QUARTO RELATÓRIO PARCIAL ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER

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1 JURIS AMBIENTIS CONSULTORES S/S LTDA EPP ASSESSORIA JURÍDICA E AMBIENTAL QUARTO RELATÓRIO PARCIAL ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NA REGIÃO DE ENTORNO DA UHE COLÍDER COPEL Companhia Paranaense de Energia Janeiro/2014

2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODO LEVANTAMENTO DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS LEVANTAMENTO DOS INDICADORES ENTOMOLÓGICOS PREVENÇÃO E CONTROLE DAS LEISHMANIOSES NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE LEISHMANIOSES NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER REALIZAÇÃO DE CAMPANHAS INFORMATIVAS JUNTO À COMUNIDADE DA AII Ações de Educação em Saúde Realização de palestras sobre leishmaniose Realização de reunião técnica com os profissionais de saúde FAUNA DE FLEBOTOMÍNEOS COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DA FAUNA DE FLEBOTOMÍNEOS DISCUSSÃO CONCLUSÃO CRONOGRAMA DE ATIVIDADES EQUIPE TÉCNICA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS ANEXO A - DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NOS MUNICÍPIOS PERTENCENTES A ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER AGOSTO A OUTUBRO DE ANEXO B - SEMANA EPIDEMIOLÓGICA ANEXO C - FICHA TÉCNICA DE COLETA ANEXO D - GALERIA DE FOTOS TÉCNICAS DE COLETA DE FLEBOTOMÍNEOS ANEXO E - FOLHETO INFORMATIVO SOBRE LEISHMANIOSES DISTRIBUÍDOS NO CANTEIRO DE OBRAS E NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER ANEXO F - LISTA DE PRESENÇA DAS PALESTRAS ANEXO G - LISTA DE PRESENÇA DAS REUNIÕES TÉCNICAS ANEXO H - PLANILHA DE IDENTIFICAÇÃO DE FLEBOTOMÍNEOS, MONITORAMENTO DE VETORES, UHE COLÍDER, 16 A 18 DE NOVEMBRO DE MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 2

3 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 DETALHE DOS MUNICÍPIOS QUE FAZEM PARTE DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER, ESTADO DO MATO GROSSO FIGURA 2 LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE COLETA DE FLEBOTOMÍNEOS NO CANTEIRO DE OBRAS (EP1) DA UHE DE COLIDER A = AF1 INSTALADA NA MARGEM INTERNA DE MATA; B = AF2 INSTALADA NA MARGEM INTERNA DE MATA; C = AF3 INSTALADA NA CASA DE ENERGIA; D = AS INSTALADA NA MARGEM EXTERNA DE MATA; E = IH REALIZADA NA MARGEM EXTERNA DE MATA FIGURA 3 LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE COLETA DE FLEBOTOMÍNEOS NA FAZENDA REALEZA (EP2), MUNICÍPIO DE COLÍDER A = AF1 INSTALADA NA VARANDA DE RESIDÊNCIA ABANDONADA (ABRIGO DE CAPRINOS); B = AF2 INSTALADA ENTRE MONTES DE PEDRAS; C = AF3 INSTALADA EM CHIQUEIRO FIGURA 4. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE COLETA DE FLEBOTOMÍNEOS NA POUSADA ROSSETTO (EP3), MUNICÍPIO DE COLÍDER A = AF1 INSTALADA NA VARANDA DE RESIDÊNCIA; B = AF2 INSTALADA EM GALINHEIRO; C = AF3 INSTALADA NA MATA; D = AS INSTALADA NA MATA; E = IH REALIZADA NO PERIDOMICÍLIO; F = IH REALIZADA NO INTRADOMICÍLIO FIGURA 5. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE COLETA DE FLEBOTOMÍNEOS NO RECANTO BARRO PRETO (EP4), MUNICÍPIO DE ITAÚBA A = AF1 INSTALADA NA VARANDA DE RESIDÊNCIA; B = AF2 INSTALADA NO INTERIOR DE GALINHEIRO; C = AF3 INSTALADA NA MARGEM INTERNA DE MATA; D = AS INSTALADA NA MARGEM INTERNA DE MATA; E = IH REALIZADA NO PERIDOMICÍLIO; F = IH REALIZADA NO INTRADOMICÍLIO FIGURA 6. ATIVIDADES DE LABORATÓRIO: A-B = TRIAGEM, FLEBOTOMÍNEOS EM ÁLCOOL 70% E NO PRATO; C-D = PROCESSO DE CLARIFICAÇÃO DE FLEBOTOMÍNEOS; E = FLEBOTOMÍNEOS ENFILEIRADOS EM LÂMINA PARA IDENTIFICAÇÃO; F = IDENTIFICAÇÃO DE FLEBOTOMÍNEOS EM MICROSCÓPIO BACTERIOLÓGICO; G-I = ESPÉCIES IDENTIFICADAS MONTADAS ENTRE LÂMINA E LAMÍNULA, EV. WALKERI (G), PS. CHAGASI (H), NY. ANTUNESI (I) FIGURA 7. NÚMERO DE CASOS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA) POR FAIXA ETÁRIA, NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) DA UHE COLÍDER, 1 DE JANEIRO A 02 DE NOVEMBRO DE FIGURA 8. DISTRIBUIÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES DE CASOS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA) NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) DA UHE COLÍDER, 1 DE JANEIRO A 02 DE NOVEMBRO DE FIGURA 9. DISTRIBUIÇÃO DE FOLDER CONTENDO INFORMAÇÕES SOBRE A BIOECOLOGIA DE FLEBOTOMÍNEOS (VETORES) E DIVULGAÇÃO DA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS LEISHMANIOSES NA REGIÃO DE ESTUDO FIGURA 10 VARANDA DE RESIDÊNCIA ABANDONADA, CARACTERIZADA COMO LOCAL DE ABRIGO DE CABRITOS, CUJO SOLO APRESENTA-SE ÚMIDO E COM GROSSA CAMADA DE MATÉRIA ORGÂNICA FORMADA PELAS FEZES E URINA DOS REFERIDOS ANIMAIS, POSSIBILITANDO ASSIM, A PROCRIAÇÃO DE FLEBOTOMÍNEOS FIGURA 11 ORIENTAÇÃO BÁSICA AO MORADOR SOBRE A CARACTERIZAÇÃO DOS FLEBOTOMÍNEOS, TAIS COMO, A COLORAÇÃO, OS MODOS DE VÔO E DE REPOUSO, COMO UMA DAS FORMAS DE RECONHECIMENTO DESTES INSETOS QUANDO SÃO VISTOS NAS PAREDES DOS IMÓVEIS; INSTRUÇÃO PARA A COLOCAÇÃO DE TELAS EM PORTAS E JANELAS MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 3

4 FIGURA 12 EXAME CLÍNICO EM CÃES DOMÉSTICOS COM OBJETIVOS DE LOCALIZAR POSSÍVEIS LESÕES CUTÂNEAS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR, PRINCIPALMENTE NOS TESTÍCULOS, FOCINHO E ORELHAS DOS ANIMAIS FIGURA 13 CICATRIZ DE LESÃO ANTIGA DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR (± 14 ANOS) EM SER HUMANO, LOCALIZADA EM MEMBRO INFERIOR ESQUERDO, ACIMA DO TORNOZELO FIGURA 14 DISTRIBUIÇÃO DE FOLDER COM INFORMAÇÕES SOBRE A BIOECOLOGIA DO VETOR (AMOSTRA DE FLEBOTOMÍNEOS ACONDICIONADA EM ÁLCOOL 70%) E SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS LEISHMANIOSES NA REGIÃO DE ESTUDO FIGURA 15 CICATRIZ DE LESÃO ANTIGA DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR (± 10 ANOS) EM SER HUMANO, LOCALIZADA EM MEMBRO INFERIOR DIREITO (TORNOZELO) FIGURA 16. ORIENTAÇÃO SOBRE A BIOECOLOGIA DE FLEBOTOMÍNEOS (VETORES) E SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS LEISHMANIOSES NA REGIÃO DE ESTUDO FIGURA 17 EXAME CLÍNICO EM CÃES DOMÉSTICOS COM OBJETIVOS DE LOCALIZAR POSSÍVEIS LESÕES CUTÂNEAS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR, PRINCIPALMENTE NOS TESTÍCULOS, FOCINHO E ORELHAS DOS ANIMAIS FIGURA 18 PALESTRA SOBRE LEISHMANIOSES APRESENTADA PARA OS TRABALHADORES DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER CANTEIRO DE OBRAS DA UHE COLÍDER (AUDITÓRIO DA COPEL), 18/11/ FIGURA 19 PALESTRA SOBRE LEISHMANIOSES APRESENTADA PARA OS TRABALHADORES DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER CANTEIRO DE OBRAS DA UHE COLÍDER (AUDITÓRIO DA COPEL), 18/11/ FIGURA 20 CARACTERIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE PESQUISA (EP) CONFORME PADRÕES DE DOMINÂNCIA E GRAU DE CONFIANÇA (95%), ÁREA DIRETAMENTE AFETADA DA UHE COLÍDER, ESTADO DO MATO GROSSO, 13 A 15 DE AGOSTO DE FIGURA 21 ANÁLISE DE AGRUPAMENTO ENTRE AS POPULAÇÕES DE FLEBOTOMÍNEOS DE TRÊS ESTAÇÕES DE PESQUISA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER, ESTADO DO MATO GROSSO, 16 A 18 DE NOVEMBRO DE FIGURA 22 DISTRIBUIÇÃO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE FLEBOTOMÍNEOS COLETADAS NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DA UHE COLÍDER, ESTADO DO MATO GROSSO, 16 A 18 DE NOVEMBRO DE MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 4

5 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 MUNICÍPIOS PERTENCENTES ÀS ÁREAS DE INFLUÊNCIA INDIRETA E DIRETA, SEGUNDO O MEIO SOCIOECONÔMICO, AVALIAÇÃO DO POTENCIAL MALARÍGENO - ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL, UHE COLÍDER QUADRO 2 DIAS E HORÁRIOS DE COLETA POR ESTAÇÕES DE PESQUISA (EP) REFERENTE ÀS ATIVIDADES DE MONITORAMENTO DE VETORES DAS LEISHMANIOSES, NA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA DA UHE COLÍDER 16 A 18 DE NOVEMBRO DE QUADRO 3 AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E MONITORAMENTO DE VETORES DAS LEISHMANIOSES, NA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA DA UHE COLÍDER 16 A 18 DE NOVEMBRO DE LISTA DE TABELAS TABELA 1 CASOS CONFIRMADOS DE LEISHMANIOSES, SEGUNDO MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIA, POR SEMANA EPIDEMIOLÓGICA, ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER, MATO GROSSO, TABELA 2 DISTRIBUIÇÃO DOS FLEBOTOMÍNEOS NAS ESTAÇÕES DE PESQUISA DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA DA UHE COLÍDER 16 A 18 DE NOVEMBRO DE TABELA 3 ÍNDICES DE SIMILARIDADE ENTRE AS QUATRO ESTAÇÕES DE PESQUISA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER, ESTADO DO MATO GROSSO, 16 A 18 DE NOVEMBRO DE TABELA 4 FLEBOTOMÍNEOS COLETADOS SEGUNDO A TÉCNICA DE COLETA NAS ESTAÇÕES DE PESQUISA DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA DA UHE COLÍDER 13 A 15 DE AGOSTO DE TABELA 5. DISTRIBUIÇÃO DOS FLEBOTOMÍNEOS POR ECÓTOPOS PESQUISADOS NAS ESTAÇÕES DE PESQUISA DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA DA UHE COLÍDER 16 A 18 DE NOVEMBRO DE MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 5

6 1.. INTRODUÇÃO No presente relatório, são descritas as ações informativas de prevenção das leishmanioses executadas nos municípios pertencentes a Área Diretamente Afetada (ADA) da UHE Colíder: Nova Canaã do Norte, Colíder, Itaúba e Cláudia. Também são apresentados os dados e análises do perfil epidemiológico da leishmaniose tegumentar americana e da leishmaniose visceral, além dos dados primários das atividades de campo, referente ao monitoramento entomológico desenvolvido no período de 16 a 18 de novembro de Trata-se do quarto relatório parcial referente à execução do monitoramento e prevenção da leishmaniose tegumentar americana na região de entorno da UHE Colíder (Evento Contratual - EC05), conforme estipulado no contrato COPEL DMC nº As informações são apresentadas de forma objetiva, tornando acessível o conhecimento e avaliação da situação atual das leishmanioses e da composição e distribuição da fauna de flebotomíneos na área de influência do empreendimento. A seguir é apresentado o procedimento metodológico empregado nessa etapa do monitoramento, com descrição das atividades informativas realizadas, os resultados da coleta de dados primários da fauna de flebotomíneos e os dados epidemiológicos referentes aos casos de leishmaniose notificados nos municípios da área de influência do empreendimento, durante o período de agosto a outubro de MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 6

