LUCIANA VIEIRA MAGALHÃES UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE TRABALHO PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA APÓS A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "LUCIANA VIEIRA MAGALHÃES UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE TRABALHO PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA APÓS A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988"

Transcrição

1 0 LUCIANA VIEIRA MAGALHÃES UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE TRABALHO PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA APÓS A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988 GOIÂNIA-GO 2012

2 1 LUCIANA VIEIRA MAGALHÃES UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE TRABALHO PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA APÓS A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988 Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás, como pré-requisito parcial para a obtenção do título de Mestra em Sociologia. Orientadora: Prof(a) Dr(a). Eliane Gonçalves. GOIÂNIA-GO 2012

3 2 MAGALHÃES, L.V. UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE TRABALHO PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA APÓS A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás, como pré-requisito parcial para a obtenção do título de mestra em sociologia. BANCA EXAMINADORA Prof(a) Dr(a) Eliane Gonçalves [orientadora]. Prof. Dr. Jordão Horta Nunes [convidado interno] Prof(a) Dr(a) Berlindes Astrid Küchemann [convidada externa] GOIÂNIA (GO)

4 3 DEDICATÓRIA A Deus, com profunda gratidão por tudo... Especialmente ao papai, Sr. Manoel Alves Magalhães (in memorian), pelos exemplos de trabalho e dedicação, e à mamãe, Maria Vieira Magalhães, pelo amor e apoio. À minha família querida, pelo estímulo de todas as horas.

5 4 AGRADECIMENTOS Ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia (UFG), pela inesquecível experiência acadêmica proporcionada. À Professora Doutora Eliane Gonçalves, orientadora, cujas críticas e sugestões, sempre estimulantes e com um bom senso mesclado em energia e suavidade, que enriqueceram sobremaneira esta dissertação, meus sinceros agradecimentos, carinho e respeito, pela compreensão de minhas limitações, pela sabedoria e elegância em me conduzir não só nesta composição, mas em descobertas preciosas sobre minha relação com a encantadora área das pessoas com deficiência, sobre as relações de poder da academia, e sobre mim. Aos docentes do Programa pela orientação, exemplo de dedicação à educação e, principalmente, por facultar a construção do conhecimento que tornou possível a realização deste trabalho. Um especial agradecimento ao senhor Adelson Alves Silva, homem simples e com bela história de liderança na defesa de direitos das pessoas com deficiência, cuja competência, e sensibilidade, sabedoria e humildade sempre foram dignos de exemplo em meu trabalho. Aos meus colegas de mestrado, pelo companheirismo e momentos agradáveis vividos durante esses anos de intensa vida acadêmica. À Daisy Caetano, secretária da Pós-Graduação que me acompanha desde a graduação em ciências sociais, profissional eficiente, que sempre me estimulou no mestrado. À minha Família, pela presença feliz em minha vida e constante incentivo. Finalmente, agradeço a Deus, fonte da minha força, pela graça de mais uma vitória.

6 5 É mais fácil ensinar um aleijado a desempenhar uma tarefa útil do que sustentá-lo como indigente. (Aristóteles, 322 a.c.)

7 6 RESUMO MAGALHÃES, L.V. UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE TRABALHO PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA APÓS A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE Faculdade de Ciências Sociais. Universidade Federal de Goiás Dissertação (mestrado em sociologia).. Nesta dissertação apresento os resultados da pesquisa sobre a oferta de trabalho para as pessoas com deficiência (PCDs) no período compreendido entre a promulgação da Constituição Brasileira de 1988 a 2010, analisando mudanças e permanências no que tange à empregabilidade dessas pessoas no mercado de trabalho. Analiso historicamente como foi possível o enfrentamento de obstáculos resultantes do preconceito e estigmas culturais imputados a essa parcela da sociedade brasileira, que no censo demográfico de 2000 correspondia a 14,5% da população total. Inspirada nas perspectivas teóricas de Pierre Bourdieu ( ) e Erving Goffman ( ) utilizo os conceitos de habitus, campo e violência simbólica de Bourdieu, e o conceito de estigma de Goffman, em diálogo com outras teorias sociais contemporâneas, buscando compreender a problemática nos âmbitos formal, legal e estrutural. Palavras-chave: pessoa com deficiência; trabalho; inclusão social.

8 7 ABSTRACT MAGALHÃES, L.V. A LOOK ON THE LABOUR SUPPLY FOR PEOPLE WITH DISABILITIES AFTER THE BRAZILIAN CONSTITUTION OF Faculdade de Ciências Sociais. Universidade Federal de Goiás Dissertação (mestrado em sociologia). In this thesis I present the results of research on labor supply for people with disabilities in the period between the enactment of the Brazilian Constitution from 1988 to 2010, analyzing changes and continuities regarding the employability of these people into work. I analyze historically how it was possible to cope with obstacles of prejudice and cultural stigmas allocated to that portion of society, that the 2000 census accounted for 14.5% of the total population. Inspired by the theoretical perspective of Pierre Bourdieu ( ) and Erving Goffman ( ) I use the concepts of habitus, field and symbolic violence from Bourdieu and the concept of stigma from Goffman, in dialogue with other contemporary social theories, trying to understand the question in formal, legal and structural areas. Key-words: person with disability; work; social inclusion.

9 8 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais BPC - Benefício de Prestação Continuada. CAP - Centro de Apoio Pedagógico para Pessoas com Deficiência Visual. CAPD - Coordenação de Atenção à Pessoa com Deficiência. CAS - Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez CEID - Coordenadoria Estadual para a Integração da Pessoa com Deficiência CIDID Classificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens CIES - Centro Integrado de Educação Especial. CIF Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde CONADE - Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência. CORDE Coordenadoria Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência NAAH/SD - Núcleo de Atividades para Altas Habilidades/Superdotação. PCD (ou PCDs) Pessoa (s) com Deficiência. PPD (ou PPD s) Pessoas Portadoras de Deficiência SICORDE - Sistema de Informação sobre Deficiência.

10 9 SUMÁRIO DEDICATÓRIA AGRADECIMENTOS RESUMO ABSTRACT LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS LISTA DE TABELAS SUMÁRIO INTRODUÇÃO ABORDAGENS E PARADIGMAS HISTÓRICOS APLICADOS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Panorama e Paradigmas Norteadores da Abordagem Histórica da Pessoa com Deficiência A Criação Social do Ser Deficiente e o Estigma Presente na Terminologia Terminologia APONTAMENTOS SOBRE TRABALHO E O VALOR SOCIAL ATRIBUÍDO À MÃO-DE- OBRA COM DEFICIÊNCIA A Teoria Social e o Clássico Direito Humano ao Trabalho Teoria Clássica do Trabalho A Teoria Social Contemporânea sobre as PCDS MARCO LEGAL O Reconhecimento da Diferença por via do Princípio da Igualdade, como Corolário de Justiça Social BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA (BPC): MARCO PARA A SOBREVIVÊNCIA E DIGNIDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA A Legislação Vista a Partir do Princípio de não Retrocesso Social, como Fonte Essencial de Progresso Coletivo CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988, BASE DEMOCRÁTICA ÀS CONQUISTAS TRABALHISTAS PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA A Constituição Cidadã A Constituição e a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.. 75

11 10 5. A INSERÇÃO DA PCD NO MUNDO DO TRABALHO Por que Criar a Lei de Cotas A Política de Educação Profissional e Geração de Emprego e Renda para Pessoas Com Deficiência Do Estado De Goiás CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS ANEXO I - DECLARAÇÃO DE GOIÁS ANEXO II - SUGESTÕES DE PROFISSÕES COMPATÍVEIS COM CADA DEFICIÊNCIA ANEXO III SUGESTÃO DE ENDEREÇOS NA INTERNET:

12 11 INTRODUÇÃO Os resultados preliminares do censo demográfico de do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Brasil tem 45,6 milhões de pessoas com deficiência (PCDs) 2. Sendo que 23,9% do total da população brasileira informou ter deficiência visual, auditiva, motora ou mental. Ao compararmos este percentual com os 14,5% do censo de 2000 nos deparamos com um significativo aumento e com o desejo natural de um olhar mais atento a este fragmento populacional, que seja capaz de atender às reivindicações básicas do respectivo movimento de defesa de direitos, em seu clamor nacional por acessibilidade plena e efetiva inclusão social nas políticas públicas em voga. Segundo estimam a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) 500 brasileiros se tornam deficientes diariamente, seja através de acidentes ou doenças que deixam sequelas. A questão torna-se então imperativa, posto que homens ou mulheres, adultos ou crianças, a qualquer momento estão sujeitos a adquirir uma deficiência e também passar a fazer parte desta estatística, seja pela possibilidade de se envolver em um acidente de trânsito, em incidentes com armas de fogo ou objetos cortantes como consequência da violência urbana, acidentes domésticos, acidentes de trabalho, incidentes cirúrgicos, ou mesmo por contrair determinadas doenças presentes em uma extensa lista na qual sempre são acrescidos novos riscos pela medicina. Em Goiás, as PCDs somam cerca de 700 mil, e em Goiânia, 170 mil (IBGE, 2000). O movimento de defesa de direitos das PCDs subsidiou a construção de legislação nacional que faculta aos governantes e à sociedade a adoção de ações necessárias ao pleno exercício de direitos básicos dessas pessoas, norteando o proceder da sociedade como um todo centrado no atual paradigma da abordagem social da deficiência fundado na inclusão social. 1 Em 2010, haviam 45,6 milhões de pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas (visual, auditiva, motora e mental), representando 23,9% da população. A diferença em relação aos dados do Censo 2000 (14,5% da população, mais de 24 milhões de pessoas com deficiência) se deve a um aprimoramento metodológico, que possibilitou uma melhor captação da informação. (fonte: Sala de Imprensa: Censo Demográfico 2010: Resultados gerais da amostra). 2 Será utilizada aqui a expressão em voga pessoa com deficiência/pcd (na literatura e documentos oficiais consultados aparece referência abreviativa tanto nas formas singular/plural, como minúscula/maiúscula), fruto de décadas de estudos e debates sobre a melhor conceituação a este segmento social, capaz de definir sem estigmatizar, sendo oficializada via PORTARIA Nº 2.344, de 3 de novembro de 2010 e que substituiu assim as expressões portador de deficiência ou portador de necessidades especiais.

