EDIA RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS - 30 JUNHO DE 2013

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1 EDIA RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS - 30 JUNHO DE 2013

2 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. Capital Social ,00 Capital Próprio Negativo ,00 Número de Pessoa Coletiva Matrícula / da Conservatória do Registo Comercial de Beja Sede Social Delegação de Lisboa Delegação de Alqueva Delegação de Pedrógão Delegação de Mourão Parque de Natureza de Noudar Museu da Luz Rua Zeca Afonso, N.º Beja Avenida da República, N.º 83, 4.º Dtº Lisboa Apartado Moura Apartado Moura Rua Marcos Gomes V. Rosado, Mourão Apartado Barrancos Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz Luz - Mourão Fotografias Site: António Cunha/EDIA

3 2 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 ÍNDICE 1. RELATÓRIO DE GESTÃO A 30 DE JUNHO DE Apresentação do GRUPO Atividades Desenvolvidas pela EDIA Infraestruturas em Exploração Infraestruturas em Construção Projetos em Curso Ambiente, Património e Ordenamento do Território Projetos Especiais Estrutura de Suporte Atividades Desenvolvidas pela GESTALQUEVA Atividades Desenvolvidas pela GESCRUZEIROS Breve Descrição da Demonstração da Posição Financeira e da Demonstração do Rendimento Integral DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE Demonstração Consolidada da Posição Financeira Demonstração Consolidada do Rendimento Integral Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa Anexo Identificação do Grupo Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras Principais Políticas Contabilísticas Fluxos de Caixa Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis Partes Relacionadas Imposto sobre o Rendimento Depósitos Cativos... 87

4 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Inventários Clientes, Vendas e Prestação de Serviços Estado e Outros Entes Públicos Outras Contas a Receber Diferimentos Capital Próprio Imparidade de Ativos Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes Financiamentos Obtidos Fornecedores e Outras Contas a Pagar Trabalhos para a própria Entidade Variação nos Inventários da Produção Fornecimentos e Serviços Externos Gastos com o Pessoal Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização Juros e Rendimentos Similares Obtidos e Juros e Gastos Similares Suportados Interesses Minoritários Segmentos Operacionais Declaração de Conformidade do Conselho de Administração Relatório de Revisão Limitada Elaborado por Auditor Registado na CMVM sobre Informação Semestral Consolidada Relatório de Revisão Limitada sobre Informação Semestral Consolidada Elaborado por Auditor Externo SIGLAS E ABREVIATURAS

5 4 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013

6 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE

7 6 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE RELATÓRIO DE GESTÃO A 30 DE JUNHO DE Apresentação do GRUPO EDIA Criada pelo Decreto-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, no âmbito do qual lhe foi acometida a titularidade dos direitos e obrigações que anteriormente pertenciam à sua comissão instaladora, a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA), empresa de capitais exclusivamente públicos, teve como objeto social a conceção, execução, construção e exploração do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) e a promoção do desenvolvimento económico e social da sua área de intervenção, que corresponde total ou parcialmente, a 20 concelhos do Alentejo. Com a entrada em exploração de algumas infraestruturas do Empreendimento, o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, vem definir o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o EFMA, modifica os estatutos da EDIA, revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º 335/2001, de 24 de dezembro, concretizando, desta forma, a recentralização dos objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA e definindo-lhe o seguinte objeto social: A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento para fins de rega e exploração hidroelétrica, mediante contrato de concessão celebrado nos termos da Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro; A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram sistema primário do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação; A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao Empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas; e A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização de recursos afetos ao Empreendimento. Posteriormente ao Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foi publicado o Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases do contrato de concessão entre a EDIA e o Estado Português, com vista à utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, para fins de rega e exploração hidroelétrica, tendo sido atribuída à EDIA a concessão da gestão e exploração do Empreendimento e a titularidade, em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica, por um período de 75 anos. Ao abrigo do disposto neste Decreto-Lei, os poderes e competências da EDIA abrangem: A administração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua atividade; A atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de energia elétrica; e Poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contraordenação nesse âmbito.

8 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE No decurso de 2007 foi igualmente formalizado o acordo com a EDP com vista à exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, tendo sido assinado, a 25 de outubro, o contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico. Este documento veio formalizar, por um período de 35 anos, as condições que regem a exploração da componente hidroelétrica das infraestruturas que integram o sistema primário do EFMA, bem como a subconcessão dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico associado, para fins de produção de energia elétrica e para implantação de infraestruturas de produção de energia elétrica. A entrada em exploração dos primeiros perímetros de rega veio manifestar a necessidade de harmonizar o tarifário a aplicar no âmbito do sistema, em função das diferentes condições de fornecimento de água. É neste âmbito que surge o Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, que altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e que aclara aspetos da envolvente económica e financeira do empreendimento, com vista à otimização da gestão de recursos e à garantia da sustentabilidade económica futura da empresa, adequando ainda o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos constante na Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho). A fixação de um tarifário diferenciado e dotado de uma maior flexibilidade, quer em função das distintas condições de fornecimento da água pela EDIA, quer em função do uso a que se destina a água fornecida, veio assim a possibilitar a aferição do valor a fixar, não apenas em função das diferentes condições de exploração e fornecimento de água, mas também do respetivo ajuste à medida da entrada em funcionamento de cada uma das componentes da rede secundária. O Despacho N.º 9000/2010, publicado a 26 de maio, aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. Em 2012, o tarifário de rega para Alqueva foi atualizado com base no Índice de Preços ao Consumidor (3,72%). Já em 2013, a 8 de abril, é celebrado com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), o contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede secundária do EFMA. GESTALQUEVA A GESTALQUEVA Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e do Pedrógão, S.A., cujo capital social é detido em 51% pela EDIA, foi constituída a 7 de março de 2003 e tem por objeto social: A conceção, promoção e execução de projetos de desenvolvimento e valorização das potencialidades das albufeiras de Alqueva e Pedrógão e das respetivas envolventes, nomeadamente nas áreas do ambiente, qualidade urbana, turismo e património;

9 8 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 A gestão de utilizações dos planos de água, nomeadamente em regime de concessão, empreendimentos, equipamentos e infraestruturas associadas às albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e às áreas envolventes; A prestação de serviços nos domínios do planeamento, ordenamento, monitorização e gestão de equipamentos e infraestruturas de natureza ambiental na área compreendida pelas albufeiras de Alqueva e Pedrógão e dos concelhos do regolfo daquelas albufeiras; e A sociedade poderá, desde que para o efeito esteja habilitada, exercer outras atividades para além das referidas nos números anteriores, desde que consideradas acessórias ou complementares daquelas. Na assembleia extraordinária de 15 de junho de 2012 foi decidida a dissolução da GESTALQUEVA, S.A., em curso. GESCRUZEIROS A GESCRUZEIROS Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo - Turística no Grande Lago Alqueva, S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva e Nautialqueva Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros, constituída a 16 de março de 2006, é detido em 51% pela Gestalqueva e tem como objeto social: Desenvolvimento de atividades Marítimo Turísticas; Operador Marítimo Turístico; e Animação turística nas albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e na área correspondente aos municípios envolventes.

10 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Atividades Desenvolvidas pela EDIA Infraestruturas em Exploração Observação do Comportamento de Barragens Em cumprimento do disposto nos Planos de Observação das barragens constituintes das infraestruturas primárias do EFMA, realizaram-se as campanhas previstas de leitura da aparelhagem de observação instalada, continuando-se a verificar o bom estado dos equipamentos de segurança hidráulico-operacional e o bom comportamento evidenciado pelas diversas estruturas. No final de março, a barragem de Alqueva atingiu a cota máxima pela terceira vez desde o encerramento das suas comportas, em 8 de fevereiro de Procedeu-se a descargas controladas através dos seus descarregadores: um de meio fundo e um de superfície. Estas operações tiveram como objetivo controlar o volume de água armazenada na albufeira de Alqueva, uma vez que o nível de enchimento (151,98 m) se aproximou da sua cota máxima (152 metros). Manutenção e Exploração Rede Primária No decurso do primeiro semestre de 2013, desenvolveram-se fundamentalmente atividades de manutenção e de conservação. No mesmo período, foram também realizadas algumas intervenções de reparação no âmbito das garantias das obras, nomeadamente nos Canais Loureiro - Monte Novo e Alvito - Pisão e nos Adutores do Enxoé, Serpa e Laje. Há também a registar a contratação de trabalhos de manutenção preventiva das instalações de alta, média e baixa tensão e de manutenção corretiva dos motores dos grupos da Estação Elevatória dos Álamos. Foi igualmente contratada a realização de uma auditoria energética a esta mesma estação elevatória, dado tratar-se de uma instalação grande consumidora de energia, dando-se assim cumprimento ao estabelecido no DL N.º 71/2008, de 15 de abril. Neste período deu-se também início às atividades de exploração associadas à campanha de rega em curso. Rede Secundária No primeiro semestre de 2013, decorreram trabalhos de manutenção condicionada, principalmente nas estações elevatórias. Foram ainda sincronizados os dados das leituras de campo realizadas no final do ano anterior com os sistemas de telegestão. Decorreu igualmente a manutenção do sistema de telegestão. Realizou-se um conjunto de manutenções preventivas, corretivas e condicionadas tendo em conta as necessidades dos equipamentos instalados. Com o arranque da campanha de rega iniciaram-se as operações de exploração e gestão das estações elevatórias, reservatórios e rede de condutas, mantendo o apoio aos agricultores, com particular incidência no registo e acompanhamento das inscrições para a presente campanha.

11 10 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Promoção do Regadio Com a entrada em exploração dos blocos do Pedrógão 1 e 3, Selmes e de Ervidel 2 e 3, a adesão registada até 30 de junho de 2013 nos perímetros sob gestão da EDIA foi a seguinte (sem captações diretas): Perímetros de Rega Área Inscrita (ha) Monte Novo Alvito - Pisão Pisão Alfundão Ferreira, Figueirinha e Valbom Orada - Amoreira Brinches Brinches - Enxoé Serpa Loureiro - Alvito Ervidel Pedrógão Margem Direita Área Inscrita Área Total Infraestruturada Comparando a adesão entre junho de 2012 e junho de 2013, regista-se um aumento de 28,2% (6.083 ha), muito próximo do aumento na área infraestruturada (29,4%): Perímetros de Rega Área Inscrita (ha) - 1.º Semestre Monte Novo Alvito - Pisão Pisão Alfundão Ferreira, Figueirinha e Valbom Orada - Amoreira Brinches Brinches - Enxoé Serpa Loureiro - Alvito Ervidel Pedrógão Margem Direita Área Inscrita Área Total Infraestruturada

12 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE No início do ano, foi atualizado o tarifário de água para rega para a Campanha de 2013 no EFMA. Esta tarifa foi estabelecida para os perímetros de rega (conservação e exploração), para as captações diretas e para os regantes precários. Na aplicação do tarifário manter-se-á a redução das tarifas conforme os anos de exploração de cada um dos perímetros de rega. Relativamente ao modelo técnico-económico para monitorização e gestão da componente hidroagrícola de Alqueva, foi realizada uma reunião no dia 8 de janeiro, onde foram identificados os diversos pontos ainda em aberto. Neste âmbito realizou-se uma lista de todas as dúvidas, erros e alterações, que foi alvo de análise pelo consultor. Posteriormente foi solicitada, pela EDIA, aos consultores, a realização de um adicional ao referido modelo, por forma a poder incluir as novas realidades de exploração da rede de abastecimento de água de Alqueva. Os trabalhos relativos a este modelo encontram-se na sua fase final. Tiveram seguimento as ações de divulgação do programa SISAP. Os resultados deste programa têm vindo a ser utilizados na elaboração de dossiers para investidores e outras entidades, e para alguns produtores individuais como ferramenta de apoio à gestão da sua exploração. Assim, foram acrescentadas novas culturas ao portfolio existente, e atualizadas outras, capacitando a empresa para uma resposta mais pronta e eficaz junto dos seus clientes e potenciais investidores. A EDIA tem apostado na maximização desta ferramenta, nomeadamente como suporte à avaliação de uma série de prédios rústicos afetados pelas obras da EDIA. De destacar também a sua utilização, por solicitação de um agricultor, e recorrendo ao roteiro técnico utilizado pelo próprio, no apuramento do balanço de carbono para a cultura da beterraba de regadio. Com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço prestado aos seus clientes, a EDIA continuou o processo de realização de inquéritos junto dos proprietários/beneficiários para posterior tratamento e análise através da base de dados CIEFMA Comercial. Apresentam-se nos quadros seguintes um resumo dos resultados obtidos no final do primeiro semestre de Perímetros de Rega N.º Inquéritos Efetuados N.º Beneficiários Inquiridos Área Contatada Área Total dos Prédios (ha) Área Beneficiada EFMA (ha) Monte - Novo Alvito - Pisão Loureiro - Alvito Brinches Brinches-Enxoé Serpa Orada-Amoreira Pisão Ferreira Ervidel Alfundão Pedrógão Total

13 12 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Disponibilidade do Proprietário Área Classificada Área Beneficiada EFMA (%) Venda 2% Arrendamento c/prazo 10% Arrendamento m/prazo 4% Arrendamento l/prazo 0% Parceria 26% Permuta 1% Área não disponível 57% Total 100% Neste período, e na sequência de uma proposta da Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches, teve início o processo de identificação de proprietários e a sua disponibilidade para a reconversão de olival numa mancha de ha situada entre Brinches e Pias e a identificação de manchas homogéneas em estrutura fundiária de minifúndio, nos diferentes perímetros. No âmbito do programa de captação de investimento agrícola e agroindustrial estrangeiro para a região de Alqueva destaque-se, neste período, a elaboração de um dossier de apoio à Conferência do Agronegócio, que se realizou a 8 de abril de 2013, em São Paulo, Brasil. Através da ADRAL refira-se também a reunião com um representante de unidades de distribuição no Reino Unido, interessado em importar produtos hortícolas frescos da região de Alqueva, a quem foi disponibilizada uma lista de contactos de produtores de hortícolas frescos da zona de Alqueva. Foi igualmente efetuado um trabalho de levantamento de informação de apoio e suporte à captação de investimento. Procedeu-se, por outro lado, à colaboração e participação na apresentação e desenvolvimento de diversos projetos, e à elaboração de vários relatórios e dossiers técnicos, para investidores nacionais e internacionais. Teve ainda continuidade o desenvolvimento de contactos, preparação e acompanhamento de visitas ao campo com empresas e particulares e a prestação de informação e apoio a agricultores, investigadores e estudantes. Foram igualmente promovidos encontros entre proprietários disponíveis para arrendamento, compra e/ou parcerias, tendo em vista a promoção do regadio na zona do EFMA. Neste período, realizou-se uma sessão de esclarecimentos sobre instrumentos financeiros disponibilizados pelas instituições bancárias (CCAM, BPI, BES e Banco Popular), na sequência dos Protocolos assinados com a EDIA, para apoio à instalação de projetos agrícolas na zona de influência de Alqueva, com condições financeiras especiais. Neste evento, realizado no dia 5 de fevereiro nas instalações da EDIA, em Beja, participaram igualmente a Gestora do PRODER, Dra. Gabriela Ventura, e o Prof. José Epifâneo da Franca, Presidente do Conselho de Administração da Portugal Ventures, tendo ambos apresentado as linhas de financiamento públicas disponíveis para o setor. A primeira, no âmbito dos fundos comunitários do FEADER. O segundo, através dos instrumentos de capital de risco governamentais. É igualmente de referir as participações da EDIA na apresentação do projeto Prove, no IX Congresso Nacional do Milho, no SISAB, e no Colóquio Desafios para a Agricultura Portuguesa O caso da Romã, em Aljustrel. A convite da Agromais, a EDIA participou numa visita técnica relativa ao Projeto de Emparcelamento e Participação na 14.ª edição de Agricultores Agromais (Golegã). Colaborou-se ainda com a Associação Nacional dos

14 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Produtores de Milho e Sorgo (ANPROMIS) na divulgação das ações de formação prática O milho nas primeiras fases do seu desenvolvimento. Neste período prosseguiram os contactos com representantes de agrupamentos de agricultores nomeadamente: Cooperativa de Beringel, Associação de Regantes da Margem Esquerda, Associação de Regantes do Monte Novo, Cooperativa de Beja e Brinches, Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) de Cuba, entre outros. Na segunda metade do semestre, foi ainda assegurada a coordenação do Projeto Banco de Terras inaugurado, a nível nacional, no dia 29 de maio, tendo sido a EDIA, a primeira entidade a submeter/inserir prédios, como proprietária e como agente facilitador de outros proprietários. Decorreu igualmente uma ação de formação neste âmbito. A candidatura da EDIA como gestora operacional foi submetida à DGADR aguardando-se uma resposta para o princípio de julho. A dinamização do regadio na pequena propriedade tem sido uma das prioridades da EDIA. Nesse sentido, permite-se destacar o início das atividades referentes à Academia das Hortícolas de Alqueva, com particular destaque para a organização dos dias abertos na exploração agrícola, com ampla publicitação na página de facebook criada especificamente para esta iniciativa. Com a Academia pretende-se criar um polo que funcione como unidade de experimentação e demonstração do potencial de produção e comercialização de hortícolas numa zona de pequena propriedade (Beringel) no sentido de contribuir para a dinamização do regadio, potenciando alternativas rentáveis para as explorações de menor dimensão económica. Em conjunto com o Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Mediterrânicos (CEVRM) e a Sociedade Agrícola Monte do Pardieiro, a EDIA foi impulsionadora da criação da Academia de Produção de Plantas Aromáticas e Medicinais. O protocolo de constituição desta Academia foi assinado no dia 6 de junho, em Almodôvar. Com esta iniciativa pretende-se incentivar um novo conjunto de alternativas para a pequena propriedade do EFMA, assessorando os potenciais interessados, contribuindo, desta forma, para a dinamização do regadio de Alqueva.

15 14 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Albufeiras do EFMA Gestão e Exploração dos Recursos Naturais Gestão da Água Estado das Massas de Água e Gestão de Albufeiras Relativamente à Coordenação Luso-Espanhola, foi efetuado o acompanhamento do cumprimento das conclusões operacionais definidas no Estudo das Condições Ambientais no Estuário do Rio Guadiana e Zonas Adjacentes - Conclusões Operacionais - Fevereiro de No mês de fevereiro, foi concluído o relatório anual referente à análise do cumprimento das condições operacionais estabelecidas para o sistema Alqueva-Pedrógão para o período compreendido entre outubro de 2011 e setembro de Foi efetuado o acompanhamento do cumprimento das medidas referentes ao regime de manutenção dos caudais ecológicos da rede primária, em exploração. No dia 29 de janeiro, a estação udométrica de Portel foi reposta em funcionamento. No entanto, a falta de manutenção periódica desta estação dificulta, com alguma frequência, a obtenção de dados. Por este motivo, o cálculo do caudal ecológico a assegurar pelo sistema Alqueva-Pedrógão continua a ser realizado com base nos registos da estação meteorológica da EDIA (estação Alqueva-Ilha). No que respeita à gestão do plano de água, decorreram os trabalhos de manutenção da sinalização de segurança das albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, os quais abrangem a sinalização associada à zona de navegação interdita junto à barragem de Alqueva, junto à tomada de água dos Álamos e junto à barragem de Pedrógão. Estes trabalhos tiveram início durante o mês de maio de 2012 e têm uma duração de 24 meses. Durante o semestre decorreu a manutenção da sinalização de segurança nas barragens dos Álamos I, II e III, do Loureiro, do Pisão, da Amoreira, de Brinches e de Serpa, sinalizadas desde Encontram-se também com sinalização de segurança os reservatórios 1 e 4 do Perímetro de Rega do Monte Novo, os reservatórios 1 e 3 do Perímetro de Rega de Alvito-Pisão, os reservatórios da Orada e de Ferreira do Alentejo e as barragens do Penedrão e da Laje. Neste período foram ainda elaboradas as especificações técnicas para a sinalização de segurança da barragem de Cinco Reis, tendo igualmente decorrido o procedimento de ajuste direto para a execução deste trabalho. No âmbito da candidatura ao LIFE + INVASEP - Lucha contra espécies invasoras en las cuencas hidrográficas del Tajo y Guadiana en la Península Ibérica foi adjudicada a elaboração do plano de gestão monitorização de espécies exóticas na área de influência do EFMA. No final de semestre, em Mérida, decorreu uma reunião de coordenação deste projeto, na qual foi assegurada a presença da EDIA. Também no contexto do combate às espécies invasoras, em especial associada à planta aquática Jacinto de Água, foi realizado um procedimento para a reparação da barreira flutuante instalada a montante da ponte da Ajuda, uma vez que os fortes caudais que atravessaram essa secção do rio Guadiana, durante a primeira metade do semestre, provocaram danos consideráveis, resultantes da circulação de objetos de grandes dimensões, como árvores trazidas pela força do rio. Estratégia para a Conservação e Valorização de Ilhas e Penínsulas de Alqueva No âmbito da candidatura apresentada ao INALENTEJO - Estratégia para a conservação e valorização de ilhas e penínsulas de Alqueva foi aprovado: Adquirir informação sobre a biodiversidade;

16 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Criar um instrumento de ordenamento específico, enquadrando as ilhas em diferentes tipos de utilização viáveis (lazer, educacional, científica, proteção ambiental, cultural, etc.); Identificar e definir ações que facilitem os diferentes usos; e Divulgar o projeto como exemplo de gestão sustentada e integrada de uma área com elevado potencial para a conservação da natureza. A inventariação biológica permitiu adquirir informação fundamental sobre a biodiversidade nas ilhas de Alqueva, atualizando a informação existente e permitindo conhecer a distribuição e abundância de espécies. Foi entregue a versão preliminar do relatório final. No âmbito da candidatura referida, e na sequência dos trabalhos de inventariação biológica em curso, foi previsto o desenvolvimento de um instrumento de gestão das ilhas, que permita ordenar e valorizar este espaço. No princípio do semestre decorreu a abertura de propostas do processo de contratação pública, tendo sido publicada a intenção de adjudicação, no dia 25 de março. O contrato para a elaboração do plano foi assinado a 13 de maio, encontrando-se a decorrer a sua primeira fase, designadamente, a construção de uma base de informação geográfica, a análise dos dados de inventariação biológica fornecidos, entrevistas e inquéritos para caraterização da oferta e da procura, bem como uma avaliação das questões jurídicas associadas à utilização das ilhas. No âmbito do projeto Proteção de penínsulas e ilhas na albufeira de Alqueva foram implantadas, em 2012, passagens canadianas e vedações em zonas de acesso a algumas penínsulas da envolvente de Alqueva. Esta medida foi importante para afastar o gado de áreas do domínio público e que, com a subida da cota, por vezes se tornam ilhas, evitando também desta forma que o gado permaneça temporariamente isolado. Para verificar o estado de conservação desta medida, é realizado periodicamente o acompanhamento das diferentes penínsulas intervencionadas para aferir o seu estado de conservação e respetiva eficácia. Como consequência das observações entretanto realizadas, constata-se uma recuperação da vegetação destas ilhas e penínsulas, que se fará numa fase inicial através da vegetação herbácea, mas que progredirá para a vegetação arbustiva (caso não ocorram ações destrutivas de pastoreio ou desmatação), que por sua vez promoverá a regeneração arbórea, reabilitando a fitocenose associada às áreas de montado de azinho e sobro, que enquadra, para além das azinheiras e sobreiros, um conjunto variado de outras espécies, tais como catapreiros, pilriteiros, aroeiras,

17 16 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 zambujeiros, tamargueiras, giestas, e eventualmente vegetação ripícolas nas zonas mais húmidas, potenciadas pela presença da albufeira de Alqueva. Gestão das Áreas Sobrantes Em termos de gestão do património rústico, realizaram-se neste semestre diversas atividades: Manutenção do alfarrobal da Herdade dos Bravos Continuação do processo de permuta de terrenos da aldeia da Luz Venda de lenha e árvores secas Reparação da jangada de rega da envolvente da marina de Alqueva Levantamento e avaliação das parcelas sobrantes com potencialidade de alienação Cedência de pastagens e cinegéticas Retancha de azinheiras na herdade dos Estevais Elaboração de projeto PRODER, Ação 2.3.2, para a herdade das Piteiras Prosseguiu-se a elaboração do projeto de arborização e beneficiação da envolvente ao ancoradouro da aldeia da Luz Execução de aceiros em diversas parcelas rústicas Controle de infestantes (destroçador) na Defesa margem esquerda Venda de feno proveniente das áreas ripícolas Controle de infestantes (gradagem) de 8,8 ha da parcela ripícola da Defesa S. Brás Continuação do levantamento de zonas com potencial apícola e elaboração de contatos No final de junho de 2013, o património rústico compunha-se por 348 prédios (713,8941 ha), estando disponíveis para arrendamento 303 prédios (325 ha), dos quais 207 (245 ha) encontramse arrendados, 173 na totalidade e 34 parcialmente. Dos 45 prédios não arrendáveis (389 ha), 15 (3 ha) estão afetos à obra e 30 encontram-se em gestão. Existem ainda 7 cedências a que corresponde a área de 13,5403 (ha). No âmbito do património urbano, finalizou-se o procedimento do ajuste direto para celebração de contrato de prestação de serviços de controlo de pragas nos edifícios da EDIA. É de referir, igualmente, a adjudicação de uma nova central de alarmes, no edifício sede. No final do semestre, iniciou-se o levantamento e atualização dos edifícios da herdade dos Bravos em Alqueva. Utilização Privativa do Domínio Público Hídrico Ao longo deste período, continuou-se a prestar apoio aos requerentes na instrução dos pedidos de Licença e Concessão de Captação de Águas Superficiais e analisou-se os processos apresentados à EDIA. Foram recebidos 17 novos pedidos de captação de água e emitidos três (3) títulos, com validade superior a um ano, designadamente nas herdades de Corte Serrão (Albufeira de Pedrógão), Lobata (Albufeira de Alqueva) e Serra de Baixo (Reservatório 1 - Bloco do Monte Novo). No primeiro semestre procedeu-se à emissão das notas de liquidação da taxa dos recursos hídricos, referentes aos títulos de utilização privativa dos recursos hídricos para as captações de água para rega existentes na rede primária do EFMA. No âmbito das atividades da Equipa de Fiscalização e Vigilância (EFV), foram efetuadas diversas visitas de campo às zonas de instalação de algumas das captações requeridas, com o

18 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE objetivo (i) de caracterizar a situação inicial, previamente à emissão dos títulos de utilização privativa pela EDIA e (ii) de acompanhar a evolução dessas zonas após a atribuição dos títulos. Foram elaborados os respetivos relatórios de visita. Durante este semestre teve continuidade a elaboração de relatórios semanais da EFV. Para além das atividades relacionadas com o processo de licenciamento de captações de água, a EFV realizou ainda: Registo de ocorrências e comunicação, quando necessário, a entidades externas, tais como a APA/ARH do Alentejo e SEPNA, para respetiva resolução; Identificação de áreas em que se observem não conformidades ambientais com relevância para os objetivos da EDIA na área da concessão do EFMA; Verificação do estado das áreas de beneficiação do coberto vegetal; Visitas pontuais ao Pulo do Lobo, para registo do caudal do rio; Verificação mensal das cotas e possíveis ocorrências existentes nas albufeiras do EFMA, que estão concluídas e em fase de enchimento ou em fase de exploração; Acompanhamento dos trabalhos de manutenção das estações automáticas; Manutenção do equipamento das jangadas solares; Recolha de peixes no canal Alvito-Pisão (janeiro) e junto ao descarregador da barragem do Pisão (fevereiro); Manutenção e limpeza da barreira de contenção de plantas aquáticas; Acompanhamento dos trabalhos de recolha de ictiofauna existente nas imediações da horta da Várzea, Moura; Acompanhamento de visitas às ilhas no âmbito da candidatura Estratégia para a conservação e valorização de ilhas e penínsulas de Alqueva ; e Levantamento do estado de conservação dos abrigos dos morcegos existentes na envolvente da albufeira de Alqueva e de Pedrógão Infraestruturas em Construção Redes Primária e Secundária Subsistema Alqueva No Circuito Hidráulico de Vale de Gaio procedeu-se à realização dos trabalhos de proteção das condutas em algumas das suas travessias de linhas de água e à conclusão da construção das linhas de abastecimento de energia, o que permitiu concluir a obra com a realização dos ensaios de comissionamento dos seus equipamentos. Na empreitada do Bloco de Aljustrel, do Perímetro de Rega Roxo Sado, prosseguiram os trabalhos na estação elevatória e na rede de rega, designadamente ao nível da realização de ensaios de comissionamento e de vistorias para efeitos de receção provisória, assim como a retificação de alguns trabalhos identificados nas vistorias. Procedeu-se ainda à assinatura de um auto de receção provisória parcial. Na rede de drenagem decorreram também vistorias para efeito de receção provisória, assim como a assinatura do auto de receção provisória parcial. Foi ainda adjudicada a empreitada de construção da rede viária de Aljustrel, cuja execução deverá decorrer nos próximos meses, prevendo-se a conclusão ainda este ano. Esta componente é necessária para o pleno funcionamento e exploração do Perímetro de Aljustrel.

