Gestão 2011/2014 Direção Executiva da CNTE

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3 Gestão 2011/2014 Direção Executiva da CNTE Presidente SUPLENTES Roberto Franklin de Leão (SP) Vice-Presidente Milton Canuto de Almeida (AL) Secretário de Finanças Antonio de Lisboa Amancio Vale (DF) Secretária Geral Marta Vanelli (SC) Secretária de Relações Internacionais Fátima Aparecida da Silva (MS) Secretário de Assuntos Educacionais Heleno Araújo Filho (PE) Secretário de Imprensa e Divulgação Alvísio Jacó Ely (SC) Secretário de Política Sindical Rui Oliveira (BA) Secretário de Formação Gilmar Soares Ferreira (MT) Secretária de Organização Marilda de Abreu Araújo (MG) Secretário de Políticas Sociais Marco Antonio Soares (SP) Secretária de Relações de Gênero Isis Tavares Neves (AM) Secretário de Aposentados e Assuntos Previdenciários Joaquim Juscelino Linhares Cunha (CE) Secretária de Assuntos Jurídicos e Legislativos Ana Denise Ribas de Oliveira (PR) Secretária de Saúde dos(as) Trabalhadores(as) em Educação Maria Antonieta da Trindade (PE) Secretária de Assuntos Municipais Selene Barboza Michielin Rodrigues (RS) Secretário de Direitos Humanos José Carlos Bueno do Prado Zezinho (SP) Secretaria Executiva Claudir Mata Magalhães de Sales (RO) Secretaria Executiva Odair José Neves Santos (MA) Secretaria Executiva José Valdivino de Moraes (PR) Secretaria Executiva Joel de Almeida Santos (SE) Carlos Lima Furtado (TO) Janeayre Almeida de Souto (RN) Rosimar do Prado Carvalho (MG) João Alexandrino de Oliveira (PE) Paulina Pereira Silva de Almeida (PI) Francisco de Assis Silva (RN) Denise Rodrigues Goulart (RS) Alex Santos Saratt (RS) Maria Madalena A. Alcântara (ES) CONSELHO FISCAL TITULARES Mario Sergio F. de Souza (PR) Ivaneia de Souza Alves (AP) Rosana Sousa do Nascimento (AC) Berenice Jacinto D arc (DF) Jakes Paulo Félix dos Santos (MG) CONSELHO FISCAL SUPLENTES Ida Irma Dettmer (RS) Francisco Martins Silva (PI) Francisca Pereira da Rocha Seixas (SP) Coord. do Depto. de Funcionários de Escola (DEFE) Edmilson Ramos - Lamparina (DF) Coord. do Depto. de Especialistas em Educação (DESPE) Zenaide Honório (SP) Endereço SDS Ed. Venâncio III, Salas 101/106, Asa Sul, CEP: , Brasília-DF, Brasil. Telefone: + 55 (61) Fax: + 55 (61) Site: cnte@cnte.org.br

4 ISSN Congresso Nacional da CNTE PNE: a Visão dos(as) Trabalhadores(as) em Educação Brasília, 13 a 16 de janeiro de 2011 ISSN Cad. Res. Brasília p jan. 2011

5 2011 CNTE Qualquer parte deste caderno pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Disponível também em: < Coordenação Marta Vanelli (Secretaria Geral) Coordenação Técnica Antonio Marques de Almeida Eduardo Beurmann Ferreira Secretaria Executiva Marcelo Francisco Pereira da Cunha Secretaria Administrativa Cristina S. de Almeida José Aristóteles Felipe Revisão Formas Consultoria (português e normas técnicas) Capa, Projeto Gráfico e Diagramação Frisson Comunicação Fotos Renato Alves Esta publicação obedece às regras do Novo Acordo de Língua Portuguesa. Foi feito depósito legal. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Caderno de Resoluções [do] 31 o Congresso Nacional da CNTE: O PNE na visão dos(as) trabalhadores(as) em educação / Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. (jan. 2011) Brasília: CNTE, Trienal ISSN Educação - Periódico. I. Congresso Nacional da CNTE (31 : 2010 : Brasília, DF) II. Título CDU: 37(05) Cristina S. de Almeida CRB 1/1817

6 Sumário Apresentação... 7 Conjuntura Internacional Conjuntura Nacional Política Sindical Política Educacional Balanço Político da Gestão Plano de Lutas Políticas Permanentes Antirracismo: política pública necessária Igualdade de gênero Saúde e direitos previdenciários dos(as) trabalhadores(as) em educação O direito de brincar e estudar Contra a homofobia e pelos direitos dos(as) homossexuais Juventude e combate às DSTs/AIDS Aposentados(as) Estatuto da CNTE Moções Cadernos de Resoluções, Brasília, p , jan Disponível em: < 5

7 Entidades Filiadas à CNTE SINTEAC/AC - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre SINTEAL/AL - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas SINTEAM/AM - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas SINSEPEAP/AP - Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá APLB/BA - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia SISPEC/BA - Sindicato dos Professores da Rede Pública Municipal de Camaçari SISE/BA - Sindicato dos Servidores em Educação no Município de Campo Formoso SINDIUTE/CE - Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará APEOC/CE - Sindicato dos Professores e Servidores de Estabelecimentos Oficiais do Ceará SAE/DF - Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar no Distrito Federal SINPRO/DF - Sindicato dos Professores no Distrito Federal SINDIUPES/ES - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo SINTEGO/GO - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás SINPROESEMMA/MA - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública Estadual e Municipais do Maranhão SINTERPUM/MA - Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Timon Sind-UTE/MG - Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais FETEMS/MS - Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul SINTEP/MT - Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso SINTEPP/PA - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará SINTEP/PB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba SINTEM/PB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa SINTEPE/PE - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco SIMPERE/PE - Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial de Recife SINPROJA/PE - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de Jaboatão dos Guararapes SINTE/PI - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí SINPROSUL/PI - Sindicato dos Professores Municipais do Extremo Sul do Piauí APP/PR - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná SISMMAC/PR - Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba SINTE/RN - Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública do Rio Grande do Norte SINTERO/RO - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Rondônia SINTER/RR - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima CPERS-SINDICATO/RS - Centro dos Professores do Rio Grande do Sul - Sindicato dos Trabalhadores em Educação SINTERG/RS - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande SINPROSM/RS - Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria SINTE/SC - Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina SINTESE/SE - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial de Sergipe SINDIPEMA/SE - Sindicato dos Profissionais de Ensino do Município de Aracaju AFUSE/SP - Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação APEOESP/SP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo SINPEEM/SP - Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo SINTET/TO - Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins

8 Apresentação O 31º Congresso Nacional dos Trabalhadores da Educação Básica Pública ocorreu em um momento ímpar para o país, em que a primeira mulher eleita Presidente da República tomou posse no cargo e quando o Congresso Nacional se preparava para debater e votar o Plano Nacional de Educação com vigência entre 2011 e Do ponto de vista da luta sindical, além de intervir no processo de debate do novo PNE visando contemplar a íntegra das deliberações da Conae 2010, sobretudo no que tange a perseguir a qualidade socialmente referenciada da educação, com equidade, por meio da aplicação de 10% do PIB e da destinação de 50% dos recursos provenientes da camada pré-sal para a educação, da constituição do Sistema Nacional de Educação calcado também na gestão democrática e na valorização profissional, os trabalhadores ainda pautaram (i) os eixos da mobilização em torno da implantação da Lei (PSPN) em todo país, assim como o julgamento do mérito da Adin no STF; (ii) a intervenção da CNTE no Congresso Nacional com vistas a aprovar projetos de interesse da educação e da 7

9 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE categoria; (iii) a implementação da Emenda Constitucional nº 59, que prevê a expansão do ensino obrigatório da pré-escola ao ensino médio; e (iv) a integração da CNTE à pauta da CUT e das demais centrais sindicais que compõem a Marcha da Classe Trabalhadora. O presente caderno contém as resoluções oriundas de diferentes forças políticas do movimento dos trabalhadores em educação que foram aprovadas nas plenárias deliberativas do Congresso. Nos próximos três anos, as instâncias deliberativas da CNTE se empenharão para consolidar os encaminhamentos congressuais, cuja divisão é a seguinte: Conjuntura Internacional e Nacional; Política Sindical; Política Educacional; Plano de Lutas e Políticas Permanentes. O Balanço Político constituiu um registro da gestão anterior da Confederação e as Moções, enviadas aos destinatários, expressam as posições da categoria sobre temas e acontecimentos de relevância no mundo político, sindical e educacional. Desde já, convidamos a todos e todas para fazer parte de nossa luta por uma escola pública universal, plural, democrática, laica e de qualidade socialmente referenciada. Diretoria Executiva da CNTE Janeiro de

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11 Conjuntura Internacional

12 A situação mundial segue marcada pela crise econômica iniciada nos Estados Unidos (centro do sistema capitalista internacional), em Assim, os povos resistem em aceitar a degradação e buscam avançar em seus direitos, de modo que o antagonismo entre os interesses dos trabalhadores e os da burguesia monopolista, dos povos e do imperialismo acentua-se em toda parte do mundo. Desde 2008, um clima de tensão instalou-se no mundo, após a eclosão da segunda grande crise do capitalismo. Prova disso é a irresponsável desregulamentação dos mercados de capitais nos países desenvolvidos e as condutas antiéticas de empresas e instituições financeiras, que fraudaram balanços contábeis, contribuindo para a formação da bolha imobiliária norte-americana. Como resultado, a crise financeira mundial continua gerando recessão em diversas economias e exigindo intervenção estatal para salvar o sistema laissez-faire; somente nos Estados Unidos, por exemplo, mais de US$ 1 trilhão do erário foi repassado à iniciativa privada a título de socorro. Já na zona do Euro, o pacote de ajuda a bancos e países com déficit na casa de dois dígitos (Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, entre outros) chegou a 750 bilhões. No entanto, como em outras crises, a classe trabalhadora foi a mais prejudicada. A postura adotada por alguns organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu, frente à crise da Grécia indicou isso: ajuda financeira condicionada a medidas ortodoxas, como arrocho 11

13 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE salarial, corte de aposentadorias e suspensão de investimentos públicos em políticas sociais. Na Europa, por sua vez, como resposta à crise financeira internacional, a mesma receita aplicada durante 30 anos de hegemonia neoliberal tem sido requentada, ou seja, continua a crença de que gastos excessivos do Estado motivaram a crise. Além disso, o desemprego nos Estados Unidos e na Europa aproxima-se de 10%; Grécia e França, em meio a violentos protestos, elevaram o limite de idade para a aposentadoria; e, em vários países europeus e asiáticos, houve redução de salários, além de demissões em massa. Do outro lado, os trabalhadores e suas organizações resistem e defendem as posições conquistadas pelas lutas da classe; assim, com greves gerais e mobilizações, os trabalhadores recusam-se a pagar o preço da crise com a perda de direitos. Mas qual é o papel de uma organização sindical neste cenário? Com certeza, não é o de carregar o peso da falência do sistema para os grupos de capitalistas e especuladores que criaram a atual crise. Na verdade, o sindicato, a CNTE e as demais centrais sindicais devem defender o que foi conquistado e recusar a política de ajuste proposta pelo FMI, mantendo a sua independência. A insatisfação da sociedade norte-americana, expressa na vitória dos republicanos nas eleições parlamentares de 2010, tem motivado o governo de Barack Obama a exportar os malefícios internos da crise para o mundo; a emissão desenfreada de dólares para comprar títulos do governo e fomentar o mercado interno 12

14 Conjuntura Internacional deu início a uma preocupante guerra cambial no mundo. Aliada a políticas de protecionismo e à subvalorização da moeda chinesa que mantém os produtos produzidos naquele país mais baratos que no resto do mundo, a estratégia estadunidense tende a acirrar os ânimos internacionais e a caminhar para relações de conflito com as nações prejudicadas. Por outro lado, os organismos multilaterais, tão efusivos nas crises no hemisfério sul, mantêm-se inertes à má influência dos países desenvolvidos na economia mundial. Nesse sentido, há tempos, grupos de países, sobretudo o G20, capitaneado pelo Brasil, clamam por uma nova ordem mundial, pautada na revisão da agenda dos organismos multilaterais e em suas composições, uma vez que o principal vetor da situação política internacional continua sendo a ação do imperialismo norte-americano para dominar o mundo; ainda detentor de posições-chave na economia mundial, o país dispõe de colossal força militar e nuclear, que constituem graves ameaças à segurança e à paz internacionais. Mas é possível que esses organismos que geraram a crise possam superá-la? Por se tratar de uma estratégia apta a interferir nas formas de organização e movimentação do capital e na logística beligerante das grandes potências, o mundo desenvolvido a rejeita com eloqüência, pois o principal vetor da situação política internacional continua sendo a ação do imperialismo norte-americano para dominar o mundo. 13

15 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Assim, seguem inalterados os impasses na rodada de Doha e nas conferências climáticas, continuam as promessas de fim das guerras no Iraque e no Afeganistão que rendaram, absurdamente, o prêmio Nobel da Paz a Obama em 2009, fomenta-se o projeto de bloqueio antimíssil EUA/Europa e se induz a necessidade de proteção das reservas fósseis no Atlântico Sul, de modo que a luta pela paz surge como uma das mais importantes frentes do combate anti-imperialista. Já na América Latina, as expectativas voltam-se à incipiente abertura econômica em Cuba, à ascensão e manutenção da hegemonia de governos democráticos, populares e revolucionários, com a conformação de um polo sul e latino-americano de países soberanos, com projetos nacionais compartilhados, e à ampliação do Mercosul. Com exceção do golpe de Estado em Honduras e dos conflitos diplomáticos envolvendo a Colômbia e a Venezuela, a paz e a democracia imperam no continente e o Brasil mantém-se como principal referência para as estabilidades política e econômica na região. Ainda, a exitosa relação Sul-Sul desenvolvida pelo Itamaraty, sobretudo com o continente africano, além de render dividendos ao país, tem ajudado diversas sociedades a se desenvolverem economicamente e a se inserirem no consumo mundial. Portanto, o grande desafio para a esquerda é justamente canalizar esse amplo movimento democrático e nacionalista em um grande projeto para a América Latina, em cujo processo a importância do Brasil é vital, sendo o maior PIB da região. 14

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17 Conjuntura Nacional

18 E studos de consultorias internacionais e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), bem como do Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), indicam que, nas próximas duas décadas, o Brasil alcançará o posto de 5ª maior economia do mundo; e com uma diferença: as desigualdades sociais no país tendem a diminuir substancialmente, o que não acontece em outras economias emergentes com taxas de crescimento superiores à brasileira. Não obstante o conservadorismo do Banco Central em relação à taxa de juros e às metas de inflação, o que pressupõe uma postura neoliberal que deve ser combatida, o mercado brasileiro cresceu acima da média mundial, contribuindo com a geração de empregos e a acumulação de mais de US$ 230 bilhões em reservas. Com isso, o desafio, na atualidade, é conduzir o processo político a um patamar mais promissor, ou seja, o Brasil precisa e tem condições de efetivar um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento com realizações arrojadas, o qual é chamado a suplantar os impasses e deformações resultantes das vicissitudes da sua história política e socioeconômica. No campo político, por sua vez, é urgente defender as reformas estruturais agrária, urbana, educacional, política, tributária e de democratização da mídia. Além disso, ainda na sua relação autônoma e independente com o governo, o sindicalismo e os movimentos sociais necessitam pressionar por mudanças na política macroeconômica, superando o tripé neoliberal que contém o desenvolvimento. 17

19 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Nesse sentido, o programa Bolsa Família e as políticas de recuperação do salário-mínimo conquistada pelas centrais sindicais e de expansão do crédito popular foram decisivas para consolidar o consumo de massas. Também, a infraestrutura do país tem sido recuperada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os bancos públicos transformaram-se em catalisadores do desenvolvimento, possibilitando ao Estado recuperar seu papel de articulador e indutor dos investimentos público e privado. Cabe ressaltar, ainda, que a descoberta do pré-sal projetou o Brasil à condição de potência petrolífera e que a Petrobras mais que duplicou seu valor entre 2003 e Contudo, o país ainda possui impressionantes atrasos sociais, que necessitam ser combatidos com afinco. No caso da educação, à luz da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009, ao se dividir a população com 15 anos ou mais por renda em cinco partes, verifica-se que os mais ricos estudam, em média, 10,7 anos, contra 5,5 anos da quinta parte mais pobre praticamente o dobro; já o analfabetismo literal acomete 9,7% da população brasileira acima de 15 anos. O país também possui uma das taxas de homicídio mais elevadas no mundo: 23,5 por grupos de 100 mil habitantes, além de a saúde ter se mostrado de baixa qualidade e em quantidade inadequada para atender à população; a média do investimento anual é de, aproximadamente, 7,6% do PIB, dos quais 45,6% são do setor 18