7 2.. MATERIAL E MÉTODO 2.1 LEVANTAMENTO DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Para coleta de dados epidemiológicos foram consultadas as bases nacionais do Sistema de Informações em Saúde (SIS), estruturadas em níveis de agregação municipal, disponíveis na web do Departamento de Informática do Ministério da Saúde, DATASUS/MS, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN ( ou Além de informações obtidas diretamente nos Escritórios Regionais de Saúde de Colíder e Sinop (Anexo A). Para a análise epidemiológica foram utilizados os dados disponíveis sobre a ocorrência de leishmaniose tegumentar notificados nos meses de agosto a outubro 2013 e a distribuição da doença nos municípios da área de influência direta do empreendimento. Além da ocorrência de casos nos meses anteriores, visando a definição da curva epidemiológica, segundo Semana Epidemiológica (Anexo B). 2.2 LEVANTAMENTO DOS INDICADORES ENTOMOLÓGICOS Descrição da área de estudo. As localidades onde foram coletados flebotomíneos (Diptera: Psychodidae, Phlebotominae) pertencem aos municípios da área de influência da UHE Colíder, situados na bacia do Rio Teles Pires, localizada no Estado do Mato Grosso, na Sub-bacia 17 da Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas (área de drenagem do Rio Amazonas, compreendida entre a confluência do Rio Trombetas e a confluência com o Rio Tapajós (RIMA UHE Colíder, 2009). A Área de Influência Direta abrange 596,14 km 2 em um trecho de aproximadamente 100 quilômetros ao longo do rio Teles Pires. Os locais mais próximos ao empreendimento compreende quatro municípios: Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colíder e Cláudia, além do município de Sinop, considerando a área da bacia de contribuição do aproveitamento, limitada à montante pelo barramento do AHE Sinop (Figura 1). O Quadro 1 sintetiza os municípios da área de influência do empreendimento, segundo o meio socioeconômico. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 7

8 Figura 1 Detalhe dos municípios que fazem parte da área de influência da UHE Colíder, Estado do Mato Grosso. Quadro 1 Municípios pertencentes às Áreas de Influência Indireta e Direta, segundo o meio socioeconômico, Avaliação do Potencial Malarígeno - Estudo de Impacto Ambiental, UHE Colíder. Área de influência Município - Estado AII AID Nova Canaã do Norte (MT) Itaúba (MT) Colíder (MT) Claúdia (MT) Sinop (MT) Estações de pesquisa. Para o monitoramento da fauna de flebotomíneos foram selecionadas quatro Estação de Pesquisa (EP) distribuídas em três municípios pertencentes a área de influência direta do empreendimento, conforme segue: (EP 1 ) Canteiro de Obras, município de Nova Canaã do Norte - MT; (EP 2 ) Fazenda Realeza, município de Colíder - MT; (EP 3 ) Pousada Rossetto, município de Colíder - MT; (EP 4 ) Recanto Barro Preto, município de Itaúba MT (Quadro 2). As coletas de flebotomíneos no Canteiro de Obras ocorreram na área do vertedouro, enquanto que nas outras localidades foram realizadas em ambientes peridomiciliares, próximos as residências. No dia 16/11/2014 foram realizadas coletas em duas estações de pesquisa simultaneamente, na EP2 foram instaladas armadilhas automáticas do tipo Falcão, enquanto que, na EP3 foi realizado coleta utilizando armadilha Shannon, com atrativo humano, e de Falcão. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 8

9 Quadro 2 Dias e horários de coleta por Estações de Pesquisa (EP) referente às atividades de monitoramento de vetores das leishmanioses, na Área Diretamente Afetada da UHE Colíder 16 a 18 de novembro de Data Horário* Local* Tipo de coleta e recursos utilizados 16/11/ :00 23:00 EP 2 Coleta de flebotomíneos com a utilização de armadilhas de Falcão/CDC 16/11/ :00 23:00 EP 3 17/11/ :00 23:00 EP 4 18/11/ :00 23:00 EP 1 Coleta de flebotomíneos com a utilização de armadilhas de Falcão/CDC, Shannon e atrativo humano Coleta de flebotomíneos com a utilização de armadilhas de Falcão/CDC, Shannon e atrativo humano Coleta de flebotomíneos com a utilização de armadilhas de Falcão/CDC, Shannon e atrativo humano Legenda: EP 1 = Canteiro de Obras UHE Colíder (Nova Canaã do Norte); EP 2 = Fazenda Realeza (Colíder); EP3 = Pousada Rossetto (Colíder); EP 4 = Recanto Barro Preto (Itaúba). * Horário de verão. ** Estação utilizada como pesquisa exploratória, com apenas uma técnica de coleta. Método de coleta. As coletas foram realizadas no período noturno, a partir do crepúsculo vespertino, com auxílio de armadilhas luminosas automáticas do tipo Falcão (Falcão, 1981), armadilha de Shannon e captura manual por meio de isca humana, técnica utilizada para as coletas de mosquitos (Diptera: Culicidae), instaladas nos ambientes domiciliar, peridomiciliar (chiqueiros e galinheiros) e extradomiciliar (mata ou margem de mata) (Figuras 2 a 5). Os exemplares de flebotomíneos coletados foram acondicionados em pequenos recipientes devidamente etiquetados, conforme o ecótopo pesquisado e o horário de captura. Nas estações de pesquisa foram tomadas as coordenadas exatas e as altitudes em relação ao nível médio do mar, por meio de aparelho GPS "Geko TM 201". As condições climáticas de temperatura do ar C (mínima, máxima e média), umidade relativa do ar (%) e precipitação pluviométrica, no momento da coleta foram registradas com o aparelho termo-higrômetro digital modelo TH 439. Durante as coletas de adultos de mosquitos em três estações de pesquisa (EP 1, EP 3 e EP 4 ) a temperatura do ar variou entre 23,0 ⁰C e 27,5 ⁰C e a umidade relativa do ar apresentou mínima de 61% e máxima de 98%. Na estação de pesquisa Pousada Rossetto, realizada em 16/11/2013, as coletas de isca humana no peridomicílio e armadilha de Shannon foram interrompidas a partir da 21:00 horas por motivo de chuva (Anexo C). Um banco de imagens de todo o seguimento das atividades de campo foi estruturado, a partir de fotos obtidas por câmeras fotográficas digitais com resolução mínima de 72 dpi (imagens em formato JPEG) (Anexo D). MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 9

10 A identificação específica foi realizada pela observação direta dos caracteres morfológicos por meio de microscópio bacteriológico, após uma triagem inicial das amostras, do processo de clarificação dos exemplares e da disposição dos indivíduos na lâmina. Vários exemplares foram montados entre lâmina e lamínulas, para servirem como material testemunho (Figura 6) A nomenclatura das espécies segue o proposto por GALATI (2003, atualizado em 2010). As abreviações de gênero e subgênero de flebotomíneos seguiram as sugestões de MARCONDES (2007). As populações de flebotomíneos foram analisadas em agrupamento, segundo o ambiente de ocorrência e as técnicas de coletas. Para análise dos resultados foram utilizados números absolutos e percentuais, apresentados por meio de quadros e tabelas. A riqueza de espécie (S) foi utilizada para quantificar a diversidade das amostras em escala local (S alpha), que corresponde ao número de espécies em uma estação de pesquisa. Também foi obtido o p-valor das amostras (nível de confiança de 95%), além do teste t utilizado para testar a significância de coeficientes de regressões. A similaridade entre as estações de pesquisa foi medida a partir de dados armazenados em planilha eletrônica Microsoft Office Excel 2007 e analisados no programa Paleontological Statistics (PAST), Software Package for Education and Data Analysis, versão 1.88 (HAMMER et al., 2001). MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 10

11 Figura 2 Localização dos pontos de coleta de flebotomíneos no Canteiro de Obras (EP1) da UHE de Colider A = AF1 instalada na margem interna de mata; B = AF2 instalada na margem interna de mata; C = AF3 instalada na casa de energia; D = AS instalada na margem externa de mata; E = IH realizada na margem externa de mata. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 11

12 Figura 3 Localização dos pontos de coleta de flebotomíneos na Fazenda Realeza (EP2), município de Colíder A = AF1 instalada na varanda de residência abandonada (abrigo de caprinos); B = AF2 instalada entre montes de pedras; C = AF3 instalada em chiqueiro. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 12

13 Figura 4. Localização dos pontos de coleta de flebotomíneos na Pousada Rossetto (EP3), município de Colíder A = AF1 instalada na varanda de residência; B = AF2 instalada em galinheiro; C = AF3 instalada na mata; D = AS instalada na mata; E = IH realizada no peridomicílio; F = IH realizada no intradomicílio. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 13

14 Figura 5. Localização dos pontos de coleta de flebotomíneos no Recanto Barro Preto (EP4), município de Itaúba A = AF1 instalada na varanda de residência; B = AF2 instalada no interior de galinheiro; C = AF3 instalada na margem interna de mata; D = AS instalada na margem interna de mata; E = IH realizada no peridomicílio; F = IH realizada no intradomicílio. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 14

15 Figura 6. Atividades de laboratório: A-B = Triagem, flebotomíneos em álcool 70% e no prato; C-D = Processo de clarificação de flebotomíneos; E = Flebotomíneos enfileirados em lâmina para identificação; F = Identificação de flebotomíneos em microscópio bacteriológico; G-I = Espécies identificadas montadas entre lâmina e lamínula, Ev. walkeri (G), Ps. chagasi (H), Ny. antunesi (I). MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 15

16 3.. PREVENÇÃO E CONTROLE DAS LEISHMANIOSES NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER 3.1 INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE LEISHMANIOSES NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER Nos quatro primeiros meses de 2013 foram notificados um total de 18 casos de leishmaniose tegumentar nos municípios da área de influência direta da UHE Colíder. Desse total, cerca de 50% dos casos foram notificados no município de Nova Canaã do Norte, sendo que, a outra metade dos casos foi notificada nos municípios de Colíder, Itaúba e Cláudia. No período de abril a julho foram notificados 19 casos de leishmaniose tegumentar, com aproximadamente 80% dos casos da doença ocorrendo nos municípios Cláudia (7 casos), Itaúba (5 casos) e Colíder (4 casos) (Tabela 1). Nos meses seguintes, entre agosto e outubro, foram notificados 15 casos de leishmaniose tegumentar. Neste período, os municípios com maior número de casos foram Colíder e Nova Canaã do Norte, respectivamente oito e seis casos notificados da doença. Na Secretaria Municipal de Saúde de Itaúba foi obtida a informação de apenas um caso notificado neste período, enquanto que a situação epidemiológica no município de Cláudia não foi informada pelos órgãos de saúde locais. No município de Sinop foram notificados 29 casos de leishmaniose tegumentar, segundo os dados atualizados em 1 de agosto de 2013 no Sinan (Tabela 1). No ano de 2013, considerando o período até 2 de novembro, foram confirmados 52 casos de leishmaniose tegumentar, segundo o município de residência pertencente a AID do empreendimento. No município de Nova Canaã do Norte foram notificados 19 (36,5%) casos da doenças, seguido por Colíder (N = 15; 28,9%), Itaúba e Cláudia, com N = 9 (17,3%) casos registrados em cada município (Tabela 1). Entre a população que reside nos municípios da AID, a faixa etária mais acometida pela doença foi entre 20 e 59 anos de idade, com registro de 36 (69,2%) casos da doença, no período de janeiro a outubro deste ano. Número menor de casos foram observados nas faixas etárias de 5 a 19 anos de idade (Figura 7). Em Sinop foi observado a mesma tendência, com 23 (82,1%) casos de pessoas com a doenças na faixa etária entre 20 e 59 anos de idade. A maioria dos casos de leishmaniose tegumentar foram registrados em pessoas do sexo masculino (N = 47; 90,4%), atingiu mais homens que tinham entre 20 e 39 anos de idade (Figura 8). MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 16

