumentos justifiativos do seu ato, responde por perdas e danos daí resultantes. TÍTULO V DO AJUSTE E SOLDADAS DOS OFICIAIS E GENTE DA TRIPULAÇÃO, SEUS DIREITOS E OBRIGAÇÕES Art O apitão é obrigado a dar às pessoas da tripulação, que o exigirem, uma nota por ele assinada, em que se delare a natureza do ajuste e preço da soldada, e a lançar na mesma nota as quantias que se forem pagando por onta. As ondições do ajuste entre o apitão e a gente da tripulação, na falta de outro título do ontrato, provam-se pelo rol da equipagem ou matríula; subentendendo-se sempre ompreendido no ajuste o sustento da tripulação. Não onstando pela matríula, nem por outro esrito do ontrato, o tempo determinado do ajuste, entende-se sempre que foi por viagem redonda ou de ida e volta ao lugar em que teve lugar a matríula. Art Ahando-se o Livro da Reeita e Despesa do navio onforme à matríula (artigo 467), e esriturado om regularidade (artigo 503), fará inteira fé para solução de quaisquer dúvidas que possam susitar-se sobre as ondições do ontrato das soldadas; quanto, porém, às quantias entregues por onta, prevaleerão, em aso de dúvida, os assentos lançados nas notas de que trata o artigo preedente. Art São obrigações dos ofiiais e gente da tripulação: 1. ir para bordo prontos para seguir viagem no tempo ajustado; pena de poderem ser despedidos; 2. não sair do navio nem passar a noite fora sem liença do apitão; pena de perdimento de um mês de soldada; 3. não retirar os seus efeitos de bordo sem serem visitados pelo apitão, ou pelo seu segundo, debaixo da mesma pena; 4. obedeer sem ontradição ao apitão e mais ofiiais nas suas respetivas qualidades, e abster-se de brigas; debaixo das penas delaradas nos artigos 498 e 555; 5. auxiliar o apitão, em aso de ataque do navio, ou desastre sobrevindo à embaração ou à arga, seja qual for a natureza do sinistro; pena de perdimento das soldadas venidas; 6. finda a viagem, fundear e desaparelhar o navio, onduzi-lo a surgidouro seguro, e amarrá-lo, sempre que o apitão o exigir; pena de perdimento das soldadas venidas; 7. prestar os depoimentos neessários para ratifiação dos proessos testemunháveis, e protestos formados a bordo (artigo 505), reebendo pelos dias da demora uma indenização proporional às soldadas que veniam; faltando a este dever não terão ação para demandar as soldadas venidas. Art Os ofiiais e quaisquer outros indivíduos da tripulação, que, depois de matriulados, abandonarem a viagem antes de omeçada, ou se ausentarem antes de aabada, podem ser ompelidos om prisão ao umprimento do ontrato, a repor o que se lhes houver pago adiantado, e a servir um mês sem reeberem soldada. Art Se depois de matriulada a equipagem se romper a viagem no porto da matríula por fato do dono, apitão, ou afretador, a todos os indivíduos da tripulação justos ao mês se abonará a soldada de um mês, além da que tiverem venido; aos que estiverem ontratados por viagem abonar-se-á metade da soldada ajustada. Se, porém, o rompimento da viagem tiver lugar depois da saída do porto da matríula, os indivíduos justos ao mês têm direito a reeber, não só pelo tempo venido, mas também pelo que seria neessário para regressarem ao porto da saída, ou para hegarem ao do destino, fazendo-se a onta por aquele que se ahar mais próximo; aos ontratados por viagem redonda se pagará omo se a viagem se ahasse terminada. Tanto os indivíduos da equipagem justos por viagem, omo os justos ao mês, têm direito a que se lhes pague a despesa da passagem do porto da despedida para aquele onde ou para onde se ajustarem, que for mais próximo. Cessa esta obrigação sempre que os indivíduos da equipagem podem enontrar soldada no porto da despedida. Art Rompendo-se a viagem por ausa de força maior, a equipagem, se a embaração se ahar no porto do ajuste, só tem direito a exigir as soldadas venidas. São ausas de força maior: 1. delaração de guerra, ou interdito de omério entre o porto da saída e o porto do destino da viagem; 2. delaração de bloqueio do porto, ou peste delarada nele existente; 3. proibição de admissão no mesmo porto dos gêneros arregados na embaração; 4. detenção ou embargo da embaração (no aso de se não admitir fiança ou não ser possível dá-la), que exeda ao tempo de noventa dias; 5. inavegabilidade da embaração aonteida por sinistro. 6

7 Art Se o rompimento da viagem por ausa de força maior aonteer ahando-se a embaração em algum porto de arribada, a equipagem ontratada ao mês só tem direito a ser paga pelo tempo venido desde a saída do porto até o dia em que for despedida, e a equipagem justa por viagem não tem direito a soldada alguma se a viagem não se onlui. Art No aso de embargo ou detenção, os indivíduos da tripulação justos ao mês venerão metade de suas soldadas durante o impedimento, não exedendo este de noventa dias; findo este prazo adua o ajuste. Aqueles, porém, que forem justos por viagem redonda são obrigados a umprir seus ontratos até o fim da viagem. Todavia, se o proprietário da embaração vier a reeber indenização pelo embargo ou detenção, será obrigado a pagar as soldadas por inteiro aos que forem justos ao mês, e aos de viagem redonda na devida proporção. Art Quando o proprietário, antes de omeçada a viagem, der à embaração destino diferente daquele que tiver sido delarado no ontrato, terá lugar novo ajuste; e os que se não ajustarem só terão direito a reeber o venido, ou a reter o que tiverem reebido adiantado. Art Se depois da hegada da embaração ao porto do seu destino, e ultimada a desarga, o apitão, em lugar de fazer o seu retorno, fretar ou arregar a embaração para ir a outro destino, é livre aos indivíduos da tripulação ajustarem-se de novo ou retirarem-se, não havendo no ontrato estipulação em ontrário. Todavia, se o apitão, fora do Império, ahar a bem navegar para outro porto livre, e nele arregar ou desarregar, a tripulação não pode despedir-se, posto que a viagem se prolongue além do ajuste; reebendo os indivíduos justos por viagem um aumento de soldada na proporção da prolongação. Art Sendo a tripulação justa a partes ou quinhão no frete, não lhe será devida indenização alguma pelo rompimento, retardação ou prolongação da viagem ausada por força maior; mas se o rompimento, retardação ou prolongação provier de fato dos arregadores, terá parte nas indenizações que se onederem ao navio; fazendo-se a divisão entre os donos do navio e a gente da tripulação, na mesma proporção em que o frete deveria ser dividido. Se o rompimento, retardação ou prolongação provier de fato do apitão ou proprietário do navio, estes serão obrigados às indenizações proporionais respetivas. Quando a viagem for mudada para porto mais vizinho, ou abreviada por outra qualquer ausa, os indivíduos da tripulação justos por viagem serão pagos por inteiro. Art Se alguém da tripulação depois de matriulado for despedido sem justa ausa, terá direito de haver a soldada ontratada por inteiro, sendo redonda, e se for ao mês far-se-á a onta pelo termo médio do tempo que ostuma gastar-se nas viagens para o porto do ajuste. Em tais asos o apitão não tem direito para exigir do dono do navio as indenizações que for obrigado a pagar; salvo tendo obrado om sua autorização. Art São ausas justas para a despedida: 1. perpetração de algum rime, ou desordem grave que perturbe a ordem da embaração, reinidênia em insubordinação, falta de disiplina ou de umprimento de deveres (artigo 498); 2. embriaguez habitual; 3. ignorânia do mister para que o despedido se tiver ajustado; 4. qualquer oorrênia que o inabilite para desempenhar as suas obrigações, om exeção do aso prevenido no artigo 560. Art Os ofiiais e gente da tripulação podem despedir-se, antes de omeçada a viagem, nos asos seguintes: 1. quando o apitão muda do destino ajustado (artigo 551); 2. se depois do ajuste o Império é envolvido em guerra marítima, ou há notíias ertas de peste no lugar do destino; 3. se assoldadados para ir em omboio, este não tem lugar; 4. morrendo o apitão, ou sendo despedido. Art Nenhum indivíduo da tripulação pode intentar litígio ontra o navio ou apitão, antes de terminada a viagem; todavia, ahando-se o navio em bom porto, os indivíduos maltratados, ou a quem o apitão houver faltado om o devido sustento, poderão demandar a resisão do ontrato. Art Sendo a embaração apresada, ou naufragando, a tripulação não tem direito às soldadas venidas na viagem do sinistro, nem o dono do navio a relamar as que tiver pago adiantadas. Art Se a embaração aprisionada se reuperar ahando-se ainda a tripulação a bordo, será esta paga de suas soldadas por inteiro. Salvando-se do naufrágio alguma parte do navio ou da arga, a tripulação terá direito a ser paga das soldadas venidas na última viagem, om preferênia a outra qualquer dívida anterior, até onde hegar o valor da parte do navio que se puder salvar; e não hegando esta, ou se nenhuma parte se tiver salvado, pelos fretes da arga salva. Entende-se última viagem, o tempo deorrido desde que a embaração prinipiou a reeber o lastro ou arga que tiver a bordo na oasião do apresamento, ou naufrágio. Se a tripulação estiver justa a partes, será paga somente pelos fretes dos salvados, e em devida proporção de rateio om o apitão. Art Não deixará de vener a soldada ajustada qualquer indivíduo da tripulação que adoeer durante a viagem em serviço do navio, e o urativo será por onta deste; se, porém, a doença for adquirida fora do serviço do navio, essará o venimento da soldada enquanto ela durar, e a despesa do urativo será por onta das soldadas venidas; e se estas não hegarem, por seus bens ou pelas soldadas que possam vir a vener. Art Faleendo algum indivíduo da tripulação durante a viagem, a despesa do seu enterro será paga por onta do navio; e seus herdeiros têm direito à soldada devida até o dia do faleimento, estando justo ao mês; até o porto do destino se a morte aonteer em aminho para ele, sendo o ajuste por viagem; e à de ida e volta aonteendo em torna-viagem, se o ajuste for por viagem redonda. Art Qualquer que tenha sido o ajuste, o indivíduo da tripulação que for morto em defesa da embaração será onsiderado omo vivo para todos os venimentos e quaisquer interesses que possam vir aos da sua lasse, até que a mesma embaração hegue ao porto do seu destino. O mesmo benefíio gozará o que for aprisionado em ato de defesa da embaração, se esta hegar a salvamento. Art Aabada a viagem, a tripulação tem ação para exigir o seu pagamento dentro de três dias depois de ultimada a desarga, om os juros da lei no aso de mora (artigo 449, nº 4). Ajustando-se os ofiiais e gente da tripulação para diversas viagens, poderão, terminada ada viagem, exigir as soldadas venidas. 7

