RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

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1 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA Nome da tecnologia: Clones de Cajueiro Anão Precoce CCP 76 Ano de avaliação da tecnologia: 2012 Unidade: Embrapa Agroindústria Tropical Equipe de Avaliação: Adriano L. A. Mattos João Bosco Cavalcante Araújo Maria Cléa Brito de Figueirêdo Fortaleza, 25 de fevereiro de

2 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA 1.- IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA 1.1. Nome/Título Clones de Cajueiro Anão Precoce CCP Objetivo Estratégico PDE/PDU Indique em qual objetivo estratégico da Embrapa (PDE/PDU) se enquadra a tecnologia avaliada: Objetivo Estratégico PDE/PDU X Competitividade e Sustentabilidade do Agronegócio Inclusão da Agricultura Familiar Segurança Alimentar Nutrição e Saúde Sustentabilidade dos Biomas Avanço do Conhecimento Não se aplica 1.3. Descrição Sucinta O cajueiro (Anacardium occidentale L.) é uma planta tropical, originária do Brasil, dispersa em quase todo o território. A Região Nordeste, com uma área plantada superior a 650 mil hectares, responde por mais de 95% da produção nacional, sendo os Estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia os principais produtores. A importância social do caju no Brasil traduz-se pelo número de empregos diretos que gera, sendo 35 mil no campo e 15 mil na indústria, além de 250 mil empregos indiretos nos dois segmentos. Para o Semiárido nordestino a importância é ainda maior, porque os empregos do campo são gerados na entressafra das culturas tradicionais como milho, feijão e algodão, reduzindo, assim, o êxodo rural. Apesar da sua importância socioeconômica a cajucultura tem se caracterizado pela baixa lucratividade para o setor produtivo, em razão da baixa produtividade (240 kg/ha de castanhas), resultante da formação dos pomares por sementes (Barros et al, 1996) e do baixo nível tecnológico utilizado na sua condução, estando esta no limiar do extrativismo. A principal estratégia adotada pelos órgãos governamentais de assistência técnica e extensão rural para a recuperação dessa importante atividade no campo vem sendo a introdução de clones de cajueiros obtidos em programas de melhoramento, os quais permitem não só aumento da produtividade como também a melhoria da qualidade da castanha e o aproveitamento do pedúnculo, pelo cultivo dentro das modernas técnicas de produção (Araújo,1990; Parente et al., 1991). O trabalho inicial de melhoramento do cajueiro anão precoce no Brasil constou de uma seleção fenotípica individual, seguido pelo controle anual da produção nas plantas selecionadas. Este trabalho teve início em 1965 na Estação Experimental de 2

3 Pacajus. Esta metodologia, embora simples e de ganhos genéticos esperados reduzidos, permitiu o lançamento comercial dos clones CCP 06 e CCP 76, em 1983, e CCP 09 e CCP 1001, em 1987, que são ainda os principais clones comerciais disponíveis (Barros et al, 1984b; Almeida et al, 1992). O Clone CCP 76 foi selecionado em 1979 a partir da matriz CP 76, avaliada durante 15 anos em Pacajus-CE. A maior produção registrada pela CP 76 foi de 22 kg nas mesmas condições da CP 06. O porta-enxerto tanto pode ser da espécie A. microcarpum DUCKE, como, preferencialmente, o próprio cajueiro anão precoce. A seleção foi feita em solo arenoso de baixa fertilidade, sem correção ou fertilização nem controle de pragas. O clone possui porte baixo, altura média de 3,0m diâmetro da copa de 6,5m. Os principais indicadores agroindustriais são: peso da castanha 8,60 g, amêndoa despeliculada 1,80 g com umidade natural, relação amêndoa/casca 20,1% e percentagem de amêndoas quebradas no corte de 4,1%. A produtividade depende do nível de tecnologia adotado, variando de 400 a 800 kg/ha de castanhas em cultivo de sequeiro, em espaçamento de 7 x 7 m. Em cultivo irrigado pode produzir 2000 kg/ha. O pedúnculo é de cor vermelho-laranja, tem peso médio de 135 g e teor de sólidos solúveis total de até 12,5 Brix e acidez titulável de 0,20 a 0,30, com relação em torno de 46, o que o torna muito saboroso para os apreciadores de caju, razão pela qual este clone é mais cultivado no país, com os cultivos todos voltados para o mercado de fruta fresca, embora também a castanha seja favorável para o mercado da amêndoa. Este clone é o que apresenta a maior capacidade de adaptação a diferentes ambientes, ocupando a maior amplitude de agroecossistemas do país 1.4. Ano de Lançamento: Ano de Início de adoção: Abrangência Selecione os Estados onde a tecnologia selecionada está sendo adotada: Nordeste Norte Centro Oeste Sudeste Sul AL AC DF ES PR BA x AM GO MG x RS CE X AP MS RJ SC MA x PA x MT x SP x PB RO PE x RR PI X TO x RN x SE 1.7. Beneficiários São considerados beneficiários desta tecnologia fruticultores das regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, com solos de profundidade superior a 150cm, textura média ou arenosa e bem drenados. É recomendado o plantio em áreas com pluviosidade superior a 600 mm/ano. 3

