SINDICATO MUNICIPAL DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE DOURADOS
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- Betty Igrejas Garrau
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1 Carta-Compromisso Sr(a). Candidato(a) a Prefeito(a): A educação pública de qualidade para todos e todas em todos os níveis, etapas e idades tem sido uma luta histórica dos(as) profissionais, das entidades, dos sindicatos e dos movimentos de defesa da Educação. Ao longo do tempo, os(as) trabalhadores(as) em luta obtiveram conquistas que estão expressas na Constituição Federal de que instituiu a educação como direito público subjetivo e convalidou direitos, instituindo o Piso Salarial Profissional Nacional e vinculando constitucionalmente os recursos destinados à Manutenção e ao Desenvolvimento do Ensino (MDE). A educação pública brasileira passou a contar com políticas cooperativas entre os entes federados; regulamentou-se o regime de cooperação institucional e o sistema nacional de educação. E no Plano Nacional de Educação estabeleceu-se como meta chegar 10% do PIB para a Educação até 2024 essas medidas têm o objetivo de elevar a qualidade educacional e a possibilidade da inclusão social. Além dessas medidas, o Fundo da Educação Básica (FUNDEB), o Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério, a Instituição de política nacional para formação dos professores e funcionários da Educação e a ampliação dos programas do livro didático, da merenda e do transporte escolar para toda a educação básica (da pré-escola ao ensino médio) são conquistas que levam à melhoria do aprendizado e ao exercício da cidadania. Essas políticas educacionais estão atreladas a políticas de divisão de renda e justiça social, das quais os trabalhadores em educação jamais vão abrir mão. O Plano nacional de educação é a referencia que deve nortear as políticas em nível municipal, estadual e nacional, pois prevê as seguintes metas fundamentais para a consolidação da educação em todos os níveis: 1. Atingir o percentual de 10% do produto interno bruto para a educação; 2. Extinguir o analfabetismo literal e funcional, universalizar as matrículas da pré- -escola ao ensino médio e ampliar, no mínimo em 50%, sobretudo os municípios, a oferta de creches públicas para os(as) filhos(as) das famílias trabalhadoras; 3. Implantar a gestão democrática nas redes de ensino, por meio de lei local, inclusive, prevendo a eleição direta para as direções escolares; 4. Equiparar, até o sexto ano de vigência do PNE, a remuneração média do magistério a de outras categorias profissionais com mesmo nível de escolaridade, através do pagamento do piso salarial nacional da categoria na base do plano de carreira, bem como destinando, no mínimo, um terço da jornada do(a) professor(a) para a hora-atividade (extra-classe); 5. Constituir planos de carreira para todos os profissionais da educação, lembrando que, no caso do magistério, essa exigência já consta da Lei Federal nº , a qual necessita ser cumprida, integralmente, por todas as administrações públicas, a fim de se promover a valorização do magistério e, consequentemente, a elevação da qualidade com equidade em todas as regiões do país. Educação Pública e de qualidade A Educação Pública gratuita e de qualidade é um direito inalienável. É um dever do estado, representando uma das maiores conquistas da sociedade brasileira, constituindo-se em
2 um dos pilares do Estado Democrático e de Direito. Neste sentido é fundamental valorizar a gestão democrática, prevista no Art. 206 da Constituição Federal, reiterada no art. 3º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 9.394/1996 e na Meta 19 do Plano Nacional de Educação (PNE). Uma Gestão Democrática se constrói com eleições democráticas e paritária para diretores(as), Conselhos ou Colegiados Escolares, Projetos Políticos-Pedagógicos elaborados com a participação de todos os segmentos escolares e da comunidade; e uma Coordenação Pedagógica com formação adequada, efetiva e permanente. Esses são instrumentos essenciais para a qualidade social da educação e a valorização dos profissionais, inclusive para o combate à violência, na medida em que a comunidade escolar se envolve e passa a ser responsável pelo processo. Para garantir uma educação de qualidade se faz necessário garantir: Valorização profissional, que contemple: o ingresso em todos os cargos e funções, por meio de concurso público para servidores(as) do magistério e administrativo; a formação inicial e continuada; o Piso Salarial Profissional Nacional; a jornada de trabalho com 1/3 de horas para planejamento; planos de cargos e carreira; curso de Pró-Funcionário aos administrativos da Educação E Carreira, que contemple: a unificação de todos(as) os(as) profissionais da Educação; a referência mínima do piso nacional para o vencimento inicial da carreira; a destinação de, no mínimo, 1/3 (um terço) da jornada para atividades de planejamento; a redução de jornada para os funcionários administrativos (para 30 horas), sem redução de salários; a extensão dos dispositivos remuneratórios do piso aos aposentados. Nós defendemos a Educação Pública de qualidade em todos os níveis, etapas e idades. Por isso, todos os sindicatos da educação no Brasil juntamente com as federações (FETEMS) e confederação (CNTE) participaram intensamente dos debates, elaboração e realização de conferências e dos planos municipais, intermunicipais, estaduais e nacional de Educação, como instrumento fundamental para: a erradicação do analfabetismo; a universalização do atendimento escolar em todos os níveis e etapas, modalidades; a superação das desigualdades educacionais e regionais; a melhoria da qualidade do ensino; a formação integral como base na formação para a vida e para o trabalho;
