Relatório final do Plano Gradual de Melhoria Ano letivo 2012/2013

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1 Relatório final do Plano Gradual de Melhoria O Plano Gradual de Melhoria foi elaborado em resultado da necessidade de uma formalização das estratégias de atuação perante os pontos fracos, apontados pela Inspeção Geral de Educação e Equipa de Autoavaliação. A identificação das prioridades para melhoria, bem como a definição de objetivos e ações a realizar envolveu coordenadores de departamento e representantes de diversas comissões de trabalho. O documento identificado como Plano Gradual de Melhoria do Agrupamento para o ano letivo de 2012/2013, foi divulgado nos departamentos e grupos disciplinares. Em abril de 2013 foi efetuado um relatório preliminar onde se identificaram as áreas já intervencionadas e respetivo sucesso. Neste relatório final apresentamos um balanço global sobre a implementação do plano de melhoria, no ano letivo de 2012/2013, salientando os resultados obtidos: 1. Cantina Todas as ações planificadas foram realizadas, tendo-se reduzido substancialmente o tempo de espera, as reclamações e melhorado a qualidade/quantidade dos alimentos que constituíam a refeição. o 2ª Linha de serviço de atendimento, duplicando o número de almoços servidos em simultâneo; o Acompanhamento da refeição por uma equipa de professores, que procurará promover, junto dos alunos, hábitos de uma alimentação saudável. 2. Resultados escolares Foi criado apoio educativo para alunos do 1º ano, na disciplina de Português, no 2º e 3º período. Dos 6 alunos que o frequentaram, 2 tiveram sucesso (33% de sucesso). Relativamente ao 2º ano, o número de alunos que recebeu apoio nas disciplinas de Matemática e Português, relativamente ao ano anterior, diminuiu. No entanto, aumentou o número de aulas de apoio, tendo-se obtido um sucesso de cerca de 30%. Atendendo a que a taxa de retenção no 2º ano diminuiu significativamente, relativamente ao ano letivo anterior (de 7,5 para 5,2%), ficando abaixo do valor nacional (10,7%), podemos considerar que a ação atingiu o objetivo estabelecido. O "NúcleoMat9" foi criado no 2º período e frequentado por 38 alunos (provenientes das cinco turmas de 9º ano). Destes, 10 (26%) obtiveram sucesso à disciplina e 3 deles (30%) conseguiram nível 3 na prova final nacional. Em termos de balanço global, os docentes de Matemática consideraram que esta medida contribuiu muito para a melhoria dos resultados de todos os alunos do 9º ano a esta disciplina. Não foi proposto dar continuidade a esta medida, uma vez que foi específica para os vários alunos com muitas dificuldades de aprendizagem, concentração e de integração, das turmas do 9ºano, deste ano letivo. Em termos de resultados da prova final nacional de Matemática do 9º ano, verificou-se que: Página 1

