UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Daniel Augusto Valache Brazil do Amaral RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Daniel Augusto Valache Brazil do Amaral RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Daniel Augusto Valache Brazil do Amaral RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA CURITIBA 2012

2 RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA CURITIBA 2012

3 Daniel Augusto Valache Brazil do Amaral RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade TUIUTI do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Professor Dr. Jorge de Oliveira Vargas. CURITIBA 2012

4 TERMO DE APROVAÇÃO Daniel Augusto Valache Brazil do Amaral RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA Esta Monografia foi julgada e aprovada para a obtenção de grau de Bacharel no Curso de Direito da Universidade TUIUTI do Paraná. Prof. Dr. PhD Eduardo de Oliveira Leite Universidade TUIUTI do Paraná Curso de Direito Orientador: Prof. Dr. Jorge de Oliveira Vargas Universidade TUIUTI do Paraná Curso de Direito Universidade TUIUTI do Paraná Curso de Direito Universidade TUIUTI do Paraná Curso de Direito

5 RESUMO Atualmente grandes nomes do direito processual civil e constitucional brasileiro vêm defendendo a ideia de relativizar a coisa julgada em face de decisões injustas, contrárias aos bons costumes, a moralidade bem como a ordem jurídica estabelecida. Defendem alguns juristas que a coisa julgada não pode ser absoluta, até porque em casos excepcionais a segurança jurídica deve ser relativizada em prol de outros valores constitucionais dignos de igual/ou superior proteção. Por outro lado há quem entenda não ser possível relativizar a coisa julgada senão nos casos previstos em lei, tendo em vista que tal instituto é incompatível com o Estado Democrático de Direito, eis que o instituto geraria uma grande instabilidade aos jurisdicionados. Muitos posicionamentos surgem deste tema. O presente estudo tem por meta analisar os posicionamentos existentes e quiçá encontrar uma possível solução para a divergência hoje existente. Palavras-chave: relativização; coisa julgada; segurança jurídica.

6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ASPECTOS GERAIS DA COISA JULGADA E SEGURANÇA JURÍDICA COISA JULGADA FORMAL COISA JULGADA MATERIAL LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA LIMITES SUBJETIVOS DA COISA JULGADA ASPECTOS GERAIS E ORIGEM DA TESE DA RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA POSICIONAMENTOS DOUTRINÁRIOS FAVORÁVEIS A RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA Entendimento de José Augusto Delgado Entendimento de Luiz Rodrigues Wambier, Flávio Renato Correia de Almeida e Eduardo Talamini Entendimento de Cândido Rangel Dinamarco Entendimento de Humberto Theodoro Junior e Juliana Cordeiro de Faria Entendimento de Eduardo Talamini POSICIONAMENTOS DOUTRINÁRIOS CONTRÁRIOS A RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA Entendimento de Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart Entendimento de Fredie Didier Jr., Paula Sarno Braga e Rafael Oliveira Entendimento de Nelson Nery Junior Entendimento de Ovídio Araújo Baptista da Silva JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES...36 CONSIDERAÇÕES FINAIS...38 REFERÊNCIAS...40

7 1 INTRODUÇÃO A presente monografia é voltada para a análise da aplicação do instituto da relativização da coisa julgada em determinados casos concretos. Sabe-se que, alguns doutrinadores entendem que a coisa julgada não pode ser afastada em homenagem ao princípio da segurança jurídica, o qual leva em consideração o direito adquirido, o ato jurídico perfeito bem como a realização e certeza de um direito, tornado as decisões transitadas em julgado, logo, imutáveis. Sustentam que a coisa julgada só poderá ser revista pelas formas típicas previstas no ordenamento jurídico como ocorre nas hipóteses de ação rescisória, sob pena de afronta ao Estado Democrático de Direito. Contudo, em razão dos princípios da legalidade, proporcionalidade e instrumentalidade tendo em vista a justiça das decisões, parte da doutrina entende que a coisa julgada não pode ser absoluta, e deve ser relativizada quando as decisões forem contrárias aos ditames constitucionais e morais, utilizando-se para tanto formas atípicas de revisão não previstas expressamente em lei. Desta forma, levando em consideração a divergência existente sobre o tema, faz-se importante um estudo mais aprofundado, para melhor compreensão da aplicabilidade do instituto da relativização da coisa julgada, bem como para analisar em quais hipóteses a doutrina brasileira entende que a segurança jurídica poderá ser afastada em prol do valor supremo que é a justiça.

8 2 ASPECTOS GERAIS DA COISA JULGADA E SEGURANÇA JURÍDICA A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso XXXVI é clara ao dispor que a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, consagrando assim, a proteção das decisões transitadas em julgado em homenagem ao princípio da segurança jurídica. Para iniciar o tema e poder notar a importância de tal instituto que, diga-se de passagem, é possuidor de natureza constitucional, vale citar o que nos ensina Nelson Nery Junior sobre os institutos que são criados para gerar segurança nas relações sociais e jurídicas: A coisa julgada é um desses institutos e tem natureza constitucional, pois é, como vimos no comentário anterior, elemento que forma a própria existência do estado democrático de direito (CF 1.º caput). Sua proteção não está apenas na CF 5.º XXXVI, mas principalmente na norma que descreve os fundamentos da República (CF 1.º). O estado democrático de direito (CF 1.º caput) e um de seus elementos de existência (e, simultaneamente, garantia fundamental CF 5.º XXXVI), que é a coisa julgada, são cláusulas pétreas em nosso sistema constitucional, cláusulas essas que não podem ser modificadas ou abolidas nem por emenda constitucional (CF 60 4.º I e IV), porquanto bases fundamentais da República Federativa do Brasil, Por consequência e com muito maior razão, não podem ser modificadas ou abolidas por lei ordinária ou por decisão judicial posterior. Atender-se-á ao princípio da supremacia da Constituição, se houver respeito à intangibilidade da coisa julgada. 1 O instituto da coisa julgada visa gerar segurança, preocupação esta que desde sempre foi um dos grandes objetivos da ciência jurídica bem como do direito. É através do direito que o homem sempre buscou ter segurança em suas atividades e relações jurídicas individuais, e a coisa julgada é justamente o instrumento capaz de proporcionar tal segurança aos jurisdicionados. 2 De acordo com Fredie Didier Jr., Paula Sarno Braga e Rafael Oliveira: A coisa julgada é instituto jurídico que integra o conteúdo do direito fundamental à segurança jurídica, assegurado em todo Estado Democrático de Direito, encontrando consagração expressa, em nosso ordenamento jurídico, no art. 5º, XXXVI, CF. Garante ao jurisdicionado que a decisão 1 NERY JUNIOR, Nelson. Princípios do Processo Na Constituição Federal: processo civil, penal e administrativo. 10. ed., rev., ampl. e atual. com novas súmulas do STF (simples e vinculante) e com análise sobre a relativização da coisa julgada. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010, p WAMBIER, Luiz Rodrigues;ALMEIDA, Flávio Renato Correia de; TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil. 9. ed. São Paulo; Editora revista dos Tribunais, 2007, vol. 1. p. 519.

9 dada à sua demanda será definitiva, não podendo ser discutida, alterada ou desrespeitada seja pelas partes, seja pelo próprio Poder Judiciário 3. Para Nelson Nery Junior, a manifestação do princípio do estado democrático de direito, no Poder Judiciário, ocorre por intermédio do instituto da coisa julgada. 4 Cândido Rangel Dinamarco define coisa julgada como: Em direito processual, coisa julgada é imutabilidade da sentença e de seus efeitos. Ela só ocorre depois que a sentença se torna irrecorrível porque, no momento em que é proferida, ela própria e seus efeitos ainda são mera proposta de solução do litígio (sentenças de mérito), ou simplesmente proposta de extinção de processo (terminativas); nesse primeiro momento ainda é possível a substituição da sentença e alteração do teor do julgado, em caso de recurso interposto pela parte vencida (CPC, art. 512). 5 As sentenças capazes de extinguir o processo sem resolução do mérito e que, além disso, não causam quaisquer repercussões na vida das pessoas, estabelecem uma imutabilidade puramente processual naquela lide onde foi proferida, podendo as partes voltarem a juízo para discutir novamente o conflito. 6 Por sua vez, as decisões de mérito que não mais comportam recursos e, portanto, produzem efeitos na vida das pessoas, além de irradiarem efeitos para fora do processo, criam uma situação de segurança capaz de permitir a parte ter a tranquilidade de que os efeitos daquela lide, os fundamentos que dela fazem parte e as pessoas envolvidas no deslinde, tornaram-se questões definitivamente resolvidas com decisões completamente imunizadas a qualquer nova discussão. 7 Fredie Didier Jr., Paula Sarno Braga e Rafael Oliveira, nos explicam de forma clara a importância de tal instituto: A coisa julgada não é instrumento de justiça, frise-se. Não assegura a justiça das decisões. É, isso sim, garantia da segurança, ao impor a definitividade da solução judicial acerca da situação jurídica que lhe foi submetida. 8 3 JR. Fredie Didier; BRAGA Paula Sarno; OLIVEIRA Rafael. Curso de Direito Processual Civil. 4. ed. Salvador: Editora Jus Podivm, 2009, p NERY JUNIOR, Nelson. Op. cit. p DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito Processual Civil. 6. ed., rev., e atualizada. São Paulo: Malheiros, 2009, p Ibidem. p Ibidem. p JR. Fredie Didier; BRAGA Paula Sarno; OLIVEIRA Rafael. Op. cit. p. 408.

10 É preciso garantir a estabilidade do que foi decidido não podendo deixar que a incerteza seja perpetuada no tempo, e por essa razão, o momento e forma para impugnar as decisões judiciais não pode ser irrestrito e devem sofrer limitações. Os ordenamentos jurídicos atuais ao admitir a revisão das decisões judiciais impõem limites na hipótese da parte esgotar, ou não utilizar os recursos previstos em lei, tornando-se, desta forma, indiscutível a decisão judicial. 9 Como podemos notar a coisa julgada é intrinsecamente ligada à ideia de segurança jurídica, a qual traz aos jurisdicionados a tranquilidade de terem suas lides resolvidas e finalizadas para sempre, o que nas palavras de Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart seria uma garantia constitucional do cidadão diante do Estado (em geral) e dos particulares COISA JULGADA FORMAL A coisa julgada formal consiste na ausência de cabimento de qualquer recurso apto a impugnar sentença ou acórdão, bem como pela não interposição do recurso cabível, sendo certo que naquele processo, nenhum julgamento contrário poderá ocorrer em razão do trânsito em julgado. Segundo Cândido Rangel Dinamarco: Coisa julgada formal é a imutabilidade da sentença como ato jurídico processual. Consiste no impedimento de qualquer recurso ou expediente processual destinado a impugná-la, de modo que, naquele processo, nenhum outro julgamento se fará. No processo em que se deu a coisa julgada formal, o ato jurídico sentença é representado pela sentença ou acórdão que, por não comportar recurso algum, haja transitado em julgado (CPC, art. 467). 11 Para Dinamarco, a coisa julgada formal é um dos aspectos do instituto da coisa julgada e opera exclusivamente no interior do processo em que se situa a sentença sujeita a ela. Tem, portanto, uma feição e uma missão puramente técnicoprocessuais Ibidem. p. 301p MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Processo de Conhecimento. 10. ed. rev., e atualizada. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, p DINAMARCO, Cândido Rangel. Op. cit. p Ibidem. p. 303.

