Legislação Especial Prof. Rodolfo Souza

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1 Escrivão e Agente de Polícia Legislação Especial Prof. Rodolfo Souza

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3 Legislação Especial Professor Rodolfo Souza

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5 Edital LEGISLAÇÃO ESPECIAL: 5 Lei nº 4.898/1965 (direito de representação e processo de responsabilidade administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade): apenas aspectos penais e processuais penais. 6 Lei nº 9.455/1997 (define os crimes de tortura e dá outras providências): apenas aspectos penais e processuais penais. 8 Lei nº /2003 (Estatuto do Desarmamento): apenas aspectos penais e processuais penais. 9 Lei nº 9.605/1998 (Lei dos Crimes Ambientais): apenas aspectos penais e processuais penais. 10 Lei nº 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos). BANCA: Cespe CARGO: Escrivão e Agente de Polícia

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7 Legislação Especial LEI DOS CRIMES HEDIONDOS LEI 8.072/90 1. CRIME HEDIONDO 1.1 Conceito Trata-se de conduta humana reprovável, tipificada como crime, considerada asquerosa, nojenta, repugnante, sórdida e depravada, por essa razão merecedora de tratamento penal mais rigoroso. 1.2 Definição de crime hediondo a) Sistema judicial é o juiz quem, na apreciação do caso concreto, diante da gravidade do crime, decide se a infração é ou não hedionda. b) Sistema legal compete ao legislador enumerar, num rol taxativo, quais delitos serão considerados hediondos. c) Sistema misto o legislador apresenta rol exemplificativo de crimes hediondos, deixando ao juiz um campo fértil para encontrar outros casos. Obs.: O Brasil adotou o sistema legal art. 5º, XLIII, da CF o constituinte outorgou ao legislador ordinário a tarefa de definir quais crimes serão considerados hediondos, todavia, já enumerou os equiparados a hediondos tráfico de drogas, terrorismo, tortura. Obs.: O STF vem adotando um quarto sistema: o legislador apresenta um rol taxativo de crimes hediondos, devendo o magistrado confirmar a hediondez na análise do caso concreto (o juiz não vai complementar; apenas confirmará se aquele crime tem requintes de hediondez) GUILHERME DE SOUZA NUCCI também é filiado deste sistema. 2. ROL DOS CRIMES HEDIONDOS São considerados hediondos os seguintes crimes todos tipificados no Código Penal (Dec. Lei 2.848/40), consumados e tentados: 7

8 Inciso I Homicídio quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente (art. 121, Caput do CP); Conforme o art. 121, 6º, CP a pena será aumenta de 1/3 (um terço) até a 1/2 (metade) se o crime for praticado por grupo de extermínio. O homicídio simples, em regra, não é hediondo, salvo quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente trata-se de um homicídio condicionado. Trata-se de circunstância muito imprecisa, muito criticada pela doutrina. Por ex., não se sabe, pela lei, o que é a atividade típica de grupo de extermínio. A doutrina a conceitua como sendo a chacina, matança generalizada. Outra crítica feita é que, esta forma de crime jamais será praticada sobre a forma simples, sendo caracterizado sempre a qualificadora PAULO RANGEL, NUCCI. Inciso I Homicídio qualificado (art. 121, 2º, I a VII do CP); Tratando-se do homicídio qualificado, todas as qualificadoras redundam no crime hediondo (art. 121, paragrafo 2º, do CP). Importante destacar que em 2015 foram inseridos os incisos VI e VII ao parágrafo segundo do artigo 121 do Código Penal, pela Lei /15 e Lei /15 respectivamente. O inciso VI, trata do homicídio qualificado contra a mulher por razoes da condição de sexo feminino (Feminicídio) e o inciso VII, trata do homicídio contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da CF, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até o terceiro grau inclusive, em razão dessa condição. Obs.: O homicídio privilegiado (art. 121, 1º, CP) não é hediondo. Homicídio qualificado-privilegiado é hediondo? 1ª corrente é hediondo, pois a lei não excepciona esta figura. 2ª corrente Não é hediondo, pois o privilegiado prepondera sobre a qualificadora tal corrente faz uma analogia ao art. 67 do CP no concurso de agravantes e atenuantes, prepondera a de natureza subjetiva (onde está escrito agravante, colocar-se-á qualificadora ; onde estiver escrito atenuante, colocar-se-á privilégio ) a segunda corrente é a que prevalece no STF e no STJ. Inciso I-A lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, 2º) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; Incluído pela Lei /15. Inciso II Latrocínio (art. 157, parág. 3º, in fine, do CP); 8