4 2.- IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA Os aspectos diferenciais do clone CCP 76 em relação ao cajueiro comum são: porte da planta, produtividade, maior teor de sólidos solúveis no pedúnculo, menor acidez, castanhas de tamanho médio e a maior uniformidade na expressão destas características em seus produtos. Cada uma destas características impacta de diferentes formas as diferentes cadeias. As principais cadeias produtivas ligadas ao caju são a da amêndoa da castanha de caju (ACC) e a do suco, em seguida podemos ressaltar as cadeias do fruto in natura, doces e cajuína, conforme a Figura 1. Com relação a cadeia da ACC a castanha do CCP 76 tem rendimento superior à média das castanhas de cajueiro comum. Um dos entrevistados, que possui uma minifábrica de processamento de castanha, atribuiu uma melhoria de cerca de 20% (18% contra 22%) no rendimento de amêndoas em favor do CCP 76. Outro impacto positivo para a cadeia da ACC seria o do aumento da produtividade, pois a indústria de processamento da castanha de caju no Estado do Ceará tem historicamente trabalhado com grande capacidade ociosa, de 30 a 50% (USAID, 2006). No entanto, o impacto dos pomares de CCP 76 na produção total de castanha de caju ainda é pequeno, pois apenas 20% da área colhida é cultivada com cajueiro anão e destes, o CCP 76 representa a maior área, mas pelo menos 30% ao cultivados com outros clones. Observando o comportamento da produção ao longo dos últimos vinte anos percebe-se uma pequena tendência de aumento, ainda muito afetada pela suscetibilidade dos cultivos de sequeiro às secas. A produção de pedúnculo para a indústria de sucos está fortemente calcada no cultivo dos clones de cajueiro anão precoce, por conseguinte no CCP 76, pois o porte reduzido da copa possibilita a colheita dos frutos antes de sua queda (o contato do pedúnculo com o solo é indesejado). Segundo levantamento feito em 111 fornecedores de pedúnculo para indústrias de sucos do Estado do Ceará, no ano de 2008, 78% dos pomares eram formados por cajueiro anão precoce, e 33 dos produtores informaram utilizar o CCP 76 total ou parcialmente. A possibilidade da colheita do fruto no pé reduz em grande parte a contaminação biológica e a quantidade de areia que entra na linha de produção junto aos pedúnculos e que para ser retirada exige alto investimento em equipamentos de filtragem. A melhor qualidade de pedúnculo para o consumo se reflete também no suco concentrado. A comercialização do fruto in natura do caju, praticamente inexistia antes do cultivo do CCP 76, pois a falta de padrão dos frutos do cajueiro comum impossibilitava o desenvolvimento deste mercado. Segundo o levantamento junto aos fornecedores da indústria de suco (já citado), 90% dos fornecedores de pedúnculo para mesa possuem CCP 76 em seus pomares, sendo que em 50% é o único clone. 4

5 Produtores de insumos Cajucultores Intermediários Pedúnculo CONAB Corretores de CC Fábricas de Cajuína Fábricas de Doces Indústria Sucos Minifábricas Indústria ACC Empresas produtoras de alimentos Corretores de ACC Distribuidores Países importadores Consumidor Final Figura 1 Fluxograma simplificado das cadeias que envolvem a castanha e o pedúnculo do caju. 5

6 3.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS 3.1- Avaliação dos Impactos Econômicos Se aplica: sim ( X ) não ( ) Avaliando os dados coletados foram identificados dois tipos de impactos da adoção do CCP 76, agregação de valor e incremento de produtividade, os quais se aplicam tanto para a castanha de caju quanto para o pedúnculo Tipo de Impacto: Agregação de Valor Tabela Ad.1 - Ganhos Unitários de Renda por Agregação de Valor da Castanha de Caju Tabela Bd.1 - Benefícios Econômicos no Estado do Ceará Castanha de Caju Ano Participação da Embrapa - % (D) Ganho Líquido Embrapa - R$/UM E=(CxD)/100 Unidade de Medida - UM Área de Adoção/UM (F) Benefício Econômico - R$ G=(ExF) % 22,30 T , , % 25,39 T , , % 30,00 T , ,07 A castanha proveniente dos clones de cajueiro anão precoce recebe um ágil de aproximadamente 10% devido ao seu tamanho e rendimento industrial superior à média das castanhas de cajueiro comum (não melhorado/selecionado). Paula Pessoa et al. (2003) identificou uma rentabilidade pós processamento, 10% superior em castanhas de tamanho médio quando comparadas com castanhas de tamanho grande e mais de 40% superior quando comparadas com castanhas pequenas. O CCP 76 apresenta uma castanha de tamanho médio e também se enquadra desta diferença de rendimento industrial, o que ocasiona sua diferença de preço. Tabela Ad.2 - Ganhos Unitários de Renda por Agregação de Valor do pedúnculo de Caju Ano Renda com Produto Renda com Produto Renda Adicional Unidade de sem Agregação - com Agregação - Obtida R$ C=(B- Medida - UM R$/UM (A) R$/UM (B) A) 2010 R$/T 1.115, ,50 111, R$/T 1.269, ,48 126, R$/T 1.500, ,00 150,00 Ano Renda com Produto Renda com Produto Renda Adicional Unidade de sem Agregação - com Agregação - Obtida R$ C=(B- Medida - UM R$/UM (A) R$/UM (B) A) 2010 R$/T 300,00 340,00 40, R$/T 342,00 386,00 44, R$/T 404,00 456,00 52,00 Tabela Bd.2 - Benefícios Econômicos no Estado do Ceará Pedúnculo de Caju Ano Participação da Embrapa - % (D) Ganho Líquido Embrapa - R$/UM E=(CxD)/100 Unidade de Medida - UM Área de Adoção/UM (F) Benefício Econômico - R$ G=(ExF) % 12,00 T , , % 13,20 T , , % 15,60 T , ,46

