SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA"

Transcrição

1 SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GGH a 17 Outubro de 2007 Rio de Janeiro - RJ GRUPO I GRUPO DE ESTUDO DE GERAÇÃO HIDRÁULICA GGH UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS PROCESSOS APROXIMADOS PARA A ANÁLISE SÍSMICA DE BARRAGENS DE CONCRETO Paulo Marcelo Vieira Ribeiro* Lineu José Pedroso Sílvio Caldas UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA ELETRONORTE RESUMO A proposta deste trabalho é apresentar um estudo comparativo entre dois níveis de análises sísmicas utilizados para o cálculo de tensões em barragens de concreto. São metodologias práticas, que permitem determinar as solicitações sísmicas que ocorrem durante a ação do sismo. Estes carregamentos são posteriormente aplicados em uma análise estática equivalente. Os resultados das análises indicam que o procedimento tradicional de dimensionamento de barragens pelo método Pseudo-Estático não produz alterações significativas no estado de tensões, de forma a influenciar o dimensionamento destas estruturas, e que este procedimento, antes considerado conservativo, pode produzir resultados contrários à segurança estrutural quando comparados aos obtidos pelo Método Pseudo-Dinâmico. PALAVRAS-CHAVE Barragens, Sismos, Tensões, Pseudo-Estático, Pseudo-Dinâmico INTRODUÇÃO A modernização das barragens brasileiras exige novas considerações quanto às ações que podem solicitar este tipo de estrutura. O território nacional, embora localizado em uma região de atividade sísmica de baixa intensidade, já foi cenário de sismos com magnitudes maiores que 6, e sofre com os reflexos de terremotos produzidos em outras localidades além do risco inerente a estas estruturas que é a sismicidade induzida pelo reservatório. A grande quantidade de água acumulada por uma barragem torna catastrófico o cenário de uma eventual ruptura. Portanto, um dimensionamento estrutural que leve em consideração os efeitos sísmicos é fundamental para a concepção deste tipo de estrutura. Neste trabalho serão apresentados dois níveis de análises sísmicas: o Método Pseudo-Estático e o Método Pseudo-Dinâmico. O primeiro nível de análise trata a barragem como um corpo rígido acelerado em fluido incompressível, ao passo que o segundo analisa a resposta espectral da estrutura, levando em consideração os efeitos da flexibilidade da barragem e compressibilidade do fluido. Tradicionalmente, as barragens gravidade de concreto tem sido projetadas e analisadas por um procedimento muito simples, que não considera a elasticidade da estrutura e a compressibilidade da água (Método Pseudo- Estático). Alguns autores já constataram que a consideração destes efeitos pode produzir tensões significativas na barragem, indicando que o procedimento simples pode não ser adequado ao projeto de barragens de concreto (1) e (2). (*) Campus Universitário Darcy Ribeiro Faculdade de Tecnologia Dep. Engenharia Civil e Ambiental - ENC CEP Brasília, DF Brasil Tel: (+55 61) ramal pauloribeiro@unb.br

2 2 Um estudo desenvolvido por Chopra (1) indica uma alternativa para o cálculo das ações sísmicas, capaz de incorporar os efeitos da elasticidade da estrutura e da compressibilidade da água. Trata-se de um procedimento analítico simplificado, baseado na resposta espectral da estrutura. Sua aplicação consiste basicamente no cálculo do carregamento sísmico, que deverá ser aplicado à barragem, para uma análise estática posterior (2). Nas situações em que a barragem pode ser tratada como um corpo rígido (período de vibração aproximadamente igual a zero), o modelo proposto pelo Método Pseudo-Estático é adequado, e uma distribuição constante de acelerações sísmicas ao longo da altura do maciço pode ser adotada. Neste método considera-se que a barragem mantém a mesma aceleração de uma fundação infinitamente rígida, e a aceleração de pico do solo produz os maiores efeitos sísmicos na estrutura. Entretanto, existem situações onde os efeitos da flexibilidade da barragem devem ser considerados, e a análise da resposta dinâmica da estrutura se faz necessária. Existem relatos de acidentes ocorridos com barragens que foram dimensionadas pelo procedimento tradicional, e que apresentaram solicitações sísmicas bem maiores que as previstas pelo procedimento usual de corpo rígido (1). A barragem de Koyna, por exemplo, foi dimensionada com um coeficiente sísmico de 0.05g. Entretanto, o terremoto de 1967, ocorrido na Índia, foi capaz de produzir solicitações que excederam as considerações de projeto. Como conseqüência, diversas fissuras foram formadas ao longo da barragem. As Figuras 1 e 2 ilustram as respostas de aceleração total produzidas em um sistema de 1 grau de liberdade (obtidas por integração numérica, utilizando o método de Runge-Kutta de quarta ordem), quando submetido a um intervalo de curta duração da componente norte-sul do terremoto El Centro 1940 (3). O primeiro sistema apresenta um período de vibração igual a 0.02s, ao passo que o segundo sistema apresenta um período de vibração igual a 1s. O amortecimento para as duas situações é igual a 2%. Podemos observar que no primeiro sistema (Figura 1) a resposta de aceleração total se aproxima da aceleração do solo. Ou seja: o sistema tem um comportamento de corpo rígido. No segundo sistema observa-se uma amplificação da resposta de aceleração total em relação a componente produzida pelo sismo. Em um instante específico a aceleração total atingida pelo sistema é quase o dobro do valor da aceleração do solo. Resposta de Aceleração (Terremoto El Centro ) 0,05 0,04 0,03 acel. total (Runge Kutta) acel. solo (El Centro) 0,02 a (g) 0,01 0,00 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70-0,01-0,02-0,03 tempo (s) FIGURA 1 Resposta de aceleração total do sistema de 1 grau de liberdade (T=0.02s) O comportamento apresentado na Figura 1 revela uma importante característica dos espectros de análise sísmica de estruturas. Nestes diagramas, a aceleração espectral tende a se aproximar da aceleração de pico do solo à medida que o período de vibração da estrutura diminui. Ou seja: o sistema adquire propriedades de um corpo rígido, com a resposta de aceleração total aproximadamente igual à aceleração do solo. Nestes casos a utilização do Método Pseudo-Estático é aceitável. De acordo com Ghrib (4), a utilização deste procedimento é válida para barragens com períodos fundamentais de vibração inferiores a 0.03s. Desta forma a barragem pode ser tratada como um corpo rígido, com aceleração constante, e de valor igual ao do solo, distribuída ao longo de sua altura. A amplificação da resposta de aceleração total é inexistente. O comportamento apresentado na Figura 2 revela uma amplificação da resposta de aceleração total em relação ao registro de aceleração do solo. Em alguns casos a amplificação atinge 75% do valor da aceleração do solo. Uma barragem com as características dinâmicas deste sistema, dimensionada pelo procedimento tradicional, teria uma aceleração de pico de aproximadamente 0.04g, ao passo que a estrutura flexível atinge uma aceleração máxima de 0.07g.

3 3 Resposta de Aceleração (Terremoto El Centro ) 0,08 0,06 acel. solo (El Centro) acel. total (Runge Kutta) 0,04 0,02 a (g) 0,00 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70-0,02-0,04-0,06-0,08 tempo (s) FIGURA 2 Resposta de aceleração total do sistema de 1 grau de liberdade (T=1s) O MÉTODO PSEUDO-ESTÁTICO Na solução pseudo-estática as ações sísmicas (ver Figura 3) são tratadas como carregamentos estaticamente aplicados. Neste nível de análise sísmica as forças de inércia são dadas por um campo de aceleração uniformemente distribuido igual a aceleração de uma fundação infinitamente rígida, definido como coeficiente sísmico atuando na massa da barragem. A amplificação dinâmica causada pela flexibilidade da estrutura não é considerada. As forças hidrodinâmicas são obtidas por um movimento de corpo rígido acelerado em direção a um fluido incompressível, levando a solução de Westergaard (5). O coeficiente sísmico é definido de acordo com a sismicidade local, e é aplicado uniformemente ao longo da altura da barragem. De acordo com Priscu (6) as principais desvantagens deste método surgem da desconsideração: da elasticidade da estrutura, da aceleração da fundação ao longo do tempo, do amortecimento, e da resposta dinâmica. FIGURA 3 Ações sísmicas pseudo-estáticas e distribuição do coeficiente sísmico O carregamento sísmico deste nível de análise é dado pela Equação (1). PGA CS..( y) = w ( ) S y gp( y) g + (1) onde: y = relação entre a posição acima da base e a altura da barragem; w y = peso da barragem por unidade de altura; S ( ) PGA g = aceleração de pico do solo, em termos de g; ( ) g p y = peso adicional (termo relacionado à pressão hidrodinâmica com fronteira rígida).

