RELATÓRIO E CONTAS EXERCÍCIO DE 2011

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1 EDIA EDIA RELATÓRIO E CONTAS EXERCÍCIO DE 2011

2 EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Aqueva, S.A. Capital Social ,00 Número de Pessoa Colectiva Matrícula / da Conservatória do Registo Comercial de Beja Sede Social Delegação de Lisboa Delegação de Alqueva Delegação de Pedrógão Delegação de Mourão Parque de Natureza de Noudar Museu da Luz Rua Zeca Afonso, N.º BEJA Avenida da República, N.º 83, 4.º Dt o LISBOA Apartado MOURA Apartado MOURA Rua Marcos Gomes V. Rosado, MOURÃO Apartado BARRANCOS Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz LUZ - MOURÃO Fotografias Site: w w w.edia.pt António Cunha/EDIA

3 ÍNDICE 1. RELATÓRIO DE GESTÃO... 5 APRESENTAÇÃO... 7 ENQUADRAMENTO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS...33 GOVERNO DA SOCIEDADE ESTRUTURA DE SUPORTE...95 INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO PERSPECTIVAS PARA O ANO DE INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS ANÁLISE FINANCEIRA PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS CONTAS INDIVIDUAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL CONTAS CONSOLIDADAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS A 31 DE DEZEMBRO DE DECLARAÇÕES DE CONFORMIDADE CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL Declaração sobre Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da EDIA, S.A. prevista na Lei 28/ SIGLAS E ABREVIATURAS RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 3

4 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 4

5 1. RELATÓRIO DE GESTÃO RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 5

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7 APRESENTAÇÃO EDIA A EDIA, S.A. foi criada pelo Decreto-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro. De capitais exclusivamente públicos, teve como objetivos a conceção, construção e exploração do EFMA bem como a promoção do desenvolvimento económico e social da sua área de intervenção, que corresponde total ou parcialmente, a 20 concelhos do Alentejo. O Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro de 2007, concretiza a recentralização dos objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, definindo-lhe o seguinte objeto social: A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento, para fins de rega e exploração hidroelétrica, mediante contrato de concessão celebrado nos termos da Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro. A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram sistema primário do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação. A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao Empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas. A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização de recursos afetos ao Empreendimento. O Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro, surge na sequência do já referido Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, que aprovou as bases do contrato de concessão entre a EDIA e o Estado, com vista à utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, para fins de rega e exploração hidroelétrica. Foi assim atribuída à EDIA a concessão da gestão e exploração do Empreendimento e a titularidade, em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica. Ao abrigo do disposto neste Decreto-Lei, os poderes e competências da EDIA abrangem: A administração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua atividade. A atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de energia elétrica. Poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito. Em 2007 foi igualmente formalizado o acordo com a EDP para a exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, tendo sido assinado, a 25 de outubro, o Contrato de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de Subconcessão do Domínio Público Hídrico. Com a concretização do EFMA, e a entrada em exploração dos primeiros Perímetros de Rega verificou-se a necessidade de harmonizar o tarifário a aplicar no âmbito do Sistema, em função das diferentes condições de fornecimento de água. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 7

8 É neste contexto que surge o Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, que veio alterar o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e aclarar aspetos da envolvente económica e financeira do Empreendimento visando, designadamente, a otimização da gestão de recursos com vista à garantia da sustentabilidade económica futura da Empresa, adequando ainda o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos plasmado na Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 226- A/2007, de 31 de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho). Esta nova conceção veio permitir a fixação de um tarifário diferenciado e dotado de uma maior flexibilidade, quer em função das distintas condições de fornecimento da água pela EDIA (princípio já enunciado no artigo 11.º do Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e plasmado na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril), quer em função do uso a que se destina a água fornecida, permitindo, por esta via, a aferição do valor a fixar, não só em função das diferentes condições de exploração e fornecimento de água, mas também do respetivo ajuste à medida da entrada em funcionamento de cada uma das componentes da rede secundária. A 26 de maio de 2010 é publicado o Despacho N.º 9000/2010, que aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. Em 2011, o tarifário de rega para Alqueva foi atualizado com base no Índice de Preços ao Consumidor (1,4%). Face ao que antecede, no final de 2011, o objeto social da EDIA é: A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento para fins de rega e exploração hidroelétrica, mediante contrato de concessão celebrado nos termos da Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro. A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram o sistema primário do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação. A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao Empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao Empreendimento, designadamente, a produção de cartografia e cadastro predial, a prestação de serviços de formação técnica e profissional em todos os níveis do ciclo formativo, nomeadamente, na conceção, planeamento, organização, desenvolvimento, acompanhamento e avaliação de programas formativos, a produção e venda de videogramas e material audiovisual, bem como a organização e a venda de atividades recreativas, desportivas ou culturais, em meio natural ou em instalações fixas destinadas ao efeito, de carácter lúdico e com interesse turístico para a região. A exploração da componente hidroelétrica das infraestruturas integrantes do Sistema Primário do Empreendimento. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 8

9 Desde 1995 até ao final de 2011, já se executou um total de investimento de 1.907,13 milhões de euros, enquanto em 2011 se realizou 91,64 milhões de euros. Até ao final de 2011 ainda é o programa Barragem de Alqueva que representa o valor mais significativo de investimento, seguido com valores cada vez mais próximos, pelos programas Rede Primária e Rede Secundária, o que resulta da atual fase de programação do EFMA, em que os investimentos incidem no Sistema Global de Rega. milhares de euros Programas Anos Total Até Barragem de Alqueva , , , , , , ,77 Central Hidroeléctrica de Alqueva ,23 56,56 15,53 52,30 0,00 0, ,62 Barragem e Central de Pedrógão ,01 698,35 200, ,04 98,86 3, ,17 Estação Elevatória Alqueva-Álamos ,00 271,25 255,09 589,12 320,39 2, ,39 Rede Primária , , , , , , ,57 Rede Secundária de Rega , , , , , , ,34 Desenvolvimento Regional , ,95 183,66 511,10 214, , ,96 Total , , , , , , , Barragem de Alqueva Central Hidroeléctrica de Alqueva Barragem e Central de Pedrógão Estação Elevatória Alqueva-Álamos Rede Primária Rede Secundária de Rega Desenvolvimento Regional RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 9

10 Em 2011, encontravam-se em exploração, sob gestão da EDIA hectares (não considera a Infraestrutura 12) de área beneficiada, distribuidos pelos diversos perímetros de rega concluidos. Verificou-se no período uma adesão total de hectares, representando 35,6%. Perímetros de Rega Área Beneficiada (ha) Monte Novo Alvito - Pisão Pisão Alfundão Ferreira, Figueirinha e Valbom Orada - Amoreira Brinches Brinches - Enxoé Serpa TOTAL Monte Novo Alvito - Pisão Pisão Alfundão Ferreira, Figueirinha e Valbom Orada - Amoreira Brinches Brinches - Enxoé Serpa Perímetros de Rega Área Inscrita (ha) Monte Novo Alvito - Pisão Pisão 683 Alfundão 961 Ferreira, Figueirinha e Valbom 765 Orada - Amoreira 857 Brinches Brinches - Enxoé Serpa 957 TOTAL Monte Novo Alvito - Pisão Pisão Alfundão Ferreira, Figueirinha e Valbom Orada - Amoreira Brinches Brinches - Enxoé Serpa RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 10

11 Para a pressecução dos seus objectivos a EDIA, S.A. no final de 2011 contava nos seus quadros com 189 colaboradores, distribuidos pelas várias direções e categorias profissionais: Direções Colaboradores DADR 19 DAF 24 DEAOT 29 DGPE 32 DIPE 32 Gabinetes 47 Secretariado 6 DADR DAF DEAOT DGPE DIPE Gabinetes Secretariado Total 189 *Organograma Empresarial (pag.24) Categorias Colaboradores Técnico Especialista 27 Técnico Superior 94 Técnico 68 Técnico Especialista Técnico Superior Técnico Total 189 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 11

12 Outras Empresas Do Grupo GESTALQUEVA A GESTALQUEVA Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e do Pedrógão, S.A., cujo capital social é detido em 51% pela EDIA, foi constituída a 7 de março de 2003 e tem por objeto social: A conceção, promoção e execução de projetos de desenvolvimento e valorização das potencialidades das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão e das respetivas envolventes, nomeadamente nas áreas do ambiente, qualidade urbana, turismo e património; A gestão de utilizações dos planos de água, nomeadamente em regime de concessão, empreendimentos, equipamentos e infraestruturas associadas às albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e às áreas envolventes; A prestação de serviços nos domínios do planeamento, ordenamento, monitorização e gestão de equipamentos e infraestruturas de natureza ambiental na área compreendida pelas albufeiras de Alqueva e Pedrógão e dos concelhos do regolfo daquelas albufeiras e A sociedade poderá, desde que para o efeito esteja habilitada, exercer outras atividades para além das referidas nos números anteriores, desde que consideradas acessórias ou complementares daquelas. GESCRUZEIROS A GESCRUZEIROS Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo - Turística no Grande Lago Alqueva, S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva e Nautialqueva Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros, constituída a 16 de março de 2006, é detido em 51% pela Gestalqueva e tem como objecto social: O desenvolvimento de atividades Marítimo - Turísticas; O de operador Marítimo - Turístico e O de animação turística nas albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e na área correspondente aos municípios envolventes. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 12

13 Cronologia do Empreendimento 2011 Inauguração dos primeiros Perímetros de Rega do Subsistema Ardila (Perímetros de Orada - Amoreira; Brinches; Brinches Enxoé e Serpa), a 05 de Fevereiro Inauguração das Centrais Mini - Hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, do Perímetro de Rega de Alfundão e dos Blocos de Rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, do Perímetro de Rega do Pisão Roxo, a 27 de Abril 2010 Cota máxima da Albufeira da Barragem de Alqueva (152,00 m), atingida a 12 de Janeiro Distribuição de água aos Perímetros de Rega do Alvito Pisão e Pisão Concluída a ligação de Alqueva a todas as albufeiras de abastecimento público na área do EFMA 2009 Distribuição de água ao Perímetro de Rega do Monte - Novo Início do processo de transferência de água para a Albufeira de Alvito 2008 Projecto Alquevo 2008 Início do processo de transferência de água para a Albufeira do Monte - Novo 2007 Contrato de concessão do Domínio Público Hídrico Contrato de Exploração das Centrais Hidroeléctricas de Alqueva e de Pedrógão à EDP Prémio Internacional Puente de Alcântara 2006 Inauguração do Aproveitamento Hidroeléctrico de Pedrógão Entrada em funcionamento do Sistema Adutor Álamos Loureiro Abertura ao público do Parque de Natureza de Noudar 2005 Entrada em funcionamento do Perímetro de Rega da Luz 2004 Início do fornecimento de água para rega, pela Infra-estrura Início da produção de energia eléctrica na Central de Alqueva, em período de ensaios 2002 Encerramento das comportas de Alqueva 2001 Alterações no âmbito de intervenção da EDIA 1998 Início das betonagens na Barragem de Alqueva 1995 Criação da EDIA, S.A Decidida a retoma dos trabalhos 1978 Interrupção das obras 1976 Início das obras preliminares 1957 Plano de Rega do Alentejo RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 13

14 2011 EM REVISTA Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Outubro Novembro Dezembro A 06 de janeiro: Início da Empreitada de Construção do Circuito Hidráulico de Vale de Gaio. A 02 de fevereiro: Inicio da Empreitada de Construção do Perímetro de Rega de Loureiro Alvito; A 05 de fevereiro: Cerimónia pública de inauguração dos primeiros perímetros de rega do Subsistema Ardila (Perímetros de Orada Amoreira, Brinches; Brinches Enxoé e Serpa). A 22 de março: Dinamização do Dia Mundial da Água, numa iniciativa que envolveu a participação de cerca de 400 crianças; A 23 de março: O lançamento do Portal IBERLINX, no âmbito do Projecto IBERLINX; A 31 de março: A assinatura de um protocolo de entendimento e colaboração para a criação de uma Rede de Laboratórios de I&DT no concelho de Beja. A 15 de abril: Menção honrosa recebida pelo Parque de Natureza de Noudar (PNN), no âmbito dos prémios Turismo do Alentejo; A 16 de abril: Promoção da iniciativa mergulho ao Castelo da Lousa (monumento nacional classificado em 1970) e apresentação pública do evento, no âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios; A 27 de abril: Cerimónia pública de inauguração das Centrais Mini - Hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, do Perímetro de Rega de Alfundão e dos Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, do Perímetro de Rega do Pisão Roxo. A 03 de maio: Inicio da Empreitada e Fornecimento de Equipamentos do Sistema Elevatório de Pedrógão Margem Direita; A 11 de maio: Inicio das Empreitadas de Construção dos Blocos de Rega de Aljustrel, do Perímetro de Rega do Roxo Sado e Blocos de Rega de Pedrógão 3 do Perímetro de Rega de Pedrógão - Margem Direita; A 18 de maio: A comemoração do Dia Internacional dos Museus; A 23 de maio: Inicio das Empreitadas dos Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Ervidel, do Perímetro de Rega do Pisão Roxo; A 26 de maio: Inicio da Empreitada de Construção dos Blocos de Rega de Pedrógão 1; A 28 de maio: Inicio da Empreitada de Construção do Adutor de Cinco Reis. A 14 de junho: Inicio da Empreitada de Construção do Adutor de Pedrógão Margem Direita e da Barragem de S. Pedro; A 16 de junho: Inicio da Empreitada de Construção dos Blocos de Rega de Selmes, do Perímetro de Rega de Pedrógão. De 11 a 21 de julho: Realizou-se o programa Férias no Museu, com o tema O Rio [Guadiana] que se Fez Lago [Alqueva], destinado a jovens dos 8 aos 16 anos. A 11 de agosto: Adjudicação do Modelo de Simulação e Optimização do Funcionamento do Subsistema de Alqueva do EFMA De 13 a 15 de outubro: Realizou-se as Jornadas Técnicas APRH A Engenharia dos Aproveitamentos Hidroagrícolas: actualidade e desafios futuros ; A 25 de outubro: A EDIA e o SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente) da GNR, assinaram um protocolo de colaboração no âmbito de gestão dos Recursos Hídricos. Esta parceria visa realizar acções de vigilância e fiscalização no grande lago de Alqueva. A 24 de novembro: Adjudicação do Fornecimento e Instalação de Sinalização de Segurança, com boias, em albufeiras integradas no EFMA e Inventariação Biológica das Ilhas; A 25 de novembro: OMuseu da Luz e a editora Planeta Tangerina apresentaram a publicação infantil O que vês dessa janela?, uma história singela sobre a história singular da aldeia da Luz. A 22 de dezembro: Adjudicação do Fornecimento e Instalação de Sinalização de Segurança, com placares, em albufeiras integradas no EFMA. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 14

15 Caracterização das Principais Infraestruturas A conclusão da Barragem de Alqueva, a obra mais emblemática do projeto, permitiu a existência de uma reserva de água a toda a zona de intervenção com garantia de disponibilidades para fins de abastecimento público, industrial e agrícola. A Rede Primária do EFMA, para além de assegurar a disponibilidade de água aos Sistemas de Abastecimento de Água da sua área de intervenção, cujas origens são as albufeiras do Monte Novo, Alvito, Roxo e Enxoé, garante também o seu fornecimento aos vários, e dispersos, Perímetros de Rega do Empreendimento. As principais caraterísticas das infraestruturas que compõem o EFMA são as seguintes: BARRAGEM DE ALQUEVA Tipo abóbada de dupla curvatura em betão BARRAGEM DE PEDRÓGÃO 96 metros de altura máxima Tipo gravidade, parte em betão convencional e parte em BCC 458 metros de coroamento 43 metros de altura máxima ALBUFEIRA DE ALQUEVA 473 metros de coroamento hm 3 de capacidade máxima ALBUFEIRA DE PEDRÓGÃO hm 3 de capacidade útil 106 hm 3 de capacidade máxima Km de margens 54 hm 3 de capacidade útil 83 Km de comprimento 118 Km de margens 250 Km 2 de superfície 23 Km de comprimento CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE ALQUEVA - 1.ª FASE 11 Km 2 de superfície Tipo de pé - de - barragem CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE PEDRÓGÃO - 1.ª FASE 260 MW de potência instalada Tipo de pé - de - barragem REFORÇO DA CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE ALQUEVA * 260 MW 10 MW de potência instalada (*) No âmbito do contrato de exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e sub-concessão do domínio público hídrico, a EDP comprometeu-se a realizar a construção do reforço de potência de Alqueva e Pedrógão que passam, no final do contrato, para património da EDIA, assim como os gastos de reparação e substituição de equipamentos durante o período de contrato. Em 2011, a EDP enquanto o reforço de potencia da Central de Alqueva se encontrava praticamente concluida, tomou-se a decisão de não avançar com o reforço da Central de Pedrógão. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 15

16 O Sistema Global de Abastecimento de Água de Alqueva, quando concluído, beneficiará uma área com mais de ha. Divide-se em três subsistemas, de acordo com as diferentes origens de água: O Subsistema de Alqueva, com origem de água na albufeira de Alqueva: beneficia as áreas a Oeste de Beja e Centro do Alentejo; O Subsistema Ardila, com origem de água na albufeira de Pedrógão: beneficia as áreas da margem esquerda nos concelhos de Moura e Serpa e O Subsistema de Pedrógão, com origem de água igualmente na albufeira de Pedrógão: beneficia as áreas a Este de Beja até ao rio Guadiana. SISTEMA GLOBAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 3 Subsistemas - Alqueva, Ardila e Pedrógão 6 Centrais Mini-Hídricas hectares 21 Estruturas de Regulação 52 Estações Elevatórias Principais e Secundárias 68 Barragens/Reservatórios/Açudes Primários e Secundários 125,5 Km de Canais 1.798,5 Km de Condutas 639 Km de Caminhos de Acessos e de Serviços 10 Bacias de Retenção 70 Tomadas de Água 101 Comportas Descargas de Fundo Hidrantes Bocas de Rega RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 16

17 Em Destaque: Subsistema Pedrógão Objetivo Beneficiar uma área de ha Características Principais Barragens 4 Reservatórios de Regularização 5 Estações Elevatórias 8 Adutores 30 Km Condutas 269 Km Hidrantes 433 Aduções Principais Circuito Hidráulico de Pedrógão Beneficia uma área de ha Circuito Hidráulico de São Matias Beneficia uma área de ha Circuito Hidráulico São Pedro - Baleizão Beneficia uma área de ha Circuito Hidráulico São Pedro Quintos Beneficia uma área de ha Ponto de Situação Circuito Hidráulico de Pedrógão e Blocos de Rega de Pedrógão 1 e 3 e Blocos de Selmes Em Construção (data prevista de conclusão - finais de 2012). Circuito Hidráulico de São Matias e respetivos Blocos de Rega Projetos de Execução Concluídos. Circuito Hidráulico São Pedro Baleizão e respetivos Blocos de Rega Projetos de Execução Concluídos. Circuito Hidráulico Baleizão Quintos e respetivos Blocos de Rega Projetos de Execução Concluídos. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 17

18 O Circuito Hidráulico de Pedrógão com origem principal de água na Albufeira de Pedrógão, comtempla ainda dois Reservatórios (Pedrógão e Selmes) e a Barragem S. Pedro. Este circuito beneficia diretamente cerca de ha. As suas infraestruturas principais são: Rede Primária Estação Elevatória de Pedrógão Caudal - 12,5 m 3 /s Altura Manométrica - 80,9 m Potência -12 Mw Conduta Elevatória 2,75 Km de desenvolvimento Diâmetro nominal de mm Barragem de S. Pedro Volume Total dam 3 Volume Útil dam 3 Albufeira com o NPA à cota 142,5 m Reservatório de Pedrógão Volume Total 145 dam 3 Adução à Barragem São Pedro 8,4 Km Adução ao Reservatório Selmes Conduta 5,6 Km de tubagem RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 18

19 Rede Secundária Blocos de Rega de Pedrógão 1 e 3 Alta pressão Estação Elevatória de Pedrógão 1 Caudal - 0,64 m 3 /s Altura 113 m Potência - 1,2 Mw Estação Elevatória de Pedrogão 3 Caudal 1,65 m 3 /s Altura - 70 m Potência - 1,9 Mw Hidrantes - 62 Bocas de Rega Rede de Rega m Blocos de Rega de Selmes Alta Pressão Estação Elevatória secundária de Selmes Com dois patamares de elevação Caudal Selmes 2 0,52 m 3 /s Altura Selmes 2 70 m Caudal Selmes 5 1,2 m 3 /s Altura Selmes 5 90 m Potência 2,5 Mw Reservatório de Selmes Volume Total - 35 dam 3, NPA = 141,7 m Hidrantes 32 Bocas de Rega 84 Rede Rega m Adução ao Reservatórios existentes Conduta - 11,1 Km de tubagem Baixa pressão (gravítico) Rede Viária dos Blocos m RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 19

20 O Circuito Hidráulico de S. Matias beneficia ha, dos quais ha são em alta pressão e ha, em baixa pressão. Este Circuito Hidráulico tem como origem principal a Barragem de S, Pedro, e ainda o Reservatório da Cegonha e a Barragem das Almeidas. As suas infraestruturas principais são: Rede Primária: Estação Elevatória de S. Matias Caudal 4,5 m 3 /s Altura Elevação 65 m Potência 3,6 Mw Conduta Elevatória S. Matias Caudal - 4,5 m 3 /s Comprimento m Diâmetro mm Reservatório da Cegonha Volume Total 69,4 dam 3 Volume Útil 60,3 dam 3 Adutor de S. Matias Adutor Gravítico de m Diâmetro Entre e mm Barragem das Almeidas Voluma Total 538,3 dam 3 Volume Útil 503,9 dam 3 Do tipo aterro zonado Coroamento: 6m de largura 474m de comprimento Rede Secundária Estação Elevatória dos Almeidas E.E. - 2 patamares de elevação Caudal Bloco 3 1,31 m3/s Caudal Bloco 4 1,47 m3/s Altura Bloco 3 47,9 m (baixa pressão) Altura Bloco 4 84,3 m (alta pressão) Potência 3,8 Mw Perímetro de Rega de S. Matias (4 blocos) Hidrantes - 85 Bocas de Rega 166 Rede Rega m Rede Viária dos Blocos m RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 20

21 O Circuito Hidráulico de São Pedro - Baleizão permite beneficiar ha, em baixa pressão, tem como origem principal a albufeira de S. Pedro, Barragem da Amendoeira e Barragem da Magra. As suas infraestruturas principais são: Rede Primária Estação Elevatória de São Pedro Caudal - 8,5 m 3 /s Altura Manométrica 59 m Potência EE -7,2 Mw Conduta Elevatória de São Pedro Caudal - 8,5 m 3 /s Comprimento m Diâmetro m Barragem da Amendoeira Volume Total dam 3 Do tipo de aterro zonado Coroamento: 6,5 m de largura 575 m de Comprimento Galeria de Interligação 780m - 2 quadros em Betão; Caudal 9 m 3 /s Barragem da Magra Volume Total dam 3 Do tipo de aterro zonado Coroamento: 6,5 m de largura 475 m de Comprimento Adutor e Estação de Filtração da Magra Caudal 9 m 3 /s. Conduta 717 m Rede Secundária Perímetro de Rega S. Pedro Baleizão (3 blocos) Hidrantes - 76 Boca de Rega Rede Rega m Rede Viária dos Blocos m RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 21

22 Este Circuito Hidráulico de Baleizão Quintos, permite beneficiar ha, dos quais 4.100ha são beneficiados com recurso a uma Estação Elevatória secundária e os restantes são abastecidos graviticamente. Tem como origem de água a Barragem da Magra e o Reservatório do Estácio. As suas infraestruturas principais são: Rede Primária Adutor Baleizão-Quintos Caudal - 7,2 m 3 /s Adutor Gravítico m Reservatório do Estácio Volume Total 119,6 dam 3 Rede Secundária Estação Elevatória do Estácio Caudal Total 4,8 m 3 /s Potência - 3,15 Mw E.E.com 2 patamares de elevação Altura Bloco 4-52,7 m Altura Bloco 5 52,7 m Perímetro de Rega Baleizão Quintos (5 blocos) Hidrantes 178 Boca de Rega 330 Rede Rega m Rede Viária dos Blocos m. Reservatório R1 Volume Total 2,5 dam 3 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 22

23 Principais Características dos Perímetros do Subsistema de Pedrógão: PERÍMETROS ÁREA (ha) PERÍMETROS DO SUBSISTEMA PEDRÓGÃO CONDUTAS (km) HIDRANTES BOCAS POTÊNCIA E.E. (Mw ) PEDRÓGÃO ,60 S. MATIAS ,80 S. PEDRO - BALEIZÃO BALEIZÃO - QUINTOS ,15 TOTAL ,55 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 23

24 Organograma Empresarial Conselho de Administração Presidente: Dr. Henrique Troncho Vogal: Dr. Pires de Andrade Vogal: Eng. º Hemetério Monteiro Vogal: Dr.ª Augusta de Jesus Cachoupo Secretariado Gabinete de Apoio Jurídico Gabinete de Gestão de Recursos Humanos Gabinete de Documentação, Desenvolvimento e Marketing Gabinete do Regadio e da Economia da Água. Gabinete de Relações Públicas e Comunicação Parque de Natureza de Noudar Museu da Luz Centro de Cartografia Dr. Pedro Aires Diretor Dr. João Cruz Diretor Dr. João Martins Diretor Eng. º Filipe Santos Diretor Sr. Carlos Silva Diretor Dr.ª Bárbara Pinto Diretora Dr.ª Maria João Lança Diretora Eng. º Jacinto Franco Diretor Direção de Engenharia, Ambiente e Ordenamento do Território Eng. º Jorge Vazquez Diretor Coordenador Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia Eng. º Morim de Oliveira Diretor Coordenador Direção de Agricultura e Desenvolvimento Rural Eng.ª Isabel Grazina Diretora Coordenadora Direção de Gestão do Património e de Expropriações Eng. º Diogo Nascimento Diretor Coordenador Direção de Administração e Finanças Departamento de Planeamento e Elaboração de Projetos Departamento de Construção de Infraestruturas Primárias Departamento de Construção de Infraestruturas de Rega Departamento de Gestão do Património Departamento de Gestão Administrativa e Financeira Eng.ª Alexandra Carvalho Diretora Eng. º João Matias Diretor Eng.ª Dora Amador Diretora Eng. º Gonçalo Sebastião Diretor Dr. Carlos Freitas Diretor Departamento de Ambiente e Ordenamento do Território Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança Departamento de Exploração de Infraestruturas de Rega Departamento de Expropriações Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos Eng.ª Ana Ilhéu Diretora Eng. º João Figueira Diretor Eng.º José Carlos Saião Diretor Eng.ª Maria da Cola Lourenço Diretora Dr. Pedro Machado Diretor Departamento de Impactes Ambientais e Patrimoniais Departamento de Contabilidade Dr.ª Luísa Pinto Diretora Dr.ª Hélia Fonseca Diretora Departamento de Informação Geográfica e Cartografia Departamento de Sistemas de Informação Eng. º Duarte Carreira Diretor Eng.º Luís Estevens Diretor RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 24

25 Órgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Presidente Professor Doutor Carlos Alberto Martins Portas Secretários Dr.ª Cristina Maria Pereira Freire Dr. Luís Miguel Ferreira Mendes Braga Conselho de Administração Presidente Dr. Henrique António de Oliveira Troncho Vogais Dr. António Albino Pires de Andrade Eng.º Hemetério José Antunes Monteiro Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Conselho Fiscal Presidente Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Séves Vogais Dr.ª Graciete Conceição Pires Calejo Pinto Dr. Pedro Miguel Cerqueira Abreu Vogal Suplente Dr.ª Cristina Maria Vieira Sampaio Revisor Oficial de Contas Mazars & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A. Representado pelo Dr. Justino Mendes dos Santos Romão RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 25

26 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 26

27 ENQUADRAMENTO Enquadramento Regional A região do Alentejo (NUT II) compreende integralmente os distritos de Portalegre, Évora e Beja, e a metade sul do distrito de Setúbal, sendo assim a maior região de Portugal. Limita a norte com a Região Centro (Portugal), a este com a Espanha, a sul com a Região do Algarve e a oeste com a Região de Lisboa e Vale do Tejo e também com o Oceano Atlântico. O Alentejo compreende 5 sub-regiões estatísticas (NUTS III):Sub-região Alentejo Central, Subregião Alentejo Litoral,Sub-região Alto Alentejo,Sub-região Baixo Alentejo e Sub-região Lezíria do Tejo. Constitui um território caracterizado por possuir um clima temperado, com precipitações fracas, invernos chuvosos e verões secos e quentes, particularidades de um clima com características mediterrâneas e continentais, com temperaturas médias anuais elevadas. É nesta região que se localiza o EFMA, de acordo com o Decreto-Lei n.º 42/2007, de 22 de fevereiro, são 20 os concelhos abrangidos pelo EFMA, Alandroal; Alcácer do Sal; Aljustrel; Alvito; Barrancos; Beja; Cuba; Elvas; Évora; Ferreira do Alentejo; Grândola; Mértola; Moura; Mourão; Portel; Reguengos de Monsaraz; Santiago do Cacém; Serpa; Viana do Alentejo e Vidigueira. Estando no mapa que se segue identificada as regiões do EFMA no mapa da Península Ibérica. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 27

28 A região Alentejo, situada no sul de Portugal, possui uma área com cerca de ,2 Km 2, representando cerca de 34,3% do território nacional, e habitantes (censos 2011), cerca de 7,6% do Continente e 7,2% de Portugal. O Alentejo é a região portuguesa de menor índice de densidade populacional (23,8 h/km 2 ), com um povoamento especialmente concentrado, facto que denota a condição periférica da região menos povoada do país face à realidade nacional. Os resultados provisórios dos Censos 2011, referenciados ao dia 21 de março de 2011, indicam que a população residente em Portugal era de habitantes, o que significa que na última década a população aumentou cerca de 2%. O crescimento demográfico registado nesta década foi todavia inferior à anterior em 3%. Em termos regionais, a evolução demográfica da última década indica que a região do Alentejo voltou a perder população na última década, registando uma diminuição de cerca de 2,5% face a O Alentejo é uma região caracterizada por um índice de envelhecimento da população elevado, a sua economia apresenta uma especialização relevante do sector agrícola, muito embora as atividades relacionadas com os serviços venham a ganhar cada vez maior importância relativa. Como motor da economia alentejana encontramos alguns sub sectores da atividade agro-industrial cuja recente afirmação nos mercados nacionais e internacionais se tem mostrado bastante competitiva. As atividades do turismo, muitas vezes consideradas intrinsecamente relacionadas com o sector agro-alimentar, têm vindo a revelar também um potencial de crescimento económico para a Região. O EFMA constitui um projeto fundamental para o desenvolvimento da região Alentejo, enquanto elemento polarizador, fundamental para congregar empresas e outras atividades económicas que se instalem na sua área de atuação, promovendo e potenciando, por esta via, a criação de emprego e riqueza e combatendo, por outro lado, a desertificação e o envelhecimento da população. Enquadramento Macroeconómico Nacional A economia portuguesa intensificou em 2011 o inadiável processo de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados ao longo dos últimos anos. No mês de abril, o estado português solicitou assistência financeira junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia. Este pedido deu lugar à formalização de um Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), em que o Governo de Portugal se comprometeu a adotar medidas de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos e estruturais. Estas medidas visam assegurar condições indispensáveis ao aumento do potencial de crescimento da economia portuguesa e permitir um padrão de crescimento sustentável face ao novo quadro de funcionamento dos mercados financeiros internacionais. Segundo as previsões do Banco de Portugal, o Produto Interno Bruto(PIB) português contraiu-se 1,6% em 2011, vai cair 3,1% em 2012 e só crescerá 0,3% em A taxa de Inflação em 2011 foi de 3,6% prevendo-se um abrandamento para 2012 (3,2%). Em 2011 o consumo privado contraiu 3.6% e a procura interna contraiu 5,2%. A queda do consumo público, em 2011 foi de 3,2%, prevendo-se em 2012 uma descida de 2,9%. A travar a queda do PIB estarão as exportações, que apesarem de abrandarem o ritmo de crescimento, deverão continuar a aumentar. Em 2012 o aumento deverá ser de 4,1%, depois de um acréscimo de 7,3% em O indicador do investimento também deverá agravar. Preve-se que em 2011 diminuia 11,2% e no próximo ano 12,8%. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 28

29 TAXAS DE VARIAÇÃO (%) PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS 2011 (p) 2012 (p) 2013 (p) Produto Interno Bruto -1,6-3,1 0,3 Consumo Priv ado -3,6-6,8-1,8 Consumo Público -3,2-2,9-1,4 Formação Bruta de Capital Fixo -11,2-12,8-1,8 Procura Interna -5,2-6,5-1,5 Exportações 7,3 4,1 5,8 Importações -4,3-6,3 0,7 Contributo para o crescimento do PIB ( em p.p.) Exportações Líquidas 4,1 3,9 1,9 Procura Interna -5,6-6,7-1,5 do qual : Variação de existências -0,3 0,1 0,2 Balança Corrente e Balança de Capital ( % PIB) -6,8-1,6 0,8 Balança de Bens e Serv iços ( % PIB) -3,7 0,3 2,4 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor 3,6 3,2 1,0 Fonte: Banco de Portugal ( Boletim Económico de Inv erno ) Nota: ( p) - projectado. Para cada agregado apresenta-se a projecção correspondente ao v alor mais prov áv el condicional ao conjunto de hipóteses consideradas, e baseia-se em informação disponível até meados de Dezembro de 2011 Em causa estão as medidas de austeridade implementadas em Portugal e que passam pelo aumento de impostos, directos e indirectos, e pela redução de rendimentos. Entre os principais factores que explicam a taxa de inflação está o aumento do IVA, o impacto do aumento dos preços dos transportes no mês de agosto, e o crescimento acentuado dos produtos energéticos. Das doze classes de produtos incluidos no IPC, só numa é que os preços não subiram no ano de 2011: o vestuário e o calçado. Os principais contributos para a inflação vieram das classes dos transportes e de habitação, água, electicidade, gás e outros combústiveis. As classes de produtos alimentares e bebidas e saúde (cujos os preços desceram em 2010) contribuiram para o aumento de preços. Destacou-se igualmente, o corte de salários da Função Pública, já sentidos no inicio de 2011, e os cortes dos subsidios de férias e Natal estipulado para Verifica-se também o aumento do desemprego, que se encontra acima dos 13%. Segundo dados do Eurostat, a taxa de desemprego em Portugal avançou para 13,2% em novembro de 2011, registando o quarto pior resultado para o indicador entre os países da União Europeia (UE). A produção no setor da construção em Portugal recuou 12,2% em novembro de 2011, registando a maior queda do indicador verificada na União Europeia, indica o Eurostat. A produção industrial em Portugal registou uma queda de 1,6%, no mesmo período. As taxas de juro das operações do crédito aumentaram tanto para os particulares como para as empresas, tendo a subida sido mais pronunciada para o crédito ao consumo e outros fins. A economia portuguesa encontra-se no RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 29

30 limiar do mais abrangente processo de reformas dos últimos 30 anos, tendo em vista corrigir os desiquilibrios macroeconómicos e criar condições para o retorno ao crescimento numa base sustentada. Enquadramento Macroeconómico Internacional Ao longo de 2011 assistiu-se a um progressivo e significativo abrandamento da atividade económica a nível global, apesar da recuperação sentida em A economia mundial, em particular as economias avançadas, foram afetadas pelos mercados financeiros internacionais O ritmo de crescimento da economia mundial abrandou nos últimos meses, perspectivando-se uma maior desacelaração das economias avançadas e um crescimento mais moderado das economias emergentes. Verificou-se uma desacelaração das exportações mundiais, tanto ao nível das economias emergentes como das economias avançadas (mais acentuado no último caso). Mas relativamente às importações, foram as economias emergentes, especialmente asiáticas, que registaram um maior crescimento. As pressões inflacionistas permaneceram contidas nas economias avançadas, enquanto foram mais elevadas nas economias emergentes, apesar de se ter assistido a uma ligeira diminuição nos últimos meses, especialmente na China. TAXAS DE VARIAÇÃO ( %) Indicadores de Atividade Económica Mundial (Out) Indice de Produção Industrial Mundial 9,80 4,60 Economias Av ançadas 7,40 1,90 Economias Emergentes 12,10 7,10 Comércio Mundial de Mercadorias 15,00 2,90 Importaçãoes Mundiais 14,50 3,50 Economias Av ançadas 11,40 1,00 Economias Emergentes 18,10 6,20 Exportações Mundiais 15,40 2,40 Economias Av ançadas 13,60 1,10 Economias Emergentes 17,30 3,60 Fonte: Boletim M ensal de Economia Portuguesa N.º 12/2011 O comércio externo da Zona Euro registou um excedente de 6,9 mil milhões de euros em novembro de 2011, acima dos 1,1 mil milhões de euros de outubro, divulgados pelo gabinete de estatística da União Europeia. Por outro lado, em novembro de 2011, as exportações aumentaram 3,9% em relação ao período homólogo. Já no total dos 27 países da UE, o saldo da balança comercial registou um défice de 7,2 mil milhões de euros, face ao saldo negativo de 16,8 mil milhões de euros verificados no mesmo mês do ano anterior. A produção no setor da construção cresceu 0,5% em novembro de 2011 na Zona Euro, face ao mesmo mês do ano anterior, revela o Eurostat. Na União Europeia, o indicador avançou 0,3% no mesmo período. A produção industrial no conjunto dos países da moeda única desceu 0,1% em novembro, depois de ter caído 0,3% no mês RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 30

31 anterior, revelam os mesmos dados. A taxa de inflação no conjunto dos países da Zona Euro foi de 2,7 % em dezembro de Quanto à taxa de desemprego subiu tanto na AE (área euro) como na EU (União Europeia). Nos EUA, os dados disponíveis, indicam um abrandamento do consumo privado, um crescimento menos forte das exportações e um agravamento das atividades dos serviços. No entanto, a produção industrial e o mercado de trabalho revelam uma melhoria. Em novembro, a taxa de desemprego desceu para 8,6% e a taxa de inflação homóloga baixou para 3,4%. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 31

32 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 32

33 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EDIA Infraestruturas em Exploração Barragens de Alqueva e Pedrogão e Estação Elevatória dos Álamos No início de 2011 o nível da albufeira registou uma subida acentuada, a qual gerou a necessidade de realizar descargas a partir dos órgãos de segurança da barragem. Ao longo do ano manteve-se em termos médios na cota 149,33m, com pequenas variações em torno deste valor. Tendo atingido o nível máximo de 150,86m e mínimo de 147,57m, valor que corresponde, sensivelmente, à cota registada no final do mês de dezembro, e que traduz a tendência de descida moderada do nível de água armazenado, como resultado das baixas afluências próprias à albufeira, registadas no derradeiro trimestre do ano, e, também, dos regimes de exploração implementados na central hidroelétrica de Alqueva. Em cumprimento do disposto no Plano de Observação das Barragem de Alqueva e Pedrógão, prosseguiram as campanhas de leitura da aparelhagem de observação instalada no corpo das barragens, verificando-se o bom estado dos equipamentos de segurança hidráulico-operacional e o bom comportamento evidenciado globalmente pela estrutura. No dia 10 de novembro de 2011, a Autoridade de Segurança de Barragens (INAG) procedeu à inspeção da barragem de Pedrógão. No início de 2011 foram desenvolvidas ações de manutenção preventiva da instalação e dos equipamentos da Estação Elevatória dos Álamos. No 2.º trimestre foram retomadas as atividades de exploração dos equipamentos desta infraestrutura, de forma a suprir as necessidades de água geradas pelos consumos nas áreas beneficiadas pelo Subsistema Alqueva, nomeadamente, os consumos registados nos blocos de rega do Perímetro de Rega do Monte Novo, tendo decorrido a exploração de acordo com as exigências da água a jusante. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 33

34 Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão Nos termos do contrato de exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do Domínio Público Hídrico, estabelecido entre a EDIA e a EDP Gestão da Produção de Energia, S.A., prosseguiram, ao longo do ano, as atividades de exploração destas infraestruturas por parte da concessionária. Em cumprimento do estabelecido no referido contrato, a EDIA acompanhou as atividades de exploração da EDP no decurso deste período. Por outro lado, e ao abrigo do contrato de concessão supra referido, teve continuidade a construção pela concessionária do reforço de potência da Central de Alqueva. No início de 2011, e tendo-se registado afluências significativas à albufeira de Alqueva, houve um acréscimo do volume turbinado pela central, cujo funcionamento, ininterrupto durante algumas semanas, contribuiu, também, para a manutenção de um nível de armazenamento consentâneo com o período de Inverno e com a necessidade de garantir uma efetiva capacidade de amortecimento de cheias. Redes Primária e Secundária Os níveis de armazenamento nas albufeiras dos Álamos e Loureiro ao longo de 2011, sofreram as variações normais, decorrentes das necessidades da água a jusante. Nas Barragens de Amoreira, Brinches e Serpa, manteve-se a situação de primeiro enchimento das respetivas albufeiras, tendo sido atingido o nível de pleno armazenamento nas albufeiras da Amoreira e de Serpa. No entanto, em meados do mês de Julho, registava-se já um decréscimo dos volumes armazenados nestas três albufeiras, como resultado dos consumos produzidos nos blocos de rega confinantes com o Adutor da Orada e com o Adutor Brinches - Enxoé. No seguimento das visitas prévias ao 1.º enchimento das albufeiras das Barragens do Penedrão e Laje e Reservatório da Orada, ocorridas no segundo trimestre de 2010, prosseguiu o enchimento de cada uma destas albufeiras, mantendo-se as mesmas em situação de primeiro enchimento, com exceção do Reservatório da Orada. Prosseguiram as atividades de manutenção, conservação e exploração das infraestruturas primárias do empreendimento. No que se refere à exploração, tiveram alguma relevância as atividades desenvolvidas nos canais Álamos - Loureiro, Loureiro - Monte Novo, Alvito - Pisão, Pisão - Ferreira, Adutor da Orada e Adutor Brinches - Enxoé, para adução de água aos diversos reservatórios que integram os blocos de rega servidos por estes adutores. Em cumprimento do disposto nos Planos de Observação das 14 barragens constituintes das infraestruturas primárias do EFMA, realizaram-se as campanhas, aí previstas, de leitura da aparelhagem de observação, verificando-se o bom estado dos seus equipamentos de segurança hidráulico-operacional e o bom comportamento das diversas estruturas. Destas 14 barragens, 5 encontram-se em fase de 1.º enchimento e 9 em fase de exploração. A EDIA tem vindo igualmente a gerir alguns perímetros da Rede Secundária de Rega desde Durante este período a EDIA tem efetuado a gestão, exploração e conservação das infraestruturas contatando com as associações de beneficiários ou, diretamente, com os agricultores. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 34

35 No ano de 2011, sob a gestão da EDIA, entraram em exploração, após o período experimental, os Blocos de Rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom (do Perímetro de Rega do Pisão Roxo), no Subsistema Alqueva, assim como os Perímetros de Rega de Orada - Amoreira, Brinches e Brinches Enxoé, no Subsistema do Ardila, juntando-se assim aos Perímetros de Rega do Monte - Novo, Alvito - Pisão e Pisão, já em exploração, e totalizando uma área beneficiada de cerca de ha. Aos perímetros de rega atrás referidos acrescem, em regime experimental (primeiro ano), os de Alfundão, no Subsistema Alqueva, e Serpa, no Subsistema Ardila, com mais ha. Relativamente às atividades decorrentes da exploração da Rede Secundária, e que se prendem com as respetivas campanhas de rega, ou seja, com o fornecimento de água aos agricultores beneficiados pelos perímetros de rega em exploração, assim como todas as ações inerentes à realização das respetivas campanhas de rega, foram ainda efetuadas, de acordo com as necessidades existentes, todo um conjunto de ações de operação, manutenção e acompanhamento técnico junto dos agricultores. Ao longo do ano foram ainda preparados todos os elementos que servem de base à gestão dos perímetros, bem como da respetiva faturação, tendo-se procedido ao carregamento dos dados em aplicação desenvolvida para o efeito. Assim, implementaram-se todos os processos, e decorreu a faturação das componentes conservação, exploração e Taxa de Recursos Hídricos (TRH) dos perímetros em exploração, e faturação da TRH daqueles que se encontram, ainda, em regime experimental. Centrais Mini Hídricas da Rede Primária e Central Fotovoltaica de Alqueva No que concerne à exploração das centrais hidroelétricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Serpa e Roxo, há a referir que este ano as produções registadas foram, praticamente, inexistentes ou muito reduzidas. Durante o exercicio de 2011, prosseguiu a exploração da Central Fotovoltaica de Alqueva, tendo-se registado uma produção média mensal de cerca de kwh. A produção acumulada até final de 2011 foi equivalente a kwh. Albufeiras do EFMA Gestão e Exploração de Recursos Naturais Gestão da Água Estado das Massas de Água e Gestão de Albufeiras Em 2011, relativamente às Fontes de Poluição na área de Influência do Sistema Alqueva Pedrógão e Rede Primária, foi entregue a versão revista dos relatórios referentes aos trabalhos de Quantificação das Cargas Poluentes Afluentes às albufeiras Brinches, Serpa, Amoreira, Alvito e Pisão e Quantificação de Cargas Afluentes às Linhas de Água situadas na Bacia Hidrográfica do Rio Degebe, os quais estão em fase de análise, de forma a avaliar a integração dos comentários enviados pela EDIA. Em termos de Coordenação Luso-Espanhola foi efetuado o acompanhamento do cumprimento das conclusões operacionais definidas no Estudo das Condições Ambientais no Estuário do Rio Guadiana e Zonas Adjacentes - Conclusões Operacionais - fevereiro de Foi ainda elaborado o relatório referente à avaliação do cumprimento do caudal ecológico no Sistema Alqueva - Pedrógão, durante o ano hidrológico de 2009/2010, tendo o mesmo sido enviado à ARHAlentejo, INAG, CADC e EDP. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 35

36 No que respeita aos caudais ecológicos na Rede Primária do EFMA, prosseguiu, ao longo do ano, o acompanhamento do cumprimento das medidas referentes ao regime de manutenção dos caudais ecológicos da Rede Primária em exploração. Em termos de Gestão do Plano de Água, tiveram lugar os trabalhos de manutenção da sinalização de segurança das albufeiras de Alqueva e de Pedrógão. Decorreram parte dos trabalhos de substituição da corrente horizontal do sistema de sinalização de segurança junto à Barragem de Alqueva. Na sinalização das albufeiras da Rede Primária foram adjudicados os Concursos Públicos para a realização da sinalização de segurança, noutras infraestruturas do EFMA. Estes dois concursos são distintos, um é relativo à instalação de placares e o outro referente à instalação de boias. A sinalização de segurança a realizar nestas massas de água, à semelhança da realizada no ano de 2010, compõe-se de placares informativos nos principais acessos às zonas com restrições, placares na margem de apoio à navegação e boias no plano de água, delimitando os limites das zonas de restrição Gestão das Áreas Sobrantes e da Faixa Interníveis das Albufeiras Integradas no EFMA No âmbito do Projeto das Jangadas Solares para a Criação de Bosques Ripícolas de Cabeceira, na envolvente da albufeira de Alqueva, encontra-se em preparação a retancha das plantas instaladas que eventualmente não tenham vingado. No Projeto das Plataformas para Biodiversidade, foi instalada a última das três plataformas para a promoção da biodiversidade, localizando-se esta na albufeira das Tabulinas, junto a S. Marcos do Campo. Estas estruturas visam a criação de um habitat de reprodução particular, associado a um grupo específico de aves, as gaivíneas, que necessitam de zonas emersas de areia ou cascalho, sem vegetação e sem acesso à margem, de modo a proteger os ovos e os juvenis da predação. Em 2011, em termos de Gestão do Património teve continuidade os Trabalhos de Execução Relativos ao Plano de Gestão de Áreas Sobrantes e Interníveis. No final do ano iniciou-se a 3.ª Fase e concluiu-se o Plano de Gestão de Áreas Sobrantes e Interníveis do triénio , consubstanciando as respetivas ações de manutenção e beneficiação no respetivo período. Deu-se cumprimento ao arrendamento dos terrenos património da EDIA, identificados para esse fim, tendo-se procedido a novos contratos e renovação de contratos existentes. Começou a implementação da Prestação de Serviços para Segurança e Vigilância das Instalações das Estações Elevatórias do EFMA. Neste período, finalizaram-se os trabalhos de implementação e execução do projeto de recuperação paisagístico da Marina de Alqueva. No princípio de 2011, iniciou-se o processo de Certificação Florestal (FSC) das propriedades património da EDIA, nomeadamente da Herdade das Piteiras, Pardieiros de Baixo, Courela das Lebres e Malhadinha e Herdade dos Bravos, tendo sido desenvolvidos os primeiros contactos, com potenciais empresas certificadoras. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 36

37 Utilização Privativa do Domínio Público Hídrico No que respeita à Utilização Privativa do Domínio Público Hídrico, em 2011 continuou-se a ser prestado apoio aos requerentes na instrução dos pedidos de Licença/Concessão de Captação de Águas Superficiais, analisaram-se os processos em tramitação na EDIA e rececionaram-se novos pedidos de captação de água para rega. Refira-se que durante 2011, foi assinado um protocolo de colaboração com o Serviço de Proteção da Natureza e do ambiente (SEPNA), o que permite reforçar a colaboração com entidades externas nesta matéria. A Equipa de Fiscalização e Vigilância (EFV), continuou a desenvolver as atividades de vigilância e fiscalização relacionadas com o processo de licenciamento de captações de água. Esta equipa efetuou ainda um acompanhamento das diversas atividades que decorrem na envolvente das albufeiras, assim como a deteção atempada de pragas de fenómenos de poluição. Também efetuou o registo de ocorrências e sua comunicação às entidades externas competentes e procedeu à identificação de áreas em que se observem não conformidades ambientais com relevância para os objetivos da EDIA, na área da concessão do EFMA. A EFV realizou trabalhos pontuais de manutenção e reparação e auxiliaram em ações associadas à gestão dos recursos naturais. Infraestruturas em Construção Redes Primária e Secundária O EFMA constitui um projeto fundamental que em pleno contempla a beneficiação de uma área de regadio com mais de hectares. É neste contexto que, ao longo do ano, as atividades desenvolvidas pela EDIA continuaram a privilegiar a materialização do Sistema Global de Abastecimento de Água, com o avanço das obras das infraestruturas primárias e secundárias do Projeto Alqueva. No decurso do ano procedeu-se à inauguração dos primeiros Perímetros do Subsistema Ardila: Perímetros de Serpa; Brinches; Brinches - Enxoé e Orada Amoreira, a 05 de fevereiro, e, a 27 de abril, das Centrais Mini - Hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, do Perímetro de Rega de Alfundão e dos Blocos de Rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, do Perímetro de Rega do Pisão Roxo. SUBSISTEMA ALQUEVA Em 2011, em termos de Rede Primária, e no que respeita às obras do Subsistema Alqueva, destaca-se as consignações das Empreitadas de Construção do Circuito Hidráulico de Vale do Gaio e do Adutor de Cinco Reis (junho de 2011), esta última da Ligação Pisão Beja. As Empreitadas de Construção do 1.º Troço (Trigaches Reservatório de Álamo) e 2.º Troço (Álamo Barragem de Cinco Reis), também da Ligação Pisão Beja, continuaram ao longo do ano, e finalizaram no final do ano de Já em termos de Rede Secundária, refira-se ainda, neste subsistema, o início de algumas obras, como é o caso da Empreitada de Construção do Perímetro de Rega de Loureiro Alvito e do Bloco de Rega de Aljustrel, do Perímetro de Rega do Roxo Sado e das Empreitadas de Construção das Infraestruturas de Rega, Viárias e de Drenagem dos Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Ervidel, do Perímetro de Rega Pisão Roxo, consignadas em maio de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 37

38 SUBSISTEMA ARDILA Na margem esquerda do Guadiana, e quanto ao Subsistema Ardila, destaca-se a receção provisória das Empreitadas de Construção dos Adutores do Enxoé, Serpa e Laje e da Barragem da Laje e Conduta Elevatória de Brinches e Reservatório de Brinches Sul. Relativamente à obra da Estação Elevatória da Torre do Lóbio, Adutor de Serpa e Reservatório de Serpa Norte, já concluída, foram realizados ensaios e procedeu-se ao desenvolvimento/implementação do respetivo sistema de supervisão. SUBSISTEMA PEDRÓGÃO O ano de 2011 marcou igualmente o início das obras no Subsistema de Pedrógão, com o início da Empreitada de Construção e Fornecimento dos Equipamentos do Sistema Elevatório de Pedrógão - Margem Direita e da Empreitada de Construção do Adutor de Pedrógão - Margem Direita e Barragem de S. Pedro, da Rede Primária. Neste subsistema, mas já em termos de Rede Secundária, principiaram as obras respeitantes aos Blocos de Rega de Pedrógão 1 e 3 e de Selmes, consignadas, respetivamente, nos meses de maio e junho de Em 2011, em simultâneo com as empreitadas de construção das Redes Primária e Secundária dos vários subsistemas, realizaram-se as atividades de acompanhamento ambiental em obra e respetivos trabalhos arqueológicos de minimização de impactes em diversas ocorrências patrimoniais de situações desconhecidas identificadas na fase prévia às obras ou no decurso das mesmas. Projetos em Curso Redes Primária e Secundária Em 2011 teve inicio, continuação e validação de vários estudos e projetos referentes às infraestruturas primárias e secundárias, a implementar no âmbito do EFMA, e ainda a elaboração de alguns estudos relativos a dados de base para o dimensionamento/sistematização e funcionamento dos circuitos hidráulicos e infraestruturas em equação. Por outro lado, e no sentido de informar sobre as características e potencialidades das infraestruturas do EFMA e de sistematização das questões inerentes ao benefício hidroagrícola a ser concretizado através das infraestruturas do EFMA, em 2011, continuaram a ser assegurados os contactos e efetuadas reuniões com os futuros beneficiários do projeto, tais como, os agricultores. SUBSISTEMA ALQUEVA Em termos de Subsistema Alqueva, e no que respeita à Rede Primária, em 2011 iniciou-se o Projeto de Execução e Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do Circuito Hidráulico Roxo Sado e respetivo Bloco de Rega. Atualmente os RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 38

39 estudos encontram-se em curso, foi concluído o Estudo Prévios e enviados à Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR). Relativamente ao Perímetro de Rega do Pisão Beja, no Projeto de Execução e EIA dos Blocos de Rega de Cinco Reis, Trindade e Chancuda, aguarda-se a apreciação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), relativamente aos Elementos Condicionantes ao Licenciamento e Elementos a Apresentar à Autoridade de AIA. Quanto ao Projeto de Execução e respetivo EIA do Bloco de Rega de Beringel Beja, procedeu-se à análise detalhada do projeto. Na vertente ambiental teve lugar a entrega, a 12 de dezembro, da DIA. Ao longo de 2011 foram adjudicados o Modelo de Simulação e Otimização do Funcionamento do Subsistema de Alqueva do EFMA e o Projeto de Execução do Circuito Hidráulico de Ligação à Adução a Morgável. Este último vai permitir o reforço do abastecimento de água ao Pólo Industrial de Sines. SUBSISTEMA ARDILA Quanto ao Subsistema Ardila no Projeto de Execução do Circuito Hidráulico de Amoreira Caliços, na componente ambiental teve lugar o envio de resposta para a Associação Portuguesa do Ambiente (APA) relativamente ao ponto 1 da alínea 1) dos Elementos a Apresentar No que respeita ao EIA do Circuito Hidráulico de Caliços Pias aguarda-se o início da empreitada, para efeitos de conclusão do procedimento de AIA. Relativamente ao Projeto de Execução e EIA do Circuito Hidráulico de Caliços Machados e respetivo Bloco de Rega, decorreu a análise detalhada final do Projeto de Execução. Na componente ambiental aguarda-se a resposta do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, para efeitos de pedido de reapreciação da DIA. No que concerne ao Projeto do Bloco de Rega de Pias e respetivo EIA, procedeu-se, no final de 2011, ao envio de Elementos a Apresentar e Condicionantes. Continua a decorrer a preparação de resposta aos Elementos a Apresentar e Condicionantes da DIA, relativamente ao Projeto de Execução e EIA do Bloco de Rega Moura Gravítico. Os trabalhos da 2.ª fase do Projeto de Emparcelamento Rural Integrado dos Coutos de Moura (iniciados em 2010), decorreram dentro da normalidade, destacando-se a conclusão do desenho dos novos lotes, de forma a se poder iniciar o período de exposição pública no início de Os projetos de reconversão dos novos olivais bem como das infraestruturas (caminhos e drenagem), tiveram igualmente avanços claros. SUBSISTEMA PEDRÓGÃO No Subsistema de Pedrógão, e relativamente ao EIA da Estação Elevatória e Circuito Hidráulico do Pedrógão (Margem Direita) continua a aguardar-se o envio do ofício de conclusão do Procedimento de AIA, por parte da APA. No Projeto de Execução e EIA do Circuito Hidráulico de S. Matias e respetivo Bloco de Rega, prossegue a preparação dos Elementos a Apresentar e Condicionantes em resposta à DIA. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 39

40 Procedeu-se à análise detalhada dos Projetos de Execução e EIA dos Circuitos Hidráulicos São Pedro Baleizão e Baleizão Quintos e respetivos Blocos de Rega. Foi emitida a DIA e decorreu, ainda, a preparação e envio dos Elementos Adicionais para a APA. Procedimentos Expropriativos Em 2011 decorreram diversas atividades com a finalidade de assegurar os procedimentos expropriativos associados aos projetos em curso, em fase de conclusão e em fase inicial, com intervenções em distintas áreas geográficas do Empreendimento. Relativamente aos projetos em fase final do processo expropriativo teve lugar o acompanhamento de comissões arbitrais e peritagens, a regularização de situações de registo e o acompanhamento de situações resultantes das obras. No que concerne aos projetos que se encontram em curso, realizaram-se levantamentos de campo; avaliações; negociações; vistorias ad perpetuam rei memoriam; autos de posse administrativa e de expropriação amigável; registos e o acompanhamento de situações resultantes de obra. Nos projetos que se encontram na sua fase inicial, aguarda-se a publicação das respetivas Declarações de Utilidade Pública (DUP). Total dos Projetos em Fase de Processo Expropriativo em 2011 Projecto PrédiosAvaliados Prédios Aprovados Prédios Acordados Autos Efectuados Total Rede Primária Total Rede Secundária Total Redes Primária e Secundária Neste período prosseguiram ainda, as prestações de serviços com as empresas Águas Públicas do Alentejo, S.A. (AgdA) e Águas de Santo André, S.A. (AdSA). A EDIA foi ainda convidada, pela empresa Águas do Noroeste a apresentar uma proposta para a realização de uma prestação de serviços de constituição de servidões administrativas. Ambiente, Património e Ordenamento do Território Património Cultural A EDIA cedeu à Câmara Municipal de Évora, alguns elementos da exposição da EDIA Vinha das Caliças O lento despertar, tendo sido assinado um protocolo entre as duas instituições para esse efeito. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 40

