CRITÉRIOS DE PONDERAÇÃO CURRICULAR PARA EFEITOS DE AVALIAÇÃO SIADAP (Artigo 43º da Lei n.º 66-B/2007 de 28 de dezembro)
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- Isabel Pedroso Dinis
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1 CRITÉRIOS DE PONDERAÇÃO CURRICULAR PARA EFEITOS DE AVALIAÇÃO SIADAP (Artigo 43º da Lei n.º 66-B/2007 de 28 de dezembro) 1. Enquadramento: No exercício da competência do Conselho Coordenador da Avaliação, de acordo com o disposto no 43.º, da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro (alterada pelas Leis n.ºs 64-A/2008, de 28 de dezembro (LOE2009), 66-B/2012, de 31/12 (LOE2013), 55-A/2010, de 31/12, aplicada à Administração Local pelo Decreto-Regulamentar n.º 18/2009 de 4 de setembro, e nos termos do Despacho Normativo n.º 4-A/2010, de 08 de fevereiro, são fixados os critérios para a avaliação do desempenho, por ponderação curricular, dos trabalhadores com vínculo ao Município de Amares, visando avaliar as aptidões dos trabalhadores com base no seu currículo profissional, considerando os seguintes elementos: a) As habilitações académicas e profissionais; b) A experiência profissional; c) A valorização curricular; d) O exercício de cargos dirigentes ou outros cargos ou funções de reconhecido interesse público ou relevante interesse social. Assim, procurando assegurar-se uma ponderação equilibrada, que refute a importância meramente instrumental, dos elementos curriculares previstos no n.º 1, do artigo 43.º, da Lei n.º 66-B/2007 de 28 de dezembro, e atender às especificidades definidas pelo Despacho Normativo n.º 4-A/2010, de 08 de fevereiro, propõem-se as seguintes regras e critérios para aplicação da ponderação curricular: 2. Requisitos para solicitar a ponderação curricular Quanto aos trabalhadores que, no ano civil anterior, tenham constituído relação jurídica de emprego público há menos de seis meses, o desempenho relativo a este período é objeto de avaliação conjunta com o do ano seguinte. Quanto àqueles que, no ano civil em avaliação, tenham relação jurídica de emprego público com pelo menos seis meses mas não tenham o correspondente serviço efectivo, conforme definido na Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro (SIADAP), não é realizada avaliação nos termos do SIADAP 3, relevando, para efeitos da respetiva carreira, a última avaliação atribuída nos termos da lei do SIADAP ou das suas adaptações. 1
2 Contudo, caso o trabalhador não tiver avaliação que releve nos termos do número anterior ou se pretender a sua alteração, requer avaliação anual, feita pelo Conselho Coordenador da Avaliação, mediante proposta de avaliador especificamente nomeado pelo dirigente máximo do serviço. A pontuação que resultar da aplicação dos critérios indicados utiliza a escala de 1, 3 e 5, não podendo, em qualquer caso, ser atribuída pontuação inferior a 1. Para efeitos de ponderação curricular, deve ser entregue documentação relevante que permita ao avaliador nomeado fundamentar a proposta de avaliação, podendo juntar-se declaração passada pela entidade onde foram exercidas funções, ficando dispensados da apresentação dos documentos mencionados no currículo desde que constem nos respetivos processos individuais. 3. Elementos de Avaliação: Para efeitos de análise/ponderação curricular considera-se: 3.1 Habilitações académicas e profissionais (HAP): Entende-se por «habilitação académica» apenas a habilitação que corresponda a grau académico ou que a este seja equiparada. Entende-se por «habilitação profissional» a habilitação que corresponda a curso legalmente assim considerado ou equiparado. Escala quantitativa atribuída às Habilitações académicas e profissionais (HAP): Habilitação legalmente exigida para a função à data de integração na carreira graus 1, 2 e 3 de complexidade funcional; Habilitação legalmente exigida para a função à data de integração na carreira, com certificado que faça apenas menção de aprovado ou equivalente grau 1 de complexidade funcional; Habilitação que permitiu legalmente a integração na carreira grau 3 de complexidade funcional; Habilitação académica inferior ou que tenha sido substituída por experiência profissional ou formação profissional específicas para a integração na carreira - graus 1 e 2 de complexidade funcional; 3 valores 1 valor 2
