AULA 1 - Orçamento Público: Princípios

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AULA 1 - Orçamento Público: Princípios"

Transcrição

1 AULA 1 - Orçamento Público: Princípios SUMÁRIO PÁGINA Apresentação do tema 1 Princípio da Universalidade 3 Princípio da Anualidade 4 Princípio da Unidade e da Totalidade 6 Princípio do Orçamento Bruto 9 Princípio da Exclusividade 11 Princípio da Quantificação dos Créditos Orçamentários 14 Princípio da Especificação 15 Princípio da Proibição do Estorno 18 Princípio da Publicidade 19 Princípio da Legalidade 20 Princípio da Programação 21 Princípio do Equilíbrio 21 Princípio da Não Afetação das Receitas 23 Princípio da Clareza ou da Inteligibilidade 25 Mais Questões de Concursos Anteriores do CESPE 26 Memento (resumo) 45 Lista das questões comentadas nesta aula 47 Gabarito 58 Olá amigos! Como é bom estar aqui! Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. Prof. Sérgio Mendes 1 de 58

2 O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim. (Charles Chaplin) O homem não consegue descobrir novos oceanos se não tiver a coragem de perder de vista a costa. (André Gide) Na certeza de um belo dia e que outros ainda melhores virão, entusiasmados estudaremos nesta aula os princípios orçamentários, que são premissas, linhas norteadoras a serem observadas na concepção e execução da lei orçamentária. Visam a aumentar a consistência e estabilidade do sistema orçamentário. Por isso, são as bases nas quais se deve orientar o processo orçamentário e são impositivos no orçamento público, apesar de não terem caráter absoluto por apresentarem exceções. Atenção: é um assunto importante para a compreensão geral da matéria e também muito cobrado em concursos! Prof. Sérgio Mendes 2 de 58

3 1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta. Assim, o Poder Legislativo pode conhecer, a priori, todas as receitas e despesas do governo. Tal princípio não se aplica ao Plano Plurianual, pois nem todas as receitas e despesas devem integrar o PPA. Está na Lei 4.320/1964: Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2º. O 5º do art. 165 da CF/1988 se refere à universalidade, quando o constituinte determina a abrangência da LOA: 5º A Lei Orçamentária anual compreenderá: I o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Princípio da Universalidade A LOA deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. 1) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gestão Financeira - INPI 2013) O princípio da universalidade deve ser seguido na parcela do orçamento que trata dos Poderes Executivo e Judiciário. No entanto, esse princípio não Prof. Sérgio Mendes 3 de 58

4 precisa ser observado no caso das despesas relativas ao Poder Legislativo. De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta. Assim, tal princípio deve ser observado por todos os Poderes. 2) (CESPE - AUFC - TCU ) O princípio da universalidade está claramente incorporado na legislação orçamentária, assegurando que o orçamento compreenda todas as receitas e todas as despesas públicas, possibilitando que o Poder Legislativo conheça, a priori, todas as receitas e despesas do governo e possa dar prévia autorização para a respectiva arrecadação e realização. De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. Assim, o Poder Legislativo pode conhecer, a priori, todas as receitas e despesas do governo. 3) (CESPE - AUFC - TCU ) Como parte integrante do processo orçamentário, o PPA deve obedecer ao princípio da universalidade. O princípio da universalidade não se aplica ao Plano Plurianual, pois nem todas as receitas e despesas devem integrar o PPA. 2. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano. Está na Lei 4.320/1964: Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. E também na nossa Constituição Federal de 1988: Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual; II as diretrizes orçamentárias; III os orçamentos anuais. É conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem em que o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. A ideia, Prof. Sérgio Mendes 4 de 58

5 em sua origem, era obrigar o Poder Executivo a solicitar periodicamente ao Congresso permissão para a cobrança de impostos e a aplicação dos recursos públicos. No Brasil, ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei 4.320/1964: Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. Vários artigos da Constituição remetem à anualidade, como o 1º do art. 167: 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio, pois o conceito de anualidade não está relacionado ao ano civil, mas com o exercício financeiro e o período de 12 meses. O tema Créditos Adicionais é visto em aula específica quando previsto em edital. Por agora, temos que saber que a Lei Orçamentária Anual poderá ser alterada no decorrer de sua execução por meio de créditos adicionais. Temos três espécies de Créditos Adicionais: suplementares, especiais e extraordinários. Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término desse exercício financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de exceções ao princípio da anualidade. Mais algumas considerações sobre o princípio da anualidade: _ Estamos tratando da anualidade orçamentária. A anualidade tributária determinava que deveria haver autorização para a arrecadação de receitas previstas na Lei Orçamentária Anual. Assim, as leis tributárias deveriam estar incluídas na LOA, não se admitindo alterações tributárias após os prazos constitucionais do orçamento anual. Tal princípio tributário não foi recepcionado pela atual CF/1988 e foi substituído pelo princípio tributário da anterioridade. _ Anualidade é princípio orçamentário, porém anterioridade não é. O princípio constitucional da anterioridade é princípio tributário e não orçamentário. _ A existência no ordenamento jurídico de um plano plurianual com duração atual de quatro anos não excepciona o princípio da anualidade, pois tal plano é Prof. Sérgio Mendes 5 de 58

6 estratégico e não operativo, necessitando da Lei Orçamentária Anual para sua operacionalização. 4) (CESPE Técnico Administrativo ANCINE 2012) Consoante o princípio da periodicidade, o exercício financeiro corresponde ao período de tempo ao qual se referem a previsão das receitas e a fixação das despesas. O princípio da anualidade é conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem em que o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. 5) (CESPE Auditor de Controle Externo TCE/ES 2012) O princípio da anualidade orçamentaria remonta ao controle parlamentar sobre os impostos e a aplicação dos recursos públicos. Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano. A ideia era obrigar o Poder Executivo a solicitar periodicamente ao Congresso permissão para a cobrança de impostos e a aplicação dos recursos públicos. 3. PRINCÍPIO DA UNIDADE E DA TOTALIDADE Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos paralelos. Também está consagrado na Lei 4.320/1964: Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. Vale ressaltar que, apesar de ter previsão legal desde a Lei 4.320/1964, o princípio da unidade foi efetivamente colocado em prática somente com a CF/1988. Antes disso, havia diversas peças orçamentárias não consolidadas, como o orçamento monetário, o qual sequer passava pela aprovação legislativa. Prof. Sérgio Mendes 6 de 58

7 Aprofundando no tema, vamos tratar do princípio da totalidade. Alguns autores como José Afonso da Silva defendem que o princípio da unidade orçamentária, na concepção de orçamento-programa, não se preocupa com a unidade documental; ao contrário, desdenhando-a, postula que tais documentos se subordinem a uma unidade de orientação política, numa hierarquização dos objetivos a serem atingidos e na uniformidade de estrutura do sistema integrado. Tem-se também a síntese de Ricardo Lobo Torres, dispondo que o princípio da unidade não significa a existência de um único documento, mas a integração finalística e a harmonização entre os diversos orçamentos. Desta forma, houve uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade, de forma que abrangesse as novas situações, sendo por muitos denominado de princípio da totalidade, sendo construído, então, para possibilitar a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. A Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o princípio da totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a seguinte: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de investimentos das estatais. Tal tripartição orçamentária é apenas de cunho instrumental, não implica dissonância e, portanto, não viola o princípio em estudo. Concluindo, o princípio da totalidade não necessariamente significa um documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo. Em que pesem tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente ser compatibilizados entre si. Princípio da Unidade ou Totalidade O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada exercício financeiro. Há coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. Prof. Sérgio Mendes 7 de 58

8 6) (CESPE - Analista Administrativo Administrador TRE/MS 2013) Os princípios orçamentários estão sujeitos a transformações de conceito e significação, pois não têm caráter absoluto ou dogmático e suas formulações originais não atendem, necessariamente, ao universo econômico-financeiro do Estado moderno. Os princípios orçamentários podem sofrer modificações ao longo do tempo, a fim de se adequarem a evolução do Estado moderno. Um exemplo é a remodelação pela doutrina do princípio da unidade, de forma que abrangesse as novas situações, sendo por muitos denominado de princípio da totalidade, sendo construído, então, para possibilitar a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. 7) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gestão Financeira - INPI 2013) Para permitir que haja maior controle nos gastos públicos, o princípio da unidade propõe que os orçamentos de todos os entes federados (União, estados e municípios) sejam reunidos em uma única peça orçamentária, que assume a função de orçamento nacional unificado. Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em cada exercício financeiro. Assim, não existe um orçamento nacional unificado. 8) (CESPE Auditor de Controle Externo TCDF 2012) Considerando os mecanismos básicos de atuação do Estado nas finanças públicas, julgue o seguinte item. O princípio orçamentário da unidade é um dos mais antigos no Brasil no que se refere à aplicação prática, pois vem sendo observado desde a publicação da Lei n.º 4.320/1964. O erro da questão é dizer que o princípio orçamentário da unidade é um dos mais antigos no Brasil no que se refere à aplicação PRÁTICA. Apesar de estar previsto desde a Lei n.º 4.320/1964, somente com a CF/1988 foi efetivamente colocado em prática. Antes disso, havia diversas peças orçamentárias não consolidadas, como o orçamento monetário, que sequer passava pela aprovação legislativa. Prof. Sérgio Mendes 8 de 58

9 4. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO Gestão Pública p/ TRT/8 Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao ente público. Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas. Por exemplo, quando o Governo paga salários, realiza despesas. No entanto, a partir de determinado valor, começa a incidir sobre a remuneração o Imposto de Renda, que é uma receita para o Governo, descontada diretamente pela fonte pagadora. Assim, ao pagar o salário de um servidor, é efetuada uma despesa (salário) que ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de Renda). O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos seus montantes líquidos. Note que a diferença entre universalidade e orçamento bruto é que apenas este último determina que as receitas e despesas devam constar do orçamento pelos seus totais, sem quaisquer deduções. Também está na Lei 4.320/1964: Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber. No nosso exemplo, considere uma carreira de alto escalão do Executivo, que tem como subsídio inicial R$ ,00. Subtraindo os descontos de Imposto de Renda e Previdência Social, o líquido gira em torno de R$ ,00. Na Lei Orçamentária, segundo o princípio do orçamento bruto, deverão constar todos esses itens, de receitas de despesas, e não somente a despesa líquida da União de R$ ,00. Princípio do Orçamento bruto Não importa se o saldo líquido será positivo ou negativo, o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. 9) (CESPE - Analista Administrativo Administrador - ANP 2013) Todas as parcelas da receita e da despesa devem figurar no orçamento em seus valores brutos, sem apresentar qualquer tipo de dedução. Prof. Sérgio Mendes 9 de 58

10 De acordo com o princípio do orçamento bruto, todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. 10) (CESPE Técnico Judiciário Administrativa TRT/ ) Para a obtenção de maior transparência e clareza na previsão de despesas e fixação de receitas constantes na lei orçamentária anual, permite-se a dedução das receitas que não serão efetivamente convertidas em caixa, sem que, para isso, seja necessário descriminar os valores originais. Ao prever tal procedimento, a legislação observa o princípio do orçamento bruto. O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos seus montantes líquidos. Logo, no caso em tela, a dedução de receitas sem a discriminação dos valores originais fere o princípio do orçamento bruto. 11) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gestão Financeira - INPI 2013) O princípio do orçamento bruto refere-se à apresentação dos valores do modo mais simples possível, ou seja, após todas as deduções brutas terem sido realizadas. O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos seus montantes líquidos. Prof. Sérgio Mendes 10 de 58

11 5. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE Gestão Pública p/ TRT/8 O princípio da exclusividade surgiu para evitar que o orçamento fosse utilizado para aprovação de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo. Determina que a Lei Orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). Por exemplo, o orçamento não pode conter matéria de Direito Penal. Assim, o princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da Lei Orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais rápido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinência com seu conteúdo eram denominadas caudas orçamentárias ou orçamentos rabilongos. Por outro lado, as exceções ao princípio possibilitam uma pequena margem de flexibilidade ao Poder Executivo para a realização de alterações orçamentárias. Possui previsão na nossa Constituição, no 8º do art. 165: 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. E também no art. 7º, incisos I e II, da Lei 4.320/1964: Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: I Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43; II Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. O inciso II foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com o art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. Estuda-se ARO em tópico específico relacionado ao endividamento público, quando previsto no edital. Voltando ao nosso princípio, em resumo, significa que: Prof. Sérgio Mendes 11 de 58

12 Regra: LOA deve conter apenas previsão de receitas e fixação de despesas. No entanto, admitem-se autorizações para: créditos suplementares e apenas este; e Princípio da Exclusividade operações de crédito, mesmo que por antecipação de receita. Relembro que o gênero créditos adicionais possui três espécies: suplementares, especiais e extraordinários. Pelo princípio da exclusividade, a LOA poderá autorizar a abertura de créditos adicionais suplementares, porém não é permitida a autorização para os créditos adicionais especiais e extraordinários. No que se refere às operações de crédito, entenda, por agora, que elas se assemelham a empréstimos que o ente contrai para aumentar suas receitas e cobrir suas despesas. Finalizando, em relação ao princípio da exclusividade, é fundamental guardar que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO. Pessoal, o que deve ficar claro é que a LOA não pode criar receitas e despesas (respeitadas as exceções do princípio da exclusividade). O que eu quero dizer é que uma autorização para o aumento de remuneração de uma determinada carreira, por exemplo, não pode constar unicamente na LOA. A LOA vai refletir o aumento da despesa (pois toda despesa deve estar na LOA), mas esse aumento tem que ser criado por um instrumento legal prévio. No caso, seria uma lei anterior autorizando o aumento. O mesmo se aplicaria quando fosse necessária a criação de novos cargos públicos. 12) (CESPE Analista Judiciário Contabilidade TRT/ ) Para que seja realizada operação de crédito por antecipação da receita, para resolver insuficiências de caixa poderá conter autorização ao executivo, na lei de orçamento vigente. De acordo com o princípio da exclusividade, a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos Prof. Sérgio Mendes 12 de 58