20 Conjuntura Nacional público (3,46% do PIB). Ainda, mesmo com a ampla liberação de crédito para a habitação nos últimos anos, cerca de 7 milhões de famílias ainda não possuem residência própria, 56% dos domicílios no país não estão ligados à rede de esgoto e cerca de 12 milhões de famílias não contam com serviços da rede geral de abastecimento de água. Esses dados alarmantes, no entanto, são heranças de 500 anos, nos quais o país foi governado por elites descompromissadas com o bem-estar da maioria da população. E os indicadores sociais da gestão do presidente Lula revela o quanto é possível reverter esse atraso, com vistas a construir uma sociedade sobre os pilares da igualdade, defendidos pela classe trabalhadora. Mesmo durante a crise financeira mundial, houve redução da desigualdade no Brasil, bem como o processo de emergência das classes sociais manteve-se sólido. De acordo com a PNAD/2009, entre 2003 e 2009, quase 30 milhões de brasileiros ingressaram na classe C, na qual as famílias detêm renda entre R$ e R$ 4.854; ao todo, são 94,9 milhões de brasileiros na classe média (50,5% do total da população). No mesmo período, mais de 20 milhões de pessoas subiram para as classes A e B, de renda acima de R$ 4.854, e os brasileiros das classes D e E passaram de pouco mais de 96 milhões para 73 milhões. Os principais fatores que explicam a ascensão social dos brasileiros são os aumentos da escolaridade, do emprego e da renda. Nos últimos oito anos, o país 19

21 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE criou mais de 14 milhões de postos de trabalho com carteira assinada e a participação da renda do trabalho nas riquezas do país atingiu o patamar de 66%, contra 19% dos benefícios assistenciais (Bolsa Família e outros) e 15% da previdência. Além disso, em cinco anos, quase 20 milhões de pessoas saíram da pobreza e o país passou a cumprir a Meta do Milênio na metade do tempo previsto a pobreza tinha de cair 2,7% ao ano e está caindo 4,32%. Dadas as novas condições estruturais do país, o eleitorado brasileiro optou por eleger, em 2010, após dois mandatos de Lula, a ex-ministra Dilma Rousseff para a Presidência da República. Na condição de primeira mulher a comandar o país, Dilma comprometeu-se a ampliar o espaço das mulheres no governo e a manter o combate às desigualdades de gênero na sociedade. Outro compromisso assumido pela presidenta refere-se à erradicação da miséria. Para tanto, torna-se imprescindível a aprovação de reforma tributária que priorize os investimentos sociais, a distribuição equitativa dos tributos entre as regiões e a inversão do injusto princípio regressivo de arrecadação do Estado brasileiro, combatendo o rentismo, pois se trata de uma linha econômica que sustenta o aumento da taxa de juros. A constituição do Fundo Social do Pré-Sal é um ponto decisivo para alavancar mais investimentos em infraestrutura, educação, cultura, saúde, ciência e tecnologia (C&T) e meio ambiente, por meio do modelo de partilha que garante mais recursos à União, bem como a sua distribuição a todos os estados-membros 20

22 Conjuntura Nacional da federação. Há, também, a democratização da comunicação social, para que a melhoria das condições de vida da população seja acompanhada de uma mudança progressista na cultura, na visão de mundo, na ideologia, na consciência das pessoas. Além disso, é preciso mais atenção para a educação, a cultura e os esportes. Outra pauta urgente diz respeito à reforma política, que deve rever as regras de financiamento de campanhas e da fidelidade partidária, pautando-se, ainda, no resgate do compromisso ideológico dos partidos políticos. Devemos transformar esses objetivos em iniciativas concretas de mobilização para a pressão social, o que é justificado pelo vale-tudo das oposições nas últimas eleições, que superou os pleitos anteriores e expôs o apetite insano das elites em reaver o poder a qualquer custo, mesmo com seus principais representantes derrotados nas eleições parlamentares. Sem apresentar um projeto consistente, a estratégia do candidato das elites ao Planalto pautou-se em ataques preconceituosos a diversas bandeiras sociais, a exemplo da descriminalização do aborto. Já a maior parte da grande mídia, a exemplo de 2006, comportou-se de forma deplorável e tendenciosa, fazendo as vezes dos partidos de oposição; essa postura foi contestada por diversos setores da sociedade, a ponto de os jornalistas terem organizado ato público em plena campanha para cobrar idoneidade dos meios de comunicação. Realizamos o nosso Congresso após a eleição de Dilma Rousseff como presidenta da República. Milhares 21

23 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE de sindicalistas e trabalhadores (da base da CNTE e da CUT, sobretudo) empenharam-se por esse resultado, o que revelou a vontade do povo brasileiro de impedir a volta dos privatistas do PSDB e do DEM ao poder, reafirmando as reivindicações por terra, salário, serviços públicos de qualidade e saúde e educação gratuitas. A eleição de Dilma Rousseff e a derrota do PSDB/ DEM devem ser comemoradas pelos partidos de esquerda e pelos movimentos sociais por três motivos fundamentais: i. ela se comprometeu a dialogar com os movimentos sociais e nunca reprimir; ii. ela se comprometeu a erradicar a miséria e continuar mudando o Brasil; iii. uma mulher na presidência é importante para combater a discriminação machista que afeta a população brasileira. Os movimentos sociais já aprenderam, contudo, que não basta eleger um presidente ou presidenta da República [ou um governador (a), prefeito (a)], uma vez que o Estado brasileiro, ao longo dos séculos, não foi construído para favorecer os trabalhadores, mas para favorecer os grandes capitalistas, os latifundiários, os ricos e os poderosos. Mesmo com a tendência de forte oposição da mídia ao governo federal, nos próximos quatro anos, a presidenta Dilma tende a ter maioria no Congresso e ser capaz de aprovar reformas que conduzam o país a um processo mais acelerado de transformação social. 22

24 Conjuntura Nacional Ao final de seu mandato, o Brasil sediará a Copa do Mundo de Futebol da Federação Internacional de Futebol (FIFA), (2014), e a cidade do Rio de Janeiro deverá ser preparada para receber as Olimpíadas de 2016, duas recentes conquistas que também precisam ser traduzidas em benefícios a toda a sociedade brasileira. 23

25 Política Sindical

26 A s frentes de luta da CNTE têm exigido não apenas uma articulação sindical vertical com as afiliadas em torno da valorização profissional e do direito de todos e todas à educação pública, democrática e de qualidade socialmente referenciada, como também articulações horizontais com organizações, fóruns e colegiados nacionais, sobretudo com a CUT, à qual a CNTE é filiada. Internacionalmente, as relações abrangem as pautas da Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas, da Confederação Sindical Internacional, bem como das entidades a que a CNTE é filiada, como a Confederação dos Educadores Americanos (CEA) e a Internacional da Educação (IE). Tudo isso porque as mazelas das políticas neoliberais e a crise financeira mundial, que ainda ameaça a estabilidade econômica, têm planificado os enfrentamentos dos trabalhadores e das trabalhadoras no planeta, uma vez que os problemas sociais tornaram-se endêmicos, abrangendo, inclusive e fortemente, os países desenvolvidos. No Brasil, em que pese o rápido combate à crise mundial e à redução gradativa das desigualdades especialmente no aspecto do aumento e distribuição da renda, da queda do desemprego, da valorização dos servidores públicos federais, da crescente formalização do trabalho e do consequente amparo social aos novos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), graves problemas ainda afligem os trabalhadores, principalmente no tocante à garantia de 25

27 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE direitos sociais, como a educação, a saúde e a segurança de qualidade. Nesse sentido, a luta sindical deve, cada vez mais, atentar não só para os direitos afetos às relações de trabalho, mas também aqueles intrínsecos ao bem-estar da classe trabalhadora, incluindo os direitos individuais das presentes e futuras gerações. Quanto à luta dos educadores, mesmo com a ampla mobilização da categoria, a aprovação do piso salarial do magistério e a previsão de sua extensão aos demais profissionais da educação ainda não conseguiram se reverter em efetiva política de valorização, pois os gestores públicos insistem em não observar os princípios da Lei nº /08, que se mantém sub judice no STF. Muitas greves já se deflagraram por essa razão e, em alguns locais, avanços têm ocorrido. Contudo, é preciso universalizar a implantação do PSPN; para tanto, a CNTE tem agido tanto no STF cobrando o julgamento do mérito da Adin nº quanto em nível dos Executivos e do Parlamento, exigindo o cumprimento integral da Lei Federal. Do ponto de vista da amplitude de direitos, a CNTE tem reafirmado a sua participação no debate social, criando o Coletivo Nacional Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT) no âmbito da Secretaria de Direitos Humanos. Já o Coletivo da Juventude deve ser constituído não só com a finalidade de renovar a representação sindical, mas também para atender com maior direcionamento às demandas desse segmento estratégico para o futuro da educação pública de qualidade. 26

28 Política Sindical Em matéria de Congresso Nacional, a atuação da Confederação, no último período, contou com o apoio de parlamentares comprometidos com o movimento dos trabalhadores em educação, os quais tornaram possível a aprovação de importantes pautas da categoria e da educação em geral. Nesse sentido, além do PSPN, os funcionários de escola foram reconhecidos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), garantiu-se financiamento público a todo o nível básico de ensino, eliminou-se a incidência da Desvinculação de Receitas da União (DRU) na educação, ampliou-se a obrigatoriedade do ensino (4 a 17 anos), entre outras conquistas. Entretanto, a nova legislatura no Congresso Nacional não contará com essa ampla representação dos educadores, situação que exigirá esforço redobrado da CNTE e do conjunto das entidades educacionais, a fim de manter a perspectiva de ampliação dos direitos da categoria e de melhoria da educação. Destacamos, nesse contexto, o papel dos sindicatos e movimentos sociais na CONAE, expressando uma perspectiva do Sistema Nacional de Educação que contemple as necessidades da classe no que tange à elevação do seu nível de escolaridade, ao acesso e à permanência em todos os níveis de ensino, na responsabilização do Estado com percentuais mínimos de investimento. Esse reconhecimento das centrais sindicais pelo Estado brasileiro gerou a recente unificação das lutas da classe trabalhadora; portanto, devemos continuar a luta pela liberdade sindical e pela proteção do direito de sindicalização. 27

29 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE A ratificação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que trata da negociação coletiva no serviço público constituiu uma das pautas conjuntas das Centrais e, com ela, os servidores públicos tiveram reconhecidos os direitos de greve, de organização e negociação junto aos governos, de independência e de proteção contra atos de ingerência das autoridades públicas na formação, funcionamento e administração de suas organizações sindicais. Cabe ressaltar que o direito de greve é uma conquista fundamental dos trabalhadores, de forma que devemos ficar atentos para qualquer ataque que possa reduzir a sua extensão e inviabilizá-lo, não aceitando nenhuma ingerência, seja do Estado, patrões e/ou sociedade civil. Além disso, o histórico acordo que garantiu a política de aumento real do salário-mínimo também compôs a luta unificada, bem como a Convenção 158 da OIT, ainda pendente de ratificação, que proíbe a dispensa arbitrária e discriminatória de trabalhadores pelos patrões. Outro desafio da classe trabalhadora refere-se à regulamentação do direito nacional de greve dos servidores públicos, que o STF, alegando omissão do Congresso, passou a decidir com base na legislação da iniciativa privada. A matéria já foi pauta do Fórum Nacional do Trabalho, mas falta consenso para a sua aprovação no Parlamento. Não obstante a equivocada contrarreforma da previdência e o veto ao fim do fator previdenciário, durante a gestão do presidente Lula, os condutos de 28

30 Política Sindical interlocução dos trabalhadores com o governo foram aprimorados, possibilitando avanços da luta sindical em diversos aspectos, tais como: legalização das centrais sindicais, Política de Valorização do Salário-Mínimo, retirada do projeto de flexibilização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), reajuste aos servidores públicos e aos aposentados, ampliação facultativa da licença-maternidade para 180 dias e veto à Emenda nº 3. Esse cenário mantém a perspectiva de atuação autônoma e independente da CUT e das demais Centrais frente ao governo de Dilma Rousseff, do qual se espera o aprofundamento das políticas de inclusão social, de aumento da renda e de garantia de direitos dos trabalhadores. Tais tarefas, sintonizadas e amalgamadas na experiência da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora e de seu documento unitário Agenda da Classe Trabalhadora, devem compor o cerne do debate da nossa ação sindical, reforçando a organização do movimento sindical formação, juventude, comunicação e organização de base. Embora previsível, o processo de crescimento econômico tem imposto desafios estruturantes ao país, entre os quais a capacitação dos trabalhadores para ocupar postos estratégicos no mundo do trabalho. A carência de profissionais atinge vários setores, inclusive a educação, sendo que, nessa área, as razões para o déficit profissional, sobretudo no magistério nas disciplinas de biologia, exatas e língua estrangeira perpassem pelos baixos salários e pelas más condições de trabalho, impondo à Confederação a manutenção de sua 29

31 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE pauta de mobilização direcionada ao avanço e à implementação das políticas de valorização dos profissionais da educação. No período que se inaugura, a capilaridade das ações da CNTE deve se fortalecer com a campanha nacional de filiação de sindicatos municipais de trabalhadores em educação e/ou por meio da representação das afiliadas junto às municipalidades. Já a mobilização da categoria deve visar ao fim do impasse sobre o PSPN no STF, à sua implementação em todo Brasil, bem como ao envolvimento de setores organizados da sociedade e da comunidade escolar na implantação efetiva das diretrizes do novo PNE. Nesse sentido, algumas bandeiras a serem priorizadas pela CNTE e por todo o movimento sindical no próximo período, já iniciado, são: a) aprovação de uma política nacional de valorização do salário-mínimo, exigindo o valor de R$ 580,00, proposto pela CUT e demais centrais sindicais; b) redução da jornada de trabalho, sem redução de salários (para 40 horas semanais e com regulamentação das horas extras); c) formalização do trabalho retirar milhões de trabalhadores da informalidade, sem alterar o padrão de direitos já conquistado; d) instituição de mecanismos de democracia participativa; e) democratização dos meios de comunicação; f) nova relação dos governos com os servidores públicos; g) incorporação de políticas públicas universais que garantam a permanência da juventude no sistema educacional; 30

32 Política Sindical h) organização sindical de todos os servidores públicos, em todas as esferas governamentais; i) defesa do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos; j) defesa de um modelo que assegure o desenvolvimento sustentável e garanta a existência do planeta, dos seres humanos e de suas gerações futuras; k) defesa da integralidade/universalidade do Sistema Único de Saúde (SUS), para que todos os trabalhadores tenham direito ao acesso gratuito aos serviços de saúde. 31

33 Política Educacional

34 U ma grande conquista da CNTE, na última gestão, consistiu em consolidar o processo de reversão das políticas fragmentadas na educação rompendo com uma das heranças neoliberais e, consequentemente, em ver adotada a política de concepção sistêmica por parte do Ministério da Educação (MEC). Todavia, a ausência de sólida gestão democrática nas instâncias educacionais ainda impõe dificuldades aos trabalhadores e à sociedade no sentido de garantir o máximo de coerência dos gestores na implementação das políticas públicas. Após um período tão longo de abandono e sucateamento da educação pública, agravado pelos oito anos do governo neoliberal de FHC/Paulo Renato, persiste um passivo acumulado que, mesmo nos oito anos do governo Lula, não foi enfrentado e que exigirá do próximo governo a definição de um projeto mais avançado para enfrentar os problemas que afligem a educação brasileira. No âmbito do MEC, algumas dualidades foram marcantes. Embora o Ministério tenha incentivado e financiado todas as etapas da CONAE, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e o Plano de Ações Articuladas (PAR), quando de suas implantações, careceram de diálogo com os movimentos sociais. Já o apoio ao conceito de PSPN durante a tramitação do Projeto de Lei no Congresso contrastou com a sugestão equivocada de reajuste para E, sobre esses pontos, a CNTE também deve manter a sua atuação. Em 2008, a LDB estabeleceu como dever do estado garantir vagas às crianças de até 4 anos de idade 33

35 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE em escolas públicas próximas às suas residências. Ainda, no currículo, foram acrescentados a obrigatoriedade das aulas de música, o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, bem como as disciplinas de filosofia e sociologia em todas as séries do ensino médio. O MEC/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) incluiu, assim, a discussão da educação em direitos humanos nas escolas. Contudo, constatamos a necessidade de politização desse debate, como também de exigir que essa e toda discussão sobre políticas educacionais sejam trazidas à mesa de negociação com a CNTE e as centrais sindicais, tanto na formulação quanto na avaliação das políticas. A inclusão da educação profissional técnica de nível médio na LDB foi outro fator importante para os estudantes e para a formação continuada dos trabalhadores, pois determinou que, uma vez atendida a formação geral, ela poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas, de forma articulada ou concomitante com o ensino médio ou, ainda, de forma subsequente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio. Ainda na educação profissional e tecnológica, os cursos de graduação e pós-graduação, conforme preceito da Lei nº , de 16 de julho de 2008, possibilitaram à CNTE incluir no catálogo de cursos dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs) cinco áreas de formação profissional, voltadas 34