3 3.2 Experiência profissional (EP): A «experiência profissional» pondera e valora o desempenho de funções ou atividades, incluindo as desenvolvidas no exercício de cargos dirigentes ou outros cargos ou funções de reconhecido interesse público ou relevante interesse social. A «experiência profissional» é declarada pelo requerente, com descrição das funções exercidas e indicação da participação em ações ou projetos de relevante interesse, e devidamente confirmada pela entidade onde são ou foram exercidos os cargos, funções ou atividades. São ponderados, para a avaliação da experiência profissional, três fatores: a) Exercício efetivo de funções na carreira e outros cargos ou funções em 31 de dezembro do ano sob avaliação, valorado da seguinte forma: Escala quantitativa atribuída ao tempo de experiência profissional e outros cargos ou funções de interesse (TEP): Superior a 4 anos completos de exercício efetivo de funções na carreira. O exercício de cargos dirigentes ou outros cargos ou funções de reconhecido interesse público ou relevante interesse outros cargos ou funções de interesse e social igual ou superior a 3 anos. De 1 a 4 anos completos de exercício efetivo de funções na carreira. Participação ativa em ações ou projetos de relevante interesse que envolvam a designação e participação, devidamente confirmada pela entidade promotora, em 3 valores grupos de trabalho, estudos ou projetos, bem como a atividade de formador, a realização de conferências, palestras e outras atividades de idêntica natureza. Inferior a 1 ano de exercício efetivo de funções na carreira. 1 valor b) Descrição das funções exercidas no ano sob avaliação (DFE), valorado da seguinte forma: b.1) Para os trabalhadores, que exercem funções em Entidades incluídas no âmbito da aplicação do SIADAP, mas que não reúnem os requisitos para a avaliação regular, devem apresentar o relatório descritivo de funções em modelo próprio a disponibilizar pela DARH, devidamente avaliado e confirmado pelo Dirigente ou Entidade onde são ou foram exercidos os cargos, funções ou atividades; 3
4 Avaliação do relatório descritivo de funções exercidas (DFE) *: Desempenho Relevante Desempenho Adequado 3 valores Desempenho Inadequado ou Sem Desempenho 1 valor (*) Avaliação efetuada pelo Superior Hierárquico (Dirigente Máximo). b. 2) Caso o trabalhador não apresente o relatório descritivo de funções, ou apresente o mesmo sem avaliação ou sem confirmação do Dirigente ou Entidade, será atribuída a pontuação de 1 (um) valor. c) O exercício de funções, no ano sob avaliação, em ações e projetos de relevante interesse (EAP), valorado da seguinte forma: Escala quantitativa atribuída ao exercício de funções no âmbito ações e projetos de relevante interesse (EAP): Ausência de exercício de funções no âmbito de ações e projetos de relevante interesse público ou social. Participação ativa em grupos de trabalho constituídos por despacho/equipas de realização de eventos culturais/turísticos ou de apoio/secretariado aos Órgãos Municipais, sendo especificamente consideradas as funções de coordenação e de secretariado; Participação ativa na organização e concretização de processos eleitorais, bem como a subsequente assunção de funções a ele associadas; Atividades formativas como formador /palestrante, no Município de Amares. Funções de assessoria ou cooperação intersetorial reconhecidas (no caso de trabalhadores em exercício de funções de cargo dirigente, no ano sob avaliação, embora desenvolvidos no âmbito da função de chefia, mas que se diferenciem das demais funções de coordenação ou chefia da Unidade Orgânica); Exercício de funções públicas na carreira e com desempenho cumulativo de outra(s) função(ões); Designação/Participação em Júri de ponderação curricular (SIADAP)/procedimento concursal/processo de recrutamento e seleção/código dos Contratos Públicos, tutoria/orientação de estágios profissionais/curriculares; Elaboração de documentos sugestão de melhoria que reconhecidamente contribuam para as boas práticas na gestão do serviço em que se inserem (com implementação evidenciada). 1 valor 3 valores 4
