Projecto de Doutoramento

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1 Projecto de Doutoramento A CONSTRUÇÃO SECULAR DE UMA IDENTIDADE TRANSNACIONAL: a cabo-verdianidade do (ou no) mundo cabo-verdiano PEDRO MANUEL RODRIGUES DA SILVA MADEIRA E GÓIS Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto Projecto de Tese de Doutoramento apresentado na especialidade de Sociologia da Cultura da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 2004

2 Resumo Este projecto de doutoramento parte de dois conceitos centrais: migração e identidade, para chegar a uma perspectiva teórica em que se defende a emergência de uma identidade de um novo tipo: uma identidade transnacional. Para tal, recorre-se a uma análise diacrónica das migrações cabo-verdianas ao logo dos últimos séculos tentando demonstrar que a emigração, surgida como uma estratégia marcadamente económica no seio da sociedade cabo-verdiana de oitocentos, de novecentos e do século XX se tornou hoje, pensamos, parte da essência da identidade cabo-verdiana, isto é, da cabo-verdianidade. No caso das migrações cabo-verdianas, um olhar sobre a sua história recente demonstra que a constituição de um espaço social transnacional é o resultado da história migratória, de um acumular de capitais, individuais e colectivos, de que o capital social (estruturado em rede) será um dos constituintes principais. Este espaço, que configura uma espécie de rede de redes sociais, constitui a base para o que conceptualizámos anteriormente ser uma diáspora de trabalho contemporânea e o suporte para uma comunidade transnacional de baixa intensidade. Por outro lado, parece hoje óbvio que são muitas as condicionantes desta relação, nomeadamente, as especificidades dos diferentes nódulos migratórios, as particularidades dos tempos e modos das migrações, as dinâmicas dos processos de integração nas sociedades de destino, etc., e que todos estes elementos contribuíram para pluralizar a identidade étnica cabo-verdiana ou cabo-verdianidade, nos diferentes nódulos do arquipélago de origem ou no arquipélago migratório. A ser assim, a definição de uma única identidade nacional para todos estes indivíduos que partilham uma mesma origem (ancestral ou não) e um conjunto de elementos de uma mesma cultura específica parece ser uma generalização abusiva. A hipótese principal daqui decorrente implica pensar a identidade como transnacional, em que os habitantes das ilhas do arquipélago migratório partilham e integram elementos identitários com origem no arquipélago de Cabo Verde e, ao mesmo tempo, influenciam e participam na construção de uma (nova) identidade transnacional desterritorializada. Esta possibilidade de co-influência pode ser excelentemente observada em Cabo Verde pela sua especificidade arquipelar, escala, dimensão e dispersão das suas migrações quase únicas à escala global, pela sua reduzida população residente e pela existência de um conjunto amplo e diversificado de estudos e análises dedicados a este país e aos seus emigrantes que constituem um excelente material de suporte. O objectivo maior que se persegue com este trabalho é, neste contexto, uma tentativa de caracterização de uma identidade de um novo tipo: uma identidade transnacional e em que se procurará demonstrar que a desterritorialização desta identidade é o resultado de um processo complexo, dinâmico e secular, consequência de uma migração voluntária ao longo de séculos. A constatação que as migrações cabo-verdianas e a sua (ou na sua) relação com Cabo Verde constituíam um caso singular de estruturação de uma relação assimétrica de poder, neste caso invertida em relação ao normal, isto é, o arquipélago migratório assumindo uma relativa preeminência face ao arquipélago de origem, deu lugar a um interesse objectivado neste projecto, de estudar o modo como essa influência recíproca (ainda que desproporcionada) influi, num mundo cada vez mais global, na formação de um novo tipo de identidade: a identidade transnacional cabo-verdiana. A pergunta de partida, que dá origem a este projecto pode ser expressa do seguinte modo: numa nação em que a maioria dos seus membros se encontra fora da pátria, dispersa por vários países do mundo, em que muitos dos seus membros desenvolvem práticas transnacionais, partilhando as suas vidas entre mais do que um país, por que razão devemos pensar a identidade como um fenómeno estritamente nacional? Pretendemos analisar comunidades transnacionais cabo-verdianas em quatro países diferentes: Cabo Verde, Portugal; Nova Inglaterra nos EUA e São Tomé e Príncipe para, através de uma análise empírica das relações e práticas transnacionais engendradas por migrantes e/ou seus descendentes, procurar encontrar os fundamentos para a caracterização de uma emergente identidade transnacional cabo-verdiana. Estes quatro contextos de inserção contêm em si as diferentes fases do processo migratório cabo-verdiano e representam diferentes lógicas de relações e práticas transnacionais.

3 Em termos metodológicos, torna-se necessário articular metodologias de cariz quantitativo com outras de cariz mais qualitativo recorrendo para tal a um conjunto diversificado de técnicas que se complementarão entre si. Assim, numa primeira fase (a), pretende-se proceder a uma recolha exaustiva de literatura especializada disponível que se prolongará, como é normal, até ao final desta investigação. Numa segunda fase (b), proceder-se-á a uma análise sistemática das estatísticas existentes sobre a emigração caboverdiana. Numa terceira fase deste trabalho (c), proceder-se-á a um conjunto de entrevistas directivas a informadores considerados privilegiados (ex. líderes de associações de imigrantes, titulares de órgãos políticos e/ou diplomáticos, líderes de comunidades locais, intelectuais e artistas, designadamente músicos e artistas plásticos, etc.) procurando analisar o modo como estes intervêm como criadores ou dinamizadores da identidade transnacional cabo-verdiana. De entre os diferentes actores que contemporaneamente vêm construindo esta nova identidade transnacional destacam-se, pensamos, os políticos, os artistas e os intelectuais. Como actores sociais que têm a capacidade de criar símbolos identitários, estes actores serão favorecidos na nossa investigação, constituindo uma parte substancial dos nossos informadores privilegiados. Após estas primeiras entrevistas, proceder-se-á à aplicação de um inquérito (d) junto de imigrantes caboverdianos e/ou seus descendentes nos vários locais onde decorrerá o estudo. O inquérito será realizado em português, crioulo e inglês. Como complemento destas técnicas de recolha de dados (e), seleccionar-se-ão famílias transnacionais e entrevistar-se-ão membros destas famílias nos diversos locais onde decorrerão os estudos de caso, recorrendo à técnica da história de vida para um acompanhamento diacrónico e longitudinal do processo migratório. Este conjunto de técnicas e métodos de recolha de dados permitir-nos-á aceder a um conjunto de dados que nos possibilitarão confirmar ou infirmar as nossas hipóteses de trabalho e chegar a um conhecimento mais apurado sobre as migrações cabo-verdianas; sobre o modo como os migrantes caboverdianos estruturam as suas comunidades numa visão comparada entre vários países; sobre as relações destas comunidades com Cabo Verde; sobre as relações e práticas transnacionais que estabelecem com Cabo Verde e entre si; sobre o modo como se estrutura a identidade transnacional cabo-verdiana. Na análise dos dados obtidos por via qualitativa ou quantitativa utilizar-se-ão técnicas diferenciadas. Assim, por exemplo, para a análise dos dados obtidos no inquérito utilizar-se-ão programas de análise estatística de dados e para a análise dos dados obtidos nas entrevistas ou histórias de vida utilizar-se-ão técnicas de análise de discurso apoiadas por computador. No complemento destas técnicas de análise do discurso que pretendemos aplicar às entrevistas realizadas, pretendemos também fazer uso das chamadas análises de discurso quantitativas, que complementam as primeiras e permitem verificar frequências no uso de palavras ou expressões, relações de concordância, o uso de expressões caracterizadoras da identidade, etc.. O recurso a metodologias e técnicas qualitativas de recolha de dados e de técnicas quantitativas e qualitativas de análise dos dados obtidos parece-nos ser uma maneira adequada de reduzir a complexidade da problemática que desejamos estudar. A última fase do presente trabalho inclui a análise do material empírico recolhido e a apresentação dos resultados obtidos que resultarão necessariamente numa dissertação de doutoramento. A investigação projectada terá uma duração máxima de 40 meses. O âmbito do estudo torna necessário que a investigação seja realizada em 4 países diferentes, dois dos quais pertencentes à Comunidade de Países de Língua Portuguesa, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Assim, prevê-se que cerca de 30% do tempo (12 meses) sejam passados num trabalho de recolha estatística, revisão de literatura e construção de indicadores, 40% (16 meses) sejam distribuídos de forma equitativa no trabalho de campo a realizar nos diferentes países onde decorrerá a investigação e os remanescentes 30% correspondam ao tempo necessário para a elaboração da dissertação. Neste sentido prevemos uma estadia nos países que constituirão os espaços de análise de cerca 24 meses preferencialmente distribuídos de forma equitativa entre esses países/regiões.