17 Até o presente momento todos os casos notificados eram de leishmaniose cutânea, a forma clínica mais comum da doença caracterizada pela formação de lesões na pele. Apenas um caso de leishmaniose tegumentar na mucosa foi registrado este ano no município de Cláudia. Durante o último período analisado, cerca de 80% dos diagnósticos foram laboratoriais, e nenhum caso de leishmaniose visceral foi notificado nos municípios da área de influência do empreendimento. Também não houve notificação de óbito causado por leishmanioses durante o período analisado. Tabela 1 Casos confirmados de leishmanioses, segundo município de residência, por semana epidemiológica, área de influência da UHE Colíder, Mato Grosso, Período Epidemiológico 2013* Município Total FR Nova Canaã do Norte ,5 Colíder ,9 Itaúba ,3 Cláudia ,3 AID ,0 Fonte: Dados de 2013 atualizados em 01/08/2013, dados sujeitos à revisão. * Legenda: Semana Epidemiológica (1 a a 17 a semana) = 1 de janeiro a 30 de abril de 2013; Epidemiológica (18 a a 31 a semana) = 28 de abril a 03 de agosto de 2013; (32 a a 42 a ) = 04 de agosto a 02 de novembro de (-) = Sem informação. (FR) = Frequência Relativa - total de casos notificados por município dividido pelo total de casos notificados na AID, multiplicado por 100. Fonte: Dados de 2013 atualizados em 01/08/2013, dados sujeitos à revisão. Figura 7. Número de casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) por faixa etária, nos municípios da Área de Influência Direta (AID) da UHE Colíder, 1 de janeiro a 02 de novembro de MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 17

18 Fonte: Dados de 2013 atualizados em 01/08/2013, dados sujeitos à revisão. Figura 8. Distribuição das notificações de casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) nos municípios da Área de Influência Direta (AID) da UHE Colíder, 1 de janeiro a 02 de novembro de REALIZAÇÃO DE CAMPANHAS INFORMATIVAS JUNTO À COMUNIDADE DA AII Nesta etapa de monitoramento foram realizadas as ações de educação em saúde, com a distribuição de material informativo contendo informações sobre a prevenção da leishmaniose tegumentar junto à comunidade da área de influência da UHE Colíder, além da realização de palestras direcionadas para os chefes de serviços envolvidos diretamente com a construção da barragem. Em todas as comunidades pesquisadas procurou-se identificar sinais e sintomas de leishmanioses nas pessoas entrevistadas e na população canina Ações de Educação em Saúde Para diminuir os riscos de transmissão da leishmaniose tegumentar americana nas comunidades da AII, algumas medidas de prevenção individuais ou coletivas foram repassadas durante as atividades de coleta de flebotomíneos. Neste aspecto, as coletas de flebotomíneos realizadas no local oferecem informações a respeito dos ambientes onde os vetores habitualmente possam ser encontrados, auxiliando nas orientações de prevenção da doença. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 18

19 Durante a campanha de campo foram distribuídos nas instituições de saúde municipais e estaduais, no canteiro de obras da UHE Colíder e na comunidade da AII, folders com informações sobre a leishmaniose (Anexo E). Junto com a distribuição dos folders foram repassadas informações sobre a identificação dos sintomas das leishmanioses, indicação do uso de medidas de proteção individual e familiar, tais como: Orientação sobre os locais (áreas de mata) e horários (crepúsculo e noite) de risco de exposição ao vetor; Identificação dos aspectos ambientais locais que favorecem a aproximação de flebotomíneos no peridomicílio e intradomicílio; Orientação do uso de mosquiteiros de malha fina (tamanho da malha 1,2 a 1,5 e 40g a 100g em 9.000m dele mesmo sistema Denier) e telagem de portas e janelas, quando observado a necessidade; Indicação de técnicas de manejo ambiental por meio de limpeza de quintais e terrenos, quando identificado locais com condições favoráveis (temperatura e umidade) para o desenvolvimento de formas imaturas do vetor; Informação sobre os ciclos de transmissão e os primeiros sintomas da doença, como realizar o diagnóstico clínico e laboratorial, e informações complementares sobre o tratamento da doença. Localidade: Canteiro de Obras UHE Colíder, município de Nova Canaã do Norte Ações educativas: As orientações relacionadas a estas atividades no Canteiro de Obras, foram feitas durante a realização da palestra, realizada no dia 18/11/2013. Descrição de casos: Segundo informações obtidas junto à pessoa responsável pelo Laboratório de Malária, Sr. Aroldo de Souza Carvalho, não houve registro de casos de leishmaniose nos últimos 3 meses. Situação de incômodo com insetos: Sobre este aspecto cabe ressaltar que durante as pesquisas entomológicas realizadas próximo da área da construção da barragem, verificou-se uma grande quantidade de flebotomíneos, sobretudo na coleta com atrativo humano (conforme resultados expostos mais adiante). Porém, nenhuma situação de incômodo causado por insetos hematófagos foi relatado no ambulatório ou no laboratório de malária do canteiro de obras da UHE Colíder. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 19

20 Localidade: Fazenda Realeza, município de Colíder (Figuras 9 a 13) Ações educativas: Durante a campanha de campo foram passadas informações aos moradores sobre a biologia e o comportamento dos insetos vetores das leishmanioses, assim como, das medidas preventivas com relação à organização e limpeza do ambiente peridomiciliar, na tentativa de diminuir o contato homem/vetor no ambiente peridomiciliar. Os moradores locais também foram orientados quanto ao uso de repelentes, telagem de portas e janelas, sobre os principais sinais e sintomas da doença, tanto nos animais domésticos quanto nos seres humanos, sobretudo da importância do diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos. Descrição de casos: Nesta localidade foi entrevistada uma pessoa adulta, do sexo masculino, portadora de uma cicatriz de lesão antiga de leishmaniose tegumentar, localizada na perna esquerda próximo ao tornozelo (Figura 13). De acordo com a mesma, adquiriu a doença em 1999 (14 anos atrás) quando ainda morava na área urbana da cidade de Colíder, porém naquela época trabalhava em diversos locais da área rural do referido município, sobretudo nas proximidades do seu atual local de moradia. Situação de incômodo causado por insetos: Apesar de não conhecerem os insetos vetores de leishmaniose (flebotomíneos), os moradores da Fazenda Realeza afirmaram que não sofrem nenhum tipo de incômodo relacionado ao comportamento hematófago (que se alimenta de sangue) dos insetos de hábito noturno. Figura 9. Distribuição de folder contendo informações sobre a bioecologia de flebotomíneos (vetores) e divulgação da situação epidemiológica das leishmanioses na região de estudo. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 20

21 Figura 10 Varanda de residência abandonada, caracterizada como local de abrigo de cabritos, cujo solo apresenta-se úmido e com grossa camada de matéria orgânica formada pelas fezes e urina dos referidos animais, possibilitando assim, a procriação de flebotomíneos. Figura 11 Orientação básica ao morador sobre a caracterização dos flebotomíneos, tais como, a coloração, os modos de vôo e de repouso, como uma das formas de reconhecimento destes insetos quando são vistos nas paredes dos imóveis; Instrução para a colocação de telas em portas e janelas. Figura 12 Exame clínico em cães domésticos com objetivos de localizar possíveis lesões cutâneas de leishmaniose tegumentar, principalmente nos testículos, focinho e orelhas dos animais. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 21

22 Figura 13 Cicatriz de lesão antiga de leishmaniose tegumentar (± 14 anos) em ser humano, localizada em membro inferior esquerdo, acima do tornozelo. Localidade: Pousada Rossetto, município de Colíder (Figuras 14 e 15) Ações educativas: Foram feitas orientações aos moradores sobre a biologia e o comportamento dos insetos vetores das leishmanioses, assim como, das medidas preventivas com relação à organização e limpeza do ambiente peridomiciliar, na tentativa de diminuir a proliferação de flebotomíneos neste ambiente. Os moradores também foram orientados quanto ao uso de repelentes, telagem de portas e janelas, sobre os principais sinais e sintomas da doença, tanto nos animais domésticos quanto nos seres humanos, sobretudo da importância do diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos. Descrição de casos: Nesta localidade foram entrevistadas duas pessoas adultas do sexo masculino, Alaécio Inocêncio de Sá, caseiro pousada, e Wilson Rossetto, proprietário da Pousada Rossetto. Este nos informou que nunca foi acometido pela doença, porém nos relatou um caso de leishmaniose tegumentar ocorrido no ano de 2007, envolvendo uma pessoa adulta do sexo masculino (topógrafo) que prestava serviço terceirizado da Copel, o qual sempre pernoitava em sua pousada quando desenvolvia trabalhos na região. Outro caso ocorrido entre os anos 2003 e 2004 envolveu o caseiro, com a manifestação de três lesões de leishmaniose tegumentar, sendo um na testa e duas em membros inferiores, cujas cicatrizes demonstram que todas estão bem curadas (Figura 15). Situação de incômodo com insetos: Segundo os moradores, devido à grande quantidade de flebotomíneos e culicídeos no ambiente peridomiciliar, há noites em que é quase impossível a permanência do lado de fora das residências, exigindo aplicações frequentes de repelentes no corpo. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 22

23 Figura 14 Distribuição de folder com informações sobre a bioecologia do vetor (amostra de flebotomíneos acondicionada em álcool 70%) e situação epidemiológica das leishmanioses na região de estudo. Figura 15 Cicatriz de lesão antiga de leishmaniose tegumentar (± 10 anos) em ser humano, localizada em membro inferior direito (tornozelo). Localidade: Recanto Barro Preto, município de Itaúba (Figuras 16 e 17) Ações educativas: Desde 2012, quando iniciou o programa de monitoramento da leishmaniose tegumentar na área de influência da UHE Colíder, os moradores desta localidade vem recebendo informações sobre os aspectos epidemiológicos e ecológicos das leishmanioses, bem como da biologia e comportamento dos insetos vetores. Ou seja, em todas as campanhas são reforçadas as orientações relacionadas MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 23

24 as medidas preventivas, conforme mencionadas anteriormente para as outras localidades. Descrição de casos: Até o presente momento, nenhum caso da doença foi registrado no Recanto Barro Preto. Situação de incômodo com insetos: Embora nenhum caso de leishmanioses em humano e/ou animal tem sido registrado na referida localidade, maior ênfase está sendo dada às ações de controle vetorial em relação a um galinheiro existente no local, onde se concentra uma grande quantidade de flebotomíneos, conforme resultados atuais e apresentados em relatórios anteriores. O referido galinheiro encontra-se instalado em um local considerado estratégico no peridomicílio, ou seja, está entre a mata (± 10 metros) e duas residências (± 70 metros), servindo de barreira natural para os flebotomíneos, possibilitando assim, a baixa densidade destes insetos nas residências e, consequentemente, diminuindo os riscos de transmissão de leishmaniose aos seres humanos, sobretudo devido ao fato de estes insetos demonstrar maior preferência pelo sangue das galinhas, com relação ao do homem. Portanto, tendo em vista que os moradores já têm o hábito de aplicar inseticida neste local, assim como nas suas residências, o que temos feito em cada campanha é orientá-los melhor sobre a execução desta atividade, com a finalidade de proteger os moradores e frequentadores do local, uma vez que a referida localidade funciona como área de lazer. Figura 16. Orientação sobre a bioecologia de flebotomíneos (vetores) e situação epidemiológica das leishmanioses na região de estudo. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 24

25 3.2.2 Realização de palestras sobre leishmaniose Figura 17 Exame clínico em cães domésticos com objetivos de localizar possíveis lesões cutâneas de leishmaniose tegumentar, principalmente nos testículos, focinho e orelhas dos animais. Buscando informar alguns grupos de trabalhadores envolvidos diretamente na construção da barragem da UHE Colíder, no dia 18/11/2013 foi realizada uma palestra sobre os diversos aspectos que envolvem a transmissão das leishmanioses talvez, tendo com objetivos atualizar o conhecimento sobre a doença, além de chamar atenção para os aspectos ambientais locais que oferecem maior risco de transmissão para as pessoas envolvidas nas diferentes frentes de trabalho, sobretudo no momento da supressão. A palestra foi realizada no período das 10:00 às 11:30 horas, no Auditório da Copel, dentro do próprio Canteiro de Obras da UHE Colíder, município de Nova Canaã do Norte. Participaram deste evento, 39 pessoas incluindo vários profissionais com atuação em diversas setores. Este trabalho contou ainda com a presença de Íris C. Gracioli (Assistente Social Copel), Helcio Dias (Técnico de Segurança do Trabalho Copel), Adalberto K. Rodrigues (Técnico Ambiental Copel) e Aroldo de Souza Carvalho (Técnico Sanitarista), responsável pelo Laboratório de exames e tratamento de Malária, localizado dentro do referido canteiro de obras (Figuras 18 e 19; Anexo F). Os principais temas abordados foram: 1) aspectos epidemiológicos das leishmanioses distribuição geográfica das leishmanioses, descrição dos principais locais de contaminação, sinais e sintomas da doença, tanto no homem como nos animais silvestres e domésticos, métodos de diagnósticos, tratamento e medidas preventivas a fim de se evitar o contato homem-vetor; 2) bioecologia dos flebotomíneos descrição dos principais habitats de proliferação dos flebotomíneos, tanto no meio rural como em área urbana, horários de atividade hematofágica das MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 25