19 18 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Relativamente aos Blocos 2 e 3 de Ervidel decorreu a conclusão dos trabalhos de instalações elétricas e de comissionamento dos equipamentos eletromecânicos da estação elevatória. No reservatório procedeu-se à conclusão do comissionamento dos equipamentos eletromecânicos e, na rede de rega, do comissionamento dos hidrantes. Teve ainda lugar a realização de vistorias para efeitos de receção provisória destes equipamentos e infraestruturas. Na rede viária decorreram trabalhos de colocação de tout-venant nos caminhos agrícolas CA1, CA2, CA3 e CA4, e pavimentação em betuminoso dos caminhos agrícolas. Procedeu-se igualmente à execução de passagens hidráulicas e valetas e à execução de serventias, tendo sido iniciados os trabalhos de sinalização horizontal e vertical. Na rede de drenagem foi realizada vistoria e formalizado o respetivo auto, para efeitos de receção provisória. Neste subsistema foi ainda adjudicada, no final do semestre, a empreitada de construção do Bloco de Rega de Cinco Reis Trindade. Subsistema Ardila Neste período (no mês de abril), foram adjudicadas as empreitadas de construção dos Circuitos Hidráulicos de Amoreira Caliços e de Caliços Pias. Subsistema Pedrógão A empreitada de construção do Sistema Elevatório de Pedrógão Margem Direita foi concluída no início do ano. No que respeita ao Bloco de Pedrógão 3 (rede de rega, sistema de telegestão e estação elevatória), refira-se a conclusão de ensaios e comissionamento e a realização de ações de formação e vistorias para efeitos da sua receção provisória. O Sistema Elevatório de Pedrógão Margem Direita e as infraestruturas que constituem o perímetro de rega englobadas nos blocos de Pedrógão 1 e 3, e de Selmes, foram inaugurados a 17 de abril, na presença da Senhora Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.

20 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Na empreitada de construção do Adutor de Pedrógão Margem Direita e Barragem de S. Pedro prosseguiram os trabalhos de betão armado na descarga de superfície, na tomada de água e na descarga de fundo da barragem. Prosseguiram, igualmente, os trabalhos de exploração das manchas de empréstimo, bem como a execução dos aterros do corpo da barragem. No canal de adução iniciaram-se os trabalhos de selagem das juntas. No adutor continuaram os trabalhos, de assentamento da tubagem em betão armado com alma de aço DN2150, de aterros das valas, quer da tubagem em betão armado com alma de aço, quer da tubagem em PEAD, e prosseguiu a construção dos órgãos de exploração dos adutores que abastecem a herdade do Peso, o monte das Aldeias, a herdade de Cortes de Cima, o monte do Paço e o monte do Malheiro, tendo sido possível abastecer as herdades do monte do Malheiro e do monte das Aldeias. Foi igualmente executada a travessia da EN 258. Dificuldades financeiras crescentes do consórcio conduziram à paralisação quase total dos trabalhos a partir de finais do mês de abril. Neste semestre foram ainda adjudicadas, na rede primária, as empreitadas de construção dos Circuitos Hidráulicos de S. Pedro Baleizão e de Baleizão Quintos. Ainda na rede secundária, referencie-se a adjudicação das empreitadas de construção do Bloco de Rega de S. Pedro Baleizão, dos Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Baleizão Quintos e dos Blocos de Rega 4 e 5 de Baleizão Quintos. No período em análise, realizaram-se, em simultâneo com as empreitadas de construção das redes primária e secundária, as atividades de acompanhamento ambiental em obra e respetivos trabalhos arqueológicos de minimização de impactes em diversas ocorrências patrimoniais de situações desconhecidas identificadas na fase prévia às obras ou no decurso das mesmas.

21 20 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Projetos em Curso Redes Primária e Secundária Subsistema Alqueva Durante o segundo trimestre procedeu-se ao lançamento do concurso para a elaboração do Projeto de Execução para a instalação grupos 3 e 4 da estação elevatória dos Álamos. Foi ainda entregue o projeto de execução da reabilitação do canal condutor geral do Roxo, do Circuito Hidráulico de Roxo Sado e respetivo bloco de rega. Em termos ambientais procedeu-se ao envio dos Elementos Adicionais do EIA para a APA e rececionou-se resposta da APA relativamente à análise de conformidade do EIA, em cumprimento com o disposto no N.º 4 do Artigo 13.º do Decreto-lei N.º 69/2000, de 3 de maio. Em resposta à solicitação desta entidade pedido de Elementos Complementares, a EDIA procedeu ao envio posterior dos elementos complementares solicitados. No Circuito Hidráulico de Ligação ao Sistema de Adução de Morgavel, procedeu-se ao envio do segundo pedido de Elementos Adicionais do EIA para a APA, em cumprimento com o disposto no N.º 5 do Artigo 13.º do Decreto-lei N.º 69/2000, de 3 de maio. No âmbito do procedimento formal de AIA efetuou-se, a 17 de maio, a visita com a Comissão de Avaliação à área afeta pelo projeto. Foi ainda enviada resposta da EDIA para a APA, relativamente ao parecer enviado pela Associação de Beneficiários do Roxo. Teve ainda lugar a preparação dos termos de referência para o procedimento de ajuste direto no âmbito da revisão do projeto de execução do Perímetro de Rega de Vale de Gaio. Continua a aguardar-se resposta das entidades competentes relativamente ao documento enviado pela EDIA sobre Condicionantes ao Licenciamento e Elementos a Apresentar, de acordo com a resposta dada pela APA. Aguarda-se igualmente resposta desta entidade ao ofício enviado pela EDIA relativo ao pedido de prorrogação do prazo de validade da DIA. Quanto ao Perímetro de Rega de Pisão Beja, e no que respeita aos blocos de rega de Beringel Beja, aguarda-se resposta da APA, no que respeita aos elementos enviados no âmbito do Procedimento de AIA (resposta de Elementos a Apresentar e Condicionantes da DIA). No que respeita ao Modelo de Simulação e Otimização do Funcionamento do Subsistema de Alqueva (ALWAYS), decorreu a entrega do programa, tendo-se procedido à instalação do mesmo na EDIA, e à execução de diversas simulações para sua análise e calibração. Subsistema Ardila No que respeita aos Circuitos Hidráulicos de Amoreira Caliços e de Caliços - Pias, foram rececionadas, por parte da Autoridade de AIA, respostas positivas aos pedidos de prorrogação das respetivas DIA s. Relativamente ao Circuito Hidráulico de Caliços Machados recebeu-se, da Secretaria de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, a resposta do pedido de reapreciação da DIA - Processo N.º (2011), datado de 06/03/2013. Encontra-se em curso a elaboração de documento de resposta às Condicionantes e Elementos Apresentar da DIA.

22 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE No projeto do Bloco de Rega de Pias e respetivo EIA, rececionou-se resposta da APA relativamente à prorrogação do prazo de validade da DIA, a deferir a prorrogação da validade da DIA. A EDIA formalizou resposta à APA relativamente às Condicionantes e Elementos a Apresentar. Quanto ao Bloco de Rega de Moura Gravítico registou-se igualmente resposta da APA ao ofício enviado pela EDIA relativamente aos Elementos a Apresentar e Condicionantes da DIA. Subsistema de Pedrógão No âmbito da revisão do projeto de execução do Circuito Hidráulico de S. Matias e respetivo bloco de rega, foi entregue o relatório de revisão do projeto e procedeu-se à discussão do seu conteúdo com o projetista. Na componente ambiental efetuou-se o pedido de prorrogação do prazo de validade da DIA à APA, e foi rececionada a resposta da APA aos Elementos a Apresentar e Condicionantes da DIA, a comunicar que a informação enviada se encontra em análise por parte das entidades competentes na matéria. Foi ainda recebida resposta da DGADR a informar que a documentação enviada pela EDIA foi aprovada. No Circuito Hidráulico de S. Pedro Baleizão e respetivo bloco de rega, recebeu-se resposta da APA, relativo às condicionantes 1 e 2 da DIA, a informar que o documento se encontra em análise por parte das entidades competentes. No Circuito Hidráulico de Baleizão Quintos foi igualmente rececionada a resposta da APA, relativamente aos Elementos a Apresentar e Condicionantes da DIA, a referir que a documentação se encontra em análise por parte das entidades competentes. Recebeu-se resposta da DAGDR a informar da aprovação da documentação enviada pela EDIA. Procedimentos Expropriativos Durante este período, tiveram lugar várias atividades com a finalidade de assegurar os procedimentos expropriativos associados aos projetos em curso, com intervenções em várias áreas geográficas do Empreendimento. Relativamente aos projetos em fase final do processo expropriativo teve lugar o acompanhamento de comissões arbitrais e peritagens, a regularização de situações de registo e o acompanhamento de situações resultantes das obras. Nos projetos em curso, salientem-se os trabalhos de levantamentos de campo, avaliações, negociações, vistorias ad perpetuam rei memoriam, autos de posse administrativa e de expropriação amigável, registos e o acompanhamento de situações resultantes de obra. Em termos de intervenção, e de acordo com a fase em que se encontram os respetivos processos expropriativos, destacam-se, neste semestre, os seguintes projetos: Projetos em fase inicial: Circuito hidráulico Caliços-Machados Projetos em curso: Bloco de rega Cinco Reis-Trindade

23 22 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Bloco de rega S. Pedro-Baleizão Bloco de rega Baleizão-Quintos Circuito hidráulico S. Pedro-Baleizão Circuito hidráulico Baleizão-Quintos Circuito hidráulico Amoreira-Caliços e barragem dos Caliços Circuito hidráulico Caliços Pias e barragem de Pias Bloco de rega de Pias Bloco de rega de Vale de Gaio Projetos em fase final: Circuito hidráulico de Pedrógão Margem Direita Bloco de rega de Selmes e Pedrógão Bloco de rega de Aljustrel Bloco de rega de Ervidel Adutor Pisão-Beja Adutor Pisão-Roxo Canal Alvito-Pisão Circuito hidráulico de Vale de Gaio Bloco de rega Orada-Amoreira Bloco de rega de Serpa Bloco de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom Bloco de rega Alvito-Pisão Aguarda-se a publicação das seguintes declarações de utilidade pública: Circuito de Segregação de Caudais da barragem do Roxo Circuito de Segregação de Caudais da barragem de Odivelas No quadro seguinte apresenta-se a execução de cada projeto durante o período, nomeadamente, o número de prédios avaliados, aprovados e acordados e número de autos de expropriação efetuados: Projeto Prédios Avaliados Prédios Aprovados Prédios Acordados Autos Efetuados Litígios Rede Primária Barragem de Alqueva Adutor Pisão-Beja Circuito Hidráulico de Pedrógão Circuito Hidráulico S. Pedro-Baleizão Circuito Hidráulico Baleizão-Quintos Circuito Hidráulico Amoreira-Caliços Circuito Hidráulico Caliços-Pias Total Rede Primária Rede Secundária Bloco de Rega Ferreira, Figueirinha e Valbom Bloco de Rega de Ervidel Bloco de Rega de Aljustrel Bloco de Rega de Cinco Reis-Trindade Bloco de Rega de S.Pedro-Baleizão Bloco de Rega Baleizão-Quintos Total Rede Secundária TOTAL

24 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Prestações de Serviços: Águas Públicas do Alentejo, S.A. No âmbito da prestação de serviço para a empresa Águas Públicas do Alentejo, S.A. (AgdA) procedeu-se à elaboração de minutas de resposta a erros e omissões no âmbito do anúncio de procedimento n.º 5329/2012, designado Prestação de Serviços de Execução de Expropriações e Servidões para a Águas Públicas do Alentejo, S.A. 1º Grupo de Parcelas. Procedeu-se à elaboração de relatórios de avaliação prévia, referentes às parcelas a sujeitar a servidão e a ocupar temporariamente para execução das obras, designadamente: adutora ETA do Monte da Rocha ao Reservatório de Panoias, drenagem do Reservatório da Atalaia, sistema intercetor de Beja, descarregador da estação elevatória de Beja, ETA do Monte da Rocha ao Reservatório de Garvão, adutora a Vila Nova de São Bento e adutora Alvito-Monteza. Procedeu-se igualmente à elaboração do relatório de avaliação prévia referente à parcela a adquirir para a estação elevatória do sistema intercetor, e à elaboração de minutas de cartas de proposta de valores referentes a todas as parcelas originadas pelos projetos atrás referidos, bem como contactos e negociações e recolha de todos os elementos necessários à outorga das escrituras. Foram ainda identificados os prédios e proprietários dos terrenos necessários à implantação dos reservatórios do Cabeço do Bacalhau, Gizo, Faro do Alentejo e Água Derramada (Grândola). Relativamente à empreitada da adutora Moura/Safara, elaboraram-se plantas com identificação dos terrenos disponíveis para execução da obra, e decorreu a recolha e compilação de elementos necessários à preparação dos processos de declaração de utilidade pública da Adutora Alvito- Monteza, da adutora a Vila Nova de São Bento, do sistema intercetor de Beja e descarregador da estação elevatória e da estação elevatória de Beja. Teve ainda lugar o acompanhamento dos trabalhos de vetorização do cadastro geométrico da propriedade rústica, realizados internamente. Quanto aos reservatórios do sistema de abastecimento do Guadiana Sul, deu-se continuidade aos contactos com os demais interessados nos prédios a intervencionar. No caso do reservatório de Serpa, e após acordo quanto ao valor a pagar pela referida aquisição, preparou-se toda a documentação necessária à realização da escritura de compra e venda. Forneceu-se cadastro dos prédios limítrofes ao prédio onde está projetado o reservatório de A do Pinto. No que diz respeito ao caminho de acesso ao reservatório de Vila Verde de Ficalho, elaborou-se novo traçado, no seguimento do acordado in loco com o proprietário e AgdA. Posteriormente efetuou-se a avaliação prévia da parcela a intervencionar e preparou-se minuta de proposta de valores. Simarsul No início deste período concluiu-se a prestação de serviços relativa à ETAR de Águas de Moura. Foi elaborada uma proposta de prestação de serviços de execução de servidões para a conduta elevatória da Carrasqueira do subsistema Lagoa-Meco e Santo António. No final do semestre concluiu-se a prestação de serviços para a Simarsul, tendo-se desenvolvido as seguintes atividades relativamente à construção da ETAR de Canha: formalização do acordo

25 24 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 com o proprietário, atualização dos registos de propriedade e elaboração e assinatura do contrato promessa de compra e venda Ambiente, Património e Ordenamento do Território Património Cultural Teve lugar o acompanhamento, no âmbito do protocolo celebrado entre a EDIA e a Direção Regional de Cultural do Alentejo (DRCALEN), dos trabalhos de arranjo gráfico e impressão das monografias relativas aos trabalhos arqueológicos realizados no âmbito do Plano de minimização de impactes arqueológicos no regolfo de Alqueva. Foram já impressos, e entregues à EDIA, os exemplares referentes a quatro das monografias previstas (volumes 1, 2, 3 e 6 da coleção). Encontram-se em curso os trabalhos de preparação de uma exposição dedicada ao sítio pré-histórico da Barca do Xerez, a realizar nas instalações da sede da EDIA, em Beja. Foram realizados trabalhos preparatórios, com vista à elaboração do Plano de monitorização do património cultural localizado em área afeta às infraestruturas integradas no EFMA. Foram também analisados e remetidos para a DRCALEN quarenta e cinco (45) relatórios técnicos de trabalhos arqueológicos (escavações e acompanhamentos) realizados em fase de obra, referentes a quatro (4) processos distintos. No âmbito de pedidos de entidades externas, foi ainda dada resposta a uma solicitação da Câmara Municipal do Alandroal sobre publicações da EDIA, na vertente de património cultural. Em termos de atividades pedagógicas teve início, no dia 3 de junho, um novo ciclo de exposições/atividades subordinado ao tema Aprender com a História. Neste âmbito, foi desenvolvida a atividade intitulada Potes e fornos do tempo dos romanos. Pretendeu-se com esta primeira atividade, partindo de vestígios concretos de época romana (potes descobertos no sitio monte do Bolor reservatório do Álamo), dar a conhecer os princípios gerais da atividade arqueológica, bem como a ocupação da região em época romana. De salientar que foi assegurado internamente a conceção, produção e execução desta atividade. Nos próximos meses prevê-se dar continuidade a este ciclo, com novas atividades já em planeamento.

26 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Medidas de Minimização Prévias à Obra Redes Primária e Secundária Circuito Hidráulico Amoreira - Caliços A aguarda-se a entrega dos relatórios finais das intervenções arqueológicas realizadas em duas ocorrências patrimoniais a afetar pela construção da barragem de Caliços. Circuito Hidráulico Caliços - Machados Concurso Público N.º 02/2013, para execução de trabalhos arqueológicos no sítio Monte dos Coteis 3, a afetar pela construção da Estação Elevatória de Caliços. Encontra-se em fase de análise de propostas. Circuito Hidráulico de Caliços - Pias Aguarda-se a entrega dos relatórios finais das intervenções arqueológicas de minimização de impactes sobre o património cultural definidos na DIA do projeto, cujos trabalhos de campo já foram concluídos. Circuito Hidráulico de S. Pedro - Baleizão e Bloco de Rega Em curso os trabalhos de execução das medidas de minimização de impactes sobre o património cultural prévias à obra (CP 09/2012), definidos na DIA do projeto. Foram também executados, internamente, trabalhos de prospeção arqueológica definidos na DIA. Neste âmbito, encontra-se a ser elaborado o respetivo relatório técnico dos trabalhos, para posterior envio à DRCALEN. Circuito Hidráulico de Baleizão Quintos e Blocos de Rega Foram concluídos os trabalhos de campo associados ao CP N.º 08/2012 e referentes à implementação de medidas de minimização de impactes sobre o património cultural definidas na DIA do projeto. Face aos resultados das intervenções executadas ao abrigo do CP N.º 08/2012 e tendo em conta o elevado volume de trabalhos de minimização a realizar, foi lançado um novo procedimento (CP N.º 07/2013) para a realização de trabalhos arqueológicos de minimização de impactes. Blocos de Rega de Pias Aguarda-se a entrega dos relatórios finais das intervenções arqueológicas de minimização de impactes sobre o património cultural definidos na DIA do projeto, cujos trabalhos de campo já foram concluídos. Blocos de Rega de Cinco Reis - Trindade Aguarda-se a entrega dos relatórios finais das intervenções arqueológicas de minimização de impactes sobre o património cultural definidos na DIA do projeto, cujos trabalhos de campo já foram concluídos.

27 26 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Ambiente Atividades Prévias à Obra De modo a cumprir integralmente as disposições das diferentes DIA s e pareceres ao RECAPE, procedeu-se à preparação e envio de resposta aos elementos condicionantes e apresentar, bem como pedidos de alteração de redação de medidas de DIA s, nomeadamente: Elementos Condicionantes do Troço de Ligação Pisão Roxo, requeridos em sede de Parecer ao RECAPE; e Pedido de alteração da medida ECO3 da DIA relativa ao Projeto do Troço de Ligação Pisão-Roxo e Pisão-Beja. Documentação enviada às Entidades Competentes (Procedimento de AIA) Por forma a dar cumprimento às exigências da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e de modo a cumprir na íntegra as disposições das Medidas de Minimização das DIA s, procedeu-se, no âmbito dos processos Pós Avaliação previstos na legislação em vigor, à preparação e envio de relatórios demonstrativos e circunstanciados sobre as medidas da fase de construção das empreitadas. Para este efeito, procedeu-se ao envio do Relatório relativo ao Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA - Fase de Construção do Projeto do Bloco de Rega de Monte Novo. No decorrer do semestre, procedeu-se ainda à preparação dos seguintes documentos de resposta: Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA e Parecer ao RECAPE (Fase de Obra) da Ligação Pisão Roxo do Subsistema Alqueva (empreitadas de construção dos 1.º troço, 2.º troço e 3.º troço do adutor Pisão Roxo); Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA (Fase de Obra) da ligação Pisão- Beja do Subsistema Alqueva (empreitadas de construção dos 1.º troço, 2.º troço e 3.º troço do adutor Pisão-Beja); Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA (Fase de Obra) da estação elevatória de Pedrogão (Margem Esquerda) do Subsistema Ardila (empreitada de fornecimento dos equipamentos da estação elevatória de Pedrógão Margem Esquerda); Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA (Fase de Obra) do adutor Brinches- Enxoé do Subsistema Ardila (empreitada de construção dos adutores do Enxoé, Serpa e Laje e Barragem da Laje; empreitada de construção da conduta elevatória e reservatório de Brinches Sul e Empreitada de construção da estação elevatória de Brinches e Central Mini-Hídrica de Serpa); Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA (Fase de Obra) da estação elevatória da Torre do Lóbio, adutor de Serpa e reservatório Serpa Norte do Subsistema Ardila (empreitada de construção da estação elevatória da Torre do Lóbio, adutor de Serpa e reservatório de Serpa Norte); e Cumprimento das medidas de minimização da DIA (fase de obra) do adutor de Pedrógão e reservatório da Orada do Subsistema Ardila (empreitada de construção do adutor de Pedrógão Margem Esquerda e reservatório da Orada).

28 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE No âmbito da pós-avaliação ambiental dos projetos e na sequência do envio dos planos de desativação de estaleiro para a entidade licenciadora (CCDR-Alentejo), foi solicitada a presença da EDIA numa visita (a 30 de maio), em sede de auditoria, às áreas de implantação dos estaleiros das Empreitadas de Ligação do Pisão-Beja (1.º e 2.º troços) e do circuito hidráulico de Vale do Gaio. Esta visita teve como objetivo principal a verificação, por parte da entidade fiscalizadora, do cumprimento das diversas medidas ambientais em obra, para as quais a EDIA é obrigada a evidenciar a sua correta implementação. Atividades decorrentes da fase de exploração Para a fase de exploração dos diferentes projetos, existe a necessidade de se proceder ao desenvolvimento e implementação de medidas específicas constantes nas DIA s, que aludem fundamentalmente para a minimização e compensação de impactes ambientais. Para este efeito, encontram-se em fase de preparação e alguns deles concluídos, os processos seguintes: Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da Bacia Hidrográfica do Sado (PMC Sado). A ação 2 - Criação de Bypass a obstáculo transversal (que integra o PMC Sado) : em licenciamento junto da ARH-Alentejo, com objetivo de iniciar obra no segundo semestre de 2013; Charcos Temporários Mediterrânicos : por forma a dar cumprimento ao estabelecido em medidas de DIA s de alguns projetos do EFMA, este estudo está a ser desenvolvido em colaboração com uma estagiária de biologia da Universidade de Aveiro, tendo neste período sido efetuado o trabalho de campo necessário à concretização dos relatórios de monitorização, a enviar à Autoridade de AIA; e Brochuras e Boletins de Rega para Agricultores : no âmbito da fase de exploração das infraestruturas de rega e dando resposta às medidas de minimização, relativas às ações de sensibilização aos agricultores, foram desenvolvidos neste trimestre folhetos onde constam orientações para a gestão de água, conservação dos solos, gestão da vegetação das margens das linhas de água e aplicação de fertilizantes e produtos fitofarmacêuticos, entre outras. Relativamente ao Relatório de Monitorização do Açude do Monte da Azinheira (processo pós avaliação N.º 456 do circuito hidráulico de adução à barragem de Odivelas) foi rececionada pela EDIA a resposta da APA a informar que o referido documento se encontra em apreciação. No âmbito das medidas para a fase de exploração constam ainda diretrizes que espelham a minimização e compensação dos principais impactes ambientais e paisagísticos decorrentes da implementação dos projetos. De modo a garantir a implementação destas diretrizes têm-se desenvolvido diferentes processos, entre os quais se identificam os seguintes: Relatório de Avaliação da Envolvente Biofísicas das Infraestruturas do EFMA (barragens, reservatórios, açudes e estações elevatórias); Projeto de Compensação de Quercíneas; e Projeto de Recuperação Paisagística para a Albufeira do Pisão.

29 28 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Outros Neste período foi prestado apoio à monitorização dos morcegos cavernícolas nos abrigos de Alqueva, Pedrógão, Mina da Preguiça (Sobral da Adiça Serpa) e Mina dos Mociços (Rosário- Alandroal), no seguimento da colaboração entre a EDIA e o ICNF. Monitorização Ambiental No domínio da monitorização ambiental, e face ao número de programas de monitorização em curso, optou-se por sistematizar a informação relativa aos diferentes programas por sistema (Alqueva-Pedrógão) e por rede primária e rede secundária de rega, efetuando um ponto de situação do estado de execução de cada um dos programas, sem prejuízo de ser apresentado uma descrição mais exaustiva dos trabalhos que decorreram ao longo do semestre. PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DO SISTEMA ALQUEVA PEDRÓGÃO E REDE PRIMÁRIA Sistema Alqueva - Pedrógão e Rede Primária Programas de Monitorização Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas Ponto de Situação Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2010/2012) Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2012/2014) Potenciais Impactes da Transferência da Água Guadiana-Sado na Ictiofauna (2012) Potenciais Impactes da Transferência da Água Guadiana-Sado na Ictiofauna (2014) Recursos Hídricos Superficiais da Estação Elevatória e do Circuito Hidráulico do Pedrógão Fase de Construção Recursos Hídricos na área dos Circuitos Hidráulicos de Amoreira - Caliços e Caliços - Pias - Fase de Construção Em fase de conclusão Em curso Em fase de conclusão Em preparação Concluido, aguarda entrega do relatório final Em curso Fauna, Flora e Vegetação Inventariação biológica nas Ilhas de Alqueva Eficácia das Medidas de Minimização do Efeito Barreira e do Efeito Armadilha Levantamento de Condições de Funcionamento do Dispositivo de Passagem de Peixes de Pedrógão Avaliação da eficácia do dispositivo de passagem de peixes da barragem de Pedrógão (monitorização) Avifauna na área do Sistema Alqueva - Pedrógão Acompanhamento das caixas para morcegos na envolvente de Alqueva e Pedrógão Em fase de conclusão Em curso Em curso Em curso Em curso Em curso

30 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DA REDE SECUNDÁRIA Rede Secundária de Rega Programas de Monitorização Ponto de Situação Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas Recursos Hídricos Superficiais e Qualidade Ecológica na Área dos Blocos de Rega em fase de exploração / Recursos Hídricos na Área dos Blocos de Rega de Cinco Reis e Trindade - Fase de Construção Recursos Hídricos Subterrâneos na Área dos Blocos de Rega em fase de exploração / Em curso Em curso Em curso Fauna, Flora e Vegetação Avifauna na Barragem do Pisão (2011/2012) Ictiofauna e dos Recursos Hídricos Superficiais no Bloco de Rega do Monte Novo (2010/2011) Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2009/2010) Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2010/2011) Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2010/2011) Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2012/2013) Aves estepárias nos Blocos de Rega de Ervidel (2010/2011) Aves estepárias nos Blocos de Rega de Selmes, S. Pedro Norte e Pedrógão (2010/2011) Aves estepárias nos Blocos de Rega de Pias (2011) Aves estepárias nos Blocos Sul e Oeste do Subsistema do Ardila Linaria ricardoi na rede secundária de rega 2013 Em fase de conclusão Em fase de conclusão Concluido Em fase de conclusão Concluido Em curso Concluido Em fase de conclusão Em fase de conclusão Concluido Avaliação de propostas Solos Solo nos Blocos de Rega de Selmes, S. Pedro Norte e Pedrógão Caraterização da situação de referência do solo nos blocos de rega de Aljustrel, Ervidel, Beringel - Beja e S. Pedro - Baleizão Concluido Em curso 1 No início do ano foram assegurados os trabalhos associados à prestação de serviços referente ao concurso público n.º 3/2012 para Manutenção das Estações Automáticas Integradas na Rede Específica de Monitorização do Sistema Alqueva Pedrógão (2012/2013). As terceira e quarta ações de manutenção associadas a esta prestação de serviços decorreram nos meses de março e maio, respetivamente. Decorre, ainda, o trabalho de levantamento das estações hidrométricas existentes na bacia hidrográfica do Guadiana, estando em curso a elaboração do relatório referente à identificação das necessidades de informação no âmbito da gestão e exploração das albufeiras de Alqueva e Pedrógão. No mês de março foi elaborado o processo de contratação para execução dos trabalhos de monitorização dos potenciais impactes da transferência de água Guadiana-Sado sobre a ictiofauna. Sistemas de Gestão na Área Ambiental Sistemas de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva (SIRHAL) Ao longo deste período manteve-se a divulgação diária de um Boletim com informação sobre a evolução do volume armazenado e a variação diária das cotas das albufeiras de Alqueva e de 1 A área a monitorizar abrange cerca de ha e corresponde aos blocos de rega Monte-Novo, Alvito-Pisão, Pisão, Alfundão, Ferreira-Valbom, Ervidel, Aljustrel, Orada-Amoreira, Brinches e Brinches-Enxoé. 2 A área monitorizada abrange cerca de ha e corresponde aos blocos de rega: Monte-Novo, Alvito-Pisão, Pisão, Alfundão, Ferreira-Valbom, Ervidel, Orada-Amoreira, Briches, Brinches-Enxoé, Selmes, Pedrógão e S. Pedro Norte.

31 30 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Pedrógão, caudais registados a montante e jusante do sistema Alqueva-Pedrógão. O Boletim atualizado é disponibilizado diariamente no site da EDIA. Com o objetivo de efetuar o controlo do caudal registado versus o caudal ecológico necessário a assegurar no Sistema Alqueva-Pedrógão é efetuada a análise diária dos caudais descarregados e dos valores registados na estação hidrométrica do Pulo do Lobo. Mensalmente é divulgado internamente o valor de caudal ecológico assegurado pelo Sistema Alqueva-Pedrógão no mês anterior, bem como o valor do caudal ecológico a cumprir no mês seguinte. Procedeu-se ainda à divulgação interna do regime de caudais ecológicos para a rede primária do EFMA, atualmente em exploração. Esta divulgação tem uma periodicidade mensal. No mês de março foi disponibilizado o boletim de rega com os resultados das campanhas promovidas no mês de janeiro. Ordenamento do Território A EDIA participou em reuniões enquanto membro da comissão de acompanhamento da revisão dos seguintes instrumentos de gestão territorial: Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Alandroal 4 de janeiro Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Beja 15 de janeiro Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Moura Workshop participativo 5 de fevereiro Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Moura 14 de fevereiro Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Aljustrel 14 de maio Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Serpa 6 de junho Foram emitidos pareceres relativos aos PDM de Beja, Serpa e Aljustrel. Na sequência da reunião entre a Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago (ATMTGLA), a EDIA e a APA, no dia 7 de janeiro de 2013, em que foi decidida a necessidade de elaborar um documento, com casos concretos, que justifique a abertura de um processo de modificação do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrogão (POAAP) em vigor, a EDIA assinou um protocolo de cooperação com a ATMTGLA para a elaboração do referido documento. Tendo em conta este processo, e ao longo do 1.º semestre, realizaram-se reuniões de trabalho, entre os técnicos da EDIA e os técnicos dos municípios pertencentes à ATMTGLA. Neste contexto, realizaram-se ainda algumas saídas de campo para reconhecimento, no terreno, das áreas recreativas e de lazer previstas no POAAP. No seguimento das anteriores reuniões e da informação enviada pelos municípios, a EDIA compilou os contributos recebidos e elaborou um documento de Proposta de modificação do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrogão, que estabelece uma caracterização da situação atual de implementação do mesmo, um conjunto de propostas de modificação face ao atual Plano, e uma análise de compatibilização entre as propostas apresentadas e a legislação em vigor. A 21 de junho realizou-se uma reunião com a APA, a CCDR-A, a ATMTGLA e os técnicos dos municípios para apresentação do documento acima referido. A EDIA participou na reunião da Comissão Nacional de Coordenação do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação, no dia 1 de fevereiro.