7 O pedúnculo do CCP 76 é considerado o padrão para o aproveitamento, tanto na indústria como no consumo in natura, por seus teores de sólidos solúveis, em média 12,5 Brix e acidez titulável de 0,20 a 0,30, com relação em torno de 46, o que o torna muito saboroso para os apreciadores de caju. A coloração avermelhada é outro atributo importante que contribui para o consumo de mesa. Esses fatores em conjunto levam o preço do pedúnculo de CCP 76 a alcançar preços 13% mais altos no mercado Tipo de Impacto: Incremento de Produtividade Tabela Aa.1 - Ganhos Líquidos Unitários de Renda por Incremento de Produtividade da Castanha de Caju Ano Unidade de Medida - UM Rendimento Anterior/UM (A) Rendimento Atual/UM (B) Preço Unitário R$/UM (C) Custo Adicional R$/UM (D) Ganho Unitário R$/UM E=[(B-A)xC]-D 2010 kg ,23 169,00 247, kg ,40 254,10 220, kg ,65 296,45 262,90 Tabela Ba.1 - Benefícios Econômicos no Estado do Ceará Castanha de Caju Ano Participação da Embrapa % (F) Ganho Líquido Embrapa R$/UM G=(ExF) Área de Adoção: Unidade de Medida-UM Área de Adoção: QuantxUM (H) Benefício Econômico I=(GxH) % 49,594 ha , , % 44, , , % 52, , ,06 A produtividade dos pomares formados com CCP 76 foi no ano do levantamento de 687 kg/ha, contra uma produtividade de 348 kg/ha para o cajueiro comum. Ao contrário do senso comum de que o CCP 76 seria uma planta mais adaptada a sistemas de produção de maior nível tecnológico, os dados resgatam a origem do clone que, conforme descrito anteriormente, foi selecionado em um solo arenoso de baixa fertilidade, sem correção ou fertilização nem controle de pragas. Assim sendo no nível tecnológico da maioria dos cajucultores o CCP 76 é mais eficiente que o cajueiro comum. Sendo maiores, na estabilização, apenas os custos com a colheita de mais 339 kg/ha de castanhas. Como em média cada dia/homem empregado na colheita de caju representa a colheita de 40kg de castanhas, o custo adicional é de 8,47 d/h. Custo esse que anualmente tem sido acrescido com os ganhos do salário mínimo e com a queda da disponibilidade de mão de obra no campo chegando em 2012 ao valor médio de R$ 35,00. Tabela Aa.2 - Ganhos Unitários de Renda por Incremento da produtividade do pedúnculo de Caju Ano Rendimento Preço Custo Ganho Unitário Unidade de Rendimento Anterior/UM Unitário Adicional R$/UM Medida - UM Atual/UM (B) (A) R$/UM (C) R$/UM (D) E=[(B-A)xC]-D 2010 kg , ,39 400,2 535, ,46 466,9 637,1 7

8 Ano Participação da Embrapa % (F) Ganho Líquido Embrapa R$/UM G=(ExF) Área de Adoção: Unidade de Medida-UM Área de Adoção: QuantxUM (H) Benefício Econômico I=(GxH) % 109,8 ha , , % 107, , , % 127, , ,54 Tabela Ba.2 - Benefícios Econômicos no Estado do Ceará Pedúnculo de Caju Com relação a produtividade do pedúnculo considerou-se como rendimento do pomar apenas a quantidade de pedúnculo efetivamente aproveitada, pois os índices de perdas relacionados ao aproveitamento do pedúnculo são historicamente muito altos. O CCP 76 apresenta, segundo o levantamento de campo de 2008, uma média de kg/ha de pedúnculo (observe-se que a perda ainda é grande pois a produção total derivada da produção de castanha é de kg/ha). Já o cajueiro comum apresenta uma média de 600 kg/ha (uma perda de 80%). Percebe-se não só o efeito do aumento da produtividade, mas também o aumento do aproveitamento do pedúnculo, que se dá pela qualidade do mesmo e pelo porte da planta, que possibilita uma colheita do pedúnculo na planta, antes da queda do fruto. O custo adicional de MDO para a colheita do pedúnculo é de R$ 466,90, que representa a colheita de mais 2.400kg de pedúnculo, com um rendimento de 180kg/d.h, serão necessários mais 13,34 d/h. Com relação à área ocupada com CCP 76, dos 163 produtores entrevistados 46 cultivavam o clone, totalizando uma área estimada em 684 ha, o que representa 54% da área total cultivada com cajueiro anão precoce. Pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) realizado pelo Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias do Ceará GCEA-CE (IBGE, 2012), o total da área colhida com cajueiro anão precoce foi de ha. Dessa forma têm-se que a área aproximada colhida de cajueiro anão precoce no Estado do Ceará foi de ha, no ano de Em 2010 segundo dados do IBGE o plantio de novas áreas de cajueiro anão precoce foi de 2.951ha. Considerando o início da produção da lavoura no segundo ano, estima-se que a área cultivada com CCP 76 seja atualmente de ha. 8

