PEB II Professor de Língua Portuguesa do 6º ano ao 9º ano
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- Amanda de Lacerda Marreiro
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2 PEB II Professor de Língua Portuguesa do 6º ano ao 9º ano PORTUGUÊS Leia o texto a seguir e responda às questões de 01 a 05. O padeiro Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante, me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a greve do pão dormido. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que não obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando: - Não é ninguém, é o padeiro! Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? Então você não é ninguém? Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: não é ninguém, não senhora, é o padeiro. Assim ficara sabendo que não era ninguém... Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação do jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina e muitas vezes já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou um artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; não é ninguém, é o padeiro!. E assobiava pelas escadas. (BRAGA, Rubem. O padeiro. In: Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1989) 01) Para o narrador, o padeiro: a) Era uma pessoa de grande importância, uma vez que lhe trazia o que lhe proporcionava prazer no café da manhã - o pão quente. b) Era ninguém, como diziam as outras pessoas para quem ele entregava o pão. c) Era um grande amigo, que merecia atenção de todos. d) Era explorado pelos donos de padarias, por isso, fazia greve. e) Nenhuma das alternativas anteriores. 02) Então você não é ninguém? se refere: a) A uma fala do padeiro. b) A uma fala do narrador. c) A um pensamento do narrador. d) A uma fala da empregada. e) A um pensamento do padeiro. 03) A palavra abluções poderia ser substituída, sem alteração de sentido e com as devidas adaptações, por: a) Obrigações. b) Tarefas. c) Atualizações. d) Refeições. e) Higiene pessoal. 04) Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! significa que o narrador: a) Tem saudades de seus tempos de juventude. b) Lembra-se com carinho de quando começou a trabalhar no jornal. c) Não gostava de quando era jovem. d) Conclui que, quando jovem, era um tanto ingênuo e inexperiente em relação à vida. e) Gostava de sair de madrugada de seu trabalho, pois era jovem e feliz. 05) Explicou que aprendera aquilo de ouvido. O verbo em destaque está no: a) Futuro do presente do indicativo. b) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo. c) Pretérito imperfeito do subjuntivo. d) Futuro do pretérito do indicativo. e) Imperativo. 06) Faz frio intenso na capital e chove no interior. Os verbos em destaque têm um sujeito: a) Indeterminado. b) Simples. c) Composto. d) Oculto. e) Não há sujeito. 07) Me lembro até hoje de minha mãe acendendo o fogão a lenha. A colocação do pronome em destaque: a) Está correta e de acordo com a norma culta/gramática normativa da língua portuguesa. b) Está em desacordo com a norma culta da língua, mas é aceita na fala/escrita coloquiais. c) Está incorreta, não devendo ser utilizada em nenhum tipo de situação comunicativa. d) Está incorreta, devendo ser alterada para lembro-lhe. e) Não é utilizada cotidianamente, mas sim em contextos mais formais. 08) São substantivos: a) Levanto, faço, ponho. b) Cedo, largo, ninguém. c) Chaleira, café, apartamento. d) Importante, primeiro, padeiro. e) Nenhuma das alternativas. MATEMÁTICA 09) Para aprovação, certo projeto de lei precisa de 308 votos favoráveis. Sabendo que o total de pessoas que votam é de 560, a porcentagem que os votos favoráveis representam é de: a) 55%. b) 51%. c) 48%. d) 45%. e) 43%. 10) O preço de um produto é R$ 65,00, mas com desconto ele é vendido, à vista, por R$ 52,00. Nesse