11 De acordo Ernane Fidélis dos Santos: A coisa julgada formal decorre simplesmente da impossibilidade de interposição de recurso contra a sentença, ou contra acórdão que confirmou a sentença, ou extinguiu o processo, não importa tenha havido ou não julgamento da lide, do mérito. Ela é comum a toda e qualquer decisão e se refere, exclusivamente, ao processo em que foi aquela proferida. 13 A coisa julgada formal trata-se de um fenômeno endoprocessual, decorrente da irrecorribilidade da decisão judicial que se revela em verdade, como uma espécie de preclusão máxima dentro de um processo jurisdicional. 14 Luiz Rodrigues Wambier, Flávio Renato Correia de Almeida e Eduardo Talamini ao discorrerem sobre a coisa julgada formal, nos trazem a idéia de que o termo preclusão máxima se identifica e tem certa afinidade com tal instituto: Na doutrina aparece e expressão preclusão máxima para designar a coisa julgada formal, e isto significa que a coisa julgada formal se identifica de fato com o fim do processo, tendo lugar quando da decisão já não caiba mais recurso algum (ou porque a parte terá deixado escoar in albis os prazos recursais ou porque terá interposto todos os recursos). Torna-se indiscutível a decisão naquele processo em que foi proferida, já que o processo acabou. A indiscutibilidade que nasce com a coisa julgada formal e se limita àquele processo em que a decisão tenha sido proferida, e nisso se vê uma afinidade com o instituto da coisa julgada formal e a preclusão, já estudada, uma vez que ambas têm seus efeitos adstritos aos processos em que se produzem. 15 Apesar da coisa julgada formal se identificar com a preclusão conforme visto acima, tais institutos jamais devem ser confundidos. Para corroborar a distinção entre os dois institutos valiosas são as palavras de Enrico Túlio Liebman: [...] a coisa julgada formal e a preclusão são dois fenômenos diversos na perspectiva da decisão irrecorrível. A preclusão é, subjetividade, a perda de uma faculdade processual e, objetivamente um fato impeditivo; a coisa julgada formal é a qualidade da decisão, ou seja, sua imutabilidade, dentro do processo. Trata-se, assim, de institutos diversos, embora ligados entre si por uma relação lógica de antecedente-consequente SANTOS, Ernane Fidélis dos. Op. cit. p JR. Fredie Didier; BRAGA Paula Sarno; OLIVEIRA Rafael. Op. cit. p WAMBIER, Luiz Rodrigues;ALMEIDA, Flávio Renato Correia de; TALAMINI, Eduardo. Op. cit. p LIEBMAN, Enrico Túlio. Eficácia e autoridade da sentença e outros escritos sobre a coisa julgada. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 68.

12 A coisa julgada formal pode ocorrer em vários momentos e nas palavras de Cândido Rangel Dinamarco, isso ocorre porque variam os fatores responsáveis pela preclusão. 17 Quanto aos momentos em que se forma a coisa julgada formal, cabe discorrer sobre suas hipóteses de formação as quais advém da ocorrência da preclusão temporal, lógica ou consumativa. Quanto à preclusão temporal, cabe ressaltar que esta ocorre no momento em que expira o prazo para a interposição do recurso cabível no processo sem que o mesmo tenha sido interposto pela parte. 18 A preclusão lógica que extingue o direito da parte recorrer e ocasiona o trânsito em julgado pode ocorrer tanto no momento que a parte vencida renuncia o direito de recorrer, quanto no momento que a parte tem ciência da sentença ou acórdão e pratica um ato que demonstra o desinteresse de interpor recurso. 19 Por sua vez, a preclusão consumativa ocorre quando do julgamento do recurso cabível referente à última decisão do processo, que segundo Cândido Dinamarco só ocorrerá quando o último desses recursos tiver sido interposto ou julgado, ou quando nenhum deles for admissível. 20 Para legitimar ainda mais a ideia de formação da coisa julgada formal e finalizar o tópico, vale citar o que nos ensinam Luiz Rodrigues Wambier, Flávio Renato Correia de Almeida e Eduardo Talamini: É comum a ambas as espécies de coisa julgada o momento de formação. Ambas se formam quando da decisão extintiva do processo já não mais couber recurso algum. Isto pode acontecer simplesmente porque recursos não tenham sido interpostos, e então transitará em julgado a própria sentença de primeiro grau de jurisdição, proferida pelo juízo singular. Ou pode ocorrer porque realmente não haja mais recursos a serem interpostos, tendo, por exemplo, a causa chegado até o STF (Supremo Tribunal Federal) COISA JULGADA MATERIAL A coisa julgada material é um mecanismo que garante ao jurisdicionado vencedor de determinada lide ter a certeza da resolução do seu conflito que não 17 DINAMARCO, Cândido Rangel. Op. cit. p Ibidem. p Ibidem. p Ibidem. p WAMBIER, Luiz Rodrigues; ALMEIDA, Flávio Renato Correia de; TALAMINI, Eduardo. Op. cit. p. 520.

13 mais poderá ser alterado por nenhuma relação jurídica, consiste em uma proteção constitucional garantida ao cidadão. Segundo Nelson Nery Junior: Em outras palavras: quando se forma, a coisa julgada material se apresenta como o centro de todos os objetivos do direito processual civil, ao passo que a coisa julgada material em si mesma tem a força de criar a imodificabilidade, a intangibilidade da pretensão de direito material que foi deduzida no processo e resolvida pela sentença de mérito transitada em julgado. 22 Para a formação da auctoritas rei iudicatae (coisa julgada material) é necessário a presença de todos os pressupostos de constituição do processo, quais sejam jurisdição, petição inicial e citação; a sentença proferida no referido processo deve ter analisado o mérito da causa, logo, deverá ter ocorrido uma das hipóteses previstas no artigo 269 do Código de Processo Civil e finalmente, tal sentença não poderá mais ser atacada por recurso ordinário, extraordinário, ou pelo reexame necessário, nos precisos termos dos artigos 467 e 475 do Código de Processo Civil e artigo 6º 3º da Lei de Introdução às normas do Direito Civil Brasileiro. 23 Ernane Fidélis dos Santos conceitua a coisa julgada material como sendo: [...] a eficácia, a força, que faz tornar imutável e indiscutível a sentença que não mais está sujeita a qualquer recurso ordinário ou extraordinário (art. 467), Isto quer dizer que a coisa julgada material tem alguma relação com a coisa julgada formal. Para que ocorra a primeira, há mister a ocorrência da segunda, ou seja, a preclusão de todos os recursos. 24 deixa claro que: Cândido Rangel Dinamarco ao discorrer sobre a coisa julgada material nos A situação de segurança jurídica caracterizada pela coisa julgada é criada mediante a realização de toda uma seqüencia ordenada de atos do juiz e das partes (procedimento), com observância do contraditório e dos cânones do devido processo legal e culminando com a sentença de mérito que em um momento venha a se tornar irrecorrível. A coisa julgada é um produto do processo, que em um segundo tempo volta ao processo para limitar os julgamentos que ali podem ser realizados. Vista com amplitude própria do direito constitucional, ela é uma garantia oferecida ao vencedor, para que a segurança obtida mediante a sentença passada em julgado fique imune a 22 NERY JUNIOR, Nelson. Op. cit. p Ibidem. p SANTOS, Ernane Fidélis dos. Manual de Direito Processual Civil. 11. ed. Ver. e atual. São Paulo: Saraiva, 2006, vol. 1. p. 612.

14 novos questionamentos, seja pelo juiz, pelo legislador, pelo administrador, seja também pelo vencido. 25 Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart ao discorrerem sobre o tema nos remetem a visão de que a coisa julgada material é atributo indispensável ao Estado Democrático de Direito e à efetividade do direito fundamental de acesso ao Poder Judiciário obviamente quando se pensa no processo de conhecimento. 26 Segundo tais doutrinadores de nada adiantaria falar em acesso à justiça sem dar ao cidadão o direito de ver o seu conflito solucionado definitivamente, pois mesmo que essa definitividade própria da coisa julgada cause em algum momento situações indesejadas, não é a melhor maneira pensar que em razão disso ela possa ser desconsiderada. 27 Para Fredie Didier Jr., Paula Sarno Braga e Rafael Oliveira: A coisa julgada material é a indiscutibilidade da decisão judicial no processo em que foi produzida e em qualquer outro. Imutabilidade que se opera dentro e fora do processo. A decisão judicial (em seu dispositivo) cristalizase, tornando-se inalterável. Trata-se de fenômeno endo/extraprocessual. 28 Quanto aos efeitos da coisa julgada material, Nelson Nery Junior os classificam em endoprocessuais e extraprocessuais. O primeiro efeito é responsável pela imutabilidade da decisão a qual impossibilita o juiz de redecidir a lide e torna obrigatório o comando proferido na parte dispositiva da sentença. O segundo efeito não permite que a lide seja discutida por qualquer outra parte ou juízo distinto em nenhum outro processo, ao passo que de igual sorte não permite que a decisão coberta pelo manto da auctoritas rei iudicatae seja discutida em ação posterior. 29 um: Essa intangibilidade da coisa julgada material decorre do fato da mesma ser [...] instrumento de pacificação social, quando há coisa julgada as partes devem se submeter à sua autoridade, qualquer que tenha sido o resultado da sentença (inevitabilidade da jurisdição). Incide aqui o caráter substitutivo da função jurisdicional, vale dizer, a vontade das partes é substituída pela vontade do Estado-juiz que prevalece DINAMARCO, Cândido Rangel. Op. cit. p MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Op. cit. p Ibidem. p JR. Fredie Didier; BRAGA Paula Sarno; OLIVEIRA Rafael. Op. cit. p NERY JUNIOR, Nelson. Op. cit. p Ibidem. p. 60.

