RELATÓRIO E CONTAS EXERCICIO 2013

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1 RELATÓRIO E CONTAS EXERCICIO 2013

2 EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. Capital Social ,00 Capital Próprio Negativo ,00 Número de Pessoa Coletiva Matrícula / da Conservatória do Registo Comercial de Beja Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º BEJA Delegação de Lisboa Rua do Campo Grande, N.º 46-D, 2.º Dto Lisboa Delegação de Alqueva Apartado MOURA Delegação de Pedrógão Apartado MOURA Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, MOURÃO Parque de Natureza de Noudar Apartado BARRANCOS Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz LUZ - MOURÃO Fotografias Site: António Cunha/EDIA

3 ÍNDICE 1. RELATÓRIO DE GESTÃO... 5 MENSAGEM DO PRESIDENTE... 7 APRESENTAÇÃO... 9 ENQUADRAMENTO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ESTRUTURA DE SUPORTE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO PERSPETIVAS PARA O ANO DE INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS ANÁLISE FINANCEIRA PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS GOVERNO DA SOCIEDADE CONTAS INDIVIDUAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL CONTAS CONSOLIDADAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DEZEMBRO DE DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL Declaração sobre Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da EDIA, S.A. prevista na Lei 28/ SIGLAS E ABREVIATURAS RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

4 4 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

5 1. RELATÓRIO DE GESTÃO 5 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

6 6 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

7 MENSAGEM DO PRESIDENTE A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA) é uma entidade de capitais exclusivamente públicos que está mandatada pelo Estado para conceber, executar, construir e explorar o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) promovendo o desenvolvimento económico direto não só nos 20 concelhos do Alentejo mas também no âmbito nacional, designadamente, no contexto da diminuição da dependência agro- alimentar e do aumento das exportações. Com quase duas décadas de história a empresa tem concentrado os seus esforços na construção do EFMA o maior investimento hidroagrícola alguma vez realizado no país. Quando estiver completo, no final de 2015, o Empreendimento totalizará cerca de milhões de Euros de investimento e incluirá 69 barragens, açudes ou reservatórios, cerca de Km de canais ou condutas e 47 estações elevatórias. Estas infraestruturas permitem, para além do incontornável benefício hidroagrícola, o cumprimento em paralelo de múltiplos objetivos, a nível regional e nacional, que estão na génese deste Empreendimento como a produção hidroelétrica, o abastecimento público e industrial, a regularização e correção torrencial, a preservação ambiental e patrimonial e o ordenamento do território. A EDIA tem a concessão de longo prazo do Estado para a exploração da rede primária e do recurso hídrico correspondente a 620 hm3 anuais. Mas, neste ano, a empresa viu também clarificada, no horizonte do médio prazo, o seu papel como entidade gestora da rede secundária de distribuição de água. O contrato de concessão desta infraestrutura até ao final do ano de 2020 para a sua gestão, exploração, manutenção e conservação foi assinado a 8 de abril com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT). Foi no entanto apenas há três anos, com a fixação do tarifário pelo despacho nº 9000/2010, que a empresa começou a cobrar o serviço de adução de água aos seus clientes que desde então tem assistido a crescimentos significativos. Neste exercício de 2013 os volumes de água aduzidos subiram 35% para cerca de 100 milhões de metros cúbicos e a faturação correspondente cresceu 19% face ao ano anterior. Estas alterações foram motivadas principalmente pela entrada em exploração dos blocos de rega do Pedrógão 1 e 3, Selmes e de Ervidel 2 e 3 que fizeram subir a área infraestruturada do EFMA para cerca de 68 mil hectares. Os custos de exploração, principalmente devido aos encargos energéticos, baixaram 4,8% em resultado de melhorias de eficiência da operação mas também em consequência de condições hidrológicas favoráveis. Os custos estruturais mantiveram os seus níveis. A conjugação destes fatores resultou num crescimento do indicador de rentabilidade mais utilizado (EBITDA) para 9M. Os resultados líquidos são muito condicionados pela política de financiamento adotada onde os empréstimos de curto prazo têm um peso significativo. Existe uma intenção firme de restruturar esta dívida com o alinhamento dos seus prazos com a vida útil dos investimentos. 7 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

8 No capítulo da promoção do regadio e captação de investimento um pilar fundamental da atividade de empresa o ano foi marcado pelo lançamento da marca territorial «Alqueva uma nova terra de água a fresh new land». Foi realizado o 1º Seminário Internacional Investir no Potencial Agrícola de Alqueva em conjunto com o BES, AICEP e o jornal Expresso. Paralelamente, um conjunto de Road Shows em diversas cidades europeias permitiram alargar contactos e difundir a nova realidade de Alqueva junto de públicos selecionados, ao mesmo tempo que se apostou na participação em certames internacionais com intervenções ativas em dezenas de apresentações. Foram os casos das participações na Fruit Attraccion em Madrid e na Fruit Logistica em Berlim. No horizonte do médio prazo a empresa enfrenta o desafio de mudar o enfoque da sua atividade da construção para a exploração, da infraestruturação para a operação. Mas nos próximos dois anos a empresa vai levar a cabo um grande conjunto de empreitadas que permitirão a conclusão do projeto inicial do EFMA e deste modo a empresa conta que terá infraestruturados cerca de ha para a campanha de rega de Será um período com uma inédita intensidade construtiva mas que a empresa encara com igual determinação e entusiasmo. Em 2014 serão adjudicadas todas as empreitadas para alcançar aquele ambicioso objetivo e cujos respetivos concursos já se encontram lançados e em diferentes estádios do processo. Fruto dos prazos de execução destas obras a entrada em funcionamento de novos perímetros acontecerá a partir da campanha de Como tal, o ano de 2014 será muito importante para consolidação da operação regular da Empresa num cenário de estabilidade da área em exploração. Neste momento de apresentação de resultados queremos manifestar os nossos agradecimentos a todos aqueles que contribuíram para o sucesso das atividades da EDIA, os nossos clientes, o acionista, as entidades financiadoras, os fornecedores e os demais que continuam a trabalhar com a EDIA visando a concretização dos objetivos do Empreendimento. Um especial agradecimento aos colaboradores da EDIA que no terreno continuam a desenvolver as suas funções, referenciando o mérito e a capacidade da Empresa e do projeto Alqueva. 8 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

9 APRESENTAÇÃO EDIA Criada pelo Decreto-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, no âmbito do qual lhe foi acometida a titularidade dos direitos e obrigações que anteriormente pertenciam à sua comissão instaladora, a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA), empresa de capitais exclusivamente públicos, teve como objeto social a conceção, execução, construção e exploração do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) e a promoção do desenvolvimento económico e social da sua área de intervenção, que corresponde total ou parcialmente, a 20 concelhos do Alentejo. Com a entrada em exploração de algumas infraestruturas do Empreendimento, o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, vem definir o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o EFMA, modifica os estatutos da EDIA, revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º 335/2001, de 24 de dezembro, concretizando, desta forma, a recentralização dos objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA e definindo-lhe o seguinte objeto social: A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento para fins de rega e exploração hidroelétrica, mediante contrato de concessão celebrado nos termos da Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro; A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram sistema primário do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação; A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao Empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas; e A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização de recursos afetos ao Empreendimento. Posteriormente ao Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foi publicado o Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases do contrato de concessão entre a EDIA e o Estado Português, com vista à utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, para fins de rega e exploração hidroelétrica, tendo sido atribuída à EDIA a concessão da gestão e exploração do Empreendimento e a titularidade, em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica, por um período de 75 anos. Ao abrigo do disposto neste Decreto-Lei, os poderes e competências da EDIA abrangem: A administração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua atividade; A atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de energia elétrica; e 9 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

10 Poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contraordenação nesse âmbito. No decurso de 2007 foi igualmente formalizado o acordo com a EDP com vista à exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, tendo sido assinado, a 25 de outubro, o contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico. Este documento veio formalizar, por um período de 35 anos, as condições que regem a exploração da componente hidroelétrica das infraestruturas que integram o sistema primário do EFMA, bem como a subconcessão dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico associado, para fins de produção de energia elétrica e para implantação de infraestruturas de produção de energia elétrica. A entrada em exploração dos primeiros perímetros de rega veio manifestar a necessidade de harmonizar o tarifário a aplicar no âmbito do sistema, em função das diferentes condições de fornecimento de água. É neste âmbito que surge o Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, que altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e que aclara aspetos da envolvente económica e financeira do empreendimento, com vista à otimização da gestão de recursos e à garantia da sustentabilidade económica futura da empresa, adequando ainda o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos constante na Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho). A fixação de um tarifário diferenciado e dotado de uma maior flexibilidade, quer em função das distintas condições de fornecimento da água pela EDIA, quer em função do uso a que se destina a água fornecida, veio assim a possibilitar a aferição do valor a fixar, não apenas em função das diferentes condições de exploração e fornecimento de água, mas também do respetivo ajuste à medida da entrada em funcionamento de cada uma das componentes da rede secundária. O Despacho N.º 9000/2010, publicado a 26 de maio, aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. Em 2013, o tarifário de rega para Alqueva foi atualizado com base no Índice de Preços ao Consumidor (2,75%). Em 2013, a 8 de abril, é celebrado com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), o contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede secundária do EFMA. 10 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

11 Desde 1995 até final de 2013, já se executou um total de investimentos de milhões de euros, em 2013 realizou-se 51,50 milhões de euros. Até ao final de 2013 ainda é o programa Barragem de Alqueva que representa o valor mais significativo de investimento, seguido com valores cada vez mais próximos, pelos programas Rede Primária e Rede Secundária de Rega. Unidade: Milhares de Euros PROGRAMAS Anos Até Total Barragem de Alqueva , , , , , , ,96 Central Hidrolétrcia de Alqueva ,32 52,30 75, ,62 Barragem e Central de Pedrógão , ,04 98,86 3,10 4,74 0, ,72 Estação Elevatória Alqueva-Álamos ,34 589,12 320,39 2,54 0, ,74 Rede Primária , , , , , , ,74 Rede Secundária de Rega , , , , , , ,51 Desenvolvimento Regional ,57 511,10 214, ,16 660,83 74, ,36 TOTAL , , , , , , ,64 Investimento até 2013 Barragem de Alqueva Central Hidrolétrcia de Alqueva Barragem e Central de Pedrógão Estação Elevatória Alqueva-Álamos Rede Primária Rede Secundária de Rega 11 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

12 Na primeira metade do ano entraram em exploração os blocos do Pedrógão 1 e 3, Selmes e de Ervidel 2 e 3. Assim, no final de 2013 encontravam-se em exploração, sob gestão da EDIA hectares (não considerando a Infraestrutura 12) de área beneficiada, distribuídos pelos diversos perímetros de rega concluídos. Comparando a adesão e os consumos de água entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013, regista-se um aumento na adesão de 27,7% (6.745 ha) e no consumo de água, um aumento de 34,8% (25 hm 3 ) que no mesmo período passou de 71 hm 3 para cerca de 96 hm 3. Perímetros de Rega Área Benificiada (ha) 2012 Área Inscrita (ha) Consumo (m 3 ) Área Benificiada (ha) Área Inscrita (ha) Consumo (m 3 ) Monte Novo Alvito - Pisão Pisão Alfundão Ferreira, Figueirinha e Valbom Orada - Amoreira Brinches Brinches - Enxoé Serpa Loureiro - Alvito Ervidel Pedrógão Margem Direita Total % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% área beneficiada 2013 área inscrita RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

13 Para a persecução dos seus objetivos a EDIA, S.A. no final de 2013 contava nos seus quadros com 187 colaboradores (dos quais 96 são do sexo feminino), distribuídos pelas várias direções e categorias profissionais: Número de Colaboradores a 31/12/2013 Por Direções DAF 28 DEAP 37 DEAPR 10 DGP 38 DIPE 31 DIR 24 GAJ 5 GRPC 8 Secretariado 6 Por Categorias Técnico Especialista 28 Técnico Superior 99 Técnico Homens 91 Mulheres 13 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