3 caso, o percentual de desconto, à vista, desse produto, é: a) 80%. b) 45%. c) 40%. d) 25%. e) 20%. 11) Um produto foi comprado em 2 parcelas, a primeira à vista e a segunda para pagamento em 30 dias. Sabendo que a segunda parcela só foi paga após 3 meses do vencimento, de maneira que sobre o saldo devedor, incidiram juros simples de 2% ao mês. Se o valor das 2 parcelas era igual a R$ 225,00, o preço pago por esse produto será: a) R$ 238,50. b) R$ 450,00. c) R$ 463,50. d) R$ 463,77. e) R$ 468,50. 12) Uma área de 120 metros quadrados corresponde, em centímetros quadrados, a: a) cm 2. b) cm 2. c) cm 2. d) cm 2. e) cm 2. 13) Dentre as alternativas, a única incorreta é: a) 35 gramas = miligramas. b) 210 decalitros = litros. c) 10 hectômetros = decímetros. d) centigramas = 2 gramas. e) 100 decâmetros = decímetros. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS, PEDAGÓGICOS E LEGISLAÇÃO 14) Como a metodologia de ensino expressa nas cartilhas concebe os caminhos pelos quais a aprendizagem acontece, poderíamos dizer, em poucas palavras, que na concepção o conhecimento está fora do sujeito e é interiorizado através dos sentidos, ativados pela ação física e perceptual. O sujeito da aprendizagem seria vazio na sua origem, sendo preenchido pelas experiências que tem com o mundo [...]. (WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem, p. 48). Assinale a alternativa que preenche a lacuna de forma correta: a) behaviorista. b) interacionista. c) sociointeracionista. d) empirista. e) conectivista. 15) As sanções por reciprocidade são aquelas que estão diretamente relacionadas com o ato infracional. Kamii, em seu livro intitulado A criança e o número, aborda quatro exemplos de sanções por reciprocidade. Essas sanções estão indicadas nas alternativas abaixo, porém uma está incorreta, assinale-a: a) Reparação. b) Apelar para a consequência direta e material do ato. c) Mandar que criança fique em pé em um canto ou fazer com que a criança escreva repetidas vezes o mau comportamento que não deve repetir. d) Privar a criança de uma coisa que ela usou mal. e) Exclusão temporária ou permanente do grupo. 16) Emília Ferreiro, em seu livro Reflexões sobre alfabetização, afirma que a construção da língua escrita se inicia muito antes do período escolar e descreve a evolução desse processo apontando três etapas fundamentais nos sucessivos estágios de leitura e escrita: 1º - Distinção entre o modo de representação icônico e não icônico, o que permite compreender a escrita como um meio alternativo de representação. 2º - Compreensão do caráter fonético da escrita e atenção às propriedades sonoras da palavra. 3º - Busca de formas diferenciadas para a produção escrita a partir de critérios quantitativos e qualitativos. Está correto, em ordem e conteúdo, o que se afirma em: a) Somente 2º. b) Somente 3º. c) 1º e 3º. d) Somente 1º. e) 1º, 2º e 3º. 17) Quando uma criança diz que = 5, a melhor forma de reagir, ao invés de corrigi-la é perguntar-lhe Como foi que você conseguiu 5? As crianças corrigemse frequentemente de modo autônomo, à medida em que tentam explicar seu raciocínio a uma outra pessoa. Pois a criança que tenta explicar seu raciocínio tem que descentrar para apresentar a seu interlocutor um argumento que tenha sentido. Assim, ao tentar coordenar seu ponto de vista com o do outro, frequentemente ela se dá conta do seu próprio erro. (KAMII, Constance. A criança e o número, p.115). Como Piaget chama essa transferência de foco do pensamento pedagógico daquilo que os professores ensinam para como as crianças aprendem? a) Revolução Galileicana na educação. b) Revolução Copernicana na educação. c) Revolução Pitolomeicana na educação. d) Revolução Kepleriniana na educação. e) Revolução Newtoniana na educação. 18) Art Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente: I. Organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas. II. Conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural. III. Adequação à natureza do trabalho na zona rural. Conforme a Lei nº 9.394/96, está correto o que se afirma em: a) Somente I. b) II e III. c) Somente III. d) I e II. e) I, II e III. 19) Art. 2º - As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (Resolução nº 4 de 2010) têm por objetivos: I Sistematizar os princípios e as diretrizes gerais da Educação Básica contidos na Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e demais dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a formação básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola. II Estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação, a execução e a avaliação do