4 A CONSTRUÇÃO SECULAR DE UMA IDENTIDADE TRANSNACIONAL: a caboverdianidade do (ou no) mundo cabo-verdiano Introdução A emigração, surgida como uma estratégia marcadamente económica no seio da sociedade caboverdiana de oitocentos, de novecentos e do século XX é hoje, pensamos, parte da essência da identidade cabo-verdiana, ou se preferirem, da cabo-verdianidade. No entanto, aquela que foi outrora uma estratégia de sobrevivência tornou-se actualmente uma estratégia de multi dependência(s), ou seja, provocou no país uma dependência cada vez maior das remessas (não necessariamente apenas financeiras); nos seus emigrantes uma dependência mitológica ou identitária e, como consequência, a consolidação de uma transnacionalidade (quase) perpétua 1. A dispersão geográfica, global e simultânea, de múltiplos membros da família mais próxima (avós, pais, irmãos, filhos, tios ou primos), de vizinhos, amigos ou conterrâneos, implica que (ainda) mais do que falar de uma comunidade imaginada (Anderson, 1991) possamos falar de Cabo Verde como uma verdadeiramente nação imaginada para não dizermos uma nação imaginária que se movimenta no seio de um mundo imaginado e particular: o mundo cabo-verdiano. Este movimento contínuo e continuado de indivíduos pertencentes a uma mesma comunidade, étnica ou não, permite actualmente desterritorializar o conceito de nação, sugerindo o aparecimento de uma nação transnacional desterritorializada (Basch et al., 1994) que se movimenta no seio de um (novo e emergente) espaço social transnacional (Pries, 1999, 2001) um espaço social necessária e marcadamente conceptual. A emergência deste espaço social transnacional, no seio do qual se movimentam indivíduos com uma mesma identidade co-étnica, migrantes e seus descendentes, neste caso os migrantes os cabo-verdianos resulta, pensamos, de uma das possibilidades enunciadas por Pries (2001: 3) quando afirma a emergência de espaços sociais transnacionais como realidades sociais que são impulsionadas pelas migrações internacionais. No caso das migrações cabo-verdianas, um olhar sobre a sua história recente demonstra que a constituição deste espaço social transnacional, no qual decorrem designadamente interacções sociais, económicas, culturais ou políticas, é o resultado da história migratória, de um acumular de capitais, individuais e colectivos, de que o capital social (estruturado em rede) será um dos constituintes principais (Góis, 2002). Este espaço social transnacional não respeita as fronteiras 1 Como se afirma num documento do IAPE, A Nação Cabo-verdiana encontra-se espalhada pelo mundo. Esta estrutura geográfica nos leva a afirmar que Cabo Verde é um arquipélago mundial e Nação Multipolar, desempenhando, a emigração, um papel fundamental nos problemas da identidade (IAPE, 1997).

5 políticas ou geográficas do Estado nação tradicional, ao invés, responde aos crescentes constrangimentos criados às migrações por estes Estados, com estratégias ardilosas que permitem (por vezes) potenciar as vantagens competitivas da pertença a uma mesma comunidade co-étnica. Este espaço, que configura uma espécie de rede de redes sociais, foi sendo criado e mantido através das diferentes formas e tipos que assumiram as migrações cabo-verdianas ao longo dos séculos XIX e XX e constituíram a base para o que conceptualizámos ser uma diáspora de trabalho contemporânea e o suporte para uma comunidade transnacional de baixa intensidade ou uma comunidade transnacional (ainda) em potencial (Góis, 2002). Na verdade, para sermos precisos, temos de afirmar que os cabo-verdianos, muito antes de se falar de comunidades transnacionais, tinham já o seu próprio mundo, um mundo particular no qual se sentiam sempre em casa. Para os cabo-verdianos o mundo sempre teve uma terra longe (lugar onde estavam os emigrantes) e uma nha terra (terra pátria) e o Cabo Verde era a síntese social das duas, isto é, o arquipélago de Cabo Verde prolongava-se no arquipélago migratório. O mapa das geografias arquipelares destes territórios (Malheiros, 2001) está bem consolidado nos imaginários tanto dos que partiram como no dos que ficaram (Carling, 2002) e, pensamos, uns sem os outros perdem partes essenciais da sua identidade. Este projecto de investigação surge precisamente na sequência da análise das migrações e da cultura cabo-verdiana. Esta análise deu origem a algumas (poucas) certezas sobre o tempo e o modo como decorreram as migrações e a um conjunto (grande) de dúvidas sobre as consequências (e.g. sociais, políticas, económicas ou culturais) desta dispersão geográfica de um conjunto de indivíduos que partilham uma mesma forma de ser e estar e (talvez) possuem uma etnicidade em comum. Em concreto, as investigações realizadas num passado recente permitiram questionar o modo como se estruturam as ligações simbólicas entre os membros desta nação transnacionalizada e formular a hipótese de estarmos perante um exemplo de uma nação com uma identidade transnacional. Num contexto marcado pela existência de algumas centenas de milhares de indivíduos caboverdianos ou seus descendentes no exterior de Cabo Verde e de outros tantos no interior do arquipélago, as teorias tradicionais de estudo das migrações e/ou do estudo da identidade nacional apontam para um peso dominante da origem sobre todos os outros constituintes e intervenientes no processo de construção identitária. No nosso caso, as observações efectuadas em alguns dos nódulos migratórios onde existem cabo-verdianos (Góis, 2002) em confronto com alguns dados recolhidos no arquipélago de Cabo Verde levam-nos a estruturar a hipótese de uma co-influência recíproca em que é difícil apresentar dominantes e dominados. As possibilidades de transporte e