26 principais espécies de importância epidemiológica do Estado do Mato Grosso, mecanismos de transmissão dos agentes etiológicos causadores da doença, metodologias de estudos, indicação das principais medidas de controle físico e químico. Após as palestras o responsável pela apresentação ficou a disposição dos participantes para outras informações adicionais e esclarecimentos sobre as atividades de monitoramento da doença no entorno do empreendimento. Também foram distribuídos folhetos informativos para os participantes. As informações e os dados apresentados nesta palestra serão transmitidos nos Diálogos de Segurança e Meio Ambiente (DSMA), organizados pela empresa, com o intuito de discutir sobre temas a respeito de meio ambiente e segurança do trabalho com todos os funcionários que atuam no canteiro de obras. Outra oportunidade de difundir o que foi abordado nesta palestra é o momento de integração, em que os novos empregados são orientados a respeito das normas e regras pertinentes à segurança do trabalho. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 26

27 Figura 18 Palestra sobre leishmanioses apresentada para os trabalhadores da área de influência da UHE Colíder Canteiro de Obras da UHE Colíder (Auditório da Copel), 18/11/2013. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 27

28 Figura 19 Palestra sobre leishmanioses apresentada para os trabalhadores da área de influência da UHE Colíder Canteiro de Obras da UHE Colíder (Auditório da Copel), 18/11/ Realização de reunião técnica com os profissionais de saúde Durante as atividades de campo foram realizadas reuniões técnicas com os profissionais de saúde dos Escritórios Regionais de Saúde de Colíder e Sinop, com apresentação da equipe de trabalho e das atividades que estavam sendo realizadas naquele momento (Anexo G). Na reunião foram abordados temas relacionados a atual situação das leishmanioses na região do entorno do canteiro de obras e outras localidades dos municípios da área de influência da UHE Colíder. Também foram obtidos os dados epidemiológicos referente ao período de estudo, porém sem o detalhamento da ocorrência mensal de casos de leishmanioses nos últimos dez anos, solicitado pela Juris Ambientis antes da realização dos trabalhos de campo, para que fosse possível a análise da curva epidemiológica. A equipe detalhou as ações de educação em saúde e monitoramento da fauna de flebotomíneos que estavam sendo realizadas no canteiro de obras e nas localidades MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 28

29 do entorno do empreendimento. O Quadro 3 apresenta uma síntese dos aspectos metodológicos adotados em cada ação realizada nesta campanha de campo. Quadro 3 Ações de educação em saúde e monitoramento de vetores das leishmanioses, na Área Diretamente Afetada da UHE Colíder 16 a 18 de novembro de Descrição das Abrangência Aspectos metodológicos Ações Educação em Saúde Canteiro de obras e localidades do entorno da UHE Colíder Orientação de moradores sobre a bioecologia dos flebotomíneos (vetores), bem como, da situação epidemiológica das leishmanioses (sinais, sintomas, tratamento e prevenção da doença); Inspeção (corporal) de animais domésticos, em busca da presença de sinais e sintomas da doença (lesões); Palestra para trabalhadores de diversas áreas técnicas e/ou administrativas da UHE Colíder, sobre a bioecologia dos flebotomíneos (vetores), bem como, da epidemiologia das leishmanioses (sinais, sintomas, tratamento e prevenção da doença); Reuniões técnicas com profissionais de saúde local Monitoramento de vetores Reunião no ERS Colíder Reunião no ERS Sinop EP 1 = Canteiro de Obras UHE Colíder (Nova C. do Norte); EP 2 = Fazenda Realeza (Colíder); EP 3 = Pousada Rossetto (Colíder); EP 4 = Recanto Barro Preto (Itaúba). Disponibilização de material didático (chave ilustrada para identificação de vetores, vídeo sobre Aedes aegypti e os conteúdos da palestra em arquivo Power Point) para alguns dos participantes da palestra. Apresentação da equipe de trabalho (Juris Ambientis); Solicitação de dados epidemiológicos e de documentos técnicos sobre os casos de leishmaniose na região; Doação de material didático (flebotomíneos montados em lâminas permanentes) para o ERS de Sinop. Obtenção de amostras de flebotomíneos por meio de técnicas de coletas sistematizadas. 4.. FAUNA DE FLEBOTOMÍNEOS 4.1 COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DA FAUNA DE FLEBOTOMÍNEOS MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 29

30 A fauna de flebotomíneos na área diretamente afetada da UHE Colíder foi estimada em cinco gêneros com 17 espécies e no mínimo seis grupos de espécies ou morfotipos diferentes, totalizando 23 espécies e/ou grupo de espécies de flebotomíneos (Anexo H). As espécies identificadas estão listadas abaixo conforme sua distribuição por subtribo: Lutzomyiina Evandromyia saulensis (Floch & Abonnenc, 1944) Evandromyia walkeri (Newstead, 1914) Evandromyia carmelinoi (Ryan, Fraiha, Lainson & Shaw, 1986) Lutzomyia gomezi (Nitzulescu, 1931) Lutzomyia sherlocki (Martins, Silva & Falcão, 1971) Psychodopygina Bicromomyia flaviscutelata (Magabeira, 1942) Nyssomyia anduzei (Rozeboom, 1942) Nyssomyia antunesi (Coutinho, 1939) Nyssomyia delsionatali cf. Galati & Ovallos, 2012 Nyssomyia intermedia (Lutz & Neiva, 1912) Nyssomyia urbinattii cf. Galati & Ovallos, 2012 Nyssomyia whitmani (Antunes & Coutinho, 1939) Psychodopygus ayrozai (Barretto & Coutinho, 1940) Psychodopygus chagasi (COSTA LIMA, 1941) Psychodopygus complexus (MANGABEIRA, 1941) Psychodopygus davisi (Root, 1934) Psychodopygus llanosmartinsi (Fraiha & Ward, 1980) Grupo de Espécies Psychodopygus sp. 1 da Série Chagasi (Psychodopygina) sp. 1 de Nova Canaã do Norte (de gênero incerto) sp. 1 de Colíder (de gênero incerto) sp. 2 de Colíder (de gênero incerto) sp. 3 de Colíder (de gênero incerto) sp. 4 de Colíder (de gênero incerto) No total foram coletados espécimes de flebotomíneos, sendo a subtribo Psychodopygina a mais abundante com 7.146, representando 92% do total de espécimes coletados. Enquanto que, na subtribo Lutzomyiina apenas 612 (7,9%) exemplares foram coletados. As duas espécies mais frequentes representaram 90,7% MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 30

31 do total de flebotomíneos coletados, sendo Ny. antunesi, com (49,2%) exemplares coletados, e Ny. urbinatti (confer = cf.), com (41,5%) exemplares (Tabela 2). Com exceção de Ev. walkeri (N = 600; 7,7%), as demais espécies de flebotomíneos representaram, individualmente, percentuais inferiores a 1%. Apenas 27 exemplares foram inclusos no grupo de espécies por não se enquadrarem nas chaves de identificação (Psychodopygus sp. 1 da Série chagasi, além das espécies de flebotomíneos de gêneros incertos sp. 1 de Nova Canaã do Norte e sp. 1 a 4 de Colíder) ou pelo fato do exemplar estar danificado. A maior diversidade de espécies foi observada em Psychodopygina, representando 76,5% do total de 17 espécies identificadas, enquanto que em Lutzomyiina foram coletadas cinco espécies (Tabela 2). A fauna de flebotomíneos variou entre as estações de pesquisa. Aquelas com maior abundância e riqueza foram as EP 4 (N = 6.567; α = 12) e EP 1 (N = 1.029; α = 12). As estações que apresentaram maiores índices de dominância foram EP 1 (D = 0,866) e EP 3 (D = 0,665). Enquanto que, a maior taxa de equitabilidade foi observada na estação de pesquisa EP 2 (J = 0,930), considerando que nesta estação de pesquisa foram coletados somente 14 exemplares (Tabela 2). Com 957 exemplares coletados Ny. urbinattii cf. foi a espécie mais frequente no canteiro de obras da UHE Colíder, representando 93% do total de flebotomíneos coletados nesta estação de pesquisa. Somente na técnica de isca humana foram coletados 313 exemplares desta espécie em quatro horas de pesquisa. Isto demonstra que o risco de contrair leishmaniose no canteiro de obras é maior nesta época do ano. Pois um operário que esteja trabalhando nas bordas da mata no período noturno pode receber em média 78 picadas por hora. No Recanto Barro Preto (EP 4 ) Ny. antunesi, Ny. urbinattii e Ev. walkeri foram as espécies dominantes, coletadas principalmente no peridomicílio onde em um galinheiro foram instaladas armadilhas de Falcão. Neste ambiente foi coletada a maioria dos exemplares (N = 6.440), representando cerca de 98% do total de flebotomíneos coletados na localidade. Analisando os resultados pode-se observar que no canteiro de obras, ambiente impactado sem a presença de animais domésticos, predominou Ny. urbinattii cf. cujas fêmeas apresentaram alto grau de antropofilia (tendência em se alimentar de sangue humano), enquanto que, nos ambientes antrópicos com presença de animais MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 31

32 domésticos (EP 3 e EP 4 ) foi observado maior diversidade da fauna e pouca atividade antropofílica (Figura 20). Na análise do índice de similaridade faunística das quatro estações de pesquisa, observou-se maior semelhança entre EP 2 e EP 3, com o coeficiente de correlação de 0,9973 e pvalor igual a E-26 (Tabela 3). Realmente, esta semelhança pode ser constatada quando são comparadas as espécies identificadas nas duas localidades, embora na EP 2 tenha sido utilizada apenas armadilha de Falcão na coleta de flebotomíneos. Quando analisado apenas as localidades onde foram empregadas todas as técnicas de coleta utilizadas no estudo (EP 1, EP 3 e EP 4 ), observou-se uma forte semelhança entre as estações EP 1 e EP 3, com um coeficiente de correlação de 0,9998. Tal fato, demonstra que a fauna de flebotomíneos que ocorre na margem direita do rio Teles Pires é diferente da que ocorre na margem esquerda do seu afluente, o rio Renato, por apresentar um padrão mais heterogêneo (Figura 20). Nyssomyia urbinattii cf. e Ps. llanosmartinsi foram as espécies mais amplamente distribuídas, sendo coletadas nas quatro localidades (EP) pesquisadas. Outras como, Ev. walkeri, Ny. antunesi, Ps. ayrozai e Ps. davisi, foram coletadas nos três municípios. As demais espécies ou grupos de espécies foram coletadas em dois ou um dos municípios (Tabela 3, Figura 21). Todas as espécies de flebotomíneos foram coletadas por meio de armadilhas de Falcão e de Shannon, com exceção de Ny.urbinattii cf. e Ny. antunesi, que também foram coletadas em isca humana instalada no intradomicílio, peridomicílio e na margem de mata, no canteiro de obra da UHE Colíder. As armadilhas de Falcão foram responsáveis pela coleta de (87,3%) exemplares de flebotomíneos e a armadilha de Shannon por 526 (6,8%) exemplares coletados tanto em ambientes peridomiciliares quanto extradomiciliares (Tabela 4). Nyssomyia urbinattii cf. foi a espécie que apresentou maior grau de domiciliação, devido ao fato de que 21% (N = 668) da sua população ter sido coletada por meio das técnicas de armadilha de Shannon, armadilha de Falcão instalada na varanda, inspeção de paredes e isca humana instalada no intradomicílio (Tabela 4). O maior número de indivíduos foi coletado no ambiente domiciliar (N = 6.626; 85,3%), principalmente em função da armadilha de Falcão instalada no galinheiro localizado no peridomicílio da EP 4. O intradomicílio (varanda) contribuiu com 111 (1,4%) exemplares coletados. No extradomicílio, representado por ambientes MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 32

