2 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "2 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS"

Transcrição

1 Projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da Petrobras\Fafen: uma Análise à Luz das Estratégias Ambientais Empresariais, das Tecnologias Ambientais e do Desenvolvimento Sustentável Autoria: Luana das Graças Queiróz de Farias, Antônio Costa Silva Júnior, André Luis Rocha de Souza, Thaís Fernandes Dias Cairo, Kristian Brito Pasini, Andréa Cardoso Ventura RESUMO Existe uma crescente pressão da sociedade por ações relacionadas às mudanças climáticas. As principais respostas são refletidas no compromisso efetivo de muitas empresas, principalmente na adoção de estratégias e tecnologias ambientais que ajudem a reduzir as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) e contribuam para o desenvolvimento sustentável. Este estudo buscou analisar as estratégias ambientais empresariais e as tecnologias ambientais adotadas pelo projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) executado pela Petrobras, Fábrica de Fertilizantes da Bahia (FAFEN-BA), situada no município de Camaçari, para redução da emissão de N2O (óxido nitroso) e seus benefícios para o desenvolvimento sustentável nas dimensões ambiental, social e econômica. Para atingir o objetivo proposto, utilizou-se quadro teórico de referência composto dos conceitos de estratégias ambientais empresariais, encontrados em Andrade (1997) e Barbieri (2006), de transferência de tecnologia, conforme exposto pelo Senado Federal (2004), Rosemberg (2006), Zhao e Reisman (1992), Kanai (2008) e Seres (2007), de tecnologias ambientais, apoiado em La Grega (1994), Unido (2001) e em Lenzi (2006), e finalmente de desenvolvimento sustentável, baseado em CIMGC (2003), Protocolo de Kyoto (2005) e em Buarque (2004). A metodologia envolveu pesquisa de natureza bibliográfica exploratória e qualitativa através da aplicação da estratégia de estudo de caso. Para análise tanto dos dados primários (obtidos através de entrevista semi-estruturada e visita técnica de campo) e dados secundários (alcançados através de Documentos de Concepção do Projeto-DCPs e site institucional), utilizaram-se as técnicas de triangulação de dados e de análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa demonstraram que a Petrobras aplicou a estratégia ambiental empresarial ofensiva e a tecnologia ambiental end-of-pipe, permitindo à empresa obter vantagens competitivas na melhoria de imagem e, sobretudo, nos aspectos de cumprimento para além da legislação ambiental (beyond compliance). A transferência de tecnologia ambiental utilizada no projeto foi identificada como parcialmente exógena. Contudo, quanto aos componentes do desenvolvimento sustentável, o projeto de MDL da FAFEN-BA evidenciou apenas como double bottom line, predominando os componentes ambientais e econômicos em detrimento do social. Por fim, concluiu-se que a empresa obtém ganhos de competitividade e legitimidade através das melhorias da eficiência operacional da planta e de imagem corporativa, fazendo uso da tecnologia ambiental voltada para o controle e redução da emissão de GEE. No caso da contribuição do projeto de MDL para o desenvolvimento sustentável, observou-se que foi modesta, visto que houve uma predominância dos aspectos inerentes à viabilidade econômica da atividade e à proteção ambiental. 1

2 1 INTRODUÇÃO Um ambiente social e econômico com restrições ao uso do carbono é uma realidade que se configura como inevitável para as organizações. A partir dessa constatação, as empresas começam a aderir às regulamentações ambientais internacionais e nacionais para reduzir suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE i ), visando à proteção ao meio ambiente e, sobretudo, ganhos de vantagens competitivas sustentáveis a longo prazo. A preocupação das empresas com o meio ambiente, a necessidade de estratégias e práticas ecológicas, de segurança, de proteção e defesa do consumidor e de qualidade dos produtos tem pressionado nos últimos anos as organizações a introduzirem valores em suas atividades comerciais, administrativas e operacionais (DONAIRE, 1999). Para Simoni (2009) as razões para essas mudanças são diversas, porém dois fatores podem ser apontados como importantes: o conceito de poluição e o uso de estratégias ambientais para buscar maior legitimidade social perante seus stakeholders. Dessa forma, a empresa inicia um processo de fomento às atividades sustentáveis, no que se refere ao uso mais racional dos recursos, a diminuição dos impactos ambientais e da satisfação das demandas das partes interessadas: consumidores, fornecedores, órgãos ambientais, comunidades locais, internacional, etc. Nesse ambiente competitivo, frequentemente composto por oportunidades e ameaças em qualquer tipo de mudança, as empresas adotam estratégias ambientais para diminuir custos e riscos, aumentar as receitas e os ativos intangíveis em atenção às necessidades dos seus stakeholders. Essas estratégias geram um novo tipo de benefício competitivo, denominado Eco-Advantage ou ecoestratégias que possibilitam às empresas o alcance da excelência nos níveis de desempenho, de lucratividade e de crescimento, englobando assuntos como qualidade de vida no trabalho, segurança e meio ambiente como parte de uma postura responsável e ética (BARBIERI, 2006). No contexto dos negócios, as mudanças climáticas causadas pelo aumento das emissões de GEE surgem como uma oportunidade para investimentos em projetos que contribuam com a economia do baixo carbono e consequentemente para o desenvolvimento sustentável, introduzindo esse problema ambiental global nos processos estratégicos das empresas e fomentando o desenvolvimento de tecnologias ambientais voltadas para a redução da poluição causada pelos GEE. O problema representado pelas mudanças climáticas é bastante complexo, por haver em torno dele um conjunto de interesses de países e, principalmente, de grupos corporativos e de setores econômicos representativos. Uma das iniciativas mundiais para combater às mudanças climáticas é a adoção do Protocolo de Kyoto (PK), através de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) que tem como objetivo, além de reduzir os GEE, contribuir para a transferência de tecnologias ambientalmente seguras e o desenvolvimento sustentável dos países hospedeiros. Esse acordo estabeleceu metas de redução das emissões de GEE para os países industrializados (Anexo I) e mecanismos de flexibilização, dentre eles o MDL, para incentivar o atendimento às metas assinaladas. O Brasil é o terceiro país hospedeiro de projetos de MDL no mundo com 8% da participação mundial, atrás somente da China (37%) e Índia (27%), voltados principalmente para a indústria de energia renovável (49%), tratamento de resíduos da suinocultura (16%), troca de combustível fóssil (10%), aterros sanitários (9%), redução de óxido nitroso - N2O- (2%), dentre outros (MCT, 2010). Entretanto, poucos trabalhos se propõem a avaliar os projetos brasileiros de MDL. Pesquisas preliminares feitas por Silva-Júnior et al. (2009) e Andrade et al. (2009) em 75 Documentos de Concepção de Projetos (DCPs) de MDL aprovados no Brasil até 31/12/2007, argumentam que as contribuições geradas pelo MDL nos aspectos de promoção de tecnologias mais limpas e desenvolvimento sustentável são ainda modestas. Isto 2

3 posto, este artigo partiu do seguinte questionamento: Quais são as estratégias ambientais empresariais e as tecnologias ambientais utilizadas pelo projeto de MDL executado na Petrobras\FAFEN-BA para redução de óxido nitroso (N2O) e suas contribuições para o desenvolvimento sustentável? Diante do exposto, neste trabalho buscou-se analisar as estratégias ambientais empresariais e as tecnologias ambientais adotadas pelo projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) executado pela Petrobras, Fábrica de Fertilizantes da Bahia (FAFEN-BA), situada no município de Camaçari, para redução da emissão de N2O (óxido nitroso) e seus benefícios para o desenvolvimento sustentável nas dimensões ambiental, social e econômica (triple bottom line). Para atingir esse propósito, adotou-se como metodologia uma pesquisa de natureza bibliográfica, exploratória e qualitativa através da aplicação da estratégia de estudo de caso. Para análise tanto dos dados primários (obtidos através de entrevista semi-estruturada e visita técnica de campo) e dados secundários (obtidos através de Documentos de Concepção do Projeto DCPs e site institucional), utilizaram-se as técnicas de triangulação de dados e de análise de conteúdo. Por fim, este artigo está estruturado em cinco partes, sendo esta introdução, a primeira. A segunda são as considerações teóricas. A terceira são expostos os aspectos metodológicos da pesquisa. Na quarta parte, são apresentados o caso e os resultados encontrados e, por fim, são demonstradas as considerações finais e as limitações e sugestões para trabalhos futuros. 2 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS As considerações teóricas relevantes para a análise do caso estudado basearam-se na discussão dos tipos de estratégias ambientais empresariais e das tecnologias ambientais utilizadas nos projetos de MDL, enfatizando os aspectos de transferência de tecnologia e de desenvolvimento sustentável. 2.1 MDL: ênfase na transferência tecnológica e promoção do Desenvolvimento Sustentável Com o Protocolo de Kyoto (PK) uma nova lógica de desenvolvimento passou a ser proposta. O acordo surgiu como um instrumento de governança global, em 1997 e estabeleceu metas para mais de cinquenta países reduzirem suas emissões dos GEE, em média, 5,2% em comparação aos níveis de 1990 para o período de vigência do documento ( ). A sua criação, porém, foi estimulada nas últimas décadas pelo crescimento na degradação dos recursos ambientais resultantes do aumento das emissões dos GEE, advindos, de forma acentuada, pela ação antrópica. Esse protocolo prevê mecanismos de flexibilização que se instituem como instrumentos econômicos baseados nos princípios da eficiência e também asseguram o cumprimento da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em evento originário do PK, e doravante renomeada de Convenção. Para atingirem esses propósitos, foram divididos em três classes: a Implementação Conjunta (IC) - concede aos países industrializados a permissão para compensar suas emissões por meio de financiamento de projetos de redução em outros países industrializados; o Comércio de Emissões (CE) - admite que os países negociem suas emissões permitidas, desencadeando um livre comércio de direitos de redução de emissões em nível global, permitindo separar quem pagará pelo controle de quem instalará o controle; e os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL)- que admitem aos países industrializados negociarem suas metas individuais por meio de projetos implantados em países em desenvolvimento (SEIFFERT, 2009; GOLDEMBERG, 2005). 3