6 comunicações proporcionadas por um rápido processo de globalização, associadas a uma clara renovação dos factores identitários cabo-verdianos, designadamente entre as suas comunidades expatriadas, implicaram concomitantemente que a identidade cabo-verdiana, no seu todo, se reconstruísse integrando uma dimensão transnacional. Surge assim uma (nova) identidade co-étnica em que a partilha de uma cultura, um passado cultural, uma língua, permitem uma diferenciação face ao outro, um outro ao mesmo tempo global e local, com que se confrontam quotidianamente. Em certo sentido, neste processo (re)descobrem a sua própria etnicidade e as vantagens competitivas que esta representa. Por outro lado, parece hoje óbvio que são muitas as condicionantes desta relação, nomeadamente, as especificidades dos diferentes nódulos migratórios, as particularidades dos tempos e modos das migrações, as dinâmicas dos processos de integração nas sociedades de destino, etc., e que todos estes elementos contribuíram para pluralizar a identidade étnica cabo-verdiana ou cabo-verdianidade, nos diferentes nódulos do arquipélago de origem ou no arquipélago migratório. A ser assim, a definição de uma única identidade nacional para todos estes indivíduos que partilham uma mesma origem (ancestral ou não) e um conjunto de elementos de uma mesma cultura específica parece ser uma generalização abusiva. A hipótese principal daqui decorrente implica pensar a identidade como transnacional, em que os habitantes das ilhas do arquipélago migratório partilham e integram elementos identitários com origem no arquipélago de Cabo Verde e, ao mesmo tempo, influenciam e participam na construção de uma (nova) identidade transnacional desterritorializada. Esta possibilidade de co-influência pode ser excelentemente observada em Cabo Verde pela sua especificidade arquipelar, escala, dimensão e dispersão das suas migrações quase únicas à escala global, pela sua reduzida população residente e pela existência de um conjunto amplo e diversificado de estudos e análises dedicados a este país e aos seus emigrantes que constituem um excelente material de suporte (Góis, 2002). O objectivo maior que se persegue com este trabalho é uma tentativa de caracterização de uma identidade de um novo tipo: uma identidade transnacional e em que se procurará demonstrar que a desterritorialização desta identidade é o resultado de um processo complexo, dinâmico e secular, consequência de uma migração voluntária ao longo de séculos.

7 1 Migrações e Transnacionalismo Ao longo das últimas duas décadas temos assistido a uma mudança no paradigma do estudo das migrações, na análise das comunidades de imigrantes (e seus descendentes) e no modo como interagem com as sociedades onde se inserem. De um paradigma que assentava numa lógica de análise de relações unidireccionais simples (e.g. origem-destino; migração de retorno; (re)agrupamento familiar, migrações temporárias ou definitivas, etc.) passámos para uma lógica de análise multidireccional complexa (e.g. migrações circulares; reemigração; transmigrações; migrações transfronteiriças, comunidades transnacionais, práticas transnacionais, etc.). De acordo com vários autores (e.g. Vertovec, 1999; Itzigsohn e Saucedo, 2002, Wimmer e Glick-Schiller, 2002), podemos dividir o tipo de estudos de acordo com as lógicas em que se alicerçavam, isto é, nos tradicionais países de imigração os estudos sobre imigração e sobre imigrantes centravam-se principalmente nos processos de incorporação/assimilação dos imigrantes nos países de destino. Por seu turno, nos países de origem, as investigações sobre emigração concentravam-se, nomeadamente, nos contextos de partida, nas condições de retorno ou nas problemáticas associadas às famílias divididas. A lógica subjacente a estas análises separava a sociedade de origem da sociedade de destino em duas realidades independentes e não sobreponíveis, num claro exemplo de um certo nacionalismo metodológico, como lhe chamaram Wimmer e Glick-Schiller (2002). Claro que se constatava a existência de processos de interacção entre as duas sociedades, por exemplo, remessas financeiras ou sociais, e sabia-se que muitos dos imigrantes acabavam por regressar aos países de origem, mas tal não era considerado suficiente para impedir prossecução de um objectivo de incorporação/assimilação nas sociedades de destino, num período de tempo razoável nem, sobretudo, para gerar estudos diacrónicos e longitudinais que permitissem avaliar qual (ou quais) as interacções sociais engendradas entre país/sociedade de origem e país/sociedade de destino Entretanto, ao longo da década de 90, começa a emergir um novo paradigma que defende a ideia que os imigrantes redefinem, mas não abandonam, os laços que os unem ao país de origem, isto é, que por norma não existe uma assimilação/incorporação total nos países de destino, mas antes uma partilha complexa entre as duas (ou mais) sociedades. De acordo com este novo paradigma, os imigrantes criam uma multiplicidade de laços em diferentes áreas de acção social que transcendem as fronteiras nacionais e complexificam as relações sociais dos imigrantes com as sociedades de origem e de destino (Itzigsohn e Saucedo, 2002; Faist, 2000; Glick-Schiller, 2000; Portes, Guarnizo e Landolt, 1999; Vertovec, 1999). Estes estudos funcionaram desde o seu início como uma

8 advertência em relação ás teorias da assimilação direccionando a nossa atenção para as ligações estáveis que conectam muitos dos migrantes de primeira geração e/ou os seus descendentes aos seus lugares de origem, conectando origem e destino de uma forma sólida e continuada. Este novo paradigma tem origem no momento em que, para abordar os novos fluxos migratórios e os modos de inserção nas sociedades de destino, Glick-Schiller, Basch e Blanc-Szanton (1992) sugeriram a adopção de um novo corpo conceptual, o transnacionalismo, como um novo campo analítico para compreensão das migrações. Este (novo) corpo conceptual foi formulado a partir de investigações de vários grupos de imigrantes nos EUA, designadamente de imigrantes com origem nas Caraíbas, no Haiti ou nas Filipinas ao longo dos anos 80 e 90. Ao apreenderem a (nova) realidade dos imigrantes destes países para os EUA como não estando, no imediato, sujeitas a uma assimilação ou aculturação na sociedade de destino, Glick-Schiller et al. (1992) compreenderam que as migrações contemporâneas tinham um novo tipo de actor, o transmigrante, um actor social que partilhava a sua vida entre a sua sociedade de origem e a sociedade de destino sem privilegiar qualquer uma delas. De acordo com estas teorias, os migrantes passam portanto a poder ser apelidados de transmigrantes quando desenvolvem e mantêm múltiplas relações, (e.g. familiares, económicas, sociais, organizacionais, religiosas e políticas), que ampliam as fronteiras nacionais e colocam em inter-relação o global e o local (Glick-Schiller, et al. 1992). À luz desta nova lógica, tornava-se necessário abordar as migrações sob uma perspectiva que tivesse em conta a sociedade de origem (mesmo) quando se analisava a inserção dos imigrantes nas sociedades de destino. Por um lado, constatava-se que a percepção dos migrantes como rapidamente assimilados pelas sociedades receptoras, tinha conduzido a uma abordagem nas ciências sociais que procurava dar conta da relativa imobilidade destes fluxos, categorizando-os simplisticamente como imigrantes temporários (os que se moviam), ou imigrantes permanentes (os sedentários). Para as referidas autoras, os estudos clássicos de migração, ao elaborarem estas categorias não contemplam a complexidade dos fluxos contemporâneos (Glick-Schiller et al. 1992) e são portanto ineficazes na compreensão desta realidade. Não perceberam, por exemplo, que os migrantes mantêm um conjunto amplo de relações com a sociedade de origem, não em contradição, mas em ligação com sua sociedade receptora ou de destino. São essas ligações que, por exemplo, possibilitam aos imigrantes, durante a sua permanência num outro país, deixarem os filhos entregues aos cuidados de familiares na terra natal; continuarem a participar nas decisões familiares; visitarem com certa frequência a família; comprarem imóveis e construírem casas e/ou comércios nos seus países de origem, ainda que tenham comprado casas e/ou montado negócios nos países de destino (Glick-