9 Polícia Federal - Escrivão e Agente de Polícia Legislação Especial Prof. Rodolfo Souza O art. 157 trata do crime de roubo e o parág. 3º traz o roubo qualificado (se da violência resulta lesão grave ou morte, a pena é qualificada). Só é hediondo o roubo qualificado pela morte (parte final do parágrafo 3º). O roubo qualificado pela lesão grave não é hediondo. A morte pode ser dolosa ou culposa o crime permanecerá hediondo. A morte tem que ser decorrência da violência. Se a morte resultar da grave ameaça não é latrocínio STF. A violência deve ser empregada durante o assalto e em razão do assalto (é imprescindível o fator tempo e o fator nexo). Ex.: uma semana depois do assalto, o bandido mata o gerente do banco que o reconheceu não é latrocínio (foi em razão do assalto, mas não foi durante o roubo) será roubo combinado com homicídio. A morte é o meio para alcançar o fim o roubo. Assaltante que mata o outro para ficar com o proveito do crime, não é latrocínio (trata-se de roubo + homicídio torpe). O assaltante que mata o outro, por tentar matar a vítima art. 73 do CP aberratio ictus considerará as qualidades da vítima virtual e não da vítima real, logo, é latrocínio. Se a intenção inicial do agente era matar e só depois resolveu subtrair, trata-se de homicídio seguido de furto não é latrocínio. Súmula 603 do STF latrocínio não vai a júri, pois é crime contra o patrimônio competência do juiz singular. Súmula 610 do STF há crime de latrocínio consumado quando há a consumação da morte, ainda que a subtração seja tentada Inciso III Extorsão qualificada pela morte (art. 158, parágrafo 2º, do CP); Tudo que se aplica ao latrocínio se aplica a este crime. A diferença é que no crime de roubo o agente subtrai o bem ou pode, de imediato, subtrai-lo, mesmo que exista colaboração por parte da vitima. Ex.: o agente aponta a arma e manda a vítima entregar o relógio. Haverá extorsão quando a vítima entregar o bem e ficar demonstrado que sua colaboração era imprescindível para o agente obter a vantagem. Ex.: carta constrangendo a vítima mandar dinheiro, sob ameaça de revelar segredo íntimo. Constranger a vítima fornecer senha do cartão de crédito. Inciso IV Extorsão mediante sequestro (art. 159, caput e parágrafos, do CP). Tal crime sempre é crime hediondo, não importa se na forma simples ou qualificada. Diferencia-se, porque nesta (extorsão mediante sequestro), o resgate é exigido de outras pessoas (familiares em geral), enquanto, no sequestro relâmpago, não há essa exigência a terceiros, mas a própria pessoa sequestrada. Inciso V Estupro (art. 213, caput e 1º e 2º); 9

10 Considera-se estupro o ato sexual ou qualquer outro ato libidinoso (dedos na vagina, sexo oral), mediante violência ou grave ameaça à pessoa da vítima ou a terceiro. Inciso VI Estupro de vulnerável (art. 217 A, caput e 1º, 2º, 3º e 4º); Considera-se vulnerável, pessoa menor de 14 anos, ou pessoa portadora de enfermidade ou doença mental, que não tenha o necessário discernimento para a pratica do ato. Nessas hipóteses a pratica da conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso será crime, mesmo que exista o consentimento da vítima. Inciso VII Epidemia com resultado morte (art. 267, parágrafo 1º, do CP); O tipo consiste em causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos (vírus, bacilos ou protozoários) e se caso tal conduta resultar na morte de alguém, o crime será considerado hediondo, sendo a pena prevista no caput (reclusão de 10 a 15 anos) aplicado em dobro ao agente. Ex.: meningite, sarampo, gripe, febre amarela; Faz-se necessário que a conduta provoque epidemia, ou seja, surto de uma doença que atinja grande número de pessoas em determinado local ou região. O crime pode ser praticado por qualquer meio: contaminação do ar, da agua, transmissão direta etc. Inciso VII, B Falsificação, adulteração de produtos farmacêuticos e medicinais (art. 273, 1º, 1-A, 1-B do CP). O art. 273, caput, pune o falsificador do produto terapêutico ou medicinal. A pena é de 10 a 15 anos. O parágrafo 1º pune aquele que guarda, expõe a venda, vende produto já falsificado. A pena é a mesma, 10 a 15 anos. O parágrafo 1º-A abrange como objeto material outros produtos, como por ex., cosméticos e saneantes. Obs.: quanto aos cosméticos, trata-se apenas daqueles com finalidade terapêutica ou medicinal (se um batom for de finalidade terapêutica, incidirá neste parágrafo). Saneante abrange os produtos de limpeza. O parágrafo 1º-B pune quem comercializa produto com infração às regras administrativas. A pena será a mesma, 10 a 15 anos infringe o princípio da intervenção mínima (o Direito Administrativo poderia cuidar) entendimento jurisprudencial. Inciso VIII favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e 1º e 2º). Incluído pela Lei nº , de 2014 Parágrafo Único: Genocídio (art. 1º, 2º; 3º, da lei 2889/89); 10