4 O MDL adquiriu importância no cenário mundial, especialmente pela particularidade de ser o único instrumento que permite a participação dos países em desenvolvimento. O objetivo do MDL é incentivar as Partes pertencentes ao Não-Anexo I da Convenção, para que sejam capazes de viabilizar o desenvolvimento sustentável através da prática de projetos de redução de GEE e, desse modo, colaborarem para o objetivo fim da Convenção (FRONDIZI- LOPES, 2009). Para que esses projetos de MDL sejam validados, no entanto, é necessário serem pautados numa metodologia oficial que comprove que atenda aos critérios de elegibilidade, ou seja, se realmente o projeto apresenta redução adicional nas emissões de GEE. Para serem considerados elegíveis no Brasil, além das exigências do PK, os projetos devem atender às exigências determinadas pela Autoridade Nacional Designada (AND), representada no Brasil pela Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima (CIMGC). A CIMGC (2003), no Brasil delimitou cinco critérios como pré-requisitos para averiguar a contribuição dos projetos de MDL vinculados ao desenvolvimento sustentável dos locais afetados direto ou indiretamente pelas suas atividades no país. São eles: a) subsídios para a sustentabilidade ambiental local; b) aporte para o incremento das condições de trabalho e a geração líquida de empregos, c) contribuição para a distribuição de renda e efeitos diretos e indiretos sobre a qualidade de vida das populações de baixa renda, ressaltando os benefícios socioeconômicos propiciados pelo projeto; d) Apoio para capacitação e desenvolvimento tecnológico; e) a integração regional e a articulação com outros setores. No que concerne aos princípios de sustentabilidade, esses estão contidos no PK. Para o MDL, a sustentabilidade está fortemente associada à concepção e a implementação dos seus projetos. De acordo com o PK (2005, p.14), artigo 12, esses projetos anseiam alcançar o desenvolvimento sustentável, a contribuição para o escopo fim da Convenção, e caracterizando-os pelo auxílio às partes não incluídas no Anexo I. O conceito de desenvolvimento sustentável, aqui discutido, é baseado no modelo apresentado pelo Relatório de Bruntland (1987) apud Buarque (2004), em que definiu os elementos triple-bottom-line, ou seja, a dimensão social, ambiental e econômica. Embora esse modelo seja mais recorrente na literatura, reconhece-se a existência de outras abordagens, a exemplo das cinco perspectivas de Sachs (1993): social, econômica, ecológica, espacial e cultural e, também, as sete sugeridas por Guimarães (2001) ecológica, ambiental, demográfica, cultural, social, política e institucional. Ainda sob o ponto de vista teórico do PK (2005), artigo 12, a promoção do desenvolvimento sustentável é enquadrada, ao mesmo tempo, como princípio e uma condição obrigatória no encaminhamento dos projetos candidatos ao MDL. O PK, apesar disso, não faz menção aos critérios apresentados no modelo triple-bottom-line nos países hospedeiros quanto à mensuração do grau de contribuição dos projetos de MDL sugeridos para o desenvolvimento sustentável. Já o fomento à transferência de tecnologia pode ser percebido no artigo 10 do PK, item 2. Ele é voltado para a cooperação na promoção de modalidades efetivas para o desenvolvimento, a aplicação e a difusão, e tomar todas as medidas possíveis para promover, facilitar e financiar, conforme o caso, a transferência ou o acesso a tecnologias (SENADO FEDERAL, 2004, p. 27). A acepção da transferência de tecnologia proposta pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) apud Seres (2007, p.2-3), é considerada relativamente abrangente, pois é avaliada como processos de fluxos de know-how, experiência e equipamentos para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas entre as partes interessadas, como governos, entidades do setor privado, instituições financeiras, Organizações não-governamentais e instituições de ensino e pesquisa. 4

5 Nesse sentido, este artigo considera que a transferência de tecnologia pode ser tanto exógena como endógena ou de ambos os tipos. A exógena é verificada nos casos em que o processo acontece dos países do Anexo I para os países Não-Anexo I, já a transferência tecnológica endógena acontece quando a tecnologia é desenvolvida dentro dos países do não- Anexo I, como o Brasil, e replicada de forma doméstica entre os domínios produtivos, regiões e estados desses países (ZHAO; REISMAN, 1992; KANAI, 2008). Contudo, estudos realizados por Ellis et al. (2007), Blackman (1999) e Rosemberg (2006), referentes ao processo de desenvolvimento de projetos de MDL confirmam que há uma preferência por países hospedeiros que apresentem as seguintes características: apropriadas oportunidades de implantação de projetos de redução de GEE, adequado nível de desenvolvimento tecnológico, capital humano e infraestrutura, asseguradas pelas políticas ambientais relativamente avançadas. Isso ilustra a concentração atual de projetos de MDL na Índia, China e Brasil expostos no relatório Analysis of Technology Transfer in CDM Projects, elaborado por Seres (2007). Assim sendo, a análise de transferência tecnológica em projetos de MDL deve apreciar, também, as assimetrias existentes entre os países do não-anexo I, e principalmente os fatores de capacitação e de desenvolvimento tecnológicos próprios de cada país, diferenciados de forma singular entre os países do não-anexo I. Isto posto, defende-se que a transferência/desenvolvimento de tecnologias mais limpas é a estratégia ambiental mais adequada para o alcance do desenvolvimento sustentável nesses países, como pode ser visto no item 2.2 a seguir. 2.2 Estratégias Ambientais Empresariais e Tecnologias Ambientais: end-of-pipe e tecnologia mais limpa A palavra estratégia vem sendo usada no contexto organizacional de forma quase que irrestrita. Quintella (1993) relembra que esse conceito remete ao principal tema de estudos militares. Acrescenta, ainda, que, no âmbito empresarial, como objeto de análise é recente, havendo uma tentativa explícita no contexto da gestão há cerca de 40 anos. As correntes que se propõem conceituar estratégia apontam para o entendimento da palavra com finalidade operacional, supostamente como uma reação as demandas e expectativas dos stakeholders em relação às atividades organizacionais. Essa perspectiva operativa do conceito é referenciada por Ansoff (1990), como a apreensão de diferentes níveis de decisão na consecução das ações de estratégia, políticas, programas e procedimentos, envolvendo três classes de problemas: operacionais, estratégicos e administrativos. Para Porter (1990) a estratégia tem relação direta com a competitividade. As estratégias competitivas são apreendidas como ações ofensivas ou defensivas para criar uma posição adequada no contexto econômico-industrial, para enfrentar, de maneira vitoriosa, as forças competitivas e, assim, garantir um retorno mais satisfatório sobre seu investimento. Nesse contexto, Donaire (1999) enfatiza que o impacto da variável ecológica na estratégia da organização está diretamente relacionado ao seu potencial de poluição e exerce sua influencia em dois níveis de atuação: internacional e nacional. Associado a isso tem-se o crescimento da discussão e introdução do tema sustentabilidade nos negócios, nos serviços e na sociedade como um todo. Nesse sentido, as empresas devem assumir o papel de educadoras, orientando as preferências dos consumidores por produtos e serviços no que tange à sustentabilidade. Esse conceito aduz a busca de soluções que respeitem as particularidades de cada ecossistema e de cada local (SACHS, 1993). Assim a depender da forma como a empresa atua em relação aos problemas ambientais resultantes das suas atividades, as estratégias ambientais empresariais podem 5