9 Schiller, et al., 1995: 53). Uma abordagem transnacional das migrações vai, neste contexto, enfatizar a emergência de um processo social que cruza fronteiras geográficas, culturais e políticas e vai criar um novo espaço de análise para além das fronteiras nacionais. Este novo espaço, que podemos conceptualizar de acordo com Ludger Pries (1999, 2001) como um espaço social transnacional, não respeita fronteiras geográficas ou fronteiras políticas, e nele são tecidas «novas» formas de relações sociais e «novos» tipos de actividades transnacionais. Para autores como Glick- Schiller et al. (1992), estes são espaços sociais desterritorializados que emergem acima e além dos indivíduos e de espaços territoriais concretos, formando uma nova realidade e dando origem a um novo tipo de migrantes: os transmigrantes. Por seu turno, estes transmigrantes engendram potencialmente um novo tipo de comunidades, as comunidades transnacionais, cujas actividades cruzando as regulamentações dos Estados-nação, só são funcionalmente comparáveis a empresas transnacionais representando uma forma de "globalização de base" (Vertovec, 1999; Faist, 1999). Estas lógicas, que podemos considerar contra-hegemónicas, desterritorializaram as nações, ou melhor, reterritorializaram as nações num espaço agora global, pondo fim ao sistema-mundo (Wallerstein, 1974) que transformaram num conjunto complexo de múltiplos espaços sociais transnacionais (Pries, 1999, 2001), espaços políticos transnacionais, espaços económicos transnacionais ou espaços culturais transnacionais. De acordo com a perspectiva transnacional, a análise dos processos sociais que decorrem da interacção de grupos específicos de migrantes (e.g. no nosso caso os cabo-verdianos), da utilização dos seus capitais em rede, com (ou em) diferentes Estado-nação (país de origem e diferentes países de destino) permite-nos visualizar a emergência de um novo espaço social, um espaço social transnacional (Pries, 1999; 2001), onde se vislumbra o aparecimento de uma espécie de Estadonação desterritorializado, no qual as pessoas da nação podem morar em qualquer lugar no mundo e, no entanto, ainda não vivem fora do Estado (Basch et al., 1994: 269) e fazem parte da nação. Na prática, estas comunidades desterritorializam a nação, afastando-a fisicamente do Estado-nação a que pertencem sem contudo se desvincularem socialmente deste. Ao fazê-lo, criam uma nova forma de organização sócio-espacial que complementa, alarga e, em muitos casos, supera o Estado-nação. Este «novo» tipo de migrantes, de comunidades e de globalização constituem para estes autores um novo objecto de estudo que erode as clássicas teorias das migrações e provoca a emergência de uma nova abordagem menos ocidentalocêntrica e, por isso, mais conciliadora entre a realidade dos países emissores e dos países receptores de migrantes. É, neste sentido, uma abordagem que tem em conta a complexidade dos processos sociais envolvidos e que pretende analisar de forma mais abrangente a realidade das migrações internacionais contemporâneas.

10 Transnacionalismo e Identidade Alejandro Portes e outros autores mostram que o transnacionalismo não é um fenómeno novo. Houve sempre algum tipo de movimento circular entre países e podemos até falar de algumas comunidades transnacionais históricas, em resultado de diásporas e enclaves expatriados (expatriate enclaves) que combinam elementos da sociedade de origem e da sociedade de acolhimento (Portes et al. 1999; Popkin et al., 1999; Meintel, 2002). No entanto, se assim é, então a nova questão que se coloca é: de que modo mudaram os processos migratórios nos anos recentes que levam a que os imigrantes mais recentes já não sejam assimilados na ideologia dominante ou mainstream e/ou isolados da maioria em pequenos enclaves, mas que aparentemente desenvolvam novas identidades transnacionais. Num contexto de múltipla inserção social, estes transmigrantes constroem múltiplas identidades sociais de referência e, embora possam construir a sua socialização maioritária ou preferentemente dentro dos limites de um espaço nacional, os transmigrantes ou migrantes transnacionais e seus descendentes recusam confinar a sua identidade exclusivamente às referências sociais do espaço em que se inserem. As abordagens clássicas das migrações apelidavam estes migrantes e/ou seus descendentes como não assimilados, como nacionais hifenizados (e.g. os luso-africanos) ou através de outras denominações análogas procuravam mostrar que o processo de assimilação não estava ainda concluído. A partir de uma perspectiva transnacional, os migrantes ou descendentes deste tipo (já) não estão desenraizados, ao contrário movem-se livremente de um lado para o outro através de fronteiras internacionais e/ou entre culturas e sistemas sociais diferentes. Estes migrantes e/ou seus descendentes influenciam a mudança (em ambas) as comunidades ou locais de pertença não só através das suas remessas, sociais ou económicas, mas igualmente através de práticas políticas transnacionais, práticas culturais transnacionais ou práticas sociais transnacionais, por exemplo, de práticas transnacionais familiares (Bryceson e Vuorela, 2002). Num mundo em que as dimensões Tempo-Espaço foram comprimidas e em que a adaptabilidade é a regra a seguir, a existência de uma identidade social múltipla é ou constitui, para estes imigrantes e seus descendentes, uma vantagem competitiva que lhes permite, em caso de necessidade, transferir o capital político, social ou económico de um sistema político para outro se e quando necessário. Esta opção leva a que os transmigrantes tentem moldar as suas identidades adaptando-se ou resistindo às necessidades do sistema mundial, enquanto cultivam dependências múltiplas (Van Hear, 1998). Para a prossecução deste objectivo, estes migrantes formam densas redes sociais (formais ou informais) através de fronteiras políticas na tentativa de alcançar um maior avanço