9 3.3. Fonte de dados Foram utilizados dados provenientes de duas aplicações de questionários, a primeira feita em 2008 entre 163 produtores de caju do litoral leste do Estado do Ceará, onde foram levantados dados acerca do sistema de produção, destino da produção e preços praticados no mercado. O segundo dentro do sistema Ambitec abrangeu seis famílias e buscou diferenças na prática de preços e atualização dos custos com mão de obra. Também foram utilizados dados de literatura. Tabela Número de consultas realizadas por município Produtor Produtor Patronal Municípios Estado Familiar Total Pequeno Pequenos Grande Cooperativa Aracati CE Icapuí CE Fortim CE 2 02 Beberibe CE Cascavel CE Ocara CE Aracoiaba CE Barreira CE Chorozinho CE Pacajus CE Horizonte CE 5 05 Total

10 4.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS Avaliação dos Impactos a adoção da tecnologia CCP 76 A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC-Social ( X ) sim ( ) não Tabela - Impactos sociais aspecto emprego Indicadores Tipo 1(*) Geral Capacitação 7,5 7,5 Oportunidade de emprego local qualificado 0,075 0,075 Oferta de emprego e condição do 0,6 0,6 trabalhador Qualidade do emprego 4,5 4,5 * Tipo 1 - Produtor familiar O indicador Capacitação com 5,3 é considerado significativo em virtude dos agricultores familiares ao iniciarem o plantio das mudas, receberem treinamento da Embrapa Agroindústria Tropical, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Ceará EMATERCE e dos Agentes Rurais das Prefeituras locais, sobre o sistema de produção do cajueiro. Esses treinamentos possibilitam aos agricultores familiares uma melhor condução dos seus pomares, obtendo assim uma maior produção agrícola. O indicador Oportunidade de emprego local qualificado, média 0,075 pode ser considerado relativo, pois a mão-de-obra empregada nas unidades familiares para condução dos pomares é toda familiar. O indicador Oferta de emprego e condição do trabalhador com média 0,6, é considerada relevante, visto que no período da colheita é contratada mão-de-obra temporária para a colheita do caju, sendo o trabalho da unidade familiar dividido em 3 etapas: Coleta da fruto, descastanhamento (separação do pseudofruto(caju) da castanha) e em seguida feita a secagem e armazenamento da castanha e a venda do pseudofruto para as indústrias de beneficiamento de suco da região e, seleção e embalagem do fruto (castanha e pseudofruto) para a venda em outros estados. O indicador qualidade do emprego, média 4,5 é considerado relevante em relação a variável Jornada de trabalho >44 h, pois os agricultores familiares dedicam de 06 a 08 horas diárias de trabalho na propriedade, entre os tratos culturais do cajueiro e outros atividades, como a lida com animais (bovinos, suínos, caprinos, ovinos e aves), a condução de outros pomares de fruteiras, plantio de roça (mandioca) Tabela - Impactos sociais aspecto renda Indicadores Tipo 1 (*) Geral Geração de Renda do estabelecimento 11,25 11,25 Diversidade de fonte de renda 0 0 Valor da propriedade 3 3 * Tipo 1 - Produtor familiar. 10