11 Polícia Federal - Escrivão e Agente de Polícia Legislação Especial Prof. Rodolfo Souza 3. CRIMES EQUIPARADOS A HEDIONDOS, OU CRIMES HEDIONDOS POR EQUIPARAÇÃO A Constituição elencou os crimes equiparados a hediondos, que serão tratados com o mesmo rigor: a) Tráfico de Drogas Lei /06 b) Tortura Lei 9.455/97 c) Terrorismo Lei /16 Obs.: Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o chamado tráfico privilegiado, no qual as penas podem ser reduzidas, conforme o artigo 33, parágrafo 4º, da Lei /2006 (Lei de Drogas), não deve ser considerado crime de natureza hedionda. A discussão ocorreu no julgamento do Habeas Corpus (HC) , que foi deferido por maioria dos votos. Importante destacar que o STJ entende que a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, 4º, da Lei nº /06 não afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas, conforme enunciado da súmula 512, STJ. 4. VEDAÇÕES AOS CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS Eles são tanto para os crimes hediondos, como para os crimes equiparados a hediondo (art. 2º da lei). a) Insuscetíveis de anistia, graça e indulto. O art. 5º, XLIII, da CF não diz ser insuscetível de indulto. A lei 8072/90 arrola também a insuscetibilidade do indulto Constitucional ou não? 1ª corrente a vedação do indulto é inconstitucional as vedações constitucionais seriam máximas, não podendo o legislador ordinário suplantá-las. Eles questionam que, se não se pode aumentar as prisões civis que estão na CF, não se poderia também acrescentar mais uma causa de proibição de aplicação aos crimes hediondos Luís Flavio Gomes, Alberto Silva Franco. 2ª corrente as vedações constitucionais são mínimas (A CF deu o poder ao legislador ordinário de aumentar tal rol). O indulto é uma graça coletiva; logo estaria já abrangido posição do STF. O indulto não respeita fatos pretéritos posição do Supremo Tribunal federal Recurso Habeas Corpus 84572/RJ. Neste recurso, o STF entendeu constitucional a vedação do indulto para crimes hediondos, até mesmo para os crimes praticados anteriormente à sua vigência (da lei 8.072/90) deve-se analisar a natureza do crime no momento da execução. 11

12 b) Inafiançável. Antes da lei /2007, o art. 2º, II, vedava fiança e liberdade provisória. Com o advento desta lei, veda-se apenas a fiança (aboliu a vedação da liberdade provisória). Há dúvida ainda quanto à aplicação da liberdade provisória aos crimes hediondos: Questão até pouco tempo tormentosa versava sobre a possibilidade ou não da concessão de liberdade provisória diante de crimes em que se vedava a fiança (como ocorre nos crimes hediondos e equiparados). Todavia, atualmente, o STF posiciona-se pela possibilidade da concessão de liberdade provisória, pautando-se nos seguintes fundamentos Habeas Corpus : 1. É possível liberdade provisória para crime hediondo, pois quem deve avaliar a possibilidade ou não de liberdade provisória é o juiz no caso concreto. Sendo assim, a vedação à liberdade provisória é inconstitucional, afrontando a individualização da pena e separação dos poderes. 2. Vedar a liberdade provisória por lei caracteriza antecipação de pena; 3. A proibição de concessão de liberdade provisória estabelece um tipo de regime de prisão preventiva obrigatória, na medida em que torna a prisão a regra e a liberdade a exceção. A CF/88, contudo, prevê que a liberdade é a regra e a necessidade da prisão precisa ser devidamente fundamentada. Outrossim, por oportuno, importante destacar que a corrente minoritária afirma que não é possível liberdade provisória para crime hediondo, porque a vedação está implícita na inafiançabilidade (Min. Ellen Gracie). Isto posto, para a corrente prevalente hoje, é cabível a liberdade provisória em sede de crimes hediondos, porém sem a exigência de fiança. Em questões subjetivas, principalmente para Defensoria Pública (caso alguém venha a prestar), é prudente citar os dois entendimentos. 5. CUMPRIMENTO DE PENA E PROGRESSÃO DE REGIME A lei /2007 modificou a redação do parágrafo 1º e 2º do art. 2º da lei. Antes o regime deveria ser integral fechado (proibia-se a progressão de regimes). Agora a lei determina o cumprimento inicial fechado, permitindo a progressão de regime cumprimento de 2/5 da pena se primário ou 3/5 se reincidente, não necessariamente especifico. Todavia, o STF já havia declarado inconstitucional à vedação de progressão de regimes, antes mesmo do advento desta lei de 2007, admitindo a progressão de regimes através do cumprimento de 1/6 da pena a Lei /2007 só tem aplicação para os fatos futuros lei posterior maléfica ao réu, pois exige uma fração maior do que a que vinha se aceitando, conforme pode verificar no julgado a seguir: "Ementa: Pena Regime de cumprimento Definição. O regime de cumprimento da pena é norteado, considerada a proteção do condenado, pela lei em vigor na data em que implementada a prática delituosa. Pena Regime de cumprimento Progressão Fator temporal. A Lei nº /07, que majorou o tempo necessário a progredir-se no cumprimento 12