4 O MÉTODO PSEUDO-DINÂMICO Este procedimento analítico foi desenvolvido por Chopra (1), como um cálculo manual alternativo em relação a procedimentos mais gerais, que requerem a utilização de um computador. Trata-se de uma análise simplificada do espectro de resposta, que determina a reposta da estrutura no modo fundamental de vibração para um movimento horizontal do terreno (7). Chopra (1) observou que a resposta de estruturas de curto período de vibração, tais como as barragens de concreto, submetidas a solicitações sísmicas, era em grande parte influenciada pelo modo fundamental de vibração. Em suas análises Chopra também concluiu que as componentes verticais de aceleração do solo exerciam pouca influência na resposta da estrutura. Propôs então, a partir destas considerações, uma metodologia simplificada para a análise preliminar de barragens. A barragem, que no Método Pseudo-Estático era suposta rígida, passou a ser considerada flexível, e a água contida no reservatório tratada como um fluido compressível. A força de inércia e a pressão hidrodinâmica passaram a depender do modo fundamental de vibração da estrutura. A distribuição do coeficiente sísmico deixou de ser constante ao longo da altura da barragem, assumindo uma configuração proporcional ao modo fundamental de vibração, conforme ilustrado na Figura 4. FIGURA 4 Resposta da estrutura e distribuição do coeficiente sísmico no Método Pseudo-Dinâmico O coeficiente sísmico do Método Pseudo-Dinâmico leva em consideração as características particulares de cada sismo (analisadas por meio de um espectro de resposta). Desta forma deve-se consultar a aceleração espectral correspondente ao sismo desejado, indicando o período de vibração e o amortecimento da estrutura. As forças sísmicas calculadas com a aceleração espectral são utilizadas em uma análise estática equivalente. As principais desvantagens deste método surgem da desconsideração da natureza oscilatória e das características de curta duração da carga sísmica (6). O carregamento sísmico deste nível de análise (incluindo os efeitos do reservatório) é dado pela Equação (2). Uma explicação mais detalhada sobre a origem e aplicação deste carregamento pode ser obtida em (1) e (8). S a( TS) CS..( y) = 4 w ( ) ( ) S y ψ y + g p1 ( y) g onde: y = relação entre a posição acima da base e a altura da barragem; S a TS g = aceleração espectral, em termos de g, para o período fundamental T S ; ( ) ws ( y ) = peso da barragem por unidade de altura; ψ ( y) = deformada fundamental; g p1 ( y ) = peso adicional (termo relacionado à pressão hidrodinâmica com fronteira flexível) PROCEDIMENTO PARA ANÁLISE DE TENSÕES O cálculo das tensões nos paramentos da barragem pode ser conduzido facilmente por meio da metodologia apresentada em (9). O procedimento consiste na divisão da estrutura em diversas seções verticais, que serão os pontos de cálculo de tensões. Desta forma, é possível aproximar a função do carregamento sísmico, que inclui a contribuição das forças de inércia e hidrodinâmica, por diversos segmentos de reta. As solicitações em cada seção vertical são facilmente determinadas, sendo constituídas pela parcela do carregamento trapezoidal atuante na seção, acrescida da contribuição dos trechos acima da seção considerada. Estas solicitações devem ser adicionadas às obtidas na análise estática da barragem (em condições normais de operação). As tensões principais nos paramentos são dadas pelo equilíbrio de elementos infinitesimais nas faces de montante e jusante da barragem, em função da tensão normal, ângulo de inclinação do paramento e pressões na face em análise. (2)

5 ESTUDO COMPARATIVO Um perfil arbitrário (ver Figura 5-a) será analisado tanto pelo Método Pseudo-Estático, como pelo Método Pseudo-Dinâmico. O estudo comparativo entre estes dois métodos irá servir como base para as principais conclusões deste trabalho. Será utilizado um espectro de projeto real (ver Figura 5-b), apropriado para o projeto sísmico em regiões de solo firme na Califórnia EUA, para sismos de intensidade semelhante ao registrado em Taft, durante o terremoto de Kern Country, ocorrido em julho de 1952 (1). Neste trabalho este espectro encontrase corrigido por um fator de escala, para representar um sismo com aceleração de pico do solo de 0.1g. 5.1 Barragem Analisada e Características da Análise Trata-se de um perfil arbitrário de uma barragem de concreto gravidade. As propriedades dos materiais utilizados nas análises são as seguintes: - peso específico da água: 9.81 kn/m 3 - peso específico do concreto: kn/m 3 - módulo de elasticidade do concreto: 48.3 GPa Na análise pseudo-estática a barragem será considerada rígida, acelerada de acordo com a aceleração de pico do solo (0.1g). Na análise pseudo-dinâmica o carregamento sísmico será calculado de acordo com o procedimento apresentado em (8). A aceleração sísmica neste nível de análise depende do espectro utilizado e do período fundamental de vibração da barragem, considerando a influência do reservatório. Nas duas análises serão considerados os efeitos do sismo atuando nas duas direções (montante e jusante). Os efeitos do peso-próprio e da pressão hidrostática também serão computados. 5.2 Análise Pseudo-Estática FIGURA 5 Geometria da barragem analisada (a) e espectro de projeto utilizado (b) Nesta análise a barragem foi dividida em 15 seções de cálculo de tensões. A aceleração de pico do solo do espectro representado na Figura 5-b foi aplicada nos sentidos de montante e jusante. Desta forma foi possível determinar as tensões principais mínimas que surgem nos paramentos da barragem. Os termos auxiliares do cálculo do carregamento sísmico deste nível de análise encontram-se representados na Tabela 1. TABELA 1 Termos auxiliares do cálculo do carregamento sísmico (Pseudo-Estático)

6 6 5.3 Análise Pseudo-Dinâmica Neste procedimento a barragem também foi dividida em 15 seções de cálculo de tensões. O período fundamental de vibração da barragem, incluindo o efeito do reservatório, é aproximadamente igual a 0.18s. Este valor corresponde no espectro da Figura 5-b a uma aceleração espectral de valor igual a 0.135g. Pode-se notar o efeito da amplificação da aceleração, pois a aceleração de pico do solo corresponde a apenas 0.1g. Ou seja: a flexibilidade da estrutura está amplificando a resposta dinâmica. Os termos auxiliares do cálculo do carregamento sísmico deste nível de análise encontram-se representados na Tabela 2. TABELA 2 Termos auxiliares do cálculo do carregamento sísmico (Pseudo-Dinâmico) 5.4 Distribuição de Tensões Principais Máximas e Mínimas nos Paramentos As tensões principais máximas e mínimas nos paramentos da barragem foram obtidas utilizando o procedimento descrito no Item 4.0. As Figuras 6 a 9 ilustram a distribuição destas tensões nos paramentos de montante e jusante, respectivamente. Quando as ações sísmicas estão aplicadas no sentido de jusante observam-se as menores tensões principais no paramento de montante e as maiores tensões principais no paramento de jusante. Quando estas ações atuam no sentido de montante, ocorrem as maiores tensões principais no paramento de montante e as menores tensões principais no paramento de jusante. A convenção de sinais utilizada é positiva para tensões de compressão. TENSÕES PRINCIPAIS MÍNIMAS NO PARAMENTO DE MONTANTE 70 Elevação (m) Pseudo-Estático Pseudo-Dinâmico Est át ico Tensões (kpa) FIGURA 6 Distribuição de tensões principais mínimas no paramento de montante A análise das Figuras 6 e 7 revela que os efeitos produzidos pelo sismo produzem uma alteração significativa no estado de tensões da barragem, quando comparado à análise estática. Ocorre uma diminuição na magnitude das tensões em ambos os paramentos. No procedimento pseudo-estático não ocorre inversão de sinal, e as tensões permanecem com características de compressão. No procedimento pseudo-dinâmico os efeitos produzidos pelo sismo são mais intensos, produzindo inversão de sinal em ambos os paramentos. Ou seja: ocorrem tensões de tração nos paramentos quando o carregamento sísmico do procedimento pseudo-dinâmico é aplicado à barragem.