33 florestais, foram coletadas (14,7%) espécies ou morfoespécies, com a maioria capturada nas margens de mata (N = 747; 9,6%). Apenas Ny. urbinattii cf. esteve presente em todos os ecótopos pesquisados (Tabela 5). MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 33

34 Tabela 2 Distribuição dos flebotomíneos nas estações de pesquisa da Área Diretamente Afetada da UHE Colíder 16 a 18 de novembro de Espécie Estação de Pesquisa* EP 1 EP 2 EP 3 EP 4 Total % Bicromomyia flaviscutelata ,01 Evandromyia carmelinoi ,01 Evandromyia saulensis ,1 Evandromyia walkeri ,7 Lutzomyia gomezi ,04 Lutzomyia sherlocki ,1 Nyssomyia anduzei ,1 Nyssomyia antunesi ,2 Nyssomyia delsionatali cf ,1 Nyssomyia intermedia ,01 Nyssomyia urbinattii cf ,5 Nyssomyia whitmani ,1 Psychodopygus ayrozai ,1 Psychodopygus chagasi ,03 Psychodopygus complexus ,1 Psychodopygus davisi ,1 Psychodopygus llanosmartinsi ,4 Psychodopygus sp. 1 da Série Chagasi ,2 sp 1 de Colíder ,03 sp 2 de Colíder ,01 sp 3 de Colíder ,01 sp 4 de Colíder ,03 sp 5 de Nova Canaã do Norte ,01 sp. (danificado) ,1 Total % 13,2 0,2 2,1 84,5 100,0 Índices de Diversidade Riqueza de espécies Dominância_D 0,866 0,184 0,665 0, Equitabilidade_J 0,153 0,930 0,358 0, * Estação de Pesquisa: EP 1 = Canteiro de Obras UHE Colíder (Nova Canaã do Norte); EP 2 = Fazenda Realeza (Colíder); EP3 = Pousada Rossetto (Colíder); EP 4 = Recanto Barro Preto (Itaúba). Legenda: (-) = Dado numérico igual a zero absoluto ; (confer = cf.) = Espécie que necessita de confirmação; (fri%) = Frequência relativa percentual. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 34

35 Diversidade Diversidade Diversidade Diversidade A alpha a) EP 1 = Canteiro de Obras UHE Colíder (Nova Canaã do Norte) Nessa localidade Nyssomyia urbinattii cf. foi a espécie dominante (D = 0,930), enquanto que as demais espécies foram menos frequentes p-valor = 0,2921, teste t = 1,08 B 7.8 b) EP 2 = Fazenda Realeza (Colíder) alpha Nessa localidade a análise do padrão de dominância reflete apenas a fauna de flebotomíneos coletada por meio de armadilhas de Falcão, instaladas em ambientes peridomiciliares p-valor = 0,0161, teste t = 2,60 18 c) EP 3 = Pousada Rossetto (Colíder) alpha Nessa localidade a presença de animais domésticos no peridomicílio pode ter influenciado na diversidade da fauna de flebotomíneos, refletindo na diminuição do índice de dominância entre as espécies p-valor = 0,2275, teste t = 1,24 D 18 d) EP 4 = Recanto Barro Preto (Itaúba) alpha Da mesma forma que na EP 3, nessa localidade a presença de animais domésticos no peridomicílio pode ter influenciado na diversidade da fauna de flebotomíneos p-valor = 0,1394, teste t = 1,53 Figura 20 Caracterização das Estações de Pesquisa (EP) conforme padrões de dominância e grau de confiança (95%), área diretamente afetada da UHE Colíder, Estado do Mato Grosso, 13 a 15 de agosto de MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 35

36 Similaridade EP4 EP3 EP1 Tabela 3 Índices de Similaridade entre as quatro estações de pesquisa da área de influência da UHE Colíder, Estado do Mato Grosso, 16 a 18 de novembro de α EP 1 EP 2 EP 3 EP 4 EP E EP EP EP Disposição dos valores: Na barra diagonal do quadro estão os números de táxon que ocorreram em cada período. No triângulo inferior esquerdo os valores de correlação de Pearson. E no triângulo superior direito estão as significâncias baseado no nível de p<0,05. Legenda: EP 1 = Canteiro de Obras UHE Colíder (Nova Canaã do Norte); EP 2 = Fazenda Realeza (Colíder); EP3 = Pousada Rossetto (Colíder); EP 4 = Recanto Barro Preto (Itaúba) Legenda: EP 1 = Canteiro de Obras UHE Colíder (Nova Canaã do Norte); EP3 = Pousada Rossetto (Colíder); EP 4 = Recanto Barro Preto (Itaúba). Figura 21 Análise de agrupamento entre as populações de flebotomíneos de três estações de pesquisa da área de influência da UHE Colíder, Estado do Mato Grosso, 16 a 18 de novembro de MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 36

37 Nyssomyia antunesi Nyssomyia urbinattii cf. Evandromyia walkeri Nyssomyia delsionatali cf. Legenda: Presente Ausente Sem pesquisa Psychodopygus ayrozai Figura 22 Distribuição das principais espécies de flebotomíneos coletadas nos municípios da área de influência direta da UHE Colíder, Estado do Mato Grosso, 16 a 18 de novembro de MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 37

38 Tabela 4 Flebotomíneos coletados segundo a técnica de coleta nas estações de pesquisa da Área Diretamente Afetada da UHE Colíder 13 a 15 de agosto de Espécie Técnica de Captura* AF AS IHI IHP IHE IPE Bicromomyia flaviscutelata Evandromyia carmelinoi Evandromyia saulensis Evandromyia walkeri Lutzomyia gomezi Lutzomyia sherlocki Nyssomyia anduzei Nyssomyia antunesi Nyssomyia delsionatali cf Nyssomyia intermedia Nyssomyia urbinattii cf Nyssomyia whitmani Psychodopygus ayrozai Psychodopygus chagasi Psychodopygus complexus Psychodopygus davisi Psychodopygus llanosmartinsi Psychodopygus sp da Série Chagasi sp 1 de Colíder sp 2 de Colíder sp 3 de Colíder sp 4 de Colíder sp 5 de Nova Canaã do Norte sp. (danificado) Total % 87,3 6,8 0,1 0,6 4,2 1,0 * Técnica de Captura: AF Armadilha de Falcão; AS Armadilha de Shannon; IHI Isca Humana no Intradomicílio; IHP Isca Humana no Peridomicílio; IHE Isca Humana no Extradomicílio. IHE (Técnica de coleta aplicada somente no Canteiro de obras da UHE Colíder, pelo fato de não haver nenhuma residência perto); IPE Inspeção de Parede Externa (Técnica de coleta complementar realizada somente na Pousada Rossetto Coíder e no Recanto Barro Preto Itaúba). Legenda: (-) = Dado numérico igual a zero absoluto ; (confer = cf.) = Espécie que necessita de confirmação. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 38

39 Tabela 5. Distribuição dos flebotomíneos por ecótopos pesquisados nas estações de pesquisa da Área Diretamente Afetada da UHE Colíder 16 a 18 de Novembro de Ecótopo de Pesquisa Domicílio Peridomicílio Extradomicílio Espécie Varanda/ Margem/ Casa/ Galinheiro Outros locais* Outro local** Residência Mata Energia Bicromomyia flaviscutelata Evandromyia carmelinoi Evandromyia saulensis Evandromyia walkeri Lutzomyia gomezi Lutzomyia sherlocki Nyssomyia anduzei Nyssomyia antunesi Nyssomyia delsionatali cf Nyssomyia intermédia Nyssomyia urbinattii cf Nyssomyia whitmani Psychodopygus ayrozai Psychodopygus chagasi Psychodopygus complexus Psychodopygus davisi Psychodopygus llanosmartinsi Psychodopygus sp. da Série Chagasi sp 1 de Colíder sp 2 de Colíder sp 3 de Colíder sp 4 de Colíder sp 5 de Nova Canaã do Norte sp. (danificado) Total % 1,4 83,1 0,8 9,6 0,9 4,2 * Resultados de três AF instaladas individualmente no peridomicílio (chiqueiro, Casa desabitada servindo de abrigo para caprinos e monte de pedra) e de coleta com atrativo humano realizada no peridomicílio. ** Resultados de coleta realizada com atrativo humano no extradomicílio. Legenda: (-) = Dado numérico igual a zero absoluto; (confer = cf.) = Espécie que necessita de confirmação. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 39

40 Considerando os resultados dos primeiros inquéritos entomológicos sobre a fauna de flebotomíneos na área de influência da UHE Colíder, realizados durante o estudo de Avaliação do Potencial Malarígeno (contrato COPEL SLS/DCSE n /2011), as duas campanhas de monitoramento realizadas anteriormente, e do presente estudo, a relação atual de espécies de flebotomíneos ocorrentes na área diretamente afetada pelo empreendimento passa a ser a seguinte: 1 Bicromomyia flaviscutelata (Magabeira, 1942) 2 Evandromyia saulensis (Floch & Abonnenc, 1944) 3 Evandromyia carmelinoi (Ryan, Fraiha, Lainson & Shaw, 1986) 4 Evandromyia walkeri (Newstead, 1914) 5 Evandromyia lenti (Mangabeira, 1938) 6 Evandromyia termitophila (Martins, Falcão & Silva, 1964) 7 Lutzomyia gomezi (Nitzulescu, 1931) 8 Lutzomyia sherlocki Martins, Silva & Falcão, Nyssomyia anduzei (Rozeboom, 1942) 10 Nyssomyia antunesi (Coutinho, 1939) 11 Nyssomyia intermedia (Lutz & Neiva, 1912) 12 Nysoomyia richardwardi (Ready & Fraiha, 1981) 13 Nyssomyia shawi (Fraiha, Ward & Ready, 1981) 14 Nyssomyia whitmani (Antunes & Coutinho, 1939) 15 Psychodopygus ayrozai (Barretto & Coutinho, 1940) 16 Psychodopygus carrerai carrerai (Barretto, 1946) 17 Psychodopygus chagasi (Costa Lima, 1941) 18 Psychodopygus complexus (Mangabeira, 1941) 19 Psychodopygus davisi (Root, 1934) 20 Psychodopygus llanosmartinsi Fraiha & Ward, Psathyromyia lutziana (Costa Lima, 1932) 22 Psathyromyia hermanlenti (Martins, Silva & Falcão, 1970) 23 Trichophoromyia octavioi (Vargas, 1949) 24 Trichophoromyia ubiquitalis (Mangabeira, 1942) 25 Viannamyia tuberculata (Mangabeira, 1941) Grupos de Espécies 26 Psychodopygus sp. da Série Chagasi 27 Trichophoromyia sp. 1 de Nova Canaã do Norte 28 sp 1 de Nova Canaã do Norte (de gênero incerto) MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 40

41 29 sp 2 de Nova Canaã do Norte (de gênero incerto) sp 3 e 4 de Itaúba (2ª campanha) sp 5 de Colíder (2ª campanha) sp 1, 2, 3 e 4 de Colíder (3ª campanha) sp 5 de Nova Canaã do Norte (3ª campanha) Espécies que necessitam de confirmação 30 Nyssomyia urbinattii cf. Galati & Ovallos, Nyssomyia delsionatali cf. Galati & Ovallos, DISCUSSÃO Assim como tem sido observado desde os primeiros monitoramentos, Ny. antunesi foi a espécie mais frequente e ocorrente em todos os municípios pesquisados (Nova Canaã do Norte, Colíder e Itaúba). Nyssomyia antunesi é um flebotomíneo amplamente distribuído no Estado Mato Grosso, com registros de ocorrências em áreas de florestas, cerrado e pantanal, incluindo zonas de transição (AZEVEDO, 2002; RIBEIRO et al., 2007; MISSAWA et al., 2007, 2008; ZEILHOFER et al., 2008). Nas estações de pesquisa localizadas na área de influência da UHE Colíder, esta espécie foi encontrada desde florestas até ambientes antrópicos, principalmente no peridomicílio onde foi coletada por meio de armadilhas de Falcão instaladas em galinheiros. Na localidade Recanto Barro Preto, no município de Itaúba, foram coletados exemplares em um galinheiro próximo da mata. Porém, apenas 12 exemplares foram coletados em ambientes domiciliares, denotando tratar-se de uma espécie com tendência zoofílica (que se alimenta do sangue de animais silvestres ou domésticos) e hábito florestal. A forma como foi construído o galinheiro, localizado entre a mata e a residência, pode estar funcionando como uma barreira de proteção, evitando que as fêmeas de Ny. antunesi invadam o intradomicílio em busca de repasto sanguíneo. Nyssomyia urbinattii cf. e Ev. walkeri também foram coletados quase que exclusivamente no galinheiro, com e 590 exemplares coletados, respectivamente. Enquanto que, no ambiente domiciliar foram coletados 11 exemplares da primeira espécie e somente três exemplares da segunda espécie de flebotomíneo. Muitos autores associam a presença de animais domésticos em áreas endêmicas das Leishmanioses a fatores de risco para transmissão dos agentes etiológicos causadores destas doenças (REITHINGER & DAVIES, 1999; REITHINGER et al., MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 41