5 A considerar apenas a valoração mais elevada em cada fator. Da pontuação obtida nestes três fatores será calculada uma média ponderada, nos seguintes termos: EP = [(TEP*20)+(DFE*60)+(EFP*20)]/100 à valoração atribuída até um máximo de, corresponderá a seguinte escala quantitativa de conversão: - Avaliado com a pontuação de 1 de 1 a 1,999 valores - Avaliado com a pontuação de 3 de 2 a 3,999 valores - Avaliado com a pontuação de 5 de 4 a. 3.3 Valorização curricular (VC): Na valorização curricular é considerada a frequência, nos últimos três anos, de ações de formação contínua dos trabalhadores, estágios, congressos, seminários, encontros, jornadas, palestras, conferências diretamente relacionadas com a área funcional e o posto de trabalho do avaliado, nelas se incluindo as frequentadas no exercício dos cargos, funções ou atividades referidos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º do referido despacho normativo, para assegurar o complemento, aprofundamento e atualização dos conhecimentos e competências profissionais, no desenvolvimento da carreira em que se inserem, bem como a adequação das competências às inovações tecnológicas com reflexo direto no desempenho profissional. Escala quantitativa atribuída à Valorização curricular participação em formação profissional nos últimos 3 anos (VC): Não participação em ações de formação com avaliação ou frequência em iniciativas formativas sem avaliação, correspondentes à área funcional. Por participação em estágios, congressos, seminários, encontros, jornadas, palestras, conferências e ações de educação não formal directamente relacionadas com a área funcional e o posto de trabalho do avaliado. Posse de habilitação académica superior à legalmente exigida para função à data da integração na carreira. Participação em ação de formação profissional especializada (incluindo CET) no âmbito das funções exercidas, com duração igual ou superior a 120 horas e com avaliação superior a ¾ da respetiva escala. Posse de habilitação académica superior à legalmente exigida para a função à data de integração na carreira em área conexa à área funcional do trabalhador. 1 valor 3 valores 5
6 3.4 Exercício de cargos dirigentes ou outros cargos ou funções de relevante interesse público ou relevante interesse social (CFE): Escala quantitativa atribuída aos Cargos ou Funções Exercidas - ano sob avaliação (CFE): Não exercício de cargo ou funções de relevante interesse público ou social. 1 valor Titular de cargo político. Outras funções cujo relevante interesse social seja reconhecido no respetivo 3 valores instrumento de designação ou vinculação. Cargo Dirigente em comissão de serviço. Exercício de cargo ou funções em Organização Representativa de Trabalhadores que exercem funções públicas, designadamente a atividade de dirigente sindical, em Comissão Paritária ou em CCA (SIADAP). Cargos ou funções em gabinete de apoio à presidência. Cargo/função em comissão de serviço (também pela LVCR). Cargo de direção em associações públicas ou instituições particulares de solidariedade social. OBS: Nas carreiras de grau de complexidade funcional 1 e 2, será ponderado o exercício de funções de chefia de secções municipais ou o exercício de funções de coordenação nos termos legalmente previstos. 4. Classificação e avaliação final A avaliação final (AF) é o resultado da média ponderada das pontuações obtidas em cada um dos elementos, ou conjuntos de elementos de ponderação curricular, nos seguintes termos: a) À Habilitação Académica é atribuída uma ponderação de 10 % (cfr. alínea a), do n.º 1, do artigo 3.º do referido despacho); b) À Experiência Profissional é atribuída uma ponderação de 55% (cfr. alínea b), do n.º 1º.); c) À Valorização Curricular é atribuída uma ponderação de 20% (cfr. alínea c) do n.º 1 do artº 3.º); d) Ao exercício de cargos dirigentes ou outros cargos ou funções de reconhecido interesse público ou relevante interesse social é atribuída uma ponderação de 15% (cfr. alínea d) do n.º 1 do artº 3), e de acordo com a aplicação da seguinte fórmula: AF = (HAP x 0,10) +( EP x 0,55) + (VC x 0,20) + (CD x 0,15) 6