7 7 TENSÕES PRINCIPAIS MÍNIMAS NO PARAMENTO DE JUSANTE Pseudo-Estático Pseudo-Dinâmico Est át ico Elevação (m) Tensões (kpa) FIGURA 7 Distribuição de tensões principais mínimas no paramento de jusante 70 TENSÕES PRINCIPAIS MÁXIMAS NO PARAMENTO DE MONTANTE Elevação (m) Pseudo-Estático Pseudo-Dinâmico Estático Tensões (kpa) FIGURA 8 Distribuição de tensões principais máximas no paramento de montante 70 TENSÕES PRINCIPAIS MÁXIMAS NO PARAMENTO DE JUSANTE Elevação (m) Pseudo-Estático Pseudo-Dinâmico Estático Tensões (kpa) FIGURA 9 Distribuição de tensões principais máximas no paramento de jusante A distribuição de tensões principais máximas nos paramentos de montante e jusante também é alterada de forma significativa pelas ações sísmicas, quando comparada à análise estática (ver Figuras 8 e 9). Os efeitos produzidas pela aplicação do procedimento pseudo-dinâmico produzem acréscimos de maior magnitude que os obtidos pelo procedimento pseudo-estático.

8 CONCLUSÃO Foram apresentados exemplos de aplicação de dois procedimentos para a análise sísmica de um perfil arbitrário de uma barragem de concreto gravidade submetida a um espectro real de projeto. O procedimento pseudoestático trata a barragem como um corpo rígido, desconsiderando os efeitos de amplificação da resposta dinâmica. Entretanto, muitas vezes a flexibilidade da barragem não pode ser desprezada. Apenas estruturas com períodos de vibração muito pequenos apresentam respostas sísmicas que se aproximam da resposta do solo (ver Figura 1), caracterizando um movimento de corpo rígido. Nas demais situações, as características dinâmicas da barragem devem ser levadas em consideração, tendo em vista uma possível amplificação da resposta estrutural (ver Figura 2). O procedimento pseudo-estático, que tradicionalmente foi utilizado no projeto de numerosas barragens (também conhecido como Método do Coeficiente Sísmico), produz resultados contrários à segurança estrutural quando aplicado a barragens que não podem ser tratadas como corpos rígidos. Recomenda-se a utilização deste procedimento apenas para estruturas com períodos fundamentais de vibração inferiores a 0.03s (4). A análise dos resultados apresentados revela que as ações sísmicas produzidas pelo Método Pseudo-Estático são bastante inferiores às produzidas pelo Método Pseudo-Dinâmico. A distribuição de tensões na análise pseudo-estática pouco influencia o projeto de uma barragem, pois as tensões de tração são praticamente inexistentes, e as de compressão sofrem acréscimos que dificilmente irão exceder a resistência à compressão do concreto. Entretanto, no procedimento pseudo-dinâmico, as tensões de tração podem ser significativas, influenciando diretamente na escolha da resistência à compressão do concreto, devido a baixa resistência à tração apresentada por este material. Em alguns casos são necessárias misturas especiais, para garantir a resistência necessária às regiões de tensões de tração elevadas (10) AGRADECIMENTOS Os autores agradecem a ELETRONORTE e ao CNPq pelos recursos recebidos nesta pesquisa REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (1) Earthquake Resistant Design of Concrete Gravity Dams - Chopra, A. K. - Journal of the Structural Division, ASCE, v. 104, n. ST6, p , jun., 1978 (2) Uma Metodologia Analítica para a Avaliação do Campo de Tensões em Barragens de Concreto Durante Terremotos - Ribeiro, P. M. V. - Dissertação Submetida à Universidade de Brasília - UnB para a obtenção do Título de Mestre em Estruturas e Construção Civil, 2006 (3) Dynamics of Structures - Theory and Applications to Earthquake Engineering - Chopra, A. K. - Prentice Hall, 2001 (4) Seismic Safety Evaluation of Gravity Dams Ghrib, F., Léger, P., Tinawi, R., Lupien, R., Veilleux, M. - International Journal on Hydropower & Dams, v. 4, n. 2, p , 1997 (5) Water Pressure on Dams During Earthquakes - Westergaard, H. M. - Transactions ASCE, v. 98, n. 1835, p , 1933 (6) Earthquake Engineering for Large Dams - Priscu, R. - Bucaresti: Editura Academiei, 1985 (7) Engineering Guidelines for Evaluation of Hydropower Projects - FERC (Federal Energy Regulatory Comission), Office of Hydropower Licensing, Washington, 2002 (8) Aplicação de uma Variante do Método Pseudo-Dinâmico para a Análise do Campo de Tensões em Barragens de Concreto Gravidade Submetidas a Ações Sísmicas - Ribeiro, P. M. V., Pedroso, L. J. - XXVII Iberian Latin- American Congress on Computational Methods in Engineering - CILAMCE, Belém, 2006 (9) Desenvolvimento Passo-a-Passo de uma Aplicação de Referência do Método Pseudo-Dinâmico - Ribeiro, P. M. V., Pedroso, L. J. - Relatório Técnico de Pesquisa, RTP-PMVR , Brasília, 2006 (10) Seismic Design Provisions for Roller Compacted Concrete Dams - USACE (United States Army Corps of Engineers), Pamphlet EP , Washington: Department of the Army, 1995

UMA APLICAÇÃO DE REFERÊNCIA DO MÉTODO PSEUDO-DINÂMICO PARA A ANÁLISE SÍSMICA DE BARRAGENS DE CONCRETO GRAVIDADE

UMA APLICAÇÃO DE REFERÊNCIA DO MÉTODO PSEUDO-DINÂMICO PARA A ANÁLISE SÍSMICA DE BARRAGENS DE CONCRETO GRAVIDADE COMITÊ BRAILEIRO DE BARRAGEN XXVII EMINÁRIO NACIONAL DE GRANDE BARRAGEN BELÉM PA, 03 A 07 DE JUNHO DE 2007 T100 A20 UMA APLICAÇÃO DE REFERÊNCIA DO MÉTODO PEUDO-DINÂMICO PARA A ANÁLIE ÍMICA DE BARRAGEN

Leia mais

UMA MODIFICAÇÃO AO MÉTODO DO COEFICIENTE SÍSMICO INCLUINDO OS EFEITOS DE COMPRESSIBILIDADE DO FLUIDO

UMA MODIFICAÇÃO AO MÉTODO DO COEFICIENTE SÍSMICO INCLUINDO OS EFEITOS DE COMPRESSIBILIDADE DO FLUIDO COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS XXVII SEMINÁRIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS BELÉM PA, 03 A 07 DE JUNHO DE 007 T100 A15 UMA MODIFICAÇÃO AO MÉTODO DO COEFICIENTE SÍSMICO INCLUINDO OS EFEITOS DE COMPRESSIBILIDADE

Leia mais

ANÁLISE DE TENSÕES EM BARRAGENS DE CONCRETO GRAVIDADE DEVIDO À AÇÃO DO PESO PRÓPRIO E DA FORÇA HIDROSTÁTICA

ANÁLISE DE TENSÕES EM BARRAGENS DE CONCRETO GRAVIDADE DEVIDO À AÇÃO DO PESO PRÓPRIO E DA FORÇA HIDROSTÁTICA COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS XXVII SEMINÁRIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS BELÉM PA, 03 A 07 DE JUNHO DE 2007 T100 A27 ANÁLISE DE TENSÕES EM BARRAGENS DE CONCRETO GRAVIDADE DEVIDO À AÇÃO DO PESO PRÓPRIO

Leia mais

UM TRATAMENTO SIMPLIFICADO PARA AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA SÍSMICA EM BARRAGENS GRAVIDADE DE CONCRETO - MÉTODO PSEUDO-ESTÁTICO

UM TRATAMENTO SIMPLIFICADO PARA AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA SÍSMICA EM BARRAGENS GRAVIDADE DE CONCRETO - MÉTODO PSEUDO-ESTÁTICO UM TRATAMENTO SIMPLIFICADO PARA AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA SÍSMICA EM BARRAGENS GRAVIDADE DE CONCRETO - MÉTODO PSEUDO-ESTÁTICO L.C. SOUSA Jr & L.J. PEDROSO Universidade de Brasília - Faculdade de Tecnologia