15 Assim, a coisa julgada material é um mecanismo que permite ao vencedor ter a certeza de que a sua lide está solucionada e imune a qualquer controvérsia futura, que nas palavras de José Miguel Garcia Medina e Teresa Arruda Alvim Wambier à luz do direito positivo brasileiro, a coisa julgada é considerada a imutabilidade do comando da sentença (que corresponde ao seu conteúdo da decisão) LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA De acordo com o artigo 458 do Código de Processo Civil, são requisitos essenciais da sentença o relatório, os fundamentos e o dispositivo. 32 O artigo 468 do mesmo diploma legal dispõe que a sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas. 33 Por sua vez, o artigo 469 dispõe que não fazem coisa julgada os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença; a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença e a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo. 34 Levando-se em consideração que o instituto da coisa julgada se forma através do pronunciamento da sentença proferida pelo Estado-juiz, faz-se necessário saber qual parte da sentença efetivamente se tornará imutável ficando acobertada pelo manto da coisa julgada. Fredie Didier Jr., Paula Sarno Braga e Rafael Oliveira ao discorrer sobre os limites objetivos da coisa julgada concluem que: Somente se submete à coisa julgada material a norma jurídica concreta, contida no dispositivo da decisão, que julga o pedido (a questão principal, conforme o art. 468, CPC). A solução das questões na fundamentação (incluindo a análise das provas) não fica indiscutível pela coisa julgada (art. 469, CPC), pois se trata de decisão sobre questões incidentes. 31 MEDINA, José Miguel Garcia; WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Parte Geral e Processo de Conhecimento. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, vol. 1. p BRASIL. Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de Código de Processo Civil (CPC). Artigo 458. Disponível em: Acessado em 31 ago BRASIL. Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de Código de Processo Civil (CPC). Artigo 468. Disponível em: Acessado em 31 ago BRASIL. Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de Código de Processo Civil (CPC). Artigo 469. Disponível em: Acessado em 31 ago

16 Ao passo que a coisa julgada decorre da declaração contida na sentença e tal declaração nasce apenas com a resposta jurisdicional, para Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart, fica evidente que tal instituto incide e atinge somente a parte dispositiva da sentença, pois tanto no relatório como na fundamentação da sentença não existe qualquer julgamento, posto que o julgamento apenas ocorre na parte dispositiva da sentença na qual fica estabelecida a lei do caso concreto. 35 A fundamentação de Cândigo Rangel Dinamarco é incisiva no sentido de que somente o preceito concreto contido na parte dispositiva das sentenças de mérito fica protegido pela autoridade da coisa julgada material, não os fundamentos em que ela se apóia. 36 Um ponto controvertido na doutrina é a questão da apreciação da questão prejudicial decidida incidentemente no processo não ser atingida pela coisa julgada, conforme preceitua o artigo 469, inciso III do Código de Processo Civil. Explicam Fredie Didier Jr., Paula Sarno Braga e Rafael Oliveira: [...] que a questão prejudicial abordada e julgada em um decisum só fará coisa julgada se for colocada principaliter tantum já na própria petição inicial ou por meio de ação declaratória incidental (art. 325 do CPC). Se for tratada como simples fundamento da demanda, incidenter tantum em outras palavras, como questão incidental -, a solução da questão prejudicial não terá aptidão para ser acobertada pela coisa julgada material (art. 469, III, CPC). 37 Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart nos trazem a tese mais acertada no sentido de que a resolução da questão prejudicial pode vir a ser abarcada pela imutabilidade da coisa julgada, se e quando tiver havido, no curso do processo, a propositura de ação declaratória incidental a seu respeito (arts. 5.º, 325 e 470 do CPC) LIMITES SUBJETIVOS DA COISA JULGADA A regra consagrada no artigo 472 do Código de Processo Civil dispõe que a sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem 35 MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Op. cit. p DINAMARCO, Cândido Rangel. Op. cit. p JR. Fredie Didier; BRAGA Paula Sarno; OLIVEIRA Rafael. Op. cit. p MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Op. cit. p. 643.

17 prejudicando terceiros. Nas causas relativas ao estado de pessoa, se houverem sido citados no processo, em litisconsórcio necessário, todos os interessados, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros. 39 Os limites subjetivos da coisa julgada têm por meta identificar quem ou quais pessoas serão atingidas por seus efeitos. Na criação desse dispositivo legal o legislador levou em consideração as garantias constitucionais da inafastabilidade da jurisdição, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa previstos expressamente na Constituição da República de 1988, pelo fato da ordem jurídica brasileira não permitir que alguém possa ser atingido pelos efeitos de uma decisão transita em julgado sem que seja lhe proporcionado o acesso à justiça com todas as garantias que lhe são inerentes. 40 Quanto as partes evidentemente a sentença produz coisa julgada, não restando qualquer dúvida que as mesmas são atingidas pelos efeitos que dela decorrem. A fim de analisar a questão relativa aos terceiros faz-se necessário a distinção entre terceiros interessados que são aqueles que possuem interesse no resultado da lide em decorrência de alguma relação jurídica, e os terceiros indiferentes, os quais não possuem nenhuma relação jurídica interdependente relacionada à lide. 41 Para Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart a sentença pode produzir efeitos tanto para os terceiros interessados como para os terceiros indiferentes, lembrando que cada um desses sujeitos sofrerá os efeitos de acordo com a sua condição de interessado. 42 Tais doutrinadores observam que: [...] somente as partes precisam da coisa julgada. Não fosse a coisa julgada, em função da legitimidade que ostentam para discutir a sentença, poderiam debater o conflito de interesses ao infinito. Para esses sujeitos, sim, a coisa julgada resulta em utilidade, pondo fim, em determinado momento, à controvérsia, e tornando definitiva a solução judicial oferecida. Por isso, somente as partes é que ficam vinculadas pela coisa julgada. Embora terceiros possam sofrer efeitos da sentença de procedência, é certo que a autoridade da coisa julgada não os atinge BRASIL. Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de Código de Processo Civil (CPC). Artigo 472. Disponível em: Acessado em 31 ago JR. Fredie Didier; BRAGA Paula Sarno; OLIVEIRA Rafael. Op. cit. p MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Op. cit. p Ibidem. p Ibidem. p. 642.

18 No que diz respeito à coisa julgada nas causas relativas ao estado de pessoas Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart notam um equivoco, e nos explicam que: [...]Confunde-se, aí, o efeito próprio da coisa julgada com o efeito natural da sentença. Efetivamente, no caso descrito na regra assim como ocorreria em qualquer outra situação, em que todos os sujeitos interessados (portanto, partes e terceiros interessados) viessem a participar de certo processo, a sentença daí resultante seria indiscutível por todas as pessoas. Para algumas, por falta de legitimidade (terceiros indiferentes). Para outras, em razão de intervenção (terceiros interessados), e somente para algumas em razão da coisa julgada. A sentença de interdição é imutável perante todos, não porque tenha operado coisa julgada em relação a todos, mas porque a coletividade não tem legitimidade ad causam para propor ação que venham a rediscutir a interdição de determinada pessoa. 44 Assim, embora terceiros estranhos a relação processual possam sofrer os efeitos da sentença, por outro lado não podem ser atingidos pela coisa julgada. Importante ainda é a questão relativa aos assistentes, eis que em determinados casos o indivíduo pode indiretamente ser prejudicado por uma sentença e para evitar tal prejuízo lhe é permitido ingressar na lide para auxiliar o autor ou réu. 45 Nestes casos a figura do terceiro juridicamente interessado, independentemente de ter relação jurídica com as partes pode ingressar no feito para discutir o litígio na condição de assistente, tendo em vista que os fatos discutidos na lide podem ser de seu interesse ou refletir em sua esfera jurídica. 46 Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart nos trazem o caso do tabelião que ingressa na lide de anulação de escritura fundada em dolo. Se o tabelião intervier na lide desde o início participando de todos os atos processuais e produção de provas, jamais poderá rediscutir a sentença de mérito, sendo alcançado pelos efeitos da sentença em razão da intervenção no processo, pois a intervenção impede que o assistente discuta, futuramente, o que se chama de justiça da decisão pelo fato do mesmo ser atingido pela fundamentação da sentença. 47 O assistente poderá, porém, rediscutir a decisão futuramente se provar que sofreu algum prejuízo em razão do momento em que ingressou no processo, provar que lhe tenha sido negado à produção de alguma prova relevante para influir na 44 Ibidem. p Ibidem. p Ibidem. p Idem.

19 prolação da sentença ou ainda se provar que desconhecia a existência de alegações ou de provas, de que o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu, nos precisos termos do artigo 55 do Código de Processo Civil. Segundo Fredie Didier Jr., Paula Sarno Braga e Rafael Oliveira: [i] o assistente fica vinculado à fundamentação da decisão proferida contra o assistido. Não fica vinculado à coisa julgada, até porque ela não lhe diz respeito, mas fica submetido à justiça da decisão, ou seja, às questões resolvidas na motivação da decisão proferida no processo em que interveio. 48 Desta forma, muito embora o assistente fique sujeito aos fundamentos da sentença em decorrência de sua intervenção no processo, este não poderá ser atingido pelos efeitos da coisa julgada, permanecendo a regra consagrada no artigo 472 do Código de Processo Civil de que a sentença faz coisa julgada apenas às partes. 48 JR. Fredie Didier; BRAGA Paula Sarno; OLIVEIRA Rafael. Op. cit. p. 297.

20 3 ASPECTOS GERAIS E ORIGEM DA TESE DA RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA A relativização da coisa julgada surge com a intenção de afastar a segurança jurídica, nos remetendo a visão de que a coisa julgada não pode ser absoluta nos casos de decisões judiciais injustas que porventura possam atentar contra a moralidade, legalidade, razoabilidade e proporcionalidade bem como aos ditames contidos em nossa Constituição Federal igualmente dignos de proteção. O primeiro doutrinador a tratar da relativização da coisa julgada foi o jurista Paulo Otero. Foi Paulo Otero quem iniciou as discussões no sentido de que a coisa julgada não pode se consolidar quando eivada de vícios que contrariem preceitos ou princípios constitucionais, mesmo considerando a segurança jurídica proporcionada pela coisa julgada: A idéia da defesa da segurança e certeza da ordem jurídica constitui princípios fundamentadores de uma solução tendente a limitar ou mesmo excluir a relevância da inconstitucionalidade como factor autônomo de destruição do caso julgado. No entanto, se o princípio da constitucionalidade determina a insusceptibilidade de qualquer acto normativo inconstitucional se consolidar na ordem jurídica, tal facto poderá fundamentar a possibilidade, se não a exigência, de destruição do caso julgado desconforme a Constituição. 49 Para Paulo Otero, o Poder Judiciário assim como os demais poderes originários da Constituição deve respeitar as normas constitucionais estabelecidas, ficando suas decisões sujeitas ao controle de constitucionalidade: [...] o poder judicial, repita-se uma vez mais, não é poder constituinte paralelo ao poder originário de feitura da Constituição, antes se apresenta como poder constituído tal como o poder legislativo ou administrativo. Em consequência, a rejeição destes dois últimos poderes ao controle de conformidade jurídica dos seus actos com o princípio da constitucionalidade não pode ser acompanhado de um estatuto diferenciado para as decisões judiciais violadoras da Constituição, em especial se estas são proferidas por tribunais sujeitos a uma ordem jurisdicional de recurso das respectivas decisões OTERO, Paulo Manoel Cunha da Costa. Ensaio Sobre o Caso Julgado Inconstitucional. Lisboa: Lex, 1993, p Ibidem. p. 123.