11 económico e mais reconhecimento social. Através destas redes, um número crescente de indivíduos vive aquilo que podemos apelidar de vidas duais: os indivíduos participantes nesta realidade são frequentemente bilingues; movem-se facilmente entre culturas diferentes; frequentemente mantêm casas em dois países, e prosseguem interesses económicos, políticos e/ou culturais que requerem a sua presença em múltiplos países (Portes 1999). Ora, e esta constitui uma das nossas interrogações de partida, será que todas estas características não implicam uma identidade social múltipla, uma identidade social partilhada e, em última análise, uma identidade social transnacional partilhada por todos aqueles que compartilham o mesmo espaço social transnacional? 2. Nação, Transnacionalismo e Migrações De acordo com Anthony Smith (1997: 25) as componentes do modelo ocidental de nação são: território histórico, comunidade político-legal, igualdade político legal dos membros e ideologia e cultura cívica comuns. A comunidade baseada na nação territorial pressupõe um território compacto e bem definido em que as interdependências são mútuas: povo e território devem pertencer um ao outro. Nesta interdependência a territorialidade deve ser um produto da história e a história um relato do passado comum do povo. Devemos neste sentido, como faz Smith (1997), distinguir comunidade de pátria em que esta última é definida como uma comunidade de leis e instituições com um único propósito político (1997: 23). Por outro lado, torna-se ainda necessário distinguir entre os conceitos de pátria e de cidadania na qual se incluem direitos civis e legais, direitos e deveres políticos e direitos sócio-económicos. Acrescenta-se ainda a lógica de igualdade legal dos membros de uma comunidade política. Todas estas lógicas conceptuais constituem o cerne do modelo ocidental de nação. Mas será este modelo o único? Certamente que não. É o próprio Smith que acrescenta a este modelo um outro, a que chama modelo não ocidental, cuja ênfase é colocada na ideia de concepção étnica de nação, dando origem a uma comunidade de descendência comum. Neste modelo a importância atribuída à descendência sobrepõe-se à importância atribuída ao território. Podemos, sem correr grandes riscos, incluir neste modelo, algumas das tradicionais diásporas (e.g. judaica, arménia, indiana, cigana, etc.) (Cohen, 1997) e complementar este grupo com algumas das diásporas de trabalho contemporâneas (e.g. portuguesa, italiana ou caboverdiana). No caso dos indivíduos pertencentes a estes últimos grupos, co-existem lógicas do modelo ocidental do Estado-nação e do modelo não ocidental. Sem querer abordar estas lógicas neste momento, o exemplo das leis da nacionalidade baseadas primeiramente no jus sanguinis configuram um excelente exemplo da importância social e política da descendência comum.

12 Para sociólogos como Giddens (1996), histórica e contemporaneamente, as sociedades modernas caracterizam-se por terem por base um Estado-nação ao qual estão ligadas. No entanto, a ideia da nação presa a um território e de em cada território existir apenas uma nação chegou, nestas últimas décadas, a um beco sem saída. Os casos da Palestina/Israel, dos Balcãs ou do Ruanda, para não usar mais exemplos, provam à evidência que em muitos territórios coexistem várias nações. As diásporas ciganas ou curdas ou de outros tantos povos provam a existência de nações desligadas de territórios. As comunidades imigradas em países terceiros (e.g. os portugueses ou os caboverdianos) provam a possibilidade da existência de uma dispersão de nações por vários territórios ou de nações desterritorializadas. E, a ser assim, o aparecimento de comunidades que têm por base uma desterritorialização da nação vai necessariamente fazer erodir o próprio conceito de Estadonação, obrigatoriamente modificando-o. São muitos os exemplos que ilustram esta realidade. Tomemos o caso das relações jurídico-políticas entre o país de origem e as suas comunidades de migrantes e seus descendentes no exterior. Neste caso, são várias as lógicas que podemos observar. Pode ter-se uma dupla filiação jurídico-política mas não se ser transnacional, pode ser-se transnacional sem se possuir uma dupla cidadania O transnacionalismo aparece assim (potencialmente) como um novo tipo de nacionalismo. Um tipo de nacionalismo que é, contudo, diferente do nacionalismo da diáspora. O nacionalismo da diáspora pôde transformar-se num movimento de reterritorialização e de Estado (e.g. o papel dos emigrantes cabo-verdianos na luta pela independência de Cabo Verde, o caso da diáspora judaica que deu origem ao Estado de Israel). O nacionalismo transnacional, por seu turno, só pode ganhar forma depois do nacionalismo e/ou do Estado-Nação se terem concretizado. O nacionalismo transnacional surge como uma espécie de comunitarismo à escala global que recria e estimula as características principais do nacionalismo mas fora das fronteiras do Estado-nação a que está ligado. Este nacionalismo transnacional, pode também influenciar o próprio Estado, podendo assumir formas de estímulo tão diversas como: alteração de leis de nacionalidade para acolher descendentes de cidadãos nacionais que residam no exterior; fomento do envio de remessas financeiras; abertura de embaixadas, consulados ou outros serviços em países ou regiões de fixação de emigrantes; implementação de carreiras aéreas ou de rotas marítimas entre regiões de fixação de emigrantes e o país de origem; criação de programas de atracção das segundas gerações, promoção da cultura nacional em territórios longínquos, etc. (Foner, 2001; Basch et al., 1992).

13 Transnacionalismo e Migrações Uma ideia estruturante para todos os citados autores que teorizam o transnacionalismo, os espaços transnacionais ou as comunidades transnacionais, advém do facto de não poderem existir comunidades transnacionais sem a existência de uma consistente rede (migratória ou outra) que as alimentem e suportem (Basch et al., 1992; Hannerz 1996; Smith e Guarnizo, 1998; Portes, 1997; Portes et al., 1999; Vertovec, 1999). Esta rede é entendida, no sentido que lhe atribui Manuel Castells, (1996) quando afirma que as partes que compõem a rede - conectadas por nódulos e centros - são simultaneamente autónomas e dependentes do seu sistema complexo de relações. Para Castells, são as novas tecnologias as responsáveis por este incremento da importância das redes transnacionais. Para outros autores, como Robin Cohen (1997) ou Van Hear (1998), é sobretudo o papel desempenhado pelas comunidades de migrantes e/ou por comunidades étnicas na diáspora, que constitui o elemento distintivo ou the exemplary communities of the transnational moment como lhes chamou Kachig Tölölyan, (1991: 5). Tomemos como exemplo o caso das migrações cabo-verdianas. Entre uma primeira geração em que a povoação ou a ilha de origem assumem uma importância essencial, e a segunda ou terceira geração, em que a família, a língua ou a «etnicidade» constituem as principais bases para a formação da "rede", existem evidentes diferenças. Esta é aliás, uma das principais interrogações levantadas pela conceptualização de comunidades transnacionais. Como afirmam Cordero-Guzmán, et al. se os filhos de imigrantes não participam nada em actividades transnacionais ou não são significativamente afectadas por elas, então é porque este é principalmente um assunto da primeira geração (2001: 21) e, portanto, de importância meramente conjuntural. Na verdade, esta constitui uma das interrogações que nos propomos abordar. O facto de pretendermos realizar, por um lado, um estudo intergeracional e, por outro, um estudo multiterritorial, permitirá analisar a importância da continuidade dos fluxos (e.g. de um fluxo migratório) como suporte para a existência de uma transnacionalização das comunidades, para uma sustentação das práticas transnacionais e para a emergência de uma identidade (trans)nacional. Voltaremos a esta ideia mais à frente. Para já analisemos melhor as lógicas associadas ao problema da definição ou conceptualização do transnacionalismo nas chamadas segundas gerações. Para Schiller e Fouron (2001), o problema da conceptualização de uma segunda geração transnacional tem que ver com o modo como o processo de socialização e de estruturação da sua identidade foi (e é) realizado, tanto nos países de destino como no país de origem. Ou seja, para