Leia mais

Matlab programming for stress analysis in concrete gravity dams considering earthquake and silts

Matlab programming for stress analysis in concrete gravity dams considering earthquake and silts Volume 4, Number 2 (June, 2011) p. 213-246 ISSN 1983-4195 Matlab programming for stress analysis in concrete gravity dams considering earthquake and silts Programação em matlab para a análise de tensões

Leia mais

4 MÉTODO DE MAKDISI E SEED (1978)

4 MÉTODO DE MAKDISI E SEED (1978) 4 MÉTODO DE MAKDISI E SEED (1978) 4.1 Método simplificado Makdisi e Seed (1978) apresentaram um método simplificado para cálculo dos deslocamentos permanentes em taludes de barragens de terra ou aterros

Leia mais

Capítulo 162 Efeito sísmicos em barragens

Capítulo 162 Efeito sísmicos em barragens Capítulo 162 Efeito sísmicos em barragens 162-1 Capítulo 162- Efeito sísmicos em barragens 162.1 Introdução Quando estudava engenharia civil na EPUSP nada aprendi sobre os efeitos sísmicos, pois, conforme

Leia mais

Capítulo 162 Efeito sísmicos em barragens

Capítulo 162 Efeito sísmicos em barragens Capítulo 162 Efeito sísmicos em barragens 162-1 Capítulo 162- Efeito sísmicos em barragens 162.1 Introdução Quando estudava engenharia civil na EPUSP nada aprendi sobre os efeitos sísmicos, pois, conforme

Leia mais

ANÁLISE PRELIMINAR DE VIBRAÇÕES EM ESTRUTURAS DE BARRAGENS

ANÁLISE PRELIMINAR DE VIBRAÇÕES EM ESTRUTURAS DE BARRAGENS Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia CONTECC 2016 Rafain Palace Hotel & Convention Center- Foz do Iguaçu - PR 29 de agosto a 1 de setembro de 2016 ANÁLISE PRELIMINAR DE VIBRAÇÕES EM

Leia mais

Escola Politécnica - UFRJ / PPE- Programa de Projeto de Estruturas / 2

Escola Politécnica - UFRJ / PPE- Programa de Projeto de Estruturas / 2 Resumo Comparação de resultados em análise sísmica Métodos: Forças horizontais equivalentes, Espectro de resposta e Histórico no tempo Walter F. H. Orrala 1, Sergio Hampshire C. Santos 2, Sílvio de Souza

Leia mais

UM ESTUDO DO ACOPLAMENTO BARRAGEM EM ARCO- RESERVATÓRIO SOB AÇÃO DE UM SISMO

UM ESTUDO DO ACOPLAMENTO BARRAGEM EM ARCO- RESERVATÓRIO SOB AÇÃO DE UM SISMO UM ESTUDO DO ACOPLAMENTO BARRAGEM EM ARCO- RESERVATÓRIO SOB AÇÃO DE UM SISMO Neander Berto Mendes Lineu José Pedroso neanderberto@hotmail.com lineu@unb.br Universidade de Brasília, Departamento de Engenharia

Leia mais

Análise de Estruturas Submetidas a Ações Sísmicas Byl Farney Rodrigues da C. Júnior 1, Jader Santos Lopes 2, Marcos Paulo Sartin Silva 3

Análise de Estruturas Submetidas a Ações Sísmicas Byl Farney Rodrigues da C. Júnior 1, Jader Santos Lopes 2, Marcos Paulo Sartin Silva 3 Análise de Estruturas Submetidas a Ações Sísmicas Byl Farney Rodrigues da C. Júnior 1, Jader Santos Lopes 2, Marcos Paulo Sartin Silva 3 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás / farneyjr@gmail.com

Leia mais

Definição dos requisitos mínimos necessários para o detalhamento sismoresistente de edifícios em concreto armado no Brasil.

Definição dos requisitos mínimos necessários para o detalhamento sismoresistente de edifícios em concreto armado no Brasil. Definição dos requisitos mínimos necessários para o detalhamento sismoresistente de edifícios em concreto armado no Brasil. Pedro Ivo Ishakewitsch Galvão 1, Sergio Hampshire C. Santos 2, Silvio de Souza

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA FORÇA DEVIDA AO VENTO EM ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS ALTOS SEGUNDO DUAS VERSÕES: A SUGERIDA PELA NBR 6123 E OUTRA SIMPLIFICADA.

DETERMINAÇÃO DA FORÇA DEVIDA AO VENTO EM ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS ALTOS SEGUNDO DUAS VERSÕES: A SUGERIDA PELA NBR 6123 E OUTRA SIMPLIFICADA. DETERMINAÇÃO DA FORÇA DEVIDA AO VENTO EM ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS ALTOS SEGUNDO DUAS VERSÕES: A SUGERIDA PELA NBR 6123 E OUTRA SIMPLIFICADA. Marcus Vinícius Paula de Lima (PIC), Nara Villanova Menon (Orientador),

Leia mais

Comparação de Resultados em Análise Sísmica Métodos: Forças Horizontais Equivalentes, Espectro de Resposta e Histórico no Tempo

Comparação de Resultados em Análise Sísmica Métodos: Forças Horizontais Equivalentes, Espectro de Resposta e Histórico no Tempo Comparação de Resultados em Análise Sísmica Métodos: Forças Horizontais Equivalentes, Espectro de Resposta e Histórico no Tempo Walter F. H. Orrala 1, Sergio Hampshire C. Santos 2, Sílvio de Souza Lima

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro Escola Politécnica Programa de Projeto de Estruturas

Universidade Federal do Rio de Janeiro Escola Politécnica Programa de Projeto de Estruturas Universidade Federal do Rio de Janeiro Escola Politécnica Programa de Projeto de Estruturas Nome do Autor TÍTULO DA DISSERTAÇÃO UFRJ Nome do Autor TÍTULO DA DISSERTAÇÃO Dissertação de Mestrado apresentada

Leia mais

7 Estruturas Submetidas a Sismos Reais e Artificias com Interação Solo-Estrutura

7 Estruturas Submetidas a Sismos Reais e Artificias com Interação Solo-Estrutura 167 7 Estruturas Submetidas a Sismos Reais e Artificias com Interação Solo-Estrutura Com a validação da formulação da análise no domínio do tempo no Capítulo 4, e com base no estudo em frequência realizado

Leia mais

BARRAGENS DE TERRA E DE ENROCAMENTO AULA 3. Prof. Romero César Gomes - Departamento de Engenharia Civil / UFOP

BARRAGENS DE TERRA E DE ENROCAMENTO AULA 3. Prof. Romero César Gomes - Departamento de Engenharia Civil / UFOP BARRAGENS DE TERRA E DE ENROCAMENTO AULA 3 Prof. Romero César Gomes - Departamento de Engenharia Civil / UFOP Análises da Estabilidade de Taludes de Barragens Escolha das Seções Críticas seção de altura

Leia mais

Análise dinâmica em barragens gravidade: Modelação da interacção fluido-estrutura em deslocamentos

Análise dinâmica em barragens gravidade: Modelação da interacção fluido-estrutura em deslocamentos Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE2012 FEUP, 24-26 de outubro de 2012 Análise dinâmica em barragens gravidade: Modelação da interacção fluido-estrutura em deslocamentos Nuno Azevedo 1 Romano Câmara

Leia mais

Nesse item as frequências de vibrações obtidas pela modelagem numérica são comparadas com as frequências obtidas de soluções analíticas.