14 Outras Empresas do Grupo GESTALQUEVA A GESTALQUEVA Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e do Pedrógão, S.A., cujo capital social é detido em 51% pela EDIA, foi constituída a 7 de março de 2003 e tem por objeto social: A conceção, promoção e execução de projetos de desenvolvimento e valorização das potencialidades das albufeiras de Alqueva e Pedrógão e das respetivas envolventes, nomeadamente nas áreas do ambiente, qualidade urbana, turismo e património; A gestão de utilizações dos planos de água, nomeadamente em regime de concessão, empreendimentos, equipamentos e infraestruturas associadas às albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e às áreas envolventes; A prestação de serviços nos domínios do planeamento, ordenamento, monitorização e gestão de equipamentos e infraestruturas de natureza ambiental na área compreendida pelas albufeiras de Alqueva e Pedrógão e dos concelhos do regolfo daquelas albufeiras; e A sociedade poderá, desde que para o efeito esteja habilitada, exercer outras atividades para além das referidas nos números anteriores, desde que consideradas acessórias ou complementares daquelas. Na assembleia extraordinária de 15 de junho de 2012 foi decidida a dissolução da GESTALQUEVA, S.A., em curso. GESCRUZEIROS A GESCRUZEIROS Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo - Turística no Grande Lago Alqueva, S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva e Nautialqueva Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros, constituída a 16 de março de 2006, é detido em 51% pela Gestalqueva e tem como objeto social: Desenvolvimento de atividades Marítimo Turísticas; Operador Marítimo Turístico; e Animação turística nas albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e na área correspondente aos municípios envolventes. 14 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

15 Cronologia do Empreendimento 2013 Inauguração do bloco de Ervidel Apresentação da marca "Alqueva" Inauguração do circuito hidráulico de Pedrógão - margem direita e blocos de rega de Pedrógão e Selmes Assinatura do contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede secundária do EFMA 2012 Assinatura de protocolo, com a Cooperativa Agrícola de Beringel, para a implementação da Academia de Hortícolas de Alqueva Elegibilidade da rede primária no Fundo Coesão, como reconhecimento do contributo relevante do EFMA para o abastecimento público e na componente ambiental Associação IBERLINX, liderada pela EDIA, foi responsável pela implementação da estratégia de reintegração do Lince-ibérico, em Portugal Participação na conferêcia RIO+20, como exemplo de projeto de desenvolvimento territorial promotor da sustentabilidade e biodiversidade Distinção do Parque de Natureza de Noudar, com a certificação "Wildlife Estates " Distinção da EDIA com o prémio Inovação atribuído pela AcquaLiveExpo, no âmbito do projeto SISAP 2011 Inauguração dos primeiros perímetros de rega do subsistema Ardila (perímetros de Orada - Amoreira; Brinches; Brinches Enxoé e Serpa) Inauguração das centrais mini - hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, do perímetro de rega de Alfundão e dos blocos de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, do perímetro de rega do Pisão Roxo 2010 Cota máxima da albufeira da barragem de Alqueva (152,00 m), atingida a 12 de janeiro Distribuição de água aos perímetros de rega do Alvito Pisão e Pisão Concluída a ligação de Alqueva a todas as albufeiras de abastecimento público na área do EFMA 2009 Distribuição de água ao perímetro de rega do Monte - Novo Início do processo de transferência de água para a albufeira de Alvito 2008 Projecto Alquevo 2008 Início do processo de transferência de água para a albufeira do Monte - Novo 2007 Contrato de concessão do domínio público hídrico Contrato de exploração das centrais hidroeléctricas de Alqueva e de Pedrógão à EDP 2006 Inauguração do aproveitamento hidroeléctrico de Pedrógão Entrada em funcionamento do sistema adutor Álamos Loureiro Prémio internacional Puente de Alcântara 2005 Entrada em funcionamento do perímetro de rega da Luz 2004 Início do fornecimento de água para rega, pela Infraestrura Início da produção de energia eléctrica na central de Alqueva, em período de ensaios 2002 Encerramento das comportas de Alqueva 2001 Alterações no âmbito de intervenção da EDIA 1998 Início das betonagens na barragem de Alqueva 1995 Criação da EDIA, S.A Decidida a retoma dos trabalhos 1978 Interrupção das obras 1976 Início das obras preliminares 1957 Plano de rega do Alentejo 15 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

16 2013 em revista 1.º trimestre * Apresentação do projeto no Seminário Diplomático, na Fundação Champalimaud, em Lisboa (3 de janeiro); * Visita da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar, e do Sr.º Ministro da Agricultura da Finlândia (4 de janeiro); * Museu da Luz expõe, pela primeira vez em Portugal, Tapete de Arraiolos com 30 metros quadrados (5 de janeiro); * Atribuição por parte do Ministério da Economia do selo +e+i ao Projeto das Aldeias Ribeirinhas de Alqueva (31 de janeiro); * Promoção de uma sessão de divulgação sobre as oportunidades de financiamento disponíveis à agricultura em Alqueva (5 de fevereiro); * Exposição AcqualiveExpo (21 a 23 de março); * Participação na Comitiva Empresarial que acompanhou o Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros ao Japão (25 a 30 de março). 2.º trimestre * Assinatura do contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede secundária do EFMA (8 de abril); * Participação no Fórum Alimentar Portugal Foods FIL (15 de abril); * Inauguração do circuito hidráulico de Pedrógão - Margem Direita e dos blocos de rega de Pedrógão e Selmes Margem Direita (17 de abril); * Apresentação da marca Alqueva às forças vivas da região (22 de maio); * Participação no seminário internacional: Investir no Potencial Agrícola do Alqueva, realizado em Lisboa (24 de maio); * Participação na inauguração do projeto Banco de Terras (29 de maio); * Assinatura de protocolo (30 de maio) com a Resialentejo, E.I.M., no âmbito do projeto Academia de Hortícolas de Alqueva ; * Inauguração do Perímetro de Ervidel (5 de junho) com a presença do Sr. Secretário de Estado José Diogo Albuquerque; * Visita ao lagar da Sovena (Marmelo) com a presença da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar (5 de junho) e o Ministro Marroquino da Agricultura e o Secretário de Estado da Agricultura; * Assinatura do Protocolo para a criação da Academia Aromáticas, entre a EDIA e a empresa Monte do Pardieiro e o CEVRM, (6 de junho); * Presença na conferência Ambiente e Economia: A sustentabilidade como fator de competitividade, patrocinada pela Fundação Cidade Lisboa (7 de junho); * Presença nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades portuguesas, em Elvas (10 de junho); * Apresentação sobre o EFMA numa reunião da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, no âmbito do workshop Land for Business, Business for Land: The Economics of Land Degradation em Bona, Alemanha (13 e 14 de junho); * Alqueva é marca, o novo site online a partir de 17 de junho; * Projeto ARA- Aldeias Ribeirinhas de Alqueva, venceu o programa EDP Solidária 2013 (17 de junho); * Apresentação do EFMA no Grupo de Trabalho Joint Health, Agriculture and Food Group da NATO, sobre a problemática da água, segurança alimentar, combate à desertificação e energia, em Bruxelas (20 e 21 de junho); 16 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

17 3.º trimestre * No âmbito da iniciativa Aprender com a História, a EDIA, através do ciclo expositivo subordinado ao tema Potes e fornos do tempo dos romanos, mostrou nos dias 08 e 22 de julho, como são feitos recipientes cerâmicos, convidando, para o efeito, o Mestre Oleiro Velhinho, de S. Pedro do Corval; * Lançamento do segundo concurso de fotografia em torno da temática da água: Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas (17 de julho), inserido nas comemorações do Ano Internacional de Cooperação pela Água; * O PNN, a EDIA e a Herdade da Contenda promoveram a IV Reunião Ungulados Silvestre Ibéricos, que teve este ano como subtema Os Ungulados, os seus predadores e o Homem (20 e 21 de setembro); * Inauguração de exposição, na EDIA, de um perfil arqueológico com anos (encontrado e recuperado no sitio da Barca do Xerez) e lançamento de quatro monografias da 2.ª série da coleção Memórias D Odiana (23 de setembro); * Visita dos Senhores Secretários de Estado da Agricultura, do Ambiente e do Desenvolvimento Regional (27 de setembro) às instalações do Centro de Telegestão da EDIA e a uma exploração agrícola em Cuba; * Realização de Kick-off projeto de Sustentabilidade, no Auditório da EDIA (27 de setembro). * Distinção, pela Comissão Europeia, do programa Reserva Dark Sky em Alqueva como caso de inovação e boas práticas na área do turismo. O sistema de monitorização colocado em prática com este programa baseia-se nos princípios do novo Sistema Europeu Indicador de Turismo - European Tourism Indicators System : for Sustainable Management at Destination Level (ETIS) (15 de outubro); * Participação da EDIA no evento Fruit Attraction, integrando o stand da Portugal Fresh, um dos principais eventos do setor hortofrutícola europeu realizado em Madrid, Espanha (16 a 18 de outubro); * II Concurso de Fotografia Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas (21 de outubro); * Conferência: "Os Desafios da Agricultura num Contexto de Alteração Climáticas" (21 de outubro); * Participação no Seminário Internacional sobre o Coelho Bravo, iniciativa com organização da Associação IBERLINX e do ICNF (24 de outubro); * Visita da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar, às obras em curso na zona de Baleizão Quintos (25 de outubro); * EDIA, Novos Caminhos para a Água é a nova assinatura da EDIA visível a partir do novo site institucional criado pela Empresa (26 de novembro); * 4.º trimestre Em novembro de 2013, foi assinado um novo Contrato de Entrega, entre a EDIA e o Estado Português, representado pela DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel; * Nomeação, a 01 de dezembro, do Eng.º José Pedro da Costa Salema para a Presidência do Conselho de Administração da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, na sequência da renúncia ao cargo do Eng.º João Basto. O novo Presidente do Conselho de Administração da EDIA assumiu funções no dia 02 de dezembro; * O programa Dark Sky em Alqueva é um dos três finalistas do prémio Ulysses (vulgarmente designados por Óscares do Turismo), importante galardão atribuído anualmente pela Organização Mundial do Turismo (OMT) (04 de dezembro). O projeto Dark Sky concorre na categoria Inovação para Organizações Não-governamentais e os vencedores serão anunciados a 23 de janeiro, em cerimónia a realizar em Madrid, Espanha. 17 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

18 Caracterização das Principais Infraestruturas A albufeira de Alqueva, é a maior reserva estratégica de água da Europa. Desta origem, interligam-se barragens que garantem a disponibilidade de água, mesmo em períodos de seca extrema, a uma área aproximada de km 2, divididos pelos distritos de Beja, Évora, Portalegre e Setúbal, abrangendo 20 concelhos. A conclusão da barragem, permitiu a existência de uma reserva estratégica nacional de água no rio Guadiana, de forte abrangência territorial, beneficiando a zona de intervenção com a garantia de disponibilidades de água, por um período mínimo consecutivo de 3 anos, para fins de abastecimento público, industrial e agrícola. A rede primária, para além de assegurar a disponibilidade de água aos sistemas de abastecimento de água da sua área de intervenção, cujas origens, mais antigas, são as albufeiras do Monte-Novo, Alvito, Roxo e Enxoé, garante ainda o seu fornecimento aos vários, e dispersos, perímetros de rega do Empreendimento. As principais caraterísticas das infraestruturas que compõem o EFMA são as seguintes: BARRAGEM DE ALQUEVA Tipo abóbada de dupla curvatura em betão 96 metros de altura máxima 458 metros de coroamento ALBUFEIRA DE ALQUEVA hm 3 de capacidade máxima (cota 152m) hm 3 de capacidade útil (à cota 152m) km de margens 83 km de comprimento da albufeira 250 km 2 de superfície CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE ALQUEVA Tipo de pé - de - barragem 520 MW de potência instalada (Alqueva I e II - 2 x 260MV) A EDP iniciou o reforço da potência da central de Alqueva, inaugurada a 23 de janeiro de 2013, transformando a barragem no segundo maior centro hidroelétrico do País. O investimento feito na nova central duplicou a capacidade instalada, um dado que reforça a importância estratégica das múltiplas valências da barragem de Alqueva 18 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

19 BARRAGEM DE PEDRÓGÃO Tipo gravidade, parte em betão convencional e parte em BCC 43 metros de altura máxima 448 metros de coroamento ALBUFEIRA DE PEDRÓGÃO 106 hm 3 de capacidade máxima 54 hm 3 de capacidade útil 118 km de margens 23 km de comprimento 11 km 2 de superfície CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE PEDRÓGÃO Tipo de pé - de - barragem 10 MW de potência instalada Relativamente à central hidroelétrica de Pedrógão foi decidido não avançar com o reforço da central. Durante os estudos efetuados, a solução do reforço apresentou restrições técnicas relevantes que desaconselharam a sua realização. 19 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