32 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Projetos Especiais Parque de Natureza de Noudar O Parque de Natureza de Noudar (PNN) constitui-se como um projeto de desenvolvimento regional que tem como objetivo a qualificação do território através da promoção da biodiversidade. Neste período, tiveram continuidade as atividades agro-silvo-pastoris, fomentando a multifuncionalidade e sustentabilidade da exploração agro-florestal e contribuindo, simultaneamente, para a conservação dos valores naturais. Os trabalhos agroflorestais decorrem de acordo com o estipulado no Plano de Exploração Agro-Florestal. No que respeita à gestão pecuária, realizaram-se contactos com potenciais fornecedores na região de Moura-Barrancos, para aquisição de novo macho reprodutor, e consequente aquisição de um novilho de raça Limousine. Relativamente ao efetivo bovino, deu-se continuidade ao seu maneio, suprindo todas as suas necessidades; no início de janeiro, decorreu o rastreio de tuberculose. Procedeu-se ainda ao licenciamento da montanheira e respetiva contratação, após lançamento do convite à apresentação de propostas, e respetiva articulação com o proponente para estabilizar os termos de concretização do contrato. Destaque, igualmente, para a análise da performance reprodutiva da vacada através do software Genbeef, a elaboração e entrega da candidatura ao pedido único 2013, a tuberculinização, vacinação e desparasitação do efetivo e o nascimento de um macho e três fêmeas. A 30 de junho o efetivo bovino existente no Parque era de 143 (116 fémeas e 27 machos). Relativamente à gestão de hortas e pomares (rega diária por gota a gota), teve lugar a eliminação de infestantes nas hortas do Monte e do Pomar. Na horta do Monte, no talhão das aromáticas, fez-se o corte de algumas aromáticas para que brotem e depois possam ser recolhidas, secas e por fim embaladas, para venda na loja. No que respeita à componente cinegética, aguarda-se a alteração da lei da pesca em águas interiores, que permitirá a elaboração dos processos de concessão da pesca desportiva no rio Ardila e na ribeira da Múrtega. Foi elaborado um novo regulamento e nova lista de preços para esperas ao javali (e realizada uma espera a 20 de junho), e efetuado o controlo de predadores, com a aquisição de quatro novas gaiolas. Foi ainda obtida a licença para dez armadilhas e adquirido cereal para coelhos. Relativamente à gestão florestal, deu-se início à limpeza de matos, à avaliação de um novo calendário para a realização das podas das azinheiras e continuação da realização do inventário florestal, com o qual se pretende reavaliar o estado sanitário das quercíneas. Evidencie-se o levantamento dos espaços com aptidão apícola, no sentido de preparar contratos de exploração, a preparação e estabelecimento do sistema de vigilância 2013, com aquisição de carta de rumos, e o pedido e obtenção da licença para abate de azinheiras secas. Noutras atividades, indique-se o processo de integração das condicionantes decorrentes da gestão para a conservação da biodiversidade e o licenciamento para a construção da charca das Eiras Queimadas, e o início dos estudos para vulgarizar a distribuição de água pelos diferentes parques de bovinos e para vedar charcas. Refiram-se ainda os procedimentos de ajuste direto para a construção de marouços e parque de coelhos e fornecimento de ração especial para coelho-bravo no âmbito do Iberlinx II, assim como a instalação de vedação da Umbria das Boticas.

33 32 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Procedeu-se ainda à abertura dos procedimentos de consulta ao mercado para a limpeza de todos os telhados do monte e manutenção preventiva dos equipamentos instalados no monte, e abastecimento de gás propano. Em termos de manutenção de espaços exteriores, procedeu-se, por outro lado, à limpeza de ervas dos percursos e envolventes das construções agrícolas, ao esvaziamento e limpeza dos três poços, à pintura do interior da casa da Torre de Vigia e ao levantamento e sinalização dos poços da mina abandonada. No período em análise e relativamente à exploração turística, prosseguiram os serviços de refeições e alojamento, e foram desenvolvidos trabalhos no âmbito das Publicações de Noudar, designadamente o acompanhamento da produção de guias de bolso de fauna e flora. Realizou-se ainda o programa Páscoa em Noudar, de 20 a 23 de março. No final do semestre realizaram-se, mais uma vez, os campos de férias no parque de natureza de Noudar O ano escolar terminou, disponibilizando-se uma semana de férias em plena natureza, recheada de muitas atividades divertidas e pedagógicas. Estão divididos em dois períodos: de 30 de junho a 6 de julho (10 aos 16 anos) e de 14 a 20 de julho (7 aos 12 anos). Cabe ainda referenciar a atividade com o grupo 140 caminheiros de Évora, o curso da AdcMoura referente à cultura de plantas medicinais (20-23 junho), e o evento CCDRAlentejo e Câmara Municipal de Barrancos (17 maio). Quanto às atividades de divulgação e promoção mencione-se, no início do ano, a preparação do procedimento de concurso para o novo site do PNN e criação do logotipo do restaurante Pançonas e Voltas d Alqueva. É igualmente de destacar a conceção de pacotes turísticos incluindo o museu da Luz e Alqueva. Relativamente ao tanque lúdico, é de referir o acabamento do seu espaço envolvente, com enchimento de terras, e a aquisição de placas necessárias para essa área, e a colocação de uma passadeira com pedra da ribeira local. Neste período o PNN participou nas diversas ações no âmbito do projeto Life + Iberlince, de grande relevância à escala europeia. Os beneficiários em Portugal são o ICNF e a Associação Iberlinx, competindo, a esta associação a operacionalização do projeto no terreno. A EDIA, enquanto sócia fundadora e atual presidente da Direção da Associação Iberlinx, tem envidado todos os esforços no sentido de promover a viabilização e implementação deste projeto em Portugal.

34 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Museu da Luz Num ano em que se comemoram dez anos de existência do Museu da Luz, a requalificação do seu património edificado, para melhor servir os seus diversos públicos-alvo e propósitos, tem sido uma das principais linhas de atuação seguidas. Ao longo do semestre, o Museu da Luz deu continuidade à sua aposta na qualidade e diversidade programática dos conteúdos e eventos museológicos. No âmbito do programa expositivo e intervenções artísticas, o Museu prosseguiu com as exposições de longa e curta duração. Na exposição de longa duração: A terra: ocaso de uma relação milenar são evocadas as profundas alterações sociais e patrimoniais associadas ao processo de construção da barragem de Alqueva. A exposição de curta duração É um mundo novo, de Carlos Noronha Feio, foi inaugurada a 5 de janeiro. É na sala da luz que podemos ver o tapete de Arraiolos, com 30 metros quadrados. Referencie-se, igualmente, a exposição Alqueva paisagem como tema, presente no Museu até 7 de julho. No âmbito do ciclo expositivo Dar Voz aos Objetos prosseguiu a exposição A Cachamorra, pelo pastor Jacinto Suzano: onde é que hoje há os pastores?, tendo-se procedido à preparação em torno de novos objetos (pote de azeite e burra). Esteve igualmente patente, na sede da EDIA, em Beja, primeiramente a exposição itinerante Dar voz aos objetos a tarrafa de Francisco Capucho e de momento A lancheira, de Domingos Godinho. Avançou-se na preparação de parcerias com agentes de turismo locais, através da campanha Um lago, duas aldeias, um museu Páscoa 2013, e com a participação na BTL com promoção do projeto Voltas de Alqueva, que integra atividades do Museu da Luz. Procedeu-se igualmente à promoção de iniciativas para o público escolar. Destaque-se assim a preparação de

35 34 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 participação na programação das atividades de ocupação das férias escolares, em parceria com a EBI de Mourão, a Câmara Municipal de Mourão e a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, e a participação do Museu da Luz na Feira de São João de Évora, através da divulgação e de atividades lúdico-educativas em torno do livro infantil O que vês dessa janela?. No âmbito das atividades para o público geral, referencie-se a participação do Museu da Luz na Feira do Livro de Reguengos de Monsaraz, com divulgação de publicações próprias, em parceria com a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, a comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, com programação específica (18 de abril) e a organização do dia comemorativo Viagem-Passeio Alqueva, a paisagem como tema (29 junho). Na vertente turística, foi preparada a difusão da campanha Um lago, duas aldeias, um museu Verão 2013 com reforço de parcerias na zona de influência da barragem. Durante este período, decorreram obras de melhoramento e de preparação do Monte dos Pássaros para a utilização pelo público e para as residências artísticas. Procedeu-se, igualmente, à preparação do Monte da Julioa para acolhimento das reservas arqueológicas e etnográficas anteriormente instaladas nos espaços do Monte dos Pássaros e na casa da rua do Montinho. Evidenciem-se, neste período, a inauguração do programa de residências do Museu, com destaque para a atividade LUZ3, residência artística para a intervenção gráfica na antiga estrada de acesso à aldeia da Luz, com alunos do Departamento de Artes Visuais e Design da Universidade de Évora, orientados pelo artista Pedro Portugal. A inauguração contou com a performance no local do Grupo Coral da Luz, numa parceria entre o Museu da Luz, a Universidade de Évora e a Câmara Municipal de Mourão. Teve ainda lugar o planeamento da residência de Catarina Mourão e de Pedro Duarte, no âmbito do workshop de realização de filme documental, e da residência artística com a curadora Maria do Mar Fazenda. De comunicação e plataformas, referência para a reformulação gráfica e estrutural do site do Museu e para a produção de conteúdos para esta plataforma em renovação. No que respeita às redes sociais, teve continuidade a promoção dos espaços e experiências com imagens fotográficas e textos na conta facebook do Museu da Luz. Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia O Centro de Cartografia tem dado especial atenção às necessidades internas da EDIA, acompanhando as mais modernas tecnologias da informação geográfica, cartográfica e cadastral, desenvolvendo no período em análise as seguintes atividades: Execução de altimetria vetorial à escala 1: para a área de influência do EFMA de acordo com as necessidades internas da EDIA; Resposta a solicitações na componente topográfica a várias direções da empresa; Manutenção do sistema de gestão da qualidade de acordo com a Norma ISO 9001:2008; Monitorização geodésica das Barragens dos Álamos I, II e III, Vale de Carro, Penedrão, Brinches, Serpa, Reservatório de Ferreira, Amoreira, Loureiro, Reservatório 4 do Monte-Novo, Cinco Reis, Reservatório da Orada e Laje; Fiscalização de cartografia e ortofotocartografia à escala 1:2.000 para os municípios de Aljustrel, Barrancos, Almodôvar, Ourique, Ferreira do Alentejo, Castro Verde e Mértola; Conclusão do projeto externo de vectorização do cadastro geométrico da propriedade rústica do concelho de Beja e Almodôvar;

36 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Execução do cadastro geométrico da propriedade rústica dos concelhos de Ourique e Almodôvar; Elaboração do relatório para a renovação do Alvará de cadastro predial; Acompanhamento da coleção dos marcos de propriedade no bloco de rega de Ervidel; Levantamento arquitetónico das construções existentes na Herdade dos Bravos, no âmbito da legalização das construções provenientes da EDP; e Contribuição na exposição Potes e fornos do tempo dos Romanos na cubicagem e modelação 3D do Pote. Teve continuidade o cálculo dos valores a faturar das taxas de conservação anuais para 2013 e os valores relativos aos consumos efetuados no 4.º trimestre de Foram também elaborados diversos relatórios de resumos englobando todos os valores faturados e agrupando-os por bloco, por regime de pressão, entre outros fatores. Este semestre, em termos de aplicação webgis, foi migrada toda a aplicação para a nova base de dados SIG. Esta aplicação permite desenhar a área inscrita com recurso a diversas ferramentas de desenho, calcular a área inscrita com base no seu desenho, permitindo a validação da informação dada pelo beneficiário no ato de inscrição. É também possível atualmente incluir áreas precárias diretamente na aplicação. Foram ainda produzidos diversos relatórios por solicitação de vários sectores na Empresa. Por motivos técnicos, a componente geográfica desta aplicação foi desativada, tendo-se optado pelo desenvolvimento de um componente genérico, que será a base de todas as aplicações geográficas. Este facto permitirá reduzir o elevado esforço de manutenção da mesma, dado o número de diferentes aplicações deste género desenvolvidas ao longo dos últimos anos, e renovar o portal de mapas no site da Empresa. Durante o período em análise, no modelo de monitorização e gestão da componente hidroagrícola de Alqueva (ALWAYS), tal como previsto, prosseguiu o esforço de detetar incongruências entre os dados originais presentes no SIG e os dados apresentados pelo modelo. Foram também desenvolvidos os esforços necessários para que este sistema se possa sincronizar de forma automática com a base de dados geográfica, sem necessidade de intervenção humana morosa. A EDIA tem vindo a desenvolver competências na área do desenho técnico para apoio ao projeto de engenharia hidroagrícola e ao sector de construção. Neste âmbito, podem destacar-se algumas atividades que revelam já um grau de autonomia significativo, como seja o apoio ao projeto da albufeira de Ferreira onde se efetuou o cálculo de volume de escavação, o traçado de perfis longitudinais, de diretrizes e rasantes. Pretende-se contribuir para o desenvolvimento de projetos de execução que a empresa possa desenvolver no futuro.

37 36 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Foram efetuados melhoramentos à aplicação Sistema de Informação de Cadastro e Expropriações (SICE), designadamente, nos relatórios de gado e de rendeiros e integração com SAP. Foi também desenvolvida uma aplicação web que permite a visualização das faixas de expropriação e servidão nas infraestruturas da rede primária. Foram ainda introduzidas alterações a alguns projetos, com a consequente atualização da informação (faixas, parcelas, cadastro), especificamente nos casos dos blocos de rega de Baleizão-Quintos, S. Pedro- Baleizão, Cinco Reis -Trindade e Beringel Beja. Relativamente à gestão de ativos foram criados identificadores geográficos únicos e sequenciais de forma geográfica (de montante para jusante e por segmento da rede primária) para os nós da rede primária do sistema Alqueva a jusante da Barragem do Loureiro e os equipamentos da rede primária já construída do sistema Ardila. Estes identificadores estão a ser introduzidos no SAP, interligando-se assim estes 2 sistemas. Durante o período continuaram os esforços de migração para a nova base de dados Open Source que foi adotada como base do SIG da Empresa. Concluíram-se os desenvolvimentos relativos aos componentes geográficos das aplicações cujas componentes alfanuméricas já foram migradas, nomeadamente a gestão de licenciamento de captações, e a gestão de património, e foram iniciados os esforços para migração do Sistema de Monitorização do Guadiana, e das aplicações envolvidas nas prestações de serviços de expropriações. Na introdução massiva do produto destinado a utilizadores de PC, denominado Quantum GIS, foi desenvolvido um módulo específico que permite um acesso rápido à informação geográfica, em tudo similar disponibilizado no software comercial existente na Empresa. Também se produziram os modelos para impressão em A4 e A3. Realizaram-se sessões de formação para 40 técnicos da EDIA, tendo sido instalado o QGIS em cerca de 30 computadores, e concluídos os procedimentos necessários à sua implementação interna, com o intuito de reduzir o custo de licenciamento deste software. Por solicitação da Associação Iberlinx foi desenvolvido um estudo de quatro pontos alternativos para colocação de um observatório junto ao cercado para o lince Ibérico, a instalar no PNN. Esta análise baseou-se no cálculo de bacias de visão, considerando três situações: pontos de observação colocados à cota do terreno, pontos colocados a três metros acima da cota do terreno, pontos colocados a três metros acima da cota do terreno e também considerando que, no contorno da cerca, existe um obstáculo visual com três metros. Refira-se que, por solicitação do IFAP, a EDIA procedeu ao envio de informação das áreas onde já colocou marcos de propriedade e onde existem infraestruturas visíveis no ortofortomapa atual, permitindo assim uma atuação mais expedita deste instituto aquando das renovações de candidaturas.

38 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Estrutura de Suporte Recursos Humanos Decorreu o processo de revisão de descrição de funções existentes na Empresa, agora na vertente de qualificação e avaliação. Foi também dado apoio aos programas de estágios profissionais e curriculares em curso, com especial ênfase para o programa de estágios profissionais das aldeias ribeirinhas. De referir a implementação de diversas alterações no sistema informático (SAP R3/HR), resultantes das normas inseridas no Orçamento de Estado para 2013 e que implicaram um trabalho conjunto de grande complexidade. Fruto da importância da EDIA no desenvolvimento da região e do impacto potencial da sua intervenção junto das comunidades locais foi lançado o Programa EDIA Voluntário. Realce para a 1ª edição do Evento Interno da EDIA Partilha de Informação, que se pretende com uma periodicidade quadrimestral e que tem como principal objetivo a partilha da informação entre todos os colaboradores relativamente à formação que cada um frequenta e dos inputs que isso pode trazer para a empresa. No final de junho de 2013, a Empresa contava com um total de 189 trabalhadores permanentes, distribuídos pelas diferentes categorias profissionais: Categorias Colaboradores Técnico Especialista 28 Técnico Superior 100 Técnico 61 Total 189 No início do semestre, foi assinado um protocolo com o Centro de Paralisia Cerebral de Beja com o objetivo de acolher um formando do curso de assistente administrativo, por um período de 9 meses. Este protocolo tem como objetivo proporcionar uma formação em contexto real de trabalho, facilitando a integração na vida ativa através da participação nas diversas atividades desenvolvidas no departamento, na área funcional em causa e de acordo com as competências do formando. Sistemas de Informação Como atividades mais relevantes no primeiro semestre de 2013, destacou-se: A realização do site das que suporta a estratégia da EDIA de valorização do seu património (PNN, Museu Luz), lançado na BTL de fevereiro deste ano; Com o intuito de promover a utilização de documentos digitais assinados eletronicamente e obter as vantagens daí inerentes, foi difundido pela empresa a

39 38 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 utilização de um software gratuito de assinatura de pdfs, permitindo que ofícios e relatórios de concursos públicos sejam assinados digitalmente; No Museu da Luz, realizou-se o upgrade do circuito de internet e a atualização do software POS para sua gestão; A reparametrização do software SAP R/3 de forma a refletir as novas imposições legais ao nível de salários, feriados e retenções; O lançamento de um portal interno que permite ao colaborador a colocação e consulta dos seus pedidos de intervenção, o acesso a uma base de dados de soluções desenvolvida internamente e o conhecimento dos equipamentos informáticos que lhe estão afetos; A implementação do portal alqueva.com.pt; O ajustamento do ERP SAP, de forma a suportar alterações legais (SAFT, modelo 10) e requisitos de negócio; O desenvolvimento do modelo de gestão de indicadores; e Colaboração no projeto LIFE Iberlince, através da participação em todas as componentes informáticas (escolha de software, desenvolvimento de site, administração de sistemas e helpdesk). Desenvolvimento, Promoção e Divulgação Continuou-se a acompanhar os trabalhos e iniciativas em curso da constituição da Reserva Dark Sky em Alqueva, sendo de salientar a aprovação de candidatura ao Inalentejo para a dinamização deste Projeto. Destaca-se o facto da Citroen Holandesa ter usado uma imagem do Dark Sky Alqueva (Via Láctea no Convento da Orada em Monsaraz) para publicitar o passatempo que está a fazer sobre o espaço, com o novo Citroen C4, cujo prémio, é uma viagem a Portugal para observação das estrelas. Durante o período, e ao nível da coordenação do projeto Aldeias Ribeirinhas de Alqueva, foram efetuadas reuniões periódicas e diversas interações com outras instituições, tais como o IAPMEI, BCSD, CEBAL, Instituto Politécnico de Beja e Escola Superior Agrária de Beja. Deste último contacto resultou um acordo específico de colaboração entre a EDIA e o IPB, que visa a possibilidade de utilização dos laboratórios desta instituição para testes laboratoriais associados ao desenvolvimento de novos produtos alimentares. Foi atribuído por parte do Ministério da Economia do selo +e+i ao Projeto Aldeias Ribeirinhas de Alqueva (31 de janeiro). Ainda durante este período realizaram-se diversas atividades promovidas pelos 15 jovens afetos ao projeto, e envolvendo as comunidades locais, com particular destaque para a elaboração de uma caminhada aberta à população e à sociedade, uma largada de falcões, uma mostra gastronómica, participação nas Jornadas de Empreendedorismo Turístico na Escola de Hotelaria do Estoril e a Feira das Flores e Sabores que decorreu na aldeia da Luz, a 5 de maio. Realce-se ainda a realização do primeiro Encontro Náutico de Alqueva das Aldeias Ribeirinhas de Alqueva (ARA), a 1 de junho, entre Campinho, Luz e Estrela, e o lançamento da primeira edição do concurso de fotografia que, através do trabalho e envolvimento dos concorrentes, procurou alavancar a dinamização e promoção do projeto.

40 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE No dia 17 de junho, o projeto ARA foi um dos selecionados para beneficiar do apoio do programa EDP Solidária 2013 atribuído pela Fundação EDP. O projeto foi um dos 51 projetos selecionados a nível nacional, entre mais de 1211 candidaturas. A EDIA esteve presente em reunião na sede das Terras Dentro, em Alcáçovas, no âmbito da elaboração do Estudo Prospetivo para a Identificação de Fileiras Produtivas no Alentejo. Relativamente ao Centro de Documentação assegurou-se, neste período, a gestão e manutenção do acervo documental da empresa, bem como apoio a estudantes, investigadores e potenciais investidores. Deu-se início ao projeto de recuperação e transferência para formato digital da informação relativa à Empresa e ao projeto, atualmente registada em formato de vídeo VHS, a fim de a preservar. Ao longo do período, continuou-se a efetuar o acompanhamento, em reportagem, de diversos órgãos de Comunicação Social (OCS), na realização do cliping diário aos vários OCS nacionais, regionais e online, com registo para a publicação de notícias com referência à EDIA e/ou ao EFMA, e na produção e distribuição de notas de imprensa. Em termos de relações públicas, registou-se a receção personalizada, no Centro de Informação Alqueva (CIAL) de grupos organizados e outras visitas, maioritariamente portugueses, mas também dos seguintes países: Holanda, Noruega, Brasil, Suíça, Espanha, Inglaterra, França e Alemanha. No período em análise, é de referir o apoio dado à administração na receção das seguintes entidades em visita à EDIA e infraestruturas do EFMA e outras ações: Preparação e acompanhamento da visita da Srª Ministra da Agricultura e do seu homólogo Finlandês, dia 4 de janeiro, a infraestruturas de Alqueva; Apoio à receção de delegação angolana com deputado do PSD, na EDIA, dia 8 de janeiro; Acompanhamento de comitiva de jornalistas a Infraestruturas de Alqueva aquando da inauguração da Central de Alqueva II, dia 23 de janeiro;

41 40 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Participação no projeto Voltas de Alqueva e respetivo lançamento na BTL, dia 28 de janeiro. Realização do evento A importância do financiamento para o investimento no setor agroalimentar, no auditório da EDIA, dia 5 de fevereiro; Acompanhamento a um grupo de agricultores associados da Torriba, dia 22 de fevereiro; Organização e acompanhamento da visita ao EFMA com o Vice Ministro Chinês e respetiva delegação, dia 27 de maio; Organização e acompanhamento da visita do Exmo. Sr. Secretário Executivo das Nações Unidas responsável pelo combate à desertificação, acompanhado pelo Exmo Sr. Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, a 30 de maio; Organização e acompanhamento da visita dos responsáveis da Central de Cervejas, dia 30 de maio; Apoio à organização do encontro com os agricultores do aproveitamento hidroagrícola de Alvito/Pisão, dia 12 de junho; e Organização e acompanhamento da visita ao EFMA dos responsáveis da SUGALIDAL, dia 19 de junho. No que respeita a realizações de destaque, evidencie-se o procedimento de ajuste direto para a Potenciação de Alqueva enquanto Marca Territorial: Imagem e Estratégia, cuja apresentação teve lugar a 22 de maio, no âmbito da Estratégia e Suportes de Comunicação para a Promoção do Potencial Agrícola de Alqueva. Neste particular, referencie-se igualmente a organização da sessão pública de apresentação da Marca Alqueva aos colaboradores da EDIA e às forças vivas da região. Esteve em destaque, igualmente, a realização do Seminário Internacional Investir no Potencial Agrícola do Alqueva, em parceria com o BES, AICEP e jornal Expresso, evento realizado dia 24 de maio no hotel Tivoli, em Lisboa, e que contou com cerca de 350 convidados, nacionais e estrangeiros. Esta realização implicou ainda uma ação específica para jornalistas estrangeiros (23 de maio), e outra ação dirigida a potenciais investidores estrangeiros (25 de maio). Foi ainda produzido o filme Marca Alqueva, lançado no supra citado seminário. Assinale-se também a participação da EDIA em inúmeros certames, como (i) a Fruit Logistica, Berlim Alemanha (6-8 de fevereiro), integrando o pavilhão de Portugal organizado pela Portugal Fresh; (ii) o SISAB, em Lisboa (25-27 de fevereiro); (iii) a BTL, realizada em Lisboa, integrando o espaço Alentejo e apresentando o projeto Voltas de Alqueva (27 de fevereiro - 3 de março); (iv) AcqualiveExpo, em Lisboa (21-23 de março); (v) Ovibeja (24 a 28 de abril); (vi) Feira do Campo de Aljustrel (7 a 10 de junho); e (vii) Feira Nacinal da Agricultura (8 a 16 de junho). Destaquem-se ainda, por outro lado, as inaugurações das seguintes infraestruturas: Estação Elevatória de Pedrógão - Margem Direita e blocos de rega de Pedrógão e Selmes, com presença da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, (17 de abril); e Aproveitamento hidroagrícola de Ervidel, com a presença do Exmo. Sr. Aziz Akhannouch, Ministro da Agricultura e Pesca Marítima de Marrocos, da Exma. Sr.ª Karima Benyaich, Embaixadora de Marrocos em Portugal, e do Exmo. Sr. Eng. José Diogo Albuquerque, Secretário de Estado da Agricultura (05 de Junho).

42 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Sustentabilidade nos Domínios Económicos, Social e Ambiental No final do semestre foi concluída a impressão gráfica do Relatório de Sustentabilidade para o período De igual forma, neste período, decorreram os trabalhos de preparação da Agenda para a Sustentabilidade para o período , tendo sido ainda aprovada uma ação de formação nas Global Reporting Initiative - GRI S para os elementos do grupo de trabalho da Sustentabilidade, por forma a que o relatório de possa ser desenvolvido integralmente a nível interno.

43 42 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Atividades Desenvolvidas pela GESTALQUEVA O período a que se refere o presente Relatório e Contas corresponde fundamentalmente a questões relacionadas com: Os Colaboradores; A alienação do património, especialmente com os 51% do capital da Gescruzeiros. No que respeita aos dois colaboradores que continuaram em funções em 2013, não foi possível a sua integração nos quadros de pessoal dos associados da Gestalqueva, pelo que se procedeu ao respetivo processo de despedimento, por extinção do posto de trabalho, com o pagamento das respetivas indemnizações. Em relação ao património, concluiu-se a alienação dos bens de equipamento e iniciou-se o processo de concurso público para alienação dos 51% do Capital Social da Gescruzeiros. Este processo não foi concluído porque o concurso ficou deserto e houve necessidade de recorrer à negociação direta com a Nautialqueva, SA, na qualidade de sócio da Gescruzeiros, com direito de opção, para a aquisição dos 51% do capital da empresa, procedimento que ainda não foi concluído. O Apoio Técnico e Administrativo à Comissão Liquidatária foi garantido pelos dois colaboradores em funções, até à extinção do respetivo posto de trabalho. Posteriormente esse apoio tem sido assegurado pela EDIA e pelas Câmaras Municipais, através da ATMTGLA Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago Alqueva Atividades Desenvolvidas pela GESCRUZEIROS A missão da Gescruzeiros é o aproveitamento da atividade marítimo-turística no Grande Lago do Alqueva, e tem como vocação estratégica o desenvolvimento de passeios marítimo-turísticos. Para este efeito, foram adquiridas três embarcações. A primeira, denominada Guadiana Rio, foi comprada em 2006/07 e tem uma capacidade de transporte de cento e vinte passageiros. As outras duas embarcações, Alcarrache e Degebe, adquiridas à Gestalqueva S.A., com capacidade para vinte e cinco passageiros cada, destinam-se a passeios de curta duração, em geral, de cerca de sessenta a noventa minutos. Até 30 de junho de 2013, a Gescruzeiros transportou passageiros, mais passageiros do que aqueles que transportou, no ano anterior, em igual período. Importa, no entanto, evidenciar que se trata do segundo pior ano de sempre em termos de número de passageiros transportados pela Empresa, e o pior ano de sempre em termos de valor absoluto de vendas. Analisando o gráfico seguinte, com o total de passageiros transportados ao longo dos últimos cinco anos, verifica-se que o ano de 2009 foi o melhor, tendo-se vindo a registar reduções ao longo dos anos subsequentes. O ano de 2012 transportou menos passageiros do que 2013, mas o ano de 2013 revelou as vendas mais baixas de sempre.

