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1 Prof. Roberth Fagundes

2 Prof. Dr. Roberth Fagundes

3 A variação fenotípica entre indivíduos em um população resulta dos efeitos do genótipo e do ambiente.

4 Potentilla glandulosa Hiesey, W. M., Clausen, J., & Keck, D. D. (1942). Relations between climate and intraspecific variation in plants. American Naturalist, 5-22.

5

6 Local Baixa altitude Média altitude Alta altitude Tamanho Pequenas Médias Grandes

7 Hipótese: Não há variação genéticas entre populações. Se não há variação genética, todas as populações crescerão igualmente.

8 Resultado: Houve variação no crescimento das populações. Conclusão: efeito do ambiente + efeito dos genes

9 Altura da planta (cm) 70 hábitat 60 Do vale Da encosta Do topo limite de tolerância 0 Baixa Média Alta Fator limitante Altitude

10 Flores

11 Sobrevivência

12 Sobrevivência + Crescimento + Reprodução = Fitness Ecótipos

13

14 Potentilla nivia nivia Potentilla nivia Potentilla nivia insularis Potentilla nivia chamissonis Grande e peluda Potentilla pulchella Pequena e glabra (cascalho da praia) Pequena e peluda (areia da praia) 17 populações 10 P. nivea 7 P. pulchella 64 medidas de forma 146 indivíduos 35 marcadores RAPD 146 indivíduos

15 Ordenação de Componentes Principais (PCO)

16 PCO Fenótipo

17 PCO Genótipo Mais variação entre que dentro

18 Potentilla nivia Potentilla nivia nivia Potentilla nivia insularis Potentilla nivia chamissonis Potentilla pulchella Grande e peluda Pequena e glabra (cascalho da praia) Pequena e peluda (areia da praia)

19 Habitat: Deserto Tamanho: 44cm Peso: 400g Come ervas e gramas, ou folhas na escassez N = 20 populações (Arizona) Temperatura: C Pluviosidade: mm/ano Altitude: m Sauromalus obesus

20 Frequência na população (%) Tamanho do corpo (mm)

21 Regressão linear Maior tamanho do corpo onde chove mais

22 A pluviosidade aumenta com a altitude Crescimento das gramíneas = Quantidade de recurso Variação da chuva reduz com a elevação Sobrevivência e Brotamento das gramíneas = Previsibilidade do recurso

23 15 jovens lagartos 6 populações: Altitude ( m) Criou em laboratório Hipótese: A variação no tamanho das populações não é causada por diferenças genéticas Resultado: Lagartos de áreas elevadas crescem mais Conclusão: Existe variação genética em populações vivendo em diferentes altitudes.

24 Jovens de baixa altitude crescem mais rápido Adultos de alta altitude crescem mais rápido

25 Condições ambientais Baixa elevação Alta frequência de secas Estação de crescimento curta Gradiente altitudinal Alta elevação Alta frequência de chuvas Estação de crescimento longa Energia armazenada para sobrevivência Pequeno tamanho corporal Adaptações Energia para crescimento e reprodução Grande tamanho corporal

26 descrevendo dados biológicos

27 Frequência na população (%) Variabilidade genética Variância Tamanho do corpo (mm)

28 Tamanho do peixe: Alimentação Peixes Comprimento do corpo (mm) Comprimento do corpo (41mm; 70mm) Amplitude: A = max min = = 29mm Variância = V = 56,2mm² Desvio padrão = V = 56,2mm² Média amostral: A = N1, N2, Ni N = = 56,8 Mediana amostral: A = valor médio = 57, 58 = 57,5

29 Tamanho do peixe: Alimentação Peixes Comprimento do corpo (mm) Média amostral: X = 56,8mm Variância = V = SS = 505,6 = 505,6 n = 56,2mm 2 Desvio padrão DP = V = 56,2 = 7,5mm Soma do quadrados: SS = (Ni X)² = 60 56, , , , , , , , , ,8 2 = 505,6mm² Comprimento do corpo de peixes = X ± DP (N) = 56,8 ± 7,5 mm (N=10)