13 12 Em face de tantas barreiras de acessibilidade, desde arquitetônicas até atitudinais, impostas na estrutural social, barreiras que não só limitam como impedem as PCDs de usufruir dos direitos universais e constitucionais. Como o direito de ir e vir, o direito ao transporte público e acessível, à educação pública inclusiva e o direito ao trabalho inclusivo, com oportunidades de desenvolvimento e de promoção laboral, com conquista de cargos e de boa remuneração, desejos naturais do ser humano, mas facultados somente às pessoas sem deficiência. Mas quem são as pessoas com deficiência (PCDs), ou ainda, como conceber este sujeito alvo desta investigação? A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), criada pela OMS, fornece orientações sobre a identificação das pessoas com deficiência, relativizando o conceito de deficiência, ao reconhecer que estas pessoas estão inseridas no contexto social, e desse modo relaciona este conceito com variáveis como sexo e idade, entre outras. Segundo João Ribas (2007): A CIF evidencia que deficiência é um tema que só pode ser estudado na transversalidade, é um acometimento que incide sobre crianças, e adultos, homens e mulheres, brancos e negros, ricos e pobres, ocidentais e orientais, católicos e judeus. Tem graduações que vão da amputação de dedos a estados de vida vegetativos. Cruza momentos históricos, atravessam continentes, perpassa sociedades e culturas, origina-se em acidentes e em guerras monumentais. É atenuada ou agravada pelas circunstâncias que a cercam. (RIBAS, 2007, p. 18) Assim, para evitar o lapso comum de ao se dirigir a uma PCD, ou mesmo ao se falar da PCD enfatizar a deficiência que a pessoa tem, tendo como base a orientação tradicional e antiga de explicação apenas médica da deficiência, recheada assim de estigmas culturais e sociais presentes até em níveis inconscientes, que acabam por colocar em detrimento estas pessoas, utilizamos a abordagem sociocultural, centrado no paradigma da inclusão social com base nos princípios de equidade e direitos humanos. Nesse contexto, serão abordadas as especificidades destas pessoas enquanto características físicas (que se somam às outras que elas possuem) após se discutir a raiz da questão, ou seja, as implicações culturais, estruturais e materiais, tendo em vista que cruzam momentos históricos e atravessam continentes, perpassando sociedades e culturas, como disse João Ribas (Ibid. p.18). Nota-se que a edificação de uma sociedade inclusiva envolve o cuidado com a linguagem. Na linguagem se expressa, voluntariamente ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiências.

14 13 Os conceitos ou termos que definem a deficiência foram se adequando à evolução da ciência e da sociedade sendo Pessoa com Deficiência (PCD) o termo correto atual, definido pela Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovado pela Assembleia Geral da ONU em 2006 e ratificada no Brasil em julho de Dos 23,9%, isto é, 45,6 milhões de pessoas com deficiência apontadas pelo censo 2010 do IBGE, a mais comum foi a visual, atingindo 3,5% da população. Em seguida, ficaram problemas motores (2,3%) - chamados de deficiência física, intelectuais (1,4%) ainda conhecidos como deficiente mental, e auditivo (1,1%), ainda chamado por alguns de surdomudo. Por estes dados, mais de 6,5 milhões de pessoas têm alguma deficiência visual no Brasil e desse total pessoas são incapazes de enxergar (cegos) e pessoas possuem grande dificuldade permanente de enxergar (baixa visão ou visão subnormal). (IBGE, 2010) Segundo a World Report on Disability, a cada cinco segundos uma pessoa se torna cega no mundo. Do total de casos de cegueira, 90% ocorrem nos países emergentes e subdesenvolvidos. Até 2020 o número de deficientes visuais poderá dobrar no mundo. Com tratamento precoce, atendimento educacional adequado, programas e serviços especializados, a perda da visão não significa o fim de uma vida independente e produtiva. (WORLD REPORT ON DISABILITY, 2010, s.p.) Constata-se então a necessidade dos governos trabalharem pela inclusão das PCDs em amplas frentes sociais, e aqui destacaremos a inserção da PCD no mercado de trabalho. A atualidade tem sido chamada por pesquisadores das questões sociais como a era das ações afirmativas, no sentido em que o Estado e a sociedade civil buscam uma compensação para perdas históricas por meio da garantia de direitos e dignidade relativos às minorias sociais, como o negro, a mulher e as pessoas com deficiência. Segmentos sociais historicamente marcados por perdas individuais e coletivas no que se refere ao respeito, à dignidade, ao espaço social, à acessibilidade e às benesses sociais em geral. Atentos à necessidade de reparação histórica para com as PCDs, a pauta prioritária apresentada por estas pessoas em cenário nacional, estadual e municipal, através do seu movimento representativo ao longo das duas últimas décadas (expressa na mídia em diversos documentos publicados durante este período), tem sido a inclusão efetiva dos direitos da pessoa com deficiência nas políticas públicas, o cumprimento de legislações que dispõem

15 14 sobre o novo paradigma inclusivo centrado no reconhecimento da diversidade humana, e a luta por acessibilidade ampla e irrestrita, com vistas à equidade de acesso e oportunidades para todos. Eis que temos então um segmento social de PCDs que corresponde a 10% da população mundial (UNESCO, 1996) e no Brasil a 23,9%, quase 25%, ou seja, quase um quarto dos brasileiros (IBGE, 2010). No palco dos dias atuais emergem assim dois cenários dignos de destaque. De um lado, a demanda de superarmos a pura e simples proibição de discriminação, que possibilita tão somente a reparação de danos e, de outro lado, a demanda desenvolvimentista governamental que motiva o Brasil, via população localizada nos municípios, a trabalhar mais para aumentar a produção, multiplicando as riquezas do país. Esta ação para ser exitosa necessariamente deve valorizar o capital laboral humano brasileiro, ação que infalivelmente implica em desdobramentos altamente positivos para nosso país, inclusive melhorando a imagem do Brasil no cenário internacional. Essa prática comum dos Estados modernos e capitalistas não coaduna, porém, com a existência de milhões de brasileiros com deficiência em idade laboral, aptos a gerarem riquezas para o país, todavia, sem acesso ao trabalho. Segundo Rodrigues et all (2009): Estima-se no planeta Terra 610 milhões de PCDs, das quais 386 milhões possuem entre 18 a 50 anos de idade, o que as qualifica como População Economicamente Ativa (PEA). Na Europa e nos Estados Unidos, cerca de 40% das PCDs estão empregadas, enquanto no Brasil apenas 2% têm trabalho regular. Pesquisa da OIT mostra que o nível de desemprego entre os deficientes tende a ser mais elevado do que a média da sociedade. (RODRIGUES et all, 2009, p.109) O censo demográfico de 2000 elucida ainda que na época dentre os 14,5% de brasileiros com algum tipo de deficiência 32,4% recebiam aposentadoria ou Benefício de Prestação Continuada (BPC); 51% tinham apenas 3 anos de estudo; 78,7% não concluíram o ensino fundamental; 36% estavam em idade produtiva; 11% exerciam alguma atividade remunerada; sendo que somente 6% trabalhavam com carteira assinada; e 64,6% destes últimos recebiam até 2 salários mínimos. Havia então cerca de 20 milhões de brasileiros com deficiência em idade produtiva no Brasil e a imensa maioria fora do mercado de trabalho (IBGE, 2000). Sobre trabalho e as PCDs o IBGE informa: Dos 9 milhões de PCDs que trabalhavam, 5,6 milhões eram homens e 3,5 milhões, mulheres. Mais da metade (4,9 milhões) ganhava até dois salários