4 projeto político-pedagógico da escola de Educação Básica. III Orientar os cursos de formação inicial e continuada de docentes e demais profissionais da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes federados e as escolas que os integram, distintamente da rede a que pertençam. Em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de nove anos, está correto o que se afirma em: a) Somente III. b) I e II. c) Somente II. d) I, II e III. e) Nenhuma das alternativas. 20) Os Parâmetros Curriculares Nacionais são: ( ) De natureza aberta, configuram uma proposta flexível, a ser concretizada nas decisões regionais e locais sobre currículos e sobre programas de transformação da realidade educacional empreendidos pelas autoridades governamentais, pelas escolas e pelos professores. ( ) Constituem um referencial de qualidade para a educação no Ensino Fundamental, médio e superior em todo o País. ( ) Configuram um modelo curricular homogêneo e impositivo, que se sobrepõe à competência políticoexecutiva dos Estados e Municípios, à diversidade sociocultural das diferentes regiões do País ou à autonomia de professores e equipes pedagógicas. ( ) Sua função é orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menor contato com a produção pedagógica atual. De acordo com os Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais, indique se as alternativas acima são verdadeiras (V) ou falsas (F): a) F, F, V, V. b) V, V, F, V. c) F, V, F, F. d) F, V, V, F. e) V, F, F, V. 21) Com base na Lei nº 9.394/96, assinale a alternativa incorreta: a) O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino. b) Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso. c) A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluirá optativamente estudos e práticas de educação física, arte, sociologia e filosofia. d) O ensino da língua portuguesa e da matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio, assegurada às comunidades indígenas, também, a utilização das respectivas línguas maternas. e) A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola. situação como base para a organização dos estudos. Os eixos de organização dos conteúdos são: I. Gêneros textuais. II. Texto e fantasia. III. Tipologias textuais. IV. Texto e história. V. Texto e analogias. Estão de acordo com o documento mencionado as assertivas: a) Somente I. b) I, III e IV. c) I, III, IV e V. d) Somente V. e) Todas. 23) Evento linguístico social que organiza os textos a partir de características sociossemióticas: conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição estrutural. A definição retirada do Currículo do Estado de São Paulo se trata do(a): a) Texto. b) Enunciação. c) Gênero. d) Discurso. e) Tipo. 24) Até meados do século XVIII, o ensino de Língua Portuguesa, tanto no Brasil como em Portugal, limitavase à alfabetização. Os poucos que prolongavam a sua escolarização passavam diretamente à aprendizagem da gramática latina, da retórica e da poética. A Reforma feita pelo Marquês de Pombal, em 1759, tornou obrigatório, em Portugal e no Brasil, o ensino da Língua Portuguesa. Esse ensino, segundo o Currículo do Estado de São Paulo, passou: a) A considerar a Língua Portuguesa como símbolo nacional e todos, sem exceção, deveriam aprendê-la. b) A seguir a tradição do ensino do latim, ou seja, passou a ser visto como ensino da gramática do português. c) A fazer parte das escolas de ensino infantil e fundamental apenas. d) A diferenciar da tradição do ensino do latim, ou seja, passou a ser visto como ensino oral do português. e) A fazer parte somente das escolas de ensino infantil. 25) Os conteúdos do eixo REFLEXÃO, desenvolvidos sobre os do eixo USO, referem-se à construção de instrumentos para análise do funcionamento da linguagem em situações de interlocução, na escuta, leitura e produção, privilegiando alguns aspectos linguísticos que possam ampliar a competência discursiva do sujeito. São estes: 1. variação linguística: modalidades, variedades, registros. 2. organização alfabética dos livros. 3. léxico e redes semânticas. 4. processos de construção de significação. 5. modos de organização dos sinais. Segundo consta nos Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa, está correto o que se afirma em: a) Somente 1. b) 1, 3, 5. c) 2, 4. d) 1, 3, 4. e) 1, 2, 3, 4, 5. 22) Com o objetivo de apresentar o texto em situações de comunicação diversificadas, o Currículo do Estado de São Paulo propõe, para cada bimestre, um eixo de organização. Cada eixo terá o texto em uma dada
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