36 Política Educacional aos funcionários da educação. Além disso, a educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional; o Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação (Profuncionário) possui essa mesma característica e atende a milhares de funcionários da educação básica pública, nos cursos de nutrição escolar, infraestrutura e meio ambiente, secretariado escolar e multimeios didáticos. A definição de uma política de formação para os funcionários, coordenada pelo MEC em parceria com diversas instituições, inclusive a CNTE, motivou a adesão dos funcionários de várias regiões do Brasil, que encontraram no Profuncionário a oportunidade de adquirir o conhecimento técnico em várias áreas relacionadas à sua atuação, lançando a perspectiva de investimento cada vez maior em sua formação profissional e revigorando a luta pelo desenvolvimento na carreira. A profissionalização também aguçou a consciência de classe, resultando em um processo de maior participação nas lutas sindicais, e intensificou o sentimento de que somos todos trabalhadores em educação, enfrentando os mesmos desafios e movidos pela mesma necessidade de transformação social. Outra importante conquista da categoria foi o piso salarial profissional nacional para o magistério público da educação básica, instrumento de luta pela valorização profissional que, por inércia da Justiça e descaso de muitos gestores, não tem sido aplicado pela maioria dos governadores e prefeitos, à luz da Lei nº /08. Nesse sentido, a intensa mobilização da CNTE fez com 35

37 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE que o relator da Adin no STF, ministro Joaquim Barbosa, disponibilizasse o seu relatório para a pauta do Tribunal, mas, até o momento, a matéria não foi julgada, de modo que a luta da categoria permanece em manter a integral constitucionalidade da Lei do Piso. Ainda, em 2009, tornou-se obrigatória e gratuita a educação básica dos quatro aos dezessete anos de idade, assegurado o direito aos que não tiveram acesso na idade adequada, bem como os programas suplementares de material didático, transporte, alimentação e assistência à saúde foram estendidos aos estudantes de toda a educação básica. Muitas dessas conquistas foram incorporadas à Constituição Federal, por meio da Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009, que também: i. reforçou a necessidade do regime de colaboração nos termos do PNE entre os entes federados, para assegurar a universalização do ensino obrigatório, até 2016; ii. estabeleceu o fim da DRU na educação; iii. previu a fixação de meta para a aplicação de recursos públicos em educação na proporção do PIB. Já como forma de envolver as famílias no processo pedagógico da escola, a Lei nº , de 6 de agosto de 2009, atribuiu aos estabelecimentos de ensino a tarefa de informar aos responsáveis dos estudantes a sua frequência e o rendimento, bem como a execução da proposta pedagógica da escola. Por sua vez, a Lei nº , de 6 de agosto de 2009, que definiu quem são os 36

38 Política Educacional profissionais da educação, à luz da exigência do parágrafo único do art. 206 da Constituição, além de atender à antiga demanda da CNTE, contribuiu para fortalecer o direito à aposentadoria especial dos profissionais do magistério e garantiu o reconhecimento profissional dos funcionários da educação. Em 2010, foi consolidado o processo de mobilização da CONAE, iniciado nas etapas municipais, regionais, estaduais e distrital. A participação da CNTE ficará marcada na história da entidade, pois, além de conseguir ampliar a sua representação, a Confederação articulou-se com outros segmentos da educação básica, profissional e superior e conseguiu aprovar todas as propostas da categoria, além de neutralizar propostas adversas aos interesses da nossa classe, o que foi possível pelo aprofundamento do debate do documento de referência, pela participação efetiva da base e dos delegados e pela adoção de estratégias compatíveis com os objetivos da CNTE. A continuidade da luta será pela instituição do Fórum Nacional de Educação e pela inserção das resoluções da CONAE no novo PNE. Desafios A formação inicial dos profissionais da educação, em que pese o acerto da proposta do MEC em ofertá-la, gratuita e preferencialmente, em instituições públicas de ensino superior, ainda carece de revisão de sua base curricular, a fim de aproximar-se das demandas escolares, 37

39 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE impostas pelas novas gerações e pela necessidade dos profissionais em adquirir novos conhecimentos, sobretudo de técnicas e tecnologias pedagógicas. E, embora seja muito salutar garantir a formação de nível superior a todos os educadores, igualmente importante é manter e qualificar o Curso Normal de nível médio, bem como os cursos técnicos voltados aos funcionários da educação, na perspectiva de itinerário formativo e de garantia do atendimento universal da educação infantil e dos anos iniciais do fundamental. Nesse sentido, a formação continuada, também instituída pelo MEC por meio da Política Nacional de Formação dos Docentes e da Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Funcionários da Educação, atende à reivindicação da CNTE de oferta gratuita pelo poder público, porém é preciso um maior comprometimento dos estados e municípios com a aplicação dessas ações; paralelamente aos cursos de formação continuada, ainda são necessários investimentos para a formação no local de trabalho, para o fortalecimento da gestão democrática, para o estímulo ao processo pedagógico e para a formatação de projetos multidisciplinares direcionados ao currículo da educação básica. Além disso, o ingresso na carreira apresenta-se como um desafio do tamanho do Brasil, tendo como tarefa principal o combate à contratação temporária e à terceirização, assim como a exigência de concurso público nas esferas de governos. A proposta de concurso público nacional, apresentada pelo MEC, pode contribuir com esse objetivo, uma 38

40 Política Educacional vez que prevê a colaboração técnica e financeira do Ministério para os estados e municípios que aderirem ao concurso; assim, funcionaria como mais um instrumento na construção do sistema nacional de educação e da carreira nacional dos professores. Ainda, o concurso nacional também pode interferir na indústria de serviços educacionais oferecidos por diversas empresas sem qualificação, constituindo um instrumento de ingresso na carreira que não deve ser utilizado em qualquer tipo de meritocracia. É preciso, também, avançar na regulamentação do regime de colaboração, destacando o estabelecimento de mecanismos de fiscalização e controle que assegurem o cumprimento da aplicação dos percentuais mínimos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino, e de instrumentos que promovam a transparência na utilização dos recursos públicos pelos sistemas de ensino e pelas escolas, para toda a comunidade local e escolar. Por sua vez, o piso salarial, a carreira e a jornada de trabalho são indicadores da qualidade social da educação e devem permanecer na pauta de lutas da categoria, visto que são instrumentos essenciais à valorização dos profissionais da educação; no entanto, ainda é preciso desenvolver ações junto à sociedade para cobrar políticas que atendam às demandas e que façam os governantes assumirem de fato seus discursos de priorização da educação, garantindo que 2/3 da jornada de trabalho seja dedicada à aula-atividade, além do cumprimento correto do valor do PSPN de R$ 1.312,85, 39

41 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE referente a janeiro de 2010 diferentemente da política de reajuste do salário-mínimo, que vem sendo discutido com as centrais sindicais, o MEC não contribuiu com o fortalecimento da Lei do Piso ao publicar que, com o último reajuste, o valor atual seria de R$ 1.024,00, para uma jornada de 40 horas. Em suma, as condições adequadas de trabalho implicam rever o currículo e a infraestrutura escolares, os salários, a política de formação continuada nos locais de trabalho e o cuidado com a saúde dos educadores. A gestão democrática da escola, das redes e dos sistemas de ensino é o instrumento catalisador do enfrentamento dos desafios educacionais; em outras palavras, organizar a comunidade escolar é mais uma tarefa que os trabalhadores em educação devem cumprir, organizando-se nos locais de trabalho, estimulando a criação e o fortalecimento dos grêmios estudantis, das associações de pais e mães e dos conselhos escolares, participando dos diversos conselhos na educação e atuando de forma decisiva, a fim de envolver a comunidade escolar na construção do projeto político-pedagógico da escola. Essas ações, além de consolidar a gestão democrática, contribuem para a vivência da prática cidadã no espaço escolar, que, certamente, será utilizada em outros espaços da sociedade. O financiamento é outro poderoso instrumento para superar os desafios na educação brasileira. Nesse sentido, o advento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e, por dentro da lei 40

42 Política Educacional que o criou, as conquistas do PSPN do atendimento à educação infantil, de valores maiores para a educação especial e da ampliação dos recursos aplicados na educação básica por parte da União contribuíram para que o Estado brasileiro assumisse a responsabilidade com a educação básica e superior e alcançasse, ainda que insuficientemente à luz das demandas educacionais, os atuais 5% do PIB em investimentos na educação. É impossível elevar o Brasil da 73ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) sem investir mais recursos na educação; por isso, alcançar o patamar de 7% do PIB é um passo importante para o novo PNE. Entretanto, entendemos que, para combinar as virtudes do crescimento econômico que elevará o Brasil à 5ª potência econômica mundial com a qualidade de vida dos países desenvolvidos, é preciso alcançar o patamar de 10% do PIB em educação não podendo ocorrer redução, em valores absolutos, com eventuais resultados negativos do PIB, a fim de que esta política pública cumpra o seu papel de garantir bem-estar e conhecimento dignos a todos os brasileiros. Propostas Além de atuar sobre os desafios apresentados, a CNTE, seguindo a trajetória de ocupar espaços e disputar políticas, nos próximos três anos, reforçará a sua atuação sobre os seguintes eixos: 41

43 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE i. incidir decisivamente na elaboração do PNE, dos Planos Estaduais de Educação (PEEs) e dos Planos Municipais de Educação (PMEs); ii. aprofundar com os gestores a discussão sobre o Regime de Colaboração, a fim de avançar na consolidação do Sistema Nacional de Educação; iii. lutar, de forma permanente e cotidiana, pela valorização dos profissionais da educação, aplicando integralmente a Lei do Piso (11.738/08) e a que reconhece os funcionários de escola como profissionais da educação (12.014/09), bem como o inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal, que determina o piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação. O Departamento de Especialistas em Educação (DESPE) da CNTE, que contribuiu, nos últimos três anos, com o debate sobre a formação de pedagogos e as políticas para a educação infantil, deverá ampliar seu trabalho, na perspectiva de subsidiar a investigação e as ações da Confederação acerca da escola de tempo integral, do direito de acesso à educação das pessoas de 4 a 17 anos de idade e da construção coletiva do projeto político-pedagógico da escola. Assim, buscando organizar o DESPE nos estados e nacionalmente, estamos propondo: a. que todas as filiadas façam encontros regionais até agosto de 2011, como também elejam os coletivos regionais; b. um encontro centralizado em novembro de 2011 e eleição da coordenação; c. o mapeamento dos especialistas via filiada; d. a continuação da luta pela regulamentação da gestão democrática, com a eleição para dirigentes escolares, e pela aplicação imediata da aposentadoria especial aos especialistas. 42

44 Política Educacional Apesar de o povo brasileiro ter derrotado por três vezes consecutivas o retorno dos condutores do modelo neoliberal ao poder central, ainda persistem e ganham força as propostas de adoção dos métodos mercadológicos da qualidade total para o gerenciamento dos serviços públicos, nos quais o mérito passa a ser o parâmetro definido para o desenvolvimento na carreira e a premiação aos que atingirem as metas, o artifício utilizado para arrefecer a luta pela valorização profissional e conquistar a aprovação da população. Para combater esse modelo, será necessária uma atuação firme e unitária do movimento sindical no sentido de desmascarar mais essa farsa, apresentada como alternativa para solucionar os graves problemas educacionais brasileiros. Contrapondo as propostas gerenciais de meritocracia, a avaliação da educação deve ser processual, qualitativa e de caráter sistêmico e democrático, compreendendo-se como instrumento de aperfeiçoamento do processo educacional. Nesse sentido, é imperioso reafirmar a posição do PNE da Sociedade Brasileira (1997), que indica que a avaliação interna e externa das instituições educacionais deve levar em conta os seus recursos, sua organização, suas condições de trabalho, o padrão único de qualidade e, no caso da educação superior, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, visando a alcançar resultados socialmente significativos. Além disso, devemos exigir a revogação da Lei nº 6.094, de 24 de abril de 2007, e lutar por uma nova lei 43

45 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE que garanta a implantação do plano de carreira, cargos e salários para os profissionais da educação. Por sua vez, o Programa Universidade para Todos (ProUni), apesar de consolidado no ensino superior, não encerra as críticas que o movimento popular, mais de perto aqueles que militam no setor educacional, tem feito, a exemplo de o recurso público ser canalizado para institutos superiores privados, principalmente pela possibilidade de estancar a expansão das universidades públicas, algo vital para o processo de democratização no ensino superior. Nesse contexto, é um retrocesso inconcebível a sua adoção no ensino médio, sendo que a CNTE, em suas instâncias deliberativas, já manifestou posição contrária, além de divulgar uma nota pública no dia 10 de janeiro de Outras pautas latentes dizem respeito: i. à adequação do ingresso na carreira de educador às disposições das Resoluções CNE/CEB n os 2/09 e 5/10; ii. à observação dos preceitos do Parecer CNE/CEB nº 9/09 quanto ao número de profissionais em relação à quantidade de estudantes; iii. à mobilização da sociedade em torno do direito à educação pública, de qualidade social, inclusiva, laica e democrática; iv. à institucionalização das diretrizes nacionais de carreira para os profissionais da educação; v. à consolidação do Fórum Nacional de Educação e de instâncias similares nos estados e municípios; vi. à regulamentação do PSPN, previsto no art. 206, VIII, da Constituição Federal, destinado a todos os profissionais da 44

46 Política Educacional educação, com base na proposta defendida pelos trabalhadores (Projeto de Lei nº 2.738/03); vii. ao cumprimento do art. 69 da LDB, que estabelece o repasse de recursos para a conta das secretarias de educação. 45

47 Balanço Político da Gestão

48 A gestão 2008/11 foi marcada pela intensa mobilização em torno da valorização dos trabalhadores em educação, sendo que, em cada período de gestão, aumenta a intensidade das lutas em defesa de uma educação que possibilite à sociedade melhores condições de vida. Essas lutas são permanentes, obrigando-nos a, a cada instante, estarmos atentos a ações mobilizadoras que avancem no sentido de garantir conquistas de direitos da classe trabalhadora. Após longo processo de debate nas instâncias de poder e na sociedade, em 16 de julho de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº , regulamentando o Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério Público da Educação Básica. Porém, logo após o 2º turno das eleições municipais daquele ano, cinco governadores ingressaram com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin nº 4167/08) no STF contra a Lei do Piso. Os efeitos da decisão cautelar do STF impuseram à categoria árduas lutas em defesa dos princípios dessa lei, muitas das quais enfrentadas com longas greves em estados e municípios. Entre as ações institucionais e de mobilização promovidas pela CNTE em defesa do piso, destacam-se: a. a divulgação de documento contendo a posição da entidade sobre a norma federal e o julgamento da cautelar no STF; b. a aprovação, em seu Conselho Nacional de Entidades, do dia 16 de cada mês como sendo de resistência à constitucionalidade da Lei nº ; 47

49 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE c. a realização de seminários para debater estratégias de aplicação da Lei do Piso, nos estados e municípios, à luz da reestruturação dos planos de carreira, originando o Caderno de Educação Diretrizes para a Carreira e Remuneração, editado em parceria com a CUT e distribuído em todos os municípios do país; d. a promoção de encontro com os jurídicos das filiadas, a fim de subsidiar a luta política e judicial em torno da aplicação da lei; e. a organização de diversas mobilizações, sendo três delas em frente ao STF, para cobrar dos ministros o julgamento do mérito da Adin; f. a articulação, junto ao Congresso Nacional, para a constituição da Frente Parlamentar em Defesa do PSPN, ação transferida às filiadas em nível das Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores. De forma simultânea, a CNTE atuou em diversas frentes no Congresso Nacional, para defender os interesses da categoria e fazer avançar o direito à educação de qualidade. Combateu, por exemplo, os projetos de certificação, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visava a evadir os recursos do Fundeb para o transporte escolar e a que propunha a criação de pisos salariais regionais. Também pressionou a tramitação do Projeto de Lei das diretrizes de carreira (1.592/03) e o que dispõe sobre a regulamentação do PSPN para todos os profissionais da educação (2.738/03), bem como interveio no Projeto de Lei nº 3.776/08, que visa a modificar o critério de reajuste do piso, mantendo a perspectiva de ganho real, com a vinculação ao Fundeb, e garantindo a reposição mínima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 48

