Poder Executivo: atribuições responsabilidades presidente da República

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1 Poder Executivo: atribuições e responsabilidades do presidente da República O presidente do Brasil só poderá ser um brasileiro nato, tendo a idade mínima de 35 anos no momento da posse (Art. 14, P. 3, VI, a, CF) com filiação partidária, estar no gozo dos seus direitos políticos e deve ser elegível. Na eleição presidencial, o presidente e seu vice são eleitos conjuntamente, compondo uma mesma chapa, ou seja, quando se vota em um presidente já está sendo votado o seu vice. Essa eleição sempre será no 1º domingo de outubro do último ano de mandato. Será eleito quem obtiver mais da metade dos votos válidos (são todos os votos, excluídos os brancos e nulos). Caso nenhum dos candidatos não obtiver mais da metade dos votos válidos, far-se-á segundo turno com os dois candidatos mais votados com votos válidos no último domningo de outubro. (Art. 77, CF) O sistema eleitoral é o marjoritário com maioria absoluta. Além do presidente, este sistema vale para os governadores, prefeitos de municípios com mais de eleitores. Caso um dos candidatos abandonar a disputa no segundo turno, chama-se o terceiro colocado. Caso o presidente ou vice não tomar posse em dez dias, o cargo será declarado vago. (Art. 78, CF)

2 Sucessão presidencial Segue-se a ordem abaixo (Art. 80, CF): Presidente; Vice-Presidente; Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado; Presidente do STF; Vale lembrar que a troca do Presidente pelo seu Vice poderá ser definitiva. Já quando os números 3, 4 e 5 estão ocupando o cargo de presidente, será apenas temporária. Caso os cargos de Presidente e Vice fiquem vagos nos dois primeiros anos de mandato, haverá uma nova eleição direta em 90 dias após a vacância do último cargo. Caso essa vacância seja após dois anos de mandatos, haverá uma nova eleição sendo indireta dentro de 30 dias. Seja lá quem for que ocupar este cargo, irá apenas concluir o mandato de seu antecessor, chamado de mandato-tampão. (Art. 81, CF)

3 Ausência do Presidente e Vice do País Caso o presidente ou do vice for ausentar-se do território brasileiro de até 15 dias, não precisa de autorização do Congresso Nacional (soma da Câmara com o Senado), caso contrário precisará ou perderá o cargo. (Art. 83, CF) Atribuições do Presidente da República No Brasil, o presidente exerce tanto a função de Chefe de Estado (aquele que representa o país externamente) como de Chefe de Governo (aquele responsável pela administração Federal). Em regra, as atribuições do presidente são indelegáveis. Estas atribuições não são taxativas e sim exemplificativas (Art. 84, CF): 1. nomear e exonerar os Ministros de Estado; 2. exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; 3. iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição (pode criar projeto de Lei); 4. sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos (são atos do Poder Executivo, cuja função principal é regulamentar a Lei, que lhe é superior) e regulamentos para sua fiel execução; 5. vetar projetos de lei, total ou parcialmente (só pode vetar por dois motivos: inconstitucionalidade veto jurídico ou por ser contrário ao interesse público veto político );

4 6. d i s p o r, m e d i a n t e d e c r e t o, s o b r e ( * a t r i b u i ç ã o DELEGÁVEL*): 1. organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 2. extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 7. manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos (função como Chefe de Estado); 8. celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional (função como Chefe de Estado); 9. decretar o estado de defesa e o estado de sítio; 10. decretar e executar a intervenção federal (é a retirada da autonomia do ente federativo. União, Estados e DF. A União poderá intervir diretamente em município se este faz parte do território federal.); 11. remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; 12. conceder indulto (perdão coletivo concedido por decreto pelo presidente) e comutar penas (transformar ou abater penas), com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei (*atribuição DELEGÁVEL*); 13. exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos (em resumo, chefiar e comandar as Forças Armadas com auxílio do Ministro da Defesa); 14. nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;