30 Comprimento do corpo (mm) Comprimento do corpo (mm) 70 máximo Vmax amplitude 55 mediana média Vmin mínimo 40 Peixes 40 Peixes

31 Comprimento do corpo (mm) Comprimento do corpo (mm) Comprimento do corpo de peixes = X ± DP (N) = 56,8 ± 7,5 mm (N=10) Peixes 40 Peixes

32 Biólogo Biólogo Biólogo

33 Evolução é mudança nas frequências genotípicas da população.

34 Mudança na frequência genotípica de uma população ao longo do tempo.

35 12 alelos = 200 cores

36 Harmonia axyridris

37 SS = 0.81 SA = 0.18 AA = 0.01 frequência S = SS + (0.5 x SA) = = 0.9 frequência A = AA + (0.5 x SA) = = 0.1 frequência S + frequência A = = 1 probabilidade SS = fs x fs = fs² probabilidade SA = fs x fa + fa x FS = 2 (fs x fa) probabilidade AA = fa x fa = fa² SS = fs² = 0.9² = 0.81 SA = 2 x 0.9 x 0.1 = 0.18 AA = 0.1² = 0.01 Equilíbrio DE HARDY-WEINBERG fs² + 2(fA + fs) + fs² = 1 p² + 2pq + q² = 1

38 SEM FATOR EVOLUTIVO, TODA A POPULAÇÃO DEVE PERMANECER COM FREQUÊNCIA GÊNICA CONSTANTE. Acasalamentos aleatórios Sem mutações Tamanho populacional grande Sem migração Todos os fenótipos tem fitness igual

39 Mutações Reprodução sexuada Fluxo e Restrição gênica Seleção Natural

40 CARACTERÍSTICAS DOS PAIS INFLUENCIANDO A PROLE h 2 = V G V F variância genética hereditariedade variância fenotípica

41

42 h 2 = V G (V G +V E )

43 h 2 = V G (V G +V E ) = V G V G + 0 = V G V G = 1 Totalmente hereditário Nada hereditário h 2 = V G (V G +V E ) = 0 = 0 = V E V E

44

45 filhos pais Variavel X Variável Y

46 RELAÇÃO ENTRE FATORES Fator X Fator Y NULA LINEAR NEGATIVA LINEAR POSITIVA

47 MAIOR MAIS

48 Variavel X Variável Y

49 MAIOR

50

51 SQ = 60 SQ R² = SQ p = = y= 0.9x

52 y = a x + b Valor da resposta Coeficiente de variação (β) Constante (α) Valor do fator y= 0.9x

53 O coeficiente é 0 e indica que não há hereditariedade O coeficiente é médio e indica nível intermediário de hereditariedade O coeficiente é alto e indica nível alto de hereditariedade

54

55

56 r = ln(x 2 ln(x 1 ))/ t taxa de evolução (darwins) dimensão final do caractere dimensão inicial do caractere variação temporal

57 4,2 3,3 1,7

58

59 A seleção natural é resultado das diferenças em sobrevivência e reprodução entre genótipos devido em resposta à pressões ambientais.

60 A seleção natural age quando a variação fenotípica, devido a variabilidade genética, responde à pressões ambientais.

61

62 Organismos geram organismos semelhantes Existem variações entre organismos em uma população que são herdáveis A cada geração nascem mais organismos que o ambiente suporta. Alguns organismos sobrevivem e reproduzem mais devido a características físicas e comportamentais próprias (adaptações)

63 Seleção Natural é o mecanismo evolutivo que resulta do diferencial de sobrevivência e reprodução entre fenótipos sob determinada pressão ecológica. Princípio da variabilidade genética Princípio da hereditariedade Principio da reprodução diferencial Princípio da sobrevivência

64

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67 Grandes almofadas, muda de cor Corpo comprido, membros e calda finos Perna dianteira comprida, corpo achatado Corpo achatado, rabo comprido Corpo curto, membros traseiros compridos Corpo grande, almofadas grandes