16 15 mínimos. Em relação ao rendimento das pessoas ocupadas, verificou-se que as diferenças relacionadas a ser portador ou não de deficiência eram da ordem das diferenças por gênero e ambas menores que o diferencial por cor. Por exemplo, 22,4% da população ocupada sem deficiência ganhavam até 1 salário mínimo. Entre os portadores de deficiência, esse percentual era de 29,5%. Entre homens e mulheres que não tinham deficiência os percentuais eram de 19,3% e 27,3%, respectivamente. Já a proporção de pessoas que se declararam brancas que ganhavam até 1 salário mínimo era de 18,15% e a de pessoas que se declararam pretas, 34,50%. Entre os portadores de deficiência que trabalhavam, a maior proporção (31,5%) era de trabalhadores no setor de serviços ou vendedores do comércio. Porém, enquanto uma em cada quatro pessoas portadoras de deficiência era trabalhadora agropecuária, florestal ou de caça e pesca, somente 16,4% da população sem nenhuma incapacidade exerciam essas ocupações. (IBGE, 2000) O Brasil, através da sua Carta Magna, a Constituição Federal da República Federativa do Brasil (CFB/1988), em seu artigo 5º, traça critérios inequívocos de princípios isonômicos sob os quais "todos são iguais perante a lei, sem distinção". Mais adiante, no artigo 7º, inciso XXXI, é reafirmado o princípio da proibição de qualquer discriminação no tocante a salários, critérios de admissão e demissão, dentre tantos outros direitos protegidos por leis constitucionais e leis infraconstitucionais. Partindo das conjecturas esboçadas acima, e tendo em mente desenvolver um olhar sobre a oferta de trabalho para a pessoa com deficiência após a constituição brasileira de 1988, as questões que nortearam o processo de pesquisa foram: houve melhoria na oferta de trabalho para a PCD após o marco histórico e democrático brasileiro que foi a Constituição Federal de 1988? O que mudou em relação à empregabilidade da PCD após a Lei de Cotas? Existem barreiras que impedem o acesso PCD no mercado de trabalho? Como melhorar o cenário da oferta de trabalho e a empregabilidade para a PCD? Como encaminhamento metodológico nesta pesquisa qualitativa de caráter documental nos pautamos na análise de dados secundários coletados nas seguintes fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísitca (IBGE), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tendo como referência dados da Relação Anual das Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), com o objetivo de investigar o cenário brasileiro. Para acréscimo das informações aqui trazidas, foram também buscados dados junto a instituições como a Associação dos Deficientes Físicos de Goiás (ADFEGO), a Associação dos Deficientes Visuais de Goiás (ADVEG), a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), a Associação dos Surdos de Goiânia (ASG). Todas foram unânimes

17 16 em informar não terem dados sobre o encaminhamento de associados ao mercado de trabalho, seja pela falta de hábito em registrar o que acontece na instituição, seja pela falta de profissionais que além de atenderem às demandas rotineiras e intensas possam também se dedicar a este ofício, seja pela cultura, que em verdade é compartilhada com todo o povo brasileiro de dar a devida importância para o registro do que se faz, e às vezes, quando o fazem é sem muitos critérios ou metodologia, o que interfere no produto final. Buscamos também junto ao Ministério do Trabalho e Emprego Seção Goiás e em Brasília; no Sistema Nacional de Emprego (SINE/MTE) - Seção Goiás e em Brasília; Ministério Público do Trabalho - Seção Goiás; Secretaria de Cidadania e Trabalho de Goiás; no Conselho Estadual dos Direitos do Deficiente (CEDD-GO), e mesmo junto à Universidade Federal de Goiás (UFG), na expectativa de agregar conteúdo ao fenômeno pesquisado. Todavia, em poucas delas foi possível obter alguma informação, o que fez com que desenvolvêssemos a metáfora de que para muitas instituições sociais a PCD é como o sujeito oculto, que institucionalmente muitas vezes não existe como dado, logo não tem história, não tem rosto, existe apenas fisicamente, mas tem ocultada a sua identidade. Outra situação que chamou a atenção, foi o sentir na pele, como diz a expressão popular, que a pesquisa social não tem a mesma importância fora do âmbito estritamente acadêmico. Observamos tal situação em várias vezes em que abordarmos pessoalmente, ou até por telefone, as instituições citadas acima. Houve situações nas quais a impaciência e desinteresse da pessoa responsável que nos atendia, eram manifestados em expressões, ou postura corporal, antes mesmo de falarmos qual era o tema que estávamos pesquisando. Houve até pessoas que afirmaram entender que muitas pesquisas são feitas, mas que para eles não resultam em nada. Outras demonstraram desinteresse quando informávamos pesquisar sobre as PCDs, denotando considerar se tratar de tema de menor importância, não necessitando assim maior envolvimento e interesse. Nesse contexto, houve alguns órgãos públicos que por mais que insistíssemos, buscando-os várias vezes e até de forma oficiosa, não responderam positivamente, ora repassando-nos a outros e outros setores, ora justificando não poder atender devido à intensa, contínua e crescente demanda de serviço, e outros ao contrário muito solícitos e interessados, demonstraram até pesar em não poder colaborar diante da inexistência de dados sobre a variável trabalho relacionada à PCD.

18 17 Constatamos na totalidade destas instituições, um perfil presente em várias situações brasileiras, qual seja de poucos profissionais com respectivo acúmulo de tarefas e funções, e a cultura de não sistematização de dados, devido à prioridade concedida à prática imediata das intensas ações e dos atendimentos diários aos associados/usuários, despreocupando-se e desvinculando-se naturalmente do cuidado em documentar o processo histórico desenvolvido até então e em constante construção. Verificamos assim nas instituições, um contexto de despreparo, desinteresse, e muitas vezes de carência de organização, inclusive de estrutura física e espacial. Além da falta de hábito de sistematização, principalmente das estatísticas das ações desenvolvidas, ora institucionais, ora dos profissionais, e ora de ambos. Esse contexto obviamente é prejudicial não apenas aos pesquisadores, frustrando a possibilidade de mensuração estatística e de subsídios documentais para a pesquisa científica, como é o caso desta pesquisa, mas prejudica principalmente aos profissionais que estão submersos no contexto dos atendimentos diários. Este, sem dúvida, foi um dado altamente significativo. Necessário, todavia, destacar que esta falta de dados sobre as PCDs não se limita às instituições de Goiânia ou de Goiás. O IBGE e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), fontes primeiras para a pesquisa cientifica no Brasil na área de trabalho e emprego, ao produzirem suas bases de dados sobre trabalho, não incluem como filtro a PCD, de modo a facultar detalhado cruzamento de dados envolvendo o segmento social de pessoas com deficiência e a variável trabalho, quanto mais do período aqui estudado (1988 a 2010). Ao contrário de como aparece para qualquer ano, inclusive no IBGE, sobre as pessoas ditas normais, ou seja, sem deficiência. Nota-se que o Ministério do Trabalho e Emprego liberou para consultas o acesso à variável PCD somente a partir da RAIS ano-base 2007, apesar de ser uma variável captada na RAIS desde o ano Este fato sugere que a consideremos como uma variável relativamente nova, carecendo assim de tempo para que tenha os desejáveis níveis de consistência técnica e atingir um mínimo de qualidade para ser disponibilizada como dado estatístico nos padrões tradicionais. Essa constatação se deu ao analisarmos dados da RAIS sobre a quantidade de empregados por pessoa com deficiência em Goiás para os anos 2010 (= 6.925), 2009 (=

19 ), 2008 (= 7.191) e 2007 (= ). Nota-se grande disparidade para o ano de 2007 em relação à variação natural dos anos anteriores. Neste contexto, a variável PCD requer ser analisada com prudência, pois em sendo nova, todo o complexo processo de identificação e coleta do dado da RAIS passa até pela absorção do empresariado da existência de uma nova variável, a PCD, até então sujeitos ocultos. É oportuno questionar, como sugere Marcelo Medeiros (2004), se o novo esquema do Censo de 2000, referência a quaisquer pesquisas de ordem social, é capaz de identificar a deficiência na sociedade brasileira. Sob a ótica do novo paradigma do modelo social inclusivista, a deficiência deve ser identificada na incapacidade da sociedade em criar condições inclusivas para todas as pessoas, é o que propõe o autor. Nesse contexto Medeiros afirma: A desvantagem no mercado de trabalho experimentada pelos surdos decorre, em parte, da incapacidade dos ouvintes em utilizar a linguagem de sinais; a dificuldade de locomoção de muitos idosos está associada, também em grande parte, à má qualidade das vias de pedestres e à inadequação do sistema de transporte coletivo. Um levantamento voltado para identificar as dificuldades pessoais na realização de certas atividades abstratas, portanto, diz respeito a apenas um lado da questão. Não se pode negar, porém, que este também é um lado importante e que o esforço dos últimos levantamentos é louvável. Esses levantamentos são apenas um primeiro passo para o estudo da deficiência e sua relação com outros grupos sociais no país, mas um passo extremamente importante. (MEDEIROS, p. 118) Nesse sentido, o primeiro capítulo trata sobre o modo pelo qual as PCDs foram vistas e tratadas socialmente. Através de um recuo na história, recordam-se comportamentos individuais e da família, da religião e de como foi o acesso à escola, da sociedade e do Estado, face aos paradigmas explicativos e de concepção sobre estas pessoas até chegar ao modelo atual de sociedade inclusiva e equânime. O segundo capítulo traz reflexões sobre a importância do trabalho para o ser humano e a sociedade, com destaque para a baixa valoração atribuída à mão-de-obra com deficiência. Assim, apontamos alguns elementos da teoria social desvendando a teia de marginalização, estigmas e preconceitos presentes no imaginário social e que envolvem o segmento social de PCDs em rótulos de incapacidade para a vida, e para o trabalho.