7 Quando deva ser atribuída pontuação 1 ao conjunto de elementos referido na al. d) do n.º 1 do artº 3.º exercício de cargos dirigentes ou outros cargos ou funções de reconhecido interesse público ou relevante interesse social - as ponderações previstas no número anterior são alteradas nos seguintes termos: a) A ponderação prevista na alínea b) Experiência profissional- sobe para 60 %; b) A ponderação prevista na alínea d) exercício de cargos dirigentes ou outros cargos ou funções de reconhecido interesse público ou relevante interesse social- desce para 10 %; c) As ponderações previstas nas alíneas a) e c)- Habilitação académica e valorização curricular- mantêm-se, e de acordo com a aplicação da seguinte fórmula: AF= (HAP x 0,10) + (EP x 0,60) + (VC x 0,20) + (CD x 0,10) Em que: AF = Avaliação Final HAP = Habilitações académicas e profissionais EP = Experiência profissional VC = Valorização curricular CDOC = O exercício de cargos dirigentes ou outros cargos ou funções de relevante interesse público ou interesse social A avaliação final é expressa na escala quantitativa e qualitativa e as regras relativas à diferenciação de desempenhos previstas na lei, e que respeite a diferenciação de desempenhos prevista Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro, nos termos do n.º 3 do artº 43.º, inserindo-se as avaliações por ponderação curricular nas percentagens de diferenciação de desempenho globais da CMA, da seguinte forma: a) Desempenho relevante, correspondendo a uma avaliação final de 4 a ; b) Desempenho adequado, correspondendo a uma avaliação final de desempenho de 2 a 3,999 valores; c) Desempenho inadequado, correspondendo a uma avaliação final de 1 a 1,999 valores. 5. Diferenciação de desempenhos e reconhecimento de mérito Nos termos do artº 75.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro, as percentagens máximas para as avaliações finais de desempenho relevante (25% do universo de trabalhadores sob avaliação), e de entre estas, de reconhecimento de desempenho excelente (5% do universo de trabalhadores sob avaliação), incidem sobre o universo dos trabalhadores sob avaliação regular e dos trabalhadores que solicitem 7
8 ponderação curricular. Neste enquadramento, determina-se: a) são considerados, para efeitos de avaliação de desempenho relevante, o conjunto dos 25% melhor classificados, em termos de avaliação final, no intervalo de 4 a (até às milésimas), sendo aos restantes atribuída a avaliação final de 3,999 desempenho adequado; b) os critérios de desempate, se justificável, são, no enquadramento dado pelo artº 84.º da Lei n.º 66-B/2007 de 28 de dezembro: a melhor pontuação obtida no elemento valorização curricular, a última avaliação de desempenho, o tempo de serviço relevante na carreira e no exercício de funções públicas. Apenas serão ponderadas, para efeitos de eventual atribuição da menção e mérito, as classificações iguais ou superiores a 4,6. IV- Procedimento: No sentido de facilitar uma análise rigorosa e homogénea por parte do avaliador designado, o trabalhador deve preencher preferencialmente o modelo de Currículo Vitae disponível na Secção de Recursos Humanos. A Ponderação Curricular é pois solicitada pelo trabalhador, em requerimento apresentado ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Amares, devendo fazer referência ao ano em causa, acompanhado dos demais documentos que considere relevantes para evidenciar as informações prestadas no referido Currículum. No caso de não ser solicitada ponderação curricular pelo trabalhador, proceder-se-á da seguinte forma: a) Será atribuída a última avaliação de desempenho SIADAP; b) Na falta de avaliação de desempenho SIADAP, será efetuada ponderação curricular com base nos elementos disponíveis no respetivo processo individual. 8
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