20 O sistema global de abastecimento de água de Alqueva, quando concluído, beneficiará uma área com cerca de ha. Divide-se em três subsistemas, de acordo com as diferentes origens de água: O Subsistema de Alqueva, com origem de água na albufeira de Alqueva: beneficia as áreas a oeste de Beja e Centro do Alentejo; O Subsistema Ardila, com origem de água na albufeira de Pedrógão: beneficia as áreas da margem esquerda nos concelhos de Moura e Serpa; e O Subsistema de Pedrógão, com origem de água igualmente na albufeira de Pedrógão: beneficia as áreas a este de Beja até ao rio Guadiana. SISTEMA GLOBAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 3 Subsistemas - Alqueva, Ardila e Pedrógão 5 Centrais Mini-Hídricas 24 Estruturas de Regulação 47 Estações Elevatórias Principais e Secundárias 69 Barragens/Reservatórios/Açudes Primários e Secundários 129 km de Canais km de Condutas 845,5 km de Caminhos de Acessos e de Serviços 10 Bacias de Retenção 80 Tomadas de Água 113 Comportas Dscargas de Fundo Hidrantes Bocas de Rega 33,5 Extensão de túnel, sifões e cut-and-cover (km) Válvulas de seccionamento Ventosas 432 Extensão de valas de drenagem (km) 68 Área regada (mil ha) 51,5 Área a regar (mil ha) 20 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

21 Tema em destaque: Promoção do Empreendimento O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva tem vindo a afirmar-se como o principal projeto estruturante do Alentejo, região que beneficiária de um conjunto de infraestruturas que potenciam o seu desenvolvimento de forma integrada, sustentada e multissetorial. Perspetivando-se a conclusão dos 120 mil hectares previstos no projeto até final do ano de 2015, importava definir uma estratégia que permitisse dar a conhecer o potencial de desenvolvimento da região, sobretudo nas vertentes agrícola e agroindustrial, mas também nas atividades potenciadas pelas infraestruturas criadas, tirando partido de uma realização hidráulica única em Portugal. A complexidade e funcionalidades do EFMA aconselham a ter uma visão macro da sua Missão e Objetivos, os quais se podem agrupar em duas grandes vertentes. Por um lado, permitir mudar o paradigma do Alentejo, transformando-o na principal região de agricultura competitiva e com dimensão de regadio em Portugal e, paralelamente, desenvolver económica e socialmente uma região deprimida do País. Alqueva é, em primeiro lugar, garantia de água. Esta garantia é, indiscutivelmente, uma maisvalia que, aliada às infraestruturas do projeto e à sua gestão fazem de Alqueva uma oportunidade única para o desenvolvimento de atividades agrícolas e agroindustriais, potenciando outras que complementam o carater multissetorial do projeto, como é o caso do desenvolvimento de projetos de índole turística, tirando partido dos espelhos de água entretanto criados, com especial relevância para o de Alqueva, o maior lago artificial da Europa. Partindo de uma posição quase virgem no que à agricultura de regadio diz respeito, o salto que esta região do Alentejo está a dar terá reflexos a médio e longo prazo na produção Nacional, trazendo à região oportunidades únicas no desenvolvimento da fileira agroindustrial ampliada pela dimensão do Projeto. Já são exemplos claros deste real aproveitamento, os setores do azeite, vinho e do milho. São estes os setores que mais podem contribuir para o progresso da região e, simultaneamente, na rentabilização das infraestruturas que compõem o Projeto de Alqueva, principais argumentos a utilizar na estratégia de potenciação da Marca Territorial Alqueva, projeto desenvolvido em 2013 com vista à afirmação de um território, de uma mais-valia, de um projeto e de uma marca, que passa agora a ter o fator diferenciador em termos de competitividade: a água. Foi assim considerado necessário dar a conhecer esta nova realidade! Em Portugal e nos potenciais mercados agroindustriais internacionais. Alqueva é, por outro lado, um grande lago. O maior lago artificial da Europa. Tudo o que lhe está associado deve merecer referência de âmbito global. A diversificação de atividades é aliás mais uma grande vantagem do EFMA. Um projeto hidráulico que é, por si só, também um exemplo de aproveitamento sustentável na otimização de recursos hídricos numa região deficitária, com ameaças de desertificação física e humana, e com graves carências ao nível do abastecimento público. 21 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

22 Não se trata apenas de um conjunto de infraestruturas, mais ou menos imponentes. É sobretudo um projeto mobilizador e estruturante e uma mais-valia para a região e para o País. Essa maisvalia, carecia contudo de um esforço no aproveitamento integral das infraestruturas criadas com o investimento nacional e comunitário. O retorno deste investimento só será alcançado se o projeto for devidamente aproveitado e potenciado em todas as suas valências, razão pela qual o esforço mobilizador terá de ser desenvolvido junto de todos os seus beneficiários. Esse esforço mobilizador tem como principais alvos o agricultor, mas também a procura de investimentos internos e externos em novas culturas, na agro-indústria, na comercialização e mesmo nas áreas afetas ao desenvolvimento do potencial do Grande Lago. Em síntese, em toda a cadeia de valor potenciada por Alqueva. Aproximar esta mensagem aos mercados, aos agricultores, beneficiários, consumidores, investidores e público em geral foi uma aposta consubstanciada num conjunto de iniciativas que transportaram para fora dos limites da zona de intervenção de Alqueva a nova realidade, as novas potencialidades, os novos desafios! Criámos então a Marca territorial Alqueva, consubstanciada na assinatura Alqueva, Uma nova terra de água, separando aquilo que é a componente física e territorial do projeto da sua vertente de conceção e gestão atribuída à EDIA, entretanto assinando como Novos caminhos para a água. A aplicação desta estratégia teve o seu ponto de partida com a realização do 1º Seminário Internacional Investir no Potencial Agrícola de Alqueva, uma iniciativa partilhada com uma instituição bancária, o BES, o AICEP e um semanário de referência, o Expresso. Paralelamente, um conjunto de Road Shows em diversas cidades europeias, permitiram alargar contactos e difundir a nova realidade de Alqueva junto de públicos selecionados, ao mesmo tempo que se apostou na participação em certames internacionais com intervenções ativas em apresentações publicas e/ou privadas. Foram os casos das participações em Madrid, na Fruit Attraccion, e em Berlim, na Fruit Logistica. Internamente valorizou-se a participação em certames eminentemente agrícolas ou ligados ao setor da água, reforçando a vocação multissetorial do Projeto de Alqueva. No que toca à promoção mais direta junto dos beneficiários do projeto, levaram-se a cabo variadíssimas iniciativas, sempre com o objetivo pleno de potenciar a mais valia do projeto junto dos seus beneficiários. Criaram-se Academias de Hortícolas e de Plantas Aromáticas e Medicinais demonstrativas de novas potenciais utilizações para áreas de pequena propriedade. Inquiriram-se mais de trinta mil hectares de terras beneficiadas pelo projeto que ainda não entraram em regadio, procurando esclarecer os agricultores destas zonas, tipificando simultaneamente o seu perfil, bem como as suas intenções futuras quanto a possíveis vendas/arrendamentos/parcerias. Acompanharam-se múltiplas visitas de empresários regionais, nacionais e internacionais à região, num esforço claro de obtenção para a região de mais oportunidades e mais investimento. Estudaram-se muitas novas culturas e simularam-se muitas aptidões à realidade de Alqueva. Implementaram-se novos projetos de concentração fundiária na pequena propriedade, com os interlocutores mais dinâmicos de cada uma das regiões. Alqueva não parou. Alqueva avançou nas suas múltiplas vertentes e a estratégia adotada pela EDIA na 22 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

23 sua promoção e divulgação interna e externa são cada vez mais reconhecidas como um bom exemplo de gestão operacional de um projeto desta dimensão. Alqueva encontrou assim uma identidade territorial aliada a uma estratégia de aproximação aos investidores que conferem coerência a um projeto que se quer dinâmico, inovador e sustentável. 23 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

24 Organograma Empresarial Conselho de Administração Presidente: José Pedro Salema Vogal: Augusta Cachoupo Vogal: Jorge Vazquez Gabinete de Apoio Jurídico Gabinete de Relações Públicas e Comunicação Pedro Aires Carlos Silva Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia Direção de Infraestruturas de Rega Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio Direção de Gestão do Património Direção de Administração e Finanças Jorge Vazquez Morim de Oliveira Isabel Grazina José Filipe Santos Diogo Nascimento Augusta Cachoupo Departamento de Planeamento Estudos e Projetos Departamento de Construção de Infraestruturas Primárias Departamento de Construção de Infraestruturas de Rega Departamento de Planeamento e de Economia da Água Departamento de Gestão do Património Departamento de Gestão Administrativa e Financeira Alexandra Carvalho João Matias Dora Amador José Costa Gomes Gonçalo Sebastião Carlos Freitas Departamento de Ambiente e Ordenamento do Território Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança Departamento de Exploração de Infraestruturas de Rega Departamento Comercial Departamento de Expropriações Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos Ana Ilhéu Nuno Felizardo José Carlos Saião Ana Palma Maria da Cola Lourenço Pedro Machado Departamento de Impactes Ambientais e Patrimoniais Departamento de Sustentabilidade Museu da Luz + Parque de Natureza de Noudar Departamento de Contabilidade Luísa Pinto Bárbara Pinto Maria João Lança Hélia Fonseca Departamento de Informação Geográfica e Cartografia Departamento de Sistemas de Informação Duarte Carreira Luís Estevens Centro de Cartografia Departamento de Gestão de Recursos Humanos Jacinto Franco João Cruz 24 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

25 Órgãos Sociais Assembleia Geral Presidente Professor Doutor Carlos Alberto Martins Portas Secretários Dr. José Pedro da Silva Martins Dr.ª Cristina Maria Pereira Freire Conselho de Administração Presidente Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema* Vogais Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez *Foi nomeado em 02 de dezembro de 2013 Conselho Fiscal Presidente Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves Vogais Dr. Orlando José Manuel de Castro Borges Dr. Nelson Manuel Costa dos Santos ** Vogal Suplente Dr.ª Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio ** Foi nomeado em 27 de março de 2013 Revisor Oficial de Contas Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr. José Vieira dos Reis 25 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

26 26 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

27 ENQUADRAMENTO Enquadramento Regional O Alentejo, corresponde a cerca de um terço do território de Portugal continental. É uma região com baixa densidade populacional, apenas 5% da população. É nesta região que se localiza o EFMA e são 20 os concelhos abrangidos (Alandroal, Alcácer do Sal, Aljustrel, Alvito, Barrancos, Beja, Cuba, Elvas, Évora, Ferreira do Alentejo, Grândola, Mértola, Moura, Mourão, Portel, Reguengos de Monsaraz, Santiago do Cacém, Serpa, Viana do Alentejo e Vidigueira). O EFMA é o maior investimento público regional no sector hidroagrícola, constituindo uma referência incontornável para o desenvolvimento sustentável desta região, numa ação concertada abrangendo todos os domínios da atividade económica, promovendo e potenciando a criação de emprego e riqueza e combatendo, por outro lado, a desertificação e o envelhecimento da população. A região do Alentejo corresponde a uma economia de pequena dimensão no contexto nacional, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita está abaixo da média nacional. O desafio que se coloca à região é proporcional à sua dimensão, abrindo perspetivas únicas ao relançamento do desenvolvimento económico e social, e criando condições para um acréscimo efetivo do PIB regional através de: Criação de novos investimentos e no desenvolvimento de novas atividades económicas; Integração e complementaridade de projetos e de atividades; Criação e qualificação do emprego; Apoiando o tecido social, empresarial e institucional da região; Mantendo e valorizando o carácter, cultura e identidade regional; Promovendo Alqueva como paradigma da qualidade ambiental; Gerando critérios de competitividade e de rentabilidade dos investimentos; Marca Alqueva como referência de qualidade de produtos e serviços; e Espaço Alqueva como referência de inovação e de tecnologia. 27 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