44 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Para explicar este ligeiro aumento em termos de número de passageiros transportados pode-se apontar, por um lado, a grande aposta efetuada no telemarketing, nomeadamente, junto das juntas de freguesia, câmaras municipais, agências de viagem, lares, escolas, entre outros. Indique-se, por outro lado, a contratação, a tempo parcial, de um delegado comercial no início do ano de 2013, o que permitiu a divulgação da Empresa em novos mercados, alcançando novos clientes. Evidencia-se também o facto de o preço médio por passageiro ter decrescido em relação ao ano transato, o que explica a redução do valor das vendas. As embarcações Alcarrache e Degebe transportaram neste período (de 01 de janeiro de 2013 a 30 de junho de 2013) 874 passageiros, contra 149, em 2012, 1.611, em 2011, 2.719, em 2010, e 2.449, em A embarcação Guadiana transportou, no mesmo período, passageiros, contra 6.069, em 2012, , em 2011, , em 2010, e , em Em termos de objetivos e áreas estratégicas referencie-se que, apesar da conjuntura económica nacional se ter agravado de forma significativa no último ano, a Gescruzeiros definiu o objetivo de passageiros para 2013, reduzindo-o assim pelo segundo ano consecutivo, mas mantendo-o elevado, dado que só o regresso ao patamar dos passageiros permitirá a sustentabilidade da Empresa. Contudo, no final do primeiro semestre de atividade, torna-se evidente que passageiros será um objetivo realista para o ano de A estratégia mantém-se na aposta de estabilização dos seus horários e passeios e nas ações de angariação de mais passageiros, designadamente, através de telemarketing, da participação em feiras da especialidade e no novo delegado comercial. A estabilização dos horários e passeios do barco cruzeiro Guadiana permitiu a captação de grupos para passeios semanais (estratégia que remonta ao ano de 2009), facto que permite uma otimização dos recursos, em especial em termos de recursos humanos.

45 44 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Por outro lado, e à semelhança do que ocorreu no ano de 2012, também em 2013 se destaca a presença, no mês de janeiro, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e na Feira Internacional de Turismo de Madrid (FITUR). No ano de 2013 manteve-se a estratégia delineada nos anos anteriores para os barcos de cruzeiro Alcarrache e Degebe. Nesse sentido, as duas embarcações permaneceram na Amieira Marina para realizar, preferencialmente, passeios de 90 minutos até à barragem e, a pedido de pequenos grupos, até à aldeia da Estrela. Uma vez que o resultado obtido junto das agências de viagem foi bastante positivo durante o ano de 2011, manteve-se a aposta neste segmento de mercado, personalizando-se, cada vez mais os contactos efetuados Breve Descrição da Demonstração da Posição Financeira e da Demonstração do Rendimento Integral Ativo Valores em milhares de Euros Rubricas 30-Jun Dez-12 Ativo Não Corrente Ativos fixos tangíveis Ativos intangíveis Participações financeiras Depósitos Cativos Ativo Corrente Inventários Clientes Adiantamentos a fornecedores Estado e outros entes públicos Outras contas a receber Diferimentos Caixa e depósitos bancários TOTAL Durante o primeiro semestre de 2013, verificou-se uma diminuição dos ativos não correntes em cerca de M 1,98, justificado pela amortização dos ativos intangíveis. Relativamente aos ativos correntes, a sua variação negativa é justificada por: (i) desvios nas rubricas inventários em M 409,43 (desvio negativo) e outras contas a receber em M 84,61 (desvio positivo), que se justificam pelo movimento contabilístico que foi efetuado ao abrigo do contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das

46 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE infraestruturas do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, assinado a 8 de abril de 2013 entre a EDIA e a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural; como consequência foi transferido para a conta outras contas a receber o valor líquido do investimento da rede secundária (inventários deduzidos dos proveitos diferidos subsídios do estado); (ii) desvios na rubrica caixa e depósitos bancários (diminuição em M 13,33) justificados particularmente pelo pagamento a fornecedores e expropriações e pelo atraso no recebimento de reembolsos de IVA. Capital Próprio e Passivo Valores em milhares de euros Rubricas 30-Jun Dez-12 Total do Capital Próprio do Grupo Interesses minoritários Total do Capital Próprio Passivo Não Corrente Empréstimos obtidos Proveitos diferidos - Subsídios do Estado Outros Passivo Corrente Empréstimos obtidos Fornecedores e Outras contas a pagar Outros Total do Passivo Total do Capital Próprio e do Passivo Durante o primeiro semestre de 2013 verificou-se uma variação negativa dos capitais próprios, em cerca de M 8,81, justificado essencialmente pelo resultado líquido negativo do período. Neste semestre verificou-se uma diminuição dos passivos em cerca de M 331,25 (23,40%), justificados, essencialmente: (i) pela diminuição em cerca de M 336,57 na rubrica de Proveitos diferidos Subsídios do Estado devido ao movimento contabilístico associado ao contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva; e (ii) pelo aumento em cerca de M 5,31 na rubrica de Financiamentos Obtidos, decorrente dos empréstimos de curto prazo obtidos da banca portuguesa desde 30 de setembro de 2011 e que a 30 de junho de 2013 ascendem a M 136,45.

47 46 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Indicadores Financeiros Valores em milhares de Euros Indicadores Financeiros 30-Jun Jun-12 Volume de Negócios EBITDA EBIT Resultados Financeiros Resultados Líquidos Meios Libertos Líquidos Em junho do ano de 2013 o Grupo EDIA apresenta um resultado líquido negativo de cerca de M 8,80. No mesmo período de 2012, o resultado foi de M -12,93. Este facto deve-se essencialmente: Ao aumento do volume de negócios em 26,15%; Ao acréscimo do reconhecimento de provisões para substituições e grandes reparações, no montante de M 0,50; Aumento dos gastos com o pessoal devido ao pagamento dos subsídios de férias e Natal, no montante de M 0,84; À variação negativa na rubrica Outros gastos e perdas (M 0,40) pela faturação da taxa de recursos hídricos de 2012, faturada em 2013; A rubrica Imparidade de ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis apresenta uma diminuição de cerca 23,10% pois o investimento realizado na área de negócios água foi muito inferior ao realizado no mesmo período de 2012, justificando assim a redução do EBIT negativo em cerca de M 2,63 (-38,09%); e Os resultados financeiros apresentaram uma diminuição face ao período homólogo essencialmente pelo facto da taxa média indexante (Euribor) no primeiro semestre de 2013 se apresentar inferior à do mesmo período de Os meios libertos líquidos, por sua vez, apresentam um aumento de M 2,48. Esta variação justifica-se, essencialmente, pelo aumento do volume de negócios e pela diminuição dos resultados financeiros.

48 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Beja, 29 de agosto de 2013 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Eng.º João Basto (Presidente) Eng.º Jorge Vazquez (Vogal) Dr.ª Augusta de Jesus Cachoupo (Vogal)

49 48 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013

50 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE

51 50 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE Demonstração Consolidada da Posição Financeira Demonstração Consolidada da Posição Financeira Notas 30-Jun Dez-12 ATIVO Ativo Não Corrente Ativos Fixos Tangíveis 6 e Ativos Intangíveis 7 e Participações Financeiras Depósitos Cativos Ativo Corrente Inventários Clientes 12 e Adiantamentos a Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Outras Contas a Receber Diferimentos Caixa e Depósitos Bancários Total do Ativo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital Próprio Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados 16 e Resultado Líquido do Exercício Atribuível aos Acionistas da Empresa-Mãe Total do Capital Próprio do Grupo Interesses Minoritários Total do Capital Próprio Passivo Não Corrente Provisões Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos Passivo Corrente Fornecedores Adiantamento de Clientes Estado e Outros Entes Públicos Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos Total do Passivo Total do Capital Próprio e do Passivo Euros A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração

52 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Demonstração Consolidada do Rendimento Integral Euros Demonstração Consolidada do Rendimento Integral Notas 30-Jun Jun-12 Vendas Prestações de Serviços Subsídios à Exploração Trabalhos para a Própria Entidade Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (2.627) (5.943) Variação nos Inventários da Produção Fornecimentos e Serviços Externos 23 ( ) ( ) Gastos com o Pessoal 24 ( ) ( ) Imparidade de Dívidas a Receber (Perdas/Reversões) 17 ( ) Provisões (Aumentos/Reduções) 18 ( ) ( ) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas 26 ( ) ( ) Resultado antes de Depreciações, Gastos de Financ. e Impostos Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 27 ( ) ( ) Imparidade de Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis 17 ( ) ( ) Resultado Operacional (antes Gastos de Financ. e Impostos) ( ) ( ) Juros e Rendimentos Similares Obtidos Juros e Gastos Similares Suportados 28 ( ) ( ) Resultado antes de Impostos ( ) ( ) Imposto sobre o Rendimento do Período 9 (38.361) Resultado Líquido do Período ( ) ( ) Outros Rendimentos e Gastos reconhecidos em Capital Próprio Outro Rendimento Integral do Período Rendimento Consolidado Integral do Período ( ) ( ) Resultado Líquido do Período atribuível a: Detentores do Capital da Empresa-Mãe ( ) ( ) Interesses Minoritários 29 (56.372) (66.005) ( ) ( ) Rendimento Consolidado Integral do Período atribuível a: Detentores do Capital da Empresa-Mãe ( ) ( ) Interesses Minoritários 29 (56.372) (66.005) ( ) ( ) Resultado Líquido por Acção: Básico (em euros) (0,114) (0,167) Diluído (em euros) (0,114) (0,167) A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração

53 52 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados Resultado Líquido do Periodo Capital Próprio atribuível aos Acionistas da Empresa-Mãe Interesses Minoritários TOTAL Euros Saldo em 1 de janeiro de Aplicação do Resultado Líquido Consolidado de Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio Aumento de Capital Próprio Resultado Líquido Consolidado Outro Rendimento Integral Saldo em 31 de dezembro de Saldo em 1 de janeiro de Aplicação do Resultado Líquido Consolidado de Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio Aumento de Capital Próprio Resultado Líquido Consolidado Outro Rendimento Integral Saldo em 30 de junho de

54 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa Notas 30-Jun Jun-12 Atividades Operacionais: Recebimentos de Clientes Pagamentos a Fornecedores ( ) ( ) Pagamentos ao Pessoal ( ) ( ) Caixa Gerada pelas Operações ( ) ( ) Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento (2.726) (1.498) Outros Recebimentos /Pagamentos relativos à Atividade Operacional Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais ( ) ( ) Atividades de Investimento: Recebimentos Provenientes de: Ativos Fixos Tangíveis 112 Subsídios ao Investimento Juros e Proveitos Similares Pagamentos respeitantes a: Ativos Fixos Tangíveis ( ) ( ) Ativos Intangíveis ( ) ( ) ( ) ( ) Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento Atividades de Financiamento: Recebimentos Provenientes de: Financiamentos Obtidos Pagamentos respeitantes a: Financiamentos Obtidos ( ) ( ) Contratos de Locação Financeira (4.599) (1.668) Juros e Custos Similares ( ) ( ) Outras Operações de Financiamento (913) ( ) ( ) Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento ( ) Variações de Caixa e seus Equivalentes ( ) Caixa e seus Equivalentes no Início do Período Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período Euros

55 54 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Anexo 1. Identificação do Grupo O Grupo tem as atividades principais relacionadas com o EFMA, designadamente na conceção, execução e construção das infraestruturas e a promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas com elas conexas, que contribuam para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao Empreendimento. A descrição mais detalhada das atividades do negócio do Grupo consta no anexo na Nota 28 - Segmentos Operacionais. As Demonstrações Financeiras consolidadas anexas são apresentadas em Euros por ser a moeda principal das operações do Grupo. EDIA - Empresa-Mãe A EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (adiante EDIA, Empresa ou Empresa-Mãe ) é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto - Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, segundo o qual passou a ser titular de todos os direitos e obrigações que pertenciam à Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva. O seu capital social é integralmente detido pelo Estado Português, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). A 31 de dezembro de 2012, o capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%. Nos termos do disposto no artigo 2.º daquele diploma, com a redação que lhe foi dada pelos Decretos-Lei N.º 232/98, de 22 de julho, N.º 335/01, de 24 de dezembro e N.º 42/07, de 22 de fevereiro, a EDIA tem atualmente por objeto social: A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), para fins de rega e exploração hidroelétrica, nos termos do contrato celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, em representação do Estado; A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes do sistema primário de rega do EFMA, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação; A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária afeta ao EFMA, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe forem dirigidas pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território; e A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao EFMA. GESTALQUEVA - Subsidiária A GESTALQUEVA Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão S.A., com um capital social de , maioritariamente subscrito pela

56 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE EDIA (51%), sendo o restante valor assumido em partes iguais pelos municípios das áreas do regolfo das albufeiras de Alqueva e do Pedrógão (Alandroal, Moura, Mourão, Serpa, Portel, Reguengos de Monsaraz e Vidigueira), foi constituída a 7 de março de 2003 e tem por objeto social: A conceção, promoção e execução de projetos de desenvolvimento e valorização das potencialidades das albufeiras de Alqueva e Pedrógão e das respetivas envolventes; A gestão de utilizações dos planos de água; A prestação de serviços nos domínios do planeamento, ordenamento, monitorização e gestão de equipamentos e infraestruturas de natureza ambiental na área compreendida pelas albufeiras de Alqueva e Pedrógão e dos concelhos do regolfo daquelas albufeiras; e A exploração de empreendimentos turísticos e de empreendimentos de turismo no espaço rural e de turismo da natureza. GESCRUZEIROS - Subsidiária A GESCRUZEIROS Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo-Turística no Grande Lago Alqueva S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva S.A. e Nautialqueva Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros S.A., constituída a 16 de março de 2006, é detido em 51% pela Gestalqueva S.A. e tem como objeto social: Desenvolvimento de atividades Marítimo - Turísticas; Operador Marítimo Turístico; e Animação turística nas albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e na área correspondente aos municípios envolventes. Relativamente ao resultado do Grupo refere-se que as contas da Gestalqueva S.A., refletidas nas demonstrações financeiras consolidadas da EDIA, foram preparadas numa ótica de liquidação. Tratando-se a Gestalqueva S.A. de uma sociedade constituída nos termos da lei comercial, na qual o Estado pode exercer uma influência dominante, ainda que de forma indireta via participação maioritária detida pela EDIA, a Gestalqueva S.A. é considerada empresa pública, nos termos do disposto no regime jurídico do setor empresarial do Estado. No atual contexto, e seguindo orientação superior que vinha sendo assumida em diversos momentos pelo Estado, até mas não só na qualidade de acionista da EDIA, em 15 de junho de 2012 foi deliberada por unanimidade, em Assembleia Geral da Gestalqueva S.A., a dissolução da sociedade, sem prejuízo dos sócios considerarem fundamental a concertação de ações por forma a garantir a gestão integrada do Grande Lago Alqueva e a promoção do desenvolvimento económico e social deste território. Na mesma Assembleia Geral foi eleita, nos termos legalmente previstos, a respetiva Comissão Liquidatária e foi considerado fundamental a existência de uma ação concertada entre os diversos intervenientes no desenvolvimento desta zona, por forma a garantir a gestão integrada

57 56 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 do Grande Lago Alqueva e promover o seu desenvolvimento económico e social através da concretização de algumas condições: Aumentar a parceria para o aproveitamento das potencialidades associadas aos regolfos de Alqueva e Pedrógão, especialmente junto da EDP para que a sua ação em Alqueva seja, pelo menos, semelhante à desenvolvida noutras zonas onde têm barragens instaladas; Apresentar uma proposta de Programa de Ação para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago Alqueva, no qual estejam previstos os projetos e ações consideradas estruturantes para o futuro da zona, no contexto do EFMA. Em 13 de agosto de 2012, e cumprindo com o disposto no artigo 149.º, N.ºs 1 e 2 do Código das Sociedades Comerciais (CSC), foram aprovadas as contas da Gestalqueva SA à data da dissolução (15 de junho de 2012). Em 12 de outubro, e no âmbito do processo de liquidação em curso, foi equacionada a alienação da participação social de 51% detida pela Gestalqueva S.A. na empresa Gescruzeiros S.A. Nesta Assembleia Geral ficou deliberada a alienação da referida participação social, tendo ficado claramente assumida a opção pela respetiva alienação através de concurso público. Estando em causa a alienação de uma participação social por um ente público, a EDIA levou ao conhecimento da Direção-Geral do Tesouro e Finanças a intenção de proceder à alienação da participação detida pela Gestalqueva S.A. na Gescruzeiros S.A., no âmbito do processo de liquidação daquela. Em janeiro de 2013, a EDIA teve conhecimento do despacho exarado pela Exma. Senhora Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, de que nada há a opor a que se confira autorização à alienação da participação da Gestalqueva S.A. na Gescruzeiros S.A., desde que seja concretizada por valor igual ou superior ao valor da avaliação, apresentado num estudo elaborado por uma entidade externa e independente. Conforme Assembleia Geral realizada em 07 de maio de 2013, em relação ao património da Gestalqueva S.A, concluiu-se a alienação dos bens de equipamento e iniciou-se o processo de concurso público para alienação dos 51% do capital social da Gescruzeiros S.A. Este processo não foi concluído porque o concurso ficou deserto e houve necessidade de recorrer à negociação direta com a Nautialqueva S.A, na qualidade de sócio da Gescruzeiros, S.A, com direito de opção, para a aquisição dos 51% do capital da empresa. Este procedimento ainda não foi concluído à data de 30 de junho de 2013, prolongando-se para além das previsões iniciais, que apontavam para a resolução definitiva até dezembro de Os acionistas da Gestalqueva estão convocados para uma Assembleia Geral, no dia 2 de setembro, a fim de analisar-se a contraproposta da Nautialqueva para aquisição da participação da Gestalqueva na Gescruzeiros. 2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adotadas pela União Europeia. As IAS/IFRS incluem as normas (standards) emitidas pelo International Accounting Standards

58 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Board (IASB) e as respetivas interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores. As demonstrações financeiras consolidadas intercalares para o semestre findo em 30 de junho de 2013 foram preparadas de acordo com o disposto na IAS 34 Relato Financeiro Intercalar. Na sua globalidade, as políticas contabilísticas e critérios de mensuração adotados são consistentes com os seguidos na preparação das demonstrações financeiras anuais do exercício de As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade e tomando por base o custo histórico, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa e das empresas incluídas na consolidação. À data da aprovação destas Demonstrações financeiras, encontram-se emitidas e adotadas pela União Europeia as seguintes novas normas e interpretações ou suas alterações, com aplicação obrigatória em exercícios futuros, que se prevê que não tenham impacto relevante nas Demonstrações financeiras consolidadas da EDIA: Alterações à IAS 1 Apresentação de Demonstrações financeiras - Apresentação de itens do Outro Rendimento Integral (exercícios iniciados em ou após 1 de julho de 2012); Alterações à IFRS 1 - Adoção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro Hiperinflação (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); Alterações à IAS 12 Impostos sobre o Rendimento Recuperação de ativos por impostos diferidos (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); Alterações à IAS 19 Benefícios dos Empregados Relato de planos de benefícios definidos (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); Alterações à IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações Divulgações adicionais sobre instrumentos financeiros sujeitos a acordos de compensação ou similares (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); IFRS 13 Mensuração de Justo Valor (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); IFRIC 20 Registo de custos de remoção na fase de produção de uma mina a céu aberto (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013); IAS 27 (revista em 2011) Demonstrações financeiras separadas Revista após a emissão da IFRS 10, contém os requisitos de contabilização e divulgação para investimentos em participações financeiras, quando as Entidades apresentam demonstrações financeiras separadas; IAS 28 (revista em 2011) Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos - prescreve o tratamento contabilístico dos investimentos em associadas, estabelecendo ainda os princípios da aplicação do método da equivalência patrimonial para esta natureza de investimentos; Alterações à IAS 32 Instrumentos Financeiros - compensação de ativos e passivos financeiros - clarifica que o direito legal de compensação, para ser efetivo, tem de ser atual e tem de ser imputável a todas as partes no decurso normal do negócio, e elucida em que circunstâncias alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (câmaras de compensação) satisfazem os requisitos de compensação exigidos pela IAS 32.

59 58 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 IFRS 10 Demonstrações financeiras Consolidadas - substitui todos os princípios associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS 27 e SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo (o princípio base de que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam a empresa mãe e as subsidiárias como uma entidade única mantém-se inalterado); IFRS 11 Acordos Conjuntos centra-se na identificação e classificação dos acordos conjuntos com base nos direitos e obrigações inerentes aos acordos estabelecidos, em vez da sua forma legal. A consolidação proporcional de empreendimentos conjuntos deixa de ser permitida; IFRS 12 Divulgação de interesses em outras entidades contempla os requisitos de divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades (incluindo-se associadas e entidades estruturadas), de forma a avaliar a natureza, os riscos e os impactos financeiros associados aos interesses de cada Entidade sobre estes investimentos. Alterações às IFRS 10, 11 e 12 Regime de transição - estas alterações clarificam os procedimentos de transição da IFRS 10 - "Demonstrações financeiras consolidadas" e proporcionam uma redução das exigências nos procedimentos de transição, para as normas IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, limitando as exigências de prestar informação comparativa ajustada, apenas para o período anual imediatamente anterior à data da aplicação inicial destas normas. Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração da EDIA adotou pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos ao período reportado, os quais estão descritos na nota seguinte Principais Políticas Contabilísticas. 3. Principais Políticas Contabilísticas Não foram reconhecidos erros materiais relativos a estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras de exercícios anteriores. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. As principais políticas contabilísticas adotadas pelo Grupo na preparação das demonstrações financeiras consolidadas são as abaixo mencionadas: 3.1. Princípios de Consolidação As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são apresentadas como as de uma única entidade económica.

60 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE As demonstrações financeiras consolidadas refletem os ativos, passivos e resultados da EDIA e de todas as suas subsidiárias, tendo sido preparadas usando políticas contabilísticas uniformes para as transações e para os outros acontecimentos idênticos em circunstâncias semelhantes. As demonstrações financeiras da EDIA e das suas subsidiárias, usadas na preparação das presentes demonstrações financeiras consolidadas, foram preparadas a partir das mesmas datas de relato. Concentrações de Atividades Empresariais As demonstrações financeiras consolidadas incorporam os resultados de concentrações de atividades empresariais usando o método de compra. Os resultados das operações das adquiridas são incluídos na demonstração consolidada dos resultados a partir da data em que o controlo é obtido. Subsidiárias Foram consideradas subsidiárias todas as entidades controladas pelo Grupo. A EDIA consolida integralmente as demonstrações financeiras das empresas subsidiárias em que o Grupo exerce o controlo. Presume-se a existência de controlo quando o Grupo detém mais de metade dos direitos de voto. Existe também controlo quando o Grupo detém o poder, de direta ou indiretamente, gerir a política financeira e operacional de determinada empresa. As entidades incluídas na consolidação pelo método integral, que incluem a Empresa-Mãe e todas as entidades que se qualificam como Subsidiárias, são as seguintes: FIRMA EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A. GESTALQUEVA Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão, S.A. GESCRUZEIROS Sociedade para o Aproveitamento da Actividade Marítimo - Turística no Grande Lago Alqueva, S.A. Detentores de Capital % do Capital % do Capital Detido Detido Beja Estado Português 100% 100% Beja EDIA, S.A. 51% 51% Portel Gestalqueva, S.A. 51% 51% As demonstrações financeiras da Empresa-Mãe do Grupo e das suas subsidiárias foram combinadas linha a linha. De acordo com o método da consolidação integral são consolidados os ativos, passivos, rendimentos, gastos e fluxos de caixa das empresas do Grupo, sendo as transações, saldos e fluxos significativos entre essas empresas eliminados no processo de consolidação. As mais e menos valias decorrentes das transações entre empresas do Grupo são igualmente anuladas. Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas subsidiárias, tendo em vista a uniformização das respetivas políticas contabilísticas com as do Grupo. A participação de terceiros no capital próprio e no resultado líquido das empresas incluídas na consolidação é apresentada na rubrica Interesses minoritários na demonstração da posição financeira consolidada, identificada separadamente do capital próprio e na demonstração consolidada do rendimento integral.

61 60 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Os excessos de perdas aplicáveis às partes minoritárias sobre os respetivos interesses são imputados, sempre que aplicável, ao interesse maioritário. Se estas subsidiárias subsequentemente relatarem lucros, esses lucros são imputados ao interesse maioritário até que as partes minoritárias das perdas, previamente absorvidas pela maioria, tenham sido recuperadas. Associadas Uma empresa associada é uma entidade na qual o Grupo exerce influência significativa, através da participação nas decisões relativas às suas políticas financeiras e operacionais, mas não detém controlo ou controlo conjunto, o que em geral acontece quando a participação financeira se situa entre os 20% e os 50%. Presume-se que existe influência significativa quando a EDIA detém, direta ou indiretamente, 20% ou mais do poder de voto da investida. Nesse sentido, e tendo em consideração que não existe qualquer entidade (para além das subsidiárias que integram a consolidação pelo Método Integral) em que a EDIA detenha, direta ou indiretamente, 20% ou mais do respetivo poder de voto, não existe qualquer entidade que se qualifique como associada. Entidades Conjuntamente Controladas As participações financeiras em entidades conjuntamente controladas são consolidadas pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido. De acordo com este método, os ativos, passivos, rendimentos e gastos destas empresas são integrados e ou eliminados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. A classificação dos investimentos financeiros em entidades conjuntamente controladas é determinada com base na existência de acordo contratual que demonstre e regule o controlo conjunto. De acordo com a definição acima apresentada, não existe atualmente, no Grupo, qualquer empreendimento conjunto ou entidade conjuntamente controlada. Os saldos apresentados nas Demonstrações financeiras do Grupo refletem, na sua maioria, os movimentos registados e mensurados da Empresa-Mãe. 3.1.a. Ativos Fixos Tangíveis Ativos fixos tangíveis são itens tangíveis que: Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e Se espera que sejam usados durante mais do que um período. Os ativos fixos tangíveis do Grupo encontram-se valorizados ao custo de aquisição deduzido das respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável. No reconhecimento inicial de um ativo, o Grupo considera no respetivo custo de aquisição:

62 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE O preço de compra do ativo; Os gastos diretamente imputáveis à compra, para colocar o ativo na localização e condições necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela Administração; e Os custos estimados de desmantelamento, remoção dos ativos e restauração do local. Os gastos diretos relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos fixos tangíveis do Grupo são capitalizados no ativo fixo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida da rubrica de Trabalhos para a Própria Entidade. Os encargos com manutenção e reparação de natureza corrente são registados como gastos do período em que são incorridos, de acordo com o regime de acréscimo. As grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada são registadas como ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente substituída é identificada e abatida. As políticas de depreciação dos ativos fixos tangíveis a seguir apresentadas vigoraram até 2009, inclusive. No âmbito da IFRIC 12 - Acordos de Concessão de Serviços, os bens que estão afetos à concessão estão evidenciados na rubrica de Ativos Intangíveis. Política de Depreciação As depreciações dos bens do Ativo Fixo Tangível não afetos à concessão, são calculadas de acordo com o método da linha reta (método das quotas constantes), a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as diversas classes de ativos: (Anos) Conta Vida Útil Terrenos e Recursos Naturais - Edifícios e Outras Construções 50 Equipamento Básico 2-32 Equipamento de Transporte 2-8 Equipamento Administrativo 1-16 Outros Ativos Fixos Tangíveis b. Ativos Intangíveis Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Um ativo intangível é reconhecido se, e apenas se: For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao ativo fluam para a Empresa; e

63 62 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 O custo do ativo possa ser fiavelmente mensurado. Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e acumuladas e das perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável. Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, que os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade e se o Grupo possuir o controlo sobre os mesmos. Bens Afetos à Concessão A generalidade dos bens registados nos Ativos Intangíveis estão afetos ao contrato de concessão do EFMA que entrou em vigor em 1 de novembro de 2007, revertendo para o Estado no final do período da concessão (75 anos). Os bens que, estando afetos à concessão, entraram em funcionamento até 1 de novembro de 2007, foram depreciados com base em critérios diferentes até 31 de outubro de 2007 e a partir de 1 de novembro 2007, uma vez que o referido contrato de concessão alterou de forma significativa a forma esperada de utilização desses bens. Em 1 de novembro de 2007, entraram em vigor: O Contrato de concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada a rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, celebrado em 17 de outubro de 2007 entre a EDIA e o Estado; e O Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico, celebrado a 24 de outubro de 2007 entre a EDIA e a EDP Gestão da Produção de Energia, SA, que atribui a esta última a exploração, pelo período de 35 anos, das centrais hidroelétricas de Alqueva (260 MW), em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW), em regime especial, assim como todos os direitos de utilização privativa do respetivo domínio hídrico. Estes dois contratos alteraram decisivamente o modelo pelo qual se espera que os benefícios económicos futuros dos bens afetos à concessão (e nomeadamente os afetos à produção de energia elétrica, que já estão a ser depreciados) serão obtidos pela EDIA, o que motivou a revisão do modelo de depreciações adotado, nos termos definidos na IAS 16 - Ativos Fixos Tangíveis. Assim, a EDIA recalculou todas as amortizações dos ativos que revertem para o Estado no final do período da concessão (75 anos), tendo esses ativos passado a ser depreciados pelo método das quotas constantes, ao longo do período de concessão. As despesas subsequentes de substituição de componentes de ativos incorridas pela Empresa são adicionadas aos respetivos ativos. As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis são registadas como gasto do exercício em que ocorrem. Bens Não Afetos à Concessão Os ativos intangíveis não afetos à concessão são constituídos, basicamente, por licenças de exploração de concessões, as quais são amortizadas pelo método das quotas constantes durante

64 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE o período de vigência das mesmas, e por software, o qual é amortizado pelo método das quotas constantes durante um período entre três e seis anos. Eventuais despesas de investigação são reconhecidas como gasto do exercício em que são incorridas, enquanto as despesas com aumentos de capital são deduzidas ao capital próprio. 3.1.c. Imparidades de Ativos Tangíveis e Intangíveis Uma perda por imparidade é a quantia pela qual o valor escriturado de um ativo excede a sua quantia recuperável. A avaliação da existência de indícios de imparidade e a quantificação de eventuais perdas de imparidade seguem os termos da IAS 36 - Imparidade de Ativos, sendo efetuado um estudo de imparidade para todos os ativos individuais relevantes e/ou unidades geradoras de caixa relativamente aos quais existam indicações de que a sua quantia recuperável (determinada, neste caso, pelo seu valor de uso) pode ser inferior à respetiva quantia escriturada. Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, a IAS 36 - Imparidade de Ativos exige que o seu valor recuperável seja estimado, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. O Grupo EDIA reconhece as perdas por imparidade em resultados do período. A reversão de eventuais perdas é igualmente registada nos resultados do período. A quantia recuperável é o valor mais elevado entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é a quantia a obter da venda de um ativo ou unidade geradora de caixa numa transação entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer relacionamento entre elas, menos os custos de alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera que sejam derivados de um ativo ou unidade geradora de caixa. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence. A quantia escriturada de um item dos ativos fixos tangíveis e intangíveis é desreconhecida pelo Grupo EDIA nas seguintes situações: No momento da alienação; e Quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação. O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo tangível ou intangível: É incluído nos resultados quando o item é desreconhecido; e É determinado como a diferença entre os réditos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item. O Grupo avalia a necessidade de efetuar os testes de imparidade aos seus ativos fixos tangíveis e intangíveis sempre que haja indícios, isto é, que ocorra algum evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado possa não ser recuperado. Em caso da existência de tais indícios, o Grupo procede à determinação do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a extensão da perda por imparidade. Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individualmente é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence.