8 Art Todos os indivíduos da equipagem têm hipotea táita no navio e fretes para serem pagos das soldadas venidas na última viagem om preferênia a outras dívidas menos privilegiadas; e em nenhum aso o réu será ouvido sem depositar a quantia pedida. Entender-se-á por equipagem ou tripulação para o dito efeito, e para todos os mais dispostos neste Título, o apitão, ofiiais, marinheiros e todas as mais pessoas empregadas no serviço do navio, menos os sobreargas. Art O navio e frete respondem para om os donos da arga pelos danos que sofrerem por delitos, ulpa ou omissão ulposa do apitão ou gente da tripulação, perpetrados em serviço do navio; salvas as ações dos proprietários da embaração ontra o apitão, e deste ontra a gente da tripulação. O salário do apitão e as soldadas da equipagem são hipotea espeial nestas ações. CAPÍTULO I TÍTULO VI DOS FRETAMENTOS DA NATUREZA E FORMA DO CONTRATO DE FRETAMENTO E DAS CARTAS-PARTIDAS Art O ontrato de fretamento de qualquer embaração, quer seja na sua totalidade ou em parte, para uma ou mais viagens, quer seja à arga, olheita ou pranha, o que tem lugar quando o apitão reebe arga de quantos se apresentam, deve provar-se por esrito. No primeiro aso o instrumento, que se hama arta-partida ou arta de fretamento, deve ser assinado pelo fretador e afretador, e por quaisquer outras pessoas que intervenham no ontrato, do qual se dará a ada uma das partes um exemplar; e no segundo, o instrumento hama-se onheimento, e basta ser assinado pelo apitão e o arregador. Entende-se por fretador o que dá, e por afretador o que toma a embaração a frete. Art A arta-partida deve enuniar: 1. o nome do apitão e o do navio, o porte deste, a nação a que pertene, e o porto do seu registro (artigo 460); 2. o nome do fretador e o do afretador, e seus respetivos domiílios; se o fretamento for por onta de tereiro deverá também delarar-se o seu nome e domiílio; 3. a designação da viagem, se é redonda ou ao mês, para uma ou mais viagens, e se estas são de ida e volta ou somente para ida ou volta, e finalmente se a embaração se freta no todo ou em parte; 4. o gênero e quantidade da arga que o navio deve reeber, designada por toneladas, números, peso ou volume, e por onta de quem a mesma será onduzida para bordo, e deste para terra; 5. o tempo da arga e desarga, portos de esala quando a haja, as estadias e sobreestadias ou demoras, e a forma por que estas se hão de vener e ontar; 6. o preço do frete, quanto há de pagar-se de primagem ou gratifiação, e de estadias e sobreestadias, e a forma, tempo e lugar do pagamento; 7. se há lugares reservados no navio, além dos neessários para uso e aomodação do pessoal e material do serviço da embaração; 8. todas as mais estipulações em que as partes se aordarem. Art As artas de fretamento devem ser lançadas no Registro do Comério, dentro de quinze dias a ontar da saída da embaração nos lugares da residênia dos Tribunais do Comério, e nos outros, dentro do prazo que estes designarem (artigo 31). Art A arta de fretamento valerá omo instrumento públio tendo sido feita por intervenção e om assinatura de algum orretor de navios, ou na falta de orretor por tabelião que porte por fé ter sido passada na sua presença e de duas testemunhas om ele assinadas. A arta de fretamento que não for autentiada por alguma das duas referidas formas, obrigará as próprias partes mas não dará direito ontra tereiro. As artas de fretamento assinadas pelo apitão valem ainda que este tenha exedido as fauldades das suas instruções; salvo o direito dos donos do navio por perdas e danos ontra ele pelos abusos que ometer. Art Fretando-se o navio por inteiro, entende-se que fia somente reservada a âmara do apitão, os agasalhados da equipagem, e as aomodações neessárias para o material da embaração. Arts. 522 e 596 deste Código. Art Dissolve-se o ontrato de fretamento, sem que haja lugar a exigênia alguma de parte a parte: 1. se a saída da embaração for impelida, antes da partida, por força maior sem limitação de tempo; 2. sobrevindo, antes de prinipiada a viagem, delaração de guerra, ou interdito de omério om o país para onde a embaração é destinada, em onseqüênia do qual o navio e a arga onjuntamente não sejam onsiderados omo propriedade neutra; 3. proibição de exportação de todas ou da maior parte das fazendas ompreendidas na arta de fretamento do lugar donde a embaração deva partir, ou de importação no de seu destino; 4. delaração de bloqueio do porto da arga ou do seu destino, antes da partida do navio. Em todos os referidos asos as despesas da desarga serão por onta do afretador ou arregadores. Arts. 573 deste Código e 393 do Código Civil. Art Se o interdito de omério om o porto do destino do navio aontee durante a sua viagem, e se por este motivo o navio é obrigado a voltar om a arga, deve-se somente o frete pela ida, ainda que o navio tivesse sido fretado por ida e volta. Art Ahando-se um navio fretado em lastro para outro porto onde deva arregar, dissolve-se o ontrato, se hegando a esse porto sobrevier algum dos impedimentos designados nos artigos 571 e 572, sem que possa ter lugar indenização alguma por nenhuma das partes, quer o impedimento venha só do navio, quer do navio e arga. Se, porém, o impedimento naser da arga e não do navio, o afretador será obrigado a pagar metade do frete ajustado. Art Poderá igualmente resindir-se o ontrato de fretamento a requerimento do afretador, se o apitão lhe tiver oultado a verdadeira bandeira da embaração; fiando este pessoalmente responsável ao mesmo afretador por todas as despesas da arga e desarga, e por perdas e danos, se o valor do navio não hegar para satisfazer o prejuízo. CAPÍTULO II Art O onheimento deve ser datado, e delarar: DOS CONHECIMENTOS 1. o nome do apitão, e o do arregador e onsignatário (podendo omitir-se o nome deste se for à ordem), e o nome e porte do navio; 2. a qualidade e a quantidade dos objetos da arga, suas maras e números, anotados à margem; 3. o lugar da partida e o do destino, om delaração das esalas, havendo-as; 8

9 4. o preço do frete e primagem, se esta for estipulada, e o lugar e forma do pagamento; 5. a assinatura do apitão (artigo 577), e a do arregador. Art Sendo a arga tomada em virtude de arta de fretamento, o portador do onheimento não fia responsável por alguma ondição ou obrigação espeial ontida na mesma arta, se o onheimento não tiver a láusula segundo a arta de fretamento. Art O apitão é obrigado a assinar todas as vias de um mesmo onheimento que o arregador exigir, devendo ser todas do mesmo teor e da mesma data, e onter o número da via. Uma via fiará em poder do apitão, as outras pertenem ao arregador. Se o apitão for ao mesmo tempo o arregador, os onheimentos respetivos serão assinados por duas pessoas da tripulação a ele imediatas no omando do navio, e uma via será depositada nas mãos do armador ou do onsignatário. Art Os onheimentos serão assinados e entregues dentro de vinte e quatro horas, depois de ultimada a arga, em resgate dos reibos provisórios; pena de serem responsáveis por todos os danos que resultarem do retardamento da viagem, tanto o apitão omo os arregadores que houverem sido remissos na entrega dos mesmos onheimentos. Art Seja qual for a natureza do onheimento, não poderá o arregador variar a onsignação por via de novos onheimentos, sem que faça prévia entrega ao apitão de todas as vias que este houver assinado. O apitão que assinar novos onheimentos sem ter reolhido todas as vias do primeiro fiará responsável aos portadores legítimos que se apresentarem om alguma das mesmas vias. Art Alegando-se extravio dos primeiros onheimentos, o apitão não será obrigado a assinar segundos, sem que o arregador preste fiança à sua satisfação pelo valor da arga neles delarada. Art Faleendo o apitão da embaração antes de fazer-se à vela, ou deixando de exerer o seu ofíio, os arregadores têm direito para exigir do suessor que revalide om a sua assinatura os onheimentos por aquele assinados, onferindo-se a arga om os mesmos onheimentos; o apitão que os assinar sem esta onferênia responderá pelas faltas; salvo se os arregadores onvierem que ele delare nos onheimentos que não onferiu a arga. No aso de morte do apitão ou de ter sido despedido sem justa ausa, serão pagas pelo dono do navio as despesas da onferênia; mas se a despedida provier de fato do apitão, serão por onta deste. Art Se as fazendas arregadas não tiverem sido entregues por número, peso ou medida, ou no aso de haver dúvida na ontagem, o apitão pode delarar nos onheimentos, que o mesmo número, peso ou medida lhe são desonheidos; mas se o arregador não onvier nesta delaração deverá proeder-se a nova ontagem, orrendo a despesa por onta de quem a tiver oasionado. Convindo o arregador na sobredita delaração, o apitão fiará somente obrigado a entregar no porto da desarga os efeitos que se aharem dentro da embaração pertenentes ao mesmo arregador, sem que este tenha direito para exigir mais arga; salvo se provar que houve desvio da parte do apitão ou da tripulação. Art Constando ao apitão que há diversos portadores das diferentes vias de um onheimento das mesmas fazendas, ou tendo-se feito seqüestro, arresto ou penhora nelas, é obrigado a pedir depósito judiial, por onta de quem pertener. Art Nenhuma penhora ou embargo de tereiro, que não for portador de alguma das vias de onheimento, pode, fora do aso de reivindiação segundo as disposições deste Código (artigo 874, nº 2), privar o portador do mesmo onheimento da fauldade de requerer o depósito ou venda judiial das fazendas no aso sobredito; salvo o direito do exeqüente ou de tereiro opoente sobre o preço da venda. Dereto-Lei nº 7.661, de (Lei de Falênias). Art O apitão pode requerer o depósito judiial todas as vezes que os portadores de onheimentos se não apresentarem para reeber a arga imediatamente que ele der prinípio à desarga, e nos asos em que o onsignatário esteja ausente ou seja faleido. Art O onheimento onebido nos termos enuniados no artigo 575 faz inteira prova entre todas as partes interessadas na arga e frete, e entre elas e os seguradores; fiando salva a estes e aos donos do navio a prova em ontrário. Art O onheimento feito em forma regular (artigo 575) tem força e é aionável omo esritura públia. Sendo passado à ordem é transferível e negoiável por via de endosso. Art Contra os onheimentos só pode opor-se falsidade, quitação, embargo, arresto ou penhora e depósito judiial, ou perdimento dos efeitos arregados por ausa justifiada. Art Nenhuma ação entre o apitão e os arregadores ou seguradores será admissível em juízo se não for logo aompanhada do onheimento original. A falta deste não pode ser suprida pelos reibos provisórios da arga; salvo provando-se que o arregador fez diligênia para obtê-lo e que, fazendo-se o navio à vela sem o apitão o haver passado, interpôs ompetente protesto dentro dos primeiros três dias úteis, ontados da saída do navio, om intimação do armador, onsignatário ou outro qualquer interessado, e na falta destes por editais; ou sendo a questão de seguros sobre sinistro aonteido no porto da arga, se provar que o mesmo sinistro aonteeu antes do onheimento poder ser assinado. CAPÍTULO III DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO FRETADOR E AFRETADOR Art O fretador é obrigado a ter o navio prestes para reeber a arga, e o afretador a efetuá-la no tempo marado no ontrato. Art. 566 deste Código. Art Não se tendo determinado na arta de fretamento o tempo em que deve omeçar a arregar-se, entende-se que prinipia a orrer desde o dia em que o apitão delarar que está pronto para reeber a arga; se o tempo que deve durar a arga e a desarga não estiver fixado, ou quanto se há de pagar de primagem e estadias e sobreestadias, e o tempo e modo do pagamento, será tudo regulado pelo uso do porto onde uma ou outra deva efetuar-se. Art Venido o prazo, e o das estadias e sobreestadias que se tiverem ajustado, e, na falta de ajuste, as do uso no porto da arga, sem que o afretador tenha arregado efeitos alguns, terá o apitão a esolha, ou de resilir do ontrato e exigir do afretador metade do frete ajustado e primagem om estadias e sobreestadias, ou de empreender a viagem sem arga, e finda ela exigir dele o frete por inteiro e primagem, om as avarias que forem devidas, estadias e sobreestadias. Art Quando o afretador arrega só parte da arga no tempo aprazado, o apitão, venido o tempo das estadias e sobreestadias, tem direito, ou de proeder a desarga por onta do mesmo afretador e pedir meio frete, ou de empreender a viagem om a parte da arga que tiver a bordo para haver o frete por inteiro no porto do seu destino, om as mais despesas delaradas no artigo anteedente. 9