5 15. nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; 16. nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; 17. nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; 18. convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; 19. declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional (estado de alerta de uma iminente guerra); 20. celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; 21. conferir condecorações e distinções honoríficas (dar medalhas); 22. permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 23. enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; 24. prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; 25. prover (e desprover/demitir) e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei (*atribuição DELEGÁVEL*); 26. editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; 27. exercer outras atribuições previstas nesta Constituição (comprova que estas atribuições não são taxativas, mas sim exemplificativas). Existe 3 exceções de atribuições delegáveis para algum

6 Ministro de Estado (Economia, Educação, etc), para o Procurador-Geral da República ou para o Advogado-Geral da União: Art. 84, VI dispor, mediante decreto, sobre: 1. organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 2. extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; Art. 84, XII conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; Art. 84, XXV, 1ª parte prover (e desprover/demitir) os cargos públicos federais, na forma da lei. Controle de constitucionalidade dos decretos Em regra, os decretos não ferem a constitucionalidade. O problema não é a inconstitucionalidade, mas sim a ilegalidade. Exceções: Decreto autônomo não regulamenta uma lei superior (ex.: ADIN 1.590/SP); Inconstitucionalidade por arrastamento Se a lei é inconstitucional, o decreto que a regulamenta também é (ex.: ADIN 2.947/RJ) Características do Veto de Projetos de Lei Expresso O silêncio configura sanção; Motivado Esclarecer as razões do veto; Supressivo Não pode acrescentar texto; Total ou parcial Pode vetar a lei inteira ou parte

7 dela, impedido de vetar palavras isoladas; Superável ou relativo O Congresso Nacional pode rejeitar o veto presidencial no prazo de 30 dias em sessão conjunta, pelo voto secreto da maioria absoluta. Atribuições do Vice-Presidente Substituir o Presidente na sua saída temporária ou definitiva (sucessão); Integra o Conselho da República e de Defesa Nacional; Pode ser convocado pelo Presidente para missões especiais; Suas atribuições estarão previstas em Lei Complementar (que ainda não existe);

8 Conselho da República e de Defesa Nacional Art. 89 e 90 da CF. São órgãos superiores de consulta do Presidente, por ele presidido e por ele convocados, sendo ouvidos antes de decisões importantes. Intervenção Federal; Estado de sítio; Estado de defesa; As manifestações dos Conselhos não vincula o Presidente. Ou seja, serão ouvidos para saber a opinião deles apenas. Conselho da República é composto por (art. 89, CF): Presidente; Vice-Presidente; Presidente do Senado; Presidente da Câmara; Líderes da maioria e da minoria da Câmara;

9 Líderes da maioria e da minoria do Senado; Ministro da Justiça; 6 cidadãos brasileiros natos, sendo escolhidos 2 pelo Presidente, 2 pelo Senado e 2 pela Câmara. Conselho de Defesa Nacional é composto por (art. 91, CF): Presidente; Vice-Presidente; Presidente do Senado; Presidente da Câmara; Ministro da Justiça; Ministro da Defesa Nacional; Ministro das Relações Exteriores; Ministro do Planejamento; Comandantes da Marinha, Exército e Aeronática;

10 Responsabilidades do Presidente e do Vice O Presidente pode praticar crimes: Comum(crime propriamente dito previsto no CP): Julgado pelo STF (art. 102, I, b, CF); Caso seja condenado, haverá a perda do cargo e cumprimento da pena; Suspensão dos direitos políticos, enquanto durarem os efeitos da condenação (Art. 15, CF); de Responsabilidade(Infração política. Ver Art. 85, CF): Na realidade não é um crime ; Julgado pelo Senado, mas presidido pelo Ministro Presidente do STF (art. 52, I); Para condenar é necessário 2/3 dos votos; Perda do cargo (Impeachment); Inabilitação para função pública por 8 anos; Existe um obstáculo, tanto no crime comum como no de responsabilidade, chamado de Juízo de Admissibilidade