41 No âmbito do protocolo celebrado entre a EDIA e a Direção Regional de Cultural do Alentejo (DRCAL), no decorrer de 2011, procedeu-se à preparação da publicação das monografias relativas aos trabalhos arqueológicos realizados no âmbito do Plano de minimização de impactes arqueológicos no regolfo de Alqueva. A candidatura apresentada pela DRCAL ao INALENTEJO foi aprovada, encontrando-se na fase de preparação o concurso público para a adjudicação dos trabalhos de conceção gráfica, impressão e acabamento das monografias. Referencie-se igualmente, a preparação, na sequência da DIA dos Blocos de Rega de Ferreira e Valbom, dos trabalhos de investigação e publicação associados ao povoado do Porto Torrão, a executar enquanto medida compensatória, face aos impactes negativos provocados pela implementação do projeto. Destaque, entre 13 e 15 de outubro, para a participação nas jornadas Técnicas APRH A Engenharia dos Aproveitamentos: atualidade e desafios futuros, realizadas no LNEC. Projetos de Recuperação/Reabilitação de Galerias Ripícolas Projeto de Enquadramento e Recuperação Paisagística das Barragens da Amoreira, Brinches e Serpa (PERP) Execução do Relatório Final do Júri. Adjudicação do Concurso Público para a Prestação de Serviços para a realização de trabalhos de Reabilitação de Linhas de Água no Subsistema do Ardila do EFMA, onde se integra o Projeto PERP. Projetos de Reabilitação de linhas de água dos Projetos de Execução: do Bloco de Rega de Serpa e do Bloco de Rega Brinches-Enxoé (PRLA Sul) e do Bloco de Rega Orada Amoreira e Bloco de Rega de Brinches (PRLA Oeste) Execução do Relatório Final do Júri. Adjudicação do Concurso Público para a Prestação de Serviços para a realização de trabalhos de Reabilitação de Linhas de Água no Subsistema do Ardila do EFMA, onde se integra o Projeto PRLA Sul e Oeste. Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da Bacia Hidrográfica do Sado (PMCSado) Em curso a ação 2 - Criação de By-pass a obstáculo transversal (que integra o PMCSado), para efeitos de execução do Projeto e posterior implementação e Em preparação as ações 3 (controlo da pressão humana) e 8 (ações de sensibilização sobre o valor patrimonial das espécies piscícolas nativas e respetivas ameaças). RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 41

42 Diversos Foram executados diversos trabalhos para a AgdA, no âmbito do contrato de prestação de serviços de assessoria sobre questões de Património Cultural. Monitorização Ambiental No âmbito da monitorização ambiental decorreram em 2011 os programas relacionados com a Monitorização no Sistema Alqueva Pedrógão e nas Redes Primária e Secundária de Rega, apresentando-se o respectivo ponto de situação nos seguintes quadros: Programas de Monitorização do Sistema Alqueva Pedrógão e Rede Primária Sistema Alqueva - Pedrógão e Rede Primária Programas de Monitorização Ponto de Situação Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2010/2012) Potenciais impactes da transferência da água Guadiana-Sado na Ictiofauna Recursos Hídricos do Troço de Ligação Pisão-Beja Recursos Hídricos Superficiais do Circuito Hidráulico de Vale do Gaio fase de construção Recursos Hídricos Superficiais da Estação Elevatória e do Circuito Hidráulico do Pedrógão fase de construção Em curso Em fase de conclusão Em fase de conclusão Em curso Em curso Fauna, Flora e Vegetação Eficácia das Medidas de Minimização do Efeito Barreira e do Efeito Armadilha Dispositivo de Passagem para Peixes Flora e Vegetação no Circuito Hidráulico de Adução à Barragem de Odivelas e By-pass Em curso Em curso Em fase de conclusão RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 42

43 Programas de Monitorização da Rede Secundária de Rega Rede Secundária de Rega Programas de Monitorização Ponto de Situação Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas Recursos Hídricos Superficiais e Qualidade Ecológica na Área dos Blocos de Rega em fase de exploração Recursos Hídricos Subterrâneos na Área dos Blocos de Rega no Subsistema Alqueva (2011) Recursos Hídricos Subterrâneos na Área dos Blocos de Rega no Subsistema Ardila (2011) Em fase de conclusão Em curso Em fase de conclusão Fauna, Flora e Vegetação Avifauna na Barragem do Pisão (2011/2012) Ictiofauna e dos Recursos Hídricos Superficiais no Bloco de Rega do Monte Novo (2010/2011) Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2009/2010) Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2010/2011) Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2009/2010) Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2010/2011) Aves estepárias nos Blocos de Rega de Ervidel (2010/2011) Aves estepárias nos Blocos de Rega de Selmes, S. Pedro Norte e Pedrógão (2010/2011) Aves estepárias nos Blocos de Rega de Pias (2011) Aves estepárias nos Blocos Sul e Oeste do Subsistema do Ardila Solos Solo nos Blocos de Rega do concelho de Ferreira do Alentejo e Serpa (Blocos de Ferreira, Figueirinha, Valbom, alfundão, Brinches- Enxoé, Brinches, serpa e Orada-Amoreira) Solo nos Blocos de Rega de Selmes, S. Pedro Norte e Pedrógão Em curso Em curso Em fase de conclusão Em curso Em fase de conclusão Em fase de conclusão Em fase de conclusão Em fase de conclusão Em curso Em curso Em fase de conclusão Em fase de conclusão Neste período decorreram as ações de manutenção das estações da EDIA e do equipamento instalado nalgumas das estações do Instituto da Água (INAG) (sondas de meio e de fundo e amostradores automáticos), tendo sido adquirido material de reserva para as estações automáticas integradas na rede específica de monitorização do sistema Alqueva - Pedrógão. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 43

44 Ordenamento do Território No âmbito da elaboração dos Planos de Gestão das Bacias Hidrográficas integrados nas Regiões Hidrográficas do Sado e Mira (RH 6) e do Guadiana (RH 7) foram promovidas pela Administração da Região Hidrográfica do Alentejo ARHAlentejo, um conjunto de sessões públicas nas quais a EDIA assegurou a sua participação. No início de 2011, teve lugar uma reunião entre a EDIA e a Câmara Municipal de Beja sobre a futura utilização da zona envolvente da albufeira do Pisão. A 1 de março a EDIA participou ainda numa reunião na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) relativa à revisão do Plano Diretor Municipal de Ferreira do Alentejo. Outras Ações Na albufeira de Alqueva muitas áreas encontram-se entre as cotas 152 m (NPA) e 130 m (correspondente ao NmE), formando um arquipélago composto por um número de ilhas que varia consoante o nível que a albufeira apresenta. A quantidade de ilhas existentes na albufeira de Alqueva depende da cota a que esta se encontra, variando entre as 226 ilhas no NmE a as 427 ilhas ao NPA. A EDIA, durante o processo de expropriação dos terrenos afetos à albufeira de Alqueva, expropriou também as áreas que iriam constituir as futuras ilhas com o objetivo de conservar e preservar os habitats e a biodiversidade das mesmas, objetivo esse que consta do Programa de Gestão Ambiental do EFMA. A melhor forma de preservar estas ilhas e, ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento regional, passa pela promoção e ordenamento destas áreas sendo necessário, para o efeito, a atualização dos respetivos levantamentos de biodiversidade e habitats, de modo a conhecer a sua evolução natural. Neste âmbito foi elaborado um projeto com vista à implementação de uma estratégia para a conservação e valorização das ilhas e penínsulas de Alqueva. No final do ano adjudicou-se o concurso o para Inventariação Biológicas nas Ilhas ( ). Sistemas de Gestão na Área Ambiental Sistemas de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva (SHIRAL) Conceção Implementação Ao longo do ano tiveram continuidade as atividades de divulgação e disseminação de informação associada aos recursos hídricos através dos seguintes boletins: Boletim Diário, com informação sobre a variação diária, semanal e mensal da cota da albufeira de Alqueva e dos caudais registados a montante e jusante desta Albufeira; Boletim de Qualidade da Água, com periodicidade semanal, onde se efetua uma análise da evolução temporal de alguns parâmetros físico-químicos. Este boletim inclui a análise dos dados de qualidade da água recolhidos por estações sob responsabilidade da EDIA e do INAG; Boletim com periodicidade mensal para divulgação interna do regime de caudais ecológicos para o Sistema Alqueva - Pedrógão e Rede Primária do EFMA, atualmente em exploração. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 44

45 Projetos Especiais Consideram-se Projetos Especiais o Parque de Natureza de Noudar (PNN), o Museu da Luz e os Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia. Parque de Natureza de Noudar O Parque de Natureza de Noudar (PNN), um espaço na Herdade da Coitadinha, a 20 Km da Vila de Barrancos, é um local para desfrutar de comunidades faunísticas e florísticas importantes, reúne as condições ideais para os amantes da natureza, do conhecimento e da tranquilidade. No PNN estão presentes princípios da salvaguarda e conservação dos valores naturais, incentivando-se a multifuncionalidade e sustentabilidade da herdade, enquanto exploração agro-florestal, centrando-se, essencialmente, em torno de três áreas distintas: agricultura, turismo e ambiente. No período em apreço, realizaram-se diversos trabalhos de gestão florestal, pecuária, agrícola e cinegética. Os trabalhos agroflorestais decorreram de acordo com o estipulado no Plano de Exploração Agro-Florestal para 2010/2011, tendo-se finalizado, neste âmbito, o inventário florestal da herdade. No início de 2011 foi realizada pela SATIVA Florestal (Auditoria e Inspeção, Agricultura e Pecuária Biológica) a auditoria Forest Stewarship Council (FSC), mantendo-se atribuído ao Parque o certificado GFS/FSC. Decorreram as diversas ações de prevenção e vigilância contra incêndios, em vigência durante a época oficial de maior risco da sua ocorrência. Em 2011 a oferta de atividades de interpretação e educação ambiental associada ao turismo de natureza continuou a integrar uma forte componente de divulgação científica e pedagógica distribuída por quatro eixos: Percursos Interpretativos, Programa Vamos a Noudar; Guia Com a Terra na Palma da Mão e do Centro de Interpretação. Destaque-se em 2011, no âmbito do Projeto IBERLINX, o lançamento do Portal Iberlinx, a 23 de março No que respeita às atividades de divulgação e promoção mencionem-se, entre outras ações, a presença a participação no roteiro Dormidas e Manjares 2011, da revista Mais Alentejo, e a menção honrosa recebida no âmbito dos prémios Turismo do Alentejo (15 de abril). Prosseguiu ainda a implementação e organização de atividades interpretativas e eventos. Também é de referir que o PNN foi finalista no prémio Green Project Awards. Prosseguiu ainda a implementação e organização de atividades interpretativas e eventos, como a inauguração da Estação da Biodiversidade, no dia 17 de setembro. No dia 8 de novembro de 2011 foi assinado um Protocolo de Cooperação entre a EDIA e o Agrupamento de Escolas de Barrancos (AEB). O AEB considera que a colaboração com o PNN é importante para a concretização do seu Projeto Educativo, tendo em conta os recursos que dispõe para a realização de atividades educativas de caráter experimental. O Agrupamento de Escolas de Barrancos considera que o papel do PNN na estratégia nacional para a conservação do lince-ibérico contribuirá para o desenvolvimento local, devendo por isso ser valorizado em termos educativos tendo em vista a sensibilização dos alunos para esta temática. É de referenciar, igualmente, a comemoração do Dia Aberto, a 26 de novembro, com a apresentação do projeto do PNN para a recuperação do habitat do lince Ibérico. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 45

46 Museu da Luz A ideia da fundação de um Museu, centrado nas memórias e identidades do passado e do futuro do território da aldeia da Luz no contexto de Alqueva, tem origem na década de 1980, mas foi em maio de 2010 que passou a integrar a Rede Portuguesa de Museus (RPM) do Ministério da Cultura, responsável pela credenciação e qualificação na área museológica. O Museu é um espaço evocativo da identidade e memória coletivas e é, simultaneamente, potenciador dos tempos futuros. As comunidades do seu território de intervenção assumem um papel vital nos processos de registo e salvaguarda das realidades desaparecidas O Museu da Luz promoveu a sua atividade privilegiando as áreas da Investigação, Educação, Inventário e Documentação e Conservação do seu Acervo. Nos seus 7 anos de existência, recebeu e acolheu mais de 120 mil pessoas de todo o país e de fora dele. Durante o ano de 2011 o museu deu continuidade à divulgação das edições do Museu junto das bibliotecas do país, ofertas e permutas institucionais e as receções especiais a escolas, grupos de professores, universidades, grupos de ação cultural e operadores turísticos. No quadro do Programa Educativo Escolar, o Museu da Luz promoveu a realização de visitas guiadas, associadas ou não a oficinas pedagógicas, e preparou atividades específicas, em função de objetivos pedagógicos propostos pelas escolas. No que concerne ao programa expositivo, continuou a ser efetuada a projeção e divulgação de diversas atividades e exposições caso, nomeadamente, das iniciativas Dar voz aos objetos e Igreja de Nossa Senhora da Luz, assim como da exposição O Arneiro, por Jacinto Rocha Alta: do cereal ao moinho. Em termos de realizações de relevo, ao longo de 2011, mencione-se a 16 de abril, a atividade Um mergulho no Castelo da Lousa, no âmbito da celebração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios que, em 2011, teve como tema Água: cultura e património. Este evento foi o mote para uma iniciativa inédita da EDIA/Museu da Luz. Assim, e pela primeira vez desde a sua submersão, o Castelo da Lousa foi objeto de um mergulho de profundidade para observação deste monumento nacional classificado em A 18 de maio foi ainda celebrado o Dia Internacional dos Museus, este ano subordinado ao tema geral Museu e Memória. O Museu da Luz prestou homenagem ao Rio Guadiana com uma série de atividades ao longo de toda a Semana dos Museus. Realizou-se, de 11 a 21 de julho, o programa Férias no Museu, este ano sob o tema O Rio [Guadiana] que se Fez Lago [Alqueva], destinado a jovens dos 8 aos 16 anos, com atividades diárias, de fotografia, experimentação plástica, percursos pedestres e canoagem. No âmbito da colaboração entre o Festival Escrita na Paisagem 2011 e o Museu da Luz, realizou-se em pleno agosto, o espetáculo Odisseia (episódios), no qual a companhia britânica The Paper Cinema dá vida, através das suas figurinhas de papel recortado desenhadas à mão, a alguns episódios da fantástica aventura de Ulisses. No penúltimo mês do ano, o Museu da Luz, a Junta de Freguesia de Luz, a Associação de Beneficiários de Rega da Luz e a Associação de Jovens Campos de Lousa associaram-se para comemorar com a comunidade o 9º ano de vida na nova Luz, Há festa na Luz. Já no mês de dezembro, referencie-se que o Museu da Luz e a editora Planeta Tangerina apresentaram a publicação infantil O que vês dessa janela?, uma história singela sobre a história singular da aldeia da Luz. O Museu da Luz dispõe agora de um novo espaço reabilitado para usos múltiplos: o Monte dos Pássaros. Foi aberto à comunidade em setembro com a exibição do documentário O Guadiana (1980) representa assim a ligação simbólica do espaço do próprio Monte com um passado onde aquele rio marcava presença nas vidas dos Luzenses. O Museu leva este filme numa itinerância pelas principais localidades alentejanas (Mourão, Luz, Mértola, Monsaraz e Juromenha) focadas no próprio documentário. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 46

47 Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia Em 2011 as atividades do Centro incidiram essencialmente nas áreas da cartografia, topografia e cadastro, de modo a continuar a assegurar as competências necessárias à manutenção da autonomia da Empresa no domínio da informação geográfica, com destaque para: Cartografia vectorial numérica à escala 1:10.000; Ortofotocartografia à escala 1: e Modelo Digital de Terreno. De entre as atividades desenvolvidas ao longo deste período, referencie-se também a execução de altimetria vetorial à escala 1: da área de influência do EFMA, de acordo com as necessidades internas da EDIA e a resposta a solicitações na componente topográfica das várias áreas da Empresa. Em 2011, decorreram as prestações de serviço relativas à Colocação de Marcos de Propriedade para a Delimitação de Áreas Expropriadas, dos seguintes projetos: Perímetros de Rega Monte Novo, Pisão e Alvito-Pisão e Sistema Primário (projeto que se encontra em fase de conclusão). O Consórcio que a EDIA integra, após lhe ter sido adjudicado o Concurso Público Internacional para a Aquisição de Serviços de Execução Cadastral do Cadastro Predial, no âmbito do Sistema Nacional de Exploração e Gestão da Informação Cadastral SiNErGIC para o concelho de Loulé, que corresponde ao Bloco A do Lote 1, deu inicio, neste período à execução dos trabalhos Durante 2011, desenvolveu-se o projeto de monitorização geodésica das barragens da EDIA (iniciado em 2010).Tendo em consideração a entrada em exploração de mais infraestruturas do EFMA, e de forma a diminuir e controlar os riscos associados à existência deste tipo de estruturas, asseguraram-se as ações de prevenção no sentido de detetar potenciais situações perigosas ou comportamentos anómalos destas construções e atestar a verificação da sua integridade estrutural, através do cumprimento dos respetivos planos de observação. Em termos de informação geográfica teve continuidade o apoio à gestão do licenciamento de captações, com a introdução de melhorias neste sistema, sendo agora possível emitir as notas de liquidação para faturação dos volumes de água captados e dos títulos emitidos. Foram ainda desenvolvidos, pela equipa de projeto, melhoramentos neste sistema, destacando-se, neste âmbito, a possibilidade de anexação de legislação e a sua consulta, através do browser, bem como a inclusão de relatórios adicionais. Relativamente ao cadastro de infraestruturas do EFMA continuou-se o trabalho de preparação dos dados usados na definição das áreas a considerar na faturação da Taxa de Conservação. Neste período procedeu-se à remodelação da Aplicação para Gestão de Regantes, que visa apoiar a gestão dos perímetros de rega em RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 47

48 exploração, permitindo o registo de regantes, a sistematização da informação recolhida e a automatização do processo de faturação. O desenvolvimento da Aplicação do Sistema de Monitorização do Guadiana, cujo objetivo é apresentar uma consulta atualizada dos pontos de monitorização mais importantes, definidos na Bacia Hidrográfica do Guadiana, continua suspenso, enquanto se procede à negociação com o INAG para definir o acesso aos dados em território português por parte da EDIA. Apenas quando estabelecido este acesso será possível terminar a aplicação. Foram ainda elaborados os elementos cartográficos para publicação de DUP e elaborados melhoramentos na aplicação de gestão de expropriações. Em termos de prestações de serviços, e no âmbito dos trabalhos relacionados com Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e Computer Aided Design (CAD), tiveram continuidade as assessorias às empresas AgdA e AdSA, tendo-se procedido, entre diversas outras atividades, ao desenvolvimento das aplicações webgis necessárias. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 48

49 Empresas do Grupo GESTALQUEVA A Gestalqueva tem exercido, no plano de água e nos territórios dos concelhos confinantes com as albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, a sua atividade centrada nos seguintes domínios: Ambiente e Qualificação Urbana - nomeadamente na promoção da qualificação urbanística e na correção das disfunções ambientais das Aldeias Ribeirinhas; Planeamento e Ordenamento do Território - através da elaboração, coordenação ou participação nos instrumentos de gestão territorial, em particular os planos de pormenor e de urbanização; Promoção e Divulgação promovendo e participando nos projetos de aproveitamento das potencialidades ambientais, turísticas e patrimoniais das Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e dos territórios confinantes; Turismo Náutico e Terrestre associado através da promoção, conceção, gestão e exploração de projetos turísticos; e Apoio ao Investidor - através da promoção e gestão dos apoios financeiros aos projetos de investimento na sua área de influência. Em 2011 continuaram as atividades de prestações de serviços aos associados, com especial relevo para a Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago Alqueva (ATMTGLA), para o apoio técnico e administrativo às tarefas de acompanhamento e coordenação dos projetos previstos no Projeto Estruturante para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago de Alqueva (PEGLA); e para a elaboração do estudo técnico As Portas do Lago. Desenvolveu-se, ainda, um conjunto de ações e projetos de acordo com as áreas estratégicas que orientam a atividade da Gestalqueva, tais como: Prestação de serviço de acompanhamento do projeto de instalações do Cais da Aldeia da Luz Gestão geral do Núcleo da Barragem e do Espaço de Acolhimento ao Visitante; Conclusão da qualificação ambiental da zona da marina do núcleo da barragem, especialmente com a plantação de árvores nesse espaço; Garantia dos contatos com entidades interessadas em conhecer a zona e as oportunidades de investimento; Apoio às Câmaras Municipais na gestão dos cais instalados nas aldeias ribeirinhas e Participação na proposta de revisão do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão (POAAP) desenvolvida pela ATMTGLA. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 49

50 GESCRUZEIROS A Gescruzeiros S.A. assumiu como objetivo atingir os passageiros, objetivo não concretizado em anos anteriores, mantendo para esse efeito a aposta na estabilização dos seus horários e passeios e nas ações de angariação de mais passageiros. A estabilização dos horários e passeios do barco cruzeiro Guadiana permitiu a captação de Grupos para passeios semanais, sendo importante destacar a presença em janeiro na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e na Feira Internacional de Turismo de Madrid (FITUR). A realização de passeios durante a semana, veio permitir a otimização dos recursos perante os meios disponíveis, em especial os recursos humanos, que permitiram um maior esforço na canalização de grupos para estes passeios. Até final de 2011 a Gescruzeiros transportou passageiros, número superior ao verificado nos dois anos anteriores. Como possíveis fatores relativos a este aumento podemos, por um lado, apontar as condições climatéricas favoráveis que se fizeram sentir a partir do 2º semestre do ano, e por outro lado, uma grande aposta no telemarketing, nomeadamente junto das agências de viagem. Como clientes de referência destacamos os Operadores Turísticos que aumentaram substancialmente o número de passageiros durante o ano. No período, este sector trouxe para junto da Gescruzeiros passageiros, algo que contribuiu bastante para o resultado obtido. Em 2011 manteve-se a estratégia delineada em anos anteriores para os barcos de cruzeiro Alcarrache e Degebe. Nesse sentido mantiveram-se as duas embarcações na Amieira Marina a realizarem preferencialmente passeios de 90 minutos até à Barragem e a pedido de pequenos grupos até à aldeia da Estrela. O Alcarrache e Degebe transportaram, neste período, passageiros, contra em O número de passeios realizados no Guadiana até 31 de dezembro sofreu um aumento significativo relativo ao ano anterior, em resultado da melhoria das condições climatéricas e à forte aposta no telemarketing. Uma vez que o resultado obtido junto das agências de viagem foi bastante positivo, pretende-se manter a aposta neste segmento de mercado, personalizando cada vez mais os contactos realizados. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 50

51 Desenvolvimento da Componente Ambiental e Social A Gescruzeiros em colaboração com uma empresa de consultadoria, efetuou a análise dos consumos energéticos da embarcação Guadiana e desenhou um projeto de implementação de um sistema de coletores solares para produção de energia, de modo a suprir as necessidades da embarcação. Na sequência do hastear da Bandeira Azul na Amieira Marina optou-se por estender os critérios desta às embarcações da Gescruzeiros, hasteando nas mesmas bandeiras azuis. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 51

52 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 52

53 GOVERNO DA SOCIEDADE Missão, Visão, Objetivos, Políticas da Empresa e Participações Missão A EDIA tem como principal Missão : A conceção, execução, construção, gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o sistema primário do EFMA. A conceção, execução e construção, em representação do Estado, das infraestruturas que integram a rede secundária do EFMA. A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao EFMA. Visão Consolidar a empresa no contexto regional e nacional. Objetivos Construir, gerir e explorar o conjunto infraestrutural integrante do sistema primário do EFMA; Potenciar o desenvolvimento económico e social sustentável na área de intervenção da empresa; Operar no sector do domínio público hídrico de captação, adução e distribuição de água em alta, rega e exploração hidroelétrica e Desenvolver uma estratégia empresarial que assegure a sustentabilidade da atividade da empresa. A EDIA assumiu como compromissos fundamentais assegurar o elevado grau de desempenho ambiental consubstanciado na adoção de práticas de gestão ambiental, gestão e monitorização da água, valorização de áreas de interesse para a conservação da natureza e a valorização profissional dos seus trabalhadores. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 53

54 Políticas da Empresa Cumprir a missão e os objetivos determinados, de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente; Cumprir a legislação e regulamentação em vigor; Salvaguardar os bens ativos; Cumprir o princípio da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres; Tratar com respeito e integridade os seus trabalhadores, contribuindo ativamente para a sua valorização profissional; Tratar com equidade todos os clientes e fornecedores e Informar e divulgar as atividades de acordo com a legislação e outras orientações do Acionista. Participações Gestalqueva 51% LUSOFUEL 10% (Em liquidação) COTR 8,8% Águas do Centro Alentejo 5% ADRAL 4,11% EDAB* 1,25% *Em processo de liquidação. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 54

55 Regulamentos Internos e Externos a que a EDIA está sujeita REGULAMENTOS EXTERNOS Decreto-Lei N.º 42/2007 de 22 de fevereiro Define o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, altera os Estatutos da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S. A., e revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro; N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º 335/2001, de 24 de dezembro. O Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e aclara aspetos da envolvente económica e financeira do Empreendimento, adequando ainda o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos plasmado na Lei da Água, no Regime de utilização dos Recursos Hídricos (Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio) e no Regime Económico e Financeiro dos Recursos Hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho). Decreto-Lei N.º 313/2007 de 17 de setembro Desenvolve o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva e aprova as bases do respetivo contrato de concessão. Despacho N.º 9000/2010 de 26 de maio Com efeitos a partir de 01 de junho de 2010, fixa os valores do tarifário aplicável ao preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA e veio permitir à EDIA cobrar pela água destinada à rega. Em 2011, o tarifário de rega para Alqueva foi atualizado com base no Índice de Preços ao Consumidor (1,4%). Lei N.º 58/2005 de 29 de dezembro Aprova a Lei da Água, transpondo para a ordem jurídica nacional a Diretiva N.º 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro, e estabelece as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas. Decreto-Lei N.º 21 - A/98 de 6 de fevereiro Visa proceder a uma adequação do regime geral das expropriações, de modo a permitir a rápida disponibilidade dos terrenos situados na zona reservada das albufeiras do Alqueva e de Pedrógão e a concretização urgente dos processos de reinstalação da Aldeia da Luz e realojamento das populações. Deste modo, é declarada a utilidade pública com carácter de urgência, das expropriações dos imóveis e direitos a eles relativos necessários à realização do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva. É ainda declarada a utilidade pública das expropriações dos imóveis e direitos a eles relativos necessários à reinstalação da Aldeia da Luz. Nos mesmos termos é também declarada a utilidade pública das expropriações para a construção das infraestruturas viárias. É conferida à EDIA, sem dependência de prazo e de outras formalidades, a posse administrativa imediata dos bens a expropriar. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 55

56 Código dos Contratos Públicos aprovado pelo Decreto Lei N.º 18/2008 de 29 de janeiro Estabelece a disciplina aplicável à contratação pública e o regime substantivo dos contratos públicos. Código de Expropriações Lei N.º 56/2008 de 04 de setembro Aprova o Código das Expropriações que regula todo o procedimento expropriativo. Princípios do Bom Governo Resolução do Conselho de Ministros N.º 49/2007 de 01 de fevereiro Aprova os princípios de bom governo das empresas do Sector Empresarial do Estado. Resolução da Assembleia da República N.º53/2011, D.R. N.º 57, Série I de 22 de março Alteração do regulamento de gestão e utilização das viaturas REGULAMENTOS INTERNOS Regulamento da Avaliação de Desempenho dos Colaboradores da EDIA A Avaliação do Desempenho é um instrumento de desenvolvimento da estratégia da EDIA, que tem como objetivo a melhoria dos resultados, ajudando os colaboradores a atingir níveis de desempenho elevados. Regulamento do Centro de Documentação Neste regulamento estão definidos, entre outros assuntos, a natureza e principais funções do Centro de Documentação. Manual de Procedimentos O Manual de Procedimentos da EDIA operacionaliza a sua missão, estratégia e objetivos finais, servindo de fundamento a todas as tarefas executadas, identificando "quem as deve fazer", "como as deve fazer" e que "riscos e controlos estão associados". Manual de Gestão de Documentos O Manual de Gestão de Documentos é um Documento Normativo no qual vêm designados os procedimentos relacionados com a organização, funcionamento e implantação do Arquivo da EDIA. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 56

57 Modelos de Documentos O Procedimento de Modelos de Documentos tem como objetivo definir a formatação dos modelos de documentos a utilizar pelos colaboradores da EDIA. Política de Computação Pessoal A Política de Computação Pessoal apresenta as normas de conduta que devem ser respeitadas pelos colaboradores da EDIA e a descrição de alguns dos mecanismos automáticos implementados pelo Gabinete de Sistemas de Informação para proteger os seus sistemas de informação. Regulamento para Cedência de Equipamento Informático O regulamento de cedência de equipamento informático estabelece as normas de requisição e cedência de equipamento informático não adequado para o uso profissional da EDIA. Regulamento de Gestão de Viaturas O regulamento de gestão de viaturas define um conjunto de princípios que tem como objetivo a otimização da frota existente, a uniformização de critérios e a responsabilidade dos utilizadores das viaturas da EDIA. Regulamento de Utilização do Auditório O auditório do edifício sede da EDIA é um espaço ao qual podem ter acesso, além dos serviços desta Empresa, entidades externas, usufruindo deste equipamento vocacionado para colóquios, debates, seminários, conferências, encontros e mesmo manifestações de carácter artístico/cultural. Este regulamento define, entre outros aspetos, as regras de utilização deste espaço. Regulamento Interno do Museu da Luz O regulamento interno do Museu da Luz define um conjunto de normas e procedimentos inerentes ao funcionamento do mesmo. Regulamento da Política de Incorporação do Museu da Luz O regulamento da política de incorporação do Museu da Luz constitui a política de incorporação do Museu da Luz definida segundo a vocação e consubstanciada no seu programa de atuação. Regulamento das Normas e Procedimentos de Conservação Preventiva do Museu da Luz Estabelece normas e procedimentos de conservação preventiva tendo em vista o cumprimento de uma função museológica de maior importância para os museus. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 57

58 Regulamento Geral de Formação dos Colaboradores da EDIA O Regulamento Geral de Formação dos Colaboradores da EDIA estabelece as linhas estratégicas e os princípios orientadores e normalizadores associados ao Plano de Formação da Empresa. Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Este Plano contém, nomeadamente, os seguintes elementos: Identificação, relativamente a cada área ou departamento, dos riscos de corrupção e infrações conexas; Com base na identificação dos riscos, identificação das medidas adotadas que previnam a sua ocorrência (por exemplo, mecanismos de controlo interno, segregação de funções, definição prévia de critérios gerais e abstratos, designadamente na concessão de benefícios públicos e no recurso a especialistas externos, nomeação de júris diferenciados para cada concurso, programação de ações de formação adequada, etc); Definição e identificação dos vários responsáveis, envolvidos na gestão do plano, sob a direção do órgão dirigente máximo; Elaboração anual de um relatório sobre a execução do plano. Informação sobre as transações relevantes com entidades relacionadas O Capital Social da EDIA é detido a 100% pelo Estado Português, através da DGT. Em 31 de dezembro de 2011, o capital social realizado, ascende a ,00; Para fazer face aos investimentos, em 2011, a EDIA obteve financiamento através de diversas origens de fundos (Empréstimo Bancário, Fundos Comunitários e PIDDAC); O Financiamento Comunitário e de PIDDAC em 2011 foi de m Este financiamento comunitário considera os montantes recebidos de FEDER e FEADER, através do POCTEP, Inalentejo, POVT e PRODER, via IFDR e IFAP. Informação sobre Outras Transações Os bens e serviços que integram o ativo intangível e tangível estão valorizados ao valor presente, que inclui o valor de fatura e ainda todos os gastos adicionais necessários à sua entrada em funcionamento; As amortizações dos bens são calculadas conforme a Política de Amortizações descrita nas notas Ativo Intangível e Ativo Tangível, das Notas Anexas ao Balanço e à Demonstração dos Resultados; As reparações e gastos de manutenção de natureza corrente são reconhecidos como gastos do exercício em que ocorrem; As competências para a realização de despesas em matéria de aquisição de bens e serviços estão definidas na Ordem de Serviço N.º 1/2008; A EDIA rege-se de acordo com o Código dos Contratos Públicos. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 58

59 Em despesa cujo valor estimado seja superior a 5.000,00, o recurso ao procedimento de ajuste direto implicará sempre o convite a pelo menos cinco entidades, só se admitindo o convite a um universo inferior de interessados em casos excecionais e devidamente fundamentadas, sujeito a autorização pelo Conselho de Administração. Em 2011 a EDIA não efetuou transações fora das condições de mercado. Indicação do Modelo de Governo e Identificação dos Membros dos Órgãos Sociais O modelo de governo da EDIA, S.A. o Modelo Latino Reforçado visa a transparência e a eficácia da sua gestão, sendo um dos seus objetivos principais a separação clara de poderes entre os diversos Órgãos Sociais da Empresa. São Órgãos da Sociedade: A Assembleia Geral; O Conselho de Administração; O Conselho Fiscal e O Revisor Oficial de Contas. As competências dos diversos Órgãos Sociais da EDIA, S.A. são indicadas nos pontos seguintes: ASSEMBLEIA GERAL Compete à Assembleia Geral: Deliberar sobre o Relatório de Gestão e as contas do exercício; Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados; Proceder à apreciação geral da Administração e Fiscalização da sociedade; Eleger o Revisor Oficial de Contas e o Conselho Fiscal; Deliberar sobre alterações dos estatutos e Deliberar sobre qualquer outro assunto para que tenha sido convocada. As deliberações são tomadas por maioria de votos dos acionistas presentes ou representados na Assembleia Geral, sempre que a lei não disponha de forma diversa. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 59

60 MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente Professor Doutor Carlos Alberto Martins Portas Secretários Dr.ª Cristina Maria Pereira Freire Dr. Luís Miguel Ferreira Mendes Braga CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES Dr. Henrique António de Oliveira Troncho Presidente do Conselho de Administração Coordenação do Conselho de Administração; Gabinete de Apoio Jurídico; Gabinete de Gestão de Recursos Humanos; Gabinete de Relações Públicas e Comunicação. Dr. António Albino Pires de Andrade Vogal do Conselho de Administração Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia; Direção de Agricultura e Desenvolvimento Rural; Núcleo Empresarial da Região de Beja; Energias Renováveis; Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja; Administrador da Agência Regional de Energia do Centro e Baixo Alentejo e Administrador da LUSOFUEL, S.A.. Eng.º Hemetério José Antunes Monteiro Vogal do Conselho de Administração Direção de Engenharia, Ambiente e Ordenamento do Território; Direção de Gestão do Património e de Expropriações; Centro de Cartografia; Gabinete do Regadio e Economia da Água Águas do Centro Alentejo, S.A.; Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio e Presidente do Conselho de Administração da Gestalqueva. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 60

61 Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Vogal do Conselho de Administração Direção de Administração e Finanças; Gabinete de Documentação, Desenvolvimento e Marketing; Parque de Natureza de Noudar; Museu da Luz; Agência de Desenvolvido Regional do Alentejo (ADRAL) e Vogal do Conselho de Administração da Gestalqueva. CONSELHO FISCAL Compete ao Conselho Fiscal: Assistir às reuniões do Conselho de Administração sempre que o entenda conveniente; Emitir pareceres sobre qualquer matéria que lhe seja apresentada pelo Conselho de Administração; Colocar ao Conselho de Administração qualquer assunto que por ele deva ser ponderado. Presidente Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Séves Vogais Dr.ª Graciete Conceição Pires Calejo Pinto Dr. Pedro Miguel Cerqueira Abreu Vogal Suplente Dr.ª Cristina Maria Vieira Sampaio REVISOR OFICIAL DE CONTAS Mazars & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A. Representado pelo Dr. Justino Mendes dos Santos Romão AUDITOR EXTERNO BDO & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 61

62 IDENTIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS CARGO ÓRGÃOS SOCIAIS ELEIÇÃO MANDATO Mesa da Assembleia Geral Presidente Prof. Dr. Carlos Alberto Martins Portas Secretária Dr.ª Cristina Maria Pereira Freire Secretário Dr. Luís Miguel Ferreira Mendes Braga Conselho de Administração Presidente Dr. Henrique António de Oliv eira T roncho Vogal Dr. António Albino Pires de Andrade Vogal Eng.º Hemetério José Antunes Monteiro Vogal Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Conselho Fiscal Presidente Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Sév es Vogal Dr.ª Graciete Conceição Pires Calejo Pinto Vogal Dr. Pedro Miguel Cerqueira Abreu Vogal Suplente Dr.ª Cristina Maria Vieira Sampaio Revisor Oficial de Contas Mazars & Associados, Sociedade de Rev isores Oficiais de Contas, S.A. SROC Representada pelo Dr. Justino Mendes dos Santos Romão RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 62

63 Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais Estatuto Remuneratório Fixado ESTATUTO REMUNERATÓRIO FIXADO MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente Secretário Senha de Presença no v alor de 645,77 euros ( por reunião de Assembelia Geral, normalmente uma por ano) Senha de Presença no v alor de 387,97 euros ( por reunião de Assembelia Geral, normalmente uma por ano) CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ( Administradores Executivos) PRESIDENTE Remuneração de 5.465,43 ( 14 v ezes por ano) ( *) Remuneração com redução de ( 5%) ,16 Remuneração com redução de ( 5%+10%) ,94 Viatura de Serv iço ( limite de aquisição de ); Motorista; T elemóv el ( limite mensal de 95 ) ; Seguro de Saúde ( 311,28 por ano); Seguro de Acidentes Pessoais ( 264 por ano) VOGAIS Remuneração de 4.675,41, 14 v ezes por ano ( *) Remuneração com redução de ( 5%) ,64 Remuneração com redução de ( 5%+10%) ,48 Viatura de Serv iço ( limite de aquisição de ); T elemóv el ( limite mensal de 95 ) ; Seguro de Saúde ( 311,28 por ano); Seguro de Acidentes Pessoais ( 264 por ano) ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO Rev isor Oficial de Contas Conselho Fiscal Honorários ,00 Despesas de deslocação ( transporte e alojamento), conforme Art.º59 do Estatutos do ROC. Honorários Presidente - 20% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de Administração Honorários Vogais - 15% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de Administração (*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais manteve-se em No entanto, e no âmbito da aprovação de um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de Junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010 de 31 de Dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10 %, respetivamente. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 63

64 Remunerações e Outras Regalias (valores anuais) Mesa da Assembleia Geral Assembleia Geral de 28 abril de 2011 Presidente: Senha de presença no valor de 645,77 Secretária: Senha de presença no valor de 387,97 Secretário: Senha de presença no valor de 387,97 MANDATO I PRESIDENTE SECRETÁRIA SECRETÁRIA (em Euros) Órgãos de Fiscalização Conselho Fiscal (em Euros) CONSELHO FISCAL P V V V P V V Remuneração anual fixa Redução decorrente da Lei 55-A/2010 N.A. N.A. N.A. N.A Remuneração anual efetiva Revisor oficial de Contas (em Euros) Mazars & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A * Remuneração anual auferida * Em 2011 foi aplicado o artigo 22º da Lei 55-A/2010 (Lei OE/2011) Sim X Não _ RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 64

65 Conselho de Administração CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (em Euros) 1. REMUNERAÇÃO P V ( 1) V ( 2) V ( 3) TOTAL 1.1. Remuneração base anual/fixa Redução decorrente da Lei 12-A/ Redução decorrente da Lei 55-A/ Remuneração Anual Efetiv a ( ) Senha de presença Acumulação de funções de gestão Remuneração v ariáv el IHT ( Isenção de Horário de T rabalho) Outras ( Ajudas de Custo) OUTRAS REGALIAS E COMPENSAÇÕES 2.1. Plafond Anual em comunicações móv eis ( a) Gastos na utilização de comunicações móv eis Subsídios de deslocação Subsídio de refeição Outros ( identificar detalhadamente) ENCARGOS COM BENEFÍCIOS SOCIAIS 3.1. Regime de Protecção Social Seguros de saúde Seguros de v ida Seguro de Acidentes Pessoais Outros ( identificar detalhadamente) PARQUE AUTOMÓVEL 4.1. Marca Volksw agen BMW BMW BMW Modelo Passat CC 2.0 TDI 520 D 520 D 320 D Matrícula 27-HQ DB DM BT Modalidade de Utilização Leasing Leasing Leasing Leasing Valor de referência da v iatura nov a Ano Inicio Ano termo N.º de prestações Valor Residual Não Tem Valor de renda/ prestação anual da v iatura de serv iço Combustív el gasto com a v iatura de serv iço Plafond anual Combustiv el atribuido Outros ( identificar detalhadamente) INFORMAÇÕES ADICIONAIS 5.1. Opção pela remuneração do lugar de origem ( s/n) N N N N Rumuneração Iliquida Anual pelo lugar de origem N.A.(b) N.A.(b) Regime de Proteção social CGA/ADSE Geral CGA/ADSE Geral Segurança Social ( s/n) N S N S Outro ( s/n) S N S N Exercício funções remuneradas fora grupo ( s/n) N N N N Outras ( identificar detalhadamente) a) Até 30/06/2011 o plafond mensal em comunicações móv eis era 100,00, depois de 01/07/2011 o plafond mensal passou a 95,00. b) N.A. - Não Aplicáv el RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 65

66 Auditor Externo BDO & Associados (em Euros) Remuneração anual auferida Em 2011 foi aplicado o artigo 22º da Lei 55-A/2010 (Lei OE/2011) Sim _ Não X Análise da Sustentabilidade da Empresa nos Domínios Social, Ambiental e Económico A EDIA tem como missão conceber e potenciar o EFMA, sendo o seu principal objetivo promover o desenvolvimento económico, social e ambiental da sua área de influência, direta e indireta, em consonância com as exigências e responsabilidades associadas à implementação de um projeto com a dimensão e contingências do Projeto Alqueva. De acordo com o Decreto-Lei n.º 42/2007, de 22 de fevereiro, são vinte (20) os concelhos abrangidos pelo EFMA: Alandroal; Alcácer do Sal; Aljustrel; Alvito; Barrancos; Beja; Cuba; Elvas; Évora; Ferreira do Alentejo; Grândola; Mértola; Moura; Mourão; Portel; Reguengos de Monsaraz; Santiago do Cacém; Serpa; Viana do Alentejo e Vidigueira. A EDIA assume o papel de plataforma de aceleração do empreendedorismo, desenvolvimento e inovação nas áreas de gestão de água, agricultura, energia, turismo e serviços no Alentejo, pelo que a preocupação com os temas da sustentabilidade e criação de um plano estratégico alinhado com os mesmos surge com naturalidade na agenda da organização. É neste contexto que, e tendo profunda consciência dos desafios e responsabilidades económicos, sociais e ambientais que a missão, visão e valores da EDIA acarretam, foi decidido avançar com a concretização do Relatório de Sustentabilidade relativo ao triénio , de acordo com as diretrizes do Global Reporting Initiative, que irá aprofundar e sistematizar as temáticas abordadas neste capitulo, e a elaboração de uma Agenda para a Sustentabilidade para o período onde vão ser definidos os objetivos da EDIA no âmbito da sustentabilidade corporativa para o período de tempo em questão. No que diz respeito à atividade em 2011, a EDIA continuou focada nos seus principais objetivos: Construir, gerir e explorar o conjunto infraestrutural integrante do sistema primário e secundário do EFMA; Potenciar o desenvolvimento económico, social e ambiental sustentável nas áreas de intervenção da Empresa; Operar no sector do domínio público hídrico de captação, adução e distribuição de água em alta, rega e exploração hidroelétrica e Desenvolver uma atividade empresarial que assegure a sustentabilidade da atividade da empresa, tendo sempre presente na sua forma de operar a responsabilidade que a organização assumiu para com RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 66

67 todas as entidades afetas ou afetadas pela atividade da mesma nos domínios: Social, Ambiental e Económico. Responsabilidade Social A área de intervenção do EFMA abrange vinte concelhos da região do Alentejo, sendo que a EDIA gere não só a maior infraestrutura da região como afeta e é afetada por um conjunto de stakeholders (ex. comunidades locais, colaboradores, prestadores de serviços, associações de regadio etc.). Esta facto impõe a necessidade de desenvolver atividades que permitam gerir o seu negócio de forma mais eficiente, e simultaneamente respeitar as contingências e a desenvolver a sociedade onde opera, através de: Aposta no desenvolvimento das competências, soft e hard, dos colaboradores através do programa de avaliação de desempenho abrangente a todos os colaboradores da EDIA, do plano de formação que este ano contou com 91 presenças perfazendo um total de horas de formação nas áreas de ambiente, avaliação imobiliária, comportamental, cartografia, gestão da formação, sistemas de informação geográfica, contratação publica, museologia, gestão de projetos e secretariado, e o apoio na participação de diversos colaboradores em graduações e mestrados continuando assim a estratégia da organização de manter e aumentar a empregabilidade dos seus colaboradores; Dinamização e preservação cultural da região, não só em temáticas adjacentes às áreas de atividade da EDIA, como em áreas secundárias resultantes do impacto e influência que a organização tem na região. De destacar o projeto DarkSky, o envolvimento de 475 crianças nas ações no Dia Mundial da Água nomeadamente em jogos interativos e visionamento da história da Gotinha Ai-Ai, O desenvolvimento através da conservação da natureza é a missão da EDIA através do Parque de Natureza de Noudar. Por esta razão, A EDIA desenvolveu um programa de investimento e exploração que aumenta o contributo do património natural e cultural para o produto e emprego da região através da gestão da biodiversidade e do património cultural. As três dimensões do programa são a gestão da biodiversidade, a gestão agro-florestal e a gestão turística, sendo estas dimensões sinérgicas e com alto valor demonstrativo. A dinâmica induzida pelo PNN tem efeitos sensíveis no produto e emprego na região, sendo orientação permanente do projeto a formação profissional ajustada às suas necessidades objetivas. Daqui decorre a realização de cursos e ações de formação que aumentam de forma sensível a utilização de mão-de-obra local e a sua especialização. O PNN valoriza o território de forma integrada, aumenta o produto e o emprego na região e conserva a biodiversidade. No âmbito da sua missão de interpretação e divulgação do projeto Alqueva e da deslocalização da aldeia da Luz, o Museu da Luz continuou a desenvolver a sua ação de potenciação e salvaguarda de valores culturais e sociais da região, nomeadamente através das suas exposições e programas de ligação ás comunidades. Salienta-se o projeto educativo para públicos escolares, públicos seniores e famílias, desenvolvendo parcerias com as escolas, e instituições da região. Simultaneamente procura estimular o turismo cultural, a partir da interpretação do património material e imaterial, qualificando a vida das populações e gerando novas sinergias no espaço Alqueva. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 67

68 Promoção de comunicação com todos aqueles que afetam ou são afetados pelo negócio através da publicação de documentos como o Relatório e Contas anual, trimestral e semestral, do Plano de Atividade e Orçamento, Notas de Imprensa e outras brochuras e comunicação institucional sobre aquilo que são os vetores estratégicos da EDIA e como a mesma promove o seu envolvimento com a sociedade. Para o efeito, o Gabinete do Regadio e da Economia da Água, Gabinete de Documentação, Desenvolvimento e Marketing e o Gabinete de Relações Publicas e Comunicação, têm desenvolvido a sua atividade de forma a ir ao encontro dos diferentes grupos de stakeholders da EDIA promovendo a sua missão e fomentando o esclarecimento, criação de parcerias e investimento na organização. Responsabilidade Ambiental A implementação do projeto do EFMA, apesar do seu cariz estratégico para o tema da gestão da água na região do Alentejo, tem impactos ao nível ambiental nos vinte concelhos abrangidos por este projeto. Assim sendo, a EDIA tem assumido desde o início da sua atividade como um dos seus vetores estratégicos de atuação a preservação e conservação do meio ambiente afetado pela criação das infraestruturas a que se propôs, adotando, entre outras, as seguintes medidas: Realização de estudos e projetos sobre os diferentes descritores ambientais, com relevância no âmbito do Empreendimento. Desenvolvimento de estudos de impacto ambiental e implementação de requisitos ambientais nos cadernos de encargos, bem como desenvolvimento de planos de ação para mitigar os potenciais impactes ambientais, para todas as infraestruturas construídas e/ou em fase de construção, sensibilizando os fornecedores e subempreiteiros para a melhoria do seu desempenho ambiental. Programas de gestão da biodiversidade, nomeadamente na preservação da Ictiofauna Autóctone e Continental da Bacia Hidrográfica do Sado, a criação de plataformas artificiais para a nidificação de aves gaivíneas. Os indicadores de gestão da biodiversidade no Parque de Natureza de Noudar indicam que a riqueza e abundância em espécies têm aumentado na última década, tendo sido identificadas espécies de animais e plantas com alto valor para a conservação. Gestão e recolha de resíduos da bacia hidrográfica primária, assim como toda a manutenção operacional e de segurança da mesma; Sensibilização ambiental, promovida através dos programas de comunicação institucional e exposições/atividades desenvolvidas pelo Museu da Luz e pelo Parque de Natureza de Noudar, este último com a certificação em Modo de Produção Biológico e Gestão florestal sustentável; Implementação de um projeto que visa a criação de bosquetes ripícolas em Zonas de cabeceira da albufeira de Alqueva, através da instalação de um sistema de captação de água e rega, cuja fonte de energia é energia solar. Foram ainda instaladas espécies ripícolas e foram instalados bebedouros para o gado, fora da área intervencionada. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 68

69 Produtor de energia de fonte renovável, com o potencial de conferir independência energética a grande parte dos conselhos da região, como ser um dos grandes fornecedores de energia renovável ao mix energético nacional e Envolvimento com as comunidades de agricultores e regantes locais, de forma a potenciar e a maximizar a gestão da água e a produção agrícola local. Responsabilidade Económica Sendo a EDIA responsável pela gestão de uma das maiores infraestruturas da região do Alentejo, afetando grande parte dos concelhos e comunidades de uma das zonas mais pobres e demograficamente deprimidas da União Europeia, a responsabilidade para com o desenvolvimento económico da região surge de forma natural na sua atividade, sendo um dos seus principais objetivos estratégicos captar e fomentar o investimento na área através das seguintes atividades: Promoção do desenvolvimento agrícola da região através da construção e gestão de estruturas primárias e secundárias de rega, permitindo assim contornar as contingências climatéricas adversas à região; Promoção de projetos e desenvolvimento de ferramentas inovadoras de apoio à decisão na área da economia e do regadio, como seja o caso: Dos estudos de determinação dos custos e tarificação da água para a rega; Do estudo de Modelos de Gestão Integrada da componente Hidroagrícola de Alqueva; Da operacionalização do Modelo Técnico-Económico para a Monitorização e Gestão da Componente Hidroagrícola de Alqueva; Da análise das condições de exploração e de gestão dos blocos de rega geridos pela EDIA (estudo das questões de exploração e de gestão dos blocos de rega, ao nível dos seus encargos e do impacto da aplicação do novo sistema de tarificação); Do aperfeiçoamento e adaptação do Programa SISAP às novas plataformas informáticas na web e criação de um portal de apoio ao regante. O desenvolvimento de estudos com vista à otimização das soluções de projeto visando contribuir para a sustentabilidade do EFMA, ao nível das soluções de delimitação das áreas dos blocos e sub-blocos de regadio hidráulico inerente, vocacionados especificamente para: A otimização hidráulica, energética e de rentabilização das infraestruturas primárias e secundárias integrantes do EFMA e A rentabilização das infraestruturas primárias e secundárias integrantes do EFMA face á evolução do cenário de referência, no que concerne às dotações de base e aos critérios de aceitabilidade dos terrenos a beneficiar, visando, designadamente, conseguir uma maior RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 69

70 garantia de utilização dos recursos concessionados e um benefício hidroagrícola mais amplo, contribuindo assim para a viabilização técnico-económica do Empreendimento. Desenvolvimento de atividades de captação de investimento e desenvolvimento económico das quais destacamos: Participação como entidade colaboradora no Projeto EVUE (Electric Vehicles in Urban Europe) da Câmara Municipal de Beja e apoio e acompanhamento da preparação do Protocolo de entendimento e colaboração para a criação de uma Rede de Laboratórios de I&DT do concelho de Beja, o qual foi entre outras entidades assinado dia 31 de março de 2011 pela EDIA; Reuniões de trabalho no âmbito do Grupo promotor da reserva Dark Sky em Alqueva, bem como na semana do Turismo do Alentejo, organizada pela Entidade Regional de Turismo e ainda na receção de delegação empresarial de Macau no Alentejo. De igual forma, participação em reunião no grupo de trabalho da Euro região Alentejo, Algarve e Andaluzia ocorrida no dia 24 de maio de 2011 nas instalações do IPB; Reunião entre a EDIA, a APS (Administração do Porto de Sines) e a empresa Mulgesincom S.L. (Intermediación & Networking en Eficiencia Energética y Mobilidad Urbana), sediada em Madrid, empresa interessada em investir e aproveitar as oportunidades gerada por Alqueva, Sines e aeroporto de Beja; Participação na reunião entre a EDIA, ANA aeroportos e AICEP com o Ministro Conselheiro de Israel, tendo em vista a captação de investimento de empresas Israelitas para a área de intervenção do EFMA; Início de processo de avaliação da adequação das instalações (Pousada EDP), a Hotel Desportivo\ Centro Náutico. Reunião com Presidente da Federação Nacional de canoagem; Participação em reuniões conjuntas entre a EDIA, e a ANA Aeroportos, de apresentação do EFMA e do aeroporto de Beja a potenciais investidores, destacando-se entre outras a Kazantip e a Multinacional de origem Americana Dupont, a qual intervêm em sectores de Atividade, tais como o sector agrícola\agroindustrial; o sector energético; o sector da construção; Receção no dia 15 de julho de 2011 de investidores e de embaixadores de Países da América Latina em Alqueva, em apoio à iniciativa da Casa de Espanha em Portugal, tendo para o efeito sido efetuada uma apresentação do Projeto Alqueva, do projeto de Sines e do projeto do aeroporto de Beja; Acompanhamento da intenção de realização de Festival Internacional KAZANTIP em 2012, em Alqueva, podendo a entidade promotora vir a estabelecer protocolo de cooperação com a EDIA, nomeadamente na recuperação e reaproveitamento das instalações (antiga Pousada da EDP) em Alqueva. Desta forma, a EDIA assume que tem neste momento, uma excelente base para conseguir atingir os seus objetivos, preconizando assim a visão e a missão a que se propôs a quando da sua criação, e assume que está preparada para lidar com todos os desafios inerentes à: RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 70

71 Conclusão da obra física; Gestão integrada, transversal e sinérgica dos seus serviços; Desenvolver os vinte (20) concelhos que afeta, captando e fomentando o investimento na região do Alentejo, contribuindo para o produto e emprego na região; Expandir a sua atividade internacionalmente, tornando-se cada vez mais como uma referência na indústria de rural utilities. Viabilidade do Cumprimento dos Princípios do Bom Governo A EDIA aplica e segue as boas práticas de governação, aplicando e cumprindo os Princípios do Bom Governo, de acordo com os seguintes princípios: Sítio próprio na internet ( com as informações relevantes da empresa; Estrutura orgânica bem definida; Órgão de fiscalização independente; Auditores Externos anuais; Existência de um Código de Ética e de Conduta e Deveres de informação e meios de divulgação adequados. Existência de Código de Ética O Código de Ética encontra-se disponível no sítio próprio da EDIA na internet (www. edia.pt), no separador Princípios do Bom Governo. 1. Âmbito de Aplicação As normas gerais de conduta do Código de Ética aplicam-se a todos os colaboradores da EDIA, entendendo-se como tais todos os membros dos órgãos sociais, dirigentes e demais colaboradores da EDIA. A EDIA garante a disponibilização do Código de Ética a todos os colaboradores, bem como a existência de um canal de comunicação e de resolução de dúvidas. A EDIA assume este Código como instrumento privilegiado na resolução de questões éticas, garantindo a conformidade deste com as práticas legais a que está sujeita. 2. Princípios e Normas 2.1. Cumprimento da Legalidade A EDIA e todos os seus colaboradores comprometem-se a garantir em todas as suas atividades a total conformidade com as legislações nacionais e internacionais vigentes. Os colaboradores nunca deverão executar, em nome da EDIA, qualquer ação que viole as legislações e os regulamentos aplicáveis à sua atividade. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 71