13 Polícia Federal - Escrivão e Agente de Polícia Legislação Especial Prof. Rodolfo Souza da pena, não se aplica a situações jurídicas que retratem crime cometido em momento anterior à respectiva vigência precedentes.'" (RE , Relator Ministro Marco Aurélio, Tribunal Pleno, julgamento em , DJe de , com repercussão geral tema 59) Obs.: O STF considerou inconstitucional a obrigatoriedade do início de cumprimento de pena em regime fechado para os crimes hediondos e assemelhados, prevista no Art. 2º, 1º, da Lei nº 8.072/90, por violar os Princípios da Individualização da Pena e da proporcionalidade como consta nos julgados a seguir: "Entendo que, se a Constituição Federal menciona que a lei regulará a individualização da pena, é natural que ela exista. Do mesmo modo, os critérios para a fixação do regime prisional inicial devem-se harmonizar com as garantias constitucionais, sendo necessário exigir-se sempre a fundamentação do regime imposto, ainda que se trate de crime hediondo ou equiparado. Deixo consignado, já de início, que tais circunstâncias não elidem a possibilidade de o magistrado, em eventual apreciação das condições subjetivas desfavoráveis, vir a estabelecer regime prisional mais severo, desde que o faça em razão de elementos concretos e individualizados, aptos a demonstrar a necessidade de maior rigor da medida privativa de liberdade do indivíduo, nos termos do 3º do art. 33 c/c o art. 59 do Código Penal.A progressão de regime, ademais, quando se cuida de crime hediondo ou equiparado, também se dá em lapso temporal mais dilatado (Lei nº 8.072/90, art. 2º, 2º). (...) Feitas essas considerações, penso que deve ser superado o disposto na Lei dos Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado) para aqueles que preencham todos os demais requisitos previstos no art. 33, 2º, b, e 3º, do CP, admitindo-se o início do cumprimento de pena em regime diverso do fechado. Nessa conformidade, tendo em vista a declaração incidental de inconstitucionalidade do 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, na parte em que impõe a obrigatoriedade de fixação do regime fechado para início do cumprimento da pena aos condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados, concedo a ordem para alterar o regime inicial de cumprimento das reprimenda impostas ao paciente para o semiaberto." (HC , Relator Ministro Dias Toffoli, Tribunal Pleno, julgamento em , DJe de ). "4. A Corte Constitucional, no julgamento do HC no /ES, de relatoria do Ministro Dias Toffoli, removeu o óbice constante do 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, com a redação dada pela Lei nº /07, o qual determinava que '[a] pena por crime previsto nes[s] e artigo será cumprida inicialmente em regime fechado', declarando, de forma incidental, a inconstitucionalidade da obrigatoriedade de fixação do regime fechado para o inicio do cumprimento de pena decorrente da condenação por crime hediondo ou equiparado. 5. Esse entendimento abriu passagem para que a fixação do regime prisional mesmo nos casos de trafico ilícito de entorpecentes ou de outros crimes hediondos e equiparados seja devidamente fundamentada, como ocorre nos demais delitos dispostos no ordenamento. 6. No caso, as instâncias ordinárias indicaram elementos concretos e individualizados aptos a demonstrar a necessidade da prisão do paciente em regime fechado, impondo-lhe o regime mais severo mediante fundamentação adequada, nos termos do que dispõe o art. 33, caput e parágrafos, do CP." (HC , Relator Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, julgamento em , DJe de ). "O STF já teve a oportunidade, por ocasião da análise do julgamento do HC nº /SP, rel. Min. Marco Aurélio, Dje 1º , de declarar, incidenter tantum, a inconstitucionalidade da antiga redação do art. 2º, 1º, da Lei nº 8.072/90, a qual determinava que os condenados por crimes hediondos ou a eles equiparados deveriam cumprir a pena em regime integralmente fechado. Naquele caso, ficou assentado que essa imposição contraria o princípio constitucional 13

14 da individualização da pena (CF, art. 5º, XLVI). Pois bem. Sobreveio a Lei nº /2007 que, ao promover mudanças no já mencionado art. 2º, 1º, da Lei nº 8.072/90, determinou que a pena agora fosse cumprida no regime inicial fechado. É aqui que faço uma indagação: Esse dispositivo, em sua nova redação, não continuaria a violar o princípio constitucional da individualização da pena? Essa discussão, inclusive, já vem sendo alvo de debates nas instâncias inferiores e nesta Suprema Corte. No ponto, destaco, ainda, à guisa de ilustração, julgado recente proferido pelo próprio STJ que, ao analisar o HC nº /SP lá impetrado, concluiu pela inconstitucionalidade desse dispositivo, ao fundamento de que, a despeito das modificações preconizadas pela Lei /2007, persistiria ainda a ofensa ao princípio constitucional da individualização da pena e, também, da proporcionalidade. No caso concreto, com fundamento nessas considerações, entendo que o disposto na Lei dos Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado) há de ser superado. É que o paciente preenche os requisitos previstos no art. 33, 2º, c, do CP, para o início do cumprimento de pena no regime aberto." (HC , Relator Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgamento em , DJe de ). 6. DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE Em caso de sentença condenatória não definitiva, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. Na verdade, é necessário avaliar a existência ou inexistência dos requisitos da prisão preventiva previstos nos artigos 311 e seguintes do CPP. 7. PRISÃO TEMPORÁRIA A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes hediondos ou equiparados, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 8. LIVRAMENTO CONDICIONAL Art. 83 do CP. É uma liberdade antecipada da execução. Se o agente é primário (não reincidente) e com bons antecedentes, deverá cumprir 1/3 da pena; se ele é reincidente, deverá cumprir 1/2 da pena; se ele for autor de crime hediondo ou equiparado, deverá cumprir 2/3 da pena, desde que não reincidente específico. Quanto ao primário de maus antecedentes: 1ª corrente entende que se deve aplicar analogia in bonam partem. 2ª corrente entende que deve ser cumprida 1/2 da pena (como se fosse reincidente). A 1ª corrente é a que prevalece. 14