11 (autorização para o processo contra o presidente) dado pela Câmara com um quorum de 2/3 dos deputados. Recebida a denúncia pelo STF (crime comum) ou iniciado o processo no Senado (crime de responsabilidade), o Presidente será suspenso do cargo por até 180 dias. Se não for julgado nesse prazo, volta a ocupar a presidência. Imunidades do Presidente Só pode ser preso em decorrência de sentença penal condenatória; Só pode ser processado por crime comum que tiver vínculo com a função (peculato, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, etc); Já os crimes não relacionados com a função, incluindo os crimes praticados antes do mandato, só poderão ser processados depois do mandato; Observação: Segundo o STF, essas imunidades não se aplicam ao Governador e ao Prefeito, pois são exclusiva do Chefe de Estado, no caso Presidente.

12 Ministro de Estado Art. 87, CF Todos os Ministros podem ser nato ou naturalizado, com exceção o Ministro da Defesa; Tem que ter 21 anos; Estar no gozo dos direitos políticos; O Ministro de Estado é julgado pelo STF, tanto no crime comum como no de responsabilidade. Caso o Ministro pratica um crime de responsabilidade conexo com o do Presidente, quem julgará os dois será o Senado Federal.

13 Lei /2006 Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Penas As penas do artigo 28 podem ser substituídas por outra a qualquer tempo, desde que ouvidas as partes. No parágrafo 2 trás critérios legais para diferenciar o porte de tráfico, cabendo ao juiz verificar a quantidade da substância apreendida, o local e as condições, de acordo com as circunstâncias sociais e pessoais, bem como a conduta do agente e antecedentes do agente. Estas penas são aplicadas ao réu primário um prazo máximo de 5 meses e aos reincidentes o máximo de 10 meses (vide Art. 28, P. 3). Apenas a reincidência específica pode elevar a aplicação máxima. O prazo mínimo de ambos é de 1 (um) dia. Descumpridas as sanções impostas, o Juiz deverá utilizar sucessivamente a molestação verbal e a multa, sendo esta última especificamente de 40 dias-multa à 100 dias-multa ou de um trigésimo à 3 vezes o salário mínimo. (vide Art. 29) O cultivo de pequena quantidade de planta psicotrópica para consumo pessoal se equipara ao porte de drogas com as mesmas penas. (vide Art. 28, P. 1)

14 A forte corrente doutrinária e jurisprudencial entendendo ser inaplicável a insignificância, pois: Portaria norma ineficaz, pois o usuário, em regra, trás pouca quantidade (STJ HC ); A pena de baixa intensidade é proporcional à pequena ofensividade de quantidade enfins; O Art. 30 trás prazo prescricional específico de 2 anos. Tráfico O local que for encontrado plantio de plantas psicotrópicas será desapropriadas e repassadas aos colonos para o plantio de alimentos, abrangindo toda a propriedade, independente dela ter metade da área com plantio de drogas e a outra de alimentos. A regulamentação de desapropriação está na Lei 8.257/91. A prática de mais de um verbo (vide art. 31) no mesmo contexto de fato configura crime único, pois é tipo misto alternativo. Se os contextos são diferentes prevalece que há concurso de crimes, podendo ser material ou crime continuado (vencida a tese do estado de traficância permanente). Alguns desses verbos tem características peculiar, como o importar, pois basta a droga entrar no território brasileiro que está sendo confirmado o crime de importação. Outro caso é o de remeter, caso a droga seja interceptada, será entendida como um crime consumado, sendo desnecessário que chegue ao destinatário. No caso do adquirir, o crime se consuma desde o acordo de conversa, sendo desnecessária o repasse da droga. Prevalece nos tribunais que a palavra isolada de policiais é suficiente para a condenação de tráfico, pois: Não são impedidos de depor; Dado poder de intimidação das organizações de tráfico é inviável a busca de prova testemunhal.