42 2003; SOSA-ESTANI et al., 2001; ROJAS et al., 1994). Porém, um estudo realizado na localidade conhecida por Recanto Marista, município de Doutor Camargo no Estado do Paraná, mostrou que galinheiros construídos (propositalmente) na margem da mata, causaram uma redução do número de flebotomíneos nas residências próximas, ficando caracterizado que este tipo de abrigo de animais domésticos serviram como uma barreira física, evitando que os flebotomíneos frequentassem o ambiente domiciliar (TEODORO et al., 2001). Nyssomyia urbinattii cf., ocorreu em todos os pontos pesquisados, sendo a espécie mais abundante nas estações de pesquisa EP 1 e EP 3. Na localidade Barro Preto (EP 4 ) foi uma das espécies mais numerosas no galinheiro, juntamente com Ny. antunesi e Ev. walkeri, fortalecendo a hipótese de sua distribuição por toda Área Diretamente Afetada (ADA) da UHE Colíder. A abundância de Ny. antunesi e Ev. walkeri em localidades da área de influência da UHE Colíder, pode estar relacionada a existência de animais domésticos confinados próximo a área de mata. Pois esta hipótese já foi levantada para outras espécies de flebotomíneos, como a correlação entre a frequência de Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) e a presença de animais domésticos (FORATTINI, 1960; SHERLOCK & GUITTON, 1969; QUINNELL & DYE, 1994; CAMARGO-NEVES et al., 2001). No canteiro de obras da UHE Colíder a maioria dos exemplares de Ny. urbinattii cf. foram coletados por meio de iscas humanas instaladas na margem de mata, em uma área próxima do vertedouro. Nesta área, onde operários trabalham na construção da barragem, inclusive no período noturno, foi estimado um índice de 78 picada/hora/homem. A densidade elevada de vetores aumenta a possibilidade de transmissão de Leishmania durante o período de início das chuvas na região. Estudos têm demonstrado que as taxas de infecção natural dos flebotomíneos nos focos endêmicos variam em torno de 0,2% (RODRIGUEZ et al., 1999; LUZ et al., 2000), podendo chegar até 2,0% (SILVA et al., 2008; PITA-PEREIRA et al., 2005). Com relação ao gênero predominante nas coletas, pode-se observar que o número total de fêmeas (6.013) foi maior que o número de machos (1.757), sendo a razão obtida entre os sexos de 3,42. Este resultado difere do comportamento descrito em outros estudos, que apontam a presença predominante de machos em relação às fêmeas (LOIOLA et al., 2007; DORVAL et al., 2009; ALMEIDA et al., 2010). A maior proporção de machos nas armadilhas luminosas (tipo CDC) pode ser explicada por um comportamento natural, em que os machos acompanham as fêmeas a fim de garantir MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 42

43 a fertilização durante seus deslocamentos (DOMINGOS et al., 1998). No entanto, a predominância de fêmeas neste estudo pode estar relacionada a fatores ambientais, tais como, a presença de animais domésticos próximo de ambientes florestais, que determinam um comportamento específico das espécies mais abundantes. Outro comportamento importante observado em todas as campanhas de campo feitas na área de influência do empreendimento, diz respeito ao hematofagismo eclético de Ny.urbinattii cf. e Ny. antunesi. O fato de ter sido coletado em armadilhas instaladas na mata e no peridomicílio, demonstra a atração desse flebotomíneo tanto por animais silvestres (potenciais reservatórios de Leishmania) como por animais domésticos. Fêmeas de ambas as espécies foram coletadas tentando praticar antropofilia nos pesquisadores posicionados em ambientes domiciliares, sendo esses indicadores entomológicos evidências para sugeri-lo como potencial vetor de protozoários do gênero Leishmania. Entre as espécies com o primeiro registro de ocorrência na área de estudo, destaca-se Ny. intermedia, coletada no canteiro de obras da UHE Colíder. Esta espécie é o principal transmissor do agente etiológico causador da leishmaniose tegumentar americana em áreas endêmicas no sudeste do Brasil, onde sua distribuição coincide com a ocorrência de casos humanos (FORATTINI & SANTOS, 1952; FORATTINI, 1953, 1973, 1976; FORATTINI et al., 1972; ARAÚJO-FILHO, 1979; GOMES et. al., 1986; RANGEL et al., 1986, 1990; CASANOVA et al. 1995; MARCONDES et al. 1997; CÓRDOBA-LANUS et al., 2006; SARAIVA et al. 2009; RANGEL & LAINSON, 2009). FORATTINI (1960) afirma que Ny. whitmani e Ny. intermedia sensu lato coexistem em áreas recentemente invadidas pelo homem, porém Ny. intermedia passa a predominar a medida que aumentam as alterações no meio ambiente. Quanto à composição da fauna de flebotomíneos ocorrentes na área de influência da UHE Colíder, a lista conta agora com 29 espécies ou morfoespécies identificadas até o momento. Com a intensificação dos inquéritos entomológicos, a expectativa é de coletar outras espécies de importância epidemiológica em focos de transmissão de leishmaniose tegumentar existentes na área de influência do empreendimento. 5.. CONCLUSÃO Os municípios da área de influência da UHE Colíder pertencem a uma região de transmissão antiga de leishmaniose tegumentar americana, onde são encontrados MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 43

44 todos os elementos necessários para ocorrência de casos da doença: o agente etiológico, o reservatório silvestre, os vetores envolvidos na transmissão e os fatores ambientais que influenciam na extrapolação desse ciclo para o seres humanos. Os serviços de monitoramento e vigilância da leishmaniose tegumentar americana desenvolvida na região do entorno da UHE Colíder, tem atuado na prevenção e proteção dos operários envolvidos na obra de construção da barragem, dos moradores locais e da população migrante, contra surtos da doença. As ações de educação em saúde tiveram caráter preventivo, com a realização de palestras sobre o tema leishmanioses, direcionadas para os chefes de setores das frentes de trabalho. A palestra serviu para alertar sobre o risco de transmissão dos agentes causadores de leishmaniose tegumentar americana no canteiro de obras da UHE Colíder. Também foram distribuídos folhetos informativos, tanto para os operários que participaram da palestra, quanto para a população da região do entorno do empreendimento. Junto com o material educativo foi realizado uma ampla divulgação sobre as características da doença, modo de transmissão, diagnóstico e tratamento, além de medidas de proteção pessoal e familiar. Como medida de proteção foram realizadas coletas de flebotomíneos em diversos pontos da área de influência do empreendimento, para verificar se houve aumento na frequência de espécies vetoras. Estas informações servem para orientar as ações de prevenção e de medidas de controle, caso seja necessário. O levantamento da atual situação da leishmaniose tegumentar americana nos municípios da área de influência da UHE Colíder, a avaliação dos dados epidemiológicos e entomológicos obtidos nesse último monitoramento e as análises características biológicas, ambientais e sociais da região do entorno, permitem definir o quadro epidemiológico da área de estudo e propor medidas a serem adotadas na próxima etapa do programa de monitoramento: A área de influência do empreendimento foi marcada pela ocorrência de casos esporádicos de leishmaniose tegumentar, sem apresentar surtos epidêmicos caracterizados pela concentração de casos em um período curto de tempo. Até o presente momento não foi possível determinar a curva epidemiológica da leishmaniose tegumentar americana na área de influência da UHE Colíder, devido a falta de informação sobre o número mensal dos casos da doença notificados nos últimos dez anos. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 44

45 Medidas a serem adotadas pela Juris Ambientis: Agendar reunião técnica com os profissionais de saúde dos Escritórios Regionais de Saúde de Colíder e Sinop, com a finalidade de obter os dados referentes ao número de casos mensais de leishmaniose tegumentar, ocorridos nos municípios da área de influência da UHE Colíder, entre o período de 2004 e Embora não tenha sido notificados novos casos de leishmaniose tegumentar ocorridos entre os operários da UHE Colíder, o aumento da densidade de Ny. urbinattii cf. no canteiro de obras alerta para o risco de ocorrência de novos casos da doença. Medidas a serem adotadas pela Juris Ambientis: Continuidade das ações de Educação em Saúde voltadas para os operários da obra, com informações sobre a doença, forma de transmissão e medidas preventivas. Sugestão: Continua a orientação para que as empreiteiras coloquem placas junto as margens de mata do vertedouro, alertando para risco biológico com as seguintes informações: ATENÇÃO Você está em uma área de risco para ocorrência de leishmaniose tegumentar. Utilize medidas preventivas como, calça, camisa de manga comprida, boné tipo legendário e repelente nas áreas do corpo que estejam expostas. Evite ficar nesse ambiente em horários noturnos e crepusculares. No município de Itaúba as localidades com maior número de casos de leishmaniose tegumentar continuam sendo a Fazenda Monte Verde, Fazenda amazônia, Fazenda Fischer (Perdizes/Seringal), além do Acampamento Santo Espedito, próximo do Povoado Castanhal, onde foram registrados casos de leishmaniose visceral em cães. Procedimentos a serem adotados pela Juris Ambientis: Realizar estudos entomológicos com a participação dos Agentes de Saúde do município de Itaúba e inquérito entomológico no Acampamento Santo Espedito. A constatação de que a composição da fauna de flebotomíneos ocorrente na margem direita do rio Teles Pires, difere da população encontrada na margem do rio Renato, além dos novos registros de espécies como, Ev. carmelinoi, Ev. saulensis, Lu. gomezi, Lu. sherlocki, Ny. anduzei e Ny. intermedia, reforça a necessidade de realizar estudo em outras áreas do empreendimento que ainda não foram pesquisadas. De acordo com inquéritos entomológicos realizados por técnicos do ERS de Sinop (citado no relatório anterior), existe registro da ocorrência de Lu. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 45

46 longipalpis, principal vetor envolvido na transmissão de leishmaniose visceral, na área rural do município de Cláudia. Procedimentos a serem adotados pela Juris Ambientis: Devido a grande quantidade de flebotomíneos coletados no Canteiro de Obras da UHE Colíder, optou-se por concentrar as atividades de coleta nas localidades mais próximas desta área. Portanto, a realização do inquérito entomológico no município de Cláudia, para verificar a presença de Lu. longipalpis e outras espécies de flebotomíneos ainda não descritas neste estudo, será realizado na próxima campanha de campo. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 46

47 6.. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Atividade 1. Execução das ações de vigilância da LTA 2. Realização das campanhas informativas 3. Desenvolvimento de parcerias locais 4. Atividades laboratório identificação 5. Análise dos dados primários e secundários 6. Elaboração dos relatórios parciais 7. Confirmação da fauna 8. Envio de material para coleção de referência 9. Elaboração do Relatório Final Evento Contratual (EC)* EC-01a03 EC-04 EC-05 EC-06 EC-07 EC * Período estimado para realização de cada atividade prevista no Plano de Trabalho por Evento Contratual (EC) em intervalo trimestral, segundo o mês previsto para realização. Evento Contratual (EC 01 a 05) concluídos com entrega de relatórios parciais. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 47

48 7.. EQUIPE TÉCNICA EQUIPE PRINCIPAL Nome Função no Projeto Assinatura Manoel José Domingues Allan Martins da Silva Iolanda Maria Novadzki Coordenação Geral Coordenação, entomologia - atividades de campo, atividades de laboratório e elaboração de relatórios Coordenação, epidemiologia - análise dos dados epidemiológicos e elaboração de relatórios EQUIPE DE APOIO Nome Demilson Rodrigues dos Santos Angela Cristovalina Pernier dos Santos Função no Projeto Atividades de campo (monitoramento e apresentação das palestras), atividades de laboratório e elaboração de relatórios e confecção de croquis das localidades Atividades de campo e atividades de laboratório MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 48