28 Enquadramento Macroeconómico Nacional Em 2013 a economia portuguesa continuou condicionada pelo pedido de assistência financeira junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (EU). Portugal está, no entanto, a regressar a um financiamento estável de mercado, um processo que é exigente e que requer a continuação dos compromissos assumidos pelo País. Não obstante, e segundo as projeções do Banco de Portugal (B.P.), o Produto Interno Bruto (PIB) português contraiu-se 1,5% em Registem-se, contudo, a partir do final de 2013, taxas homólogas positivas da economia portuguesa ao longo do intervalo de projeção: 0,8% em 2014 e 1,3% em As atuais previsões implicam assim uma revisão em alta do crescimento do PIB, evolução que traduzirá um maior contributo da procura interna e um menor contributo das exportações líquidas. Relativamente ao consumo privado e importações verificou-se, segundo a informação mais recente do Boletim de Inverno do B.P., um crescimento superior ao anteriormente projetado no Boletim de Outono. Registe-se ainda que a taxa de variação média do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) em 2013 foi de 0,5%, em contraposição aos 2,8% verificados no ano anterior. Projeções do Banco de Portugal: /Taxa de Variação Anual, em percentagem PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS Pesos 2012 Boletim Económico Inverno 2013 Boletim Económico Outono (p) 2014 (p) 2015 (p) 2013 Produto Interno Bruto 100,0-1,5 0,8 1,3-1,6 Consumo Privado 65,7-2,0 0,3 0,7-2,2 Consumo Público 18,2-1,5-2,3-0,5-2,0 Formação Bruta de Capital Fixo 16,0-8,4 1,0 3,7-8,4 Procura Interna 100,6-2,7 0,1 0,9-3,0 Exportações 38,7 5,9 5,5 5,4 5,8 Importações 39,3 2,7 3,9 4,5 2,0 Contributo para o crescimento do PIB (em p.p.) Exportações Líquidas 1,1 0,7 0,4 1,4 Procura Interna -2,7 0,1 0,9-3,1 do qual : Variação de Existências 0,2 0,2 0,0 0,1 Balança Corrente e de Capital (% PIB) 2,5 3,8 4,7 3,1 Balança de Bens e Serviços (% PIB) 1,7 2,7 3,5 2,1 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor 0,5 0,8 1,2 0,6 Fonte: Banco de Portugal. Notas (p) - projectado. Para cada agregado apresenta-se a projecção correspondente ao valor mais provável condicional ao conjunto de hipóteses consideradas, e baseia-se em informação disponível até meados de novembro de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

29 No que se refere à evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa estima-se, para o ano de 2013, um crescimento próximo de 1% (em 2012 foi de 0,2%), seguido de uma aceleração em 2014 e 2015, quer na área do euro quer nos mercados fora da área. No que diz respeito às condições de financiamento da economia, a evolução assumida para a taxa de juro de curto prazo (taxa EURIBOR a 3 meses) tem por base as expectativas implícitas nos contratos. Após valores mínimos registados em 2013, pressupõe-se que a taxa de juro aumente ligeiramente no ano de 2014 para 0,3% e em 2015 para 0,5%. Hipóteses do Exercício de Projeção Boletim Económico Inverno 2013 Boletim Económico Verão Procura externa tva 1,2 3,9 5,0-0,4 3,8 Taxa de juro EURIBOR a 3 meses % 0,2 0,3 0,5 0,2 0,4 Custo de financiamento do Estado (a) % 2,4 3,9 5,0 2,3 3,8 Taxa de câmbio do euro Efetiva do euro tva 3,7 0,8 0,0 3,0 0,1 Euro-dólar vma 1,33 1,34 1,34 1,30 1,30 Preço do petróleo em dólares vma 108,2 103,9 99,2 105,0 99,0 em euros vma 81,6 77,3 73,8 80,4 76,2 Fonte: BCE; Bloomberg, Thomson Reuters e cálculos do Banco de Portugal Notas: tva - taxa de variação anual, % - em percentagem, vma - valor médio anual. Um aumento da taxa de câmbio corresponde a uma apreciação. a) Esta hipótese reflete o custo das fontes de financiamento relevantes para o Estado Português neste período, entre os quais se inclui o custo do financiamento associado ao PAEF Por outro lado, a taxa de desemprego voltou a cair no último trimestre de 2013, atingindo 15,4% da população ativa. De acordo com os dados divulgados, o Instituto Nacional de Estatística (INE) concluiu que a diminuição da população desempregada se verificou em todos os grupos etários (em particular os que têm entre 15 e 34 anos), em pessoas com o terceiro ciclo do ensino básico e nos que têm o ensino secundário e pós-secundário. Verificou-se ainda uma redução da população desempregada com origem no sector da indústria e construção e no sector dos serviços. 29 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

30 Enquadramento Macroeconómico Internacional Segundo as projeções do Banco Mundial, a economia mundial registou um crescimento de 2,4% em 2013, prevendo uma expansão global de 3,2% em 2014 e 3,4% em Assume-se que a flexibilização das políticas de austeridade nas economias avançadas e o aumento das perspetivas de desenvolvimento das exportações sejam dois fatores determinantes nesse crescimento. Os indicadores disponíveis no final de 2013 para os EUA indicavam a continuação de um crescimento moderado da atividade económica. Esta evolução foi apoiada por um dinamismo da procura interna privada, especialmente no mercado de habitação, resultando numa melhoria do mercado de trabalho. A taxa de desemprego desceu para 7,0% (nível mais baixo dos últimos 5 anos), e a taxa de inflação subiu para 1,2%. No 3.º trimestre de 2013 o PIB do G20 (grupo de países em desenvolvimento) acelerou para 2,9% em termos homólogos reais (2,5% no 2.º trimestre), influenciado, do lado das economias avançadas, por um reforço do crescimento dos EUA e do Japão, por um forte crescimento do Reino Unido e por uma melhoria da generalidade das economia da zona euro, mantendo-se, no entanto, ainda frágil. De entre os países emergentes, o PIB da China e Índia reforçou o seu crescimento, enquanto o Brasil abrandou. Segundo dados do Eurostat, o défice público da zona euro, em percentagem do PIB, desceu ligeiramente no 3.º trimestre de 2013, para 3,1%, tendo atingido os 3,5% no conjunto da União Europeia (UE), em resultado da melhoria de todas as componentes da procura interna, uma vez que as exportações de bens e serviços abrandaram. De acordo com o Gabinete de Estatísticas Europeu, no terceiro trimestre a receita pública total nos países da zona euro representou 47,1% do PIB. A despesa manteve-se estável, tendo-se situado nos 50,2%. No caso da UE, a receita do Estado diminuiu de 46% para 45,8%, enquanto a despesa pública estabilizou na ordem dos 49,3%. No final do ano a taxa de desemprego da zona euro desceu para 12,1% e manteve-se em 10,9% para a UE, estimando-se que venha a chegar aos 12,3% em Em contrapartida, a taxa de inflação homóloga da zona euro subiu para 0,9% devido à quebra menos acentuada dos preços de energia e de alguma aceleração dos preços dos serviços. 30 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

31 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EDIA Infraestruturas em Exploração Observação do Comportamento de Barragens Ao longo de 2013, prosseguiram as campanhas de leitura da aparelhagem de observação instalada no corpo das barragens de Alqueva e Pedrógão, concluindo-se, da sua interpretação, a comprovação do bom comportamento quer dessas estruturas quer dos seus equipamentos de segurança hidráulico-operacional. A visita de inspeção anual, realizada pela Autoridade de Segurança de Barragens (Agência Portuguesa do Ambiente) e pelo LNEC, em Pedrógão e Alqueva ocorreram no dia 15 de maio e na primeira quinzena de novembro de 2013, respetivamente. Prosseguiram durante todo o ano as campanhas previstas nos Planos de Observação das Barragens dos Álamos, do Loureiro, do Penedrão e de Cinco Reis. No caso destas últimas (Penedrão e de Cinco Reis), prosseguiu o seu primeiro enchimento. No final de março, a barragem de Alqueva atingiu a cota máxima pela terceira vez desde o encerramento das suas comportas, em 8 de fevereiro de Procedeu-se a descargas controladas através dos seus descarregadores: um de meio fundo e um de superfície. Estas operações tiveram como objetivo controlar o volume de água armazenada na albufeira de Alqueva, uma vez que o nível de enchimento (151,98 m) se aproximou da sua cota máxima (152 metros). No último dia do mês de dezembro de 2013 e comparativamente ao último dia do mês anterior (novembro) verificou-se um aumento do volume armazenado, Alqueva fechou o ano a cerca de 85% da sua capacidade. Manutenção e Exploração Rede Primária No decurso do ano, prosseguiu a exploração da estação elevatória dos Álamos, tendo-se realizado a transferência dos volumes de água necessários à satisfação dos consumos verificados nas infraestruturas que integram o subsistema de Alqueva, com especial relevância para as ligações Loureiro-Monte Novo, Loureiro-Alvito, Alvito-Pisão, Pisão Ferreira, Pisão Beja e Cuba - Vidigueira. Desenvolveram-se, igualmente, na estação elevatória dos Álamos, intervenções de manutenção corretiva dos motores principais e da proteção anticorrosiva dos impulsores das bombas 31 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

32 principais e de manutenção preventiva das instalações elétricas, de alta e média tensão. Foi igualmente contratada a realização de uma auditoria energética a esta mesma estação elevatória, dado tratar-se de uma instalação grande consumidora de energia, cumprindo-se o estabelecido no DL N.º 71/2008, de 15 de abril. No decurso do ano desenvolveram-se, fundamentalmente, atividades de exploração associadas à campanha de rega em curso, e também foram ainda realizados diversos trabalhos de manutenção corretiva ao abrigo de garantia contratual das obras. Rede Secundária de Rega Ao longo de 2013, decorreram as ações de manutenção preventiva dos equipamentos mecânicos, elétricos e outros, e dos sistemas de telegestão nos perímetros de rega do Monte Novo, Alvito Pisão, Pisão, Ferreira, Figueirinha e Valbom, Alfundão, Loureiro Alvito e Ervidel do subsistema Alqueva, e Orada Amoreira, Serpa, Brinches e Brinches Enxoé do subsistema Ardila. Neste período decorreu ainda, em simultâneo, as campanhas de rega, assim como o apoio prestado aos agricultores, de forma a assegurar a garantia de um serviço de fornecimento de água eficiente de qualidade por parte da Empresa. A 8 de abril foi concessionada, à EDIA, a rede secundária do Empreendimento de Alqueva até ao ano 2020, o que permite gerir as infraestruturas de uma forma integrada e sustentável, mantendo um preço solidário nos diferentes perímetros de rega independente dos diferentes custos de exploração. Centrais Mini-hídricas da Rede Primária e Central Fotovoltaica de Alqueva A exploração das centrais mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, registou, em 2013, um decréscimo de produção de energia elétrica, quando comparada com o verificado no ano anterior, em grande parte devido à importante transferência de água para a albufeira de Odivelas realizada em Nos primeiros dois trimestres de 2013 também não foi necessário aduzir água às albufeiras do Alvito, Pisão, Serpa e Roxo, para reforço das suas afluências próprias, pelo que se manteve interrompido o funcionamento, para além da central mini hídrica de Odivelas, das centrais mini hídricas do Pisão, de Serpa e do Roxo. No final do 3.º trimestre registavam-se as seguintes produções: Alvito (61,241 MWh); Pisão (50,013 MWh); e Serpa (582,01 MWh). Com a conclusão da campanha de rega, e a consequente redução drástica dos consumos de água, foi interrompida a produção das centrais hidroelétricas do Pisão e de Serpa, mantendo-se a operação da central mini-hídrica de Alvito, ainda durante o mês de outubro, com uma produção de 15,147 MWh. Em 2013, a exploração da central fotovoltaica de Alqueva registou uma produção média mensal de 5.709kWh e uma produção acumulada total, de 68,505 MWh, o que representou um acréscimo de 9,8% face ao ano anterior. 32 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

33 Promoção do Regadio Alqueva é o mais recente regadio implementado na Europa. São hectares com elevada aptidão para esta prática agrícola, o que, aliado à disponibilidade de água, dão à região condições únicas e de enorme potencial competitivo. Em 2013, verificou-se um acréscimo de 27,7% na área inscrita para rega (6.745 ha) comparando a adesão com o período homólogo. Área Total Inscrita Jan-12 Jan-13 Refira-se, que no início de 2013, se procedeu à atualização do tarifário de água para rega da campanha de Esta tarifa foi estabelecida para os perímetros de rega (conservação e exploração), para as captações diretas e para os regantes precários. Na aplicação do tarifário manteve-se a redução das tarifas conforme os anos de exploração de cada um dos perímetros de rega. Ao longo do ano decorreram ainda os trabalhos do Modelo técnico-económico para monitorização e gestão da componente hidroagrícola de Alqueva, tendo a EDIA, solicitado aos consultores, a realização de um adicional ao referido modelo, de forma a poder incluir as novas realidades de exploração da rede de abastecimento de água de Alqueva, que se encontram na sua fase final e cuja operacionalização se encontra prevista para Tiveram continuidade as ações de divulgação do programa SISAP. Os resultados deste programa têm vindo a ser utilizados na elaboração de dossiers para investidores e outras entidades, e para alguns produtores individuais como ferramenta de apoio à gestão da sua exploração e apoio nas solicitações efetuadas. Ao longo do ano foram ainda acrescentadas novas culturas ao portfolio já existente, e atualizadas outras, capacitando a Empresa para uma resposta mais pronta e eficaz junto dos seus clientes e potenciais investidores. A EDIA tem efetuado uma 33 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