72 2.2. Salvaguarda dos Bens Patrimoniais Os colaboradores devem assegurar a proteção e conservação do património físico, financeiro, intelectual e da informação da EDIA. Os recursos da EDIA devem ser utilizados de forma eficiente, com vista à prossecução dos seus objetivos e não deverão ser utilizados pelos colaboradores para fins pessoais Lealdade Os colaboradores devem assumir um comportamento de lealdade para com a EDIA, empenhando-se em salvaguardar a sua credibilidade e boa imagem em todas as situações, bem como em garantir o seu prestígio Confidencialidade e Sigilo Profissional Os colaboradores, mesmo depois do termo das suas funções, estão sujeitos ao sigilo profissional, em particular nas matérias que, pela sua efetiva importância, por virtude de decisão da EDIA ou por força da legislação em vigor, não devam ser do conhecimento geral. Os colaboradores, seja no interior da EDIA, seja no exterior da mesma, devem usar de reserva e discrição em relação a factos e informações de que tenham conhecimento por via do exercício das suas funções, bem como respeitar as regras instituídas quanto à confidencialidade da informação. As informações pessoais sobre os colaboradores estão sujeitas ao princípio da confidencialidade, apenas podendo a elas ter acesso o próprio ou quem tenha como responsabilidade específica a sua guarda, manutenção ou tratamento da informação Governo da Sociedade A Administração da EDIA e o exercício de funções de Alta Direção devem ser desenvolvidos com rigor, zelo e transparência, estimulando a criação de condições de diálogo no seio do órgão de administração e dos dirigentes, nomeadamente no que respeita a estratégias, objetivos, análise de risco e avaliação de desempenho, em observância dos padrões de bom governo das sociedades Responsabilidade Os colaboradores devem pautar a sua atuação pelo rigoroso cumprimento dos limites de responsabilidade que lhe estão atribuídos, com especial relevo quanto aos limites e tolerância ao risco e aos objetivos orçamentais definidos para a EDIA. Os colaboradores devem usar o poder que lhes tenha sido delegado de forma não abusiva, orientado para a concretização dos objetivos da EDIA e não para a obtenção de vantagens pessoais sendo responsáveis perante a EDIA pela forma como exercem as suas funções Relações Institucionais com Outras Entidades Nas relações com outras entidades ou organizações, nacionais e internacionais, públicas ou privadas, a EDIA deve manter uma postura de participação e cooperação, apoiando iniciativas que se enquadrem no âmbito das suas atividades e possam traduzir-se em valorização da EDIA e dos seus colaboradores Divulgação e Fiabilidade da Informação A informação produzida e divulgada pela EDIA deve cumprir as leis e regulamentos aplicáveis, ser exata, completa, realizada atempadamente e representar com fiabilidade a situação financeira e os resultados das operações em todos os aspetos materialmente relevantes para o adequado conhecimento sobre a sua condição e performance financeira. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 72

73 2.9. Conflito de Interesses Em todos os casos em que no exercício da sua atividade profissional os colaboradores sejam chamados a intervir em processos de decisão que envolvem direta ou indiretamente entidades com que colaborem ou tenham colaborado, ou pessoas singulares a que estejam ou tenham estado ligados por laços de parentesco ou afinidade de qualquer natureza, devem comunicar às chefias respetivas a existência dessas relações. Os colaboradores devem abster-se de exercer quaisquer funções fora da EDIA, sempre que tais atividades ponham em causa o cumprimento dos seus deveres enquanto colaboradores da EDIA, ou em organizações cujos objetivos possam colidir ou interferir com os objetivos da EDIA Integridade É interdita toda a prática de corrupção, em todas as suas formas ativas e passivas, quer através de atos e omissões quer por via da criação e manutenção de situações de favor ou irregulares. A EDIA e os seus colaboradores recusarão quaisquer ofertas que possam ser consideradas ou interpretadas como uma tentativa de influenciar a EDIA ou o colaborador. Em caso de dúvida, o colaborador deverá comunicar, por escrito, a situação à respetiva hierarquia. Os colaboradores não podem negociar nem efetuar quaisquer acordos relativamente a preços, partilha de mercados ou de clientes, em qualquer atividade suscetível de restringir ou falsear a concorrência Relações Interpessoais e Ambiente de Trabalho Os colaboradores devem contribuir para a criação e a manutenção de um bom clima de trabalho, cimentando a unidade, mormente através da colaboração e cooperação mútuas. A EDIA promoverá a correção, urbanidade, afabilidade e brio profissional nas relações entre colaboradores, bem como o respeito pelos respetivos direitos, sensibilidades e diversidade. Todos os colaboradores deverão conhecer, cumprir e fazer cumprir as normas de higiene e segurança no trabalho, bem como reportar quaisquer não conformidades verificadas. Os colaboradores pautarão as suas relações recíprocas por um tratamento cordial, respeitoso e profissional, devendo apresentarse condignamente no seu local de trabalho e desenvolver a sua atividade com zelo, espírito de iniciativa e integridade Igualdade de Oportunidades e Não Discriminação A EDIA respeita o princípio da igualdade de oportunidades e promove a implementação de instrumentos que permitam avaliar o desempenho dos seus colaboradores com base no mérito individual efetivamente demonstrado, procurando valorizar as respetivas carreiras de acordo com estes critérios. A EDIA deve promover a valorização profissional dos seus colaboradores ao longo da vida laboral dos mesmos. Os colaboradores devem procurar, de forma permanente, o aperfeiçoamento e atualização dos seus conhecimentos, tendo em vista a manutenção, o desenvolvimento e a melhoria das suas capacidades profissionais e a prestação de melhor serviço público. São inadmissíveis quaisquer formas de discriminação individual incompatíveis com a dignidade da pessoa humana, nomeadamente em razão da origem, etnia, sexo, confissão política e confissão religiosa. O direito à reserva da intimidade da vida privada deve ser respeitado escrupulosamente Relações com os Fornecedores e os Parceiros Os colaboradores da EDIA devem negociar na observância do princípio da boa fé e honrar integralmente os seus compromissos com os fornecedores e os parceiros, bem como verificar o integral cumprimento por aqueles das normas definidas contratualmente. Os contratos devem ser claramente redigidos, sem ambiguidades ou RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 73

74 omissões e no respeito pela Lei e pelas disposições normativas internas que na EDIA vigorem sobre a matéria. A seleção de fornecedores ou prestadores de serviços deve processar-se em conformidade com as condições de mercado, devendo ser considerados não apenas os indicadores económicos e financeiros, condições comerciais e qualidade dos bens ou serviços propostos, mas também o comportamento ético do fornecedor ou prestador de serviços percebido pelo público em geral. Os colaboradores devem chamar a atenção dos seus fornecedores, prestadores de serviços e parceiros para o cumprimento dos valores éticos da EDIA, nomeadamente no que se refere à confidencialidade da informação relativa à empresa Relações com a Comunicação Social As informações prestadas aos meios de comunicação social através de publicidade devem possuir carácter informativo e verdadeiro, respeitar os parâmetros culturais e éticos da comunidade e a dignidade da pessoa humana, contribuir para a imagem da EDIA e para a criação de valor e dignificação da EDIA. A oportunidade das informações deve ser validada pela linha hierárquica relevante, quando prestadas por colaborador não mandatado para agir na qualidade de representante ou porta-voz da EDIA para o exterior Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável A EDIA assume a sua responsabilidade social junto das comunidades onde desenvolve as suas atividades empresariais de forma a contribuir para o seu progresso e bem-estar. A responsabilidade social da EDIA é entendida como a contribuição dos negócios para o desenvolvimento sustentável por via de uma gestão proactiva dos impactes ambientais, sociais e económicos das respetivas atividades. A EDIA e os seus colaboradores devem participar ativamente em políticas de meio ambiente e separação de resíduos, de eficiência energética, cuidando da gestão de bens escassos e dando preferência à utilização de materiais biodegradáveis/recicláveis. Os colaboradores, em especial os dirigentes, da EDIA devem garantir que, do exercício das suas atividades não resulta direta ou indiretamente qualquer agressão ou prejuízo para o património das comunidades, cuidando da sua imagem externa no respeito do património arqueológico, arquitetónico, ambiental e linguístico e melhorando a qualidade de vida dos cidadãos. A EDIA considera o desenvolvimento sustentável um objetivo estratégico para alcançar o crescimento económico e contribuir para uma sociedade mais evoluída, preservando o meio ambiente e os recursos não regeneráveis para as próximas gerações. Identificação dos principais riscos para a atividade e para o futuro da empresa O sistema de controlo interno é o plano de organização dos métodos e procedimentos definidos pela administração de uma entidade, para auxiliar a atingir o objetivo de gestão de assegurar, tanto quanto for praticável, a metódica e eficiente conduta dos seus negócios, incluindo a aderência às políticas da administração, a salvaguarda dos ativos, a prevenção e deteção de fraudes e erros, a precisão e plenitude dos registos contabilísticos e a atempada preparação de informação financeira fidedigna. Neste âmbito, e conforme referido num ponto anterior, a empresa está sujeita a vários Regulamentos Internos e Externos. De forma a garantir uma maior eficiência dos recursos necessários aos investimentos da Empresa, torna-se essencial um controlo eficiente na execução financeira traduzindo-se esta atuação numa maior transparência de procedimentos. No caso particular do controlo orçamental, definiram-se regras claras e eficazes para a gestão dos recursos financeiros, sem prejuízo das competências estatutárias atribuídas ao Conselho de Administração, que tem por RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 74

75 objetivo a forma de aprovação, conferência e validação da despesa realizada e que passa pelo estabelecimento de uma hierarquia escalonada de delegação de competências por níveis de responsabilidade e por montantes. Saliente-se ainda que todo o investimento é baseado num orçamento anual e a respetiva realização é devidamente cabimentada, existindo um acompanhamento constante desta execução e uma identificação sistemática dos desvios verificados. A EDIA dispõe, para o efeito, software de qualidade, que se consubstancia num dos melhores ERP s (Programas de Gestão Integrada) existentes no mercado ERP da SAP. Este sistema informático procura contemplar a empresa como um todo e encontra-se dividido em diversos módulos, onde cada um destes corresponde a uma área específica: FI Contabilidade; CO Controlling/Contabilidade Analítica; SD Vendas; IM /PS Controlo e Gestão Orçamental de Investimentos; LO Controlo de Contratos de Empreitadas, Fornecimento de Equipamentos e Prestação de Serviços e RH Gestão de Recursos Humanos. Identificam-se, de seguida, como principais riscos para a atividade e para o futuro da empresa: Financiamento das Infraestruturas Públicas Os investimentos do EFMA encontram-se projetados para serem implementados em vários anos, sendo o financiamento obtido para a sua prossecução obtido através de Dotações de Capital do Acionista, de Financiamento Comunitário e Empréstimos Alheios. A ausência ou redução de qualquer uma destas dotações de capital poderá vir a comprometer a boa execução das obras dentro dos prazos previstos. Preço da Água Através do Despacho N.º 9000/2010, de 26 de maio, foram fixados os valores do tarifário aplicável ao abastecimento de água, para uso agrícola, fornecido pela EDIA: Rede Primária: 0,042/m3 Rede Secundária para fornecimento de água em alta pressão às explorações agrícolas: 0,089/m3 Rede Secundária para fornecimento de água em baixa pressão às explorações agrícolas: 0,053/m3 Fornecimento de água captada diretamente no Sistema Primário: 0,053/m3 O valor tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola em 2011 foi atualizado com base Índice de Preços ao Consumidor (1,4%). O valor do tarifário pelo fornecimento da água para uso agrícola no 1.º ano é reduzido a 30% dos valores indicados, atualizados. Aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até ao 8.º ano, devendo perfazer, nesse ano, os valores acima indicados, atualizados. O preço da água determinará assim, de forma significativa, o número de agricultores que possam vir a aderir ao regadio de Alqueva, situação que irá condicionar a Empresa tendo em consideração a necessidade de assegurar as despesas RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 75

76 de funcionamento inerentes à exploração das infraestruturas do Empreendimento, bem como o normal funcionamento das mesmas. Investimento do Acionista na Sociedade O investimento do acionista assume uma importância fundamental para a concretização das atividades programadas pela Empresa uma vez que, apenas com a obtenção de Empréstimos e de Financiamento Comunitário, a empresa não conseguirá fazer face aos compromissos assumidos tendo em vista a concretização de todos os investimentos inerentes à materialização de um projeto com a dimensão de Alqueva. Receitas de Produção de Energia Hidroelétrica e de Distribuição de Água Estes fatores são fundamentais para o desenrolar da atividade da empresa e representam um risco para a mesma na medida em que a entrada de capital em maior ou menor montante poderá determinar a conduta a adotar, por parte da empresa, face a determinada situação e a assunção, ou não, de novos compromissos. Custos de Exploração (sobretudo de energia) Estes custos são inerentes à atividade de exploração das infraestruturas do Empreendimento já em exploração devendo, por este motivo, ser otimizados, de modo a não comprometer a sustentabilidade futura da Empresa. Custos de Investimento O investimento efetuado na Empresa é programado para um determinado número de anos e efetuado em função das orientações estratégicas superiormente definidas, assim como do capital existente para fazer face a estes investimentos. Desta feita, qualquer modificação significativa ao nível dos investimentos previstos poderá constituir um fator de risco para a Empresa e tornar necessária a agilização de um conjunto de medidas, designadamente, ao nível do Plano de Investimentos e das dotações de capital necessário para fazer face a eventuais alterações. Adesão dos Agricultores ao Regadio A adesão dos agricultores ao regadio constitui um fator de risco incontornável para o futuro da empresa, uma vez que o facto de existir um maior ou menor número de agricultores a aderir ao regadio irá condicionar a entrada de receitas na empresa e, consequentemente, a sua futura sustentabilidade, pelo que se torna fundamental assegurar a sua aderência ao regadio, face ao risco inerente de subaproveitamento das infraestruturas construídas. Acréscimo no VABcf agrícola. Um dos impactos esperados com a implementação do Projeto Alqueva é o aumento do Valor Acrescentado Bruto a custo de fatores (VABcf) da atividade agrícola. O VAB agrícola não depende apenas, porém, do fator de produção água, mas também de uma série de outros fatores, de entre os quais se destacam os sistemas de preços dos produtos e os fatores de produção. Caso a conjuntura venha a ser desfavorável neste domínio, existirá uma RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 76

77 diminuição no VAB agrícola e, consequentemente, uma menor apetência por parte dos agricultores para o regadio, facto desvantajoso para o sucesso de Alqueva. Identificação dos mecanismos adotados com vista à prevenção de conflitos de interesses No âmbito da prevenção de conflitos de interesses, importa ter presente numa primeira linha as determinações do Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas e o quadro de medidas aí previstas, bem como os princípios e regras do Código de Ética da empresa, tais como, que cada colaborador da EDIA deve subscrever uma declaração de interesses que será arquivada junto ao seu processo individual. No que respeita aos Órgãos Sociais, em especial ao nível do Conselho de Administração, acresce, para além do cumprimento escrupuloso das obrigações de comunicação de rendimentos e património, a monitorização regular e sistemática de todas as despesas realizadas e que são objeto de apreciação desagregada ao nível do controlo periódico dos custos de funcionamento da empresa, com base em relatórios internos, divulgados e apreciados em reuniões, com todas a chefias da empresa. Como tipologia de medidas especificamente vocacionadas para a prevenção de conflitos de interesses importa considerar a segregação de funções, a concentração do poder de adjudicação no Conselho de Administração e não no administrador do pelouro cuja margem de decisão é, nesse aspeto, reservada a patamares de despesa pouco elevados. Merece ainda referência a definição uniformizada de critérios de adjudicação, bem como o estabelecimento de regras claras e transparentes no Manual de Procedimentos da Empresa. Previsão de Execução das Orientações Específicas e Objetivos de Gestão para o triénio Na Assembleia Geral de 28 de abril de 2011, e relativamente ao cumprimento das recomendações do representante do acionista Estado, foi proposto a não deliberação relativa às orientações estratégicas e objetivos para o triénio , visto não se encontrarem reunidas as condições para o efeito, determinandose que o Conselho de Administração a nomear proceda à articulação com a tutela sectorial e financeira para definição dos objetivos, no prazo de 60 dias após a nomeação, devendo, entretanto e em qualquer caso, respeitar-se as orientações relativas ao Plano de Redução de Custos Operacionais em 15%, bem como o Limite de Variação do Endividamento previsto no PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento) de 6% em Informamos em relação ao Plano de Redução de Custos Operacionais em 15%, a EDIA, conforme mapa seguinte, no período de 2011 face a 2009 registou uma redução de 62,27% e no período de 2011 face a 2010 de 17,78%. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 77

78 milhares de euros RUBRICAS EXECUÇÃO REDUÇÃO EM % / /2010 TOTAL DE GASTOS OPERACIONAIS , , ,25-62,27% -17,78% Fornecimentos e serviços externos , , ,24 Gastos com o pessoal 6.486, , ,02 Quanto ao Limite de Variação de Endividamento previsto no PEC de 6% em 2011, informamos que em 2011 o aumento de endividamento foi de 3,93%, conforme quadro seguinte: valores em euros Total de Endividamento Bancário Acréscimo de Endividamento Valor % , , ,60 3,93% Gestão de Risco Financeiro - Despachos N.º 101/09-SEFT, de 3 de janeiro PROCEDIMENTOS ADOPTADOS EM MATÉRIA DE AVALIAÇÃO DE RISCO E MEDIDAS DE COBERTURA RESPECTIVA Diversificação de instrumentos de financiamento, modalidades de taxa de juro disponíveis e entidades credoras A EDIA apresenta um investimento realizado acumulado desde o ano de 1995 até ao final de 2011, no montante de aproximadamente M O financiamento deste investimento consubstancia-se não só com capitais próprios e subsídios de investimento (fundos comunitários e PIDDAC), como também com capitais alheios, através de contratação de empréstimos bancários. Até à data de , a estrutura do financiamento é composta por: Aumentos de capital social no montante de M 387,3; Subsídios de Investimento - Fundos Comunitários no montante de M 830; Subsídios de Investimento PIDDAC no montante de M 123,19; Financiamento Bancário no montante de M 658,5. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 78

79 Relativamente aos financiamentos bancários: Banco Europeu Investimento M 135,00 Data de início do contrato: 1999; Prazo: 20 anos; Período de carência: 7 anos; Taxa Juro: taxa determinada pelo BEI em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo seu Conselho de Administração e que não poderá exceder a taxa Euribor 3 meses acrescida de 0,15%. Empréstimo Obrigacionista M 300,00 Data de início do contrato: 2003; Prazo: 15 anos; Reembolso: total no final do contrato (2018); Este empréstimo obrigacionista, foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa - Banco de Investimento, S.A. destinado ao financiamento do EFMA. Os cupões são trimestrais e o seu reembolso é bullet ; Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,10%. Empréstimo Obrigacionista - M 56,18 Data de início do contrato: 2007; Prazo: 20 anos; Reembolso: total no final do contrato (2027); Este empréstimo obrigacionista, foi contraído junto do Millenium BCP e do BPI; Os cupões são semestrais e o seu reembolso é bullet ; Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,005%. Empréstimo Obrigacionista M 94,35 Data de início do contrato 2010; Prazo: 20 anos; Os cupões são semestrais; Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, 28 prestações semestrais, iguais e sucessivas; Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário constituído por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI); Banco Santander Totta, S.A. (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A. (CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. Sucursal em Portugal (Dexia); Taxa Juro: Euribor 6 meses +Spread 2,65%. Conta Corrente Caucionada Santander-Totta M 5,00 Taxa Indexante: Euribor 3 Meses Spread (all in): 4% Prazo: 6 meses com possibilidade de prorrogação. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 79

80 BES M 45,00 Data de início do contrato: 29/12/2011 Data do fim do contrato: 20/02/2012 Taxa de juro: 8% (spread) + Euribor a 90 dias Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BCP M 25,00 Data de início do contrato: 21/12/2011 Data do fim do contrato: 23/01/2012 Taxa de juro anual nominal: 7,218% Empréstimo Bancário Millennium (Curto Prazo) CGD M 15,225 Data de início do contrato: 28/12/2011 Data do fim do contrato: 15/01/2012 Taxa juro anual nominal: 6,485% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI M 1,725 Data de início do contrato: 22/12/2011 Data do fim do contrato: 15/03/2012 Taxa juro anual nominal: 7,5% (spread)+ Euribor a 90 dias Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI M 0,735 Data de início do contrato: 28/12/2011 Data do fim do contrato: 15/03/2012 Taxa juro anual nominal: 7,5% (spread) + Euribor a 90 dias Contratação criteriosa de instrumentos de gestão de cobertura de riscos em função das condições de mercado Todo o financiamento externo está indexado a taxa variável. Neste momento não existe qualquer cobertura de taxa juro. Estando o mercado com taxas relativamente baixas, apresenta-se assim, como uma vantagem face aos maiores encargos decorrentes deste tipo de operação. Estabelecendo uma análise comparativa dos encargos financeiros ao longo do período de vida de cada financiamento, conclui-se que a taxa média é de, aproximadamente, 3,07%, taxa esta, manifestamente vantajosa face à contratualização deste tipo de instrumentos financeiros, nomeadamente fixação das taxas de juro. ADOPÇÃO DE POLÍTICA ACTIVA DE REFORÇO DE CAPITAIS PERMANENTES Consolidação do passivo remunerado através da transformação do passivo, de curto em médio e longo prazo, em circunstâncias de mercado que resultem favoráveis Em consequência das condições mais favoráveis do mercado, e sempre que a EDIA não tem possibilidade de obter financiamento através de aumentos de capital, vê-se obrigada a recorrer a financiamento de capitais alheios, existindo, nessa altura, a preocupação em consolidar o passivo remunerado de curto prazo para médio e longo prazo. No entanto, no ano de 2011 devido à conjuntura económico-financeira que se verificou a nível mundial, e RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 80

81 com os constrangimentos a nível de financiamento bancário a nível nacional, a EDIA contraiu empréstimos junto da banca nacional no montante de m , de curto prazo (decorrente das negociações entre a Secretária de Estado do Tesouro e Finanças e os bancos CGD, BES, BCP, BPI e Santander-Totta sobre o financiamento das empresas do Sector Empresarial do Estado). Contratação da operação que minimiza o custo financeiro (all-in-cost) da operação Até ao ano de 2010, todas as operações de financiamento externo (capitais alheios) foram alvo de uma análise cuidada em resultado de uma consulta efetuada à Banca, considerando as melhores condições de mercado, quer a nível financeiro, quer a nível fiscal, tendo-se sempre optado sempre por aquela que apresenta a all-in-cost mais favorável para a empresa. A partir do ano de 2011, o financiamento para a EDIA foi negociado diretamente entre o representante do Acionista e os bancos CGD, BES, BCP, BPI e Santander-Totta. Minimização da prestação de garantias reais e de cláusulas restritivas (covenants) Considerando que o projeto do EFMA se reveste de grande interesse nacional por representar uma obra de aproveitamento dos recursos hídricos associados ao rio Guadiana e contribuindo para a promoção e o desenvolvimento económico e social da região do Alentejo, todo o financiamento da EDIA tem como premissa a garantia pessoal do Estado e uma identificação dos recursos financeiros estritamente necessários para fazer face ao investimento em determinado período, de modo a facilitar a obtenção do crédito às melhores condições de mercado. Aquando da contratação das operações de financiamento externo, tanto a EDIA como a própria DGTF, esta última, enquanto representante do acionista único, o Estado, têm especial atenção para a minimização das cláusulas restritivas mediante a análise das peças documentais. A partir do ano de 2011, devido à conjuntura económico-financeira que se verificou a nível mundial, e com os constrangimentos a nível de financiamento bancário a nível nacional, a EDIA contraiu empréstimos junto da banca nacional no montante de m , de curto prazo e sem garantia do Estado Português (decorrente das negociações entre o representante do Acionista e os bancos CGD, BES, BCP, BPI e Santander-Totta sobre o financiamento das empresas do Sector Empresarial do Estado). MEDIDAS PROSSEGUIDAS COM VISTA À OPTIMIZAÇÃO DA ESTRUTURA FINANCEIRA DA EMPRESA A EDIA tem, desde a sua criação, centrado a sua atividade na execução de um conjunto de infraestruturas que integram o Empreendimento Alqueva, das quais se destacam, pela sua dimensão, as Barragens de Alqueva e Pedrógão e respetivas Centrais Hidroelétricas, o Sistema Adutor Primário e ainda os Blocos de Rega que compõem os cerca de ha projetados para o EFMA. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 81

82 Tanto as decisões de investimento como de financiamento da EDIA estão dependentes de aprovação do Estado, conforme indicado nos pontos seguintes: Segundo a alínea c) do ponto 1 do Art.º 3 do DL N.º 42/2007 de 22 de fevereiro, é objeto social da EDIA A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao Empreendimento, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território., financiado pelo Estado tal como está definido nos termos do ponto 2 Através do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, o Estado assegura o financiamento e demais condições relativas à atuação da EDIA, no que respeita à prossecução do objeto definido na alínea c) do número anterior, sendo as respetivas obras da propriedade do Estado. Relativamente à Rede Primária, no ponto 3 define-se que A construção das Redes Primária e Secundária de rega integradas no Empreendimento está dependente de prévia aprovação dos projetos por parte do Ministro da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território., o qual deve acompanhar todo o respetivo processo, nos termos do regime jurídico das obras de Aproveitamento Hidroagrícola. Existe também, para a execução da rede primária, o requisito da necessidade de prévia aprovação do Acionista Estado. Quanto à contração de financiamento e garantias, no ponto 1 do Art.º 8 do mesmo Decreto-Lei, indica-se que A contração de financiamentos de médio e longo prazos pela EDIA carece de autorização do Ministério das Finanças.. Nos termos do Despacho N.º 155/2011 de 18 de abril, os investimentos que excedam em termos individuais 5% do capital estatutário ou social, mesmo estando previstos nos respetivos orçamentos ou plano de investimentos se aprovados pela tutela financeira e sectorial ou assembleia geral, está sujeito a autorização prévia do membro do Governo responsável pela área das finanças, pelo sector ou assembleia geral. Na programação dos investimentos e financiamentos do EFMA a EDIA tem como único fim o cumprimento dos objetivos atribuídos à empresa pelo Acionista, assim como, no que respeita ao financiamento, são sempre considerados os fundos comunitários disponíveis nos diversos programas operacionais destinados ao EFMA, complementado com o recurso a dotações de capital do Acionista. Os projetos do EFMA estão contemplados nos principais programas de financiamento comunitário em curso no País, como sejam o POVT e o PRODER. Relativamente aos investimentos elegíveis, no POVT está previsto o apoio dos projetos da rede primária, a uma taxa de 70% de FEDER e/ou Fundo de Coesão, enquanto no PRODER prevêse o financiamento dos projetos da Rede Secundária, a uma taxa de 100%, 75% de FEADER e 25% de PIDDAC. Indica-se ainda que, no projeto do EFMA, o financiamento do Acionista visa, sobretudo, assegurar a contrapartida nacional dos projetos comunitários e dos custos de funcionamento que refletem, principalmente, os custos financeiros resultantes da política de financiamento do EFMA. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 82

83 As receitas geradas pelas atividades de exploração da EDIA, nomeadamente, a componente energia, que tem como origem a renda do contrato de subconcessão da exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e a componente água, resultante da exploração de perímetros de rega que desde 2009, são aplicadas essencialmente, nas despesas de funcionamento e manutenção das diversas infraestruturas e equipamentos das diversas áreas negócio, assim como nos gastos de estrutura da EDIA. Por fim indica-se que o Empreendimento de Alqueva é um projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN), conforme está indicado no ponto 1 do Art.º 9 do Decreto-lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro. POLÍTICA DE FINANCIAMENTO (Milhares de Euros) ANOS Total do Passivo Remunerado , , , , ,86 Custos Financeiros Suportados , , , , ,56 Taxa Média Anual 4,36% 4,83% 2,27% 1,36% 2,58% Para o período de , a necessidade de financiar as atividades de investimento do EFMA implicou o recurso aos capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários, à exceção do ano de A obtenção de recursos financeiros pela via de empréstimos bancários, empréstimos obrigacionistas, contas correntes caucionadas, entre outros, traduziu-se num aumento do Total do Passivo Remunerado na ordem dos 21,15%. Este aumento significativo, resulta da política financeira definida pelo único Acionista, assente na contratação de empréstimos, da não disponibilização de dotações de capital suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA, atendendo a que foram realizados aumentos de Capital Social, no mesmo período, no montante de M 95,76, para fazer face a um investimento total de cerca de M 746 e ainda, porque a empresa não tem gerado os meios necessários para comportar o volume de investimentos que vem realizando. Realça-se que estes investimentos, na sua maioria cofinanciados por Fundos Comunitários e PIDDAC, têm uma taxa de comparticipação média na ordem dos 69,70% face ao investimento total. Face ao exposto, verificou-se até 2008, um recurso crescente a capitais alheios. Refira-se, no entanto, que o aumento de capital social verificado durante o ano de 2009 permitiu uma amortização de (1/3) do empréstimo obrigacionista de M 93.5, o que conduziu a uma diminuição do Passivo Remunerado que voltou a aumentar cerca de M 40 em 2010 e M 25 em O financiamento bancário está indexado a taxas de juro variáveis, nomeadamente a Euribor, pelo que a evolução da taxa média de financiamento, está diretamente relacionada com a variação desta taxa. A diminuição acentuada da taxa Euribor, desde o ano de 2008, que até essa altura apresentou um crescendo constante, permitiu, por outro lado, uma significativa redução da taxa média anual dos financiamentos da EDIA de 4,83% em 2008 para RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 83

84 2,58% em 2011, contribuindo para a diminuição significativa dos Custos Financeiros suportados em cerca de 44,3%. De referir que o aumento de financiamento bancário no ano de 2011 cresceu cerca de 3,93%, face ao ano anterior, cumprindo assim a EDIA, os limites máximos de acréscimo de endividamento para 2011 (6%) de acordo com o Plano de Estabilidade e Crescimento, aprovado pela resolução da Assembleia da República nº 29/2010, de 12 de abril, e explicitado pelo despacho nº 510/10-SEFT, de 1 de junho. Para ir de encontro ao cumprimento do Principio da Unidade de Tesouraria, previsto no artigo 12º da lei nº 12- A/2010 de 30 de junho, a EDIA procedeu à abertura de contas bancárias no IGCP com o intuito de manter as suas disponibilidades e aplicações financeiras na referida entidade. Evolução do Prazo Médio de Pagamentos (PMP) A RCM N.º 34/2008, de 22 de fevereiro aprova o Programa Pagar a Tempo e Horas que visa reduzir os prazos médios de pagamento praticados por entidades públicas a fornecedores de bens e serviços. Esta resolução estabelece a fórmula a usar para o cálculo do Prazo Médio de Pagamento (PMP), registado no final de cada trimestre, incumbindo à Direção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) efetuar o apuramento do mesmo e publicitálo na sua página eletrónica na Internet. Apresenta-se, de seguida, o PMP da EDIA, S.A (por trimestre) para os anos de 2010 e 2011 (segundo fórmula da DGTF): PMP 1.ºT ºT ºT ºT ºT ºT ºT ºT 2011 PMP a Fornecedores (dias) Durante o ano de 2011 conseguiu-se uma redução no Prazo Médio de Pagamento face aos prazos apresentados em 2010, no entanto, devido às restrições financeiras ocorridas durante o ano de 2011, por um lado, pela dificuldade de acesso ao crédito bancário, e por outro lado, pelo atraso no recebimento de fundos comunitários, não se conseguiu atingir o prazo pretendido de 90 dias. Atrasos nos Pagamentos O ponto 2 do artigo 33º do DL N.º 29-A/2011 de 01 de março obriga as empresas públicas, com um prazo médio de pagamento superior a 90 dias, a divulgar, trimestralmente lista atualizada das suas dívidas certas, líquida e exigíveis há mais de 60 dias. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 84

85 Em conformidade com o disposto, vem a EDIA apresentar a lista final de 2011 (em Euros) Entidade Valor RRC- Ramalho e Rosa Cobetar ,12 DST ,21 Hagen Engenharia, SA ,76 COBA - Consultores de Engenharia ,59 CME-Const. e Manutenção Electrom ,00 Luságua-Serviços Ambientais, SA ,66 SAP Portugal ,12 Aqualogus ,20 Bombeiros Voluntários Beja ,00 José Dias Caldeira ,60 Hiperfer ,40 Afonso Henrique das Fontes Callapez ,30 Francisco Verissimo ,00 TOTAL ,96 Nos termos do art.º 183 da Lei N.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, compete aos órgãos de gestão das entidades dos sectores público administrativo e empresarial assegurar a divulgação, nas respetivas páginas eletrónicas, da situação no final de cada semestre ( ) devendo identificar, designadamente, os montantes em dívida para cada prazo, agrupados segundo a natureza de bem ou serviço fornecido. As dívidas a reportar referem-se aos fornecimentos dos bens e serviços cujo pagamento esteja em atraso, conforme a definição do DL N.º65-A/2011, de 17 de maio: o não pagamento de fatura correspondente ao fornecimento dos bens e serviços no artigo seguinte após o decurso de 90 dias, ou mais, sobre a data convencionada para o pagamento de fatura ou, na sua ausência, sobre a data constante da mesma. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 85

86 Apresenta-se, de seguida, o AP da EDIA, S.A, para o ano de 2011 (segundo fórmula da DGT): (em Euros) Pagamentos em Atraso dias dias dias > 360 dias Empreitadas de Obras Públicas , ,28 Outros Trabalhos Especializados ,40 Total , ,28 Deveres Especiais de Informação A EDIA efetua o envio da informação prevista na RCM N.º 49/2007, de 28 de março, (Princípios de Bom Governo das Empresas do Sector Empresarial do Estado) no portal das empresas do SEE, reportando previamente essa informação e a sua atualização, à DGTF. Por outro lado, e no âmbito do cumprimento do disposto no Despacho N.º 14277/2008, de 23 de maio, referencie-se que os procedimentos adotados pela EDIA cumprem as medidas de reforço dos mecanismos de controlo financeiro e dos deveres especiais de informação das Empresas Públicas, por estes estabelecidos, com a finalidade de asseverar a contenção da despesa pública e o rigor na gestão dos recursos disponíveis. Anualmente, a EDIA procede ao reporte dos seguintes documentos: Planos de Atividades Anuais e Plurianuais Ano 2011, remetido a 30 de novembro de 2010 e Ano 2012: remetido a 30 de novembro de Orçamentos Anuais, incluindo Estimativa das Operações Financeiras com o Estado Remetido a 21/07/2011 (Estimativa das Operações Financeiras a realizar com o Estado em 2012) Planos de Investimento Anuais e Plurianuais e respectivas Fontes de Financiamento Ano de 2011: remetido a 30 de novembro de 2010 e Ano de 2012: remetido a 30 de novembro de Documentos de Prestação Anual de Contas Individuais e Consolidadas, acompanhados dos relatórios produzidos pelos Auditores Externos e Relatório Anual de Fiscalização do ROC Relatório de Gestão da EDIA e do Grupo Exercício de 2010: remetido a 04 de março de 2011 e Relatório e Contas Consolidadas da EDIA e do Grupo, a 30 de junho de 2011: remetido a 06 de setembro de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 86

87 Relatórios Trimestrais e Semestral de Atividades e de Execução Orçamental, acompanhados dos respectivos relatórios do Órgão de Fiscalização Relatório de Atividades do 4.º Trimestre de 2010: remetido a 11 de abril de 2011; Relatório de Atividades do 1.º Trimestre de 2011: remetido a 17 de junho de 2011; Relatório de Atividades do 2.º Trimestre de 2011: remetido a 24 de outubro de 2011; Relatório de Atividades do 1.º Semestre de 2011: remetido a 24 de outubro de 2011; Relatório de Atividades do 3.º Trimestre de 2011: remetido a 30 de dezembro de 2011; Informação de Gestão de âmbito Financeiro e Orçamental - 1.º Trimestre de 2011: remetido a 16 de maio de 2011; Informação de Gestão de âmbito Financeiro e Orçamental - 2.º Trimestre de 2011: remetido a 16 de agosto de 2011; Informação de Gestão de âmbito Financeiro e Orçamental - 3.º Trimestre de 2011: remetido a 15 de novembro de 2011 e Informação de Gestão de âmbito Financeiro e Orçamental - 4.º Trimestre de 2011: remetido a 15 de fevereiro de Cópias das Actas das Assembleias Gerais da Empresa O Gabinete de Apoio Jurídico (GAJ) é responsável pelo livro de atas das Assembleias Gerais da Empresa facultando, sempre que necessário, e aquando solicitação da Tutela, cópias desses documentos. Cumprimento das Recomendações do Acionista Relativamente ao cumprimento das recomendações do Acionista, no âmbito das orientações genéricas emitidas na Assembleia Geral de 28 de abril de 2011, e tendo em consideração o alinhamento do SEE com a Administração Pública, designadamente, no que concerne à política de redução de custos e contenção salarial, informa-se que: As remunerações fixas dos membros do Órgão de Administração da EDIA mantiveram-se idênticas, inalteradas as remunerações fixas mensais ilíquidas, a abonar catorze vezes; No âmbito do previsto no artigo 172º da Lei N.º 3-B/2010, de 28 de abril (OE/2010) e no artigo 29.º da Lei N.º 55-A/2010 de 31 de dezembro (OE/2011), e no Despacho N.º 5696-A/2010, de 25 de março de 2010, foi adotada uma política assente na contenção acrescida de custos, nomeadamente, no que respeita à remuneração dos titulares do Órgão de Administração, designadamente, não havendo lugar, durante o período de execução do PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento) para , à retribuição de qualquer componente variável da remuneração; Em 2011 os titulares dos Órgãos de Fiscalização mantiveram o regime remuneratório inalterado, as remunerações fixas mensais ilíquidas. Na Assembleia Geral de 2011 não foi deliberado a eleição dos órgãos sociais para o triénio , devendo assim os órgãos sociais em exercício manterem-se em funções. O conselho Fiscal, cujos valores percentuais de 20% e 15%, respetivamente, para o Presidente e Vogais, sobre o montante agregado da remuneração fixa do Presidente do Conselho de Administração. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 87

88 O Revisor Oficial de Contas, apresentou uma proposta de honorários numa carta de compromisso, contemplando as reduções previstas no art.º19 da Lei n.º55-a/2010. Quanto às restantes despesas está no artigo 59º do estatuto do ROC, Decreto-Lei n.º87/99, de 16 de novembro, republicado pelo Decreto- Lei n.º 224/2008 de 20 de novembro. A Lei prevê assim que os honorários são fixados por contrato, e que para além dos honorários os ROC têm direito ao reembolso das despesas incorridas para levar a efeito a revisão, nomeadamente as de deslocação. No que concerne aos gastos com o pessoal promoveu-se uma redução salarial entre 3,5% e 10% sobre remunerações totais ilíquidas de valor mensal superior a 1.500,00 mensais, congelamento das progressões nas carreiras, restrições relativas à contratação de novos colaboradores e não aplicação de taxa de atualização salarial. A maior percentagem de colaboradores da EDIA, não incide quaisquer taxas de redução visto que auferem um vencimento global inferior a O escalão mais afetado é o dos colaboradores que tem um vencimento entre os e os Relativamente à política de Recursos Humanos e na sequência das orientações transmitidas anteriormente pela tutela, a empresa tem vindo a reduzir o número global de colaboradores, optando, quase sempre, pela redistribuição de tarefas entre os colaboradores já ao serviço da empresa - mobilidade interna, sendo o quadro de pessoal da EDIA em 31 de dezembro de 2011 composto por 189 colaboradores e no final de 2010 um total de 194 colaboradores, verificando-se uma redução de 2,5%. Estas medidas inserem-se num contexto caracterizado pela particular necessidade de adoptar um regime remuneratório que traduza uma efetiva moderação salarial, com total transparência no que se refere à definição das políticas remuneratórias aplicadas, de modo coerente com a estratégia e a natureza da atividade da Empresa e de forma consistente com uma eficiente gestão dos riscos associados à sua atividade. No que respeita à elaboração das Demonstrações e Mapas Financeiros dos Relatórios de Gestão, e com objetivo de que as contas da Empresa evidenciem uma imagem atual, completa, objetiva e apropriada dos seus resultados, posição financeira e situação económico - financeira da EDIA e do Grupo EDIA, foi dado seguimento/cumprimento às indicações constantes nas respetivas Certificações Legais das Contas, elaboradas por Auditor registado na CMVC, tendo-se procedido à incorporação das orientações nelas constantes, e atendido, designadamente, às recomendações e ênfases expressas nos referidos documentos, tendo em consideração as orientações definidas pelo Acionista e a atual fase de desenvolvimento do Empreendimento. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 88

89 Aplicação das Normas de Contratação Pública Em termos da aplicação das Normas de Contratação Pública, a EDIA está sujeita à aplicação do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei N.º 18/2008, de 29 de janeiro, por força do disposto no respetivo artigo 2.º, N.º 2, alínea a). Na aplicação das normas da contratação pública a EDIA norteia-se pelos princípios da igualdade, da não discriminação e da transparência enunciados no artigo 2.º da Diretiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, sem perder de vista outros valores igualmente relevantes como sejam a economicidade ou boa gestão financeira dos recursos públicos e a seleção da proposta mais conveniente para o interesse público. As decisões que autorizam a realização de despesa suportam-se em informações onde é justificada a necessidade de contratar e proposto o procedimento mais adequado, seguindo a tramitação prevista no CCP e as regras de procedimento estabelecidas em regulamento interno, tendo presente a necessidade de desagregar funções e objetivar as peças de cada procedimento, em particular ao nível da definição do respetivo critério de adjudicação. Foram ainda incorporadas, nos procedimentos de contratação pública implementados na EDIA, as orientações constantes do Despacho N.º 438/10-SETF, de 10 de maio. Desde há vários anos a esta parte que a EDIA tem vindo assim a implementar um conjunto de medidas que permitiram uma redução significativa do custo de compras médio por colaborador antecipando-se, desta forma, algumas das medidas agora abordadas. Por outro lado, e na sequência da implementação destas medidas e concomitante efeito verificado em termos de redução de custos, tem sido motivo de principal preocupação a sua manutenção, não tendo sido igualmente descuradas as possibilidades que surgem no âmbito de eventuais reduções desses custos. Além do mais, foi já implementada a desmaterialização integral dos procedimentos adjudicatórios previstos no Código dos Contratos Públicos (CCP) comumente utilizados na empresa, ou seja, o concurso público e o ajuste direto segundo o regime geral ali previsto. O desenvolvimento dos referidos procedimentos em plataforma eletrónica está agora em sintonia com a desmaterialização já operada no âmbito da gestão documental interna da empresa. Olhando a medidas mais concretas, foi deliberado pelo Conselho de Administração que, para a realização de despesas cujo valor estimado seja superior a 5.000,00, o recurso ao procedimento de ajuste direto implicará sempre o convite a pelo menos cinco entidades, só se admitindo o convite a um universo inferior de interessados em casos excecionais e devidamente fundamentados, sujeitos a autorização pelo Conselho de Administração. Ainda no âmbito dos manuais de aquisição de bens ou serviços, e indo de encontro também às preocupações subjacentes ao ofício-circular n.º 6132, de , da DGTF já se havia determinado que, nos contratos de prestação de serviços de valor igual ou superior a ,00 (s/iva), a adjudicação deve ser precedida de justificação da necessidade de contratar, tanto do ponto de vista económico, como da ausência de soluções internas, bem como da explicitação dos objetivos que se pretende alcançar do ponto de vista de uma análise custo-benefício. Neste momento foi já incorporada no respetivo manual de procedimentos interno, a necessidade de dar cumprimento, logo na preparação da informação que sustenta e propõe determinada aquisição, o cumprimento do disposto no artigo 127.º do CCP (na redação da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, com início de vigência em 1 de janeiro de 2012), nos termos do qual a publicitação no portal dos contratos públicos, de todos os RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 89

90 contratos celebrados por ajuste direto e com um valor igual ou superior a 5.000,00, deve conter a fundamentação da necessidade de recurso ao ajuste direto, em especial, sobre a impossibilidade de satisfação da necessidade por via dos recursos próprios da Administração Pública. Política de Aprovisionamento de Bens e Serviços A EDIA, no aprovisionamento dos bens e serviços necessários à sua atividade, cumpre escrupulosamente a legislação em vigor e as orientações emanadas pelo seu Acionista. A existência de um modelo de governo claramente conhecido por todos os colaboradores, com atribuições diversificadas de competências, e de serviços centrais de compras, permitem a obtenção de economias de escala que se têm vindo a revelar extremamente eficientes e vantajosas para na gestão da Empresa. Destacam-se, nesta matéria, os resultados obtidos na área da prestação de serviços de informática, de comunicações móveis, de gestão do património (i.e. frota automóvel) e de consumíveis. Desde há vários anos a esta parte que a EDIA tem vindo assim a implementar um conjunto de medidas que permitiram uma redução significativa do custo de compras médio por colaborador antecipando-se, desta forma, algumas das medidas agora abordadas. Por outro lado, e na sequência da implementação destas medidas e concomitante efeito verificado em termos de redução de custos, tem sido motivo de principal preocupação a sua manutenção, não tendo sido igualmente descuradas as possibilidades que surgem no âmbito de eventuais reduções desses custos. Refira-se que com a progressiva entrada da empresa em fase de exploração, e tendo em conta a necessidade de contribuir para racionalização dos gastos e desburocratização dos processos públicos de aprovisionamento, a EDIA está a equacionar metodologias e procedimentos tendo em vista a adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP), através da ANCP, procedendo para já à avaliação de eventuais vantagens de aderir a esta modalidade de provimento de bens e serviços, uma vez que, em fase de investimento, e face às especificidades das prestações contratadas, tal solução não se afigurou mais eficaz nem mais vantajosa. Por fim, foi definida a orientação para que o fator preço assuma um peso crescente nos critérios de adjudicação adotados, procurando por essa via ganhos não só de eficiência e racionalização mas também de transparência. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 90

91 Anexos solicitados pela DGTF Informação a constar no Site do SEE Estatutos actualizados (PDF) Historial, Visão, Missão e Estratégia Ficha Síntese da Empresa Identificação da Empresa: Missão, Objectivos, Políticas, Obrig. Serv. Público e Modelo de Financiamento Modelo Governo/Ident. Orgãos Sociais: Modelo de Governo (Identificação dos Órgãos Sociais) Estatuto Remuneratório Fixado Remunerações Auferidas e Demais Regalias Regulamentos e Transacções: Regulamentos Internos e Externos Transações Relevantes c/ entidade(s) relacionada(s) Outras Transacções Análise de Sustentabilidade Económica, Social e Ambiental Avaliação do Cumprimento dos PBG Código de Ética Informação Financeira Histórica e Actual Esforço Financeiro do Estado Divulgação S N N.A. X X X X X X X X X X X X X X X Anexo 3 Comentários Existência de Site Historial, Visão, Missão e Estratégia Organigrama Orgãos Sociais e Modelo de Governo: Identifica dos Órgãos Sociais Identificação das Áreas de Responsabilidade do CA Identificação de Comissões Existentes na Sociedade Identificar Sistemas de Controlo de Riscos Remuneração dos Órgãos Sociais Regulamentos Internos e Externos Transacções fora das Condições de Mercado Transacções relevantes com Entidades Relacionadas Análise de Sustentabilidade Económica, Social e Ambiental Código de Ética Relatório e Contas Provedor do Cliente Legenda: S - Sim N - Não N.A. - Não Aplicável Informação a constar no Site da Empresa Divulgação S N N.A. X X X X X NA X X X X X X X X NA Comentários Nota: Assinalar no formulário com X as respostas correctas RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 91

92 CUMPRIDO S N N.A. Procedimentos adoptados em Matéria de Avaliação de Risco e Medidas de Cobertura Respectiva Diversificação de instrumentos de financiamento X Pág. n.º 78, 79 e 80 do Relatório e Contas Diversificação das modalidades de taxa de juro disponíveis X Pág. n.º 78, 79 e 80 do Relatório e Contas Diversificação de entidades credoras X Pág. n.º 78, 79 e 80 do Relatório e Contas Contratação de instrumentos de gestão de cobertura de riscos em função das condições de mercado X Pág. n.º 78, 79 e 80 do Relatório e Contas Adopção de Politica Activa de Reforço de Capitais Permanentes Consolidação passivo remunerado: transformação passivo Curto em M/L prazo, em condições favoráveis X Pág. n.º 80 e 81 do Relatório e Contas Contratação da operação que minimiza o custo financeiro (all-in-cost) da operação X Pág. n.º 80 e 81 do Relatório e Contas Minimização da prestação de garantias reais X Pág. n.º 80 e 81 do Relatório e Contas Minimização de cláusulas restritivas (covenants) X Pág. n.º 80 e 81 do Relatório e Contas Medidas prosseguidas com vista à Optimização da Estrutura Financeira da Empresa Adopção de política que minimize afectação de capitais alheios à cobertura financeira dos investimentos X Pág. n.º 81, 82 e 83 do Relatório e Contas Opção pelos investimentos com comprovada rendibilidade social/empresarial, beneficiam de FC e de CP X Pág. n.º 81, 82 e 83 do Relatório e Contas Utilização de auto financiamento e de receitas de desinvestimento X Pág. n.º 81, 82 e 83 do Relatório e Contas Inclusão nos R&C Descrição da evolução tx média anual de financiamento nos últimos 5 anos X Pág. n.º 83 do Relatório e Contas Juros suportados anualmente com o passivo remunerado e outros encargos nos últimos 5 anos X Pág. n.º 83 do Relatório e Contas Análise de eficiência da política de financiamento e do uso de instrumentos de gestão de risco financeiro X A EDIA não tem contratualizado qualquer instrumento de gestão de risco financeiro Reflexão nas DF 2011 do Efeito das Variações do Justo Valor dos Contratos de Swap em Carteira X A EDIA não em carteita nenhum contrato swap Legenda: FC - Fundos comunitários CP - Capital próprio S - Sim N - Não N.A. - Não Aplicável Gestão de Risco Financeiro - Despacho n.º 101/09-SETF, de Nota: Assinalar no formulário com X as respostas correctas e preencher o campo descrição com as medidas adoptadas Anexo 4 Descrição RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 92

93 Cumprimento das Orientações Legais CUMPRIDO S N N.A. Quantificação Anexo 6 Justificação Objectivos de Gestão: Objectivo 1 X Objectivo 2 X Objectivo 3 X Gestão de Risco Financeiro X Evolução do PMP a fornecedores X - 23 dias Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") X ,96 Deveres Especiais de Informação X Recomendações do accionista na aprovação de contas: Recomendação 1 X Recomendação 2 Etc. Remunerações: Não atribuição de prémios de gestão X órgão Sociais - redução remuneratória nos termos do art.º 19º da Lei 55-A/2010 X ,16 órgãos Sociais - Redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010 X ,07 Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do art.º 22.º da Lei 55-A/2010 X ,00 Restante trabalhadores - redução remuneratórianos termos do art.º 19.º da Lei 55-A/2010 X ,40 Contratação Pública Normas de contratação pública X Normas de contratação pública pelas participadas X Adesão ao sistema Nacional de Compras Públicas Nas consultas em que se recorreu ao SNCP as outras entidades X 0% apresentaram condições mais favoráveis Limites de Crescimento do Endividamento X 3,93% Plano de Redução de Custos Gastos com pessoal X 14,36% Fornecimento e Serviços externos X 64,49% Principio da unidade de Tesouraria X 43,27% Legenda: S - Sim N - Não N.A. - Não Aplicável Nota: Assinalar no formulário com X as respostas correctas RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 93

94 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 94

95 ESTRUTURA DE SUPORTE Recursos Humanos A EDIA considera os seus colaboradores como o seu ativo mais importante cuja valorização deve ser contínua. No ano de 2011 decorreu, conforme previsto, o processo de avaliação de desempenho dos colaboradores da EDIA referente ao ano de Na sequência das orientações transmitidas pela tutela para o sector empresarial do Estado foram executadas as medidas previstas no Orçamento de Estado (OE) para 2011, nomeadamente no que à redução dos custos diz respeito. Não obstante a redução do orçamento de formação para o ano de 2011 em cerca de 73%, a empresa não deixou de executar um conjunto de ações de formação, que, no total, atingiram horas e envolveram 91 colaboradores, com especial ênfase nas matérias relativas às áreas do Ambiente, Qualidade, Avaliação Imobiliária, Cartografia, Inglês Empresarial, Segurança de Máquinas, Gestão da Formação e Gestão do Stresse, entre outras. N.º de Horas de Formação N.º de Colaboradores que Receberam Formação 1.º Trimestre º Trimestre º Trimestre º Trimestre TOTAL RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 95

96 35 N.º de Colaboradores que Receberam Formação N.º de Colaboradores que Receberam Formação º Trimestre 2.º Trimestre 3.º Trimestre 4.º Trimestre É de salientar a ligação forte que é mantida com os estabelecimentos de ensino da região, quer secundários ou profissionais, quer universitários, através de receção de estagiários na empresa. No final de 2011, os recursos humanos da EDIA atingiam um número total de 189 colaboradores (20 dos quais contratados a termo), distribuídos pelas diferentes categorias profissionais. Refira-se o impacto no emprego local, uma vez que mais de dois terços dos efetivos são naturais da região. Sistemas de Informação Em 2011, de entre as diversas tarefas desenvolvidas nesta área, destacam-se as relacionadas com a implementação de Software de Gestão de Ativos em SAP (Sistemas, Aplicativos e Produtos para Procedimentos de Dados) permitindo que se encontre em sistema as manutenções preventivas e corretivas, as aquisições de serviços externos e a disponibilização de diversos relatórios/listagens de análise para o utilizador final e decisores, existindo uma interligação com a área financeira, ao nível de compras e orçamentação, gestão de contratos, bem como a componente de recursos humanos. No final de 2011, ficou concluída a implementação do software que permite a extração de diversos indicadores a partir de várias bases de dados da Empresa. Face ao elevado volume de informação existente e disperso por vários locais, numa primeira fase será implementado um projeto de reporting operacional e estratégico ao nível do sistema SAP (ERP), direcionado para a área financeira e administração, que disponibilize mapas de apoio e controlo do processo através de indicadores ad-hoc. Procedeu-se ainda à conclusão da automatização do processo de integração entre Sistema de Informação Geográfica (SIG) e SAP, que permite a emissão no sistema SAP de faturas (associadas aos perímetros de rega da EDIA), em lote. Este procedimento apoia a gestão ao nível de análise da faturação, com o detalhe pretendido. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 96

97 Desenvolvimento, Promoção e Divulgação Em 2011, a EDIA atuou a sua intervenção numa atitude proactiva de promoção do Projeto Alqueva, direcionada para a identificação e promoção de oportunidades de negócios e intenções de investimento a localizar na zona de intervenção do EFMA, promovendo os esforços necessários para que as mesmas se materializem, no âmbito de um processo mais amplo de concertação de estratégias tendo em vista a captação e fixação de investimentos na área de implantação do Empreendimento. No decurso do ano, continuou o trabalho de articulação com a ANA Aeroportos e AICEP, no sentido de consolidar esforços de promoção conjunta do EFMA, aeroporto de Beja, e Complexo Industrial de Sines, triologia de projetos com uma magnitude incontornável e uma dimensão estruturante para a economia da região. Realizaram-se um conjunto de iniciativas relacionadas com a vertente turística. Evidencie-se, neste aspeto o trabalho levado a cabo no âmbito do Grupo Promotor da Reserva Dark Sky na área de influência de Alqueva, projeto ímpar a ter lugar no sul da Europa, bem como na semana do Turismo do Alentejo, organizada pela Entidade Regional de Turismo. Refira-se ainda a participação em diferentes reuniões e grupos de trabalho do BCSD, nomeadamente, no YMTeam. Teve seguimento o trabalho desenvolvido na área da economia da água e sistemas de tarificação, com a realização de previsões de encargos e de receitas de exploração e a análise económica e de exploração dos perímetros de rega em funcionamento no Empreendimento. No que respeita a contactos com os stakeholders do sector agrícola e agroindustrial, continuaram as diligências no sentido de ajudar a definir um modelo de gestão inclusivo, que assegure a sustentabilidade dos perímetros de rega de Alqueva. A EDIA, juntamente com o Centro Operativo de Tecnologias do Regadio (COTR) e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), continuou a proceder ao acompanhamento de uma empresa que pretende introduzir a cultura da papoila branca no Alqueva, para extração de morfina para a indústria farmacêutica. Prosseguiu, igualmente, o acompanhamento dos investidores de um Grupo Económico especializado em produção de flores ao ar livre que já se encontram a proceder a ensaios experimentais, através do acordo firmado entre aquele grupo e a Associação de Beneficiários do Roxo. Em conjunto com outro investidor a EDIA tem ainda vindo a participar num grupo de trabalho, que inclui a Autoridade Florestal Nacional (AFN) e a Associação de Indústria Papeleira (CELPA), no sentido de avaliar a viabilidade da implementação de espécies florestais de crescimento rápido nos perímetros de rega em Portugal. O Programa SISAP tem tido uma utilidade significativa neste projeto. No estudo Modelo Técnico-Económico para Monitorização e Gestão da Componente Hidroagrícola de Alqueva a primeira versão da aplicação informática associada a este modelo, foi entregue e disponibilizada à EDIA. O estudo Uma Visão Estratégica para um Desenvolvimento Sustentável do EFMA esteve em consulta pública tendo sofrido desenvolvimentos no sentido de o adequar aos contributos recebidos. Procedeu-se, também, à avaliação de propostas do concurso para a elaboração de uma agenda da Sustentabilidade para a EDIA (período ) e Relatório de Sustentabilidade Continuação, da introdução de novos conteúdos na Plataforma Investinalqueva.poe.edia.pt, bem como do site do POE (Ponto de Orientação Empresarial). Destaque para protocolo de entendimento e colaboração para a criação de uma Rede de Laboratórios de I&DT do concelho de Beja o qual foi, juntamente com outras entidades, assinado dia 31 de Março de 2011, pela EDIA, assim como a assinatura do protocolo de colaboração com o Instituto Politécnico de Beja (IPB), que ocorreu em cerimónia pública no dia 11 de Abril. Mencione-se, ainda, a participação nas Jornadas Técnicas APRH A Engenharia dos Aproveitamentos Hidroagrícolas: atualidade e desafios futuros, que se realizaram no mês de Outubro. A EDIA preparou a apresentação, a qual se prende com encargos de exploração de Alqueva, nas suas diversas componentes, sejam elas de conservação, manutenção, energéticas e beneficiação, bem como as políticas de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 97