15 Polícia Federal - Escrivão e Agente de Polícia Legislação Especial Prof. Rodolfo Souza Obs.: o que é reincidente específico? 1ª corrente é aquele que pratica dois crimes hediondos ou equiparados do mesmo tipo penal (ex.: condenado por estupro e praticando outro estupro, não terá direito ao livramento condicional); 2ª corrente é aquele que pratica crime hediondo ou equiparado, ofendendo um mesmo bem jurídico (ex.: condenado por estupro e depois atentado violento ao pudor não terá direito ao livramento condicional); 3ª corrente aquele que pratica crime hediondo ou equiparado, qualquer que seja ele (ex.: condenado por latrocínio e praticou estupro, não terá direito ao livramento condicional) é a corrente que prevalece. Obs.: quanto à progressão de regimes, não se exige ser reincidente específico para não se beneficiar deste instituto, apenas a reincidência normal. 9. CRIME DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no artigo 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo. A pena do art. 288 do CP passa a ser de 3 a 6 anos se a associação visar à prática de crime hediondo ou equiparado. Lei /2006, o art. 35 que traz o crime de associação para o tráfico, com pena (3 a 10 anos). Assim, quanto ao tráfico, não se aplica o art. 8º da Lei 8072/90, e sim a Lei de Drogas. Obs.: no art. 35 da lei de drogas, basta a união de duas pessoas para configurar o crime, sendo lei mais gravosa. 10. TRAIÇÃO BENÉFICA, DELAÇÃO PREMIADA OU COLABORAÇÃO PREMIADA O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços. Para ter direito ao benefício, a denúncia tem que ser eficaz, ocorrendo o desmantelamento da quadrilha ou bando. 15

16 LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE LEI 4.898/65 1. RESPONSABILIDADES A Lei de Abuso de Autoridade regulamenta as três responsabilidades. Assim, ato de abuso de autoridade enseja tríplice responsabilização. (art. 1º da Lei 4.898/65) a) Administrativa; b) Civil; c) Penal. Art. 1º da Lei 4.898/65 O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente Lei. 2. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA A Administração pública possui mecanismos internos aptos a punir o funcionário publico em geral. Tal poder punitivo decorre dos poderes hierárquico e disciplinar. Não se deve confundir o poder disciplinar da Administração com o poder punitivo do Estado, realizado através da justiça penal. O servidor público que com sua conduta violar norma administrativa e penal, sofrerá sanção nas duas esferas, sendo que uma não exclui a outra. A lei de abuso de autoridade prevê como penalidades administrativas ao servidor que comete crime de abuso: a) advertência; b) repreensão; c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens; d) destituição de função; e) demissão; f) demissão, a bem do serviço público. Art. 6º da Lei 4.898/65 O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal. 16

17 Polícia Federal - Escrivão e Agente de Polícia Legislação Especial Prof. Rodolfo Souza 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em: a) advertência; b) repreensão; c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens; d) destituição de função; e) demissão; f) demissão, a bem do serviço público. Art. 7º Recebida a representação em que for solicitada a aplicação de sanção administrativa, a autoridade civil ou militar competente determinará a instauração de inquérito para apurar o fato. 1º O inquérito administrativo (inquérito administrativo, leia-se à processo administrativo) obedecerá às normas estabelecidas nas leis municipais, estaduais ou federais, civis ou militares, que estabeleçam o respectivo processo. 3. RESPONSABILIDADE CIVIL Consiste no pagamento de uma importância em dinheiro, em razão do dano moral e material sofrido pela vitima do abuso. O agente responsável pelo abuso fica obrigado a reparar o dano civil decorrente do seu ato ilícito. Se o ofendido preferir, não será necessário aguardar o trânsito em julgado, para ingressar na busca de ressarcir seu prejuízo, podendo ser ajuizada ação civil ex delicto, que no caso será ajuizada em desfavor do Estado, já que o artigo 37 6º da Constituição Federal traz a responsabilidade objetiva do Estado pelos atos ilícitos praticados por seus agentes, nessa qualidade. A prefixação do valor indenizatório, em face da desvalorização da moeda, tornou-se letra morta. Art. 6º da Lei 4.898/65 O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal. 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do dano, consistirá no pagamento de uma indenização de quinhentos a dez mil cruzeiros. 4. RESPONSABILIDADE PENAL O agente condenado por crime de abuso de autoridade responde pelo crime com as seguintes penas: a) multa de cem a cinco mil cruzeiros; b) detenção por dez dias a seis meses; 17

18 c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo até três anos. Tais penais podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente (aplica uma, duas ou as três). Quanto a pena de multa, com o advento da reforma da Parte Geral do Código Penal em 1984, foi revogado o sistema anterior de penas de multa. Todas as penas pecuniárias com valor expressos em cruzeiros, cruzados ou qualquer outra unidade monetária tiveram esses valores suprimidos. Quanto à perda ou inabilitação par ao exercício de função pública, não se trata de efeito automático, deve ser aplicada na sentença de forma motivada, diferente da lei de tortura onde a perda do cargo é efeito automático da condenação. Na Lei de abuso de autoridade há a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública pelo prazo de até 3 anos. Na lei de tortura, a inabilitação para o exercício de função pública é aplicada pelo dobro do prazo aplicado na pena de prisão (5 anos de reclusão 10 anos de inabilitação para a função pública). Tendo em vista que a pena máxima de reclusão prevista o crime é de 6 (seis) meses, os crimes desta lei são infrações penais de menor potencial ofensivo, sando da competência dos juizados especiais criminais, segundo o artigo 98, I, CF/88 e artigo 61, da Lei 9.099/95. Art. 6º da Lei 4.898/65 O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal. 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Código Penal e consistirá em: a) multa de cem a cinco mil cruzeiros; b) detenção por dez dias a seis meses; c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo até três anos. 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser aplicadas autônoma ou cumulativamente. 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos. 18