34 aposta firme na maximização desta ferramenta, nomeadamente como suporte à avaliação de uma série de prédios rústicos afetados pelas obras de Alqueva. Com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço prestado aos seus clientes e de caracterizar os perímetros de rega em exploração, a EDIA continuou o processo de realização de inquéritos junto dos proprietários/beneficiários do Projeto Alqueva, e identificação da sua disponibilidade para eventuais situações de venda, arrendamento, parceria, permuta ou outro tipo de cedências. A informação recolhida é posteriormente integrada e tratada na base de dados da EDIA, de âmbito mais genérico, e na base de dados CIEFMA Comercial, aplicação web para consulta do cadastro de infraestruturas do EFMA e gestão de regantes, criadas para o efeito. Perímetros de Rega N.º de Inquéritos Efetuados N.º de Beneficiários Inquiridos Área Contactada Área Total dos Prédios (ha) Área Beneficiada EFMA (ha) Monte - Novo Alvito - Pisão Loureiro - Alvito Brinches Brinches-Enxoé Serpa Orada-Amoreira Pisão Ferreira Ervidel Alfundão Pedrógão Total Disponibilidade do Proprietário Área Classificada Área Beneficiada EFMA % Venda 1% Arrendamento c/prazo 4% Arrendamento m/prazo 1% Arrendamento l/prazo 0% Parceria 33% Permuta 0% Área não disponível 61% Total 100% 34 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

35 Evidencie-se a realização de uma sessão de esclarecimentos sobre instrumentos financeiros disponibilizados por várias instituições bancárias (CCAM, BPI, BES e Banco Popular), na sequência dos Protocolos assinados com a EDIA, para apoio à instalação de projetos agrícolas na zona de influência de Alqueva, com condições financeiras especiais. Neste evento, realizado no dia 05 de fevereiro nas instalações da EDIA, em Beja, participaram igualmente a Gestora do PRODER, Dra. Gabriela Ventura, e o Prof. José Epifâneo da Franca, Presidente do Conselho de Administração da Portugal Ventures, tendo ambos apresentado as linhas de financiamento públicas disponíveis para o setor. A primeira, no âmbito dos fundos comunitários do FEADER. O segundo, através dos instrumentos de capital de risco governamentais Prosseguiu, igualmente, o trabalho de levantamento de informação de apoio e suporte à captação de investimento e a elaboração de dossiers técnicos de apoio a potenciais interessados, assim como a colaboração e participação na apresentação e desenvolvimento de diversos projetos. Realizaram-se visitas ao campo com empresas e particulares e procedeu-se à prestação de informação e apoio a agricultores, investigadores e estudantes. Foram ainda promovidos encontros entre proprietários disponíveis para arrendamento, venda e/ou parcerias, tendo em vista a promoção do regadio na zona do EFMA. Prosseguiu igualmente o desenvolvimento de contactos com empresas e particulares e representantes de agrupamentos de agricultores. Relativamente ao projeto Banco de Terras, a EDIA é uma entidade gestora operacional (GEOP), que tem vindo a preparar com a DGADR a sua operacionalização, por forma a aproveitar o trabalho desenvolvido para promover o regadio em Alqueva. Com este instrumento pretende-se facultar a divulgação das áreas disponíveis a nível nacional e facilitar a interação com proprietários eventualmente interessados. No final de 2013, a Bolsa de Terras dispõe de 103 prédios rústicos disponibilizados para arrendamento e venda, totalizando uma área disponível superior a 800 ha, na sua maioria localizados no Alentejo, dos quais 757 ha foram disponibilizados pela EDIA GeOp, conforme se verifica no gráfico abaixo apresentado. 1% 7% EDIA GeOp EDIA Proprietária Outras Entidades 92% 35 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

36 A dinamização do regadio na pequena propriedade constituiu uma das principais prioridades da EDIA ao longo do ano, como forma de potenciar alternativas rentáveis para as explorações de menor dimensão económica. Nesse sentido destaque-se o início das atividades referentes à Academia das Hortícolas de Alqueva, com a organização dos dias abertos, e da Academia de Produção de Plantas Aromáticas e Medicinais, em conjunto com o Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Mediterrânicos (CEVRM) e a Sociedade Agrícola Monte do Pardieiro, constituídas como unidades de experimentação e demonstração do potencial de produção e comercialização em zona de pequena propriedade. Albufeiras do EFMA Gestão e exploração dos Recursos Naturais Gestão da Água Estado das Massas de Água e Gestão de Albufeiras Relativamente à Coordenação Luso-Espanhola, foi efetuado o acompanhamento do cumprimento das conclusões operacionais definidas no Estudo das Condições Ambientais no Estuário do Rio Guadiana e Zonas Adjacentes - Conclusões Operacionais - Fevereiro de Foi concluído e enviado às autoridades competentes o relatório anual referente à análise do cumprimento das condições operacionais estabelecidas para o sistema Alqueva-Pedrógão para o período compreendido entre outubro de 2011 e setembro de 2012, encontrando-se em execução o relatório anual para o período entre outubro de 2012 e setembro de Ao longo do ano procedeu-se ao acompanhamento do cumprimento das medidas referentes ao regime de manutenção dos caudais ecológicos da rede primária, em exploração. Em termos de Gestão do Plano de água, decorreram os trabalhos de manutenção da sinalização de segurança das albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, os quais abrangem a sinalização associada à zona de navegação interdita junto à barragem de Alqueva, junto à tomada de água dos Álamos e junto à barragem de Pedrógão. Estes trabalhos tiveram início durante o mês de maio de 2012 e têm uma duração de 24 meses. No período, decorreu também a manutenção da sinalização de segurança nas restantes albufeiras integradas no EFMA e que foram sinalizadas entre 2010 e Decorreram ainda os trabalhos de sinalização de segurança da barragem de Cinco Reis, que foram concluídos no final do ano. No que respeita à candidatura ao LIFE + INVASEP - Lucha contra espécies invasoras en las cuencas hidrográficas del Tajo y Guadiana en la Península Ibérica durante o ano teve início a elaboração do plano de gestão e monitorização de espécies exóticas na área de influência do EFMA, cujos principais objetivos são: a identificação das espécies potencialmente invasoras no contexto do EFMA; a avaliação da magnitude dos impactes no EFMA e nos ecossistemas de cada uma das espécies; a identificação de potenciais questões/incongruências legais relacionadas com as espécies exóticas invasoras; a atual dispersão e tendências de disseminação; e técnicas de monitorização/deteção e respetivos custos associados. Também no contexto do combate às espécies invasoras, em especial associada à disseminação da planta aquática invasora Jacinto de Água, presente em território espanhol a montante da albufeira de Alqueva, foi reparada a barreira flutuante instalada a montante da Ponte da Ajuda, uma vez que os fortes caudais que atravessaram essa secção do rio Guadiana (durante a primeira metade do semestre de 2013), provocaram danos consideráveis, resultantes da circulação de objetos de grandes dimensões, como árvores trazidas pela força do rio. 36 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

37 Quanto ao trabalho de levantamento de condições de funcionamento do Dispositivo de Passagem de Peixes de Pedrógão (DPP) foram avaliados todas as suas componentes operacionais, com realização de mergulhos técnicos filmados, realização de batimetria a jusante, medição de velocidades na zona de entrada, análise pormenorizada de todo o equipamento e medidas de melhoria do dispositivo. O relatório final foi entregue em outubro de Na sequência deste trabalho, e com vista à otimização da adequabilidade do equipamento para a passagem de peixes das espécies alvo, foi realizado um procedimento de ajuste direto para a aquisição de equipamento de melhoria do seu funcionamento. No âmbito dos trabalhos de avaliação da eficácia do dispositivo de passagem de peixes de Pedrógão, os quais terão como objetivo a determinação do número de indivíduos das espécies alvo que concretizam a rota migratória da albufeira de Alqueva em direção às zonas de cabeceira do rio Ardila, foram entregues os equipamentos para a monitorização através de seguimento acústico de peixes na albufeira de Pedrógão. No final do ano decorreram e foram concluídos os trabalhos de criação de uma maqueta 3D do dispositivo, para efeitos de divulgação deste importante equipamento de reabilitação da continuidade fluvial dos rios Guadiana e Ardila, sob gestão da EDIA. Estratégia para a Conservação e Valorização de Ilhas e Penínsulas de Alqueva No âmbito da candidatura apresentada ao INALENTEJO - Estratégia para a conservação e valorização de ilhas e penínsulas de Alqueva foi aprovado: Adquirir informação sobre a biodiversidade; Criar um instrumento de ordenamento específico, enquadrando as ilhas em diferentes tipos de utilização viáveis (lazer, educacional, científica, proteção ambiental, cultural, etc.); Identificar e definir ações que facilitem os diferentes usos; e Divulgar o projeto como exemplo de gestão sustentada e integrada de uma área com elevado potencial para a conservação da natureza. A inventariação biológica das ilhas permitiu adquirir informação fundamental sobre a biodiversidade nas ilhas de Alqueva, atualizando a informação existente e permitindo conhecer a distribuição e abundância de espécies. No âmbito da candidatura referida, e na sequência dos trabalhos de inventariação biológica em curso, foi previsto o desenvolvimento de um instrumento de gestão das ilhas, que permita ordenar e valorizar este espaço. Numa primeira fase a equipa prosseguiu os trabalhos de construção da base de informação geográfica, análise dos dados de inventariação biológica fornecidos, e aplicou as entrevistas e inquéritos para caraterização da oferta e da procura aos targets definidos (residentes, turistas nacionais e estrangeiros, municípios e juntas de freguesia que fazem fronteira com a albufeira de Alqueva, empresários hoteleiros da região e operadores turísticos a operar na região). O plano de gestão foi entregue, na EDIA, no dia 4 de dezembro e encontra-se em análise para aprovação. Neste âmbito, decorreu, tal como previsto, o acompanhamento às medidas implementadas para proteção de penínsulas e ilhas da albufeira de Alqueva, salientando-se a eficácia das estruturas instaladas que impedem a passagens de gado para os locais que se pretendem preservar. Observa-se uma recuperação da vegetação destas ilhas e penínsulas que se fará, numa fase inicial, através da vegetação herbácea, mas que progredirá para a vegetação arbustiva, caso não 37 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

38 ocorram ações destrutivas de pastoreio ou desmatação, que promoverá a regeneração arbórea, reabilitando a fitocenose associada às áreas de montado de azinho e sobro, que enquadra, para além das azinheiras e sobreiros, um conjunto variado de outras espécies, tais como catapreiros, pilriteiros, aroeiras, zambujeiros, tamargueiras, giestas e, eventualmente, vegetação ripícolas nas zonas mais húmidas, potenciadas pela presença da albufeira de Alqueva. Gestão das Áreas Sobrantes Em 2013, relativamente ao património rústico foram colocadas em prática as operações de manutenção e beneficiação dos povoamentos instalados nos terrenos da EDIA, definidas no Plano de gestão de sobrantes e interníveis (PGSI ). Promoveram-se também ações de arborização de novas áreas visando cumprir os compromissos ambientais assumidos. Continuaram a arrendar-se os terrenos património da EDIA, identificados para este fim, de forma à sua rentabilização. No final deste período o património rústico era composto por 353 prédios (713 ha), estando disponíveis para arrendamento 309 prédios (336 ha), dos quais 204 (241 ha) estão arrendados, 174 na totalidade e 30 parcialmente. Dos 44 prédios não arrendáveis (377 ha), 17 (3 ha) estão afetos à obra e 27 (374 ha) encontram-se em gestão direta. Existem ainda 8 cedências a que corresponde a área de 15 (ha). Ainda a este nível, prosseguiu-se a elaboração do projeto de arborização e beneficiação da envolvente ao ancoradouro da Aldeia da Luz, ao arranjo do espaço exterior do Centro de Informação de Alqueva (CIAL) e à gradagem do povoamento florestal da Herdade dos Estevais. No âmbito do património urbano, continuaram a ser desenvolvidas ações de manutenção e beneficiação dos edifícios pertencentes à EDIA, ou sob a sua gestão, como o PNN, Monte dos Pássaros, escritórios de Pedrógão, e outros edifícios. Todas estas intervenções visam conferir e promover a melhoria da funcionalidade das edificações. Durante este período, procedeu-se à mudança de instalações da EDIA, em Lisboa. Utilização Privativa do Domínio Público Hídrico Em 2013 a EDIA continuou a prestar apoio aos requerentes na instrução dos pedidos de licença/concessão de captação de águas superficiais, analisaram-se os processos em tramitação na EDIA, foram rececionados novos pedidos de captação de água para rega e emitidos os respetivos títulos. No âmbito das atividades da Equipa de Fiscalização e Vigilância (EFV), continuou a desenvolver as atividades de vigilância e fiscalização relacionadas com o processo de licenciamento de captações de água. Foram realizadas ainda um acompanhamento das diversas atividades que decorreram na envolvente das albufeiras. A EFV realizou, igualmente, trabalhos pontuais de manutenção e reparação, e realizaram-se ações associadas à gestão dos recursos naturais, como a recolha de resíduos na área do domínio público hídrico ou o auxílio em ações de controlo de plantas aquáticas. 38 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