98 tarificação inerentes, questões que se revestem de importâncias estratégicas. Procedeu-se, igualmente, à organização e acompanhamento de visita às infraestruturas do Subsistema do Ardila, dos participantes nas jornadas técnicas. Ao longo do ano, continuou-se a efetuar o acompanhamento, em reportagem, de diversos Órgãos de Comunicação Social (OCS), na realização do cliping diário aos vários OCS nacionais, regionais e online, com registo para a publicação de notícias com referência à EDIA ou ao EFMA, e na produção e distribuição de Notas de Imprensa. Na componente de relações públicas prosseguiu, ao longo do ano, a receção personalizada, com explicação multimédia do EFMA e visionamento das obras e/ou Central Hidroelétrica de Alqueva, a vários grupos de visitantes de diversos países. Considerando a estratégia prosseguida pela EDIA de promoção do espaço Alqueva e de divulgação do Empreendimento assinale-se a participação da empresa em inúmeros certames. Mas devido à atual situação económica do País em particular, e da Europa em geral, levou a que as estratégias a aplicar na promoção do EFMA nos certames em que habitualmente participa, assentassem numa lógica de aproveitamento integral das estruturas que serviram o Stand promocional da EDIA em 2010 e adaptação de outras existentes, de forma a reduzir ao máximo os custos associados a uma nova conceção e execução. A nível nacional, a EDIA esteve presente em iniciativas expositivas, e a nível internacional, referência à participação na Feira Internacional Agrícola de Novi Sad , na Sérvia, incluindo a conceção do stand e folheto a utilizar no certame, em conjunto com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), em representação do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas. Destaque para a participação no Tenth Council of Europe Meeting of the Workshops for the Implementation of the European Landscape Convention organizado pela Direção Geral do Ordenamento do Território a 15 de Outubro, em Évora. A participação da EDIA versou o tema Aldeia da Luz/Alqueva ; Participação, também, I Forúm de Inversión Luso Extremeño, realizado em Badajoz, e organizado pela agência do Governo Regional da Estremadura espanhola Extremadura Avante por ocasião da Feira Hispano Portuguesa, FEHISPOR. A apresentação da EDIA versou as potencialidades e oportunidades criadas pelo Projeto de Alqueva ; No que respeita a realizações em destaque ocorridas no decurso de 2011, evidencie-se as inaugurações, pelo Sr. Ministro de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Dr. António Serrano, a 05 de Fevereiro, dos 1.ºs Perímetros do Subsistema Ardila (Perímetros de Orada Amoreira, Brinches, Brinches Enxoé e Serpa). A 27 de Abril, inauguração das Centrais Mini - Hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa e do Perímetro de Rega de Alfundão e dos Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom (duas infraestruturas de rega que beneficiam, respetivamente, cerca de quatro mil e cinco mil hectares de regadio). Referencie-se também, a receção da Comissão Parlamentar de Agricultura em diversas infraestruturas do EFMA e, organização e realização da receção da Senhora Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Dr.ª Assunção Cristas, na Estação Elevatória de Pedrógão - Margem Esquerda. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 98

99 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 99

100 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 100

101 INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO Investimento do Empreendimento O total de investimento realizado em 2011 pela EDIA, não incluindo as capitalizações de encargos de estrutura e financeiros, atingiu o montante de m ,23, o que eleva o total de investimento no EFMA, desde 1995 até ao final do ano em análise para m ,82. Face ao ano de 2010 a percentagem de execução foi inferior em cerca de 28%. A redução dos níveis de investimento comparativamente com os anos mais recentes, devem-se à revisão dos investimentos em 2011, decorrente das dificuldades económicas e de financiamento que foram sentidas no período, não só no país, mas em toda a União Europeia. Assim, face à dificuldade sentida no financiamento de contrapartida nacional dos investimentos do EFMA, procedeu-se à reprogramação das atividades retornando o ano 2015, como meta para a conclusão de construção do Empreendimento. Investimento Realizado "por Programa" até ao final de 2011 milhares de euros PROGRAMAS Anos Até Total Barragem de Alqueva , , , , , , ,77 Central Hidroeléctrica de Alqueva ,23 56,56 15,53 52, ,62 Barragem e Central de Pedrógão ,01 698,35 200, ,04 98,86 3, ,17 Estação Elevatória Alqueva-Álamos ,00 271,25 255,09 589,12 320,39 2, ,39 Rede Primária , , , , , , ,57 Rede Secundária de Rega , , , , , , ,34 Desenvolvimento Regional , ,95 183,66 511,10 214, , ,96 TOTAL , , , , , , , , , , , , ,00 0, ,00 Barragem de Alqueva Central Hidroeléctrica de Alqueva Barragem e Central de Pedrógão Estação Elevatória Alqueva-Álamos Rede Primária Rede Secundária de Rega Desenvolvimento Regional RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 101

102 Em 2011, a maior concentração do investimento verificou-se nas Redes Primária e Secundária de Rega, com valores na ordem m ,77 e m ,84, respectivamente. O Sistema Global de Rega, representa, no essencial, no ano em análise, o investimento realizado. Em termos de realização anual o montante registado no Programa Barragem de Alqueva, m 1.959,15, incidiu na componente de expropriações e indemnizações dos terrenos afetados pela albufeira de Alqueva. Relativamente aos programas Barragem e Central de Pedrógão e Estação elevatória Alqueva Álamos, registaram-se investimentos residuais. O valor indicado no programa Desenvolvimento Regional, resulta do facto do projecto Energia Renováveis ter entrado em exploração, sendo as despesas consideradas como gastos, e da transferencia do valor de investimento do SIGEFMA para outros programas de investimento, sobretudo o da Rede Secundária. Ainda no que diz respeito aos valores dos diversos quadros (Programas, Sistemas e Projetos) observa-se que independentemente da organização/estrutura dos valores, face ao ano de 2010, a realização verificada em 2011 é inferior em todas as rubricas. Investimento Realizado "por Sistemas" até ao final de 2011 milhares de euros SISTEMAS Anos Até Total Infra-estruturas do Sistema Primário , , , , , , ,23 Infra-estruturas Secundárias , , , , , , ,33 Promoção e Desenvolvimento Regional , ,95 183,66 511,44 214, , ,25 TOTAL , , , , , , , , , , , , ,00 Infra-estruturas do Sistema Primário Infra-estruturas Secundárias Promoção e Desenvolvimento Regional 0, ,00 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 102

103 Investimento Realizado "por Projetos" até ao final de 2011 milhares de euros PROJECTOS Anos Até Total Escalão Hidroeléctrico de Alqueva , , , , , , ,02 Escalão Hidroeléctrico de Pedrógão ,06 458,94 189, ,26 93,06 3, ,62 Sistema Global de Rega , , , , , , ,90 Ambiente e Património , ,51 685,77 196,93 100,01 3, ,78 Promoção e Desenvolvimento Regional , ,95 183,66 511,44 214, , ,25 Acções de Apoio 3.151,97 346,55 315,14 528,51 109,86 27, ,24 TOTAL , , , , , , , , , , , ,00 0,00 Escalão Hidroeléctrico de Alqueva Escalão Hidroeléctrico de Pedrógão Sistema Global de Rega Ambiente e Património Promoção e Desenvolvimento Regional Acções de Apoio ,00 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 103

104 Financiamento do Empreendimento A EDIA no período do relatorio para cumprir os seus compromissos de investimento e de financiamento recorreu sobretudo a duas origens de fundos: Financiamento Comunitário/PIDDAC, para o financiamento dos investimentos do EFMA; Empréstimos de Curto Prazo, para garantir a contrapartida nacional dos projetos da rede primária de abastecimento de água e para o serviço da dívida (reembolso de empréstimos e encargos financeiros). Em 2011 de financiamento comunitário e PIDDAC obteve-se m , conforme indicado no quadro seguinte. Tal como nos anos mais recentes, também, em 2011 o grosso das verbas recebidas foram obtidas no POVT e no PRODER, programas que apoiam os investiemntos na rede primária e na rede secundária de rega, respetivamente. Neste exercício no POVT detaca-se o apoio aos projetos Ligação Pisão-Beja (m ) e Ligação Pisão-Roxo (m 7.565) que no conjunto representam cerca de 76% das verbas totais recebidas (m ). Neste programa refere-se também o início do financiamento do projeto Circuito Hidráulico de Pedrógão-Margem Direita (m 2.387). As restantes verbas recebidas, de valores menos significativos, relacionam-se com projetos em fase de encerramento. O POVT foi objeto de uma reprogramação técnica, aprovada pela Decisão C (2011) 9334 de 09-Dez Para o EFMA essa reprogramação teve como principais implicações, a possibilidade de o Fundo de Coesão apoiar os projetos da rede primária de abastecimento de água que reunam as condições de elegibilidade necessárias para aprovação de financiamento por esse fundo e a junção de diversas tipologias de projeto nas mesmas medidas, resultando, agora, na existência de vários beneficiários nas medidas em que a EDIA concorre. Já no PRODER em 2011 obteve-se um financiamento total de m , m de FEADER e m de PIDDAC. Neste programa os projetos com uma realização de financiamento mais significativa foram o Perímetro de Ervidel e o Perímetro de Pedrógão-Margem Direita, com m e m de FEADER, respetivamente e m e m de PIDDAC,respetivamente. Os restantes projetos com financiamento no período foram os Perimetros de Aljustrel, Loureiro-Alvito, Ferreira, Alfundão, Orada-Amoreira e Brinches. Para concluir a descrição do financiamento comunitário no período refere-se também os programas Inalentejo e POCTEP com execuções de m 155 e m 240. Quantos aos empréstimos de curto prazo para fazer face às restantes necessidades de financiamento, indica-se que foram obtidos através da tutela, junto de diversas instituições financeiras, e serviram para reembolsar a última tranche do empréstimo obrigacionista contraído em 2008, os reembolsos BEI ocorridos no período e diversos empéstimos de curto prazo contratados em Após reembolsos de empéstimos o aumento de divida bancária foi aproximadamente de m , 3,93% do endividamento acumulado no final de 2010, logo, inferior ao limite de 6% determinado pela tutela. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 104

105 milhares de euros Financiamento do Empreendimento Anos Até Capital Social Fundos Comunitários PIDDAC Empréstimos de Médio/Longo Prazo Obrigacionista BEI Empréstimos a Curto Prazo RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 105

106 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 106

107 PERSPECTIVAS PARA O ANO DE 2012 Em 2012 continuar-se-á a promover os contactos com os beneficiários do projeto, sobretudo os agricultores e suas associações, estimulando-se o diálogo, a concertação e criando espaço para uma interação positiva, na nossa opinião, essencial para o sucesso futuro do Empreendimento. A sedimentação da posição da Empresa junto dos stakeholders da região torna-se uma valia fundamental. Alqueva é, sobretudo um projeto de promoção do desenvolvimento regional, com uma componente agrícola muito vincada face à disponibilização de uma área considerável de novos regadios, e assente num conjunto de infraestruturas que, em última análise, alavancam as atividades que direta ou indiretamente dependem da água como recurso para a sua afirmação e desenvolvimento. Alqueva constitui assim um projeto com uma dimensão estruturante, incontornável enquanto polarizador da reconversão económica do território onde se insere. Numa perspetiva de consubstanciação da estratégia da EDIA em termos das suas responsabilidades no âmbito social, ambiental e económica terá ainda lugar a elaboração do seu Relatório de Sustentabilidade. Com a finalidade de promover o reforço da estratégia de implementação das suas ações neste domínio, está ainda prevista a realização da Agenda para a Sustentabilidade para o período O paradigma de mudança que a Empresa presentemente atravessa torna cada vez mais premente a necessidade de equacionar a transição de uma organização que, até à data, tem concentrado uma maior taxa de esforço na componente de investimento, através da execução das infraestruturas nucleares do Projeto, para uma organização mais centrada na gestão e manutenção dessas infraestruturas. Passa também pelo fomento e potenciação das fileiras de negócio que possam beneficiar das oportunidades geradas pelo EFMA, assim como pela maximização da gestão dos seus ativos, pela prestação externa de serviços e pela sua internacionalização. No decurso do próximo ano a atividade prosseguirá, de igual forma, no desenvolvimento do Sistema Global de Abastecimento de Água, com o avanço de diversas empreitadas das Redes Primária e Secundária. No subsistema Alqueva, rede primária prevê-se a conclusão do Adutor de Cinco Reis (Ligação Pisão Beja) e do Circuito Hidráulico de Vale de Gaio, na rede secundária, está igualmente previsto a finalização da Empreitada de Construção do Perímetro de Rega de Loureiro Alvito, da Empreitada de Construção do Bloco de Rega de Aljustrel (Perímetro de Rega do Roxo Sado) e no final do ano das Empreitadas de Construção dos Blocos de Rega de Ervidel 1, 2 e 3 (Perímetro de Rega Pisão Roxo). Ainda no mesmo subsistema, está programado o arranque do Circuito Hidráulico de Segregação de Caudais da Albufeira do Roxo (se a cota da albufeira do Roxo for inferior a 127,00m). Na rede secundária prevê-se inicia a Empreitada de Construção do Bloco de Rega de Cinco Reis - Trindade (Blocos da Ligação Pisão Beja) e a Empreitada de Construção dos Blocos de Rega de Vale do Gaio. No subsistema Ardila, na rede primária, terá lugar o início das empreitadas de construção do Adutor de Amoreira Caliços e Barragem de Caliços e, também, do Adutor de Caliços Pias e Barragem de Pias. Na rede secundária prevê-se o começo, no 2.º semestre, da Empreitada de Construção dos Blocos de Rega de Pias. No que concerne ao subsistema de Pedrógão, referência para a conclusão, na rede primária das Empreitadas de Construção e Fornecimento de Equipamentos do Sistema Elevatório de Pedrógão Margem Direita e do Adutor de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 107

108 Pedrógão Margem Direita e Barragem de S. Pedro. Relativamente à rede secundária, a construção dos Blocos de Rega de Pedrógão 1 e 3 e do Bloco de Rega de Selmes, está prevista terminar, no essencial, no final de No âmbito da exploração das áreas entretanto beneficiadas pelas empreitadas de construção da Rede Secundária decorrerá igualmente a consolidação da exploração do regadio de Alqueva, agora com cerca de há de área beneficiada, respeitantes aos Subsistemas Alqueva e Ardila, sob gestão da EDIA. Terá ainda continuidade, por outro lado, a realização das campanhas de observação das barragens dos Subsistemas de Alqueva e Ardila, respeitando-se o estabelecido nos respetivos Planos de Observação e Regulamentos de Segurança. No Subsistema Alqueva prosseguirão as ações referentes à manutenção e conservação das respetivas infraestruturas e equipamentos. Na área de estudos e projetos prevê-se, no Subsistema Alqueva, a conclusão do Projeto de Execução da Ligação e Blocos de Rega do Roxo Sado e o desenvolvimento do Projeto de Execução da Ligação ao Sistema de Adução a Morgavél. Em termos de Subsistema Ardila e no âmbito do Projeto de Execução da Rede de Rega dos Blocos de Caliços Moura (Bloco de Rega de Moura Pressão, que irá beneficiar os prédios pertenceres ao Emparcelamento Rural dos Coutos de Moura), prevê-se o lançamento do concurso para o Projeto de Execução da Rede de Rega e respetiva Estação Elevatória. Está ainda programada a conclusão da 2.ª fase do Projeto de Execução do Emparcelamento Rural. Prevê-se também a necessidade de levar a cabo um trabalho de revisão interna e de otimização exaustiva das soluções de alguns projetos, atualmente em fase de validação, face à nova legislação em vigor, e o desenvolvimento de outros estudos de carácter ambiental, no âmbito dos quais se enquadra a análise da evolução das necessidades de água, tendo em conta a alteração da ocupação cultural. No próximo ano terá ainda lugar o acompanhamento ambiental e arqueológico das empreitadas das Redes Primária e Secundária e prosseguir-se-á com as ações de levantamento e salvamento do património históricocultural contemplando as medidas de minimização de impactes que se desenvolvem antes e durante a realização das obras. Tendo em consideração a gestão ambiental de empreitadas já concluídas ou em fase de conclusão está previsto, simultaneamente, o desenvolvimento de vários estudos e projetos de forma a dar cumprimento às medidas consagradas nas DIA s de projetos com processo de AIA finalizado. Prosseguirão as atividades relacionadas com a exploração de recursos naturais, estando previstas ações no âmbito da gestão das áreas sobrantes e da faixa interníveis das albufeiras integradas no EFMA e do estado das massas de água e gestão das albufeiras. Continuará a ser prestado apoio aos requerentes na instrução dos pedidos de Licença/Concessão de Captação de Águas Superficiais e proceder-se à tramitação dos respetivos processos. Terão ainda continuidade as atividades da Equipa de Fiscalização e Vigilância (EFV) relacionadas com o processo de licenciamento de captações de água. Entre outras atividades relacionadas com a monitorização ambiental terão seguimento as operações de manutenção das estações automáticas da EDIA e do equipamento instalado nas estações do INAG. Poderá ainda ser necessário proceder à instalação de novas estações ou intervencionar algumas das já existentes. Em relação ao estado das águas de superfície das Redes Primária e Secundária, será assegurada a monitorização dos recursos hídricos superficiais prevista nas DIA s, na fase de construção, para as empreitadas em curso em 2012, RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 108

109 assim como as respetivas caracterizações de situação de referência (previstas nas DIA s). Terão também seguimento os trabalhos de monitorização associados aos perímetros de rega já em exploração. Ao longo de 2012 prosseguirá o programa de monitorização da eficácia das medidas de minimização implementadas para mitigar os efeitos negativos nos canais da Rede Primária nas comunidades potencialmente afetadas. No Parque de Natureza de Noudar, e paralelamente às suas atividades de gestão e exploração correntes, prevêse a conclusão da construção do tanque lúdico e das obras de manutenção do restaurante. Está prevista a instalação de painéis fotovoltaicos e a concretização dos projetos previstos ao nível da melhoria da eficiência do uso energético na Casa da Malta. Pretende-se ainda que seja levada a cabo a construção de alguns abrigos para a observação de diferentes grupos de fauna selvagem e uma campanha de prospeção arqueológica e escoragem das Minas de Porto Sortano, com vista à sua recuperação para fins de visitação. A atividade prevista no Museu da Luz reflete a sua aposta em programas e parcerias de cooperação a nível nacional e internacional, a continuação de vários projetos de investigação e a implementação e divulgação dos programas de ligação às comunidades do Museu, junto a segmentos de público específicos. Em termos de projetos a levar a cabo em 2012, referencie-se ainda a Trienal Desenha 12, em parceria com vários museus do país, e o projeto Luz3: memorial à aldeia da Luz. Em 2012 continuarão a ser asseguradas as competências da Empresa nas vertentes de cartografia, topografia e cadastro, assim como a piquetagem de apoio às expropriações de diversos projetos. Tendo como pano de fundo a entrada em exploração de diversas infraestruturas do Empreendimento e de forma a assegurar a verificação da integridade estrutural das infraestruturas, dar-se-á cumprimento à monitorização geodésica das barragens da EDIA. Está ainda prevista a execução do projeto de cadastro predial Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral (Projeto SINERGIC), para os concelhos de Loulé, São Brás de Alportel e Tavira. Este projeto será executado em consórcio com as empresas CME, Geoglobal, RZmapa e Sigmageo. Tendo em conta o atual ritmo de implementação do EFMA, com a entrada em exploração de um número crescente de infraestruturas, em 2012 a plataforma SIG da EDIA continuará a adaptar-se às novas exigências da Empresa e a apostar na melhoria das vertentes de apoio técnico às suas diversas áreas. Em termos de Recursos Humanos referencie-se a execução do Plano de Formação, com especial enfoque ao nível das ações intraempresa, a organizar internamente, o processo de Avaliação de Desempenho dos colaboradores da Empresa, referentes a 2011, e a conclusão do processo de certificação da EDIA como entidade formadora, com o início das primeiras ações de formação interempresas organizadas pela Empresa. Em 2012 projeta-se ainda a renovação do website da Empresa de modo a dotá-lo de um design e conteúdos mais atrativos. Continuará igualmente a aposta na implementação do Módulo Plaint Maintence da ERP SAP e no desenvolvimento de uma aplicação, a disponibilizar ao exterior, que colocará à disposição dos clientes da Empresa formas interativas de controlo dos períodos de rega. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 109

110 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 110

111 INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS Em 2011 o Conselho de Administração realizou trinta e oito (38) reuniões, de onde resultaram, como mais relevantes, as seguintes deliberações: Janeiro de 2011 Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada das infraestruturas de rega e de drenagem do Bloco 1 do Aproveitamento Hidroagrícola de Ervidel. Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos Blocos 2 e 3 do Aproveitamento Hidroagrícola de Ervidel. Foi adjudicada a Empreitada de Construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do Bloco de Aljustrel. Foi adjudicada a Empreitada de construção das infraestruturas de rega e de drenagem do Bloco de Pedrógão 3. Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do Bloco de Pedrógão 1. Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada das infraestruturas de rega e de drenagem do Bloco de Pedrógão 3. Foram adotadas medidas para controlo e racionalização de custos. Foi adjudicada a prestação de serviços para elaboração do Projeto de Execução e Estudo de Impacte Ambiental do Circuito Hidráulico Roxo-Sado e Respetivo Bloco de Rega. Foi adjudicada a Empreitada de Construção e Fornecimento dos Equipamentos do Sistema Elevatório de Pedrógão Margem Direita. Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do Bloco de Selmes. Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do Bloco de Aljustrel. Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de Construção do Adutor de Cinco Reis. Foi adjudicada a Empreitada de Construção das infraestruturas de rega e de drenagem do Bloco 1 do Aproveitamento Hidroagrícola de Ervidel. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 111

112 Foi adjudicada a Empreitada de Construção das infraestruturas de Rega, Viárias e de drenagem dos Blocos 2 e 3 do Aproveitamento Hidroagrícola de Ervidel. Fevereiro de 2011 Foram adjudicados os trabalhos de minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da execução do Bloco de Rega de Ervidel - Fase prévia à obra. Foi aprovada a divulgação do Simulador de Consumos de Água. Foi adjudicada a prestação de serviços de Manutenção das Estações Automáticas Integradas na Rede Específica de Monitorização do Sistema Alqueva-Pedrógão (2011). Foi aprovada a celebração de um protocolo de colaboração entre o CIBIO e a EDIA, com vista ao desenvolvimento do projeto de reintrodução da águia pesqueira. Foi aprovado o Relatório e Contas Consolidadas. Foi adjudicada a Empreitada de construção do Bloco de Pedrógão 1. Foi aprovada a parceria CIÊNCIA VIVA NO VERÃO. O Conselho de Administração aprovou o modelo de edital para o início da campanha de rega. Março de 2011 Foi adjudicada a Empreitada de Construção do Adutor de Pedrógão Margem Direita e da Barragem de S. Pedro. Abril de 2011 Foi aprovada a Produção gráfica de dois Guias de Natureza Mamíferos, Árvores e Arbustos para o Sítio de Interesse Comunitário (SIC) de Moura-Barrancos (IBERLINX). Foram adjudicados os trabalhos de Minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da execução do Circuito Hidráulico de Vale de Gaio, do Bloco de Rega de Loureiro-Alvito e do Bloco de Rega de Aljustrel - Fase de Obra. Foi adjudicada a Empreitada de Construção das Infraestruturas de Rega, Viárias e de Drenagem do Bloco de Selmes. Foi adjudicada a Empreitada de Construção do Adutor de Cinco Reis. Foram adjudicados os trabalhos de monitorização dos recursos hídricos superficiais e de qualidade ecológica na área dos blocos de rega em fase de exploração RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 112

113 Maio de 2011 Foi aprovada a adjudicação dos trabalhos de Minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da execução do Bloco de Rega de Ervidel. Foi aprovada a atualização do Tarifário de água para rega para a campanha Foi aprovada a adjudicação dos trabalhos de minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da execução do Circuito Hidráulico de Pedrógão - Fase de Obra. Foi autorizada a realização da despesa estimada com a elaboração do Projeto de Execução e Estudo de Impacte Ambiental da Ligação ao Sistema de Adução a Morgavel. Junho de 2011 Foi adjudicada a prestação de serviços de acompanhamento do controlo de segurança das barragens de Alqueva e de Pedrógão. Julho de 2011 Foi autorizada a realização da despesa estimada com o fornecimento e instalação de sinalização de segurança com placares em albufeiras integradas no EFMA. Foi autorizada a realização da despesa estimada com o fornecimento e instalação de sinalização de segurança com boias em albufeiras integradas no EFMA. Foi autorizada a realização da despesa estimada com a Inventariação Biológica nas Ilhas de Alqueva. Foi autorizada a realização da despesa estimada com a minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da execução dos Blocos de Rega de Pias, CH Amoreira-Caliços e CH Caliços-Pias - Fase de Obra. Foi autorizada a realização da despesa estimada com a minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da execução dos Blocos de Rega de Vale de Gaio - Fase de Obra. Foi adjudicada a elaboração do Modelo de Simulação e Otimização do Funcionamento do Subsistema de Alqueva do EFMA. Agosto de 2011 Foram adjudicados os trabalhos de minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da execução do Circuito Hidráulico Caliços-Pias e dos Blocos de Rega de Pias - Fase Prévia à obra. Foi aprovado o relatório e contas consolidadas a 30 de Junho de Foi autorizada a realização da despesa estimada com a minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da execução do Circuito Hidráulico de Pedrógão - Fase de Obra (2ª fase). RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 113

114 Setembro de 2011 Foi aprovada a celebração de um Protocolo de colaboração com o Agrupamento de Escolas de Barrancos. Novembro de 2011 Foi aprovada a Proposta de Plano de Investimentos do EFMA Dezembro de 2011 Foi aprovado o Plano de Investimentos Plurianual do EFMA (Período ). Foi adjudicado o fornecimento e instalação de sinalização de segurança, com boias, em albufeiras integradas no EFMA. Foi adjudicado o Fornecimento e instalação de sinalização de segurança, com placares, em albufeiras integradas no EFMA. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 114

115 Poderes de Autoridade Pelo Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foram atribuídos à EDIA os seguintes poderes de autoridade: Os poderes para, nos termos da lei, nomeadamente, do Código das Expropriações, agir como entidade expropriante dos bens imóveis e direitos a eles inerentes a expropriarem que sejam necessários à prossecução do seu escopo social; O direito de utilizar e administrar os bens do domínio público do Estado que estejam ou venham a estar afetos ao exercício da sua atividade; Os poderes e prerrogativas do Estado quanto à proteção, desocupação, demolição e defesa administrativa da posse dos terrenos e instalações que lhe sejam afetos e das obras por si executadas ou contratadas, podendo ainda, nos termos da lei, ocupar temporariamente os terrenos particulares de que necessite para estaleiros, depósito de materiais, alojamento de pessoal operário e instalação de escritórios, sem prejuízo do direito a indemnização a que houver lugar. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases da concessão outorgada por contrato entre o Estado e a EDIA em 17 de outubro de 2007, a EDIA detêm, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contraordenação nesse âmbito. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 115

116 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 116

117 ANÁLISE FINANCEIRA Demonstrações Financeiras Individuais Conta de Resultados Esta análise é realizada tendo em conta apenas os gastos e rendimentos não capitalizados, isto é, foram expurgados os relativos a trabalhos para a própria empresa, bem como do Investimento da Rede Secundária, que se anula por meio da Variação da Produção (investimento realizado nas obras integrantes da Rede Secundária de Rega do EFMA que são propriedade do Estado à exceção da Infraestrutura 12 e do perímetro de rega da Aldeia da Luz) milhares de Euros Gastos Não Capitalizados Custo Mercadorias Vendidas/Matérias Fornecimentos e Serviços Externos Gastos com o Pessoal Gastos de Depreciação e de Amortização Imparidade Activos Provisões Exercicio Outros Gastos e Perdas Gastos e Perdas de Financiamento Imposto sobre o Rendimento Ganhos Não Capitalizados Vendas Prestações de Serviço Variações nos Inventários de Produção 0 0 Trabalhos para a Própria Entidade 0 0 Subsídios à Exploração Reversões 0 0 Outros Rendimentos e Ganhos Juros e Rendimentos Similares Resultado Líquido Exercício RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 117

118 O exercício económico de 2011 apresentou um Resultado Líquido Negativo em cerca de M 22,47, com uma variação negativa de M 9,69 face ao resultado de Para este resultado contribuíram, essencialmente o aumento da rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos e o aumento na rubrica de Gastos e Perdas de Financiamento. No caso particular dos Rendimentos verificou-se uma diminuição na ordem dos M 0,88 menos 0,48% que no ano anterior, identificando-se da seguinte forma as variações nas rubricas mais significativas: As Prestações de Serviços apresentam uma variação positiva de M 1,53 justificada essencialmente pelo aumento da faturação inerente ao negócio água. Os Outros Rendimentos e Ganhos apresentam uma variação negativa de M 1,78 que reflete, sobretudo, a regularização de uma especialização no montante de M 1,65 em Relativamente aos Gastos não capitalizáveis, estes tiveram um acréscimo global de M 9,6 mais 30,92% relativamente ao ano anterior, onde se identificam as rubricas mais significativas: Os Fornecimentos e Serviços Externos refletem um aumento de M 3,37 justificado pelo aumento da atividade de exploração referente ao negócio água; A Imparidade de Ativos apresenta uma diminuição na ordem dos M 1,24 e que reflete essencialmente o investimento de 2011 deduzido dos subsídios recebidos afetos à área de negócio água e Os Gastos e Perdas Financeiros registaram um acréscimo de M 6,85, montante que reflete os juros referentes ao empréstimo intercalar no montante de M 82,5 contraído junto do Estado Português (reembolsado em setembro), os juros referentes ao empréstimos concedidos pela banca portuguesa no montante de M 87,69 (a partir de 30/09/2011) e, por outro lado, devido à cessação da capitalização de juros decorrente da conclusão das obras de construção de algumas infraestruturas que entraram em exploração em 2011 (sistema primário a montante dos perímetros de rega dos Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé e Infraestrutura 12). Na conta de resultados as rubricas financeiras capitalizáveis foram deduzidas às respetivas contas de gastos e ganhos. Assim a rubrica Trabalhos para a própria empresa reflete todos os montantes capitalizados exceto o dos gastos financeiros. Com efeito: Todos os custos de estrutura foram capitalizados, à exceção das áreas de gestão, apoio e órgãos sociais. Os Juros e outros rendimentos similares, fruto da gestão de disponibilidades de tesouraria, foram deduzidos aos custos financeiros incorridos com os empréstimos de curto, médio e longo prazo destinados ao financiamento do EFMA, capitalizando-se somente, o remanescente desses gastos, até à entrada em exploração das infraestruturas às quais estão afetas. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 118

119 Balanço Em 31 de dezembro de 2011, a EDIA atingiu um ativo líquido no montante de M 926,51 verificando-se um acréscimo de cerca de M 49,75, face ao fecho das contas de milhares de Euros ATIVO ATIVO LÍQUIDO Ativo Não Corrente Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis Ativos por Impostos Diferidos Outros Ativos Não Correntes Ativo Corrente Inventários Outras contas a Receber Caixa e Depósitos Bancários Outros Ativos Correntes TOTAL DO ATIVO Este acréscimo resultou, essencialmente, pelo encontro das seguintes variações: Variação Positiva No Ativo corrente: (i) a rubrica de Inventários aumentou em cerca de M 30,45, que reflete o investimento na Rede Secundária de Rega, com exceção da Infraestrutura 12 e do perímetro de rega da Aldeia da Luz, e (ii) a rubrica de Outras Contas a Receber, apresenta uma variação positiva em M 29,51 justificada pelo aumento dos fundos comunitários candidatados e não recebidos, pelo aumento das dívidas a clientes, e pelo investimento pois no âmbito do Decreto-Lei nº 335/01, de 24 de Dezembro, a EDIA regista o investimento de um dos seus perímetros Infraestrutura 12, na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional - DGADR), em Abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da Infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos), pois a Empresa aguarda o ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado na mesma, por parte da DGADR. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 119

120 Variação Negativa No Ativo Não Corrente, os Ativos Tangíveis, justificado, essencialmente, pela reclassificação de parte do montante afeto ao programa do Desenvolvimento Regional em gastos, rede primária (infraestruturas) e rede secundária (existências) e No Ativo Corrente, a rubrica de Caixa e Depósitos Bancários devido às restrições financeiras ocorridas durante o ano de 2011, por um lado, pela dificuldade de acesso ao crédito bancário, e por outro lado, pelo atraso no recebimento de fundos comunitários. O Capital Próprio apresentou uma variação negativa na ordem dos M 22,01 justificado, essencialmente, pelas rubricas de Resultados Transitados e Resultados Líquidos que refletem a transferência provenientes dos resultados líquidos do ano anterior e os resultados do ano, respetivamente. milhares de Euros CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO Capital Outras Reservas Resultados Transitados Ajustamentos em Activos Financeiros Outras Variações no Capital Próprio Resultado Líquido do Exercício PASSIVO Passivo Não Corrente Financiamentos Obtidos Diferimentos Outros Passivos Não Correntes Passivo Corrente Financiamentos Obtidos Fornecedores e Outras Contas a Pagar Outros Passivos Correntes TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 120

121 O passivo registou as seguintes variações: Variação Positiva Do Passivo Não Corrente na ordem dos M 44,62, justificado: Pelo aumento dos Diferimentos na ordem dos M 60,32, essencialmente, como resultado dos recebimentos de fundos comunitários e de PIDDAC, referentes a investimentos na Rede Secundária. Na Passivo Corrente, verificou-se um aumento de M 27,14, resultante essencialmente das rubricas de: Financiamentos Obtidos: pela contração de novos empréstimos de curto prazo (M 87,69) deduzido pela amortização de 1/3 do empréstimo obrigacionista dos M 93,50 (M 31,67), pela anulação da Conta corrente do Barclays (M 25) e pela amortização das parcelas relativas às tranches A, B, C e D do empréstimo do BEI (M 6,6). Análise Financeira Fornecedores e Outras Contas a Pagar apresentam uma diminuição em M 3,96 devido essencialmente, a uma diminuição do investimento relativamente ao ano anterior. O Cash-Flow atingiu os cerca de M 0,73, registando uma diminuição na ordem de 93,16%, face ao período homólogo, tendo contribuído para este resultado: (i) o acréscimo do Resultado Líquido do Exercício negativo na ordem de M 9,69, (ii) um acréscimo das Amortizações em cerca de M 0,12, (iii) um acréscimo nas provisões no montante de M 0,78 e (iv) uma diminuição na Imparidade de Ativos em M 1,24. Milhares de Euros CASH-FLOW Resultados Líquidos , ,38 Amortizações 6.445, ,45 Provisões 979,13 201,66 Imparidade de Ativos , ,60 736, ,33 Em termos de Investimentos Financeiros, a EDIA apresenta a seguinte variação nas participações do capital social das suas empresas participadas, com o seguinte montante: Gestalqueva, S.A. - Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão: m 64,21 negativos. O valor da participação de capital da EDIA na Gestalqueva resulta da aplicação do Método da Equivalência Patrimonial, mantendo-se a participação dos 51% no capital social. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 121

122 Demonstrações Financeiras Consolidadas Breve descrição da Demonstração Consolidada da Posição Financeira a 31 de dezembro de 2011 Ativo Rubricas 31-Dez Dez-10 milhares de euros Ativo Não Corrente Ativos fixos tangíveis Ativos intangíveis Participações financeiras Ativo Corrente Inventários Clientes Adiantamentos a fornecedores Estado e outros entes públicos Outras contas a receber Caixa e depósitos bancários Diferimentos TOTAL Durante o ano de 2011, verificou-se uma diminuição dos Ativos não Correntes em cerca de M 3,13, justificado na sua maior parte pelos Ativos Tangíveis, pela reclassificação de parte do montante afeto ao programa do Desenvolvimento Regional foi classificada uma percentagem para gastos, rede primária (infraestruturas) e rede secundária (existências). Relativamente aos Ativos Correntes a sua variação positiva no mesmo período é justificada, essencialmente na rubrica Inventários em M 30,44 decorrente do investimento relativo à Rede Secundária de Rega e pela rubrica de Outras Contas a Receber no montante de M 28,65 justificada pelo aumento dos fundos comunitários candidatados e não recebidos, pelo aumento das dívidas a clientes, e pelo investimento pois no âmbito do Decreto-Lei nº 335/01, de 24 de Dezembro, a EDIA regista o investimento de um dos seus perímetros Infraestrutura 12, na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional - DGADR), em Abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da Infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos), pois a Empresa aguarda o ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado na mesma, por parte da DGADR. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 122

123 A rubrica de Caixa e depósitos bancários apresenta uma variação negativa em M 8,18 devido às restrições financeiras ocorridas durante o ano de 2011, justificadas, por outro lado, pela dificuldade de acesso ao crédito bancário, e por outro lado, pelo atraso no recebimento de fundos comunitários. Durante o ano de 2011 verificou-se uma variação negativa dos Capitais Próprios aproximadamente no montante de M 22,57, essencialmente, em resultado das rubricas de Resultados Transitados e Resultados Líquidos que refletem a transferência provenientes dos resultados líquidos do ano anterior e os resultados do ano respetivamente. Passivo Rubricas 31-Dez Dez-10 milhares de euros Total do Capital Próprio do Grupo Interesses minoritários 0-14 Total do Capital Próprio Passivo Não Corrente Empréstimos obtidos Proveitos diferidos - Subsídios do Estado Outros Passivo Corrente Empréstimos obtidos Fornecedores e Outras contas a pagar Outros Total do Passivo TOTAL do Capital Próprio e do Passivo Neste período verificou-se um aumento dos Passivos em cerca de M 72,,20 (5,59%), justificados, essencialmente: Por um aumento dos Passivos não Correntes em cerca de M 44,91, justificado na sua maior parte, por um lado, pelo acréscimo no montante de M 62,69 dos Diferimentos - Subsídios do Estado que resultou, dos recebimentos de financiamentos aprovados no âmbito dos Programas PRODER e POVT e do facto de se considerar em 2011 os Fundos Comunitários/PIDDAC candidatados e não recebidos, ao contrário do que se verificou no final de 2010, por não serem relevantes e, por outro lado, por uma diminuição na rubrica das Provisões justificada pela notificação do Acórdão do Tribunal Central RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 123

124 Administrativo Sul recebida pela EDIA, onde os meritíssimos juízes decidiram não dar provimento ao recurso apresentado pela Fazenda Pública, tendo sido mantida a decisão de 1ªinstância que foi favorável à EDIA no sentido da anulação da liquidação adicional de IVA no montante de M 11,53 consequentemente anulou-se a provisão constituída relativamente a este processo. Por um aumento dos Passivos Correntes em cerca de M 27,29, decorrente da rubrica de Financiamentos Obtidos pelos empréstimos de curto prazo obtidos da banca portuguesa no montante de M 87,69, pela liquidação de financiamento de curto prazo no montante de M 31,17, pela amortização das parcelas relativas às tranches A, B, C e D do empréstimo do BEI e pela anulação da Conta corrente do Barclays (M 25), por outro lado a rubrica de Fornecedores e Outras Contas a Pagar que apresenta uma diminuição em cerca de M 4,48 devido essencialmente, a uma diminuição do investimento relativamente ao ano anterior. Indicadores Financeiros milhares de euros Indicadores Financeiros 31-Dez Dez-10 Volume de Negócios EBITDA EBIT Resultados Financeiros Resultados Líquidos Meios Libertos Líquidos Investimento Operacional Líquido No final do ano de 2011 o Grupo EDIA apresenta um resultado líquido negativo de cerca de M 22,69 enquanto no mesmo período de 2010 o resultado foi de M -12,83. Este facto deve-se essencialmente: Às diversas atividades de exploração da empresa do segmento água, nomeadamente os novos perímetros que, por se encontrarem numa fase inicial de funcionamento a faturação é realizada com tarifa reduzida (conforme Despacho nº 9000/2010 do Ministérios das Finanças e da Administração Pública, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente e do Ordenamento o Território), apresentando-se assim deficitárias, uma vez que o aumento das despesas correntes de funcionamento não foram acompanhadas pelas receitas, justificando-se assim a redução do EBTIDA em 37,88% e a variação negativa do EBIT em cerca de 23,97%. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 124

125 Os Resultados financeiros apresentaram um aumento face ao período homólogo, essencialmente devido (i) à cessação da capitalização de juros decorrente da conclusão das obras de construção de algumas infraestruturas que entraram em exploração em 2011 (sistema primário a montante dos perímetros de rega dos Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé e Infraestrutura 12), (ii) aos juros referentes ao empréstimo intercalar no montante de M 82,5 contraído pela EDIA junto do Estado Português (finalizado em Setembro) e (iii) pelos juros referentes aos empréstimos concedidos pela banca portuguesa à EDIA no montante de M 87,69 (a partir de 30/09/2011), Os Meios Libertos Líquidos, por sua vez apresentaram uma redução de M 10,23 fruto da diminuição dos valores do EBTIDA e do aumento dos Resultados Financeiros negativos. O Grupo EDIA apresenta um investimento operacional de M 55,76 como resultado de um abrandamento do investimento. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 125

126 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Nos termos previstos na alínea f) do N.º 5 do Artigo 66.º do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração, Considerando: Que no exercício de 2011 foi apurado um Resultado Líquido negativo de Propõe: Que o Resultado Líquido negativo apurado no exercício de 2011 e constante no Balanço a 31 de dezembro de 2011, no valor de seja levado a Resultados Transitados. 24 de fevereiro de 2012 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Dr. Henrique António de Oliveira Troncho ( Presidente) Dr. António Albino Pires de Andrade ( Vogal) Eng.º Hemetério José Antunes Monteiro ( Vogal) Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo ( Vogal) RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 126

127 2. CONTAS INDIVIDUAIS RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 127

128 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 128

129 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 Balanço RUBRICAS Notas 31-Dez Dez-10 Euros AT IVO Ativ o Não Corrente Ativos Fixos T angíveis Ativos Intangíveis 7 e Participações Financeiras - Método Equivalência Patrimonial Participações Financeiras - Outros Métodos Ativos por Impostos Diferidos Ativ o Corrente Inventários Clientes Adiantamentos a Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Acionistas/Sócios Outras Contas a Receber Diferimentos Caixa e Depósitos Bancários T otal do Ativ o CAPIT AL PRÓPRIO E PASSIVO Capital Próprio Capital Realizado Outras Reservas Resultados T ransitados 16 e Ajustamentos em Ativos Financeiros Outras Variações no Capital Próprio Resultado Líquido do Período T otal do Capital Próprio Passiv o Não Corrente Provisões Financiamentos Obtidos Passivos por Impostos Diferidos Diferimentos Passiv o Corrente Fornecedores Adiantamento de Clientes Estado e Outros Entes Públicos Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar Diferimentos T otal do Passiv o T otal do Capital Próprio e do Passiv o A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 129

130 Demonstração dos Resultados por Natureza Euros RENDIMENTOS E GASTOS Notas 31-Dez Dez-10 Vendas e Serviços Prestados Subsídios à Exploração Ganhos/Perdas Imputados de Subsidiárias, Associadas e Empreendimentos Conjuntos 8 (64.213) (48.299) Variação nos Inventários da Produção Trabalhos para a Própria Entidade Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (11.571) (16.177) Fornecimentos e Serviços Externos 23 ( ) ( ) Gastos com o Pessoal 24 ( ) ( ) Provisões (Aumentos/Reduções) 18 ( ) ( ) Imparidades de Investimentos Não Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) 8 (50.000) (50.000) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas 26 ( ) ( ) Resultado Antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 27 ( ) ( ) Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) 17 ( ) ( ) Resultado Operacional ( Antes de Gastos de Financiamento e Impostos) ( ) ( ) Juros e Rendimentos Similares Obtidos Juros e Gastos Similares Suportados 26 ( ) ( ) Resultado Antes de Impostos ( ) ( ) Imposto sobre o Rendimento do Período (77.182) Resultado Líquido do Período ( ) ( ) A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 130

131 Demonstração das Alterações do Capital Próprio Euros DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO Capital Realizado Ajustamentos em Activos Financeiros Outras Reservas Resultados Transitados Outras Variações no Capital Próprio Resultado Líquido do Periodo TOTAL Saldo em 1 de Janeiro de Alterações no Período Aplicação do Resultado liquido de Efeito de Aplicação do Método Equivalência Patrimonial Subsidios ao Investimento reconhecidos no Capital Próprio Impostos Diferidos relativos a Subsidios ao Investimento Resultado Liquído do Período Saldo em 31 de Dezembro de Saldo em 1 de Janeiro de Alterações no Período Aplicação do Resultado liquido de Efeito de Aplicação do Método Equivalência Patrimonial Subsidios ao Investimento reconhecidos no Capital Próprio Impostos Diferidos relativos a Subsidios ao Investimento Resultado Liquído do Período Saldo em 31 de Dezembro de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 131

132 Demonstração dos Fluxos de Caixa 2011 RUBRICAS Notas 31-Dez Dez-10 Euros Atividades Operacionais: Recebimentos de Clientes Pagamentos a Fornecedores Pagamentos ao Pessoal Caixa Gerada Pelas Operações Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento Outros Recebimentos/Pagamentos Relativos à Act. Operacional Caixa Gerada Antes das Rubricas Extraordinárias Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais Atividades de Investimento: Recebimentos Provenientes de: Ativos Fixos Tangíveis Subsídios ao Investimento Juros e Rendimentos Similares Pagamentos Respeitantes a: Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento Atividades de Financiamento: Recebimentos Provenientes de: Financiamentos Obtidos Pagamentos Respeitantes a: Financiamentos Obtidos Contratos de Locação Financeira Juros e Gastos Similares Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento Variações de Caixa e seus Equivalentes Caixa e seus Equivalentes no Início do Período Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 132

133 Anexo 1 - Identificação da Entidade A EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (adiante EDIA, Empresa ou Entidade ) é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto - Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, segundo o qual passou a ser titular de todos os direitos e obrigações que pertenciam à Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva. O seu capital social é integralmente detido pelo Estado Português, através da Direção - Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). A 31 de dezembro de 2011, o Capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%. Nos termos do disposto no artigo 2º daquele diploma, com a redação que lhe foi dada pelos Decretos-Lei nº 232/98, de 22 de julho, nº 335/01, de 24 de dezembro e nº 42/07, de 22 de fevereiro, a EDIA tem atualmente por objeto social: A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), para fins de rega e exploração hidroelétrica, nos termos do contrato celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, em representação do Estado; A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes do sistema primário de rega do EFMA, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação; A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária afeta ao EFMA, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe forem dirigidas pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território; e A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao EFMA. No seguimento da consolidação do potencial de exploração energético, que não exclusivamente hidroelétrico, que constitui uma importante fonte potencial de receitas bem como um importante complemento à componente de regadio, foi publicado em 17 de setembro, o Decreto-Lei n.º 313/2007, que aprovou as bases do contrato de concessão a celebrar entre a EDIA e o Estado concedente. Este decreto veio estabelecer a concessão dos direitos de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão, respeitando os direitos adquiridos por terceiros atribuídos ao abrigo de legislação anterior. Face à legislação em vigor que regulamenta o sector dos recursos hídricos, a EDIA surge como a entidade concessionária da gestão e exploração do Empreendimento e também como titular, em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 133

134 Em 17 de outubro de 2007, a Empresa celebrou o contrato de concessão com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento, do Território e do Desenvolvimento Regional, que regula a utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada à rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do EFMA. Neste contrato, foi conferido à EDIA a gestão e exploração do EFMA, bem como a utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento. Em 24 de outubro de 2007, foi celebrado um contrato entre a EDIA e a EDP Gestão da Produção de Energia, S.A (EDP), que atribuiu, durante 35 anos, à EDP, a exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva (260 MW), em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW), em regime especial. Este contrato estabelece ainda, os direitos de utilização privativa do respetivo domínio hídrico, tendo potenciado a valia elétrica do sistema Alqueva Pedrógão. Durante 2011, face às dificuldades socioeconómicas do país, não foi possível manter o ritmo de investimentos e financiamentos que permitiam a conclusão do projeto EFMA, no ano de Assim, após aprovação do Plano de Investimentos e Orçamentos para 2012 procedeu-se à reprogramação plurianual dos investimentos, cuja principal alteração consistiu no adiamento da conclusão dos investimentos do ano de 2013 para 2015, distribuindo-se assim os investimentos por realizar por 4 anos ( ). À data com base nos valores previsionais de que dispomos mantiveram-se os valores globais, no essencial, de cada um dos principais programas de investimentos (Barragem de Alqueva; Central de Alqueva; Barragem e Central de Pedrógão; Estação Elevatória dos Álamos; Rede Primária; Rede Secundária de Rega e Desenvolvimento Regional). A proposta de reprogramação do plano plurianual de investimentos do EFMA (exceto capitalizações), no montante global de M 2.563,6, foi aprovada pelo Conselho de Administração na reunião de 22 de dezembro de Este investimento inclui os montantes realizados e previstos da rede secundária de rega (M 883,7), cuja propriedade (com exceção da infraestrutura 12 que tem um regime de concessão excecional) pertence ao Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT). Deste valor está previsto realizar entre 2012 e 2015 um montante de M 358,3 cujo financiamento está previsto a 100% no programa de desenvolvimento rural (PRODER). A principal fonte de financiamento dos investimentos do EFMA até à data tem sido os fundos comunitários, tendose recebido verbas de FEDER, Fundo de Coesão, FEOGA-O, FEADER e FSE, com origem em três períodos de perspetivas comunitárias ( , e ). Sendo que o FEOGA-O e o FEADER têm apoiado grande parte dos investimentos da rede secundária do EFMA, e o FEDER e o Fundo de Coesão, têm apoiado as infraestruturas primárias e de energia. Indica-se ainda que do investimento total previsto para o EFMA (exceto capitalizações), de M 2.563,6, até ao final de 2011 tinham-se realizado M 1.910,aproximadamente 3/4 do total. No âmbito das candidaturas a financiamentos comunitários a EDIA obteve, até essa data, M 830 de fundos comunitários, cerca de 45% do investimento realizado. Para fazer face à contrapartida nacional dos investimentos apoiados, pelo FEOGA-O e pelo FEADER, no âmbito do QCA III e do PRODER obteve-se de PIDDAC M 123. O remanescente do financiamento necessário tanto para a restante contrapartida nacional dos projetos apoiados pelos fundos comunitários, como para as restantes despesas (funcionamento e encargos financeiros) tiveram origem em dotações de capital (M 387) e empréstimos bancários (M 658). A Empresa com sede social na Rua Zeca Afonso nº 2, Beja, conta em 31 de dezembro de 2011, com 189 colaboradores. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 134

135 2 - Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 2.1 Bases de Apresentação As presentes demonstrações financeiras foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, vertidas no Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, e de acordo com a Estrutura Conceptual, as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) e as Normas Interpretativas, consignadas respetivamente, nos Avisos n.º 15652, e de 27 de agosto de Em 31 de dezembro de 2011, as demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos registos contabilísticos da Empresa mantidos de acordo com as NCRF em vigor nesta data. Com exceção da situação identificada na Nota 5 adiante (só com reflexo na Demonstração de Resultados, não afetando o Resultado Liquido nem qualquer rúbrica de Balanço), na sua globalidade as políticas contabilísticas e critérios de mensuração adotados são consistentes com as seguidas na preparação das demonstrações financeiras anuais do exercício de Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração formulou julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das politicas contabilísticas e o valor dos ativos, passivos, rendimentos e gastos incorridos, relativos ao período reportado. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros fatores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Todas as estimativas efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu conhecimento à data de 31 de dezembro dos eventos e das transações em curso. As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração. As notas do anexo passam a seguir uma sequência lógica e estruturada com referenciação cruzada às demais demonstrações financeiras. 3 - Principais Políticas Contabilísticas As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes: 3.1.-Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras são expressas em euros, moeda funcional da Empresa. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 135

136 Os rendimentos e gastos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual estes são reconhecidos à medida que ocorrem, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre os rendimentos e gastos gerados e os correspondentes recebimentos e pagamentos são registados nas rubricas de Diferimentos e de Devedores/Credores por Acréscimos de Rendimentos/Gastos. 3.1.a - Ativos Fixos Tangíveis Ativos fixos tangíveis são itens tangíveis que: Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos e Se espera que sejam usados durante mais do que um período. Os ativos fixos tangíveis da Empresa encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável. No reconhecimento inicial de um ativo, a Empresa considera no respetivo custo: O seu preço de compra; Quaisquer gastos diretamente atribuíveis para colocar o ativo na localização e condições necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela EDIA e A estimativa inicial dos gastos de desmantelamento e remoção do item e de restauração do local no qual este está localizado. Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à construção ou produção de um ativo elegível para capitalização são capitalizados até ao momento em que os bens estejam substancialmente concluídos. Os gastos diretos, relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos da Empresa são capitalizados no ativo fixo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida da rubrica de Trabalhos para a Própria Entidade. Os gastos subsequentes com os ativos fixos tangíveis, grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada, são reconhecidos nesses ativos e depreciados às taxas correspondentes à vida útil esperada. Todos os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente, são reconhecidos como gasto, de acordo com o regime de acréscimo. No âmbito da IFRIC 12, os bens afetos à concessão estão evidenciados na rubrica de Ativos Intangíveis. As depreciações dos bens do ativo fixo tangível, isto é, dos bens não afetos à concessão, são calculadas segundo o método das quotas constantes e por duodécimos, tendo por base as taxas máximas aceites fiscalmente, que a Administração considera que refletem aproximadamente a vida útil dos ativos detidos pela EDIA. A EDIA efetua testes de imparidade aos seus ativos fixos tangíveis sempre que sejam identificados eventos ou RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 136

137 alterações nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado pode não ser recuperável. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração dos Resultados na rubrica de Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (perdas/reversões). A quantia recuperável corresponde ao valor mais alto entre o preço de venda líquido (montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação) e o valor de uso (valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil). A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixam de existir e consequentemente o ativo deixa de estar em imparidade. 3.1.b - Ativos Intangíveis Um Ativo Intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Um ativo intangível é reconhecido se, e apenas se: For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao ativo fluam para a Empresa e O custo do ativo possa ser fiavelmente mensurado. Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido das amortizações acumuladas e eventuais perdas por imparidade, quando aplicável e só são reconhecidos se for provável que venham a gerar benefícios económicos futuros para a Empresa, se possa medir razoavelmente o seu valor e se a Empresa possuir o controlo sobre os mesmos. A EDIA adotou, no exercício de 2010, a interpretação IFRIC 12 "Acordos de Concessão de Serviços", aplicável às atividades de produção de energia e de distribuição de água desenvolvidas ao abrigo do contrato de concessão celebrado com o Estado. Assim, com efeitos à data de transição para as NCRF (1 de Janeiro de 2009) e nos exercícios de 2009 (reexpresso) e de 2010, a Empresa: (i) Transferiu todo o investimento associado a essas atividades da rubrica de Ativos Fixos Tangíveis para a de Ativos Fixos Intangíveis ; (ii) Ajustou a política de depreciação/amortização desses investimentos e de reconhecimento em rendimentos dos respetivos subsídios, que passaram todos a ser amortizados pelo método das quotas constantes ao longo do período da concessão, i.e: As infraestruturas que já se encontravam disponíveis para uso à data do início da concessão (1 de novembro de 2007) são amortizadas ao longo dos 75 anos da concessão, ou seja, de novembro de 2007 a outubro de 2082 e As infraestruturas que ainda não estavam disponíveis para uso em 1 de novembro de 2007 são amortizadas desde a data em que cada uma delas ficou ou ficará disponível para uso até ao final do período de concessão (outubro de 2082); RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 137

138 (iii) Constituiu e passou a reforçar anualmente uma provisão para fazer face aos encargos estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas ao longo do período da concessão. A provisão para fazer face à obrigação de manter/conservar as infraestruturas engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo assim, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. A EDIA tem vindo a efetuar testes de imparidade aos seus ativos intangíveis no final de cada semestre e de cada ano. Estes testes são efetuados sempre que são identificados eventos ou alterações nas circunstâncias que indicam que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado, possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração dos Resultados na rubrica de Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (perdas/reversões). Uma vez que, nos termos do contrato de concessão, se tratam de ativos não alienáveis, a quantia recuperável corresponde ao respetivo valor de uso (valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo). Tendo presente as disposições da NCRF 12, que referem que, Após o reconhecimento de uma perda por imparidade, o encargo com a depreciação (amortização) do ativo deve ser ajustado nos períodos futuros para imputar a quantia escriturada revista do ativo, menos o seu valor residual (se o houver) numa base sistemática, durante a sua vida útil remanescente, cessaram-se as amortizações dos bens afetos ao segmento água (e consequente reversão de perdas de imparidade no mesmo montante), cujo valor líquido contabilístico é nulo. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixam de existir e consequentemente o ativo deixa de estar em imparidade. 3.1.c - Investimentos em Curso Os Investimentos em Curso representam os ativos fixos tangíveis e intangíveis ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se registados ao custo de aquisição, deduzido das perdas por imparidade acumuladas, estes ativos são depreciados a partir do mês em que se encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos. Em virtude da EDIA se encontrar em fase de investimento, foi definida a seguinte política de capitalização de gastos: A totalidade dos gastos financeiros diretamente relacionados com o financiamento do investimento que ainda se encontra em fase de construção/desenvolvimento até ao momento em que a infraestrutura esteja substancialmente concluída; Os gastos com o pessoal diretamente relacionado com a atividade de planeamento e obra; e Os fornecimentos e serviços externos, que foram, pela sua natureza, registados nos centros de custos diretamente relacionados com a construção das infraestruturas. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 138

139 3.1.d - Politica de capitalização de encargos de estrutura e financeiros Os custos de estrutura da Empresa, bem como os custos financeiros de empréstimos obtidos diretamente atribuíveis à aquisição ou, construção de ativos, associados ou não às concessões, ou a inventários, têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao longo do tempo, enquanto as atividades de construção das infraestruturas (ou outras que sejam necessárias para preparar as infraestruturas para o seu uso pretendido) estejam em curso. Um ativo elegível para capitalização é um ativo que necessita de um período de tempo substancial para estar disponível para uso ou para venda. A capitalização destes encargos inicia-se quando tem início o investimento, já foram incorridos juros com empréstimos e já se encontram em curso as atividades necessárias para preparar o ativo para estar disponível para uso ou para venda e é interrompida, quando todas as atividades necessárias para colocar o ativo como disponível para uso ou para venda se encontram substancialmente concluídas. Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto de acordo com o regime do acréscimo dos exercícios. Com a conclusão da construção das Barragens de Alqueva e Pedrógão e respetivas Centrais hidroelétricas, os custos afetos a essas infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do exercício. À semelhança do procedimento tido com as infraestruturas atrás mencionadas e com os perímetros de rega do Monte Novo (1.º semestre de 2009) e do Alvito-Pisão e do Pisão (2010), também com a entrada em exploração, em 2011, dos perímetros de rega Orada Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa, Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Alfundão e Infraestrutura 12, se procedeu à passagem, da rubrica de Investimentos em Curso para as respetivas rubricas de Ativos Intangíveis, dos investimentos realizados com a implementação das infraestruturas do sistema primário a montante, assim sendo, todos os custos financeiros a elas associados, deixaram de ser capitalizados. Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os custos relativos: a) aos órgãos sociais, ao secretariado, aos gabinetes de assessoria, recursos humanos, documentação e desenvolvimento de marketing; b) à Direção de Administração e Finanças, com exceção do Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos e do Departamento de Sistemas de Informação; c) à Direção de Gestão do Património e Expropriações com exceção do Departamento de Expropriações; d) a Projetos e parcerias; e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direção de Infraestruturas Primárias e Energia. A chave de repartição para os custos de funcionamento imputados ao investimento tem em conta o seguinte: Os custos de funcionamento dos serviços são distribuídos pelas Direções capitalizáveis com base no número de colaboradores; Os custos das Direções são imputados da seguinte forma: Direção de Agricultura e Desenvolvimento Rural: 100% para a Rede Secundária; Direção de Infraestruturas Primárias e Energia: 100% para a Rede Primária e RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 139