6 resultar em três diferentes abordagens: controle da poluição- apresenta caráter tipicamente reativo; prevenção da poluição, postura ofensiva; e a estratégica - atitude pró-ativa (BARBIERI, 2006). Logo, as estratégias ambientais empresariais, de acordo com Meredith (1994) citado por Andrade (1997), surgem a partir da internalização da variável ambiental nas organizações em diferentes níveis, acompanhando a evolução das ações dos agentes econômicos em relação ao meio ambiente. Os níveis são: i) inicial - representada pelas estratégias reativas - caracterizadas pelas ações de cumprimento à legislação ambiental e ao gerenciamento mínimo de seus riscos, sendo a dimensão ambiental percebida como uma ameaça e, portanto, desintegrada das unidades de negócios; ii) intermediário concebidas pelas estratégias ofensivas. São diferenciadas pelas ações voltadas à prevenção da poluição, à redução do uso de recursos ambientais, excedendo o cumprimento da legislação e introduzindo mudanças incrementais nos seus processos e produtos, ansiando a vantagem competitiva; iii) finalconstituídas pelas estratégias inovativas diferenciadas pela sua antecipação aos problemas ambientais futuros, pela integração comercial com a excelência ambiental, visando assim, ao desenvolvimento, à produção e à comercialização de novos produtos, mudanças significativas de desempenho ambiental e o gerenciamento do ciclo de vida dos produtos. No entanto, Andrade (1997) afirma que, através da incorporação dos problemas ambientais às estratégias empresariais e do uso de inovações tecnológicas, as organizações adquirem maior autonomia dos processos produtivos com relação à dependência de recursos naturais, acarretando em melhoramento da eco-eficiência e no desenvolvimento de competências para a constituição de vantagem competitiva através do uso de tecnologias ambientais As tecnologias ambientais podem ser classificadas em: controle de poluição ou end-ofpipe e tecnologias mais limpas. A primeira tem suas normas tecnológicas voltadas para o princípio da correção, a captura de emissão de poluentes e ausência de modificação do sistema produtivo. Por conseguinte, a segunda objetiva evitar ou restringir as emissões antecipadamente, tendo em vista a ação sobre as causas da degradação ambiental e não sobre os efeitos, baseando-se no princípio de prevenção (LENZI, 2006). Nesse sentido, a UNIDO/UNEP (2001) também diferencia esses dois tipos de tecnologias ambientais: a) tecnologias mais limpas (cleaner tecnologies) - tem a finalidade de proteger e ou conservar o meio ambiente, impedindo o desperdício de recursos e a degradação ambiental, com vistas a atender o desenvolvimento sustentável através do princípio da prevenção; b) tecnologias fim de tubo (end-of-pipe technologies)- refere-se ao tipo de tecnologias empregadas para o tratamento e controle das emissões de resíduos, efluentes e emissões. São exemplos de tecnologias fim de tubo, os filtros de emissões atmosféricas, as estações de tratamento de efluentes líquido (ETE) e as tecnologias de tratamento de resíduos sólidos. Na tentativa de ampliar o conceito de tecnologias mais limpas, o Conselho Mundial Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, 2006), a definiu como uma aplicação contínua de uma estratégia técnica, econômica e ambiental integrada aos processos, produtos e serviços, objetivando o aumento da eficiência no uso das matérias-primas através da não-geração, minimização ou reciclagem de resíduos e emissões com benefícios percebidos na saúde ocupacional, no meio ambiente e na economia. Ainda incluem nessa abordagem a análise dos 3Rs: redução, reutilização e reciclagem. Na Figura 01 abaixo, Lagrega et al. (1994) demonstram alternativas de estratégias/técnicas ambientais que uma organização pode utilizar na prevenção/redução da poluição. Quanto mais próximo da direita na Figura 01 a estratégia ambiental se encontrar mais a empresa tenderá para as tecnologias e práticas end-of-pipe. Já, quanto mais à esquerda, a empresa aproximar-se-á da diminuição de resíduos na fonte e prevenção da poluição, 6

7 demonstrando comportamento de tecnologia ambiental característico do modelo de tecnologia mais limpa. Figura 01 Tecnologias para Redução da Poluição Fonte: Lagrega et al.(1994). Sob o contexto dos projetos de MDL, Kiperstok (2003) advoga a favor da propagação da estratégia ambiental inovativa visto que pode resultar em melhor adequação de tecnologias mais limpas, gerando benefícios duplos para o empreendimento- para competitividade empresarial e para a sociedade, através de ações que resultem na diminuição dos impactos ambientais originados da emissão de GEE. Entretanto, Schneider et al. (2009) e Wilkins (2002), ratificam que os projetos de MDL possuidores de foco em tecnologias end-of-pipe, como: queima de biogás gerado em aterros sanitários e/ou em tratamento de resíduos da criação de animais fornecem menos riscos associados à transferência de tecnologia que projetos que fomentem práticas de produção mais limpa. No ponto de vista de Pearson (2007), os projetos de MDL, promotores de tecnologias mais limpas ainda não levam à diferenciação nos preços do carbono no mercado mundial e geram poucos créditos de carbono. Os autores deste artigo, todavia, defendem e incentivam a geração de tecnologias mais limpas em projetos de MDL ao invés das tecnologias end-ofpipe. O uso de tecnologias mais limpas é entendido como a estratégia mais eficaz a ser empregada pelos projetos brasileiros de MDL, pois agem no intuito de prevenir a geração de resíduos, efluentes e emissões, contribuindo para o atingimento do desenvolvimento sustentável. 3 ASPECTOS METODOLÓGICOS A metodologia aplicada neste estudo englobou a utilização de dados primários e secundários. Os primários foram adquiridos mediante realização de entrevista semiestruturada com o gerente do projeto de MDL e visita técnica à empresa Petrobras/FAFEN- BA realizada no dia 12 de outubro de 2009, e os secundários, por meio de análise documental do DCP do projeto de MDL, site institucional da empresa e bibliografia especializada. O projeto de MDL investigado por este artigo faz parte de uma amostra de setenta e cinco (75) projetos aprovados pelo Conselho Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (CEMDL) no Brasil, que tiveram seus DCPs previamente analisados pelo projeto de pesquisa denominado A utilização dos projetos de mecanismos de desenvolvimento limpo 7

8 pelas empresas brasileiras, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Quanto à classificação da metodologia empregada neste artigo, tratou-se de uma pesquisa de caráter qualitativo e exploratório, visto que permitiu o conhecimento do objeto na sua apresentação, significado e contexto em que se insere (MARTINS, 2006; YIN, 2001; VENTURA, 2007). Nesse sentido, adotou-se a estratégia metodológica estudo de caso. Para o delineamento dessa abordagem, observaram-se três aspectos: delimitação do caso a ser investigado; coleta de dados secundários (bibliográfico e documental) e primários (entrevista semi-estruturada e visita técnica); seleção, triangulação, análise e interpretação dos dados e discussão dos resultados à luz das considerações teóricas demonstradas na seção 2. Em seguida, os dados foram avaliados através do uso da técnica de triangulação de dados proposta por Kopinak (1999), e tratados por meio de análise de conteúdo exposto por Bardin (1977) com o objetivo de apresentar e interpretar os resultados obtidos, conferindo validade e consistência, como pôde ser visto na seção posterior. 4. O CASO DA PETROBRAS\ FAFEN-BAHIA 4.1 Caracterização da empresa e do projeto de MDL A Petrobras S.A foi criada em outubro de 1953, através da Lei com a finalidade de realizar as atividades do setor de petróleo no Brasil em nome da União, e em 1997, através de dispositivo legal, foram abertas as atividades da indústria petrolífera brasileira à iniciativa privada. Atualmente, a instituição é qualificada como uma empresa de economia mista, atuando em múltiplos segmentos nos mercados nacional e internacional como: petróleo, gás e energia, produtos petroquímicos, álcool e fertilizantes. Em particular, a Unidade de Negócio (UN) de Exploração e Produção (E&P) da Bahia, situada entre as nove (9) UN de E&P da organização, é responsável pelo cumprimento operacional dos negócios da organização nesse setor no estado. A Petrobras S.A. compromete-se com o desenvolvimento sustentável nas perspectivas de crescimento integrado, rentabilidade e responsabilidade social ambiental. A sua estratégia corporativa de mitigação da mudança climática está integrada ao plano estratégico 2020, estabelecendo objetivos voluntários que permitirão à Petrobras impedir o lançamento de 2,3 e 4,5 milhões de toneladas de CO 2 equivalente entre 2009 e Essas ações serão desenvolvidas nas seguintes áreas: gestão de emissões de GEE, eficiência energética, melhorias operacionais e otimização do aproveitamento do gás associado, energias renováveis e P&D Tecnológico (ESPINOSA, 2009). Segundo a organização, a sua estratégia corporativa de mitigação das mudanças climáticas está sendo operacionalizada através de dez ações principais, a saber: a) criação de um sistema para inventário de emissões desde 2002; b) divulgação do Balanço Social e Ambiental e do inventário de emissões de GEE; c) integração da dimensão Mudança Climática em suas estratégias de negócios, constituindo objetivos voluntários e indicadores de gestão desde 2005; d) elaboração de programas internos de eficiência energética, visando à atenuação da curva de crescimento das emissões; e) implantação e investimento em programas de P&D para viabilizar novas tecnologias, incluindo as renováveis, eficiência energética e CCGS (captura, sequestro, transporte, armazenamento geológico e monitoramento do CO2), envolvendo diversas universidades e institutos de pesquisa; f) fundação da subsidiária Petrobras Biocombustível (PBIO) em 2008, que opera três plantas de biodiesel, tendo as usinas de Candeias e Quixadá recebido o Selo Combustível Social, com a matéria-prima de origem, prioritariamente, da agricultura familiar, buscando a sustentabilidade econômica, social e ambiental; f) participação em diversas etapas do 8