39 Infraestruturas em Construção Redes Primária e Secundária O EFMA é constituído por um conjunto de infraestruturas agrupadas, sendo a albufeira de Alqueva a mãe d água do projeto com capacidade para garantir autossuficiência durante 4 anos consecutivos de seca. As atividades desenvolvidas pela EDIA continuaram assim a privilegiar a componente de construção do Sistema Global de Abastecimento de Água, com o avanço das obras das infraestruturas primárias e secundárias do Projeto Alqueva que, prevê-se, beneficiar, no final de 2015, uma área de cerca de hectares. Em 2013, teve lugar a inauguração do circuito hidráulico de Pedrógão - margem direita e blocos de rega de Pedrógão e Selmes (17 de abril) e da infraestrutura de rega de Ervidel (05 de junho). Subsistema Alqueva Em 2013 e em termos de rede primária, referencie-se a conclusão da construção do circuito hidráulico de Vale de Gaio no segundo trimestre. Ainda neste trimestre, mas da rede secundária, foram finalizadas as obras dos blocos de rega de Aljustrel (exceto a componente da rede viária) e de Ervidel 2 e 3. Já na segunda metade de 2013, foram consignadas as empreitadas de construção da rede viária do bloco de Aljustrel, com conclusão prevista para o início de 2014, e os blocos de rega de Cinco Reis Trindade. Ainda da rede secundária, durante 2013, foram igualmente lançados os concursos para a realização das empreitadas de construção dos blocos de rega de Beringel e Álamo, do bloco de rega de Beja, do perímetro de Pisão Beja e ainda dos blocos de rega de Barras, Torrão e Baronia Baixo e dos blocos de rega de Baronia Alto, Alvito Alto e Alvito Baixo do perímetro de Vale de Gaio, e por último dos blocos de rega Roxo Sado do respetivo perímetro. Subsistema Ardila No decurso do segundo trimestre do ano, da rede primária, neste subsistema, foram adjudicadas as empreitadas de construção dos circuitos hidráulicos de Amoreira Caliços e de Caliços Pias. Na segunda metade do ano lançaram-se os concursos públicos para a contratação da construção dos circuitos hidráulicos de Caliços Machados (rede primária), dos blocos de rega de Caliços- Machados e Pias e dos blocos de rega de Moura Gravítico (rede secundária). 39 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

40 Subsistema Pedrógão Na rede primária, deste subsistema, em 2013, finalizaram-se as obras do sistema elevatório de Pedrógão margem direita e, praticamente a construção do adutor de Pedrógão - margem direita e da barragem de S. Pedro. Relativamente à rede secundária de rega, no primeiro semestre de 2013, foram concluídas as empreitadas de construção dos blocos de rega de Pedrógão 1e 3 e de Selmes. No decurso do segundo trimestre do ano foram ainda adjudicadas as empreitadas de construção dos circuitos hidráulicos S. Pedro Baleizão e Baleizão Quintos, relativas à rede primária. Já na segunda metade de 2013, da rede secundária, foram consignadas as obras dos blocos de rega de São Pedro-Baleizão, dos blocos de rega 1, 2 e 3 de Baleizão-Quintos e blocos de rega 4 e 5 também de Baleizão-Quintos. Durante 2013 foram igualmente lançados os concursos para a realização das empreitadas de construção do circuito hidráulico de São Matias (rede primária) e dos blocos de rega 1, 2, 3 e 4 de São Matias (rede secundária). Em 2013, em simultâneo com as empreitadas de construção das redes primária e secundária dos três subsistemas, realizaram-se as atividades de acompanhamento ambiental em obra e respetivos trabalhos arqueológicos de minimização de impactes em diversas ocorrências patrimoniais de situações desconhecidas identificadas na fase prévia às obras ou no decurso das mesmas. Projetos em Curso Redes Primária e Secundária Em 2013 iniciaram, continuação e foram validados vários estudos e projetos referentes às infraestruturas primárias e secundárias, a implementar no âmbito do EFMA, e ainda a elaboração de alguns estudos relativos a dados de base para o dimensionamento/sistematização e funcionamento dos circuitos hidráulicos e infraestruturas em equação. Ao longo do ano procedeu-se à elaboração de estudos de base e do relatório de resposta às questões colocadas, de âmbito hidráulico e do projeto, relativas ao Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da ligação às Ermidas para reforço do abastecimento ao Polo Industrial de Sines Morgavél. Decorreu um estudo e desenvolvimento de soluções de microfiltração da água como alternativa ao dispositivo de segregação de águas na albufeira do Roxo, que face às cotas elevadas do plano de água não pode ser executado a curto prazo. Realizou-se o relatório para a apresentação e fundamentação à APA da alternativa, de modo a permitir a sua aprovação, que consiste na implementação de uma infraestrutura de tamisação à saída da albufeira do Penedrão, melhorando assim, a qualidade da água aduzida à albufeira do Roxo. É de destacar, então, a elaboração do projeto base do tamisador a colocar na tomada de água da albufeira do Penedrão para a albufeira do Roxo. 40 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

41 Procedeu-se, igualmente, à elaboração do documento, Contribuição para a definição de áreas e de necessidades hídricas para o regadio na zona envolvente do EFMA, enviado à APA e à DGADR, como contributo relativo aos Planos de Gestão de Bacias. Teve ainda lugar o desenvolvimento de soluções de captações e de circuitos hidráulicos expeditos para implementação pelos interessados de modo a assegurar o acesso à água em tempo útil-algumas delas, foram implementadas no período. Subsistema Alqueva No projeto de execução para a instalação grupos 3 e 4 da estação elevatória dos Álamos, no final do ano, procedeu-se à elaboração do relatório final de análise das propostas apresentadas e tiveram início os trabalhos. Relativamente à revisão do projeto de execução do circuito hidráulico Roxo-Sado e respetivo bloco de rega procedeu-se à execução dos termos de referência para o lançamento do ajuste direto. Quanto à ligação ao sistema de adução de Morgavel, e na sequência da receção de resposta da Secretaria de Estado do Ambiente relativamente ao envio de esclarecimentos à proposta de DIA remetida pela EDIA em fase de audiência prévia, foram enviados novos esclarecimentos para esta entidade. Neste âmbito foi ainda rececionada resposta favorável da Câmara Municipal de Aljustrel à informação enviada pela EDIA relativamente à compatibilização do projeto com as infraestruturas e servidões sob jurisdição desta entidade. Foi também rececionada resposta da APA a informar do parecer favorável emitido pela APA/ARH relativamente ao Sistema de Gestão Ambiental remetido em anexo ao documento enviado pela EDIA sobre os Elementos a Apresentar em sede de licenciamento Realizou-se o relatório final para a prestação de serviço de revisão do projeto de execução dos blocos de rega de Vale de Gaio, e procedeu-se à entrega destes aos projetistas. Na componente ambiental, recebeu-se resposta favorável da APA relativamente ao pedido de prorrogação de prazo da DIA solicitado pela EDIA. Quanto ao perímetro de rega de Pisão Beja, e no que respeita à prestação de serviço de revisão do projeto de execução dos blocos de rega de Beringel Beja, foi entregue o relatório final com a revisão do projeto do bloco de beja, da estação elevatória de Beja e da restante rede viária e de drenagem. A EDIA aguarda resposta da APA aos esclarecimentos apresentados para concluir os últimos três projetos acima mencionados. Relativamente ao modelo de simulação e otimização do funcionamento do subsistema de Alqueva (ALWAYS), procedeu-se à instalação da versão final do programa na EDIA e têm sido desenvolvidos vários cenários para análise dos resultados do modelo. 41 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

42 Subsistema Ardila No circuito hidráulico de Caliços Machados foi recebida, da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), a aprovação do SGA enviado pela EDIA. Aguarda-se resposta das Águas Públicas do Alentejo ao ofício enviado pela EDIA relativo ao ponto 5 das Condicionantes da DIA. No âmbito da prestação de serviço de revisão do projeto de execução dos blocos de rega de Pias, tiveram início dos respetivos trabalhos e procedeu-se à entrega dos relatórios finais da revisão aos projetistas. Relativamente à revisão do projeto de execução do circuito hidráulico de Caliços Moura e respetivo bloco, foram igualmente iniciados os trabalhos de revisão e teve lugar a entrega dos relatórios finais da revisão aos projetistas. Quanto à revisão do projeto de execução do bloco de rega de Moura Gravítico, teve lugar a elaboração do relatório final, o início e desenvolvimento dos trabalhos e a entrega do relatório final da revisão de projeto aos projetistas. Os projetos relativos ao circuito hidráulico de Amoreira Caliços, circuito hidráulico de Caliços Machados, blocos de rega de Pias e bloco de rega de Moura Gravítico continuam pendentes da resposta da APA a informar da conclusão do procedimento de AIA. No projeto de emparcelamento rural integrado dos Coutos de Moura, procedeu-se à realização de visitas de campo conjuntamente com a APA, no sentido de se proceder à emissão da DIA, afim da mesma ser validada pelo Exmo. Sr. Secretário de Estado do Ambiente. Dos aspetos mais relevantes deste trabalho realce-se a vantagem desde projeto de emparcelamento poder conduzir-nos a uma futura rede de rega, que evitará as captações de água dos aquíferos que a cada dia se encontra mais intensificada. Procedeu-se ainda ao acompanhamento da fase de discussão pública do projeto em causa na Câmara Municipal de Moura. Recebeu-se da APA a proposta de DIA do projeto do Emparcelamento dos Coutos de Moura, encontrando-se a EDIA a desenvolver o documento de resposta. Subsistema Pedrógão Neste subsistema, a EDIA continua a aguardar resposta da APA aos esclarecimentos apresentados para concluir os projetos dos circuitos hidráulicos de S. Matias, S. Pedro Baleizão e Baleizão - Quintos e respetivos blocos de rega. Procedimentos Expropriativos Ao longo de 2013, decorreram diversas atividades com a finalidade de assegurar os procedimentos expropriativos associados aos projetos em curso, em fase de conclusão e em fase inicial, com intervenções em distintas áreas geográficas do EFMA. Relativamente aos projetos em fase final do processo expropriativo teve lugar o acompanhamento de comissões arbitrais e peritagens, a regularização de situações de registo e o 42 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

43 acompanhamento de situações resultantes das obras. No que respeita aos projetos que se encontram em curso, salientem-se os trabalhos de levantamentos de campo, avaliações, negociações, vistorias ad perpetuam rei memoriam, a realização de autos de expropriação amigável e de registos e o acompanhamento de situações resultantes de obra. Quanto aos projetos em fase inicial do processo expropriativo teve lugar a verificação/validação do projeto de expropriações, o envio do pedido de Declarações de Utilidade Pública (DUP), o reconhecimento das áreas a intervencionar, a elaboração de bases de avaliação e a notificação de todos os proprietários e interessados do início do projeto. Em termos de intervenção, e de acordo com a fase que se encontram os respetivos processos expropriativos, elencam-se igualmente os seguintes projetos, com referência ao final de 2013: Projetos em fase inicial: Circuito hidráulico de Caliços-Machados Circuito hidráulico de S. Matias Bloco de rega de Beringel-Beja Bloco de rega de Caliços Machados Bloco de rega de Moura Gravítico Bloco de rega de S. Matias Projetos em curso: Bloco de rega de Cinco Reis-Trindade Bloco de rega de S. Pedro-Baleizão Bloco de rega de Baleizão-Quintos Circuito hidráulico de S. Pedro-Baleizão Circuito hidráulico de Baleizão-Quintos Circuito hidráulico de Amoreira-Caliços e barragem dos Caliços Circuito hidráulico de Caliços-Pias e barragem de Pias Blocos de rega de Pias Blocos de rega de Vale de Gaio Blocos de rega de Aljustrel (rede viária) Projetos em fase final: Circuito hidráulico de Pedrógão - Margem Direita Blocos de rega de Selmes e Pedrógão Blocos de rega de Ervidel Adutor Pisão-Beja Adutor Pisão-Roxo Circuito hidráulico de Vale de Gaio Blocos de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom 43 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