49 AGRADECIMENTOS À Sra. Marinês Browers e Sr. José de Oliveira (ERS Sinop), pelo repasse de informações sobre os casos de leishmaniose tegumentar notificados nos municípios de Sinop e Cláudia, referente ao período de 01 de agosto a 31 de outubro de 2013; À Sra. Marise Iolani e Sra. Sandra Sayuri Tsuda (ERS de Colíder) pelo repasse de informações sobre os casos de leishmaniose tegumentar notificados nos municípios de Colíder, Itaúba e Nova Canaã do Norte, referente ao período de 01 de agosto a 31 de outubro de 2013; À Sra. Iris C. Gracioli (Escritório da Copel em Colíder) pelo apoio e acompanhamento da palestra no Canteiro de Obras. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 49

50 8.. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA PS, NASCIMENTO JC, FERREIRA AD, MINZÃO LD, PORTES F, MIRANDA AM, FACCENDA O, ANDRADE FILHO JD. Espécies de flebotomíneos (Diptera, Psychodidae) coletadas em ambiente urbano em municípios com transmissão de Leishmaniose Visceral do Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Rev Bras Entomol; 54: ; ARAÚJO FILHO NA. Epidemiologia da Leishmaniose tegumentar na Ilha Grande [Tese de Doutorado]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, AZEVEDO ACR, SOUZA NA, MENESES CRV, COSTA WA, COSTA SM, LIMA JB, RANGEL EF. Ecology of Sand Flies (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) in the North of the State of Mato Grosso, Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz., 97(4): , CAMARGO-NEVES VLF, RODAS LAC, POLETTO DW, LAGE LC, SPINOLA, RMF, CRUZ OG. Utilização de ferramentas de análise espacial na vigilância epidemiológica de leishmaniose visceral americana-araçatuba, São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública; 17: ; CASANOVA C, MAYO RC, RANGEL O, MASCARINI LM, PIGNATTI MG, GALATI EAB, GOMES AC. Natural Lutzomyia intermedia (Lutz & Neiva) infection in the Valley of the Mogi Guaçú River, State of São Paulo, Brazil. Bol Dir Malariol San. Amb; 35: 77-84; CORDOBA-LANUS E, DE GROSSO ML, PINERO JE, VALLADARES B, SALOMÓN OD. Natural infection of Lutzomyia neivai with Leishmania spp. in northwestwern Argentina. Acta Trop; 98: 1-5; DOMINGOS MF, CARRERI-BRUNO GC, CIARAVOLO RMC, GALATI EAB, WANDERLEY DMV, CORRÊA FMA. Leishmaniose tegumentar americana: flebotomíneos de área de transmissão, no município de Pedro de Toledo, região sul do estado de São Paulo, Brasil. Rev Soc Bras Med Trop; 31: ; DORVAL MEC, CRISTALDO G, ROCHA HC, ALVES TP, ALVES MA, OSHIRO ET, et al. Phlebotomine fauna (Diptera: Psychodidae) of an American cutaneous leishmaniasis endemic area in the state of Mato Grosso do Sul, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz; 104: ; 2009 FALCÃO, A. R. Um novo modelo de armadilha luminosa de sucção para pequenos insetos. Mem. Inst. Oswaldo Cruz; 76:303-5,1981. FORATTINI OP & SANTOS MR. Nota sobre infecção natural de Phlebotomus intermedius Lutz & Neiva, 1912, por formas em leptomonas, em foco de leishmaniose tegumentar americana. Arch Hyg Saúde Publ; 17: ; MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 50

51 FORATTINI OP, PATTOLI DBG, RABELLO EX, FERREIRA AO. Infecção natural de flebotomíneos em foco enzoótico de leishmaniose tegumentar no estado de São Paulo, Brasil. Rev Saúde Públ; São Paulo 6: ; FORATTINI OP. Entomologia Médica IV. Psychodidae. Phlebotominae, Leishmaniose e Bartonelose. Ed. Edgard Blucher Ltda; São Paulo. VIII: 658pp.; FORATTINI OP. Nota sobre criadouros naturais de flebótomos em dependências peridomiciliares, no Estado de São Paulo. Arquivos da Faculdade de Higiene e Saúde Pública; 7: ; FORATTINI OP. Novas observações sobre a biologia de flebótomos em condições naturais (Diptera:Psychodidae). Arch Hyg Saúde Publ; 25: ; FORATTINI OP. Observações feitas sobre a transmissão da Leishmaniose Tegumentar no Estado de São Paulo, Brasil. Revista de Saúde Pública; São Paulo, 10: 31-43; GALATI E.A.B. Classificação de Phlebotominae. In: Rangel EF, Lainson R. Flebotomíneos do Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz; p , GALATI, E. A. B. ; GALVIS-OVALLOS, F.. Description of two new sand fly species related to Nyssomyia antunesi (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae). Journal of Medical Entomology, 49: , GOMES AC, SANTOS JLF, GALATI EAB. Ecological aspects of American cutaneous leishmaniasis. 4. Observations on the endophilic behaviour of the Sandfly and the vectorial role of Psychodopigus intermedius in the Ribeira Valley region of the São Paulo State, Brazil. Revista de Saúde Pública; 20: ; HAMMER, O.; HARPER, D. A. T.; RIAN, P. D Past: Palaeonthological statistics software package for education and data analysis. Version Disponível em: < Acesso em: JURIS AMBIENTIS CONSULTORES S/S LTDA EPP. Estudo de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Sinop. Vetores de Interesse Médico LOIOLA CF, SILVA DA, GALATI EAB. Phlebotomine fauna (Diptera: Psychodidae) and species abundance in an endemic area of American cutaneous leishmaniasis in southeastern Minas Gerais, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz; 102: ; LUZ BE, MEMBRIVE N, CASTRO EA, DEREURE J, PRATLONG F, DEDET JA, PANDEY A, THOMAZ-SOCCOL V. Lutzomyia whitmani (Diptera: Psychodidae) as a vector of Leishmania (V.) braziliensis in Paraná State, Douthern Brazil. Ann Trop Med Parasit; 94: ; MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 51

52 MARCONDES CB, FALQUETO A, LOZOVEI ALL. Influence of preparation methods on the dimensions of Lutzomyia intermedia (Lutz & Neiva, 1912) (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae). Mem Inst Oswaldo Cruz; 92: ; MARCONDES, C.B. A proposal of generic and subgeneric abbreviations for phlebotomine sandflies (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) of the world. Entomological News; 118 (4): , MINISTÉRIO DA SAÚDE - SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE (MS-SVS). Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, 120 p., MINISTÉRIO DA SAÚDE - SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE (MS-SVS). Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana. 2a Ed. atualizada. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, 180 p., MINISTÉRIO DA SAÚDE/SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE (MS/SVS). Sistema de Informação de Agravoa de Notificação Sinan Net. Disponível em: Acessado em: MISSAWA, N.A.; DIAS, E.S. Phlebotomine sand flies (Diptera: Psychodidae) in the municipality of Várzea Grande: an area of transmission of visceral leishmaniasis in the state of Mato Grosso, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz; 102: , MISSAWA, N.A.; MACIEL, G.B.M.L.; RODRIGUES.,H. Distribuição geográfica de Lutzomyia (Nyssomyia) whitmani (Antunes e Coutinho, 1939) no Estado de Mato Grosso.Rev Soc Bras Med Trop; 41: , PITA-PEREIRA D, ALVES CR, SOUZA MB, BRAZIL RP, BERTHO AL, BARBOSA AF, BRITTO CC. Identifications of naturally infected Lutzomyia intermedia and Lutzomyia migonei with Leishmania (Viannia) braziliensis in Rio de Janeiro (Brazil) revealed by a PCR multiplex nonisotopic hybridization assay. Acta Trop; 99: ; QUINNELL, R. J., DYE, C. Correlates of the peridomestic abundance of Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae) in Amazonian Brazil. Med. Vet. Entomol.; 8: ; RANGEL EF & LAINSON R. Proven and putative vectors of American cutaneous leishmaniasis in Brazil: aspects of their biology and vectorial competence. Mem Inst Oswaldo Cruz; 104: ; RANGEL EF, AZEVEDO ACR, ANDRADE CA, SOUZA NA, WERMELINGER D. Estudos sobre a fauna de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) em um foco de Leishmaniose cutânea em MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 52

53 Mesquita, Rio de Janeiro. Mem Inst Oswaldo Cruz; 85: 39-45; RANGEL EF, SOUZA NA, WERMELINGER ED, AZEVEDO ACR, AF BARBOSA, ANDRADE CA. Flebótomos de Vargem Grande, Foco de leishmaniose tegumentar não Estado do Rio de Janeiro. Mem Inst Oswaldo Cruz; 81: ; RELATÓRIO DE IMPACTO DO MEIO AMBIENTE DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER (RIMA- UHE Colíder) RIBEIRO, A.L.M.; MISSAWA, N.A. & ZEILHOFER, P. - Distribution of phlebotomine sandflies (Diptera: Psychodidae) of medical importance in Mato Grosso State, Brazil. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 49(5): , RODRIGUEZ N, AGUILAR CM, BARRIOS MA, BARKER DC. Detection of Leishmania braziliensis in naturally infected individual sandflies by the polymerase chain reaction. Trans R Soc Trop Med Hyg; 93: 47-49; SARAIVA L, CARVALHO GM, GONTIJO CM, QUARESMA PF, LIMA AC, FALCÃO AL, ANDRADE FILHO JD. Natural infection of Lutzomyia neivai and Lutzomyia sallesi (Diptera: Psychodidae) by Leishmania infantum chagasi in Brazil. J Med Entomol; 46: ; SHERLOCK IA, GUITTON N. Observações sobre Calazar em Jacobina, Bahia III Alguns dados sobre o Phlebotomus longipalpis, o principal transmissor. Rev Bras Malariol Doen Trop; 21: ; SILVA EA, ANDREOTTI R, DIAS ES, BARROS JC, BRAZUNA JCM. Detection of Leishmania DNA in phlebotomine captured in Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil. Exp Parasitol; 119: ; SILVEIRA, F.T., LAINSON, R., SHAW, J.J., BRAGA, R.R., ISHIKAWA, E.A. SOUZA, A.A. Leishmaniose cutânea na Amazônia: isolamento de Leishmania (Viannia) lainsoni do roedor Agouti paca (Rodentia: Dasyproctidae), no Estado do Pará, Brasil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 33:18-22, 1991b. SILVEIRA, F.T., SOUZA, A.A., LAINSON, R., SHAW, J.J., BRAGA, R.R., ISHIKAWA, E.A. Cutaneous leishmaniasis in the Amazon Region: Natural infection of the sandfly Lutzomyia ubiquitalis (Psychodidae: Phlebotominae) by Leishmania (Viannia) lainsoni in Pará State, Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 86: , 1991a. TEODORO, U.; SILVEIRA, T.G.V.; SANTOS, D.R.; SANTOS, E.S.; SANTOS, A.R.; OLIVEIRA, O.; KÜHL, J.B. Freqüência da fauna de flebotomíneos no domicilio e em abrigos deanimais domésticos no peridomicilio, nos municípios de Cianorte e DoutorCamargo Estado do Paraná Brasil. Revista de Patologia Tropical 2001; 30(2): MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 53

54 9.. ANEXOS MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 54

55 ANEXO A - DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NOS MUNICÍPIOS PERTENCENTES A ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER AGOSTO A OUTUBRO DE MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 55

56 Idade Sexo Caso Autóctone/ Município Forma Clínica Data do Diagnóstico Data da Notificação Critério/ Confirmação Tipo/Caso Entrada Início do Tratamento Droga Administrada Dose/presc. N o /Ampolas Evolução do Caso Anexo A1 - Dados epidemiológicos dos casos de Leishmaniose Tegumentar Americana, registrados no município de Nova Canaã do Norte, Estado do Mato Grosso Área de Influência Direta (AID) da UHE Colíder (período: Agosto/2013 a Outubro/2013). Nome/Paciente Endereço Maria Vieira Boia 67 F Urbana/R. Colorado do Norte, s/n Sim LC 06/08/13 06/08/13 Lab. Novo 08/08/13 AP 60 S/inf. Everton Fernandes Silva 15 M Rural/Comunidade Pio XII Sim LC 26/08/13 26/08/13 Lab. Novo 26/08/13 AP 60 S/inf. Adevanir Melo de Souza 24 M Rural/Com. São Camilo PA Veraneio Sim LC 05/09/13 09/09/13 Lab. Novo 09/09/13 AP 60 S/inf. João Paulo dos Santos Urbana/R. Alberto Alves, M Mardes Sim LC 16/09/13 16/09/13 Lab. Novo 16/09/13 AP 60 S/inf. Cleber Aparecido Duarte 28 M Rural/Distrito ouro Branco, s/n Sim LC 16/09/13 16/09/13 Lab. Novo 18/09/13 AP 60 S/inf. Raimunda Pereira Rocha 70 F Rural/Distrito Ouro Branco, s/n Sim LC 16/09/13 16/09/13 Lab. Novo 18/09/13 AP 40 S/inf. LEGENDA: Forma Clínica: LC = Lesão Cutânea; LCM = Lesão Cutânea Mucosa. Critério de Confirmação: Lab. = Laboratorial; Clín. = Clínico Epidemiológico. Droga Administrada: AP = Antimonial Pentavalente; AF = Anfotericina; PT = Pentamidina; N/utiliz. = Não utilizada. Evolução do Caso: S/inf. = Sem informação; Mud/diag. = Mudança de diagnóstico. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 56