19 Polícia Federal - Escrivão e Agente de Polícia Legislação Especial Prof. Rodolfo Souza 5. SUJEITOS DO CRIME 5.1 Sujeito ativo Tais crimes são próprios (crimes funcionais). Ou seja, exige uma condição especial do sujeito ativo (ser funcionário público). Qualquer agente público no exercício de suas funções ou qualquer pessoa que exerça uma função pública seja ou não integrante da administração pública. Art. 5º, L /65 Lei de Abuso de Autoridade. Mesmo conceito de funcionário público para fins penais (art. 327, CP). Obs.: Encontra-se no conceito de autoridade pública também as pessoas que não integram a administração pública, mas que exerçam uma função pública, mesmo que transitório e sem remuneração (p. ex.: mesário eleitoral, jurado). Obs.: Não está incluído no conceito de autoridade pessoas que exercem múnus público (encargo imposto pela lei ou pelo juiz para defesa de interesse particular ou social p. ex.: depositário judicial, administrador de falência, advogado, tutores dativos, curadores dativos). Obs.: Particular que não exerça nenhuma função pública pode cometer abuso de autoridade, desde que pratique em coautoria ou participação com autoridade pública (e tenha conhecimento). Ex.: policial agredindo uma pessoa, auxiliado pelo pipoqueiro. Art. 5º, da Lei 4.898/65 Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. 5.2 Sujeito passivo Tem dupla subjetividade passiva (tem dois sujeitos passivos). a) Sujeito passivo imediato ou principal: é a pessoa física ou jurídica que sofre a conduta abusiva. Qualquer pessoa física capaz ou incapaz, nacional ou estrangeira pode ser sujeito passivo. No caso de vítima criança ou adolescente pode configurar crime do ECA. Autoridade pública pode ser vítima de abuso de autoridade (praticado por outra autoridade). Também podem ser sujeitos passivos, pessoas jurídicas de direito público ou privado. Art. 4º, L /65 Lei de Abuso de Autoridade. b) Sujeito passivo mediato ou secundário: é o Estado. Todo ato de abuso de autoridade prejudica a regular prestação dos serviços públicos. 19

20 6. ELEMENTO SUBJETIVO Só o dolo. Não se pune a forma culposa do abuso de autoridade. Autoridade, por culpa, excede os limites de sua atuação (abusa culposamente) não haverá crime de abuso de autoridade, mas existe o ato de abuso de autoridade. 7. AÇÃO PENAL Da simples leitura do artigo 1º da lei de abuso de autoridade, pode-se pensar que este crime se procede mediante representação (ação publica condicionada a representação), no entanto a representação a que se refere à lei não é condição de procedibilidade das ações publicas condicionadas, mas mero direito de informar as autoridades competentes sobre o crime. Portanto os crimes da lei 4.898/65 são de ação pública incondicionada. Art. 1º, da Lei 4.898/65 O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente lei. 8. COMPETÊNCIA O crime de abuso de autoridade é comum, em regra, é de competência da justiça comum estadual. Se o crime atingir bens, interesses ou serviços da União serão da competência da Justiça Federal. Tratam-se de crimes de menor potencial ofensivo da competência do JECRIM Estadual ou Federal. Obs.: Abuso de autoridade praticado por militar será julgado pelo JECRIM estadual ou federal. Não é de competência da justiça militar (súm. 172 do STJ). Pois não é crime militar, é crime comum. Súmula: 172 do STJ. Compete a justiça comum processar e julgar militar por crime de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço. 9. CONCURSO DE CRIMES O STF reconheceu a possibilidade de concurso de crimes entre lesão corporal e abuso, e entre violação de domicílio e abuso. (HC , STF). O STJ reconheceu o concurso de crimes: abuso de autoridade (Justiça Comum)+ lesão corporal (Justiça Militar) + violação de domicilio (Justiça Militar) (separação dos processos, competências diversas). (HC , STJ). 20

21 Polícia Federal - Escrivão e Agente de Polícia Legislação Especial Prof. Rodolfo Souza Também é possível o concurso de crime contra a honra e abuso de autoridade (Resp , STJ). 10. ARTIGO 3º DA LEI 4.898/65 Segundo o artigo 3º da lei de abuso de autoridade, qualquer atentado aos direitos e garantias fundamentais de 1º geração nele elencados. Esse tipo penal não admite a tentativa, tendo em vista, que o mero atentado já configura crime consumado Atentado à liberdade de locomoção Art. 5º XV, CF/88 é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens Ex: policial militar manda cidadão de bem sair de uma praça pelo simples fato de estar mal vestido. Os atos decorrentes do poder de polícia estatal como são auto executáveis (não dependem de ordem judicial) não configuram abuso de autoridade se justificados. (Exercício do poder de polícia legítimo do Estado NUCCI). Ébrios e doentes mentais, eles podem ser retirados de determinados locais e retidos em órgãos públicos (p. ex.: hospital) ou encaminhados para suas casas, desde que estejam perturbando a ordem pública ou colocando em perigo a segurança própria ou alheia Atentado à inviolabilidade de domicilio Art. 5º XI, CF/88 a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; Ex.: executar busca e apreensão durante a noite e sem o consentimento do morador, mesmo que munido do mandado. Domicílio: é qualquer local não aberto ao público que seja utilizado para o trabalho ou para moradia, ainda que momentânea. Estão dentro de conceito de domicilio o trailer, escritório, cortiço, quarto de hotel, motel, etc Atentado ao sigilo da correspondência Art. 5º XII, CF/88 é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; 21