14 estes autores, a transnacionalização já não depende do processo migratório em si mas da partilha de conceitos comuns. O prefixo trans refere-se, neste caso, a distintas (e por vezes conflituais) referências multipolares, de realidades conceptualmente tão complexas como Estado, Nação, Cultura, Geografia ou Identidade (Basch, Glick Schiller, e Szanton Blanc 1994: 7). Por exemplo, em momentos de emigração de massa a nação' (co)existe numa diáspora global sem fronteiras (Tölölyan 1996 citado em Fitzgerald, 2002: 3), mas, com o passar do tempo, algumas das comunidades étnicas assim formadas partilharão uma ideia de nação, muitas vezes apenas imaginada (Anderson, 1991). Esta conceptualização estende as possibilidades de transnacionalizar a nação muito para além da primeira geração de imigrantes. Por outro lado, uma observação atenta dos fenómenos migratórios contemporâneos permite concluir que os imigrantes actuais, ao contrário dos imigrantes do início do século XX, ao invés de se tornarem nacionais hifenizados (e.g. cabo-verdianos-americanos, luso-guineenses; dutchcapverdians, luso-africanos, etc.) ou de alimentarem um mito de retorno que lhes permita uma diferenciação identitária, partilham uma identidade entre vários locais, partilham uma identidade com os que migraram para outros destinos e com muitos dos que não migraram e ficaram no país de origem (Foner, 2001: 36; Carling, 2001), com os que pertencem à primeira geração de migrantes, como também com aqueles que já nasceram em países terceiros. Todos eles partilham um conjunto de elementos identitários comuns que, não sendo já apenas e só nacionais, serão, muitos deles, em nosso entender, transnacionais. A ser assim, a identidade social transnacional será um fenómeno comum a vários povos com amplas diásporas ou vastos grupos de indivíduos co-étnicos residindo fora do território original do estado-nação a que pertencem (ainda que apenas imaginariamente). Observemos o exemplo de Cabo Verde. 3. Transnacionalismo Cabo-verdiano Em Cabo Verde as migrações internacionais dizem respeito a (quase) toda a gente o que nem é de estranhar numa nação com a sua história migratória (Carreira, 1982; Góis, 2002) e em que existem mais cabo-verdianos e seus descendentes no exterior do que no território de origem (IC, 2003). Isto significa que quase não existe ninguém que não tenha um membro da sua família, um amigo, ou um vizinho no estrangeiro. Por outro lado, quase não existem cabo-verdianos que não tenham, num momento das suas vidas, considerado a migração como uma opção (Carling, 2001), que não tenham migrado internamente (e.g. para uma outra ilha) ou que não tenham sofrido a influência de um familiar, amigo ou conterrâneo no estrangeiro.

15 No entanto, nem todos os emigrantes são, ou podem vir a ser, considerados transmigrantes. Pode fazer-se, por exemplo no caso dos cabo-verdianos, uma clara distinção entre os imigrantes na Europa ou no Senegal e os kriolu nos EUA e, por contraponto, entre os emigrantes nos EUA da primeira vaga, os merkanu, (Sanchéz, 1998: 22) e os emigrantes em países como S. Tomé e Príncipe, o Brasil ou a Argentina (Lahitte, 1987, Maffia, 1986). Muitos dos emigrantes caboverdianos no primeiro grupo de países, desde sempre mantiveram práticas transnacionais (Meintel, 2002). Por exemplo, nunca se desligaram do país ou das pequenas aldeias de origem, mantendo a diferentes níveis contactos: diários (por telefone); regulares (por carta); enviando remessas de diferentes tipos para a família; ou através de visitas sazonais no Natal, na Páscoa ou nas férias. Já os do segundo grupo de países podem ser agrupados num mesmo conjunto de práticas de menor intensidade transnacional (Góis, 2002: 141) em que os contactos são meramente ocasionais. Os cabo-verdianos de S. Tomé e Príncipe, por seu turno, devido à carência de capital económico, e em muitos casos, de capital social, ficaram presos no fim de uma linha migratória que foi entretanto encerrada. Estes últimos, muitos milhares, não são, na maioria dos casos, transnacionais e cristalizaram, por isso, uma identidade cabo-verdiana pré-nacional por oposição à criação de uma identidade transnacional actualmente em curso para os grupos que pertencem a comunidades transnacionais. Temos então várias possibilidades de enunciar a identidade: identidade pré-nacional, identidade nacional e identidade transnacional. Explicitemos melhor o que sabemos e aquilo que apenas vislumbramos mas de que andamos à procura. Comecemos por descrever algumas das características do transnacionalismo cabo-verdiano. Genericamente podemos afirmar que o transnacionalismo não é, de modo algum, um fenómeno novo mas que o transnacionalismo actual é diferente do velho transnacionalismo (Foner, 1997, 2001). Ao analisarmos as migrações cabo-verdianas, ao longo dos últimos dois séculos, facilmente nos apercebemos de múltiplas situações de transnacionalismo nos migrantes cabo-verdianos em diferentes países já no finais do século XIX ou no dealbar do século XX, da presença de famílias transnacionais, de uma existência de um tipo de vida transnacional que antecipou em muito o aparecimento do conceito (Meintel, 2002: 26). Deidre Meintel, por exemplo, refere o caso de caboverdianos marinheiros de navios baleeiros americanos que passavam temporadas no mar, temporadas em Cabo Verde e temporadas nos EUA no início do século XIX (Meintel, 2002: 30). Outros exemplos de transnacionalismo precoce podem ser encontrados nos modos de vida destes imigrantes, que não raramente partiam jovens e solteiros, regressavam ao fim de uns anos para se casarem e logo re-emigravam deixando a família no arquipélago e mantendo uma vida partilhada