Nesse item as frequências de vibrações obtidas pela modelagem numérica são comparadas com as frequências obtidas de soluções analíticas. 7 Resultados 7.. Modelagem numérica Nesse item são calculadas as frequências de vibrações obtidas através da formulação apresentada nos capítulos 3 e 4. As rotinas programadas em Mathcad são apresentadas

Leia mais

METODOLOGIAS PROGRESSIVAS PARA A ANÁLISE DA ITERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA EM BARRAGENS DE CONCRETO

METODOLOGIAS PROGRESSIVAS PARA A ANÁLISE DA ITERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA EM BARRAGENS DE CONCRETO METODOLOGIAS PROGRESSIVAS PARA A ANÁLISE DA ITERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA EM BARRAGENS DE CONCRETO Jean Baptiste Joseph¹; Paulo Marcelo Vieira Ribeiro² 1 Estudante do Curso de Engenharia Civil- CTG UFPE; E-mail:

Leia mais

RADIAÇÃO SÍSMICA DUMA FALHA PARA UMA BARRAGEM ABÓBADA

RADIAÇÃO SÍSMICA DUMA FALHA PARA UMA BARRAGEM ABÓBADA DEPARTAMENTO DE BARRAGENS DE BETÃO Núcleo de Modelação Matemática e Física Proc. 0402/11/16117 RADIAÇÃO SÍSMICA DUMA FALHA PARA UMA BARRAGEM ABÓBADA Lisboa Maio de 2007 I&D BARRAGENS DE BETÃO RELATÓRIO

Leia mais

Aterro Assentamentos ao longo do tempo (consolidação) Programa: MEF Consolidação

Aterro Assentamentos ao longo do tempo (consolidação) Programa: MEF Consolidação Manual de engenharia No. 37 Aterro Assentamentos ao longo do tempo (consolidação) Programa: MEF Consolidação Atualização: 01/2019 Arquivo: Demo_manual_37.gmk Introdução Este exemplo mostra a aplicação

Leia mais

Mecânica dos Fluidos Ambiental II

Mecânica dos Fluidos Ambiental II Estágio docência Mecânica dos Fluidos Ambiental II Aluna: Lediane Marcon Prof.: Dr.-Ing Tobias Bleninger Medições - elevação http://defesacivil.itajai.sc.gov.br/telemetria/tele metria.php#chuva_modal_4

Leia mais

Turma/curso: 5º Período Engenharia Civil Professor: Elias Rodrigues Liah, Engº Civil, M.Sc.

Turma/curso: 5º Período Engenharia Civil Professor: Elias Rodrigues Liah, Engº Civil, M.Sc. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Disciplina: TEORIA DAS ESTRUTURAS I Código: ENG2032 Tópico: ENERGIA DE DEFORMAÇÃO E PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA Turma/curso:

Leia mais

ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO CADERNO DE QUESTÕES 2015/2016

ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO CADERNO DE QUESTÕES 2015/2016 CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO CADERNO DE QUESTÕES 2015/2016 1 a QUESTÃO Valor: 1,0 Viga Seção transversal T A figura acima mostra uma viga de seção transversal

Leia mais

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA UMA METODOLOGIA ANALÍTICA PARA A AVALIAÇÃO DO CAMPO DE TENSÕES EM BARRAGENS DE CONCRETO DURANTE TERREMOTOS PAULO MARCELO VIEIRA RIBEIRO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL DEPARTAMENTO

Leia mais

Figura 1.1 Vista panorâmica da barragem de Lower San Fernando (http://quake.wr.usgs.gov/prepare/factsheets/ladamstory/sanfervalley.

Figura 1.1 Vista panorâmica da barragem de Lower San Fernando (http://quake.wr.usgs.gov/prepare/factsheets/ladamstory/sanfervalley. 1 INTRODUÇÃO Há quatro métodos geralmente citados na literatura para análise do comportamento de taludes de solo, englobando aspectos de estabilidade e de deslocamentos permanentes (servicibilidade) sob

Leia mais

PRÉMIO RICARDO TEIXEIRA DUARTE ª Circular Informação sobre o modelo físico e sobre os ensaios em plataforma sísmica

PRÉMIO RICARDO TEIXEIRA DUARTE ª Circular Informação sobre o modelo físico e sobre os ensaios em plataforma sísmica PRÉMIO RICARDO TEIXEIRA DUARTE 214 1ª Circular Informação sobre o modelo físico e sobre os ensaios em plataforma sísmica 1 Introdução O concurso Prémio Ricardo Teixeira Duarte (Concurso RTD) é uma iniciativa

Leia mais

Capítulo 4 Propriedades Mecânicas dos Materiais

Capítulo 4 Propriedades Mecânicas dos Materiais Capítulo 4 Propriedades Mecânicas dos Materiais Resistência dos Materiais I SLIDES 04 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com Propriedades Mecânicas dos Materiais 2 3 Propriedades

Leia mais

Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia Civil Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016

Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia Civil Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016 Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia Civil Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016 PROBLEMAS Parte 1 1. O elemento A do solo arenoso da Figura 1 está sujeito a uma tensão

Leia mais

Fundações por estacas Introdução

Fundações por estacas Introdução Manual de engenharia No. 12 Atualização: 04/2016 Fundações por estacas Introdução O objetivo deste manual de engenharia é explicar como utilizar os programas GEO5 para analisar fundações por estacas. O

Leia mais

Definição dos Requisitos Mínimos Necessários para o Detalhamento Sismo-Resistente de Edifícios em Concreto Armado no Brasil

Definição dos Requisitos Mínimos Necessários para o Detalhamento Sismo-Resistente de Edifícios em Concreto Armado no Brasil Definição dos Requisitos Mínimos Necessários para o Detalhamento Sismo-Resistente de Edifícios em Concreto Armado no Brasil Pedro Ivo Ishakewitsch Galvão 1 Sergio Hampshire C. Santos 2 Silvio de Souza

Leia mais

2 Casca cilíndrica delgada

2 Casca cilíndrica delgada Vibrações livres não lineares de cascas cilíndricas com gradação funcional 29 2 Casca cilíndrica delgada Inicia-se este capítulo com uma pequena introdução sobre cascas e, em seguida, apresenta-se a teoria

Leia mais

Modelos de interação dinâmica água-estrutura na análise sísmica de barragens abóbada em regime elástico-linear. Aplicação à barragem de Luzzone

Modelos de interação dinâmica água-estrutura na análise sísmica de barragens abóbada em regime elástico-linear. Aplicação à barragem de Luzzone a Modelos de interação dinâmica água-estrutura na análise sísmica de barragens abóbada em regime elástico-linear. Aplicação à barragem de Luzzone Water-structure dynamic interaction models for the seismic

Leia mais

Aula 6- Metod. tradicional de verificação da segurança de estruturas de suporte rígidas. Dimensionamento sísmico.

Aula 6- Metod. tradicional de verificação da segurança de estruturas de suporte rígidas. Dimensionamento sísmico. Aula 6- Metod. tradicional de verificação da segurança de estruturas de suporte rígidas. Dimensionamento sísmico. Paulo Coelho - FCTUC Mestrado em Engª. Civil - Construções Civis ESTG/IPLeiria Actividade

Leia mais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I Curso de Eletromecânica

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I Curso de Eletromecânica Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina CEFET/SC Unidade Araranguá RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I Curso de Eletromecânica Prof. Fernando H. Milanese, Dr. Eng. milanese@cefetsc.edu.br Conteúdo

Leia mais

Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Pato Branco. Lista de Exercícios para Prova 1

Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Pato Branco. Lista de Exercícios para Prova 1 Lista de Exercícios para Prova 1 1 - Para as estruturas hiperestáticas abaixo, determine um SISTEMA PRINCIPAL válido. No SISTEMA PRINCIPAL escolhido, determine os gráficos de momento fletor e as reações

Leia mais

ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO EMPUXO DE TERRA

ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO EMPUXO DE TERRA ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO EMPUXO DE TERRA DEFINIÇÃO Ação produzida pelo maciço terroso sobre as obras com ele em contato. A determinação do valor do empuxo de terra é fundamental na análise e projeto de

Leia mais

6 Exemplos Numéricos no Domínio da Frequência

6 Exemplos Numéricos no Domínio da Frequência 145 6 Exemplos Numéricos no Domínio da Frequência Neste Capítulo são apresentados exemplos numéricos para validar a formulação apresentada no Capítulo 5, assim como estudar a resposta em frequência de

Leia mais

MÉTODO DE RUNGE-KUTTA APLICADO À DEFLEXÃO DE VIGA 1 RUNGE-KUTTA METHOD APPLIED TO BEAM DEFLECTION

MÉTODO DE RUNGE-KUTTA APLICADO À DEFLEXÃO DE VIGA 1 RUNGE-KUTTA METHOD APPLIED TO BEAM DEFLECTION MÉTODO DE RUNGE-KUTTA APLICADO À DEFLEXÃO DE VIGA 1 RUNGE-KUTTA METHOD APPLIED TO BEAM DEFLECTION Giovani Prates Bisso Dambroz 2, Peterson Cleyton Avi 3 1 Texto produzido a partir de trabalho desenvolvido

Leia mais

Capítulo 6 Fluxo de água em canais abertos

Capítulo 6 Fluxo de água em canais abertos Capítulo 6 Fluxo de água em canais abertos slide 1 Fluxo de água em canais abertos O fluxo em canais abertos possui uma superfície livre que se ajusta dependendo das condições de fluxo. Essa superfície

Leia mais

Lista de Exercício 3 Elastoplasticidade e Análise Liimite 18/05/2017. A flexão na barra BC ocorre no plano de maior inércia da seção transversal.