10 Art Renuniando o afretador ao ontrato antes de omeçarem a orrer os dias suplementares da arga, será obrigado a pagar metade do frete e primagem. Art Sendo o navio fretado por inteiro, o afretador pode obrigar o fretador a que faça sair o navio logo que tiver metido a bordo arga sufiiente para pagamento do frete e primagem, estadias e sobreestadias, ou prestado fiança ao pagamento. O apitão neste aso não pode tomar arga de tereiro sem onsentimento por esrito do afretador, nem reusar-se à saída; salvo por falta de prontifiação do navio, que, segundo as láusulas do fretamento, não possa ser imputável ao fretador. Art Tendo o fretador direito de fazer sair o navio sem arga ou só om parte dela (artigos 592 e 593), poderá, para segurança do frete e de outras indenizações a que haja lugar, ompletar a arga por outros arregadores, independente de onsentimento do afretador; mas o benefíio do novo frete pertenerá a este. Art Se o fretador houver delarado na arta-partida maior apaidade daquela que o navio na realidade tiver, não exedendo da déima parte, o afretador terá opção para anular o ontrato, ou exigir orrespondente abatimento no frete, om indenização de perdas e danos; salvo se a delaração estiver onforme à lotação do navio. Art O fretador pode fazer desarregar à usta do afretador os efeitos que este introduzir no navio além da arga ajustada na arta de fretamento; salvo prestando-se aquele a pagar o frete orrespondente, se o navio os puder reeber. Art Os arregadores ou afretadores respondem pelos danos que resultarem, se, sem iênia e onsentimento do apitão, introduzirem no navio fazendas, uja saída ou entrada for proibida, e de qualquer outro fato ilíito que pratiarem ao tempo da arga ou desarga; e, ainda que as fazendas sejam onfisadas, serão obrigados a pagar o frete e primagem por inteiro, e a avaria grossa. Art. 764 deste Código. Art Provando-se que o apitão onsentiu na introdução das fazendas proibidas, ou que, hegando ao seu onheimento em tempo, as não fez desarregar, ou sendo informado depois da viagem omeçada as não denuniar no ato da primeira visita da Alfândega que reeber a bordo no porto do seu destino, fiará solidariamente obrigado para om todos os interessados por perdas e danos que resultarem ao navio ou à arga, e sem ação para haver o frete, nem indenização alguma do arregador, ainda que esta se tenha estipulado. Art Estando o navio a frete de arga geral, não pode o apitão, depois que tiver reebido alguma parte da arga, reusar-se a reeber a mais que se lhe ofereer por frete igual, não ahando outro mais vantajoso; pena de poder ser ompelido pelos arregadores dos efeitos reebidos a que se faça à vela om o primeiro vento favorável, e de pagar as perdas e danos que da demora resultarem. Art Se o apitão, quando tomar frete à olheita ou à pranha, fixar o tempo durante o qual a embaração estará à arga, findo o tempo marado será obrigado a partir om o primeiro vento favorável; pena de responder pelas perdas e danos que resultarem do retardamento da viagem; salvo onvindo na demora a maioria dos arregadores em relação ao valor do frete. Art Não tendo o apitão fixado o tempo da partida, é obrigado a sair om o primeiro vento favorável depois que tiver reebido mais de dois terços da arga orrespondente à lotação do navio, se assim o exigir a maioria dos arregadores em relação ao valor do frete, sem que nenhum dos outros possa retirar as fazendas que tiver a bordo. Art Se o apitão, no aso do artigo anteedente, não puder obter mais de dois terços da arga dentro de um mês depois que houver posto o navio a frete geral, poderá sub-rogar outra embaração para transporte da arga que tiver a bordo, ontanto que seja igualmente apta para fazer a viagem, pagando a despesa da baldeação da arga, e o aumento de frete e do prêmio do seguro; será, porém, líito aos arregadores retirar de bordo as suas fazendas, sem pagar frete, sendo por onta deles a despesa de desarrumação e desarga, restituindo os reibos provisórios ou onheimentos, e dando fiança pelos que tiverem remetido. Se o apitão não puder ahar navio, e os arregadores não quiserem desarregar, será obrigado a sair sessenta dias depois que houver posto o navio à arga, om a que tiver a bordo. Art Não tendo a embaração apaidade para reeber toda a arga ontratada om diversos arregadores ou afretadores, terá preferênia a que se ahar a bordo, e depois a que tiver prioridade na data dos ontratos; e se estes forem todos da mesma data haverá lugar a rateio, fiando o apitão responsável pela indenização dos danos ausados. Art Fretando-se a embaração para ir reeber arga em outro porto, logo que lá hegar, deverá o apitão apresentar-se sem demora ao onsignatário, exigindo dele que lhe delare por esrito na arta de fretamento o dia, mês e ano de sua apresentação; pena de não prinipiar a orrer o tempo do fretamento antes da sua apresentação. Reusando o onsignatário fazer na arta de fretamento a delaração requerida, deverá protestar e fazer-lhe intimar o protesto, e avisar o afretador. Se passado o tempo devido para a arga, e o da demora ou de estadias e sobreestadias, o onsignatário não tiver arregado o navio, o apitão, fazendo-o previamente intimar por via de novo protesto para efetuar a entrega da arga dentro do tempo ajustado, e não umprindo ele, nem tendo reebido ordens do afretador, fará diligênia para ontratar arga por onta deste para o porto do seu destino; e om arga ou sem ela seguirá para ele, onde o afretador será obrigado a pagar-lhe o frete por inteiro om as demoras venidas, fazendo enontro dos fretes da arga tomada por sua onta, se alguma houver tomado (artigo 596). Art Sendo um navio embargado na partida, em viagem, ou no lugar da desarga, por fato ou negligênia do afretador ou de algum dos arregadores, fiará o ulpado obrigado, para om o fretador ou apitão e os mais arregadores, pelas perdas e danos que o navio ou as fazendas vierem a sofrer provenientes desse fato. Art O apitão é responsável ao dono do navio e ao afretador e arregadores por perdas e danos, se por ulpa sua o navio for embargado ou retardado na partida, durante a viagem, ou no lugar do seu destino. Art Se antes de omeçada a viagem ou no urso dela, a saída da embaração for impedida temporariamente por embargo ou força maior, subsistirá o ontrato, sem haver lugar a indenizações de perdas e danos pelo retardamento. O arregador neste aso poderá desarregar os seus efeitos durante a demora, pagando a despesa, e prestando fiança de os tornar a arregar logo que esse o impedimento, ou de pagar o frete por inteiro e estadias e sobreestadias, não os reembarando. Art Se o navio não puder entrar no porto do seu destino por delaração de guerra, interdito de omério, ou bloqueio, o apitão é obrigado a seguir imediatamente para aquele que tenha sido prevenido na sua arta de ordens. Não se ahando prevenido, prourará o porto mais próximo que não estiver impedido; e daí fará os avisos ompetentes ao fretador e afretadores, ujas ordens deve esperar por tanto tempo quanto seja neessário para reeber a resposta. Não reebendo esta, o apitão deve voltar para o porto da saída om a arga. Art Sendo arrestado um navio no urso da viagem por ordem de uma potênia, nenhum frete será devido pelo tempo da detenção sendo fretado ao mês, nem aumento de frete se for por viagem. Quando o navio for fretado para dois ou mais portos e aonteer que em um deles se saiba ter sido delarada guerra ontra a potênia a que pertene o navio ou a arga, o apitão, se nem esta nem aquele forem livres, quando não possa partir em omboio ou por algum outro modo seguro, deverá fiar no porto da notíia até reeber ordens do dono do navio ou do afretador. Se só o navio não for livre, o fretador pode resilir do ontrato, om direito ao frete venido, estadias e sobreestadias e avaria grossa, pagando as despesas da desarga. Se, pelo ontrário, só a arga não for livre, o afretador tem direito para resindir o ontrato, pagando a despesa da desarga, e o apitão proederá na onformidade dos artigos 592 e

11 Art Sendo o navio obrigado a voltar ao porto da saída, ou a arribar a outro qualquer por perigo de piratas ou de inimigos, podem os arregadores ou onsignatários onvir na sua total desarga, pagando as despesas desta e o frete da ida por inteiro, e prestando a fiança determinada no artigo 609. Se o fretamento for ao mês, o frete é devido somente pelo tempo que o navio tiver sido empregado. Art Se o apitão for obrigado a onsertar a embaração durante a viagem, o afretador, arregadores, ou onsignatários, não querendo esperar pelo onserto, podem retirar as suas fazendas pagando todo o frete, estadias e sobreestadias e avaria grossa, havendo-a, as despesas da desarga e desarrumação. Art. 764 deste Código. Art Não admitindo o navio onserto, o apitão é obrigado a fretar por sua onta, e sem poder exigir aumento algum do frete, uma ou mais embarações para transportar a arga ao lugar do destino. Se o apitão não puder fretar outro ou outros navios dentro de sessenta dias depois que o navio for julgado inavegável, e quando o onserto for impratiável, deverá requerer depósito judiial da arga e interpor os ompetentes protestos para sua ressalva; neste aso o ontrato fiará resiso, e somente se deverá o frete venido. Se, porém, os afretadores ou arregadores provarem que o navio ondenado por inapaz estava inavegável quando se fez à vela, não serão obrigados a frete algum, e terão ação de perdas e danos ontra o fretador. Esta prova é admissível não obstante e ontra os ertifiados da visita da saída. Art Ajustando-se os fretes por peso, sem se designar se é líquido ou bruto, deverá entender-se que é peso bruto; ompreendendo-se nele qualquer espéie de apa, aixa ou vasilha em que as fazendas se aharem aondiionadas. Art Quando o frete for justo por número, peso ou medida, e houver ondição de que a arga será entregue no portaló do navio, o apitão tem direito de requerer que os efeitos sejam ontados, medidos ou pesados a bordo do mesmo navio antes da desarga; e proedendo-se a esta diligênia não responderá por faltas que possam apareer em terra; se, porém, as fazendas se desarregarem sem se ontarem, medirem ou pesarem, o onsignatário terá direito de verifiar em terra a identidade, número, medição ou peso, e o apitão será obrigado a onformar-se om o resultado desta verifiação. Art Nos gêneros que por sua natureza são susetíveis de aumento ou diminuição, independentemente de má arrumação ou falta de estiva, ou de defeito no vasilhame, omo é, por exemplo, o sal, será por onta do dono qualquer diminuição ou aumento que os mesmos gêneros tiverem dentro do navio; e em um e outro aso deve-se frete do que se numerar, medir ou pesar no ato da desarga. Art Havendo presunção de que as fazendas foram danifiadas, roubadas ou diminuídas, o apitão é obrigado, e o onsignatário e quaisquer outros interessados têm direito a requerer que sejam judiialmente visitadas e examinadas, e os danos estimados a bordo antes da desarga, ou dentro em vinte e quatro horas depois; e ainda que este proedimento seja requerido pelo apitão não prejudiará os seus meios de defesa. Se as fazendas forem entregues sem o referido exame, os onsignatários têm direito de fazer proeder a exame judiial no preiso termo de quarenta e oito horas depois da desarga; e passado este prazo não haverá mais lugar a relamação alguma. Todavia, não sendo a avaria ou diminuição visível por fora, o exame judiial poderá validamente fazer-se dentro de dez dias depois que as fazendas passarem às mãos dos onsignatários, nos termos do artigo 211. Súmula nº 261 do STF. Art O apitão ou fretador não pode reter fazendas no navio a pretexto de falta de pagamento de frete, avaria grossa ou despesas; poderá, porém, preedendo ompetente protesto, requerer o depósito de fazendas equivalentes, e pedir a venda delas, fiando-lhe direito salvo pelo resto ontra o arregador, no aso de insufiiênia do depósito. A mesma disposição tem lugar quando o onsignatário reusa reeber a arga. Nos dois referidos asos, se a avaria grossa não puder ser regulada imediatamente, é líito ao apitão exigir o depósito judiial da soma que se arbitrar. Art O apitão que entregar fazendas antes de reeber o frete, avaria grossa e despesas, sem pôr em prátia os meios do artigo preedente, ou os que lhe faultarem as leis ou usos do lugar da desarga, não terá ação para exigir o pagamento do arregador ou afretador, provando este que arregou as fazendas por onta de tereiro. Art Pagam frete por inteiro as fazendas que se deteriorarem por avaria, ou diminuírem por mau aondiionamento das vasilhas, aixas, apas ou outra qualquer obertura em que forem arregadas, provando o apitão que o dano não proedeu de falta de arrumação ou de estiva (artigo 624). Pagam igualmente frete por inteiro as fazendas que o apitão é obrigado a vender nas irunstânias previstas no artigo 515. O frete das fazendas alijadas para salvação omum do navio e da arga abona-se por inteiro omo avaria grossa (artigo 764). Art Não se deve frete das meradorias perdidas por naufrágio ou varação, roubo de piratas ou presa de inimigo, e, tendo-se pago adiantado, repete-se; salvo onvenção em ontrário. Todavia, resgatando-se o navio e fazendas, ou salvando-se do naufrágio, deve-se o frete orrespondente até o lugar da presa, ou naufrágio; e será pago por inteiro se o apitão onduzir as fazendas salvas até o lugar do destino, ontribuindo este ao fretador por avaria grossa no dano, ou resgate. Art Salvando-se no mar ou nas praias, sem ooperação da tripulação, fazendas que fizeram parte da arga, e sendo depois de salvas entregues por pessoas estranhas, não se deve por elas frete algum. Art O arregador não pode abandonar as fazendas ao frete. Todavia pode ter lugar o abandono dos líquidos, ujas vasilhas se ahem vazias ou quase vazias. Art A viagem para todos os efeitos do venimento de fretes, se outra oisa se não ajustar, omeça a orrer desde o momento em que a arga fia debaixo da responsabilidade do apitão. Art Os fretes e avarias grossas têm hipotea táita e espeial nos efeitos que fazem objeto da arga, durante trinta dias depois da entrega, se antes desse termo não houverem passado para o domínio de tereiro. Art A dívida de fretes, primagem, estadias e sobreestadias, avarias e despesas da arga prefere a todas as outras sobre o valor dos efeitos arregados; salvo os asos de que trata o artigo 470, nº 1. Art O ontrato de fretamento de um navio estrangeiro exeqüível no Brasil há de ser determinado e julgado pelas regras estabeleidas neste Código, quer tenha sido ajustado dentro do Império, quer em país estrangeiro. CAPÍTULO IV DOS PASSAGEIROS 11