16 (não raras vezes apenas imaginariamente) entre dois países diferentes. O envio de remessas, de múltiplos tipos, assegurava as ligações entre a nha terra ou terra de origem e a terra longe, o estrangeiro. Como o casal funcionava como uma única unidade económica, a mulher na terra assegurava a criação dos filhos e a manutenção dos bens apesar (ou para além) das longas ausências do companheiro. Com a reforma e o retorno dos americanos a família retomava o seu perfil tradicional (Meintel, 1984). Por altura do início do século XX um outro fenómeno de transnacionalismo emerge graças ao incremento de carreiras regulares de passageiros entre os EUA e Cabo Verde: os emigrantes temporários para trabalharem na agricultura da Nova Inglaterra (Halter, 1995). Estes emigrantes, que se tornariam temporários regulares em migrações circulares, partilhavam, literalmente, a sua vida entre o arquipélago e a América ao sabor das necessidades. Marilyn Halter refere-se ao facto de estes migrantes irem trabalhar para os mesmos patrões em anos sucessivos e retornarem a Cabo Verde já contratados para a época seguinte (Halter, 1995: 75). Alguns destes cabo-verdianos ficavam (temporária ou permanentemente) nos EUA concentrando-se junto de patrícios e formando núcleos com fortes ligações transnacionais. O envio de remessas por intermédio destes imigrantes circulares e o fácil acesso ao arquipélago que as carreiras regulares dos veleiros permitiam aumentaram as práticas transnacionais (Lobban, 1995). O fim do ciclo migratório transatlântico, por imposição conjugada do sistema de quotas e de falta de sancionamento político por parte do regime colonizador português, impôs uma diminuição das práticas transnacionais destas populações dos dois lados do atlântico. Com o iniciar do ciclo migratório europeu (pós II Guerra-Mundial) ocorre uma nova fase transnacional nas migrações cabo-verdianas. Por um lado, com a migração dos homens para a Holanda, como marítimos, repetem-se as práticas transnacionais dos seus antepassados marinheiros tripulantes dos navios baleeiros norte-americanos. Novamente períodos intercalados no arquipélago e no mar, períodos na Holanda que dão origem a sedentarizações e ao estabelecimento de núcleos de emigrantes, famílias transnacionais e práticas transnacionais no envio de remessas, vidas partilhadas entre diferentes espaços geográficos. A migração de mulheres sós para Itália (anos 60-70) promove, um novo nível de transnacionalismo, para além das práticas já mencionadas, nomeadamente o envio de remessas de vários tipos, as famílias transnacionais, etc., surge a migração inter nódulos ou núcleos migratórios. São os homens cabo-verdianos imigrantes na Holanda que vão passar férias a Itália ao encontro das patrícias aí imigradas, são estas que fazem o caminho inverso (Andall, 1998, 1999, 2000; Monteiro, 1997, Góis, 2002). Portugal como núcleo de

17 emigrantes em crescimento entra igualmente no âmbito destas circulações transnacionais. Por esta altura, as práticas transnacionais envolvem mais do que o país de origem ou o país de destino, (múltiplos) terceiros países. A circulação de indivíduos entre nódulos do arquipélago migratório, para férias, festas ou até no momento da reforma (Farelo, s/d), torna-se prática corrente. A circulação de bens (económicos, sociais e culturais) acompanha este transnacionalismo. Com a independência do país, em 1975, (e das outras ex-colónias portuguesas em África) desponta um novo nível de transnacionalismo ao mesmo tempo que algumas das práticas transnacionais referidas anteriormente arrefecem. Por um lado, a (nova) nacionalidade cabo-verdiana, a que muitos acedem sem o quererem, impossibilita por um certo hiato temporal a circulação migratória transnacional para muitos dos que não conseguem aceder aos circuitos migratórios tradicionais. É o caso dos cabo-verdianos que ficam presos na linha do Sul (e.g. São Tomé e Príncipe ou Angola). Por outro lado, com o repatriamento dos ex-funcionários coloniais e suas famílias, muitos destes aproveitam a ocasião para re-emigrar para os EUA, para Portugal ou para outros países europeus reforçando o ciclo migratório europeu em curso e as práticas transnacionais que este permite. Ao longo das últimas três décadas a migração para a Europa (e no interior desta) intensificou-se significativamente bem como o tipo de práticas transnacionais envolvidas, o género de actores que as desenvolvem e as estratégias utilizadas para as concretizar. A emergência de novos actores intensamente transnacionais que se movem de um espaço social transnacional, indistintamente no seio das várias comunidades emigradas ou no arquipélago, os transmigrantes, dá origem a um novo patamar de transnacionalismo. Os empresários transnacionais tradicionais que circulam indistintamente entre as diferentes comunidades emigradas, o país de origem e terceiros países são um bom exemplo. As rabidantes (Marques et al., 2000; Grassi, 2003) mulheres que circulam a uma escala transnacional, movendo-se essencialmente num mercado informal transnacional levando com elas produtos cabo-verdianos tradicionais para serem vendidos aos cabo-verdianos que vivem no estrangeiro, e trazendo de volta a Cabo Verde produtos de consumo de massa são disso um outro exemplo. Os músicos cabo-verdianos envolvidos em práticas transnacionais são um segundo exemplo a destacar já que a música é inclusivamente um forte elo de ligação e expressão da transnacionalidade da sua cultura (Esteves e Caldeira, 2000: 15). Mas há outros exemplos menos óbvios, apelidados por Meintel (2002) de novos transmigrantes, como os políticos transnacionais cabo-verdianos que circulam entre o país de origem e o exterior consoante a rotatividade dos partidos no governo ou na oposição. Podemos falar ainda de uma nova geração de actores transnacionais, económica e socialmente pouco visíveis (por enquanto) mas que vêm emergindo

18 como agentes de mudança nas múltiplas sociedades em que ocorre a sua presença: os estudantes cabo-verdianos no exterior. Em países como Portugal e o Brasil são já muitos os milhares de estudantes que adoptam práticas transnacionais partilhando as suas vidas entre vários países. Em primeiro lugar movimentos migratórios pendulares ocorrem ao ritmo dos períodos escolares entre o arquipélago de origem e os países de residência. Em segundo lugar ocorre uma prática de vida comunitária no seio destes países igual, ou talvez mesmo superior, à de núcleos de migrantes laborais. Em terceiro lugar há uma circulação migratória entre estas comunidades e, por último, todo um conjunto de remessas (incluindo por vezes remessas financeiras) circula no seio destas comunidades e núcleos e o país natal. Um último, mas importante, elemento distintivo da transnacionalidade cabo-verdiana são as famílias transnacionais (Bryceson e Vuorela, 2002). Vários estudos têm referido a existência de uma dispersão familiar cabo-verdiana por múltiplos países (França, et al., 1992; Honório e Evaristo, 1999; Malheiros, 2001, Góis, 2002) e são múltiplos os indícios de que é esta dispersão familiar (num conceito de família não nuclear, portanto alargada) a base de sustentação da circulação migratória cabo-verdiana. Resumindo, o transnacionalismo não é um fenómeno recente em Cabo Verde ou para os emigrantes cabo-verdianos e seus descendentes presentes em muitos países do mundo. Não sendo a emigração um fenómeno novo, como procurámos demonstrar num outro estudo (Góis, 2002), a pergunta que nos surge é de que forma ele foi condicionante para a construção da identidade social (colectiva) dos cabo-verdianos e de que modo influencia no presente a construção de uma identidade social que já não é nacional mas sim, pensamos, transnacional. Analisemos o que entendemos por identidade para concretizarmos melhor o nosso objecto de estudo. 4. Identidade, Identidade Social, Identidade Transnacional O conceito de identidade é um conceito complexo e multidimensional ampla e diversificadamente usado, tanto num sentido de senso comum, como no modo como é usado por várias ciências sociais e/ou nos estudos humanísticos, ainda que raramente definido em qualquer dos casos. Comecemos, portanto, por admitir que não há uma definição totalmente satisfatória para a questão: «o que é a identidade?». Em primeiro lugar não há apenas uma definição mas há muitas (Abdelal et al., 2001). Não há uma consistência no uso do conceito e também não existe uma unanimidade no modo de o operacionalizar. No entanto, de acordo com o cientista político James Fearon (1999) existem pelo menos algumas bases para um consenso sobre o que é ou a que se refere identidade : "As we use it now, an "identity" refer to either (a) a social category, defined by membership rules and (alleged) characteristic attributes or expected behaviors, or (b) socially distinguishing features that a person takes a special pride in or views as unchangeable but