50 Balanço Político da Gestão Igual desenvoltura teve a Confederação na luta pela aprovação de diretrizes de carreira para docentes e não docentes que significassem verdadeira valorização profissional e estímulo ao ingresso na educação. Já em relação aos aposentados, a CNTE promoveu pesquisa e encontros que forjaram uma plataforma de luta e mobilização exequível e coerente, capaz de empolgar um segmento vital em toda e qualquer entidade sindical. Ainda, envidou máximo esforço para proporcionar às suas filiadas um programa de formação sindical atualizado, contemporâneo e de corte classista. Não obstante, a consolidação da Escola de Formação (Esforce), através da organização de seminários (PDE, Novo Ensino Médio etc.) e da publicação periódica da revista Retratos da Escola, respondeu a demanda por uma intervenção política e científica da Confederação na salutar disputa de ideias, concepções e projetos. Desapegada de um estreito corporativismo, a atual gestão envolveu-se em questões relacionadas à cidadania. Nesse sentido, a participação no Programa Saúde e Prevenção na Escola (SPE), o combate ao trabalho infantil e o apoio ao movimento Ficha Limpa ilustram a aspiração da CNTE em dialogar e construir ações para além das pautas sindicais e laborais. Por sua vez, no âmbito do MEC, atuou para institucionalizar as políticas de formação dos profissionais da educação, manteve-se atuante no Conselho do Fundeb, pressionou a instalação da Mesa de Negociação do Piso e integrou a coordenação nacional da 1ª Conae. 49

51 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Em 2009, a CNTE promoveu a sua 7ª Conferência de Educação, com o objetivo de subsidiar a base para atuar nas conferências preparatórias à Conae. Como resultado, a Confederação conseguiu estabelecer um amplo arco de alianças na Conferência, a ponto de fazer aprovar todas as propostas da categoria com vistas a integrar o PNE 2011/2020. Além disso, os trabalhadores aprovaram a indicação para manter a Conae como instância de consulta oficial e permanente para a elaboração das políticas públicas educacionais. Outra importante conquista também sobreveio do Conselho Nacional de Educação (CNE), que aprovou, após intensa participação das filiadas nas audiências públicas, as diretrizes nacionais para a carreira dos profissionais da educação (professores e funcionários), visando a amoldar, até a aprovação do Projeto de Lei nº 1.592/03, os desígnios das Leis n os /08 e /09 aos planos de carreira. A destacada atuação da CNTE em defesa dos trabalhadores da educação fez com que muitos sindicatos municipais requeressem filiação à Confederação, sendo que cinco associaram-se durante a última gestão. Já em razão da desfiliação do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE/RJ) e da importância de os trabalhadores fluminenses manterem a sua representação nacional, a CNTE propõe reconhecer as oposições desse Sindicato, à luz dos critérios de reforma estatutária. Ainda, a Confederação acertadamente aprovou, nas suas instâncias, não só o apoio a candidaturas do 50

52 Balanço Político da Gestão campo popular e democrático, como estabeleceu um parâmetro objetivo: a aceitação, por parte dos candidatos, do documento Compromisso com a Educação de Qualidade. Devido à nossa amplitude e desprendimento, devemos avançar ainda mais, no sentido de aprofundar a articulação com as pautas e mobilizações mais gerais do movimento sindical e social; da mesma fora, a unidade com outras entidades educacionais pode e deve ser aprimorada, realçando a compreensão do papel estratégico da educação como fator de desenvolvimento e emancipação social. Nesse sentido, uma maior aproximação e presença nas ações desencadeadas pelo Fórum das Centrais Sindicais e pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e, de modo similar, uma atuação conjunta a entidades da sociedade civil organizada farão com que avancemos na luta por um país mais justo, igualitário, democrático e soberano. Entretanto, a CNTE terá muitos desafios a enfrentar, uma vez que estamos em um cenário de um novo governo, embora de continuidade de grupo político, que terá que trazer boas novas para a educação. A presidenta Dilma Rousseff, reiteradas vezes, disse publicamente que a educação, no seu governo, seria prioridade; e mais, foi firme em dizer que os professores precisam de salários dignos e boa formação. Por isso, urge um cenário de muita mobilização, sobretudo porque estamos diante de uma discussão de um novo PNE, cuja face será fruto da nossa capacidade de organização e luta. 51

53 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Nesse contexto, cabe apontar algumas questões desafiadoras para a conjuntura imediata, quais sejam: a aplicação do piso, a garantia das carreiras, a melhoria da qualidade de ensino, o financiamento adequado, a formação profissional e a aprovação de um novo PNE, que institua um Sistema Nacional Articulado de Educação sintonizado com a manutenção e a ampliação dos direitos sociais, trabalhistas, previdenciários e democráticos, unindo num só movimento as lutas gerais e as específicas e descortinando um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, com valorização do trabalho, distribuição de renda, inclusão social, democracia e soberania. Já na esfera sindical, a CNTE acompanhou as instâncias e mobilizações convocadas pela CUT, com destaque para as edições da Marcha da Classe Trabalhadora, organizadas com outras centrais sindicais e que foram decisivas para selar o acordo sobre a política de aumento real do salário-mínimo, bem como para pautar, na agenda do Congresso, as Convenções 151 e 158 da OIT. Quanto às políticas internas, a Esforce passou a editar, semestralmente, a revista Retratos da Escola e a coordenar as publicações da Confederação, que, além dos fascículos da formação sindical, produzidos em parceria com o sindicato sueco Larärförbundet, também coproduziu, com as respectivas secretarias: a 8ª edição da revista Mátria, as edições dos Cadernos de Educação sobre Diretrizes de Carreira, Saúde dos Trabalhadores em Educação e 5º Encontro Nacional do Coletivo Dalvani Lellis, 52

54 Balanço Político da Gestão além da revista Como vivem os(as) trabalhadores(as) em educação aposentados(as). Por fim, no cenário internacional, a Confederação esteve presente nas instâncias e fóruns promovidos pela IE e, ainda, integrou a pesquisa internacional sobre educação infantil, através da coordenação do DES- PE. Durante a gestão, a CNTE também manteve os cargos na Vice-Presidência Mundial e na Vice-Presidência para a América Latina da IE, e, por meio de sua Presidência, integrou a Direção da CEA e participou das reuniões de cúpula do Mercosul. A agenda sindical e institucional da gestão destacou-se pelas seguintes atividades: a. realização das edições da Semana Nacional em Defesa da Educação Pública; b. reunião nacional do DESPE, que orientou posição contrária à regulamentação da profissão de pedagogo; c. criação do Coletivo LGBT da CNTE, que se encontra vinculado à Secretaria de Direitos Humanos; d. comemoração dos 15 anos do Departamento de Funcionários da Educação (DEFE) e realização dos encontros regionais e do 5º encontro nacional do Departamento; e. realização de seminários do Projeto EPT/AIDS; f. realização das edições regionais e do 8º encontro nacional dos trabalhadores em educação aposentados; g. realização do 5º encontro nacional do Coletivo Antirracismo Dalvani Lellis; h. realização de seminários nacionais de saúde, comunicação e do jurídico; 53

55 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE i. presença nos fóruns sociais e nas instâncias governamentais de combate ao trabalho infantil; j. participação nas lutas coordenadas pela Central de Movimentos Sociais e acompanhamento das greves e mobilizações das filiadas. 54

56

57 Plano de Lutas

58 S eguindo a trajetória de combate às desigualdades e de promoção dos direitos da classe trabalhadora, em especial à educação pública, universal, democrática e de qualidade socialmente referenciada, os(as) educadores(as) brasileiros(as) concentrarão as suas lutas, na próxima gestão da CNTE, sobre as seguintes estratégias e ações: 1. exigir dos governadores eleitos que retirem o pedido de inconstitucionalidade da Lei do Piso, que está no STF; 2. da mesma forma, a CNTE deve solicitar uma audiência com a presidenta Dilma, para cobrar o compromisso do governo federal com a integralidade da lei, enviando, se necessário, dinheiro para os estados e municípios; 3. junto aos sindicatos filiados e a CUT, a Confederação deve preparar uma grande marcha dos trabalhadores em educação a Brasília, indicativamente no primeiro semestre de 2011, para fazer valer a Lei do Piso e estendê-la aos funcionários de escola; 4. atuar no processo de reformas do Estado, com vistas a moldar a estrutura de poder e as políticas públicas às necessidades da população e a promover os direitos da classe trabalhadora; 5. lutar contra qualquer reforma que vise a retirar direitos; 57

59 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE 6. cobrar transparência, ética e participação social dos gestores, em relação às políticas e ao erário; 7. lutar contra a corrupção e a impunidade; 8. lutar pelo fim do fator previdenciário; 9. lutar pela recomposição do valor das aposentadorias e pelo seu reajuste conforme o salário-mínimo; 10. lutar pela garantia do modelo de previdência público e solidário e pela aprovação da PEC nº 481/05 (Paralela da Previdência); 11. cobrar o aprofundamento das políticas sociais, responsáveis pela elevação da condição de vida do povo brasileiro; 12. defender a construção de um Estado democrático; 13. defender a construção de um país de alta tecnologia, avançado na indústria do conhecimento e grande produtor de alimentos e energia; 14. defender um desenvolvimento harmônico e integrado, com a adoção de medidas que possibilitem a redução das desigualdades regionais; 15. lutar em defesa do meio ambiente; 16. incentivar uma reforma política que assegure o pluralismo partidário, fortaleça os partidos e amplie a liberdade política, assegurando o financiamento público de campanhas; 58

60 Plano de Lutas 17. fortalecer o SUS e a Seguridade Social, de modo a garantir o preceito constitucional de acesso universal à proteção social em todos os ciclos da vida; 18. combater os argumentos que utilizam a Lei de Responsabilidade Fiscal como impeditivo para aumentar investimentos públicos; 19. lutar contra as altas taxas de juros, a especulação financeira e monetária, o desemprego, a perda de direitos adquiridos e o arrocho salarial; 20. lutar pelo fim do superávit primário e pela utilização dos recursos destinados ao pagamento das dívidas, externa e interna, para o financiamento da saúde, da educação e de políticas públicas que beneficiem a população; 21. lutar pela fixação de um salário-mínimo capaz de garantir as necessidades do trabalhador e da sua família, usando, para tanto, os cálculos efetuados pelo DIEESE; 22. lutar pela nacionalização das empresas privatizadas no governo FHC; 23. todo o petróleo para a nação por uma Petrobras 100% estatal; 24. cobrar do poder público novo marco regulatório para a atuação da mídia no Brasil, à luz da Conferência Nacional de Comunicação; 25. lutar pela democratização dos meios de comunicação; 59

61 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE 26. lutar a favor da reforma agrária, de modo a garantir as condições de sucesso para que os pequenos agricultores permaneçam no campo, preservando, assim, a função social da terra; 27. lutar em defesa da reforma urbana, reprimindo a especulação imobiliária e a ocupação irracional das cidades e buscando assegurar condições dignas de vida, saúde, educação, segurança e moradia para o povo; 28. lutar pela democratização e pelo equipamento das Forças Armadas, bem como pela abertura dos arquivos do período da ditadura militar; 29. manter-se na luta em defesa da Amazônia e dos povos indígenas; 30. combater as políticas beligerantes das potências mundiais e atuar em campanhas nacionais e internacionais pela paz e pelo respeito ao meio ambiente e à dignidade humana; 31. lutar pela erradicação da miséria; 32. lutar pela retirada das bases militares estrangeiras da América Latina e Caribe; 33. defender o socialismo como caminho para a retomada dos avanços civilizacionais da humanidade; 34. participar dos movimentos pela autodeterminação, soberania das nações e liberdade dos povos; 60

62 Plano de Lutas 35. cobrar dos organismos multilaterais e dos chefes de Estado e de governo das nações maior controle do capital e a democratização das representações nas instâncias da ONU; 36. cultivar a solidariedade entre os trabalhadores e suas organizações, em âmbito local, nacional e internacional; 37. aprofundar e consolidar a integração da América do Sul e as parcerias estratégicas em âmbito mundial; 38. solidarizar-se com o povo do Haiti, que não precisa de tropas, mas de médicos, enfermeiros, engenheiros, ajuda técnica e material; 39. envolver os trabalhadores brasileiros nas ações internacionais desenvolvidas pela IE e CEA; 40. mobilizar a sociedade, com vistas à ampliação do direito à educação pública, de qualidade social, inclusiva, democrática, laica e de tempo integral, especialmente através do financiamento público (aumento do percentual do PIB) e da valorização dos educadores; 41. participar dos fóruns de governo, em especial dos de educação, a fim de propor e disputar projetos de interesse da categoria e da classe trabalhadora; 42. lutar para aumentar o percentual do PIB destinado à educação para 10%; 61

63 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE 43. manter a luta pela constitucionalidade e implantação integral da Lei nº /08 e mobilizar a categoria pela regulamentação do Piso Salarial Nacional para todos os profissionais da educação, previsto no art. 206, VIII, da Constituição Federal de 1988; 44. lutar para que a União assuma, com os estados e municípios, a responsabilidade para o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional em todos os estados, através de repasses de recursos, numa política unificada de valorização desses profissionais; 45. manter a mobilização em torno da Semana Nacional em Defesa da Escola Pública, com marchas nacionais, estaduais e municipais, com o Dia de Paralisação Nacional e outras ações; 46. lutar pela aprovação do Projeto de Lei nº 1.592/03, que visa a fixar as diretrizes nacionais para a carreira dos profissionais da educação; 47. atuar nos processos de elaboração e debate parlamentar do PNE, a viger entre 2011 e 2020, promovendo, também, a participação das filiadas; 48. priorizar, no PNE, as políticas de financiamento, valorização profissional e gestão democrática, bem como as estruturas do regime de colaboração, a fim de avançar na consolidação do Sistema Nacional de Educação; 62

64 Plano de Lutas 49. lutar pela gestão democrática, em sentido lato sensu, na escola e nos sistemas de ensino, sobretudo pela constituição do Fórum Nacional de Educação, de caráter propositivo; 50. lutar pela expansão da atual política nacional de formação e profissionalização de educadores (professores e funcionários de escola), que prevê a gratuidade e a responsabilidade do poder público em ofertá-la em instituições de ensino superior públicas; 51. realizar pesquisas, em parceria com entidades e instituições civis e públicas, para averiguar as condições de vida e formação dos educadores e de avaliação dos sistemas educacionais e de seus profissionais; 52. combater os problemas que atingem os educadores e refletem na autoestima, no estresse e na Lesão por Esforço Repetitivo (LER), e outros que influenciam no processo de ensino-aprendizagem; 53. promover pesquisa do Coletivo Antirracismo Dalvani Lellis: quem são, onde e como vivem os(as) trabalhadores(as) negros(as) da educação básica; 54. promover a capacitação das entidades e dos(as) conselheiros(as) sindicais que integram colegiados públicos, em especial de fiscalização do Fundeb e de outras políticas educacionais; 55. incentivar as entidades filiadas a desenvolverem e/ ou ampliarem as atividades do Programa de Formação da CNTE; 63

65 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE 56. lutar contra a terceirização e a precarização das condições de trabalho, em especial dos funcionários da educação; 57. lutar pela ampliação do projeto Profuncionário e dos cursos tecnológicos também voltados aos funcionários; 58. realizar campanha nacional de filiação de sindicatos municipais de educação à CNTE, a fim de fortalecer as lutas da categoria e a promoção do direito à educação de qualidade em todo o país; 59. valorizar o trabalho, através da democratização do sistema de relações trabalhistas, da garantia da organização sindical por local de trabalho e da ampliação dos direitos trabalhistas; 60. mobilizar a base da CNTE para aprofundar as ações pautadas pelas centrais, em especial pela CUT, que visam à manutenção e ampliação dos direitos da classe trabalhadora; 61. integrar a luta pela reforma tributária que taxe o grande capital e reverta o caráter regressivo dos impostos no Brasil; 62. lutar em defesa da correção da tabela do imposto de renda; 63. lutar pela redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário, pelo direito irrestrito de greve, contra o interdito 64

66 Plano de Lutas proibitório e pela expansão dos direitos dos(as) trabalhadores(as); 64. participar ativamente da construção da unidade da classe trabalhadora, atuando nas lutas propostas pela CMS, pelas centrais sindicais e pelos movimentos que defendem os diretos dos(as) trabalhadores(as); 65. promover o engajamento dos trabalhadores em educação em todos os espaços de formulação de políticas públicas; 66. promover a liberdade e a autonomia sindical, lutando contra a repressão e a criminalização aos sindicatos; 67. articular com entidades de base e movimentos sociais a ampliação de espaços formativos à qualificação política e sindical; 68. lutar em defesa dos direitos trabalhistas e sindicais e da regulamentação dos arts. 7º e 8º da Constituição; 69. lutar pela aprovação da Convenção 158 da OIT, que visa à regulamentação e proteção do direito de organização nos locais de trabalho e é contra a demissão imotivada; 70. fortalecer os coletivos nacionais temáticos das políticas permanentes, inclusive o de LGBT, criado recentemente; 65