Lista de Exercício 3 Elastoplasticidade e Análise Liimite 18/05/2017. A flexão na barra BC ocorre no plano de maior inércia da seção transversal. Exercício 1 Para o sistema estrutural da figura 1a, para o qual os diagramas de momento fletor em AB e força normal em BC da solução elástica são indicados na figura 1b, estudar pelo método passo-a-passo

Leia mais

Princípios da Mecânica Força

Princípios da Mecânica Força Mecânica dos Solos e Fundações PEF 522 5 a Aula Conceitos de Tensões total, neutra e efetiva Capilaridade Transmissão de tensões no solo Prof. Fernando A. M. Marinho Princípios da Mecânica Força Equilíbrio

Leia mais

Relatórios. Relatório de Geometria e Cargas. Legenda. Critérios de projeto. Geometria das células

Relatórios. Relatório de Geometria e Cargas. Legenda. Critérios de projeto. Geometria das células Relatórios Os Relatórios criados durante o processamento dos reservatórios podem ser acessados no Gerenciador Estrutural, através do comando "Elementos Especiais" - "Visualizar" - "Relatórios" - "Reservatórios".

Leia mais

Marcos Correia de Campos 1 AÇÕES E SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Marcos Correia de Campos 1 AÇÕES E SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Marcos Correia de Campos 1 AÇÕES E SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Definições 1. estados limites de uma estrutura: Estados a partir dos quais a estrutura apresenta desempenho inadequado às

Leia mais

Palavras-chave Usina hidrelétrica de Belo Monte; elementos sólidos; elementos de placa; vertedouro; modelagem computacional; elementos finitos.

Palavras-chave Usina hidrelétrica de Belo Monte; elementos sólidos; elementos de placa; vertedouro; modelagem computacional; elementos finitos. Análise Comparativa dos Esforços Solicitantes entre Modelos Computacionais Do Vertedouro Da Usina Hidrelétrica de Belo Monte Davi G. Tavares 1, Mayra S. P. L. Perlingeiro 2 1 Projetos e Consultorias de

Leia mais

ESTUDOS PRELIMINARES PARA REAVALIAÇÃO DOS VALORES DE CONTROLE DA INSTRUMENTAÇÃO DO BLOCO DE CONCRETO GRAVIDADE BGII DA UHE TUCURUÍ

ESTUDOS PRELIMINARES PARA REAVALIAÇÃO DOS VALORES DE CONTROLE DA INSTRUMENTAÇÃO DO BLOCO DE CONCRETO GRAVIDADE BGII DA UHE TUCURUÍ COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS XXVII SEMINÁRIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS BELÉM PA, 03 A 07 DE JUNHO DE 2007 T101 A18 ESTUDOS PRELIMINARES PARA REAVALIAÇÃO DOS VALORES DE CONTROLE DA INSTRUMENTAÇÃO

Leia mais

ESTRUTURAS DE PONTES

ESTRUTURAS DE PONTES UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS DE PONTES Ações em Pontes Prof. MSc. Letícia Reis Batista

Leia mais

Julgue o próximo item, relativo a noções de sistema cartográfico.

Julgue o próximo item, relativo a noções de sistema cartográfico. Julgue o próximo item, relativo a noções de sistema cartográfico. 95.(FUB/CEPE/2016) As curvas de nível, método utilizado para representar o relevo terrestre, nunca se cruzam, apenas se tocam quando representam

Leia mais

Professor: Eng Civil Diego Medeiros Weber.

Professor: Eng Civil Diego Medeiros Weber. Professor: Eng Civil Diego Medeiros Weber. Mecânica é uma ciência física aplicada que trata dos estudos das forças e dos movimentos. A Mecânica descreve e prediz as condições de repouso ou movimento de

Leia mais

CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS - EDIFICAÇÕES

CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS - EDIFICAÇÕES CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS - EDIFICAÇÕES ESTABILIDADE ESFORÇOS SIMPLES Apostila Organizada pelo professor: Edilberto Vitorino de Borja 2016.1 1. CARGAS ATUANTES NAS ESTRUTURAS 1.1 CARGAS EXTERNAS Uma estrutura

Leia mais

Tensões associadas a esforços internos

Tensões associadas a esforços internos Tensões associadas a esforços internos Refs.: Beer & Johnston, Resistência dos ateriais, 3ª ed., akron Botelho & archetti, Concreto rmado - Eu te amo, 3ª ed, Edgard Blücher, 00. Esforços axiais e tensões

Leia mais

Capítulo 163 Efeito sísmicos em barragens

Capítulo 163 Efeito sísmicos em barragens Capítulo 163 Efeito sísmicos em barragens 94-1 Capítulo 163- Efeito sísmicos em barragens 163.1 Introdução Quando estudava engenharia civil na EPUSP nada aprendi sobre os efeitos sísmicos, pois, conforme

Leia mais

Capítulo 3 - COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO DOS SOLOS

Capítulo 3 - COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO DOS SOLOS Capítulo 3-3.1 - Introdução Compressibilidade é uma característica de todos os materiais de quando submetidos a forças externas (carregamentos) se deformarem. O que difere o solo dos outros materiais é

Leia mais

Verificação de uma Fundação em Microestacas

Verificação de uma Fundação em Microestacas Manual de engenharia No. 36 Atualização 06/2017 Verificação de uma Fundação em Microestacas Programa: Arquivo: Grupo de Estacas Demo_manual_en_36.gsp O objetivo deste manual de engenharia é mostrar como

Leia mais

, Equação ESFORÇO NORMAL SIMPLES 3.1 BARRA CARREGADA AXIALMENTE

, Equação ESFORÇO NORMAL SIMPLES 3.1 BARRA CARREGADA AXIALMENTE 3 ESFORÇO NORMAL SIMPLES O esforço normal simples ocorre quando na seção transversal do prisma atua uma força normal a ela (resultante) e aplicada em seu centro de gravidade (CG). 3.1 BARRA CARREGADA AXIALMENTE

Leia mais

Aluno Data Curso / Turma Professor

Aluno Data Curso / Turma Professor Apostila Modelagem e Simulação de Sistemas Dinâmicos Aluno Data Curso / Turma Professor 24/10/09 Engenharia Industrial Mecânica / 2006-1 MODELAGEM MATEMÁTICA DE SISTEMAS DINÂMICOS Everton Farina, Eng.º

Leia mais

DINÂMICA DE ESTRUTURAS (SISTEMAS DE 1 GDL + MÉTODO DE RAYLEIGH)

DINÂMICA DE ESTRUTURAS (SISTEMAS DE 1 GDL + MÉTODO DE RAYLEIGH) DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL TEORIA DE ESTRUTURAS II 009/010 8º Semestre DINÂMICA DE ESTRUTURAS (SISTEMAS DE 1 GDL + MÉTODO DE RAYLEIGH) Problema 1 Uma mesa pesada é suportada por quatro pernas de

Leia mais

Variáveis Consideradas no Programa Experimental

Variáveis Consideradas no Programa Experimental pêndice I Programa Experimental Variáveis Consideradas no Programa Experimental Tipo de Ensaio Dimensões do Corpo de Prova (mm) Tipo de Solo D R ou GC Tipo de Geogrelha ngulo q s c (kpa) mostras N o. de

Leia mais

5 Análise da Resposta Dinâmica do Sistema de Contenção de Rejeitos

5 Análise da Resposta Dinâmica do Sistema de Contenção de Rejeitos 5 Análise da Resposta Dinâmica do Sistema de Contenção de Rejeitos 5.1 Descrição do sistema de contenção de rejeitos O sistema de contenção de rejeitos (figuras 5.1 e 5.2) é formado por 2 diques, o primeiro