20 19 Este estereótipo negativo é questionado quando o tratamos sobre o advento da teoria social moderna e contemporânea, fundada no paradigma inclusivista e nos princípios de direitos humanos. O terceiro capítulo é assinalado pela esperança dessas pessoas de serem reconhecidas verdadeiramente como seres humanos deixando então de ostentarem uma invisibilidade social que entrava seu acesso a bens, serviços em condições dignas e corrobora para denegrir sua imagem. Observa-se que a negação da diferença alimenta em indivíduos e sociedade a idéia de que no caso a PCD seja como um sujeito oculto, decorrendo no planejamento de ações e desenvolvimento com alcance individual e social, especialmente quando se trata de ações de políticas públicas sem incluir estas pessoas. Este capítulo demonstra então os concretos passos que o país tomou no sentido de iniciar a retirada das vendas que lhes ofusca a visão, através da construção de dispositivos legais que doravante asseguram perante a lei um conjunto de direitos e deveres, como o dever de trabalhar. Discute assim alguns mitos, como por exemplo, o de que as PCDs sejam preguiçosas, o de que não queiram se qualificar para o mercado de trabalho porque recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), ou de que este benefício seja um dinheiro público com desnecessária aplicação, dentre outros. Aborda também como o marco para o acesso ao trabalho por parte das PCDs a criação da lei de reserva de vagas em concursos públicos e a lei de cotas de trabalho em empresas, a serem preenchidas por estas pessoas. O quarto capítulo aborda o advento da Constituição Brasileira de A alegria que foi construir por várias mãos, a então chamada Constituição Cidadã, registrando para a posteridade a condição de sujeito de direitos das PCDs. Decorrentes da democrática constituição são criadas instâncias de representação, coordenação, proteção e apoio em âmbito nacional uma primeira vez, para em efeito cascata surgirem nos estados e municípios. Os princípios coroados com a constituição foram assim, reforçados com o advento da Convenção Internacional Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. O capítulo cinco finaliza e fecha os raciocínios desenvolvidos sobre o avanço em relação à conquista dos direitos das PCDs. E, por fim, apresentamos as considerações finais. Assim, dado a importância do tema trabalho na tessitura social, ponto fundamental para a dignidade humana, eu proponho aqui corroborar cientificamente para a superação da

21 20 exclusão social historicamente imposta às pessoas com deficiência, subsidiando ações, políticas afirmativas, e o processo de conscientização social acerca das potencialidades e direitos desses cidadãos.

22 21 1. ABORDAGENS E PARADIGMAS HISTÓRICOS APLICADOS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 1.1. Panorama e Paradigmas Norteadores da Abordagem Histórica da Pessoa com Deficiência Não se sabe com precisão como os primeiros grupos de seres humanos na Terra se comportavam em relação às pessoas com deficiência, na fase inicial de vida dos terráqueos. Pode-se deduzir, entretanto, que as PCDs não sobreviviam ao ambiente natural hostil da Terra, se considerar que não havia abrigo satisfatório para as intempéries climáticas, não era fácil obter comida e até armazenar para o período de escassez, se proteger de predadores, entre outros riscos, tarefas todas não muito fáceis para estas pessoas nas condições incipientes planetárias. Os vínculos entre os humanos eram ainda embrionários e individualistas, não caracterizando uma consciência do que poderia ser uma deficiência. Sendo o ser humano nômade não se plantava, apenas se caçava e colhiam frutos, folhas e raízes. Na pré-história era muito difícil a sobrevivência de uma PCD, como enuncia Gugel: As tribos se formaram e com elas a preocupação em manter a segurança e a saúde dos integrantes do grupo para a sobrevivência. Os estudiosos concluem que a sobrevivência de uma pessoa com deficiência nos grupos primitivos de humanos era impossível porque o ambiente era muito desfavorável e mesmo hostil, posto que essas pessoas representassem um fardo para o grupo. Só os mais fortes sobreviviam e era até muito comum que certas tribos se desfizessem das crianças com deficiência. (GUGEL, 2008, p. 02) Imperioso lembrar aqui Jesus Cristo, que ao legar à humanidade ensinamentos inigualáveis de fraternidade e respeito, valorização da vida humana e socialismo, dentre outros, que acabaram tornando-o divisor da história em a.c e d.c. Em relação às PCDs então teve repercussão mais marcante. Ao curar cegos e paralíticos, fez com que estas pessoas fossem vistas de um modo novo, pois Cristo ensinava que todo ser humano devia ser tratado com amor e dignidade, logo, Cristo e seus seguidores passaram a tratar a PCD com este valor humano, o mesmo a que tratavam qualquer outro ser humano. Esta foi sem dúvida, a primeira grande conquista histórica deste segmento social. Na história antiga da humanidade, a cultura ocidental utilizou a religião oficial à época para explicar as deficiências, sendo estas pessoas vistas então como monstros, pessoas

23 22 más, um castigo de Deus, ou possessão do demônio. Por muito tempo se pensou que as causas dos problemas dos deficientes eram de origem espiritual, fato este que pode ter influenciado a não procura de recursos para promoção do desenvolvimento do indivíduo, que eram assim isoladas do convívio social e, dependendo do nível econômico da família, também de seu seio. Estas pessoas ao se institucionalizarem raramente retornavam para a sociedade, ou para a família (SASSAKI, 1997). No Egito antigo, por exemplo, as PCDs eram exterminadas ao nascer ou durante suas vidas. Os Hebreus consideravam que estes teriam "impureza" ou pecado, sendo a deficiência uma punição de Deus. Na Grécia as crianças pertenciam ao Estado e cabia ao Conselho dos Anciãos examinarem as mesmas ao nascer e julgar se poderiam trabalhar ou guerrear. As julgadas incapazes eram jogadas num abismo perto de Esparta. Mas já nesta época Aristóteles defendia que é mais fácil ensinar um aleijado a desempenhar uma tarefa útil do que sustentálo como indigente. A Idade Média foi marcada por posturas contraditórias em relação à pessoa portadora de deficiência: ora considerava-se que a PCD não refletia a perfeição divina, ora era alvo da caridade nos mosteiros, ora era mero divertimento nos castelos, ora objeto de atenção da Inquisição. Nesse período foram criadas associações, segundo o modelo das Corporações de Ofícios, para "reserva de mercado" de mendicância. Retoma-se aí historicamente a preocupação com o custo financeiro para o Estado e/ou para a Igreja com a manutenção de um segmento social que não trabalhava, mas que precisava engrossar as fileiras da população economicamente ativa, nem que fosse para desonerar e desobrigar estas instituições em relação à sua sobrevivência. Na Idade Moderna, buscou-se da superar as deficiências. Surgem muitas invenções como bengalas, muletas, coletes, próteses, cadeiras especiais. Surgiu o sistema de comunicação Braille. No Brasil o preconceito foi sempre disfarçado de generosidade e a questão "direitos" era tida como sinônimo de privilégios. A atenção às pessoas portadoras de deficiência sempre foi assistencialista. Há pouco mais de vinte anos, o tema direitos humanos no Brasil eram considerados subversivos. Sociologicamente é sabido que conceitos são intimamente vinculados a dados momentos históricos e culturais da humanidade, suas crenças e seus

24 23 valores. Logo, de acordo com o momento histórico, a sociedade acaba definindo "coisas", "fatos" e rotulando sujeitos A Criação Social do Ser Deficiente e o Estigma Presente na Terminologia Para a compreensão do contexto atual de estigma a que a PCD está inserida, e para a análise das principais matrizes ou padrões de comportamento que permanecem nas visões compartilhadas sobre a deficiência ao longo do tempo, convém saber que diferentes enfoques marcaram a história das pessoas com deficiência no mundo, como demonstra a pesquisa de Sassaki (1997), que ao analisar o valor humano atribuído e a abordagem social dada historicamente a estas pessoas, aponta quatro fases: exclusão social, segregação social, integração social e inclusão social. Na fase da exclusão social as explicações transitavam entre discursos metafísicos e o medo em relação a seres para os quais não havia explicação mais sustentável. Diante desse obscurantismo, uma infinidade de pessoas com deficiência foi sacrificada e queimada, pois a sociedade os rejeitava especialmente por não trabalharem, não produzirem, nem gerarem renda como os normais, os vendo como estorvos à sociedade. Mais tarde esse segmento social de pessoas, excluídas do convívio familiar e social, foram acolhidas e atendidas por entidades religiosas com trabalho de cunho assistencialista (SASSAKI, 1997). A abordagem dada às pessoas com deficiência nesta análise histórica baseou-se em sequência, em etiologias naturais e visões médicas, sendo as concepções de doença, inadequação e insuficiência associadas à deficiência. Materializa-se nesta visão o princípio teórico funcionalista, ao enfocar-se a dualidade eficiente/deficiente e capaz/incapaz, não se adequando assim as pessoas com deficiência ao funcionamento da sociedade, considerada correta e perfeita, mantendo a postura de marginalização social para os que não se enquadrassem, estigmatizando-os. (SASSAKI, 1997) Essa prática entre meados dos séculos XVIII e XIX inspira em instituições uma atitude para educar à parte, a educação segregacionista gerando dois subsistemas paralelos: a educação comum e a educação especial. Tais instituições enfatizavam em suas atividades os processos de reabilitação, em detrimento às vezes até mesmo da finalidade maior da sua existência: a educação. É a fase da segregação social (SASSAKI, 1997).