67 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE 71. desenvolver campanhas que apontem para questões sociais como: direito dos aposentados, das mulheres, da criança e do adolescente, contra o trabalho infantil e a homofobia, em apoio à luta indígena, quilombola e de outras etnias ou grupos minoritários; bem como combater as opressões e discriminações que envolvam o desrespeito à liberdade religiosa e a livre orientação sexual; 72. lutar pela paridade e integralidade salarial dos trabalhadores da ativa e dos aposentados; 73. lutar em defesa da segurança e da promoção da saúde dos trabalhadores, com a constituição de comissões internas nos locais de trabalho e no serviço público; 74. incentivar os projetos de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e à AIDS; 75. integrar as campanhas nacionais pelo direito à saúde pública das mulheres e pela descriminalização do aborto; 76. divulgar a Lei Maria da Penha (Lei nº , de 7 de agosto de 2006) nos sindicatos filiados e nas escolas; 77. intervir no processo de escolha dos livros didáticos, evitando estereótipos contra mulheres, aposentados/idosos, negros e qualquer posição discriminatória e inferiorizada de grupos sociais; 66

68 Plano de Lutas 78. desenvolver um programa de formação sindical com foco nas relações etnicorraciais, no antirracismo e no currículo escolar, junto às entidades filiadas à CNTE, com a publicação de material específico; 79. monitorar a implementação do art. 26-A da LDB e a sua regulamentação, denunciando municípios e estados que se esquivem de cumprir a lei; 80. denunciar as atitudes de violência contra a população negra, em especial, que levam ao extermínio da juventude negra; 81. reafirmar a defesa de políticas de ação afirmativa, em especial a reserva de vagas para o ingresso de afrodescendentes no ensino superior; 82. cobrar o aprimoramento dos critérios antirracistas no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), no Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e em programas similares nos estados e municípios; 83. apoiar a luta pela inclusão de estudantes com necessidades especiais. 67

69 Políticas Permanentes

70 E mbora a desigualdade ainda seja uma marca da nossa sociedade, depois de décadas de reivindicações, o Brasil começa a apresentar indicadores sociais mais satisfatórios e intimamente ligados à melhoria das condições macroeconômicas e ao incipiente compromisso de distribuição da renda entre os(as) cidadãos(ãs). Contudo, é preciso avançar bem mais. Nesse sentido, como forma de garantir direitos aos segmentos mais vulneráveis e/ou que sofram com as diversas formas de discriminação e intolerância, a próxima gestão da CNTE deverá manter a cobrança de políticas de Estado e aprofundar a inserção da categoria na luta pela inclusão social, pela igualdade de gênero e raça, pelo combate às formas de discriminação e pelo respeito às diversidades. Antirracismo: política pública necessária No Brasil, as heranças escravocratas ainda são extremamente presentes, mas a resistência e a luta da população negra, desde os navios negreiros até hoje, nas favelas, cortiços, fábricas e escolas, servem de estímulo para a construção de outra sociedade, sem racismo e discriminação racial, exploradores e explorados, opressores e oprimidos. Fruto de toda a luta e mobilização social, o Estado brasileiro, na última década, reconheceu-se racista e iniciou a criação de mecanismos institucionais para 69

71 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE o enfrentamento, tais como: a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e da SECAD/MEC; a inclusão dos arts. 26-A e 79-B na LDB, por meio das Leis n os , de 9 de janeiro de 2003, e , de 10 de março de 2008, e sua regulamentação pelo CNE (Resolução CP/CNE nº 01/04 e Parecer CP/CNE nº 03/04); a instituição de um Plano Nacional de Implementação da Educação das Relações Etnicorraciais; e a criação dos Fóruns Permanentes de Educação e Diversidade Etnicorracial, da Comissão Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados à Educação dos Afro-Brasileiros (CADARA), do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, entre outros. Além disso, não obstante as limitações impostas pelo parlamento ao Estatuto da Igualdade Racial, sobretudo em relação às políticas de cotas nas universidades públicas, a Lei nº , de 20 de julho de 2010, deve ser amplamente divulgada e implementada. Embora tenha havido avanços na implementação de políticas públicas de ações afirmativas, a adoção de reserva de vagas (cotas) para o ingresso de afrodescendentes no ensino superior, por exemplo, em algumas universidades, também expôs o racismo latente, quer pelas manifestações contrárias, quer pela tentativa de substituição por cotas sociais. No interior das escolas, nos sistemas de ensino e nos diversos níveis e modalidades de ensino, o racismo manifesta-se muito fortemente, como nos livros didáticos e currículos ainda carregados de ideologia racista e 70

72 Políticas Permanentes conteúdo eurocêntrico. Para além da escola, seus efeitos perversos espalham-se por todas as estruturas sociais, impondo lugares subalternizados à população negra nos meios de comunicação, no mercado de trabalho e nas políticas habitacionais, que atingem de forma mais cruel as mulheres negras. Ainda, a violência racial e policial contra a população negra e indígena atinge muito acentuadamente a juventude negra, que está sendo eliminada diuturnamente, nas chacinas, no tráfico e na drogadição. Nesse contexto, a CNTE, através do seu Coletivo Antirracismo Dalvani Lellis e de todas as suas secretarias, tem se empenhado para disseminar uma cultura antirracista nas escolas, no meio sindical e na sociedade em geral, com base nos encaminhamentos de seu 5º Encontro Nacional, que culminou com a criação de uma Coordenação Nacional representativa das diversas regiões do Brasil e a publicação de um Caderno de Educação próprio. Para a próxima gestão, a CNTE manter-se-á ativa em defesa das ações afirmativas na educação, apoiando as políticas públicas voltadas à garantia de direitos para a população negra, fortalecendo seu Coletivo Antirracismo e entendendo que a política educacional para a educação das relações etnicorraciais e para as comunidades quilombolas não pode ser tratada como um tema geral de diversidade ou como um mecanismo de educação inclusiva, mas como uma política educacional fundamental para o conjunto da população brasileira. 71

73 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Igualdade de gênero Não basta as mulheres serem maioria no censo demográfico e nos cursos superiores tendo o Brasil superado as Metas do Milênio ou comprovar as mesmas aptidões e conhecimentos no mundo do trabalho, o machismo e o racismo ainda impõem resistências a elas e as discriminam de várias formas. Se, por um lado, os efeitos da educação no empoderamento feminino manifestam-se no aumento do potencial de geração de renda, na autonomia de decisões pessoais, no controle sobre a própria fertilidade e na maior participação na vida pública, por outro, os aspectos socioculturais ainda exigem maior conscientização para avançar na igualdade entre gêneros no Brasil, sendo que a educação não sexista tem papel estratégico nessa mudança. Em suma, a emancipação das mulheres é fundamental para o progresso social, uma vez que seu imenso potencial, de tantas formas reprimido apesar dos avanços, sustenta em grande parte a acumulação capitalista. Essa luta é, em primeiro lugar, delas próprias, porém a transformação nas relações entre gêneros e a igualdade integral de direitos, na lei e na vida, o asseguramento de tais direitos na esfera do trabalho, da educação e saúde, e a adoção de políticas públicas de combate à violência praticada contra as mulheres necessitam do empenho da sociedade como um todo. Foram muitos os avanços já alcançados; por exemplo, as mulheres somam, hoje, aproximadamente 50% 72

74 Políticas Permanentes das ocupações no mercado de trabalho e já há maior diversificação nas atividades desempenhadas, o que lhes confere maior autonomia econômica e o papel de provedoras e chefes de família em um número crescente. Ainda, a luta social de homens e mulheres no país já produziu significativos progressos na defesa e garantia dos direitos das mulheres. A partir dessa frente de luta no governo Lula, os avanços na legislação trabalhista, a Lei Maria da Penha, a ampliação da licença-maternidade de seis meses (Lei nº , de 9 de setembro de 2008) e as duas conferências para avaliar e definir as políticas para as mulheres são exemplos significativos, mas ainda há muito que se fazer para tornar a relação entre homens e mulheres menos desigual. Apesar desses avanços, a violência doméstica contra as mulheres é maior que a violência urbana. Já no trabalho, o assédio sexual e o assédio moral caracterizam-se como outro tipo de violência, afetando a vida profissional e afetiva das mulheres. Isso agrava em especial a saúde laboral das trabalhadoras em educação, que ficam cada vez mais vulneráveis à Síndrome de Burnout. Para combater tais situações, a Lei nº , de 15 de maio de 2001, trata do assédio sexual como crime e estabelece a pena de um a dois anos de detenção. Entretanto, não conseguimos superar a violência contra a mulher no movimento sindical: a segregação, o assédio moral e sexual, o desrespeito às opiniões, o alijamento do poder de decisão, entre outras práticas machistas, são problemas recorrentes dentro das entidades sindicais. Além disso, o conjunto de violências 73

75 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE e discriminações contra as mulheres é muito mais potencializado em relação às mulheres negras, o que exige uma atenção específica. Não podemos, portanto, ficar indiferentes a essa realidade; o combate a essas práticas deve estar aliado a um processo de formação. A eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República representou uma vitória particular das mulheres brasileiras, porém tal vitória não se converteu em maior presença feminina nos cargos eletivos. Mesmo com as novas regras eleitorais, que determinaram o preenchimento mínimo (ao invés da reserva ) de 30% das vagas dos partidos para as mulheres, o número de governadoras eleitas reduziu de 3 para 2; já a composição feminina do Senado diminuiu de 8 para 7 e a da Câmara dos Deputados manteve-se em 45. Nesse sentido, no primeiro semestre de 2010, a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) coordenou um debate que deu origem ao Anteprojeto de Lei de Reforma Eleitoral, que visa a ampliar a participação das mulheres nos espaços de poder, através do condicionamento do sistema de cotas a critérios de arrecadação dos partidos, de financiamento público e das listas partidárias. Cabe lembrar, ainda, que o debate sobre o aborto nas últimas eleições presidenciais, enviesado e oportunista, revelou níveis elevados de preconceito, intolerância e desconhecimento do assunto por parte significativa da população razão suficiente para que o Estado promova amplo debate sobre a descriminalização do aborto, à luz da saúde e das condições sociais e psicológicas das mulheres. 74

76 Políticas Permanentes Nesse contexto, através da Revista Mátria e das ações coordenadas pelas Secretarias de Relações de Gênero da CNTE e da CUT, com o auxílio de seus respectivos coletivos, a Confederação, composta por mais de 80% de mulheres trabalhadoras, deve buscar manter seu protagonismo na luta pela emancipação e igualdade de direitos das mulheres brasileiras. Saúde e direitos previdenciários dos(as) trabalhadores(as) em educação As condições de trabalho no nível básico de ensino continuam a desgastar excessivamente os educadores e a dificultar a melhoria da qualidade da educação. Nesse sentido, em 2009, o seminário da Secretaria de Saúde da CNTE identificou nas carências de infraestrutura e nas múltiplas jornadas as principais causas das doenças físicas dos profissionais. Por sua vez, as patologias psicológicas provêm da violência, dos baixos salários e do distanciamento entre a proposta pedagógica e as expectativas dos estudantes e dos próprios profissionais, que não contam, em sua maioria, com formação continuada adequada. Essas constatações corroboram as reivindicações da categoria, as quais deverão ser intensificadas na próxima gestão, a fim de garantir políticas públicas apropriadas para a mudança desse cenário ainda desolador. Além disso, o aumento da expectativa de vida, no Brasil, tem imposto desafios ao poder público e aos(às) 75

77 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE trabalhadores(as), no sentido de melhorar a qualidade de vida dos(as) aposentados(as), sem retirar-lhes os direitos ou a expectativa para os(as) futuros(as) aposentados(as). No âmbito do magistério, o fim do regime jurídico único dos servidores públicos tem imposto, a grande parte dos(as) aposentados(as) regidos pela CLT, a não percepção de proventos compatíveis com o PSPN. Já a Emenda Constitucional nº 62, de 9 de dezembro de 2009, embora tenha ratificado a prioridade dos idosos em receber precatórios, encontra dificuldades de implementação em razão da Adin movida contra as suas disposições, que privilegiam o pagamento dos valores negociados em detrimento do princípio da temporalidade. Essas pautas, juntamente à implementação da Política Nacional e do Estatuto do Idoso, continuam a reger a luta dos aposentados(as) da educação. O direito de brincar e estudar Em 2009, 4,3 milhões de crianças e adolescentes desempenhavam algum tipo de trabalho produtivo, principalmente no Nordeste. Desse contingente, um milhão tinha entre 5 e 13 anos e 3,3 milhões, entre 14 e 17 anos; já a taxa de escolarização do grupo era de 82,4%, bem maior do que as registradas em edições anteriores da PNAD/IBGE. Por sua vez, os empreendimentos familiares, sobretudo os agrícolas, concentravam a maior parte das pessoas 76

78 Políticas Permanentes ocupadas com idade entre 5 e 13 anos, das quais 71% não recebiam remuneração. Com isso, verifica-se que, embora o trabalho infantil esteja em constante queda em 2004, eram 5,3 milhões de trabalhadores mirins, a sua incidência permanece nas famílias pobres fixadas no campo, local onde as políticas públicas são mais escassas. Por meio da participação no Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) e no Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente (DCA), do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), e através da interação com a CUT e outras instituições, a CNTE mantém-se em permanente luta pelos direitos das crianças e adolescentes. A denúncia aos abusos e violências sofridas por crianças e a recepção de meninos e meninas trabalhadores(as) na escola, por exemplo, integram as pautas da categoria, assim como as campanhas e projetos de conscientização contra todas as formas de trabalho infantil. Contra a homofobia e pelos direitos dos(as) homossexuais A constituição do Coletivo LGBT, no âmbito da CNTE, representa um passo importante na luta contra a homofobia e pela garantia dos direitos das pessoas, independentemente da sua orientação sexual. Assim, esse Coletivo pauta as suas deliberações na Promoção, Defesa, Dignidade, Cidadania e Direitos da população LGBT, no sentido de ampliar o 77

79 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE debate, nas entidades sindicais, sobre a inserção dos(as) trabalhadores(as) em educação no processo de implementação do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT. Juventude e combate às DSTs/AIDS As atuais políticas de inclusão e permanência na escola desenvolvidas pelo MEC com destaque para a expansão da rede técnica e tecnológica de educação profissional; a integração da educação básica ao ensino profissional; o programa de escola de tempo integral, Mais Educação; as políticas escolares e de ressocialização em presídios; além do sistema de cotas no ProUni e nos institutos federais de educação caminham no sentido correto de integrar a juventude à escola e ao mundo do trabalho, e precisam ser permanentemente expandidas, em cooperação com os entes federados. No âmbito da CNTE, a próxima gestão deverá atuar no sentido de consolidar o Coletivo da Juventude dos(as) trabalhadores(as) em educação. Aposentados(as) Os(as) aposentados(as) da educação formam, hoje, um importante seguimento dos(as) trabalhadores(as) do Brasil. Assim, a luta em defesa dos seus direitos deve ser uma constância no dia a dia do sindicato, que, ao 78

80 Políticas Permanentes elaborar a sua pauta de reivindicação para negociar com os governos, não pode deixar de incluí-los. Em outras palavras, ao lado da luta política, o sindicato pode e deve buscar jurisprudência para garantir os direitos dos(as) trabalhadores(as) em educação aposentados(as). Foi com esse espírito que o 8º Encontro Nacional de Trabalhadores(as) Aposentados(as) debateu e apontou importantes diretrizes para o fortalecimento da luta, abordando aspectos como: lutar pela aprovação da PEC nº 270/2008, que confere o direito à paridade aos aposentados por invalidez; garantir a criação e a manutenção das secretarias e coletivos de aposentados (as) na estrutura da direção dos sindicatos; realizar debates e palestras sobre as possíveis reformas previdenciária, tributária, administrativa, sindical, trabalhista e educacional (Fundeb e PSPN); realizar debates e campanhas para garantir a paridade com integralidade para os trabalhadores ativos e aposentados; intensificar a luta contra a cobrança da alíquota previdenciária dos(as) aposentados(as) nas três esferas de governo. Além disso, a CNTE busca manter e intensificar uma pressão sobre os parlamentares para a aprovação da PEC nº 481/05, que visa a estender a regra de transição da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005; orientar as entidades filiadas quanto aos procedimentos para a instalação e funcionamento dos fundos previdenciários, com participação paritária entre servidores e governo; além de exigir o cumprimento da gratuidade nos transportes municipal, estadual e interestadual, como preceitua o Estatuto do Idoso. 79

81 Estatuto da CNTE

82 CAPÍTULO I Da Denominação, Sede e Fins e Duração Art. 1 A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com sede e foro na cidade de Brasília, é uma entidade civil de caráter sindical, sem fins lucrativos, independente de qual quer atividade político partidária, sem qualquer discriminação ou preconceito de raça, cor, sexo, credo religioso, com duração por prazo indeterminado, integrada pelos trabalhadores em educação professores, funcionários da educação e pedagogos/especialistas ativos e aposentados, efetivos e contratados, a qualquer título, desde que vinculados às redes públicas estaduais e/ou municipais de educação básica de todo o Brasil, que se regem pelo presente Estatuto. Art. 2 A CNTE tem como finalidades: a) congregar trabalhadores em educação (professores, pedagogos/especialistas e funcionários da educação) em nível nacional, por meio de entidades a ela filiadas, com o objetivo de defesa dos interesses da categoria, da educação e do País; b) buscar soluções para os problemas dos trabalhadores em educação, tendo em vista sua dignidade e valorização profissional, no interesse da educação; c) incentivar o aprimoramento cultural, intelectual, profissional e sindical dos trabalhadores em educação; 81