9 Proalcool, que evitou o lançamento de centenas de milhões de toneladas de CO 2 ; g) conscientização dos consumidores para a racionalização do uso de combustíveis através das ações do Programa do Ministério de Minas e Energia, coordenado e executado pela Petrobras (CONPET) desde sua criação em 1991; h) propagação de ações voltadas ao engajamento dos setores governamentais e privados e públicos de interesses, nacionais e internacionais, no esforço da compreensão dos impactos e vulnerabilidades das mudanças climáticas; i) ampliação desde 2008 da abordagem do Programa Petrobras Ambiental associada às questões relativas à fixação de carbono e emissões evitadas, com base em reconversão produtiva das áreas, recuperação de áreas degradadas e conservação de florestas. Os projetos selecionados, considerando a área plantada e de desmatamento evitado, apresentam um potencial para evitar cerca de seis milhões de toneladas de CO 2. Assim, o projeto de MDL, objeto de investigação deste artigo, desenvolvido pela FAFEN-BA e localizado no Pólo Petroquímico de Camaçari, no Estado da Bahia, é parte integrante desse conjunto de ações estratégicas da Petrobras para mitigação das mudanças climáticas. A FAFEN-BA produz fertilizantes nitrogenados e matérias primas para plantas petroquímicas, e seu projeto de MDL visa à destruição catalítica do N 2 O formado pelo processo de oxidação de amônia na planta de ácido nítrico da empresa, com estimativa de redução de toneladas de CO 2 eq. por ano (DCP, 2006). Segundo o engenheiro responsável pelo projeto de MDL, o principal benefício ambiental obtido pelo projeto foi essencialmente a redução da emissão de GEE para atmosfera, contribuindo de maneira voluntária para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, já que não há metas compulsórias de redução desses gases no Brasil. Como o projeto compreende somente a instalação de catalisador para a destruição de N2O na corrente final de exaustão desse gás para atmosfera, há pouca expressividade na geração de novos empregos e renda, destacando-se a capacitação de profissionais como aspecto socioeconômico relevante. Como compensação, a empresa direciona 5% dos recursos originados pela venda dos créditos de carbono para a promoção de programas de educação ambiental e geração de emprego e renda nas comunidades locais (BRAGA, 2009). As barreiras para a implantação do projeto de MDL foram avaliadas como pouco representativas pela FAFEN-BA, exceto pelo atraso na etapa de aprovação (o projeto levou aproximadamente 18 meses entre elaboração pela empresa e aprovação pelo Conselho Executivo de MDL da ONU), devido ao descredenciamento por esse Conselho da DNV, organização que era responsável pela etapa de validação do projeto. Outra dificuldade enfrentada pela empresa diz respeito ao processo contratual de desenvolvimento e importação do catalisador segundo as especificidades da corrente de N 2 O da FAFEN-BA, feito em parceria com uma empresa alemã e com apoio do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES). Convém salientar que o projeto foi financiado com recursos próprios da Petrobras, não recorrendo às políticas públicas de fomento ou bancos de financiamento público. Quanto às motivações para viabilização do projeto, segundo Braga (2009), a oportunidade econômica de fazer parte do mercado de carbono em âmbito global foi o elemento motivador para a FAFEN-BA, ou seja, sem o instrumento econômico MDL a empresa não teria incentivos extras para redução de GEE, exceto pelo ganho de melhoria de imagem corporativa, e, sobretudo, nos aspectos de responsabilidade socioambiental e práticas de desenvolvimento sustentável que superam as obrigações legais (beyond compliance). Já no tocante à influência dos stakeholders, o projeto da FAFEN-BA não diferiu de outros estudos feitos em projetos de MDL aprovados no Brasil, em cuja maioria, não se verificou uma participação dos atores locais envolvidos no projeto. Para os projetos da Peugeot/ONF, da Plantar e da Ilha do Bananal avaliados por meio de 100 entrevistas, voltadas para captar o ponto de vista dos diferentes atores e suas opiniões, constatou-se que houve 9

10 exclusão de interessados locais e que em todos os casos estudados a participação dos membros da comunidade local era limitada (PENTEADO; MELO 2008). 4.2 Estratégias ambientas empresariais, tecnologias ambientais e benefícios para o desenvolvimento sustentável A pesquisa evidenciou que para a Petrobras, a questão da poluição atmosférica e o aquecimento global são temas centrais na sua política ambiental, especialmente, através da introdução de projetos de MDL. O projeto desenvolvido pela FAFEN-BA pode ser considerado como uma alternativa positiva para a redução da emissão de N 2 O formado pelo processo de oxidação de amônia na planta de ácido nítrico. De acordo com a natureza da tecnologia ambiental empregada no projeto, ou seja, instalação na corrente de exaustão dos gases do processo de um reator catalítico para destruição do N 2 O gerado pela oxidação da amônia verificou-se a adoção de uma solução tecnológica do tipo end-of-pipe, focada exclusivamente no controle e tratamento poluição. Esse tipo de tecnologia, apesar de ser muito empregado pelas empresas para o tratamento de resíduos, efluentes e emissões dos processos produtivos não atendem de forma satisfatória na busca pelo desenvolvimento sustentável, já que atuam somente na correção e na prevenção da poluição. Essa tecnologia ambiental, apesar de ser do tipo end-of-pipe, proporcionou a FAFEN- BA, um melhor controle operacional e eficiência da planta devido ao monitoramento contínuo e sistemático da geração de N 2 O (subproduto do processo), além de contribuir de maneira voluntária (beyond compliance) para a redução de GEE, já que não há legislação para tal no Brasil. Neste sentido, o projeto de MDL contribuiu para um aumento de competitividade e de legitimidade da FAFEN-BA, caracterizando-se como uma estratégia ambiental do tipo ofensiva. Quanto à transferência de tecnologia para implementação do projeto, pôde-se caracterizá-la como parcialmente exógena. A contratação de uma consultoria americana MGM International Ltda para auxiliar no processo de elaboração do DCP e a importação do catalisador (considerado o insumo fundamental do projeto), da Alemanha, representando os fatores exógenos. O projeto de engenharia e a especificação/compra no mercado nacional pela própria FAFEN-BA, com apoio do CENPES, de equipamentos e instrumentos acessórios, caracterizam os elementos endógenos, conforme demonstrados no Quadro 1 abaixo: Quadro 1 - Transferência/Desenvolvimento de Tecnologias Projeto Existência e Tipo de Transferência Tecnológica Parcialmente endógena Forma de Transferência Tecnológica FAFEN-BA Importação de catalisador e conhecimento. Projeto de engenharia desenvolvido nacionalmente e aquisição de equipamentos, máquinas e sobressalentes no Brasil. Fonte: Elaboração própria com base nos dados da pesquisa. Tipo de Tecnologia Ambiental Estratégia Tecnológica e Ambiental End-of-Pipe Tratamento de Resíduos- Destruição do N2O 10