140 Direção de Engenharia Ambiente e Ordenamento do Território: 50% para a Rede Primária e 50% para a Rede Secundária. 3.1.e - Trabalhos para a própria entidade Nesta rubrica são reconhecidos os gastos dos recursos diretamente atribuíveis aos ativos fixos tangíveis e intangíveis, durante a sua fase de desenvolvimento/construção, quando se concluí que os mesmos serão recuperados através da realização daqueles ativos. São mensurados ao custo, sendo portanto reconhecidos sem qualquer margem, com base em informação interna especialmente preparada para o efeito (custos internos) ou nos custos de aquisição. Os Trabalhos para a própria entidade refletem a capitalização dos encargos de estrutura que são basicamente os gastos com o pessoal e com trabalhos efetuados por terceiros sob administração direta da Empresa. As obras de construção, executadas pela própria Empresa, bem como as reparações de equipamentos que incluem despesas com materiais, mão-de-obra direta e gastos gerais, estão associados às obras em curso do EFMA. Este procedimento está de acordo com a política de capitalização de encargos de estrutura mencionada no ponto anterior. Tais despesas são objeto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos: Os ativos desenvolvidos são identificáveis; Existe forte probabilidade de os ativos virem a gerar benefícios económicos futuros e Os custos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável. 3.1.f Participações Financeiras Empresas Subsidiárias As participações financeiras em empresas nas quais a EDIA exerce um domínio ou influência significativa são registadas pelo Método da Equivalência Patrimonial. De acordo com este método, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo de aquisição e posteriormente ajustadas em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-parte da Empresa, anualmente, nos ativos líquidos das correspondentes empresas do grupo, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. As participações são ainda ajustadas pelo valor correspondente à participação noutras variações nos capitais próprios dessas empresas por contrapartida da rubrica Ajustamentos de Partes de Capital em Filiais e Associadas. É feita uma avaliação dos investimentos financeiros quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registadas como gastos na demonstração dos resultados, as perdas por imparidade que se demonstre existir. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 140

141 Outras Participações Financeiras As participações detidas no capital de entidades que não conferem à EDIA uma influência dominante ou significativa (participações participativas de menos de 20% do respetivo capital) encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas. Conforme previsto na NCRF27-Instrumentos Financeiros, à data do relato, a EDIA avalia a imparidade de todos os ativos financeiros, que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidades, é reconhecida uma perda por imparidade na demonstração de resultados. 3.1.g - Locações A EDIA classifica as operações de locações como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, dando cumprimento aos critérios estabelecidos na NCRF 9. São classificadas como locações financeiras, as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo são transferidos para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais. Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados na data do seu início como ativo e passivo pelo valor da propriedade locada, que é equivalente ao valor atual das rendas de locação vincendas, estabelecidas de acordo com o plano financeiro contratual. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são reconhecidos como gastos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam. As locações operacionais são aquelas em que não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação, para o locatário. Nas locações consideradas como operacionais, os pagamentos (rendas) devidos são reconhecidos como gastos na demonstração dos resultados, dos períodos a que dizem respeito, numa base linear durante o período do contrato de locação. Na EDIA os bens reconhecidos em regime de locação operacional são as viaturas e em regime de locação financeira são os equipamentos administrativos (fotocopiadoras e impressoras) e também uma viatura ligeira de passageiros. 3.1.h - Ativos e Passivos Financeiros Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos no Balanço quando a Empresa se torna parte contratual do respetivo instrumento financeiro. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 141

142 Para os ativos financeiros que apresentam indicadores de imparidade, é determinado o respetivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados. Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja dinheiro ou um direito contratual de receber dinheiro. Um passivo financeiro é qualquer passivo que se consubstancie numa obrigação contratual de entregar dinheiro. Os ativos financeiros da Empresa são essencialmente as contas a receber, caixa e equivalentes de caixa. Os passivos financeiros são fundamentalmente os financiamentos obtidos e as contas a pagar. Clientes e Outras Contas a Receber As dívidas de Clientes e de Outras Contas a Receber encontram-se registadas pelo seu valor nominal, deduzido de eventuais perdas de imparidade. As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos cash-flows esperados (descontados à taxa efetiva sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são reconhecidas na Demonstração dos Resultados do período em que são estimadas. Caixa e Depósitos Bancários No Balanço, os montantes incluídos na rubrica de Caixa e Depósitos Bancários correspondem aos valores de caixa e aos depósitos à ordem ou a prazo. Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica Caixa e seus equivalentes inclui os valores em caixa e depósitos à ordem, bem como os investimentos financeiros a curto prazo (incluindo os depósitos a prazo) altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor. Financiamentos Obtidos Os financiamentos obtidos são registados no passivo pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juro efetiva. Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos para financiamento do investimento em curso são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja substancialmente concluída. Contas a pagar As contas a pagar (saldos de fornecedores de investimento e outros credores) são responsabilidades respeitantes à aquisição de bens ou serviços pela Empresa, no decurso normal da sua atividade. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como passivo corrente. Caso contrário, são classificadas como passivo não corrente. Sendo a generalidade das aquisições de bens e serviços contratadas de acordo com as condições normais do mercado, as respetivas contas a pagar são mensuradas pelo seu valor nominal, que corresponde ao valor não descontado dos fluxos de caixa a pagar. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 142

143 3.1.i - Inventários O valor dos inventários inclui todos os gastos de compra, gastos de conversão e outros gastos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual. Na sequencia do Decreto-Lei N.º 335/2001 de 24 de dezembro, que (com exceção da Infraestrutura 12, que tem um regime excecional de concessão) prevê a transferência para o Estado, mais concretamente para o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA evidencia o custo de construção da rede secundária de rega na rubrica de Inventários. As infraestruturas já concluídas são apresentadas na subrubrica de Produtos Acabados e as que se encontram em construção na de Produtos e Trabalhos em Curso. 3.1.j - Reconhecimento de gastos e perdas e de rendimentos e ganhos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e rendimentos são registados no passivo e no ativo, respetivamente. Rédito (descrição mais pormenorizada na nota 3.1.l) O rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das atividades ordinárias da EDIA quando esses influxos resultam em aumentos de capital próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio. O rédito é mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber. O rédito pode ser proveniente das vendas de bens, prestações de serviços e do uso de ativos que produzam juros, royalties e dividendos. Encargos com Financiamentos Obtidos De acordo com o preconizado na NCRF 10, os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto do período em que sejam incorridos, de acordo com o regime do acréscimo dos exercícios e em conformidade com o método da taxa de juro efetiva. Os encargos financeiros com empréstimos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou associados às concessões são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente concluída, sendo também interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 143

144 3.1.k - Provisões São reconhecidas provisões quando (i): a Empresa tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, resultante dum acontecimento passado, (ii) : seja provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii): o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa (na data de relato) dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação. Numa base semestral, as provisões são sujeitas a uma revisão, de acordo com a melhor estimativa das respetivas responsabilidades futuras, a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da EDIA são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Empresa, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros, que nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. O valor desta rubrica reflete as provisões constituídas no âmbito dos processos judiciais em curso, das expropriações litigiosas, e de todos os encargos estimados, responsabilidade da Empresa, relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas ao longo do período da concessão. Na sequência do contrato de concessão celebrado com o Estado em outubro de 2007 e na sequência da entrada em vigor das NCRF e da IFRIC 12 - "Acordos de Concessão de Serviços", a EDIA constituiu e reforça anualmente a provisão para fazer face aos encargos estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo, assim, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. 3.1.l - Subsídios Com exceção dos subsídios referentes à rede secundária de rega (a transferir para entidade pública a indicar pelo MAMAOT) e dos associados à atividade de distribuição de água (cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total), os subsídios atribuídos pelo Estado Português e pela União Europeia para financiar investimentos em ativos fixos são reconhecidos na rúbrica de Outras Variações nos Capitais Próprios e subsequentemente reconhecidos como Outros Rendimentos e Ganhos na mesma proporção dos gastos com as amortizações dos ativos subsidiados e respetiva percentagem de comparticipação. Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega são reconhecidos em Diferimentos, no Passivo, uma vez que, quando estes ativos forem transferidos para a entidade a indicar pelo MAMAOT, os subsídios que lhes estão associados serão deduzidos ao investimento evidenciado na rubrica de Inventários, correspondendo o valor líquido ao montante que a EDIA pretende receber, por ter executado estes investimentos com fundos próprios, por conta do Estado. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 144

145 Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados em 2011 e anos anteriores) que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios. Os subsídios relacionados com rendimentos são reconhecidos como rendimentos na Demonstração dos Resultados no mesmo período do que os gastos que os mesmos se destinam a compensar. Os subsídios são reconhecidos quando existe uma segurança razoável de que serão efetivamente recebidos e de que a Empresa cumprirá as obrigações/condições inerentes à sua atribuição. 3.1.m - Rédito Venda de bens e prestação de serviços O rédito proveniente da venda de bens e prestação de serviços, é reconhecido quando: (i) o montante pode ser mensurado com fiabilidade, (ii) é provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Empresa. O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito compreende os montantes faturados na venda de bens e prestação de serviços, líquidos de impostos, abatimentos e descontos e após a eliminação das vendas entre empresas do Grupo. Na atividade de distribuição de água a Empresa apenas reconhece o rédito que resulta da aplicação das tarifas aprovadas pelo Estado. A 26 de maio de 2010 foi publicado o Despacho N.º 9000/2010, que aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de Junho. O preço da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de água do EFMA estabelecido no referido Despacho é o seguinte: À saída da Rede Primária, para fornecimento de água às entidades que tenham a seu cargo a gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas integradas na Rede Secundária adstrita a cada perímetro: 0,042/m 3 ; À saída da Rede Secundária, para fornecimento de água em alta pressão às explorações agrícolas: 0,089/m 3 ; À saída da Rede Secundária, para fornecimento de água em baixa pressão às explorações agrícolas: 0,053/m 3 e Fornecimento de água captada diretamente no Sistema Primário: 0,053/m 3. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 145

146 O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. O preço da água destinado à rega para uso agrícola, no segundo ano (2011), foi atualizado com o índice de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal em 2010 (taxa de variação média anual) de 1,40%. O rédito é reconhecido com base no tarifário da água e nos consumos, ou seja, o rédito regista-se pelo resultado da multiplicação dos valores do preço da água aprovado pelo valor dos consumos verificados no período. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com os preços da água definidos pelo Estado, que por sua vez, na sua definição, consideram um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. A EDIA apenas regista em rendimentos o valor da faturação da atividade de distribuição de água correspondente à saída da rede primária, uma vez que as restantes infraestruturas são propriedade do Estado sendo as respetivas despesas e receitas imputadas à Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional (DGADR). Juros O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. Estes juros são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo. 3.1.n - Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O valor do imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de imposto sobre o rendimento respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período, ajustado de acordo com a legislação e regras fiscais. O imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável, calculado de acordo com os critérios fiscais vigentes à data do balanço. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos diferidos decorrem das diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras, utilizando as taxas de imposto aprovadas à data de balanço e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias reverterem. Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos como um gasto ou como um rendimento e incluídos no resultado líquido do período, exceto quando o imposto provenha de uma transação ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, diretamente no capital próprio, caso em que o respetivo imposto é diretamente debitado ou creditado ao capital próprio. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 146

147 Porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos ou quando existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os impostos diferidos ativos possam ser utilizados. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. A Empresa não contabiliza ativos por impostos diferidos relacionados com o reporte de prejuízos fiscais por não haver uma segurança razoável quanto à existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização desses prejuízos fiscais. Em relação às diferenças temporárias dedutíveis geradas pelas perdas de imparidade do segmento água registadas nos ativos intangíveis, em 2011 e anos anteriores, as mesmas só dão origem ao registo de ativos por impostos diferidos na medida em que se considera provável que esteja disponível lucro tributável contra o qual essas diferenças possam ser utilizadas, o que se verifica somente em relação a um montante equivalente ao das diferenças temporárias tributáveis associadas aos subsídios registados no Capital Próprio (que dão origem ao reconhecimento de um passivo por imposto diferido associado à tributação futura desses subsídios, que ocorrerá ao longo do período em que os mesmos serão imputados como rendimentos), que se espera que venham a reverter nos mesmos períodos (isto é de forma sistemática e regular ao longo do período da concessão) em que ocorrerá a reversão das diferenças tributárias dedutíveis A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa de 25%, sendo a Derrama calculada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável. Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no mencionado artigo. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos. Os prejuízos fiscais apurados num determinado exercício, sujeitos também a inspeção e ajustamentos, podem ser deduzidos aos lucros fiscais nos 6 anos seguintes, situação esta verificada na Empresa. Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos devido essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da Administração que não ocorrerão liquidações adicionais de valor significativo no contexto das demonstrações financeiras. 3.1.o Ativos e Passivos Contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos. Nos casos em que a possibilidade de um efluxo de recursos que incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são divulgados. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 147

148 3.1.p - Eventos Subsequentes Os eventos subsequentes são aqueles que ocorrem entre a data das demonstrações financeiras e a data de autorização para a sua emissão. Os eventos ocorridos após a data de balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço, dão lugar a ajustamentos que são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos ocorridos após a data de balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais, são divulgados nas notas às demonstrações financeiras. 3.1.q - Estimativas e Julgamentos Na preparação das demonstrações financeiras foram utilizados julgamentos e estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. As estimativas e pressupostos são determinadas com base no melhor conhecimento existente e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros. Nas demonstrações financeiras a 31 de dezembro de 2011, as estimativas refletidas mais significativas, incluem os testes de imparidade realizados aos ativos fixos tangíveis, intangíveis e investimentos em curso, impostos diferidos e o registo de provisões. A Empresa faz testes de imparidade, duas vezes por ano, com o objetivo de verificar se os ativos estão em imparidade, de acordo com a política referida. O cálculo dos valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa envolve julgamento e na avaliação subjacente aos cálculos efetuados, são utilizados pressupostos baseados na informação disponível quer do negócio, quer do enquadramento macroeconómico, em determinado momento. O reconhecimento de impostos diferidos pressupõe a existência de resultados e matéria coletável futura. Os impostos diferidos ativos e passivos foram determinados com base na legislação fiscal atualmente em vigor ou em legislação já publicada para aplicação futura. Alterações na legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos. A Empresa exerce julgamento considerável na mensuração e reconhecimento de provisões. O julgamento é necessário de forma a aferir a probabilidade que um contencioso tem de ser bem sucedido. As provisões são constituídas quando a RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 148

149 Empresa espera que processos em curso irão originar a saída de fluxos, a perda seja provável e possa ser razoavelmente estimada. Devido às incertezas inerentes ao processo de avaliação, as perdas reais poderão ser diferentes das originalmente estimadas na provisão. Estas estimativas estão sujeitas a alterações sempre que nova informação fica disponível. Revisões às estimativas destas perdas podem afetar os resultados futuros. 3.2 Políticas de Gestão do Risco Financeiro O Conselho de Administração providencia os princípios gerais para a gestão de riscos bem como os limites de exposição aos mesmos. Existem quatro tipos de riscos financeiros a que a Empresa se pode expor: Risco de Mercado, o qual inclui três tipos de risco: i. Risco de taxa de juro do justo valor é o risco de que o valor de um instrumento financeiro venha a flutuar devido a alterações nas taxas de juro do mercado e ii. Risco de preço é o risco de que o valor de um instrumento financeiro venha a flutuar como resultado de alterações nos preços de mercado, quer essas alterações sejam causadas por fatores específicos do instrumento individual ou do seu emitente, quer por fatores que afetem todos os instrumentos negociados no mercado. Risco de mercado engloba não somente o potencial de perdas mas também o potencial de ganhos; Risco de crédito é o risco de que um participante de um instrumento financeiro não venha a cumprir uma obrigação e faça com que o outro participante incorra numa perda financeira; Risco de liquidez (também referido como risco de financiamento) é o risco de que a Empresa venha a encontrar dificuldades na obtenção de fundos para satisfazer compromissos associados aos instrumentos financeiros. O risco de liquidez pode resultar de uma incapacidade de vender rapidamente um ativo financeiro no fecho do mercado pelo seu justo valor e Risco de taxa de juro e do fluxo de caixa é o risco de que os futuros fluxos de caixa de um instrumento financeiro venham a flutuar devido a alterações nas taxas de juro do mercado. As atividades da EDIA estão expostas fundamentalmente ao risco da taxa de juro que advém essencialmente da contratação de empréstimos de longo prazo, não sendo utilizados quaisquer instrumentos financeiros derivados na gestão desses riscos. Esta situação prende-se com a necessidade da EDIA financiar as atividades de investimento do EFMA com o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários. A obtenção de recursos financeiros pela via de empréstimos bancários (Obrigacionistas, Papel Comercial e outros) resulta de uma política financeira definida pelo único Acionista, assente na contratação de empréstimos com garantia do Estado, e da não disponibilização de dotações de capital suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA. Por outro lado, a Empresa não tem gerado os meios necessários, não só para fazer face ao volume de investimentos que vem realizando, como também não dispõe de liquidez suficiente para satisfazer o seu funcionamento, bem como os encargos financeiros decorrentes da política de financiamento adotada. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 149

150 4 Fluxos de Caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a um ano a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito e outras aplicações de tesouraria, de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 1 ano, que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. A demonstração dos fluxos de caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Todos os saldos significativos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso não apresentando qualquer restrição à data de balanço. Em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2010, a rubrica de Caixa e seus equivalentes que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e outros equivalentes, detalha-se como segue: Euros Caixa e Depósitos Bancários 31-Dez Dez-10 Depósitos a Prazo Depósitos à Ordem Numerário A diferença do valor apresentado em balanço nesta rubrica ( ) e o valor de Caixa e seus equivalentes no fim do período ( ) na demonstração de fluxos de caixa (método direto), deve-se ao saldo credor ( ) da conta de depósitos à ordem, dos juros devedores do depósito caução, que reconcilia para o balanço, na conta de Financiamentos Obtidos. Todas as contas de depósitos à ordem foram reconciliadas, com referência a 31 de dezembro de 2011 e a 31 de dezembro de Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros Tendo presente as disposições da NCRF 12, que referem que Após o reconhecimento de uma perda por imparidade, o encargo com a depreciação (amortização) do ativo deve ser ajustado nos períodos futuros para imputar a quantia escriturada revista do ativo, menos o seu valor residual (se o houver) numa base sistemática, durante a sua vida útil remanescente, a EDIA efetuou a seguinte reexpressão dos valores comparativos de 2010 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 150

151 na Demonstração dos Resultados por Naturezas (que não teve qualquer impacto ao nível do Resultado Líquido do Período nem no saldo de qualquer rubrica de Balanço): Anulação das amortizações de 2010 dos bens afetos ao segmento água (que se encontra em imparidade total, pelo que o valor líquido contabilístico destes bens é nulo), no montante de ; Anulação da parte proporcional dos subsídios ao investimento reconhecidos como rendimentos em 2010, no montante de ; e Anulação da reversão de perdas de imparidade no montante de registada em 2010 ( ). RENDIMENTOS E GASTOS Euros Exercício 2010 Impacto da Exercício 2010 ( aprovado) reexpressão ( reexpresso) Vendas e Serviços Prestados Subsídios à exploração Ganhos/Perdas Imputados de Subsidiárias, Associadas e Empreend. Conjuntos (48.299) - (48.299) Variação nos Inventários da Produção Trabalhos para a Própria Entidade Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (16.177) - (16.177) Fornecimentos e Serviços Externos ( ) - ( ) Gastos com o Pessoal ( ) - ( ) Provisões (Aumentos/Reduções) ( ) - ( ) Imparidade de Investimentos não Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) (50.000) - (50.000) Outros Rendimentos e Ganhos ( ) Outros Gastos e Perdas ( ) - ( ) Resultado Antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos ( ) Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização ( ) ( ) Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) ( ) ( ) ( ) Resultado Operacional ( Antes de Gastos de Financiamento e Impostos) ( ) - ( ) Juros e Rendimentos Similares Obtidos Juros e Gastos Similares Suportados ( ) - ( ) Resultado Antes de Impostos ( ) - ( ) - Imposto sobre o Rendimento do Período (77.182) - (77.182) Resultado Líquido do Período ( ) - ( ) Esta alteração incidiu igualmente sobre as amortizações, subsídios ao investimento reconhecidos em rendimentos e perdas de imparidade reconhecidos em 2009, primeiro ano em que foram registados gastos e rendimentos com o segmento água, pelo que, na Nota 7 do Anexo, as Amortizações Acumuladas em 31 de dezembro de 2010 foram reduzidas em ( provenientes de 2010 e de 2009), por contrapartida de um aumento das Perdas por Imparidade Acumuladas no mesmo montante. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 151

152 6 Ativos Fixos Tangíveis Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2010, os movimentos ocorridos na rubrica de ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e nas perdas de imparidade acumuladas foram os seguintes: Ativos Fixos Tangíveis Terrenos e Edifícios e Outras Equipamento Equipamento de Recursos Naturais Construções Básico Transporte 31-Dez-11 Activos Fixos Equipamento Outros Activos Tangíveis Administrativo Fixos Tangíveis em Curso Adiantamentos por Conta de Investimentos Euros Total Ativo Bruto Saldo Inicial Adições Outras Transferências/Abates ( ) ( ) ( ) Saldo Final Depreciações Acumuladas Saldo Inicial Adições Outros Movimentos de Depreciações Acumuladas Saldo Final Valor Liquido Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Os principais investimentos que se encontram evidenciados como ativos fixos tangíveis são os terrenos sobrantes de expropriações, os edifícios da Sede, Museu da Luz, Parque de Natureza de Noudar e o Centro de Produção de Cartografia, os quais não se encontram afetos à concessão, pelo que não revertem para o Estado no final do período de concessão. Em anos anteriores, foi efetuada a transferência desses investimentos, de em curso para as devidas rubricas Ativos Fixos Tangíveis e iniciado o processo de depreciação, bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos subsídios que lhes estão associados Investimentos em Curso No planeamento das suas atividades a EDIA dispõe de um modelo de codificação que possibilita a alocação dos investimentos em rubricas associadas, entre si, permitindo um leque alargado de outputs e de mapeamentos necessários à boa gestão e controlo dos contratos celebrados. De acordo com o que está definido em Decreto-Lei relativo ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, as atividades da EDIA centram-se em 6 grandes infraestruturas (barragem de Alqueva, central de Alqueva, barragem e central de Pedrógão, estação elevatória dos Álamos, rede primária e rede secundária). A disponibilização destas 6 infraestruturas pretende criar condições de negócio que permitam melhorar os indicadores económicos e financeiros de várias áreas económicas com fortes possibilidades de crescimento após concretização dos investimentos do Alqueva. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 152

153 Foi definido que em algumas dessas áreas a EDIA participaria diretamente (energias renováveis; ambiente e património; água; inovação e tecnologia), enquanto em outras criaria apenas as condições necessárias à alavancagem das diversas possibilidades (turismo; agricultura). Mais tarde, a fim de agregar num único programa as diversas atividades relacionadas com as áreas de negócio identificadas como de forte possibilidade de desenvolvimento, que estavam dispersas pelos 6 programas anteriormente existentes, criou-se um novo programa (desenvolvimento regional), que agregou os investimentos realizados e programados na área das energias renováveis (eólica, fotovoltaica, biocombustíveis), inovação e tecnologia (centro de cartografia e sistema de informação geográfica de Alqueva), turismo (Parque de Natureza de Noudar, Museu da Luz, Marinas, Casa do Grande Lago, Envolvente da Barragem, Gestalqueva, Hotel Marina (antiga pousada da EDP)), bem como, de promoção e divulgação da EDIA e do Alqueva. À medida que se iam concluindo os investimentos nos 6 programas infraestruturais, entrando as infraestruturas em exploração, a classificação de algumas despesas em investimento acessório ou complementar deixou de fazer sentido, sendo necessário rever-se parte das classificações até aí adotadas. De igual forma foi necessário analisar-se alguns dos projetos em curso e concluir-se se teriam algum seguimento ou não e se gerariam benefícios económicos futuros. Até ao final de 2011, dos investimentos lançados no programa de desenvolvimento regional, já tinham passado para Ativo firme (Tangível ou Intangível), os investimentos relacionados com o Parque de Natureza de Noudar, Museu da Luz, energia fotovoltaica e Centro de Cartografia, que já não faziam sentido ir para investimento a partir do momento da entrada em exploração das principais infraestruturas. Assim, no final de 2011, mantinham-se neste programa (essencialmente refletido nos Ativos Fixos Tangíveis em Curso): (i) alguns investimentos relacionados com ações imateriais de estudos e projetos que foram realizados há largos anos e até à data não tiveram, nem se espera agora que venham a ter, por parte da EDIA, qualquer evolução, realização no terreno ou consequência financeira, favorável ou desfavorável, (ii) outros investimentos efetuados na envolvente da barragem de Alqueva que se concluiu que se deveriam considerar afetos à conceção e (iii) investimentos no sistema de informação geográfico, relacionados com os investimentos atualmente em curso no EFMA (rede primária e rede secundária). Deste modo, com referência a 31 de dezembro de 2011 foram efetuadas regularizações (transferências/abates) na rubrica de Ativos Fixos Tangíveis em Curso, que envolveram o reconhecimento de de gastos do período (Fornecimentos e Serviços Externos) e a transferência de um total de para a rubrica de Ativos Intangíveis. À data de 31 de dezembro de 2011 e de acordo com o SNC, estes investimentos registados na rubrica de Investimentos em Curso não cumpriam com o estipulado nas Normas, isto é, estes investimentos não teriam continuidade ou não gerariam quaisquer benefícios económicos futuros, assim sendo, essas despesas foram, agora, à data do relato reconhecidas como gastos do exercício. 7 Ativos Intangíveis Os ativos intangíveis que se encontram registados ao custo de aquisição deduzido das respetivas amortizações acumuladas e das perdas por imparidade, tiveram a seguinte evolução em 2010 e 2011: RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 153

154 subsistema Ardila subsistema Alqueva Ativos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Projectos de Desenvolvimento Programas de Computador Outros Direitos Activos Intangíveis em Curso Adiantamentos por conta de Investimentos Ativo Bruto Saldo Inicial Adições Outras Transferências/Abates ( ) ( ) Saldo Final Amortizações Acumuladas Saldo Inicial Adições Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Saldo Inicial Perdas Imparidade Reconhecidas Perdas Imparidade Revertidas ( ) ( ) ( ) Saldo Final Saldo Final Euros Total 7.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Em resultado da entrada em funcionamento pleno da Barragem e da Central Hidroelétrica de Alqueva em Dezembro de 2005, e da Barragem e Central Hidroelétrica de Pedrógão no início de 2006, foi iniciado nessas datas o respetivo processo de depreciação (incluindo a parte das Barragens afeta à produção de energia, que se estima em 35,1% do investimento total das Barragens), bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos subsídios que lhes estão associados. A partir de 1 de novembro de 2007 (com a entrada em vigor do Contrato de Concessão), essas infraestruturas, tal como os restantes bens afetos à concessão, passaram a ser amortizadas pelo método das quotas constantes ao longo do período de 75 anos da concessão, que termina em outubro de Nos exercícios de 2009 a 2011 ficaram substancialmente concluídas e entraram em exploração vários perímetros de rega, podendo as percentagens de afetação das infraestruturas primárias a cada um dos perímetros ser resumida da seguinte forma: Data de Entrada em exploração /áreas/infraestruturas da rede primária Área Beneficiada (hectares) Perímetro Monte Novo Perímetro Alvito- Pisão Perímetro do Pisão Blocos de Ferreira, Perímetro Figueirinha e Valbom de Alfundão ( Perímetro Pisão-Roxo Infraestrutura 12 Perimetro Orada Amoreira Perímetro de Brinches Perímetro de Brinches- Enxoé subsistema Alqueva subsistema Ardila Área Beneficiada (hectares) Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) ,00% 9,13% 2,35% 4,64% 3,83% 5,43% 2,29% 4,96% 4,26% 3,99% Estação Elevatória dos Álamos ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% Barragens dos Álamos ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% Ligação Álamos - Loureiro ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% Barragem do Loureiro ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% Ligação Loureiro - Monte Novo ,00% Túnel Loureiro-Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% Tomada de Água do Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% Segregação de Água do Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% Ligação Alvito-Pisão ,81% 6,13% 12,12% 9,98% - Derivação a Odivelas ,51% Ligação Pisão-Roxo ,61% - - Barragem do Pisão ,04% - 61,96% - Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão ,53% 18,47% 15,88% 14,88% Barragem da Amoreira e Brinches ,47% 15,88% 14,88% Estação Elevatória de Brinches ,52% 32,26% 30,22% Adutor Brinches Enxoé ,52% 32,26% 30,22% Barragem de Serpa ,00% Estação Elevatória torre do lóbio, Adutor de Serpa e Reserv. Serpa Norte ,00% Perímetro de Serpa RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 154

155 Face ao indicado, e analisando o quadro anterior, concluímos que as afetações das infraestruturas primárias a cada um dos perímetros de rega em exploração são as seguintes: Subsistema Alqueva Perímetro de Rega do Monte Novo, beneficia uma área de ha e desde 2009 que se afetaram as seguintes percentagens do investimento das infraestruturas primárias a montante: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro do Monte Novo é 7,00%; Estação Elevatória dos Álamos, Barragens dos Álamos, Ligação Álamos - Loureiro e Barragem do Loureiro, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de rega do Monte Novo é de 12,92% e Ligação Loureiro - Monte Novo, beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de rega do Monte Novo é de 100%. Perímetro de Rega do Alvito - Pisão, beneficia uma área de ha e afetaram-se desde 2010 as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro do Alvito Pisão é 9,13%; Estação Elevatória dos Álamos, Barragens dos Álamos, Ligação Álamos - Loureiro e Barragem do Loureiro, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de rega do Alvito Pisão é de 16,85%; Túnel Loureiro Alvito, Segregação de Água do Alvito e Tomada de Água do Alvito, beneficiam uma área de ha - Investimento afeto ao perímetro de rega do Alvito Pisão é de 19,35% e Ligação Alvito Pisão, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega do Alvito Pisão é de 23,81%. Perímetro de Rega do Pisão, com uma área beneficiada de ha e a que estão afetas desde 2010 as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro do Pisão é 2,35%; Estação Elevatória dos Álamos, Barragens dos Álamos, Ligação Álamos - Loureiro e Barragem do Loureiro, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de rega do Pisão é de 4,34%; Túnel Loureiro Alvito, Segregação de Água do Alvito e Tomada de Água do Alvito, beneficiam uma área de ha- investimento afeto ao perímetro de rega do Pisão é de 4,98% e RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 155

156 Ligação Alvito Pisão, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega do Pisão é de 6,13% e Barragem do Pisão, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega do Pisão é de 38,04%. Perímetro de Rega dos Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, com uma área beneficiada de ha, e a que estão afetas desde 2011 as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro dos blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom é 4,64%; Estação Elevatória dos Álamos, Barragens dos Álamos, Ligação Álamos - Loureiro e Barragem do Loureiro, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro dos blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom é de 8,57%; Túnel Loureiro Alvito, Segregação de Água do Alvito e Tomada de Água do Alvito, beneficiam uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega dos blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom é de 9,85%; Ligação Alvito - Pisão, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega dos blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom é de 12,12% e Ligação Pisão-Roxo, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega dos blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom é de 34,61%. Perímetro de Rega da Infraestrutura 12, beneficia uma área de ha e a partir de 2011 afetam-se as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro da Infraestrutura 12 é 5,43%; Estação Elevatória dos Álamos, Barragens dos Álamos, Ligação Álamos - Loureiro e Barragem do Loureiro, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de rega da Infraestrutura 12 é de 10,02%; Túnel Loureiro Alvito, Segregação de Água do Alvito e Tomada de Água do Alvito, beneficiam uma área de ha - Investimento afeto ao perímetro de rega da Infraestrutura 12 é de 11,51% e Derivação a Odivelas, beneficia uma área de ha - Investimento afeto ao perímetro de rega da Infraestrutura 12 é de 64,51%. Perímetro de Rega de Alfundão, com uma área beneficiada de ha e a que estão afetas desde Maio de 2011 as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro do Alfundão é 3,83%; RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 156

157 Estação Elevatória dos Álamos, Barragens dos Álamos, Ligação Álamos - Loureiro e Barragem do Loureiro, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de rega do Alfundão é de 7,06%; Túnel Loureiro Alvito, Segregação de Água do Alvito e Tomada de Água do Alvito, beneficiam uma área de ha- investimento afeto ao perímetro de rega do Alfundão é de 8,11% e Ligação Alvito Pisão, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega do Alfundão é de 9,98% e Barragem do Pisão, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega do Alfundão é de 61,96%. Subsistema Ardila Perímetro de Rega Orada - Amoreira, com uma área beneficiada de ha, afetou-se a partir de 2011 as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro Orada-Amoreira é 2,29% e Estação Elevatória e Adutor de Pedrógão e Barragens de Amoreira e Brinches, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro Orada-Amoreira é de 8,53%. Perímetro de Rega de Brinches, com uma área beneficiada de ha, afetou-se a partir de 2011 as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro Brinches é 4,96%; Estação Elevatória e Adutor de Pedrógão e Barragens de Amoreira e Brinches, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro Brinches é de 18,47% e Estação Elevatória de Brinches e Adutor Brinches-Enxoé, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de Brinches é de 37,52%. Perímetro de Rega de Brinches - Enxoé, com uma área beneficiada de ha, iniciou-se em 2011 a amortizar as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro Brinches-Enxoé é 4,26%; Estação Elevatória e Adutor de Pedrógão e Barragens de Amoreira e Brinches, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro Brinches-Enxoé é de 15,88% e Estação Elevatória de Brinches e Adutor Brinches-Enxoé, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de Brinches-Enxoé é de 32,26%. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 157

158 Perímetro de Rega de Serpa, com uma área beneficiada de ha, iniciou-se em 2011 a amortizar as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de Serpa é 3,99%; Estação Elevatória e Adutor de Pedrógão e Barragens de Amoreira e Brinches, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de Serpa é de 14,88%; Estação Elevatória de Brinches e Adutor Brinches-Enxoé, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de Serpa é de 30,22% e Barragem de Serpa e Estação Elevatória Torre do Lóbio, Adutor de Serpa e Reservatório Serpa Norte, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de Serpa é de 100%. As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afetas ao EFMA, objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (Barragens; Centrais Hidroelétricas e Rede Primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. No termo da concessão, os bens referidos anteriormente, revertem, sem qualquer indemnização, para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos e em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção. Uma vez que estas infraestruturas se encontram afetas ao segmento água e como tal, já foram objeto de ajustamento por perdas por imparidade, sendo o seu valor líquido contabilístico nulo (ver Nota 7.3), não se afetara qualquer amortização destes investimentos. Assim, o cálculo do valor das amortizações que seriam refletidas nas demostrações financeiras se não tivessem reconhecidas anteriormente as perdas por imparidade serve apenas para determinar qual a parte das perdas por imparidade que é aceite como gasto fiscal de cada período, nos termos do artigo 35.º do Código do IRC Outros Direitos O montante da rubrica Outros Direitos corresponde, essencialmente, à compensação financeira inicial paga pela EDIA ao Estado, no montante de , resultante do Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, com a duração de 75 anos. Este Contrato concretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. Estando esta verba diretamente relacionada com a atividade de distribuição de água (e não com a atividade de produção de energia subconcessionada à EDP), que se encontra em imparidade total, os referidos encontram-se cobertos por perdas por imparidades acumuladas de igual montante (ver Nota 7.3. adiante). 7.3 Perdas por Imparidade Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário, a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento água através da determinação do respetivo valor de uso, RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 158

159 tendo concluído, nos testes de imparidade efetuados com referência a 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009 que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda por imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis - subsídios) afetos a este segmento. Assim, os ativos líquidos afetos a este segmento registados em Ativos Intangíveis, com valor bruto em 31 de dezembro de 2011 (31 de dezembro de 2010: ) encontram-se totalmente compensados por perdas de imparidade acumuladas de igual montante. De igual modo, os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados em 2011 e anos anteriores) que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios. 8 Partes Relacionadas Empresas subsidiárias O saldo desta rubrica corresponde à valorização, pelo Método da Equivalência Patrimonial, da participação de 51% detida pela EDIA no capital da Gestalqueva, Sociedade para o Aproveitamento do Potencial das Albufeiras de Alqueva e de Pedrogão, SA. Denominação Social Capital Social % Partic Gestalqueva Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, S.A. N.º Acções/ Un. Particip. Valor Nominal Valor da participação em 31 Dezembro A Euros Valor da participação em 31 Dezembro 2010 Esta sociedade foi constituída em março de 2003, com sede social em Beja, na Rua Zeca Afonso nº2, com um capital social de , totalmente realizado e apresenta um resultado líquido do Exercício negativo de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 159

160 As contas da Empresa Gestalqueva S.A foram elaboradas no pressuposto da sua continuidade. Na aplicação do método da equivalência patrimonial, a participação da EDIA na referida empresa do grupo, foi ajustada em 2011 pelo valor de , incluindo que correspondem à proporção detida pela EDIA no resultado líquido de 2011 apurado pela subsidiária e que decorrem de outras variações do capital próprio dessa empresa em Os movimentos ocorridos no exercício na rubrica de Participações Financeiras - Método de Equivalência Patrimonial foram os seguintes: Rubricas 2010 Equiv. Patrimonial Perdas de Imparidade Partes de Capital em Empresas do Grupo Euros Outras Partes Relacionadas Estas participações encontram-se registadas ao custo de aquisição, pois a EDIA não detém uma participação dominante ou significativa em nenhuma das sociedades abaixo identificadas: Euros Denominação Social Capital Social % Partic N.º Acções/ Un. Particip. Valor Nominal Custo de Aquisição Valor da participação em 31 Dezembro 2011 Valor da participação em 31 Dezembro 2010 Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio ,8 11 UP Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A , A 4, Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A , A Águas do Centro Alentejo, S.A , A Lusofuel - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A , A Quanto à empresa Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, SA, uma vez que esta foi extinta em setembro de 2011 e não há uma segurança razoável de que a EDIA venha a receber qualquer quantia na sequência da liquidação, foi reconhecida em 2011 uma perda por imparidade correspondente à totalidade do capital investido pela EDIA na respetiva empresa ( ). RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 160

161 Transações e saldos com partes relacionadas Em 31 de dezembro de 2011 e no decorrer deste ano, existem os seguintes saldos e transações com partes relacionadas: FIRMA Contas a Receber Correntes Contas a Pagar Correntes Serviços Obtidos Empresas Subsidiárias Euros Serviços Prestados Remuneração do Pessoal Chave da Gestão CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE Remuneração de 5.465,43 ( 14 v ezes por ano) ( *) Remuneração com redução de ( 5%) ,16 Remuneração com redução de ( 5%+10%) ,94 Viatura de Serv iço; T elemóv el; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais VOGAIS Remuneração de 4.675,41, 14 v ezes por ano ( *) Remuneração com redução de ( 5%) ,64 Remuneração com redução de ( 5%+10%) ,48 Viatura de Serv iço; T elemóv el; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais (*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais manteve-se em No entanto, e no âmbito da aprovação de um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010 de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%, respetivamente. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 161

162 9 - Imposto Sobre o Rendimento O gasto (rendimento) com impostos sobre o rendimento em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2010 tem a seguinte composição: Euros Impostos Correntes - Derrama Tributação Autónoma Impostos Diferidos ( ) - Total ( ) Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas pela NCRF25-Imposto sobre o rendimento. O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos de 2011 e de 2010 foi o seguinte: Euros 2011 Ativos por Impostos Diferidos Passivos por Impostos Diferidos Saldo em 1 de Janeiro ( ) Efeitos na Demonstração dos Resultados Ativos por Impostos Diferidos referentes a Perdas de Imparidade de Activos Intangíveis Total de efeitos na Demonstração dos Resultados Efeitos no Capital Próprio Passivos por Impostos Diferidos associados a Subsídios ao Investimento ( ) Total de efeitos no Capital Próprio ( ) Saldo em 31 de Dezembro ( ) Os passivos por impostos diferidos decorrem unicamente da contabilização em capitais próprios dos subsídios recebidos para os investimentos, com exceção dos subsídios referentes à rede secundária de rega (a transferir para entidade pública a indicar pelo MAMAOT, sendo nessa altura os subsídios deduzidos ao investimento atualmente evidenciado na rubrica de Inventários ) e dos associados à atividade de distribuição de água (cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total, pelo que os correspondentes subsídios são desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos ativos). Em 31 de dezembro de 2011, o montante de subsídios evidenciado nos capitais próprios ascende a ( em 31 de dezembro de 2010), pelo que o correspondente montante de passivos por impostos RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 162

163 diferidos, registado por contrapartida de capitais próprios, ascende a (26,5% de ). À data de 31 de dezembro de 2011 os subsídios evidenciados nos capitais próprios aumentaram , tendo assim os correspondentes passivos por impostos diferidos aumentados em 26,5% desse montante, ou seja, Por existirem diferenças temporárias tributáveis que originaram o reconhecimento de passivos por impostos diferidos, a EDIA registou também ativos por impostos diferidos no mesmo montante, relacionados com as perdas de imparidade dos ativos intangíveis, uma vez que, quando as diferenças temporárias tributáveis reverterem (i.e à medida que os subsídios evidenciados nos capitais próprios forem sendo reconhecidos como rendimentos na mesma proporção dos gastos com as amortizações dos ativos subsidiados) haverá também uma reversão de diferenças temporárias dedutíveis, decorrente da aceitação fiscal das perdas de imparidade, em partes iguais, ao longo do período de amortização que teria sido utilizado se as perdas por imparidade não tivessem sido registadas. Em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2010 existiam diferenças temporárias dedutíveis e prejuízos fiscais reportados relativamente aos quais não foi reconhecido qualquer ativo por imposto diferido por não existir expectativas razoáveis quanto à geração de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização: 31-Dez Dez-10 Euros Quantia Data de Extinção Quantia Data de Extinção Diferenças Temporárias Dedutíveis - Perdas de Imparidade nos Activos Intangíveis Perdas de Imparidade em Investimentos não Depreciáveis/Amortizáveis Provisões Não Dedutíveis em IRC (IFRIC 12) Prejuízos Fiscais reportados ainda não utilizados - Exercício de Dez Dez-12 - Exercício de 2011 (estimativa) Dez Total Os ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2010, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, têm a seguinte composição: 31-Dez Dez-10 Euros Activos por Impostos Diferidos Passivos por Impostos Diferidos Activos por Impostos Diferidos Passivos por Impostos Diferidos Subsídios ao Investimento reconhecidos no Capital Próprio ( ) ( ) Perdas de Imparidade em Activos Intangíveis Saldo em 31 de Dezembro ( ) ( ) RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 163

164 10 Inventários A composição dos Inventários, em 31 de dezembro 2011 e em 31 de dezembro de 2010, é a seguinte: Inventários 31-Dez Dez-10 Euros Inventários (Balanço) Produtos Acabados e Intermédios Produtos e Trabalhos em Curso Mercadorias Matéria Subsidiária Na sequência da publicação do Decreto-Lei nº 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12 (cuja exploração será concessionada pela EDIA ao Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território - MAMAOT) prevê a transferência para o Estado da infraestrutura integrante da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o custo das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega que ainda não foram transferidas para as Associações de Regantes ou outra entidade indicada pelo Estado, na rubrica de Inventários. Assim, em 31 de dezembro de 2011, o saldo de Inventários corresponde essencialmente aos investimentos na rede secundária de rega, concluídos e em curso, respetivamente registados nas rubricas de Produtos Acabados e Intermédios ( ) e de Produtos e Trabalhos em Curso ( ), que ainda não foram transferidos para as Associações de Regantes ou outra entidade indicada pelo MAMAOT. O saldo da conta de Produtos Acabados e Intermédios em 31 de dezembro de 2011 corresponde ao investimento: (i) no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009 e que aguarda a preparação do dossier técnico para posterior transferência para entidade a indicar pelo MAMAOT; (ii) nos perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; e (iii) nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa e Alfundão que, no ano de 2011, se encontram substancialmente concluídos. Os investimentos feitos nestas infraestruturas, de natureza operacional, isto é, gastos com eletricidade, conservação, reparação e manutenção e outros de carácter funcional, de operacionalidade, foram reconhecidos na conta corrente com a DGADR, que apresenta o valor de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 164

165 11 Clientes, Vendas e Serviços Prestados O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber Clientes O saldo de Clientes traduz na sua maioria os valores a receber pelos serviços de distribuição de água prestados, que resultam do cumprimento do Despacho n.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA Vendas A rubrica de Vendas em 2011 ( ) regista essencialmente, o montante das vendas da energia emitida para a rede, pela central fotovoltaica ( ) e pelas centrais Mini-hídricas ( ) assim como as vendas dos bens de merchandising do Parque de Natureza de Noudar ( 7.381) Prestações de Serviços Euros Prestações de Serviços Produção de Energia Distribuição de Água Cartografia Parque de Natureza de Noudar Total Produção de Energia Em 2011, na conta de Produção de Energia foi reconhecido o montante de , no âmbito do Contrato de Concessão de exploração das Centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, por 35 anos, celebrado entre a EDIA e a EDP. Neste Contrato, a EDP obriga-se a proporcionar à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos: Um montante inicial no valor de , acrescido de IVA à taxa legal e pago na data de entrada em vigor do presente contrato e Ao longo do período de vigência do contrato (35 anos), um montante anual periódico de acrescido de IVA à taxa legal e pago anualmente no mesmo dia e mês da entrada em vigor do contrato, sendo a primeira prestação devida no ano de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 165

166 Em 2011, no âmbito do referido contrato e nos termos da cláusula 4ª, alínea b) do Anexo VII, sobre a Revisibilidade devida à não realização de qualquer dos reforços de potência de Alqueva, Pedrógão e de Alqueva e Pedrógão e uma vez que não foi construído o reforço de potência de Pedrógão, a EDP perante a EDIA, afirma considerar-se integralmente desonerada de qualquer obrigação relativa à construção do reforço em causa. Face ao exposto a EDP deixa, por ora, cair as antes enunciadas pretensões ao ressarcimento de alegados custos de projeto já incorrido, e invoca a aplicação da cláusula 4ª alínea b)do Anexo VII e da cláusula 6ª nº1 alínea b) do contrato, de onde resulta uma redução do montante periódico anual a pagar à EDIA (de para ), com acertos retroativos aos pagamentos efetuados. Face ao atrás exposto, a EDIA para regularizar a situação indicada, emitiu uma fatura com o novo valor da renda a receber e respetiva nota de crédito de acerto referente aos anos anteriores (2008/2009 e 2010), que se traduziu numa redução de no saldo da conta Produção de Energia. No âmbito do contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio hídrico publico e de acordo com o estabelecido no nº2 do Anexo VII, foram faturados à EDP em 2011, em resultado da alteração dos volumes de retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, os montantes de referente a 2008/2009, e de referente a Por outro lado, a EDIA, segundo o regime do acréscimo. Especializou o montante de ,40 que representa o valor da estimativa para o ano de A EDIA reflete também nesta conta, o valor de de TRH relativa à utilização de água na produção de energia da central hidroelétrica de Alqueva. Distribuição de Água A transposição da Diretiva Quadro da Água foi operada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, e desenvolvida pelo Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, e pelo Decreto-Lei n.º 97/2008, de 1 de junho, tendo consagrado o princípio do valor económico da água, por força do qual se consagra o reconhecimento da escassez atual ou potencial deste recurso e a necessidade de garantir a sua utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e de recursos. Em cumprimento do Despacho n.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA, a EDIA no 2º semestre de 2010 iniciou o processo de faturação, cuja desagregação legalmente prevista (Art.º 23, n.º 2 do Decreto-Lei n.º 97/2008, de 11 de junho) obedece aos seguintes termos: Os valores do preço da água aprovados pelo Despacho n.º 9000/2010, de 27 de abril, 0,089/m 3 e 0,053/m 3 já refletem a repercussão, legalmente exigida, sobre o utilizador final, do encargo económico representado pela taxa de recursos hídricos (TRH) e as componentes de conservação e exploração, e são reduzidos em 70% no 1.º ano, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até ao 8.º ano, perfazendo nesse ano os valores indicados. Os valores fixados para a componente de conservação são de 50,00/ha/ano para a adução em alta pressão e de 15,00/ha/ano para a adução em baixa pressão. Estes valores sofrem reduções conforme indicado no parágrafo anterior. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 166

167 O valor unitário do m 3 de consumo de água faturado resulta das tarifas fixadas deduzidas da componente relativa à conservação. A componente de conservação unitária considera um consumo médio anual de m 3 /por hectare de m 3. O preço da água destinado à rega para uso agrícola, no segundo ano (2011), foi atualizado com o índice de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal em 2010 (taxa de variação média anual) de 1,40%. É considerada a área beneficiada pelas infraestruturas de rega e o volume de água fornecido. O montante da prestação de serviços no âmbito da distribuição de água foi de , correspondente à parcela do sistema primário e aplicando uma tarifa reduzida aos valores a faturar de 70% para o 1.º ano (2010), diminuindo anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até 8.ºano. No ano de 2011 a faturação realizada relativa à distribuição de água aos Perímetros de Rega e a captações diretas é a seguinte: PISÃO MONTE - NOVO ALVITO - PISÃO FERREIRA, FIGUEIRINHA E VALBOM BRINCHES BRINCHES- ENXOÉ ORADA- AMOREIRA SERPA ALFUNDÃO Exploração Acertos Total TRH (*) Exploração Conservação Total Rede Secundária Rede Primária (25.553) (*) Inclui facturação em 2011 correspondente a TRH de consumos de Euros Prevê-se que a faturação emitida referente à prestação de serviços no âmbito da distribuição de água, em ano cruzeiro seja feita em dois momentos: Início de abril: Faturação da Conservação do ano em curso; Faturação da Exploração e TRH referente aos meses de outubro, novembro e dezembro do ano anterior. Início de outubro: Faturação da Exploração e TRH referente ao 1º, 2º e 3º trimestre do ano em curso. As faturas são baseadas em contagens reais de consumo. Os rendimentos respeitantes à componente da distribuição de água a faturar, por consumos ocorridos, não lidos ou validados até à data de balanço, são registados por estimativa. As diferenças entre os valores estimados e os reais são registados nos períodos subsequentes. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei n.º 313/2007 de 17 de setembro, que aprovou as bases de concessão, a EDIA detém, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para a produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 167

168 e o sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito (artigo 7.º). Conjugando o n.º 3 do artigo 5.º do mesmo Diploma, a TRH é repercutida nos respetivos utilizadores finais. Assim sendo, conforme os títulos emitidos para captações diretas e de acordo com os consumos de água indicados (origem de água no sistema primário) a EDIA emite as respetivas notas de débito aos consumidores, cujo valor faturado à data do relato foi de Os valores indicados estão associados aos preços da água, tendo em conta as diversas componentes (taxa de recursos hídricos, exploração e conservação), sendo que se dividem pela rede primária e rede secundária de rega. O valor da rede primária mantêm-se nesta conta enquanto o da rede secundária é deduzido ao total dos gastos do período relacionados com estes perímetros para efeitos de determinação da quantia líquida a pagar pela DGADR (vide Nota 9 e 13). O valor apurado é transferido para uma conta de terceiros da DGADR, a receber ou a pagar, assim sejam os gastos superiores aos rendimentos ou vice-versa, respetivamente Estado e Outros Entes Públicos Esta rubrica inclui, em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010, os seguintes saldos: 31-Dez-11 Euros 31-Dez-10 Activo Corrente IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado Restantes Impostos IRC - Imposto sobre o Rendimento Ajustamentos de Imparidade Passivo Corrente Retenções de Impostos sobre o Rendimento Contribuições para a Segurança Social IRC - Imposto sobre o Rendimento No Ativo Corrente, o saldo do IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado inclui, essencialmente relativos aos montantes de reembolsos pedidos dos meses de agosto, outubro e novembro de 2011 decorrente da fase de investimento em que se encontra a EDIA, bem como o montante de de dezembro de 2011 a recuperar pela EDIA, sendo que este último montante à data de 31 de dezembro ainda não tinha sido objeto de pedido de reembolso. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 168

169 Nos termos do disposto do Código da Contribuição Autárquica e nos termos do disposto do Código do Imposto Municipal sobre Transações de Imóveis, o Estado está isento do pagamento de impostos sobre os imóveis integrados no seu património. A EDIA ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 21-A/98, de 6 de fevereiro, considera após a sua adjudicação à entidade expropriante, imediatamente integrados no domínio público do Estado os bens imóveis que expropriou para implementação do EFMA. O montante de apresentado no Ativo Corrente na rubrica de Restantes Impostos corresponde ao Imposto Municipal de Sisa (atualmente Imposto sobre Transações de Imóveis-IMT) pago, indevidamente, pela EDIA, no âmbito de processos de expropriação e cuja restituição a EDIA veio a requerer junto das autarquias, solicitando ainda que relativamente aos referidos prédios seja reconhecida a citada isenção, evitando-se futuros atos de liquidação. Em 2008, para fazer face à possibilidade de não recebimento deste valor (por eventual intempestividade do requerimento de restituição do referido imposto, tendo presente o indeferimento, em janeiro de 2008, da reclamação graciosa que a EDIA tinha apresentado),a EDIA constituiu um ajustamento de imparidade por forma a cobrir a totalidade do referido valor de O saldo de IRC - Imposto sobre o Rendimento, apresentado no Ativo Corrente refere-se aos pagamentos especiais por conta de IRC ( ). No que se refere aos pagamentos especiais por conta (PEC) do ano de 2006, no valor de , a EDIA assumiu-o como gasto do exercício de 2011, uma vez que só é possível recuperar o PEC, no próprio período de tributação a que respeita ou, se insuficiente, até ao quarto período de tributação seguinte e mediante apresentação do respetivo pedido de reembolso. Os saldos do Passivo Corrente incluem os montantes em dívida, de Segurança Social ( ) e de IRS ( ), referentes aos vencimentos de dezembro de 2011 dos funcionários da EDIA, bem como o valor de IRC respeitante ao exercício 2011 ( ), o qual decorre do valor estimado das tributações autónomas a suportar ( ), deduzido das retenções na fonte efetuadas por terceiros (nomeadamente instituições bancárias) nos juros das aplicações financeiras ( ) e das retenções de prediais ( 235) Acionistas A EDIA contraiu, no segundo trimestre de 2011, um empréstimo de junto do Estado Português, através da DGTF, que detém 100% do seu capital. Este empréstimo destinou-se a suprir necessidades financeiras de curto prazo da Empresa, devido a refinanciamento de empréstimos que venceram em 2011 e à contrapartida nacional dos projetos da rede primária de abastecimento de água do EFMA. Este empréstimo foi reembolsado, na sua totalidade, a 30 de setembro de Outras Contas a Receber Esta rubrica tem a seguinte composição, em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010: RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 169

170 Outras Contas a Receber 31-Dez-11 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes DGADR_IE DGADR_Perímetros de Rega Depósitos Cativos Fundos Comunitários Devedores por Acréscimo de Rendimentos Outros Dez-10 Euros As contas a receber evidenciadas nesta rubrica estão registadas pelo seu valor nominal. O saldo da conta DGADR Direção Geral Agricultura e Desenvolvimento Regional IE 12 reflete o investimento na Infraestrutura 12, deduzido dos subsídios recebidos relativos à mesma. O Decreto-Lei nº 335/01, de 24 de dezembro, veio estabelecer que as obras relativas à conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega do EFMA são do Estado, exceto a infraestrutura 12, que se mantém propriedade da EDIA sob o regime de concessão ao MAMAOT. Na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional - DGADR), em abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos, este investimento e os subsídios associados têm vindo a ser registados, desde 2006, nas Outras Contas a Receber, pois a EDIA aguarda o ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado na mesma, por parte da DGADR. O saldo da conta DGADR - Direção Geral Agricultura e Desenvolvimento Regional Perímetros de Rega reflete os gastos com eletricidade, conservação, reparação/manutenção, e outros gastos operacionais realizados nos perímetros de rega que já se encontram em exploração, a partir da data de início de exploração, deduzidos dos rendimentos provenientes da exploração desses perímetros na parte imputável à rede secundária de rega. Os movimentos acumulados da conta DGADR - Dir. Geral Agricultura e Desenvolvimento Regional Perímetros de Rega em 2010 e 2011 são os seguintes: Euros Conta Gastos de Exploração Rendimentos de Exploração Saldo DGADR - Perímetros de Rega O montante de corresponde aos valores de pedidos de pagamento de financiamento comunitário, ainda não liquidados, mas que a EDIA estima com um grau elevado de certeza vir a receber. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 170

171 A conta de Depósitos Cativos corresponde aos depósitos de caução constituídos pela EDIA, em Instituições Bancárias, a favor de Tribunais Judiciais, no âmbito de processos judiciais em curso e processos de expropriação litigiosos, apresentando, em 31 de dezembro de 2011, o valor de Os depósitos cativos no Millennium BCP e no Banco Espírito Santo nos montantes de e respetivamente, foram constituídos através da contração de empréstimos de igual montante, classificados em Financiamentos Obtidos. O valor remanescente de corresponde a depósitos constituídos com fundos próprios, no âmbito de processos de expropriação litigiosos e outros custos judiciais e despesas. O valor mais significativo desta rubrica ( ) decorre do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla, iniciado em outubro de No âmbito do contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio hídrico publico e de acordo com o estabelecido no nº2 do Anexo VII, a EDIA segundo o regime do acréscimo, registou em Devedores por acréscimos de rendimentos o montante de ,40 que representa o valor da estimativa para o ano de 2011, da revisibilidade devida à alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão Diferimentos Diferimentos (Ativo Corrente) Os Diferimentos apresentados no Ativo Corrente incluem, essencialmente os prémios de seguro pagos até 31 de dezembro de 2011 mas correspondentes a períodos de vigência posteriores ( ), sendo que os prémios de seguros diferidos de valor mais significativo se referem a seguros de responsabilidade civil e de saúde Diferimentos (Passivo Corrente e Não Corrente) Esta rubrica apresenta a seguinte repartição entre Passivo Corrente e Passivo não Corrente: Euros Diferimentos (Passivo) 31-Dez Dez-10 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 171