83 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE d) manter o intercâmbio com suas filiadas e com entidades congêneres nacionais e internacionais, estabelecendo acordos e convênios, visando ao desenvolvimento da CNTE e de suas filiadas, na defesa de interesses comuns à categoria; e) propugnar pelo direito a condições condignas de trabalho e melhores condições socioeconômicas; f) prestar assistência e apoio às filiadas e a seus sócios, sobretudo quando forem cerceados em suas atividades profissionais ou ameaçados em sua liberdade de expressão e organização em atividades intelectuais; g) examinar e propor soluções sobre os problemas da educação no país e sobre a formação e a qualidade de desempenho dos trabalhadores em educação; h) promover seminários, encontros e outras atividades de âmbito nacional, que envolvam as entidades filiadas; i) apoiar a organização de outras categorias profissionais que atuem na educação e suas reivindicações; j) promover e defender o direito do povo a uma educação democrática e libertadora, acessível à ampla maioria e que se realize como interesse nacional e popular; l) promover a livre participação de todos para realizar e legitimar as formas institucionais necessárias à construção efetiva da soberania nacional e da solidariedade internacional; 82

84 Estatuto da Cnte m) incentivar o surgimento de lideranças e promover a instrumentalização adequada do pessoal que atua em nível de entidade, no cumprimento de suas finalidades e metas; n) incorporar se nas lutas das demais categorias profissionais que defendem a transformação democrática da sociedade; o) defender a escola pública, gratuita, laica e de boa qualidade em todos os níveis, e o direito ao seu acesso, permanência e êxito. CAPÍTULO II Das Entidades Filiadas: Admissão, Direitos e Deveres Art. 3 Podem filiar se à CNTE as entidades sindicais de Trabalhadores em Educação de abrangência estadual, municipal ou regional, e no Distrito Federal, desde que tenham como objetivos precípuos a defesa dos interesses da categoria e o aprimoramento da educação. 1º - Fica vedada a filiação de entidades sindicais que, muito embora tenham tal caráter, concorram diretamente com as entidades anteriormente filiadas. 2º - Caberá ao Conselho Nacional de Entidades definir quais os casos que se enquadram no parágrafo anterior, ao analisar os processos de filiação. 83

85 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Art. 4 A entidade sindical que desejar filiar-se à CNTE deve formalizar o pedido através do requerimento de seu Presidente ou Coordenador, instruindo-o com: a) exemplar do Estatuto Social da entidade; b) declaração da Diretoria de que a entidade submete-se ao preceituado neste Estatuto; c) prova de que seu quadro social congrega, pelo menos, 10% (dez porcento) da base da categoria, sendo que, em qualquer caso, o número de filiados deve ser igual ou superior a 500 (quinhentos) associados; d) ata de posse da Diretoria em exercício; e) ata da Assembleia Geral em que foi decidida a filiação; f) prova de que os membros da Executiva não exercem cargos de confiança em qualquer esfera de governo; g) comprovação de que se compõe apenas de trabalhadores em educação; h) declaração da entidade comprometendo-se a encaminhar as deliberações da CNTE, assim como as das entidades as quais a CNTE é filiada. 1º - A CNTE só poderá admitir a filiação de apenas uma entidade sindical municipal ou regional da mesma base territorial de representação. 2º - A filiação de uma entidade sindical deverá ser precedida de amplo processo de debate com os 84

86 Estatuto da Cnte trabalhadores, devendo contar com a presença de, no mínimo, um(a) diretor(a) da CNTE na assembleia de filiação. Art. 5 O pedido de desfiliação à CNTE deverá ser acompanhado de ata da Assembleia Geral em que foi decididaa desfiliação. Art. 6 A CNTE poderá reconhecer oposições sindicais, com base em critérios definidos por seu Conselho Nacional de Entidades, nos casos em que o sindicato tenha se desfiliado dela. 1º - O CNE também regulamentará a representação das oposições nos Congressos e Plenárias da CNTE. 2º - Deferido o processo de reconhecimento, as oposições terão direito a um representante no Conselho Nacional de Entidades da CNTE. Art. 7 São direitos das filiadas: a) participar do Congresso Nacional, do Conselho Nacional de Entidades (CNE) e da Plenária Intercongressual desde que estejam quites com a Tesouraria; b) sugerir à Diretoria Executiva da CNTE a realização de estudos de interesse da categoria, da educação e do ensino; c) postular, junto à CNTE, a defesa de seus direitos ou dos seus associados perante qualquer esfera pública ou privada; 85

87 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE d) requerer ao Presidente da CNTE a convocação do CNE, obedecendo ao estabelecido neste Estatuto; e) usufruir de todas as vantagens e serviços oferecidos pela CNTE; f) contar com o apoio da CNTE, após sua prévia autorização, na promoção de seminários, encontros ou atividades de natureza coletiva e de âmbito nacional ou que envolvam as entidades de trabalhadores em educação do País ou estrangeiras. Art. 8 São deveres das filiadas: a) cumprir e fazer cumprir este Estatuto e seus atos complementares; b) incentivar a solidariedade da categoria; c) estar quites com as obrigações financeiras junto à CNTE; d) adequar e executar, no âmbito das entidades, as políticas e o plano de lutas em nível nacional, encaminhados pela Diretoria Executiva da CNTE; e) prestar relatório das atividades desenvolvidas no período, em atendimento aos planejamentos e orientações emanados da Diretoria Executiva, em cumprimento das políticas e das campanhas nacionais; f) convocar Assembleia Geral ou Congresso, para a escolha dos congressistas que representarão a entidade no Congresso Nacional; 86

88 Estatuto da Cnte g) exigir que os membros de sua Diretoria Executiva não exerçam cargo de confiança em qualquer esfera de governo. CAPÍTULO III Das Instâncias da CNTE Art. 9 São instâncias da CNTE: a) Congresso Nacional (CN); b) Plenária Intercongressual; c) Conselho Nacional de Entidades (CNE); d) Diretoria Executiva; e) Conselho Fiscal. Seção I Do Congresso Nacional (CN) Art. 10 O Congresso Nacional é instância soberana da CNTE, integrado por delegados e suplentes e reúne-se ordinária e extraordinariamente. Art. 11 O Congresso Nacional Ordinário reunir se á trienalmente, em data e local determinados no Congresso anterior, sob a presidência da CNTE. 1º O Congresso Nacional Ordinário terá seu temário, programação e ordem do dia definidos pelo Conselho Nacional de Entidades. 87

89 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE 2º - Caso o Congresso Nacional não determine o local do próximo Congresso, caberá ao CNE determiná-lo. Art. 12 O Congresso Nacional reunir se á extraordinariamente: a) por convocação do próprio Congresso; b) por convocação do Conselho Nacional de Entidades. 1 O Congresso Nacional Extraordinário somente poderá deliberar sobre assuntos para os quais tenha sido especialmente convocado. 2 A convocação para o Congresso Nacional Extraordinário será efetuada pelo Presidente da CNTE ou seu substituto legal, ou pela Executiva, devendo esta ser expedida em até uma semana após a competente solicitação e dirigida às entidades filiadas, com edital publicado em jornais de circulação nacional. Art. 13 São delegados ao Congresso Nacional da CNTE: a) com exceção dos suplentes, os membros da Diretoria Executiva da CNTE, como delegados natos; b) uma quantidade determinada de delegados, de acordo com o número de sócios da entidade, a ser estabelecida por coeficiente calculado conforme o número total de delegados ao Congresso Nacional, garantindo, no mínimo, um delegado por entidade. 88

90 Estatuto da Cnte 1º - O número de delegados de cada Congresso será definido pelo Congresso anterior ou pelo Conselho Nacional de Entidades. 2º - Os suplentes, eleitos simultaneamente com os delegados, terão direito apenas à voz e serão inscritos no limite de 20% dos delegados eleitos. 3º - As delegações das entidades filiadas serão constituídas obedecendo se ao critério da proporcionalidade entre as diferentes propostas, assegurando lhe a possibilidade de indicações regionais para posterior referendo de assembleias gerais ou Congressos, desde que estas também obedeçam ao critério definido pelo CNE. 4º - Para efeito de determinação da quantidade de delegados da entidade será utilizado o número de sócios desta quites com suas obrigações há 06(seis) meses do Congresso. Art. 14 O pedido da inscrição de cada delegado deverá estar na Secretaria do Congresso no prazo definido pelo CNE e constará de: a) ata de registro da Assembleia Geral ou Congresso Estadual que elegeu ou referendou a eleição dos delegados e suplentes, contendo a nominata dos mesmos; b) cópia do comprovante de depósito no valor da inscrição solicitada. 89

91 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Art. 15 Ao Congresso Nacional compete: a) definir a política educacional, cultural, social, econômica e associativa da CNTE; b) fixar o plano de lutas em nível nacional; c) aprovar relatório de atividades, tomada de contas e avaliação da implantação das políticas e Plano de Lutas fixados no Congresso anterior; d) eleger a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal; e) apreciar e aprovar alterações estatutárias. Art. 16 O Congresso Nacional Ordinário e Extraordinário é instalado em primeira convocação, desde que exista o quorum de metade mais um dos congressistas credenciados, e em segunda, com qualquer número, meia hora após vencido o prazo de realização da primeira. Art. 17 O Congresso Nacional poderá, na reunião ordinária, por aprovação de 50% mais um dos presentes, deliberar sobre assuntos não constantes da Ordem do Dia. Seção II Da Plenária Intercongressual Art A Plenária Intercongressual será realizada em data e local determinados pelo Conselho Nacional de Entidades. 90

92 Estatuto da Cnte Parágrafo Único A Plenária Intercongressual terá seu temário definido pelo Conselho Nacional de Entidades. Art São delegados à Plenária Nacional da CNTE: a) os membros do Conselho Nacional de Entidades; b) os delegados representantes de entidades filiadas eleitos em Assembleia Geral, Conselho de Representantes ou Congresso, segundo critérios definidos pelo CNE. Art. 20 Em caso de necessidade, poderá ser convocada a Plenária Intercongressual Extraordinária, nas mesmas formas com que o Estatuto trata a convocação do Congresso Nacional Extraordinário. Parágrafo Único A convocação da Plenária Intercongressual deverá respeitar os mesmos critérios de participação da Plenária Ordinária. Seção III Do Conselho Nacional de Entidades (CNE) Art. 21 O Conselho Nacional de Entidades - CNE compor-se-á pela Diretoria Executiva da CNTE, pelos suplentes da Direção Executiva, apenas com direito à voz, pelos Presidentes ou Coordenadores das entidades filiadas, ou seus representantes legais, e por representantes de base eleitos em assembleia, na seguinte proporção: 91

93 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE I. Até associados: o presidente ou coordenador mais 1 (um); II. de a associados: o presidente ou coordenador mais 2 (dois); III. de a associados: o presidente ou coordenador mais 3 (três); IV. de a associados: o presidente ou coordenador mais 4 (quatro); V. acima de associados: o presidente ou coordenador mais 5 (cinco). 1º O representante de base do Conselho Nacional de Entidades e seu respectivo suplente serão eleitos em Assembleia Geral, Congresso ou eleição direta das entidades, tendo mandato coincidente com o da respectiva Diretoria. 2 Após a posse da nova diretoria, as entidades terão prazo de 90 dias para procederem às eleições e indicações dos representantes ao CNE. 3º O Conselho Nacional de Entidades reunir-se á: a) ordinariamente duas vezes por ano, em data e local determinados na reunião anterior, ou por convocação da Diretoria Executiva; b) extraordinariamente, sempre que necessário. c) por convocação do Presidente ou da Diretoria; 92

94 Estatuto da Cnte d) por convocação do próprio Conselho; e) por solicitação da maioria simples das entidades. 4º - O suplente do representante de base no CNE participa das reuniões em substituição ao titular previamente comunicada pela entidade sindical filiada. Art. 22 Ao Conselho Nacional de Entidades compete: a) apreciar, aprovar e avaliar os planos de operacionalização das políticas e do plano de lutas aprovados pelo Congresso Nacional e elaborados pela Diretoria Executiva Nacional; b) apreciar, aprovar e avaliar outros planos de campanhas reivindicatórias; c) apreciar, aprovar e avaliar as demais decisões políticas e administrativas da Diretoria Executiva Nacional; d) resolver os casos omissos no Estatuto, até a realização do Congresso Nacional; e) preparar com a Diretoria Executiva Nacional os Congressos Nacionais; f) aprovar a filiação, desfiliação e exclusão de entidades por deliberação de, no mínimo, 2/3 de seus membros; g) programar a realização de seminários, simpósios, encontros regionais e estaduais, no interesse específico da educação, do educador e da categoria profissional; 93

95 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE h) elaborar e fazer cumprir o regimento interno e demais normas necessárias à funcionalidade da CNTE; i) apreciar e aprovar o orçamento da CNTE; j) eleger delegados para representações no exterior; l) referendar a criação de órgão; m) autorizar a oneração de bens imóveis para os fins previstos na letra i do art. 26; n) eleger substituto(a) para a vacância na Diretoria Executiva e no Conselho Fiscal da CNTE quando não houver mais suplentes eleitos, respeitada a proporcionalidade do Congresso que os elegeu. Seção IV Da Diretoria Executiva Nacional Art. 23 A Diretoria Executiva Nacional é órgão da CNTE, composto dos seguintes cargos: Presidência, Vice-Presidência, Secretaria de Finanças, Secretaria-Geral, Secretaria de Relações Internacionais, Secretaria de Assuntos Educacionais, Secretaria de Imprensa e Divulgação, Secretaria de Política Sindical, Secretaria de Formação, Secretaria de Organização, Secretaria de Políticas Sociais, Secretaria de Relações de Gênero, Secretaria de Aposentados e Assuntos Previdenciários, Secretaria de Assuntos Jurídicos e Legislativos, Secretaria de Saúde dos(as) Trabalhadores(as) em Educação, Secretaria de Assuntos Municipais, 94

96 Estatuto da Cnte Secretaria de Direitos Humanos e 4 (quatro) Secretarias Executivas. 1º As Secretarias Executivas serão associadas às demais secretarias, segundo as necessidades determinadas pelo plano de ação da CNTE. 2º - Compete à Diretoria Executiva Nacional definir as atribuições das Secretarias Executivas. 3º - Serão eleitos(as) 9 (nove) suplentes, que poderão ascender à Diretoria Executiva em caso de vacância do titular do cargo, respeitando-se a proporcionalidade do Congresso que elegeu a Diretoria. Art. 24 O mandato dos membros da Diretoria Executiva é de 3 (três) anos, podendo seus membros serem reeleitos. Art. 25 No impedimento do Presidente, assumirá o Vice-Presidente, sendo este substituído por um outro Diretor. Art. 26 No caso de vacância simultânea dos cargos de Presidente e Vice Presidente, um membro da Diretoria, escolhido por seus pares, assumirá a Presidência da CNTE, ad referendum do CNE. 1º O Presidente e o Vice Presidente eleitos nos termos deste artigo deverão completar o mandato previsto para aquela Diretoria. 2º No caso de vacância de qualquer outro cargo da Diretoria, um Diretor escolhido entre seus pares 95

97 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE assumirá o cargo em questão, sendo convocado, pela ordem, um suplente para ocupar cargo na Diretoria Executiva. 3º - Caso não haja mais suplentes para substituir vacância na Diretoria Executiva de modo a se respeitar a proporcionalidade do Congresso que a elegeu, o Conselho Nacional de Entidades elegerá substituto, respeitando a referida regra. Art. 27 À Diretoria Executiva Nacional compete: a) elaborar planos de operacionalização das políticas e do plano de lutas aprovados pelo Congresso Nacional, submetendo-os à aprovação do CNE; b) coordenar a execução, em nível nacional, através das entidades filiadas, dos planos de operacionalização das políticas e do plano de lutas; c) votar os balanços anuais e balancetes apresentados pelo Secretário de Finanças, a serem julgados pelo Conselho Fiscal e Congresso Nacional; d) aprovar os regimentos das diversas áreas ou setores administrativos; e) criar comissões para promover estudos no que concerne à educação, ao ensino e ao interesse dos trabalhadores em educação; f) estudar as propostas de filiação, de desfiliação e de exclusão de entidades filiadas, encaminhando as ao Conselho Nacional de Entidades; 96

