A importância da origem das plantas de sobreiro na arborização
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- Elias Macedo Marinho
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1 O MONTADO E A CORTIÇA A importância da origem das plantas de sobreiro na arborização 31 de Janeiro de 2014 Centro de Estudos Florestais
2 Porquê regenerar o montado? O Sobreiro é um elemento fundamental da paisagem, integrando uma elevada biodiversidade Hoje em dia este ecossistema é ameaçado por: Continua degradação dos solos, Intensos ataques de pragas florestais, aumento da frequência de fogos florestais e, alterações climáticas que contribuirão para o aumento dos défices hídricos. Apesar da sua importância sócio-económica, a adaptabilidade desta espécie às condições do meio está ainda pouco estudada
3 Porquê regenerar o montado? Árvores com baixa vitalidade, no período de 1998 a 2004, nas espécies mais representativas em Portugal Continental. (DGRF 2007) Desde a década de 70 as temperaturas máximas e mínimas subiram, em Portugal Continental, cerca de 0.5º C/década, o que corresponde a duas vezes mais do acréscimo observado na média da temperatura mundial. (DGRF 2007)
4 Porquê regenerar o montado? Sucesso na Reflorestação Selecção dos MFR Material Genético Técnicas de Viveiro Condições edafoclimáticas Sobrevivência Preparação da estação Período de plantação Competição Danos bióticos Transporte e manipulação das plantas
5 Regenerar o montado: importância da variação genética Controlando as condições de produção Fenótipo = Genótipo x Ambiente Manipulando a variação genética
6 Regenerar o montado: importância da variação genética Regenerar o montado: importância da variação genética Que forças modelam a variação genética?
7 Os ensaios genéticos: o que são ensaios de proveniência? Amostragem das populações 35 populações, cobrindo a área de distribuição da espécie. Povoamentos de regeneração natural representativos da região em que se inserem. 25 árvores por povoamento em 31 povoamentos e 1 lote único nos restantes. Fonte: Amostragem de indivíduos Árvores com boa frutificação. Distância mínima de 50 m. Bom estado sanitário. Idade superior a 50 anos. Fonte:
8 Os ensaios genéticos: o que o que são são ensaios ensaios de proveniência? de proveniência? Ensaios de campo instalados com delineamento experimental Fenótipo = Genótipo x Ambiente Semente de sobreiro de diferentes origens geográficas proveniências. Toda a área de distribuição natural da espécie está representada nestes ensaios Blocos Casualizados Completos: 30 blocos e 4 plantas por bloco.
9 Os ensaios genéticos: para o que servem são ensaios ensaios de proveniência? de proveniências? Os ensaios de proveniência são armazéns de material genético que permitem: Avaliar a variação genética inter e intra-proveniências Identificar e seleccionar as proveniências melhor adaptadas Delimitar regiões de proveniência Alocação de semente melhor adaptada a determinadas condições ambientais Sucesso das arborizações Viabilidade económica e ambiental do ecossitema montado
10 Os ensaios genéticos: qual a informação obtida? Características estudadas: Sobrevivência Crescimento Abrolhamento dos gomos foliares Danos foliares provocados por pragas Eficiência do uso de água
11 Os ensaios genéticos: qual o que a informação são ensaios obtida? de proveniência? Sobrevivência Maior sobrevivência Menor sobrevivência Ensaio % Norte 57,5 80,0 Centro 9,4 29,6 Sul 40,8 77,5 maior menor As proveniênciasmais ocidentais têm taxas de sobrevivência mais elevadas.