68 Hipótese alternativa: nula: Não Há há efeito do do ambiente. Hipótese alternativa: Altura da árvore é um fator limitante. Gradiente de altura da vegetação Ilha fonte 2-6 machos 3-9 fêmeas 14 ilhas experimentais (10-14 anos) Lagartos terão Lagartos terão tamanho tamanho diferente de semelhante diferente da ao acordo com o da ilha fonte. ambiente Caractere: Tamanho dos membros

69

70 Tamanho e peso maior Lamelas maiores

71 árvores do continente tem 10m de altura árvores das ilhas entre 1 e 3m Ilhas diferentes do continente tem lagartos diferentes

72 Ilhas com árvores de galhos grossos tem lagartos com pernas compridas

73

74 Predação: Insetos e Plantas

75 Sapindaceae Jadera haematoloma

76 Consumo de semente Filogenia de Sapindáceas e as raças de Jaderos pequeno grande Largura do fruto

77 Hemípteros com probóscide maior em plantas com frutos mais grossos

78

79

80 espécies exóticas

81

82 Hemípteros tem tamanho semelhante mas maior probóscide em plantas nativas = adaptação

83 Crescimento Filhotes são semelhantes aos pais mas têm fitness maior em planta de origem

84 Sobrevivência e reprodução Sobrevivência maior quando come planta de origem Diferentes estratégias reprodutivas dependendo da planta hospedeira

85 produz semente continuamente sementes ricas em nitrogênio Tamanho e fenologia da planta são fatores evolutivos produz semente sazonalmente sementes ricas em lipídeos

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88 Calicebus miltoni

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94 Processos neutros, como deriva genética, podem mudar as frequências genéticas das populações, especialmente de populações pequenas.

95 Processos aleatórios que podem mudar a frequência genética em uma população, principalmente quando pequenas. DERIVA GENÉTICA MUTAÇÕES MIGRAÇÕES

96 Alteração aleatória em um gene que origina um novo gene com nova expressão fenotípica. Pode ser selecionado ou perdido por seleção natural, ou não ter efeito sobre o fitness do indivíduo.

97 Quando indivíduos saem ou entram na população alterando a frequência genética. Pode ocorrer também a fragmentação da população com possível formação de novas subpopulações.

98 Evolução de populações que ocorre pela seleção aleatória de diferentes alelos através das gerações sem causas adaptativas.

99

100

101 Margeando rios na face fria das montanhas 15 2,441m As populações isoladas sofreram deriva genética? As populações atuais podem desaparecer por deriva genética?

102

103 Diversidade genética Eletroforese em gel (16 sistemas enzimáticos) Populações maiores são mais geneticamente diversas Tamanho populacional (Log N)

104 Relação entre a distância genética entre subpopulações (acima) e a distância geográfica (abaixo, Km). 37Km = 3,8% 559Km = 1%

105

106 Plantago lanceolata Veronica spicata Aland, Finlândia Hipótese: Campinas maiores tem populações maiores da borboleta Miliateae cinxia

107 Densidade populacional (Ln X, N/m²) Densidade populacional (resíduos) Área da mancha de campina (Ln X, m²) Isolamento (m) endogamia

108 baixa sobrevivência baixa fecundidade baixa sobrevivência dos ovos larvas pequenas crescimento lento das larvas 200 EXTINÇÕES 114 COLONIZAÇÕES ENDOGAMIA

109

110

111

112 A variabilidade fenotípica entre indivíduos de uma população é resultado de efeitos combinados do genótipo e do ambiente. O modelo de equilíbrio de Hardy-Weinberg ajuda a identificar as forças evolutivas que podem mudar as frequências genéticas das populações. Seleção natural é o mecanismo de evolução das populações através das diferenças em sobrevivência, crescimento e reprodução entre fenótipos de uma população. A importância da variabilidade genética para a variabilidade fenotípica determina a força evolutiva da seleção natural. Processos evolutivos aleatórios, como a deriva genética, podem mudar as frequências gênicas, especialmente em pequenas e isoladas populações.

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