15 O tráfico de drogas é equiparado ao hediondo. Sua pena é de 5 à 15 anos. Ao fixar a pena máxima, as circunstâncias dos art. 42 irão preponderar as circunstâncias do art. 59. Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente. Art. 59. o Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e 1, e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim reconhecido na sentença condenatória. A redação atual do art. 33, P.1, I trata da matéria-prima, do insumo e do produto químico destinado a preparação. A expressão destinada a preparação de droga não é elemento subjetivo, mas sim objetivo. Ex.: Éter e acetona. Crimes Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: I importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; II semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; III utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com

16 determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. Não importa se a detenção é precária, o crime é instantâneo, não atual, desnecessário o fim de lucro. Parágrafo 2º Auxílio ao uso 1 a 3 anos / 100 a 300 diasmulta Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso de drogas. Parágrafo 3º Oferecer droga para alguém uso compartilhado, independente de lucro pagamento de 700 a de dias-multa eventualmente sem objetivo de lucro relacionamento para consumirem juntos. determinado para o 6 meses a 1 ano, e Fornecer droga a pessoa de seu Os parágrafos 2º e 3º não são equiparados ao crime hediondo. São crimes de menor potencial ofensivo. Parágrafo 4º Causa de diminuição de pena De 1/6 a 2/3 O indivíduo deve ser réu primário com bons antecedentes, e não deve se dedicar à atividade criminosa ou não se integra a uma organização criminosa. Tem caráter equiparado ao hediondo. Por coerência, ficaria afastada a denominação tráfico privilegiado, hediondez. pois o privilégio é incompatível com a A proibição de conversão da pena restritiva de direitos foi declarada inconstitucional pelo STF e sua execução suspensa pela resolução nº 5/2002 do Senado Federal. Prevalece no STF e STJ que a quantidade da droga é critério redutor. No HC do STF que a retirada de substância do rol daquelas considerada droga (Resolução da ANVISA) configura abolitio criminis em relação as drogas. Art. 34 informa que quem tem maquinário ou aparelho destinado a fabricação de drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal. Isto é equiparado ao crime hediondo. Desnecessário que o aparelho tenha uso específico. Pena de

17 reclusão de 3 a 10 anos, e 1200 a 2000 dias-multa. Art. 35 Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não. Apesar da letra da lei dizer que mesmo que o indivíduo se associe para cometer apenas um tráfico, o STJ entende que deve haver estabilidade e permanência, ou seja, não permitindo que ao cometer apenas uma vez seja considerado associação. Este artigo não é equiparado a hediondo. O termo quadrilha prevista no Código Penal é a associação de mais de 3 pessoas para cometerem crimes, ou seja, tem estabilidade e permanência. Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e 1, e 34 desta Lei É o mais grave o da lei. Existe uma colisão do art. 36 com a causa de aumento por financiamentono Art. 40, VII O tipo habitual tem causa de aumento. Outra visão é que a causa de aumento deve ser desconsiderada. Se além de financiar trafica, responde por tráfico com causa de aumento. Se só financia, responde pelo tipo autônomo. Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e 1o, e 34 desta Lei. De 2 a 6 anos. Desnecessária a condenação de terceiros pelo crime de associação. Se o informante toma decisões na associação, ele passa a ser integrante. Crime instantâneo. Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com Caso a prescrição seja culposamente responde por este artigo, mas se for dolosamente será considerado tráfico (art. 33). determinação legal ou regulamentar.

18 Causa de aumento de pena De acordo com o Art. 40, os aumentos de penas podem ser de 1/6 a 2/3, mas que depende de sua: Transnacionalidade Natureza, Procedência ou Circunstâncias (art. 40, I) É desnecessário que se trate uma organização criminosa, ou até mesmo que o agente ultrapasse a fronteira, desde que seja comprovado sua vontade de fazer isto. A competência de aumento de pena leva para a Justiça Federal; Caso seja um agente de função pública ou de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; Dentro de ambiente prisional, social, educacional, cultural, recreativas, esportivas ou beneficentes, trabalho coletivo, local de espetáculo ou diversões de qualquer natureza, ambiente de tratamento de usuários de drogas ou reinserção social, unidades militares ou policiais, ou transporte público (art. 40, II) Basta proximidade com o local, sendo desnecessária a prova de que a droga se destinava aos frequentadores desses locais; Violência, emprego de arma de fogo, intimidação difusa ou coletiva, grave ameaça (art. 40, IV); Interestadualidade (art. 40, V) Desnecessário que a droga cruze a fronteira; Visa ou envolve de crianças e adolescente, ou quem tem diminuída capacidade de entendimento ou determinação (art. 40, VI) O idoso não faz parte; Delação premiada Art. 41. Essa delação premiada pode acontecer no inquérito ou no processo criminal através de um indiciado ou acusado ajudando na identificação do outros participantes, recuperação total ou parcial do produto do crime. Com isto, terá a pena diminuída de 1/3 a 2/3. A diminuição é um ato privativo do juiz, não há efeito jurídico na promessa do MP.