12 Os ensaios genéticos: o que são ensaios de proveniência? Altura Altura (m) Norte 11,5 16,5 Centro 7,4 18,0 Sul 16,2 24,3 As proveniências do Sul apresentam maior altura maior Eficiência de uso da água menor A maior eficiência do uso da águanão está associada a um menor crescimento
13 Os ensaios genéticos: o que são ensaios de proveniência? Tolerância à secura Eficiência de Uso da Água δ13c -26,600-26,800-27,000-27,200-27,400-27,600-27,800-28,000-28,200-28,400 ES5 ES6 ES7 ES8 ES9 ES10 ES11 IT12 IT13 IT14 IT15 IT16 MA27 TU33 FR3 AL34 MA29MA31 PT35 PT24 PT21 PT22 MA30 PT+ES25 PT23 MA26 FR2 PT19 TU32 PT18 PT17 PT20 MA28 FR1 FR4 Há diferenças significativas? SIM - P < 0,0007
14 Os ensaios genéticos: qual o que a informação são ensaios obtida? de proveniência? Fenologia Dia do abrolhamento 1 mês Precoces Temporãs Intervalo de 1 mês entre o abrolhamento das proveniências precoces e temporãs maior menor MV03 MV04: r = 0,533; p<0,001 MV04 MF04: r = 0,700; p<0,0001 MF04 MF05: r = 0,836; p<0,0001 Heritabilidade em sentido lacto 0,79-0,94 (Nanson, 1970)
15 Os ensaios genéticos: o que são ensaios de proveniência? Diff População Dano folha% a Marrocos - MA27 68 b Italia IT13 58 b Esp ES11 54 c França FR3 42 Abrolhamento Danos Foliares 1 mês Precoces Temporãs Proveniências mais precoces sofrem mais danos foliares maior menor Danos Foliares Altura: r = 0,62; p < 0,0001 Danos Foliares Abrolhamento: r = -0,46; p < 0,006 Danos provocados pela lagarta verde
16 Estudos em ambiente controlado: Proveniências contrastantes para características adaptativas 4 Populações contrastantes Landes (Alt.-20m) Puglia (Alt.-400m) Haza de Lino (Alt.-1300m) j Ain Rami (Alt.-300m) Precipitação mm Média Temperaturas Máximas o C Média Temperaturas Mínimas o C
17 Estudos em ambiente controlado: Proveniências contrastantes para características adaptativas a a c c b c b c c a a c c c b c b c c Foram observadas diferenças significativas na altura entre as populações logo no início do ensaio em ambiente controlado
18 Estudos em ambiente controlado: Proveniências contrastantes para características adaptativas a b c d d e f g g g a b b c d ef ef fg fg g g h i jl jl lm m n a b c d e e e g f f g h h h i j j j Esp Haza de Lino Marrocos Ain Rami Italia Puglia Controlo Def. Hídrico Potencialhídrico(ScholanderChamber Press). Eficiência do uso da água e Condutancia estomática(li-6400 Li-Cor)
19 Estudos em ambiente controlado: Proveniências contrastantes para características adaptativas 80 dias após suspensão da rega Sobrevivência Défice hídrico (%) Défice hídrico Raiz /parte aérea (g/g Raízes Défice hídrico ES 11 FR 3 IT 13 MA a 75 ab 55 b 65 ab 2,39 ± 0,52 bc 3,20 ± 0,23 ab 2,0 ± 0,43 c 3,12± 0,31 ab Controlo Raiz /parte aérea (g/g) Raízes Controlo 2,16 ± 0,4 bc 3,04 ± 0,42 abc 2,42 ± 0,26 bc 3,72 ± 0,39 a
20 Notas conclusivas Para ambiente dos ensaios de proveniência: as características adaptativas estudadas mostraram haver variação genética: populações de leste abrolham tendencialmente mais cedo; populações do sul crescem mais rápido; a eficiência do uso da água foi maior numa das populações com maior altura (Marrocos reef oriental, 300 m de altitude; 1280 mm de precipitação anual); Existe correlação positiva entre os danos foliares e o abrolhamento Em programas de reflorestação a origem da semente deverá ser um factor a considerar.
21 Teresa Sampaio Ana Rodrigues Carolina Varela Mª Sameiro Patrício João Santos Pereira Financiamento: PBIC/AGR/2282/95, PAMAF 4027, QLK5 CT /CREOAK, POCTI/41359/AGG/2001, Interreg - SUBPROGRAMA : 4 (Alentejo Centro -Extremadura) DEFOR-SO2/1.3/F64 - Interreg IIIB SO Développement forestier : La recherche au service du développement durable et de la compétitivité du secteur forestier sud ouest européen. - FFP - projecto nº Importância do controlo genético na sustentabilidade dos sistemas florestais e agro-florestais de sobreiro em Portugal PTDC/AGR-AAM/104364/2008 Obrigada pela vossa atenção Antonio Correia
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