13 suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Logo, a LOA poderá conter autorização para a realização de operações de crédito por antecipação de receita. 13) (CESPE - AUFC - TCU ) Se determinado município precisar urgentemente aprovar a autorização legal para a contratação de determinado empréstimo destinado a reformar as escolas locais antes do início do período letivo, tal autorização não poderá ser incluída na LOA, pois essa lei não pode conter dispositivo estranho à previsão das receitas e à fixação das despesas. O princípio da exclusividade determina que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária. Logo, no caso em tela, a autorização legal para a contratação de determinado empréstimo destinado a reformar as escolas locais antes do início do período letivo deverá ser incluída na LOA. Prof. Sérgio Mendes 13 de 58

14 6. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS O princípio da quantificação dos créditos orçamentários está consubstanciado no inciso VII do art. 167 da CF/1988, o qual veda a concessão ou utilização de créditos ilimitados: Art São vedados: (...) VII a concessão ou utilização de créditos ilimitados. A dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. O princípio da quantificação dos créditos orçamentários determina que todo crédito na LOA seja autorizado com uma respectiva dotação, limitada, ou seja, cada crédito deve ser acompanhado de um valor determinado. Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. O art. 59 da Lei 4.320/1964 exige a observância do princípio: Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Para que o empenho (estágio da despesa que abate o valor da dotação, por força do compromisso assumido) não exceda o limite dos créditos concedidos, tal crédito deve ter um valor determinado, limitado, coadunando-se com a regra constitucional da quantificação dos créditos orçamentários. 14) (CESPE AUFC TCU 2009) A única hipótese de autorização para abertura de créditos ilimitados decorre de delegação feita pelo Congresso Nacional ao presidente da República, sob a forma de resolução, que fixará prazo para essa delegação. Não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. Prof. Sérgio Mendes 14 de 58

15 7. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO (OU ESPECIALIZAÇÃO OU DISCRIMINAÇÃO) O princípio da especificação determina que, na Lei Orçamentária Anual, as receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de acompanhamento e controle do gasto público, evitando a chamada ação guarda-chuva, que é aquela ação genérica, mal especificada, com demasiada flexibilidade. Para o PPA e a LDO, não há necessidade de um detalhamento tão grande de receitas e despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois a LOA é obrigada a seguir o princípio da especificação. O princípio veda as autorizações de despesas globais. Atualmente, o princípio da especificação não tem status constitucional (não tem previsão constitucional), porém está em pleno vigor por estar amparado pela legislação infraconstitucional, como na Lei 4.320/1964, que em seu art. 5º dispõe: Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único. As exceções do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa, como os programas de proteção à testemunha que, se tivessem especificação detalhada, perderiam sua finalidade. Tais despesas são classificadas como despesas de capital e também chamadas de investimentos em regime de execução especial. O referido art. 20 ainda determina que os investimentos sejam discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras e de outras aplicações. O 4º do art. 5º da LRF estabelece a vedação de consignação de crédito orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo a especificação da despesa. Esse artigo apresenta outra exceção ao nosso princípio, que é a reserva de contingência (art. 5º, inciso III, da LRF). A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de créditos adicionais, perdas que, embora possam ser previsíveis, são episódicas, contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade pública, como uma enchente de grandes proporções. Prof. Sérgio Mendes 15 de 58

16

17 Entretanto, há exceções. São os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não podem cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa. Tais despesas são classificadas como despesas de capital e também chamadas de investimentos em regime de execução especial. 16) (CESPE - Analista Administrativo Administrador - ANP 2013) De acordo com o princípio da especialização, a lei orçamentária deverá conter apenas matéria financeira, excluindo qualquer dispositivo estranho à estimativa de receitas do orçamento. O princípio da especificação determina que, na Lei Orçamentária Anual, as receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. O item se refere, de forma incompleta, ao princípio da exclusividade, o qual determina que a Lei Orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária. 17) (CESPE Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq ) São exceções ao que determina o princípio da discriminação ou especialização os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não podem ser cumpridos em subordinação às normas gerais de execução da despesa. O princípio da discriminação determina que as receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. As exceções são os programas especiais de trabalho, como os programas de proteção à testemunha, que se tivessem especificação detalhada, perderiam sua finalidade. 18) (CESPE - AUFC - TCU ) Entre as três leis ordinárias previstas pela CF para dispor sobre orçamento, somente a LOA é obrigada a observar o princípio da especificação. Para o PPA e a LDO não há necessidade de um detalhamento tão grande de receitas e despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois a LOA é obrigada a seguir o princípio da especificação. Prof. Sérgio Mendes 17 de 58

18 8. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO O princípio da proibição do estorno determina que o administrador público não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Quando houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer à abertura de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo. Veja o dispositivo constitucional: Art São vedados: (...) VI a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. Os termos remanejamento, transposição e transferência são relacionados pela Constituição Federal às situações de destinação de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro. Foram introduzidos na CF/1988 em substituição à expressão estorno de verba, utilizada em constituições anteriores para indicar a mesma proibição. Essa é a origem do princípio da proibição do estorno. Parte da doutrina considera que são conceitos que devem ser definidos em lei complementar (ainda não editada), portanto não poderiam ser definidos por lei ordinária ou outro instrumento infralegal. Outros doutrinadores consideram que não há distinção entre os termos. Ainda, outros autores definem os termos da seguinte forma: Transposição: É a destinação de recursos de um programa de trabalho para outro, por meio de realocações do ente público dentro do mesmo órgão. Por exemplo, se o administrador decidir ampliar a construção da sede da secretaria de obras realocando recursos da abertura de uma estrada, com ambos os projetos programados e incluídos no orçamento. Remanejamento: É a destinação de recursos de um órgão para outro, por meio de realocações do ente público. Por exemplo, a Administração pode realocar as atividades de um órgão extinto. Transferência: É a destinação de recursos dentro do mesmo órgão e do mesmo programa de trabalho, por meio de realocações de recursos entre as categorias econômicas de despesas. Na transferência, as ações envolvidas permanecem em execução, por isso não se confunde com os créditos adicionais especiais, nos quais ocorre a implantação de uma despesa que não possuía dotação orçamentária. Por exemplo, o MPOG decide realocar recursos de manutenção de seu prédio para adquirir computadores para uma seção que funcionava com computadores antigos. Prof. Sérgio Mendes 18 de 58

19 Por categoria de programação deve-se entender a função, a subfunção, o programa, o projeto/atividade/operação especial e as categorias econômicas de despesas. Na verdade, a importância do princípio está em evitar, no decorrer do exercício financeiro, a desconfiguração da LOA aprovada pelo Congresso Nacional. Para isso, é necessária a autorização legislativa. 19) (CESPE Gestão de orçamento e finanças IPEA 2008) Se o Poder Executivo Federal promover a transposição de recursos de uma categoria de programação orçamentária para outra, ainda que com autorização legislativa, incorrerá em violação de norma constitucional. O princípio da proibição do estorno faz restrições a transposição de recursos de uma categoria de programação orçamentária para outra caso não exista autorização legislativa. Logo, se houver autorização legislativa, o Poder Executivo não incorrerá em violação de norma constitucional. 9. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração Pública, que são legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. O princípio da publicidade também é orçamentário, pois as decisões sobre orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa oficial. É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de comunicação para conhecimento público, de forma a garantir a transparência na elaboração e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. 20) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gestão Financeira - INPI 2013) A LOA é peça técnica voltada para a operacionalização do planejamento governamental, assim não é necessária a observância do princípio da publicidade, visto que o PPA e a LDO já cumprem a função de tornar Prof. Sérgio Mendes 19 de 58

20 público para a sociedade quais são os objetivos dos governos e que meios serão utilizados para alcançá-los. O princípio da publicidade também é orçamentário, pois as decisões sobre orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa oficial. É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de comunicação para conhecimento público, de forma a garantir a transparência na elaboração e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. 10. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo Congresso Nacional. O art. 5º da Constituição determina em seu inciso II que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. O art. 37 cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração Pública, que são legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo. O respaldo ao princípio da legalidade orçamentária também está na Constituição: Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual; II as diretrizes orçamentárias; III os orçamentos anuais. Art Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições legais. O orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de um processo legislativo completo, apesar de possuir um ciclo com características diferenciadas. Assim como toda lei ordinária, o orçamento será um projeto preparado pelo Poder Executivo e enviado ao Poder Legislativo, para apreciação e posterior devolução, a fim de que ocorra a sanção e a publicação. Logo, legalidade também é princípio orçamentário. Prof. Sérgio Mendes 20 de 58

21 11. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO Gestão Pública p/ TRT/8 O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada, planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e a forma de programação. Assim, alguns autores defendem que o princípio da programação não poderia ser observado antes da instituição do conceito de orçamento-programa. O princípio da programação vincula as normas orçamentárias à consecução e à finalidade do plano plurianual e aos programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento. 21) (CESPE - AUFC - TCU ) O princípio orçamentário da programação não poderia ser observado antes da instituição do conceito de orçamento-programa. O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada, planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e a forma de programação. Assim, alguns autores defendem que o princípio da programação não poderia ser observado antes da instituição do conceito de orçamento-programa. 12. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à previsão das receitas. A LRF, em seu art. 4º, inciso I, a, determina que a lei de diretrizes orçamentárias trate do equilíbrio entre receitas e despesas: Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no 2º do art. 165 da Constituição e: I disporá também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas. Outras áreas, como as relacionadas às finanças públicas, aplicam o princípio do equilíbrio. Por exemplo, o art. 9º da LRF também trata do equilíbrio das finanças públicas, só que no aspecto financeiro. Determina que se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Prof. Sérgio Mendes 21 de 58

22

23 Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em cada exercício financeiro. 13. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS RECEITAS O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Está na Constituição Federal, no art. 167, inciso IV: Art São vedados: (...) IV a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, 8º, bem como o disposto no 4º deste artigo. Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas despesas obrigatórias. A principal finalidade do princípio em estudo é aumentar a flexibilidade na alocação das receitas de impostos. No que couber, aos demais entes são permitidas as mesmas vinculações da União previstas na CF/1988. Além disso, é facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica (art. 217, 5º, da CF/1988). Importante: caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua vinculação, mesmo que em outro exercício financeiro. Veja o parágrafo único do art. 8º da LRF: Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. Na Constituição Federal anterior (Emenda Constitucional 1/1969), o princípio da não vinculação de receitas estava relacionado a todos os tributos. A denominação do princípio foi mantida pela maior parte da doutrina (não Prof. Sérgio Mendes 23 de 58

24 vinculação de receitas), entretanto, agora abrange apenas os impostos, coadunando-se com a ideia de que o imposto é o típico tributo de arrecadação não vinculada. Assim, a regra geral é que as receitas derivadas dos impostos devem estar disponíveis para custear qualquer atividade estatal. Na CF/1988, o princípio veda a vinculação de impostos e não de tributos. A Constituição pode vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional podem ser vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinária ou qualquer dispositivo infraconstitucional, não pode. Apenas os impostos não podem ser vinculados por lei infraconstitucional. Exceções ao Princípio da Não Vinculação a) Repartição constitucional dos impostos; b) Destinação de recursos para a Saúde; c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; d) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta. 23) (CESPE Técnico Judiciário Administrativa TRT/ ) Para a garantia dos recursos necessários a investimentos na infraestrutura de transporte urbano no Brasil, é permitida pela CF a vinculação das receitais próprias geradas pela arrecadação de impostos sobre a propriedade de veículos automotores. O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. As exceções constitucionais são: a) Repartição constitucional dos impostos; b) Destinação de recursos para a Saúde; c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; Prof. Sérgio Mendes 24 de 58

25 d) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta. Logo, não é permitida a vinculação do IPVA para a garantia dos recursos necessários a investimentos na infraestrutura de transporte urbano no Brasil. 24) (CESPE Auditor Substituto de Conselheiro TCE/ES 2012) A abrangência do princípio orçamentário da não vinculação de receitas restringe-se às receitas de impostos. O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Na Constituição Federal anterior (Emenda Constitucional 1/1969), o princípio da não vinculação de receitas estava relacionado a todos os tributos. A denominação do princípio foi mantida pela maior parte da doutrina (não vinculação de receitas), entretanto, agora abrange apenas os impostos, coadunando-se com a ideia de que o imposto é o típico tributo de arrecadação não vinculada. Assim, a regra geral é que as receitas derivadas dos impostos devem estar disponíveis para custear qualquer atividade estatal. 25) (CESPE Auditor de Controle Externo TCE/ES 2012) A vinculação de receitas para educação, saúde e segurança não pode ser considerada violação do principio da não afetação de receitas, uma vez que esses serviços são a razão da existência do Estado moderno. O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Assim, as exceções são determinadas pela CF/1988 e não incluem os gastos com segurança. 14. PRINCÍPIO DA CLAREZA OU DA INTELIGIBILIDADE O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse, precisam manipulá-lo. Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa. Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração. Prof. Sérgio Mendes 25 de 58