19 Fixação de Pena Art. 42. O juiz irá considerar a quantidade, natureza, personalidade e a conduta social do agente. Multa do Tráfico Art. 43 Também é diferente do sistema do Código Penal. Veja: CP: De 30 a 360 dias-multa; Valor de 1/30 a 5 salários mínimo, podendo até aumentar em 3x esse valor se o indivíduo é muito rico; Lei de Drogas: Específico no tipo o número de dias-multa; Valor de 1/30 a 5 salários mínimo, podendo até aumentar em 10x esse valor se o indivíduo é muito rico; Vedações Art. 44 Os crimes previstos nos arts. 33, caput e 1 o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis (art. 77, CP Suspensão condicional da pena), graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. Parágrafo Único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico. Observações: Aos crimes equiparados a hediondo, a proibição é desnecessária, pois já está na CF. Aos não equiparados, ela é inconstitucional.

20 Procedimento Penal No JECRIM tem as seguintes peculiaridades: Mesmo se recusado o compromisso de comparecer em juízo, não há prisão em flagrante; O conteúdo da transação penal será uma das penas do art. 28; Para a lavratura do auto de prisão em flagrante e recebimento da denúncia basta para demonstrar a materialidade o auto de constatação. Para a condenação, a doutrina exige perícia definitiva. O prazo do inquérito é de 30 dias preso e 90 dias solto, podendo ser duplicado pelo juiz. O relatório deverá justificar as razões a classificação do delito. A remessa dos autos do inquérito será sempre feita em juízo das diligências complementares. (art. 52) Meios peculiares de investigação Infiltração de agente Tem natureza jurídica de cautelar preparatória, natureza investigativa e não preventiva. Não admite o agente provocador, mas sim o infiltrado; Entrega vigiada Este meio tem peculiaridades frente ao flagrante postergado, pois além do controle judicial tem como requisitos: 1. Conhecimento de itinerário provável; 2. Identificação dos envolvidos; Requisitos gerais Autorização judicial; Prévia oitiva do MP;

21 Procedimento / Processo Recebida a denúncia, o juiz notificará por escrito o acusado para oferecer a defesa prévia em 10 dias. A defesa poderá convocar até 5 testemunhas e requerer as demais provas que entender pertinentes. Prevalece no STJ que a defesa prévia pode ser substituída pela resposta a acusação do art. 396-A do CPP. Aplica-se subsidiariamente o art. 397 do CPP da absolvição sumária. Art. 56, P. 1 Afastamento cautelar do funcionário público de suas atividades na decisão que recebe a denúncia. A audiência será marcada em 30 dias, salvo se instaurado o incidente de dependência, quando o prazo será de 90 dias. O STF pacificou que a ordem dos atos é prevista no rito especial do art. 57, ou seja, o interrogatório será o primeiro ato. Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do acusado e a inquirição das testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do Ministério Público e ao defensor do acusado, para sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz. O réu não poderá apelar em liberdade no crimes dos arts. 33, caput e 1 o, e 34 a 37 desta Lei, salvo se primário ou de bons antecedentes. Disposições finais e

22 transitórias Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito transnacional, são da competência da Justiça Federal. Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que não sejam sede de vara federal serão processados e julgados na vara federal da circunscrição respectiva.

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