12 Art O passageiro de um navio deve ahar-se a bordo no dia e hora que o apitão designar, quer no porto da partida, quer em qualquer outro de esala ou arribada; pena de ser obrigado ao pagamento do preço da sua passagem por inteiro, se o navio se fizer de vela sem ele. Art Nenhum passageiro pode transferir a tereiro, sem onsentimento do apitão, o seu direito de passagem. Resilindo o passageiro do ontrato antes da viagem omeçada, o apitão tem direito à metade do preço da passagem; e ao pagamento por inteiro, se aquele a não quiser ontinuar depois de omeçada. Se o passageiro faleer antes da viagem omeçada, deve-se só metade do preço da passagem. Art Se a viagem for suspensa ou interrompida por ausa de força maior, no porto da partida, resinde-se o ontrato, sem que nem o apitão nem o passageiro tenham direito a indenização alguma; tendo lugar a suspensão ou interrupção em outro qualquer porto de esala ou arribada, deve somente o preço orrespondente à viagem feita. Interrompendo-se a viagem depois de omeçada por demora de onserto do navio, o passageiro pode tomar passagem em outro, pagando o preço orrespondente à viagem feita. Se quiser esperar pelo onserto, o apitão não é obrigado ao seu sustento; salvo se o passageiro não enontrar outro navio em que omodamente se possa transportar, ou o preço da nova passagem exeder o da primeira, na proporção da viagem andada. Art O apitão tem hipotea privilegiada para pagamento do preço da passagem em todos os efeitos que o passageiro tiver a bordo, e direito de os reter enquanto não for pago. O apitão só responde pelo dano sobrevindo aos efeitos que o passageiro tiver a bordo debaixo da sua imediata guarda, quando o dano provier de fato seu ou da tripulação. TÍTULO VII DO CONTRATO DE DINHEIRO A RISCO OU CÂMBIO MARÍTIMO Art O ontrato de empréstimo a riso ou âmbio marítimo, pelo qual o dador estipula do tomador um prêmio erto e determinado por preço dos risos de mar que toma sobre si, fiando om hipotea espeial no objeto sobre que reai o empréstimo, e sujeitando-se a perder o apital e prêmio se o dito objeto vier a pereer por efeito dos risos tomados no tempo e lugar onvenionados, só pode provar-se por instrumento públio ou partiular, o qual será registrado no Tribunal do Comério dentro de oito dias da data da esritura ou letra. Se o ontrato tiver lugar em país estrangeiro por súditos brasileiros, o instrumento deverá ser autentiado om o visto do ônsul do Império, se aí o houver, e em todo o aso anotado no verso do registro da embaração, se versar sobre o navio ou fretes. Faltando no instrumento do ontrato alguma das sobreditas formalidades, fiará este subsistindo entre as próprias partes, mas não estabeleerá direitos ontra tereiro. É permitido fazer empréstimo a riso não só em dinheiro, mas também em efeitos próprios para o serviço e onsumo do navio, ou que possam ser objeto de omério; mas em tais asos a oisa emprestada deve ser estimada em valor fixo para ser paga om dinheiro. Art O instrumento do ontrato de dinheiro a riso deve delarar: 1. a data e o lugar em que o empréstimo se faz; 2. o apital emprestado, e o preço do riso, aquele e este espeifiados separadamente; 3. o nome do dador e o do tomador, om o do navio e o do seu apitão; 4. o objeto ou efeito sobre que reai o empréstimo; 5. os risos tomados, om menção espeífia de ada um; 6. se o empréstimo tem lugar por uma ou mais viagens, qual a viagem, e por que termo; 7. a époa do pagamento por embolso, e o lugar onde deva efetuar-se; 8. qualquer outra láusula em que as partes onvenham, ontanto que não seja oposta à natureza deste ontrato, ou proibida por lei. O instrumento em que faltar alguma das delarações enuniadas será onsiderado omo simples rédito de dinheiro de empréstimo ao prêmio da lei, sem hipotea nos efeitos sobre que tiver sido dada, nem privilégio algum. Art A esritura ou letra de riso exarada à ordem tem força de letra de âmbio ontra o tomador e garantes, e é transferível e exeqüível por via de endosso, om os mesmos direitos e pelas mesmas ações que as letras de âmbio. O essionário toma o lugar de endossador, tanto a respeito do apital omo do prêmio e dos risos, mas a garantia da solvabilidade do tomador é restrita ao apital; salvo ondição em ontrário quanto ao prêmio. Art Não sendo a esritura ou letra de riso passada à ordem, só pode ser transferida por essão, om as mesmas formalidades e efeitos das essões ivis, sem outra responsabilidade da parte do edente, que não seja a de garantir a existênia da dívida. Arts. 286 a 298 do Código Civil. Art Se no instrumento do ontrato se não tiver feito menção espeífia dos risos om reserva de algum, ou deixar de se estipular o tempo, entende-se que o dador do dinheiro tomará sobre si todos aqueles risos marítimos, e pelo mesmo tempo que geralmente ostumam reeber os seguradores. Art Não se delarando na esritura ou letra de riso que o empréstimo é só por ida ou só por volta, ou por uma e outra, o pagamento, reaindo o empréstimo sobre fazendas, é exeqüível no lugar do destino destas, delarado nos onheimentos ou fretamento, e se reair sobre o navio, no fim de dois meses depois da hegada ao porto do destino, se não aparelhar de volta. Art O empréstimo a riso pode reair: 1. sobre o aso, fretes e pertenes do navio; 2. sobre a arga; 3. sobre a totalidade destes objetos, onjunta ou separadamente, ou sobre uma parte determinada de ada um deles. Art Reaindo o empréstimo a riso sobre o aso e pertenes do navio, abrange na sua responsabilidade o frete da viagem respetiva. Quando o ontrato é elebrado sobre o navio e arga, o privilégio do dador é solidário sobre uma e outra oisa. Se o empréstimo for feito sobre a arga ou sobre um objeto determinado do navio ou da arga, os seus efeitos não se estendem além desse objeto ou da arga. Art Para o ontrato surtir o seu efeito legal, é neessário que exista dentro do navio no momento do sinistro a importânia da soma dada de empréstimo a riso, em fazendas ou no seu equivalente. Art Quando o objeto sobre que se toma dinheiro a riso não hega a pôr-se efetivamente em riso por não se efetuar a viagem, resinde-se o ontrato; e o dador neste aso tem direito para haver o apital om os juros da lei desde o dia da entrega do dinheiro ao tomador, sem outro algum prêmio, e goza do privilégio de preferênia quanto ao apital somente. 12

13 Art O tomador que não arregar efeitos no valor total da soma tomada a riso é obrigado a restituir o remanesente ao dador antes da partida do navio, ou todo se nenhum empregar; e se não restituir, dá-se ação pessoal ontra o tomador pela parte desoberta, ainda que a parte oberta ou empregada venha a perder-se (artigo 655). O mesmo terá lugar quando o dinheiro a riso for tomado para habilitar o navio, se o tomador não hegar a fazer uso dele ou da oisa estimável, em todo ou em parte. Art Quando no instrumento de riso sobre fazendas houver a fauldade de toar e fazer esala fiam obrigados ao ontrato, não só o dinheiro arregado em espéie para ser empregado na viagem, e as fazendas arregadas no lugar da partida, mas também as que forem arregadas em retorno por onta do tomador, sendo o ontrato feito de ida e volta; e o tomador neste aso tem fauldade de troá-las ou vendê-las e omprovar outras em todos os portos de esala. Art Se ao tempo do sinistro parte dos efeitos objeto de riso já se ahar em terra, a perda do dador será reduzida ao que tiver fiado dentro do navio; e se os efeitos salvos forem transportados em outro navio para o porto do destino originário (artigo 614), neste ontinuam os risos do dador. Art O dador a riso sobre efeitos arregados em navio nominativamente designado no ontrato não responde pela perda desses efeitos, ainda mesmo que seja aonteida por perigo de mar, se forem transferidos ou baldeados para outro navio, salvo provando-se legalmente que a baldeação tivera lugar por força maior. Art Em aso de sinistro, salvando-se alguns efeitos da arga objeto de riso, a obrigação do pagamento de dinheiro a riso fia reduzida ao valor dos mesmos objetos estimado pela forma determinada nos artigos 694 e seguintes. O dador neste aso tem direito para ser pago do prinipal e prêmio por esse mesmo valor até onde alançar, deduzidas as despesas de salvados, e as soldadas venidas nessa viagem. Sendo o dinheiro dado sobre o navio, o privilégio do dador ompreende não só os fragmentos náufragos do mesmo navio, mas também o frete adquirido pelas fazendas salvas, deduzidas as despesas de salvados, e as soldadas venidas na viagem respetiva, não havendo dinheiro a riso ou seguro espeial sobre esse frete. Art Havendo sobre o mesmo navio ou sobre a mesma arga um ontrato de riso e outro de seguro (artigo 650), o produto dos efeitos salvos será dividido entre o segurador e o dador a riso pelo seu apital somente na proporção de seus respetivos interesses. Art Não preedendo ajuste em ontrário, o dador onserva seus direitos íntegros ontra o tomador, ainda mesmo que a perda ou dano da oisa objeto do riso provenha de alguma das ausas enumeradas no artigo 711. Art Quando alguns, mas não todos os risos, ou uma parte somente do navio ou da arga se aham seguros, pode ontrair-se empréstimo a riso pelos risos ou parte não segura até à onorrênia do seu valor por inteiro (artigo 682). Art As letras merantis provenientes de dinheiro reebido pelo apitão para despesas indispensáveis do navio ou da arga nos termos dos artigos 515 e 516, e os prêmios do seguro orrespondente, quando a sua importânia houver sido realmente segurada, têm o privilégio de letras de empréstimo a riso, se ontiverem delaração expressa de que o importe foi destinado para as referidas despesas; e são exeqüíveis, ainda mesmo que tais objetos se peram por qualquer evento posterior, provando o dador que o dinheiro foi efetivamente empregado em benefíio do navio ou da arga (artigos 515 e 517). Art O empréstimo de dinheiro a riso sobre o navio tomado pelo apitão no lugar do domiílio do dono, sem autorização esrita deste, produz ação e privilégio somente na parte que o apitão possa ter no navio e frete; e não obriga o dono, ainda mesmo que se pretenda provar que o dinheiro foi apliado em benefíio da embaração. Art O empréstimo a riso sobre fazendas, ontraído antes da viagem omeçada, deve ser menionado nos onheimentos e no manifesto da arga, om designação da pessoa a quem o apitão deve partiipar a hegada feliz no lugar do destino. Omitida aquela delaração, o onsignatário, tendo aeitado letras de âmbio, ou feito adiantamento na fé dos onheimentos, preferirá ao portador da letra de riso. Na falta de designação a quem deva partiipar a hegada, o apitão pode desarregar as fazendas, sem responsabilidade alguma pessoal para om o portador da letra de riso. Art Se entre o dador a riso e o apitão se der algum onluio por ujo meio os armadores ou arregadores sofram prejuízo, será este indenizado solidariamente pelo dador e pelo apitão, ontra os quais poderá intentar-se a ação riminal que ompetente seja. Arts. 275 a 285 do Código Civil. Art Inorre no rime de estelionato o tomador que reeber dinheiro a riso por valor maior que o do objeto do riso, ou quando este não tenha sido efetivamente embarado (artigo 643); e no mesmo rime inorre também o dador que, não podendo ignorar esta irunstânia, a não delarar à pessoa a quem endossar a letra de riso. No primeiro aso o tomador, e no segundo o dador respondem solidariamente pela importânia da letra, ainda quando tenha pereido o objeto do riso. Art. 171 do Código Penal. Art É nulo o ontrato de âmbio marítimo: 1. sendo o empréstimo feito a gente da tripulação; 2. tendo o empréstimo somente por objeto o frete a vener, ou o luro esperado de alguma negoiação, ou um e outro simultânea e exlusivamente; 3. quando o dador não orre algum riso dos objetos sobre os quais se deu o dinheiro; 4. quando reai sobre objetos, ujos risos já têm sido tomados por outrem no seu inteiro valor (artigo 650); 5. faltando o registro, ou as formalidades exigidas no artigo 516 para o aso de que aí se trata. Em todos os referidos asos, ainda que o ontrato não surta os seus efeitos legais, o tomador responde pessoalmente pelo prinipal mutuado e juros legais, posto que a oisa objeto do ontrato tenha pereido no tempo e no lugar dos risos. Art O privilégio do dador a riso sobre o navio ompreende proporionalmente, não só os fragmentos náufragos do mesmo navio, mas também o frete adquirido pelas fazendas salvas, deduzidas as despesas de salvados e as soldadas devidas por essa viagem, não havendo seguro ou riso espeial sobre o mesmo frete. Art Se o ontrato a riso ompreender navio e arga, as fazendas onservadas são hipotea do dador, ainda que o navio pereça; o mesmo é, vie-versa, quando o navio se salva e as fazendas se perdem. Art É livre aos ontraentes estipular o prêmio na quantidade, e o modo de pagamento que bem lhes pareça; mas uma vez onordado, a superveniênia de riso não dá direito à exigênia de aumento ou diminuição de prêmio; salvo se outra oisa for aordada no ontrato. Art Não estando fixada a époa do pagamento, será este reputado venido apenas tiverem essado os risos. Desse dia em diante orrem para o dador os juros da lei sobre o apital e prêmio no aso de mora; a qual só pode provar-se pelo protesto. 13