44 Total dos Projetos em Fase de Processo Expropriativo em 2013 Projeto Prédios Avaliados Prédios Aprovados Prédios Acordados Autos Efetuados Litígios Total Rede Primária Total Rede Secundária Total Redes Primária e Secundária % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Total Rede Secundária Total Rede Primária Em meados de 2013, terminaram as prestações de serviços com as empresas águas Públicas do Alentejo, S.A. (AgdA) e a empresa SIMARSUL, S.A. Património Cultural, Ambiente, Monitorização Ambiental, Sistema de Gestão na Área Ambiental e Ordenamento do Território Património Cultural Ao longo de 2013 decorreu o acompanhamento, no âmbito do protocolo celebrado entre a EDIA e a Direção Regional de Cultural do Alentejo (DRCALEN), dos trabalhos de arranjo gráfico e impressão das monografias relativas aos trabalhos arqueológicos realizados no âmbito do Plano de Minimização de Impactes Arqueológicos no Regolfo de Alqueva. Neste âmbito, procedeu-se à apresentação pública da coleção, com o lançamento de quatro das monografias previstas (volumes 1, 2, 3 e 6 da coleção). A cerimónia decorreu no auditório da EDIA a 23 de setembro. A 23 de setembro decorreu também a inauguração da exposição Barca do Xerez de Baixo: um testemunho resgatado à História, instalada na entrada do edifício sede da EDIA. Com esta mostra pretendeu-se dar a conhecer o perfil arqueológico removido deste importante sítio préhistórico. 44 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

45 Em termos de atividades pedagógicas teve início em junho um novo ciclo de exposições/atividades subordinado ao tema Aprender com a História. Neste âmbito, foi desenvolvida a atividade intitulada Potes e fornos do tempo dos romanos. Pretendeu-se, com esta primeira iniciativa, partindo de vestígios concretos de época romana (potes descobertos no sitio Monte do Bolor reservatório do Álamo), expor os princípios gerais da atividade arqueológica, bem como a ocupação da região em época romana. Foi ainda desenvolvida a ação intitulada Potes e fornos do tempo dos romanos Vamos fazer potinhos com o mestre Velhinho, com a qual se pretendeu, partindo dos vestígios de época romana do sítio monte do Bolor (reservatório do Álamo), e da experiência do oleiro Mestre Velhinho, dar a conhecer os princípios básicos da produção de cerâmica no passado. No término de 2013 decorreu o planeamento de novas atividades pedagógicas a desenvolver com a comunidade escolar, no âmbito deste ciclo, prevendo-se que as mesmas tenham início de Ao longo de 2013, e no que respeita à implementação de medidas de minimização, tiveram lugar diversos projetos de minimização prévia à obra. Ambiente Atividades Prévias à Obra De modo a cumprir integralmente as disposições das diferentes DIA s e pareceres ao Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE), procedeu-se à preparação de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), documentos de implementação obrigatória, e ainda à preparação e envio de resposta aos elementos condicionantes a apresentar, bem como, pedidos de alteração de redação de medidas de DIA s, nomeadamente: Elementos Condicionantes do troço de ligação Pisão Roxo, requeridos em sede de Parecer ao RECAPE; e Pedido de alteração da medida ECO3 da DIA relativa ao projeto do troço de ligação Pisão-Roxo e Pisão-Beja. Documentação enviada às Entidades Competentes (Procedimento de AIA) Fase de Construção No decurso de 2013, e por forma a dar cumprimento aos requisitos e exigências da APA, e de modo a cumprir na íntegra as disposições das medidas de minimização das DIA s teve lugar, no âmbito dos processos pós-avaliação previstos na legislação em vigor, a preparação de relatórios demonstrativos e circunstanciados sobre as medidas da fase de construção das empreitadas. Procedeu-se igualmente à preparação de vários documentos de resposta relacionados com o cumprimento de medidas de minimização das DIA s e pareceres ao RECAPE (fase de obra) de diversos projetos, assim como ao envio dos Elementos a Apresentar solicitados nos diferentes pareceres da Comissão da Avaliação. Por forma a cumprir o estipulado no âmbito das medidas de minimização e compensação decorrentes das DIA s dos diferentes projetos, decorreu ainda, no decurso de 2013, a análise e acompanhamento em obra de Planos de Obra, Planos de Gestão de Origens de Água e 45 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

46 Efluentes, Planos de Recuperação Biofísica e Paisagística e de Planos de Desativação de Estaleiros, relativos a diversas empreitadas das redes primária e secundária do EFMA. No que respeita à pós-avaliação ambiental dos projetos, e na sequência do envio dos Planos de Desativação de Estaleiros para a entidade licenciadora (CCDR-Alentejo) e das visitas efetuadas, em sede de auditoria às áreas de implantação dos diversos estaleiros (estaleiros sociais e de frente das empreitadas de construção), a EDIA recebeu parecer positivo por parte daquela entidade, uma vez que todos os locais auditados evidenciaram o cumprimento das medidas ambientais a que estiveram sujeitos pelas respetivas DIA s, no âmbito do acompanhamento ambiental das empreitadas. Estas visitas têm por intuito demonstrar à entidade fiscalizadora o cumprimento de medidas ambientais em obra, para as quais a EDIA é obrigada a evidenciar a sua correta implementação. Dando resposta à solicitação da autoridade de AIA referencie-se o envio de uma Nota Técnica relativa às condições ecológicas verificadas na ribeira do Roxo, a jusante da barragem do Roxo, como resposta à medida ECO3 da DIA do troço de ligação Pisão-Roxo e Pisão-Beja. Entre diversos outros projetos, destaque-se ainda a conclusão do processo dos trabalhos de prospeção de Linaria ricardoi na área do bloco de rega do Pisão e respetiva entrega e validação do relatório final. No âmbito do procedimento de AIA do projeto do circuito hidráulico Roxo-Sado e da adução ao sistema de Morgavel, procedeu-se ao respetivo acompanhamento e foram efetuadas diversas reuniões e visitas aos locais com a Comissão de Avaliação. No final de 2013 continuava-se a aguardar a apreciação da APA relativamente ao relatório de Cumprimento das Medidas de Minimização da Fase de Obra do Bloco Oeste do Ardila, bem como do relatório do relativo ao Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA - Fase de Construção do Projeto do Bloco de Rega de Monte Novo. Ao longo do ano foram ainda analisados e remetidos para a DRCALEN diversos relatórios (técnicos e finais) de trabalhos arqueológicos (escavações e acompanhamentos) realizados em fase de obra, referentes a distintos processos. Documentação enviada à Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental (Fase de Exploração) Face à relevância do cumprimento das medidas das DIA s relativas à fase de exploração, de apresentação obrigatória, dos Projetos já implementados e em curso no terreno, procedeu-se ao desenvolvimento e preparação de resposta das mesmas. Para efeitos de evidência do cumprimento das medidas relativas à fase de exploração das DIA s, no final de 2013 foi enviado para a APA um ofício no qual de descrevem as diferentes metodologias de atuação para todos os projetos do EFMA. Decorrentes deste ofício, ao longo de 2014, serão elaborados relatórios específicos para cada projeto nos quais se evidenciará a implementação das diversas medidas. Ações de Sensibilização aos Regantes 46 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

47 Em 2013, e de forma a dar resposta a medidas relativas a boas práticas agroambientais, foram elaborados folhetos - Brochuras e Boletins de Rega para Agricultores, onde constam orientações para a gestão de água, conservação dos solos, gestão da vegetação das margens das linhas de água e aplicação de fertilizantes e produtos fitofarmacêuticos, entre outras. Ainda neste contexto, e por forma a dar resposta a algumas das medidas correspondentes à fase de exploração das DIA dos projetos associados a perímetros de rega procedeu-se, no final do ano, à realização de reunião na Junta de Freguesia de Monte Trigo, para informação dos agricultores beneficiários do aproveitamento hidroagrícola de Monte Novo. O objetivo destas sessões passa igualmente pela explanação de questões relacionadas com a preservação do ecossistema agrícola, numa ótica de gestão ambientalmente sustentável dos recursos, estando a EDIA disponível para auxiliar todos os regantes a dar cabal resposta às entidades de tutela, nas temáticas ambientais e patrimoniais. Atividades decorrentes da fase de exploração Para a fase de exploração dos diferentes projetos, torna-se necessário proceder ao desenvolvimento e implementação de medidas específicas constantes nas DIA s, que apontam para a minimização e compensação de impactes ambientais. Para este efeito, encontram-se em desenvolvimento, e alguns deles já concluídos, os seguintes processos: Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da Bacia Hidrográfica do Sado (PMC Sado) : na sequência do seu licenciamento junto da ARH-Alentejo, foi concluída a obra de implementação de um açude relativa à Ação 2 - Criação de Bypass a obstáculo transversal (que integra o PMC Sado); Charcos Temporários Mediterrânicos : por forma a dar cumprimento ao estabelecido em medidas de DIA s de alguns projetos do EFMA, foi concluído o estudo, (desenvolvido em colaboração com uma estagiária de biologia da Universidade de Aveiro) e elaborado o relatório final de monitorização que, posteriormente, será enviado à Autoridade de AIA; Projeto de Recuperação Paisagística para a Albufeira do Pisão : no final de 2013 realizou-se reunião com a Junta de Freguesia de Beringel no sentido de compatibilizar o projeto com a situação real no terreno, aguardando-se ainda o parecer da Câmara Municipal de Beja, para efeitos da sua execução. Este projeto decorre de uma medida do DIA da barragem do Pisão, como minimização dos impactes a nível da paisagem; Projeto de Compensação de Quercíneas : para efeitos de compensação de exemplares de quercíneas abatidos no terreno, decorre a elaboração de um documento de resposta ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), que pretende colocar à aprovação deste instituto áreas para compensação dos exemplares abatidos, garantindo assim o cumprimento de várias medidas decorrentes de diversas DIA s; Projeto de Enquadramento e Recuperação Paisagística das Barragens da Amoreira, Brinches e Serpa (PERP) e Projetos de Reabilitação de Linhas de Água dos Projetos de Execução do Bloco de Rega de Serpa e do Bloco de Rega Brinches-Enxoé (PRLA Sul) e do Bloco de Rega Orada-Amoreira e Bloco de Rega de Brinches (PRLA Oeste) : adjudicação do C.P. n.º 17/2013 para a Prestação de Serviços para a realização de trabalhos de Reabilitação de Linhas de Água no Subsistema do Ardila do EFMA, com celebração do respetivo contrato a 30 de dezembro; e Projeto de Melhoria/Requalificação de Linhas de Água dos Blocos de Rega Alvito- Pisão : continua a aguardar-se parecer da APA para efeitos da implementação deste projeto. 47 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

48 Outros Prosseguiu o apoio à monitorização dos morcegos cavernícolas nos abrigos de Alqueva, Pedrógão, Mina dos Mociços (Rosário-Alandroal) e Mina da Preguiça (Sobral da Adiça- Serpa), no seguimento da colaboração entre a EDIA e o ICNF. No final de 2013 foi ainda solicitado à EDIA a continuidade da colaboração com o ICNF relativamente à Monitorização de Aves Aquáticas na Albufeira do Alqueva. Divulgação Decorreu o II Concurso de Fotografia subordinado ao tema Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas, com a divulgação dos resultados e inauguração da exposição a 21 de outubro. A exposição ficou patente na sede da EDIA, em Beja, até ao final do ano. Foram recebidos 165 trabalhos a concurso enviados por 36 concorrentes. Os trabalhos foram ainda divulgados através da página de internet da EDIA e submetidos a votação online, tendo sido atribuída uma menção honrosa ao trabalho com maior número de votos. Dia 21 de outubro de 2013 realizou-se a conferência Os desafios da Agricultura num contexto de Alterações Climáticas com a participação do Prof. Lima Santos, do Dr. Gil Penha-Lopes e do Eng.º André Vizinho. Esta conferência foi organizada com o intuito de fomentar a discussão sobre o impacto das alterações climáticas na área de influência do EFMA e de que forma é possível compatibilizar esse impacto com o desenvolvimento de uma agricultura sustentável de regadio. Monitorização Ambiental Título: Banho Poluído Autor: António Falcão 1.º Prémio do Concurso de Fotografia 48 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