65 64 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Sempre que a quantia pelo qual um ativo se encontra reconhecido ou da unidade geradora de caixa é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral na rubrica de Imparidade de Ativos Fixos Tangíveis e Intangíveis. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram, sendo a reversão das perdas de imparidade reconhecida na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral como resultados operacionais, dedução à rubrica Imparidade de Ativos Fixos Tangíveis e Intangíveis. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações ou amortizações) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores. A 30 de junho de 2013 e nos exercícios anteriores (2009 a 2012), tendo-se identificado duas unidades geradoras de caixa, a distribuição de água e a energia, foram efetuados testes de imparidade aos ativos intangíveis, calculando-se o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a esses ativos líquidos sendo que, apenas uma se encontra em imparidade: a distribuição de água. Desreconhecimento Os ativos intangíveis do Grupo são desreconhecidos nas seguintes situações: Quando ocorram alienações; Quando não se esperam benefícios económicos futuros do seu uso ou alienação; e O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo intangível. O valor do ativo cujo item é desreconhecido é determinado pela diferença entre os proveitos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item e é incluído nos resultados. 3.1.d. Investimentos em Curso Os Investimentos em Curso representam os ativos fixos tangíveis e intangíveis ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se os mesmos registados ao custo de aquisição deduzido das perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos. Em virtude da EDIA se encontrar ainda numa fase de investimento, têm vindo a ser capitalizados: Os gastos financeiros diretamente relacionados com o financiamento do investimento que ainda se encontra em fase de construção/desenvolvimento, até ao momento em que cada infraestrutura esteja substancialmente concluída; Os gastos com o pessoal diretamente relacionado com a atividade de planeamento e obra; e Os fornecimentos e serviços externos que são, pela sua natureza, registados nos centros de custos diretamente relacionados com a construção das infraestruturas.

66 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE e. Política de Capitalização de Encargos de Estrutura e Financeiros Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto de acordo com o regime do acréscimo, com exceção dos encargos financeiros com empréstimos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou associados às concessões, que são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente concluída, sendo interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso. Os gastos de estrutura da Empresa e os gastos financeiros que têm ligação direta com o Empreendimento em fase de construção têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao longo do tempo. Com a conclusão das obras e a entrada em exploração das barragens e centrais hidroelétricas de Alqueva (em dezembro de 2005) e Pedrógão (em 2006), também com a entrada em exploração dos perímetros de rega do: (i) Monte - Novo (1.º semestre de 2009), (ii) Alvito - Pisão e Pisão (2010), (iii) Orada Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa, Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Alfundão e Infraestrutura 12 (2011), (iv) Loureiro-Alvito (1.º semestre de 2012) e o do Ervidel 1 (2.º semestre de 2012), os custos afetos a essas infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do exercício. No primeiro semestre de 2013, ficaram substancialmente concluídos dois novos perímetros de rega, o Ervidel 2 e 3 e o Pedrogão 1 Margem Direita, pelo que os gastos afetos a essas infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do exercício, e os custos financeiros a eles associados deixaram de ser capitalizados. Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os gastos relativos: a) aos órgãos sociais, secretariado e gabinetes de apoio; b) à Direção de Administração e Finanças, com exceção do Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos e do Departamento de Sistemas de Informação; c) à Direção de Gestão do Património, com exceção do Departamento de Expropriações; d) à Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio; e e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia. A chave de repartição para os custos de funcionamento imputados ao investimento tem em conta o seguinte: Os gastos de funcionamento dos serviços são distribuídos pelas direções capitalizáveis com base no número de colaboradores; Os gastos das direções são imputados da seguinte forma: Direção de Infraestruturas de Rega: 100% para a rede secundária Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia: 100% para a rede primária Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento: 50% para a rede primária e 50% para a rede secundária 3.1.f. Participações Financeiras As participações detidas no capital de entidades que não conferem à EDIA uma influência dominante ou significativa (participações participativas de menos de 20% do respetivo capital)

67 66 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas. Conforme previsto nas IAS 32 - Instrumentos Financeiros-Apresentação e IAS 39 - Instrumentos Financeiros-Reconhecimento, à data do relato, a EDIA avalia a imparidade de todos os ativos financeiros que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidades, é reconhecida uma perda por imparidade na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral. 3.1.g. Locações A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato, dando cumprimento ao estabelecido na IAS 17 Locações. As locações são classificadas como financeiras sempre que nos seus termos ocorra a transferência substancial, para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à propriedade do bem. As locações operacionais são aquelas em que não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação, para o locatário. Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo os ativos fixos tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade. Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são reconhecidos como gastos na Demonstração dos Resultados do Rendimento Integral do exercício a que respeitam. Nas locações consideradas como operacionais, os pagamentos (rendas) devidos são reconhecidos como gasto na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral numa base linear durante o período do contrato de locação. A Empresa-Mãe mantém responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação operacional de viaturas. Por seu turno, os bens reconhecidos em regime de locação financeira são equipamentos administrativos (fotocopiadoras e impressoras) e uma viatura ligeira de passageiros, cujo contrato terminou em maio de Relativamente às divulgações requeridas pela IAS 17 - Locações, dada a reduzida expressão dos contratos de locação financeira e operacional em vigor em 2013 e anos anteriores, não se procedeu à divulgação completa da informação no que respeita à divulgação dos montantes dos pagamentos mínimos, ou que lhe possam ser exigidos (todos os pagamentos, incluindo eventualmente o valor da opção de compra), em virtude da sua imaterialidade e de se considerar que não proporciona informação adicional relevante, para o conhecimento da posição financeira

68 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE e desempenho financeiro da Empresa e para a tomada de decisões dos diversos utilizadores da informação. 3.1.h. Instrumentos Financeiros - Ativos e Passivos Financeiros Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na Demonstração da Posição Financeira quando o Grupo se torna parte das correspondentes disposições contratuais do respetivo instrumento financeiro. Os ativos financeiros do Grupo são basicamente os Clientes, Outras Contas a Receber e Caixa e equivalentes de caixa. Os passivos financeiros do Grupo são fundamentalmente os Financiamentos Obtidos, Fornecedores e Outras Contas a Pagar. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como Passivo Corrente, caso contrário, são classificadas como Passivo não Corrente. Em relação à alínea e) do parágrafo 20 da IFRS 7-Instrumentos Financeiros, salientamos que no primeiro semestre de 2013, foram reconhecidas perdas por imparidade para os ativos financeiros (Clientes) tal como aconteceu em Em relação ao parágrafo 25, consideramos que, para todas as classes de ativos financeiros da EDIA, se aplica a exceção do parágrafo 29 da mesma norma, i.e. não é necessário divulgar o justo valor pois a quantia escriturada é uma aproximação razoável do justo valor. Ativos Financeiros que estão vencidos ou com imparidades: Há data de 30 de junho de 2013, os ativos financeiros vencidos, com exceção das dívidas da DGADR, que está devidamente divulgada (Nota 14 - Outras Contas a Receber), não tinham qualquer materialidade, sendo considerada irrelevante a sua divulgação para a melhoria da informação financeira; e Divulgação efetuada na Nota 17 - Imparidade de Ativos. Depósitos Cativos O prazo de resolução dos processos aos quais se encontram afetos os depósitos cativos, pode abranger vários exercícios, pelo que a Empresa considera que não é possível estimar fiavelmente a data de ocorrência dos fluxos de caixa associados e consequente aplicação do custo amortizado. Clientes e Outras Contas a Receber As dívidas evidenciadas em Clientes e Outras Contas a Receber não têm implícito o vencimento de juros e são registadas pelo seu valor nominal, de acordo com as condições normais de crédito de curto prazo, pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber, deduzido de eventuais perdas por imparidade. As perdas por imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos cash-flows esperados (descontados à taxa efetiva

69 68 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são reconhecidas na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral do período em que são estimadas. Para efeitos de determinação das perdas por imparidade, consideram-se créditos de cobrança duvidosa, aqueles que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado com base numa análise específica dos créditos que estão em mora há mais de seis meses desde a data do respetivo vencimento. Os saldos de clientes traduzem os valores a receber por serviços prestados pelo Grupo no decurso normal da sua atividade e, sendo expectável que a sua cobrança ocorra dentro de um ano ou menos, são registados em Ativo Corrente. O saldo da rubrica de Outras Contas a Receber reflete essencialmente a dívida da DGADR (ver Nota 14) mas também: (i) Fundos Comunitários e (ii) Devedores por Acréscimos de Rendimentos. Os Fundos Comunitários são recebidos num curto prazo após a data da Demonstração da Posição Financeira pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber (não há perdas por imparidade neste caso, pois só são reconhecidos como dívidas a receber os subsídios que satisfazem os critérios de reconhecimento estabelecidos na IAS 20 - Contabilização de subsídios do governo e divulgação de apoios do governo, ou seja, quando existe segurança de que a EDIA cumprirá as condições a eles associadas e de que os subsídios serão recebidos). Quanto aos Devedores por Acréscimos de Rendimentos, os mesmos são regularizados no curto prazo, sendo reconhecidos pelo valor não descontado dos rendimentos reconhecidos no exercício. Assim, a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas seria nulo. Caixa e Depósitos Bancários Na Demonstração da Posição Financeira, os montantes incluídos na rubrica de Caixa e Depósitos Bancários correspondem aos valores de caixa e aos depósitos à ordem ou a prazo. Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica Caixa e seus equivalentes inclui os valores em caixa e depósitos à ordem, bem como os investimentos financeiros a curto prazo (incluindo os depósitos a prazo) que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. Para efeitos de Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica de Caixa e seus equivalentes é deduzida dos descobertos bancários incluídos na rubrica de Financiamentos Obtidos na Demonstração da Posição Financeira. Financiamentos Obtidos Os financiamentos obtidos são registados no Passivo pelo custo amortizado, sendo os correspondentes encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e, registados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

70 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE São expressos no Passivo Corrente ou não Corrente, dependendo do seu vencimento ocorrer a menos ou mais de um ano, respetivamente. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tenha havido lugar a liquidação, cancelamento ou expiração. Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos para financiamento do investimento em curso são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja substancialmente concluída. Contas a Pagar Os saldos de Fornecedores, Fornecedores de Investimento e Outros Credores (não incluindo portanto os financiamentos obtidos, que tem uma secção autónoma) respeitam à generalidade das aquisições de bens e serviços contratadas pela Empresa, no decurso normal da sua atividade e de acordo com as condições normais do mercado, que correspondem a um crédito de curto prazo. Assim, estas contas a pagar são mensuradas pelo seu valor nominal, que corresponde ao valor não descontado dos fluxos de caixa a pagar. Acresce referir que as condições normais de mercado correspondem a um crédito de curto prazo (prazo médio de pagamento: 83 dias), pelo que não se justifica proceder ao respetivo desconto. Pelo enquadramento no âmbito do disposto na IAS 8 - Politicas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros, a política do custo amortizado não precisa de ser aplicada uma vez que o efeito da sua aplicação é imaterial. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como Passivo Corrente ; caso contrário, são classificadas como Passivo não Corrente. 3.1.i. Inventários O valor dos inventários inclui todos os gastos de compra, gastos de conversão e outros gastos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual. No âmbito do Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA, assinado em 8 de abril de 2013, pela EDIA e pelo Estado, representado pela DGADR, a EDIA entregou ao Estado as infraestruturas relativas à rede secundária, já concluídas. Assim o investimento realizado nestas infraestruturas da rede secundária que já estavam substancialmente concluídas, antes evidenciado na subconta de Produtos Acabados e Intermédios (num total de ) foi transferido para a conta da DGADR, na rubrica de Outras Contas a Receber, para onde foram também transferidos os correspondentes subsídios ao investimento ( ), resultando num montante líquido de (ver nota 14). Deste modo, a 30 de junho, o saldo da rubrica de Inventários traduz essencialmente o valor da subconta de Produtos e Trabalhos em Curso, referente aos investimentos afetos aos blocos de rega ainda em construção ( ).

71 70 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE j. Especialização de Gastos e Rendimentos Os gastos e rendimentos são registados à medida que são gerados, no período a que se referem, independentemente do momento em que são pagos ou recebidos, de acordo com o regime contabilístico do acréscimo. 3.1.k. Provisões São reconhecidas ou divulgadas provisões quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal, implícita ou construtiva) resultante de um acontecimento passado, seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e exista uma estimativa fiável da quantia dessa obrigação. Quando alguma destas condições não é preenchida, o Grupo procede à divulgação dos eventos como passivo contingente, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos seja remota. As provisões são revistas na data de cada Demonstração da Posição Financeira, aprovadas pelo Conselho de Administração e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. São constituídas provisões para processos judiciais em curso e para expropriações litigiosas quando existe uma estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros, com base na avaliação da efetivação da probabilidade de pagar tendo por base o parecer de advogados e peritos dos Tribunais Arbitrais. Na sequência do Contrato de concessão celebrado com o Estado, em outubro de 2007, e da entrada em vigor da IFRIC12 -Acordos de Concessão de Serviços, o Grupo regista também uma provisão para encargos futuros com grandes reparações e investimentos de substituição de ativos afetos à concessão, uma vez que no termo da concessão, os bens afetos a esta, revertem sem qualquer indemnização para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos mas têm que estar em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção. As manutenções e conservações correntes desses ativos são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. Neste sentido, são constituídas provisões para os gastos com a manutenção e conservação dos ativos, responsabilidade da EDIA relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas da rede secundária ao longo do período da concessão. As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras do Grupo são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Grupo EDIA, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros, que nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. 3.1.l. Subsídios Os subsídios ao investimento, concedidos pelo Estado e pela União Europeia a fundo perdido, a projetos apresentados pelo Grupo são reconhecidos numa rubrica do Passivo (Diferimentos - Subsídios do Estado) e subsequentemente reconhecidos como Outros Rendimentos e Ganhos na mesma proporção dos gastos com as amortizações dos ativos subsidiados e respetiva percentagem de comparticipação.

72 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega serão deduzidos ao investimento evidenciado na rubrica de Inventários, quando os respetivos ativos forem transferidos para a entidade a indicar pelo MAM, uma vez que este valor líquido corresponde ao montante que a Empresa-Mãe tem a receber, por ter financiado parte destes investimentos com fundos próprios, por conta do Estado. Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados a 30 de junho de 2013 e em anos anteriores) que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos investimentos. Os subsídios à exploração são reconhecidos na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral como rendimentos durante os mesmos períodos necessários para os balancear com os gastos incorridos que os mesmos se destinam a apoiar. Os subsídios apenas são reconhecidos quando exista uma garantia razoável de que irão ser efetivamente recebidos e de que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua atribuição, sendo entretanto registados em Outras Contas a Pagar. 3.1.m. Rédito O rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das atividades ordinárias do Grupo EDIA quando esses influxos resultam em aumentos de capital próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio. Venda de Bens e Prestação de Serviços O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito proveniente da venda de bens e prestação de serviços é reconhecido quando: (i) o montante pode ser mensurado com fiabilidade, (ii) é provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para o Grupo EDIA. O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestação de serviços, líquido de impostos e descontos e após a eliminação das vendas internas. Na atividade de distribuição de água a Empresa-Mãe reconhece o rédito que resulta da aplicação das tarifas aprovadas pelo Estado. A 26 de maio de 2010 foi publicado o Despacho N.º 9000/2010, que aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O preço da água destinada a rega para uso agrícola, estabelecido no referido Despacho, é o seguinte: À saída da rede primária, para fornecimento de água às entidades que tenham a seu cargo a gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas integradas na rede secundária adstrita a cada perímetro: 0,042/m3;

73 72 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 À saída da rede secundária, para fornecimento de água em alta pressão às explorações agrícolas: 0,089/m3; À saída da rede secundária, para fornecimento de água em baixa pressão às explorações agrícolas: 0,053/m3; e Fornecimento de água captada diretamente no sistema primário: 0,053/m3. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. O rédito é reconhecido com base nos valores do preço da água e nos consumos, ou seja, o rédito regista-se pelo resultado da multiplicação dos valores do preço da água aprovado pelos consumos verificados no período. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com os preços da água definidos pelo Estado, que por sua vez, na sua definição, consideram um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado com base na taxa de variação média anual do índice de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal, em 2012, de 2,75%. Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de 16,05/ha/ano para a adução em baixa pressão. No que respeita à componente de exploração os valores aplicados para alta e baixa pressão são de 0,0735 /m 3 e 0,0475 /m 3, respetivamente. Juros O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. Estes juros são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo. 3.1.n. Imposto sobre o Rendimento As empresas do Grupo estão sedeadas em Portugal e encontram-se sujeitas a imposto sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 25%, sendo a Derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável. O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. O imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de impostos sobre o rendimento respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período, ajustado de acordo com a legislação e as regras fiscais. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui

74 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base na Demonstração da Posição Financeira, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data da Demonstração da Posição Financeira em Portugal e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Diferenças temporárias são diferenças entre os montantes registados dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Ativos por Impostos Diferidos Ativos por impostos diferidos são as quantias de impostos sobre o rendimento recuperáveis em períodos futuros respeitantes a: Diferenças temporárias dedutíveis; O reporte de perdas fiscais não utilizadas; e O reporte de créditos tributáveis não utilizados. Um ativo por impostos diferidos é reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto em que seja provável que exista um lucro tributável ao qual a diferença temporária dedutível possa ser usada, a não ser que o ativo por impostos diferidos resulte do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que: Não seja uma concentração de atividades empresariais; e No momento da transação, não afete o lucro contabilístico nem o lucro tributável. Passivos por Impostos Diferidos São geralmente reconhecidos Passivos por Impostos Diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, exceto quando esse imposto diferido resultar de: Reconhecimento inicial do goodwill; ou Reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que não seja uma concentração de atividades empresariais e não afete, no momento dessa transação, nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável. Os ativos e passivos por impostos correntes dos períodos correntes e anteriores são mensurados pela quantia que se espera que seja recuperada ou paga às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data da Demonstração da Posição Financeira. Os ativos e passivos por impostos diferidos são mensurados pelas taxas fiscais que se espera que se apliquem no período em que seja realizado o ativo ou em que seja liquidado o passivo, tendo como base as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data da Demonstração da Posição Financeira.

75 74 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos como um rendimento ou como um gasto e incluídos no resultado líquido do período, exceto quando o imposto provenha de uma transação ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, diretamente no capital próprio, caso em que o respetivo imposto é diretamente debitado ou creditado ao capital próprio. Os ativos por impostos correntes são compensados com passivos por impostos correntes apenas quando: O Grupo tiver um direito legalmente executável para compensar as quantias reconhecidas; e Pretenda liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo. Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos são compensados apenas quando: O Grupo tiver um direito legalmente executável de compensar ativos por impostos correntes contra passivos por impostos correntes; e Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos se relacionarem com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre: A mesma entidade tributável ou Diferentes entidades tributáveis que pretendam ou liquidar passivos e ativos por impostos correntes numa base líquida, ou realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente, em cada período futuro em que as quantias significativas de passivos ou ativos por impostos diferidos se esperem que sejam liquidadas ou recuperadas. 3.1.o. Resultado por Ação Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos detentores de capital próprio ordinário da Entidade-Mãe do Grupo pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o período. O resultado por ação diluído, em que o número médio de ações ordinárias emitidas é ajustado para assumir a conversão de todas as potenciais ações ordinárias tratadas como diluidoras, é idêntico ao resultado por ação básico uma vez que a Empresa-Mãe não possui ações diluidoras. 3.1.p. Operações Descontinuadas Sempre que operações e fluxos de caixa que sejam claramente individualizáveis dentro do Grupo sejam alienadas ou sejam classificadas como ativos disponíveis para venda ou grupos para alienação são consideradas Operações Descontinuadas desde que: Representem uma linha de negócio relevante ou uma área geográfica separada; Façam parte de um plano global para a alienação de uma linha de negócio relevante ou uma área geográfica separada; ou Sejam uma subsidiária adquirida exclusivamente com vista à revenda. O impacto na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral dos ativos e passivos classificados

76 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE como Operações Descontinuadas são apresentados numa única linha, pelo seu montante líquido de impostos. 3.1.q. Ativos e Passivos Contingentes Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são divulgados. 3.1.r. Acontecimentos Subsequentes Os acontecimentos subsequentes são aqueles que ocorrem entre a data das demonstrações financeiras e a data de autorização da sua emissão. Os acontecimentos corridos após a data da Demonstração Consolidada da Posição Financeira, até à data de aprovação das demonstrações financeiras pelo Conselho de Administração, e que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do relato financeiro, dão lugar a ajustamentos, sendo refletidos nas demonstrações financeiras. Os acontecimentos ocorridos após a data da Demonstração Consolidada da Posição Financeira que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do relato financeiro são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se forem considerados materiais. 3.1.s. Estimativas e Julgamentos As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração da Empresa Mãe do Grupo, com base no melhor conhecimento existente e na experiência acumulada de eventos passados e /ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras a 30 de junho de 2013, ocorrem nas seguintes áreas: (i) Imparidades de ativos fixos tangíveis e intangíveis e (ii) Provisões Políticas de Gestão do Risco Financeiro O Conselho de Administração da EDIA providencia os princípios gerais para a gestão de riscos bem como os limites de exposição aos mesmos. As atividades do Grupo acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente:

77 76 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Risco de mercado - fundamentalmente o das taxas de juro e o das taxas de câmbio, os quais estão associados, respetivamente, ao risco do impacto da variação das taxas de juro de mercado nos ativos e passivos financeiros e nos resultados e ao risco de flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas taxas de câmbio; Risco de crédito - risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações financeiras; e Risco de liquidez - risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer obrigações associadas a passivos financeiros. As atividades do Grupo estão expostas fundamentalmente ao risco da taxa de juro que advém essencialmente da contratação de empréstimos de longo prazo com taxas de juro variáveis (sendo os indexantes mais utilizados a Euribor a 3 meses e a 6 meses), não sendo utilizados quaisquer instrumentos financeiros derivados na gestão desses riscos. Esta situação prende-se com a necessidade da Empresa-Mãe financiar as atividades de investimento do EFMA com o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários. A obtenção de recursos financeiros por esta via (empréstimos obrigacionistas, contas correntes caucionadas e outros) resulta de uma política financeira definida pelo único acionista, assente na contratação de empréstimos com garantia do Estado, e da não disponibilização de dotações de capital suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA. Por outro lado, a Empresa não tem gerado os meios necessários, não só para fazer face ao volume de investimentos que vem realizando, como também não dispõe de liquidez suficiente para satisfazer os encargos financeiros decorrentes da política de financiamento adotada. Na Nota 19 - Financiamentos Obtidos encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante. Considera-se que, em virtude de não existirem instrumentos financeiros em moeda estrangeira e das dívidas de clientes serem reduzidas e recentes, não existem até à presente data riscos de outra natureza considerados relevantes que mereçam uma divulgação mais detalhada com vista a melhorar a informação e respetiva compreensão dos utilizadores sobre os riscos a que Grupo se encontra exposto. 4. Fluxos de Caixa Para efeitos da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a Caixa e seus Equivalentes engloba o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem e também os investimentos financeiros a curto prazo, altamente líquidos, que sejam prontamente convertidos para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitas a um risco insignificante de alterações de valor. A Demonstração dos Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

78 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Todos os saldos significativos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso, não apresentando qualquer restrição à data da Demonstração da Posição Financeira. Em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica de Caixa e Depósitos Bancários em Ativo Corrente, que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e outros equivalentes, detalha-se como segue: Caixa e Depósitos Bancários 30-Jun Dez-12 Euros Depósitos a Prazo Depósitos à Ordem Numerário Todas as contas de depósitos à ordem foram reconciliadas, com referência a 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros À data de junho de 2013, ocorreram alterações de políticas contabilísticas face às consideradas na preparação da informação financeira relativa aos períodos anteriores, apresentada para efeitos comparativos. Atendendo que se trata de alterações com alguma relevância nas demonstrações financeiras, a EDIA efetuou as seguintes reexpressões dos valores comparativos de 2012:

79 78 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Demonstração Consolidada da Posição Financeira Notas Euros 31-Dez-12 Impacto da 31-Dez-12 (aprovado) reexpressão (reexpresso) ATIVO Ativo Não Corrente Ativos Fixos Tangíveis 6 e Ativos Intangíveis 7 e Participações Financeiras Depósitos Cativos (i) Ativo Corrente Inventários Clientes Adiantamentos a Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Outras Contas a Receber (i) Diferimentos Caixa e Depósitos Bancários Total do Ativo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital Próprio Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados 16 e Resultado Líquido do Exercício Atribuível aos Acionistas da Empresa - Mãe Total do Capital Próprio do Grupo Interesses Minoritários Total do Capital Próprio Passivo Não Corrente Provisões Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar (iii) Diferimentos - Subsídios do Estado (ii)+(iii) Outros Diferimentos Passivo Corrente Fornecedores Adiantamento de Clientes Estado e Outros Entes Públicos Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar (ii) Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos Total do Passivo Total do Capital Próprio e do Passivo (i) O valor registado na conta de Outras Contas a Receber-depósitos cativos no Ativo Corrente foi reclassificado na sua maioria para uma conta de Depósitos Cativos no Ativo não Corrente, uma vez que só é expectável que os processos associados fiquem solucionados a médio e longo prazo. Espera-se que os montantes dos depósitos cativos só sejam realizados num período superior a doze meses após a data da Demonstração da Posição Financeira para liquidar um passivo, tendo em conta a habitual morosidade do desenvolvimento dos processos judiciais em curso. (ii) Foram transferidos da conta de Diferimentos no Passivo não Corrente para Outras Contas a Pagar no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, a título de adiantamentos, afetos à rede secundária, em que a despesa ainda não está realizada, prevendo-se que estes valores venham a ser devolvidos até final do ano de 2013.

80 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE (iii) Foram transferidos da conta de Diferimentos no Passivo não Corrente para Outras Contas a Pagar no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos comunitários no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização, por dedução da despesa a realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no final de 2012, e o seu encerramento está previsto para o final de Euros Demonstração Consolidada do Rendimento Integral Notas (aprovado) Impacto da reexpressão (reexpresso) Vendas Prestações de Serviços Subsídios à Exploração Trabalhos para a Própria Entidade Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (5.943) (5.943) Variação nos Inventários da Produção Fornecimentos e Serviços Externos 23 ( ) ( ) Gastos com o Pessoal 24 ( ) ( ) Provisões (Aumentos/Reduções) 18 ( ) ( ) Outros Rendimentos e Ganhos (i) Outros Gastos e Perdas 26 ( ) ( ) Resultado antes de Depreciações, Gastos de Finan. e Impostos Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 27 ( ) ( ) Imparidade de Activos Fixos Tangíveis e Activos Intangíveis 17 ( ) ( ) Resultado Operacional (antes Gastos de Finan. e Impostos) ( ) ( ) Juros e Rendimentos Similares Obtidos (i) Juros e Gastos Similares Suportados 28 ( ) ( ) Resultado antes de Impostos ( ) ( ) Imposto sobre o Rendimento do Período Resultado Liquido do Período ( ) ( ) Outros Rendimentos e Gastos reconhecidos em Capital Próprio Outro Rendimento Integral do Período Rendimento Consolidado Integral do Período ( ) ( ) Resultado Líquido do Período atribuível a: Detentores do Capital da Empresa-Mãe ( ) ( ) Interesses Minoritários 29 (66.005) (66.005) ( ) ( ) Rendimento Consolidado Integral do Período atribuível a: Detentores do Capital da Empresa-Mãe ( ) ( ) Interesses Minoritários 29 (66.005) (66.005) ( ) ( ) Resultado Líquido por Acção: Básico (em euros) (0,167) (0,167) Diluído (em euros) (0,167) (0,167) (i) O valor evidenciado na conta Juros concessão exploração da CHA e CHP corresponde à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato), com base numa taxa implícita de 5,5%. Este valor não deve afetar os gastos líquidos de financiamento e sim os resultados operacionais, pelo que foi reclassificado e feita a sua reexpressão no período homólogo de 2012, da rubrica Juros e Rendimentos Similares Obtidos para Outros Rendimentos e Ganhos.