26 MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE 26) (CESPE AUFC TCU 2009) Em que pese o princípio da não vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesas, a Constituição Federal de 1988 (CF) não veda tal vinculação na prestação de garantais às operações de crédito por antecipação de receita. A CF/1988 não veda a vinculação de impostos na prestação de garantais às operações de crédito por antecipação de receita, já que se trata de uma das exceções ao princípio da não vinculação de receitas. 27) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Direito - ABIN ) A lei de orçamento não consigna dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de diversas fontes, como as de pessoal, excetuando-se dessa regra os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa. De acordo com o princípio da discriminação, a Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, com as ressalvas dos programas especiais de trabalho. 28) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU ) Uma das exceções ao princípio da exclusividade é a autorização para contratação de operações de crédito, desde que se trate de antecipação da receita orçamentária. Uma das exceções ao princípio da exclusividade é a autorização para contratação de operações de crédito, ainda que se trate de antecipação da receita orçamentária. Ao trocar ainda que por desde que, a questão limita o princípio apenas às operações de crédito por antecipação da receita orçamentária, excluindo as operações de crédito convencionais. 29) (CESPE - Administrador Min Saúde 2010) Ao se analisar os três orçamentos que compõem a lei orçamentária anual o fiscal, o de investimentos e o de seguridade social, torna-se evidente a contradição com o princípio da unidade. Prof. Sérgio Mendes 26 de 58

27 Houve uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade, de forma que abrangesse as novas situações, sendo por muitos denominado de princípio da Totalidade, sendo construído, então, para possibilitar a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. A Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o princípio da totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a seguinte: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de investimentos das estatais. Logo, não há contradição com o princípio da unidade. 30) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU ) A aplicação do princípio do orçamento bruto visa impedir a inclusão, no orçamento, de importâncias líquidas, isto é, a inclusão apenas do saldo positivo ou negativo resultante do confronto entre as receitas e as despesas de determinado serviço público. O princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não importando se o saldo liquido será positivo ou negativo. 31) (CESPE Contador IPAJM 2010) Os princípios orçamentários são linhas norteadoras da programação e da execução orçamentárias. Preconiza-se, nessa direção, a não vinculação das receitas, com a finalidade precípua de aumentar a flexibilidade na alocação das receitas de impostos. Os princípios orçamentários são premissas, linhas norteadoras a serem observadas na concepção e execução da lei orçamentária. Visam a aumentar a consistência e estabilidade do sistema orçamentário. O princípio da não afetação de receitas visa evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas despesas obrigatórias. 32) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência Administração - ABIN ) De acordo com o princípio orçamentário da não afetação das receitas, a Lei Orçamentária Anual (LOA) deve apresentar todas as receitas por seus valores brutos e incluir um plano financeiro global em que não haja receitas estranhas ao controle da atividade econômica estatal. Prof. Sérgio Mendes 27 de 58

28 De acordo com o princípio orçamentário do orçamento bruto, a LOA deve apresentar todas as receitas por seus valores brutos, vedadas quaisquer deduções. 33) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU ) O princípio da periodicidade fortalece a prerrogativa de controle prévio do orçamento público pelo Poder Legislativo, obrigando o Poder Executivo a solicitar anualmente autorização para arrecadar receitas e executar as despesas públicas. O princípio da anualidade ou periodicidade dispõe que o orçamento deva ser elaborado e autorizado para um período de um ano. Logo, obriga o Poder Executivo a solicitar anualmente autorização para executar as despesas públicas. 34) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência Administração - ABIN ) Do princípio orçamentário da universalidade decorre a recomendação de que cada esfera da administração União, estados, Distrito Federal e municípios tenha seu próprio orçamento. Do princípio orçamentário da unidade decorre a recomendação de que cada esfera da administração União, estados, Distrito Federal e municípios tenha seu próprio orçamento. 35) (CESPE Administrador IBRAM/DF ) A peça orçamentária pode conter a previsão de criação de cargos públicos, desde que acompanhada da sinalização das receitas necessárias para seu pagamento. A previsão de criação de cargos na LOA afronta o princípio da exclusividade. A LOA não pode criar receitas e despesas (respeitadas as exceções do princípio da exclusividade). Na LOA não pode constar uma previsão para a criação de cargos. A LOA vai refletir o aumento da despesa (pois toda despesa deve estar na LOA), mas esse aumento de cargos tem que ser criado por um instrumento legal prévio. No caso, seria uma lei anterior autorizando a criação. 36) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU ) A existência da abertura de créditos suplementares por meio de operações de crédito, inclusive por antecipação da receita na LOA, implica violação ao princípio da exclusividade. Prof. Sérgio Mendes 28 de 58

29 São exceções ao princípio da exclusividade as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). Assim, a existência da abertura de créditos suplementares por meio de operações de crédito, inclusive por antecipação da receita na LOA, não implica violação ao princípio da exclusividade. 37) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU ) Embora a não afetação da receita constitua um dos princípios orçamentários, há várias exceções a essa regra previstas na legislação em vigor. O princípio da não afetação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, ressalvadas as exceções constitucionais. 38) (CESPE Oficial Técnico de Inteligência Contabilidade - ABIN 2010) A inclusão de dotações para despesas sigilosas no orçamento da ABIN é uma decorrência do princípio da publicidade. A inclusão de dotações para despesas sigilosas no orçamento da ABIN é uma decorrência de uma exceção ao princípio da discriminação. São os chamados programas especiais de trabalho. 39) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU ) A abertura de crédito suplementar e a contratação de operações de crédito são excepcionalidades em relação ao princípio da exclusividade, previstas na CF e em legislação específica. São exceções ao princípio da exclusividade as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). 40) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) Um importante princípio orçamentário estabelece que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. A igualdade sem distinção de qualquer natureza (CF/1988, art. 5º, caput), ou seja, de sexo, raça, trabalho, credo religioso e convicções políticas, é consectária de tratamento igual a situações iguais e tratamento desigual a situações desiguais. No entanto, não se trata de um princípio orçamentário. Prof. Sérgio Mendes 29 de 58

30 41) (CESPE Inspetor de Controle Externo TCE/RN 2009) A autorização para um órgão público realizar licitações não pode ser incluída na lei orçamentária anual em observância ao princípio da exclusividade. O princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da lei orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais rápido (caudas orçamentárias). Logo, a autorização para um órgão público realizar licitações não pode ser incluída na lei orçamentária anual. 42) (CESPE - Procurador Federal - AGU ) A vinculação de receita de impostos para a realização de atividades da administração tributária não fere o princípio orçamentário da não afetação. O princípio da não vinculação ou não afetação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, ressalvadas as exceções constitucionais, como a possibilidade de vinculação de receita de impostos para a realização de atividades da administração tributária. 43) (CESPE Analista Técnico Administrativo - DPU ) O princípio da especificação determina que, como qualquer ato legal ou regulamentar, as decisões sobre orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa oficial. Além disso, exige que as informações acerca da discussão, elaboração e execução dos orçamentos tenham a mais ampla publicidade, de forma a garantir a transparência na preparação e execução do orçamento, em nome da racionalidade e da eficiência. O princípio da publicidade é que determina que as decisões sobre orçamento só tenham validade após a publicação em órgão da imprensa oficial. É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de comunicação para conhecimento público, de forma a garantir a transparência na elaboração e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. 44) (CESPE Analista Contabilidade - ECB 2011) A reserva de contingência, dotação global para atender passivos contingentes e Prof. Sérgio Mendes 30 de 58

31

32 47) (CESPE Administrador IBRAM/DF ) No caso dos orçamentos estaduais, é permitida a vinculação de impostos estaduais para a prestação de garantia à União. No que couber, aos demais entes são permitidas as mesmas vinculações da União previstas na CF/ ) (CESPE Analista Técnico Administrativo - DPU ) O princípio do orçamento bruto determina que o orçamento deva abranger todo o universo das receitas a serem arrecadadas e das despesas a serem executadas pelo Estado. O princípio da universalidade determina que o orçamento deva abranger todo o universo das receitas a serem arrecadadas e das despesas a serem executadas pelo Estado. O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento nos seus montantes líquidos. Note que a diferença entre universalidade e orçamento bruto é que apenas este último determina que as receitas e despesas devam constar do orçamento pelos seus totais, sem quaisquer deduções. 49) (CESPE Analista Técnico Administrativo - DPU ) O princípio da totalidade, explícito de forma literal na legislação brasileira, determina que todas as receitas e despesas devem integrar um único documento legal. Mesmo sendo os orçamentos executados em peças separadas, as informações acerca de cada uma dessas peças são devidamente consolidadas e compatibilizadas em diversos quadros demonstrativos. O princípio da totalidade não está explícito de forma literal na legislação brasileira. Além disso, o princípio da unidade ou da totalidade não necessariamente significa um documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo. Em que pesem tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente ser compatibilizados entre si. 50) (CESPE Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq ) O princípio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que o Poder Executivo realize qualquer operação de receita e despesa sem prévia autorização, bem como possibilita que se reconheçam, no Prof. Sérgio Mendes 32 de 58

33 orçamento, todas as parcelas da receita e da despesa em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução. O princípio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que o Poder Executivo realize qualquer operação de receita e despesa sem prévia autorização, já que todas devem estar no orçamento. No entanto, o fim da assertiva se refere ao princípio do orçamento bruto. A diferença entre universalidade e orçamento bruto é que apenas este último determina que as receitas e despesas devam constar do orçamento pelos seus totais, sem quaisquer deduções. 51) (CESPE - Analista - SERPRO ) Segundo o princípio da universalidade, as despesas devem ser classificadas de forma detalhada, para facilitar sua análise e compreensão. Segundo o princípio da discriminação ou especificação, as despesas devem ser classificadas de forma detalhada, para facilitar sua análise e compreensão. 52) (CESPE - Administrador Min Saúde 2010) O administrador público que respeita o princípio do orçamento bruto, ao planejar o orçamento do ano seguinte, deve fazer as devidas compensações nas contas com a intenção de incluir em sua planilha os saldos resultantes dessas operações. O princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais. Logo, não existem compensações entre receitas e despesas para a inclusão apenas dos saldos. 53) (CESPE Analista Judiciário Administração TJCE ) Se um parlamentar apresentar projeto de lei permitindo às entidades estatais publicar suas demonstrações contábeis de forma condensada, a pretexto de reduzir suas despesas, a aprovação dessa medida ferirá o princípio do orçamento bruto. O fato de uma entidade publicar demonstrações contábeis de forma condensada não fere o princípio do orçamento bruto, pois não haverá deduções de receitas ou despesas. O princípio violado seria o da especificação, pois a concisão das informações acarretaria em diminuição da descriminação de receitas e despesas. Prof. Sérgio Mendes 33 de 58

34 54) (CESPE Analista Contabilidade - ECB 2011) O saldo não aplicado do crédito adicional extraordinário cuja promulgação ocorrer em setembro de 2011 poderá ser reaberto e incorporado ao orçamento de 2012, sendo uma exceção ao princípio da anualidade. Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término desse exercício financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de exceções ao princípio da anualidade. 55) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO ) De acordo com o princípio da especialização, as receitas e as despesas devem aparecer no orçamento de maneira discriminada para permitir o conhecimento da origem dos recursos e sua aplicação. O princípio da especificação determina que as receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. 56) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) Conforme o princípio orçamentário da unidade, todas as receitas e despesas devem integrar o orçamento público. Conforme o princípio orçamentário da universalidade, todas as receitas e despesas devem integrar o orçamento público. 57) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU ) O princípio da exclusividade foi proposto com a finalidade de impedir que a lei orçamentária, em razão da natural celeridade de sua tramitação no legislativo, fosse utilizada como mecanismo de aprovação de matérias diversas às questões financeiras. O princípio da exclusividade surgiu para evitar que Orçamento fosse utilizado para aprovação de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo. 58) (CESPE Analista Técnico Administrativo - DPU ) O princípio da anualidade ou da periodicidade estabelece que o orçamento obedeça a determinada periodicidade, geralmente um ano, já que esta é a medida normal das previsões humanas, para que a interferência e o controle do Poder Legislativo possam ser efetivados em prazos Prof. Sérgio Mendes 34 de 58

35 razoáveis, que permitam a correção de eventuais desvios ou irregularidades verificados na sua execução. No Brasil, a periodicidade varia de um a dois anos, dependendo do ente federativo. O princípio da anualidade, também conhecido como princípio da periodicidade, determina que o orçamento deva ter vigência limitada a um exercício financeiro. No Brasil, ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei 4.320/1964. Logo, a periodicidade é de um ano. 59) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) A existência do PPA, da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos, constitui uma exceção ao princípio orçamentário da unidade. A existência do PPA, da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos, não constitui uma exceção ao princípio orçamentário da unidade. O princípio da unidade ou da totalidade não necessariamente significa um documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo. 60) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU ) De acordo com o princípio da não afetação, o montante das despesas não deve superar o montante das receitas previstas para o período. De acordo com o princípio do equilíbrio, o montante das despesas não deve superar o montante das receitas previstas para o período. 61) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU ) O princípio da discriminação ou especialização trata da inserção de dotações globais na lei orçamentária, providência que propicia maior agilidade na aplicação dos recursos financeiros. A regra geral do princípio da discriminação ou especificação é a vedação às autorizações de despesas globais. 62) (CESPE - Procurador - PGE/AL ) Segundo o princípio da anualidade, a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de Prof. Sérgio Mendes 35 de 58