25 24 Influenciados pelos movimentos que consideraram outras ideias como as da escola e educação como direito universal, pais e parentes de pessoas com deficiência organizam-se para buscar a integração social do então chamado portador de deficiência. A década de 1960, por exemplo, testemunhou o boom de instituições especializadas, tais como: escolas especiais, centros de habilitação, centros de reabilitação, oficinas protegidas de trabalho, clube sociais especiais, associações desportivas especiais. (SASSAKI, 1997, p.31) A última fase, inclusão social, se apresenta como um novo paradigma a nortear a prática mais recente de que se tem notícia no Brasil e em muitos países, num processo gradual, substituindo a prática da integração social, que há quatro décadas ocupa o lugar da segregação e da exclusão de pessoas consideradas diferentes da maioria da população de qualquer sociedade. Conceitua-se a inclusão social como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam em parceria equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos. (SASSAKI, 1997). Os praticantes da inclusão se baseiam no modelo social da deficiência no qual os problemas da PCD não estão nela tanto quanto estão na sociedade. Assim, a sociedade é chamada a ver que ela cria problemas para as PCDs, causando-lhes incapacidade (ou desvantagem) no desempenho de papéis sociais em virtude de limitações da estrutura social como, por exemplo, políticas discriminatórias e marginais; ambientes restritivos (sem acessibilidade); atitudes preconceituosas que rejeitam a minoria, e excluem todas as formas de diferenças; discutíveis padrões de normalidade e beleza que desrespeitam o direito do ser humano de ser diferente ou de ter opções diferentes; objetos e outros bens inacessíveis do ponto de vista físico; pré-requisitos atingíveis apenas pela maioria aparentemente homogênea; quase total desinformação sobre a diversidade humana e sobre seus direitos; e práticas discriminatórias em muitos setores da atividade humana. Assim, cabe à sociedade eliminar todas as barreiras físicas, programáticas e atitudinais para que as PCDs possam ter acesso aos serviços, lugares, informações e bens necessários ao seu desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional. Como historicamente o preconceito e a desinformação predominaram causando a

26 25 marginalização, a privação da liberdade, o atendimento inadequado ou a falta dele, a mendicância, a baixa escolarização e até o analfabetismo, as PCDs tiveram e, infelizmente, ainda na atualidade têm sua cidadania cerceada. Nesse sentido, Mattos (2002) adverte: Observe que a sociedade possui uma visão humana padronizada e classifica as pessoas de acordo com essa visão. Elegemos um padrão de normalidade e nos esquecemos de que a sociedade se compõe de homens diversos, que ela se constitui na diversidade, assumindo de outro modo as diferenças. (MATTOS, 2002, p.01) Estigmatizadas, as PCDs se deparam com vários óbices tais como inadequações a necessidades mais comuns e simples como ir e vir, não ter acesso a todos os lugares pela falta de transporte adaptado, ou pela inexistência de ruas, praças, logradouros e prédios públicos acessíveis. A ignorância sobre informações referentes aos seus direitos e de amparo legal, o despreparo de funcionários de repartições de órgãos públicos para atender a uma PCD, semelhante despreparo/desqualificação encontra-se em hospitais e demais unidades de saúde, supermercados e comércio em geral, escolas e universidades, igrejas e templos, entre outros. "Atitudes de rejeição (estigmas e posturas preconceituosas transmitidas culturalmente) criam barreiras sociais e físicas dificultando o processo de integração" (MATTOS, 2002, p.03). Pensando sociologicamente, partindo dos fatos históricos expostos, pode-se concluir que a deficiência é um conceito culturalmente elaborado ao longo da história. As relações sociais entre as pessoas com deficiência, e aquelas que não a têm incluem inúmeras e complexas variáveis cujo controle nem sempre depende do desviante e dos agentes da sua promoção. Como esse conceito é construído culturalmente, em um contexto histórico dado, e considerando que estas pessoas estão sujeitas aos esquemas tipificadores, a sociedade pode utilizar-se de variados artifícios para legitimar as desigualdades e segregar essas pessoas. A grande barreira para a participação real da pessoa com deficiência no cenário empregatício desenha-se notadamente com as cores da cultura, impactada nas atitudes das pessoas, no olhar marginalizador que de um modo geral a sociedade ainda apresenta e faz com que as pessoas estigmatizem até inconscientemente, devido o peso social do condicionamento cultural, os quais precisam mudar em benefício não só destas pessoas, mas da sociedade como um todo. A sociedade pode observar diversos referenciais na história que comprovam que a PCD possui competência laborativa apesar de sua limitação que pode naturalmente ser superada dentro de condições de acessibilidade e ajudas técnicas. Exemplos vivos como

27 26 Aleijadinho (suas obras embelezam a história do Brasil no mundo inteiro) ou mesmo os anônimos trabalhadores com deficiência que com competência e motivação superam todos os dias as inúmeras barreiras que obstaculizam seu ir e vir, o acesso ao trabalho, ou mesmo o executar das atividades laborativas diárias, dado a existência de barreiras desde arquitetônicas até atitudinais. Outros exemplos também são dignos de destaque. Como é o caso de Louis Braille, cego que inventou o famoso sistema de comunicação para cegos, ou o grande compositor Ludwig Van Beethoven que era surdo. Ambos servem de incentivo aos heróis anônimos que enfrentam diariamente as barreiras físicas das cidades, nas ruas, nos prédios, nos meios de transporte, no mercado de trabalho e o que é pior, as barreiras veladas do preconceito. Faz-se necessário escancarar à sociedade brasileira as dificuldades, o preconceito e os entraves que os envolvidos enfrentam diariamente. Conscientizar a sociedade a viver o ideal de que somos iguais torna-se então precípua tarefa Terminologia As PCDs receberam várias denominações ao longo da história, codinomes muitas vezes pejorativos e até agressivos centrados no realçar da deficiência em detrimento do ser humano, como aleijado, cotó, manco para as pessoas com deficiência física, isto é, com perda ou ausência dos membros inferiores, superiores, ou ambos. E ainda, bobo, doido, retardado, referindo-se à pessoa com deficiência intelectual. Nesse contexto, os anões engrossaram a fila dos discriminados pela sociedade de uma forma geral por terem características físicas fora dos padrões, sendo rotulados de pessoas com uma aparência feia, são tratados muitas vezes como aberrações da natureza. Nota-se ainda não tendo chances de empregos em igualdade de condições às das demais pessoas muitos anões trabalham com eventos (em TV, teatro, festas, estádios de futebol, entre outros). O ponto constrangedor do trabalho a que eles foram e ainda são relegados é que os papéis por eles desempenhados são os de palhaço da atração, para fazerem rir através de piadinhas geralmente envoltas em deboche, e mesmo humilhações. No blog Nanismo em foco, existe um depoimento que ilustra como o anão e a PCD como um todo podem ser melhor interpretada e absorvida pela sociedade, inclusive no mercado de trabalho:

28 27 Nós, portadores de nanismo, provamos que podemos trabalhar em escritórios, consultórios, construções, laboratórios, grandes e pequenas empresas. Somos analistas, gerentes, assistentes, estudantes, médicos, engenheiros, técnicos, cientistas, brasileiros. Porque não desempenhar um papel relevante em uma peça, num filme ou novela. Um papel que não seja alvo de piadinhas, xingamentos, apelidos e chacotas. Como o do ator Peter Dinklage que ganhou o Emmy por seu papel na premiada série Game of Thrones. 3 A OMS (1980) divulgou uma Classificação de Deficiências para padronizar junto à pesquisa e a prática clínica, em cuja tradução para o português (1989) foi chamado Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens - CIDID. Para melhor entender, vejamos os conceitos: Deficiência (impairment) Incapacidade (disability) Desvantagem (handicap) Perda ou anormalidade da estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica. Representa a exteriorização de um estado patológico e, em princípio, reflete distúrbios no nível do órgão. (CIDID/OMS, 1989, s.p.) Uma incapacidade é qualquer restrição ou falta de habilidade (resultante de uma deficiência) para realizar uma atividade na forma considerada normal para um ser humano. Representa a objetivação de uma deficiência e como tal reflete distúrbios na pessoa. (CIDID/OMS, 1989, s.p.) Uma desvantagem para um dado indivíduo, derivada de uma incapacidade ou deficiência, limita ou previne o cumprimento de um papel que é normal para esse indivíduo (dependendo da idade, do sexo e de fatores socioculturais). A desvantagem refere-se ao valor atribuído à situação ou experiência individual, quando sai do normal. Caracteriza-se por uma discordância entre o desempenho ou condição individual e a expectativa do próprio indivíduo ou do grupo do qual é membro. A desvantagem representa, assim, a socialização de uma incapacidade ou deficiência e, como tal, reflete as consequências para o indivíduo - culturais, econômicas e ambientais - que decorrem da presença da incapacidade ou deficiência. (CIDID/OMS, 1989, s.p.) Grande polêmica surgiu com o advento da CIDID, especialmente em relação ao conceito desvantagem, pelo entendimento de que mesmo se contextualizando socialmente, o conceito desvantagem decorre do preconceito e exclusão que emanam do contexto no qual a pessoa com deficiência está inserida. Esta discussão resultou na revisão feita pela OMS que 3 Disponível em: <