11 Dentre os componentes do modelo de sustentabilidade triple-bottom-line, o projeto apresentou benefícios para os três componentes. O ambiental, devido à mitigação da emissão de GEE, e o econômico, através da comercialização de créditos no mercado de carbono. Já no componente social, o projeto gerou contribuições modestas para a geração de emprego e renda e para capacitação de poucos profissionais para a operação/manutenção do projeto. Como compensação, destinou-se 5% dos recursos oriundos da venda dos créditos de carbono para a promoção de projetos de educação ambiental nas comunidades locais. Assim, a partir dos resultados alcançados pelo projeto no tocante à promoção do desenvolvimento sustentável pode-se classificá-lo como double bottom line. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente artigo buscou analisar as estratégias ambientais empresariais e as tecnologias ambientais adotadas pelo projeto de MDL executado pela Petrobras\FAFEN-BA, e seus benefícios para o Desenvolvimento Sustentável na visão triple bottom line. A metodologia desse estudo envolveu pesquisa de natureza bibliográfica, exploratória e qualitativa através da aplicação da estratégia de estudo de caso. Para análise tanto dos dados primários (obtidos através de entrevista semi-estruturada e visita técnica de campo) e dados secundários (alcançados através de Documentos de Concepção do Projeto-DCPs e site institucional), utilizaram-se as técnicas de triangulação de dados e de análise de conteúdo. A pesquisa evidenciou que a empresa utilizou estratégia ambiental empresarial ofensiva, tecnologia ambiental end-of-pipe e transferência de tecnologia parcialmente endógena para o desenvolvimento do projeto, possibilitando, assim ganhos de competitividade e legitimidade evidenciados nas melhorias da eficiência operacional da planta e de imagem corporativa, através do controle e redução da emissão de GEE. No caso da FAFEN/BA, observou-se que a contribuição do projeto MDL para o desenvolvimento sustentável pode ser classificada como double-bottom-line, pois foi modesta a capilaridade do projeto no componente social, quando comparada com os componentes econômico e ambiental, destacando-se apenas a capacitação de profissionais, a geração de emprego e renda temporários e a locação de 5% das receitas da venda dos créditos de carbono para projetos socioambientais nas comunidades localizadas na área de influência do Pólo Petroquímico de Camaçari, onde está localizada a empresa. É interessante sinalizar que os projetos de MDL foram idealizados segundo os preceitos contidos no discurso do desenvolvimento sustentável e na participação dos stakeholders tanto no seu desenho quanto na sua gestão, conforme artigo 12 do Protocolo de Kyoto. O objetivo é que o MDL como instrumento econômico incentive o desenvolvimento sustentável a partir da comercialização dos créditos de carbono provenientes da redução de GEE. 5.1 Limitações e Sugestões de Trabalhos Futuros Este estudo avaliou as estratégias ambientais empresariais e as tecnologias ambientais do Projeto de MDL da FAFEN-BA e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável na dimensão tridimensional, através da triangulação de dados confrontando análise de documentos, observação de campo e entrevista com o gerente do projeto. É necessário, porém, que a visão de outros stakeholders seja levada em consideração. Novos estudos devem ser conduzidos com esse propósito. Numa tentativa futura de confirmar as conclusões preliminares delineadas neste estudo qualitativo, que teve um caráter eminentemente exploratório, novas pesquisas, portanto, são necessárias com a finalidade de avaliar a contribuição dos projetos de MDL para o desenvolvimento sustentável dentro do modelo tripple bottom line. 11

12 REFERÊNCIAS ALMEIDA, F. O mundo dos negócios e o meio ambiente no século XXI. Meio ambiente no século XXI: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante, 2003 ANDRADE, J. C. S. Desenvolvimento Sustentado e Competitividade: Tipos de Estratégias Ambientais Empresarias. TECBAHIA. REVISTA Baiana de Tecnologia. Camaçari, v.12, n.2, ANDRADE, J. C. S. ; SILVA JÚNIOR, A.C. ; VENTURA, A. C. ; TELESFORO, A. C. ; NAPRAVNIK FILHO, L. Clean Development Mechanism (CDM) Projects and Generationof Clean Technologies in Brazil. In: 2nd International Workshop on Advances in Cleaner Production, 2009, São Paulo. 2nd International Workshop on Advances in Cleaner Production, ANSOFF, H. I. A nova mova estratégia empresarial. São Paulo, Atlas, BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Persona, BLACKMAN, A. The Economics of technology diffusion: implications for climate policy in developing countries. Discussion Paper. Washington, DC: Resources for the future, BR PETROBRAS. Disponível em: < em: 10 de dez BRAGA, E. Entrevista pessoal, 12 de Outubro de FAFEN-BA. BUARQUE, S. C. Construindo o Desenvolvimento Local Sustentável. Rio de Janeiro, COMISSÃO INTERMINISTERIAL SOBRE MUDANÇA GLOBAL DO CLIMA. Resolução n.1, Brasília, DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO. Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia - FAFEN-BA. (2006). Disponível em: < Acesso em: 08 de março DONAIRE, D.Gestão Ambiental na Empresa. Atlas, ELLIS, J.; WINKLER, H.; CORFEE-MORLOT, J.; CAGNON-LEBRUN, F. CDM: taking stock and looking forward. Energy Policy, n. 35, ESPINOSA, B. N. Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas. Senado Federal. Mitigação das Emissões de Gases de Efeito Estufa na Petrobras e no Desenvolvimento da Produção do Pólo Pré-Sal Disponível em: < Acesso em: 10 de nov FÁBRICA DE FERTILIZANTES NITROGENADOS DA BAHIA. Disponível em:< Acesso em: 10 de nov FRONDIZI-LOPES I, M, R. (Coord.). The Clean Development Mechanism- Guide Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, GOLDEMBERG, J. O Caminho até Joanesburgo. In: TRIGUEIRO, André (Coord.). Meio ambiente no século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante, GUIMARÃES, R. P. A Ética da Sustentabilidade e a Formulação de Políticas de Desenvolvimento. In: VIANA, G; SILVA, M; Diniz, N. (orgs) O Desafio da Sustentabilidade: Um Debate Socioambiental no Brasil. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo,

13 KANAI, K. A transferência de conhecimento tecnológico: análise do caso - Curso de Treinamento nos Terceiros Países f. Dissertação (Mestrado em Educação). Campinas: Universidade Estadual de Campinas. Disponível em:< Acesso em: 10 de dez KIPERSTOK, A. (Coord.). Inovação e meio ambiente: elementos para o desenvolvimento sustentável na Bahia. Salvador: Centro de Recursos Ambientais, (Série Construindo os Recursos do Amanhã). KOPINAK, J. K. The use of triangulation in a study of refugee well-beings. Quality & Quantity, n. 33, LAGREGA, M. D.; BUCKINGHAM, P. L.; EVANS, J. C. The Environmental Resources Management Group. In:, Hazardous Waste Management. Singapore: McGraw- Hill, LENZI, C. L. Sociologia ambiental: risco e sustentabilidade na modernidade. São Paulo: Edusc, MARTINS, G.A. Estudo de Caso: uma estratégia de pesquisa. São Paulo: Atlas, MINISTÉRIO DA CIENCIA E TECNOLOGIA. Disponível em: < Acesso em: 15 de março PEARSON, B. Market failure: why the clean development mechanism won t promote clean development. Journal of Cleaner Production, v.15, PENTEADO, C. L. C; MELO T. R. B. Como Projetos de MDL Contribuem para o Desenvolvimento Sustentável? In: Anais do IV Encontro Nacional da Anppas- Encontro Nacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente, Brasília - DF, PORTER, M. E. Vantagem Competitiva. Editora Campus: Rio de Janeiro,1990. PROTOCOLO DE KYOTO. Disponível em: < Acesso em: 31de jan QUINTELLA, R. H. The Strategic Management of Techonology in the Chemical and Petrochemical Industries. Pinter Publishers: London ROSEMBERG, N. Por dentro da caixa-preta: tecnologia e economia. Campinas: UNICAMP SACHS, I. Estratégias de Transição para o Século XXI. São Paulo: Nobel, SCHNEIDER, M.; HOLZER, A.; HOFFMAN, V. H. Understanding the CDM s contribution to technology transfer. Energy Policy, n. 36, SEIFFERT, M. E. B. Mercado de Carbono e Protocolo de Quioto: Oportunidades de Negócio na Busca da Sustentabilidade. São Paulo: Atlas, SENADO FEDERAL. Protocolo de Quioto e legislação correlata. Brasília: Senado Federal Subsecretariado de Edições Técnicas. Coleção Ambiuental, v SERES, S. Analysis of Technology Transfer in CDM Projects. Disponível em:< Acesso em: 29 de dez SILVA-JUNIOR, A. C.; NAPRAVNIK-FILHO, L.; ANDRADE, J.C.S.; Mecanismo de Desenvolvimento Limpo: instrumento em prol da geração de tecnologias mais limpas no Brasil? In: Anais do I Simpósio de Gestão Ambiental e Mudanças Climáticas, Curitiba- PR, SIMONI, W. F. A Nova Economia. In: FUJIHARA, M. A.; LOPES, F. G. (Orgs). Sustentabilidade e mudanças climáticas: Guia para o amanhã. São Paulo: Editora Senac, UNIDO. Clenaer production toolkit. Introduction into cleaner production. v º 1, UNFCCC. CDM Statistics. Disponível em: < >. Acesso em: 05 de jan VENTURA, M. M. O Estudo de Caso como Modalidade de Pesquisa. Revista SOCERJ, n. 20(5),

14 WILKINS, G. Technology transfer for renewable energy overcoming barriers in developing countries. Earthscan, WORLD BUSINES COUNCIL FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT. Eco-eficiência: criar mais valor com menos impacto. Disponível em: <http\\ Acesso em: 03 de dez YIN, R. K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, ZHAO, L; REISMAN, A. Toward meta research on technology transfer. In: Engineering Management, Newark:Rutgers,, n. 39, i Grupo formado pelo Dióxido de Carbono (CO 2 ), Metano (CH 4 ), Óxido Nitroso (N 2 O), Perfluorcarbonos (PFCs), Hidrofluorcarbonos (HFCs) e Hexafluoreto de Enxofre (SF 6 ), são os principais responsáveis pelo aumento da temperatura na Terra e pelas mudanças climáticas. 14

DIMENSÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS

DIMENSÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS DIMENSÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS CONTEÚDO CRITÉRIO I - POLÍTICA... 2 INDICADOR 1: COMPROMISSO, ABRANGÊNCIA E DIVULGAÇÃO... 2 CRITÉRIO II GESTÃO... 3 INDICADOR 2: RESPONSABILIDADES... 3 INDICADOR 3: PLANEJAMENTO/GESTÃO

Leia mais

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento.