36 operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Segundo o princípio da exclusividade, a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei 63) (CESPE - Procurador - PGE/PE ) Não há, na CF, vedação aos chamados orçamentos rabilongos. O princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da lei orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais rápido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinência com seu conteúdo eram denominadas caudas orçamentárias ou orçamentos rabilongos. Logo, o princípio da exclusividade veda os orçamentos rabilongos. 64) (CESPE Economista FUB 2009) A Lei Orçamentária Anual (LOA) consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material e serviços de terceiros. Contudo, os investimentos não poderão ser custeados por dotações globais, classificadas entre as despesas de capital. De acordo com o princípio da discriminação, a Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, com as ressalvas dos investimentos em regime de execução especial. 65) (CESPE TFCE - TCU 2009) A lei orçamentária anual não deve conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de despesa, admitindo-se, contudo, preceito relativo à autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. O princípio da exclusividade determina que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). Prof. Sérgio Mendes 36 de 58

37 66) (CESPE - Administrador Min Saúde 2010) Acerca dos princípios orçamentários, a Constituição Federal de 1988 (CF) prevê a autorização para a abertura de créditos especiais e extraordinários. Acerca do princípio orçamentário da exclusividade, a Constituição Federal de 1988 (CF) prevê a autorização para a abertura de créditos suplementares. 67) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) Por força do princípio da exclusividade, a LOA não deverá conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Por isso, a lei orçamentária não pode ser aprovada se nela constar autorização para a realização de operações de crédito. O princípio da exclusividade determina que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. No entanto, em caráter de exceção, são permitidas autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). 68) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) O princípio da exclusividade tem por objetivo principal evitar a ocorrência das chamadas caudas orçamentárias. O princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da lei orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais rápido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinência com seu conteúdo eram denominadas caudas orçamentárias. 69) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Direito - ABIN ) De acordo com o princípio da exclusividade orçamentária, a lei orçamentária anual não compreende dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, ressalvando-se a essa proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. De acordo com o 8. o do art. 165 da CF/1988: 8.º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Prof. Sérgio Mendes 37 de 58

38 70) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência Administração - ABIN ) A ocorrência de deficit frequente na atividade financeira do Estado constitui prova de que o orçamento, no âmbito do governo federal, não observa o princípio do equilíbrio entre receitas e despesas. Contabilmente e formalmente o orçamento sempre estará equilibrado, pois tal déficit aparece normalmente nas operações de crédito que, pelo art. 3.º da Lei 4.320/1964, também devem constar do orçamento. Logo, o orçamento, no âmbito do governo federal, observa o princípio do equilíbrio entre receitas e despesas. 71) (CESPE Técnico Científico Direito Banco da Amazônia ) É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa para a realização de atividades da administração tributária. O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. São elas: Repartição constitucional dos impostos; Destinação de recursos para a Saúde; Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta. Logo, é permitida a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa para a realização de atividades da administração tributária. 72) (CESPE Técnico Científico Administração Banco da Amazônia ) A legislação brasileira não estabelece o princípio da anualidade orçamentária, razão por que se aprovam o orçamento fiscal e o da seguridade social anualmente e o orçamento plurianual de investimentos, a cada quatro anos. A legislação brasileira estabelece o princípio da anualidade orçamentária, razão por que se aprovam os orçamentos que integram a LOA anualmente: orçamento fiscal, da seguridade social e de investimento das estatais. Prof. Sérgio Mendes 38 de 58

39 73) (CESPE Técnico Científico Administração Banco da Amazônia ) A ocorrência de déficits na execução orçamentária não implica desrespeito ao princípio do equilíbrio, com base no qual se deve elaborar a lei orçamentária, podendo ser eles incorporados nas chamadas operações de crédito e no refinanciamento da dívida pública. A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário, caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princípio do equilíbrio não tem hierarquia constitucional (não está previsto na CF/1988). No entanto, contabilmente e formalmente o orçamento sempre estará equilibrado, pois tal déficit aparece normalmente nas operações de crédito que, pelo art. 3º da Lei 4.320/1964, também devem constar do orçamento. 74) (CESPE Técnico Científico Administração Banco da Amazônia ) O princípio da unidade orçamentária não é adotado no Brasil, de maneira que existem múltiplos orçamentos que não se incluem no orçamento anual da União, como os elaborados pelas empresas estatais e autarquias especiais. Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos paralelos. Há a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. Logo, incluem-se também no orçamento anual da União os elaborados pelas empresas estatais e autarquias especiais. 75) (CESPE Analista Contabilidade - ECB 2011) O princípio da não afetação da receita veda a vinculação de receita de impostos, taxas e contribuições a despesas, fundos ou órgãos. O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Na Constituição Federal anterior (Emenda Constitucional 1/1969), o princípio da não vinculação de receitas estava relacionado a todos os tributos. A denominação do princípio foi mantida pela maior parte da doutrina (não vinculação de receitas), entretanto, agora abrange apenas os impostos, coadunando-se com a ideia de que o imposto é o típico tributo de arrecadação não vinculada. Assim, a regra geral é que as receitas derivadas dos impostos devem estar disponíveis para custear qualquer atividade estatal. Prof. Sérgio Mendes 39 de 58

40 76) (CESPE Analista Judiciário Administrativo STM ) O princípio do orçamento bruto se aplica indistintamente à lei orçamentária anual e a todos os tipos de crédito adicional. O princípio do orçamento bruto, o qual impede a inclusão apenas dos montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, aplica-se indistintamente à LOA e a todos os tipos de crédito adicional. 77) (CESPE Analista Técnico Administrativo - DPU ) O princípio da legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas finanças públicas, dispõe que o orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de um processo legislativo completo, isto é, um projeto preparado e submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder Legislativo, para apreciação e posterior devolução ao Poder Executivo, para sanção e publicação. Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições legais. O orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de um processo legislativo completo, apesar de possuir um ciclo com características diferenciadas. Assim como toda lei ordinária, o orçamento será um projeto preparado pelo Poder Executivo e enviado ao Poder Legislativo, para apreciação e posterior devolução, a fim de que ocorra a sanção e a publicação. Logo, legalidade também é princípio orçamentário. 78) (CESPE Contador IPAJM 2010) É vedado incluir na LOA autorização para operações de crédito por antecipação de receita. Consoante, o princípio da exclusividade, é permitido incluir na LOA autorização para operações de crédito por antecipação de receita. 79) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) Em respeito ao princípio orçamentário da não vinculação da receita, nenhum imposto será vinculado a órgão, fundo ou despesa, nem mesmo no caso de destinação de recursos para serviços públicos de saúde e educação. O princípio da não vinculação ou não afetação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, ressalvadas as exceções constitucionais. Prof. Sérgio Mendes 40 de 58

41

42 83) (CESPE Especialista FNDE 2012) De acordo com o principio da não afetação das receitas, todas as parcelas da receita e da despesa devem constar do orçamento, sem qualquer tipo de dedução. De acordo com o principio do orçamento bruto, todas as parcelas da receita e da despesa devem constar do orçamento, sem qualquer tipo de dedução. 84) (CESPE Especialista FNDE 2012) A lei de orçamento deve conter a discriminação da receita e da despesa, de modo a evidenciar a politica econômica e financeira e o programa de trabalho adotados pelo governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade (art. 2º da Lei 4320/1964). 85) (CESPE Técnico FNDE 2012) Segundo o principio da unidade, cada ente da Federação está obrigado a incluir em seu orçamento todas as receitas e despesas dos poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo respectivo ente. Segundo o principio da universalidade, cada ente da Federação está obrigado a incluir em seu orçamento todas as receitas e despesas dos poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo respectivo ente. 86) (CESPE Analista Legislativo Material e Patrimônio Câmara dos Deputados 2012) A ausência de discriminação da dotação global na reserva de contingência contraria o princípio da publicidade. A ausência de discriminação da dotação global na reserva de contingência é uma exceção ao princípio da discriminação. Não contraria nenhum princípio. 87) (CESPE Analista Legislativo Material e Patrimônio Câmara dos Deputados 2012) De acordo com o princípio orçamentário da especificação, devem-se registrar, no mesmo item, o valor líquido bem como a dedução das parcelas de imposto previsto na lei orçamentária anual do governo federal a serem transferidas a estados e municípios. Prof. Sérgio Mendes 42 de 58

43 O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento nos seus montantes líquidos. 88) (CESPE Administrador Ministério da Integração ) A inclusão pelo Poder Executivo, na proposta de lei orçamentária anual (LOA), de dispositivo que autorize o governo federal a contratar determinado empréstimo com instituição financeira estrangeira não viola o princípio orçamentário da exclusividade. De acordo com o princípio da exclusividade, a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Um exemplo de autorização de operação de crédito na LOA seria a autorização para o governo federal contratar determinado empréstimo com instituição financeira. Logo, tal inclusão não violaria o princípio orçamentário da exclusividade. 89) (CESPE Analista Técnico Administrativo Ministério da Integração ) O princípio da universalidade possibilita ao Legislativo impedir o Executivo de realizar qualquer operação de receita ou despesa sem prévia autorização parlamentar. De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta. Assim, o Poder Legislativo pode conhecer, a priori, todas as receitas e despesas do governo. 90) (CESPE Analista Técnico-Administrativo Ministério da Integração ) A lei orçamentária contém a discriminação da receita e da despesa, evidenciando, assim, a política econômicofinanceira e o programa de trabalho do governo, respeitando-se os princípios da unidade, da universalidade e da anualidade. A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade (art. 2º da Lei 4320/1964). Prof. Sérgio Mendes 43 de 58

44 E aqui terminamos nossa aula 1. Na próxima aula trataremos de temas atinentes ao Orçamento Público. Espero você lá! Forte abraço! Sérgio Mendes Prof. Sérgio Mendes 44 de 58

45

46

47 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 1) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gestão Financeira - INPI 2013) O princípio da universalidade deve ser seguido na parcela do orçamento que trata dos Poderes Executivo e Judiciário. No entanto, esse princípio não precisa ser observado no caso das despesas relativas ao Poder Legislativo. 2) (CESPE - AUFC - TCU ) O princípio da universalidade está claramente incorporado na legislação orçamentária, assegurando que o orçamento compreenda todas as receitas e todas as despesas públicas, possibilitando que o Poder Legislativo conheça, a priori, todas as receitas e despesas do governo e possa dar prévia autorização para a respectiva arrecadação e realização. 3) (CESPE - AUFC - TCU ) Como parte integrante do processo orçamentário, o PPA deve obedecer ao princípio da universalidade. 4) (CESPE Técnico Administrativo ANCINE 2012) Consoante o princípio da periodicidade, o exercício financeiro corresponde ao período de tempo ao qual se referem a previsão das receitas e a fixação das despesas. 5) (CESPE Auditor de Controle Externo TCE/ES 2012) O princípio da anualidade orçamentaria remonta ao controle parlamentar sobre os impostos e a aplicação dos recursos públicos. 6) (CESPE - Analista Administrativo Administrador - ANP 2013) Os princípios orçamentários estão sujeitos a transformações de conceito e significação, pois não têm caráter absoluto ou dogmático e suas formulações originais não atendem, necessariamente, ao universo econômico-financeiro do Estado moderno. 7) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gestão Financeira - INPI 2013) Para permitir que haja maior controle nos gastos públicos, o princípio da unidade propõe que os orçamentos de todos os entes federados (União, estados e municípios) sejam reunidos em uma única peça orçamentária, que assume a função de orçamento nacional unificado. 8) (CESPE Auditor de Controle Externo TCDF 2012) Considerando os mecanismos básicos de atuação do Estado nas finanças públicas, julgue o seguinte item. O princípio orçamentário da unidade é um dos mais antigos no Brasil no que se refere à aplicação prática, pois vem sendo observado desde a publicação da Lei n.º 4.320/1964. Prof. Sérgio Mendes 47 de 58