11 O indicador Geração de Renda do estabelecimento media 11,15, é considerado elevado na variável montante, devido a diversificação das vendas realizadas seja para as pequenas e médias industrias de beneficiamento de castanha de caju, para industrias produtoras de suco da região e para a venda de caju de mesa. O indicador Diversidade de fonte de renda media 0, deu-se em virtude das unidades familiares não terem outro tipo de atividade comercial. O indicador Valor da propriedade média 3, foi elevado levando em consideração a variável Preço de produtos e serviços, visto que a floração e frutificação do cajueiro ocorre nos meses de agosto e setembro, nesse período as chuvas foram mal distribuídas ocorrendo também um incidência de ventos muitos fortes, prejudicando assim, a safra anual. Dessa forma, a produção de caju sofreu uma queda elevada, principalmente nos cajueiros gigantes que foram plantados ainda na década de 70, isso levou há um aumento considerável no preço da castanha e do pedúnculo. Mesmo com a produção em baixa, o cajueiro anão precoce CCP-76 teve sua produção elevada, chegando o preço da castanha a R$ 2,30 (Dois reais e trinta centavos) o quilo e o preço do pedúnculo a R$ 6,00 (Seis reais) a caixa com 20 kg. Esses valores aumentaram significativamente a renda do agricultor família Tabela - Impactos sociais aspecto saúde Indicadores Tipo 1 (*) Geral Saúde ambiental e pessoal 0 0 Segurança e saúde ocupacional 0 0 Segurança alimentar 5 5 *Tipo 1 - Produtor familiar O indicador Saúde ambiental e pessoal média 0 é considerado satisfatório, tendo em vista que na variável Emissão de poluentes atmosféricos, não foi detectado nenhum tipo de poluição do solo, água e ar, haja vista que a adubação do cajueiro é orgânica, também não há queima dos restos das podas, pois esse material é incorporado ao solo com cobertura morta. O indicador Segurança e saúde ocupacional média 0, também é considero satisfatório, visto que os entrevistados afirmaram que as variáveis: Periculosidade e Calor e Frio, não se aplicarem a adoção da tecnologia. O indicador Segurança alimentar, média 5 foi considerado significativo na variável Quantidade de alimento visto que no ano de 2010 por conta das adversidades climáticas do ano de 2009 a produção do cajueiro CCP 76 foi muito superior ao cajueiro gigante, elevando assim o preço final do produto Tabela - Impactos sociais aspecto gestão e administração Indicadores Tipo 1 (*) Geral Dedicação e perfil do responsável 0 0 Condição de comercialização 0,45 0,45 Reciclagem de resíduos 3,0 3,0 Relacionamento institucional 4,75 4,75 *Tipo 1 - Produtor familiar 11

12 O Indicador Dedicação e perfil do responsável média 0, é considerado relativo nas variáveis: Capacitação dirigida a atividade, em virtude dos treinamentos realizados por todos os produtores familiares. Engajamento familiar, na qual gestão do negócio é feita pela família. No entanto, a variável Uso de sistema contábil e Modelo formal de planejamento, é o grande gargalo na gestão financeira na unidade familiar, não há um planejamento prévio, nem tão pouco uma escrita das despesas e receitas. O indicador Condição de comercialização média 0,45 foi considerado positivo, na variável venda direta/antecipada/cooperada. Para todos os produtores a comercialização da castanha de caju foi realizada como venda direta, para àqueles que não tinham vínculo com cooperativas o valor chegou a R% 2,00 (dois reais) o quilo, enquanto para os que mantinham vínculos com a cooperativa o valor chegou a R$ 2,60 (dois reais e sessenta centados), ou seja 30% a mais que os não cooperados. Já a venda do pedúnculo (caju) foi realizados por todos a R$ 6,00 (Seis reais) a caixa com 20 kg. O indicador Reciclagem de Resíduos, média 3,0 foi considerado positivo na variável Reaproveitamento, em virtude tanto do resto da produção como do material oriundo da poda de condução, ser depositado no próprio solo, servindo tanto de cobertura morta com de adubação orgânica. O indicador Relacionamento institucional com média 4,75, foi positivo nas variáveis: Utilização de assistência técnica, oriunda da Embrapa Agroindústria Tropical, EMATERCE e Agentes rurais. Associativismo/Cooperativismo, os produtores participam tanto de associações como de cooperativas. Filiação tecnologia nominal, Os produtores mencionam a importância da tecnologia desenvolvida pela Embrapa, a qual possibilita ao agricultor familiar uma maior produção, gerando assim emprego e renda Impactos sobre a qualidade de vida A qualidade de vida é um método para medir as condições da vida do ser humano, envolver entre outras coisas os relacionamentos sociais, educação, saúde e poder de compra. No intuito de confirmar ganhos sociais aos agricultores familiares, buscou-se também, saber quais foram as melhorias na qualidade de vida dos adotantes. Sendo constatado que houve ganhos em relação a habitação com reforma e ampliação das residências, havendo também uma melhora substancial na variável diversidade na alimentação. Em relação a variável acesso a bens de consumo, constatou-se que as receitas oriundas com a adoção da tecnologia possibilitou a compra de eletrodomésticos, implementos e insumos agrícolas. O uso da tecnologia também contribuiu para o aumento das relações sociais, em virtude dos agricultores terem aumentado suas redes de relações sociais com outras pessoas e Instituições públicas e privadas. Contribui também na questão de gênero, visto que com uma maior produção do CCP 76 as mulheres tiveram acesso ao trabalho produtivo na unidade familiar, trabalhando diretamente na colheita do caju. 12

13 4.2. Fonte de dados A fonte de dados da pesquisa foi oriunda da aplicação de questionário e entrevistas junto a agricultores familiares adotantes da tecnologia Clone de Cajueiro de Pacajus 76 (CCP-76) dos municípios de Pacajus, Ocara e Barreira no estado do Ceará. Tabela Número de consultas realizadas por município Produtor Municípios Estado Familiar Total Pequeno Pacajus CE 6 6 Ocara CE 2 2 Barreira CE 2 2 Total Análise dos Resultados Indicadores de impacto ambiental Peso do indicador Coeficientes de impacto Capacitação 0,1 7,5 Oportunidade de emprego local 0,1 0,075 qualificado Oferta de emprego e condição 0,05 0,6 do trabalhador Qualidade do emprego 0,1 4,5 Geração de renda 0,05 11,25 Diversidade de fontes de renda 0,05 0 Valor da propriedade 0,05 3 Saúde ambiental e pessoal 0,05 0 Segurança e saúde ocupacional 0,05 0 Segurança alimentar 0,05 5 Dedicação e perfil responsável 0,1 0 Condição de comercialização 0,1 0,45 Reciclagem de resíduos 0,1 3 Relacionamento institucional 0,05 4,75 Averiguação da ponderação 1 Índice de impacto social da tecnologia 2,78 13

