IV Congreso SRA-LA 2018
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- Larissa Zaira Nobre
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1 Os entraves da análise de risco para definir políticas de planejamento urbano no entorno de indústrias Elizabeth Nunes Alves Universidade Federal do ABC, Planejamento e Gestão do Território Brasil elizabeth.alves@ufabc.edu.br; elizabeth@engine.eng.br Cidade do México, Outubro, 2018
2 A lacuna na gestão do risco industrial e aplicação em políticas públicas Setor Industrial Ciências sociais Acervo teórico Governo, gestores públicos, planos e políticas públicas Ciências exatas Acervo técnico Indústrias, órgãos ambientais, centros de pesquisa, associações de classe Setor público Setor industrial Setor público População vulnerável
3 População: 206 M hab. (2016) Indústrias: 338 mil (2016) ~1 indústria para 1000 hab PETROBRAS: 3ª maior petrolífera Lucro: US$ 19,5 bi (2010) VALE: 2 ª maior mineradora Lucro: US$ 17,8 bi (2010) Situação industrial no Brasil (FIESP, 2017): 21,7% do PIB em ,7% do PIB em 2016 = 1955 Cenário industrial brasileiro 8,3% hab. 3,1% ind. 7,4% hab. 7,5% ind. Distribuição Concentração populacional de indústrias por região por região 14,4% hab. 29,8% ind. 27,8% hab. 13,8% ind. 42,1% hab. 45,9% ind. Fontes: FIESP, 2018, IBGE, 2017
4 16 refinarias Polos industriais: Polo industrial de Camaçari, BA; Polo de Aratu, BA; Polo Gás-Químico de Duque de Caxias, RJ, Polo Petroquímico de Triunfo, RS; Polo Petroquímico do Grande ABC, SP Polos industriais no Brasil
5 Casos históricos Seveso, Itália, 1976 Vazamento de dioxina, fábrica de herbicida Morte de vários animais, pessoas doentes e abortos espontâneos Bhopal, Índia, 1984 Vazamento metil isocianto, fábrica de pesticida 4000 mortes, milhares de intoxicados Cidade do México, México, 1984 Explosão de GLP, base de armazenamento 650 mortes, 6400 feridos, perdas de 22,5 milhões de dólares Fonte: Frank P. Lees, 2005, Folha de São Paulo Vila Socó, Brasil, 1984 Vazamento de gasolina, oleoduto Mais de 100 mortes, 150 feridos
6 Tipos de acidentes industriais: Vazamentos químicos Colapso de estruturas Explosões Vazamentos de gás Envenenamentos Radiação Fonte: CRED Centre for research on the epidemiology of disasters, 2007 Perfil global dos acidentes industriais Distribuição do número de casos por continente desde 1980
7 Perfil global dos acidentes industriais Distribuição do número de fatalidades por continente desde 1980 Desde 2005: 15 mil mortes 16 mil feridos 51 mil desabrigados Perdas de 23 bilhões de dólares
8 Polo Petroquímico do Grande ABC: histórico 1º polo petroquímico planejado (1954)
9 Polo Petroquímico do Grande ABC: situação atual Alto grau de urbanização: 100 mil pessoas Assentamentos precários, corpos d água e faixas de dutos
10 1982 U.E SEVESO I: informações sobre as substâncias químicas e situações de acidente grave Marcos regulatórios OIT 174: prevenção de acidentes maiores e diminuição dos riscos e das consequências U.E. SEVESO II: relatórios de segurança com amplitude e gravidade das consequências dos acidentes. Controle da urbanização. BRASIL, CONAMA 237: Análise Preliminar de Perigo é especificada para licenciamentos. 10 /31
11 2001 Lei Estatuto da cidade: política urbana e instrumentos: plano diretor, uso e ocupação do solo, Estudo de Impacto à Vizinhança Marcos regulatórios CETESB P4.261: Norma para elaboração de Estudos de Análise de Risco Decreto 5098 P2R2: mapeamento de riscos, banco de dados e planos de emergência CETESB: Revisão da norma Lei Federal : faixa nãoedificável para dutovias. Critérios para segurança da população e meio ambiente. UE SEVESO III: planos públicos de emergência, comunicação do risco Brasil, Política Nacional de Segurança Química 11 /31
12 União Europeia Diretiva SEVESO II 1996 SEVESO III 2012 Diretivas de Seveso da União Europeia Controle da urbanização. Políticas restritivas para uso e ocupação do solo. Distâncias adequadas entre indústrias e áreas vulneráveis. Informação do risco à população com ações em caso de acidente. Relatórios de segurança: informações para tomada de decisão sobre ordenamento do território. Indústrias: fornecer elementos para Planos Externos de Emergência. Informações para o público: claras, compreensíveis e ativas.