14 Art O portador, na falta de pagamento no termo devido, é obrigado a protestar e a pratiar todos os deveres dos portadores de letras de âmbio para venimento dos juros, e onservação do direito regressivo sobre os garantes do instrumento de riso. Art O dador de dinheiro a riso adquire hipotea no objeto sobre que reai o empréstimo, mas fia sujeito a perder todo o direito à soma mutuada, pereendo o objeto hipoteado no tempo e lugar, e pelos risos onvenionados; e só tem direito ao embolso do prinipal e prêmio por inteiro no aso de hegada a salvamento. Art Inumbe ao tomador provar a perda, e justifiar que os feitos, objeto do empréstimo, existiam na embaração na oasião do sinistro. Art Aonteendo presa ou desastre de mar ao navio ou fazendas sobre que reaiu o empréstimo a riso, o tomador tem obrigação de notiiar o aonteimento ao dador, apenas tal nova hegar ao seu onheimento. Ahando-se o tomador a esse tempo no navio, ou próximo aos objetos sobre que reaiu o empréstimo, é obrigado a empregar na sua relamação e salvação as diligênias próprias de um administrador exato; pena de responder por perdas e danos que da sua falta resultarem. Art Quando sobre ontrato de dinheiro a riso oorra aso que se não ahe prevenido neste Título, prourar-se-á a sua deisão por analogia, quanto seja ompatível, no Título Dos seguros marítimos e vie-versa. CAPÍTULO I TÍTULO VIII DOS SEGUROS MARÍTIMOS DA NATUREZA E FORMA DO CONTRATO DE SEGURO MARÍTIMO Art O ontrato de seguro marítimo, pelo qual o segurador, tomando sobre si a fortuna e risos do mar, se obriga a indenizar ao segurado da perda ou dano que possa sobrevir ao objeto do seguro, mediante um prêmio ou soma determinada, equivalente ao riso tomado, só pode provar-se por esrito, a ujo instrumento se hama apólie ; ontudo julga-se subsistente para obrigar reiproamente ao segurador e ao segurado desde o momento em que as partes se onvierem, assinando ambas a minuta, a qual deve onter todas as delarações, láusulas e ondições da apólie. Arts. 757 a 802 do Código Civil. Art A apólie de seguro deve ser assinada pelos seguradores, e onter: 1. o nome e domiílio do segurador e o do segurado; delarando este se segura por sua onta ou por onta de tereiro, ujo nome pode omitir-se; omitindo-se o nome do segurado, o tereiro que faz o seguro em seu nome fia pessoal e solidariamente responsável. A apólie em nenhum aso pode ser onedida ao portador; 2. o nome, lasse e bandeira do navio, e o nome do apitão; salvo não tendo o segurado erteza do navio (artigo 670); 3. a natureza e qualidade do objeto seguro e o seu valor fixo ou estimado; 4. o lugar onde as meradorias foram, deviam ou devam ser arregadas; 5. os portos ou anoradouros, onde o navio deve arregar ou desarregar, e aqueles onde deva toar por esala; 6. o porto donde o navio partiu, devia ou deve partir; e a époa da partida, quando esta houver sido positivamente ajustada; 7. menção espeial de todos os risos que o segurador toma sobre si; 8. o tempo e o lugar em que os risos devem omeçar e aabar; 9. o prêmio do seguro, e o lugar, époa e forma do pagamento; 10. o tempo, lugar e forma do pagamento no aso de sinistro; 11. delaração de que as partes se sujeitam à deisão arbitral, quando haja ontestação, se elas assim o aordarem; 12. a data do dia em que se onluiu o ontrato, om delaração, se antes, se depois do meio-dia; 13. e geralmente todas as outras ondições em que as partes onvenham. Uma apólie pode onter dois ou mais seguros diferentes. Art Sendo diversos os seguradores, ada um deve delarar a quantia por que se obriga, e esta delaração será datada e assinada. Na falta de delaração, a assinatura importa em responsabilidade solidária por todo o valor segurado. Se um dos seguradores se obrigar por erta e determinada quantia, os seguradores que depois dele assinarem sem delaração da quantia por que se obrigam, fiarão responsáveis ada um por outra igual soma. Art O seguro pode reair sobre a totalidade de um objeto ou sobre parte dele somente; e pode ser feito antes da viagem omeçada ou durante o urso dela, de ida e volta, ou só por ida ou só por volta, por viagem inteira ou por tempo limitado dela, e ontra os risos de viagem e transporte por mar somente, ou ompreender também os risos de transportes por anais e rios. Art Ignorando o segurado a espéie de fazendas que hão de ser arregadas, ou não tendo erteza do navio em que o devam ser, pode efetuar validamente o seguro debaixo do nome genério fazendas no primeiro aso, e sobre um ou mais navios no segundo; sem que o segurado seja obrigado a designar o nome do navio, uma vez que na apólie delare que o ignora, menionando a data e assinatura da última arta de aviso ou ordens que tenha reebido. Art Efetuando-se o seguro debaixo do nome genério de fazendas o segurado é obrigado a provar, no aso de sinistro, que efetivamente se embararam as fazendas no valor delarado na apólie; e se o seguro se tiver feito sobre um ou mais navios inumbelhe provar que as fazendas seguras foram efetivamente embaradas no navio que sofreu o sinistro (artigo 716). Art A designação geral fazendas não ompreende moeda de qualidade alguma, nem jóias, ouro ou prata, pérolas ou pedras preiosas, nem munições de guerra; em seguros desta natureza é neessário que se delare a espéie do objeto sobre que reai o seguro. Art Susitando-se dúvida sobre a inteligênia de alguma ou algumas das ondições e láusulas da apólie, a sua deisão será determinada pelas regras seguintes: 1. as láusulas esritas terão mais força do que as impressas; 2. as que forem laras, e expuserem a natureza, objeto ou fim do seguro, servirão de regra para eslareer as obsuras, e para fixar a intenção das partes na elebração do ontrato; Dispõe o art. 112 do Código Civil: Nas delarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas onsubstaniada do que ao sentido literal da linguagem. 3. o ostume geral, observado em asos idêntios na praça onde se elebrou o ontrato, prevaleerá a qualquer signifiação diversa que as palavras possam ter em uso vulgar; 4. em aso de ambigüidade que exija interpretação, será esta feita segundo as regras estabeleidas no artigo 131. Art A láusula de fazer esala ompreende a fauldade de arregar e desarregar fazendas no lugar da esala, ainda que esta ondição não seja expressa na apólie (artigo 667, nº 5). 14