19 socially consequential (or (a) and (b) at once). These two social categories may be termed "social" and "personal (Fearon, 1999: 3). A identidade pode, portanto, ser duplamente demarcada: por um lado, socialmente e/ou por outro, individualmente. Voltemos a Fearon para melhor esclarecer estas duas definições: A personal identity is "a set of attributes, beliefs, desires, or principles of action that a person thinks distinguish her in socially relevant ways that (a) the person takes a special pride in; (b) the person takes no special pride in, but which so orient her behavior that she would be at a loss about how to act and what to do without them; or (c) the person feels she could not change even if she wanted to" (Fearon, 1999, 2). A social identity, in contrast, is a collective identity an identity that describes a group of people. A social identity "refers simply to a social category, a set of persons marked by a label and distinguished by rules deciding membership and (alleged) characteristic features or attributes" (Fearon, 1999, 11). No caso da identidade social, em que concentraremos o cerne da nossa investigação, isto significa que à pergunta: «o que é a identidade?» dever-se-ia responder algo do tipo: «é a resposta à questão quem sou eu? Quem somos nós?». Claro que podemos responder a esta questão de múltiplas maneiras dependendo, por exemplo, do contexto e por isso, por definição, podemos ter múltiplas identidades. De acordo com Fearon (1999: 13) a identidade é, portanto, uma categoria social contextual, isto é, depende dos contextos de interacção e do modo como eu me classifico (ou sou classificado pelos outros) perante um determinado contexto. No caso da identidade social baseada na etnicidade requer ainda uma explicitação mais profunda. Ora, de acordo com Brady e Kaplan (2000): ethnicity is constructed from a wide variety of factors and traits such as a collective ancestry, shared historical memories, or common culture, homeland, language, religion, or race. Much debate about ethnicity has centered on primordialist versus constructivist interpretations of ethnic identity. Primordialists identify ethnic groups based almost exclusively on ascriptive characteristics, such as race, blood descent, religion, and language, and they view ethnic groups as natural and fixed entities. Most scholars, however, espouse a constructivist or situational perspective in which ethnic identity is the result of group interactions that evolve with changing contexts. For those who view ethnicity as constructed, it is a social identity arising through group formation, individual identification with the group, and interaction between different ethnic groups. For us, ethnicity is a social phenomenon that at the group level is a product of individual choices influenced by contextual factors such as elite influence, available information, contact between individuals, and socialization. At the level of the individual, ethnicity also reflects psychological processes described by social identity and self-categorization theories. Once group identities exist, they interact with individual attitudes and choices in an ongoing fashion. The creating of mutually perceived similarity between ingroup members, not only leads to more consensual behavior in terms of the norms and values that define one s group, but it also produces shared expectations of agreement between ingroup members. Group identities create similar attitudes within groups. Ethnic identities are constructed and reconstructed as social opportunities change. For example, altered circumstances can cause group-members to consider the costs and benefits of changing their primary language and possibly their ethnic identity as well. Thus, ethnic identity is far from fixed. It changes over time. (Brady e Kaplan, 2000: 3).

20 Vejamos um exemplo devidamente contextualizado sobre o caso cabo-verdiano. A invisibilidade social dos cabo-verdianos (Bryce-Laporte, 1972) em múltiplos países onde se encontram comunidades numerosas, como nos EUA, na Holanda, no Luxemburgo, na Argentina (Maffia, 1993) ou em França é uma marca identitária que resulta tanto do fechamento da comunidade sobre si própria, (como eles dizem «nos ku nos»), como de uma não integração/incorporação/assimilação plena nas sociedades de destino da emigração cabo-verdiana (Góis, 2002). A integração/incorporação/assimilação ao mesmo tempo que provoca uma convergência social no destino provoca um afastamento em relação à origem, isto é, quanto mais integrados menos caboverdianos. Este fenómeno, bem retratado no caso dos cabo-verdianos de Boston por Gina Sanchez (1998, 1999), implicou uma distinção no seio do próprio grupo emigrado: entre os cabo-verdianosamericanos (os merkanu), que chegaram há mais tempo, e os recém chegados (os kriolu). Esta caboverdianidade dual na diáspora gera conflitos, debates, perplexidades e contribui, pensamos, para influenciar a identidade cabo-verdiana no seu todo, uma vez que a influência da terra longe na nha terra (ou da nha terra na terra longe), é um fenómeno de relevância assinalável. Assim, não são apenas os kriolus que são potencialmente transnacionais nem é apenas a estes que o Estado caboverdiano se refere quando fala dos cabo-verdianos na América. Existe entre os caboverdianos uma aceitação de que a identidade social cabo-verdiana, a cabo-verdianidade é um conceito amplo em que todos (de uma modo diferenciado é certo) podem coexistir. A constatação de que existe uma obrigatoriedade de negociar uma identidade social colectiva, muitas vezes socialmente invisível, numa base quotidiana e em contextos sociais diversos, obriga os caboverdianos emigrados ou os seus descendentes a repensar e a reconstruir a sua própria identidade já que, como afirma Bourdieu, a identidade social se afirma essencialmente pela diferença perante o outro (Bourdieu, 1979: 191) um outro que muda no tempo e no espaço. O facto de se aceitar que Merkanus e Kriolus são ambos cabo-verdianos mostra o grau de aceitação co-étnica existente e neste sentido, a identidade social manifesta-se sob a forma de uma pertença a uma categoria social (membership in a social category). No entanto, esta definição não abarca toda a realidade, por exemplo, no caso da identidade étnica, afirma Fearon (1999: 18): the short definition an identity is a social category" misses an unelaborated argument implicit in the contemporary concept of identity. The argument holds that social categories enter into our sense of ourselves as individuals (a temporary gloss for personal identity) in complex and possibly nefarious or coercive ways. Thus, identity" can invoke not just a social category (content plus membership rules) but also the unarticulated ways that social identity constitutes personal identity (Fearon, 1999: 18).

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