172 Subsídios do Estado Os valores de subsídios ao investimento relativos à rede secundária de rega têm vindo a ser reconhecidos no Passivo e não nos Capitais Próprios da EDIA, uma vez que estas infraestruturas serão transferidas para as Associações de Regantes ou outra entidade indicada pelo Estado, por um valor que se prevê que corresponda à diferença entre o respetivo custo de construção evidenciado na rubrica Inventários e o valor dos subsídios relativos a estas infraestruturas. No caso dos subsídios relativos ao segmento água, o respetivo montante tem vindo a ser sucessivamente desreconhecido no âmbito do registo das perdas por imparidade dos ativos afetos a este segmento Outros Rendimentos a Reconhecer O valor de rendimentos diferidos do contrato de concessão da exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão com a EDP, evidenciado em 31 de dezembro de 2011 no Passivo não Corrente ( ) e no Passivo Corrente ( ), decorre do recebimento de , em 1 de novembro de 2007, nos termos da alínea a) do nº 1 da cláusula 6ª do Contrato de Exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de Subconcessão do Domínio Público Hídrico, celebrado com a EDP. Os montantes recebidos e a receber da EDP no âmbito deste contrato serão reconhecidos como rendimentos ao longo do período de duração do contrato (35 anos), com início de 1 de novembro de No ano de 2011 foram reconhecidos de rendimentos referentes a 2011 (dos quais se referem a prestações de serviços e a juros), deduzidos de uma correção de ( de prestações de serviços e de juros) referente a anos anteriores por se ter decidido, em 2011, agir conforme o estipulado nos termos da cláusula 4.ª b) do Anexo VII do contrato celebrado com a EDP Capital Próprio No período compreendido entre 31 de dezembro de 2010 e 31 dezembro de 2011, os capitais próprios da EDIA tiveram a seguinte evolução: Contas Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados Ajustamentos em Activos Financeiros Outras Variações no Capital Próprio Resultado Líquido do Período Euros RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 172

173 16.1. Capital Realizado O Capital inicial da EDIA ( ) foi sucessivamente aumentado, no período de 1996 a 2009, até atingir, em 31 de dezembro de 2009, o valor atual de Em 31 de dezembro de 2011, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado ascende a , representado por ações de valor nominal de 5 cada. Decorrente da transposição do POC para SNC, o valor de de imposto de selo referente ao aumento de capital ocorrido em maio de 2009 e foi subtraído ao capital subscrito, perfazendo o capital realizado ( ) A EDIA é uma Sociedade Anónima em cujo capital o Estado Português, através da DGTF, detém 100% do capital social da Empresa Outras Reservas A rubrica Outras Reservas inclui, essencialmente: (i) de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da transferência para a EDIA das verbas incluídas no Orçamento de Estado para a extinta Comissão Instaladora do Alqueva; (ii) relativos à transferência para a EDIA do ativo da referida Comissão; (iii) referentes à doação de um quadro para o edifício da sede da EDIA e (iv) de subsídios afetos às áreas sobrantes (que não configuram investimentos amortizáveis) Resultados Transitados O resultado desta rubrica em 31 de dezembro de 2011 ( negativos) está essencialmente relacionado com o reconhecimento de perdas por imparidade nos ativos intangíveis do segmento água, cujo valor acumulado ascende a Outras Variações no Capital Próprio As Outras Variações no Capital Próprio correspondem aos subsídios atribuídos pelo Estado Português e pela União Europeia para financiar investimentos em ativos fixos, com exceção dos subsídios referentes à rede secundária de rega (evidenciados na rubrica Diferimentos do Passivo, a deduzir ao investimento evidenciado em Inventários aquando da transferência destes ativos para uma entidade pública a indicar pelo MAMAOT) e dos associados à atividade de distribuição de água (que têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos). Estes subsídios evidenciados em Outras Variações no Capital Próprio são reconhecidos como Outros Rendimentos e Ganhos na mesma proporção dos gastos com as depreciações dos bens subsidiados e respetiva percentagem de comparticipação. O saldo desta rubrica a 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010, pode ser discriminado da seguinte forma: RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 173

174 Período 31-Dez Dez-10 Subsídios já recebidos QCA II QCA III QREN-PRODER POVT PRODER Outros PIDDAC (QCA III e PRODER) Subsídios por Receber Rendimentos Já reconhecidos (valor acumulado) ( ) ( ) Subsídios p/ rede secundária de rega e segmento "água" ( ) ( ) Total de Subsidios registados no Capital Próprio Imposto Diferido ( ) Euros 17 Imparidade de Ativos Na sequência da cedência à EDP, pelo período de 35 anos, da exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e dos direitos de utilização privativa do respetivo domínio público hídrico, em outubro de 2007, encontravam-se já definidas, desde essa data, a generalidade das receitas de exploração associadas à componente hidroelétrica do EFMA até ao ano de No entanto, à data do encerramento das contas de 2009 e das de anos anteriores, ainda não havia sido definido, pelo MAMAOT, o tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário do Empreendimento, o qual iria influenciar de forma determinante as receitas de exploração esperadas da Empresa e permitiria avaliar em que medida as receitas totais de exploração esperadas com a utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA (as associadas ao fornecimento de água para rega e abastecimento humano e as decorrentes da exploração hidroelétrica) permitiriam ou não recuperar o investimento global previsto no âmbito do Empreendimento. No entanto, seria já possível, à data de encerramento das contas, quer de 2009 quer de anos anteriores, prever que os investimentos realizados no EFMA teriam uma reduzida rendibilidade e que existiriam, consequentemente, perdas de imparidade a registar. No entanto, é importante ter presente que desde os primeiros estudos este Empreendimento foi considerado um instrumento de desenvolvimento regional, concebido e executado com objetivos claros de desenvolvimento de uma zona deprimida do interior do país e que visava a conversão do sector agrícola de sequeiro para regadio, nunca estando em causa o retorno dos ativos do EFMA e não existindo previsões de recuperação dos investimentos, subsistindo apenas, a ideia que, analisadas todas as unidades geradoras de caixa do EFMA, os benefícios económicos futuros cobrem os custos de exploração das atividades (sem considerar a amortização dos investimentos), e os resultados de exploração são positivos. Acresce o facto, de que estes ativos, RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 174

175 considerados de interesse público, destinam-se a suprimir enormes carências existentes na região relacionadas com a disponibilidade de água para fins de abastecimento humano, agrícolas e industriais. Desde logo, o Estado Português, assumiu este Empreendimento como de fins múltiplos, cujo objetivo estratégico se pautava na constituição de uma reserva estratégica de água e, como detentor único do capital da EDIA, teria que assegurar a dotação dos fundos necessários à prossecução do seu objeto, criando as condições para a Empresa honrar os compromissos assumidos no decorrer da execução do projeto. O EFMA representa uma obra de aproveitamento de recursos hídricos associados ao Rio Guadiana e que garante uma reserva estratégica de água, contribuindo para inverter as tendências de declínio populacional e económico de uma vasta região do Alentejo, revestindo-se, assim, de um colossal interesse nacional, com os consequentes benefícios que advêm da sua concretização, ao nível da melhoria da qualidade de vida da população da região do Alentejo, bem como à promoção económica, social e ambiental. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com a tarifa definida pelo Estado, que por sua vez, no seu cálculo, considera um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. Existindo (desde anos anteriores) indícios de que os ativos do segmento água estariam em imparidade mas não sendo possível calcular a quantia recuperável de ativos individuais afetos a este segmento, dada a forte interligação dos influxos de caixa dos vários ativos ou grupos de ativos do segmento, a EDIA determinou a quantia recuperável da unidade geradora de caixa ( mais pequeno grupo identificável de ativos que seja gerador de influxos de caixa e que seja em larga medida independente dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos ) que corresponde a todo o segmento água. Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água do sistema primário, a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento água através da determinação do respetivo valor de uso, tendo-se concluído, nos testes de imparidade efetuados com referência a 31 de dezembro de 2009 e 2010 e 31 de dezembro de 2011, que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda de imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis) afetos a este segmento. Para este efeito, foram considerados fluxos de caixa até o ano de 2082, ano em que termina contrato de concessão à EDIA que contempla a gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, ao abrigo do disposto no Decreto - Lei N.º 313/2007. Para a atualização dos fluxos de caixa futuros foi utilizada uma taxa de desconto baseada no custo médio ponderado do capital (WACC Weighted Average Cost of Capital), por forma a refletir: (i) o valor temporal do dinheiro para os períodos até 2082; (ii) as expectativas acerca das variações possíveis na quantia ou tempestividade dos fluxos de caixa; (iii) o preço de suportar a incerteza inerente ao ativo; e (iv) outros fatores que os participantes no mercado refletiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a Empresa espera obter dos ativos. Tendo presente que todas as projeções futuras foram elaboradas com base em pressupostos considerados razoáveis e suportáveis, tendo em conta o mercado presente e futuro e que as decisões tomadas nas últimas RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 175

176 projeções/estudos foram aprovadas por parte da administração da EDIA, os principais pressupostos adotados são os seguintes: Taxa de adesão ao recurso água crescente em 10 anos; Consumo médio de água de m 3 /ha, em 80% da área coberta; Preço unitário de referência para fornecimento de água destinada a rega para fins agrícolas, à saída da rede primária, de 0,042 /m 3, sendo que os valores no 1.º ano correspondem a 30% desse valor, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente até atingirem o mencionado valor de referência no 8.ºano (conforme Despacho n.º 9000/2010, de 26 de Maio); e Taxa de atualização de preços de 2%. Na medida em que as condições e pressupostos contemplados nos estudos de imparidade reportados a 31 de dezembro de 2009 já existiam ou eram previsíveis à data do encerramento das contas do exercício de 2008, no âmbito da reexpressão das demonstrações financeiras do exercício de 2009, foram imputadas a Resultados Transitados as perdas de imparidade correspondentes à totalidade dos ativos afetos ao segmento água, à data de 31 de dezembro de As quantias reconhecidas e mensuradas dos ativos fixos tangíveis e intangíveis, assim como as perdas de imparidade reconhecidas com referência a 31 de dezembro de 2011 e a 31 de dezembro de 2010 podem ser apresentadas da seguinte forma: Segmento Água - Perda de Imparidade Euros Activo Intangível Subsídios ao Investimento por Reconhecer ( ) ( ) Imparidade Acumulada Perdas de Imparidade Reconhecidas no Período No Subsistema de Alqueva encontram-se integradas e em exploração as centrais mini-hídricas de Alvito, Pisão, Roxo, Odivelas e no Subsistema do Ardila a central mini-hídrica de Serpa. Estas infraestruturas tendo sido transferidas de ativos intangíveis em curso para firme e consideradas unidades geradoras de caixa ao abrigo da NCRF 12, foram alvo de testes de imparidade que permitissem concluir sobre qual a parte do investimento que foi efetuado, está em imparidade ou não, especificamente para as componentes elétrica e rega. Este estudo, como todos os estudos de índole prospetiva, tem os seus resultados estritamente ligados à validade das diferentes hipóteses de evolução que nele se consideram, designadamente, e entre outros pressupostos, no que concerne aos volumes efetivamente turbinados e aos custos unitários da energia, no horizonte de projeto. A subdivisão destes custos pelas componentes elétrica e rega foi obtida pela separação dos valores correspondentes aos investimentos diretamente afetos à produção de energia do restante, tendo em RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 176

177 consideração os valores das quantidades de obra e do equipamento existentes nestas infraestruturas e que se encontram diretamente relacionadas com as funções produção de eletricidade e rega. Tendo presente estes pressupostos e o objetivo do estudo, face ao conjunto de análises efetuadas, a conclusão foi de que estas unidades geradoras de caixa originam benefícios económicos futuros suficientes para assegurar o retorno do investimento, isto é, não se encontram em imparidade. De salientar que, de igual modo, de acordo com os estudos e melhores projeções da EDIA, não existe qualquer imparidade ao nível dos ativos do segmento Energia. 18 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes A EDIA analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado e que seja provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos necessário para a liquidação das obrigações, poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação daquele pressuposto, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. A evolução das Provisões em 2011 e 2010 é a seguinte: Provisões (Balanço) Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final Provisões Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Provisão IFRIC Euros Euros Provisões (Balanço) 2010 Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final Provisões Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Provisão IFRIC Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 177

178 Em 31 de dezembro de 2011 são conhecidos vários processos litigiosos, resultantes, quer de processos judiciais em curso, quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a EDIA, tendo a Empresa constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do valor dos encargos futuros a suportar. O montante de refletido na rubrica de Provisões-Processos judiciais e de expropriação litigiosa a 31 de dezembro de 2011, deve-se essencialmente aos processos judiciais em curso, a seguir descriminados, bem como aos processos a decorrer no âmbito de expropriações litigiosas. Processos Judiciais 31-Dez Dez-10 Processo IVA da Aldeia da Luz Portucel Recicla Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL(IE12) Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL(Emp.Equip.Colectivos) Processo Arbitral Tecnasol Processo Arbitral Alexandre Barbosa Borges SA Processo Arbitral Teixeira Duarte/EPOS Geraldo Magela Assis Herdade de Luís Soares da Cunha Florim Império Bonança Outros Processos de Expropriação Litigiosas Euros Herdade da Palmeirinha e Perdigoa Herdade da Perdigoa Herdade da Confraria_João Feijão Herdade dos Bacelos Outros A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de (correspondendo ao valor já faturado de acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com embargos de executado, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Para fazer face às eventuais responsabilidades decorrentes deste processo, a EDIA constituiu, em anos anteriores, uma provisão de , que foi estimada em metade do valor reclamado pela Portucel Recicla. Em dezembro de 2011 a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de (50% do montante de ), valor este destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A.. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 178

179 A EDIA interpôs uma ação contra o consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, reclamando o pagamento de , acrescido de juros de mora, a título de ressarcimento pelas verbas despendidas na reparação do canal IE12 e ainda indemnização por danos na imagem. O consórcio, em sede de reconvenção, reclama o pagamento de a título de juros de mora por atrasos nos pagamentos e na libertação da caução. Aguarda-se o início do julgamento e constituiu-se, em 2010, uma provisão no montante de que corresponde a 50% do pedido formulado pelo consórcio. Em relação ao processo interposto pelo consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, relativo à Empreitada das Habitações e Comércios da construção da Nova Aldeia da Luz (provisão de ), é de salientar que, nos termos de sentença proferida pelo Tribunal Arbitral em setembro de 2006, ratificada em reunião de 24 de abril de 2007, a EDIA foi condenada a pagar de mais revisões de preços e juros, e paralelamente, o consórcio foi condenado ao pagamento de A EDIA impugnou o acórdão proferido, junto do Tribunal Administrativo. No que concerne ao processo intentado pela Tecnasol FGE à EDIA, referente à Empreitada de Tratamento de Fundações e de Implementação do Plano de Observação do Aproveitamento de Pedrógão, a autora reclama, a título de trabalhos a mais e indemnização de maior onerosidade na realização dos trabalhos, a quantia de acrescida de juros no montante de A EDIA constituiu, em anos anteriores, uma provisão ( ) que corresponde a 50% dos valores reclamados. Em 2010 a EDIA foi citada para contestar uma ação judicial interposta pelas empresas Teixeira Duarte, SA e EPOS, SA onde é reclamado o pagamento de a título de juros de mora por atraso no pagamento de faturas vencidas no âmbito da Empreitada de Construção do Túnel Loureiro - Alvito. A EDIA contestou por exceção e impugnação e atendendo à matéria em discussão, constituiu uma provisão no valor de , correspondente ao valor mínimo que a EDIA terá que pagar se não vingar a defesa por exceção. Em 2011, na sequência da ação de condenação (ainda na fase dos articulados), intentada pela empresa Alexandre Barbosa Borges S.A, contratada pela EDIA para a execução da Empreitada de Construção das Centrais Mini- Hídricas do Alvito e de Odivelas do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, a Autora peticiona o pagamento de Este montante é a título de trabalhos a mais titulados em contrato adicional, acrescido de juros vencidos, custos indiretos de produção e juros de mora sobre a faturação paga em atraso. A provisão constituída ( ) corresponde a 50% do pedido formulado pelo Consórcio. A variação significativa ocorrida nesta rubrica, deve-se essencialmente à reversão total da provisão relativa ao IVA da Aldeia da Luz. Esta provisão constituída em 2006, decorreu do entendimento da Administração Fiscal de que a EDIA não tinha direito à dedução do imposto suportado na construção da Nova Aldeia da Luz, o que originou liquidações adicionais de IVA e respetivos juros compensatórios. Na sequência do indeferimento quer da reclamação graciosa quer do subsequente recurso hierárquico interposto pela EDIA, a Empresa efetuou a respetiva impugnação judicial, em abril de Não obstante ser entendimento da EDIA que não deveria existir qualquer restrição ao direito à dedução do IVA suportado com a Nova Aldeia da Luz nem a qualquer liquidação adicional de IVA, a Empresa constituiu, em 2006, uma provisão de para fazer face às eventuais responsabilidades decorrentes deste processo, cobrindo quer o valor do imposto quer o dos respetivos juros compensatórios. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 179

180 Por sentença de 11 de julho de 2011, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja julgou procedente a impugnação judicial interposta pela EDIA, anulando a liquidação de IVA. A Fazenda Pública recorreu entretanto desta sentença, para o Supremo Tribunal Administrativo. No início de fevereiro de 2012, a EDIA foi informada do Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, onde os meritíssimos juízes da Secção de Contencioso Tributário deste Tribunal, de harmonia com os poderes conferidos pelo artº 202 da Constituição da República Portuguesa, acordam em negar provimento ao recurso jurisdicional interposto pela Fazenda Pública, tendo sido mantida a decisão de 1ª instância que foi favorável à EDIA no sentido da anulação da liquidação adicional de IVA. Face ao atrás exposto, a EDIA procedeu à anulação da provisão registada no valor de Provisão IFRIC 12 As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afeto ao EFMA objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. A rubrica Provisão IFRIC 12 reflete o valor presente da estimativa de encargos relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo, assim, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. No âmbito da aplicação da IFRIC 12, foi feito um reforço da provisão, em 2011, no montante de , ficando a mesma registada por um valor total de , referente às infraestruturas que já se encontram em exploração Financiamentos Obtidos Euros 31-Dez Dez-10 Total Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Total Empréstimos por Obrigações Empréstimos Bancários Contas Correntes Caucionadas Locações Financeiras Conta Juros Credora Depósito Caução Os Financiamentos Obtidos respeitam essencialmente a obrigações não convertíveis e financiamentos contraídos junto de instituições de crédito nacionais e estrangeiras. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 180

181 O financiamento dos investimentos realizados para a conclusão da implementação das várias infraestruturas do EFMA, envolveu até à presente data a contratação de vários empréstimos por obrigações, de um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (BEI) e de diversos empréstimos bancários de curto prazo. Em 31 de Dezembro de 2011, estão em vigor os seguintes financiamentos obtidos: BEI Data de início do contrato: 1999 Prazo: 20 anos Período de carência: 7 anos O montante inicial de ,00 resulta da utilização total das tranches A, B, C e D. O reembolso deste empréstimo será efetuado da seguinte forma: Tranche A - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em setembro de 2007; Tranche B - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em setembro de 2007; Tranche C - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em março de 2009; Tranche D - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em março de 2009; Taxa de juro: Euribor 3 meses+ spread 0,15% Garantia incondicional e irrevogável da República Portuguesa. Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 21 de novembro de 2003 Prazo: 15 anos Reembolso: total no final do contrato (2018) Este empréstimo obrigacionista, foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa-Banco de Investimento, S.A., sendo destinado ao financiamento do EFMA. Os Cupões são trimestrais Taxa de juro: Euribor 3 meses+ spread 0,1% Garantia incondicional e irrevogável da República Portuguesa. Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 8 de janeiro de 2007 Prazo: 20 anos Reembolso: total no final do contrato (2027) Este empréstimo obrigacionista, foi contraído junto do Millennium BCP e do BPI, Os Cupões são semestrais Taxa de juro: Euribor 6 meses+ spread 0,005% Garantia incondicional e irrevogável da República Portuguesa. Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 08 de agosto de 2010 Prazo: 20 anos Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, 28 prestações semestrais, iguais e sucessivas; Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário constituído por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI); Banco Santander Totta, S.A. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 181

182 (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A. (CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. Sucursal em Portugal (Dexia); Os Cupões são semestrais Taxa Juro: Euribor 6 meses +Spread 2,65%. Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BES Data de início do contrato: 29/12/2011 Data do fim do contrato: 20/02/2012 Taxa de juro: Euribor a 90 dias + Spread 8% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) Millennium BCP Data de início do contrato: 21/12/2011 Data do fim do contrato: 23/01/2012 Taxa de juro anual nominal: 7,218% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 28/12/2011 Data do fim do contrato: 15/01/2012 Taxa juro anual nominal: 6,485% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI Data de início do contrato: 22/12/2011 Data do fim do contrato: 15/03/2012 Taxa juro anual nominal: Euribor a 90 dias + spread 7,5% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI Data de início do contrato: 28/12/2011 Data do fim do contrato: 15/03/2012 Taxa juro anual nominal: Euribor a 90 dias + spread 7,5% Conta Corrente Caucionada Santander-Totta Taxa Indexante: Euribor 3 Meses Spread (all in): 4% Prazo: 6 meses com possibilidade de prorrogação. As contas de financiamentos do Millennium BCP ( ) e do Banco Espírito Santo ( ) correspondem a empréstimos destinados a financiar a constituição de depósitos caução, à ordem do Tribunal de Reguengos de Monsaraz, no âmbito de processos litigiosos de expropriação. As dívidas constantes do balanço em 31 de dezembro de 2011 com vencimento a mais de 5 anos, são as seguintes: RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 182

183 Euros Montante Empréstimos por Obrigações Não Convertiveis Empréstimo Obrigacionista de 2003 (300 M ) Empréstimo Obrigacionista de 2007 (56,18 M ) Empréstimo Obrigacionista de 2010 (94,35 M ) Dívidas a Instituições de Crédito Banco Europeu de Investimento (135M ) Total Para cumprimento do definido na IAS 23 Custos de Empréstimos Obtidos, nomeadamente, quanto ao dever de a entidade divulgar a quantia de gastos com os empréstimos obtidos, capitalizada durante o período e a taxa de capitalização usada para determinar a quantia dos gastos dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização, indica-se que no ano de 2011 foram capitalizados os gastos a uma taxa média de 42,60% perfazendo o valor de Fornecedores e Outras Contas a Pagar Fornecedores e Outras Contas a Pagar 31-Dez Dez-10 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Fornecedores Fornecedores C/C Outras Contas a Pagar Fornecedores de Investimento Credores por Acréscimos de Gastos Pessoal Outros Credores Euros RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 183

184 20.1 Fornecedores e Fornecedores de Investimento Em 31 de dezembro de 2011, os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, destinados a venda/transferência para entidade pública a indicar pelo Estado português, são evidenciados na rubrica Fornecedores, em vez de Fornecedores de Investimento, pois não decorrem de investimentos em ativos fixos tangíveis ou intangíveis e sim de trabalhos de construção relevados na rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos. Em 31 dezembro de 2010 os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, estavam evidenciados em Fornecedores de Investimento e ascendiam a Credores por acréscimos de gastos A conta de Credores por Acréscimos de Gastos inclui, essencialmente: (i) o montante relativo à estimativa de gastos com férias e subsídio de férias, correspondente aos direitos adquiridos pelos funcionários da EDIA até 31 de dezembro de 2011; e (ii) à especialização do gasto com os juros financiamentos obtidos. 21- Variação nos Inventários da Produção A variação nos inventários da produção a 31 de dezembro de 2011 e a 31 de dezembro de 2010 discrimina-se da seguinte forma: Produtos Acabados e Intermédios Inventário Final Inventário Inicial Euros Variação nos Inventários da Produção Produtos e Trabalhos em Curso Inventário Final Transferências Inventário Inicial Variação nos Inventários da Produção Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12 e Perímetro de Rega da Luz, prevê a transferência para o Estado (MAMAOT) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA passou, a partir do exercício de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 184

185 2002, a evidenciar o gasto das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega que ainda não tenham sido transferidas para a entidade a indicar pelo Estado, na rubrica de Inventários. Em 2011 com a entrada em exploração dos blocos de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, da Orada-Amoreira, de Brinches, de Brinches-Enxoé e de Serpa, conforme tratamento dado no ano anterior a outras infraestruturas da mesma natureza, procedeu-se à transferência dos investimentos que estão associados a essas infraestruturas, que se encontravam na conta Produtos e Trabalhos em Curso para a conta Produtos Acabados e Intermédios. Na rubrica de Produtos e Trabalhos em Curso na linha Transferências está registado um montante de que corresponde ao investimento na Barragem e Central do Pisão, que havia sido indevidamente considerado como estando afeto à rede secundária de rega. pelo que foi transferido, em 2011, da rubrica de Inventários para a de Ativos Intangíveis. 22-Trabalhos para a própria entidade Os trabalhos para a própria entidade registam a imputação ao investimento em curso (rubricas de Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis ) dos gastos afetos às áreas operacionais da Empresa ligadas diretamente à construção das infraestruturas do EFMA. 23- Fornecimentos e Serviços Externos A rubrica Fornecimentos e Serviços Externos regista uma diminuição acentuada, face ao exercício anterior, conforme se apresenta: Euros Subcontratos Desreconhecimento de Ativos Fixos Electricidade Conservação e Reparação Trabalhos Especializados Seguros Publicidade e Propaganda Honorários Rendas e Alugueres Vigilância e Segurança Combustíveis Comunicação Limpeza e Higiene Ferramentas e Utensílios Contencioso Deslocações e Estadas Material Escritório Água Despesas de Representação Outros Fluídos Outros Total RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 185

186 Em diversas subrubricas de Fornecimentos e Serviços Externos, existem variações bastante significativas entre os gastos do ano de 2011 e o período homólogo de 2010, sendo que: A variação ocorrida na rubrica de Subcontratos reflete a diminuição ocorrida nos investimentos da rede secundária de rega (evidenciados na rubrica Inventários ), sendo esta diminuição de gastos compensada por uma redução de montante similar na Variação dos Inventários da Produção ; O saldo da conta Desreconhecimento de Ativos Fixos, criada em 2011, decorre do desreconhecimento de investimentos com estudos e projetos, que se encontravam evidenciados em Ativos Fixos Tangíveis Investimentos em Curso e que se decidiu/concluiu, em 2011, que não teriam continuidade ou não gerariam quaisquer benefícios económicos futuros para a EDIA. Um valor residual de Investimentos em Curso foi também reconhecido como gasto na rubrica de Publicidade e Propaganda, conta esta que também apresenta uma variação significativa; O aumento significativo dos gastos com Eletricidade decorre da entrada em funcionamento dos novos perímetros de rega e consequente cessação de capitalização dos gastos com eletricidade das infraestruturas da rede primária a montante; e O aumento verificado em Conservação e Reparação resulta essencialmente dos trabalhos de conservação, reparação e manutenção nos perímetros de rega cuja exploração já foi iniciada, sendo que, em 2011, cinco novos perímetros entram em exploração. É de destacar os gastos com a manutenção preventiva de equipamentos de aproveitamento hidroagrícola de Monte Novo e os trabalhos relativos ao plano de gestão de áreas sobrantes. 24- Gastos com o Pessoal O número médio de trabalhadores da EDIA em 2011 e 2010, foi de 189 e 194, respetivamente. Os Gastos com o Pessoal da Empresa tiveram a seguinte composição: Euros Gastos com o Pessoal Remunerações Encargos Sociais Outros Gastos com o Pessoal Esta rubrica apresenta uma diminuição face ao período anterior, justificada essencialmente pela redução em cerca de 95% dos gastos com o subsídio de férias a que os funcionários da EDIA adquiriram direito até 31 de dezembro (nos termos previstos no orçamento de Estado para 2012), bem como pela redução dos gastos com os órgãos sociais, uma vez que, o número de membros do Conselho de Administração passou de cinco para quatro. Esta redução resulta ainda da aprovação de um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 186

187 no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), nomeadamente na medida de redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho, que veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, fosse reduzida, a título excecional, em 5%. Em 2011 as remunerações também foram objeto de redução decorrente do Plano de Redução de Custos (PRC) do Sector Empresarial do Estado (SEE) para Na aplicação imediata da Lei N.º 15-A/2010, de 31 de dezembro, que aprovou o Orçamento de Estado para 2011, bem como o determinado pela Resolução do Conselho de Ministros N.º 1/2011, de 4 de janeiro, ambos em matéria salarial, incluindo no que se refere à redução remuneratória que vigora desde 1 de janeiro de 2011, foram aplicadas na EDIA as seguintes disposições: Isenção de redução remuneratória para os trabalhadores que auferem uma remuneração total ilíquida igual ou inferior a mensais; Redução efetiva de remuneração para todos os trabalhadores que auferem uma remuneração total ilíquida calculada nos termos do N.º 4 do Art.º 19 da Lei N.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, superior a mensais; Proibição de atribuição de prémios de desempenho ou outras prestações pecuniárias de natureza afim; Progressividade da redução remuneratória, de modo a assegurar maior redução por parte e quem aufira uma redução total ilíquida mais elevada; Redução efetiva em, pelo menos, 5% dos custos globais com as remuneração totais ilíquidas, considerando o universo comparável de efetivos; Proibição de atribuição de quaisquer benefícios geradores de encargos, designadamente subsídios, ajudas de custo ou quaisquer outros suplementos pecuniários com a finalidade de compensar, direta ou indiretamente, as reduções remuneratórias. Aplicação da Lei 49/2011 de 07 de setembro: Aprovação de uma sobretaxa extraordinária (3,5%) sobre os rendimentos sujeitos a IRS auferidos por residentes em território português, no ano de 2011, alterando o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (CIRS), aprovado pelo Decreto- Lei nº 442ª/88 de 30 de novembro, A EDIA como entidade devedora de rendimentos de trabalho dependente foi ainda, obrigada a reter uma importância correspondente a 50% da parte do valor devido do subsídio de Natal que, depois de deduzidas as retenções e as contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e para subsistemas legais de saúde, excedesse o valor da retribuição mínima mensal garantida. Foram atribuídas, no decorrer dos anos de 2011 e 2010, aos membros dos órgãos sociais da EDIA, as seguintes remunerações relacionadas com o exercício das suas funções: RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 187

188 Euros Conselho de Administração Revisor Oficial de Contas Conselho Fiscal Mesa da Assembleia Geral Outros Rendimentos e Ganhos Euros Outros Rendimentos e Ganhos Imputação de Subsídios ao Investimento Outros Imputação de Subsídios ao Investimento A rubrica Imputação de Subsídios ao Investimento reflete o reconhecimento em rendimentos dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que estes últimos são depreciados. Não inclui: (i) Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega, que estão evidenciados em Diferimentos, no passivo, uma vez que, quando estes ativos forem transferidos para a entidade a indicar pelo MAMAOT, os subsídios que lhes estão associados serão deduzidos ao investimento evidenciado na rubrica de Inventários, correspondendo o valor líquido ao montante que a EDIA pretende receber, por ter executado estes investimentos com fundos próprios, por conta do Estado. (ii) Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados em 2011 e anos anteriores) que estão em imparidade total, pelo que têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 188

189 26- Juros e rendimentos similares obtidos e Juros e gastos similares suportados Rendimentos e Gastos Financeiros 31-Dez Dez-10 Euros Rendimentos e Ganhos Financeiros Juros Concessão Exploração da CHA e CHP Outros Juros Obtidos Gastos e Perdas Financeiros Juros e Gastos Similares Suportados Outros Gastos e Perdas Financeiros Rendimentos e Ganhos Financeiros No âmbito do contrato de concessão de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva (CHA) e Pedrógão (CHP) celebrado com a EDP, a EDIA recebeu um montante inicial de e irá receber, por um período de 35 anos, um montante anual periódico de (valor atualizado em 2011). O montante de evidenciado na conta Juros concessão exploração da CHA e CHP corresponde à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato), com base numa taxa implícita de 5,5%. Os Outros Juros Obtidos traduzem fundamentalmente, os juros das aplicações financeiras Gastos e Perdas de Financiamento A conta Juros Suportados compreende os juros associados aos empréstimos contraídos pela Empresa, com destaque para o empréstimo do BEI, os empréstimos obrigacionistas e, em 2011, o empréstimo intercalar de contraído junto do Estado Português e que terminou em setembro. O aumento ocorrido deveu-se, por um lado, ao aumento do valor dos juros associados ao empréstimo obrigacionista contraído em agosto de 2010 e ao empréstimo intercalar do Estado, e, por outro, à cessação da capitalização de juros decorrente da conclusão das obras de construção de algumas infraestruturas que entraram em exploração em 2011 (sistema primário a montante dos perímetros de rega dos Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé e Infraestrutura 12). RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 189

190 27- Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização Os gastos/reversões de depreciação e amortização, em 2011 e 2010, discriminam da seguinte forma: Euros Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização Activos Fixos Tangíveis Terrenos e Recursos Naturais 1 2 Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Equipamento Administrativo Outros Activos Tangíveis Activos Fixos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Outros Activos Intangíveis Projectos de Desenvolvimento Programas de Computador Segmentos Operacionais A atividade da EDIA está centrada em dois segmentos de negócio (Água e Energia), os restantes (Projetos Especiais), são constituídos por pequenas áreas de negócio tais como o turismo, o ambiente, a cultura e a produção cartográfica que devido à sua dimensão foram agrupados. O segmento Água está relacionado com a gestão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA com vista a garantir a sua distribuição através de critérios de rigor e sustentabilidade, sendo este constituído por duas vertentes, a do Armazenamento de Água, onde se destacam os grandes reservatórios (albufeiras de Alqueva e de Pedrógão) e a da Adução de Água, traduzida pelos diversos Subsistemas de Rega (Alqueva, Pedrógão e Ardila). RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 190

191 A atividade de Armazenamento de Água tem como fim o fornecimento de água, quer para Adução de Água para fins agrícolas, industriais ou abastecimento populacional, quer para produção hidroeléctrica. Esta sub-atividade apresenta réditos, essencialmente, internos. Após a entrada em exploração dos diversos perímetros de rega e após resolução administrativa por parte do Estado, através do Despacho nº 9000/2010 dos Ministérios das Finanças e da Administração Pública, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente e do Ordenamento do Território, sobre o preço a aplicar à distribuição da água, a EDIA iniciou verdadeiramente a atividade de exploração da componente Distribuição de Água, prevendo-se futuramente, um aumento gradual dos ganhos, ligados necessariamente, com a entrada em exploração de novos perímetros, com o aumento de adesão ao regadio agrícola, e com a utilização da água para fins industriais e turísticos. O segmento Energia é constituído pela produção de eletricidade através das centrais hidroeléctrica de Alqueva e Pedrógão, Mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa e pela Central Fotovoltaica de Alqueva. A EDIA, neste momento, subconcessionou as referidas centrais hidrelétricas à EDP por um período de 35 anos pelo que o seu volume de negócio resulta essencialmente, do recebimento da renda. O segmento Projetos Especiais, como referido anteriormente, abrange diversas áreas das quais se destacam: Centro de Cartografia, projeto originalmente criado como um apoio ao investimento realizado pela EDIA, quer a nível cartográfico quer a nível topográfico e que surge agora com uma nova oportunidade de negócio; O Parque de Natureza de Noudar que surgiu essencialmente, como um projeto de minimização ambiental em consequência da construção da albufeira Alqueva, mas que aparece agora em áreas como as agrícolas e de turismo; O Museu da Luz consubstancia-se num espaço de memória e de interpretação de todos os inéditos processos da recolocação da Aldeia da Luz e aparece como um projeto cultural crescente na nova aldeia. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 191

192 Os resultados por segmentos do ano de 2011 e 2010 são os seguintes: 2011 RUBRICAS Água Energia Projectos especiais Não Alocados Réditos Externos Gastos Operacionais de Exploração ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Réditos / Gastos Intersegmentos (7.722) ( ) Margem Bruta ( ) ( ) ( ) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas ( ) (1.971) (60.973) ( ) ( ) Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros ( ) ( ) ( ) Depreciações e Amortizações (30.101) ( ) ( ) (98.390) ( ) Imputação Sub. Investimento Perdas por Imparidade ( ) ( ) Resultado Operacional ( ) ( ) ( ) ( ) Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos Juros e Gastos Financeiros Suportados ( ) ( ) (1.346) (847) ( ) Resultado Antes de Impostos por Segmento de Negócio ( ) ( ) ( ) Imposto Sobre o Rendimento Resultado Liquído Exercicio Valores em euros Total ( ) ( ) Ativos Passivos RUBRICAS Água Energia Projectos especiais Não Alocados Valores em euros Total Réditos Externos Gastos Operacionais de Exploração ( ) (2.264) ( ) ( ) ( ) Réditos / Gastos Intersegmentos ( ) Margem Bruta ( ) ( ) ( ) Outros Rendimentos e Ganhos ( ) Outros Gastos e Perdas ( ) (43) (8.047) ( ) ( ) Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros ( ) ( ) Depreciações e Amortizações - ( ) ( ) ( ) ( ) Imputação Sub. Investimento Perdas por Imparidade ( ) ( ) Resultado Operacional ( ) ( ) ( ) ( ) Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos (18.240) Juros e Gastos Financeiros Suportados ( ) ( ) (1.425) (3.133) ( ) Resultado por Segmento de Negócio ( ) ( ) ( ) Resultados antes do Imposto RUBRICAS Água Energia Imposto Sobre o Rendimento Resultado Liquído Exercicio Projectos Especiais Não Alocados ( ) (77.182) ( ) Total Activos Passivos RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 192

193 29 - Outras Informações Relevantes Esta nota, contemplada no modelo geral de anexo proposto pela Portaria n.º986/2009, foi utilizada na divulgação de outras informações não previstas nas notas anteriores e que se revelam necessárias e indispensáveis para melhor compreender a posição financeira e os resultados da Entidade. Matérias Ambientais Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas no anexo pela NCRF 26, que também exige divulgações no relatório de gestão. As matérias ambientais devem ser objeto de divulgação na medida em que sejam materialmente relevantes para avaliação do desempenho financeiro ou para a posição financeira da entidade. O Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concretizou os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. Para além de garantir a implementação das medidas de minimização definidas no Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a implementar, durante a fase de construção, um conjunto de medidas, que após a execução das intervenções nas áreas afetadas, eliminem quaisquer sinais de intervenção, repondo a situação original. Em termos de política ambiental a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do desempenho ambiental em que se destaca o cumprimento da legislação, a análise dos impactes ambientais derivados da atividade da Empresa e a formação e sensibilização dos trabalhadores. As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou reparar danos de carácter ambiental, que decorram da atividade ambiental normal da Empresa. Neste sentido, tendo em conta a natureza e a dimensão da atividade da Empresa e os tipos de problemas ambientais associados a essa atividade, informações sobre o seu desempenho ambiental, tais como, redução das emissões atmosféricas, remoção de resíduos, não existe qualquer responsabilidade de carácter ambiental que deva dar origem à constituição de provisões, uma vez que não o entendemos como materialmente relevante. Dívidas à Administração Fiscal e ao Instituto de Solidariedade e Segurança Social Das informações legalmente exigidas noutros diplomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º, 397.º, 447.º e 448.º do CSC, das disposições legais decorrentes do Decreto-Lei N.º534/80, de 7 de novembro emanado pelo Ministério das Finanças e do Plano e das disposições referidas no Decreto-Lei N.º 411/91, de 17 de outubro emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, importa referir que a EDIA, através dos documentos RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 193

194 de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a segurança social. Garantias Prestadas No âmbito da apreciação dos pedidos de reembolso do IVA efetuados pela EDIA, foi desencadeada uma inspeção externa por parte da Administração Fiscal, sendo entendimento desta última, que a EDIA não deveria ter deduzido o IVA suportado com os custos da construção da Nova Aldeia da Luz. A construção da Nova Aldeia da Luz e de todas as suas infraestruturas (rede de água, rede elétrica, rede viária etc.), como é facilmente demonstrável, estão intimamente conexas com as obras das infraestruturas indispensáveis à atividade da EDIA. A EDIA sempre deduziu o IVA suportado com as despesas necessárias à construção da Nova Aldeia da Luz, sem que a Administração Fiscal tenha, alguma vez, questionado tal atuação. No âmbito da apreciação dos pedidos de reembolso do IVA efetuados pela EDIA foi desencadeada uma inspeção externa em 2003, da qual resultou um relatório com correções de imposto em falta. As notas de liquidação, emitidas pela Administração Fiscal, de e referentes ao IVA em falta e respetivos juros compensatórios, foram objeto de Reclamação Graciosa apresentada pela EDIA, com contra apresentação de Garantia Bancária para suspensão da liquidação do imposto e respetivos juros compensatórios, apresentados nos documentos de cobrança acima referidos. Por sentença de 11 de Julho de 2011, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja julgou procedente a impugnação judicial interposta pela EDIA, anulando a liquidação de IVA. A Fazenda Pública recorreu entretanto desta sentença, para o Supremo Tribunal Administrativo. Em 2012, a EDIA foi informada do Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, onde os meritíssimos juízes da Secção de Contencioso Tributário deste Tribunal, de harmonia com os poderes conferidos pelo artº 202 da Constituição da República Portuguesa, acordam em negar provimento ao recurso jurisdicional interposto pela Fazenda Pública, tendo sido mantida a decisão de 1ªinstância que foi favorável à EDIA no sentido da anulação da liquidação adicional de IVA. Face ao atrás exposto, a EDIA comunicou à Direção de Finanças de Beja-Divisão de Tributação e Justiça Tributária, o despacho da notificação do Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, solicitando que, logo que o Tribunal ou a Fazenda Pública os notifique, nos devolvam o original da referida garantia bancária, para que possamos proceder à sua anulação. A EDIA no âmbito das empreitadas, quer da rede primária, quer da secundária, tem que realizar perfurações horizontais nas estradas. Para isso, tem que fazer pedidos de licenciamento à empresa Estradas de Portugal, S.A. a qual exige que a EDIA, por cada atravessamento, preste uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, S.A.), pelo prazo de cinco anos. Até 31/12/2011 o montante constituído é de No âmbito da adjudicação do Concurso Público Internacional CP008/DSIC/2009 Aquisição de Serviços de Execução do Cadastro Predial ao consórcio CME/EDIA/RZMAPA/GEOGLOBAL/SIGMAGEO, definiu-se uma emissão de Garantia Bancária conjunta, em que cada um dos consorciados será responsável pela RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 194

195 sua proporção. A participação da EDIA, com o seu centro de Cartografia, resultou na prestação de uma garantia bancária no valor de A EDIA no âmbito do contrato celebrado com a Galp Energia, Petróleos de Portugal-Petrogal, S.A prestou uma garantia bancária a seu favor, destinada a caucionar o bom pagamento dos consumos relativos ao cartão GALP frota. A 31 de Dezembro de 2011 o montante constituído ascende a A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de (correspondendo ao valor já faturado de acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com embargos de executado, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Em Dezembro de 2011 a EDIA prestou uma garantia bancária no montante de , valor este destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial de execução ordinária que corre termos pelo Tribunal Judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A.. Compromissos Os compromissos assumidos pela EDIA que não figuram no balanço, em 31 de dezembro de 2011, são as Garantias prestadas pela EDIA nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 56º do Regulamento (CE) nº1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro. Nos termos e ao abrigo do disposto no n.º4 do Art.º18 da Portaria n.º 820/2008 de 8 de agosto a EDIA formulou dois pedidos de pagamento a título de adiantamento no montante permitido pelos referidos normativos e correspondente, no caso das candidaturas aprovadas em 2011 no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente/ PRODER (Perímetro de Rega de Pedrógão-Margem Direita e Blocos de Rega de Ervidel) a 30% do valor do investimento elegível aprovado, ou seja, ,89 e ,98, respetivamente. Nestes casos e conforme disposto no Art.º56 do Regulamento (CE) n.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro, o Conselho de Administração (através de garantia escrita emitida ao organismo pagador competente do PRODER-Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, IP) garantiu o ressarcimento num montante correspondente a 110% do valor dos adiantamentos ( ,08 e ,88), caso não se prove o direito ao montante adiantado. Esta faculdade é permitida à EDIA por se tratar de um beneficiário público, nos termos da legislação comunitária. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 195

196 CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria Elaborado por Auditor Registado na CMVM RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 196

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201 Relatório de Auditoria Elaborado por Auditor Externo RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 198

202 1O, Fax: O69211Usboa BDJ RELATÓRIO DE AUDITORIA Introdução e responsabilidades 1. Examinámos as demonstrações financeiras da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, SA (adiante também designada simplesmente por EDIÁ ou Empresa), que compreendem o Balanço em 31 de dezembro de 2011 (que evidencia um ativo total de euros e um capital próprio negativo de euros, incluindo um resultado líquido negativo de euros), a Demonstração dos resultados por naturezas, a Demonstração das alterações no capital próprio, a Demonstração dos fluxos de caixa e o Anexo, referentes ao exercício findo naquela data. É da responsabilidade do ConseLho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa e o resultado das suas operações, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no exame que realizámos às referidas demonstrações financeiras. Âmbito 2. Exceto quanto ao mencionado no parágrafo 3 abaixo, o nosso exame foi realizado de acordo com as Normas Técnicas e Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o exame seja planeado e executado com o objetivo de se obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras contêm ou não distorções materialmente relevantes. Para tanto, o nosso exame incluiu: (i) a verificação, por amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação, (ii) a apreciação da adequacidade das políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade, e (iv) a apreciação da adequacidade, em termos globais, da apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. BDO Es Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, NIPC , Capital euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o número A 8130 Es Associados, SROC, Lda., sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada por garantia. e faz parte da rede internacional BDO de firmas independentes.

203 sem BDO Reserva 3. O ativo da EDIA integra, nas rubricas de Inventários e de Outras Contas a Receber, respetivamente 384 milhões de euros e 72 milhões de euros de investimentos em infraestruturas da rede secundária de rega, que, conforme estabelecido pelo Decreto- Lei n 335/2001, de 24 de Dezembro, são propriedade do Estado (com exceção da denominada Infraestrutura 12, que teria um regime específico de concessão). O montante de 72 milhões de euros nas Outras Contas a Receber refere-se à Infraestrutura 12, relativamente à qual a EDIA formalizou com o Instituto de DesenvoLvimento Rural e Hidráulica (actualmente Direcção Geral de Agricultura e DesenvoLvimento Regional), em Abril de 2006, um contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação por um prazo de 30 anos, contrato esse que, no entanto, não esclarece qual a forma de ressarcimento da EDIA pelo valor do investimento suportado, a qual está dependente de decisão do Estado Português. Assim, subsiste uma importante incerteza quanto à forma e ao valor de realização destes ativos, que totalizam 456 milhões de euros, tendo também presente que existem subsídios associados que se encontram registados no passivo, no montante de 343 milhões de euros. Opinião 4. Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários, caso não existisse a limitação descrita no parágrafo 3 anterior, as demonstrações financeiras antes referidas apresentam adequada e apropriadamente, em todos os aspectos materialmente relevantes, a situação financeira da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, SA, em 31 de dezembro de 2011, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa para o período findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. ReLato sobre outros requisitos Legais 5. É também nossa opinião que a informação financeira constante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício. Ênfase 6. Sem afetar a opinião expressa nos parágrafos anteriores, salientamos que o investimento total previsto no Empreendimento de Fins Múltiplos do ALqueva (EFMA) para os anos entre 2012 a 2015 ascende a cerca de 656 milhões de euros (de acordo com Plano de Investimento do EFMA, aprovado em dezembro de custos de 2

204 .BDO estrutura e financeiros capitalizáveis), estando a sua concretização dependente dos financiamentos que a Empresa venha a obter junto da União Europeia, do acionista Estado e/ou de outros fundos. Nesse âmbito, é de salientar que, em 31 de dezembro de 2011, o total do capital próprio se apresenta negativo em 339 milhões de euros, pelo que são aplicáveis as disposições do Código das Sociedades Comerciais sobre a recomposição dos capitais e sobre a necessidade de divulgação externa do montante do capital próprio segundo o último balanço aprovado. Lisboa, 28 de fevereiro de

205 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 200

206 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 201

207 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 202

208 3. CONTAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 203

209 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 204

210 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS A 31 DE DEZEMBRO DE 2011 Demonstração Consolidada da Posição Financeira Euros RUBRICAS Notas 31-Dez Dez-10 ATIVO Ativo Não Corrente Ativos Fixos Tangíveis 6 e Ativos Intangíveis 7 e Participações Financeiras Ativo Corrente Inventários Clientes Adiantamentos a Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Outras Contas a Receber Diferimentos Caixa e Depósitos Bancários Total do Ativo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital Próprio Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados 16 e Resultado Líquido do Exercício Atribuível aos Acionistas da Empresa - Mãe Total do Capital Próprio do Grupo Interesses Minoritários Total do Capital Próprio Passivo Não Corrente Provisões Financiamentos Obtidos Passivos por Impostos Diferidos Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos Passivo Corrente Fornecedores Adiantamento de Clientes Estado e Outros Entes Públicos Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos Total do Passivo Total do Capital Próprio e do Passivo A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 205

211 Demonstração Consolidada do Rendimento Integral RUBRICAS Notas 31-Dez Dez-10 Vendas Prestações de Serviços Subsídios à Exploração Trabalhos para a Própria Entidade Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (26.358) (47.143) Variação nos Inventários da Produção Fornecimentos e Serviços Externos 23 ( ) ( ) Gastos com o Pessoal 24 ( ) ( ) Provisões (Aumentos/Reduções) 18 ( ) ( ) Imparidade de Ativos Não Depreciáveis 8 (50.000) (50.000) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas ( ) ( ) Resultado antes de Depreciações, Gastos de Finan. e Impostos Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 27 ( ) ( ) Imparidade de Activos Fixos Tangíveis e Activos Intangíveis 17 ( ) ( ) Resultado Operacional (antes Gastos de Finan. e Impostos) ( ) ( ) Juros e Rendimentos Similares Obtidos Juros e Gastos Similares Suportados 26 ( ) ( ) Resultado antes de Impostos ( ) ( ) Imposto sobre o Rendimento do Período 9 (86.327) (78.376) Resultado Liquido do Período ( ) ( ) Outros Rendimentos e Gastos reconhecidos em Capital Próprio Outro Rendimento Integral do Período Rendimento Consolidado Integral do Período ( ) ( ) Resultado Líquido do Período atribuível a: Detentores do Capital da Empresa-Mãe ( ) ( ) Interesses Minoritários 28 (43.594) (43.429) ( ) ( ) Rendimento Consolidado Integral do Período atribuível a: Detentores do Capital da Empresa-Mãe ( ) ( ) Interesses Minoritários 28 (43.594) (43.429) ( ) ( ) Resultado Líquido por Acção: Básico (em euros) (0,293) (0,165) Diluído (em euros) (0,293) (0,165) Euros A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 206

212 Demonstração de Alterações no Capital Próprio Euros DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados Resultado Líquido do Periodo C.P atribuível a Accionistas Maioritários Interesses Minoritários TOTAL Saldo em 1 de Janeiro de Aplicação do Resultado Líquido Consolidado de Outras Alterações Reconhecidas no Capital Próprio Resultado Líquido Consolidado Outro Rendimento Integral Saldo em 31 de Dezembro de Saldo em 1 de Janeiro de Aplicação do Resultado Líquido Consolidado de Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio Resultado Líquido Consolidado Outro Rendimento Integral Saldo em 31 de Dezembro de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 207

213 Demonstração dos Fluxos de Caixa RUBRICAS Notas 31-Dez Dez-10 Atividades Operacionais: Recebimentos de Clientes Pagamentos a Fornecedores Pagamentos ao Pessoal Caixa Gerada pelas Operações Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento Outros Recebimentos /Pagamentos relativos à Atividade Operacional Fluxos de Caixa das Ativ idades Operacionais Euros Atividades de Investimento: Recebimentos Provenientes de: Ativos Fixos Tangíveis Subsídios ao Investimento Juros e Proveitos Similares Pagamentos respeitantes a: Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis Fluxos de Caixa das Ativ idades de Inv estimento Atividades de Financiamento: Recebimentos Provenientes de: Financiamentos Obtidos Pagamentos respeitantes a: Financiamentos Obtidos Contratos de Locação Financeira Juros e Custos Similares Fluxos de Caixa das Ativ idades de Financiamento Variações de Caixa e seus Equivalentes Efeito das Diferenças de Câmbio Caixa e seus Equivalentes no Início do Período Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 208

214 Anexo às Demonstrações Financeiras 1. Identificação do Grupo Empresa-Mãe A EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (adiante EDIA, Empresa, Entidade ou Empresa-Mãe ) é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto - Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, com capitais exclusivamente públicos. O seu capital social é integralmente detido pelo Estado Português, através da DGTF. A 31 de dezembro de 2011, o Capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%. Subsidiárias A GESTALQUEVA Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e do Pedrógão, S.A., cujo capital social é detido em 51% pela EDIA, foi constituída a 7 de março de A GESCRUZEIROS Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo - Turística no Grande Lago Alqueva, S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva e Nautialqueva Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros, constituída a 16 de março de 2006, é detido em 51% pela Gestalqueva. O Grupo tem as atividades principais relacionadas com o EFMA, designadamente, na conceção, execução e construção das infraestruturas e a promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas com elas conexas, que contribuam para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao Empreendimento. A descrição mais detalhada das atividades, do negócio do Grupo é dada na Nota 29 - Segmentos Operacionais deste anexo. Estas notas reportam-se ao período de 01/01/2011 a 31/12/2011, comparando os resultados, quando oportuno, com os do período homólogo sendo conjuntamente com as demonstrações financeiras de igual período a informação financeira consolidada do Grupo. As Demonstrações Financeiras do Grupo são preparadas em euros, que é a moeda funcional. As contas da Gestalqueva S.A., integradas no Grupo EDIA, foram elaboradas no pressuposto da continuidade da Empresa, muito embora já tenha sido e vá ser ainda apreciada em reuniões futuras, a prevista extinção da Empresa, tal como consta no ponto III do Relatório do Orçamento de Estado para 2011 como uma das medidas adicionais de consolidação orçamental. No entanto, dada a reduzida expressão dos agregados financeiros desta subsidiária (que tem ativos totais de , um total de capital próprio de , um resultado líquido do período negativo de e rendimentos totais de euros) na posição financeira, rendimentos e fluxos de caixa consolidados do Grupo EDIA, os ajustamentos associados à apresentação desta unidade operacional como unidade a descontinuar não seriam significativos. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 209

215 2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adotadas pela União Europeia. As IAS/IFRS incluem as normas (standards) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as respetivas interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores. Na sua globalidade, as políticas contabilísticas e critérios de mensuração adotados são consistentes com os seguidos na preparação das demonstrações financeiras anuais do exercício de 2010, uma vez que as novas normas, interpretações, revisões e emendas que entraram em vigor no corrente exercício, com efeito a 1 de janeiro de 2011, não tiveram qualquer impacto nas demonstrações financeiras à data de 31 de dezembro de Em 2011, passaram a ser de aplicação obrigatória novas normas e interpretações ou suas alterações, as quais não tiveram impacto significativo nos montantes reportados e divulgações efetuadas nestas demonstrações financeiras: IAS 24 (revista em 2009) Divulgações de partes relacionadas; Alterações à IAS 32 Instrumentos financeiros: apresentação - Classificação das emissões de direitos; Alterações à IFRS 1 Adoção pela primeira vez das IFRS - Divulgações sobre instrumentos financeiros; Alterações à IFRIC 14 Pré-pagamento de um requisito de financiamento mínimo; IFRIC 19 Extinção de passivos financeiros através da emissão de instrumentos de capital próprio; Melhorias às IFRS (emitidas pelo IASB em Maio de 2010). Adicionalmente, à data da aprovação destas demonstrações financeiras pelo Conselho de Administração encontram-se emitidas e adotadas pela União Europeia as melhorias à IFRS 7 Instrumentos financeiros: divulgações Divulgações sobre transferências de ativos financeiros, de aplicação obrigatória nos exercícios iniciados em ou após 1 de julho de 2011, que não se prevê que tenha qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo EDIA. Por outro lado, encontram-se pendentes de aprovação pela União Europeia as seguintes normas, já emitidas pelo IASB, que terão reduzido ou nulo impacto nas demonstrações financeiras do Grupo EDIA: Alterações à IFRS 1 Severe Hyperinflation and Removal of Fixed Dates for First-Time Adopters (exercícios iniciados em ou após 1 de julho de 2011); Alterações à IAS 1 Presentation of Items of Other Comprehensive Income (exercícios iniciados em ou após 1 de julho de 2012); Alterações à IAS 12 Deferred Tax: Recovery of Underlying Assets (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2012); RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 210

216 Alterações à IAS 19 (Junho de 2011) Employee Benefits (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); Alterações à IFRS 7 Disclosures Offsetting Financial Assets and Financial Liabilities (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); IAS 27 (revista em 2011) Separate Financial Statements (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); IAS 28 (revista em 2011) Investments in Associates and Joint Ventures (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); IFRS 10 - Consolidated Financial Statements (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); IFRS 11 - Joint Arrangements (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); IFRS 12 - Disclosure of Interests in Other Entities (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); IFRS 13 - Fair Value Measurement (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); IFRIC 20 Stripping Costs in the Production Phase of a Surface Mine (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); Alterações à IAS 32 - Offsetting Financial Assets and Financial Liabilities (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014); IFRS 9 - Financial Instruments (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2015). Todas as estimativas e assumpções efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu conhecimento à data de 31 de dezembro dos eventos e das transações em curso. Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração adotou certos pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos ao período reportado, os quais estão descritos na nota sobre as Principais Políticas Contabilísticas. 3. Principais Políticas Contabilísticas As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes: Princípios de Consolidação As presentes Demonstrações Financeiras consolidadas do Grupo são apresentadas como as de uma única entidade económica. As Demonstrações Financeiras consolidadas agora apresentadas refletem os ativos, passivos e resultados da EDIA e de todas as suas subsidiárias, tendo sido preparadas usando políticas contabilísticas uniformes para as transações e para os outros acontecimentos idênticos em circunstâncias semelhantes. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 211