29 28 apresentou como produto a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, a CIF. A construção de uma sociedade inclusiva passa também pelo cuidado com a linguagem. Na linguagem se expressa, voluntariamente ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiências. Ao longo dos anos, os termos que definem a deficiência foram adequando-se às descobertas da ciência e da sociedade. Atualmente, o termo correto a ser utilizado é Pessoa com Deficiência, orientação da Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovado pela Assembléia Geral da ONU, em 2006 e ratificada no Brasil em julho de Todavia, as PCDs vivem até hoje em contexto de preconceito social segundo observado em discursos do senso comum ou mesmo na mídia quando são tratados muitas vezes em polaridades extremas opostas: ora como alguém completamente incapaz, digno de piedade, ora com atitudes superprotetoras, supondo novamente que a PCD seja incapaz ou despreparado para atividades laborais, no lar junto à família, e até para atividades da vida diária. Por outro lado, casos nos quais estas pessoas são aprovadas em concursos públicos, ou que são pai ou mãe e desenvolvam as tarefas respectivas dos cuidados infantis, e familiares, os casos em que cozinham dentre outras atividades, já causaram espanto a muita gente, e o desenvolvimento do mito de que a pessoa seria dotada de talentos incríveis e fora do normal. Todas essas crenças necessitam ser desconstruídas para que se possa visualizar a pessoa com quem nos relacionamos como uma pessoa inteira, sujeito de direitos e deveres como qualquer cidadão. As PCDs receberam várias denominações baseadas no paradigma médico de explicação centrada na deficiência em detrimento da pessoa, esquecido de considerar em primeira instância a pessoa ao invés de destacar a limitação ou deficiência que ela possui, retratando o estigma e condição de marginalizados sociais a que são submetidos. Assim, vários termos foram usados como: aleijado, cotó, manco, perneta, bobo, doido, retardado, louco, cego, dentre outros codinomes entendidos como capazes de agregar todo o desprezo que as pessoas apresentavam em relação a elas. No Brasil, o decreto nº 5.296/04 fez importantes mudanças às Leis nº /2000 que prioriza o atendimento às PCDs, e nº /2000, que estabelece normas gerais e

APRESENTAÇÃO DOS ANAIS

APRESENTAÇÃO DOS ANAIS APRESENTAÇÃO DOS ANAIS ARANHA, M.S.F.. Apresentação dos Anais. In: III Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educação Especial, 2002, Londrina (PR). CD-ROM do III Congresso Brasileiro Multidisciplinar

Leia mais

O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS VOLTADAS PARA A DEFESA DE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO

O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS VOLTADAS PARA A DEFESA DE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS VOLTADAS PARA A DEFESA DE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO Soraya Hissa Hojrom de Siqueira Diretora da Superintendência de Modalidades e Temáticas

Leia mais

EDUCAÇÃO FÍSICA PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PNEE): construindo a autonomia na escola

EDUCAÇÃO FÍSICA PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PNEE): construindo a autonomia na escola EDUCAÇÃO FÍSICA PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PNEE): construindo a autonomia na escola Autora: CAMILA SOUZA VIEIRA Introdução A presente pesquisa tem como temática Educação física para Portadores

Leia mais

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO REALIZADO PELO SERVIÇO SOCIAL NO CENTRO PONTAGROSSENSE DE REABILITAÇÃO AUDITIVA E DA FALA (CEPRAF) TRENTINI, Fabiana Vosgerau 1

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Anais. III Seminário Internacional Sociedade Inclusiva. Ações Inclusivas de Sucesso

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Anais. III Seminário Internacional Sociedade Inclusiva. Ações Inclusivas de Sucesso Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Anais III Seminário Internacional Sociedade Inclusiva Ações Inclusivas de Sucesso Belo Horizonte 24 a 28 de maio de 2004 Realização: Pró-reitoria de Extensão

Leia mais

ANÁLISE CONJUNTURAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO CATARINENSE: 2012-2013

ANÁLISE CONJUNTURAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO CATARINENSE: 2012-2013 GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO E HABITAÇÃO SST DIRETORIA DE TRABALHO E EMPREGO DITE COORDENAÇÃO ESTADUAL DO SISTEMA NACIONAL DE EMPREGO SINE SETOR

Leia mais

Trabalho em grupo: modelos de deficiência 1/5

Trabalho em grupo: modelos de deficiência 1/5 1/5 Objetivo Esta ferramenta foi criada para melhorar os conhecimentos dos participantes a respeito dos modelos de deficiência e ajudar na compreensão de como esses modelos afetam a percepção e o comportamento

Leia mais

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul.

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Pesquisa A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Introdução Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e políticas capazes de ampliar a inserção da mulher no mercado de trabalho.

Leia mais

II Encontro MPSP/MEC/UNDIME-SP. Material das Palestras

II Encontro MPSP/MEC/UNDIME-SP. Material das Palestras II Encontro MPSP/MEC/UNDIME-SP Material das Palestras II Encontro MPSP e MEC Educação Inclusiva MARCOS LEGAIS CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Art. 208. O dever do Estado com a educação

Leia mais

TEMA: A Mulher no Mercado de Trabalho em Goiás.

TEMA: A Mulher no Mercado de Trabalho em Goiás. TEMA: A Mulher no Mercado de Trabalho em Goiás. O Dia Internacional da Mulher, celebrado dia 8 de março, traz avanços do gênero feminino no mercado de trabalho formal. Segundo informações disponibilizadas

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DO DISTRITO FEDERAL Novembro de 2010 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO E O ACESSO AO SISTEMA PÚBLICO DE EMPREGO, TRABALHO E RENDA Em comemoração ao Dia da Consciência Negra

Leia mais

ESCOLA: Créditos. Um lugar de e para Todos. PROJETO: Com Passos

ESCOLA: Créditos. Um lugar de e para Todos. PROJETO: Com Passos ESCOLA: Um lugar de e para Todos. Créditos. IESGO Instituto de Ensino Superior de Goiás. Bacharel em Psicologia. Psicologia das Pessoas com Necessidades Especiais. Karley Macedo de Araújo. Secretaria de

Leia mais

ESTUDO DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ATUAL EM RELAÇÃO A EXPERIMENTAÇÃO COM ANIMAIS 1. Regiane Moreno Domingues Ribas RESUMO

ESTUDO DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ATUAL EM RELAÇÃO A EXPERIMENTAÇÃO COM ANIMAIS 1. Regiane Moreno Domingues Ribas RESUMO ESTUDO DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ATUAL EM RELAÇÃO A EXPERIMENTAÇÃO COM ANIMAIS 1 Regiane Moreno Domingues Ribas FAAG Faculdade de Agudos RESUMO O objetivo deste trabalho foi o de realizar um estudo da Legislação

Leia mais

DIREITOS DO TRABALHADOR COM DEFICIENCIA. PALAVRAS-CHAVES: Deficiência, Trabalho, Proteção Legal.

DIREITOS DO TRABALHADOR COM DEFICIENCIA. PALAVRAS-CHAVES: Deficiência, Trabalho, Proteção Legal. DIREITOS DO TRABALHADOR COM DEFICIENCIA Acimarney Correia Silva Freitas¹, Cecília Grabriela Bittencourt², Érika Rocha Chagas 3, Maria do Rosário da Silva Ramos 4 ¹Orientador deste Artigo e Professor de

Leia mais

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA Patrocinada e reconhecida pela Comissão Europeia no âmbito dos programas Sócrates. Integração social e educacional de pessoas com deficiência através da actividade

Leia mais

O que são Direitos Humanos?

O que são Direitos Humanos? O que são Direitos Humanos? Por Carlos ley Noção e Significados A expressão direitos humanos é uma forma abreviada de mencionar os direitos fundamentais da pessoa humana. Sem esses direitos a pessoa não

Leia mais

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 0 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Renato da Guia Oliveira 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA. Renato da Guia. O Papel da Contação

Leia mais

I Fórum Municipal de Autismo, Acessibilidade e Mobilidade Territorial PROGRAMA DE APOIO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA

I Fórum Municipal de Autismo, Acessibilidade e Mobilidade Territorial PROGRAMA DE APOIO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA I Fórum Municipal de Autismo, Acessibilidade e Mobilidade Territorial PROGRAMA DE APOIO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA OBJETIVO Proporcionar aos trabalhadores com deficiência a obtenção e a manutenção do emprego,

Leia mais

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Abril/2014 Porto Velho/Rondônia Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Terceiro Setor É uma terminologia sociológica que

Leia mais

O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO

O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO Flávia Fernanda Vasconcelos Alves Faculdades Integradas de Patos FIP flaviavasconcelos.edu@hotmail.com INTRODUÇÃO Observa-se

Leia mais

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA FENEIS SOBRE A EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS (EM RESPOSTA À NOTA TÉCNICA Nº 5/2011/MEC/SECADI/GAB)

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA FENEIS SOBRE A EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS (EM RESPOSTA À NOTA TÉCNICA Nº 5/2011/MEC/SECADI/GAB) NOTA DE ESCLARECIMENTO DA FENEIS SOBRE A EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS (EM RESPOSTA À NOTA TÉCNICA Nº 5/2011/MEC/SECADI/GAB) A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do

Leia mais

OS DIREITOS HUMANOS NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

OS DIREITOS HUMANOS NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES OS DIREITOS HUMANOS NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES Gisllayne Rufino Souza* UFPB gisllayne.souza@gmail.com Profa. Dra. Marlene Helena de Oliveira França UFPB/Centro de Educação/Núcleo de Cidadania e Direitos

Leia mais

6º FÓRUM SENADO DEBATE BRASIL. Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência : uma Constituição viva e cidadã