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento. MERCADO DE CARBONO M ERCADO DE C A R O mercado de carbono representa uma alternativa para os países que têm a obrigação de reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa e uma oportunidade

Leia mais

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática A Abiquim e suas ações de mitigação das mudanças climáticas As empresas químicas associadas à Abiquim, que representam cerca

Leia mais

Empresas e as mudanças climáticas

Empresas e as mudanças climáticas Empresas e as mudanças climáticas O setor empresarial brasileiro, por meio de empresas inovadoras, vem se movimentando rumo à economia de baixo carbono, avaliando seus riscos e oportunidades e discutindo

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono. Fórum Permanente "Meio Ambiente e Sociedade"

Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono. Fórum Permanente Meio Ambiente e Sociedade Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono Fórum Permanente "Meio Ambiente e Sociedade" São Paulo, Brasil 15 de Outubro de 2013 Sumário MDL & Créditos de Carbono Panorama do Mercado

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 ATENÇÃO: ANTES DE ASSINAR ESTA CARTA, LEIA O CONTEÚDO ATÉ O FINAL E CLIQUE NO LINK. FÓRUM DE AÇÃO EMPRESARIAL PELO CLIMA CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 O desafio da mudança do clima

Leia mais

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE 1. OBJETIVO E ABRANGÊNCIA Esta Política tem como objetivos: Apresentar de forma transparente os princípios e as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e direcionam

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Setembro de 2010 Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente

Leia mais

Política Ambiental das Empresas Eletrobras

Política Ambiental das Empresas Eletrobras Política Ambiental das Empresas Eletrobras Versão 2.0 16/05/2013 Sumário 1 Objetivo... 3 2 Princípios... 3 3 Diretrizes... 3 3.1 Diretrizes Gerais... 3 3.1.1 Articulação Interna... 3 3.1.2 Articulação

Leia mais

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO Medidas estão sendo tomadas... Serão suficientes? Estaremos, nós, seres pensantes, usando nossa casa, com consciência? O Protocolo de Kioto é um acordo internacional, proposto

Leia mais

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 30 FORTALECIMENTO DO PAPEL DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA INTRODUÇÃO

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 30 FORTALECIMENTO DO PAPEL DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA INTRODUÇÃO CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 30 FORTALECIMENTO DO PAPEL DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA INTRODUÇÃO 30.1. O comércio e a indústria, inclusive as empresas transnacionais,

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

5 Conclusão e Considerações Finais

5 Conclusão e Considerações Finais 5 Conclusão e Considerações Finais Neste capítulo são apresentadas a conclusão e as considerações finais do estudo, bem como, um breve resumo do que foi apresentado e discutido nos capítulos anteriores,

Leia mais

As políticas públicas de mudanças climáticas e suas implicações

As políticas públicas de mudanças climáticas e suas implicações WORKSHOP ASPECTOS RELEVANTES DA PRÁTICA EMPRESARIAL EM GESTÃO AMBIENTAL CAMPINAS, 17 DE ABRIL 2010 As políticas públicas de mudanças climáticas e suas implicações Profa. Josilene T.V.Ferrer Estado de São

Leia mais

DECRETO Nº 27.343 DE 06 DE SETEMBRO DE 2013

DECRETO Nº 27.343 DE 06 DE SETEMBRO DE 2013 DECRETO Nº 27.343 DE 06 DE SETEMBRO DE 2013 Ementa: Institui o Comitê de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas do Recife - COMCLIMA e o Grupo de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas - GECLIMA e dá outras

Leia mais

Política Ambiental janeiro 2010

Política Ambiental janeiro 2010 janeiro 2010 5 Objetivo Orientar o tratamento das questões ambientais nas empresas Eletrobras em consonância com os princípios da sustentabilidade. A Política Ambiental deve: estar em conformidade com

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para desenvolver o Plano de Uso Público para a visitação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro concentrando na análise

Leia mais

Sustentabilidade Empresarial

Sustentabilidade Empresarial Política de Sustentabilidade como Instrumento de Competitividade São Paulo Out/2010 Laercio Bruno Filho 1 Desenvolvimento Sustentável 2 Aquecimento Global Word Population WORLD GDP 3 Questões Críticas

Leia mais

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro publica a seguinte lei: Capítulo I Das Disposições Preliminares

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro publica a seguinte lei: Capítulo I Das Disposições Preliminares Projeto de lei n. Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima e fixa seus princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos. A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro publica a seguinte

Leia mais

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas.

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas. 1. OBJETIVOS Estabelecer diretrizes que norteiem as ações das Empresas Eletrobras quanto à promoção do desenvolvimento sustentável, buscando equilibrar oportunidades de negócio com responsabilidade social,

Leia mais

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Setorial de Transporte e de Mobilidade Urbana para Mitigação da Mudança do Clima PSTM - Parte 2: Mobilidade Urbana /

Leia mais

Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010

Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Resumo Este documento apresenta o Inventário corporativo de Emissões Diretas e Indiretas

Leia mais

Marcio Halla marcio.halla@fgv.br

Marcio Halla marcio.halla@fgv.br Marcio Halla marcio.halla@fgv.br POLÍTICAS PARA O COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA Programa de Sustentabilidade Global Centro de Estudos em Sustentabilidade Fundação Getúlio Vargas Programa de

Leia mais

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Banco Cooperativo Sicredi S.A. Versão: Julho/2015 Página 1 de 1 1 INTRODUÇÃO O Sicredi é um sistema de crédito cooperativo que valoriza a

Leia mais

Anexo III da Resolução n o 1 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima

Anexo III da Resolução n o 1 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima Anexo III da Resolução n o 1 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima Contribuição da Atividade de Projeto para o Desenvolvimento Sustentável I Introdução O Projeto Granja São Roque de redução

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para realização de um plano de sustentabilidade financeira para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no âmbito da

Leia mais

POLÍTICA DE SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO

POLÍTICA DE SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO POLÍTICA DE SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO Política de SEGURANÇA Política de SEGURANÇA A visão do Grupo Volvo é tornar-se líder

Leia mais

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que ANEXO II Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui registro em base de patentes brasileira. Também serão considerados caráter inovador para este Edital os registros de patente de domínio público

Leia mais

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 Prof. Eduardo Lucena Cavalcante de Amorim INTRODUÇÃO A norma ISO 14001 faz parte de um conjunto mais amplo de normas intitulado ISO série 14000. Este grupo

Leia mais

POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO

POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO Política da QUALIDADE A satisfação do cliente está na base das operações do Grupo Volvo. A Qualidade é um pré

Leia mais

Relatos de Sustentabilidade

Relatos de Sustentabilidade Os trechos em destaque encontram-se no Glossário. Relatos de Sustentabilidade Descreva até 3 projetos/programas/iniciativas/práticas relacionadas a sustentabilidade Instruções 2015 Esse espaço é reservado

Leia mais

www.acquasolution.com 1 Apresentação

www.acquasolution.com 1 Apresentação www.acquasolution.com 1 Apresentação A COR DO PLANETA DEPENDE DE VOCÊ www.acquasolution.com 2 Direitos de Utilização Copyright Todos os textos, fotos, ilustrações e outros elementos contidos nesta apresentação

Leia mais

MMX - Controladas e Coligadas

MMX - Controladas e Coligadas POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.

Leia mais

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004 Sistemas de Gestão O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 Material especialmente preparado para os Associados ao QSP. QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004

Leia mais

Prefeitura Municipal de Jaboticabal

Prefeitura Municipal de Jaboticabal LEI Nº 4.715, DE 22 DE SETEMBRO DE 2015 Institui a Política Municipal de estímulo à produção e ao consumo sustentáveis. RAUL JOSÉ SILVA GIRIO, Prefeito Municipal de Jaboticabal, Estado de São Paulo, no

Leia mais

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão A ISO 14001 EM SUA NOVA VERSÃO ESTÁ QUASE PRONTA Histórico ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA As normas da série ISO 14000 foram emitidas pela primeira vez

Leia mais

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação.

