APELL rumo a um gerenciamento social dos riscos ambientais
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1 APELL rumo a um gerenciamento social dos riscos ambientais Icaro A. da Cunha Grupo de Pesquisa em Gestão Ambiental na Costa, Portos e Sustentabilidade Mestrado em Gestão de Negócios Universidade Católica de Santos
2 Sustentabilidade Atender às necessidades humanas atuais e futuras Uso da técnica: cuidados com localização, poluição, riscos Uso perdulário de energia e recursos naturais Recursos renováveis e não renováveis respeitar e antecipar os limites População humana x base de recursos Proteger Biodiversidade e processos ecológicos
3 Sustentabilidade: um bom negócio? (Fernando Almeida, Porter e outros) crescente envolvimento das empresas, com evolução dos modelos de gestão a partir da certificação ISO redução de desperdícios, responsabilidade empresarial, busca da aceitação pelos diferentes grupos da sociedade: meio ambiente nas estratégias de negócios nova visão sobre a governança das empresas: distintos grupos de interesse com quem importa informar e negociar buscando relações de competição e cooperação em contextos de conflito
4 Sustentabilidade dos negócios A reputação ambiental da empresa é um ativo intangível, e sua construção faz parte, conforme o caso, da estratégia de negócios A reputação ambiental é construída na negociação dos conflitos com diferentes atores que participam do campo de influência das atividades da empresa
5 Conflitos ambientais Disputas entre grupos humanos ligadas a diferentes usos dos recursos ambientais Fenômenos complexos que envolvem mundo biofísico e sua dinâmica, relações sociais em cada sociedade, interações entre ambas estas esferas. Os conflitos mais freqüentes envolvem :.impactos ambientais de uns usos sobre outros,. disputas pelo uso dos recursos,. disputas pelos usos dos conhecimentos ambientais
6 Quem dá as licenças ambientais é a sociedade (Fernando Almeida) empresa sociedade governo
7 Política ambiental brasileira: transição depois de uma era de comando e controle Ênfase: licenciamento e fiscalização + Unidades de Conservação um processo gradual de inclusão de grupos da sociedade nas decisões ambientais Mecanismos participativos (audiências públicas, conselhos) e iniciativas do Ministério Público em defesa dos interesses difusos X limitações gerenciais decorrentes da carência de planejamento ambiental
8 Estratégia da empresa e gerenciamento de conflitos ambientais: desafios a empresa depende de aceitação e busca a melhor reputação ambiental os limites da governança ambiental (gestão pública e privada) promovem acirramento de conflitos
9 Gerenciamento de Riscos R = f x c f = freqüência ou probabilidade de ocorrência de um acidente, cuja redução se faz por medidas preventivas, tais como manutenção de equipamentos c = conseqüências dos acidentes, como danos ambientais ou vítimas, cuja redução depende de passos como bons planos de resposta a emergências.
10 Desafios para a gestão empresarial Gerenciamento de riscos : conflito e cooperação o papel da informação na construção de relações de confiança, e na formação da reputação ambiental risco ambiental do negócio: [ R = f x c ] x repercussão
11 [r = f x c] x repercussão Estudos de riscos Redução de probabilidades Redução de consequências Possibilidades de vítimas: planos de resposta rápida com informação Participação da comunidade: confiança Comunicação dos riscos: compartilhar informações nas diferentes etapas de gerenciamento (evitando acidentes; respondendo a acidentes)
12 Risco ambiental e agressividade do público Agressividade: resposta a dor ou ameaça de dor, real ou imaginária agravamento da agressividade: quando há risco imposto por terceiros, especialmente por ator com grande poder diferença nas percepções do risco (Sandman): para especialistas mensuração do perigo (estatística) para o público: indignação (certo x errado)
13 Tratamento da informação e resolução de conflitos Sonegar a informação é desrespeitar direitos e, por isso, é entendido como manipulação > como levar a informação e conquistar a participação da população em esquemas de preparação para emergências?
14 Desafio para a empresa: construir cooperação em contexto de conflito abrir a informação sobre o risco conquistar adesão de autoridades públicas e comunidade desenvolver plano de ação que tenha a confiança dos diversos setores da comunidade
15 Pânico causa morte de mais de 600 peregrinos em Bagdá Bagdá - Pelo menos 630 pessoas morreram e 237 ficaram feridas hoje na zona norte de Bagdá, durante uma peregrinação xiita. Segundo a rede de TV CNN, os peregrinos entraram em pânico com os rumores sobre a presença de dois terroristas suicidas no local. Desesperadas, centenas de pessoas tentaram fugir saltando de uma ponte sobre o Rio Tigre, que cedeu em parte.
16 APELL Alerta e Preparação de Comunidades para Emergências Locais. Desenvolvido pelo Departamento de Meio Ambiente e Indústria do Programa de Meio Ambiente da ONU. Década de 80: resposta ao fracasso dos planos de emergência em grandes acidentes ambientais como explosão de gás na Cidade do México e vazamento de isocianato de metila em Bhopal.