15 Art A apólie de seguro é transferível e exeqüível por via de endosso, substituindo o endossado ao segurado em todas as suas obrigações, direitos e ações (artigo 363). Art. 760 do Código Civil. Art Mudando os efeitos segurados de proprietário durante o tempo do ontrato, o seguro passa para o novo dono, independente de transferênia da apólie; salvo ondição em ontrário. Art O ontrato de seguro é nulo: 1. sendo feito por pessoa que não tenha interesse no objeto segurado; 2. reaindo sobre algum dos objetos proibidos no artigo 686; 3. sempre que se provar fraude ou falsidade por alguma das partes; 4. quando o objeto do seguro não hega a pôr-se efetivamente em riso; 5. provando-se que o navio saiu antes da époa designada na apólie, ou que se demorou além dela, sem ter sido obrigado por força maior; 6. reaindo o seguro sobre objetos já segurados no seu inteiro valor, e pelos mesmos risos. Se, porém, o primeiro seguro não abranger o valor da oisa por inteiro, ou houver sido efetuado om exeção de algum ou alguns risos, o seguro prevaleerá na parte, e pelos risos exeutados; 7. o seguro de luro esperado, que não fixar soma determinada sobre o valor do objeto do seguro; 8. sendo o seguro de meradorias que se onduzirem em ima do onvés, não se tendo feito na apólie delaração expressa desta irunstânia; 9. sobre objetos que na data do ontrato se ahavam já perdidos ou salvos, havendo presunção fundada de que o segurado ou segurador podia ter notíia do evento ao tempo em que se efetuou o seguro. Existe esta presunção, provando-se por alguma forma que a notíia tinha hegado ao lugar em que se fez o seguro, ou àquele donde se expediu a ordem para ele se efetuar ao tempo da data da apólie ou da expedição da mesma ordem, e que o segurado ou o segurador a sabia. Se, porém, a apólie ontiver a láusula perdido ou não perdido ou sobre boa ou má nova essa a presunção; salvo provando-se fraude. Art O seguro pode também anular-se: 1. quando o segurado oulta a verdade ou diz o que não é verdade; 2. quando faz delaração errônea, alando, falsifiando ou alterando fatos ou irunstânias, ou produzindo fatos ou irunstânias não existentes, de tal natureza e importânia que, a não se terem oultado, falsifiado ou produzido, os seguradores, ou não houveram admitido o seguro, ou o teriam efetuado debaixo de prêmio maior e mais restritas ondições. Art No aso de fraude da parte do segurado, além da nulidade do seguro, será este ondenado a pagar ao segurador o prêmio estipulado em dobro. Quando a fraude estiver da parte do segurador, será este ondenado a retornar o prêmio reebido, e a pagar ao segurado outra igual quantia. Em um e outro aso pode-se intentar ação riminal ontra o fraudulento. Arts. 766 e 773 do Código Civil. Art A desviação voluntária da derrota da viagem, e a alteração na ordem das esalas, que não for obrigada por urgente neessidade ou força maior, anulará o seguro pelo resto da viagem (artigo 509). Art Se o navio tiver vários pontos de esala designados na apólie, é líito ao segurado alterar a ordem das esalas; mas em tal aso só poderá esalar em um únio porto dos espeifiados na mesma apólie. Art Quando o seguro versar sobre dinheiro dado a riso, deve delarar-se na apólie, não só o nome do navio, do apitão, e do tomador do dinheiro, omo outrossim fazer-se menção dos risos que este quer segurar e o dador exetuara, ou qual o valor desoberto sobre que é permitido o seguro (artigo 650). Além desta delaração é neessário menionar também na apólie a ausa da dívida para que serviu o dinheiro. Art Tendo-se efetuado sem fraude diversos seguros sobre o mesmo objeto, prevaleerá o mais antigo na data da apólie. Os seguradores ujas apólies forem posteriores são obrigados a restituir o prêmio reebido, retendo por indenização meio por ento do valor segurado. Art Em todos os asos em que o seguro se anular por fato que não resulte diretamente de força maior, o segurador adquire o prêmio por inteiro, se o objeto do seguro se tiver posto em riso; e se não se tiver posto em riso, retém meio por ento do valor segurado. Anulando-se, porém, algum seguro por viagem redonda om prêmio ligado, o segurador adquire metade (tão-somente) do prêmio ajustado. CAPÍTULO II DAS COISAS QUE PODEM SER OBJETO DE SEGURO MARÍTIMO Art Toda e qualquer oisa, todo e qualquer interesse apreiável a dinheiro, que tenha sido posto ou deva pôr-se a riso de mar, pode ser objeto de seguro marítimo, não havendo proibição em ontrário. Art É proibido o seguro: 1. sobre oisas, ujo omério não seja líito pelas leis do Império, e sobre os navios naionais ou estrangeiros que nesse omério se empregarem; 2. sobre a vida de alguma pessoa livre; 3. sobre soldadas a vener de qualquer indivíduo da tripulação. Art O segurador pode ressegurar por outros seguradores os mesmos objetos que ele tiver segurado, om as mesmas ou diferentes ondições, e por igual, maior ou menor prêmio. O segurado pode tornar a segurar, quando o segurador fiar insolvente, antes da notíia da terminação do riso, pedindo em juízo anulação da primeira apólie; e se a esse tempo existir riso pelo qual seja devida alguma indenização ao segurado, entrará este pela sua importânia na massa do segurador falido. Art Não se delarando na apólie de seguro de dinheiro a riso, se o seguro ompreende o apital e o prêmio, entende-se que ompreende só o apital, o qual, no aso de sinistro, será indenizado pela forma determinada no artigo 647. Art Pode segurar-se o navio, seu frete e fazendas na mesma apólie, mas neste aso há de determinar-se o valor de ada objeto distintamente; faltando esta espeifiação, o seguro fiará reduzido ao objeto definido na apólie somente. 15

16 Art Delarando-se generiamente na apólie, que se segura o navio sem outra alguma espeifiação, entende-se que o seguro ompreende o aso e todos os pertenes da embaração, aprestos, aparelhos, mastreação e velame, lanhas, esaleres, botes, utensílios e vitualhas ou provisões; mas em nenhum aso os fretes nem o arregamento, ainda que este seja por onta do apitão, dono, ou armador do navio. Art As apólies de seguro por ida e volta obrem os risos seguros que sobrevierem durante as estadias intermédias, ainda que esta láusula seja omissa na apólie. CAPÍTULO III DA AVALIAÇÃO DOS OBJETOS SEGUROS Art O valor do objeto do seguro deve ser delarado na apólie em quantia erta, sempre que o segurado tiver dele onheimento exato. No seguro de navio, esta delaração é essenialmente neessária, e faltando ela o seguro julga-se improedente. Nos seguros sobre fazendas, não tendo o segurado onheimento exato do seu verdadeiro importe, basta que o valor se delare por estimativa. Arts. 672, 700, 701 e 780 deste Código. Art O valor delarado na apólie, quer tenha a láusula valha mais ou valha menos, quer a não tenha, será onsiderado em juízo omo ajustado e admitido entre as partes para todos os efeitos do seguro. Contudo, se o segurador alegar que a oisa segura valia ao tempo do ontrato um quarto menos, ou daí para ima, do preço em que o segurado a estimou, será admitido a relamar a avaliação; inumbindolhe justifiar a relamação pelos meios de prova admissíveis em omério. Para este fim, e em ajuda de outras provas, poderá o segurador obrigar o segurado à exibição dos doumentos ou das razões em que se fundara para o álulo da avaliação que dera na apólie; e se presumirá ter havido dolo da parte do segurado se ele se negar a esta exibição. Art Não se tendo delarado na apólie o valor erto do seguro sobre fazenda, será este determinado pelo preço da ompra das mesmas fazendas, aumentado om as despesas que estas tiverem feito até o embarque, e mais o prêmio do seguro e a omissão de se efetuar, quando esta se tiver pago; por forma que, no aso de perda total, o segurado seja embolsado de todo o valor posto a riso. Na apólie de seguro sobre fretes sem valor fixo, será este determinado pela arta de fretamento, ou pelos onheimentos, e pelo manifesto, ou livro da arga, umulativamente em ambos os asos. Art O valor do seguro sobre dinheiro a riso prova-se pelo ontrato original, e o do seguro sobre despesas feitas om o navio ou arga durante a viagem (artigos 515 e 651) om as respetivas ontas ompetentemente legalizadas. Art. 633 deste Código. Art O valor de meradorias provenientes de fábrias, lavras ou fazendas do segurado, que não for determinado na apólie, será avaliado pelo preço que outras tais meradorias poderiam obter no lugar do desembarque, sendo aí vendidas, aumentado na forma do artigo 694. Art As fazendas adquiridas por troa estimam-se pelo preço que poderiam obter no merado do lugar da desarga aquelas que por elas se troaram, aumentado na forma do artigo 694. Art A avaliação em seguros feitos sobre moeda estrangeira faz-se, reduzindo-se esta ao valor da moeda orrente no Império pelo urso que o âmbio tinha na data da apólie. Art O segurador em nenhum aso pode obrigar o segurado a vender os objetos do seguro para determinar o seu valor. Art Sempre que se provar que o segurado proedeu om fraude na delaração do valor delarado na apólie, ou na que posteriormente se fizer no aso de se não ter feito no ato do ontrato (artigos 692 e 694), o juiz, reduzindo a estimação do objeto segurado ao seu verdadeiro valor, ondenará o segurado a pagar ao segurador o dobro do prêmio estipulado. Art A láusula inserta na apólie valha mais ou valha menos não releva o segurado da ondenação por fraude; nem pode ser valiosa sempre que se provar que o objeto seguro valia menos de um quarto que o preço fixado na apólie (artigos 692 e 693). CAPÍTULO IV DO COMEÇO E FIM DOS RISCOS Art Não onstando da apólie do seguro o tempo em que os risos devem omeçar e aabar, os risos de seguro sobre navio prinipiam a orrer por onta do segurador desde o momento em que a embaração suspende a sua primeira ânora para velejar, e terminam depois que tem dado fundo e amarrado dentro do porto do seu destino, no lugar que aí for designado para desarregar, se levar arga, ou no lugar em que der fundo e amarrar, indo em lastro. Art Segurando-se o navio por ida e volta, ou por mais de uma viagem, os risos orrem sem interrupção por onta do segurador, desde o omeço da primeira viagem até o fim da última (artigo 691). Art No seguro de navios por estadia em algum porto, os risos omeçam a orrer desde que o navio dá fundo e se amarra no mesmo porto, e findam desde o momento em que suspende a sua primeira ânora para seguir viagem. Art Sendo o seguro sobre meradorias, os risos têm prinípio desde o momento em que elas se omeçam a embarar nos ais ou à borda d água do lugar da arga, e só terminam depois que são postas a salvo no lugar da desarga; ainda mesmo no aso do apitão ser obrigado a desarregá-las em algum porto de esala, ou de arribada forçada. Art Fazendo-se seguro sobre fazendas a transportar alternadamente por mar e terra, rios ou anais, em navios, baros, arros ou animais, os risos omeçam logo que os efeitos são entregues no lugar onde devem ser arregados, e só expiram quando são desarregados a salvamento no lugar do destino. Art Os risos de seguro sobre frete têm o seu omeço desde o momento e à medida que são reebidas a bordo as fazendas que pagam frete; e aabam logo que saem para fora do portaló do navio, e à proporção que vão saindo; salvo se por ajuste ou por uso do porto o navio for obrigado a reeber a arga à beira d água, e pô-la em terra por sua onta. O riso do frete, neste aso, aompanha o riso das meradorias. Art A fortuna das somas mutuadas a riso prinipia e aaba para os seguradores na mesma époa, e pela mesma forma que orre para o dador do dinheiro a riso; no aso, porém, de se não ter feito no instrumento do ontrato a riso menção espeífia dos risos tomados, ou se não houver estipulado o tempo, entende-se que os seguradores tomaram sobre si todos os risos, e pelo mesmo tempo que geralmente ostumam reeber os dadores de dinheiro a riso. 16