48 9) (CESPE - Analista Administrativo Administrador - ANP 2013) Todas as parcelas da receita e da despesa devem figurar no orçamento em seus valores brutos, sem apresentar qualquer tipo de dedução. 10) (CESPE Técnico Judiciário Administrativa TRT/ ) Para a obtenção de maior transparência e clareza na previsão de despesas e fixação de receitas constantes na lei orçamentária anual, permite-se a dedução das receitas que não serão efetivamente convertidas em caixa, sem que, para isso, seja necessário descriminar os valores originais. Ao prever tal procedimento, a legislação observa o princípio do orçamento bruto. 11) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gestão Financeira - INPI 2013) O princípio do orçamento bruto refere-se à apresentação dos valores do modo mais simples possível, ou seja, após todas as deduções brutas terem sido realizadas. 12) (CESPE Analista Judiciário Contabilidade TRT/ ) Para que seja realizada operação de crédito por antecipação da receita, para resolver insuficiências de caixa poderá conter autorização ao executivo, na lei de orçamento vigente. 13) (CESPE - AUFC - TCU ) Se determinado município precisar urgentemente aprovar a autorização legal para a contratação de determinado empréstimo destinado a reformar as escolas locais antes do início do período letivo, tal autorização não poderá ser incluída na LOA, pois essa lei não pode conter dispositivo estranho à previsão das receitas e à fixação das despesas. 14) (CESPE AUFC TCU 2009) A única hipótese de autorização para abertura de créditos ilimitados decorre de delegação feita pelo Congresso Nacional ao presidente da República, sob a forma de resolução, que fixará prazo para essa delegação. 15) (CESPE Analista Judiciário Contabilidade TRT/ ) As dotações globais destinadas a atender indiferentemente despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras não serão consignadas à lei de orçamento. Entretanto, poderão ser custeados por dotações globais, classificadas entre as despesas de capital, os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não se possam cumprir subordinadamente às normas gerais de execução da despesa. 16) (CESPE - Analista Administrativo Administrador - ANP 2013) De acordo com o princípio da especialização, a lei orçamentária deverá conter apenas matéria financeira, excluindo qualquer dispositivo estranho à estimativa de receitas do orçamento. Prof. Sérgio Mendes 48 de 58

49 17) (CESPE Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq ) São exceções ao que determina o princípio da discriminação ou especialização os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não podem ser cumpridos em subordinação às normas gerais de execução da despesa. 18) (CESPE - AUFC - TCU ) Entre as três leis ordinárias previstas pela CF para dispor sobre orçamento, somente a LOA é obrigada a observar o princípio da especificação. 19) (CESPE Gestão de orçamento e finanças IPEA 2008) Se o Poder Executivo Federal promover a transposição de recursos de uma categoria de programação orçamentária para outra, ainda que com autorização legislativa, incorrerá em violação de norma constitucional. 20) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gestão Financeira - INPI 2013) A LOA é peça técnica voltada para a operacionalização do planejamento governamental, assim não é necessária a observância do princípio da publicidade, visto que o PPA e a LDO já cumprem a função de tornar público para a sociedade quais são os objetivos dos governos e que meios serão utilizados para alcançá-los. 21) (CESPE - AUFC - TCU ) O princípio orçamentário da programação não poderia ser observado antes da instituição do conceito de orçamentoprograma. 22) (CESPE Promotor MPE/PI 2012) De acordo com o princípio da unidade, ou totalidade, que rege a ordem orçamentária no Brasil, o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total das receitas estimadas para o mesmo período. 23) (CESPE Técnico Judiciário Administrativa TRT/ ) Para a garantia dos recursos necessários a investimentos na infraestrutura de transporte urbano no Brasil, é permitida pela CF a vinculação das receitais próprias geradas pela arrecadação de impostos sobre a propriedade de veículos automotores. 24) (CESPE Auditor Substituto de Conselheiro TCE/ES 2012) A abrangência do princípio orçamentário da não vinculação de receitas restringese às receitas de impostos. 25) (CESPE Auditor de Controle Externo TCE/ES 2012) A vinculação de receitas para educação, saúde e segurança não pode ser considerada violação do principio da não afetação de receitas, uma vez que esses serviços são a razão da existência do Estado moderno. Prof. Sérgio Mendes 49 de 58

50 26) (CESPE AUFC TCU 2009) Em que pese o princípio da não vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesas, a Constituição Federal de 1988 (CF) não veda tal vinculação na prestação de garantais às operações de crédito por antecipação de receita. 27) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Direito - ABIN ) A lei de orçamento não consigna dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de diversas fontes, como as de pessoal, excetuando-se dessa regra os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa. 28) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU ) Uma das exceções ao princípio da exclusividade é a autorização para contratação de operações de crédito, desde que se trate de antecipação da receita orçamentária. 29) (CESPE - Administrador Min Saúde 2010) Ao se analisar os três orçamentos que compõem a lei orçamentária anual o fiscal, o de investimentos e o de seguridade social, torna-se evidente a contradição com o princípio da unidade. 30) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU ) A aplicação do princípio do orçamento bruto visa impedir a inclusão, no orçamento, de importâncias líquidas, isto é, a inclusão apenas do saldo positivo ou negativo resultante do confronto entre as receitas e as despesas de determinado serviço público. 31) (CESPE Contador IPAJM 2010) Os princípios orçamentários são linhas norteadoras da programação e da execução orçamentárias. Preconiza-se, nessa direção, a não vinculação das receitas, com a finalidade precípua de aumentar a flexibilidade na alocação das receitas de impostos. 32) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência Administração - ABIN ) De acordo com o princípio orçamentário da não afetação das receitas, a Lei Orçamentária Anual (LOA) deve apresentar todas as receitas por seus valores brutos e incluir um plano financeiro global em que não haja receitas estranhas ao controle da atividade econômica estatal. 33) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU ) O princípio da periodicidade fortalece a prerrogativa de controle prévio do orçamento público pelo Poder Legislativo, obrigando o Poder Executivo a solicitar anualmente autorização para arrecadar receitas e executar as despesas públicas. 34) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência Administração - ABIN ) Do princípio orçamentário da universalidade decorre a recomendação de que Prof. Sérgio Mendes 50 de 58

51 cada esfera da administração União, estados, Distrito Federal e municípios tenha seu próprio orçamento. 35) (CESPE Administrador IBRAM/DF ) A peça orçamentária pode conter a previsão de criação de cargos públicos, desde que acompanhada da sinalização das receitas necessárias para seu pagamento. 36) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU ) A existência da abertura de créditos suplementares por meio de operações de crédito, inclusive por antecipação da receita na LOA, implica violação ao princípio da exclusividade. 37) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU ) Embora a não afetação da receita constitua um dos princípios orçamentários, há várias exceções a essa regra previstas na legislação em vigor. 38) (CESPE Oficial Técnico de Inteligência Contabilidade - ABIN 2010) A inclusão de dotações para despesas sigilosas no orçamento da ABIN é uma decorrência do princípio da publicidade. 39) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU ) A abertura de crédito suplementar e a contratação de operações de crédito são excepcionalidades em relação ao princípio da exclusividade, previstas na CF e em legislação específica. 40) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) Um importante princípio orçamentário estabelece que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. 41) (CESPE Inspetor de Controle Externo TCE/RN 2009) A autorização para um órgão público realizar licitações não pode ser incluída na lei orçamentária anual em observância ao princípio da exclusividade. 42) (CESPE - Procurador Federal - AGU ) A vinculação de receita de impostos para a realização de atividades da administração tributária não fere o princípio orçamentário da não afetação. 43) (CESPE Analista Técnico Administrativo - DPU ) O princípio da especificação determina que, como qualquer ato legal ou regulamentar, as decisões sobre orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa oficial. Além disso, exige que as informações acerca da discussão, elaboração e execução dos orçamentos tenham a mais ampla publicidade, de forma a garantir a transparência na preparação e execução do orçamento, em nome da racionalidade e da eficiência. Prof. Sérgio Mendes 51 de 58

52 44) (CESPE Analista Contabilidade - ECB 2011) A reserva de contingência, dotação global para atender passivos contingentes e outras despesas imprevistas, constitui exceção ao princípio da especificação ou especialização. 45) (CESPE Oficial Técnico de Inteligência Administração - ABIN ) O princípio da não afetação de impostos de que trata o art. 167, inciso IV, da CF aplica-se aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, sendo permitida a vinculação de impostos da competência desses entes federativos somente para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para o pagamento de débitos com ela contraídos. 46) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) De acordo com o princípio orçamentário da exclusividade, deve-se evitar que dotações globais sejam inseridas na LOA. 47) (CESPE Administrador IBRAM/DF ) No caso dos orçamentos estaduais, é permitida a vinculação de impostos estaduais para a prestação de garantia à União. 48) (CESPE Analista Técnico Administrativo - DPU ) O princípio do orçamento bruto determina que o orçamento deva abranger todo o universo das receitas a serem arrecadadas e das despesas a serem executadas pelo Estado. 49) (CESPE Analista Técnico Administrativo - DPU ) O princípio da totalidade, explícito de forma literal na legislação brasileira, determina que todas as receitas e despesas devem integrar um único documento legal. Mesmo sendo os orçamentos executados em peças separadas, as informações acerca de cada uma dessas peças são devidamente consolidadas e compatibilizadas em diversos quadros demonstrativos. 50) (CESPE Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq ) O princípio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que o Poder Executivo realize qualquer operação de receita e despesa sem prévia autorização, bem como possibilita que se reconheçam, no orçamento, todas as parcelas da receita e da despesa em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução. 51) (CESPE - Analista - SERPRO ) Segundo o princípio da universalidade, as despesas devem ser classificadas de forma detalhada, para facilitar sua análise e compreensão. 52) (CESPE - Administrador Min Saúde 2010) O administrador público que respeita o princípio do orçamento bruto, ao planejar o orçamento do ano Prof. Sérgio Mendes 52 de 58

53 seguinte, deve fazer as devidas compensações nas contas com a intenção de incluir em sua planilha os saldos resultantes dessas operações. 53) (CESPE Analista Judiciário Administração TJCE ) Se um parlamentar apresentar projeto de lei permitindo às entidades estatais publicar suas demonstrações contábeis de forma condensada, a pretexto de reduzir suas despesas, a aprovação dessa medida ferirá o princípio do orçamento bruto. 54) (CESPE Analista Contabilidade - ECB 2011) O saldo não aplicado do crédito adicional extraordinário cuja promulgação ocorrer em setembro de 2011 poderá ser reaberto e incorporado ao orçamento de 2012, sendo uma exceção ao princípio da anualidade. 55) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO ) De acordo com o princípio da especialização, as receitas e as despesas devem aparecer no orçamento de maneira discriminada para permitir o conhecimento da origem dos recursos e sua aplicação. 56) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) Conforme o princípio orçamentário da unidade, todas as receitas e despesas devem integrar o orçamento público. 57) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU ) O princípio da exclusividade foi proposto com a finalidade de impedir que a lei orçamentária, em razão da natural celeridade de sua tramitação no legislativo, fosse utilizada como mecanismo de aprovação de matérias diversas às questões financeiras. 58) (CESPE Analista Técnico Administrativo - DPU ) O princípio da anualidade ou da periodicidade estabelece que o orçamento obedeça a determinada periodicidade, geralmente um ano, já que esta é a medida normal das previsões humanas, para que a interferência e o controle do Poder Legislativo possam ser efetivados em prazos razoáveis, que permitam a correção de eventuais desvios ou irregularidades verificados na sua execução. No Brasil, a periodicidade varia de um a dois anos, dependendo do ente federativo. 59) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) A existência do PPA, da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos, constitui uma exceção ao princípio orçamentário da unidade. 60) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU ) De acordo com o princípio da não afetação, o montante das despesas não deve superar o montante das receitas previstas para o período. Prof. Sérgio Mendes 53 de 58

54 61) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU ) O princípio da discriminação ou especialização trata da inserção de dotações globais na lei orçamentária, providência que propicia maior agilidade na aplicação dos recursos financeiros. 62) (CESPE - Procurador - PGE/AL ) Segundo o princípio da anualidade, a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 63) (CESPE - Procurador - PGE/PE ) Não há, na CF, vedação aos chamados orçamentos rabilongos. 64) (CESPE Economista FUB 2009) A Lei Orçamentária Anual (LOA) consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material e serviços de terceiros. Contudo, os investimentos não poderão ser custeados por dotações globais, classificadas entre as despesas de capital. 65) (CESPE TFCE - TCU 2009) A lei orçamentária anual não deve conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de despesa, admitindose, contudo, preceito relativo à autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 66) (CESPE - Administrador Min Saúde 2010) Acerca dos princípios orçamentários, a Constituição Federal de 1988 (CF) prevê a autorização para a abertura de créditos especiais e extraordinários. 67) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) Por força do princípio da exclusividade, a LOA não deverá conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Por isso, a lei orçamentária não pode ser aprovada se nela constar autorização para a realização de operações de crédito. 68) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) O princípio da exclusividade tem por objetivo principal evitar a ocorrência das chamadas caudas orçamentárias. 69) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Direito - ABIN ) De acordo com o princípio da exclusividade orçamentária, a lei orçamentária anual não compreende dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, ressalvando-se a essa proibição a autorização para abertura de créditos Prof. Sérgio Mendes 54 de 58

55 suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. 70) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência Administração - ABIN ) A ocorrência de deficit frequente na atividade financeira do Estado constitui prova de que o orçamento, no âmbito do governo federal, não observa o princípio do equilíbrio entre receitas e despesas. 71) (CESPE Técnico Científico Direito Banco da Amazônia ) É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa para a realização de atividades da administração tributária. 72) (CESPE Técnico Científico Administração Banco da Amazônia ) A legislação brasileira não estabelece o princípio da anualidade orçamentária, razão por que se aprovam o orçamento fiscal e o da seguridade social anualmente e o orçamento plurianual de investimentos, a cada quatro anos. 73) (CESPE Técnico Científico Administração Banco da Amazônia ) A ocorrência de déficits na execução orçamentária não implica desrespeito ao princípio do equilíbrio, com base no qual se deve elaborar a lei orçamentária, podendo ser eles incorporados nas chamadas operações de crédito e no refinanciamento da dívida pública. 74) (CESPE Técnico Científico Administração Banco da Amazônia ) O princípio da unidade orçamentária não é adotado no Brasil, de maneira que existem múltiplos orçamentos que não se incluem no orçamento anual da União, como os elaborados pelas empresas estatais e autarquias especiais. 75) (CESPE Analista Contabilidade - ECB 2011) O princípio da não afetação da receita veda a vinculação de receita de impostos, taxas e contribuições a despesas, fundos ou órgãos. 76) (CESPE Analista Judiciário Administrativo STM ) O princípio do orçamento bruto se aplica indistintamente à lei orçamentária anual e a todos os tipos de crédito adicional. 77) (CESPE Analista Técnico Administrativo - DPU ) O princípio da legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas finanças públicas, dispõe que o orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de um processo legislativo completo, isto é, um projeto preparado e submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder Legislativo, para apreciação e posterior devolução ao Poder Executivo, para sanção e publicação. 78) (CESPE Contador IPAJM 2010) É vedado incluir na LOA autorização para operações de crédito por antecipação de receita. Prof. Sérgio Mendes 55 de 58