22 Violar o sigilo das correspondências e das comunicações constitui crime de abuso de autoridade. Existem hipóteses em que o legislador pode limitar o direito ao sigilo, em atendimento a imperioso interesse público. Vejamos os exemplos: Durante a busca e apreensão domiciliar. (art. 250, CPP) A correspondência do preso (art. 41, LEP) Obs.: somente ocorre crime a violação da correspondência fechada, pois a aberta não é considerada sigilosa. Obs.: a lei de abuso de autoridade revogou o artigo 151 do CP (violação de correspondência), quando o agente for funcionário público, restando ainda o enquadramento quanto ao particular Atentado a liberdade de crença Art. 5º VI, CF/88 é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; A liberdade de crença é protegida pela norma constitucional, constituindo abuso qualquer atentado contra esta. Mas o agente que no regular exercício de sua função (estrito cumprimento do dever legal), dissolve culto religioso, por estar este perturbando com barulhos excessivos não comete ilícito Atentado a liberdade de associação e a liberdade de reunião Art. 5º XVII, CF/88 é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar. Art. 5º XVI, CF/88 todos podem reunir se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. Associação é a reunião estável e permanente, enquanto a reunião é o agrupamento voluntario de pessoas sem fim permanente. A CF diz que as associações podem ser criadas livremente, sem autorização do poder público. A CF veda apenas dois tipos de associações: com fins ilícitos e as com caráter paramilitar. Garante-se, o direito de reunião desde que seja pacífica, sem armas, seja em locais público desde que não prejudique uma outra reunião anteriormente marcada para o mesmo local. Obs.: Não precisa de autorização para fazer a reunião, mas precisa avisar a autoridade pública (pré-aviso). Se a reunião foi feita de forma legal, atendendo aos requisitos constitucionais, a interferência na reunião é abuso de autoridade. 22

23 Polícia Federal - Escrivão e Agente de Polícia Legislação Especial Prof. Rodolfo Souza Não pode a reunião estar sendo realizada de forma desordeira ou violenta, ex.: passeata armada, reunião com agressões etc. Não pode uma reunião atrapalhar outra reunião já marcada para aquele local Atentado ao direitos e garantias legais assegurados ao voto Art. 1º Parágrafo único, CF/88 Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 14, CF/88 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei Atentado à incolumidade física do individuo Pode ser até uma vias de fato, como até uma tentativa de homicídio. Obs: E a incolumidade psíquica? R.: Prevalece o entendimento de que sim! Incolumidade física é o que atinge o indivíduo em si (psicologicamente ou fisicamente). Não se trata de analogia in malam partem ou interpretação extensiva em desfavor do réu. Obs.: E se a vítima sofre lesões haverá concurso formal de crimes (lesão corporal (ou homicídio) + abuso de autoridade). Tal perigo à incolumidade física do indivíduo não é absorvido pelo homicídio ou lesão corporal. Mas, se o abuso de autoridade caracterizar tortura, prevalece o entendimento de que ele ficará absorvido pelo o crime de tortura Atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício da profissão Art. 5º XIII, CF/88 é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; Trata-se de norma penal em branco o direito ou garantia profissional deve estar previsto em outra lei. Ex.: violar os direitos do advogado (com intuito de abusar) são garantidos pelo o art. 7º do EOAB. 11. ARTIGO 4º DA LEI 4.898/65 Art. 4º Constitui também abuso de autoridade: 23

24 a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder; b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei; c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa; d) deixar o juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada; e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei; f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie, quer quanto ao seu valor; g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa; h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal; i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. a) Ordenar ou executar medidas privativas de liberdade sem as formalidades legais ou com abuso de poder. Esta alínea a revogou tacitamente o art. 350, caput, do CP (apenas o caput; o resto do artigo continua em vigor, como já aqui visto). Ex.1: sem as formalidades legais manter alguém preso sem lavrar o auto de prisão em flagrante. Ex.2: com abuso de poder cumprir mandado de prisão algemando desnecessariamente Súmula vinculante nº 11 Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. Obs.: Muitas das condutas previstas na Lei de abuso de autoridade, quando praticadas contra criança e adolescente, caracterizam crime previsto no ECA. Assim, se a vítima for criança ou adolescente, apreendida ilegalmente, caracteriza o art. 230 do ECA. 24

25 Polícia Federal - Escrivão e Agente de Polícia Legislação Especial Prof. Rodolfo Souza Art Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente: Pena detenção de seis meses a dois anos. Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades legais. b) Submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei. O autor deste crime só pode ser a autoridade que tenha a guarda ou a custódia da vítima. Vítima pode ser qualquer pessoa, e não apenas o preso. Fala-se de guarda e custódia de maneira genérica, ex.: pessoa que esteja cumprindo medida de segurança, pessoa que foi à Delegacia prestar testemunho e lá está sob custódia da autoridade policial etc. Submeter a pessoa a vexame ou constrangimento não autorizado em lei: Ex.: impedir o preso, sem justa causa, de receber visitas; expor o preso na mídia sem o seu consentimento. Se o vexame ou o constrangimento for legal, não haverá crime. Ex.: suspender direito de visita do preso por justo motivo. Obs.: Se esta conduta for praticada contra criança ou adolescente, o crime será o do art. 232 do ECA. Art Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento: Pena detenção de seis meses a dois anos. c) Deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa. A CF diz que a prisão precisa ser comunicada aos familiares ou pessoa de interesse do preso, imediatamente. Art. 5º, LXII, da CF a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; O crime de abuso de autoridade só existe se a prisão não for comunicada ao juiz. Deixar de comunicar a família do preso ou a pessoa por ele indicada não é crime de abuso de autoridade. Obs.2: Se a vítima for criança ou adolescente, o crime será o art. 231 do ECA. Art Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada: Pena detenção de seis meses a dois anos. 25