14 5.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS Avaliação dos impactos ambientais A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC ( X ) sim ( ) não. A avaliação dos impactos ambientais da tecnologia selecionada foi realizada com base no método denominado "Sistema de Avaliação de Impacto Ambiental da Inovação Tecnológica Agropecuária (AMBITEC-Agro)", que se baseia num conjunto de indicadores e componentes envolvendo seis aspectos de caracterização do impacto ambiental: alcance da tecnologia (abrangência e influência), eficiência tecnológica, conservação ambiental e recuperação ambiental. Nesse método, a tecnologia em estudo é comparada com outra anteriormente utilizada em cada local estudado, sendo cada indicador pontuado de acordo com entrevista realizada junto aos usuários da tecnologia Tecnologia em estudo A tecnologia em estudo é o clone CCP 76 de cajueiro. Esse clone foi lançado em 1983, como parte do Programa de Melhoramento da Embrapa Agroindústria Tropical (PAIVA, BARROS, 2004) (Figura 1). O CCP 76 é cultivado em sequeiro ou irrigado, com sua produção de castanha e de pedúnculo comercializada no mercado de mesa e de amêndoa. Apresenta características típicas do cajueiro anão precoce, com plantas de porte baixo. A Tabela 1 apresenta as principais características desse clone. Tabela Características do CCP 76 Altura média da planta 2,7 m Diâmetro médio da copa 5 m Peso da castanha 8,6 g Peso da amêndoa 1,8 g Peso médio do pendúnculo 135 g Coloração do pedúnculo laranja Fonte: Paiva (2011) 5.2 Tecnologia anteriormente utilizada na maioria das propriedades A tecnologia anteriormente utilizada na maioria das propriedades agrícolas objeto dessa avaliação era o cajueiro comum (Figura 2). Esse cajueiro é mais alto e possui maior diâmetro de copa que o cajueiro anão precoce. A colheita do caju de árvores muito altas é impraticável ou tem muito pouco aproveitamento, pois a maior parte dos cajus cai de alturas elevadas e fica danificada. Assim, aproveita-se principalmente a castanha, uma vez que ao cair, o pedúnculo é danificado. A tabela 2 apresenta as características de clones de cajueiro comum, de acordo com Paiva et al (2005). O cajueiro comum vem sendo substituído em todo o Nordeste por variedades de cajueiro anão, como o CCP 76, devido a redução da produtividade das áreas, que em 1993 chegou a 68 kg/ha de castanha (OLIVEIRA et al, 1998), e a maior possibilidade de comercialização do pedúnculo que pode ser aproveitado na 14

15 produção de cajuína, sucos, doces e outros produtos que ampliam a renda do produtor. Tabela Características de clones de cajueiro comum Altura média da planta com 6 anos* 4,3 m, Diâmetro médio da copa com 6 anos** 7,25 m, Peso da castanha com 4 anos 14,43 g Peso da amêndoa com 4 anos 3,48 g Coloração do pedúnculo vermelha * Existe registro de plantas de cajueiro comum com altura variando de 8 a 15m ** Existe registro de diâmetro de copa de cajueiro comum atingindo 20m. Fonte: Paiva et al (2005) 5.3 Escopo da avaliação A análise comparativa de impacto entre o clone CCP76 e o cajueiro comum não foi baseada apenas em entrevistas com os proprietários usuários do clone, devido os proprietários terem instalado seus pomares de CCP 76 a no mínimo 3 anos atrás e, em sua maioria, desconhecerem como era o sistema de cultivo empregado com o cajueiro comum. Nesse sentido, o conhecimento sobre as características do sistema de cultivo empregado para o cajueiro comum se baseou em pesquisa realizada junto a outros produtores que possuem esse tipo de cajueiro. A avaliação compara o uso de insumos e geração de emissões em um ano de cultivo do cajueiro, em pomares implantados a pelo menos três anos. As etapas analisadas dizem respeito aos tratos culturais e colheita do fruto realizada anualmente. Não fazem parte dessa avaliação as etapas de limpeza da área e plantio de mudas Alcance da Tecnologia Segundo o Manual de Avaliação de Impacto Ambiental da Inovação Tecnológica Agropecuária, a abrangência da tecnologia é definida como a área total cultivada com o produto ou dedicada à atividade, enquanto a influência é definida como a percentagem desta área a qual a tecnologia se aplica. No presente caso, a abrangência da área cultivada com cajueiro, Segundo IBGE (2008), a cajucultura é uma atividade que tem uma área de abrangência em torno de ha, sendo ha, localizados na Região Nordeste do Brasil. Estima-se que dessa área, ,26 ha é ocupada com o clone CCP Eficiência Tecnológica Segundo o Manual de Avaliação de Impacto Ambiental da Inovação Tecnológica Agropecuária, o aspecto eficiência tecnológica refere-se à contribuição da tecnologia para a sustentabilidade da atividade agropecuária a montante do processo produtivo, representado pela redução da dependência do uso de insumos, sejam estes tecnológicos ou naturais (Rodrigues et al, 2003). Na comparação entre tecnologias, observou-se o uso de insumos da forma descrita a seguir: - Uso de fertilizantes: dos sete produtores usuários do CCP 76 entrevistados, nenhum aplicava fertilizantes para o cultivo do caju. Em propriedades que 15