21 Segundo Paulo Otero não admitir a revisão de decisões judiciais inconstitucionais seria conferir aos tribunais um poder absoluto e exclusivo de definir o sentido normativo da Constituição: Constituição não seria o texto formalmente qualificado como tal; Constituição seria o direito aplicado nos tribunais, segundo resultasse da decisão definitiva e irrecorrível do juiz. 51 Para Paulo Otero só é possível dotar segurança e certeza jurídica a atos contrários a Constituição quando a mesma assim estabelecer: A segurança e a certeza jurídicas são passíveis de salvaguardar ou validar efeitos de actos desconformes com a Constituição quando o próprio texto constitucional expressamente o admite.[...] Fora de tais situações, repetese, os valores de segurança e da certeza não possuem força constitucional autónoma para fundamentarem a validade geral de efeitos de atos inconstitucionais. 52 Por outro lado, o princípio da constitucionalidade impõe que a validade de qualquer ato do poder público deve estar em conformidade com a Constituição, ao passo que uma decisão judicial em desconformidade com a Constituição torna-se inválida, o que acaba ocasionando por conseqüência lógica a invalidade do caso julgado pelo fato do mesmo estar ferido pela inconstitucionalidade. 53 A partir do surgimento da tese da relativização da coisa julgada pelo jurista Paulo Otero, no Brasil vários doutrinadores passaram a discorrer sobe o tema que ainda hoje é controvertido e não tem um posicionamento unânime tanto na doutrina como na jurisprudência. Vários doutrinadores defendem a relativização da coisa julgada, outros por sua vez nos levam a crer que a relativização da coisa julgada só poderá ocorrer através dos meios legítimos previsto em lei tal como a ação rescisória, sendo inviável qualquer outra forma de relativização por afrontar o próprio Estado Democrático de Direito e por conseqüência à efetividade do direito fundamental do acesso ao Poder Judiciário. Um marco que evidência a aceitação da relativização da coisa julgada na legislação infraconstitucional brasileira foi a edição da Medida Provisória nº de 24 de agosto de 2001 convertida na Lei nº / Ibidem. p Ibidem. p Idem.

22 A Lei nº /2005 acrescentou o parágrafo único do artigo 741 do Código de Processo Civil o qual considera inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal. 54 Com efeito, permitiu-se a partir de então nos embargos do devedor na execução contra a Fazenda Pública a alegação de inexigibilidade do título judicial em vista da declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo pelo Supremo Tribunal Federal bem como pela aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas como incompatíveis com a Constituição Federal, inviabilizando assim a execução contra a Fazenda Pública. Com essa possibilidade prevista no parágrafo único do artigo 741 do Código de Processo Civil a desconsideração da coisa julgada pode ocorrer tanto na hipótese da declaração do Supremo Tribunal Federal ser anterior ou posterior à formação do título executivo conforme ensina Luiz Guilherme Marinoni: Em determinada interpretação, seria indiferente para aplicação da regra que prevê a alegação da decisão de inconstitucionalidade em oposição à execução (arts. 475-L 1.º, e 741 parágrafo único CPC) a circunstância de a decisão do Supremo Tribunal Federal ser anterior ou posterior à formação do título executivo. Em qualquer dessas hipóteses, a inexigibilidade do título estaria caracterizada. 55 A questão quanto ao efeito da declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal não tem unanimidade na doutrina, pois há doutrinadores que entendem que a regra do artigo 741, parágrafo único não pode ser aplicada nos casos de títulos executivos judiciais acobertados pelo manto da coisa julgada anteriores a vigência da lei que acrescentou o parágrafo único do artigo Muitos doutrinadores entendem que o parágrafo único do artigo 741 é inconstitucional. Oportuno ressaltar que existe tramitando no Supremo Tribunal Federal uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn /DF) questionando a constitucionalidade do referido dispositivo, porém, até que o Supremo Tribunal 54 BRASIL. Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de Código de Processo Civil (CPC). Artigo 741. Disponível em: Acessado em 12 set MARINONI, Luiz Guilherme. Coisa Julgada Inconstitucional. 2. ed. rev., e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010, p WAMBIER, Luiz Rodrigues;ALMEIDA, Flávio Renato Correia de; TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil. 9. ed. ver., e atual. e ampl. São Paulo; Editora revista dos Tribunais, 2007, vol. 2. p.70.

23 Federal se pronuncie sobre a constitucionalidade do mesmo, evidentemente nada pode obstar a sua aplicação na atual ordem jurídica. Para o fim de cumprir o objetivo principal deste trabalho que tem como meta estudar o instituto da relativização da coisa julgada, passa-se a partir de agora a estudar as teses a seguir expostas consistentes nos posicionamentos favoráveis e contrários a tese da relativização da coisa julgada. 3.1 POSICIONAMENTOS DOUTRINÁRIOS FAVORÁVEIS A RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA Entendimento de José Augusto Delgado No Brasil o primeiro doutrinador ao tratar do tema relativização da coisa julgada foi o Ministro José Augusto Delgado. José Delgado é um defensor da tese da relativização da coisa julgada, para o autor, não é aceitável a força absoluta que vem sendo dada a coisa julgada ao passo que a mesma deve ceder quando colidir com princípios de maior hierarquia estabelecidos pela ordem jurídica: A sublimação dada pela doutrina à coisa julgada, em face dos fenômenos instáveis supracitados, não pode espelhar a força absoluta que lhe tem sido dada, sob o único argumento que há de se fazer valer o império da segurança jurídica. Há de se ter como certo que a segurança jurídica deve ser imposta. Contudo, essa segurança jurídica cede quando princípios de maior hierarquia postos no ordenamento jurídico são violados pela sentença, por, acima de todo esse aparato se estabilidade jurídica, ser necessário prevalecer o sentimento do justo e da confiabilidade das instituições. A sentença não pode expressar comando acima das regras postas na Constituição nem violar os caminhos da natureza, por exemplo, determinando que alguém seja filho de outrem, quando a ciência demonstra que não é. Será que a sentença, mesmo transitada em julgado, tem valor maior que a regra científica? É dado ao juiz esse poder absoluto de contrariar a própria ciência? A resposta, com certeza, é de cunho negativo. 57 Um dos exemplos clássicos trazidos nas doutrinas é referente ao exame de DNA. Quando tal exame ainda não existia determinava-se que alguém era filho de determinada pessoa com base apenas e tão somente em provas testemunhais e 57 DELGADO, José Augusto. Efeitos da Coisa Julgada e os Princípios Constitucionais. Apud. NASCIMENTO, Carlos Valder do. Coisa Julgada Inconstitucional. 2. ed. Rio de Janeiro: América Jurídica, p. 46.

24 documentais. Delgado nos traz o caso de uma sentença transitada em julgado que julgou que alguém era filho de determinada pessoa e com o avanço da ciência posteriormente o exame de DNA comprovou exatamente o contrário. Esse é um exemplo clássico para legitimar ainda mais a tese da relativização da coisa julgada, demonstrando assim que a segurança jurídica em certos casos deve ser deixada em segundo plano: A sentença transitada em julgado, em época alguma, pode, por exemplo, ser considerada definitiva e produtora de efeitos concretos, quando determinar, com base exclusivamente em provas testemunhais e documentais, que alguém é filho de determinada pessoa e, posteriormente, exame de DNA comprove o contrário. [...] No exemplo referido, há de ser considerada a fragilidade das provas testemunhais e documentais em confronto com a certeza da prova pericial representado pelo DNA, em razão da credibilidade que lhe dá a ciência. 58 Corroborando a tese de que a coisa julgada não pode prevalecer em alguns casos como no exemplo citado acima, é de grande valia as ponderações feitas por José Augusto Delgado as quais justificam e demonstram a necessidade de relativizar a coisa julgada: a) A grave injustiça não deve prevalecer em época nenhuma, mesmo protegida pelo manto da coisa julgada, em um regime democrático, porque ela afronta a soberania da proteção da cidadania. b) A coisa julgada é uma entidade definida e regrada pelo direito formal, via instrumental, que não pode se sobrepor aos princípios da legalidade, da moralidade, da realidade dos fatos, das condições impostas pela natureza ao homem e à regras postas na Constituição. c) A sentença, ato do juiz, não obstante atuar como lei entre as partes não pode ter mais força do que as regras constitucionais. d) A segurança jurídica imposta pela coisa julgada há de imperar quando o ato que a gerou, a expressão sentencial, não esteja contaminada por desvios graves que afrontem o ideal de justiça. e) A segurança jurídica da coisa julga impõe certeza. Esta não se apresenta devidamente caracterizada no mundo jurídico quando não ostentar, na mensagem sentencial, a qualidade do que é certo, o conhecimento verdadeiro das coisas, uma convicção sem qualquer dúvida. A certeza é uma forma de convicção sobre determinada situação que se pretende objetiva, real e suficientemente subjetiva. Ela demonstra evidência absoluta e universal, gerando verdade. f) Há de prevalecer o manto sagrado da coisa julgada quando esta for determinada em decorrência de caminhos percorridos com absoluta normalidade na aplicação do direito material e do direito formal. g) A injustiça, a imoralidade, o ataque à Constituição, a transformação da realidade das coisas quando presentes na sentença viciam a vontade jurisdicional de modo absoluto, pelo que, em época alguma, ela transita em julgado. 58 Ibidem. p. 97.

25 h) Os valores absolutos de legalidade, moralidade e justiça estão acima do valor segurança jurídica. Aqueles são pilares, entre outros, que sustentam o regime democrático, de natureza constitucional, enquanto esse é o valor infraconstitucional oriundo de regramento processual. 59 Assim, podemos concluir que para o Ministro José Augusto Delgado é perfeitamente possível relativizar a coisa julgada, tendo em vista que sentenças injustas e contrárias a ordem constitucional jamais poderão transitar em julgado, pois os valores da legalidade, moralidade e justiça devem prevalecer e se sobrepor a segurança jurídica Entendimento de Luiz Rodrigues Wambier, Flávio Renato Correia de Almeida e Eduardo Talamini Para Luiz Rodrigues Wambier, Flávio Renato Correia de Almeida e Eduardo Talamini, nos últimos anos uma parcela de processualistas brasileiros vêm desenvolvendo a ideia de atribuir menos valor a coisa julgada, ao passo que a segurança jurídica deve ceder espaço para outros valores da mesma relevância em certas circunstâncias especiais. Segundo os doutrinadores a essa tendência deu-se o nome de relativização da coisa julgada. 60 Tais doutrinadores nos deixam claro que a revisão da coisa julgada pode ocorrer tanto pelas vias típicas sem que se descarte a hipótese de revisão pelas vias atípicas. O principal ponto sobre a discussão da relativização advém da simples pergunta: É admissível a revisão atípica da coisa julgada? Por um lado, não é possível descartar que excepcionalmente, em casos concretos, a coisa julgada que é sem dúvida uma garantia fundamental constitucional preste-se a acobertar sentença que manifestamente viole outros direitos fundamentais. Nesse caso, tem-se um conflito entre princípios constitucionais. Quando isso ocorrer, deverão a princípio ser usados os meios típicos de impugnação da coisa julgada (ação rescisória, embargos do art. 741, parágrafo único etc.). No entanto, quando não for admissível o emprego dos meios típicos (seja porque o caso não se enquadra em suas hipóteses de cabimento, seja porque já esgotou o prazo para o meio típico), não parece viável uma solução absoluta, na base do ou tudo ou nada Ibidem. p WAMBIER, Luiz Rodrigues;ALMEIDA, Flávio Renato Correia de; TALAMINI, Eduardo. Op. cit. p Ibidem. p. 526.