98 Estatuto da Cnte g) elaborar planos anuais e operacionais da CNTE, de acordo com as deliberações do Congresso Nacional; h) propor orçamentos, planos e despesas para aprovação pelo CNE; i) solicitar ao CNE referendum para despesas extraordinárias superiores a 1/5 (um quinto) da previsão da arrecadação mensal, sob justificativa; j) manter publicação informativa da CNTE; l) realizar estudos e pesquisas sobre a situação profissional e cultural da categoria em diferentes níveis, divulgando o resultado; m) promover o Congresso Nacional; n) realizar a Plenária Intercongressual; o) programar a realização de conferências, seminários, simpósios e encontros nacionais ou regionais e estaduais, no interesse específico da educação e/ou dos trabalhadores em educação; p) manter intercâmbio com órgãos de classe congêneres no país ou exterior; q) prestar relatório de suas atividades ao Congresso Nacional; r) submeter ao Conselho Fiscal, para estudo, exame e parecer, a prestação de contas, para a aprovação pelo CNE e pelo CN; 97

99 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE s) criar órgãos e contratar pessoal necessário à execução dos trabalhos. Art. 28 À Presidência compete: a) cumprir e fazer cumprir este Estatuto; b) exercitar e acionar as competências e as ações previstas no art. 26 deste Estatuto, comprometendo se com sua execução; c) representar a CNTE, ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, podendo delegar poderes; d) convocar ordinária e extraordinariamente o Congresso Nacional, o CNE e as reuniões da Diretoria Executiva, e presidi-los; e) assinar contratos, convênios ou quaisquer outros atos jurídicos, inclusive os que importem em transmissão e recebimento de domínio, posse, direitos, pretensões e ações sobre bens móveis e imóveis, após deliberação das instâncias; f) onerar, após autorização do Conselho Nacional de Entidades, bens imóveis de propriedade da CNTE, tendo em vista a obtenção de meios necessários ao cumprimento dos objetivos sociais; g) encaminhar à Diretoria proposta de filiação ou sugerir exclusão de filiadas, mediante processo devidamente instruído; 98

100 Estatuto da Cnte h) assinar, juntamente com o Secretário de Finanças, os documentos da Tesouraria, tais como: cheques, notas promissórias, balanços e balancetes; i) autorizar pagamentos e recebimentos; j) designar comissões ad referendum do CNE para representar a CNTE perante as entidades de classe, órgãos públicos e de caráter privado, bem como para outros fins não previstos no presente Estatuto; l) outorgar ad negocia ou ad judicia, especificando lhes poderes; m) solicitar ao Conselho Fiscal, sempre que necessário, a emissão de pareceres sobre a matéria contábil, financeira ou econômica da CNTE. Art. 29 À Vice Presidência compete: a) cumprir e fazer cumprir este Estatuto; b) substituir o Presidente nas suas ausências e impedimentos; c) auxiliar o Presidente no desempenho de suas atividades; d) executar outras atribuições que lhe forem confiadas pelo Presidente e/ou Diretoria. Art. 30 À Secretaria de Finanças compete: a) apresentar à Diretoria orçamento, plano de despesas, balanços e balancetes e relatórios, para efeitos de estudo e posterior aprovação nos termos deste Estatuto; 99

101 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE b) administrar os fundos previstos neste Estatuto; c) fazer despesas autorizadas pela Diretoria; d) organizar e se responsabilizar pela contabilidade; e) apresentar balancete semestral e relatório anual da Tesouraria; f) assinar, com o Presidente, cheques e outros títulos de crédito; g) exercer outras atividades peculiares ao cargo. Art. 31 À Secretaria Geral compete: a) encarregar se dos assuntos da Secretaria Geral, segundo deliberações das instâncias da entidade, analisando e propondo medidas para o melhor desempenho da CNTE, mediante o plano de ação. Art. 32 À Secretaria de Relações Internacionais compete: a) encarregar se dos assuntos internacionais, segundo deliberações das instâncias da entidade, analisando e propondo medidas necessárias ao melhor desempenho da CNTE, no interesse da categoria e da educação, mediante o plano de ação. Art. 33 À Secretaria de Assuntos Educacionais compete: a) encarregar se dos assuntos educacionais, segundo deliberações das instâncias da entidade, analisando 100

102 Estatuto da Cnte e propondo medidas necessárias ao melhor desempenho da CNTE, mediante o plano de ação; b) subsidiar a Diretoria e as afiliadas, formulando políticas e coordenando campanhas nacionais. Art. 34 À Secretaria de Imprensa e Divulgação compete: a) encarregar se dos setores de imprensa, comunicação e publicação, e da produção de material, segundo deliberações das instâncias da CNTE, analisando e propondo medidas para o melhor desempenho da entidade, segundo o plano de ação; b) estabelecer e manter contato com órgãos de comunicação e imprensa nacionais e locais, para a divulgação de informações de interesse da classe trabalhadora e da educação; c) fortalecer a imprensa sindical, propondo políticas de ação à CNTE e às afiliadas. Art. 35 À Secretaria de Política Sindical compete: a) encarregar se dos assuntos sindicais, segundo deliberações das instâncias da CNTE, analisando e propondo medidas do interesse da categoria, mediante o plano de ação; b) promover a articulação da CNTE com todas as associações profissionais, sindicatos brasileiros e central sindical. 101

103 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Art. 36 À Secretaria de Formação compete: a) coordenar os assuntos relativos à formação, subsidiando as necessidades de instrumentalização político-sindical das lideranças; b) articular convênios com entidades e centros de formação, para a execução de atividades; c) propor medidas visando à formação de lideranças, mediante o plano de ação. Art. 37 À Secretaria de Organização compete: a) subsidiar a Diretoria no acompanhamento e fortalecimento das entidades filiadas, formulando políticas e coordenando campanhas nacionais; b) assegurar que as políticas voltadas aos diversos segmentos da categoria consolidem o processo de unificação orgânica. Art. 38 À Secretaria de Políticas Sociais compete: a) estabelecer e coordenar a relação da CNTE com as organizações e entidades do movimento popular da sociedade civil, em seu âmbito, de acordo com a linha geral determinada por este Estatuto e as instâncias da CNTE; b) promover e contribuir na discussão e elaboração de políticas sociais que abranjam os trabalhadores em educação; c) coordenar a execução de atividades e a elaboração de políticas sociais, no âmbito da CNTE. 102

104 Estatuto da Cnte Art. 39 À Secretaria de Relações de Gênero compete: a) coordenar e desenvolver as atividades pertinentes às relações de gênero dos trabalhadores em educação, no âmbito da CNTE; b) subsidiar as instâncias e as afiliadas formulando políticas e coordenar campanhas nacionais, que visem ao incentivo à organização e participação das trabalhadoras em educação. Art. 40 À Secretaria de Aposentados e Assuntos Previdenciários compete: a) incentivar a organização e a representação sindical dos trabalhadores em educação aposentados; b) coordenar e desenvolver as atividades pertinentes aos interesses previdenciários dos trabalhadores em educação, analisando e propondo medidas necessárias ao melhor desempenho da ação política e organizativa da CNTE. Art. 41 À Secretaria de Assuntos Jurídicos e Legislativos compete: a) coordenar e acompanhar ações no âmbito do Poder Legislativo, discutindo e propondo formulações que atendam aos interesses dos trabalhadores em educação, com base nas resoluções e instâncias da CNTE; b) acompanhar as questões jurídicas de interesse dos trabalhadores em educação, subsidiando as entidades sindicais filiadas, instâncias e organismos da CNTE. 103

105 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Art. 42 À Secretaria de Saúde dos(as) Trabalhadores(as) em Educação compete: a) formular propostas de políticas públicas que visem a atender às questões específicas da saúde dos(as) trabalhadores(as) em educação; b) promover estudos que diagnostiquem as causas dos problemas que afetam a saúde dos(as) trabalhadores(as) em educação. Art. 43 À Secretaria de Assuntos Municipais compete: a) articular, formular e acompanhar questões relativas à organização dos servidores públicos municipais da educação, com vistas a capacitar suas intervenções no âmbito da Confederação e dos municípios. Art. 44 À Secretaria de Direitos Humanos compete: a) atuar na denúncia de violações, na apuração de responsabilidades e na formação e participação em redes de solidariedade que venham a ser determinadas pelas instâncias da CNTE. Seção V Do Conselho Fiscal Art. 45 O Conselho Fiscal é integrado por 5 (cinco) membros titulares, eleitos pelo Congresso Nacional. 1º - O Presidente é eleito pelos seus pares. 104

106 Estatuto da Cnte 2º O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por semestre e, extraordinariamente, sempre que necessário. 3º - Serão eleitos 3 (três) suplentes, que poderão ascender ao Conselho Fiscal em caso de vacância de titular. Art. 46 Ao Conselho Fiscal compete: a) examinar, anualmente, os livros, os registros e todos os documentos de escrituração da CNTE; b) analisar e aprovar, juntamente com o CNE, os balanços e balancetes prestados pela Diretoria, ad referendum do Congresso Nacional; c) fiscalizar a aplicação, pela Diretoria, das verbas da CNTE; d) emitir parecer e sugerir medidas sobre qualquer atividade econômico-financeira, quando solicitado pela Diretoria. CAPÍTULO IV Das Eleições Art. 47 A Diretoria da CNTE será eleita no Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação, com mandato de 3 (três) anos. Art. 48 A Diretoria da CNTE será eleita em chapa completa, por votação direta pelos delegados presentes à plenária do Congresso. 105

107 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Parágrafo Único A regulamentação do critério da proporcionalidade será elaborada pelo CNE e submetida ao Congresso Nacional e constará do Regimento Eleitoral previsto no artigo 50. Art. 49 Qualquer trabalhador em educação poderá candidatar-se à Diretoria da CNTE, desde que comprove ser associado de uma entidade filiada à CNTE e não exerça cargo de confiança de qualquer esfera de governo. Art. 50 O Regimento Eleitoral será aprovado pelo próprio Congresso em que se realizarão as eleições. Parágrafo Único O Regimento Eleitoral será elaborado pelo CNE. Art. 51 Qualquer candidatura somente será homologada mediante a aprovação das exigências deste Estatuto, perante a mesa do Congresso. CAPÍTULO V Do Patrimônio e do Regime Financeiro Art. 52 Constitui se patrimônio da CNTE: a) os bens móveis e imóveis; b) as doações de qualquer natureza; c) as dotações e legado. Art. 53 Constitui se receita da CNTE: 106

108 Estatuto da Cnte a) as contribuições mensais pagas pelas filiadas; b) as rendas de qualquer natureza. Art. 54 A afiliada pagará mensalmente, a contar do seu ingresso na CNTE, a contribuição fixada no artigo 57. Art. 55 As entidades filiadas obrigam se a dar ingresso, na Secretaria de Finanças da CUT, de soma equivalente às contribuições referidas no artigo anterior, impreterivelmente até 5 (cinco) dias úteis após o recebimento de suas consignações, que serão repassadas à Secretaria de Finanças da CNTE. 1º As entidades não filiadas à CUT obrigam-se a dar ingresso na Secretaria de Finanças da CNTE de soma equivalente às contribuições referidas no artigo anterior, impreterivelmente até 5 (cinco) dias úteis após o recebimento de suas consignações. 2º - O não cumprimento do estabelecido neste artigo acarretará sanções contidas neste Estatuto e/ou estabelecidas pela CNTE. Art. 56 A cada ano, as entidades filiadas à CNTE atualizarão seus cadastros junto à CUT e/ou à Secretaria de Finanças da CNTE, a fim de assegurar o direito à revisão de sócios para a participação nas instâncias deliberativas da Confederação. 1º - Em se tratando de entidades filiadas à CUT, o processo de atualização obedecerá às regras da Central Sindical. 107

109 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE 2º - As entidades não filiadas à CUT encaminharão os cadastros financeiro e de associados para a CNTE, tendo como base todo mês de junho. 3º - As entidades que não procederem à referida atualização, em anos pré-eleitorais da CNTE, estarão automaticamente impedidas de efetuar aumento de sócios para o Congresso Nacional da Confederação. Art. 57 A contribuição mensal das entidades filiadas será de 3,8% 1. Parágrafo Único A parte correspondente a 0,5% (meio porcento) desta contribuição será destinada à constituição do fundo de solidariedade, cuja utilização será definida pela Diretoria ad referendum do CNE. CAPÍTULO VI Das Penalidades, Suspensão, Perdas, Extinção de Mandatos e Licença Art. 58 ão penalidades: a) advertências; b) suspensão; c) exclusão de entidade filiada; d) extinção de mandato de Diretor e Conselheiro Fiscal. 1 Esta alteração foi introduzida para adequar a CNTE à deliberação da Plenária Nacional da CUT. É preciso constar que a Direção da CNTE fica autorizada a proceder à nova modificação caso a CUT modifique a decisão da Plenária Nacional. 108

110 Estatuto da Cnte Art. 59 As penalidades tipificadas no artigo anterior serão aplicadas pelo Presidente, em cumprimento às deliberações do Conselho Nacional de Entidades, facultada ampla defesa à(ao) destinatária(o) da pena. 1 A penalidade de advertência será decidida pela Diretoria e aplicada pelo Presidente. 2 Da decisão caberá recurso ao Congresso Nacional, a partir da comunicação desta à afiliada. Art. 60 Constituem se faltas determinantes de exclusão: a) atrasar, por mais de 12 meses, o pagamento das mensalidades; b) infringir disposições deste Estatuto; c) não cumprir as campanhas desenvolvidas pela CNTE; d) deixar juridicamente de existir. Art A Diretoria dosará a pena segundo a extensão da gravidade da infração, de acordo com o regulamento. Art. 62 O reingresso da filiada excluída poderá ocorrer mediante solicitação da própria afiliada à Diretoria Executiva, sendo necessária a aprovação do pedido, por maioria simples, no CNE. Parágrafo Único Fica, ainda, como condição de reingresso o pagamento das mensalidades atrasadas. 109

111 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Art. 63 Extingue se o mandato dos membros da Diretoria e do Conselho Fiscal: a) por morte; b) por renúncia; c) por interdição; d) por término do mandato; e) por exercício de cargo de confiança em qualquer esfera de governo. Art. 64 Os membros da Diretoria e do Conselho Fiscal terão seus mandatos suspensos quando deixarem de comparecer, sem justificativa, a 3 (três) reuniões consecutivas ou a 5 (cinco) intercaladas. Parágrafo Único Cabe à Diretoria determinar a duração da suspensão. Art. 65 O membro da Diretoria e do Conselho Fiscal perderá seu mandato por decisão de 2/3 da Diretoria quando: a) infringir as normas deste Estatuto; b) dilapidar o patrimônio da CNTE; c) abandonar o cargo. Art. 66 A perda do mandato será declarada pela própria Diretoria por ato específico; dando-se ciência desta ao interessado, cabendo recurso sem efeito suspensivo ao Conselho Nacional de Entidades. 110

112 Estatuto da Cnte Art. 67 Os membros da Diretoria têm o direito a pedir licença das atividades da direção por um período de até um terço do mandato. Parágrafo Único Uma vez que a licença ou a somatória das mesmas ultrapassar um terço do mandato, o Diretor será substituído em definitivo por um suplente da mesma chapa para ocupar cargo na Diretoria Executiva. CAPÍTULO VII Das Disposições Gerais e Transitórias Art. 68 Este Estatuto poderá ser alterado, parcial ou totalmente, por proposição da Diretoria Executiva, CNE e entidades filiadas. Parágrafo Único A reforma estatutária será aprovada pelo Congresso Nacional. Art. 69 A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação CNTE somente poderá ser dissolvida por deliberação unânime das filiadas em pleno exercício dos seus direitos estatutários, após ampla discussão. Art. 70 Os membros do Conselho Nacional de Entidades, Diretoria Executiva e Afiliadas não respondem individual ou solidariamente pelas obrigações assumidas pela CNTE. Art. 71 No caso de dissolução, o patrimônio terá destino decidido pela instância que o dissolveu, observadas as condições do artigo

113 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Art. 72 O presente Estatuto passará a vigorar na data de sua aprovação pelo Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. Art. 73 Nos estados, as entidades desenvolvendo ou por desenvolver processos de unificação poderão continuar filiadas à CNTE, desde que satisfaçam as condições exigidas por este Estatuto. 1 Nos estados, onde já houve processos de unificação, se alguma entidade recusou-se a participar ou acatar a decisão, esta será excluída da CNTE. 2 Caberá ao Conselho Nacional de Entidades, analisando os processos de unificação dos estados, definir quais são os casos que se enquadram no parágrafo anterior. Art. 74 Os funcionários da educação e os especialistas em educação serão organizados em departamentos específicos, que farão parte da estrutura diretiva da CNTE e estarão vinculados à Diretoria Executiva da CNTE. 1º - A estrutura e funcionamento dos Departamentos de Funcionários da Educação (DEFE) e de Especialistas (DESPE), coordenados por um representante do respectivo setor, serão regulamentados pelo Conselho Nacional de Entidades (CNE). 2 Os coordenadores de ambos os Departamentos participarão, apenas com direito à voz, das reuniões da Diretoria Executiva da CNTE. 112