16 realizavam o consórcio do caju com feijão, mandioca ou milho, eventualmente utilizava-se esterco de galinha entre linhas de plantio de caju, antes do plantio dos cultivos temporários e para esse fim, não sendo aplicado NPK e micronutrientes sob a copa dos cajueiros. A aplicação de calcário foi conduzida em duas fazendas de CCP 76. Como no cultivo de cajueiro comum também raramente se pratica a adubação e aplicação de calcário, considerouse que os componentes NPK e micronutrientes e calcário do indicador fertilizantes não sofreu alteração; - Uso de pesticidas: o uso de agrotóxico ocorreu em apenas uma das fazendas de CCP 76 para o controle de pragas, enquanto pragas e doenças que acometem o cajueiro comum também são raramente combatidas com agrotóxico. Dessa forma, atribuiu-se valor inalterado dos componentes referentes ao indicador pesticidas ; - Uso de combustíveis fósseis: tanto no cultivo do CCP 76 como no cultivo do cajueiro comum são realizados anualmente a limpeza da área com roçadeira seguida ou não de gradagem, quando o cultivo é consorciado com feijão ou outra cultura temporária. Como na maioria das propriedades usuárias do CCP 76 a altura da planta (máximo de 3 m) e o espaçamento entre elas (7x7m a 10x10m) é menor que a altura (máximo de 20m) e espaçamento (10x10m a 15x15m) utilizado nas propriedades com cajueiro comum, inferiu-se uma menor área sujeita a passagem do trator, com a ocorrência de pequena redução no uso de diesel; - Uso de biomassa e eletricidade: tanto o cultivo do CCP76 como do cajueiro comum não utilizam eletricidade ou biomassa como combustível; - Uso de recursos naturais: embora o clone CCP 76 possa ser cultivado em regime de sequeiro ou irrigado, nas sete propriedades pesquisadas, o cultivo ocorre somente em sequeiro, assim como acontece nas propriedades com cajueiro comum. Também não ocorre uso de água para limpeza da castanha e do pedúnculo nas fazendas. Assim, os componentes relacionados ao uso da água não sofreram alteração. Já a produtividade média encontrada nas fazendas com CCP 76 para a castanha foi de 687 kg/ha, enquanto as propriedades com cajueiro gigante apresentaram produtividade de 348 kg/ha, implicando em uma grande redução no componente solo para plantio. A Tabela 3 apresenta o resultado fornecido pelo Ambitec-Agro para os indicadores de eficiência tecnológica. Observa-se que a tecnologia contribuiu positivamente para redução no uso de recursos naturais, pela maior produtividade alcançada e menor uso do solo, assim como para redução no uso de energia, pelo menor uso de diesel. Tabela Resultado do Ambitec-Agro para Eficiência Tecnológica Indicadores Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral Uso de agroquímicos/ insumos 0 químicos e ou materiais Uso de energia 0.5 Uso de recursos naturais 6 Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial 16

17 5.6. Conservação Ambiental Segundo o Manual de Avaliação de Impacto Ambiental da Inovação Tecnológica Agropecuária, na análise do aspecto conservação ambiental deve-se atentar para os impactos da inovação tecnológica a jusante, ou seja, a contaminação do ambiente pelos resíduos gerados pela atividade produtiva agropecuária e a depauperação dos habitats naturais e a diversidade biológica devido à adoção da tecnologia (Rodrigues et al, 2003). Na comparação entre tecnologias, observou-se a conservação ambiental na forma descrita a seguir: - poluentes atmosféricos: como nas áreas com CCP 76 o uso de diesel é um pouco menor que nas áreas com cajueiro comum, inferiu-se uma pequena redução na geração de gases de efeito estufa e na geração de ruído pelas máquinas; - capacidade produtiva do solo: como nas fazendas com CCP 76 e com cajueiro gigante não foi observada a ocorrência de ravina ou voçorocas no solo, considerou-se inalterado o componente erosão. Embora na produção com CCP 76 a quantidade de matéria orgânica oriunda das folhagens seja menor que na produção com cajueiro orgânico, o número de plantas por área é maior com o uso do clone CCP 76. Assim, considerou-se inalterado o componente perda de matéria orgânica. A perda de nutrientes em áreas com CCP 76 foi considerada inalterada pela não realização de análises do solo pelos entrevistados. A compactação foi considerada inalterada já que nenhum dos produtores usuários do clone se queixou da ocorrência de área compactada; - qualidade da água: como nas áreas das fazendas usuárias de CCP 76, não existia corpo hídrico superficial, foi considerado inalterado os componentes desse indicador. - biodiversidade: as áreas visitadas e usuárias do CCP 76 eram ocupadas principalmente com cajueiros comuns, mas também com coqueiros, cultivos temporários e vegetação nativa, esse último caso ocorrendo em apenas uma das sete áreas visitadas. Dessa forma, o componente vegetação nativa ficou pontuado como de pequeno aumento. Como em algumas áreas ocorreu a retirada de cultivos permanentes, que poderiam funcionar como corredores de fauna, mas em outras, ocorreu a substituição de cultivos temporários, que pode ter contribuído para criação desses corredores, considerou-se inalterado o componente corredores de fauna. Com relação à perda de variedades caboclas, avaliou-se que ocorreu um grande aumento desse componente devido ao cajueiro comum ser uma variedade rústica, nativa e possuir grande diversidade, enquanto o clone é uma planta homogênea. A Tabela 4 apresenta o resultado da avaliação para os indicadores de conservação ambiental. Observa-se que a maior contribuição positiva se deve a menor geração de poluentes atmosféricos pelo menor uso de diesel. O impacto negativo ocorreu devido à substituição de espécies caboclas, no caso o cajueiro comum, pelo clone em estudo. 17