26 Concluem os doutrinadores que nem é possível dizer que sempre cairá por terra a coisa julgada, nem é possível afirmar o exato oposto, no sentido de que seria sempre vedada a revisão atípica e esclarecem que em tais hipóteses deve-se aplicar o princípio da proporcionalidade Entendimento de Cândido Rangel Dinamarco Cândido Rangel Dinamarco ao discorrer sobre a relativização da coisa julgada material dispõe que mesmo as sentenças de mérito só ficam imunizadas pela coisa julgada quando forem dotadas de uma imperatividade possível. 63 Para Dinamarco não ficam imunizadas as sentenças que porventura tragam resultados materialmente impossíveis e aquelas que colidirem com os valores ético, humano, social ou político previstos e protegidos na carta magna, tendo em vista que tais sentenças são capazes de gerar incompatibilidades jurídico- constitucional: [...] não ficam imunizadas as sentenças que transgridam frontalmente um desses valores, porque não se legitima que, para evitar a perenização de conflitos, perenizem inconstitucionalidades de extrema gravidade ou injustiças insuportáveis e manifestas. 64 Cândido Rangel Dinamarco traz em sua obra um exemplo claro ocorrido no Uruguai de que a autoridade da coisa julgada material e o valor segurança jurídica devem ser mitigados em casos excepcionais: No Uruguai deu-se o caso de um fazendeiro que, havendo gerado um filho adulterino, obteve da pobre mãe da criança, sua empregada, a assinatura em um papel que outra coisa não era senão a procuração a um advogado, da confiança dele, para promover-lhe uma ação de investigação de paternidade; a demanda foi proposta, o fazendeiro defendeu-se muito bem, o advogado do autor nada provou, o juiz julgou improcedente a demanda e a sentença passou em julgado. Anos depois, havendo atingido a maioridade, o próprio filho voltou à carga com nova ação investigatória mas, como era de esperar, o réu invocou a autoridade da coisa julgada material; com extrema lucidez, Eduardo Couture demonstrou que essa autoridade não poderia prevalecer para coonestar uma fraude tão evidente e suplantar os valores da dignidade humana, expressos no direito à paternidade Idem. 63 DINAMARCO, Cândido Rangel. Op. cit. p Ibidem. p Ibidem. p

27 3.1.4 Entendimento de Humberto Theodoro Junior e Juliana Cordeiro de Faria Humberto Theodoro Junior e Juliana Cordeiro de Faria entendem que a Constituição Federal de 1988 não atribuiu a coisa julgada natureza constitucional, apenas determinou em seu artigo 5º, inciso XXXVI que eventual lei nova não poderia atingir os efeitos de uma decisão não mais sujeita a recurso baseada na lei antiga: A Constituição Federal de 1988, ao contrário da Portuguesa, não se preocupou em dispensar tratamento constitucional ao instituto da coisa julgada em si. Muito menos quanto aos aspectos envolvendo a sua inconstitucionalidade. Apenas alude à coisa julgada em seu art.5.º, XXXVI, quando elenca entre as garantias fundamentais a de que estaria ela imune aos efeitos da lei nova. Ou seja, a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Como se observa, a preocupação do legislador constituinte foi apenas a de pôr a coisa julgada a salvo dos efeitos de lei nova que contemplasse regra diversa de normatização da relação jurídica objeto de decisão judicial não mais sujeita a recurso, como uma garantia dos jurisdicionados. Trata-se, pois, de tema de direito intertemporal em que se consagra o princípio da irretroatividade da lei nova. 66 Nos termos dos ensinamentos de tais doutrinadores, a coisa julgada possui natureza eminentemente infraconstitucional, razão pela qual deve ser admitida a relativização da coisa julgada nas decisões contrárias aos ditames e princípios constitucionais, por se tratarem de normas hierarquicamente superiores a legislação infraconstitucional. Demonstram ainda nítida preocupação no sentido de que não se pode admitir que a coisa julgada seja valorada de forma superior as leis e Constituição: A coisa julgada não pode suplantar a lei, em tema de inconstitucionalidade, sob pena de transformá-la em um instituto mais elevado e importante do que a lei e a própria Constituição. Se a lei não é imune, qualquer que seja o tempo decorrido desde a sua entrada em vigor, aos efeitos negativos da inconstitucionalidade, porque seria a coisa julgada? A única explicação para que não se tenha, até o momento, no direito brasileiro enfrentado o tema, resulta, ao que pensamos, de uma visão distorcida da idéia de imutabilidade inerente ao conceito de coisa julgada. 67 Humberto Theodoro Junior e Juliana Cordeiro de Faria defendem a mesma ideia de Paulo Otero, no sentido de que todos os atos provenientes do poder público (executivo, legislativo e judiciário) podem ensejar efeitos negativos fruto de 66 THEODORO JUNIOR, Humberto; FARIA, Juliana Cordeiro de. A coisa julgada Inconstitucional e os Instrumentos Processuais para seu Controle. Revista dos Tribunais. São Paulo, nº 795, p , jan Ibidem.

ARTIGO: O controle incidental e o controle abstrato de normas

ARTIGO: O controle incidental e o controle abstrato de normas ARTIGO: O controle incidental e o controle abstrato de normas Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: Nosso ordenamento jurídico estabelece a supremacia da Constituição Federal e, para que esta supremacia

Leia mais

Observatório da Jurisdição Constitucional ISSN Ano 3, 2009/2010 COISA JULGADA BASEADA EM NORMA POSTERIORMENTE DECLARADA INCONSTITUCIONAL

Observatório da Jurisdição Constitucional ISSN Ano 3, 2009/2010 COISA JULGADA BASEADA EM NORMA POSTERIORMENTE DECLARADA INCONSTITUCIONAL COISA JULGADA BASEADA EM NORMA POSTERIORMENTE DECLARADA INCONSTITUCIONAL Pedro Vaz Sammarco Freitas 1 COISA JULGADA Normalmente, garante-se aos interessados de uma lide deduzida em juízo a possibilidade

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Coisa Julgada. Professor Rafael Menezes

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Coisa Julgada. Professor Rafael Menezes DIREITO PROCESSUAL CIVIL Coisa Julgada Professor Rafael Menezes Conceitos Gerais Substantivista (Kolher) Processualista (Stein) Carnelutti Imperatividade Liebman Imutabilidade Art. 467. Denomina-se coisa

Leia mais

Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e / ou da Coordenação.

Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e / ou da Coordenação. Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e / ou da Coordenação. PLANO DE CURSO - 20/02 DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL III PROFESSORA: MARCELA CÂMARA TURMA: Oferta Especial

Leia mais

A IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA EX OFFICIO

A IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA EX OFFICIO A IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA EX OFFICIO AUTORA: Gimene Vieira da Cunha Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pelotas Advogada inscrita na OAB/RS sob o nº 80.830 Pós-Graduada

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO O Recurso Especial é interposto contra acórdão que desrespeita matéria infraconstitucional. O Recurso Extraordinário, contra acórdão que violar a Constituição Federal.

Leia mais

Quesito avaliado. 5. Fundamentos: Cabimento do recurso: art. 102, III, a e foi interposto tempestivamente (art. 508 do CPC) (0,30);

Quesito avaliado. 5. Fundamentos: Cabimento do recurso: art. 102, III, a e foi interposto tempestivamente (art. 508 do CPC) (0,30); Peça prática Foi proposta uma ação direta de inconstitucionalidade pelo prefeito de um município do Estado X. O Tribunal de Justiça do Estado X julgou tal ação improcedente, tendo o acórdão declarado constitucional

Leia mais

PLANO DE ENSINO. PRÉ-REQUISITO Teoria Geral do Processo SEMESTRE/ANO 1º/2013

PLANO DE ENSINO. PRÉ-REQUISITO Teoria Geral do Processo SEMESTRE/ANO 1º/2013 DADOS PLANO DE ENSINO INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes DISCIPLINA Direito Processual Civil I PRÉ-REQUISITO Teoria

Leia mais

É preciso diferenciar a natureza jurídica da antecipação de tutela da decisão de antecipação de tutela, não sendo expressões sinônimas.

É preciso diferenciar a natureza jurídica da antecipação de tutela da decisão de antecipação de tutela, não sendo expressões sinônimas. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Civil / Aula 24 Professor: Edward Carlyle Conteúdo: Antecipação de Tutela: Efetividade, Momento do Requerimento; Revogação e Modificação; Fungibilidade;

Leia mais

TEORIA GERAL DOS RECURSOS

TEORIA GERAL DOS RECURSOS TEORIA GERAL DOS RECURSOS FUNDAMENTO, CONCEITO E NATUREZA JURIDICA Fundamentos: A necessidade psicológica do vencido irresignação natural da parte A falibidade humana do julgador Razões históricas do próprio

Leia mais

COISA JULGADA E SUA RELATIVIZAÇÃO RESUMO

COISA JULGADA E SUA RELATIVIZAÇÃO RESUMO 91 Ano V Edição II Dezembro 2013 COISA JULGADA E SUA RELATIVIZAÇÃO Deise Dutra Dias 1 RESUMO Este artigo científico tem o intuito de fomentar a atual discussão existente entre a possibilidade ou não de

Leia mais

AULA 1) Ementa. Disposições administrativas:

AULA 1) Ementa. Disposições administrativas: Curso: DIREITO Disciplina: TEORIA GERAL DO PROCESSO (Matutino) quinta-feira 10:10 a 12:40 hs Ementa Direito Material e Direito Processual: conceito, natureza, posição enciclopédica, divisão. Fontes do

Leia mais

OS EFEITOS DA COISA JULGADA EM RELAÇÃO A TERCEIROS

OS EFEITOS DA COISA JULGADA EM RELAÇÃO A TERCEIROS 1 OS EFEITOS DA COISA JULGADA EM RELAÇÃO A TERCEIROS Elton da Silva.SHIRATOMI 1 RESUMO: No âmbito dos limites subjetivos dos efeitos da coisa julgada, percebemos que seu alcance abrange somente as partes

Leia mais

OS RECURSOS DE INCONSTITUCIONALIDADE PARA O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL. Tribunal Constitucional, seminário 2013

OS RECURSOS DE INCONSTITUCIONALIDADE PARA O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL. Tribunal Constitucional, seminário 2013 OS RECURSOS DE INCONSTITUCIONALIDADE PARA O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL S Plano de apresentação S I. INTRODUÇÃO S II. RECURSO ORDINÁRIO DE INCONSTITUCIONALIDADE S III. RECURSO EXTRAORDINÁRIO S IV. REGIME COMPARADO

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A multa do art. 538, parágrafo único, do CPC, e a interposição de recursos no processo do trabalho Dennis José Martins* A multa do art. 538, parágrafo único, do CPC, e a interposição