6º FÓRUM SENADO DEBATE BRASIL. Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência : uma Constituição viva e cidadã 6º FÓRUM SENADO DEBATE BRASIL Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência : uma Constituição viva e cidadã Denise Granja Presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Leia mais

II TEXTO ORIENTADOR 1. APRESENTAÇÃO

II TEXTO ORIENTADOR 1. APRESENTAÇÃO II TEXTO ORIENTADOR 1. APRESENTAÇÃO A III Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência acontece em um momento histórico dos Movimentos Sociais, uma vez que atingiu o quarto ano de ratificação

Leia mais

1 O texto da Constituição Federal de 1988 diz: Art. 7. São direitos dos trabalhadores urbanos e

1 O texto da Constituição Federal de 1988 diz: Art. 7. São direitos dos trabalhadores urbanos e 1 Introdução A presente pesquisa tem como objeto de estudo a inserção da pessoa com deficiência física no mercado de trabalho. Seu objetivo principal é o de compreender a visão que as mesmas constroem

Leia mais

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA Autores: FIGUEIREDO 1, Maria do Amparo Caetano de LIMA 2, Luana Rodrigues de LIMA 3, Thalita Silva Centro de Educação/

Leia mais

Atendimento Educacional Especializado

Atendimento Educacional Especializado Atendimento Educacional Especializado Do preferencial ao necessário Meire Cavalcante Insira aqui o seu nome Deficiência... EXCLUSÃO NÃO HUMANIDADE SEGREGAÇÃO INTEGRAÇÃO INCLUSÃO Concepções... Segregação

Leia mais

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PROJETO DE LEI Nº 274, DE 2007

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PROJETO DE LEI Nº 274, DE 2007 COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 274, DE 2007 Acrescenta parágrafo 3º ao art. 93 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre o Plano de Benefícios

Leia mais

ACESSIBILIDADE E DIREITOS DOS CIDADÃOS: BREVE DISCUSSÃO

ACESSIBILIDADE E DIREITOS DOS CIDADÃOS: BREVE DISCUSSÃO ACESSIBILIDADE E DIREITOS DOS CIDADÃOS: BREVE DISCUSSÃO Ana Elizabeth Gondim Gomes Luciana Krauss Rezende Mariana Fernandes Prado Tortorelli Índice Mini currículo dos autores RESUMO Observa-se atualmente

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/ NÚCLEO DE APOIO À INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/ NÚCLEO DE APOIO À INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS Nome da Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/ NÚCLEO DE APOIO À INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS Responsável pelo preenchimento das informações: HELIANE

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

O Desafio da Implementação das Políticas Transversais. Professor: Luiz Clóvis Guido Ribeiro Período: Novembro de 2013

O Desafio da Implementação das Políticas Transversais. Professor: Luiz Clóvis Guido Ribeiro Período: Novembro de 2013 O Desafio da Implementação das Políticas Transversais Professor: Luiz Clóvis Guido Ribeiro Período: Novembro de 2013 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS Secretaria Nacional de Promoção

Leia mais

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS Mirian Vieira Batista Dias Universidade Federal de São Carlos/Secretaria

Leia mais

DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÕES DE TRABALHO PRECOCE

DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÕES DE TRABALHO PRECOCE Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 18 a 22 de outubro, 2010 337 DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM

Leia mais

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo saber como é desenvolvido o trabalho de Assessoria de Imprensa, sendo um meio dentro da comunicação que através

Leia mais

PED ABC Novembro 2015

PED ABC Novembro 2015 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO DO ABC 1 Novembro 2015 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO DO ABC Diferenciais de inserção de negros e não negros no mercado de trabalho em 2013-2014 Dia

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO 2007 O MERCADO DE TRABALHO SOB A ÓPTICA DA RAÇA/COR Os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego permitem diversos tipos de detalhamento

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar:

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar: A Educação Bilíngüe Proposta de educação na qual o bilingüismo atua como possibilidade de integração do indivíduo ao meio sociocultural a que naturalmente pertence.(eulália Fernandes) 1 A Educação Bilíngüe»

Leia mais

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA Autores: Fábio Bruno da Silva Marcos Paulo de Sá Mello Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária INTRODUÇÃO

Leia mais

A Sra. ALMERINDA DE CARVALHO (PMDB-RJ) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, mais uma vez, a Igreja,

A Sra. ALMERINDA DE CARVALHO (PMDB-RJ) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, mais uma vez, a Igreja, A Sra. ALMERINDA DE CARVALHO (PMDB-RJ) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, mais uma vez, a Igreja, por intermédio da CNBB, com a Campanha da Fraternidade de

Leia mais

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no Introdução A convivência familiar e comunitária é um dos direitos fundamentais 1 garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990). A lei ainda enfatiza que: Toda criança ou adolescente

Leia mais

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Eixo temático 1: Fundamentos e práticas educacionais Telma Sara Q. Matos 1 Vilma L. Nista-Piccolo 2 Agências Financiadoras: Capes / Fapemig

Leia mais

TÍTULO: AUTORES: INSTITUIÇÃO: ÁREA TEMÁTICA 1-INTRODUÇÃO (1) (1).

TÍTULO: AUTORES: INSTITUIÇÃO: ÁREA TEMÁTICA 1-INTRODUÇÃO (1) (1). TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA E INCLUSÃO SOCIAL DE INDIVÍDUOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS ASSISTIDOS PELA APAE DE VIÇOSA, MG. AUTORES: André

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

Educação para a Cidadania linhas orientadoras

Educação para a Cidadania linhas orientadoras Educação para a Cidadania linhas orientadoras A prática da cidadania constitui um processo participado, individual e coletivo, que apela à reflexão e à ação sobre os problemas sentidos por cada um e pela

Leia mais

Considerações sobre o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

Considerações sobre o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência Considerações sobre o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência Vivemos um momento complexo no que diz respeito às pessoas com deficiência: por um lado, temos (no campo do Direito) uma legislação específica

Leia mais

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Teorias da Administração Aula 3 Teoria Científica Taylorismo (Continuação) Taylor observou que, ao realizar a divisão de tarefas, os operários

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS. UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS. UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS DIREITO À IGUALDADE, SEM DISTINÇÃO DE RAÇA RELIGIÃO OU NACIONALIDADE Princípio I - A criança desfrutará

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL MOHAMED HABIB* & GIOVANNA FAGUNDES** * Professor Titular, IB, UNICAMP ** Aluna

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

XADREZ: uma ferramenta para a inclusão resultados preliminares

XADREZ: uma ferramenta para a inclusão resultados preliminares XADREZ: uma ferramenta para a inclusão resultados preliminares Tayla Kuhnen 1 ; Sara Cristina Stacheski Martins 2 ; Tiago Martins da Silva 3 ; Marcelo Eger Sibert 4 ; Marines Dias Gonçalves 5 INTRODUÇÃO

Leia mais

Fundamentos Socioculturais e Diversidades

Fundamentos Socioculturais e Diversidades NATURALIZAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Fundamentos Socioculturais e Diversidades MÓDULO III Prof.: MSc. Getulio Ribeiro Histórias da Infância e do Mundo Adulto Da Infância à Melhor Idade

Leia mais

Em defesa de uma Secretaria Nacional de Igualdade de Oportunidades

Em defesa de uma Secretaria Nacional de Igualdade de Oportunidades 1 Em defesa de uma Secretaria Nacional de Igualdade de Oportunidades A Comissão Nacional da Questão da Mulher Trabalhadora da CUT existe desde 1986. Neste período houve muitos avanços na organização das

Leia mais

FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA PROJETO PARA INCLUSÃO SOCIAL DOS SURDOS DA FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA

FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA PROJETO PARA INCLUSÃO SOCIAL DOS SURDOS DA FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA PROJETO PARA INCLUSÃO SOCIAL DOS SURDOS DA FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA PARNAÍBA-PI 2014 FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA DIRETOR ADMINISTRATIVO Prof. Esp. Walter Roberto

Leia mais

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS ALTAS HABILIDADES / SUPERDOTAÇÃO. Secretaria de Educação Especial/ MEC

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS ALTAS HABILIDADES / SUPERDOTAÇÃO. Secretaria de Educação Especial/ MEC POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS ALTAS HABILIDADES / SUPERDOTAÇÃO Secretaria de Educação Especial/ MEC Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva Objetivo Orientar os sistemas

Leia mais

INCLUSÃO ESCOLAR: UTOPIA OU REALIDADE? UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

INCLUSÃO ESCOLAR: UTOPIA OU REALIDADE? UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM INCLUSÃO ESCOLAR: UTOPIA OU REALIDADE? UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM Andreza Magda da Silva Dantas Escola.E.E.M.Fc. Sá Cavalcante Paulista PB andreza_magda@hotmail.com Introdução Zelga Dantas de

Leia mais

Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA)

Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) Mário Lopes Amorim 1 Roberto Antonio Deitos 2 O presente

Leia mais

Carta dos Direitos do Cliente

Carta dos Direitos do Cliente A pessoa com deficiência ou incapacidade, deve ser educada e viver na comunidade, mas com programas e apoios especiais. Cercisiago Carta dos Direitos do Cliente Março de 2010 Carta dos Direitos do Cliente