81 80 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, surgiram novas interpretações dos factos, no período corrente que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras anteriores, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras foram corrigidas de forma retrospetiva. 6. Ativos Fixos Tangíveis No ano de 2012 e no primeiro semestre de 2013, os movimentos ocorridos na rubrica de Ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e nas perdas de imparidade acumuladas, foram os seguintes: Ativos Fixos Tangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Equipamento Outras Básico Construções Equipamento de Transporte 30-Jun-13 Equipamento Administrativo Outros Ativos Fixos Tangíveis Ativos Fixos Tangíveis em Curso Adiantamentos por conta de Investimentos Ativo Bruto Saldo Inicial (23.409) Adições Outras Transferências/Abates ( ) ( ) ( ) Saldo Final (29.332) Depreciações Acumuladas Saldo Inicial Adições Alienações/Abates/Transferências (82.030) (44) (82.074) Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Saldo Inicial Perdas Imparidade Revertidas (25.704) (25.704) Saldo Final 0 0 Valor Líquido (29.332) Total Euros Activos Fixos Tangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Equipamento Outras Básico Construções Equipamento de Transporte 31-Dez-12 Equipamento Administrativo Outros Activos Fixos Tangíveis Activos Fixos Tangíveis em Curso Adiantamentos por Conta de Investimentos Activo Bruto Saldo Inicial Adições Alienações (87.852) ( ) (52.738) (2.810) ( ) Outras Transferências/Abates (3.362) (74.543) ( ) ( ) ( ) Saldo Final (23.409) Depreciações Acumuladas Saldo Inicial Variação do perímetro de consolidação Adições Alienações/Abates/Transferências ( ) (83.012) ( ) (46.443) (2.810) ( ) Outras Transferências/ abates (3.362) (74.332) (77.694) Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Saldo Inicial - Perdas Imparidade Reconhecidas Saldo Final Valor Líquido (23.409) Total Euros

82 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Os principais investimentos que se encontram registados como ativos fixos tangíveis na Empresa- Mãe são os terrenos sobrantes de expropriações, o edifício da sede da Empresa-Mãe, o Museu da Luz, o Parque de Natureza de Noudar e o Centro de Cartografia, os quais não se encontram afetos à concessão, pelo que não revertem para o Estado no final do período de concessão do contrato. À semelhança de anos anteriores, foi efetuada a transferência desses investimentos de em curso para a devida rubrica de Ativos fixos tangíveis, e iniciado o processo de depreciação, bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos subsídios que lhes estão associados Investimentos em Curso No planeamento das suas atividades, a EDIA dispõe de um modelo de codificação que possibilita a alocação dos investimentos em rubricas associadas, entre si, permitindo um leque alargado de outputs e de mapeamentos necessários à boa gestão e controlo dos contratos celebrados. De acordo com o que está definido em Decreto-Lei relativo ao EFMA, as atividades da EDIA centram-se em 6 grandes infraestruturas (barragem de Alqueva, central de Alqueva, barragem e central de Pedrógão, estação elevatória dos Álamos, rede primária e rede secundária). A disponibilização destas 6 infraestruturas pretende criar condições de negócio que permitam melhorar os indicadores económicos e financeiros de várias áreas económicas com fortes possibilidades de crescimento após concretização dos investimentos do Alqueva. Foi definido que em algumas dessas áreas a EDIA participaria diretamente (energias renováveis; ambiente e património; água; inovação e tecnologia), enquanto em outras criaria apenas as condições necessárias à alavancagem das diversas possibilidades (turismo; agricultura). À medida que se vão concluindo os investimentos nos 6 programas infraestruturais, entrando as infraestruturas em exploração, é revista periodicamente a classificação das despesas em investimento acessório ou complementar registados em Investimentos em Curso. São também analisados os projetos em curso por forma a concluir se terão seguimento, ou não, e se se continua a prever que vão gerar benefícios económicos futuros. À data de 30 de junho de 2013, o valor registado nesta rubrica traduz os investimentos das empreitadas em curso, essencialmente com imóveis próprios, investimentos complementares relacionados com a sede da EDIA, o Parque de Natureza de Noudar e o Museu da Luz, sendo que o valor das transferências resulta dos custos das obras concluídas, e como tal, transferidos para as correspondentes rubricas de Ativos fixos tangíveis.

83 82 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Ativos Intangíveis O saldo desta rubrica reflete na sua globalidade os ativos intangíveis registados na Empresa- Mãe. Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido das respetivas amortizações acumuladas e das perdas por imparidade, conforme se apresenta: Activos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Projectos de Desenvolvimento 30-Jun-13 Programas de Computador Outros Direitos Activos Intangíveis em Curso Adiantamentos por conta de Investimentos Activo Bruto Saldo Inicial Adições Outras Transferências/Abates Saldo Final Amortizações Acumuladas Saldo Inicial Adições Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Saldo Inicial Perdas Imparidade Reconhecidas Perdas Imparidade Revertidas Saldo Final Saldo Final Total Euros Activos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Projectos de Desenvolvimento 31-Dez-12 Programas de Computador Outros Direitos Activos Intangíveis em Curso Adiantamentos por conta de Investimentos Activo Bruto Saldo Inicial Adições Outras Transferências/Abates (1.278) ( ) ( ) (499) Saldo Final Amortizações Acumuladas Saldo Inicial Adições Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Saldo Inicial Perdas Imparidade Reconhecidas Perdas Imparidade Revertidas (829) (829) Saldo Final Saldo Final Total Euros 7.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Em resultado da entrada em funcionamento pleno da barragem e da central hidroelétrica de Alqueva, em dezembro de 2005, e da barragem e central hidroelétrica de Pedrógão, no início de 2006, foi iniciado nessas datas o respetivo processo de amortização (incluindo a parte das barragens afeta à produção de energia, que se estima em 35,1% do investimento total das barragens), bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são amortizados) dos subsídios que lhes estão associados. A partir de 1 de novembro de 2007 (com a entrada em vigor do contrato de concessão), essas infraestruturas, tal como os restantes bens afetos à concessão, passaram a ser amortizadas pelo método das quotas constantes ao longo do período de 75 anos da concessão, que termina em outubro de Nos exercícios de 2009 até ao primeiro semestre de 2013 ficaram substancialmente concluídas e entraram em exploração vários perímetros de rega, podendo as percentagens de afetação das infraestruturas primárias a cada um dos perímetros ser resumida da seguinte forma:

84 Subsistema Pedrógão Subsistema Ardila Subsistema Alqueva RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Perímetros em exploração Outros Perímetros Data de Entrada em exploração /áreas/ Infraestruturas da rede primária Área Beneficiada (hectares) Perímetro Perímetro Monte Novo Alvito-Pisão Perímetro do Pisão Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom (Perímetro Pisão- Roxo) Perímetro de Alfundão Infraestrutura 12 Bloco de Ervidel Perímetro 1 (Perímetro Loureiro-Alvito Pisão-Roxo) Bloco de Ervidel 2 e 3 (Perímetro Pisão-Roxo) Bloco de Aljustrel Perímetro Pisão 2.ºBlocos Roxo (Perímetro Roxo Beja Sado Sado) Perímetro de Vale de Gaio Subsistema Alqueva Área Beneficiada (hectares) Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) ,00% 9,13% 2,35% 4,64% 3,83% 5,43% 0,43% 2,64% 3,18% 1,18% 9,61% 1,77% 2,99% 54,16% Estação Elevatória dos Álamos ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00% Barragens dos Álamos ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00% Ligação Álamos - Loureiro ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00% Barragem do Loureiro ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00% Ligação Loureiro - Monte Novo ,00% ,00% Túnel Loureiro-Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00% Tomada de Água do Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00% Segregação de Água do Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00% Ligação Alvito-Pisão ,81% 6,13% 12,12% 9,98% - - 6,90% 8,31% 3,08% 25,06% 4,61% - 100,00% Derivação a Odivelas ,51% ,49% 100,00% Ligação Pisão-Beja ,00% ,00% Ligação Pisão-Roxo ,61% ,70% 23,72% 8,79% - 13,18% - 100,00% Ligação Roxo Sado ,00% - 100,00% Barragem do Pisão ,04% - 61,96% ,00% TOTAL Perímetros em exploração Outros Perímetros Data de Entrada em exploração /áreas/infraestruturas da rede primária Área Beneficiada (hectares) Perímetro Orada Amoreira Perímetro de Brinches Perímetro Perímetro de Brinchesde Serpa Enxoé Perímetro Caliços Machados Perimetro Caliços Moura Perímetro de Pias Perímetro de Brenhas TOTAL Subsistema Ardila Área Beneficiada (hectares) Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) ,29% 4,96% 4,26% 3,99% 4,54% 1,94% 4,19% 0,68% 26,84% Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão ,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00% Barragem da Amoreira e Brinches ,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00% CH Amoreira-Caliços ,02% 17,09% 36,93% 5,96% 100,00% CH Caliços-Pias ,00% - 100,00% CH Caliços-Machados ,00% ,00% Estação Elevatória de Brinches ,52% 32,26% 30,22% ,00% Adutor Brinches Enxoé ,52% 32,26% 30,22% ,00% Barragem de Serpa ,00% ,00% Est.Elev.Torre Lóbio, Adutor Serpa e Res. Serpa Norte ,00% ,00% Data de Entrada em exploração /áreas/infraestruturas da rede primária Área Beneficiada (hectares) Perímetros em exploração Perímetro Pedrógão-MD Outros Perímetros Perímetro S.Pedro Baleizão Quintos Perímetro S.Matias TOTAL Subsistema Pedrógão Área Beneficiada (hectares) Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) ,36% 10,23% 4,41% 19,00% Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão-Margem Direita ,93% 53,83% 23,24% 100,00% CH S. Pedro Baleizão Quintos ,00% - 100,00% CH S. Matias ,00% 100,00% As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afetas ao EFMA, objeto do contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. No termo da concessão, os bens referidos anteriormente revertem, sem qualquer indemnização, para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos e em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção.

85 84 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Uma vez que estas infraestruturas se encontram afetas ao segmento água, e como tal já foram objeto de ajustamento por perdas por imparidade, sendo o seu valor líquido contabilístico nulo (ver Nota 7.3 adiante), não se efetua qualquer amortização destes investimentos. Assim, o cálculo do valor das amortizações, que seriam refletidas nas demonstrações financeiras se não tivessem reconhecidas anteriormente as perdas por imparidade, serve apenas para determinar a parte das perdas por imparidade que é aceite como gasto fiscal de cada período, nos termos do artigo 35.º do Código do IRC Outros Direitos O montante da rubrica Outros Direitos corresponde, essencialmente, à compensação financeira inicial paga pela EDIA ao Estado, no montante de , resultante do Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, com a duração de 75 anos. Este Contrato concretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. Estando esta verba diretamente relacionada com a atividade de distribuição de água (e não com a atividade de produção de energia subconcessionada à EDP), que se encontra em imparidade total, os referidos encontram-se cobertos por perdas por imparidades acumuladas de igual montante (ver Nota 7.3 adiante) Perdas por Imparidade Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário, a Empresa-Mãe estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento água através da determinação do respetivo valor de uso, tendo concluído, nos testes de imparidade efetuados com referência a 30 de junho de 2013 e anos anteriores (2012, 2011, 2010 e 2009), que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda por imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis - subsídios) afetos a este segmento. Assim, os ativos líquidos de amortizações afetos a este segmento registados em Ativos Intangíveis, com valor bruto em 30 de junho de 2013 ( em 31 de dezembro de 2012) encontram-se totalmente compensados por perdas de imparidade acumuladas de igual montante. Euros 30-Jun Dez-12 Ativo Intangivel Segmento Água Segmento Energia Outros Segmento Água Segmento Energia Outros Projetos Desenvolvimento Programas de Computador Outros Direitos Terrenos e Recursos Naturais Edificios e Outras Construções Equipamento Básico Ativo Intangivel em Curso Adiantamentos por conta de Investimentos Total

86 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE De igual modo, os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados em 2013 e anos anteriores) que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios. 8. Partes Relacionadas 8.1. Participações Financeiras A 30 de junho de 2013, a Empresa-Mãe detém as mesmas participações financeiras do que em 31 de dezembro de Estas participações encontram-se registadas ao custo de aquisição, pois a EDIA não detém uma participação dominante ou significativa em nenhuma das sociedades abaixo identificadas. Euros Denominação Social Capital Social % Partic N.º Ações/ Un. Particip. Valor Nominal Custo de Aquisição Valor da Participação em 30 junho 2013 Valor da Participação em 31 dezembro 2012 Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio ,8 11 UP Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A , A 4, Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A , A Águas do Centro Alentejo, S.A , A Lusofuel - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A , A Sempre que existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é efetuada uma avaliação destes investimentos e registada a perda por imparidade que se revele existir. Não existem saldos (contas a receber ou a pagar) em 30 de junho de 2013, nem em 31 de dezembro de 2012, com estas entidades relacionadas. Não ocorreram, de igual modo, quaisquer transações com essas entidades, em 2012 e Remuneração do Pessoal Chave da Gestão da Empresa - Mãe CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (Administradores Executivos) PRESIDENTE Remuneração de 5.465,43 (14 vezes no corrente ano) (*) Remuneração com redução de (5% ) ,16 Remuneração com redução de (5% +10% ) ,94 Viatura de Serviço; Motorista; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais VOGAIS Remuneração de 4.675,41, (14 vezes no corrente ano) (*) Remuneração com redução de (5% ) ,64 Remuneração com redução de (5% +10% ) ,48 Viatura de Serviço; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais

87 86 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 (*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais manteve-se em 2013, relativamente aos valores das remunerações. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010 de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%, respetivamente. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo 28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em duodécimos. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do artº. 29º - Suspensão do pagamento dos subsídios de férias ou equivalente - da Lei nº66-b/2012, de 31 de dezembro, foi também reposto o pagamento dos subsídios de férias. 9. Imposto sobre o Rendimento O gasto (rendimento) com impostos sobre o rendimento em 30 de junho de 2013, estimado, e 31 de dezembro de 2012 tem a seguinte composição: Euros 30-Jun Dez-12 Impostos Correntes - IRC (tributação autónoma) Total Na Empresa-Mãe, em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, existiam diferenças temporárias dedutíveis e prejuízos fiscais reportados relativamente aos quais não foi reconhecido qualquer ativo por imposto diferido por não existir expectativas razoáveis quanto à geração de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização: Quantia 30-Jun-13 Data de Extinção Quantia 31-Dez-12 Diferenças Temporárias Dedutíveis - Perdas de Imparidade nos Ativos Intangíveis Perdas de Imparidade em Investimentos não Depreciáveis/Amortizáveis Provisões não dedutíveis em IRC (IFRIC 12) Prejuízos Fiscais reportados ainda não utilizados - Exercício de dez dez-15 - Exercício de dez dez Total Euros Data de Extinção

88 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Depósitos Cativos A rubrica de Depósitos Cativos, no Ativo não Corrente, corresponde aos depósitos de caução constituídos pela EDIA, a médio e longo prazo, em instituições bancárias, concretamente a favor dos Tribunais Judiciais, no âmbito de processos judiciais em curso e processos de expropriação litigiosos, apresentando, a 30 de junho de 2013 e a 31 de dezembro de 2012, o valor de Os depósitos cativos no Millennium BCP e no Banco Espírito Santo, nos montantes de e respetivamente, foram constituídos através da contração de empréstimos de igual montante, registados em Financiamentos Obtidos. O valor mais significativo desta rubrica ( ) resulta do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla, no âmbito do desmantelamento da fábrica, iniciado em outubro de 2003 e o montante de refere-se a um processo de expropriação litigiosa ainda em curso. No âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, a EDIA teve de constituir um depósito cativo no Banco BPI no valor de a favor da Autoridade Tributária e Aduaneira, em que esta entidade propõe uma correção, nos exercícios de 2008, 2009, 2010 e 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o investimento na aquisição dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento, não considerando, assim, que os mesmos integraram o total de investimentos necessários para a concretização do EFMA e que revertem para o Estado no final do período da concessão. O depósito cativo no Banco BPI, no valor e , a favor das Estradas de Portugal, respeita a uma caução prestada no âmbito de um projeto na área da cartografia. 11. Inventários A composição dos Inventários do Grupo, em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, é a seguinte: Euros Inventários 30-Jun Dez-12 Inventários (DCPF) Produtos Acabados e Intermédios Produtos e Trabalhos em Curso Mercadorias Matérias Subsidiárias Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12, prevê a transferência para o Estado das infraestruturas integrantes

89 88 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA, a partir do exercício de 2002, passou a evidenciar o custo das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de Inventários. Assim, em 31 de dezembro, o saldo de Inventários correspondia essencialmente aos investimentos da rede secundária, concluídos e em curso, respetivamente registados nas rubricas de Produtos Acabados e Intermédios e Produtos e Trabalhos em Curso. Uma vez que a rede secundária tem vindo a ser explorada pela EDIA, concluiu-se, em 2012, que a Empresa tem vindo a explorar a rede secundária em cumprimento, quer de um poder/dever decorrente da necessidade de preservar a integridade das infraestruturas e de lhe dar o uso para que foram construídas, quer por direito próprio que está abrangido na concessão da gestão e exploração do EFMA e de utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento que foi atribuída à EDIA em outubro de Assim, a partir de 2012, os gastos e rendimentos associados à exploração dos perímetros, na parte imputável à rede secundária de rega, foram imputados às respetivas contas de gastos e rendimentos, de acordo com a sua natureza, em vez de serem imputados à DGADR. Em 8 de abril de 2013, foi celebrado o Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), entre a EDIA e a DGADR, que vigorará até 31 de dezembro de 2020, em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente), aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA. Como consequência deste Contrato, foram transferidos da subconta de Produtos Acabados e Intermédios os investimentos: (i) no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii) nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e Ervidel 1, que ficaram substancialmente concluídos em, e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram substancialmente concluídos no 1primeiro semestre de A estes investimentos, no valor de , foram adicionados os custos capitalizados dessas infraestruturas ( ) que foram transferidos para a rubrica de Outras Contas a Receber, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos para esta conta todos os subsídios que lhes estavam associados no montante de , adotando-se assim, um tratamento similar ao que foi adotado em anos anteriores para a Infraestrutura 12. Esta conta passa a refletir o valor que a EDIA espera vir a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede secundária ( ). A 30 de junho de 2013, na sequência deste Contrato, o Balanço da EDIA integra no Ativo, na rubrica de Inventários, na subconta de Produtos e Trabalhos em Curso, somente os investimentos em curso das infraestruturas da rede secundária de rega, no montante de Estes investimentos correspondem essencialmente a projetos afetos aos blocos de rega ainda em construção, nomeadamente ao bloco de Aljustrel.

90 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Esta alteração, dada a sua materialidade, teve um impacto significativo nas rubricas de Fornecimentos e Serviços Externos e Variação da Produção. 12. Clientes, Vendas e Prestação de Serviços O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber Clientes O Saldo de Clientes traduz na sua maioria os valores a receber, pela EDIA, pelos serviços de distribuição de água prestados, que resultam do cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA Vendas O valor de registado em Vendas, no primeiro semestre de 2013, traduz essencialmente os montantes associados à venda da energia emitida para a rede pela central fotovoltaica de Alqueva ( 7.559), assim como às vendas dos bens de merchandising do Parque de Natureza de Noudar ( 7.848). O valor remanescente ( 558) corresponde à venda de artigos de merchandising das empresas Gescruzeiros e Gestalqueva Prestações de Serviços Euros Prestações de Serviços 30-Jun Jun-12 Produção de Energia Distribuição de Água Passeios turísticos Cartografia Parque de Natureza de Noudar Outras Prestações de Serviços Total Produção de Energia Na conta de Produção de energia foi reconhecido o montante de , no âmbito do Contrato de concessão de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, por 35 anos, celebrado entre a Empresa-Mãe e a EDP. Neste Contrato, a EDP obriga-se a proporcionar à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos: Um montante inicial no valor de , acrescido de IVA à taxa legal e pago na data de entrada em vigor do presente contrato; e

91 90 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Ao longo do período de vigência do contrato (35 anos), um montante anual periódico de acrescido de IVA à taxa legal e pago anualmente no mesmo dia e mês da entrada em vigor do contrato, sendo a primeira prestação devida no ano de No âmbito do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio hídrico público, e de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, foram faturados à EDP, em 2013, em resultado da alteração dos volumes de retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, o montante de referente a 2012 (sendo que o valor de rendimentos especializados nas contas em 31 de dezembro de 2012, que correspondia à melhor estimativa disponível à data de encerramento de contas de 2012, foi de ). Em 30 de junho de 2013, a EDIA, segundo o regime do acréscimo, especializou o montante de , que representa o valor estimado da compensação financeira para o ano de 2013, e que resulta da revisibilidade decorrente da alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Distribuição de Água A transposição da Diretiva Quadro da Água foi operada pela Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro, e desenvolvida pelo Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio, e pelo Decreto-Lei N.º 97/2008, de 1 de junho, tendo consagrado o princípio do valor económico da água, por força do qual se consagra o reconhecimento da escassez atual ou potencial deste recurso e a necessidade de garantir a sua utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e de recursos. Em cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA, a EDIA no 2.º semestre de 2010 iniciou o processo de faturação, cuja desagregação legalmente prevista (Art.º 23, N.º 2 do Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho) obedece aos seguintes termos: Os valores do preço da água aprovados pelo Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, 0,089/m3 e 0,053/m3 já refletem a repercussão, legalmente exigida, sobre o utilizador final, do encargo económico representado pela taxa de recursos hídricos (TRH) e as componentes de conservação e exploração, e são reduzidos em 70% no 1.º ano, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até ao 8.º ano, perfazendo nesse ano os valores indicados. Os valores fixados para a componente de conservação são de 50,00/ha/ano para a adução em alta pressão e de 15,00/ha/ano para a adução em baixa pressão. Estes valores sofrem reduções conforme indicado no parágrafo anterior. O valor unitário do m3 de consumo de água faturado resulta das tarifas fixadas deduzidas da componente relativa à conservação. A componente de conservação unitária considera um consumo médio anual de m3/por hectare. O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado com os índices de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal em 2012 (taxa de variação média anual) de 2.75%. Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de 16,05/ha/ano para a adução em baixa pressão.

92 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Para base de cálculo é considerada a área beneficiada pelas infraestruturas de rega e o volume de água fornecido. Segundo o princípio do acréscimo, foi diferido o valor da componente de conservação correspondente ao segundo semestre de 2013 ( ), uma vez que o valor anual desta componente é integralmente faturado no mês de abril. Em relação ao montante da prestação de serviços no âmbito da distribuição de água, aplicando a tarifa reduzida aos valores a faturar de 70% para o 1.º ano de funcionamento de cada perímetro de rega, diminuindo anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até 8.º ano, no primeiro semestre de 2013 foram registados os seguintes valores relativos à distribuição de água aos perímetros de rega e a captações diretas, tendo em conta as diversas componentes (taxa de recursos hídricos, exploração, conservação e recargas de albufeira): Faturação albufeira do Monte - Novo Pisão Monte - Novo Alvito - Pisão Ferreira, Figueirinha e Valbom Brinches Brinches - Enxoé Orada - Amoreira Loureiro- Serpa Alfundão Ervidel Exploração Alvito TRH Exploração Conservação Recarga de albufeira do Monte -Novo Total Euros Total Como a especialização dos rendimentos com o consumo de água e TRH no primeiro semestre de 2013 foi de , o diferimento de rendimentos referente à componente conservação foi de e verificaram-se, ainda, outros acertos/especializações no montante de o total da conta de distribuição de água é de A faturação emitida referente à prestação de serviços no âmbito da distribuição de água é feita em dois momentos: Início de abril: Faturação da conservação do ano em curso; Faturação da exploração e taxa de recursos hídricos (TRH) referente ao 4º trimestre do ano anterior. Início de outubro: Faturação da exploração e TRH referente aos 1.º, 2.º e 3.º trimestres do ano em curso. As faturas são emitidas com base nas contagens reais de consumo. Os rendimentos respeitantes à componente da distribuição de água a faturar por consumos ocorridos, não lidos ou validados até à data da Demonstração Consolidada da Posição Financeira, são registados por estimativa. No primeiro semestre de 2013, o valor estimado registado ascende a As diferenças entre os valores estimados e os reais são registados nos períodos subsequentes. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007 de 17 de setembro, que aprovou as bases de concessão, a EDIA detém, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para a produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o

93 92 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito (artigo 7.º). Conjugando o N.º 3 do artigo 5.º do mesmo Diploma, a TRH é repercutida nos respetivos utilizadores finais. Conforme o exposto, com base nos títulos emitidos para captações diretas e de acordo com os consumos de água indicados (origem de água no sistema primário), a EDIA emitiu as respetivas faturas aos consumidores, cujo valor faturado, à data do relato, foi de Outras Prestações de Serviços O valor remanescente ( ) na rubrica de Prestação de serviços, reflete: (i) os serviços prestados pela EDIA no âmbito da cartografia, expropriações e do Parque de Natureza de Noudar ( ); e (ii) os serviços prestados pela empresa Gescruzeiros S.A., no âmbito dos passeios turísticos ( ). 13. Estado e Outros Entes Públicos Esta rubrica inclui, em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os seguintes saldos: 30-Jun Dez-12 Euros Ativo Corrente IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado IRC - Imposto sobre o Rendimento Restantes Impostos Ajustamento de Imparidade ( ) ( ) Passivo Corrente Retenções de Impostos sobre o Rendimento Contribuições para a Segurança Social IRC - Imposto sobre o Rendimento IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado No Ativo Corrente, o saldo da conta de Imposto sobre o Valor Acrescentado - IVA inclui essencialmente os montantes de reembolsos pedidos, pela Empresa-Mãe, relativos aos meses de outubro de 2012 ( ), abril e maio de 2013 ( ), decorrente da fase de investimento em que ainda se encontra. Considerou-se também o montante a recuperar de , referente a junho de 2013, embora este valor, à data de 30 de junho, ainda não tinha sido objeto de pedido de reembolso. O saldo da rubrica de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas - IRC ( ), apresentado no Ativo Corrente, refere-se essencialmente ( ) aos pagamentos especiais por conta de IRC (PEC) da EDIA dos anos de 2009 a 2013.

94 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Nos termos do disposto do Código da Contribuição Autárquica e nos termos do disposto do Código do Imposto Municipal sobre Transações de Imóveis, o Estado está isento do pagamento de impostos sobre os imóveis integrados no seu património. A EDIA, ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 21-A/98, de 6 de fevereiro, considera os bens imóveis que expropriou para implementação do EFMA imediatamente integrados no domínio público do Estado após a sua adjudicação à entidade expropriante. O montante de , apresentado no Ativo Corrente na rubrica de Restantes Impostos, corresponde ao Imposto Municipal de Sisa (atualmente Imposto sobre Transações de Imóveis - IMT) pago indevidamente pela EDIA no âmbito de processos de expropriação, e cuja restituição a EDIA veio a requerer junto das autarquias, solicitando ainda que relativamente aos prédios em causa seja reconhecida a citada isenção, evitando-se futuros atos de liquidação. Em 2008, para fazer face à possibilidade de não recebimento deste valor (por eventual intempestividade do requerimento de restituição do referido imposto, tendo presente o indeferimento, em janeiro de 2008, da reclamação graciosa que a EDIA tinha apresentado), a EDIA constituiu um ajustamento de imparidade por forma a cobrir a totalidade do referido valor de Os saldos do Passivo Corrente ( ) incluem essencialmente os montantes em dívida da Empresa-Mãe à Segurança Social ( ), a pagar até ao dia 20 de julho, à Autoridade Tributária (IRS ), referentes aos vencimentos de junho de 2013 dos funcionários da EDIA, bem como o valor de IRC que resulta do valor estimado das tributações autónomas a suportar ( ). 14. Outras Contas a Receber Esta rubrica tem o seguinte detalhe, em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012: Euros 30-Jun Dez-12 Outras Contas a Receber Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes DGADR_IE DGADR_CC_RS Devedores por Acréscimo de Rendimentos Outros Devedores Fundos Comunitários Depósitos Cativos DGADR IE 12 Em fevereiro de 2007, através do Decreto-Lei nº 42/2007 concretizou-se a recentralização dos objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, sendo revogado entre outros, o Decreto-Lei N.º 335/01, de 24 de dezembro, mantendo-se no entanto, um dos objetos sociais da EDIA, a conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.