56 79) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU ) Em respeito ao princípio orçamentário da não vinculação da receita, nenhum imposto será vinculado a órgão, fundo ou despesa, nem mesmo no caso de destinação de recursos para serviços públicos de saúde e educação. 80) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU ) O princípio orçamentário da especificação ou especialização não está explicitado no texto da CF. 81) (CESPE Procurador ALES 2011) É vedada a vinculação da receita de tributos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas aquelas constantes da CF. 82) (CESPE Analista Economia - ECB 2011) A aplicação do princípio da universalidade impede que o Poder Executivo realize qualquer operação de receita e despesa que não esteja previamente autorizada pelo Poder Legislativo. 83) (CESPE Especialista FNDE 2012) De acordo com o principio da não afetação das receitas, todas as parcelas da receita e da despesa devem constar do orçamento, sem qualquer tipo de dedução. 84) (CESPE Especialista FNDE 2012) A lei de orçamento deve conter a discriminação da receita e da despesa, de modo a evidenciar a politica econômica e financeira e o programa de trabalho adotados pelo governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 85) (CESPE Técnico FNDE 2012) Segundo o principio da unidade, cada ente da Federação está obrigado a incluir em seu orçamento todas as receitas e despesas dos poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo respectivo ente. 86) (CESPE Analista Legislativo Material e Patrimônio Câmara dos Deputados 2012) A ausência de discriminação da dotação global na reserva de contingência contraria o princípio da publicidade. 87) (CESPE Analista Legislativo Material e Patrimônio Câmara dos Deputados 2012) De acordo com o princípio orçamentário da especificação, devem-se registrar, no mesmo item, o valor líquido bem como a dedução das parcelas de imposto previsto na lei orçamentária anual do governo federal a serem transferidas a estados e municípios. 88) (CESPE Administrador Ministério da Integração ) A inclusão pelo Poder Executivo, na proposta de lei orçamentária anual (LOA), de dispositivo que autorize o governo federal a contratar determinado empréstimo com Prof. Sérgio Mendes 56 de 58

57 instituição financeira estrangeira não viola o princípio orçamentário da exclusividade. 89) (CESPE Analista Técnico Administrativo Ministério da Integração ) O princípio da universalidade possibilita ao Legislativo impedir o Executivo de realizar qualquer operação de receita ou despesa sem prévia autorização parlamentar. 90) (CESPE Analista Técnico-Administrativo Ministério da Integração ) A lei orçamentária contém a discriminação da receita e da despesa, evidenciando, assim, a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, respeitando-se os princípios da unidade, da universalidade e da anualidade. Prof. Sérgio Mendes 57 de 58

58

DIREITO FINANCEIRO. O Orçamento: Aspectos Gerais. Princípios Orçamentários Parte 1. Prof. Thamiris Felizardo

DIREITO FINANCEIRO. O Orçamento: Aspectos Gerais. Princípios Orçamentários Parte 1. Prof. Thamiris Felizardo DIREITO FINANCEIRO O Orçamento: Aspectos Gerais Princípios Orçamentários Parte 1 Prof. Thamiris Felizardo 1. PRINCÍPIO DA UNIDADE: O orçamento deve constar de uma peça única. Cada esfera de governo deve

Leia mais

Conteúdo da Aula. Princípios Orçamentários.

Conteúdo da Aula. Princípios Orçamentários. Conteúdo da Aula Princípios Orçamentários. 1 Princípios Orçamentários Legalidade Universalidade Periodicidade (Anualidade) Exclusividade (Art. 165, 8º da CF/88) Publicidade Equilíbrio Não Afetação de Receitas

Leia mais

Administração Financeira

Administração Financeira Administração Financeira Princípios Orçamentários Professor Fábio Furtado www.acasadoconcurseiro.com.br Administração Financeira PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Legalidade Universalidade Periodicidade (Anualidade)

Leia mais

Administração Financeira e Orçamentária Prof. Evandro França

Administração Financeira e Orçamentária Prof. Evandro França Administração Financeira e Orçamentária Prof. Evandro França www.masterjuris.com.br Aspectos do Orçamento: 1) Político: trata basicamente do plano de governo instituído pelo grupo partidário que detém

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Princípios Orçamentários Parte 1 Prof. Sergio Barata Os princípios orçamentários visam estabelecer regras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e

Leia mais

L D O e L O A. Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual

L D O e L O A. Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual L D O e L O A Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual L D O e L O A COMUNICADO SICAP Com o objetivo de assegurar o completo funcionamento do SICAP, o Tribunal de Contas vem reiterar, que

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Princípios Orçamentários Parte 4 Prof. Sergio Barata Princípios Orçamentários Reserva de Contingência Portaria Int. STN/SOF nº 163/2001 Art. 8 - A dotação global

Leia mais

Administração Financeira

Administração Financeira Administração Financeira Legislação Aplicável: Arts. 165 a 169 da CRFB Professor Fábio Furtado www.acasadoconcurseiro.com.br Administração Financeira LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: ARTS. 165 A 169 DA CRFB Introdução

Leia mais

QUESTÕES DE PROVA FCC PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS. 1) (FCC Analista Judiciário - Contabilidade TRT 4ª 2011) São princípios orçamentários:

QUESTÕES DE PROVA FCC PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS. 1) (FCC Analista Judiciário - Contabilidade TRT 4ª 2011) São princípios orçamentários: QUESTÕES DE PROVA FCC PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 1) (FCC Analista Judiciário - Contabilidade TRT 4ª 2011) São princípios orçamentários: (A) competência e objetividade. (B) exclusividade e especificação.

Leia mais

Tópicos - Leis Orçamentárias

Tópicos - Leis Orçamentárias CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Tópicos - Leis Orçamentárias Período 2013 2016 1) FCC - Auditor (TCE-SP)-2013 Consoante artigo 165 da Constituição Federal há três leis orçamentárias, todas de iniciativa

Leia mais

VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS

VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS . Professor Bruno Eduardo Site: http://www.brunoeduardo.com Email: professor@brunoeduardo.com Facebook: http://www.facebook.com/professorbrunoeduardo PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Legalidade: o orçamento anual

Leia mais

Livro Eletrônico Aula 00 Passo Estratégico de Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ (TJAA) - Pós-Edital

Livro Eletrônico Aula 00 Passo Estratégico de Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ (TJAA) - Pós-Edital Livro Eletrônico Aula Passo Estratégico de Administração Financeira - Pós-Edital Professor: Dennys Oliveira Orçamento público. Conceito. Técnicas orçamentárias. Princípios orçamentários. Apresentação...

Leia mais

Tópico 01 Câmara dos Deputados

Tópico 01 Câmara dos Deputados Tópico 01 Câmara dos Deputados 1.(TCE-ES/2013/Ciências Contábeis) Com relação aos princípios orçamentários, assinale a opção correta. a) O princípio da não afetação da receita vincula as receitas a partir

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Parte 3 Prof. Sergio Barata 6) PUBLICIDADE - Art. 37, CF (LIMPE) - Ato de divulgação é condição eficácia (validade) - Orçamento fixado em lei, que autoriza a execução

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Parte 6 Prof. Sergio Barata 2) (FGV Contador SEFIN/RO 2018) Os princípios orçamentários são regras básicas que todo orçamento federal deve seguir. Assinale a opção

Leia mais

Despesa 1 FOCUSCONCURSOS.COM.BR

Despesa 1 FOCUSCONCURSOS.COM.BR ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Princípios Orçamentários Introdução Definição Princípios orçamentários são um conjunto de proposições orientadoras que balizam os processos e as práticas orçamentárias,

Leia mais

Conteúdo da Aula. Orçamento na CF/88: PPA, LDO e LOA.

Conteúdo da Aula. Orçamento na CF/88: PPA, LDO e LOA. Conteúdo da Aula Orçamento na CF/88: PPA, LDO e LOA. 1 Orçamento na CF/88 Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual (PPA); II - as diretrizes orçamentárias (LDO);

Leia mais

ORÇAMENTO. Paula Freire 2014

ORÇAMENTO. Paula Freire 2014 ORÇAMENTO Paula Freire 2014 PRINCÍPIOS Exclusividade Universalidade Unidade Anualidade Programação O PRINCIPIO DA EXCLUSIVIDADE Art. 165, 8, da CF: A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho

Leia mais

Orçamento na Constituição Federal de Art. 167

Orçamento na Constituição Federal de Art. 167 Orçamento na Constituição Federal de 1988 Art. 167 Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária Art. 167. São vedados: I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

Leia mais

Curso/Disciplina: Lei de Responsabilidade Fiscal / 2017 Aula: Lei Orçamentária Anual / Aula 06 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 06

Curso/Disciplina: Lei de Responsabilidade Fiscal / 2017 Aula: Lei Orçamentária Anual / Aula 06 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 06 Curso/Disciplina: Lei de Responsabilidade Fiscal / 2017 Aula: Lei Orçamentária Anual / Aula 06 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 06 Lei Orçamentária Anual (LOA) De acordo com o art.

Leia mais

ORÇAMENTO PÚLICO - HISTÓRICO Até 1926: atribuição do Poder Legislativo, Ministério da Fazenda organizava a proposta orçamentária.

ORÇAMENTO PÚLICO - HISTÓRICO Até 1926: atribuição do Poder Legislativo, Ministério da Fazenda organizava a proposta orçamentária. ORÇAMENTO PÚLICO - HISTÓRICO Até 1926: atribuição do Poder Legislativo, Ministério da Fazenda organizava a proposta orçamentária. Reforma da Constituição de 1824 e CF 1934: competência compartilhada do

Leia mais

Divisão da Aula. 1 Visão Constitucional 2 Visão da LRF. 1 Visão Constitucional. Lei Orçamentária Anual - LOA

Divisão da Aula. 1 Visão Constitucional 2 Visão da LRF. 1 Visão Constitucional. Lei Orçamentária Anual - LOA Divisão da Aula Professor Luiz Antonio de Carvalho Lei Orçamentária Anual - LOA lac.consultoria@gmail.com 1 Visão Constitucional 2 Visão da LRF 1 2 1 Visão Constitucional SISTEMA DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL

Leia mais

4 - A LOA compreende, entre outros, o orçamento de investimento de todas as empresas de que a União participe.

4 - A LOA compreende, entre outros, o orçamento de investimento de todas as empresas de que a União participe. Orçamento Público CF/88 (CESPE SAD/PE Analista de Controle Interno Especialidade: Finanças Públicas/2010) - A seção II do capítulo referente às finanças públicas, estabelecido na CF, regula os denominados

Leia mais

TCM BA AFO ORÇAMENTO PÚBLICO AULA Nº 1 PPA - LDO LOA. Professor VINÍCIUS NASCIMENTO PDF PDF VÍDEO.