217 As Demonstrações Financeiras da EDIA e das suas subsidiárias, usadas na preparação das presentes Demonstrações Financeiras consolidadas, foram preparadas a partir das mesmas datas de relato. Concentrações de Atividades Empresariais As presentes Demonstrações Financeiras consolidadas incorporam os resultados de concentrações de atividades empresariais usando o método de compra. Os resultados das operações das adquiridas são incluídos na demonstração consolidada dos resultados a partir da data em que o controlo é obtido. Subsidiárias Foram consideradas subsidiárias todas as entidades controladas pelo Grupo, considerando-se controlo como o poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade de forma a obter benefícios das suas atividades. Presumiu-se a existência de controlo quando a Entidade - mãe do Grupo é proprietária, direta ou indiretamente através de subsidiárias, de mais de metade do poder de voto de uma entidade. As entidades incluídas na consolidação pelo método integral, que incluem a Empresa - mãe e todas as entidades que se qualificam como Subsidiárias, são as seguintes: EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A. FIRMA GESTALQUEVA Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão, S.A. GESCRUZEIROS Sociedade para o Aproveitamento da Actividade Marítimo - Turística no Grande Lago Alqueva, S.A. Detentores de Capital % do Capital Detido % do Capital Detido Beja Estado Português 100% 100% Beja EDIA, S.A. 51% 51% Portel Gestalqueva, S.A. 51% 51% As Demonstrações Financeiras da Entidade - mãe do Grupo e das suas subsidiárias foram combinadas linha a linha, adicionando itens idênticos de ativos, passivos, capital próprio, rendimento e gastos. As quantias escrituradas dos investimentos da Entidade - mãe do Grupo em cada subsidiária e a respetiva parte no capital próprio de cada subsidiária foram eliminadas e foram identificados os interesses minoritários nos resultados das subsidiárias. Os interesses minoritários nos ativos líquidos das subsidiárias consolidadas são identificados separadamente do capital próprio. Os saldos, transações, rendimentos e gastos intra-grupo foram eliminados por inteiro. Os excessos de perdas aplicáveis às partes minoritárias sobre os respetivos interesses são imputados, sempre que aplicável, ao interesse maioritário. Se estas subsidiárias subsequentemente relatarem lucros, esses lucros são imputados ao interesse maioritário até que as partes minoritárias das perdas, previamente absorvidas pela maioria, tenham sido recuperadas. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 212

218 Associadas Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo tenha influência significativa e que não sejam subsidiárias nem tenham interesses em empreendimentos conjuntos. Influência significativa foi considerada como sendo o poder de participar nas decisões das políticas financeiras e operacionais das investidas mas que não constitui controlo nem controlo conjunto sobre essas políticas. Presume-se que existe influência significativa quando a EDIA detém, direta ou indiretamente, 20% ou mais do poder de voto da investida. Nesse sentido, e tendo em consideração que não existe qualquer entidade (para além das subsidiárias que integram a consolidação pelo Método Integral) em que a EDIA detenha, direta ou indiretamente, 20% ou mais do respetivo poder de voto, não existe qualquer entidade que se qualifique como associada. Entidades Conjuntamente Controladas São consideradas entidades conjuntamente controladas, os empreendimentos conjuntos que envolvem o estabelecimento de sociedades, de parcerias ou de outras entidades. Empreendimentos conjuntos são acordos contratuais com parceiros, relativos ao desenvolvimento de uma atividade económica sujeita a controlo conjunto. Por sua vez, controlo conjunto consiste na partilha de controlo acordada em contrato para uma atividade económica e considera-se existir apenas quando as decisões estratégicas financeiras e operacionais relacionadas com a atividade exigem o consenso unânime dos empreendedores. De acordo com a definição acima apresentada, não existe atualmente, no Grupo, qualquer empreendimento conjunto ou entidade conjuntamente controlada Ativos Fixos Tangíveis Ativos fixos tangíveis são itens tangíveis que: Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos e Se espera que sejam usados durante mais do que um período. Os ativos fixos tangíveis do Grupo encontram-se valorizados ao custo de aquisição deduzido das respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas. No reconhecimento inicial de um ativo, o Grupo considera no respetivo custo: O seu preço de compra; Quaisquer gastos diretamente atribuíveis para colocar o ativo na localização e condições necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela Administração e A estimativa inicial dos gastos de desmantelamento e remoção do item e de restauração do local no qual este está localizado. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 213

219 Os gastos diretos relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos fixos tangíveis do Grupo são capitalizados no ativo fixo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida da rubrica de Trabalhos para a Própria Entidade. Os gastos subsequentes com os ativos fixos tangíveis são reconhecidos nesses ativos apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Grupo. Todas as despesas com a manutenção e reparação dos ativos são reconhecidas como gasto, de acordo com o regime de acréscimo. As políticas de depreciação dos ativos fixos tangíveis a seguir apresentadas, vigoraram até 2009, inclusive. No âmbito da IFRIC 12,os bens os afetos à concessão estão evidenciados na rubrica de Ativos Intangíveis. Política de Depreciação Os bens do Ativo Fixo Tangível, não afetos à concessão são depreciados de forma consistente ao longo dos anos, de acordo com o método da linha reta (método das quotas constantes) e por duodécimos, tendo por base as taxas máximas aceites fiscalmente, que refletem adequadamente a respetiva vida útil estimada. Perdas por Imparidade Uma perda por imparidade é a quantia pela qual o valor escriturado de um ativo excede a sua quantia recuperável. A avaliação da existência de indícios de imparidade e a quantificação de eventuais perdas de imparidade são efetuadas nos termos da IAS 36, sendo efetuado um estudo de imparidade para todos os ativos individuais relevantes e/ou unidades geradoras de caixa relativamente aos quais existam indicações de que a sua quantia recuperável (determinada, neste caso, pelo seu valor de uso) pode ser inferior à respetiva quantia escriturada. Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, a IAS 36, exige que o seu valor recuperável seja estimado, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. O Grupo EDIA reconhece as perdas por imparidade em resultados do período. A reversão de eventuais perdas é igualmente registada nos resultados do período. A quantia recuperável é a mais alta entre a determinada pelo preço de venda líquido e pelo valor de uso. O preço de venda líquido é a quantia a obter da venda de um ativo ou unidade geradora de caixa numa transação entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer relacionamento entre elas, menos os custos de alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera que sejam derivados de um ativo ou unidade geradora de caixa. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence. A quantia escriturada de um item do ativo fixo tangível é desreconhecida pelo Grupo nas seguintes situações: No momento da alienação e Quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 214

220 O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo fixo tangível: É incluído nos resultados quando o item é desreconhecido e É determinado como a diferença entre os réditos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item. Os testes de imparidade serão sempre feitos desde que haja indícios, isto é, desde que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado, possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica de Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir e consequentemente o ativo deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade não deve exceder a quantia escriturada que teria sido determinada (líquida de amortização ou depreciação) se nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida no ativo em anos anteriores Ativos Intangíveis Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Um ativo intangível é reconhecido se, e apenas se: For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao ativo fluam para a Empresa e O custo do ativo possa ser fiavelmente mensurado. Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido das amortizações e eventuais perdas por imparidade acumuladas, e só são reconhecidos se for provável que venham a gerar benefícios económicos futuros para o Grupo, se possa medir razoavelmente o seu valor e se o Grupo possuir o controlo sobre os mesmos. Bens Afetos à Concessão A generalidade dos bens atualmente registados nos Ativos Intangíveis encontravam-se, até à entrada em vigor do novo SNC, em 01 de janeiro de 2010, evidenciados na rubrica de Ativos Fixos Tangíveis. Na sua maioria, estão afetos ao Contrato de Concessão do EFMA que entrou em vigor em 1 de novembro de 2007, revertendo para o Estado no final do período da concessão (75 anos). Os bens que, estando afetos à concessão, entraram em funcionamento até 1 de novembro de 2007, foram depreciados com base em critérios diferentes até 31 de outubro de 2007 e a partir de 1 de novembro 2007, uma vez que o referido Contrato de Concessão alterou de forma significativa a forma esperada de utilização desses bens. Em 1 de novembro de 2007, entraram em vigor: RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 215

221 O Contrato de Concessão relativo à Utilização dos Recursos Hídricos para Captação de Água Destinada a Rega e à Produção de Energia Elétrica no Sistema Primário do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, celebrado em 17 de outubro de 2007 entre a EDIA e o Estado e O Contrato de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de Subconcessão do Domínio Público Hídrico, celebrado a 24 de outubro de 2007 entre a EDIA e a EDP Gestão da Produção de Energia, SA, que atribui a esta última a exploração, pelo período de 35 anos, das Centrais Hidroelétricas de Alqueva (260 MW), em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW), em regime especial, assim como todos os direitos de utilização privativa do respetivo domínio hídrico. Estes dois contratos alteraram decisivamente o modelo porque se espera que os benefícios económicos futuros dos bens afetos à concessão (e nomeadamente os afetos à produção de energia elétrica, que já estão a ser depreciados) serão obtidos pela EDIA, o que motivou a revisão do modelo de depreciações adotado, nos termos definidos na IAS 16. Assim, a EDIA recalculou todas as amortizações dos ativos que revertem para o Estado no final do período da concessão (75 anos), tendo esses ativos passado a ser depreciados pelo método das quotas constantes, ao longo do período de concessão. As despesas subsequentes de substituição de componentes de ativos incorridas pela Empresa são adicionadas aos respetivos ativos. As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis são registadas como gasto do exercício em que ocorrem. Bens não Afetos à Concessão Os ativos intangíveis não afetos à concessão são constituídos, basicamente, por licenças de exploração de concessões, as quais são amortizadas pelo método das quotas constantes durante o período de vigência das mesmas, e por software, o qual é amortizado pelo método das quotas constantes durante um período entre três e seis anos. Eventuais despesas de investigação são reconhecidas como gasto do exercício em que são incorridas, enquanto as despesas com aumentos de capital são deduzidas ao capital próprio. Perdas por Imparidade Uma perda por imparidade é a quantia pela qual o valor escriturado de um ativo excede a sua quantia recuperável. A avaliação da existência de indícios de imparidade e a quantificação de eventuais perdas de imparidade são efetuadas nos termos da IAS 36, sendo efetuado um estudo de imparidade para todos os ativos individuais relevantes e/ou unidades geradoras de caixa relativamente aos quais existam indicações de que a sua quantia recuperável (determinada, neste caso, pelo seu valor de uso) pode ser inferior à respetiva quantia escriturada. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 216

222 Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, a IAS 36, exige que o seu valor recuperável seja estimado, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. O Grupo EDIA reconhece as perdas por imparidade em resultados do período. A reversão de eventuais perdas é igualmente registada nos resultados do período. A quantia recuperável é a mais alta entre a determinada pelo preço de venda líquido e pelo valor de uso. O preço de venda líquido é a quantia a obter da venda de um ativo ou unidade geradora de caixa numa transação entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer relacionamento entre elas, menos os custos de alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera que sejam derivados de um ativo ou unidade geradora de caixa. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence. A quantia escriturada de um item do ativo fixo tangível é desreconhecida pela Empresa nas seguintes situações: No momento da alienação e Quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação. O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo fixo tangível: É incluído nos resultados quando o item é desreconhecido e É determinado como a diferença entre os réditos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item. Foram efetuados testes de imparidade às datas de 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 e serão sempre feitos desde que haja indícios, isto é, desde que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado, possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica de Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir e consequentemente o ativo deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade não deve exceder a quantia escriturada que teria sido determinada (líquida de amortização ou depreciação) se nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida no ativo em anos anteriores. A 31 de dezembro de 2011, tendo-se identificado duas unidades geradoras de caixa, a distribuição de água e a energia, foram efetuados testes de imparidade aos ativos intangíveis, calculando-se o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a esses ativos líquidos sendo que, apenas uma se encontra em imparidade - a distribuição de água. Desreconhecimento Os ativos intangíveis do Grupo são desreconhecidos nas seguintes situações: Aquando de eventuais alienações; RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 217

223 Quando não se esperam benefícios económicos futuros do seu uso ou alienação e O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo intangível. O valor do ativo cujo item é desreconhecido é determinado pela diferença entre os proveitos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item e é incluído nos resultados Investimentos em Curso Os Investimentos em Curso representam os ativos fixos tangíveis e intangíveis ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se os mesmos, registados ao custo de aquisição. Em virtude da EDIA e das empresas subsidiárias permanecerem ainda em fase de investimento, foi definida a seguinte política de capitalização de gastos: A totalidade dos gastos financeiros diretamente relacionados com o financiamento do investimento que ainda se encontra em fase de construção/desenvolvimento; Os gastos com o pessoal diretamente relacionado com a atividade de planeamento e obra e Os fornecimentos e serviços externos, que foram, pela sua natureza, registados nos centros de custos diretamente relacionados com a construção das infraestruturas Política de Capitalização de Encargos de Estrutura e Financeiros Os encargos financeiros de empréstimos obtidos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de ativos, associados ou não às concessões, ou a inventários, são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento dos ativos e é interrompida, quando a construção desses ativos, está concluída. Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto de acordo com o regime do acréscimo, com exceção dos encargos financeiros com empréstimos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou associados às concessões, que são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente concluída, ou sendo também interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso. Os gastos de estrutura da Empresa e os gastos financeiros que têm ligação direta com o Empreendimento em fase de construção, têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao longo do tempo. Com a conclusão das obras e a entrada em exploração das Barragens e Centrais Hidroelétricas de Alqueva (em dezembro de 2005) e Pedrógão (em 2006), do Perímetro de Rega do Monte Novo (início de 2009) e dos Perímetros de Rega do Alvito- Pisão e Pisão (em 2010), os custos afetos a essas infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do exercício. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 218

224 De igual modo, em 2011 procedeu-se à transferência, de Ativos Intangíveis em Curso para as restantes contas de Ativos Intangíveis, dos investimentos realizados com a implementação das infraestruturas do sistema primário a montante, de cinco novos perímetros (Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé e Serpa). Em resultado desta transferência, todos os gastos financeiros associados a esses perímetros deixaram de ser capitalizados. Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os gastos relativos: a) aos órgãos sociais, ao secretariado, aos gabinetes de assessoria, recursos humanos, documentação e desenvolvimento de marketing; b) à Direção de Administração e Finanças, com exceção do Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos e do Departamento de Sistemas de Informação; c) à Direção de Gestão do Património e Expropriações com exceção do Departamento de Expropriações; d) a Projetos e parcerias; e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direção de Infraestruturas Primárias e Energia. A chave de repartição para os gastos de funcionamento imputados ao investimento tem em conta o seguinte: Os gastos de funcionamento dos serviços são distribuídos pelas Direções capitalizáveis com base no número de colaboradores; Os gastos das Direções são imputados da seguinte forma: Direção de Agricultura e Desenvolvimento Rural: 100% para a Rede Secundária; Direção de Infraestruturas Primárias e Energia: 100% para a Rede Primária e Direção de Engenharia Ambiente e Ordenamento do Território: 50% para a Rede Primária e 50% para a Rede Secundária. 3.6 Participações Financeiras Empresas Subsidiárias As participações detidas no capital de entidades que não conferem à EDIA uma influência dominante ou significativa (participações participativas de menos de 20% do respetivo capital) encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas. Conforme previsto na NCRF27-Instrumentos Financeiros, à data do relato, a EDIA avalia a imparidade de todos os ativos financeiros, que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidades, é reconhecida uma perda por imparidade na demonstração de resultados Locações As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e vantagens associados à propriedade do bem, para o locatário. As locações operacionais são aquelas em que não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação, para o locatário. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 219

225 Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo os ativos fixos tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade. Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são reconhecidos como gastos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam. Nas locações consideradas como operacionais, os pagamentos (rendas) devidos são reconhecidos como gasto na demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação. O Grupo classifica as operações de locações como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, dando cumprimento aos critérios estabelecidos na IAS 17. Os bens reconhecidos em regime de locação financeira, são equipamentos administrativos (fotocopiadoras e impressoras) e viaturas ligeiras de passageiros Ativos e Passivos Financeiros Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira quando o Grupo se torna parte contratual do respetivo instrumento financeiro. Clientes e Outras Contas a Receber As dívidas de Clientes e de Outros Devedores encontram-se registados pelo seu valor nominal, deduzido de eventuais perdas por imparidade. As perdas por imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos cash-flows esperados (descontados à taxa efetiva sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são reconhecidas na demonstração dos resultados do período em que são em que são estimadas. Caixa e Depósitos Bancários Os montantes incluídos nesta rubrica correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a menos de três meses, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro, isto é, que possam ser imediatamente mobilizáveis e com um risco de alteração de valor não significativo. Financiamentos Obtidos Os financiamentos obtidos são registados no passivo pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juro efetiva. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 220

226 Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos para financiamento do investimento em curso são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja substancialmente concluída. Contas a Pagar As contas a pagar (saldos de fornecedores de investimento e outros credores) são responsabilidades respeitantes à aquisição de bens ou serviços pela Empresa, no decurso normal da sua atividade. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como passivo corrente. Caso contrário, são classificadas como passivo não corrente. Sendo a generalidade das aquisições de bens e serviços contratadas de acordo com as condições normais do mercado, as respetivas contas a pagar são mensuradas pelo seu valor nominal, que corresponde ao valor não descontado dos fluxos de caixa a pagar Inventários O valor dos inventários inclui todos os gastos de compra, gastos de conversão e outros gastos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual. Na sequencia do Decreto-Lei N.º 335/2001 de 24 de dezembro, que (com exceção da Infraestrutura 12, que tem um regime excecional de concessão) prevê a transferência para o Estado, mais concretamente para o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA evidencia o custo de construção da rede secundária de rega na rubrica de Inventários. As infraestruturas já concluídas são apresentadas na subrubrica de Produtos Acabados e as que se encontram em construção na de Produtos e Trabalhos em Curso Reconhecimento de Gastos e Perdas e de Rendimentos e Ganhos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico do acréscimo. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e rendimentos são registados no passivo e no ativo respetivamente Provisões As provisões são reconhecidas ou divulgadas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. O valor desta rubrica reflete as provisões constituídas no âmbito dos processos judiciais em curso, das expropriações litigiosas, e de todos os encargos, responsabilidade da Empresa, estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas ao longo do período da concessão. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 221

227 As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras do Grupo são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Empresa, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros, que nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. No âmbito da aplicação da IFRC 12, em 2010 e 2011, tem vindo a ser reforçada a provisão para encargos futuros com grandes reparações e investimentos de substituição de ativos afetos à concessão, uma vez que no termo da concessão, os bens afetos a esta, revertem sem qualquer indemnização para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos mas têm que estar em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção Subsídios Os subsídios ao investimento, concedidos pelo Estado e pela União Europeia a fundo perdido, a projetos apresentados pelo Grupo são reconhecidos numa rubrica do Passivo (Diferimentos Subsídios do Estado) e subsequentemente reconhecidos como Outros Rendimentos e Ganhos na mesma proporção dos gastos com as amortizações dos ativos subsidiados e respetiva percentagem de comparticipação. Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega serão deduzidos ao investimento evidenciado na rubrica de Inventários, uma vez que, quando os respetivos ativos forem transferidos para a entidade a indicar pelo MAMAOT, correspondendo o valor líquido ao montante que a EDIA pretende receber, por ter executado estes investimentos com fundos próprios, por conta do Estado. Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados em 2011 e anos anteriores) que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios. Os subsídios relacionados com rendimentos são reconhecidos como rendimentos na Demonstração dos Resultados no mesmo período do que os gastos que os mesmos se destinam a compensar. Os subsídios são reconhecidos quando existe uma segurança razoável de que serão efetivamente recebidos e de que a Empresa cumprirá as obrigações/condições inerentes à sua atribuição Rédito O rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das atividades ordinárias do Grupo EDIA quando esses influxos resultam em aumentos de capital próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio. Venda de Bens e Prestação de Serviços O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 222

228 O rédito proveniente da venda de bens e prestação de serviços, é reconhecido quando: (i) o montante pode ser mensurado com fiabilidade, (ii) é provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para o Grupo EDIA. O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestação de serviços, líquido de impostos e descontos e após a eliminação das vendas internas. Na atividade de distribuição de água a Empresa apenas reconhece o rédito que resulta da aplicação das tarifas aprovadas pelo Estado. A 26 de maio de 2010 foi publicado o Despacho N.º 9000/2010, que aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O preço da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de água do EFMA estabelecido no referido Despacho é o seguinte: À saída da Rede Primária, para fornecimento de água às entidades que tenham a seu cargo a gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas integradas na Rede Secundária adstrita a cada perímetro: 0,042/m 3. À saída da Rede Secundária, para fornecimento de água em alta pressão às explorações agrícolas: 0,089/m 3. À saída da Rede Secundária, para fornecimento de água em baixa pressão às explorações agrícolas: 0,053/m 3. Fornecimento de água captada diretamente no Sistema Primário: 0,053/m 3. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. O rédito é reconhecido com base nos valores do preço da água e nos consumos, ou seja, o rédito regista-se pelo resultado da multiplicação dos valores do preço da água aprovado, respetivo, pelo valor dos consumos verificados no período. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a Distribuição de Água é calculado de acordo com os preços da água definidos pelo Estado, que por sua vez, na sua definição, consideram um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. A EDIA apenas regista em rendimentos unicamente o valor da faturação da atividade de Distribuição de Água correspondente à saída da rede primária, uma vez que as restantes infraestruturas são propriedade do Estado sendo-lhe imputadas as respetivas despesas e receitas (mais concretamente: Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural-ver nota 13). Em 2011, considerando que os valores apresentados têm como ano de referência 2010, procedeu-se à sua atualização, exceto no valor da componente da Taxa de Recursos Hídricos (TRH), com base no índice de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal em 2010 (1,4%). RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 223

229 Juros O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. Estes juros são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo Imposto sobre o Rendimento Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de impostos sobre o rendimento respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período, ajustado de acordo com a legislação e as regras fiscais. Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Diferenças temporárias são diferenças entre a quantia escriturada de um ativo ou de um passivo e a sua base de tributação. Ativos por Impostos Diferidos Ativos por impostos diferidos são as quantias de impostos sobre o rendimento recuperáveis em períodos futuros respeitantes a: (i) Diferenças temporárias dedutíveis; (ii) O reporte de perdas fiscais não utilizadas e (iii) O reporte de créditos tributáveis não utilizados. Um ativo por impostos diferidos é reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto em que seja provável que exista um lucro tributável ao qual a diferença temporária dedutível possa ser usada, a não ser que o ativo por impostos diferidos resulte do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que: (i) Não seja uma concentração de atividades empresárias e (ii) No momento da transação, não afete o lucro contabilístico nem o lucro tributável. O Grupo reconhece ativos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis associados aos investimentos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos, até ao ponto em que seja provável que: (i) A diferença temporária reverterá no futuro previsível e RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 224

230 (ii) Estará disponível o lucro tributável contra o qual a diferença temporária será utilizada. Passivos por Impostos Diferidos Passivos por Impostos Diferidos são as quantias de impostos sobre o rendimento pagáveis em períodos futuros com respeito a diferenças temporárias tributáveis. Um Passivo por Impostos Diferidos é reconhecido para todas as diferenças temporárias tributáveis exceto quando esse imposto diferido resultar de: (i) Reconhecimento inicial do goodwill ou (ii) Reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que não seja uma concentração de atividades empresariais e não afete, no momento dessa transação, nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável. Os ativos e passivos por impostos correntes dos períodos correntes e anteriores, são mensurados pela quantia que se espera que seja recuperada ou paga às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data do balanço. Os ativos e passivos por impostos diferidos são mensurados pelas taxas fiscais que se espera que se apliquem no período em que seja realizado o ativo ou em que seja liquidado o passivo, tendo como base as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data do balanço. Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos como um rendimento ou como um gasto e incluídos no resultado líquido do período, exceto quando o imposto provenha de uma transação ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, diretamente no capital próprio, caso em que o respetivo imposto é diretamente debitado ou creditado ao capital próprio. Os Ativos por Impostos Correntes são compensados com passivos por impostos correntes apenas quando: (i) O Grupo tiver um direito legalmente executável para compensar as quantias reconhecidas e (ii) Pretenda liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo. Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos são compensados apenas quando: (i) O Grupo tiver um direito legalmente executável de compensar ativos por impostos correntes contra passivos por impostos correntes e (ii) Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos se relacionarem com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre: a. A mesma entidade tributável ou b. Diferentes entidades tributáveis que pretendam ou liquidar passivos e ativos por impostos correntes numa base líquida, ou realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente, em cada período futuro em que as quantias significativas de passivos ou ativos por impostos diferidos se esperem que sejam liquidadas ou recuperadas. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 225

231 3.15. Resultado por Ação Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos detentores de capital próprio ordinário da Entidade - mãe do Grupo pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o período. O resultado por ação diluído, em que o número médio de ações ordinárias emitidas é ajustado para assumir a conversão de todas as potenciais ações ordinárias tratadas como diluidoras, é idêntico ao resultado por ação básico uma vez que a Entidade - mãe do Grupo não possui ações diluidoras Operações Descontinuadas Sempre que operações e fluxos de caixa que sejam claramente individualizáveis dentro do Grupo sejam alienadas ou sejam classificadas como ativos disponíveis para venda ou Grupos para alienação são consideradas Operações Descontinuadas desde que: Representem uma linha de negócio relevante ou uma área geográfica separada; Façam parte de um plano global para a alienação de uma linha de negócio relevante ou uma área geográfica separada ou Sejam uma subsidiária adquirida exclusivamente com vista à revenda. O impacto na demonstração dos resultados consolidados dos ativos e passivos classificados como Operações Descontinuadas são apresentados numa única linha, pelo seu montante líquido de impostos Ativos e Passivos Contingentes Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um efluxo de recursos que incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são divulgados Eventos Subsequentes Os eventos subsequentes são aqueles que ocorrem entre a data das demonstrações financeiras e a data de autorização da sua emissão. Os eventos ocorridos após a data de balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço, dão lugar a ajustamentos, são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos ocorridos após a data de balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais são divulgados nas notas às demonstrações financeiras. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 226

232 Estimativas e Julgamentos As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. Nas demonstrações financeiras a 31 de dezembro de 2011, as estimativas refletidas mais significativas, incluem os testes de imparidade realizados aos ativos fixos tangíveis, intangíveis e investimentos em curso e o registo de provisões Políticas de Gestão do Risco Financeiro O Conselho de Administração providencia os princípios gerais para a gestão de riscos bem como os limites de exposição aos mesmos. Existem quatro tipos de riscos financeiros a que o Grupo se pode expor: Risco de Mercado, o qual inclui três tipos de risco: Risco de Moeda é o risco de que o valor de um instrumento financeiro venha a flutuar devido a alterações nas taxas de câmbio; Risco de Taxa de Juro do Justo Valor é o risco de que o valor de um instrumento financeiro venha a flutuar devido a alterações nas taxas de juro do mercado e Risco de Preço é o risco de que o valor de um instrumento financeiro venha a flutuar como resultado de alterações nos preços de mercado, quer essas alterações sejam causadas por fatores específicos do instrumento individual ou do seu emitente, quer por fatores que afetem todos os instrumentos negociados no mercado. Risco de mercado engloba não somente o potencial de perdas mas também o potencial de ganhos. Risco de Crédito é o risco de que um participante de um instrumento financeiro não venha a cumprir uma obrigação e faça com que o outro participante incorra numa perda financeira; Risco de Liquidez (também referido como risco de financiamento) é o risco de que o Grupo venha a encontrar dificuldades na obtenção de fundos para satisfazer compromissos associados aos instrumentos financeiros. O risco de liquidez pode resultar de uma incapacidade de vender rapidamente um activo financeiro no fecho do mercado pelo seu justo valor e Risco de Taxa de Juro e do Fluxo de Caixa é o risco de que os futuros fluxos de caixa de um instrumento financeiro venham a flutuar devido a alterações nas taxas de juro do mercado. As atividades do Grupo estão expostas fundamentalmente ao risco da taxa de juro que advém essencialmente da contratação de empréstimos de longo prazo, não sendo utilizados quaisquer instrumentos financeiros derivados na gestão desses riscos. Esta situação prende-se com a necessidade da EDIA financiar as atividades de investimento do EFMA com o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários. A obtenção de recursos RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 227

233 financeiros pela via de empréstimos bancários (obrigacionistas, papel comercial e outros) resulta de uma política financeira definida pelo único Acionista, assente na contratação de empréstimos com garantia do Estado, e da não disponibilização de dotações de capital suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA. Por outro lado, o Grupo EDIA não tem gerado os meios necessários, não só para fazer face ao volume de investimentos que vem realizando, como também não dispõe de liquidez suficiente para satisfazer os encargos financeiros decorrentes da política de financiamento adotada. 4 Fluxos de Caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a um ano a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito e outras aplicações de tesouraria, de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 1 ano, que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. A demonstração dos fluxos de caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Todos os saldos significativos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso não apresentando qualquer restrição à data de balanço. Em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2010, a rubrica de Caixa e seus equivalentes que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e outros equivalentes, detalha-se como segue: Euros Caixa e Depósitos Bancários 31-Dez Dez-10 Depósitos a Prazo Depósitos à Ordem Numerário Todas as contas de depósitos à ordem foram reconciliadas, com referência a 31 de dezembro de 2011 e a 31 de dezembro de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 228

234 5. Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros Tendo presente as disposições da NCRF 12, que referem que Após o reconhecimento de uma perda por imparidade, o encargo com a depreciação (amortização) do ativo deve ser ajustado nos períodos futuros para imputar a quantia escriturada revista do ativo, menos o seu valor residual (se o houver) numa base sistemática, durante a sua vida útil remanescente, a EDIA efetuou a seguinte reexpressão dos valores comparativos de 2010 na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral (que não teve qualquer impacto ao nível do Resultado Líquido do Período nem no saldo de qualquer rubrica da Demonstração Consolidada da Posição Financeira): Anulação das amortizações de 2010 dos bens afetos ao segmento água (que se encontra em imparidade total, pelo que o valor líquido contabilístico destes bens é nulo), no montante de ; Anulação da parte proporcional dos subsídios ao investimento reconhecidos como rendimentos em 2010, no montante de ; e Anulação da reversão de perdas de imparidade no montante de registada em 2010 ( ). Esta alteração incidiu igualmente sobre as amortizações, subsídios ao investimento reconhecidos em rendimentos e perdas de imparidade reconhecidos em 2009, primeiro ano em que foram registados gastos e rendimentos com o segmento água, pelo que, na Nota 7 do Anexo, as Amortizações Acumuladas em 31 de dezembro de 2010 foram reduzidos em ( provenientes de 2010 e de 2009), por contrapartida de um aumento das Perdas por Imparidade Acumuladas no mesmo montante. Euros RENDIMENTOS E GASTOS Exercício 2010 Impacto da Exercício 2010 ( aprovado) reexpressão ( reexpresso) Vendas e Serviços Prestados Subsídios à exploração Variação nos Inventários da Produção Trabalhos para a Própria Entidade Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (47.143) - (47.143) Fornecimentos e Serviços Externos ( ) - ( ) Gastos com o Pessoal ( ) - ( ) Provisões (Aumentos/Reduções) ( ) - ( ) Imparidade de Investimentos não Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) (50.000) - (50.000) Outros Rendimentos e Ganhos ( ) Outros Gastos e Perdas ( ) - ( ) Resultado Antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos ( ) Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização ( ) ( ) Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) ( ) ( ) ( ) Resultado Operacional ( Antes de Gastos de Financiamento e Impostos) ( ) ( 1) ( ) Juros e Rendimentos Similares Obtidos Juros e Gastos Similares Suportados ( ) - ( ) Resultado Antes de Impostos ( ) - ( ) - Imposto sobre o Rendimento do Período (78.376) - (78.376) Resultado Líquido do Período ( ) - ( ) RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 229

235 Esta alteração incidiu igualmente sobre as amortizações, subsídios ao investimento reconhecidos em rendimentos e perdas de imparidade reconhecidos em 2009, primeiro ano em que foram registados gastos e rendimentos com o segmento água, pelo que, na Nota 7 do Anexo, as Amortizações Acumuladas em 31 de dezembro de 2010 foram reduzidos em ( provenientes de 2010 e de 2009), por contrapartida de um aumento das Perdas por Imparidade Acumuladas no mesmo montante. 6 Ativos Fixos Tangíveis Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2010, os movimentos ocorridos na rubrica de ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e nas perdas de imparidade acumuladas foram os seguintes: Ativos Fixos Tangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte 31-Dez-11 Equipamento Administrativo Outros Ativos Fixos Tangíveis Ativos Fixos Tangíveis em Curso Adiantamentos por conta de Investimentos Ativo Bruto Saldo Inicial Adições Outras Transferências/Abates Saldo Final Depreciações Acumuladas Saldo Inicial Adições Alienações/Abates/Transferências Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Valor Líquido Euros Total 6.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Os principais investimentos que se encontram evidenciados como ativos fixos tangíveis na Empresa Mãe são os terrenos sobrantes de expropriações, os edifícios da Sede, Museu da Luz, Parque de Natureza de Noudar e o Centro de Produção de Cartografia, os quais não se encontram afetos à concessão, pelo que não revertem para o Estado no final do período de concessão. Em anos anteriores, foi efetuada a transferência desses investimentos, de em curso para as devidas rubricas Ativos Fixos Tangíveis e iniciado o processo de depreciação, bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos subsídios que lhes estão associados Investimentos em Curso No planeamento das suas atividades a EDIA dispõe de um modelo de codificação que possibilita a alocação dos investimentos em rubricas associadas, entre si, permitindo um leque alargado de outputs e de mapeamentos necessários à boa gestão e controlo dos contratos celebrados. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 230

236 De acordo com o que está definido em Decreto-Lei relativo ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, as atividades da EDIA centram-se em 6 grandes infraestruturas (barragem de Alqueva, central de Alqueva, barragem e central de Pedrógão, estação elevatória dos Álamos, rede primária e rede secundária). A disponibilização destas 6 infraestruturas pretende criar condições de negócio que permitam melhorar os indicadores económicos e financeiros de várias áreas económicas com fortes possibilidades de crescimento após concretização dos investimentos do Alqueva. Foi definido que em algumas dessas áreas a EDIA participaria diretamente (energias renováveis; ambiente e património; água; inovação e tecnologia), enquanto em outras criaria apenas as condições necessárias à alavancagem das diversas possibilidades (turismo; agricultura). Mais tarde, a fim de agregar num único programa as diversas atividades relacionadas com as áreas de negócio identificadas como de forte possibilidade de desenvolvimento, que estavam dispersas pelos 6 programas anteriormente existentes, criou-se um novo programa (desenvolvimento regional), que agregou os investimentos realizados e programados na área das energias renováveis (eólica, fotovoltaica, biocombustíveis), inovação e tecnologia (centro de cartografia e sistema de informação geográfica de Alqueva), turismo (Parque de Natureza de Noudar, Museu da Luz, Marinas, Casa do Grande Lago, Envolvente da Barragem, Gestalqueva, Hotel Marina (antiga pousada da EDP)), bem como, de promoção e divulgação da EDIA e do Alqueva. À medida que se iam concluindo os investimentos nos 6 programas infraestruturais, entrando as infraestruturas em exploração, a classificação de algumas despesas em investimento acessório ou complementar deixou de fazer sentido, sendo necessário rever-se parte das classificações até aí adotadas. De igual forma foi necessário analisar-se alguns dos projetos em curso e concluir-se se teriam algum seguimento ou não e se gerariam benefícios económicos futuros. Até ao final de 2011, dos investimentos lançados no programa de desenvolvimento regional, já tinham passado para Ativo firme (Tangível ou Intangível), os investimentos relacionados com o Parque de Natureza de Noudar, Museu da Luz, energia fotovoltaica e Centro de Cartografia, que já não faziam sentido ir para investimento a partir do momento da entrada em exploração das principais infraestruturas. Assim, no final de 2011, mantinham-se neste programa (essencialmente refletido nos Ativos Fixos Tangíveis em Curso): (i) alguns investimentos relacionados com ações imateriais de estudos e projetos que foram realizados há largos anos e até à data não tiveram, nem se espera agora que venham a ter, por parte da EDIA, qualquer evolução, realização no terreno ou consequência financeira, favorável ou desfavorável, (ii) outros investimentos efetuados na envolvente da barragem de Alqueva que se conclui que se deveriam considerar afetos à conceção e (iii) investimentos no sistema de informação geográfico, relacionados com os investimentos atualmente em curso no EFMA (rede primária e rede secundária). Deste modo, com referência a 31 de dezembro de 2011 foram efetuadas regularizações (transferências/abates) na rubrica de Ativos Fixos Tangíveis em Curso, que envolveram reconhecimento de de gastos do período (Fornecimentos e Serviços Externos) e a transferência de um total de para a rubrica de Ativos Intagíveis. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 231

237 7 Ativos Intangíveis Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido das respetivas amortizações acumuladas e das perdas por imparidade, conforme se apresenta: Ativos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Projectos de Desenvolvimento Programas de Computador Outros Direitos Ativos Intangíveis em Curso Adiantamentos por conta de Investimentos Ativo Bruto Saldo Inicial Adições Outras Transferências/Abates Saldo Final Depreciações Acumuladas Saldo Inicial Adições Outras Transferências/Abates Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Saldo Inicial Perdas Imparidade Reconhecidas Perdas Imparidade Revertidas Saldo Final Saldo Final Euros Total 7.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Em resultado da entrada em funcionamento pleno da Barragem e da Central Hidroelétrica de Alqueva em Dezembro de 2005, e da Barragem e Central Hidroelétrica de Pedrógão no início de 2006, foi iniciado nessas datas o respetivo processo de depreciação (incluindo a parte das Barragens afeta à produção de energia, que se estima em 35,1% do investimento total das Barragens), bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos subsídios que lhes estão associados. A partir de 1 de novembro de 2007 (com a entrada em vigor do Contrato de Concessão), essas infraestruturas, tal como os restantes bens afetos à concessão, passaram a ser amortizadas pelo método das quotas constantes ao longo do período de 75 anos da concessão, que termina em outubro de Nos exercícios de 2009 a 2011 ficaram substancialmente concluídas e entraram em exploração vários perímetros de rega, podendo as percentagens de afetação das infraestruturas primárias a cada um dos perímetros ser resumida da seguinte forma: RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 232

238 subsistema Ardila subsistema Alqueva Data de Entrada em exploração /áreas/infraestruturas da rede primária Área Beneficiada (hectares) Perímetro Monte Novo Perímetro Alvito- Pisão Perímetro do Pisão Blocos de Ferreira, Perímetro Figueirinha e Valbom de Alfundão ( Perímetro Pisão-Roxo Infraestrutura 12 Perimetro Orada Amoreira Perímetro de Brinches Perímetro de Brinches- Enxoé subsistema Alqueva subsistema Ardila Área Beneficiada (hectares) Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) ,00% 9,13% 2,35% 4,64% 3,83% 5,43% 2,29% 4,96% 4,26% 3,99% Estação Elevatória dos Álamos ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% Barragens dos Álamos ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% Ligação Álamos - Loureiro ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% Barragem do Loureiro ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% Ligação Loureiro - Monte Novo ,00% Túnel Loureiro-Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% Tomada de Água do Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% Segregação de Água do Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% Ligação Alvito-Pisão ,81% 6,13% 12,12% 9,98% - Derivação a Odivelas ,51% Ligação Pisão-Roxo ,61% - - Barragem do Pisão ,04% - 61,96% - Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão ,53% 18,47% 15,88% 14,88% Barragem da Amoreira e Brinches ,47% 15,88% 14,88% Estação Elevatória de Brinches ,52% 32,26% 30,22% Adutor Brinches Enxoé ,52% 32,26% 30,22% Barragem de Serpa ,00% Estação Elevatória torre do lóbio, Adutor de Serpa e Reserv. Serpa Norte ,00% Perímetro de Serpa Face ao indicado, e analisando o quadro anterior, concluímos que as afetações das infraestruturas primárias a cada um dos perímetros de rega em exploração são as seguintes: Subsistema Alqueva Perímetro de Rega do Monte Novo, beneficia uma área de ha e desde 2009 que se afetaram as seguintes percentagens do investimento das infraestruturas primárias a montante: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro do Monte Novo é 7,00%; Estação Elevatória dos Álamos, Barragens dos Álamos, Ligação Álamos - Loureiro e Barragem do Loureiro, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de rega do Monte Novo é de 12,92% e Ligação Loureiro - Monte Novo, beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de rega do Monte Novo é de 100%. Perímetro de Rega do Alvito - Pisão, beneficia uma área de ha e afetaram-se desde 2010 as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro do Alvito Pisão é 9,13%; Estação Elevatória dos Álamos, Barragens dos Álamos, Ligação Álamos - Loureiro e Barragem do Loureiro, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de rega do Alvito Pisão é de 16,85%; Túnel Loureiro Alvito, Segregação de Água do Alvito e Tomada de Água do Alvito, beneficiam uma área de ha - Investimento afeto ao perímetro de rega do Alvito Pisão é de 19,35% e RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 233

239 Ligação Alvito Pisão, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega do Alvito Pisão é de 23,81%. Perímetro de Rega do Pisão, com uma área beneficiada de ha e a que estão afetas desde 2010 as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro do Pisão é 2,35%; Estação Elevatória dos Álamos, Barragens dos Álamos, Ligação Álamos - Loureiro e Barragem do Loureiro, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de rega do Pisão é de 4,34%; Túnel Loureiro Alvito, Segregação de Água do Alvito e Tomada de Água do Alvito, beneficiam uma área de ha- investimento afeto ao perímetro de rega do Pisão é de 4,98% e Ligação Alvito Pisão, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega do Pisão é de 6,13% e Barragem do Pisão, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega do Pisão é de 38,04%. Perímetro de Rega dos Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, com uma área beneficiada de ha, e a que estão afetas desde 2011 as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro dos blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom é 4,64%; Estação Elevatória dos Álamos, Barragens dos Álamos, Ligação Álamos - Loureiro e Barragem do Loureiro, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro dos blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom é de 8,57%; Túnel Loureiro Alvito, Segregação de Água do Alvito e Tomada de Água do Alvito, beneficiam uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega dos blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom é de 9,85%; Ligação Alvito - Pisão, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega dos blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom é de 12,12% e Ligação Pisão-Roxo, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega dos blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom é de 34,61%. Perímetro de Rega da Infraestrutura 12, beneficia uma área de ha e a partir de 2011 afetam-se as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro da Infraestrutura 12 é 5,43%; RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 234

240 Estação Elevatória dos Álamos, Barragens dos Álamos, Ligação Álamos - Loureiro e Barragem do Loureiro, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de rega da Infraestrutura 12 é de 10,02%; Túnel Loureiro Alvito, Segregação de Água do Alvito e Tomada de Água do Alvito, beneficiam uma área de ha - Investimento afeto ao perímetro de rega da Infraestrutura 12 é de 11,51% e Derivação a Odivelas, beneficia uma área de ha - Investimento afeto ao perímetro de rega da Infraestrutura 12 é de 64,51%. Perímetro de Rega de Alfundão, com uma área beneficiada de ha e a que estão afetas desde Maio de 2011 as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro do Alfundão é 3,83%; Estação Elevatória dos Álamos, Barragens dos Álamos, Ligação Álamos - Loureiro e Barragem do Loureiro, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de rega do Alfundão é de 7,06%; Túnel Loureiro Alvito, Segregação de Água do Alvito e Tomada de Água do Alvito, beneficiam uma área de ha- investimento afeto ao perímetro de rega do Alfundão é de 8,11% e Ligação Alvito Pisão, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega do Alfundão é de 9,98% e Barragem do Pisão, beneficia uma área de ha - investimento afeto ao perímetro de rega do Alfundão é de 61,96%. Subsistema Ardila Perímetro de Rega Orada - Amoreira, com uma área beneficiada de ha, afetou-se a partir de 2011 as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro Orada-Amoreira é 2,29% e Estação Elevatória e Adutor de Pedrógão e Barragens de Amoreira e Brinches, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro Orada-Amoreira é de 8,53%. Perímetro de Rega de Brinches, com uma área beneficiada de ha, afetou-se a partir de 2011 as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro Brinches é 4,96%; Estação Elevatória e Adutor de Pedrógão e Barragens de Amoreira e Brinches, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro Brinches é de 18,47% e RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 235

241 Estação Elevatória de Brinches e Adutor Brinches-Enxoé, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de Brinches é de 37,52%. Perímetro de Rega de Brinches - Enxoé, com uma área beneficiada de ha, iniciou-se em 2011 a amortizar as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro Brinches-Enxoé é 4,26%; Estação Elevatória e Adutor de Pedrógão e Barragens de Amoreira e Brinches, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro Brinches-Enxoé é de 15,88% e Estação Elevatória de Brinches e Adutor Brinches-Enxoé, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de Brinches-Enxoé é de 32,26%. Perímetro de Rega de Serpa, com uma área beneficiada de ha, iniciou-se em 2011 a amortizar as seguintes percentagens dos investimentos das infraestruturas primárias necessárias: Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%), beneficia uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de Serpa é 3,99%; Estação Elevatória e Adutor de Pedrógão e Barragens de Amoreira e Brinches, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de Serpa é de 14,88%; Estação Elevatória de Brinches e Adutor Brinches-Enxoé, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de Serpa é de 30,22% e Barragem de Serpa e Estação Elevatória Torre do Lóbio, Adutor de Serpa e Reservatório Serpa Norte, beneficiam uma área total de ha investimento afeto ao perímetro de Serpa é de 100%. As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afetas ao EFMA, objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (Barragens; Centrais Hidroelétricas e Rede Primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. No termo da concessão, os bens referidos anteriormente, revertem, sem qualquer indemnização, para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos e em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção. Uma vez que estas infraestruturas se encontram afetas ao segmento água e como tal, já foram objeto de ajustamento por perdas por imparidade, sendo o seu valor líquido contabilístico nulo (ver Nota 7.3), não se afetara qualquer amortização destes investimentos. Assim, o cálculo do valor das amortizações que seriam refletidas nas demostrações financeiras se não tivessem reconhecidas anteriormente as perdas por imparidade serve apenas para determinar qual a parte das perdas por imparidade que é aceite como gasto fiscal de cada período, nos termos do artigo 35.º do Código do IRC. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 236

242 7.2. Outros Direitos O montante da rubrica Outros Direitos corresponde, essencialmente, à compensação financeira inicial paga pela EDIA ao Estado, no montante de , resultante do Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, com a duração de 75 anos. Este Contrato concretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. Estando esta verba diretamente relacionada com a atividade de distribuição de água (e não com a atividade de produção de energia subconcessionada à EDP), que se encontra em imparidade total, os referidos encontram-se cobertos por perdas por imparidades acumuladas de igual montante (ver Nota 7.3. adiante). 7.3 Perdas por Imparidade Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário, a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento água através da determinação do respetivo valor de uso, tendo concluído, nos testes de imparidade efetuados com referência a 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009 que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda por imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis - subsídios) afetos a este segmento. Assim, os ativos líquidos afetos a este segmento registados em Ativos Intangíveis, com valor bruto em 31 de dezembro de 2011 (31 de dezembro de 2010: ) encontram-se totalmente compensados por perdas de imparidade acumuladas de igual montante. De igual modo, os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados em 2011 e anos anteriores) que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios. 8 Partes Relacionadas 8.1. Participações Financeiras Estas participações encontram-se registadas ao custo de aquisição, pois a EDIA não detém uma participação dominante ou significativa em nenhuma das sociedades abaixo identificadas: RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 237

243 Denominação Social Capital Social % Partic N.º Acções/ Un. Particip. Valor Nominal Custo de Aquisição Valor da participaçã Euros Valor da participaçã Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio ,8 11 UP Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A , A 4, Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A , A Águas do Centro Alentejo, S.A , A Lusofuel - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A , A Quanto à empresa Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, SA, uma vez que esta foi extinta em setembro de 2011 e não há uma segurança razoável de que a EDIA venha a receber qualquer quantia na sequência da liquidação, foi reconhecida em 2011 uma perda por imparidade correspondente à totalidade do capital investido pela EDIA na respetiva empresa ( ) Remuneração do Pessoal Chave da Gestão da Empresa - Mãe CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE Remuneração de 5.465,43 ( 14 v ezes por ano) ( *) Remuneração com redução de ( 5%) ,16 Remuneração com redução de ( 5%+10%) ,94 Viatura de Serv iço; T elemóv el; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais VOGAIS Remuneração de 4.675,41, 14 v ezes por ano ( *) Remuneração com redução de ( 5%) ,64 Remuneração com redução de ( 5%+10%) ,48 Viatura de Serv iço; T elemóv el; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais (*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais manteve-se em No entanto, e no âmbito da aprovação de um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010 de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%, respetivamente. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 238

244 9 - Imposto Sobre o Rendimento O gasto (rendimento) com impostos sobre o rendimento em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2010 tem a seguinte composição: Euros Impostos Correntes - Derrama Tributação Autónoma Total Na Empresa-Mãe, em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2010, existiam diferenças temporárias dedutíveis e prejuízos fiscais reportados relativamente aos quais não foi reconhecido qualquer ativo por imposto diferido por não existir expectativas razoáveis quanto à geração de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização: 31-Dez Dez-10 Euros Quantia Data de Extinção Quantia Data de Extinção Diferenças Temporárias Dedutíveis - Perdas de Imparidade nos Activos Intangíveis - Perdas de Imparidade em Investimentos não Depreciáveis/Amortizáveis - Provisões Não Dedutíveis em IRC (IFRIC 12) Prejuízos Fiscais reportados ainda não utilizados - Exercício de Exercício de 2011 (estimativa) Dez Dez Dez Total RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 239

245 10 Inventários A composição dos Inventários, em 31 de dezembro 2011 e em 31 de dezembro de 2010, é a seguinte: Inventários (Balanço) Inventários 31-Dez Dez-10 Produtos Acabados e Intermédios Produtos e Trabalhos em Curso Mercadorias Matérias Subsidiárias Euros Na sequência da publicação do Decreto-Lei nº 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12 (cuja exploração será concessionada pela EDIA ao Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território - MAMAOT) prevê a transferência para o Estado da infraestrutura integrante da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o custo das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega que ainda não foram transferidas para as Associações de Regantes ou outra entidade indicada pelo Estado, na rubrica de Inventários. Assim, em 31 de dezembro de 2011, o saldo de Inventários corresponde essencialmente aos investimentos na rede secundária de rega, concluídos e em curso, respetivamente registados nas rubricas de Produtos Acabados e Intermédios ( ) e de Produtos e Trabalhos em Curso ( ), que ainda não foram transferidos para as Associações de Regantes ou outra entidade indicada pelo MAMAOT. O saldo da conta de Produtos Acabados e Intermédios em 31 de dezembro de 2011 corresponde ao investimento: (i) no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009 e que aguarda a preparação do dossier técnico para posterior transferência para entidade a indicar pelo MAMAOT; (ii) nos perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; e (iii) nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa e Alfundão que, no ano de 2011, se encontram substancialmente concluídos. Os investimentos feitos nestas infraestruturas, de natureza operacional, isto é, gastos com eletricidade, conservação, reparação e manutenção e outros de carácter funcional, de operacionalidade, foram reconhecidos na conta corrente com a DGADR, que apresenta o valor de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 240

246 11 Clientes, Vendas e Serviços Prestados O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber Clientes O saldo de Clientes traduz na sua maioria os valores a receber pelos serviços de distribuição de água prestados, que resultam do cumprimento do Despacho n.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA Vendas A rubrica de Vendas em 2011 ( ) regista essencialmente, o montante das vendas da energia emitida para a rede, pela central fotovoltaica ( ) e pelas centrais Mini-hídricas ( ) assim como as vendas dos bens de merchandising do Parque de Natureza de Noudar ( 7.381) Prestações de Serviços Euros Prestações de Serviços Produção de Energia Distribuição de Água Cartografia Parque de Natureza de Noudar Total Produção de Energia Em 2011, na conta de Produção de Energia foi reconhecido o montante de , no âmbito do Contrato de Concessão de exploração das Centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, por 35 anos, celebrado entre a EDIA e a EDP. Neste Contrato, a EDP obriga-se a proporcionar à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos: Um montante inicial no valor de , acrescido de IVA à taxa legal e pago na data de entrada em vigor do presente contrato e Ao longo do período de vigência do contrato (35 anos), um montante anual periódico de acrescido de IVA à taxa legal e pago anualmente no mesmo dia e mês da entrada em vigor do contrato, sendo a primeira prestação devida no ano de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 241

247 Em 2011, no âmbito do referido contrato e nos termos da cláusula 4ª, alínea b) do Anexo VII, sobre a Revisibilidade devida à não realização de qualquer dos reforços de potência de Alqueva, Pedrógão e de Alqueva e Pedrógão e uma vez que não foi construído o reforço de potência de Pedrógão, a EDP perante a EDIA, afirma considerar-se integralmente desonerada de qualquer obrigação relativa à construção do reforço em causa. Face ao exposto a EDP deixa, por ora, cair as antes enunciadas pretensões ao ressarcimento de alegados custos de projeto já incorrido, e invoca a aplicação da cláusula 4ª alínea b)do Anexo VII e da cláusula 6ª nº1 alínea b) do contrato, de onde resulta uma redução do montante periódico anual a pagar à EDIA (de para ), com acertos retroativos aos pagamentos efetuados. Face ao atrás exposto, a EDIA para regularizar a situação indicada, emitiu uma fatura com o novo valor da renda a receber e respetiva nota de crédito de acerto referente aos anos anteriores (2008/2009 e 2010), que se traduziu numa redução de no saldo da conta Produção de Energia. No âmbito do contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio hídrico publico e de acordo com o estabelecido no nº2 do Anexo VII, foram faturados à EDP em 2011, em resultado da alteração dos volumes de retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, os montantes de referente a 2008/2009, e de referente a Por outro lado, a EDIA, segundo o regime do acréscimo. Especializou o montante de ,40 que representa o valor da estimativa para o ano de A EDIA reflete também nesta conta, o valor de de TRH relativa à utilização de água na produção de energia da central hidroelétrica de Alqueva. Distribuição de Água A transposição da Diretiva Quadro da Água foi operada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, e desenvolvida pelo Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, e pelo Decreto-Lei n.º 97/2008, de 1 de junho, tendo consagrado o princípio do valor económico da água, por força do qual se consagra o reconhecimento da escassez atual ou potencial deste recurso e a necessidade de garantir a sua utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e de recursos. Em cumprimento do Despacho n.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA, a EDIA no 2º semestre de 2010 iniciou o processo de faturação, cuja desagregação legalmente prevista (Art.º 23, n.º 2 do Decreto-Lei n.º 97/2008, de 11 de junho) obedece aos seguintes termos: Os valores do preço da água aprovados pelo Despacho n.º 9000/2010, de 27 de abril, 0,089/m 3 e 0,053/m 3 já refletem a repercussão, legalmente exigida, sobre o utilizador final, do encargo económico representado pela taxa de recursos hídricos (TRH) e as componentes de conservação e exploração, e são reduzidos em 70% no 1.º ano, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até ao 8.º ano, perfazendo nesse ano os valores indicados. Os valores fixados para a componente de conservação são de 50,00/ha/ano para a adução em alta pressão e de 15,00/ha/ano para a adução em baixa pressão. Estes valores sofrem reduções conforme indicado no parágrafo anterior. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 242

248 O valor unitário do m 3 de consumo de água faturado resulta das tarifas fixadas deduzidas da componente relativa à conservação. A componente de conservação unitária considera um consumo médio anual de m 3 /por hectare de m 3. O preço da água destinado à rega para uso agrícola, no segundo ano (2011), foi atualizado com o índice de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal em 2010 (taxa de variação média anual) de 1,40%. É considerada a área beneficiada pelas infraestruturas de rega e o volume de água fornecido. O montante da prestação de serviços no âmbito da distribuição de água foi de , correspondente à parcela do sistema primário e aplicando uma tarifa reduzida aos valores a faturar de 70% para o 1.º ano (2010), diminuindo anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até 8.ºano. No ano de 2011 a faturação realizada relativa à distribuição de água aos Perímetros de Rega e a captações diretas é a seguinte: PISÃO MONTE - NOVO ALVITO - PISÃO FERREIRA, FIGUEIRINHA E VALBOM BRINCHES BRINCHES- ENXOÉ ORADA- AMOREIRA SERPA ALFUNDÃO Exploração Acertos Total TRH (*) Exploração Conservação Total Rede Secundária Rede Primária (25.553) (*) Inclui facturação em 2011 correspondente a TRH de consumos de Euros Prevê-se que a faturação emitida referente à prestação de serviços no âmbito da distribuição de água, em ano cruzeiro seja feita em dois momentos: Início de abril: Faturação da Conservação do ano em curso; Faturação da Exploração e TRH referente aos meses de outubro, novembro e dezembro do ano anterior. Início de outubro: Faturação da Exploração e TRH referente ao 1º, 2º e 3º trimestre do ano em curso. As faturas são baseadas em contagens reais de consumo. Os rendimentos respeitantes à componente da distribuição de água a faturar, por consumos ocorridos, não lidos ou validados até à data de balanço, são registados por estimativa. As diferenças entre os valores estimados e os reais são registados nos períodos subsequentes. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei n.º 313/2007 de 17 de setembro, que aprovou as bases de concessão, a EDIA detém, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para a produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 243

249 e o sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito (artigo 7.º). Conjugando o n.º 3 do artigo 5.º do mesmo Diploma, a TRH é repercutida nos respetivos utilizadores finais. Assim sendo, conforme os títulos emitidos para captações diretas e de acordo com os consumos de água indicados (origem de água no sistema primário) a EDIA emite as respetivas notas de débito aos consumidores, cujo valor faturado à data do relato foi de Os valores indicados estão associados aos preços da água, tendo em conta as diversas componentes (taxa de recursos hídricos, exploração e conservação), sendo que se dividem pela rede primária e rede secundária de rega. O valor da rede primária mantêm-se nesta conta enquanto o da rede secundária é deduzido ao total dos gastos do período relacionados com estes perímetros para efeitos de determinação da quantia líquida a pagar pela DGADR (vide Nota 9 e 13). O valor apurado é transferido para uma conta de terceiros da DGADR, a receber ou a pagar, assim sejam os gastos superiores aos rendimentos ou vice-versa, respetivamente Estado e Outros Entes Públicos Esta rubrica inclui, em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010, os seguintes saldos: 31-Dez Dez-10 Euros Activo Corrente IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado IRC - Imposto sobre o Rendimento Passivo Corrente Retenções de Impostos sobre o Rendimento Contribuições para a Segurança Social IRC - Imposto sobre o Rendimento IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado No Ativo Corrente, o saldo do IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado inclui, essencialmente relativos aos montantes de reembolsos pedidos dos meses de agosto, outubro e novembro de 2011 decorrente da fase de investimento em que se encontra a EDIA, bem como o montante de de dezembro de 2011 a recuperar pela EDIA, sendo que este último montante à data de 31 de dezembro ainda não tinha sido objeto de pedido de reembolso. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 244