3 a promoção da sustentabilidade sócio, econômica e ambiental; a promoção humanística, científica e tecnológica da Educação; a valorização dos profissionais da Educação com Piso Salarial, PCC, formação inicial e continuada; a difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e gestão democrática da Educação; a aplicação de 10% do PIB em Educação. E reafirmamos as bandeiras históricas de luta em defesa da: Educação Pública de qualidade social para todos e todas em todos os níveis e idades; Educação libertadora com uma concepção integral que forme CIDADÃS E CIDADÃOS para a vida e para a transformação social; Financiamento PÚBLICO para a Educação Pública; Gestão Democrática da educação com eleição de direção, projetos pedagógicos emancipatórios e participação da comunidade escolar; Valorização profissional com formação inicial e continuada, piso salarial e carreira atrativa; Cumprimento dos Planos Municipais, Estadual e Nacional de Educação. Em Dourados já alcançamos algumas metas e outras ainda estamos na expectativa de alcançar. Neste sentido as políticas abaixo se fazem necessária para a garantia de uma educação de qualidade que atenda os anseios da categoria e da sociedade douradense. Garantir que a educação seja pública, gratuita e de qualidade; Cumprir o Piso salarial para 20 horas, garantido em lei municipal e no plano municipal de educação, que tem também o amparo do Plano Nacional de Educação que define a equiparação a média salarial dos profissionais do magistério com a de outras categorias com a formação em nível superior, a ser atingida até 2020; Manter 30 horas semanais de trabalho ao grupo administrativo e garantir este direito na lei complementar 118-PCCR da Educação Municipal de Dourados; Oferecer e incentivar a formação inicial e continuada aos trabalhadores e trabalhadoras em educação, inclusive com licença remunerada para estudo em nível de pós-graduação (mestrado e doutorado); Ofertar a Formação continuada Pró-funcionário ao grupo administrativo; Garantir na educação especial os serviços de apoio especializado nas instituições educacionais, salas de recursos e hora atividade aos profissionais que atuam com crianças com deficiência; Garantir na educação indígena a reforma da estrutura física, construção de quadra esportiva coberta, compra de mobiliários e parque infantil,
4 Manter e ampliar a oferta da EJA para Jovens e Adultos que não conseguiram garantir sua formação em idade ideal. Manter a escolas no Campo e criar uma política de Educação do Campo que atenda as especificidades locais. Garantir o concurso de acesso, de forma que os docentes que estão em sala de aula possam exercer outras funções de professor, como orientador educacional e para o grupo administrativo outras funções que integram seu cargo como garantia de uma política de saúde do trabalhador(a). Diminuir o número de aluno nas salas de aulas para garantir qualidade de vida para o (a) profissional e qualidade na educação. Implementar uma política de prevenção as doenças do trabalho presente na educação em Dourados. Garantir transparências nos gastos dos recursos públicos e apresentar demonstrativos detalhados de todas as despesas com a educação para a acompanhamento público. Reformular a tipologia das escolas, de forma que seja garantido o número de funcionários de acordo com o número de crianças matriculadas nas instituições educacionais; Alterar a grade curricular, com a inclusão das disciplinas diversificadas como: inglês, música e artes cênicas na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano); Realizar chamada do concurso público/2016 e abertura de um novo concurso para o grupo administrativo para a função de cozinheira, faxineira e demais funções do serviço administrativo da educação Garantir condições para o funcionamento da escola em tempo integral; Permitir que a contratação dos profissionais temporários seja realizada de forma democrática, transparente e com critérios definidos; Garantir a oferta em período integral para crianças nos Centros de Educação Infantil Garantir um serviço de acompanhamento de crianças com dificuldades de aprendizado. Ter uma política de inclusão digital às crianças e adolescentes, sobretudo, na etapa do ensino fundamental. Garantir a oferta de salas de aulas com demandas da sociedade em todas as etapas da educação básica conforme prevê a LDB. Garantir eleição de diretores, com escolha realizada democraticamente e de forma paritária pela comunidade escolar e a alteração da lei de forma que, seja garantida apenas 1 reeleição, tanto para diretor como para vice-diretor; Regulamentar os Conselhos Escolares (pedagógico, escolar, APM), a partir de propostas elencadas pela categoria, garantindo a paridade dos segmentos que compõem os conselhos e a democracia no interior das instituições educacionais; Jamais regulamentar qualquer legislação que fere a liberdade de pensamento na educação.
5 Nós, trabalhadores(as) em Educação, reiteramos que manteremos a tradição de nos mantermos unidos e em luta na defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Seremos fiscalizadores do poder executivo e formadores de opinião em todas as ações educacionais. Queremos dizer ainda que defendemos o diálogo como principal instrumento democrático. Neste sentido, apresentamos ao(à) Sr.(a) candidato(a) nossa pauta de reivindicação para ser observada na plataforma eleitoral e, caso eleito(a), para implementá-la em sua gestão municipal. Esperamos contar com sua adesão às nossas propostas, subscrevendo- as. Eu,, candidato(a) a prefeito(a) do município de Dourados, MS, comprometo-me com a pauta dos trabalhadores em Educação.
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