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação. ISO 9001 A ISO 9001 é um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) standard que exige que uma dada organização satisfaça as suas próprias exigências e as dos seus clientes e reguladores. Baseia-se numa metodologia

Leia mais

A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras

A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras Emilio Lèbre La Rovere Coordenador, CentroClima/LIMA/PPE/COPPE/UFRJ 2º Encontro dos Secretários

Leia mais

Projetos acadêmicos Economia verde

Projetos acadêmicos Economia verde Projetos acadêmicos Economia verde Entre os dias 20 e 22 de junho deste ano o Brasil sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD), chamada de Rio+20, pois vai acontecer

Leia mais

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade Realização Patrocínio Objetivo da pesquisa Captar a perspectiva dos gestores e professores de gestão da qualidade sobre: 1. Os conceitos de sustentabilidade

Leia mais

Política Ambiental do Sistema Eletrobrás

Política Ambiental do Sistema Eletrobrás Política Ambiental do Sistema Eletrobrás POLÍTICA AMBIENTAL DO SISTEMA ELETROBRÁS 5 OBJETIVO Orientar o tratamento das questões ambientais nas empresas do Sistema Eletrobrás em consonância com os princípios

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Standard Chartered Bank, Brasil Página 1 de 8 ÍNDICE I. OBJETIVO... 3 II. CICLO DE REVISÃO... 3 III. DISPOSIÇÕES GERAIS... 3 IV. ESTRUTURA DE GOVERNANÇA... 4

Leia mais

FACULDADE SENAC GOIÂNIA

FACULDADE SENAC GOIÂNIA FACULDADE SENAC GOIÂNIA NORMA ISO 12.207 Curso: GTI Matéria: Auditoria e Qualidade de Software Professor: Elias Ferreira Acadêmico: Luan Bueno Almeida Goiânia, 2015 CERTIFICAÇÃO PARA O MERCADO BRASILEIRO

Leia mais

Sustentabilidade como diferencial competitivo na gestão de fornecedores

Sustentabilidade como diferencial competitivo na gestão de fornecedores Sustentabilidade como diferencial competitivo na gestão de fornecedores Webinar DNV O Impacto da Gestão da Cadeia de Fornecedores na Sustentabilidade das Organizações 04/09/2013 Associação civil, sem fins

Leia mais

Sistema de Gestão Ambiental. Seis Sigma. Eco Six Sigma

Sistema de Gestão Ambiental. Seis Sigma. Eco Six Sigma Eco Six Sigma Nos dias de hoje, em que os requisitos de compra dos consumidores vão além do preço do produto, conquistar os consumidores torna-se um grande desafio. Características como a qualidade da

Leia mais

Inventário de Gases de Efeito Estufa

Inventário de Gases de Efeito Estufa Inventário de Gases de Efeito Estufa Gerenciamento de Informações e Ações Dirigidas Nicole Celupi - Three Phase Gerenciamento de Informações e Ações Dirigidas Institucional A Three Phase foi criada em

Leia mais

APRESENTAÇÃO. Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO 14.000 SGA & ISO 14.000 UMA VISÃO GERAL

APRESENTAÇÃO. Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO 14.000 SGA & ISO 14.000 UMA VISÃO GERAL APRESENTAÇÃO Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO 14.000 UMA VISÃO GERAL Introdução SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - SGA Definição: Conjunto de ações sistematizadas que visam o atendimento

Leia mais

Planejamento Estratégico do Setor de Florestas Plantadas -2012

Planejamento Estratégico do Setor de Florestas Plantadas -2012 CONTEXTO O setor de florestas plantadas no Brasil éum dos mais competitivos a nível mundial e vem desempenhando um importante papel no cenário socioeconômico do País, contribuindo com a produção de bens

Leia mais

Missão. Objetivos Específicos

Missão. Objetivos Específicos CURSO: Engenharia Ambiental e Sanitária Missão O Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Estácio de Sá tem por missão formar profissionais com sólida formação técnico científica nas áreas

Leia mais

Inventário das Emissões de gases de efeito estufa

Inventário das Emissões de gases de efeito estufa Inventário das Emissões de gases de efeito estufa Ano de referência do inventário: 2013 Ford Nome fantasia: Ford - CNPJ: 03.470.727/0001-20 Tipo da empresa: Matriz Setor econômico: C. Indústrias de transformação

Leia mais

Compliance e a Valorização da Ética. Brasília, outubro de 2014

Compliance e a Valorização da Ética. Brasília, outubro de 2014 Compliance e a Valorização da Ética Brasília, outubro de 2014 Agenda 1 O Sistema de Gestão e Desenvolvimento da Ética Compliance, Sustentabilidade e Governança 2 Corporativa 2 Agenda 1 O Sistema de Gestão

Leia mais

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO PROGRAMAÇÃO DO EVENTO Dia 08/08 // 09h00 12h00 PLENÁRIA Nova economia: includente, verde e responsável Nesta plenária faremos uma ampla abordagem dos temas que serão discutidos ao longo de toda a conferência.

Leia mais

Painel Créditos de Carbono: emissão, comercialização e tratamento contábil. Maisa de Souza Ribeiro

Painel Créditos de Carbono: emissão, comercialização e tratamento contábil. Maisa de Souza Ribeiro Painel Créditos de Carbono: emissão, comercialização e tratamento contábil Maisa de Souza Ribeiro Objetivos do Protocolo de Quioto Desenvolvimento Social, Ambiental e Econômico Países Poluidores PROTOCOLO

Leia mais

Risco na medida certa

Risco na medida certa Risco na medida certa O mercado sinaliza a necessidade de estruturas mais robustas de gerenciamento dos fatores que André Coutinho, sócio da KPMG no Brasil na área de Risk & Compliance podem ameaçar a

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Contratação de consultoria pessoa física para serviços de preparação

Leia mais

Engajamento com Partes Interessadas

Engajamento com Partes Interessadas Instituto Votorantim Engajamento com Partes Interessadas Eixo temático Comunidade e Sociedade Principal objetivo da prática Apoiar o desenvolvimento de uma estratégia de relacionamento com as partes interessadas,

Leia mais

GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS. Vanice Ferreira

GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS. Vanice Ferreira GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS Vanice Ferreira 12 de junho de 2012 GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS: conceitos iniciais DE QUE PROCESSOS ESTAMOS FALANDO? GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS: conceitos iniciais

Leia mais

O projeto de Neutralização das Emissões de Carbono do Camarote Expresso 2222 envolve as seguintes etapas:

O projeto de Neutralização das Emissões de Carbono do Camarote Expresso 2222 envolve as seguintes etapas: Relatório de Emissões de Carbono Camarote Expresso 2222 Carnaval Salvador 2010 Introdução As atividades da humanidade têm aumentado como nunca visto a concentração de gases poluidores na atmosfera. Alguns

Leia mais

Oficina de Gestão de Portifólio

Oficina de Gestão de Portifólio Oficina de Gestão de Portifólio Alinhando ESTRATÉGIAS com PROJETOS através da GESTÃO DE PORTFÓLIO Gestão de portfólio de projetos pode ser definida como a arte e a ciência de aplicar um conjunto de conhecimentos,

Leia mais

Análise exploratória da Inovação Tecnológica nos Estados, Regiões e. no Brasil com base na Pesquisa de Inovação Tecnológica PINTEC

Análise exploratória da Inovação Tecnológica nos Estados, Regiões e. no Brasil com base na Pesquisa de Inovação Tecnológica PINTEC USCS UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Guilherme Yukihiro Dallaido Shibata Análise exploratória da Inovação Tecnológica nos Estados, Regiões e no Brasil com

Leia mais

Política de Responsabilidade Socioambiental

Política de Responsabilidade Socioambiental Política de Responsabilidade Socioambiental SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 3 2 OBJETIVO... 3 3 DETALHAMENTO... 3 3.1 Definições... 3 3.2 Envolvimento de partes interessadas... 4 3.3 Conformidade com a Legislação

Leia mais

Programa de Capacitação

Programa de Capacitação Programa de Capacitação 1. Introdução As transformações dos processos de trabalho e a rapidez com que surgem novos conhecimentos e informações têm exigido uma capacitação permanente e continuada para propiciar

Leia mais

A ESTRUTURA DE SUSTENTABILIDADE International Finance Corporation (IFC) Gladis Ribeiro

A ESTRUTURA DE SUSTENTABILIDADE International Finance Corporation (IFC) Gladis Ribeiro A ESTRUTURA DE SUSTENTABILIDADE International Finance Corporation (IFC) Gladis Ribeiro INTERNATIONAL FINANCE CORPORATION (IFC), QUEM SOMOS? A IFC, membro do Grupo Banco Mundial, é uma instituição de desenvolvimento

Leia mais

Código de Fornecimento Responsável

Código de Fornecimento Responsável Código de Fornecimento Responsável Breve descrição A ArcelorMittal requer de seus fornecedores o cumprimento de padrões mínimos relacionados a saúde e segurança, direitos humanos, ética e meio ambiente.

Leia mais

MÓDULO I: Mudança do Clima e Acordos Internacionais. Efeito Estufa. Fontes de Emissões. Impactos. Acordos Internacionais

MÓDULO I: Mudança do Clima e Acordos Internacionais. Efeito Estufa. Fontes de Emissões. Impactos. Acordos Internacionais MÓDULO I: Mudança do Clima e Acordos Internacionais Efeito Estufa Fontes de Emissões Impactos Acordos Internacionais Fontes de Emissões Antropogênicas Fonte: Quarto Relatório de Avaliação do IPCC, 2007.