57 Idade Sexo Caso Autóctone/ Município Forma Clínica Data do Diagnóstico Data da Notificação Critério/ Confirmação Tipo/Caso Entrada Início do Tratamento Droga Administrada Dose/presc. N o /Ampolas Evolução do Caso Anexo A2 - Dados epidemiológicos dos casos de leishmaniose tegumentar americana, registrados no município de Colíder, Estado do Mato Grosso Área de Influência Direta (AID) da UHE Colíder (período: Agosto/2013 a Outubro/2013). Nome/Paciente Endereço Oldair de Abreu Miranda 48 M Urbana/Av. Amazonas, 422 Sim LC 06/08/13 06/08/13 Lab. Novo 06/08/13 Outras S/inf. Cura Odair José Strazza 37 M Urbana/R. Jurupaca, 116 Indeterm. LC 08/08/13 14/08/13 Lab. Novo 14/08/13 Outras S/inf. Cura Joaquim Santos 65 M Urbana/R. Bahia, 404 Sim LC 15/08/13 20/08/13 Clín. Novo 20/08/13 N/utiliz. S/inf. Aband. Josiel de Andrade 27 M Rural/Comunidade São Paulo Indeterm. LC 21/08/13 21/08/13 Lab. Novo 21/08/13 N/utiliz. S/inf. Cura Osvaldite da Silva Norte 57 M Urbana/R. Itaúba, 16 Sim LC 25/08/13 30/08/13 Clín. Novo 30/08/13 AP 60 Cura Elson Bonetti da Cruz 38 M Rural/Comunidade Pinheirinho Sim LC 25/09/13 25/09/13 Clín. Novo 25/09/13 AP 40 S/inf. Marcos Dionel L. gomes Rural/Comunid. São Judas 19 M Tadeu Sim LC 08/10/13 09/10/13 Lab. Novo 09/10/13 AP 60 S/inf. Agnaldo Leandro da Silva 19 M Rural/localidade ignorada Sim LC 10/10/13 11/10/13 Lab. Novo 11/10/13 AP 60 S/inf. LEGENDA: Forma Clínica: LC = Lesão Cutânea; LCM = Lesão Cutânea Mucosa. Critério de Confirmação: Lab. = Laboratorial; Clín. = Clínico Epidemiológico. Droga Administrada: AP = Antimonial Pentavalente; AF = Anfotericina; PT = Pentamidina; N/utiliz. = Não utilizada. Evolução do Caso: S/inf. = Sem informação; Mud/diag. = Mudança de diagnóstico. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 57

58 Anexo A3 - Dados epidemiológicos dos casos de leishmaniose tegumentar americana, registrados no município de Itaúba, Estado do Mato Grosso Área de Influência Direta (AID) da UHE Colíder (período: Agosto/2013 a Outubro/2013). MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 58

59 ANEXO B - SEMANA EPIDEMIOLÓGICA 2013 CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Portaria CVE nº 4, 20/12/2012 Dispõe sobre a adoção, em todo âmbito do Sistema de Saúde do Estado de São Paulo, de critério uniforme de identificação das semanas epidemiológicas do ano para efeito de registro, tabulação e apresentação de dados estatísticos quer técnicos, quer administrativos. O Diretor do Centro de Vigilância Epidemiológica, de acordo com a Resolução SS-270, de 07/12/90, resolve: Artigo 1º A semana epidemiológica se inicia no domingo e termina no sábado seguinte. Artigo 2º As semanas do ano de 2013 serão numeradas seguidamente de 01 a 52, de conformidade com a tabela abaixo. Artigo 3º A semana de número 01 se iniciará no dia 30 de dezembro de 2012 e a semana 52 terminará em 28/12/2013. Artigo 4º Todas as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão adotar, no ano de 2013, identificação de semanas constantes na tabela abaixo: Semana Início Término Semana Início Término 1 30/12/ /01/ /06/ /07/ /01/ /01/ /07/ /07/ /01/ /01/ /07/ /07/ /01/ /01/ /07/ /07/ /01/ /02/ /07/ /08/ /02/ /02/ /08/ /08/ /02/ /02/ /08/ /08/ /02/ /02/ /08/ /08/ /02/ /03/ /08/ /08/ /03/ /03/ /09/ /09/ /03/ /03/ /09/ /09/ /03/ /03/ /09/ /09/ /03/ /03/ /09/ /09/ /03/ /04/ /09/ /10/ /04/ /04/ /10/ /10/ /04/ /04/ /10/ /10/ /04/ /04/ /10/ /10/ /04/ /05/ /10/ /11/ /05/ /05/ /11/ /11/ /05/ /05/ /11/ /11/ /05/ /05/ /11/ /11/ /05/ /06/ /11/ /11/ /06/ /06/ /12/ /12/ /06/ /06/ /12/ /12/ /06/ /06/ /12/ /12/ /06/ /06/ /12/ /12/2013 Observação: Por convenção internacional as semanas epidemiológicas são contadas de domingo a sábado. A primeira semana do ano é aquela que contém o maior número de dias de janeiro e a última a que contém o maior número de dias de dezembro. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 59

60 ANEXO C - FICHA TÉCNICA DE COLETA MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 60

61 FICHA TÉCNICA DE COLETA Projeto: Monitoramento da Leishmaniose Tegumentar UHE Colíder Fase da Lua Município: Colíder-MT Localidade: Fazenda Realeza Data/coleta 16/11/2013 Intervalos / coleta Ocorrências meteorológicas 19:00h 20:00h 20:00h 21:00h 21:00h 22:00h 22:00h 23:00h Aspectos / tempo Período Noturno Temperatura (ºC) Máx. / Mín. URA (%) Máx. / Mín. Vento (km/h) Média Céu limpo Céu nublado Pancadas de chuva com relâmpagos e trovaodas Chuva forte com relâmpagos e trovaodas 27,5 27,0 27,0 26,0 26,0 25,0 25,0 23,0 61,0 70,0 70,0 81,0 81,0 90,0 90,0 98,0 Nulo Nulo Moderado Moderado Arm. Falcão/CDC Realizada Realizada Realizada Realizada MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 61

62 FICHA TÉCNICA DE COLETA Projeto: Monitoramento da Leishmaniose Tegumentar UHE Colíder Fase da Lua Município: Colíder-MT Localidade: Pousada Rossetto Data/coleta 16/11/2013 Intervalos / coleta Ocorrências meteorológicas 19:00h 20:00h 20:00h 21:00h 21:00h 22:00h 22:00h 23:00h Aspectos / tempo Período Noturno Temperatura (ºC) Máx. / Mín. URA (%) Máx. / Mín. Vento (km/h) Média Céu limpo Céu nublado Pancadas de chuva com relâmpagos e trovaodas Chuva forte com relâmpagos e trovaodas 27,5 27,0 27,0 26,0 26,0 25,0 25,0 23,0 61,0 70,0 70,0 81,0 81,0 90,0 90,0 98,0 Nulo Moderado Moderado Moderado Arm. Falcão/CDC Realizada Realizada Realizada Realizada Arm. Shannon Realizada Realizada Interrompida Interrompida IH Intradomicílio Realizada Realizada Realizada Realizada IH Peridomicílio Realizada Realizada Interrompida Interrompida Insp. Parede Ext. N/realizada N/realizada Realizada Realizada MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 62

63 FICHA TÉCNICA DE COLETA Projeto: Monitoramento da Leishmaniose Tegumentar UHE Colíder Fase da Lua Município: Itaúba Localidade: Recanto Barro Preto Data/coleta 17/11/2013 Intervalos / coleta Ocorrências meteorológicas 19:00h 20:00h 20:00h 21:00h 21:00h 22:00h 22:00h 23:00h Aspectos / tempo Período Noturno Temperatura (ºC) Máx. / Mín. URA (%) Máx. / Mín. Vento (km/h) Média Céu limpo Céu limpo Nublado Nublado, com aumento gradual na formação de nuvens 25,8 25,4 25,4 25,0 25,0 24,5 24,5 24,1 66,0 71,0 71,0 77,2 77,2 80,0 80,0 88,0 Nulo Nulo Nulo Moderado Arm. Falcão/CDC Realizada Realizada Realizada Realizada Arm. Shannon Realizada Realizada Realizada Realizada IH Intradomicílio Realizada Realizada Realizada Realizada IH Peridomicílio Realizada Realizada Realizada Realizada Insp. Parede Ext. N/realizada N/realizada Realizada N/realizada MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 63

64 FICHA TÉCNICA DE COLETA Projeto: Monitoramento da Leishmaniose Tegumentar UHE Colíder Fase da Lua Município: Nova Canaã do Norte Localidade: Canteiro de Obras UHE Colíder Data/coleta 18/11/2013 Intervalos / coleta Ocorrências meteorológicas 19:00h 20:00h 20:00h 21:00h 21:00h 22:00h 22:00h 23:00h Aspectos / tempo Período Noturno Temperatura (ºC) Máx. / Mín. URA (%) Máx. / Mín. Vento (km/h) Média Céu limpo Céu limpo Céu limpo Nublado, com poucas nuvens 25,6 25,2 25,2 24,8 24,8 24,5 24,5 24,0 66,1 71,0 71,0 77,0 77,0 83,2 83,2 87,0 Nulo Nulo Nulo Nulo Arm. Falcão/CDC Realizada Realizada Realizada Realizada Arm. Shannon Realizada Realizada Realizada Realizada IH Intradomicílio Realizada Realizada Realizada Realizada IH Extradomicílio Realizada Realizada Realizada Realizada MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 64

65 ANEXO D - GALERIA DE FOTOS TÉCNICAS DE COLETA DE FLEBOTOMÍNEOS. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 65

66 Anexo D1. Atividades de coletas realizadas no Canteiro de Obras da UHE Colíder. A = AF1 instalada na margem de mata; B = AF2 instalada no interior da mata; C = AF3 instalada na casa de energia; D = Coleta com AS na margem de mata; E = Flebotomíneos sendo coletados com aspirador elétrico na AS; F = coleta com IH no extradomicílio.. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 66

67 Anexo D2. Atividades de coletas realizadas na Fazenda Realeza, município de Colíder. A = AF1 instalada em residência desabitada (abrigo de caprinos); B = AF2 instalada em monte de pedras; C = AF3 instalada em chiqueiro e D = Coleta diurna de culicíneos com utilização de puçá (atrativo humano). MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 67

68 Anexo D3a. Atividades de coletas realizadas na Pousada Rossetto, município de Colíder. A = AF1 instalada em varanda de residência; B = AF2 instalada em galinheiro; C = AF3 instalada na mata; D = Coleta com AS na mata; E = Coleta com IH no peridomicílio; F = Coleta com IH no intradomicílio. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 68

69 Anexo D3b. Atividades de coletas realizadas na Pousada Rossetto, município de Colíder. A = Flebotomíneos pousados na parede; B = Coleta de flebotomíneos através de inspeção de parede externa de residência. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 69

70 Anexo D4. Atividades de coletas realizadas no Recanto Barro Preto, município de Itaúba. A = AF1 instalada na varanda de residência; B = AF2 instalada em galinheiro no peridomicílio; C = AF3 instalada na margem interna de mata; D = Coleta com AS na margem de mata no peridomicílio; E = Coleta com IH no peridomicílio; F = Coleta IH no intradomicílio. MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 70

71 ANEXO E - FOLHETO INFORMATIVO SOBRE LEISHMANIOSES DISTRIBUÍDOS NO CANTEIRO DE OBRAS E NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 71

72 MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 72

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