Leia mais

PROCESSO CIVIL IV EXECUÇÃO introdução

PROCESSO CIVIL IV EXECUÇÃO introdução PROCESSO CIVIL IV EXECUÇÃO introdução Prof. Dra. Liana Cirne Lins Faculdade de Direito do Recife Universidade Federal de Pernambuco Programa Teoria geral da execução o Conceito, natureza e finalidade da

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Disciplina DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Leia mais

Âmbito de Aplicação do Enunciado 239 da Súmula do Supremo Tribunal Federal. Rosimayre Gonçalves de Carvalho*

Âmbito de Aplicação do Enunciado 239 da Súmula do Supremo Tribunal Federal. Rosimayre Gonçalves de Carvalho* Âmbito de Aplicação do Enunciado 239 da Súmula do Supremo Tribunal Federal Rosimayre Gonçalves de Carvalho* Resumo: O presente artigo tem como objetivo estabelecer debate sobre a aplicação do enunciado

Leia mais

COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Autorizado pela Portaria no3.355 de 05/12/02-DOU de 06/12/02 Componente Curricular: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II

COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Autorizado pela Portaria no3.355 de 05/12/02-DOU de 06/12/02 Componente Curricular: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Autorizado pela Portaria no3.355 de 05/12/02-DOU de 06/12/02 Componente Curricular: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II Código: DIR-369c Pré-requisito: Direito Processual Civil I

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Disciplina Direito Processual Civil

Leia mais

Sumário Capítulo 1 Prazos Capítulo 2 Incompetência: principais mudanças

Sumário Capítulo 1 Prazos Capítulo 2 Incompetência: principais mudanças Sumário Capítulo 1 Prazos 1.1. Forma de contagem: somente em dias úteis 1.2. Prática do ato processual antes da publicação 1.3. Uniformização dos prazos para recursos 1.4. Prazos para os pronunciamentos

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Coisa julgada penal. Gustavo Badaró aula de

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Coisa julgada penal. Gustavo Badaró aula de Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Coisa julgada penal Gustavo Badaró aula de 18.08.2015 1. Noções Gerais PLANO DA AULA 2. Coisa julgada formal 3. Coisa julgada material 4. Limites objetivos

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS FACULDADE DE DIREITO Direito Processual do Trabalho Profª. Ms. Tatiana Riemann DISSÍDIO COLETIVO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS FACULDADE DE DIREITO Direito Processual do Trabalho Profª. Ms. Tatiana Riemann DISSÍDIO COLETIVO DISSÍDIO COLETIVO 1. Conceito - Dissídio coletivo é o processo que vai dirimir os conflitos coletivos do trabalho, por meio do pronunciamento do Poder Judiciário, criando ou modificando condições de trabalho

Leia mais

Textos, filmes e outros materiais. Habilidades e Competências. Conteúdos/ Matéria. Categorias/ Questões. Tipo de aula. Semana

Textos, filmes e outros materiais. Habilidades e Competências. Conteúdos/ Matéria. Categorias/ Questões. Tipo de aula. Semana PLANO DE CURSO DISCIPLINA: PROCESSO DE CONHECIMENTO (CÓD. ENEX 60123) ETAPA: 4ª TOTAL DE ENCONTROS: 15 SEMANAS Semana Conteúdos/ Matéria Categorias/ Questões Tipo de aula Habilidades e Competências Textos,

Leia mais

AULA AÇÃO RESCISÓRIA 8OS SMESTRES. É rescindível a sentença de mérito, transitada em julgado quando atendidas as hipóteses previstas no CPC, art. 485.

AULA AÇÃO RESCISÓRIA 8OS SMESTRES. É rescindível a sentença de mérito, transitada em julgado quando atendidas as hipóteses previstas no CPC, art. 485. Profa Daniela Perez Unicid Processo Civil 1 AULA AÇÃO RESCISÓRIA 8OS SMESTRES É rescindível a sentença de mérito, transitada em julgado quando atendidas as hipóteses previstas no CPC, art. 485. A sentença

Leia mais

Conteúdo: Antecipação dos Efeitos da Tutela: Conceito, Requisitos, Conteúdo, Legitimidade, Antecipação de Tutela em Pedido Incontroverso.

Conteúdo: Antecipação dos Efeitos da Tutela: Conceito, Requisitos, Conteúdo, Legitimidade, Antecipação de Tutela em Pedido Incontroverso. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Civil / Aula 23 Professor: Edward Carlyle Conteúdo: Antecipação dos Efeitos da Tutela: Conceito, Requisitos, Conteúdo, Legitimidade, Antecipação de Tutela

Leia mais

COMPETÊNCIA: NATUREZA JURÍDICA DA NORMA

COMPETÊNCIA: NATUREZA JURÍDICA DA NORMA 88 COMPETÊNCIA: NATUREZA JURÍDICA DA NORMA Doutor em Processo Civil pela PUC/SP; Ex-Diretor da Faculdade de Direito (Toledo de Presidente Prudente); Professor de Direito Processual Civil na AET de Presidente

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 133.536 - SP (2014/0094067-4) RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES SUSCITANTE : JUÍZO FEDERAL DA 24A VARA CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO SUSCITADO : JUÍZO

Leia mais

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA 6. Prof. Eduardo Casassanta

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA 6. Prof. Eduardo Casassanta CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA 6 Prof. Eduardo Casassanta ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL Previsão constitucional e infraconstitucional A ADPF está prevista no art. 102, 1º da

Leia mais

Direito Administrativo

Direito Administrativo Direito Administrativo Princípios constitucionais da Administração Pública Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Administrativo PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N o 33, DE 2011 Altera a quantidade mínima de votos de membros de tribunais para declaração de inconstitucionalidade

Leia mais

SUMÁRIO. Direito do Trabalho Direito Processual Civil Direito Processual do Trabalho

SUMÁRIO. Direito do Trabalho Direito Processual Civil Direito Processual do Trabalho SUMÁRIO Direito do Trabalho... 05 Direito Processual Civil... 139 Direito Processual do Trabalho... 195 DIREITO DO TRABALHO ÍNDICE CAPÍTULO 01... 7 Fontes e Princípios de Direito do Trabalho... 7 Surgimento

Leia mais

O EFEITO TRANSLATIVO NOS RECURSOS

O EFEITO TRANSLATIVO NOS RECURSOS O EFEITO TRANSLATIVO NOS RECURSOS 1 CONCEITO DE EFEITO TRANSLATIVO O efeito translativo tem origem no Princípio Inquisitório 1 diferentemente do efeito devolutivo que tivera origem no Princípio Dispositivo

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL PROFESSOR: Fábio Ramos 2015 FGV TJ/PI Analista Judiciário Escrivão Judicial 1. A Constituição de 1988, ao enunciar os seus princípios fundamentais, fez menção, em seu art. 1º, à

Leia mais

C U R S O D IREITO Autorizado pela Portaria no 131, de 13/01/11, publicada no DOU no 11, de17/01/11, seção 1, pág.145

C U R S O D IREITO Autorizado pela Portaria no 131, de 13/01/11, publicada no DOU no 11, de17/01/11, seção 1, pág.145 C U R S O D IREITO Autorizado pela Portaria no 131, de 13/01/11, publicada no DOU no 11, de17/01/11, seção 1, pág.145 Componente Curricular: Direito Processual Civil II Código: DIR-369c Pré-requisito:Direito

Leia mais

Sumário. Capítulo 1 A Situação Concreta Exposição da Situação Concreta e de suas mais de 50 Petições Vinculadas...1

Sumário. Capítulo 1 A Situação Concreta Exposição da Situação Concreta e de suas mais de 50 Petições Vinculadas...1 Sumário Capítulo 1 A Situação Concreta... 1 1.1. Exposição da Situação Concreta e de suas mais de 50 Petições Vinculadas...1 Capítulo 2 Petições Cíveis: Procedimento Comum... 7 2.1. Petição Inicial...7

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA. Disciplina: TEORIA GERAL DO PROCESSO Código da Disciplina: JUR214 Curso: DIREITO Semestre de oferta da disciplina: 3º

PROGRAMA DE DISCIPLINA. Disciplina: TEORIA GERAL DO PROCESSO Código da Disciplina: JUR214 Curso: DIREITO Semestre de oferta da disciplina: 3º PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina: TEORIA GERAL DO PROCESSO Código da Disciplina: JUR214 Curso: DIREITO Semestre de oferta da disciplina: 3º Faculdade responsável: DIREITO Programa em vigência a partir

Leia mais

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PROCESSUAL CIVIL

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PROCESSUAL CIVIL PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS P á g i n a 1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL Questão 1. Assinale a alternativa correta: a) Denomina-se processo cooperativo ao processo que envolve uma multiplicidade de sujeitos,

Leia mais

Fontes do Direitos: Constituição, lei, costumes, jurisprudência, doutrina e contrato. A Constituição Federal e os tópicos da Economia

Fontes do Direitos: Constituição, lei, costumes, jurisprudência, doutrina e contrato. A Constituição Federal e os tópicos da Economia Fontes do Direitos: Constituição, lei, costumes, jurisprudência, doutrina e contrato. A Constituição Federal e os tópicos da Economia No Brasil, vigora o princípio da Supremacia da Constituição, segundo

Leia mais

Escola de Ciências Jurídicas-ECJ

Escola de Ciências Jurídicas-ECJ Posição legal Momento processual Necessidade, finalidade, objeto e limites Natureza jurídica Liquidação na pendência de recurso Liquidação concomitante com execução Modalidades Liquidação de sentença Sumário

Leia mais

f ÅâÄtwÉ wx IED / V Çv t céä à vt `öüv t cxä áátü INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CIÊNCIA POLÍTICA

f ÅâÄtwÉ wx IED / V Çv t céä à vt `öüv t cxä áátü INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CIÊNCIA POLÍTICA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CIÊNCIA POLÍTICA 01) Não se enquadra na subdivisão de "Público" o direito: a) Constitucional b) Administrativo. c) Judiciário / processual. d) Penal. e) Comercial. 02) Não

Leia mais

Olá, pessoal! Chegamos ao nosso sétimo módulo. Falaremos da petição inicial, da(s) resposta(s) do réu e do fenômeno da revelia.

Olá, pessoal! Chegamos ao nosso sétimo módulo. Falaremos da petição inicial, da(s) resposta(s) do réu e do fenômeno da revelia. CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE PROCESSO CIVIL PONTO A PONTO PARA TRIBUNAIS MÓDULO 7 PETIÇÃO INICIAL. RESPOSTA DO RÉU. REVELIA. Professora: Janaína Noleto Curso Agora Eu Passo () Olá, pessoal! Chegamos

Leia mais

DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS EM CURSO NO JEF. Dra. Fiorella Ignacio Bartalo.

DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS EM CURSO NO JEF. Dra. Fiorella Ignacio Bartalo. DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS DO NCPC NOS PROCESSOS EM CURSO NO JEF Dra. Fiorella Ignacio Bartalo fiorella@aasp.org.br Artigo 985: Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas Julgado o incidente, a tese jurídica

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 831.699 DISTRITO FEDERAL RELATORA RECTE.(S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :EDVALDO BORGES DE ARAÚJO ADV.(A/S) :ANTONIO DANIEL CUNHA RODRIGUES DE SOUZA E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :CELIO

Leia mais

PARECER. Ao Sr. Antônio José Francisco F. dos Santos. Diretor da FENAM FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS

PARECER. Ao Sr. Antônio José Francisco F. dos Santos. Diretor da FENAM FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS PARECER Ao Sr. Antônio José Francisco F. dos Santos Diretor da FENAM FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS PARECER SOBRE FIM DO LIMITE DE DEDUÇÃO COM EDUCAÇÃO NO IMPOSTO DE RENDA, DETERMINADO PELA LEI 9.250/95

Leia mais

ANÁLISE DAS PROVAS DO TRT/SP 2ª REGIÃO: DIREITO PROCESSUAL DO TRABAHO: Prof. Bruno Klippel 1. TJAA TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA:

ANÁLISE DAS PROVAS DO TRT/SP 2ª REGIÃO: DIREITO PROCESSUAL DO TRABAHO: Prof. Bruno Klippel 1. TJAA TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA: ANÁLISE DAS PROVAS DO TRT/SP 2ª REGIÃO: DIREITO PROCESSUAL DO TRABAHO: Prof. Bruno Klippel brunoklippel@estrategiaconcursos.com.br 1. TJAA TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA: Analisando as 6 (seis)

Leia mais

Coisa Julgada Tributária

Coisa Julgada Tributária Coisa Julgada Tributária Ives Gandra da Silva Martins Marcelo Magalhães Peixoto André Elali Coordenadores José Augusto Delgado Ives Gandra da Silva Martins Aurélio Pitanga Seixas Filho Helenilson Cunha

Leia mais

COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Componente Curricular: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II PLANO DE CURSO

COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Componente Curricular: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II PLANO DE CURSO COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Componente Curricular: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II Código: DIR-369c CH Total: 60H Pré-requisito: Direito Processual Civil I Período Letivo: 2016.1 Turma: 5º semestre Professor:

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA OFICINA DO NOVO CPC EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA OFICINA DO NOVO CPC EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OFICINA DO NOVO CPC EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Artigos 1.022 a 1.026 do Código de Processo Civil 1. Conceito Os embargos declaratórios são opostos contra qualquer decisão que contenha obscuridade, omissão,

Leia mais

A extinção de um recurso sempre deve ser visto com a devida cautela considerando-se que os recursos de forma geral são uma extensão do direito

A extinção de um recurso sempre deve ser visto com a devida cautela considerando-se que os recursos de forma geral são uma extensão do direito 1 EMBARGOS INFRINGENTES Ariane Fernandes de Oliveira 1 Sumário. 1. Introdução. 2. Do cabimento dos embargos infringentes. 3. Dos capítulos de sentença. 4. Antes da Lei 10.352/2001. 5. Depois da Lei 10.352/2001.

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

DIREITO CONSTITUCIONAL CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIREITO CONSTITUCIONAL CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Atualizado em 22/10/2015 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE MODELOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE No que diz respeito ao número de órgãos do Poder

Leia mais

PROCESSO CIVIL II. Formação do Processo. UNIC Universidade de Cuiabá. Prof. Eduardo Ramsay de Lacerda

PROCESSO CIVIL II. Formação do Processo. UNIC Universidade de Cuiabá. Prof. Eduardo Ramsay de Lacerda PROCESSO CIVIL II Formação do Processo UNIC Universidade de Cuiabá Prof. Eduardo Ramsay de Lacerda O PROCESSO O processo é uma relação jurídica, que apresenta dois aspectos: a) material, consistente no

Leia mais

O SISTEMA FEDERATIVO E A INTERVENÇÃO FEDERAL

O SISTEMA FEDERATIVO E A INTERVENÇÃO FEDERAL O SISTEMA FEDERATIVO E A INTERVENÇÃO FEDERAL GUSTAVO GUSMÃO O SISTEMA FEDERATIVO E A INTERVENÇÃO FEDERAL INTRODUÇÃO: O Brasil é uma República Federativa, isto é, uma Federação composta de Estados- membros

Leia mais

A SEGURANÇA JURÍDICA ATRAVÉS DO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA E A MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO

A SEGURANÇA JURÍDICA ATRAVÉS DO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA E A MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO A SEGURANÇA JURÍDICA ATRAVÉS DO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA E A MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO Henrique LOURENÇO DE AQUINO 1 Thaís RICCI PINHEIRO 2 RESUMO: O presente trabalho buscou através

Leia mais

: MIN. DIAS TOFFOLI CONTAS DO ESTADO DE GOIÁS JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE GOIÁS

: MIN. DIAS TOFFOLI CONTAS DO ESTADO DE GOIÁS JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE GOIÁS RECLAMAÇÃO 24.163 DISTRITO FEDERAL RELATOR RECLTE.(S) PROC.(A/S)(ES) RECLDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) INTDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. DIAS TOFFOLI :MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE GOIÁS

Leia mais

28/04/13 <NÚMERODETOKENSNODOCUMENTO \18><COMPOSIÇÃODEACÓRDÃOEMENTA \TEXTO="(INSIRA AQUI O TÍTULO DA EMENTA)^P^

28/04/13 <NÚMERODETOKENSNODOCUMENTO \18><COMPOSIÇÃODEACÓRDÃOEMENTA \TEXTO=(INSIRA AQUI O TÍTULO DA EMENTA)^P^ Número do processo: 70050364199 Comarca: Comarca de Santa Maria Data de Julgamento: 29-08-2012 Relator: Isabel Dias Almeida ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA IDA Nº 70050364199

Leia mais

FACULDADE ESCOLA PAULISTA DE DIREITO. Curso de Direito - Bacharelado

FACULDADE ESCOLA PAULISTA DE DIREITO. Curso de Direito - Bacharelado 1 Faculdade Escola Paulista de Direito Curso de Direito - Bacharelado Professor: Ementa: Maria Cecília de Araujo Asperti C/H: 80 h/a Disciplina: Teoria Geral do Processo ANO: 2014 Ementa Ementa: PLANO

Leia mais

Inconstitucionalidade da resolução STJ/GP 3/16

Inconstitucionalidade da resolução STJ/GP 3/16 Autor: Dr. Eduardo Macedo Leitão Seção: Artigos Versão: Online Data: 24/06/2016 Inconstitucionalidade da resolução STJ/GP 3/16 Eduardo Macedo Leitão Há que se reconhecer a ineficácia da resolução, por

Leia mais

CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CRÉDITO: 03 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I NOME DO CURSO: DIREITO

CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CRÉDITO: 03 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I NOME DO CURSO: DIREITO 1. IDENTIFICAÇÃO PERÍODO: 4º CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CRÉDITO: 03 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I NOME DO CURSO: DIREITO 2. EMENTA Estrutura do Código de Processo

Leia mais

NOTAS DOS AUTORES À DÉCIMA SEGUNDA EDIÇÃO... 15

NOTAS DOS AUTORES À DÉCIMA SEGUNDA EDIÇÃO... 15 S NOTAS DOS AUTORES À DÉCIMA SEGUNDA EDIÇÃO... 15 Capítulo I TEORIA DOS RECURSOS... 17 1. Conceito de recurso... 17 2. O princípio do duplo grau de jurisdição... 18 3. O recurso no sistema dos meios de

Leia mais

RECLAMAÇÃO. 1. Importância renovada - A reclamação, prevista nos artigos 988 a 993, é

RECLAMAÇÃO. 1. Importância renovada - A reclamação, prevista nos artigos 988 a 993, é RECLAMAÇÃO 1. Importância renovada - A reclamação, prevista nos artigos 988 a 993, é novidade do CPC/2015, mas não é novidade no direito processual brasileiro. A Constituição Federal já a previa como ação

Leia mais

SUMÁRIO. Parte I: TEORIA GERAL DOS RECURSOS. Capítulo I Teoria geral dos recursos Modalidades recursais e competência legislativa...

SUMÁRIO. Parte I: TEORIA GERAL DOS RECURSOS. Capítulo I Teoria geral dos recursos Modalidades recursais e competência legislativa... SIGLAS... 25 INTRODUÇÃO... 27 Parte I: TEORIA GERAL DOS RECURSOS Capítulo I Teoria geral dos recursos... 31 1. Introdução e conceito... 31 2. Modalidades recursais e competência legislativa... 32 3. Características...

Leia mais

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD Plano de Ensino 2016/1 Atenção! Este Plano de Ensino é um Rascunho. Sua impressão não está liberada por se tratar de um documento

Leia mais

Questão 1 (FCC TJ-PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária - e Administrativa)

Questão 1 (FCC TJ-PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária - e Administrativa) CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE PROCESSO CIVIL PONTO A PONTO PARA TRIBUNAIS MÓDULO 10 RECURSOS. Professora: Janaína Noleto Curso Agora Eu Passo () Olá, pessoal! Chegamos ao nosso décimo módulo. No módulo

Leia mais

PLANO DE ENSINO OBJETIVOS GERAIS:

PLANO DE ENSINO OBJETIVOS GERAIS: PLANO DE ENSINO FACULDADE: Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais CURSO: Direito Período: 3 DEPARTAMENTO: Ano: 2016 DISCIPLINA: Teoria Geral do Processo CARGA HORÁRIA: 80 horas PRÉ-REQUISITO: não há.

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 849.115 SÃO PAULO RELATORA RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :ARNALDO SERGIO KUTNER : MARIA JOSÉ GIANNELLA CATALDI E OUTRO(A/S) :INSTITUTO

Leia mais

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL PEÇA PROFISSIONAL Trata-se de contestação ou defesa, que deve trazer em seu bojo tópico próprio relativamente à prescrição quinquenal de que trata o art. 7.º, XXIX, da Constituição Federal, por meio do

Leia mais

Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO. Prof. Me. Edson Guedes

Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO. Prof. Me. Edson Guedes Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO Prof. Me. Edson Guedes 1. Introdução ao Direito 1.1 Origem do Direito: Conflitos humanos; Evitar a luta de todos contra todos; 1. Introdução ao Direito 1.2 Conceito de

Leia mais

COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Reconhecimento renovado pela portaria MEC nº 608 de , DOU de

COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Reconhecimento renovado pela portaria MEC nº 608 de , DOU de COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Reconhecimento renovado pela portaria MEC nº 608 de 19.11.13, DOU de 20.11.13 Componente Curricular: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II Código: DIR-369c Pré-requisito: Direito Processual

Leia mais

Tânia Maria Françosi Santhias Professora e Advogada

Tânia Maria Françosi Santhias Professora e Advogada Tânia Maria Françosi Santhias Professora e Advogada Conceito Processo X Procedimento Processo Tributário Administrativo X Processo Tributário Judicial Legalidade Oficialidade Devido Processo Legal Formalismo

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO A C Ó R D Ã O CSJT VMF/mahe/cp PEDIDO DE PROVIDÊNCIA PEDIDO DE IMPLANTAÇÃO DE JORNADA DE SEIS HORAS EM TURNO ÚNICO PARA OS SERVIDORES DA. Ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho compete, por força

Leia mais

Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura:

Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura: Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO Data: 10/outubro/2011 Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura: 1. O que é interpretação autêntica da lei? Critique-a do ponto de vista hermenêutico. (0,5

Leia mais

NOVO CODIGO DE PROCESSO CIVIL

NOVO CODIGO DE PROCESSO CIVIL NOVO CODIGO DE PROCESSO CIVIL INSTITUTOS IMPORTANTES PARA O MERCADO DE SEGUROS MARCIO MALFATTI NOVEMBRO 2016 DO INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS IRDR DO CABIMENTO Art. 976. É cabível a instauração

Leia mais

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A REPERCUSSÃO GERAL DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A REPERCUSSÃO GERAL DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A REPERCUSSÃO GERAL DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Claudia Moura Salomão São Paulo - Outubro/2007 A regulamentação do novo requisito constitucional do recurso extraordinário foi inserida

Leia mais

Preparo efetuado. 1. Data e assinatura.