17 APELL Voltado a risco de acidentes cujas conseqüências ultrapassem os muros das empresas. Ir além do padrão tradicional onde só as instituições estavam preparadas para enfrentar os riscos.
18 Proposta do APELL Criar ou aumentar a conscientização da comunidade quanto aos possíveis perigos existentes na fabricação, manuseio e utilização de materiais perigosos e quanto às medidas tomadas pelas autoridades e indústria no sentido de proteger a comunidade local. Desenvolver, com base nessas informações, e em cooperação com as comunidades locais, planos de atendimento para situações de emergência, que possam ameaçar a segurança da coletividade.
19 APELL: um processo cooperativo. Organizar e manter Grupo Coordenador..... Preparo para emergências.. Conscientizar a comunidade.
20 APELL Grupo Coordenador Líderes da comunidade Autoridades locais Órgãos de Atendimento a emergências Gerentes de instalações perigosas
21 APELL em São Sebastião São Paulo
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23 São Sebastião no fim da década de 80: Conflito ambiental acirrado Grande transformação do território, da qual a instalação do Terminal fez parte Histórico de acidentes ambientais (220 até 2000) Histórico de situações de pânico
24 Dados Relevantes do Terminal: Área: 3 km2 Produtos: -Petróleo - Derivados (Nafta, Gasolina, Álcool,Querosene e Óleo Combustível para Navios) Tanques: 39 Capacidade Operacional: 1,8 milhões m3 Movimento de Navios: 60/mês 50 % do petróleo da economia brasileiraentação: 50% do volume de Petróleo do Brasil
25 Plano de Gestão de Riscos: Investimento: 36 milhões US$ (década de 90) Adequação do Plano de Emergência Interno Plano de Emergência Externo : - Implantação nos moldes do APELL Proposta pela Prefeitura de São Sebastião em 1992.
26 Política ambiental local Implantação : 89 a 92 Aspectos centrais para gerenciamento de riscos: Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007 Autorização ambiental com prazo de 2 anos (em paralelo ao gerenciamento de riscos pela CETESB, processo que daria resultados visíveis na segunda metade dos 90s)
27 Conselho de meio ambiente A discussão sobre risco sendo aberta à comunidade Composição diversificada, governo e não governo, incorporando dinâmica de conflito mas promovendo equilíbrio
28 APELL São Sebastião: quem? Cooperação: - Prefeitura, Petrobras, CETESB, Defesa Civil Estadual e Municipal, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Lideranças da Comunidade APELL São Sebastião: o que? Cenários Acidentais Plano de Emergência Cadastro da Comunidade Estratégia de Comunicação de Riscos: -Cartilha -Reuniões -Gincana -Dia do Alerta
29 APELL São Sebastião experiência de bom nível, considerada modelo internacional em mobilização da comunidade Estratégias: cartilha, gincana, Dia do Alerta Uma festa para comunicar riscos... Hipóteses acidentais: vazamento seguido de incêndio ou formação de nuvem inflamável
30 Uma festa para comunicar riscos... e conteúdos do plano de emergência: Alarme Pontos de encontro Como se informar Abrigo final
31 COMO AGIR NA EMERGÊNCIA Setores de Risco Área escolhida para o SIMULADO APELL 2002 COMDEC
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33 Resultados do APELL São Sebastião 2000: gincana do Dia do Alerta com participantes 2002 e 2003: Dia do Alerta com grande participação de moradores e escolas; inclusão da Delegacia / Cadeia 2006: exercício simulado com 2 escolas públicas
34 Terminal Aquaviário de Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007 Santos São Paulo
35 APELL Santos 2002, seminário na Universidade Católica de Santos traz a experiência de São Sebastião como exemplo Transpetro e Defesa Civil lideram iniciativa; Federação de Pescadores é a primeira liderança comunitária já incluida 2004: Seminário Internacional sobre Emergências Ambientais Plano de Emergência em desenvolvimento
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38 Santos Grupo de Coordenação discutiu cenários acidentais e primeiras estratégias de comunicação. Fase de desenvolvimento do plano de ação de emergência. Participantes: CODESP (Autoridade Portuária) CETESB (agência de controle de poluição) Capitania dos Portos ECOVIAS ITSEMAP ABTL Agência Costeira Defesa Civil Regional Defesa Civil Municipal TRANSPETRO UNISANTOS Bombeiros
39 Gerenciamento social dos riscos ambientais em situações em que acidentes ambientais podem ter conseqüências externas, não é possível gerenciar adequadamente os riscos ambientais sem articular esquemas de cooperação que incluam o público. a cooperação se apóia na construção de relações de confiança, que dependem de garantir acesso à informação sobre os riscos ambientais. A responsabilidade das empresas e do governo é fazer do gerenciamento dos riscos uma tarefa social, com a capacitação dos diferentes atores por meio da participação nas várias etapas de gestão. O desafio é construir uma gestão ambiental avançada.
40 para mais informações
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