2 apesar de se ter registado uma diminuição na percentagem de aprovação, esta descida não foi tão acentuada como a nível nacional; a média dos resultados dos alunos da escola foi positiva e superior à média nacional. O reforço educativo para as disciplinas definidas no plano de melhoria foi implementado, apesar de evidenciar algumas fragilidades: algumas turmas não tiveram acesso a este apoio, iniciou-se por vezes tardiamente e a sua frequência foi muito irregular, em função do horário a que foi marcado, professor(a) que o lecionava, aproximação de testes, etc. Por outro lado, este apoio assumiu, como referiu a comissão do conselho pedagógico para acompanhamento e monitorização dos apoios educativos, uma grande diversidade de modalidades (obrigatório/facultativo; para toda a turma/para grupos específicos de alunos; aulas de reforço/aulas de preparação para exame; ao longo do ano/nas semanas que antecederam o exame nacional), o que dificulta a análise dos resultados obtidos e não permite tirar conclusões fiáveis. Em termos de resultados nos exames nacionais do ensino secundário (1ª fase), apesar do agrupamento ter aumentado a média apenas em três disciplinas, melhorou em termos de contexto nacional, já que obteve médias acima dos valores nacionais em 9 disciplinas. De uma forma geral foi realizada a sensibilização dos pais/enc. de educação para a frequência do reforço educativo, bem como a monitorização das grelhas de frequência. A criação da comissão do conselho pedagógico para acompanhamento e monitorização dos apoios educativos, permitiu um maior envolvimento da comunidade escolar na reflexão desta temática, resultando também em sugestões de melhoria: Os apoios devem ser lecionados pelo professor da turma e com horário integrado no horário da turma No 2º ciclo, há necessidade de definir qual o objetivo do apoio ao estudo apoio à família, acompanhando os alunos no período após o final das aulas ou atividades de reforço/esclarecimento de dúvidas, preferencialmente às disciplinas de Português e Matemática. Em qualquer dos casos, parece haver necessidade de trabalhar, individualmente ou em pequeno grupo, com os alunos com dificuldades específicas, identificados pelo conselho de turma; Há necessidade de aperfeiçoar os instrumentos de recolha de dados, a fim de se poder melhorar a avaliação da eficácia dos apoios. o No ensino básico, assessorias pedagógicas, promovendo um trabalho colaborativo entre docentes. o No ensino secundário, reforço às disciplinas sujeitas a exame e no ano de exame. 3. Indisciplina As ações planeadas nesta área foram todas implementadas, com exceção das ações de formação para docentes, nas áreas de gestão de conflitos e direção de turma. Relativamente às reuniões entre o diretor e os delegados e subdelegados de turma, apenas se realizou uma, no início do ano letivo e não no início de cada período, como estava planeado; Relatório final do Plano Gradual de Melhoria Página 2

3 A Comissão de Disciplina e Gestão de Conflitos interveio conjuntamente com a Direção e/ou com agentes da Escola Segura nas turmas em geral, ou especificamente em alguns alunos, para solucionar questões relacionadas com desrespeito pelas regras da escola, furtos, ameaças e comportamentos de risco. Esta Comissão atuou também em articulação com Diretores de Turma, Assistentes Operacionais, Psicóloga em serviço na Escola e docente responsável pelo Ensino Especial. Esta Comissão tipificou ainda o perfil do aluno indisciplinado e caracterizou o tipo de ocorrências mais frequentes, de acordo com o ciclo. Em termos de resultados, registe-se que o total de ocorrências disciplinares diminuiu consideravelmente, relativamente aos anos letivos anteriores. Por outro lado, ao longo do ano letivo, o número de ocorrências também diminuiu, em todos os ciclos. De uma forma global, as assessorias implementadas resultaram numa melhoria do comportamento da turma. o A excelente relação que temos com os agentes da escola segura o Assessorias pedagógicas com intervenção de ordem disciplinar, em todos os ciclos, nas turmas e disciplinas cujos alunos apresentam comportamentos/atitudes desadequados à realidade de sala de aula. Considerou-se que seriam de implementar as seguintes medidas, referenciadas no relatório final da Comissão de Disciplina e Gestão de Conflitos: o Ação para os alunos do 7º ano de escolaridade, logo no início do ano letivo, como por exemplo, conselhos de turma no sentido de ali se concertarem estratégias de intervenção comuns; o Os diretores de turma do 2º ciclo devem abordar, com todos os alunos, a problemática relacionada com a agressão física entre pares, promovendo e estimulando a comunicação oral interpessoal na resolução de problemas; o Quanto aos alunos do ensino secundário, deverão os diretores de turma, no início do ano, na reunião com os encarregados de educação clarificar a importância do diálogo com os seus educandos relativamente às autorizações de saída de escola. 4. Pontualidade Foram realizadas as ações planeadas do plano de melhoria. Os resultados foram considerados positivos, já que era notória a preocupação dos alunos em dirigirem-se para a sala de aula, logo após o toque para dentro. Na análise global dos registos dos atrasos ao 1º tempo da manhã, pode-se verificar que a quantidade de alunos reincidentes não foi significativa. No entanto, o diretor em colaboração com a Comissão de Disciplina e Gestão de Conflitos tomou medidas corretivas para os reincidentes, nomeadamente realização de tarefas/atividades de integração na escola. o Controlo da pontualidade dos alunos Relatório final do Plano Gradual de Melhoria Página 3