17 Art No seguro de luro esperado, os risos aompanham a sorte das fazendas respetivas. CAPÍTULO V DAS OBRIGAÇÕES RECÍPROCAS DO SEGURADOR E DO SEGURADO Art São a argo do segurador todas as perdas e danos que sobrevierem ao objeto seguro por algum dos risos espeifiados na apólie. Art O segurador não responde por dano ou avaria que aonteça por fato do segurado, ou por alguma das ausas seguintes: 1. desviação voluntária da derrota ordinária e usual da viagem; 2. alteração voluntária na ordem das esalas designadas na apólie; salvo a exeção estabeleida no artigo 680; 3. prolongação voluntária da viagem, além do último porto atermado na apólie. Enurtando-se a viagem, o seguro surte pleno efeito, se o porto onde ela findar for de esala delarada na apólie; sem que o segurado tenha direito para exigir redução do prêmio estipulado; 4. separação espontânea de omboio, ou de outro navio armado, tendo-se estipulado na apólie de ir em onserva dele; 5. diminuição e derramamento de líquido (artigo 624); 6. falta de estiva, ou defeituosa arrumação da arga; 7. diminuição natural de gêneros, que por sua qualidade são susetíveis de dissolução, diminuição ou quebra em peso ou medida entre o seu embarque e o desembarque; salvo tendo estado enalhado o navio, ou tendo sido desarregadas essas fazendas por oasião de força maior; devendo-se, em tais asos, fazer dedução da diminuição ordinária que ostuma haver em gêneros de semelhante natureza (artigo 617); 8. quando a mesma diminuição natural aonteer em ereais, açúar, afé, farinhas, tabao, arroz, queijos, frutas seas ou verdes, livros ou papel e outros gêneros de semelhante natureza, se a avaria não exeder a dez por ento do valor seguro; salvo se a embaração tiver estado enalhada, ou as mesmas fazendas tiverem sido desarregadas por motivo de força maior, ou o ontrário se houver estipulado na apólie; 9. danifiação de amarras, mastreação, velame ou outro qualquer pertene do navio, proedida do uso ordinário do seu destino; 10. víio intrínseo, má qualidade, ou mau aondiionamento do objeto seguro; 11. avaria simples ou partiular, que, inluída a despesa de doumentos justifiativos, não exeda de três por ento do valor segurado; 12. rebeldia do apitão ou da equipagem; salvo havendo estipulação em ontrário delarada na apólie. Esta estipulação é nula sendo o seguro feito pelo apitão, por onta dele ou alheia, ou por tereiro por onta do apitão. Art Todo e qualquer ato por sua natureza riminoso pratiado pelo apitão no exeríio do seu emprego, ou pela tripulação, ou por um e outra onjuntamente, do qual aonteça dano grave ao navio ou à arga, em oposição à presumida vontade legal do dono do navio, é rebeldia. Art O segurador que toma o riso de rebeldia responde pela perda ou dano proedente do ato de rebeldia do apitão ou da equipagem, ou seja por onseqüênia imediata, ou ainda asualmente, uma vez que a perda ou dano tenha aonteido dentro do tempo dos risos tomados, e na viagem e portos da apólie. Art A láusula livre de avaria desobriga os seguradores das avarias simples ou partiulares; a láusula livre de todas as avarias desonera-os também das grossas. Nenhuma destas láusulas, porém, os isenta nos asos em que tiver lugar o abandono. Arts. 753 a 760 deste Código. Art Nos seguros feitos om a láusula livre de hostilidade o segurador é livre, se os efeitos segurados pereem ou se deterioram por efeito de hostilidade. O seguro, neste aso, essa desde que foi retardada a viagem, ou mudada a derrota por ausa das hostilidades. Art Contendo o seguro sobre fazendas a láusula arregadas em um ou mais navios, o seguro surte todos os efeitos, provando-se que as fazendas seguras foram arregadas por inteiro em um só navio, ou por partes em diversas embarações. Art Sendo neessário baldear-se a arga, depois de omeçada a viagem, para embaração diferente da que tiver sido designada na apólie, por inavegabilidade ou força maior, os risos ontinuam a orrer por onta do segurador até o navio substituído hegar ao porto do destino, ainda mesmo que tal navio seja de diversa bandeira, não sendo esta inimiga. Art. 393 do Código Civil. Art Ainda que o segurador não responda pelos danos que resultam ao navio por falta de exata observânia das leis e regulamentos das Alfândegas e políia dos portos (artigo 530), esta falta não o desonera de responder pelos que daí sobrevierem à arga. Art O segurado deve sem demora partiipar ao segurador, e, havendo mais de um, somente ao primeiro na ordem da subsrição, todas as notíias que reeber de qualquer sinistro aonteido ao navio ou à arga. A omissão ulposa do segurado a este respeito, pode ser qualifiada de presunção de má-fé. Art. 771 do Código Civil. Art Se passado um ano a datar da saída do navio nas viagens para qualquer porto da Améria, ou dois anos para outro qualquer porto do mundo, e, tendo expirado o tempo limitado na apólie, não houver notíia alguma do navio, presume-se este perdido, e o segurado pode fazer abandono ao segurador, e exigir o pagamento da apólie; o qual, todavia, será obrigado a restituir, se o navio se não houver perdido e se vier a provar que o sinistro aonteeu depois de ter expirado o termo dos risos. Art Nos asos de naufrágio ou varação, presa ou arresto de inimigo, o segurado é obrigado a empregar toda a diligênia possível para salvar ou relamar os objetos seguros, sem que para tais atos se faça neessária a prouração do segurador, do qual pode o segurado exigir o adiantamento do dinheiro preiso para a relamação intentada ou que se possa intentar, sem que o mau suesso desta prejudique ao embolso do segurado pelas despesas oorridas. Art Quando o segurado não pode fazer por si as devidas relamações, por deverem ter lugar fora do Império, ou do seu domiílio, deve nomear para esse fim ompetente mandatário, avisando desta nomeação ao segurador (artigo 719). Feita a nomeação e o aviso, essa toda a sua responsabilidade, nem responde pelos atos do seu mandatário; fiando uniamente obrigado a fazer essão ao segurador das ações que ompetirem, sempre que este o exigir. Art O segurado, no aso de presa ou arresto de inimigo, só está obrigado a seguir os termos da relamação até a promulgação da sentença da primeira instânia. Art Nos asos dos três artigos preedentes, o segurado é obrigado a obrar de aordo om os seguradores. Não havendo tempo para os onsultar, obrará omo melhor entender, orrendo as despesas por onta dos mesmos seguradores. Em aso de abandono admitido pelos seguradores, ou destes tomarem sobre si as diligênias dos salvados ou das relamações, essam todas as sobreditas obrigações do apitão e do segurado. 17

18 Art O julgamento de um tribunal estrangeiro, ainda que baseado pareça em fundamentos manifestamente injustos, ou fatos notoriamente falsos ou desfigurados, não desonera o segurador, mostrando o segurado que empregou os meios ao seu alane, e produziu as provas que lhe era possível prestar para prevenir a injustiça do julgamento. Art Os objetos segurados que forem restituídos gratuitamente pelos apresadores voltam ao domínio de seus donos, ainda que a restituição tenha sido feita a favor do apitão ou de qualquer outra pessoa. Art Todo o ajuste que se fizer om os apresadores no alto-mar para resgatar a oisa segura é nulo; salvo havendo para isso autorização por esrito na apólie. Art Pagando o segurador um dano aonteido à oisa segura, fiará sub-rogado em todos os direitos e ações que ao segurado ompetirem ontra tereiro; e o segurado não pode pratiar ato algum em prejuízo do direito adquirido dos seguradores. Súmulas n os 188 e 257 do STF. Art O prêmio do seguro é devido por inteiro, sempre que o segurado reeber a indenização do sinistro. Art O segurador é obrigado a pagar ao segurado as indenizações a que tiver direito, dentro de quinze dias da apresentação da onta, instruída om os doumentos respetivos; salvo se o prazo do pagamento tiver sido estipulado na apólie. Arts. 731 a 739. Revogados. Lei nº 7.542, de TÍTULO IX DO NAUFRÁGIO E SALVADOS TÍTULO X DAS ARRIBADAS FORÇADAS A arribada forçada é disiplinada nos arts. 772 a 775 do Código de Proesso Civil de 1939, preservados pelo estatuto proessual vigente. Art Quando um navio entra por neessidade em algum porto ou lugar distinto dos determinados na viagem a que se propusera, diz-se que fez arribada forçada (artigo 510). Art São ausas justas para arribada forçada: 1. falta de víveres ou aguada; 2. qualquer aidente aonteido à equipagem, arga ou navio, que impossibilite este de ontinuar a navegar; 3. temor fundado de inimigo ou pirata. Art Todavia, não será justifiada a arribada: 1. se a falta de víveres ou de aguada proeder de não haver-se feito a provisão neessária segundo o ostume e uso da navegação, ou de haver-se perdido e estragado por má arrumação ou desuido, ou porque o apitão vendesse alguma parte dos mesmos víveres ou aguada; 2. nasendo a inavegabilidade do navio de mau onserto, de falta de aperebimento ou esquipação, ou de má arrumação da arga; 3. se o temor de inimigo ou pirata não for fundado em fatos positivos que não deixem dúvida. Art Dentro das primeiras vinte e quatro horas úteis da entrada no porto de arribada, deve o apitão apresentar-se à autoridade ompetente para lhe tomar o protesto da arribada, que justifiará perante a mesma autoridade (artigos 505 e 512). Art As despesas oasionadas pela arribada forçada orrem por onta do fretador ou do afretador, ou de ambos, segundo for a ausa que as motivou, om direito regressivo ontra quem pertener. Art Sendo a arribada justifiada, nem o dono do navio nem o apitão respondem pelos prejuízos que puderem resultar à arga; se, porém, não for justifiada, um e outro serão responsáveis solidariamente até a onorrênia do valor do navio e frete. Arts. 275 a 285 do Código Civil. Art Só pode autorizar-se desarga no porto de arribada, sendo indispensavelmente neessária para onserto no navio, ou reparo de avaria da arga (artigo 614). O apitão, neste aso, é responsável pela boa guarda e onservação dos efeitos desarregados; salvo uniamente os asos de força maior, ou de tal natureza que não possam ser prevenidos. A desarga será reputada legal em juízo quando tiver sido autorizada pelo juiz de direito do omério. Nos países estrangeiros ompete aos ônsules do Império dar a autorização neessária, e onde os não houver será requerida à autoridade loal ompetente. Art A arga avariada será reparada ou vendida, omo pareer mais onveniente; mas em todo o aso deve preeder autorização ompetente. Art O apitão não pode, debaixo de pretexto algum, diferir a partida do porto da arribada desde que essa o motivo dela; pena de responder por perdas e danos resultantes da dilação voluntária (artigo 510). TÍTULO XI DO DANO CAUSADO POR ABALROAÇÃO Art Sendo um navio abalroado por outro, o dano inteiro ausado ao navio abalroado e à sua arga será pago por aquele que tiver ausado a abalroação, se esta tiver aonteido por falta de observânia do regulamento do porto, imperíia, ou negligênia do apitão ou da tripulação; fazendo-se a estimação por árbitros. Art Todos os asos de abalroação serão deididos, na menor dilação possível, por peritos, que julgarão qual dos navios foi o ausador do dano, onformando-se om as disposições do regulamento do porto, e os usos e prátia do lugar. No aso dos árbitros delararem que não podem julgar om segurança qual navio foi ulpado, sofrerá ada um o dano que tiver reebido. Art Se, aonteendo a abalroação no alto-mar, o navio abalroado for obrigado a prourar porto de arribada para poder onsertar, e se perder nessa derrota, a perda do navio presume-se ausada pela abalroação. Art Todas as perdas resultantes de abalroação pertenem à lasse de avarias partiulares ou simples; exetua-se o únio aso em que o navio, para evitar dano maior de uma abalroação iminente, pia as suas amarras, e abalroa a outro para sua própria salvação (artigo 764). Os danos que o navio ou a arga, neste aso, sofre, são repartidos pelo navio, frete e arga por avaria grossa. TÍTULO XII DO ABANDONO Art É líito ao segurado fazer abandono dos objetos seguros, e pedir ao segurador a indenização de perda total nos seguintes asos: 1. presa ou arresto por ordem de potênia estrangeira, seis meses depois de sua intimação, se o arresto durar por mais deste tempo; 2. naufrágio, varação, ou outro qualquer sinistro de mar ompreendido na apólie, de que resulte não poder o navio navegar, ou ujo onserto importe em três quartos ou mais do valor por que o navio foi segurado; 3. perda total do objeto seguro, ou deterioração que importe pelo menos três quartos do valor da oisa segurada (artigos 759 e 777); 18