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116 Moção de Apoio aos Servidores de Goiás Os(as) delegados(as) do 31º Congresso Nacional da CNTE, reunidos(as) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, entre os dias 13 e 16 de janeiro de 2011, vêm manifestar irrestrito apoio e solidariedade aos servidores do Estado de Goiás, uma vez que o governador, Marconi Perillo, ao não quitar a folha de pagamento do funcionalismo público estadual do mês de dezembro de 2010, causou grandes prejuízos às várias categorias de servidores públicos estaduais. O governador, diante das pressões dos servidores, declarou que irá pagar o salário relativo ao mês de janeiro de 2011 e parcelar o valor correspondente ao mês de dezembro de Contudo, consideramos tal decisão absurda, uma vez que as contas dos(as) trabalhadores(as) vencidas naquele mês não podem ser parceladas, além de sofrerem acréscimos por conta dos juros. Os(as) delegados(as) do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego) e os demais delegados(as) do 31º Congresso Nacional da CNTE exigem que sejam quitadas, imediata e integralmente, as folhas de pagamento dos funcionários públicos do estado de Goiás. 115

117 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Moção de Apoio à Defensoria Pública do Paraná Os(as) delegados(as) do 31º Congresso Nacional da CNTE vêm através desta apoiar a estruturação e o efetivo funcionamento da Defensoria Pública no Estado do Paraná, bem como entendem como necessária a votação favorável dos(as) parlamentares estaduais ao Projeto de Lei nº 439/2010 da Defensoria Pública, na 2ª e 3ª votações, na sua totalidade, sem emendas. Cumpre salientar que esse projeto já foi aprovado nas Comissões de Constituição e Justiça e de Finanças, tendo seguido para a Assembleia Legislativa do Estado do Paraná no dia 13 de dezembro, quando foi aprovado em 1ª votação. Desde 1988, todos os estados têm obrigação legal, determinada pela Constituição, de ter uma defensoria para atender juridicamente à população de baixa renda. No entanto, o Paraná, embora tenha posto alguns advogados para fazer o atendimento, nunca criou um órgão independente e autônomo, como manda a lei. A fim de cumprir a Constituição, o governo do estado reservou, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2011, o percentual de 0,27% para a implantação da Defensoria. Nesse sentido, o projeto encaminhado à Assembleia cria, inicialmente, 300 cargos de carreira para o funcionamento do órgão, que serão preenchidos por concurso público. A Defensoria Pública é uma instituição essencial à justiça, uma vez que tem por função prestar a 116

118 Moções orientação jurídica integral e gratuita à população que não pode pagar pelo serviço particular de advogado, sendo a sua ausência do órgão um dos grandes desafios a serem superados para viabilizar o acesso à justiça no Paraná, onde os presídios estão superlotados, com muitos(as) de seus presidiários(as) sem nenhum acesso à justiça (caldeirão fervendo); faltam medicamentos de alto custo para a população de baixa renda; mulheres são violentadas etc. O acesso à justiça é um direito humano consagrado na Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos Humanos; contudo, só há acesso a ela quando temos consciência dos nossos direitos e quando existe a possibilidade concreta de reclamar, no Poder Judiciário, a violação desses direitos ou a possibilidade de se defender adequadamente em um processo judicial. Nesse contexto, a ausência da Defensoria representa grave violação aos direitos humanos, além de omissão inconstitucional dos agentes do estado. Assim, apresentado, finalmente, um projeto de lei para implementá-la, não existe justificativa plausível para retardar ainda mais a sua criação, tendo em vista que já há reserva da respectiva verba no orçamento de

119 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Moção de Apoio ao trabalho realizado pelo Dr. Luiz Tenorio de Oliveira promotor das comarcas de São José da Tapera e Santana do Ipanema (AL) Os(as) delegados(as) do 31º Congresso Nacional da CNTE, reunidos(as) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, entre os dias 13 e 16 de janeiro de 2011, vêm manifestar apoio ao brilhante trabalho realizado pelo Promotor Luiz Tenório de Oliveira no combate à corrupção. A determinação e o firme agir do Doutor Luiz Tenório levaram diversas pessoas, política e economicamente, poderosas do médio sertão alagoano à prisão e a, mesmo em liberdade, responder a processos judiciais por diversos crimes contra a administração pública, crimes de responsabilidade, atos de improbidade administrativa e infrações político-administrativas, além de crimes comuns. Juridicamente falando, o martírio ou melhor, poder-se-ia dizer as ações, para fugir do recente e retomado obscurantismo começou em 24 de abril de 2008, em Olho d Água das Flores, quando o então Promotor de Justiça daquela Comarca, Luiz Tenório, acolhendo a representação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Alagoas (SINTEAL) daquele município, que naquela data fazia uma popular Passeata contra a Impunidade e a Corrupção, com mandado de 118

120 Moções busca e apreensão ordenado pela 17ª Vara, teve acesso e comprovou os diversos desvios praticados pelas gestões olhodaguenses. Devido a isso, hoje muitos políticos e poderosos da região tentam, a todo o custo, a sua remoção para comarcas distantes de seus redis de desmando e corrupção. Tendo em vista a possibilidade de sua remoção da região sertaneja, esta entidade e demais sindicatos a ela associados, por meio dos(as) delegados(as) do 31º Congresso, aprovam moção de apoio às ações de combate à corrupção do Promotor Luiz Tenório, bem como se indignam contra aqueles que se acham eternos coronéis e esperam que tal remoção não aconteça, devido a ser de salutar importância a permanência do referido promotor na região. Moção de Apoio e Solidariedade pela libertação imediata de Cesare Battisti e em defesa da soberania nacional Considerando que a defesa da soberania e autodeterminação dos povos é bandeira histórica da luta dos trabalhadores e trabalhadoras; considerando que, em 19 de janeiro de 2009, o então Ministro da Justiça, Tarso Genro, representando o Estado brasileiro, concedeu refúgio político a Cesare Battisti; considerando que o 119

121 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE presidente Luís Inácio Lula da Silva, no dia 31 de dezembro de 2010, decidiu negar a sua extradição; considerando, ainda, que setores conservadores e subservientes a interesses estranhos aos da nação tentam artificializar e instrumentalizar a decisão soberana do governo brasileiro no caso Battisti, os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras em educação, delegados eleitos e presentes no 31º Congresso Nacional da CNTE declaram total apoio à decisão soberana do Estado brasileiro de negar a extradição deste escritor e ativista social. Exigimos, portanto, que a decisão soberana do governo brasileiro seja respeitada e se tomem providências no sentido da imediata soltura do Sr. Cesare Battisti. Moção de Aplauso pela não extradição de Cesare Battisti Os delegados do 31º Congresso Nacional da CNTE, reunidos no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF), de 13 a 16 de janeiro de 2011, vêm manifestar Moção de Aplauso ao governo federal pela decisão de não extraditar o socialista e ex-guerrilheiro italiano Cesare Battisti, que tem sido rotulado pela imprensa burguesa nacional e internacional como terrorista. 120

122 Moções Moção de Aplauso à senadora Fátima Cleide Os(as) delegados(as) do 31º Congresso Nacional da CNTE, reunidos(as) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, entre os dias 13 e 16 de janeiro de 2011, vêm manifestar Moção de Aplauso à Senadora da República Fátima Cleide Rodrigues da Silva, pelo relevante trabalho a favor da educação e da classe trabalhadora dos profissionais da educação, nos oito anos de seu mandato, sendo a primeira mulher educadora a assumir a Comissão de Educação do Senado Federal, bem como pela aprovação da Emenda Constitucional nº 53, de 19 de dezembro de 2009, regulamentada pela Lei nº , de 6 de agosto de 2009, que reconhece os funcionários de escola como profissionais da educação. Moção pela federalização da investigação do assassinato de Zé Maria do Tomé (CE) e punição exemplar de seus assassinos! Zé Maria do Tomé: sua luta permanece viva, sua voz multiplica-se e clama por justiça! Os(as) delegados(as) do 31º Congresso Nacional da CNTE, reunidos(as) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, entre os dias 13 e 16 de 121

123 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE janeiro de 2011, vêm reivindicar a federalização do inquérito relativo ao assassinato de Zé Maria do Tomé (CE) e a punição exemplar dos culpados, aos noves meses da morte deste que foi um dos mais valorosos líderes comunitários de Limoeiro do Norte, no Ceará, tendo desenvolvido o combate à depredação ambiental, ao uso abusivo de agrotóxicos e à exploração imposta pelas empresas do agronegócio aos trabalhadores e trabalhadoras na Chapada do Apodi. A violência contra os lutadores do campo, como o companheiro Zé Maria, não é isolada, mas algo característico de um modelo capitalista agropecuário implantado no Brasil na ditadura militar e que ganhou impulso na década de 1970 com a modernização do campo, trazendo como consequências imediatas: o processo de profunda precarização das relações de trabalho, migração da pobreza do campo para a cidade e fortalecimento do latifúndio. Dessa forma, cresceu a violência dos grandes proprietários de terra, que têm a sua impunidade assegurada por poderosos grupos econômicos e governos. O brutal assassinato do companheiro Zé Maria, em 21 de abril de 2010, reacendeu com força a discussão e a denúncia das graves sequelas sociais e ambientais causadas pelas empresas de fruticultura para a exportação na região. Entretanto, o estado, promotor desse modelo de desenvolvimento, que gera as mais variadas injustiças socioambientais, não responde satisfatoriamente às violências geradas e argumenta não ter uma polícia com estrutura capaz de solucionar o crime, bem como 122

124 Moções não realiza exames periciais essenciais à investigação, sob a justificativa de os aparelhos laboratoriais estarem há meses quebrados. Moção para fazer valer a lei do Piso Nacional: marcha a Brasília! Os(as) trabalhadores(as) em educação, reunidos em seu 31º Congresso Nacional, realizado de 13 a 16 de janeiro de 2011, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, aprovaram esta moção conforme segue. A aprovação da Lei do Piso Nacional é uma vitória dos(as) trabalhadores(as) em educação, não podendo ser revogada, seja pelo Judiciário ou pelos tradicionais inimigos do ensino público, uma vez que há dinheiro suficiente para o cumprimento integral da Lei, respeitando os planos de carreira, tanto nas prefeituras quanto nos estados. Contudo, somente a luta nacional pode garantir a aplicação dessa lei em todo o território nacional. Nesse sentido, a CNTE deve exigir dos governadores eleitos que retirem o pedido de inconstitucionalidade que está no STF. Da mesma forma, deve marcar uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff para cobrar o compromisso do governo federal com a totalidade da Lei, enviando, se necessário, dinheiro para estados e municípios. 123

125 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE A unidade de nossa categoria é fundamental para nossa vitória. Assim, a CNTE, junto aos sindicatos filiados e à CUT, deve preparar uma grande marcha dos(as) trabalhadores(as) em educação a Brasília, ainda no primeiro semestre de 2011, para fazer valer a nossa lei. Moção pelo financiamento da educação Os(as) trabalhadores(as) em educação, reunidos em seu 31º Congresso Nacional, realizado de 13 a 16 de janeiro de 2011, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, aprovaram esta moção conforme segue. O sucateamento do ensino, a desvalorização profissional e a falta de recursos físico-estruturais, dentro de uma lógica meritocrática, infelizmente ainda são realidades em nosso país. Essa situação de retrocesso secular só tem saída a partir de uma mudança na postura do Estado brasileiro, para que trate a educação pública como direito, não como mercadoria. Em que pese o avanço do Fundeb ante o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) no que tange à complementação da União, sem novas bases de financiamento para a educação pública brasileira, nosso país, mesmo sendo atualmente a 8ª economia mundial, continuará reproduzindo uma condição de desigualdade dentro de suas escolas. 124

126 Moções É sabido, por exemplo, que os sucessivos governos e o presidente Lula continuaram a burlar o mecanismo constitucional na aplicação dos recursos de, no mínimo, 18% da União e 25% dos estados, municípios e Distrito Federal, em seus orçamentos sobre a receita de impostos, valorizando cada vez mais no orçamento a criação de contribuições e taxas, conforme segue: Receitas da União em 2005 (em valores nominais) R$ 1.000,00 % Receitas correntes ,0 Receitas de impostos ,0 Contribuição ,0 Outras receitas ,0 Fonte: Ministério da Fazenda. SIAFI STN/CCONT/GEINC. Nesse contexto, o conjunto da categoria, em seus estudos, debates, congressos, Coneds, CONAEs etc., aponta para a aplicação imediata de 10% dos recursos do PIB para a educação, inclusive, essa foi a posição de Frei Betto na conferência de abertura do Congresso. Isso porque o caminho que reverterá as mazelas educacionais passa por um choque no financiamento da educação pública, o qual deve ser a bandeira prioritária da CNTE no próximo período, o pontapé inicial para encaminharmos o conjunto das demandas da educação e de seus trabalhadores e trabalhadoras. Assim, lutaremos:»» pelo fim de medidas de contingenciamento de recursos legalmente vinculados à educação e às demais áreas sociais;»» pela alteração do caput do art. 212 da Constituição Federal, 125

127 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE de modo que fique assegurado que a União aplicará, anualmente, nunca menos que 25% (vinte e cinco porcento) e os estados, o Distrito Federal e os municípios, 30% (trinta porcento) ou o percentual maior fixado nas respectivas constituições estaduais e Leis Orgânicas Municipais da receita líquida resultante de tributos (impostos, contribuições e taxas), já instituídos ou a serem criados, compreendidas, inclusive, a receita proveniente de transferências constitucionais e legais, e a dívida ativa oriunda de tais tributos, bem como os encargos e os rendimentos financeiros obtidos a partir deles, excluídas somente as receitas da seguridade social e do salário-educação, na manutenção e desenvolvimento do ensino público;»» pela regulamentação e implementação do imposto sobre grandes fortunas (IGF);»» pela aplicação de 50% do Fundo Social das Riquezas do Pré-Sal para a educação. Moção de Repúdio à Medida Provisória nº 520/2010 Os(as) delegados(as) do 31º Congresso Nacional da CNTE, reunidos(as) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, entre os dias 13 e 16 de janeiro de 2011, vêm manifestar repúdio à Medida Provisória nº 520, de 31 de dezembro de 2010, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. (EBSERH), definida como personalidade jurídica de direito privado e vinculada ao Ministério da Educação, com os objetivos, entre outros, de prestar serviços e administrar os hospitais universitários federais. Somente o fato de sermos surpreendidos com a edição dessa Medida Provisória ao apagar das luzes de 126

128 Moções 2010, sem qualquer tipo de debate com os movimentos sociais, já é motivo extremamente relevante para expressar nosso mais veemente repúdio. Além disso, esse ato antidemocrático tem contornos mais graves ao resgatarmos seus antecedentes, quando, em 2007, o governo federal apresentou o Projeto de Lei Complementar nº 92, que pretendia instituir as fundações estatais de direito privado nas áreas de saúde, educação e cultura, entre outras, sem promover, da mesma forma, espaços de debate com a sociedade. Em contrapartida, os movimentos sociais vêm se mobilizando para o debate, aprofundando a discussão sobre os problemas enfrentados na gestão do SUS e construindo propostas que reafirmam o caráter público e a transparência na gestão. Entretanto, nossas mobilizações vêm sendo sistematicamente desconsideradas, como aconteceu com a deliberação da 13ª Conferência Nacional de Saúde, que após intenso debate, por ampla maioria dos delegados, reprovou essa modalidade de gestão, por considerar que ela, ao contrário de resolver os problemas do SUS e de outras áreas, como apregoam seus defensores, vem promovendo graves distorções nas políticas públicas, que podem fragilizá-las a ponto de justificar a sua privatização. Não podemos permitir que sejam impostas medidas sem diálogo com a sociedade, que podem ter graves consequências para os direitos dos cidadãos. Reafirmamos, portanto, a nossa defesa por serviços públicos de qualidade e vamos manter e ampliar a nossa mobilização, para avançar nas conquistas. 127

129 Caderno de Resoluções 31 o Congresso Nacional da CNTE Moção de Repúdio ao Prefeito de Estância (SE) Os(as) delegados(as) do 31º Congresso Nacional da CNTE, reunidos(as) em Brasília, de 13 a 16 de janeiro de 2011, vêm manifestar MOÇÃO DE REPÚDIO ao prefeito da Cidade de Estância (SE), Ivan Santos Leite (PSDB), pelos ataques que tem promovido contra o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (SINTESE); o prefeito reduziu os salários dos professores e anulou o Estatuto e o Plano de Carreira do Magistério, provocando caos na educação. Em 2010, os educadores passaram três meses em greve e só voltaram ao trabalho por conta de decisão judicial. Por sua vez, agora em 2011, o governante está articulando uma campanha para desestabilizar o SINTE- SE, na tentativa de encurralar a única força viva de combate à sua administração neoliberal desastrosa para a classe trabalhadora. 128

130

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133 Projeto Gráfico Esta publicação foi elaborada em 13 x 23 cm, com mancha gráfica de 9 x 17 cm, fonte Palatino LT Std 11pt., papel pólen soft 70g, P&B, impressão offset, acabamento dobrado, encadernação colado quente. Edição Impressa Tiragem: exemplares Gráfica Charbel Junho de 2011

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