95 94 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Exceciona-se a Infraestrutura 12, que se mantém propriedade da EDIA sob o regime de concessão ao MAM, na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional - DGADR), em abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da Infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos, este investimento deduzido dos subsídios associados tem vindo a ser registado, desde 2006, em Outras Contas a Receber, pois a EDIA aguarda o ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado nesta infraestrutura, por parte da DGADR. É de salientar que o Tribunal de Contas, no seu relatório de fevereiro de 2005 intitulado Auditoria de follow-up à EDIA - Projeto EFMA, recomenda que o Estado, mais propriamente o Ministério da Agricultura, assegure o financiamento das infraestruturas integrantes da rede secundária (de rega) e reembolse anualmente a EDIA pela transferência (de propriedade) da Infraestrutura 12. Assim, no caso do saldo da conta DGADR_IE 12 ( ), o Conselho de Administração tem vindo sempre a concluir, no encerramento de contas de cada exercício, que espera que o ativo seja realizado num período inferior a doze meses após a data da Demonstração Consolidada da Posição Financeira, isto é, no exercício seguinte, pelo que tem vindo a considerar que esta dívida se encontra corretamente refletida no Ativo Corrente (por se encontrar cumprida a condição da alínea c) do parágrafo 66 da IAS 1- Estrutura e Conteúdo das Demonstrações financeiras ) e, por outro lado, que não se justifica o reconhecimento de perdas de imparidade para fazer face a uma eventual incobrabilidade desse valor. Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da Empreitada de Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da mesma infraestrutura, que se traduz na anulação da provisão constituída deste processo arbitral, no valor de e consequentemente o montante da dívida da DGADR_IE 12 diminui de , valor à data de dezembro de 2012, para DGADR - CC Rede Secundária Em 8 de abril de 2013, foi assinado o Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), pelo Presidente do Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A (EDIA) e pelo Diretor-Geral da Direção- Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), que vigorará até 31 de dezembro de 2020, em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente), aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA, estando por clarificar e concretizar o estipulado no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 42/2007, de 22 de fevereiro, conjugado com o disposto na alínea c) do n.º 1 deste mesmo artigo, no que se refere ao Estado assegurar o financiamento e demais condições relativas à conceção, execução e construção destas infraestruturas. Segundo o acionista, "só depois da conclusão de todas as infraestruturas", prevista para 2015, e "subsequente período de consolidação do seu funcionamento, de cinco anos, estará disponível o quadro de indicadores necessários para aferir do melhor modelo para prosseguir com a gestão, a

96 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE exploração, a manutenção e a conservação do empreendimento. A concessão pelo prazo de sete anos, isto é, até 2020, garantirá um período de consolidação adequado, fundamental para a gestão da garantia das obras, a estabilização tendencial do tarifário e a perceção e otimização do funcionamento do empreendimento na sua plenitude, visando a sua efetiva contribuição e integração das diversas valências no desenvolvimento sustentado da região". Estando as seguintes infraestruturas terminadas, contempladas no respetivo Contrato de Entrega, foram transferidos da subconta de Produtos Acabados e Intermédios os respetivos investimentos: (i) no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii) nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e Ervidel 1, que ficaram substancialmente concluídos em 2012 e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram substancialmente concluídos no primeiro semestre de Ao valor do investimento ( ) foram adicionados os custos capitalizados nestas infraestruturas, no montante de , valores estes transferidos para a rubrica de Outras Contas a Receber- Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos para esta conta, todos os subsídios que lhes estavam associados provenientes do Orçamento do Estado e da União Europeia que se encontram registados na rubrica de Diferimentos, no montante de , adotando assim um tratamento similar ao que foi adotado em anos anteriores para a Infraestrutura 12, passando esta conta a refletir o valor que a EDIA espera vir a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede secundária ( ). Devedores por Acréscimo de Rendimentos No âmbito do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico, e de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, segundo o regime do acréscimo, em 30 de junho de 2013, a EDIA registou em Devedores por Acréscimo de Rendimentos os montantes de: (i) que corresponde na sua globalidade à especialização da componente de exploração dos perímetros de rega, no primeiro semestre e (ii) em 30 de junho de 2013 que representa o valor da estimativa, para o ano de 2013, da compensação financeira resultante da revisibilidade da alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, a faturar à Empresa Hidroelétrica do Guadiana (do grupo EDP). Outros Devedores O valor de registado em Outros Devedores reflete na sua maioria, o redébito de custos no âmbito da gestão e fiscalização das empreitadas, imputados aos consórcios, suportados inicialmente pela EDIA mas cuja responsabilidade não é do dono de obra, mas sim dos empreiteiros, uma vez que correspondem a um período fora da prorrogação legal concedida. Fundos Comunitários O montante de corresponde aos valores de pedidos de pagamento de financiamento comunitário, ainda não liquidados, mas que a EDIA estima com um grau elevado de certeza vir a receber. Depósitos Cativos

97 96 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 O valor de corresponde a depósitos cativos de curto prazo, constituídos com fundos próprios, no âmbito de processos de expropriação litigiosos e outros custos judiciais. 15. Diferimentos 15.1.Diferimentos (Ativo Corrente) Os diferimentos apresentados no Ativo Corrente (gastos a reconhecer) incluem, essencialmente os prémios dos seguros pagos até 30 de junho de 2013 mas correspondentes a períodos de vigência posteriores ( ), sendo que os prémios de seguros com valor mais significativo se referem aos ramos All Risks Industrial, Responsabilidade Civil Geral e de Exploração das infraestruturas do EFMA e também Saúde Grupo Diferimentos (Passivo Corrente e Não Corrente) Esta rubrica (rendimentos a reconhecer) apresenta a seguinte repartição entre Passivo Corrente e Passivo não Corrente: Euros Rendimentos a Reconhecer 30-Jun Dez-12 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos Diferimentos - Subsídios do Estado Os subsídios do Estado evidenciados nesta rubrica do Passivo correspondem a subsídios ao investimento, atribuídos a fundo perdido. Os investimentos obtiveram financiamentos comunitários, sobretudo, no âmbito do QCA II (FEDER, FEOGA e Fundo de Coesão), QCAIII (FEDER e FEOGA-O), QREN (FEDER e Fundo de Coesão) e PRODER (FEADER). Alguns desses investimentos foram também financiados pelo PIDDAC para fazer face à contrapartida nacional dos projetos apoiados pelo FEOGA no QCA III, e pelo FEADER no PRODER. Em 31 de dezembro de 2012 o valor dos subsídios ao investimento reconhecido no Passivo incluía todos os subsídios relativos à rede secundária de rega ( ). No primeiro semestre de 2013, na sequência da assinatura do Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) os subsídios associados às infraestruturas da rede secundária já concluídas, no montante de , foram transferidos para a conta a receber da DGADR, na rubrica de Outras Contas a Receber (ver

98 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Notas 11 e 14). Esta transferência justifica a significativa redução no valor de Diferimentos Subsídios do Estado no primeiro semestre de No caso dos subsídios relativos ao segmento água ( ), o respetivo montante tem vindo a ser sucessivamente desreconhecido no âmbito do registo das perdas por imparidade dos ativos afetos a este segmento. Os subsídios do Estado apenas são reconhecidos quando existe uma certeza razoável de que a Empresa irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos Outros Diferimentos O valor de rendimentos diferidos do contrato de concessão da exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão com a EDP, evidenciado em 30 de junho de 2013 no Passivo não Corrente ( ) e no Passivo Corrente ( ), decorre do recebimento de , em 1 de novembro de 2007, nos termos da alínea a) do N.º 1 da cláusula 6.ª do Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de Subconcessão do Domínio Público Hídrico, celebrado com a EDP. Os montantes recebidos e a receber da EDP no âmbito deste contrato serão reconhecidos como rendimentos ao longo do período de duração do contrato (35 anos), com início de 1 de novembro de Assim, as referidas contas de rendimentos a reconhecer traduzem: (i) parte dos que ainda não foi reconhecida em rendimentos; e (ii) o diferencial entre os valores recebidos anualmente da EDP e o valor do rédito já reconhecido da atualização dos fluxos de caixa futuros à taxa efetiva de 5,5%. A 30 de junho, foram reconhecidos de rendimentos, referentes a 2013, dos quais se referem a prestação de serviços e a juros. 16. Capital Próprio No período compreendido entre 31 de dezembro de 2012 e 30 de junho de 2013, os capitais próprios da EDIA tiveram a seguinte evolução: Euros Contas Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados Resultado Líquido do Período Interesses Minoritários

99 98 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Capital Realizado A Empresa-Mãe é uma sociedade anónima em que o capital social é detido na sua totalidade pelo acionista Estado Português, através da DGTF. O Capital inicial da EDIA ( ) foi sucessivamente aumentado, no período de 1996 a Em 30 de junho de 2013, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado, de é composto por ações com o valor nominal de 5 cada Outras Reservas A rubrica Outras Reservas inclui, essencialmente: de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da transferência para a EDIA das verbas incluídas no Orçamento de Estado para a extinta Comissão Instaladora do Alqueva; relativos à transferência para a EDIA do ativo da referida Comissão; referentes à doação de mural para o edifício da sede da EDIA; e de subsídios afetos às áreas sobrantes (que não configuram investimentos amortizáveis). Estas reservas não foram impostas pela lei ou pelos estatutos, nem constituídas de acordo com contratos firmados pela Empresa Resultados Transitados O resultado desta rubrica em 30 de junho de 2013 ( negativos) está essencialmente relacionado com o reconhecimento de perdas por imparidade nos Ativos Intangíveis do segmento água, cujo valor acumulado (líquido dos respetivos subsídios que têm vindo a ser desreconhecidos) ascende a Imparidade de Ativos Imparidade de Ativos Intangíveis Na sequência da cedência à EDP, pelo período de 35 anos, da exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e dos direitos de utilização privativa do respetivo domínio público hídrico, encontravam-se já definidas, desde outubro de 2007, a generalidade das receitas de exploração associadas à componente hidroelétrica do EFMA até ao ano de No entanto, à data do encerramento das contas de 2009 e das de anos anteriores, ainda não havia sido definido, pelo MAM, o tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário do Empreendimento, o qual iria influenciar de forma determinante as receitas de exploração esperadas da Empresa e permitiria avaliar em que medida as receitas totais de exploração esperadas com a utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA (as associadas ao fornecimento de água para rega e abastecimento humano, e as decorrentes da exploração

100 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE hidroelétrica) permitiriam recuperar o investimento global previsto no âmbito do Empreendimento. No entanto, seria já possível, à data de encerramento das contas, quer de 2009 quer de anos anteriores, prever que os investimentos realizados no EFMA implicariam a necessidade de reconhecimento de perdas de imparidade. No entanto, é importante ter presente que o EFMA foi concebido como um instrumento de desenvolvimento regional de uma zona deprimida do interior do país, com especial enfoque na conversão do sector agrícola de sequeiro para regadio. O EFMA representa uma obra de aproveitamento de recursos hídricos associados ao Rio Guadiana e que garante uma reserva estratégica de água, contribuindo para inverter as tendências de declínio populacional e económico de uma vasta região do Alentejo, revestindose, assim, de um enorme interesse nacional, com os consequentes benefícios que advêm da sua concretização, ao nível da melhoria da qualidade de vida da população da região do Alentejo, bem como à promoção económica, social e ambiental. Este investimento destinou-se, desde sempre, a suprimir enormes carências existentes na região relacionadas com a disponibilidade de água para fins de abastecimento humano, agrícolas e industriais. Nesse sentido, e considerando também as externalidades positivas geradas para a económica nacional, nunca esteve em causa o retorno financeiro dos ativos do EFMA, exclusivamente decorrente das receitas geradas pela atividade da EDIA. O pressuposto fundamental consistia em garantir que os benefícios económicos futuros tivessem capacidade de cobrir os custos de exploração das atividades (sem considerar a amortização dos investimentos), gerando expectavelmente resultados de exploração são positivos. O Estado Português assumiu desde a sua génese o caráter de fins múltiplos deste Empreendimento, cuja concretização decorreria da utilização plena e eficiente da enorme reserva estratégica de água a armazenar nas albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Sendo detentor único do capital da EDIA, o Estado Português sempre assumiu, como consequência, a necessidade de assegurar a dotação dos fundos necessários à prossecução do seu objeto, criando as condições para a Empresa honrar os compromissos assumidos no decorrer da execução do projeto. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com a tarifa definida pelo Estado, que por sua vez, no seu cálculo, considera um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. Existindo (desde anos anteriores) indícios de que os ativos do segmento água estariam em imparidade mas não sendo possível calcular a quantia recuperável de ativos individuais afetos a este segmento, dada a forte interligação dos influxos de caixa dos vários ativos ou grupos de ativos do segmento, a EDIA determinou a quantia recuperável da unidade geradora de caixa ( mais pequeno grupo identificável de ativos que seja gerador de influxos de caixa e que seja em larga medida independente dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos ) que corresponde a todo o segmento água. Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água do sistema primário, a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento água através da determinação do respetivo valor de uso, tendo-se concluído, nos testes de imparidade efetuados com referência a 30 de junho de 2013 e em anos anteriores (2009 a 2012), que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda de imparidade

101 100 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis) afetos a este segmento. Para este efeito, foram considerados fluxos de caixa até o ano de 2082, ano em que termina contrato de concessão à EDIA que contempla a gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, ao abrigo do disposto no Decreto - Lei N.º 313/2007. Para a atualização dos fluxos de caixa futuros foi utilizada uma taxa de desconto de 5,49% baseada no custo médio ponderado do capital (Weighted Average Cost of Capital - WACC), por forma a refletir: (i) o valor temporal do dinheiro para os períodos até 2082; (ii) as expectativas acerca das variações possíveis na quantia ou tempestividade dos fluxos de caixa; (iii) o preço de suportar a incerteza inerente ao ativo; e (iv) outros fatores que os participantes no mercado refletiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a Empresa espera obter dos ativos. Tendo presente que todas as projeções futuras foram elaboradas com base em pressupostos considerados razoáveis e suportáveis, tendo em conta o mercado presente e futuro e que as decisões tomadas nas últimas projeções/estudos foram aprovadas por parte da administração da EDIA, os principais pressupostos adotados são os seguintes: Taxa de adesão ao recurso água crescente em 10 anos; Consumo médio de água de m3/ha, em 80% da área coberta; Preço unitário de referência para fornecimento de água destinada a rega para fins agrícolas, à saída da rede primária, de 0,042 /m3, sendo que os valores no 1.º ano correspondem a 30% desse valor, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente até atingirem o mencionado valor de referência no 8.º ano (conforme Despacho N.º 9000/2010, de 26 de Maio); e Taxa de atualização de preços de 2%. Na medida em que as condições e pressupostos contemplados nos estudos de imparidade reportados a 31 de dezembro de 2009 já existiam ou eram previsíveis à data do encerramento das contas do exercício de 2008, no âmbito da reexpressão das demonstrações financeiras do exercício de 2009, foram imputadas a Resultados Transitados as perdas de imparidade correspondentes à totalidade dos ativos afetos ao segmento água, à data de 31 de dezembro de Os ativos e passivos do segmento água, assim como as perdas de imparidade reconhecidas com referência a 30 de junho de 2013 e a 31 de dezembro de 2012, podem ser apresentadas da seguinte forma: Euros Segmento "água" 30-Jun Dez Jun-12 Ativos Intangíveis Subsídios ao Investimento ( ) ( ) ( ) Imparidade Acumulada Perdas por Imparidade Reconhecidas no Período ( ) No Subsistema de Alqueva, encontram-se integradas e em exploração as centrais mini-hídricas de Alvito, Pisão, Roxo, Odivelas e, no Subsistema do Ardila, a central mini-hídrica de Serpa. Estas infraestruturas, tendo sido transferidas de Ativos Intangíveis em Curso para firme e consideradas unidades geradoras de caixa ao abrigo da IAS 36 - Imparidade de Ativos, foram

102 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE alvo de testes de imparidade que permitissem concluir sobre a parte do investimento efetuado em imparidade, especificamente para as componentes elétrica e rega. Este estudo, como todos os estudos de índole prospetiva, tem os seus resultados estritamente ligados à validade das diferentes hipóteses de evolução que nele se consideram, designadamente, e entre outros pressupostos, no que concerne aos volumes efetivamente turbinados e aos custos unitários da energia, no horizonte de projeto. A subdivisão destes custos pelas componentes elétrica e rega foi obtida pela individualização dos valores correspondentes aos investimentos diretamente afetos à produção de energia, tendo em consideração os valores de obra e do equipamento existentes nestas infraestruturas e que se encontram diretamente relacionadas com as funções produção de eletricidade e rega. Tendo presente estes pressupostos e o objetivo do estudo, face ao conjunto de análises efetuadas, a conclusão foi de que estas unidades geradoras de caixa originam benefícios económicos futuros suficientes para assegurar o retorno do investimento, isto é, não se encontram em imparidade. De salientar que, de igual modo, de acordo com os estudos e melhores projeções da EDIA, não existe qualquer imparidade ao nível dos ativos do segmento energia. Às perdas por imparidade do segmento água reconhecidas no período findo em 30 de junho de 2013, acima descriminadas, de , é deduzido, na determinação do valor de Imparidade de Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis evidenciado na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral ( ), uma reversão de perdas por imparidade de referente à Gestalqueva Imparidade de Dívidas a Receber O valor de registado na rubrica de Imparidades de Dívidas a Receber reflete as imparidades que resultam dos indícios de incobrabilidade, isto é, dos créditos em mora pelos serviços de distribuição de água prestados pela EDIA, quando os clientes não respeitam o prazo contratualizado entre a Empresa e o adquirente. Os créditos de cobrança duvidosa, após avaliação por parte do Grupo, são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades. 18. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado e que seja provável que, para a liquidação dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos necessário para a liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer

103 102 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 por variação daquele pressuposto, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. A EDIA considerou, com base no julgamento do Conselho de Administração e na análise aprofundada de cada um dos processos por parte do Gabinete Jurídico interno e de advogados externos, que estavam cumpridas as condições para o reconhecimento das provisões, referidas no parágrafo 14 da IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Em particular no que respeita à condição de que seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação, foi utilizado o critério definido no parágrafo 23 da referida IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, considerando como provável o exfluxo se o acontecimento for mais propenso do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o acontecimento ocorrerá for maior do que a probabilidade de isso não acontecer. Esta estimativa baseia-se numa análise técnica aprofundada do Gabinete Jurídico que emite, para o efeito, um documento em que determina qual a sua melhor estimativa dos valores a provisionar, com base na experiência da EDIA quanto ao desfecho de processos semelhantes e com base nas informações dos advogados externos que colaboram com a Empresa. Nos períodos findos em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, para fazer face aos processos judiciais e outras obrigações presentes decorrentes de acontecimentos passados, a EDIA constituiu provisões mas também fez reversões que respeitam a anulações por as quantias provisionadas se revelarem desnecessárias ou porque os processos findaram. Provisões (DCPF) 30-Jun-13 Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final Provisões Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Provisão IFRIC Euros Provisões (DCPF) 31-Dez-12 Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final Provisões Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Provisão IFRIC Euros Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Em 30 de junho de 2013, são conhecidos vários processos litigiosos resultantes, quer de processos judiciais em curso, quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a EDIA, tendo a Empresa constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do valor dos encargos futuros a suportar.

104 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE O montante ( ) refletido na rubrica de Provisões - Processos judiciais e de expropriação litigiosa a 30 de junho de 2013, decorre dos seguintes processos judiciais em curso e processos a decorrer no âmbito de expropriações litigiosas: Euros Processos Judiciais 30-Jun Dez-12 Portucel Recicla (Empreitada de Desmantelamento) Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada IE12) Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada Equip.Colectivos nova Aldeia da Luz) Processo Arbitral EDIA/Tecnasol FGE Processo Arbitral EDIA/Alexandre Barbosa Borges SA Processo Arbitral EDIA/Teixeira Duarte SA/EPOS SA Geraldo Magela Assis Municípios de Reguengos de Monsaraz, Mourão, Portel, Moura e Alandroal Monte Adriano SA Herdeiros de Luís Soares da Cunha Florim Império Bonança Outros Processos de Expropriação Litigiosas Herdade dos Bacelos Joaquim Conceição Rato Outros A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de (correspondendo ao valor já faturado de acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com embargos de executado, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Para fazer face às eventuais responsabilidades decorrentes deste processo, a EDIA constituiu, em anos anteriores, uma provisão de , que foi estimada em metade do valor reclamado pela Portucel Recicla. Em dezembro de 2011 a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de (50% do montante de ), valor este, destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. Em junho de 2013, a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de (50% do montante de ), que corresponde ao total de juros vencidos (atualizado à data de junho de 2013), destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. e que se mantém provisionado à data deste relato. A EDIA interpôs uma ação contra o consórcio Edifer/Obrecol/Opway, reclamando o pagamento de , acrescido de juros de mora, a título de ressarcimento pelas verbas despendidas na reparação do canal da Infraestrutura 12 e ainda indemnização por danos na imagem. O consórcio, em sede de reconvenção, reclama o pagamento de a título de juros de mora por atrasos nos pagamentos e na libertação da caução. Em 2010 constituiu-se uma

105 104 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 provisão no montante de que corresponde a 50% do pedido formulado pelo consórcio. Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da Empreitada de Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da mesma infraestrutura, que se traduz na anulação da provisão constituída, no valor de , deste processo arbitral. Em relação ao processo interposto pelo consórcio Edifer/Obrecol/Opway, relativo à Empreitada das habitações e comércios da construção da nova aldeia da Luz (provisão de ), é de salientar que, nos termos de sentença proferida pelo Tribunal Arbitral em setembro de 2006, ratificada em reunião de 24 de abril de 2007, a EDIA foi condenada a pagar mais revisões de preços e juros, e paralelamente, o consórcio foi condenado ao pagamento de A EDIA impugnou o acórdão proferido, junto do Tribunal Administrativo. Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio Edifer/ Obrecol/Opway, no âmbito da Empreitada das habitações e comércios da construção da nova aldeia da Luz decorrente do litígio a título de trabalhos adicionais e custos de estaleiro e correspondentes revisões de preços e juros de mora, que se traduz na anulação da provisão inicialmente constituída deste processo arbitral, no valor total de No que concerne ao processo intentado pela Tecnasol-FGE à EDIA, referente à Empreitada de tratamento de fundações e de implementação do plano de observação do aproveitamento de Pedrógão, a autora reclama, a título de trabalhos a mais e indemnização de maior onerosidade na realização dos trabalhos, a quantia de acrescida de juros no montante de A EDIA constituiu, em anos anteriores, uma provisão ( ) que corresponde a 50% dos valores reclamados. Em 2010 a EDIA foi citada para contestar uma ação judicial interposta pelas empresas Teixeira Duarte, S.A. e EPOS, S.A. onde é reclamado o pagamento de a título de juros de mora por atraso no pagamento de faturas vencidas no âmbito da Empreitada de Construção do Túnel Loureiro-Alvito. A EDIA contestou por exceção e impugnação e atendendo à matéria em discussão, constituiu uma provisão no valor de , correspondente ao valor mínimo que a EDIA terá que pagar se não vingar a defesa por exceção. Em 2011, na sequência da ação de condenação (ainda na fase dos articulados) intentada pela empresa Alexandre Barbosa Borges S.A., contratada pela EDIA para a execução da Empreitada de construção das centrais mini-hídricas do Alvito e de Odivelas do EFMA, a Autora peticiona o pagamento de Este montante é a título de trabalhos a mais titulados em contrato adicional, acrescido de juros vencidos, custos indiretos de produção e juros de mora sobre a faturação paga em atraso. A provisão constituída ( ) corresponde a 50% do pedido formulado pelo Consórcio. Em 2012, cinco municípios da área do regolfo de Alqueva (Reguengos de Monsaraz, Mourão, Portel, Moura e Alandroal) interpuseram uma ação que respeita ao pagamento de rendas alegadamente em dívida pela EDIA àqueles municípios, nos termos do disposto no Decreto-Lei N.º 424/83, de 6 de dezembro, que obriga a EDP, enquanto titular de centros electroprodutores, ao pagamento de determinadas verbas anuais aos municípios afetados. Não é formulado pedido exato por alegada falta de elementos para aplicar a fórmula de cálculo do valor das rendas legalmente previstas. A EDIA vai contestar, mas a sua direção operacional de infraestruturas

106 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE primárias e de energia estimou um valor de rendas na ordem dos , valor pelo qual foi constituída a provisão para este processo. No ano de 2012, foi interposta uma ação pela empresa de construção Monte Adriano SA, no âmbito da Empreitada de construção do 3.º troço do adutor Pisão-Roxo (Penedrão-Roxo) e da barragem do Penedrão. O empreiteiro reclama o pagamento de trabalhos no valor de , alegando que esse montante não lhe foi pago por incorreta interpretação da EDIA a respeito do âmbito de trabalho de determinada rubrica do mapa de quantidades. A EDIA vai contestar e provisionou 50% ( ) do montante pedido pelo empreiteiro. Numa ação de condenação decorrente de um acidente que vitimou um particular, ocorrido em Alqueva, foi interposto um recurso para o Tribunal da Relação, o Acórdão foi proferido e a EDIA foi absolvida do pedido, anulando-se a provisão no valor de , no primeiro semestre de Os processos que resultam de expropriações litigiosas foram na sua generalidade remetidos aos Tribunais Judiciais e estão suspensos a aguardar sentença sobre: (i) o valor da indemnização, (ii) os autos de identificação atualizada dos proprietários, (iii) a habilitação de herdeiros e (iv) o impulso dos expropriados e/ou citação de todos os interessados. De salientar que o facto das provisões para vários dos processos judiciais em curso terem sido quantificadas em 50% dos valores reclamados pelos autores dos processos decorre do processo de mensuração da provisão, ou seja, foi considerado que 50% do valor reclamado seria a melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação no fim do período de relato, nos termos do parágrafo 36 da IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes Provisão IFRIC 12 As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afeto ao EFMA objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. A rubrica Provisão-IFRIC 12 reflete o valor presente da estimativa de encargos relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. Esta provisão foi reconhecida e mensurada, com base nos pressupostos do estudo de viabilidade económico e financeiro utilizado: Valor total dos investimentos em exploração, nomeadamente os equipamentos e a construção civil, sem considerar o valor dos terrenos submersos e sobrantes; Aplicação de uma taxa estimada de 0,2% aos investimentos da atividade de distribuição de água, para apuramento do custo médio das grandes reparações anuais; Não se consideram custos de grandes reparações para a atividade produção de energia, uma vez que, ao abrigo do contrato de subconcessão celebrado com a EDP, estes custos são da sua responsabilidade;

107 106 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Prazo estimado para fazer face a grandes reparações, nos equipamentos e na construção civil, de 20 e 30 anos respetivamente; Taxa média de financiamento de 7,90% para o período de ; e A previsão da Euribor é feita com base nas taxas spot da Bloomberg. No âmbito da aplicação da IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, à data de 30 de junho de 2013, em relação às infraestruturas que já se encontram em exploração, foi registado um reforço de provisão no valor de , dado o aumento das taxas de desconto consideradas para o respetivo cálculo. 19. Financiamentos Obtidos Euros Financiamentos Obtidos 30-Jun Dez-12 Total Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Total Empréstimos por Obrigações Empréstimos Bancários Contas Correntes Caucionadas Locações Financeiras Depósitos à Ordem-Saldos Credores Os Financiamentos Obtidos respeitam essencialmente a obrigações não convertíveis e financiamentos contraídos junto de instituições de crédito nacionais e estrangeiras, da Empresa- Mãe. O financiamento dos investimentos realizados nas várias infraestruturas do EFMA envolveu, até à presente data, a contratação de vários empréstimos por obrigações, de um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (BEI) e de diversos empréstimos bancários de curto prazo. Em 30 de junho de 2013, estão em vigor os seguintes financiamentos obtidos: BEI Data de início do contrato: 1999 Prazo: 20 anos Período de carência: 7 anos O montante de ,00, refletido na conta de empréstimos, resulta da utilização total das tranches A, B, C e D O reembolso deste empréstimo será efetuado da seguinte forma: Tranche A - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em Setembro de Tranche B - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em Setembro de Tranche C - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em Março de Tranche D - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em Março de 2009 Taxa Juro: taxa determinada pelo BEI em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo seu Conselho de Administração e que não poderá exceder a taxa Euribor 3 meses acrescida de 0,15%

108 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Reembolsos até : Montante em Dívida: Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 2003 Prazo: 15 anos Reembolso: total no final do contrato (2018) Este empréstimo obrigacionista foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa-Banco de Investimento, S.A. Os cupões são trimestrais e o seu reembolso é bullet Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,10% Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 2007 Prazo: 20 anos Reembolso: total no final do contrato (2027) Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Millennium BCP e do BPI Os cupões são semestrais e o seu reembolso é bullet Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,005% Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 2010 Prazo: 20 anos Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, em 28 prestações semestrais, iguais e sucessivas Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário constituído por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI); Banco Santander Totta, S.A. (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A. (CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. Sucursal em Portugal (Dexia) Taxa Juro: Euribor 6 meses + Spread 2,65% Conta Corrente Caucionada Santander-Totta Data de início do contrato: 02/05/2013 Data do fim do contrato: 02/11/2013 Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 6,75% Conta Corrente Caucionada BES Data de início do contrato: 20/05/2013 Data do fim do contrato: 19/08/2013 Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8% Conta Corrente Caucionada BES Data de início do contrato: 20/05/2013 Data do fim do contrato: 19/08/2013 Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) Millennium BCP Data de início do contrato: 06/06/2013 Data do fim do contrato: 08/07/2013 Taxa fixa: 4,40%

109 108 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI Data de início do contrato: 14/06/2013 Data do fim do contrato: 14/09/2013 Euribor a 3 meses + Spread 7% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 15/04/2013 Data do fim do contrato: 15/07/2013 Euribor a 3 meses + Spread 5,75% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 04/05/2013 Data do fim do contrato: 04/08/2013 Euribor a 3 meses + Spread 5,75% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 17/05/2013 Data do fim do contrato: 17/08/2013 Euribor a 3 meses + Spread 5,75% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 13/06/2013 Data do fim do contrato: 13/09/2013 Euribor a 3 meses + Spread 5,75% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 14/06/2013 Data do fim do contrato: 14/09/2013 Euribor a 3 meses + Spread 5,75% Os financiamentos obtidos no Millennium BCP ( ) e no Banco Espírito Santo ( ) correspondem aos empréstimos destinados a financiar a constituição de depósitos caução, ambos à ordem do Tribunal de Reguengos de Monsaraz, no âmbito do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla e de processos litigiosos de expropriação, respetivamente. O escalonamento das dívidas constantes da Demonstração da Posição Financeira em 30 de junho de 2013 e em 31 de dezembro de 2012, com vencimento a mais de 5 anos, ascende a: 30-Jun-13 Euros 31-Dez-12 Empréstimos por Obrigações Não Convertiveis Empréstimo Obrigacionista de 2003 (300 M ) Empréstimo Obrigacionista de 2007 (56,18 M ) Empréstimo Obrigacionista de 2010 (94,35 M ) Dívidas a Instituições de Crédito Banco Europeu de Investimento (135M ) Total

110 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Para cumprimento do definido na IAS 23 - Custos de Empréstimos Obtidos, nomeadamente quanto ao dever da entidade divulgar a quantia de gastos com os empréstimos obtidos, capitalizada durante o período e a taxa de capitalização usada para determinar a quantia dos gastos dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização, indica-se que, no primeiro semestre de 2013, foram capitalizados os gastos a uma taxa média de 50,55% perfazendo o valor de Fornecedores e Outras Contas a Pagar Fornecedores e Outras Contas a Pagar 30-Jun Dez-12 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Fornecedores Fornecedores C/C Outras Contas a Pagar Fundos Comunitários Credores por Acréscimos de Gastos Fornecedores de Investimento Outros Credores Pessoal Euros Fornecedores c/c e Fornecedores de Investimentos Os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, evidenciados na rubrica de Inventários, são registados na rubrica Fornecedores C/C, em vez de Fornecedores de Investimento, pois não decorrem de investimentos em ativos fixos tangíveis ou intangíveis mas de trabalhos de construção relevados na rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos Fundos Comunitários Esta conta inclui: (i) no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, afetos à rede secundária, em que a despesa ainda não foi realizada, prevendo-se que estes valores venham a ser devolvidos até final do ano de 2013, (ii) no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos comunitários, no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização, por dedução a despesa a realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no fim do ano de 2012 e o seu encerramento está previsto para o final de Credores por Acréscimos de Gastos A conta de Credores por Acréscimos de Gastos reflete essencialmente o valor especializado dos gastos com os juros de financiamentos obtidos (essencialmente empréstimos obrigacionistas e contas correntes caucionadas): , em 30 de junho de 2013, e , em 31 de dezembro de 2012.