26 d) Deixar o juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada. O Delegado comunica o juiz quanto à prisão ilegal e este a mantém, deixando de relaxá-la caracteriza o crime em estudo. A palavra juiz entende-se: juiz, desembargador, Ministro de Tribunal Superior, ou seja, qualquer magistrado. Se a vítima for criança ou adolescente, o crime será o do art. 234 do ECA. Art Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão: Pena detenção de seis meses a dois anos. e) Prender ou deter quem quer se que proponha a prestar fiança permitida em lei. f) Cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor. g) Ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal. Deve lesar a honra ou patrimônio de pessoa física ou jurídica de forma ilegal. Se a lesão à pessoa for de forma legal, não haverá crime (interdição do estabelecimento comercial pela vigilância sanitária pois não cumpriu as regras básicas de saúde). h) Prolongar a execução de prisão temporária ou de pena ou medida de segurança: A Lei 7960/89 de Prisão temporária traz prazo de 5 dias prorrogável por mais 5 dias nos crimes comuns e de 30 dias prorrogável por mais 30 dias nos crimes hediondos e equiparados. Decorrido o prazo da prisão, a lei estipula que a autoridade policial deve soltar o preso, independentemente de alvará de soltura. Tal prolongamento pode decorrer por deixar de expedir ordem de soltura ou por deixar de cumprir ordem de soltura. 26

27 Polícia Federal - Escrivão e Agente de Polícia Legislação Especial Prof. Rodolfo Souza LEI DE TORTURA LEI 9.455/97 1. HISTÓRICO (TORTURA) Antes da 2ª guerra não havia preocupação específica sobre a tortura. As legislações mundiais, em princípio, ignoravam o tema. Após a 2ª guerra começou um movimento de repúdio à tortura. Inúmeros tratados foram aprovados, alguns foram ratificados pelo Brasil, garantindo o cidadão contra a tortura. Somente com a CF de 1988, no art. 5º, III, é que o Brasil garante expressamente o cidadão contra a tortura. É uma das únicas garantias absolutas (nem o direito à vida é absoluto). Art. 5º, CF/88 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: III ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante. Antes, a tortura era punida como lesão corporal, homicídio; não havia um tipo penal específico punindo a tortura. Com a Lei 8069/90 ECA, adveio a figura da punição da tortura à criança e ao adolescente art Em 1997 adveio a Lei 9.455, tratando especificamente do crime de tortura, revogando o art. 233 do ECA. Agora a tortura é punida contra qualquer pessoa, seja criança, adolescente, maior de idade etc. 2. CRIME PRÓPRIO OU COMUM? Os tratados internacionais, quando falam da tortura, tratam-na como crime próprio. O Brasil, quando resolveu disciplinar a tortura, disse ser crime comum. Poderia o legislador infraconstitucional brasileiro dizer ser crime comum? Quando lei infraconstitucional conflitar com tratado internacional, deve-se aplicar o princípio do pro homine prevalece o dispositivo que mais garanta direitos individuais (direitos humanos). No nosso caso, a nossa lei de tortura garante mais direitos do que os tratados internacionais ratificados por nosso país. 3. PRESCRIÇÃO DA TORTURA Casos de imprescritibilidade: I racismo e, II ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. Como o legislador silenciou-se em relação a tortura, logo ela prescreve. 27

28 Art. 5º, XLII, CF/88 a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. Art. 5º XLIV, CF/88 constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. 1ª Corrente: considerando que a CF/88 rotulou a tortura como um delito prescritível; considerando que os tratados internacionais qualificam a tortura como um delito imprescritível, considerando que os tratados são infraconstitucionais, pois não ratificados com quórum de emenda. Conclusão: a tortura prescreve posição do STF (declaração de constitucionalidade da lei de anistia). O Ministro Gilmar Mendes (STF) diz que tal garantia faz com que surja a eternização do direito de punir do Estado. Os direitos humanos limitam o direito de punir do Estado assim, a CF e a lei ordinária devem prevalecer sobre os tratados. 2ª Corrente: considerando que no conflito entre a CF/88 e os tratados internacionais de direitos humanos deve prevalecer a norma que melhor atende garantias fundamentais do cidadão (o princípio do pro homine). Conclusão: a tortura é imprescritível. Posição da Corte Interamericana de direitos Humanos. 4. ESTUDO DO ARTIGO 1º, I, LEI 9.455/97 Art. 1º Constitui crime de tortura: I Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em razão de discriminação racial ou religiosa; Pena reclusão, de dois a oito anos. 4.1 Objeto Jurídico Integridade corporal e a saúde física e psicológica da pessoa. 4.2 Sujeito Ativo Qualquer pessoa. Trata-se de crime comum. 28

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