19 4. falta de notíia do navio sobre que se fez o seguro, ou em que se embararam os efeitos seguros (artigo 720). Art O segurado não é obrigado a fazer abandono; mas se o não fizer nos asos em que este Código o permite, não poderá exigir do segurador indenização maior do que teria direito a pedir se houvera aonteido perda total; exeto nos asos de letra de âmbio passada pelo apitão (artigo 515), de naufrágio, relamação de presa, ou arresto de inimigo, e de abalroação. Art O abandono só é admissível quando as perdas aonteem depois de omeçada a viagem. Não pode ser parial, deve ompreender todos os objetos ontidos na apólie. Todavia, se na mesma apólie se tiver segurado o navio e a arga, pode ter lugar o abandono de ada um dos dois objetos separadamente (artigo 689). Art Não é admissível o abandono por título de inavegabilidade, se o navio, sendo onsertado, pode ser posto em estado de ontinuar a viagem até o lugar do destino; salvo se à vista das avaliações legais, a que se deve proeder, se vier no onheimento de que as despesas do onserto exederiam pelo menos a três quartos do preço estimado na apólie. Art No aso de inavegabilidade do navio, se o apitão, arregadores, ou pessoa que os represente não puderem fretar outro para transportar a arga ao seu destino dentro de sessenta dias depois de julgada a inavegabilidade (artigo 614), o segurado pode fazer abandono. Art Quando nos asos de presa onstar que o navio foi retomado antes de intimado o abandono, não é este admissível; salvo se o dano sofrido por ausa da presa, e a despesa om o prêmio da retomada, ou salvagem importa em três quartos, pelo menos, do valor segurado, ou se em onseqüênia da represa os efeitos seguros tiverem passado a domínio de tereiro. Art O abandono do navio ompreende os fretes das meradorias que se puderem salvar, os quais serão onsiderados omo pertenentes aos seguradores; salva a preferênia que sobre os mesmos possa ompetir à equipagem por suas soldadas venidas na viagem (artigo 564), e a outros quaisquer redores privilegiados (artigo 738). Art Se os fretes se aharem seguros, os que forem devidos pelas meradorias salvas, pertenerão aos seguradores dos mesmos fretes, deduzidas as despesas dos salvados, e as soldadas devidas à tripulação pela viagem (artigo 559). CAPÍTULO I TÍTULO XIII DAS AVARIAS DA NATUREZA E CLASSIFICAÇÃO DAS AVARIAS Art Todas as despesas extraordinárias feitas a bem do navio ou da arga, onjunta ou separadamente, e todos os danos aonteidos àquele ou a esta, desde o embarque e partida até a sua volta e desembarque, são reputadas avarias. Arts. 765 a 768 do Código de Proesso Civil de 1939 sobre avarias, mantidos pelo Código de Proesso Civil de 1973, em vigor. Art Não havendo entre as partes onvenção espeial exarada na arta-partida ou no onheimento, as avarias hão de qualifiar-se, e regular-se pelas disposições deste Código. Art As avarias são de duas espéies: avarias grossas ou omuns, e avarias simples ou partiulares. A importânia das primeiras é repartida proporionalmente entre o navio, seu frete e a arga; e a das segundas é suportada, ou só pelo navio, ou só pela oisa que sofreu o dano ou deu ausa à despesa. Art São avarias grossas: 1. tudo o que se dá ao inimigo, orsário ou pirata por omposição ou a título de resgate do navio e fazendas, onjunta ou separadamente; 2. as oisas alijadas para salvação omum; 3. os abos, mastros, velas e outros quaisquer aparelhos deliberadamente ortados, ou partidos por força de vela para salvação do navio e arga; 4. as ânoras, amarras e quaisquer outras oisas abandonadas para salvamento ou benefíio omum; 5. os danos ausados pelo alijamento às fazendas restantes a bordo; 6. os danos feitos deliberadamente ao navio para failitar a evauação d água e os danos aonteidos por esta oasião à arga; 7. o tratamento, urativo, sustento e indenizações da gente da tripulação ferida ou mutilada defendendo o navio; 8. a indenização ou resgate da gente da tripulação mandada ao mar ou à terra em serviço do navio e da arga, e nessa oasião aprisionada ou retida; 9. as soldadas e sustento da tripulação durante arribada forçada; 10. os direitos de pilotagem, e outros de entrada e saída num porto de arribada forçada; 11. os aluguéis de armazéns em que se depositem, em porto de arribada forçada, as fazendas que não puderem ontinuar a bordo durante o onserto do navio; 12. as despesas da relamação do navio e arga feitas onjuntamente pelo apitão numa só instânia, e o sustento e soldadas da gente da tripulação durante a mesma relamação, uma vez que o navio e arga sejam relaxados e restituídos; 13. os gastos de desarga, e salários para aliviar o navio e entrar numa barra ou porto, quando o navio é obrigado a fazê-lo por borrasa, ou perseguição de inimigo, e os danos aonteidos às fazendas pela desarga e rearga do navio em perigo; 14. os danos aonteidos ao orpo e quilha do navio, que premeditadamente se faz varar para prevenir perda total, ou presa do inimigo; 15. as despesas feitas para pôr a nado o navio enalhado, e toda a reompensa por serviços extraordinários feitos para prevenir a sua perda total, ou presa; 16. as perdas ou danos sobrevindos às fazendas arregadas em baras ou lanhas, em onseqüênia de perigo; 17. as soldadas e sustento da tripulação, se o navio depois da viagem omeçada é obrigado a suspendê-la por ordem de potênia estrangeira, ou por superveniênia de guerra; e isto por todo o tempo que o navio e arga forem impedidos; 18. o prêmio do empréstimo a riso, tomado para fazer fae a despesas que devam entrar na regra de avaria grossa; 19. o prêmio do seguro das despesas de avaria grossa, e as perdas sofridas na venda da parte da arga no porto de arribada forçada para fazer fae às mesmas despesas; 20. as ustas judiiais para regular as avarias, e fazer a repartição das avarias grossas; 21. as despesas de uma quarentena extraordinária. E, em geral, os danos ausados deliberadamente em aso de perigo ou desastre imprevisto, e sofridos omo onseqüênia imediata destes eventos, bem omo as despesas feitas em iguais irunstânias, depois de deliberações motivadas (artigo 509), em bem e salvamento omum do navio e meradorias, desde a sua arga e partida até o seu retorno e desarga. Art Não serão reputadas avarias grossas, posto que feitas voluntariamente e por deliberações motivadas para o bem do navio e arga, as despesas ausadas por víio interno do navio, ou por falta ou negligênia do apitão ou da gente da tripulação. Todas estas despesas são a argo do apitão ou do navio (artigo 565). Art São avarias simples e partiulares: 19

20 1. o dano aonteido às fazendas por borrasa, presa, naufrágio, ou enalhe fortuito, durante a viagem, e as despesas feitas para as salvar; 2. a perda de abos, amarras, ânoras, velas e mastros, ausada por borrasa ou outro aidente do mar; 3. as despesas de relamação, sendo o navio e fazendas relamadas separadamente; 4. o onserto partiular de vasilhas, e as despesas feitas para onservar os efeitos avariados; 5. o aumento de frete e despesa de arga e desarga; quando delarado o navio inavegável, as fazendas são levadas ao lugar do destino por um ou mais navios (artigo 614). Em geral, as despesas feitas e o dano sofrido só pelo navio, ou só pela arga, durante o tempo dos risos. Art Se em razão de baixios ou banos de areia onheidos o navio não puder dar à vela do lugar da partida om a arga inteira, nem hegar ao lugar do destino sem desarregar parte da arga em baras, as despesas feitas para aligeirar o navio não são reputadas avarias, e orrem por onta do navio somente, não havendo na arta-partida ou nos onheimentos estipulação em ontrário. Art Não são igualmente reputadas avarias, mas simples despesas a argo do navio, as despesas de pilotagem da osta e barras, e outras feitas por entrada e saída de abras ou rios; nem os direitos de lienças, visitas, tonelagem, maras, anoragem, e outros impostos de navegação. Art Quando for indispensável lançar-se ao mar alguma parte da arga, deve omeçar-se pelas meradorias e efeitos que estiverem em ima do onvés; depois serão alijadas as mais pesadas e de menos valor, e dada igualdade, as que estiverem na oberta e mais à mão; fazendo-se toda a diligênia possível para tomar nota das maras e números dos volumes alijados. Art Em seguimento da ata da deliberação que se houver tomado para o alijamento (artigo 509) se fará delaração bem espeifiada das fazendas lançadas ao mar; e se pelo ato do alijamento algum dano tiver resultado ao navio ou à arga remanesente, se fará também menção deste aidente. Art As danifiações que sofrerem as fazendas postas a bordo de baros para a sua ondução ordinária, ou para aligeirar o navio em aso de perigo, serão reguladas pelas disposições estabeleidas neste Capítulo que lhes forem apliáveis, segundo as diversas ausas de que o dano resultar. CAPÍTULO II DA LIQUIDAÇÃO, REPARTIÇÃO E CONTRIBUIÇÃO DA AVARIA GROSSA Art Para que o dano sofrido pelo navio ou arga possa onsiderar-se avaria a argo do segurador, é neessário que ele seja examinado por dois arbitradores peritos que delarem: 1. de que proedeu o dano; 2. a parte da arga que se aha avariada, e por que ausa, indiando as suas maras, números ou volumes; 3. tratando-se do navio ou dos seus pertenes, quanto valem os objetos avariados, e em quanto poderá importar o seu onserto ou reposição. Todas estas diligênias, exames e vistorias serão determinadas pelo Juiz de Direito do respetivo distrito, e pratiadas om itação dos interessados, por si ou seus prouradores; podendo o juiz, no aso de ausênia das partes, nomear de ofíio pessoa inteligente e idônea que as represente (artigo 618). As diligênias, exames e vistorias sobre o aso do navio e seus pertenes devem ser pratiadas antes de dar-se prinípio ao seu onserto, nos asos em que este possa ter lugar. Art Os efeitos avariados serão sempre vendidos em públio leilão a quem mais der, e pagos no ato da arrematação; e o mesmo se pratiará om o navio, quando ele tenha de ser vendido segundo as disposições deste Código; em tais asos o juiz, se assim lhe pareer onveniente, ou se algum interessado o requerer, poderá determinar que o aso e ada um dos seus pertenes se venda separadamente. Art A estimação do preço para o álulo da avaria será feita sobre a diferença entre o respetivo rendimento bruto das fazendas sãs e o das avariadas, vendidas a dinheiro no tempo da entrega; e em nenhum aso pelo seu rendimento líquido, nem por aquele que, demorada a venda ou sendo a prazo, poderiam vir a obter. Art Se o dono ou onsignatário não quiser vender a parte das meradorias sãs, não pode ser ompelido; e o preço para o álulo será em tal aso o orrente que as mesmas fazendas, se vendidas fossem ao tempo da entrega, poderiam obter no merado, ertifiado pelos preços orrentes do lugar, ou, na falta destes, atestado, debaixo de juramento por dois omeriantes areditados de fazendas do mesmo gênero. Art O segurador não é obrigado a pagar mais de dois terços do usto do onserto das avarias que tiverem aonteido ao navio segurado por fortuna do mar, ontanto que o navio fosse estimado na apólie por seu verdadeiro valor, e os onsertos não exedam de três quartos desse valor no dizer de arbitradores expertos. Julgando estes, porém, que pelos onsertos o valor real do navio se aumentaria além do terço da soma que ustariam, o segurador pagará as despesas, abatido o exedente valor do navio. Art Exedendo as despesas a três quartos do valor do navio, julga-se este delarado inavegável a respeito dos seguradores; os quais, neste aso, serão obrigados, não tendo havido abandono, a pagar a soma segurada, abatendo-se nesta o valor do navio danifiado ou dos seus fragmentos, segundo o dizer de arbitradores expertos. Art Tratando-se de avaria partiular das meradorias, e ahando-se estas estimadas na apólie por valor erto, o álulo do dano será feito sobre o preço que as meradorias avariadas alançarem no porto da entrega e o da venda das não avariadas no mesmo lugar e tempo, sendo de igual espéie e qualidade, ou se todas hegaram avariadas, sobre o preço que outras semelhantes não avariadas alançaram ou poderiam alançar; e a diferença, tomada a proporção entre umas e outras, será a soma devida ao segurado. Art Se o valor das meradorias se não tiver fixado na apólie, a regra para ahar-se a soma devida será a mesma do artigo preedente, ontanto que primeiro se determine o valor das meradorias não avariadas; o que se fará aresentando às importânias das faturas originais as despesas subseqüentes (artigo 694). E tomada a diferença proporional entre o preço por que se venderam as não avariadas e as avariadas, se apliará a proporção relativa à parte das fazendas avariadas pelo seu primeiro usto e despesas. Art Contendo a apólie a láusula de pagar-se avaria por maras, volumes, aixas, saas ou espéies, ada uma das partes designadas será onsiderada omo um seguro separado para a forma da liquidação das avarias, ainda que essa parte se ahe englobada no valor total do seguro (artigos 689 e 692). Art Qualquer parte da arga, sendo objeto susetível de avaliação separada, que se pera totalmente, ou que por algum dos risos obertos pela respetiva apólie fique tão danifiada que não valha oisa alguma, será indenizada pelo segurador om perda total, ainda que relativamente ao todo ou à arga segura seja parial, e o valor da parte perdida ou destruída pelo dano se ahe inluído, ainda que indistintamente, no total do seguro. 20

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