18 Tabela Resultado do Ambitec-Agro para Conservação Ambiental Indicadores Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral Atmosfera 0.5 Capacidade produtiva do solo 0 Água 0 Biodiversidade -1.3 *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) 5.5. Recuperação Ambiental Segundo o Manual de Avaliação de Impacto Ambiental da Inovação Tecnológica Agropecuária, o aspecto Recuperação Ambiental refere-se a efetiva contribuição da inovação tecnológica para promover a recuperação da qualidade ambiental e dos ecossistemas, por melhoria das condições ou propriedades de compartimentos ambientais ou estoque de recursos (Rodrigues et al, 2003). Como os entrevistados nas fazendas visitadas não relataram degradação do solo anterior à introdução dos clone CCP 76, ou ocorrência de recuperação de ecossistemas periféricos, de áreas de preservação permanente ou de reserva legal relacionados a essa tecnologia, considerou-se inalterado os componentes do indicador recuperação ambiental (tabela 5). Tabela Resultado do Ambitec-Agro para Recuperação Ambiental Indicadores Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral Recuperação Ambiental 0 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial 5.6. Índice de Impacto Ambiental O impacto global é ligeiramente positivo (Tabela 6), principalmente devido ao impacto positivo de aumento da produtividade por área no indicador recurso natural. Tabela Índice de Impacto Ambiental da Tecnologia Tipo 1 Tipo 2 Geral Fonte de dados Dados referentes ao CCP 76: foram aplicados sete (7) questionários específicos para o levantamento dos impactos econômicos, sociais e ambientais, em propriedades localizadas nos municípios de Pacajus, Ocara e Barreira (Tabela 7). Dados referentes ao cajueiro comum: dados coletados em pesquisa de campo realizada junto a 44 produtores de cajueiro comum localizados nos municípios de: Aracati, Aracoiaba, Barreira, Beberibe, Cascavel, Chorozinho, Fortim, Horizonte, Icapuí, Ocara e Pacajus. 18

19 Tabela 7 Produtores usuários do clone CCP 76 Produtor Produtor Patronal Municípios Estado Familiar Total Pequeno Médio Grande Comercial Pacajus CE 5 5 Ocara CE 1 1 Barreira CE 1 1 Total BIBLIOGRAFIA OLIVEIRA, F. N. S.; ROSSETI, A. G.; BUENO, D.M.; RAMOS, A. D. Manejo do cajueiro comum (Anacardium occidentale L.) em solos litorâneos. Boletim de Pesquisa 20. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1998, 17p. PAIVA, J. R.; BARROS, L. M. Clones de cajueiro: obtenção, características e perspectivas. Documento 82. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, PAIVA, J. R. Folder: Clones de cajueiro anão precoce. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical. Disponível em: < Acesso em: 29/03/2011. PAIVA, J. R.; BARROS, L. M.; CAVALCANTI, J. J. V.; LIMA, A. C.; CORREA, M. C. M.; MELO, D. S. Seleção de clones de cajueiro comum para plantio comercial na Região Nordeste. Revista Ciência Agronômica, v.36, n.3, 2005, p RODRIGUES, G. S.; CAPANHOLA, C.; KITAMURA, P. C. Avaliação de impacto ambiental da inovação tecnológica agropecuária: Ambitec-agro. Documentos 34. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2003, 95p. LIMA, SERGIANY DA SILVA, Nível tecnológico e fatores de decisão para adoção de tecnologia na produção de caju no Estado do Ceará. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Ceará, EQUIPE RESPONSÁVEL Adriano L. A. Mattos Impactos Econômicos; João Bosco Cavalcante Araújo Impactos Sociais; Maria Cléa Brito de Figueirêdo Impactos Ambientais. 19

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