TCM BA AFO ORÇAMENTO PÚBLICO AULA Nº 1 PPA - LDO LOA. Professor VINÍCIUS NASCIMENTO PDF PDF VÍDEO. AULA Nº 1 PPA - LDO LOA Professor VINÍCIUS NASCIMENTO PDF PDF VÍDEO www.ricardoalexandre.com.br . PPA LDO LOA 2016 2016 2017 2017 2018 2018 2019 2019 Art. 167 (...) 1º Nenhum investimento cuja execução

Leia mais

CAPÍTULO IV CRÉDITOS ADICIONAIS 1. Introdução 2. Créditos suplementares 3. Créditos especiais

CAPÍTULO IV CRÉDITOS ADICIONAIS 1. Introdução 2. Créditos suplementares 3. Créditos especiais SUMÁRIO CAPÍTULO I INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 1.1 O Direito Financeiro e a Administração Financeira e Orçamentária 1.2 Normas gerais de Direito Financeiro 2. A atividade financeira

Leia mais

DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO (continuação)

DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO (continuação) DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO (continuação) III. VEDAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS A vedação, tratada pelo art. 167, da CF, é dividida em 2 tópicos: a) Execução Orçamentária (limitações a serem aplicadas no

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA MARCELO ADRIANO Princípios Orçamentários

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA MARCELO ADRIANO Princípios Orçamentários ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA MARCELO ADRIANO Princípios Orçamentários 1. Introdução 1.1. Definição Princípios orçamentários são um conjunto de proposições orientadoras que balizam os processos

Leia mais

TRT/PE Banca FCC PPA, LDO E LOA

TRT/PE Banca FCC PPA, LDO E LOA JOÃO LELES AFO TRT/PE Banca FCC PPA, LDO E LOA 1. (FCC TRT14ª/2016 TÉC. JUD. ADMINISTRATIVA) Na Lei Orçamentária Anual do Estado do Rio de Pedras, para o exercício de 2016, consta dotação orçamentária

Leia mais

DIREITO FINANCEIRO. O Orçamento: Aspectos Gerais. As leis orçamentárias PPA, LDO e LOA Parte 2. Prof. Thamiris Felizardo

DIREITO FINANCEIRO. O Orçamento: Aspectos Gerais. As leis orçamentárias PPA, LDO e LOA Parte 2. Prof. Thamiris Felizardo DIREITO FINANCEIRO O Orçamento: Aspectos Gerais Parte 2 Prof. Thamiris Felizardo -Caso o Anexo de Metas fiscais não possa ser cumprido, suas despesas serão limitadas nos próximos 30 dias, salvo despesas

Leia mais

CAPÍTULO VI VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA Questões de concursos anteriores Gabarito

CAPÍTULO VI VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA Questões de concursos anteriores Gabarito SUMÁRIO CAPÍTULO I INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 1.1 O Direito Financeiro e a Administração Financeira e Orçamentária 1.2 Normas gerais de Direito Financeiro 2. A atividade financeira

Leia mais

PPA, LDO E LOA 1. (FCC TRT14ª/2016 TÉC. JUD. ADMINISTRATIVA)

PPA, LDO E LOA 1. (FCC TRT14ª/2016 TÉC. JUD. ADMINISTRATIVA) JOÃO LELES AFO PPA, LDO E LOA 1. (FCC TRT14ª/2016 TÉC. JUD. ADMINISTRATIVA) Na Lei Orçamentária Anual do Estado do Rio de Pedras, para o exercício de 2016, consta dotação orçamentária para investimento

Leia mais

CONTABILIDADE PÚBLICA

CONTABILIDADE PÚBLICA CONTABILIDADE PÚBLICA FAPAN FACULDADE DE AGRONEGÓCIO DE PARAÍSO DO NORTE 1. CONTABILIDADE PÚBLICA 2. ORÇAMENTO PÚBLICO 3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 4. CICLO ORÇAMENTÁRIO 5. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

Leia mais

ORÇAMENTO PÚBLICO E A RESPONSABILIDADE DO PODER LEGISLATIVO

ORÇAMENTO PÚBLICO E A RESPONSABILIDADE DO PODER LEGISLATIVO ORÇAMENTO PÚBLICO E A RESPONSABILIDADE DO PODER LEGISLATIVO Severino Simião da Silva, Téc. Adm. e Contabilidade, Secretário Executivo, Pós-Graduado em Auditoria Governamental, E Gestão Pública.Consultor

Leia mais

Administração Financeira

Administração Financeira Administração Financeira Professor Fábio Furtado www.acasadoconcurseiro.com.br Administração Financeira LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: ARTS. 165 A 169 DA CRFB Introdução AFO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Leia mais

Livro Eletrônico Aula 00 Passo Estratégico de Finanças Públicas e Orçamento p/ CLDF (Consultor Técnico - Contador) Pós-Edital

Livro Eletrônico Aula 00 Passo Estratégico de Finanças Públicas e Orçamento p/ CLDF (Consultor Técnico - Contador) Pós-Edital Livro Eletrônico Aula 00 Passo Estratégico de Finanças Públicas e Orçamento p/ CLDF (Consultor Técnico - Contador) Pós-Edital Professores: João Maurício, Aula 0 Passo Estratégico 1. Planejamento e Orçamento

Leia mais

Tópico 1 Câmara dos Deputados

Tópico 1 Câmara dos Deputados Tópico 1 Câmara dos Deputados 1.(TCE-ES/2013/Ciências Contábeis) Com relação aos princípios orçamentários, assinale a opção correta. a) O princípio da não afetação da receita vincula as receitas a partir

Leia mais

Livro Eletrônico Aula 00 Passo Estratégico de Noções de Orçamento Público p/ TRT 17ª Região (TJAA)

Livro Eletrônico Aula 00 Passo Estratégico de Noções de Orçamento Público p/ TRT 17ª Região (TJAA) Livro Eletrônico Aula 00 Passo Estratégico de TRT 17ª Região (TJAA) Professor: Dennys Oliveira Princípios orçamentários. Passo Estratégico Métodos, técnicas e instrumentos do orçamento público; normas

Leia mais

Rodada #1 Administração Financeira e Orçamentária

Rodada #1 Administração Financeira e Orçamentária Rodada #1 Administração Financeira e Orçamentária Professor Graciano Rocha Assuntos da Rodada 1 Orçamento público: conceitos e princípios. 2 Orçamento-programa. 3 Ciclo orçamentário: elaboração, aprovação,

Leia mais

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO UNIDADE: ÁGUAS CLARAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO UNIDADE: ÁGUAS CLARAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO UNIDADE: ÁGUAS CLARAS AFO II Administração Financeira e Orçamentária - Pública 1 AFO II Administração Financeira e Orçamentária Pública 1º/2013 UNIDADE III ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO

Leia mais

PROVA MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO TÉCNICO DO MPU QUESTÕES DE AFO

PROVA MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO TÉCNICO DO MPU QUESTÕES DE AFO PROVA MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO TÉCNICO DO MPU QUESTÕES DE AFO Questão 106 Prof. Manuel Piñon Trata-se, a princípio, de uma estatal não dependente, já que a assertiva fala em custear com recursos próprios

Leia mais

Sumário. LRF_Book.indb 15 19/03/ :29:01

Sumário. LRF_Book.indb 15 19/03/ :29:01 Sumário Capítulo 1 Disposições Gerais... 1 1.1. Introdução... 1 1.2. Objetivo da obra... 6 1.3. Apresentando a LRF... 6 1.4. Origem da LRF... 7 1.5. Previsão constitucional para implementação da LRF...

Leia mais

CONCURSO TST 2017 COMENTÁRIOS DA PROVA PARA O CARGO DE TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA. Noções de Orçamento Público

CONCURSO TST 2017 COMENTÁRIOS DA PROVA PARA O CARGO DE TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA. Noções de Orçamento Público CONCURSO TST 2017 COMENTÁRIOS DA PROVA PARA O CARGO DE TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA Noções de Orçamento Público 63. Em uma situação de crise fiscal, um dos efeitos mais sentidos é a queda da

Leia mais

É vedada a chama cauda orçamentária, inclusão de matéria de natureza não-financeira, no projeto de lei do orçamento;

É vedada a chama cauda orçamentária, inclusão de matéria de natureza não-financeira, no projeto de lei do orçamento; PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ORÇAMENTÁRIOS Princípio da Exclusividade Art. 165, 8 o da CRFB/1988: 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa,

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Princípios Orçamentários Parte 5 Prof. Sergio Barata 13) QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS - Art. 59, Lei 4.320/64 O empenho da despesa não poderá exceder

Leia mais

Lei de Responsabilidade Fiscal LC Nº 101 de 4 de maio de 2000

Lei de Responsabilidade Fiscal LC Nº 101 de 4 de maio de 2000 Bom dia, prezados (as) leitores (as). Iniciaremos a partir de hoje uma publicação semanal de artigos sobre orçamento público, visando o concurso do TRF. Serão toques teóricos com questões de provas da

Leia mais

Sumário. Capítulo 1. Capítulo 2. Aspectos introdutórios, 21

Sumário. Capítulo 1. Capítulo 2. Aspectos introdutórios, 21 Capítulo 1. Aspectos introdutórios, 21 1.1. Estado, 21 1.2. Finalidade, 22 1.3. Estado X Sociedade, 22 1.4. Direito Financeiro X Direito Tributário, 23 1.5. Exercício financeiro, 24 1.6. Sessão Legislativa,

Leia mais

Questões de Orçamento Público ESAF IGEPP Prof. Msc. Giovanni Pacelli

Questões de Orçamento Público ESAF IGEPP Prof. Msc. Giovanni Pacelli Tópico 1. Orçamento público: conceitos e princípios. Evolução conceitual do orçamento público. Orçamento tradicional, orçamento de base zero, orçamento de desempenho, orçamento-programa. 1. (ESAF/DNIT/2013/Técnico

Leia mais

Rodada #1 Noções de Administração Financeira e Orçamentária

Rodada #1 Noções de Administração Financeira e Orçamentária Rodada #1 Noções de Administração Financeira e Orçamentária Professor Graciano Rocha Assuntos da Rodada NOÇÕES DE ADMNISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA: 1 Orçamento público. 1.1 Conceito. 1.2 Técnicas

Leia mais

AULA 01: Princípios Orçamentários.

AULA 01: Princípios Orçamentários. AULA 01: Princípios Orçamentários. SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 1 2. Cronograma das aulas 3 3. Questão 1 TCM/RJ (2008) - FGV 4 4. Questão 2 MPOG (2015) Cespe (CEBRASPE) 7 1. APRESENTAÇÃO Pessoal tudo

Leia mais

AULA 01: Princípios Orçamentários.

AULA 01: Princípios Orçamentários. AULA 01: Princípios Orçamentários. SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 1 2. Cronograma das aulas 3 3. Questão 1 TCM/RJ (2008) - FGV 4 4. Questão 2 MPOG (2015) Cespe (CEBRASPE) 7 1. APRESENTAÇÃO Pessoal tudo

Leia mais

Princípios Orçamentários. Prof: Fernando Aprato

Princípios Orçamentários. Prof: Fernando Aprato Princípios Orçamentários Prof: Fernando Aprato 1. Introdução Os princípios orçamentários visam estabelecer regras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e transparência aos processos de elaboração,

Leia mais

START TRIBUNAIS AFO - Aula 01 Wilson Araújo RESUMO

START TRIBUNAIS AFO - Aula 01 Wilson Araújo RESUMO 1. Aspectos introdutórios: conceitos e competências. 2. O Orçamento na Constituição da República de 1988: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. 3. Princípios orçamentários.

Leia mais

Livro Eletrônico Aula 00 Passo Estratégico de AFO p/ Polícia Federal (Agente)

Livro Eletrônico Aula 00 Passo Estratégico de AFO p/ Polícia Federal (Agente) Livro Eletrônico Aula 00 Passo Estratégico de AFO p/ Polícia (Agente) Professor: Dennys Oliveira Orçamento público. Princípios orçamentários. Passo Estratégico Apresentação... 1 Introdução... 2 Análise

Leia mais

Sumário EDITAL SISTEMATIZADO... 23

Sumário EDITAL SISTEMATIZADO... 23 Sumário EDITAL SISTEMATIZADO... 23 DICAS PARA PREPARAÇÃO DE CONCURSO PÚBLICO... 27 1. Introdução... 27 2. Defina objetivos... 27 2.1. Identifique os requisitos exigidos para o concurso... 28 2.2. Identifique

Leia mais

SEMINÁRIO FINANÇAS PÚBLICAS

SEMINÁRIO FINANÇAS PÚBLICAS SEMINÁRIO FINANÇAS PÚBLICAS SINDIJUDICIÁRIO ES 25/08/2017 Cid Cordeiro Silva Economista 1. ORÇAMENTO PÚBLICO Ciclo orçamentário Plano Plurianual PPA, Lei Anual LOA, Lei de Diretrizes orçamentárias LDO

Leia mais

DIREITO FINANCEIRO. O Orçamento: Aspectos Gerais. Orçamento e Planejamento. Prof. Thamiris Felizardo

DIREITO FINANCEIRO. O Orçamento: Aspectos Gerais. Orçamento e Planejamento. Prof. Thamiris Felizardo DIREITO FINANCEIRO O Orçamento: Aspectos Gerais Prof. Thamiris Felizardo A Lei no 4.320/64 corporificou o orçamento-programa ao estabelecer no seu Art. 2 Lei 4.320/64 A Lei do Orçamento conterá a discriminação

Leia mais

Lei Orgânica do Município de Caxias do Sul RS. 04 de abril de 1990

Lei Orgânica do Município de Caxias do Sul RS. 04 de abril de 1990 Lei Orgânica do Município de Caxias do Sul RS. 04 de abril de 1990 COM AS ALTERAÇÕES: (Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 17 de maio de 1990. Emenda à Lei Orgânica nº 02,de 29 de novembro de 1991. Emenda

Leia mais

Princípios Orçamentários via Periscope

Princípios Orçamentários via Periscope Princípios Orçamentários via Periscope AULA GRÁTIS 21 questões comentadas e destrinchadas por Carol Alvarenga, do Esquemaria e Ponto dos Concursos Cespe / MPU / 2010 Errada #1. Um importante princípio

Leia mais

Administração Financeira e Orçamentária Prof. Evandro França

Administração Financeira e Orçamentária Prof. Evandro França Administração Financeira e Orçamentária Prof. Evandro França www.masterjuris.com.br Planejamento Orçamentário na Constituição de 1988 : Instrumentos de Planejamento Orçamentário: A união, os estados, o

Leia mais

WELTOM CARVALHO NOÇÕES DE ORÇAMENTO PÚBLICO E FINANÇAS. 1ª Edição MAI 2013

WELTOM CARVALHO NOÇÕES DE ORÇAMENTO PÚBLICO E FINANÇAS. 1ª Edição MAI 2013 WELTOM CARVALHO NOÇÕES DE ORÇAMENTO PÚBLICO E FINANÇAS 135 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS GABARITADAS Seleção das Questões: Prof. Weltom Alves de Carvalho Organização e Diagramação: Mariane dos Reis 1ª

Leia mais

Técnico Judiciário Área Administrativa

Técnico Judiciário Área Administrativa Técnico Judiciário Área Administrativa Administração Financeira e Orçamentária Prof. Lucas Silva Administração Financeira e Orçamentária Professor Lucas Silva www.acasadoconcurseiro.com.br Edital ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Orçamento Público Instrumentos de Planejamento Parte 3 Prof. Sergio Barata Instrumentos de Planejamento LDO Anexo de Metas Fiscais AMF (art. 4, 1º e 2º, LRF) METAS

Leia mais

DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO

DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO I. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS São diretrizes de direito financeiro que aplicamse direta e imediatamente à confecção do orçamento pelo Estado. São normas especificamente

Leia mais

Conteúdo da Aula. Créditos Adicionais.