111 110 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Esta conta inclui também: (i) o montante estimado de gastos com férias e subsídio de férias adquiridos pelos funcionários da EDIA: , em 30 de junho de 2013, e , em 31 de dezembro de 2012; e (ii) outros valores especializados ( ), nomeadamente gastos com eletricidade, que são faturados no mês seguinte àquele a que os consumos se referem. 21. Trabalhos para a própria Entidade Os trabalhos para a própria entidade registam a imputação ao investimento em curso (rubricas de Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis ) dos gastos afetos às áreas operacionais da Empresa ligadas diretamente à construção das infraestruturas do EFMA. Estes gastos estão diretamente afetos à rede primária e ao centro de cartografia, efetuados sob administração direta da Empresa. 22. Variação nos Inventários da Produção A variação nos inventários da produção a 30 de junho de 2013 e a 31 de dezembro de 2012 discrimina-se da seguinte forma: Euros Produtos Acabados e Intermédios 30-Jun Jun-12 Inventário Final Transferências Inventário Inicial Variação nos Inventários da Produção Produtos e Trabalhos em Curso 30-Jun Jun-12 Inventário Final Transferências Inventário Inicial Variação nos Inventários da Produção Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12 e do Perímetro de Rega da Luz, prevê a transferência para o Estado (MAM) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o gasto das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de Inventários.

112 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Em 2013, com a entrada em exploração de mais dois perímetros de rega, Ervidel 2 e 3 e Pedrogão - Margem Direita, e conforme tratamento dado em anos anteriores a outras infraestruturas da mesma natureza, procedeu-se à transferência dos investimentos que estão associados a essas infraestruturas, que se encontravam na conta Produtos e Trabalhos em Curso para a conta Produtos Acabados e Intermédios. Na sequência do contrato celebrado com o Estado (DGADR), em abril de 2013, o saldo à data do relato da conta de Produtos Acabados e Intermédios, relacionado com a rede secundária, investimentos nos perímetros de rega substancialmente concluídos e já em exploração, foi transferido para a rubrica de Outras Contas a Receber (conta da DGADR), tendo presente que é o Estado que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária que a EDIA construiu, em sua representação. Os investimentos em curso das infraestruturas da rede secundária de rega, que correspondem essencialmente a projetos afetos aos blocos de rega ainda em construção, continuam a ser registados na subconta de Produtos e Trabalhos em Curso. A rubrica Variação nos Inventários da Produção apresenta uma variação negativa face ao período homólogo, justificada essencialmente pela reduzida taxa de realização de investimentos na rede secundária no primeiro semestre de Fornecimentos e Serviços Externos Euros Fornecimentos e Serviços Externos 30-Jun Jun-12 Subcontratos Electricidade Trabalhos Especializados Conservação e Reparação Contencioso Seguros Vigilância e Segurança Rendas e Alugueres Combustíveis Honorários Comunicação Publicidade e Propaganda Limpeza e Higiene Ferramentas e Utensílios Deslocações e Estadas Despesas de Representação Material Escritório Outros Total

113 112 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 A rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos apresenta uma variação negativa significativa, em termos homólogos, devendo-se essencialmente à variação negativa da conta de Subcontratos, decorrente do volume reduzido do investimento em curso na rede secundária de rega (evidenciados na rubrica Inventários ), sendo esta diminuição de gastos compensada por uma redução de montante similar na conta de Variação dos Inventários da Produção. Os aumentos mais significativos ocorreram nas rubricas de Trabalhos Especializados e Conservação e Reparação, uma vez que o número de infraestruturas em exploração aumentou, pelo que os gastos com pessoal técnico especializado na manutenção preventiva dos equipamentos nessas infraestruturas dos perímetros de rega também subiram. A consequente cessação de capitalização dos gastos inerentes às infraestruturas da rede primária a montante é também um dos fatores decisivos para este acréscimo de gastos. 24. Gastos com o Pessoal O número de trabalhadores do Grupo em 2013 e 2012 foi de 189 e 195, respetivamente. Os Gastos com o Pessoal do Grupo EDIA tiveram a seguinte composição: Euros Gastos com o Pessoal 30-Jun Jun-12 Remunerações Encargos Sociais Outros Gastos com o Pessoal Face ao período homólogo, esta rubrica apresenta um aumento significativo, apesar de se ter verificado uma redução dos gastos com os órgãos sociais, uma vez que o número de membros do Conselho de Administração da Empresa-mãe passou de quatro para três. Essa variação resulta sobretudo da reposição em 2013 das remunerações referentes aos 13.º e 14.º meses, não pagas em No final do primeiro semestre, as demonstrações financeiras refletem não só os duodécimos dos subsídios de férias de 2013 (a pagar em 2014) e do subsídio de Natal (que tem vindo a ser processado e pago em duodécimos em 2013), mas também o subsídio de férias de 2012 a pagar no segundo semestre de 2013, na sequência do Acórdão n.º 187/2013, de 5 de abril, do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade de alguns artigos da Lei do Orçamento do Estado para 2013, nomeadamente o artigo 29.º da Lei n.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, referente à suspensão do pagamento do subsídio de férias ou equivalente. Em 2013 mantiveram-se em vigor algumas das medidas de redução de custos do Sector Empresarial do Estado (SEE) aprovadas nos anos anteriores:

114 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Isenção de redução remuneratória para os trabalhadores que auferem uma remuneração total ilíquida igual ou inferior a mensais; Manutenção da redução efetiva de remuneração para todos os trabalhadores que auferem uma remuneração total ilíquida calculada nos termos do N.º 1 do Art.º 20 da Lei N.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, superior a mensais; Proibição de atribuição de prémios de desempenho ou outras prestações pecuniárias de natureza afim; Progressividade da redução remuneratória, de modo a assegurar maior redução por parte e quem aufira uma redução total ilíquida mais elevada; e Proibição de atribuição de quaisquer benefícios geradores de encargos, designadamente subsídios, ajudas de custo ou quaisquer outros suplementos pecuniários com a finalidade de compensar, direta ou indiretamente, as reduções remuneratórias. Foram atribuídas, no decorrer dos anos de 2013 e 2012, aos membros dos órgãos sociais do Grupo, as seguintes remunerações relacionadas com o exercício das suas funções: Euros 30-Jun Jun-12 Conselho de Administração Revisor Oficial de Contas Conselho Fiscal Mesa da Assembleia Geral As senhas de presença da Mesa da Assembleia Geral foram processadas e pagas em julho de 2013, após a realização da respetiva Assembleia Geral. 25. Outros Rendimentos e Ganhos Euros Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais 30-Jun Jun-12 Juros Concessão Exploração da CHA e CHP Imputação de Subsídios ao Investimento Outros Rendimentos Suplementares

115 114 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Juros No âmbito do Contrato de concessão de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva (CHA) e Pedrógão (CHP) celebrado com a EDP, a EDIA recebeu um montante inicial de e irá receber, por um período de 35 anos, um montante anual periódico de (valor atualizado em 2011). Os montantes evidenciados na conta Juros concessão exploração da CHA e CHP correspondem à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato), com base numa taxa implícita de 5,5% Imputação de Subsídios ao Investimento A rubrica Imputação de Subsídios ao Investimento reflete o reconhecimento em rendimentos dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que estes últimos são depreciados. Não inclui: Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega, que estão evidenciados em Diferimentos, no Passivo não Corrente, uma vez que os ativos correspondentes são propriedade do Estado. Estes subsídios foram deduzidos ao investimento evidenciado na rubrica de Inventários quando foi celebrado o Contrato de Concessão em abril de 2013 com a DGADR, por ter executado estes investimentos com fundos próprios, em representação do Estado; e Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados em 2013 e anos anteriores) e que estão em imparidade total, pelo que têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios. 26. Outros Gastos e Perdas O saldo da rubrica Outros Gastos e Perdas é composto na sua maioria pelo valor referente ao pagamento de taxas (Taxa de Recursos Hídricos - TRH) pelas utilizações dos recursos hídricos em várias infraestruturas da EDIA, tais como Alqueva, Pedrógão, Cais da Barragem de Alqueva, furo da Herdade da Coitadinha. 27. Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização Os gastos/reversões de depreciação e amortização, em 2013 e 2012, discriminam-se da seguinte forma:

116 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Euros Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 30-Jun Jun-12 Ativos Fixos Tangíveis Terrenos e Recursos Naturais 1 1 Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outros Ativos Tangíveis Ativos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Outros Ativos Intangíveis Projetos de Desenvolvimento Programas de Computador Juros e Rendimentos Similares Obtidos e Juros e Gastos Similares Suportados Euros Rendimentos e Gastos Financeiros 30-Jun Jun-12 Rendimentos e Ganhos Financeiros Outros Juros Obtidos Gastos e Perdas Financeiros Juros e Gastos Similares Suportados Outros Gastos e Perdas Financeiros Outros Juros Rendimentos e Ganhos Financeiros A conta Outros Juros Obtidos traduz, fundamentalmente, os juros de depósitos à ordem e a prazo.

117 116 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Gastos e Perdas Financeiros O decréscimo ocorrido na conta Juros e Gastos Similares Suportados deveu-se à diminuição dos juros suportados associados aos empréstimos contraídos pela Empresa, dado que a taxa de juro média real foi inferior à taxa de juro média em 2012, essencialmente em resultado da descida da Euribor. Os Outros Gastos e Perdas Financeiros incluem essencialmente serviços bancários e comissões de garantia dos empréstimos obrigacionistas e bancários. 29. Interesses Minoritários Os interesses minoritários na Demonstração da Posição Financeira discriminam-se como segue: Euros Interesses minoritários-posição financeira 30-Jun Dez-12 Interesses Minoritários de Capital Próprio Gestalqueva (469) Gescruzeiros (39.528) (39.997) Os interesses minoritários na demonstração de rendimento integral têm a seguinte composição: Euros Interesses minoritários - Rendimento integral 30-Jun Jun-12 Interesses Minoritários de Resultado Líquido Gestalqueva (11.066) (24.982) Gescruzeiros (45.306) (41.023) (56.372) (66.005) 30. Segmentos Operacionais A atividade do grupo EDIA está centrada em dois segmentos de negócio (Água e Energia). As restantes áreas de negócio tais como o turismo, o ambiente, a cultura e a produção cartográfica, devido à sua dimensão, foram agrupadas num único segmento (Projetos Especiais). O segmento Água está relacionado com a gestão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA com vista a garantir a sua distribuição através de critérios de rigor e sustentabilidade, sendo constituído por duas vertentes: a do Armazenamento de Água, onde se destacam os

118 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE grandes reservatórios (albufeiras de Alqueva e de Pedrógão), e a da Adução de Água, traduzida pelos diversos subsistemas de abastecimento de água (Alqueva, Pedrógão e Ardila). A atividade de Armazenamento de Água tem como fim o fornecimento de água, quer para fins agrícolas, industriais ou abastecimento populacional, quer para produção hidroelétrica. Esta subatividade apresenta réditos, essencialmente, internos. Após a entrada em exploração de diversos perímetros de rega e da resolução administrativa por parte do Estado, através do Despacho nº 9000/2010 dos Ministérios das Finanças e da Administração Pública, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente e do Ordenamento do Território, sobre o preço a aplicar à distribuição da água, o grupo EDIA iniciou verdadeiramente a atividade de exploração da componente Adução de Água, prevendose a breve prazo, um aumento gradual dos ganhos devido à entrada em exploração de novos perímetros, ao aumento de adesão ao regadio agrícola e à utilização da água para fins industriais e turísticos. O segmento Energia é constituído pela produção de eletricidade através das centrais hidroelétrica de Alqueva e Pedrógão, Mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa e pela Central Fotovoltaica de Alqueva. O volume de negócio resulta, essencialmente do recebimento da renda relativa ao contrato de concessão das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão à EDP, por um período de 35 anos. No entanto, refere-se também a exploração neste período de todas as centrais mini-hídricas e da central fotovoltaica, sendo essa atividade remunerada pelo fornecimento da eletricidade entregue na rede elétrica nacional. O segmento Projetos Especiais, como referido anteriormente, abrange diversas áreas das quais se destacam: Centro de Cartografia, projeto originalmente criado como um apoio ao investimento realizado pelo grupo EDIA, quer a nível cartográfico quer a nível topográfico, e que surge como uma oportunidade de negócio; O PNN que surgiu como um projeto de minimização ambiental em consequência da construção da albufeira Alqueva, mas que se complementa com as áreas agrícolas e turísticas; O Museu da Luz consubstancia-se num espaço de memória e de interpretação de todos os inéditos processos da recolocação da Aldeia da Luz e aparece como um projeto cultural crescente na nova aldeia. Os resultados de exploração por segmentos no primeiro Semestre de 2013 e de 2012 são os seguintes:

119 118 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 euros 1º Semestre 2013 RUBRICAS Água Energia Projetos especiais Não alocados Total Réditos Externos ( ) Gastos Operacionais de Exploração ( ) (40.297) ( ) ( ) ( ) Réditos / Gastos Intersegmentos (13.300) (84.318) - 0 Margem Bruta ( ) ( ) ( ) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas ( ) (311) (4.841) ( ) ( ) Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros ( ) (78.420) ( ) Depreciações e Amortizações (16.040) ( ) ( ) ( ) ( ) Perdas por Imparidade ( ) ( ) Resultado Operacional ( ) ( ) ( ) ( ) Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos Juros e Gastos Financeiros Suportados ( ) (87.291) (137) ( ) ( ) Resultado por Segmento de Negócio ( ) ( ) ( ) ( ) Imposto Sobre o Resultado Liquído Exercicio (38.361) ( ) euros 1º Semestre 2012 RUBRICAS Água Energia Projetos especiais Não alocados Total Réditos Externos Gastos Operacionais de Exploração ( ) (81.278) ( ) ( ) ( ) Réditos / Gastos Intersegmentos ( ) Margem Bruta ( ) ( ) ( ) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas (51.336) ( ) (11.394) (78.187) ( ) Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros ( ) (25.829) ( ) Depreciações e Amortizações (14.777) ( ) ( ) ( ) ( ) Perdas por Imparidade ( ) ( ) Resultado Operacional ( ) ( ) ( ) ( ) Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos Juros e Gastos Financeiros Suportados ( ) ( ) (11) ( ) ( ) Resultado por Segmento de Negócio ( ) ( ) ( ) ( ) Imposto Sobre o Resultado Liquído Exercicio - ( ) Os principais indicadores da posição financeira por segmentos no final do primeiro semestre de 2013 e final do ano de 2012 são os seguintes: euros 1º Semestre 2013 RUBRICAS Água Energia Projetos Especiais Não alocados Total Ativos Passivos euros 2012 RUBRICAS Água Energia Projetos Especiais Não alocados Total Ativos Passivos

120 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Outras Informações Relevantes Esta nota, contempla a divulgação de outras informações não previstas nas notas anteriores e que se consideram necessárias para melhor compreender a posição financeira e os resultados do Grupo. Inspeção Tributária De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro anos. Com base neste pressuposto, as declarações fiscais da Empresado de 2008 até 2011 foram sujeitas a revisão por parte da Autoridade Tributária Aduaneira (AT). Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a AT uma correção, nos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A generalidade dos bens atualmente registados nos Ativos Intangíveis encontravam-se, até à data da entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística, em 1 de janeiro de 2010, evidenciados na rubrica de Ativos Fixos Tangíveis, sendo então reclassificados para Ativos Intangíveis, conforme previsto na IFRIC 12 Acordos de Concessão de Serviços, aplicável ao Contrato de concessão celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, conforme expressamente reconhecido pela Comissão de Normalização Contabilística em 20 de janeiro de Sucede que os terrenos submersos em questão, e que foram amortizados pela EDIA, estão incluídos no EFMA e são objeto do Contrato de concessão, celebrado em 17 de outubro de 2007 entre a EDIA e o Estado Português designado por Contrato de concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada a rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do EFMA, com a duração de 75 anos. Nos termos das Cláusulas 8.ª e 9.ª deste Contrato, todos os bens incluídos no EFMA, incluindo os terrenos submersos objeto de amortização, reverterão para o Estado Português no termo do respetivo Contrato de concessão. Pelo exposto, nos termos: (i) do artigo 13.º do Decreto Regulamentar N.º 2/90, de 12 de janeiro, em vigor no período a que se refere a inspeção tributária: Os elementos do ativo imobilizado adquiridos ou produzidos por entidades concessionárias e que nos termos das cláusulas do Contrato de concessão sejam revertíveis no final desta podem ser reintegrados ou amortizados em função do número de anos que restem do período de concessão quando aquele for inferior ao seu período mínimo de vida útil e (ii) das Cláusulas 8.ª e 9.ª do Contrato de concessão, considerando que os terrenos amortizados, bem como todos os bens integrados no EFMA, reverterão para o Estado no final do Contrato; estão cumpridos todos os requisitos legais para a aceitação da amortização como custo fiscal, não devendo pois, ser efetuada qualquer correção em sede de IRC, sendo esta a posição defendida pela Empresa. Em maio de 2013, a EDIA apresenta Impugnação Judicial da decisão de indeferimento da Reclamação Graciosa da demonstração de liquidação de IRC referente aos exercícios de 2008,

121 120 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE , 2010 e 2011, e, desta forma, requer ao Exmo. Sr. Juiz de Direito do Tribunal Tributário de Beja a anulação total das demonstrações de liquidação de IRC e de juros, assim como a reposição dos prejuízos fiscais prejudicados com esta correção efetuada em sede de inspeção tributária, para os quatro exercícios. À data de relato, não houve qualquer alteração da situação atrás exposta. Matérias Ambientais As matérias ambientais devem ser objeto de divulgação na medida em que sejam materialmente relevantes para avaliação do desempenho financeiro ou para a posição financeira da entidade. O Contrato de concessão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concretizou os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. A atividade da Empresa é de natureza essencialmente não industrial, sendo relativamente reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processos. O peso dos impactes ambientais da atividade da Empresa é, em termos relativos, bastante inferior ao seu contributo para geração de valor no tecido económico e social da região. No entanto, para além de garantir a implementação das medidas de minimização definidas no Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a implementar, durante a fase de construção, um conjunto de medidas que, após a execução das intervenções nas áreas afetadas, eliminem quaisquer sinais de intervenção, repondo a situação original. Em termos de política ambiental, a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do desempenho ambiental em que se destaca o cumprimento da legislação, a análise dos impactes ambientais derivados da atividade da Empresa e a formação e sensibilização dos trabalhadores. As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou reparar danos de carácter ambiental, que decorram da atividade ambiental normal da Empresa. Neste sentido, tendo em conta a natureza e a dimensão da atividade da Empresa e os tipos de problemas ambientais associados a essa atividade (tais como redução das emissões atmosféricas ou remoção de resíduos), não existe qualquer responsabilidade de carácter ambiental que deva dar origem à constituição de provisões, uma vez que não o entendemos como materialmente relevante. Dívidas à Administração Fiscal e ao Instituto de Solidariedade e Segurança Social Das informações legalmente exigidas noutros diplomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º, 397.º, 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), das disposições legais decorrentes do Decreto-Lei N.º 534/80, de 7 de novembro emanado pelo Ministério das Finanças e do Plano e das disposições referidas no Decreto-Lei N.º 411/91, de 17 de outubro emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, importa referir que a EDIA, através dos documentos de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a segurança social.

122 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Garantias Prestadas A Portucel Recicla S.A. intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de (correspondendo ao valor já faturado de acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com embargos de executado, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Em dezembro de 2011, a EDIA prestou uma garantia bancária no montante de , destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial de execução ordinária que corre termos pelo Tribunal Judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. À data do relato financeiro esta garantia ainda se encontra vigente. No âmbito das empreitadas da rede primária e da secundária, a EDIA tem que realizar perfurações horizontais nas estradas. Para isso, tem que fazer pedidos de licenciamento à empresa Estradas de Portugal, S.A. a qual exige que a EDIA, por cada atravessamento, preste uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, SA), pelo prazo de cinco anos. A 30 de junho de 2013 o montante constituído é de No âmbito da adjudicação do Concurso Público Internacional CP008/DSIC/2009 Aquisição de Serviços de Execução do Cadastro Predial ao consórcio CME/EDIA/RZMAPA/GEOGLOBAL/SIGMAGEO, definiu-se uma emissão de Garantia Bancária conjunta, em que cada um dos consorciados será responsável pela sua proporção. A participação da EDIA, com o seu centro de Cartografia, resultou na prestação de uma garantia bancária no valor de Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a AT uma correção, nos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A EDIA contestou e teve que prestar a favor da AT-Autoridade Tributária e Aduaneira, garantias bancárias no valor de , destinadas a caucionar a suspensão dos processos de execução fiscal que correm termos nos Serviços de Finanças. No âmbito do contrato celebrado com a Galp Energia, Petróleos de Portugal-Petrogal, S.A, a EDIA prestou uma garantia bancária a seu favor, destinada a caucionar o bom pagamento dos consumos relativos ao cartão GALP frota. A 30 de junho de 2013 o montante constituído ascende a Compromissos Os compromissos assumidos pela EDIA que não figuram na Demonstração Consolidada da Posição Financeira, em 30 de junho de 2013, são as garantias prestadas pela EDIA nos termos

123 122 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 do disposto no N.º 2 do artigo 56.º do Regulamento (CE) N.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro. A competência para a prestação de garantias pela Empresa cabe nas competências do Conselho de Administração, quer por via do disposto no artigo 15.º dos estatutos da EDIA, em particular por via da alínea c) do N.º 1 e, em especial, pelo disposto na alínea f) do artigo 406.º do Código das Sociedades Comerciais, aplicável por via do disposto no artigo 7.º do Decreto-Lei Nº 558/99, de 17 de dezembro. No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), e nos termos e ao abrigo do disposto no n.º 4 do Art.º 18º da Portaria N.º 820/2008, de 8 de agosto, a EDIA formulou vários pedidos de pagamento a título de adiantamento dentro do montante permitido pelos referidos normativos: Perímetro de Pedrógão-Margem Direita: 30% do valor do investimento elegível aprovado ,89 Blocos de Ervidel: 30% do valor do investimento elegível aprovado ,98 Perímetro de São Pedro-Baleizão-Quintos: 15% do valor do investimento elegível aprovado ,00 Perímetro de Cinco Reis Trindade: 7% do valor do investimento elegível aprovado ,82 Nestes casos, e conforme disposto no Artº 56º do Regulamento (CE) n.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro, o Conselho de Administração (através de garantia escrita emitida ao organismo pagador competente do PRODER - Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, IP) garantiu o ressarcimento num montante correspondente a 110% do valor do adiantamento, caso não se prove o direito ao montante adiantado. Esta faculdade é permitida à EDIA por se tratar de um beneficiário público, nos termos da legislação comunitária.

124 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE

125 124 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013 Declaração de Conformidade do Conselho de Administração Senhores Acionistas Nos termos previstos na alínea c) do N.º 1 do artigo 246.º do Código dos Valores Mobiliários informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento: (i) A informação constante no relatório de gestão intercalar expõe fielmente os acontecimentos importantes ocorridos no primeiro semestre de 2013 e o impacto nas respetivas demonstrações financeiras, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam e (ii) A informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. e das empresas incluídas no perímetro da consolidação. Beja, 29 de agosto de 2013 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Eng.º João Cláudio Cabral de Oliveira Basto (Presidente) Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez (Vogal) Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo (Vogal)

126 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Relatório de Revisão Limitada Elaborado por Auditor Registado na CMVM sobre Informação Semestral Consolidada

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131 130 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE 2013

132 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 30 DE JUNHO DE Relatório de Revisão Limitada sobre Informação Semestral Consolidada Elaborado por Auditor Externo

133 I BJ:D Tel: Av. da República, Fax: Lisboa RELATÓRIO DE REVISÃO LIMITADA SOBRE INFORMAÇÃO SEMESTRAL CONSOLIDADA Introdução 1. Apresentamos o nosso Relatório de Revisão Limitada sobre a informação consolidada do semestre findo em 30 de junho de 2013, da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, SA (adiante também designada por EDIA ou Empresa), incluída: no Relatório consolidado de gestão, na Demonstração consolidada da posição financeira em 30 de junho de 2013 (que evidencia um total de euros e um capital próprio negativo de euros, incluindo um resultado líquido negativo atribuível aos acionistas da Empresa de euros), na Demonstração consolidada do rendimento integral, na Demonstração consolidada das alterações no capital próprio e na Demonstração consolidada dos fluxos de caixa, do semestre findo naquela data, e no correspondente Anexo. ResponsabiLidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração: (i) a preparação de informação financeira consolidada que apresente de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado e o rendimento integral consolidado das suas operações, as alterações no capital próprio consolidado e os fluxos de caixa consolidados; (ii) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas na União Europeia, em particular com a Norma InternacionaL de Contabilidade n 34 - Relato Financeiro Intercalar; (iii) a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a atividade do conjunto de empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos acima referidos, emitindo um relatório profissional e independente com base no nosso exame simplificado daquelas demonstrações financeiras. Âmbito 4. O trabalho que desenvolvemos teve como objetivo obter uma segurança moderada sobre se a informação financeira anteriormente referida está isenta de distorções materialmente relevantes. Exceto quanto ao mencionado no parágrafo 7 abaixo, o nosso trabalho foi efetuado com base nas Normas Técnicas e Diretrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, foi planeado de acordo com aquele objetivo e consistiu, principalmente, em indagações e procedimentos analíticos destinados a rever: (i) a fiabilidade das asserções constantes da informação financeira; (ii) a adequação das políticas contabilísticas adotadas, tendo em conta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; (iii) a aplicabilidade, ou não, do princípio da continuidade; e (iv) a apresentação da informação financeira. 5. O nosso trabalho abrangeu também a verificação da concordância da informação constante do relatório de gestão com os restantes documentos anteriormente referidos. a Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50-10, Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, NIPC , Capital euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o número A BDO & Associados, SROC, Lda., sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada por garantia, e faz parte da rede internacional BDO de firmas independentes.

134 Empresa IBDO 6. Entendemos que o trabalho efetuado proporciona uma base aceitável para a emissão do presente relatório sobre a informação financeira semestral consolidada. Reserva 7. As Outras contas a receber integram 158,3 milhões de euros a receber da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional (DGADR). Este montante inclui: (i) 70,8 milhões de euros referentes à denominada Infraestrutura 12, relativamente à qual a EDIA formalizou com a DGADR, em abril de 2006, um contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação por um prazo de 30 anos; e (ii) 87,5 milhões de euros correspondentes ao valor dos investimentos efetuados pela EDIA nas infraestruturas da rede secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) que já se encontram concluídas, Líquidas dos subsídios associados a esses investimentos, na sequência da entrega formal dessas infraestruturas à DGADR e do contrato, celebrado em 8 de abril de 2013, que atribui à EDIA a concessão da gestão, exploração, manutenção e conservação destas infraestruturas até 31 de dezembro de Não está ainda esclarecida qual a forma de ressarcimento da EDIA pela parte do investimento que não foi subsidiada, que está dependente de decisão do Estado português, subsistindo assim uma importante incerteza quanto à forma e ao valor de realização dos referidos 158,3 milhões de euros, bem como dos ativos ( Inventários ) e passivos ( Outras contas a pagar e Diferimentos ) associados às infraestruturas da rede secundária ainda por executar ou concluir, no valor de 14,3 milhões de euros e 39,6 milhões de euros, respetivamente. Parecer 8. Com base no trabalho efetuado, o qual foi executado tendo em vista a obtenção de uma segurança moderada, exceto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários caso não existisse a Limitação descrita no parágrafo anterior, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que a informação financeira consolidada do semestre findo em 30 de junho de 2013 da EDIA - de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, SA, não esteja isenta de distorções materialmente relevantes que afetem a sua conformidade com as normas internacionais de relato financeiro, tal como adotadas na União Europeia, para efeitos de relato intercalar. nfase 9. Sem afetar a opinião expressa no parágrafo anterior, salientamos que do investimento total previsto no EFMA (de acordo com Plano de Investimento aprovado em março de sem custos de estrutura e financeiros capitalizáveis) ainda falta realizar, em 30 de junho de 2013, um total de 498,8 milhões de euros, estando a sua concretização dependente dos financiamentos que a Empresa venha a obter junto da União Europeia, do acionista Estado e/ou de outros fundos. Nesse âmbito, é de salientar que, em 30 de junho de 2013, o total do capital próprio se apresenta negativo em 471,2 milhões de euros. Lisboa, 30 de agosto de

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