Leia mais

(VWDELOLGDGHVtVPLFDGRVWDOXGHVGD&RVWD9HUGH

(VWDELOLGDGHVtVPLFDGRVWDOXGHVGD&RVWD9HUGH (VWDELOLGDGHVtVPLFDGRVWDOXGHVGD&RVWD9HUGH /RFDOL]DomR A Costa Verde é uma faixa litorânea localizada na parte leste da cidade de Lima, com largura aproximada de 55m e 8,5km de extensão, abrigando importante

Leia mais

Notas de aulas de Mecânica dos Solos II (parte 13)

Notas de aulas de Mecânica dos Solos II (parte 13) 1 Notas de aulas de Mecânica dos Solos II (parte 13) Hélio Marcos Fernandes Viana Tema: Empuxos de terras (. o arte) Conteúdo da parte 13 6 Método de Rankine 6 Método de Rankine 6.1 Introdução Os métodos

Leia mais

Resumo. Palavras-chave. Ponte metálica; Comportamento dinâmico; Análise dinâmica de elementos finitos. Introdução

Resumo. Palavras-chave. Ponte metálica; Comportamento dinâmico; Análise dinâmica de elementos finitos. Introdução Avaliação do Comportamento Dinâmico para uma Ponte Metálica Destinada a um Sistema de Adutoras e de Uso Conjunto como Passarela de Pedestres Carlos Alberto Medeiros 1, Hudson Chagas dos Santos 2 1 UMC

Leia mais

Escola Secundária de Casquilhos FQA11 - APSA1 - Unidade 1- Correção

Escola Secundária de Casquilhos FQA11 - APSA1 - Unidade 1- Correção Escola Secundária de Casquilhos FQA11 - APSA1 - Unidade 1- Correção / GRUPO I (Exame 2013-2ª Fase) 1. (B) 2. 3. 3.1. Para que a intensidade média da radiação solar seja 1,3 x 10 3 Wm -2 é necessário que

Leia mais

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROJETO ESTRUTURAL DE DUTOS ENTERRADOS

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROJETO ESTRUTURAL DE DUTOS ENTERRADOS 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROJETO ESTRUTURAL DE DUTOS ENTERRADOS 2.1 Introdução Para o apoio ao projeto de dutos enterrados são desenvolvidos códigos (normas) e especificações para o sistema solo-duto de

Leia mais

Teoria do adensamento: Evolução dos recalques com o tempo

Teoria do adensamento: Evolução dos recalques com o tempo Teoria do adensamento: Evolução dos recalques com o tempo Mec. Solos II - Aula 05 Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira FEIS/UNESP Departamento de Engenharia Civil Geotecnia Capítulo 10 Tópicos abordados

Leia mais

5 Análise Numérica O programa computacional PLAXIS

5 Análise Numérica O programa computacional PLAXIS 78 5 nálise Numérica O método de elementos finitos representa atualmente a mais versátil e popular ferramenta para análise de problemas da engenharia geotécnica, principalmente em casos de grande complexidade

Leia mais

Princípios da Mecânica Força

Princípios da Mecânica Força Mecânica dos Solos e Fundações PEF 522 Conceitos de Tensões total, neutra e efetiva Capilaridade Propagação de tensões no solo Princípios da Mecânica Força Equilíbrio Tensão Tensão normal Tensão tangencial

Leia mais

a) Flexão Pura: Quando não há esforço cortante atuando na seção, ou seja só atua o momento fletor. Como na região central do exemplo abaixo.

a) Flexão Pura: Quando não há esforço cortante atuando na seção, ou seja só atua o momento fletor. Como na região central do exemplo abaixo. 7 Flexão Simples Para o estudo das estruturas em concreto armado devemos estudar os esforços internos gerados pelas cargas, neste primeiro momento iremos estudar a flexão. 7.1 Tipo de flexão a) Flexão

Leia mais

UM ESTUDO ANALÍTICO-NUMÉRICO DA INFLUÊNCIA DO DECK NO COMPORTAMENTO DINÂMICO DE UMA PLATAFORMA OFFSHORE MONO LEG EM VIBRAÇÕES LIVRES

UM ESTUDO ANALÍTICO-NUMÉRICO DA INFLUÊNCIA DO DECK NO COMPORTAMENTO DINÂMICO DE UMA PLATAFORMA OFFSHORE MONO LEG EM VIBRAÇÕES LIVRES UM ESTUDO ANALÍTICO-NUMÉRICO DA INFLUÊNCIA DO DECK NO COMPORTAMENTO DINÂMICO DE UMA PLATAFORMA OFFSHORE MONO LEG EM VIBRAÇÕES LIVRES Tullio Barros Silva Bomtempo Lineu José Pedroso tulliobomtempo@gmail.com

Leia mais

exercício 03 equipe 06

exercício 03 equipe 06 exercício 03 equipe 06 PEF2602 ESTRUTURAS NA ARQUITETURA II SISTEMAS RETICULADOS FAUUSP OUTUBRO/2010 Camila Paim Guilherme Arruda Sarah Felippe Selma Shimura Vanessa Chigami 2 1.arco A estrutura analisada

Leia mais

Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a forças ou cargas É necessário conhecer as características do material e projetar o elemento

Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a forças ou cargas É necessário conhecer as características do material e projetar o elemento Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a forças ou cargas É necessário conhecer as características do material e projetar o elemento estrutural a partir do qual ele é feito Materiais são frequentemente

Leia mais

4. Avaliação dos Resultados

4. Avaliação dos Resultados 4. Avaliação dos Resultados 4.1. Introdução Neste capítulo, são mostradas as análises que foram realizadas com a utilização do programa Ansys [19] com o intuito de testar, no âmbito deste programa, a eficiência

Leia mais

Aula 6 Propriedades dos materiais

Aula 6 Propriedades dos materiais Aula 6 Propriedades Mecânicas dos Materiais E-mail: daniel.boari@ufabc.edu.br Universidade Federal do ABC Princípios de Reabilitação e Tecnologias Assistivas 3º Quadrimestre de 2018 Conceitos fundamentais

Leia mais

Equipe. Exercício 5: Estude numericamente esta estrutura com o auxílio do programa Ftool. Considere os seguintes casos de carregamento:

Equipe. Exercício 5: Estude numericamente esta estrutura com o auxílio do programa Ftool. Considere os seguintes casos de carregamento: Exercício 5: A fotografia mostra a Estação de Trens de Saint Denis, em Paris. A estrutura da cobertura consiste na repetição de um mesmo sistema plano, composto por um mastro tubular, engastado na base,

Leia mais

4 Análise Probabilística de Ruptura da Barragem de Curuá- Una para Diversos Níveis do Reservatório.

4 Análise Probabilística de Ruptura da Barragem de Curuá- Una para Diversos Níveis do Reservatório. 4 Análise Probabilística de Ruptura da Barragem de Curuá- Una para Diversos Níveis do Reservatório. Neste capítulo, será apresentado o estudo probabilístico de estabilidade da Barragem de Curuá-Una, para

Leia mais

AS NOVAS NORMAS NBR ABNT E E SEUS EFEITOS NO SETOR MINERAL PAULO FRANCA

AS NOVAS NORMAS NBR ABNT E E SEUS EFEITOS NO SETOR MINERAL PAULO FRANCA AS NOVAS NORMAS NBR ABNT 13.028 E 13.029 E SEUS EFEITOS NO SETOR MINERAL PAULO FRANCA Itens da apresentação Histórico de elaboração das normas brasileiras 13.028 e 13.029 Comparação entre versões 2006

Leia mais

ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO CADERNO DE QUESTÕES

ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO CADERNO DE QUESTÕES CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO CADERNO DE QUESTÕES 2016 1 a QUESTÃO Valor: 1,00 A figura acima mostra uma viga de comprimento L e rigidez à flexão EJ

Leia mais

equipe26 pef2602 estruturas na arquitetura II: sistemas reticulados

equipe26 pef2602 estruturas na arquitetura II: sistemas reticulados pef2602 estruturas na arquitetura II: sistemas reticulados exercício02 outubro/2009 equipe26 flaviobragaia 5915333 gisellemendonça 5915566 leonardoklis 5915653 natáliatanaka 5914721 steladadalt 5972081

Leia mais

Verificação de uma parede multi-ancorada

Verificação de uma parede multi-ancorada Manual de engenharia No. 7 Atualização: 02/2016 Verificação de uma parede multi-ancorada Programa: Arquivo: Verificação de Contenções Demo_manual_07.gp2 Neste capítulo, vamos mostrar como dimensionar e