Conteúdo da Aula. Créditos Adicionais. Conteúdo da Aula Créditos Adicionais. 1 Lei nº 4.320/64: Créditos Adicionais (Arts. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64) Art. 40. São créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente

Leia mais

QUESTÕES DE PROVA FCC ORÇAMENTO NA CF

QUESTÕES DE PROVA FCC ORÇAMENTO NA CF QUESTÕES DE PROVA FCC ORÇAMENTO NA CF 1) (FCC Analista Judiciário - Administrativa TRT 24ª 2011) Instrumento de planejamento utilizado no setor público no qual devem ser estabelecidas, de forma regionalizada,

Leia mais

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS QUESTÕES DE AFO PROF. ALEXANDRE TESHIMA PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS PROF. ALEXANDRE TESHIMA 1 1-2016 FCC PGE-MT O princípio orçamentário a que se refere o seguinte texto legal: A Lei de Orçamento compreenderá

Leia mais

Capítulo 3. Plano Plurianual PPA

Capítulo 3. Plano Plurianual PPA Capítulo 3. Plano Plurianual PPA 3.8. Questões de concursos públicos Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 1. (Cespe MPU Técnico de Apoio Especializado Orçamento 2010) O PPA deve ser elaborado no

Leia mais

Todo orçamento está ligado ao plano de ação governamental. Princípio está ligado ao Plano Plurianual.

Todo orçamento está ligado ao plano de ação governamental. Princípio está ligado ao Plano Plurianual. 1. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ORÇAMENTÁRIOS (CONTINUAÇÃO) 1.1. Princípio da Programação Todo orçamento está ligado ao plano de ação governamental. Princípio está ligado ao Plano Plurianual. Conteúdo e

Leia mais

Técnico Judiciário Área Administrativa

Técnico Judiciário Área Administrativa Técnico Judiciário Área Administrativa Administração Financeira e Orçamentária Prof. Lucas Silva Administração Financeira e Orçamentária Professor Lucas Silva www.acasadoconcurseiro.com.br Edital ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Sumário Capítulo 1 Orçamento Público 1.1. Atividade financeira do estado 1.2. Aspectos gerais do orçamento público 1.3. Conceitos 1.4. Tipos/Técnicas orçamentárias 1.4.1. Orçamento tradicional/clássico

Leia mais

QUESTÕES DE AFO INSTRUMENTOS ORÇAMENTÁRIOS PARTE 2

QUESTÕES DE AFO INSTRUMENTOS ORÇAMENTÁRIOS PARTE 2 QUESTÕES DE AFO INSTRUMENTOS ORÇAMENTÁRIOS PARTE 2 1 31. FCC-ALEPE 2014 A Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO disporá sobre: I. A distribuição dos recursos correntes e de capital de forma regionalizada.

Leia mais

AULA 1 DEMONSTRATIVA

AULA 1 DEMONSTRATIVA AULA 1 DEMONSTRATIVA Saudações queridos alunos, eu sou o PROF. ALEXANDRE TESHIMA e estou aqui para ajudá-los com a disciplina NÕCÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA para o cargo de ANALISTA

Leia mais

Sumário. Capítulo 1 Orçamento Público 1

Sumário. Capítulo 1 Orçamento Público 1 Sumário Capítulo 1 Orçamento Público 1 1.1. Atividade financeira do Estado... 1 1.2. Aspectos gerais do Orçamento Público... 5 1.3. Conceitos... 8 1.4. Tipos/Técnicas orçamentárias...10 1.4.1. Orçamento

Leia mais

DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO (continuação) II. LEIS ORÇAMENTÁRIAS (continuação)

DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO (continuação) II. LEIS ORÇAMENTÁRIAS (continuação) DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO (continuação) II. LEIS ORÇAMENTÁRIAS (continuação) 1. PLANO PLURIANUAL PPA. 1.1. Art. 165, I e 1º, da CF. 1.2. É o padrão do planejamento das ações do Governo pelos

Leia mais

O que é orçamento público?

O que é orçamento público? O que é orçamento público? É a previsão de arrecadação de receitas e a fixação de despesas para um período determinado. É computar, avaliar, calcular a previsão da arrecadação de tributos e o gasto de

Leia mais

ORÇAMENTO PÚBLICO FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC) ANALISTA. TRT s 10 PROVAS 54 QUESTÕES ( )

ORÇAMENTO PÚBLICO FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC) ANALISTA. TRT s 10 PROVAS 54 QUESTÕES ( ) ORÇAMENTO PÚBLICO FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC) ANALISTA TRT s 10 PROVAS 54 QUESTÕES (2012 2008) A apostila contém provas de Orçamento Público de concursos da Fundação Carlos Chagas (FCC), realizadas para

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 Orçamento Público 1

SUMÁRIO. Capítulo 1 Orçamento Público 1 SUMÁRIO Capítulo 1 Orçamento Público 1 1.1. Atividade financeira do Estado... 1 1.2. Aspectos gerais do Orçamento Público... 5 1.3. Conceitos... 8 1.4. Tipos/Técnicas orçamentárias... 10 1.4.1. Orçamento

Leia mais

Rodada #1 Administração Financeira e Orçamentária

Rodada #1 Administração Financeira e Orçamentária Rodada #1 Administração Financeira e Orçamentária Professor Graciano Rocha Assuntos da Rodada Noções de Direito Financeiro e Orçamentário Atividade financeira do Estado. Receita: conceito, classificação,

Leia mais

Princípios Orçamentários

Princípios Orçamentários 01. Acerca dos princípios orçamentários aceitos em nosso país, é incorreto afirmar a) a existência da separação do orçamento da União em fiscal, de investimento das estatais e da seguridade social não

Leia mais

Professor Fernando Aprato

Professor Fernando Aprato EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES PARA O CONCURSO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS DO SUL ORÇAMENTO ANTT/NCE/2008 1. O princípio orçamentário que estabelece todas as receitas e despesas referentes aos três poderes

Leia mais

Sumário Capítulo 1 Orçamento Público Atividade financeira do Estado 1.2. Aspectos gerais do Orçamento Público 1.3. Conceitos 1.4. Tipos/Técnicas orçamentárias 1.4.1. Orçamento Tradicional/Clássico 1.4.2.

Leia mais

Estou oferecendo um curso completo de AFO em Exercícios no Serão quase 500 questões, todas atualizadas, a maioria de 2014/ /2015/2016.

Estou oferecendo um curso completo de AFO em Exercícios no Serão quase 500 questões, todas atualizadas, a maioria de 2014/ /2015/2016. Questões de concursos públicos 2016 Créditos adicionais Prezado estudante, concursando! Desejo-lhes sucesso na condução de seus estudos! Agradeço aos alunos que fizeram referências elogiosas a nossa iniciativa

Leia mais

Administração Financeira e Orçamentária - AFO. Professor: José Wesley

Administração Financeira e Orçamentária - AFO. Professor: José Wesley Administração Financeira e Orçamentária - AFO Professor: José Wesley Créditos Orçamentários e Adicionais üos créditos orçamentários são em regra aqueles referentes às despesas inicialmente aprovadas no

Leia mais

Administração Pública Brasileira II Manual Técnico de Orçamento - MTO-2014. Fabio Furtado O Manual Técnico de Orçamento - MTO é um instrumento de apoio aos processos orçamentários da União. Conforme proposição

Leia mais

Orçamento público: conceito e histórico

Orçamento público: conceito e histórico Orçamento público: conceito e histórico Orçamento público: conceito Orçamento público é o instrumento por excelência de planejamento e execução das finanças públicas. É composto de uma estimativa das receitas

Leia mais

CAPÍTULO 1 QUESTÕES ATENÇÃO! Resolução Resolução Observe:

CAPÍTULO 1 QUESTÕES ATENÇÃO! Resolução Resolução Observe: CAPÍTULO 1 QUESTÕES ATENÇÃO! Depois das questões resolvidas estamos apresentando a lista da bateria de exercícios comentados, para que o estudante, a seu critério, os resolva antes de ver o gabarito e

Leia mais

ECONOMIA. Setor Público. Setor Público. Parte 17. Prof. Alex Mendes

ECONOMIA. Setor Público. Setor Público. Parte 17. Prof. Alex Mendes ECONOMIA Parte 17 Prof. Alex Mendes Lei Orçamentária Anual (LOA) Trata-se do orçamento propriamente dito, com a previsão de toas as receitas e despesas do ano. O Poder Executivo envia o projeto de LOA

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Princípios Orçamentários Parte 7 Prof. Sergio Barata 11) (FGV Analista Orçamento e Finanças IBGE 2016) Um determinado ente da Federação segue os prazos estabelecidos

Leia mais

Curso Avançado de Questões Objetivas: AFO, Orçamento Público e Direito Financeiro. Prof. Dr. Giovanni Pacelli

Curso Avançado de Questões Objetivas: AFO, Orçamento Público e Direito Financeiro. Prof. Dr. Giovanni Pacelli Curso Avançado de Questões Objetivas: AFO, Orçamento Público e Direito Financeiro Questões 1 a 3 Julgue os itens a seguir sobre princípios orçamentários. 1. No âmbito do Brasil, os princípios orçamentários

Leia mais

PPA, LDO, LOA e Créditos Adicionais

PPA, LDO, LOA e Créditos Adicionais PPA, LDO, LOA e Créditos Adicionais 1.(TCE-ES/2013/Ciências Contábeis) Assinale a opção correta a respeito do plano plurianual (PPA): a) O projeto de lei do PPA é encaminhado anualmente, pelo Poder Executivo,

Leia mais

IGEPP Câm. Dos Deputados. Administração Financeira e Orçamentária

IGEPP Câm. Dos Deputados. Administração Financeira e Orçamentária IGEPP Câm. Dos Deputados Administração Financeira e Orçamentária Marcel Guimarães marcel.tcu@gmail.com Aula 2 31/01/2017 Turma Matutina Conceitos básicos; Princípios orçamentários; Exercícios; Revisão.

Leia mais

LEI Nº DE 10 DE NOVEMBRO DE 2016.

LEI Nº DE 10 DE NOVEMBRO DE 2016. LEI Nº 1.607 DE 10 DE NOVEMBRO DE 2016. DISPÕE SOBRE O ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO DE PANCAS, ESTIMANDO A RECEITA E FIXANDO A DESPESA PARA O EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2017. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE PANCAS,

Leia mais

PROVA MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO TÉCNICO DO MPU RECURSOS DAS QUESTÕES 107, 109 E 117 DE AFO

PROVA MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO TÉCNICO DO MPU RECURSOS DAS QUESTÕES 107, 109 E 117 DE AFO PROVA MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO TÉCNICO DO MPU RECURSOS DAS QUESTÕES 107, 109 E 117 DE AFO Prof. Manuel Piñon Questão 107 Questão 107 - (CESPE/MPU/TÉCNICO/2018) O exercício financeiro do governo federal

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Legislação Prof. Cláudio Alves A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Legislação Prof. Cláudio Alves São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. Os créditos adicionais

Leia mais

Administração Financeira e Orçamentária

Administração Financeira e Orçamentária Administração Financeira e Orçamentária Professor Fábio Furtado www.acasadoconcurseiro.com.br Administração Financeira LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: ARTS. 165 A 169 DA CRFB Introdução AFO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Leia mais

AULA 1 DEMONSTRATIVA

AULA 1 DEMONSTRATIVA AULA 1 DEMONSTRATIVA Currículo do Autor: Curso elaborado pelo professor Alexandre Teshima que é mestre em Ciências Contábeis pela UERJ e pós-graduado em Controle Externo pela FGV. Ocupa o cargo de Auditor

Leia mais

PRÉ PROVA TRT PE. Técnico Judiciário Adm. Administração Financeira e Orçamentária. Prova 29/04

PRÉ PROVA TRT PE. Técnico Judiciário Adm. Administração Financeira e Orçamentária. Prova 29/04 PRÉ PROVA TRT PE Técnico Judiciário Adm Administração Financeira e Orçamentária Prova 29/04 Prof. Lucas Silva Minha Matéria 1. Princípios Orçaméntários 2. Artigos 165 a 169 da C.F 3. Lei 4.320/64: Créditos

Leia mais

Tópico 1. Orçamento Público: conceitos e princípios orçamentários.

Tópico 1. Orçamento Público: conceitos e princípios orçamentários. Tópico 1. Orçamento Público: conceitos e princípios orçamentários. 1.(CGU/2008/Área geral) O Orçamento é um dos principais instrumentos da política fiscal do governo e traz consigo estratégias para o alcance

Leia mais