250 Nos termos do disposto do Código da Contribuição Autárquica e nos termos do disposto do Código do Imposto Municipal sobre Transações de Imóveis, o Estado está isento do pagamento de impostos sobre os imóveis integrados no seu património. O saldo de IRC - Imposto sobre o Rendimento, apresentado no Ativo Corrente refere-se aos pagamentos especiais por conta de IRC ( ). No que se refere aos pagamentos especiais por conta (PEC) do ano de 2006, no valor de , a EDIA assumiuo como gasto do exercício de 2011, uma vez que só é possível recuperar o PEC, no próprio período de tributação a que respeita ou, se insuficiente, até ao quarto período de tributação seguinte e mediante apresentação do respetivo pedido de reembolso. Os saldos do Passivo Corrente incluem os montantes em dívida, de Segurança Social e de IRS, referentes aos vencimentos de dezembro de 2011 dos funcionários do Grupo, bem como o valor de IRC respeitante ao exercício de 2011, o qual decorre essencialmente do valor estimado das tributações autónomas a suportar Acionistas A EDIA contraiu, no segundo trimestre de 2011, um empréstimo de junto do Estado Português, através da DGTF, que detém 100% do seu capital. Este empréstimo destinou-se a suprir necessidades financeiras de curto prazo da Empresa, devido a refinanciamento de empréstimos que venceram em 2011 e à contrapartida nacional dos projetos da rede primária de abastecimento de água do EFMA. Este empréstimo foi reembolsado, na sua totalidade, a 30 de setembro de Outras Contas a Receber Esta rubrica tem a seguinte composição, em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010: Outras Contas a Receber 31-Dez-11 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes DGADR_IE DGADR_Perímetros de Rega Depósitos Cativos Fundos Comunitários Devedores por Acréscimo de Rendimentos Outros Dez-10 Euros As contas a receber evidenciadas nesta rubrica estão registadas pelo seu valor nominal. O saldo da conta DGADR Direção Geral Agricultura e Desenvolvimento Regional IE 12 reflete o investimento na Infraestrutura 12, deduzido dos subsídios recebidos relativos à mesma. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 245

251 O Decreto-Lei nº 335/01, de 24 de dezembro, veio estabelecer que as obras relativas à conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega do EFMA são do Estado, exceto a infraestrutura 12, que se mantém propriedade da EDIA sob o regime de concessão ao MAMAOT. Na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional - DGADR), em abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos, este investimento e os subsídios associados têm vindo a ser registados, desde 2006, nas Outras Contas a Receber, pois a EDIA aguarda o ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado na mesma, por parte da DGADR. O saldo da conta DGADR - Direção Geral Agricultura e Desenvolvimento Regional Perímetros de Rega reflete os gastos com eletricidade, conservação, reparação/manutenção, e outros gastos operacionais realizados nos perímetros de rega que já se encontram em exploração, a partir da data de início de exploração, deduzidos dos rendimentos provenientes da exploração desses perímetros na parte imputável à rede secundária de rega. Os movimentos acumulados da conta DGADR - Dir. Geral Agricultura e Desenvolvimento Regional Perímetros de Rega, em 2010 e 2011, são os seguintes: Euros Conta Gastos de Exploração Rendimentos de Exploração Saldo DGADR - Perímetros de Rega O montante de corresponde aos valores de pedidos de pagamento de financiamento comunitário, ainda não liquidados, mas que a EDIA estima com um grau elevado de certeza vir a receber. A conta de Depósitos Cativos corresponde aos depósitos de caução constituídos pela EDIA, em Instituições Bancárias, a favor de Tribunais Judiciais, no âmbito de processos judiciais em curso e processos de expropriação litigiosos, apresentando, em 31 de dezembro de 2011, o valor de Os depósitos cativos no Millennium BCP e no Banco Espírito Santo nos montantes de e respetivamente, foram constituídos através da contração de empréstimos de igual montante, classificados em Financiamentos Obtidos. O valor remanescente de corresponde a depósitos constituídos com fundos próprios, no âmbito de processos de expropriação litigiosos e outros custos judiciais e despesas. O valor mais significativo desta rubrica ( ) decorre do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla, iniciado em outubro de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 246

252 No âmbito do contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio hídrico publico e de acordo com o estabelecido no nº2 do Anexo VII, a EDIA segundo o regime do acréscimo, registou em Devedores por acréscimos de rendimentos o montante de ,40 que representa o valor da estimativa para o ano de 2011, da revisibilidade devida à alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão Diferimentos Diferimentos (Ativo Corrente) Os Diferimentos apresentados no Ativo Corrente incluem, essencialmente os prémios de seguro pagos até 31 de dezembro de 2011 mas correspondentes a períodos de vigência posteriores ( ), sendo que os prémios de seguros diferidos de valor mais significativo se referem a seguros de responsabilidade civil e de saúde Diferimentos (Passivo Corrente e Não Corrente) Esta rubrica apresenta a seguinte repartição entre Passivo Corrente e Passivo não Corrente: Euros Proveitos Diferidos 31-Dez Dez-10 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos Subsídios do Estado Os Subsídios do Estado evidenciados nesta rubrica do Passivo correspondem aos subsídios ao investimento atribuídos, a fundo perdido. Os investimentos obtiveram financiamentos comunitários, sobretudo, no âmbito do QCA II (FEDER,FEOGA e Fundo de Coesão), QCAlll (FEDER e FEOGA-O) e POVT (FEDER) e PRODER (FEADER). Alguns desses investimentos foram também financiados pelo PIDDAC para fazer face à contrapartida nacional dos projetos apoiados pelo FEOGA, no QCA III e FEADER, no PRODER. Os subsídios do Estado apenas são reconhecidos quando existe uma certeza razoável de que a Empresa irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 247

253 No caso dos subsídios relativos ao segmento água, o respetivo montante tem vindo a ser sucessivamente desreconhecido no âmbito do registo das perdas por imparidade dos ativos afetos a este segmento Outros Rendimentos a Reconhecer O valor de rendimentos diferidos do contrato de concessão da exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão com a EDP, evidenciado em 31 de dezembro de 2011 no Passivo não Corrente ( ) e no Passivo Corrente ( ), decorre do recebimento de , em 1 de novembro de 2007, nos termos da alínea a) do nº 1 da cláusula 6ª do Contrato de Exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de Subconcessão do Domínio Público Hídrico, celebrado com a EDP. Os montantes recebidos e a receber da EDP no âmbito deste contrato serão reconhecidos como rendimentos ao longo do período de duração do contrato (35 anos), com início de 1 de novembro de No ano de 2011 foram reconhecidos de rendimentos referentes a 2011 (dos quais se referem a prestações de serviços e a juros), deduzidos de uma correção de ( de prestações de serviços e de juros) referente a anos anteriores por se ter decidido, em 2011, agir conforme o estipulado nos termos da cláusula 4.ª b) do Anexo VII do contrato celebrado com a EDP Capital Próprio No período compreendido entre 31 de dezembro de 2010 e 31 dezembro de 2011, os capitais próprios da EDIA tiveram a seguinte evolução: Euros Contas Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados Resultado Líquido do Período Interesses Minoritários Capital Realizado O Capital inicial da EDIA ( ) foi sucessivamente aumentado, no período de 1996 a 2009, até atingir, em 31 de dezembro de 2009, o valor atual de Em 31 de dezembro de 2011, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado ascende a , representado por ações de valor nominal de 5 cada. Decorrente da transposição do POC para SNC, o valor de de imposto de selo referente ao aumento de capital ocorrido em maio de 2009, foi subtraído ao capital subscrito perfazendo o capital realizado ( ). RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 248

254 A EDIA é uma Sociedade Anónima em cujo capital o Estado Português, através da DGTF, detém 100% do capital social da Empresa Outras Reservas A rubrica Outras Reservas inclui, essencialmente: (i) de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da transferência para a EDIA das verbas incluídas no Orçamento de Estado para a extinta Comissão Instaladora do Alqueva; (ii) relativos à transferência para a EDIA do ativo da referida Comissão; (iii) referentes à doação de um quadro para o edifício da sede da EDIA e (iv) de subsídios afetos às áreas sobrantes (que não configuram investimentos amortizáveis) Resultados Transitados O resultado desta rubrica em 31 de dezembro de 2011 ( negativos) está essencialmente relacionado com o reconhecimento de perdas por imparidade nos ativos intangíveis do segmento água cujo valor acumulado ascende a Imparidade de Ativos Na sequência da cedência à EDP, pelo período de 35 anos, da exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e dos direitos de utilização privativa do respetivo domínio público hídrico, em outubro de 2007, encontravam-se já definidas, desde essa data, a generalidade das receitas de exploração associadas à componente hidroelétrica do EFMA até ao ano de No entanto, à data do encerramento das contas de 2009 e das de anos anteriores, ainda não havia sido definido, pelo MAMAOT, o tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário do Empreendimento, o qual iria influenciar de forma determinante as receitas de exploração esperadas da Empresa e permitiria avaliar em que medida as receitas totais de exploração esperadas com a utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA (as associadas ao fornecimento de água para rega e abastecimento humano e as decorrentes da exploração hidroelétrica) permitiriam ou não recuperar o investimento global previsto no âmbito do Empreendimento. No entanto, seria já possível, à data de encerramento das contas, quer de 2009 quer de anos anteriores, prever que os investimentos realizados no EFMA teriam uma reduzida rendibilidade e que existiriam, consequentemente, perdas de imparidade a registar. No entanto, é importante ter presente que desde os primeiros estudos este Empreendimento foi considerado um instrumento de desenvolvimento regional, concebido e executado com objetivos claros de desenvolvimento de uma zona deprimida do interior do país e que visava a conversão do sector agrícola de sequeiro para regadio, nunca estando em causa o retorno dos ativos do EFMA e não existindo previsões de recuperação dos investimentos, subsistindo apenas, a ideia que, analisadas todas as unidades geradoras de caixa do EFMA, os benefícios económicos futuros cobrem os custos de exploração das atividades (sem considerar a amortização dos investimentos), e os resultados de exploração são positivos. Acresce o facto, de que estes ativos, RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 249

255 considerados de interesse público, destinam-se a suprimir enormes carências existentes na região relacionadas com a disponibilidade de água para fins de abastecimento humano, agrícolas e industriais. Desde logo, o Estado Português, assumiu este Empreendimento como de fins múltiplos, cujo objetivo estratégico se pautava na constituição de uma reserva estratégica de água e, como detentor único do capital da EDIA, teria que assegurar a dotação dos fundos necessários à prossecução do seu objeto, criando as condições para a Empresa honrar os compromissos assumidos no decorrer da execução do projeto. O EFMA representa uma obra de aproveitamento de recursos hídricos associados ao Rio Guadiana e que garante uma reserva estratégica de água, contribuindo para inverter as tendências de declínio populacional e económico de uma vasta região do Alentejo, revestindo-se, assim, de um colossal interesse nacional, com os consequentes benefícios que advêm da sua concretização, ao nível da melhoria da qualidade de vida da população da região do Alentejo, bem como à promoção económica, social e ambiental. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com a tarifa definida pelo Estado, que por sua vez, no seu cálculo, considera um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. Existindo (desde anos anteriores) indícios de que os ativos do segmento água estariam em imparidade mas não sendo possível calcular a quantia recuperável de ativos individuais afetos a este segmento, dada a forte interligação dos influxos de caixa dos vários ativos ou grupos de ativos do segmento, a EDIA determinou a quantia recuperável da unidade geradora de caixa ( mais pequeno grupo identificável de ativos que seja gerador de influxos de caixa e que seja em larga medida independente dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos ) que corresponde a todo o segmento água. Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água do sistema primário, a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento água através da determinação do respetivo valor de uso, tendo-se concluído, nos testes de imparidade efetuados com referência a 31 de dezembro de 2009 e 2010 e 31 de dezembro de 2011, que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda de imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis) afetos a este segmento. Para este efeito, foram considerados fluxos de caixa até o ano de 2082, ano em que termina contrato de concessão à EDIA que contempla a gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, ao abrigo do disposto no Decreto - Lei N.º 313/2007. Para a atualização dos fluxos de caixa futuros foi utilizada uma taxa de desconto baseada no custo médio ponderado do capital (WACC Weighted Average Cost of Capital), por forma a refletir: (i) o valor temporal do dinheiro para os períodos até 2082; (ii) as expectativas acerca das variações possíveis na quantia ou tempestividade dos fluxos de caixa; (iii) o preço de suportar a incerteza inerente ao ativo; e (iv) outros fatores que os participantes no mercado refletiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a Empresa espera obter dos ativos. Tendo presente que todas as projeções futuras foram elaboradas com base em pressupostos considerados razoáveis e suportáveis, tendo em conta o mercado presente e futuro e que as decisões tomadas nas últimas RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 250

256 projeções/estudos foram aprovadas por parte da administração da EDIA, os principais pressupostos adotados são os seguintes: Taxa de adesão ao recurso água crescente em 10 anos; Consumo médio de água de m 3 /ha, em 80% da área coberta; Preço unitário de referência para fornecimento de água destinada a rega para fins agrícolas, à saída da rede primária, de 0,042 /m 3, sendo que os valores no 1.º ano correspondem a 30% desse valor, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente até atingirem o mencionado valor de referência no 8.ºano (conforme Despacho n.º 9000/2010, de 26 de Maio); e Taxa de atualização de preços de 2%. Na medida em que as condições e pressupostos contemplados nos estudos de imparidade reportados a 31 de dezembro de 2009 já existiam ou eram previsíveis à data do encerramento das contas do exercício de 2008, no âmbito da reexpressão das demonstrações financeiras do exercício de 2009, foram imputadas a Resultados Transitados as perdas de imparidade correspondentes à totalidade dos ativos afetos ao segmento água, à data de 31 de dezembro de As quantias reconhecidas e mensuradas dos ativos fixos tangíveis e intangíveis, assim como as perdas de imparidade reconhecidas com referência a 31 de dezembro de 2011 e a 31 de dezembro de 2010 podem ser apresentadas da seguinte forma: Segmento Água - Perda de Imparidade Euros Activo Intangível Subsídios ao Investimento por Reconhecer ( ) ( ) Imparidade Acumulada Perdas de Imparidade Reconhecidas no Período No Subsistema de Alqueva encontram-se integradas e em exploração as centrais mini-hídricas de Alvito, Pisão, Roxo, Odivelas e no Subsistema do Ardila a central mini-hídrica de Serpa. Estas infraestruturas tendo sido transferidas de ativos intangíveis em curso para firme e consideradas unidades geradoras de caixa ao abrigo da NCRF 12, foram alvo de testes de imparidade que permitissem concluir sobre qual a parte do investimento que foi efetuado, está em imparidade ou não, especificamente para as componentes elétrica e rega. Este estudo, como todos os estudos de índole prospetiva, tem os seus resultados estritamente ligados à validade das diferentes hipóteses de evolução que nele se consideram, designadamente, e entre outros pressupostos, no que concerne aos volumes efetivamente turbinados e aos custos unitários da energia, no horizonte de projeto. A subdivisão destes custos pelas componentes elétrica e rega foi obtida pela separação dos valores correspondentes aos investimentos diretamente afetos à produção de energia do restante, tendo em RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 251

257 consideração os valores das quantidades de obra e do equipamento existentes nestas infraestruturas e que se encontram diretamente relacionadas com as funções produção de eletricidade e rega. Tendo presente estes pressupostos e o objetivo do estudo, face ao conjunto de análises efetuadas, a conclusão foi de que, estas unidades geradoras de caixa originam benefícios económicos futuros suficientes para assegurar o retorno do investimento, isto é, não se encontram em imparidade. De salientar que, de igual modo, de acordo com os estudos e melhores projeções da EDIA, não existe qualquer imparidade ao nível dos ativos do segmento Energia. 18 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes A EDIA analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado e que seja provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos necessário para a liquidação das obrigações, poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação daquele pressuposto, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. A evolução das Provisões em 2011 e 2010 é a seguinte: Provisões (Balanço) Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final Provisões Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Provisão IFRIC Euros Provisões (Balanço) 2010 Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final Provisões Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Provisão IFRIC Euros RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 252

258 18.1. Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Em 31 de dezembro de 2011 são conhecidos vários processos litigiosos, resultantes, quer de processos judiciais em curso, quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a EDIA, tendo a Empresa constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do valor dos encargos futuros a suportar. O montante de refletido na rubrica de Provisões-Processos judiciais e de expropriação litigiosa a 31 de dezembro de 2011, deve-se essencialmente aos processos judiciais em curso, a seguir discriminados, bem como aos processos a decorrer no âmbito de expropriações litigiosas. Processos Judiciais 31-Dez Dez-10 Processo IVA da Aldeia da Luz Portucel Recicla Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL(IE12) Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL(Emp.Equip.Colectivos) Processo Arbitral Tecnasol Processo Arbitral Alexandre Barbosa Borges SA Processo Arbitral Teixeira Duarte/EPOS Geraldo Magela Assis Herdade de Luís Soares da Cunha Florim Império Bonança Outros Processos de Expropriação Litigiosas Euros Herdade da Palmeirinha e Perdigoa Herdade da Perdigoa Herdade da Confraria_João Feijão Herdade dos Bacelos Outros A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de (correspondendo ao valor já faturado de acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com embargos de executado, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Para fazer face às eventuais responsabilidades decorrentes deste processo, a EDIA constituiu, em anos anteriores, uma provisão de , que foi estimada em metade do valor reclamado pela Portucel Recicla. Em dezembro de 2011 a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de (50% do montante de ), valor este destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A.. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 253

259 A EDIA interpôs uma ação contra o consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, reclamando o pagamento de , acrescido de juros de mora, a título de ressarcimento pelas verbas despendidas na reparação do canal IE12 e ainda indemnização por danos na imagem. O consórcio, em sede de reconvenção, reclama o pagamento de a título de juros de mora por atrasos nos pagamentos e na libertação da caução. Aguarda-se o início do julgamento e constituiu-se, em 2010, uma provisão no montante de que corresponde a 50% do pedido formulado pelo consórcio. Em relação ao processo interposto pelo consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, relativo à Empreitada das Habitações e Comércios da construção da Nova Aldeia da Luz (provisão de ), é de salientar que, nos termos de sentença proferida pelo Tribunal Arbitral em setembro de 2006, ratificada em reunião de 24 de abril de 2007, a EDIA foi condenada a pagar de mais revisões de preços e juros, e paralelamente, o consórcio foi condenado ao pagamento de A EDIA impugnou o acórdão proferido, junto do Tribunal Administrativo. No que concerne ao processo intentado pela Tecnasol FGE à EDIA, referente à Empreitada de Tratamento de Fundações e de Implementação do Plano de Observação do Aproveitamento de Pedrógão, a autora reclama, a título de trabalhos a mais e indemnização de maior onerosidade na realização dos trabalhos, a quantia de acrescida de juros no montante de A EDIA constituiu, em anos anteriores, uma provisão ( ) que corresponde a 50% dos valores reclamados. Em 2010 a EDIA foi citada para contestar uma ação judicial interposta pelas empresas Teixeira Duarte, SA e EPOS, SA onde é reclamado o pagamento de a título de juros de mora por atraso no pagamento de faturas vencidas no âmbito da Empreitada de Construção do Túnel Loureiro - Alvito. A EDIA contestou por exceção e impugnação e atendendo à matéria em discussão, constituiu uma provisão no valor de , correspondente ao valor mínimo que a EDIA terá que pagar se não vingar a defesa por exceção. Em 2011, na sequência da ação de condenação (ainda na fase dos articulados), intentada pela empresa Alexandre Barbosa Borges S.A, contratada pela EDIA para a execução da Empreitada de Construção das Centrais Mini- Hídricas do Alvito e de Odivelas do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, a Autora peticiona o pagamento de Este montante é a título de trabalhos a mais titulados em contrato adicional, acrescido de juros vencidos, custos indiretos de produção e juros de mora sobre a faturação paga em atraso. A provisão constituída ( ) corresponde a 50% do pedido formulado pelo Consórcio. A variação significativa ocorrida nesta rubrica, deve-se essencialmente à reversão total da provisão relativa ao IVA da Aldeia da Luz. Esta provisão constituída em 2006, decorreu do entendimento da Administração Fiscal de que a EDIA não tinha direito à dedução do imposto suportado na construção da Nova Aldeia da Luz, o que originou liquidações adicionais de IVA e respetivos juros compensatórios. Na sequência do indeferimento quer da reclamação graciosa quer do subsequente recurso hierárquico interposto pela EDIA, a Empresa efetuou a respetiva impugnação judicial, em abril de Não obstante ser entendimento da EDIA que não deveria existir qualquer restrição ao direito à dedução do IVA suportado com a Nova Aldeia da Luz nem qualquer liquidação adicional de IVA, a Empresa constituiu, em 2006, uma provisão de para fazer face às eventuais responsabilidades decorrentes deste processo, cobrindo quer o valor do imposto quer o dos respetivos juros compensatórios. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 254

260 Por sentença de 11 de julho de 2011, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja julgou procedente a impugnação judicial interposta pela EDIA, anulando a liquidação de IVA. A Fazenda Pública recorreu entretanto desta sentença, para o Supremo Tribunal Administrativo. No início de fevereiro 2012, a EDIA foi informada do Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, onde os meritíssimos juízes da Secção de Contencioso Tributário deste Tribunal, de harmonia com os poderes conferidos pelo artº 202 da Constituição da República Portuguesa, acordam em negar provimento ao recurso jurisdicional interposto pela Fazenda Pública, tendo sido mantida a decisão de 1ª instância que foi favorável à EDIA no sentido da anulação da liquidação adicional de IVA. Face ao atrás exposto, a EDIA procedeu à anulação da provisão registada no valor de Provisão IFRIC 12 As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afeto ao EFMA objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. A rubrica Provisão IFRIC 12 reflete o valor presente da estimativa de encargos relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo, assim, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. No âmbito da aplicação da IFRIC 12, foi feito um reforço da provisão, em 2011, no montante de , ficando a mesma registada por um valor total de , referente às infraestruturas que já se encontram em exploração Financiamentos Obtidos Euros 31-Dez Dez-10 Total Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Total Empréstimos por Obrigações Empréstimos Bancários Contas Correntes Caucionadas Locações Financeiras Conta Juros Credora Depósito Caução Os Financiamentos Obtidos respeitam essencialmente a obrigações não convertíveis e financiamentos contraídos junto de instituições de crédito nacionais e estrangeiras. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 255

261 O financiamento dos investimentos realizados para conclusão da implementação das várias infraestruturas do EFMA, envolveu até à presente data a contratação, por parte da EDIA, dos empréstimos por obrigações registados quer no Passivo não Corrente, quer no Passivo Corrente. BEI Data de início do contrato: 1999 Prazo: 20 anos Período de carência: 7 anos O montante de ,00, refletido na conta de empréstimos, resulta da utilização total das tranches A, B, C e D. O reembolso deste empréstimo será efetuado da seguinte forma: Tranche A-18 amortizações anuais e consecutivas com início em setembro de 2007; Tranche B-23 amortizações anuais e consecutivas com início em setembro de 2007; Tranche C-18 amortizações anuais e consecutivas com início em março de 2009; Tranche D-23 amortizações anuais e consecutivas com início em março de 2009; Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 21 de novembro de 2003 Prazo: 15 anos Reembolso: total no final do contrato (2018) Este empréstimo obrigacionista, foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa-Banco de Investimento, S.A. destinado ao financiamento do EFMA. Os Cupões são trimestrais. O Empréstimo Obrigacionista como meio de financiamento de um ativo qualificável Investimento do EFMA - levou a EDIA a incorrer em custos associados ao empréstimo e em simultâneo a obter proveitos financeiros associados à eficiente gestão das disponibilidades de tesouraria. Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 8 de janeiro de 2007 Prazo: 20 anos Reembolso: total no final do contrato (2027) Este empréstimo obrigacionista, foi contraído junto do Millennium BCP e do BPI, Os Cupões são semestrais. Conta Corrente Caucionada Santander-Totta A EDIA apresenta neste momento 1 conta corrente caucionada na Instituição Bancária Santander Totta com as seguintes características: Santander Totta Montante: M 5 Taxa Indexante: Euribor 3 Meses Spread (all in): 4% Prazo: 6 meses com possibilidade de prorrogação. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 256

262 Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 08 de agosto de 2010 Prazo: 20 anos Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, 28 prestações semestrais, iguais e sucessivas; Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário constituído por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI); Banco Santander Totta, S.A. (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A. (CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. Sucursal em Portugal (Dexia); Os Cupões são semestrais. Taxa Juro: Euribor 6 meses + Spread 2,65%. Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BES Data de início do contrato: 29/12/2011 Data do fim do contrato: 20/02/2012 Taxa de juro: 8% (spread)+ Euribor a 90 dias Empréstimo Bancário (Curto Prazo) Millennium BCP Data de início do contrato: 21/12/2011 Data do fim do contrato: 23/01/2012 Taxa de juro anual nominal: 7,218% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI Data de início do contrato: 22/12/2011 Data do fim do contrato: 15/03/2012 Taxa juro anual nominal: 7,5% (spread)+ Euribor a 90 dias Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI Data de início do contrato: 28/12/2011 Data do fim do contrato: 15/03/2012 Taxa juro anual nominal: 7,5% (Spread)+ Euribor a 90 dias Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 28/12/2011 Data do fim do contrato: 15/01/2012 Taxa juro anual nominal: 6,485% As contas de financiamentos do Millennium BCP ( ) e do Banco Espírito Santo ( ) correspondem a empréstimos destinados a financiar a constituição de depósitos caução, à ordem do Tribunal de Reguengos de Monsaraz, no âmbito de processos litigiosos de expropriação. O escalonamento das dívidas constantes do balanço em 31 de dezembro de 2011 com vencimento a mais de 5 anos, ascende a: RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 257

263 Euros Montante Empréstimos por Obrigações Não Convertiveis Empréstimo Obrigacionista de 2003 (300 M ) Empréstimo Obrigacionista de 2007 (56,18 M ) Empréstimo Obrigacionista de 2010 (94,35 M ) Dívidas a Instituições de Crédito Banco Europeu de Investimento (135M ) Total Para cumprimento do definido na IAS 23 Custos de Empréstimos Obtidos, nomeadamente, quanto ao dever de a entidade divulgar a quantia de gastos com os empréstimos obtidos, capitalizada durante o período e a taxa de capitalização usada para determinar a quantia dos gastos dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização, indica-se que no ano de 2011 foram capitalizados os gastos a uma taxa média de 42,60% perfazendo o valor de Fornecedores e Outras Contas a Pagar Fornecedores e Outras Contas a Pagar 31-Dez Dez-10 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Fornecedores Fornecedores C/C Outras Contas a Pagar Fornecedores de Investimento Credores por Acréscimos de Gastos Pessoal Outros Credores Euros 20.1 Fornecedores e Fornecedores de Investimento Em 31 de dezembro de 2011, os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, destinados a venda/transferência para entidade pública a indicar pelo Estado português, são evidenciados na rubrica Fornecedores, em vez de Fornecedores de Investimento, pois não decorrem de investimentos em ativos fixos tangíveis ou intangíveis e sim de trabalhos de construção relevados na rubrica de Fornecimentos e RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 258

264 Serviços Externos. Em 31 dezembro de 2010 os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, estavam evidenciados em Fornecedores de Investimento e ascendiam a Credores por acréscimos de gastos A conta de Credores por Acréscimos de Gastos inclui, essencialmente: (i) o montante relativo à estimativa de gastos com férias e subsídio de férias, correspondente aos direitos adquiridos pelos funcionários da EDIA até 31 de dezembro de 2011; e (ii) à especialização do gasto com os juros financiamentos obtidos. 21- Variação nos Inventários da Produção A variação nos inventários da produção a 31 de dezembro de 2011 e a 31 de dezembro de 2010 discrimina-se da seguinte forma: Euros Produtos Acabados e Intermédios Inventário Final Inventário Inicial Variação da Produção Produtos e Trabalhos em Curso Inventário Final Transferências Inventário Inicial Variação da Produção Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12 e Perímetro de Rega da Luz, prevê a transferência para o Estado (MAMAOT) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o gasto das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega que ainda não tenham sido transferidas para a entidade a indicar pelo Estado, na rubrica de Inventários. Em 2011 com a entrada em exploração dos blocos de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, da Orada-Amoreira, de Brinches, de Brinches-Enxoé e de Serpa, conforme tratamento dado no ano anterior a outras infraestruturas da mesma natureza, procedeu-se à transferência dos investimentos que estão associados a essas infraestruturas, que se encontravam na conta Produtos e Trabalhos em Curso para a conta Produtos Acabados e Intermédios. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 259

265 Na rubrica de Produtos e Trabalhos em Curso na linha Transferências está registado um montante de que corresponde ao investimento na Barragem e Central do Pisão, que havia sido indevidamente considerado como estando afeto à rede secundária de rega. pelo que foi transferido, em 2011, da rubrica de Inventários para a de Ativos Intangíveis. 22-Trabalhos para a própria entidade Os trabalhos para a própria entidade registam a imputação ao investimento em curso (rubricas de Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis ) dos gastos afetos às áreas operacionais da Empresa ligadas diretamente à construção das infraestruturas do EFMA. 23- Fornecimentos e Serviços Externos A rubrica Fornecimentos e Serviços Externos regista uma diminuição acentuada, face ao exercício anterior, conforme se apresenta: Fornecimentos e Serviços Externos Subcontratos Desreconhecimento de Ativos Fixos Electricidade Conservação e Reparação Trabalhos Especializados Seguros Publicidade e Propaganda Honorários Rendas e Alugueres Vigilância e Segurança Combustíveis Comunicação Limpeza e Higiene Ferramentas e Utensílios Contencioso Deslocações e Estadas Material Escritório Água Despesas de Representação Outros Fluídos Outros Total Euros RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 260

266 Em diversas subrubricas de Fornecimentos e Serviços Externos, existem variações bastante significativas entre os gastos do ano de 2011 e o período homólogo de 2010, sendo que: A variação ocorrida na rubrica de Subcontratos reflete a diminuição ocorrida nos investimentos da rede secundária de rega (evidenciados na rubrica Inventários ), sendo esta diminuição de gastos compensada por uma redução de montante similar na Variação dos Inventários da Produção ; O saldo da conta Desreconhecimento de Ativos Fixos, criada em 2011, decorre do desreconhecimento de investimentos com estudos e projetos, que se encontravam evidenciados em Ativos Fixos Tangíveis Investimentos em Curso e que se decidiu/concluiu, em 2011, que não teriam continuidade ou não gerariam quaisquer benefícios económicos futuros para a EDIA. Um valor residual de Investimentos em Curso foi também reconhecido como gasto na rubrica de Publicidade e Propaganda, conta esta que também apresenta uma variação significativa; O aumento significativo dos gastos com Eletricidade decorre da entrada em funcionamento dos novos perímetros de rega e consequente cessação de capitalização dos gastos com eletricidade das infraestruturas da rede primária a montante; e O aumento verificado em Conservação e Reparação resulta essencialmente dos trabalhos de conservação, reparação e manutenção nos perímetros de rega cuja exploração já foi iniciada, sendo que, em 2011, cinco novos perímetros entram em exploração. É de destacar os gastos com a manutenção preventiva de equipamentos de aproveitamento hidroagrícola de Monte Novo e os trabalhos relativos ao plano de gestão de áreas sobrantes. 24- Gastos com o Pessoal O número médio de trabalhadores do Grupo em 2011 e 2010, foi de 197 e 202, respetivamente. Os Gastos com o Pessoal do Grupo EDIA tiveram a seguinte composição: Gastos com o Pessoal 31-Dez Dez-10 Euros Remunerações Encargos Sociais Outros Gastos com o Pessoal Esta rubrica apresenta uma diminuição face ao período anterior, justificada essencialmente pela redução em cerca de 95% dos gastos com o subsídio de férias a que os funcionários da EDIA adquiriram direito até 31 de dezembro de 2011, a pagar em 2012, bem como dos gastos com os órgãos sociais, uma vez que, o número de membros do Conselho de Administração passou de cinco para quatro. Esta redução resulta ainda da aprovação RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 261

267 de um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), nomeadamente na medida de redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho, que veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, fosse reduzida, a título excecional, em 5%. Foram atribuídas, no decorrer dos anos de 2011 e 2010, aos membros dos órgãos sociais da EDIA, as seguintes remunerações relacionadas com o exercício das suas funções: Euros Conselho de Administração Revisor Oficial de Contas Conselho Fiscal Mesa da Assembleia Geral Outros Rendimentos e Ganhos Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais 31-Dez Dez-10 Euros Imputação de Subsídios ao Investimento Outros Rendimentos Suplementares Imputação de Subsídios ao Investimento A rubrica Imputação de Subsídios ao Investimento reflete o reconhecimento em rendimentos dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que estes últimos são depreciados. Não inclui: (i) Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega, que estão evidenciados em Diferimentos, no passivo, uma vez que, quando estes ativos forem transferidos para a entidade a indicar pelo MAMAOT, os subsídios que lhes estão associados serão deduzidos ao investimento evidenciado na rubrica RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 262

268 de Inventários, correspondendo o valor líquido ao montante que a EDIA pretende receber, por ter executado estes investimentos com fundos próprios, por conta do Estado. (ii) Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados em 2011 e anos anteriores) que estão em imparidade total, pelo que têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios. 26- Juros e rendimentos similares obtidos e Juros e gastos similares suportados Rendimentos e Gastos Financeiros 31-Dez Dez-10 Euros Rendimentos e Ganhos Financeiros Juros Concessão Exploração da CHA e CHP Outros Juros Obtidos Gastos e Perdas Financeiros Juros e Gastos Similares Suportados Outros Gastos e Perdas Financeiros Rendimentos e Ganhos Financeiros No âmbito do contrato de concessão de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva (CHA) e Pedrógão (CHP) celebrado com a EDP, a EDIA recebeu um montante inicial de e irá receber, por um período de 35 anos, um montante anual periódico de (valor atualizado em 2011). O montante de evidenciado na conta Juros concessão exploração da CHA e CHP corresponde à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato), com base numa taxa implícita de 5,5%. Os Outros Juros Obtidos traduzem fundamentalmente, os juros das aplicações financeiras. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 263

269 Gastos e Perdas de Financiamento A conta Juros Suportados compreende os juros associados aos empréstimos contraídos pela Empresa, com destaque para o empréstimo do BEI, os empréstimos obrigacionistas e, em 2011, o empréstimo intercalar de contraído junto do Estado Português e que terminou em setembro. O aumento ocorrido deveu-se, por um lado, ao aumento do valor dos juros associados ao empréstimo obrigacionista contraído em agosto de 2010 e ao empréstimo intercalar do Estado, e, por outro, à cessação da capitalização de juros decorrente da conclusão das obras de construção de algumas infraestruturas que entraram em exploração em 2011 (sistema primário a montante dos perímetros de rega dos Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé e Infraestrutura 12). 27- Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização Os gastos/reversões de depreciação e amortização, em 2011 e 2010, discriminam-se da seguinte forma: Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização Ativos Fixos Tangíveis Terrenos e Recursos Naturais 2 2 Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outros Ativos Tangíveis Ativos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Outros Ativos Intangíveis Projetos de Desenvolvimento Programas de Computador Euros 28 Interesses Minoritários Os interesses minoritários na Demonstração da Posição financeira discriminam-se como segue: RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 264

270 INTERESSES MINORITÁRIOS - POSIÇÃO FINANCEIRA 31-Dez-11 Euros 31-Dez-10 Interesses Minoritários de Capital Próprio Gestalqueva (50.470) Gescruzeiros (34.185) (335) (13.728) Os interesses minoritários na Demonstração de Rendimento Integral têm a seguinte composição: Euros INTERESSES MINORITÁRIOS - RENDIMENTO INTEGRAL 31-Dez Dez-10 Interesses Minoritários de Resultado Líquido Gestalqueva (70.927) (47.923) Gescruzeiros (43.594) (43.429) 29 Segmentos Operacionais A atividade do grupo EDIA está centrada em dois segmentos de negócio (Água e Energia), os restantes (Projetos Especiais), são constituídos por pequenas áreas de negócio tais como o turismo, o ambiente, a cultura e a produção cartográfica que devido à sua dimensão foram agrupados. O segmento Água está relacionado com a gestão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA com vista a garantir a sua distribuição através de critérios de rigor e sustentabilidade, sendo este constituído por duas vertentes, a do Armazenamento de Água, onde se destacam os grandes reservatórios (albufeiras de Alqueva e de Pedrógão) e a da Adução de Água, traduzida pelos diversos Subsistemas de Rega (Alqueva, Pedrógão e Ardila). A atividade de Armazenamento de Água tem como fim o fornecimento de água, quer para Adução de Água para fins agrícolas, industriais ou abastecimento populacional, quer para produção hidroelétrica. Esta sub-atividade apresenta réditos, essencialmente, internos (intra-segmentos). Após a entrada em exploração dos diversos perímetros de rega e após resolução administrativa por parte do Estado, através do Despacho nº 9000/2010 dos Ministérios das Finanças e da Administração Pública, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente e do Ordenamento do Território, sobre o preço a aplicar à distribuição da água, a EDIA iniciou verdadeiramente a atividade de exploração da componente Distribuição de Água, prevendo-se futuramente, um aumento gradual dos ganhos, ligados necessariamente, com a entrada em exploração de novos perímetros, com o aumento de adesão ao regadio agrícola, e com a utilização da água para fins industriais e turísticos. O segmento Energia é constituído pela produção de eletricidade através das centrais hidroelétrica de Alqueva e Pedrógão, Mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa e pela Central Fotovoltaica de Alqueva. O grupo EDIA, neste momento, subconcessionou as referidas centrais hidrelétricas à EDP por um período de 35 anos pelo que o seu volume de negócio resulta essencialmente, do recebimento da renda. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 265

271 O segmento Projetos Especiais, como referido anteriormente, abrange diversas áreas das quais se destacam: Centro de Cartografia, projeto originalmente criado como um apoio ao investimento realizado pelo grupo EDIA, quer a nível cartográfico quer a nível topográfico e que surge agora com uma nova oportunidade de negócio; O Parque de Natureza de Noudar que surgiu essencialmente, como um projeto de minimização ambiental em consequência da construção da albufeira Alqueva, mas que aparece agora em áreas como as agrícolas e de turismo; e O Museu da Luz consubstancia-se num espaço de memória e de interpretação de todos os inéditos processos da recolocação da Aldeia da Luz e aparece como um projeto cultural crescente na nova aldeia. Os resultados por segmentos dos anos de 2011 e 2010 são os seguintes: Valores em milhares de euros 2011 RUBRICAS Água Energia Projetos especiais Não alocados Total Réditos Externos Gastos Operacionais de Exploração (3.319) (114) (3.322) (6.755) (8.953) Réditos / Gastos Intersegmentos (8) (299) Margem Bruta ( 2.760) ( 2.436) ( 6.273) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas (1.052) (2) (11) (157) (1.221) Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros ( 3.811) ( 1.987) ( 6.263) Depreciações e Amortizações (30) (5.584) (479) (243) (6.336) Imputação Sub. Investimento Perdas por Imparidade (15.787) - (50) - (15.788) Resultado Operacional ( ) ( 2.451) ( 6.506) ( ) Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos Juros e Gastos Financeiros Suportados (8.579) (872) (1) (21) (9.473) Resultado por Segmento de Negócio ( ) ( 2.452) ( 6.512) ( ) Imposto Sobre o Rendimento Resultado Liquído Exercicio RUBRICAS Água Energia Projetos Especiais Não alocados Total (86) ( ) Ativos Passivos RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 266

272 Valores em milhares de euros 2010 RUBRICAS Água Energia Projectos Especiais Não Alocados Total Réditos Externos Gastos Operacionais de Exploração (794) (2) (1.537) (3.522) (5.855) Réditos / Gastos Intersegmentos 29 (727) Margem Bruta ( 469) ( 1.447) ( 2.146) Outros Rendimentos e Ganhos (5) Outros Gastos e Perdas (323) (0) (8) (0) (458) Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros ( 794) ( 2.151) Depreciações e Amortizações (3.396) (5.389) (565) (0) (9.651) Imputação Sub. Investimento Perdas por Imparidade (14.970) (14.986) Resultado Operacional ( ) ( 1.235) ( 2.151) ( ) Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos (0) Juros e Gastos Financeiros Suportados (2.036) (565) (1) (0) (2.619) Resultado por Segmento de Negócio ( ) ( 1.236) ( 2.151) ( ) Imposto Sobre o Rendimento Resultado Liquído Exercicio RUBRICAS Água Energia Projectos Especiais Não Alocados Total (77) ( ) Activos Passivos Outras Informações Relevantes Esta nota, contemplada no modelo geral de anexo proposto pela Portaria n.º986/2009, foi utilizada na divulgação de outras informações não previstas nas notas anteriores e que se revelam necessárias e indispensáveis para melhor compreender a posição financeira e os resultados da Entidade. Matérias Ambientais Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas no anexo pela NCRF 26, que também exige divulgações no relatório de gestão. As matérias ambientais devem ser objeto de divulgação na medida em que sejam materialmente relevantes para avaliação do desempenho financeiro ou para a posição financeira da entidade. O Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concretizou os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. Para além de garantir a implementação das medidas de minimização definidas no Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a implementar, durante a fase de construção, um conjunto de medidas, que após a execução das intervenções nas áreas afetadas, eliminem quaisquer sinais de intervenção, repondo a situação original. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 267

273 Em termos de política ambiental a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do desempenho ambiental em que se destaca o cumprimento da legislação, a análise dos impactes ambientais derivados da atividade da Empresa e a formação e sensibilização dos trabalhadores. As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou reparar danos de carácter ambiental, que decorram da atividade ambiental normal da Empresa. Neste sentido, tendo em conta a natureza e a dimensão da atividade da Empresa e os tipos de problemas ambientais associados a essa atividade, informações sobre o seu desempenho ambiental, tais como, redução das emissões atmosféricas, remoção de resíduos, não existe qualquer responsabilidade de carácter ambiental que deva dar origem à constituição de provisões, uma vez que não o entendemos como materialmente relevante. Dívidas à Administração Fiscal e ao Instituto de Solidariedade e Segurança Social Das informações legalmente exigidas noutros diplomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º, 397.º, 447.º e 448.º do CSC, das disposições legais decorrentes do Decreto-Lei N.º534/80, de 7 de novembro emanado pelo Ministério das Finanças e do Plano e das disposições referidas no Decreto-Lei N.º 411/91, de 17 de outubro emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, importa referir que a EDIA, através dos documentos de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a segurança social. Garantias Prestadas No âmbito da apreciação dos pedidos de reembolso do IVA efetuados pela EDIA, foi desencadeada uma inspeção externa por parte da Administração Fiscal, sendo entendimento desta última, que a EDIA não deveria ter deduzido o IVA suportado com os custos da construção da Nova Aldeia da Luz. A construção da Nova Aldeia da Luz e de todas as suas infraestruturas (rede de água, rede elétrica, rede viária etc.), como é facilmente demonstrável, estão intimamente conexas com as obras das infraestruturas indispensáveis à atividade da EDIA. A EDIA sempre deduziu o IVA suportado com as despesas necessárias à construção da Nova Aldeia da Luz, sem que a Administração Fiscal tenha, alguma vez, questionado tal atuação. No âmbito da apreciação dos pedidos de reembolso do IVA efetuados pela EDIA foi desencadeada uma inspeção externa em 2003, da qual resultou um relatório com correções de imposto em falta. As notas de liquidação, emitidas pela Administração Fiscal, de e referentes ao IVA em falta e respetivos juros compensatórios, foram objeto de Reclamação Graciosa apresentada pela EDIA, com contra apresentação de Garantia Bancária para suspensão da liquidação do imposto e respetivos juros compensatórios, apresentados nos documentos de cobrança acima referidos. Por sentença de 11 de Julho de 2011, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja julgou procedente a impugnação judicial interposta pela EDIA, anulando a liquidação de IVA. A Fazenda Pública recorreu entretanto desta sentença, para o Supremo Tribunal Administrativo. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 268

274 Em 2012, a EDIA foi informada do Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, onde os meritíssimos juízes da Secção de Contencioso Tributário deste Tribunal, de harmonia com os poderes conferidos pelo artº 202 da Constituição da República Portuguesa, acordam em negar provimento ao recurso jurisdicional interposto pela Fazenda Pública, tendo sido mantida a decisão de 1ªinstância que foi favorável à EDIA no sentido da anulação da liquidação adicional de IVA. Face ao atrás exposto, a EDIA comunicou à Direção de Finanças de Beja-Divisão de Tributação e Justiça Tributária, o despacho da notificação do Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, solicitando que, logo que o Tribunal ou a Fazenda Pública os notifique, nos devolvam o original da referida garantia bancária, para que possamos proceder à sua anulação. A EDIA no âmbito das empreitadas, quer da rede primária, quer da secundária, tem que realizar perfurações horizontais nas estradas. Para isso, tem que fazer pedidos de licenciamento à empresa Estradas de Portugal, S.A. a qual exige que a EDIA, por cada atravessamento, preste uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, S.A.), pelo prazo de cinco anos. Até 31/12/2011 o montante constituído é de No âmbito da adjudicação do Concurso Público Internacional CP008/DSIC/2009 Aquisição de Serviços de Execução do Cadastro Predial ao consórcio CME/EDIA/RZMAPA/GEOGLOBAL/SIGMAGEO, definiu-se uma emissão de Garantia Bancária conjunta, em que cada um dos consorciados será responsável pela sua proporção. A participação da EDIA, com o seu centro de Cartografia, resultou na prestação de uma garantia bancária no valor de A EDIA no âmbito do contrato celebrado com a Galp Energia, Petróleos de Portugal-Petrogal, S.A prestou uma garantia bancária a seu favor, destinada a caucionar o bom pagamento dos consumos relativos ao cartão GALP frota. A 31 de Dezembro de 2011 o montante constituído ascende a A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de (correspondendo ao valor já faturado de acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com embargos de executado, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Em Dezembro de 2011 a EDIA prestou uma garantia bancária no montante de , valor este destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial de execução ordinária que corre termos pelo Tribunal Judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A.. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 269

275 Compromissos Os compromissos assumidos pela EDIA que não figuram no balanço, em 31 de dezembro de 2011, são as Garantias prestadas pela EDIA nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 56º do Regulamento (CE) nº1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro. Nos termos e ao abrigo do disposto no n.º4 do Art.º18 da Portaria n.º 820/2008 de 8 de agosto a EDIA formulou dois pedidos de pagamento a título de adiantamento no montante permitido pelos referidos normativos e correspondente, no caso das candidaturas aprovadas em 2011 no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente/ PRODER (Perímetro de Rega de Pedrógão-Margem Direita e Blocos de Rega de Ervidel) a 30% do valor do investimento elegível aprovado, ou seja, ,89 e ,98, respetivamente. Nestes casos e conforme disposto no Art.º56 do Regulamento (CE) n.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro, o Conselho de Administração (através de garantia escrita emitida ao organismo pagador competente do PRODER-Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, IP) garantiu o ressarcimento num montante correspondente a 110% do valor dos adiantamentos ( ,08 e ,88), caso não se prove o direito ao montante adiantado. Esta faculdade é permitida à EDIA por se tratar de um beneficiário público, nos termos da legislação comunitária. RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 270

276 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 271

277 DECLARAÇÕES DE CONFORMIDADE Declaração de Conformidade de Conselho de Administração RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 272

278 Declaração de Conformidade de Conselho de Administração Senhores Acionistas Nos termos previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento: i. A informação constante no relatório de gestão expõe fielmente os acontecimentos importantes ocorridos no ano de 2011 e o impacto nas respetivas demonstrações financeiras, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam; e ii. A informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. e das empresas incluídas no perímetro da consolidação. Beja, 24 de fevereiro de 2012 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Dr. Henrique António de Oliveira Troncho (Presidente) Dr. António Albino Pires de Andrade (Vogal) Eng.º Hemetério José Antunes Monteiro (Vogal) Dr.ª Augusta de Jesus Cachoupo (Vogal) RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 273

279 Declaração de Conformidade do Conselho Fiscal RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 274

280 Declaração de Conformidade do Conselho Fiscal Senhores Acionistas Nos termos previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento: i. A informação constante no relatório de gestão expõe fielmente os acontecimentos importantes ocorridos no ano de 2011 e o impacto nas respetivas demonstrações financeiras, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam; e ii. A informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. e das empresas incluídas no perímetro da consolidação. Beja, 24 de fevereiro de 2012 O CONSELHO FISCAL Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves (Presidente) Dr. ª Graciete Conceição Pires Tomás Calejo Pinto (Vogal) Dr.º Pedro Miguel Cerqueira Abreu (Vogal) RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 275

281 CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria das Contas Consolidadas Elaborado por Auditor Registado na CMVM RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 276

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286 Relatório de Auditora sobre as Contas Consolidadas Elaborado por Auditor Externo RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 278

287 Empresa I - Te[: Av. da República, Eax: Lisboa RELATÓRIO DE AUDITORIA ÀS CONTAS CONSOLIDADAS Introdução 1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da EDIA - de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Álqueva, SÃ (adiante também designada por Empresa), as quais compreendem: as Demonstrações consolidadas da posição financeira em 31 de dezembro de 2011 (que evidencia um ativo total de euros e um capital próprio negativo de euros, incluindo um resultado líquido negativo atribuível aos acionistas da Empresa-mãe de euros), a Demonstração consolidada do rendimento integral, a Demonstração consolidada das alterações no capital próprio e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e as correspondentes Notas anexas às demonstrações financeiras consolidadas. Responsabi (idades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração: (i) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem, de forma verdadeira e apropriada, a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados; (ii) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia; (iii) a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado, e (v) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a atividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. Âmbito 4. Exceto quanto ao mencionado no parágrafo 7 abaixo, o exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que não o tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; BDO b Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av, da República, 50-10, Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, NIPC , Capital euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o numero A BDO & Associados, SROC, Lda., sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO InternationaL Limited, sociedade inglesa limitada por garantia, e faz parte da rede internacional SUO de firmas independentes.

288 Empresa BDO (ii) a verificação das operações de consolidação; (iii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. 5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Reserva 7. O ativo da EDIA integra, nas rubricas de Inventários e de Outras Contas a Receber, respetivamente 384 milhões de euros e 72 milhões de euros de investimentos em infraestruturas da rede secundária de rega, que, conforme estabelecido pelo Decreto- Lei n 335/2001, de 24 de Dezembro, são propriedade do Estado (com exceção da denominada Infraestrutura 12, que teria um regime específico de concessão). O montante de 72 milhões de euros nas Outras Contas a Receber refere-se à Infraestrutura 12, relativamente à qual a EDIA formalizou com o Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (actualmente Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional), em Abril de 2006, um contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação por um prazo de 30 anos, contrato esse que, no entanto, não esclarece qual a forma de ressarcimento da EDIA pelo valor do investimento suportado, a qual está dependente de decisão do Estado português. Assim, subsiste uma importante incerteza quanto à forma e ao valor de realização destes ativos, que totalizam 456 milhões de euros, tendo também presente que existem subsídios associados que se encontram registados no passivo, no montante de 343 milhões de euros. Opinião 8. Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelarse necessários, caso não existisse a limitação descrita no parágrafo 7 anterior, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da EDIA - de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, SA, em 31 de dezembro de 2011, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de ReLato Financeiro tal como adotadas na União Europeia. 2

289 sem Relato sobre outros requisitos legais 9. É também nossa opinião que a informação financeira constante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras consol.idadas do exercício. Ênfase 10. Sem afetar a opinião expressa nos parágrafos anteriores, salientamos que o investimento total, previsto no Empreendimento de Fins MúLtiplos do Álqueva (EFMA) para os anos entre 2012 a 2015 ascende a cerca de 656 milhões de euros (de acordo com PLano de Investimento do EFMA, aprovado em dezembro de custos de estrutura e financeiros capitalizáveis), estando a sua concretização dependente dos financiamentos que a Empresa venha a obter junto da União Europeia, do acionista Estado e/ou de outros fundos. Nesse âmbito, é de salientar que, em 31 de dezembro de 2011, o total. do capital próprio se apresenta negativo em 470 milhões de euros. Lisboa, 28 de fevereiro de

290 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 280

291 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 281

292 Declaração sobre Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da EDIA, S.A. prevista na Lei 28/2009 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 282

293 A Comissão de Vencimentos (Filomena Maria Amaro Viera Martinho Bacelar) RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 283

294 SIGLAS E ABREVIATURAS ADRAL Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo AdSA Águas de Santo André, S.A. AFN Autoridade Florestal Nacional AgdA Águas Públicas do Alentejo, S.A. AGRO - Programa Operacional de Agricultura e Desenvolvimento Rural AIA Avaliação de Impacte Ambiental AICEP Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. ANCP Autoridade Nacional de Proteção Civil APA Associação Portuguesa do Ambiente APCER - Associação Portuguesa de Certificação ARH - Administração da Região Hidrográfica ARHAlentejo - Administração da Região Hidrográfica do Alentejo BCC Betão Compactado por Cilindro BCP Banco Comercial Português BEI Banco Europeu de Investimentos BPI Banco Português de Investimentos CAD - Computer Aided Design CADC Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção sobre a Cooperação para a Proteção e o Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias Hidrográficas Luso - Espanholas CC Centro de Cartografia CCDRA Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo CCP Código dos Contratos Públicos CHA Central Hidroelétrica de Alqueva CHP Central Hidroelétrica de Pedrógão CIA Centro de Interpretação Ambiental CM Caminho Municipal CMVM Comissão de Mercado de Valores Imobiliários CNC Comissão de Normalização Contabilística CO (SAP) Controlling/Contabilidade Analítica CO 2 Dióxido de Carbono COTR - Centro Operativo de Tecnologias do Regadio CSC Código das Sociedades Comerciais DFC Demonstração de Fluxos de Caixa DGADR Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural DGERT Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho DGT Direção Geral do Tesouro RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 284

295 DGTF Direção Geral do Tesouro e Finanças DIA Declaração de Impacte Ambiental Doutoramento HERITECH - Heritage, Cultural Economics, History, Architecture and Sustainability DREA - Direção Regional de Educação do Alentejo DUP Declaração de Utilidade Pública EB Escolas Básicas EDAB Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. EDP Energias de Portugal EE Estação Elevatória EFMA - Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva EFV Equipa de Fiscalização e Vigilância EIA Estudo de Impacte Ambiental EIncA Estudo de Incidências Ambientais EM Estrada Municipal EN Estrada Nacional EP Estradas de Portugal, S.A. ERP (SAP) Programas de Gestão Integrada da SAP EUROSTAT Estatísticas da Comissão Europeia FEADER - Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional FEOGA Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola FI (SAP) - Contabilidade FIL Feira Internacional de Lisboa FITUR Feira Internacional de Turismo de Madrid FSC - Forest Stewardship Council FSE Fundo Social Europeu GAJ Gabinete de Apoio Jurídico ha - Hectare IAS International Accounting Standard IBERLINX Ação Territorial Transfronteiriça de Conservação do Lince Ibérico IFAP - Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas IFDR - Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional IHPC - Índice Harmonizado de Preços do Consumidor I&DT Investigação e Desenvolvimento Tecnológico IFRIC International Financial Reporting Interpretations Committee IFRS International Financial Reporting Standards SIC Standings Interpretations Committee ABDR Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados NCRF Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro IM/PS Controlo e Gestão Orçamental de Investimentos IMC - Instituto de Museus e Conservação IMT Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis INAG Instituto da Água, I.P. INE Instituto Nacional de Estatística RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 285

296 INTERREG III - A Programa de Cooperação Transfronteiriço Portugal - Espanha IP Itinerário Principal IPC Índice de Preços no Consumidor IRC Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas ISSO International Organization for Standartization IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado Km - Quilómetro kwh - Kilo Watt Hora LNEC Laboratório Nacional de Engenharia Civil LO (SAP) Controlo de Contratos de Empreitadas, Fornecimento de Equipamentos e Prestação de Serviços LUSOFUEL - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A. MADRP Ministério da Agricultura Desenvolvimento Rural e Pescas MPB Modo de Produção Biológica MW - MEGA WATT NCRF Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro Nme Nível Mínimo de Exploração NPA Nível de Pleno Armazenamento NUTS - Unidades Territoriais Estatísticas de Portugal OCS Órgãos de Comunicação Social PEC Pagamento Especial por Conta PEC Programa de Estabilidade de Crescimento PEDIZA - Programa de Desenvolvimento Integrado da Zona de Alqueva PEGLA Projeto Estruturante para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago de Alqueva PEN Plano Estratégico Nacional PERP Projeto de Enquadramento e Recuperação Paisagística PGF Plano de Gestão Florestal PIB Produto Interno Bruto PIDDAC - Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central PIN Projeto de Interesse Nacional PMCSado Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da Bacia Hidrográfica do Sado PMP Prazo Médio de Pagamentos PNN Parque de Natureza de Noudar POAAP Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão POC Plano de Oficial de Contabilidade POCTI Programa Operacional Ciência, Tecnologia, Inovação POE Ponto de Orientação Empresarial PORA Programa Operacional Regional do Alentejo POVT Programa Operacional Temático de Valorização do Território PPI Plano de Primeira Intervenção PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural PROF BA Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Alentejo QCA - Quadro Comunitário de Apoio QREN Quadro de Referência Estratégico Nacional R1/R2 Reservatório de Regularização RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 286

297 RCM Resolução de Conselho de Ministros RH (SAP) Gestão de Recursos Humanos ROC Revisor Oficial de Contas SAP - Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados SD (SAP) - Vendas SEE Sector Empresarial do Estado SEPNA Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente SGA - Sistema de Gestão Ambiental SGP Sistema de Gestão do Património SHIRAL Sistema de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva SIG Sistema de Informação Geográfica SIMARSUL Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal SiNErGIC - Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral SISAP Elaboração de Cartas de Aptidão Cultural para o Perímetro de Rega do Alqueva SLO Chart of Account Conversion da SAP SNC Sistema de Normalização Contabilística TRH Taxa de Recursos Hídricos UE União Europeia VAB Valor Acrescentado Bruto VAB cf Valor Acrescentado Bruto a Custo de Fatores WACC Weighted Average Cost of Capital ZPE Zona de Proteção Especial RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 287

298 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCÍCIO DE 2011 Página 288

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