13 Os resultados das Análises Quantitativas de Risco Mapa de vulnerabilidade: distância da consequência do cenário acidental Risco Social Risco Individual Mapas com curvas de iso-risco Fontes: Norma P4.261 CETESB (2011), Risk assessment and land-use planning regulations in France following the AZF disaster (Jerone Taveau, 2010), VROM Purple book (2005) 13 / 31
14 Produção acadêmica: mapeamento de risco e planejamento urbano País Enfoque Quantidade Estabelecimento Transporte Na-Tech Usinas de artigos químico Nucleares Alemanha 1 X Bélgica 1 X Canada 1 X China 3 X Eslovênia 1 X EUA 4 X X X França 8 X Grécia 1 X X Índia 1 X Itália 10 X X X Países Baixos 2 X Reino Unido 2 X Romênia 1 X Sérvia 1 X X X Suíça 2 X X X Turquia 1 X Total 40
15 Produção acadêmica: mapeamento de risco e planejamento urbano Tipo de artigo/ País Proposta, discussão ou estudo comparativo de metodologias para mapeamento de risco Estado da arte do mapeamento de risco apoiar o controle da urbanização Discutir lições aprendidas com acidente ocorrido Alemanha Bélgica Canada China Eslovênia EUA França Grécia Índia Itália Países Baixos Reino Unido Romênia Sérvia Suíça Turquia Total Discutir justiça ambiental 2 2 Discutir regulamentação local Total
16 Abordagens metodológicas para mapeamento de risco e planejamento urbano Baseada na consequência Baseada no risco Híbrida Determinística: baseada na experiência de peritos e cálculos grosseiros de distâncias seguras. Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, Luxemburgo e Suécia. Probabilística: considera frequências de ocorrências dos acidentes e as distâncias de risco. Reino Unido, Holanda e Grécia. Brasil adota para o licenciamento ambiental. Combina consequência e risco: aplica zonas de danos e matriz de consequência e frequência. França e Itália.
17 Achados nos Países Baixos sobre o tema-problema Risco Social contestado: complicado, não ser representado espacialmente Foco na proteção das pessoas, do meio ambiente e da economia 2014: início projeto de modernização da política pública de segurança química Necessidade da participação mais ativa da população nos processos de tomada de decisão
18 Achados nos Países Baixos Proposta de medidas para proteção
19 Achados nos Países Baixos Pesquisas em andamento Representação espacial do Risco Social Apoio à decisão para auto-resgate (SeReMo)
20 Proposta de gestão de risco de acidentes químicos e o Setor industrial Desafio Setor público População vulnerável planejamento urbano Política pública Medidas de segurança Compartilhar informações de risco Esta proposta faz parte da tese de doutorado de Elizabeth Nunes Alves em desenvolvimento (UFABC, Brasil) Técnicas: paredes cortafogo, valas, abrigos, rotas de fuga, alarmes Planejamento urbano: planos diretores Defesa civil: mapas com zonas de risco Aplicativo para a população vulnerável e defesa civil
21 Muito obrigada! Muchas gracias!
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