4 5. Articulação interdepartamental No início de setembro, foram realizadas, reuniões entre docentes de diferentes níveis de ensino, de forma a promover-se a articulação interdepartamental 1º ciclo / 2º ciclo e 2º ciclo / 3º ciclo; nas disciplinas de Português e Matemática. A pertinência e mais-valia destas reuniões foram salientadas pelos docentes envolvidos. Para além da partilha de experiências, foram definidas medidas a implementar nas áreas de planificação dos conteúdos, estratégias de ação, postura e avaliação dos alunos. o Realização de reuniões entre docentes de diferentes níveis de ensino, de forma a promover-se a articulação interdepartamental 1º ciclo / 2º ciclo e 2º ciclo / 3º ciclo; nas disciplinas de Português e Matemática. 6. Supervisão da prática letiva em sala de aula Foram aplicados inquéritos escritos, a uma amostra aleatória representativa de todas as turmas da escola sede. Esse inquérito era constituído por perguntas fechadas sobre o clima e contexto da sala de aula, onde os alunos se posicionam opinativamente num leque de 1 (Discordância total) a 4 (Concordância total). As questões abrangiam vários aspetos do funcionamento da sala de aula e da relação de ensino/ aprendizagem, nomeadamente disciplina, responsabilidade, comunicação, inovação, envolvimento, coesão e satisfação. Os resultados deste inquérito foram organizados por ciclo de ensino e por curso, tendo sido de uma forma global, bastante satisfatórios. No entanto, a quantidade de informação recolhida levantou sérias dificuldades a uma análise mais aprofundada pela equipa de autoavaliação, razão pela qual ainda se encontra em curso uma análise mais sumária. Considera-se que a disponibilização destes resultados aos diferentes departamentos/grupos poderá potenciar uma reflexão geradora de práticas de melhoria. 7. Impacto da escolaridade no percurso dos alunos Foi realizado o contacto telefónico com os alunos dos cursos profissionais que concluíram no ano letivo de 2009/2010 e 2010/2011, questionando sobre o prosseguimento de estudos ou a sua empregabilidade na área do curso. Os alunos os alunos do ensino regular, que concluíram nestes mesmos anos letivos e que não obtiveram colocação no ensino superior também foram contactados. Registe-se a grande dificuldade de conseguir contactar alguns dos alunos, nomeadamente do ensino regular (43% não contactados), devido a alterações de números de telefone. Os dados conseguidos foram interessantes e serão divulgados na comunidade escolar, no sentido de melhorar o conhecimento do impacto da escola. o Contactar os alunos que finalizaram o ensino secundário regular e profissional no ano letivo 2011/2012. Relatório final do Plano Gradual de Melhoria Página 4

5 8. Autoavaliação Todas as medidas planeadas foram realizadas: foi incluído na equipa um elemento do pré-escolar e foi adaptado o plano de ação da equipa, de forma a adequar-se ao plano de melhoria, tendo-se definido os responsáveis pela monitorização do plano de melhoria. Considera-se que foi muito importante a definição de responsáveis pela implementação das diferentes ações do plano de melhoria. No entanto, a disponibilização de informação relativa à implementação/avaliação de cada ação, aos responsáveis pela monitorização do plano, nem sempre foi realizada em tempo útil. S. João da Madeira, 19 de setembro 2013 Rosabela Ramos e José Ricardo Morgado Relatório final do Plano Gradual de Melhoria Página 5