Leia mais

ESCAVAÇÃO PERIFÉRICA

ESCAVAÇÃO PERIFÉRICA ESCAVAÇÃO PERIFÉRICA ECOCENTRO VALORIZAÇÃO AMBIENTAL Zona Industrial de Cedrim - Sever do Vouga Câmara Municipal de Sever do Vouga TERMO DE RESPONSABILIDADE Anabela de Sá Marques, Engenheira Civil, moradora

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO SOBRE O DIMENSIONAMENTO DE EDIFÍCIOS DE BETÃO ARMADO: UMA ANÁLISE SOBRE A REGULAMENTAÇÃO PORTUGUESA EM VIGOR E OS NOVOS EUROCÓDIGOS

ESTUDO COMPARATIVO SOBRE O DIMENSIONAMENTO DE EDIFÍCIOS DE BETÃO ARMADO: UMA ANÁLISE SOBRE A REGULAMENTAÇÃO PORTUGUESA EM VIGOR E OS NOVOS EUROCÓDIGOS ESTUDO COMPARATIVO SOBRE O DIMENSIONAMENTO DE EDIFÍCIOS DE BETÃO ARMADO: UMA ANÁLISE SOBRE A REGULAMENTAÇÃO PORTUGUESA EM VIGOR E OS NOVOS EUROCÓDIGOS M.J. Falcão Silva, P. Candeias, E. Coelho Trabalho

Leia mais

Aula 1- Apresentação e Introdução

Aula 1- Apresentação e Introdução Estruturas de Suporte e Melhoramento de Solos Aula 1- Apresentação e Introdução Paulo Coelho - FCTUC Mestrado em Engª. Civil - Construções Civis ESTG/IPLeiria Apresentação: Paulo Coelho Prof. Auxiliar

Leia mais

6 Análise Método Clássico

6 Análise Método Clássico 159 6 Análise Método Clássico No presente capítulo estão apresentados os resultados da análise (por equilíbrio limite) do problema geotécnico ilustrado no capítulo 5. Nos itens a seguir estão descritos

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 28 Introdução ao Estudo de Cargas nas Aeronaves

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 28 Introdução ao Estudo de Cargas nas Aeronaves Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 28 Introdução ao Estudo de Cargas nas Aeronaves Tópicos Abordados Introdução ao Estudo de Cargas nas Aeronaves. Tipos de Cargas nas Aeronaves Uma aeronave é projetada

Leia mais

Exercício 4. Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. PEF Estruturas na Arquitetura Sistemas Reticulados

Exercício 4. Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. PEF Estruturas na Arquitetura Sistemas Reticulados Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Exercício 4 PEF 2602 - Estruturas na Arquitetura Sistemas Reticulados Grupo 09 Felipe Tinel 5914801 Gabriela Haddad 5914714 Lais de Oliveira

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 11 Distribuição de Sustentação, Arrasto e Efeito Solo

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 11 Distribuição de Sustentação, Arrasto e Efeito Solo Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 11 Distribuição de Sustentação, Arrasto e Efeito Solo Tópicos Abordados Distribuição Elíptica de Sustentação. Aproximação de Schrenk para Asas com Forma Geométrica

Leia mais

MEMÓRIA DE CÁLCULO. Figura 1 - Dimensões e eixos considerados no provete submetido a ensaio.

MEMÓRIA DE CÁLCULO. Figura 1 - Dimensões e eixos considerados no provete submetido a ensaio. MEMÓRIA DE CÁLCULO ENSAIO EM LABORATÓRIO O ensaio experimental tem como objetivo determinar a contribuição da resina epóxido para o comportamento estrutural do tabuleiro e garantir a fiabilidade do modelo

Leia mais

AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE GLOBAL DE UM EDIFÍCIO DE 40 PAVIMENTOS, ADOTANDO DIFERENTES FCK PARA OS PILARES

AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE GLOBAL DE UM EDIFÍCIO DE 40 PAVIMENTOS, ADOTANDO DIFERENTES FCK PARA OS PILARES AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE GLOBAL DE UM EDIFÍCIO DE 40 PAVIMENTOS, ADOTANDO DIFERENTES FCK PARA OS PILARES ARAUJO, W. B. 1 ; ARAUJO JUNIOR, R. P. 2 1 Egresso do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário

Leia mais

4 Estabilidade estática do aterro reforçado

4 Estabilidade estática do aterro reforçado 4 Estabilidade estática do aterro reforçado 4.1. Introdução Neste capítulo apresenta-se a avaliação da estabilidade estática de um aterro de rejeitos de mineração reforçado com geossintéticos. A obra está

Leia mais

Dimensionamento e análise da deformação de um grupo de estacas

Dimensionamento e análise da deformação de um grupo de estacas Manual de engenharia No. 18 Atualização: 04/2019 Dimensionamento e análise da deformação de um grupo de estacas Programa: Arquivo: Grupo de Estacas Demo_manual_18.gsp O objetivo deste capítulo é explicar

Leia mais

MECÂNICA DOS SOLOS II. Acréscimos de Tensão no Solo

MECÂNICA DOS SOLOS II. Acréscimos de Tensão no Solo MECÂNICA DOS SOLOS II Acréscimos de Tensão no Solo Aula 3 - Notas de aula Distribuição de Tensão no Solo Muitos problemas em obras de engenharia são causados por recalques, empuxos de terras, e capacidade

Leia mais

5 Apresentação e Análise dos Resultados

5 Apresentação e Análise dos Resultados 5 Apresentação e Análise dos Resultados 5.1. Introdução Neste capítulo são apresentados e analisados os resultados obtidos nos ensaios das 18 vigas. Conforme definido no item 4.3, as vigas foram classificadas

Leia mais

MUROS DE ARRIMO. Tipos Drenagem Estabilidade Dimensionamento

MUROS DE ARRIMO. Tipos Drenagem Estabilidade Dimensionamento MUROS DE ARRIMO Tipos Drenagem Estabilidade Dimensionamento DEFINIÇÃO Muros são estruturas corridas de contenção de parede vertical ou quase vertical, apoiadas em uma fundação rasa ou profunda. Podem ser

Leia mais

Faculdade de Engenharia Departamento de Estruturas e Fundações. Lista de Exercicios

Faculdade de Engenharia Departamento de Estruturas e Fundações. Lista de Exercicios Lista de Exercicios 1. QUESTÕES TEÓRICAS 1) No que consiste a tecnica de equilíbrio limite para analise de estabilidade de massas de solo? Quais as hipóteses mais importantes assumidas? 2) Descreva suscintamente

Leia mais

R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho. de determinar as características geométricas e submetê-las a uma força de impacto.

R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho. de determinar as características geométricas e submetê-las a uma força de impacto. ENSAIOS DE CARREGAMENTO DINÂMICO RESUMO Neste breve artigo apresentaremos um dos métodos que avalia fundações profundas, em especial estacas, tanto do ponto de vista da integridade do elemento estrutural

Leia mais

TENSÕES DE FLEXÃO e de CISALHAMENTO EM VIGAS

TENSÕES DE FLEXÃO e de CISALHAMENTO EM VIGAS DIRETORIA ACADÊMICA DE CONSTRUÇÃO CIVIL Tecnologia em Construção de Edifícios Disciplina: Construções em Concreto Armado TENSÕES DE FLEXÃO e de CISALHAMENTO EM VIGAS Notas de Aula: Edilberto Vitorino de

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS ÁREA 1. Disciplina: Mecânica dos Sólidos MECSOL34 Semestre: 2016/02

LISTA DE EXERCÍCIOS ÁREA 1. Disciplina: Mecânica dos Sólidos MECSOL34 Semestre: 2016/02 LISTA DE EXERCÍCIOS ÁREA 1 Disciplina: Mecânica dos Sólidos MECSOL34 Semestre: 2016/02 Prof: Diego R. Alba 1. O macaco AB é usado para corrigir a viga defletida DE conforme a figura. Se a força compressiva

Leia mais

Escoamento completamente desenvolvido

Escoamento completamente desenvolvido Escoamento completamente desenvolvido A figura mostra um escoamento laminar na região de entrada de um tubo circular. Uma camada limite desenvolve-se ao longo das paredes do duto. A superfície do tubo

Leia mais