Preparo efetuado. 1. Data e assinatura. 1. RECEBIMENTO DE PETIÇÃO INICIAL (Rito ordinário) Autos n. Comarca de Preparo efetuado. 1 282). Recebo a petição inicial, por ser a mesma apta (CPC, art. Cite-se o requerido para que, caso queira, apresente

Leia mais

RECURSOS NOÇÕES GERAIS

RECURSOS NOÇÕES GERAIS RECURSOS NOÇÕES GERAIS Rosinete Cavalcante da costa Mestre em Direito: Relações Privadas e Constituição Profa. da Faculdade de Direito de Linhares (FACELI) Profa. da Faculdade Batista de Vitória (FABAVI)

Leia mais

CRÍTICAS À ALTERAÇÃO NO REGIMENTO INTERNO DO TST cancelamento de sustentações orais. Da Academia Nacional de Direito do Trabalho.

CRÍTICAS À ALTERAÇÃO NO REGIMENTO INTERNO DO TST cancelamento de sustentações orais. Da Academia Nacional de Direito do Trabalho. CRÍTICAS À ALTERAÇÃO NO REGIMENTO INTERNO DO TST cancelamento de sustentações orais. José Alberto Couto Maciel. Da Academia Nacional de Direito do Trabalho. O Tribunal Superior do Trabalho, em decisão

Leia mais

1. CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS QUANTO A SUA EFICÁCIA. Traz a classificação das normas do direito norte-americano.

1. CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS QUANTO A SUA EFICÁCIA. Traz a classificação das normas do direito norte-americano. 1 DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL PONTO 1: Classificação das Normas Constitucionais quanto a sua eficácia PONTO 2: Interpretação da Constituição PONTO 3: Tipologia das Normas Constitucionais

Leia mais

AULA ) Competência de 1 Grau para exame da Tutela Provisória. 12.8) Natureza Jurídica da Decisão da Tutela Provisória

AULA ) Competência de 1 Grau para exame da Tutela Provisória. 12.8) Natureza Jurídica da Decisão da Tutela Provisória Turma e Ano: Master A (2015) 06/07/2015 Matéria / Aula: Direito Processual Civil / Aula 23 Professor: Edward Carlyle Silva Monitor: Alexandre Paiol CONTEÚDO DA AULA: Tutela provisória : AULA 23 12.7) Competência

Leia mais

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos Conselho Estadual de Trânsito

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos Conselho Estadual de Trânsito Parecer nº 01/2016 SPD nº 21043/2016 Processo nº 210443 Matéria Aplicação da medida administrativa do art. 167-CTB Tendo sido posto em votação na sessão do pleno do CETRAN/RS, do dia 05/04/2016, o voto

Leia mais

CONTROLE JUDICIAL DOS ATOS NORMATIVOS DAS AGÊNCIAS REGULADORAS. Marcos Juruena Villela Souto

CONTROLE JUDICIAL DOS ATOS NORMATIVOS DAS AGÊNCIAS REGULADORAS. Marcos Juruena Villela Souto CONTROLE JUDICIAL DOS ATOS NORMATIVOS DAS AGÊNCIAS REGULADORAS Marcos Juruena Villela Souto REGULAÇÃO A regulação é uma atividade administrativa de intervenção do Estado no domínio econômico, mediante

Leia mais

Hugo Goes Direito Previdenciário Módulo 02 Aula Direito Previdenciário para o Concurso do INSS

Hugo Goes Direito Previdenciário Módulo 02 Aula Direito Previdenciário para o Concurso do INSS Hugo Goes Direito Previdenciário Módulo 02 Aula 001-005 Direito Previdenciário para o Concurso do INSS Fontes Hierarquia (ordem de graduação) Autonomia (entre os diversos ramos) Aplicação (conflitos entre

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ÓRGÃO ESPECIAL

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ÓRGÃO ESPECIAL PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO IMPETRADO: EXMO SR. GOVERNADOR DO ESTADO DO DECISÃO Trata-se de mandado de segurança interposto por REJANE DE ALMEIDA em face de EXMO SR. GOVERNADOR DO ESTADO DO E EXMO SR.

Leia mais

Cumprimento provisório da sentença e competência do Juizado Especial Fazendário

Cumprimento provisório da sentença e competência do Juizado Especial Fazendário Cumprimento provisório da sentença e competência do Juizado Especial Fazendário A Lei n 12.153/09, ao disciplinar os Juizados Especiais Fazendários, omitiu-se quanto ao cumprimento da sentença, porém,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL PROFESSOR EDUARDO FRACISCO

DIREITO PROCESSUAL CIVIL PROFESSOR EDUARDO FRACISCO DIREITO PROCESSUAL CIVIL PROFESSOR EDUARDO FRACISCO INTERVENÇÃO LITISCONSORCIAL VOLUNTARIA 1.1 Intervenção de terceiros. Ex. Alunos movem ação contra a faculdade. Outra turma fica sabendo e fazem uma petição

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal MANDADO DE SEGURANÇA 33.121 SÃO PAULO RELATORA IMPTE.(S) ADV.(A/S) IMPDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. ROSA WEBER :DONISETE GIMENES ANGELO :ELIANE MARTINS DE OLIVEIRA :PRESIDENTE DA 2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS

Leia mais

ANÁLISE DAS EXCEÇÕES À REGRA DO ARTIGO 268 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

ANÁLISE DAS EXCEÇÕES À REGRA DO ARTIGO 268 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL FACELI FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES HÉLIO SISCHINI DE CARLI JÉSSICA NOGUEIRA LORENZONI JESSYKA KIRMSE LIMA ANÁLISE DAS EXCEÇÕES À REGRA DO ARTIGO 268 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL LINHARES ES

Leia mais

PARECER SOBRE A NECESSIDADE DE TORNAR OBRIGATÓRIA A DATA EFETIVA DO TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇAS EM CERTIDÕES CARTORÁRIAS DA JUSTIÇA FEDERAL.

PARECER SOBRE A NECESSIDADE DE TORNAR OBRIGATÓRIA A DATA EFETIVA DO TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇAS EM CERTIDÕES CARTORÁRIAS DA JUSTIÇA FEDERAL. PARECER SOBRE A NECESSIDADE DE TORNAR OBRIGATÓRIA A DATA EFETIVA DO TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇAS EM CERTIDÕES CARTORÁRIAS DA JUSTIÇA FEDERAL. Considerando a necessidade de orientar e padronizar os

Leia mais

PLANO DE ENSINO. I Identificação Direito Processual Civil II. Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 5º.

PLANO DE ENSINO. I Identificação Direito Processual Civil II. Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 5º. PLANO DE ENSINO I Identificação Disciplina Direito Processual Civil II Código PRO0035 Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 5º II Ementário Processo e procedimento. Processo de conhecimento

Leia mais

Pré - Requisito: CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

Pré - Requisito: CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - UniCEUB FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS Curso: DIREITO Créditos: 05 Carga Horária: 075 Disciplina: TEORIA GERAL DO PROCESSO Professora: Débora Soares Guimarães

Leia mais

Direito Processual Civil Declarativo Ano lectivo 2016/2017 Mariana França Gouveia

Direito Processual Civil Declarativo Ano lectivo 2016/2017 Mariana França Gouveia Direito Processual Civil Declarativo Ano lectivo 2016/2017 Mariana França Gouveia PROGRAMA I Introdução 1. O novo Código de Processo Civil: o processo legislativo e as alterações mais importantes a gestão

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.705 RIO GRANDE DO NORTE RELATORA RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :ELIANA APOLONIA DE SIQUEIRA : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)

Leia mais

TJ - SP Processo Penal NILMAR DE AQUINO

TJ - SP Processo Penal NILMAR DE AQUINO TJ - SP Processo Penal NILMAR DE AQUINO 1)Cabe recurso de apelação das decisões em que a) julgarem procedentes as exceções, salvo a de suspeição b) decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA. PROJETO DE LEI N o 4.727, DE 2004

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA. PROJETO DE LEI N o 4.727, DE 2004 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 4.727, DE 2004 Dá nova redação aos arts. 523 e 527 da Lei nº 5.869, de 11 de Janeiro de 1973 Código de Processo Civil, relativos ao

Leia mais

A REGULAÇÃO COMO DIREITO FUNDAMENTAL E O PRINCÍPIO DA

A REGULAÇÃO COMO DIREITO FUNDAMENTAL E O PRINCÍPIO DA 1 / N A REGULAÇÃO COMO DIREITO FUNDAMENTAL E O PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO RETROCESSO Liliane Sonsol Gondim Bacharela em Direito, Especialista em Direito Constitucional e em Direito Ambiental, Universidade

Leia mais

AULA 1: ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

AULA 1: ORGANIZAÇÃO DOS PODERES AULA 1: ORGANIZAÇÃO DOS PODERES EMENTÁRIO DE TEMAS: São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário (Art. 2º, da CRFB/88) Organização dos Poderes: separação

Leia mais

O presente artigo tem como objetivo oferecer algumas impressões acerca de ambas as questões supracitadas.

O presente artigo tem como objetivo oferecer algumas impressões acerca de ambas as questões supracitadas. DECRETO Nº 8.426/2015 PIS/COFINS SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS VICTOR HUGO MARCÃO CRESPO advogado do Barbosa, Mussnich Aragão 1. INTRODUÇÃO LETÍCIA PELISSON SENNA pós-graduada em direito tributário pela PUC/SP

Leia mais

Sumário PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS

Sumário PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS Sumário PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS 1 Jurisdição 1.1 Introdução 1.2 Conceito e características 1.3 Divisão da jurisdição 1.4 Organização judiciária 2 Direito Processual Civil 2.1 Conceito e delimitação

Leia mais

Professor Wisley Aula 01

Professor Wisley Aula 01 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 5 Caros alunos, Iniciamos nossa preparação para o concurso da Polícia Rodoviária Federal.

Leia mais

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DISCIPLINA: Jurisdição Constitucional CH total: 72h SEMESTRE DE ESTUDO: 10º Semestre TURNO: Matutino / Noturno CÓDIGO: DIR 193 1. EMENTA: A Constituição e a Defesa da Supremacia Constitucional. Antecedentes

Leia mais