Leia mais

AUDITORIA AMBIENTAL. A auditoria ambiental está intimamente ligada ao Sistema de Gestão Ambiental.

AUDITORIA AMBIENTAL. A auditoria ambiental está intimamente ligada ao Sistema de Gestão Ambiental. AUDITORIA AMBIENTAL A auditoria ambiental está intimamente ligada ao Sistema de Gestão Ambiental. O SGA depende da auditoria para poder evoluir na perspectiva de melhoria contínua. Ao se implementar um

Leia mais

Como empresas e instituições financeiras juntaram esforços para avançar no financiamento de projetos sustentáveis no Brasil Maria Eugênia Taborda

Como empresas e instituições financeiras juntaram esforços para avançar no financiamento de projetos sustentáveis no Brasil Maria Eugênia Taborda Como empresas e instituições financeiras juntaram esforços para avançar no financiamento de projetos sustentáveis no Brasil Maria Eugênia Taborda Presidente da Câmara Temática de Finanças Sustentáveis

Leia mais

Gestão da Inovação no Contexto Brasileiro. Hugo Tadeu e Hérica Righi 2014

Gestão da Inovação no Contexto Brasileiro. Hugo Tadeu e Hérica Righi 2014 Gestão da Inovação no Contexto Brasileiro Hugo Tadeu e Hérica Righi 2014 INTRODUÇÃO Sobre o Relatório O relatório anual é uma avaliação do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC sobre as práticas

Leia mais

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com Quem somos? A BEATRIZ DEHTEAR KM apresenta a seus clientes uma proposta totalmente inovadora para implementar a Gestão do Conhecimento Organizacional. Nosso objetivo

Leia mais

Mercados Mundiais de Carbono: Questões Estratégicas - Aspectos Jurídicos da Estruturação de Projetos de Redução de Emissões

Mercados Mundiais de Carbono: Questões Estratégicas - Aspectos Jurídicos da Estruturação de Projetos de Redução de Emissões Mercados Mundiais de Carbono: Questões Estratégicas - Aspectos Jurídicos da Estruturação de Projetos de Redução de Emissões Vladimir Miranda Abreu vabreu@tozzinifreire.com.br Mercado de Carbono no Brasil

Leia mais

CST Processos Gerenciais

CST Processos Gerenciais CST Processos Gerenciais Padrão de Resposta O estudante deve redigir texto dissertativo, abordando os seguintes tópicos: A A ideia de que desenvolvimento sustentável pode ser entendido como proposta ou

Leia mais

Gerência de Projetos

Gerência de Projetos Gerência de Projetos Escopo Custo Qualidade Tempo CONCEITO PROJETOS: são empreendimentos com objetivo específico e ciclo de vida definido Precedem produtos, serviços e processos. São utilizados as funções

Leia mais

EMISSÕES DO SETOR DE RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES LÍQUIDOS (2009-2010)

EMISSÕES DO SETOR DE RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES LÍQUIDOS (2009-2010) EMISSÕES DO SETOR DE RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES LÍQUIDOS (2009-2010) Sumário Executivo De acordo com a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), adotada em 1992, as mudanças

Leia mais

CAMPANHA DE SUSTENTABILIDADE (mudança no título antes chamada de Campanha Indústria Farmacêutica & Iniciativas de Responsabilidade Corporativa)

CAMPANHA DE SUSTENTABILIDADE (mudança no título antes chamada de Campanha Indústria Farmacêutica & Iniciativas de Responsabilidade Corporativa) CAMPANHA DE SUSTENTABILIDADE (mudança no título antes chamada de Campanha Indústria Farmacêutica & Iniciativas de Responsabilidade Corporativa) A categoria SUSTENTABILIDADE é a antiga categoria Indústria

Leia mais

CURSO: GESTÃO AMBIENTAL

CURSO: GESTÃO AMBIENTAL CURSO: GESTÃO AMBIENTAL OBJETIVOS DO CURSO Objetivos Gerais O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental tem por objetivo formar profissionais capazes de propor, planejar, gerenciar e executar ações

Leia mais

RESUMO DA CHAMADA MCTI/CNPq/ANA Nº 23/2015 Pesquisa em Mudança do Clima

RESUMO DA CHAMADA MCTI/CNPq/ANA Nº 23/2015 Pesquisa em Mudança do Clima RESUMO DA CHAMADA MCTI/CNPq/ANA Nº 23/2015 Pesquisa em Mudança do Clima Salvador Nov/2015 I - CHAMADA A referida chamada tem por objetivo selecionar propostas para apoio financeiro a projetos de desenvolvimento

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Setorial de Transporte e de Mobilidade Urbana para Mitigação da Mudança do Clima PSTM - Parte 2: Mobilidade Urbana /

Leia mais

Portaria Inep nº 249, de 02 de junho de 2014. Publicada no Diário Oficial da União em 04 de junho de 2014.

Portaria Inep nº 249, de 02 de junho de 2014. Publicada no Diário Oficial da União em 04 de junho de 2014. Portaria Inep nº 249, de 02 de junho de 2014. Publicada no Diário Oficial da União em 04 de junho de 2014. O Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),

Leia mais

Mudanças Climáticas e Economia. Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE

Mudanças Climáticas e Economia. Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE Mudanças Climáticas e Economia Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE Junho de 2009 Aquecimento global como falha de mercado O clima tem forte relação com a atividade econômica: Interação mais conhecida

Leia mais

ANEXO 2 Estrutura Modalidade 1 ELIS PMEs PRÊMIO ECO - 2015

ANEXO 2 Estrutura Modalidade 1 ELIS PMEs PRÊMIO ECO - 2015 ANEXO 2 Estrutura Modalidade 1 ELIS PMEs PRÊMIO ECO - 2015 Critérios Descrições Pesos 1. Perfil da Organização Breve apresentação da empresa, seus principais produtos e atividades, sua estrutura operacional

Leia mais

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS Sistema Eletrobrás Política de Logística de Suprimento do Sistema Eletrobrás POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO 4 POLÍTICA DE Logística de Suprimento

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras 2010 Declaração Nós, das Empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável das áreas onde atuamos e

Leia mais

O Ambiente Empresarial e a Sustentabilidade

O Ambiente Empresarial e a Sustentabilidade O Ambiente Empresarial e a Sustentabilidade Instrumentos de Gestão Empresarial: Buscando se inserir os princípios relacionados à sustentabilidade no âmbito e na realidade empresarial, diversos instrumentos

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

Seminário Ambientronic

Seminário Ambientronic Seminário Ambientronic 27/04/2011 11.06.2010 Perfil da Empresa PERFIL Empresa de Tecnologia 100% nacional, controlada pelo Grupo Itaúsa Mais de 30 anos de presença no mercado brasileiro Possui 5.891 funcionários

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

O quadro abaixo mostra que a disposição dos resíduos em aterros é aquela que traz menos benefícios ambientais

O quadro abaixo mostra que a disposição dos resíduos em aterros é aquela que traz menos benefícios ambientais VANTAGES PROJETO PEGASUS E RECICLAGEM ENERGÉTICA O problema do lixo é extremamente grave em nosso país. Estimativas baseadas nos dados do IBGE mostram que no País são geradas diariamente cerca de 140 mil

Leia mais

Questionário para Instituidoras

Questionário para Instituidoras Parte 1 - Identificação da Instituidora Base: Quando não houver orientação em contrário, a data-base é 31 de Dezembro, 2007. Dados Gerais Nome da instituidora: CNPJ: Endereço da sede: Cidade: Estado: Site:

Leia mais

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS. Conteúdo

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS. Conteúdo Conteúdo O Instituto Ethos Organização sem fins lucrativos fundada em 1998 por um grupo de empresários, que tem a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente

Leia mais

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA AGÊNCIA BRASILEIRA DE COOPERAÇÃO - ABC INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA - IICA INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E

Leia mais

Mercado de Créditos de Carbono Fases dos Projetos MDL

Mercado de Créditos de Carbono Fases dos Projetos MDL Mercado de Créditos de Carbono Fases dos Projetos MDL BRITCHAM SP 18/08/06 São Paulo samuel barbosa 3 DET NORSKE VERITAS Introdução FUNDAÇÃO - Fundação independente estabelecida na Noruega em 1864. OBJETIVO

Leia mais

Projetos de MDL no Brasil: Cuidados e Riscos que devem ser Avaliados. Vladimir Miranda Abreu vabreu@tozzini.com.br

Projetos de MDL no Brasil: Cuidados e Riscos que devem ser Avaliados. Vladimir Miranda Abreu vabreu@tozzini.com.br Projetos de MDL no Brasil: Cuidados e Riscos que devem ser Avaliados Vladimir Miranda Abreu vabreu@tozzini.com.br Mercado de Carbono Somente projetos estruturados com base nos mecanismos de flexibilização

Leia mais