Leia mais

POLÍTICAS INSTITUCIONAIS DE ACESSIBILIDADE. - Não seja portador de Preconceito -

POLÍTICAS INSTITUCIONAIS DE ACESSIBILIDADE. - Não seja portador de Preconceito - POLÍTICAS INSTITUCIONAIS DE ACESSIBILIDADE - Não seja portador de Preconceito - 2014 1 OBJETO As Políticas Institucionais de Acessibilidade Não seja portador de preconceito tem como objetivo promover ações

Leia mais

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007 O EMPREGO DOMÉSTICO Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Abril 2007 Perfil de um emprego que responde por 17,7% do total da ocupação feminina e tem 95,9% de seus postos de trabalho

Leia mais

Profª. Maria Ivone Grilo Martinimariaivone@superig.com.br

Profª. Maria Ivone Grilo Martinimariaivone@superig.com.br Educação Inclusiva Direito à Diversidade O Ensino comum na perspectiva inclusiva: currículo, ensino, aprendizage m, conheciment o Educação Inclusiva Direito à Diversidade Profª. Maria Ivone Grilo Martinimariaivone@superig.com.br

Leia mais

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 Reunidos na cidade de Quebec de 18 a 22 de setembro de 1997, na Conferência Parlamentar das Américas, nós, parlamentares das Américas, Considerando que o

Leia mais

A INCLUSÃO ESCOLAR DE UM ALUNO SURDO: UM ESTUDO DE CASO NA REGIÃO DO CARIRI ORIENTAL DA PARAÍBA

A INCLUSÃO ESCOLAR DE UM ALUNO SURDO: UM ESTUDO DE CASO NA REGIÃO DO CARIRI ORIENTAL DA PARAÍBA A INCLUSÃO ESCOLAR DE UM ALUNO SURDO: UM ESTUDO DE CASO NA REGIÃO DO CARIRI ORIENTAL DA PARAÍBA 1.0 INTRODUÇÃO JUSCIARA LOURENÇO DA SILVA (UEPB) VIVIANA DE SOUZA RAMOS (UEPB) PROFESSOR ORIENTADOR: EDUARDO

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Pesquisa Mensal de Emprego - PME Pesquisa Mensal de Emprego - PME Dia Internacional da Mulher 08 de março de 2012 M U L H E R N O M E R C A D O D E T R A B A L H O: P E R G U N T A S E R E S P O S T A S A Pesquisa Mensal de Emprego PME,

Leia mais

A ÁLGEBRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO

A ÁLGEBRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO A ÁLGEBRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO Vilmara Luiza Almeida Cabral UFPB/Campus IV Resumo: O presente relato aborda o trabalho desenvolvido no projeto de intervenção

Leia mais

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS Letícia Luana Claudino da Silva Discente de Psicologia da Universidade Federal de Campina Grande. Bolsista do Programa de Saúde. PET/Redes

Leia mais

PÚBLICO-ALVO Assistentes sociais que trabalham na área da educação e estudantes do curso de Serviço Social.

PÚBLICO-ALVO Assistentes sociais que trabalham na área da educação e estudantes do curso de Serviço Social. OBJETIVOS: Promover o debate sobre o Serviço Social na Educação; Subsidiar as discussões para o Seminário Nacional de Serviço Social na Educação, a ser realizado em junho de 2012 em Maceió-Alagoas; Contribuir

Leia mais

Administração de Pessoas

Administração de Pessoas Administração de Pessoas MÓDULO 5: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 5.1 Conceito de ARH Sem as pessoas e sem as organizações não haveria ARH (Administração de Recursos Humanos). A administração de pessoas

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

Como é o RH nas Empresas?

Como é o RH nas Empresas? Como é o RH nas Empresas? Informações gerais da pesquisa Objetivo: entender a percepção dos profissionais de RH sobre clima organizacional Pesquisa realizada entre 24/06 e 12/07 Parceria entre Hay Group

Leia mais

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom Entrevista esclarece dúvidas sobre acúmulo de bolsas e atividadess remuneradas Publicada por Assessoria de Imprensa da Capes Quinta, 22 de Julho de 2010 19:16 No dia 16 de julho de 2010, foi publicada

Leia mais

VOLUNTARIADO E CIDADANIA

VOLUNTARIADO E CIDADANIA VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de

Leia mais

Desenvolvimento motor do deficiente auditivo. A deficiência auditiva aparece, por vezes, associada a outras deficiências, como

Desenvolvimento motor do deficiente auditivo. A deficiência auditiva aparece, por vezes, associada a outras deficiências, como Texto de apoio ao Curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Desenvolvimento motor do deficiente auditivo A deficiência auditiva aparece, por vezes, associada

Leia mais

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Claudia Davis: É preciso valorizar e manter ativas equipes bem preparadas

Leia mais

2 - Sabemos que a educação à distância vem ocupando um importante espaço no mundo educacional. Como podemos identificar o Brasil nesse contexto?

2 - Sabemos que a educação à distância vem ocupando um importante espaço no mundo educacional. Como podemos identificar o Brasil nesse contexto? A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E O FUTURO Arnaldo Niskier 1 - Qual a relação existente entre as transformações do mundo educacional e profissional e a educação à distância? A educação à distância pressupõe uma

Leia mais

Voluntário em Pesquisa: informe-se para decidir! Qual documento garante que os meus direitos serão respeitados?

Voluntário em Pesquisa: informe-se para decidir! Qual documento garante que os meus direitos serão respeitados? Ministério da Saúde Conselho Nacional de Saúde Voluntário em Pesquisa: O que é uma pesquisa, afinal de contas? Eu, um sujeito de pesquisa? Qual documento garante que os meus direitos serão respeitados?

Leia mais

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS Ari Lima Um empreendimento comercial tem duas e só duas funções básicas: marketing e inovação. O resto são custos. Peter Drucker

Leia mais

II. Atividades de Extensão

II. Atividades de Extensão REGULAMENTO DO PROGRAMA DE EXTENSÃO I. Objetivos A extensão tem por objetivo geral tornar acessível, à sociedade, o conhecimento de domínio da Faculdade Gama e Souza, seja por sua própria produção, seja

Leia mais

Condições de vida das pessoas com deficiência no Brasil

Condições de vida das pessoas com deficiência no Brasil Condições de vida das pessoas com deficiência no Brasil Relatório de Pesquisa de Opinião Pública Nacional Metodologia Pesquisa de opinião pública tipo quantitativa Universo: Cadastro de pessoas do IBDD

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás O presente informe técnico tem o objetivo de mostrar a importância da micro e pequena empresa para o Estado de Goiás, em termos de geração de emprego

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGOGICA DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A PRÁTICA PEDAGOGICA DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA A PRÁTICA PEDAGOGICA DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Jadson Gilliardy Barbosa de Souza¹; Maria Aparecida Alves Sobreira Carvalho 2 ; Valmiza da Costa Rodrigues Durand 3. Instituto Federal da Paraíba-

Leia mais

No final desse período, o discurso por uma sociedade moderna leva a elite a simpatizar com os movimentos da escola nova.

No final desse período, o discurso por uma sociedade moderna leva a elite a simpatizar com os movimentos da escola nova. 12. As concepções de educação infantil Conforme OLIVEIRA, a educação infantil no Brasil, historicamente, foi semelhante a outros países. No Séc. XIX tiveram iniciativas isoladas de proteção à infância

Leia mais

ORIENTADOR EDUCACIONAL

ORIENTADOR EDUCACIONAL ORIENTADOR EDUCACIONAL 01. A discussão sobre a Organização do Trabalho na Escola permitiu que fosse determinada uma das atribuições inerentes à Orientação Educacional que é: (A) organizar as turmas homogêneas,

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Previdência 20 Maioria dos brasileiros apoia mudanças na previdência Sete em cada dez brasileiros reconhecem que o sistema previdenciário brasileiro apresenta

Leia mais

Aline de Souza Santiago (Bolsista PIBIC-UFPI), Denis Barros de Carvalho (Orientador, Departamento de Fundamentos da Educação/UFPI).

Aline de Souza Santiago (Bolsista PIBIC-UFPI), Denis Barros de Carvalho (Orientador, Departamento de Fundamentos da Educação/UFPI). A Produção de pesquisas sobre Educação dos Programas de Pós-graduação (Mestrados e Doutorados) cadastrados na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações BDTD. Aline de Souza Santiago (Bolsista PIBIC-UFPI),

Leia mais

OFICINAS CORPORAIS, JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS - UMA INTERVENÇÃO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO

OFICINAS CORPORAIS, JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS - UMA INTERVENÇÃO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO OFICINAS CORPORAIS, JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS - UMA INTERVENÇÃO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SANTOS, Fernanda Costa 1 PEREIRA, Bruna Kely da Silva 2 CANEDO, Samara Rodrigues

Leia mais

RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO

RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO 1. Apresentação geral Entre os dias 15 e 18 de Abril de 2013 foram realizados encontros de quatro horas com os servidores e supervisores da Faculdade

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

Unidade II. Unidade II

Unidade II. Unidade II Unidade II 3 DIREITO DO TRABALHO 3.1 Conceito de empregador e empregado De acordo com o que estabelece a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva

Leia mais

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ Autores: Jaqueline Lima PALOMBO (Bolsista PIBIC-EM/CNPq); Nadia Rocha VERIGUINE (Orientadora); Ângelo Augusto FROZZA (Co-orientador). Introdução

Leia mais