49 No domínio da monitorização ambiental, e face ao número de programas de monitorização em curso, optou-se por sistematizar a informação relativa aos mesmos por Sistema Alqueva- Pedrógão, rede primária e rede secundária de rega, efetuando um ponto de situação do seu estado de execução, sem prejuízo de ser apresentada uma descrição mais exaustiva dos trabalhos que decorreram ao longo do trimestre. PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DO SISTEMA ALQUEVA PEDRÓGÃO E REDE PRIMÁRIA Sistema Alqueva - Pedrógão e Rede Primária Programas de Monitorização Ponto de Situação Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2010/2012) Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2012/2014) Potenciais Impactes da Transferência da Água Guadiana-Sado na Ictiofauna (2012) Potenciais Impactes da Transferência da Água Guadiana-Sado na Ictiofauna (2014) Recursos Hídricos na Área dos Circuitos Hidráulicos de Amoreira-Caliços e Caliços-Pias para a Fase de Construção Concluído Em curso Concluído Em preparação Em curso Fauna, Flora e Vegetação Inventariação Biológica nas Ilhas de Alqueva Eficácia das Medidas de Minimização do Efeito Barreira e do Efeito Armadilha Levantamento de Condições de Funcionamento do Dispositivo de Passagem de Peixes de Pedrógão Avaliação da Eficácia do Dispositivo de Passagem de Peixes da Barragem de Pedrógão (monitorização) Avifauna na Área do Sistema Alqueva-Pedrógão Acompanhamento das Caixas para Morcegos na Envolvente das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão Concluído Em curso Concluído Em curso Em curso Em curso 49 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

50 PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DA REDE SECUNDÁRIA Rede Secundária de Rega Programas de Monitorização Ponto de Situação Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas Recursos Hídricos Superficiais e de Qualidade Ecológica na Área dos Blocos de Rega em Fase de Exploração 2012/2013 [1] Recursos Hídricos na Área dos Blocos de Rega de Cinco Reis e Trindade Fase de Construção Recursos Hídricos Subterrâneos na Área dos Blocos de Rega em Fase de Exploração 2012/2013 [2] Em fase de conclusão Em curso Em fase de conclusão Fauna, Flora e Vegetação Avifauna na Barragem do Pisão (2011/2012) Ictiofauna e dos Recursos Hídricos Superficiais no Bloco de Rega do Monte Novo (2010/2011) Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2010/2011) Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2012/2013) Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Selmes, S. Pedro Norte e Pedrógão (2010/2011) Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Pias (2011) Linaria ricardoi na Rede Secundária de Rega 2013 Programa Global para Monitorização da Avifauna da Rede Secundária de Rega do EFMA Fase de Exploração Caracterização da Situação de Referência da Avifauna da Rede Secundária de Rega (2014) Concluído Concluído Concluído Concluído Concluído Concluído Adjudicado Em curso procedimento de adjudicação Em curso procedimento de adjudicação Solos Caraterização da Situação de Rferência nos Blocos de Rega de Aljustrel, Ervidel, Beringel-Beja e São Pedro Baleizão Em curso 1 Durante o ano foram assegurados os trabalhos associados à prestação de serviços para Manutenção das Estações Automáticas Integradas na Rede Específica de Monitorização do Sistema Alqueva Pedrógão (2012/2013) (Concurso Público N.º 3/2012). Decorre, ainda, o trabalho de levantamento das estações hidrométricas existentes na bacia hidrográfica do Guadiana, estando em curso a elaboração do relatório referente à identificação das necessidades de informação no âmbito da gestão e exploração das albufeiras de Alqueva e Pedrógão. No mês de março foi elaborado o processo de contratação para execução dos trabalhos de monitorização dos potenciais impactes da transferência de água Guadiana-Sado sobre a ictiofauna. No mês de outubro teve lugar uma reunião com a equipa responsável pela monitorização da rede primária do EFMA, com o objetivo de analisar o conteúdo do relatório referente ao ano hidrológico 2012/2013 e realizar um ponto de situação dos trabalhos. 1. A área a monitorizar abrange cerca de ha e corresponde aos blocos de rega Monte-Novo, Alvito-Pisão, Pisão, Alfundão, Ferreira-Valbom, Ervidel, Aljustrel, Orada-Amoreira, Brinches e Brinches-Enxoé. 2 A área monitorizada abrange cerca de ha e corresponde aos blocos de rega: Monte-Novo, Alvito-Pisão, Pisão, Alfundão, Ferreira-Valbom, Ervidel, Orada-Amoreira, Briches, Brinches-Enxoé, Selmes, Pedrógão e S. Pedro Norte. 50 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

51 Sistemas de Gestão na Área Ambiental Sistemas de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva (SIRHAL) Ao longo de 2013 manteve-se a divulgação diária de um Boletim com informação sobre a evolução do volume armazenado e a variação diária das cotas das albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, caudais registados a montante e jusante do sistema Alqueva-Pedrógão. O Boletim atualizado é disponibilizado diariamente no site da EDIA. Com o objetivo de efetuar o controlo do caudal registado vs o valor de caudal ecológico necessário a assegurar no Sistema Alqueva-Pedrógão é efetuada a análise diária dos caudais descarregados e dos valores registados no rio Guadiana. Mensalmente é analisado se o caudal ecológico mensal foi assegurado e é divulgado o valor do caudal ecológico a cumprir no mês seguinte pelo Sistema Alqueva-Pedrógão. Teve ainda lugar a divulgação interna do regime de caudais ecológicos para a rede primária do EFMA, atualmente em exploração. Esta divulgação tem uma periodicidade mensal. Com a entrada em exploração das diversas infraestruturas que constituem o EFMA, a EDIA tem promovido a implementação de um conjunto de programas de monitorização ambiental que visam, no seu conjunto, recolher os dados de suporte à tomada de decisão, tendo em consideração as disposições de monitorização resultantes dos diplomas legais em vigor, bem como as responsabilidades e competências atribuídas à Empresa ao nível da gestão e exploração do EFMA. Neste contexto, assume cada vez mais relevância a temática da gestão dos dados recolhidos, bem como a informatização do processo de planeamento das campanhas de amostragem, recolha e análise de informação. Na sequência do processo de consulta para a conceção e desenvolvimento do sistema de informação de suporte à monitorização ambiental do EFMA componente dos recursos hídricos (3.º trimestre), procedeu-se à adjudicação, tendo sido iniciados os trabalhos, com a realização da primeira reunião, a 4 de dezembro. Foi ainda fornecida a informação solicitada pela equipa, por forma a desenvolver o modelo funcional do sistema e desenvolvimento do primeiro protótipo. O sistema de informação, em desenvolvimento, permitirá facilitar o processo de decisão, planeamento, controlo e exploração, gerando valor acrescentado e vantagens competitivas para a Empresa. Ordenamento do Território A EDIA, ao longo do ano, participou em diversas reuniões enquanto membro da comissão de acompanhamento da revisão dos seguintes instrumentos de gestão territorial, designadamente, dos planos diretores municipais (PDM) de Alandroal, Aljustrel, Beja, Moura e Serpa. 51 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

52 A EDIA, no início de 2013, assinou um protocolo de cooperação com a Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago de Alqueva (ATMTGLA) para a elaboração de um documento de Proposta de modificação do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrogão. Este documento, que foi entregue à APA, estabelece uma caracterização da situação atual de implementação do mesmo, um conjunto de propostas de modificação face ao atual Plano, e uma análise de compatibilização entre as propostas apresentadas e a legislação em vigor. A EDIA continua a aguardar a decisão sobre o procedimento de modificação a adotar pela APA. A EDIA assegurou ainda a sua participação na reunião da Comissão Nacional de Coordenação do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação, no mês de fevereiro. É de assinalar o parecer sobre o Plano de Pormenor (PP) da Herdade da Cegonha, junto à albufeira de Alvito, tendo participado na respetiva conferência de serviços a 19 de setembro. Por solicitação do Município de Beja foi emitido parecer sobre a implementação de estufas na herdade dos Meloais, no perímetro de rega do EFMA, em Quintos, concelho de Beja. Projetos Especiais Consideram-se Projetos Especiais o Parque de Natureza de Noudar (PNN), o Museu da Luz e os Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia. Parque de Natureza de Noudar Situado a cerca de 8 km da Vila de Barrancos, o Parque de Natureza de Noudar (PNN) surge na sequência da aquisição da Herdade da Coitadinha, pela EDIA em 1997, com o objetivo de desenvolver nesta propriedade um projeto de compensação pela perda de habitats a nível dos ecossistemas de montado, galerias ripícolas e matagais mediterrânicos induzidos por Alqueva. Os valores naturais presentes no PNN, nomeadamente o montado de azinho, justificaram a sua aquisição e são, também, responsáveis pela sua inclusão na Rede Natura Constituído como um projeto de desenvolvimento regional que tem como objetivo a qualificação do território através da promoção da biodiversidade, no PNN tiveram continuidade as atividades agro-silvo-pastoris, tendo os trabalhos decorrido de acordo com o estipulado no Plano de Exploração Agro-Florestal Decorreram igualmente as ações de prevenção e vigilância contra incêndios, corte de vegetação arbustiva, podas a remoção de árvores mortas. No que respeita à gestão pecuária, deu-se continuidade ao maneio do efetivo bovino, suprindo todas as suas necessidades, Referencie-se que o parque, a 31 de dezembro, contava com um núcleo reprodutor de qualidade de gado bovino, na totalidade eram 127 animais (117 fémeas e 10 machos). Foi instalada uma vedação na Umbria das Boticas e indique-se igualmente o processo de construção da barragem da Eira dos Queimados, a automatização da distribuição de água aos parques de gado e a preparação para instalação de culturas para a fauna. Prosseguiu ainda o acompanhamento das atividades de repovoamento com coelho-bravo. Quanto à vertente agrícola, teve continuidade a exploração das hortas do Monte, da Senhora, do Olival e ainda dos pomares de fruteiras e do olival. Eliminaram-se os infestantes se e procedeu- 52 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

53 se ao corte de algumas aromáticas para que brotem e depois possam ser recolhidas, secas e por fim embaladas, para venda na loja. Relativamente à componente cinegética, aguarda-se a alteração da lei da pesca em águas interiores, que permitirá a elaboração dos processos de concessão da pesca desportiva no rio Ardila e na ribeira da Múrtega. Continuaram a decorrer as jornadas de caça (espera ao javali) e adquiriu-se um novo palanque de esperas aos javalis. Na vertente turística prosseguiram os serviços de refeições e alojamento e foram desenvolvidos trabalhos no âmbito das Publicações de Noudar, designadamente o acompanhamento da produção de guias de bolso de fauna e flora. Realizaram-se eventos tais como o programa Páscoa em Noudar (de 20 a 23 de março), organização do 2.º campo de férias (14 a 20 de julho), o evento RUSI (Reunião sobre Ungulados Silvestres Ibéricos) e o Seminário Ibérico Coelho-Bravo: Associação Iberlinx (23, 24 e 25 outubro, Beja). No que respeita às atividades de divulgação e promoção levadas a cabo, evidencie-se, a criação do logotipo do restaurante Pançonas e o projeto Voltas d Alqueva, iniciativa que tem como pano de fundo o grande lago de Alqueva, e que contempla, entre outras, atividades do Museu da Luz e Parque de Natureza de Noudar, e cujo site foi inaugurado no início do ano. O PNN participou-se ainda nas diversas ações desenvolvidas no âmbito do Projeto Life + Iberlinx, de grande relevância à escala europeia. Museu da Luz O Museu da Luz é um espaço evocativo de identidade e memória coletivas e, simultaneamente, potenciador dos tempos futuros. As comunidades do seu território de intervenção assumem um papel vital nos processos de registo e salvaguarda das realidades desaparecidas. Com a submersão da aldeia da Luz, motivada pela construção da barragem de Alqueva e a consequente relocalização da povoação em novo lugar, gerou-se um conceito de aldeia dupla. Em 2013 comemoraram-se dez anos de existência do Museu da Luz (23 de novembro), a requalificação do seu património edificado, para melhor servir os seus diversos públicos-alvo, tem sido uma das principais linhas de atuação seguidas. Continuou a aposta na qualidade, diversidade e inovação programática dos conteúdos do Museu e eventos museológicos. Em termos das iniciativas levadas a cabo evidencie-se assim, em 2013, a inauguração do programa de residências artísticas do Museu, no 2.º trimestre do ano, que consiste em espaços para artistas (nacionais e internacionais) trabalharem e residirem, No que concerne ao programa expositivo e intervenções artísticas, o Museu prosseguiu com as exposições de longa e curta duração. Nas exposições de longa duração temos a referir: A terra: ocaso de uma relação milenar, são evocadas as profundas alterações sociais e patrimoniais associadas ao processo de construção da barragem de Alqueva e Sala de Memória coleção e vídeo. Quanto as exposições de curta duração são de destacar ao longo do ano: É um mundo novo, de Carlos Noronha Feio, foi inaugurada a 5 de janeiro. Foi na sala da luz que podemos ver o tapete de Arraiolos, com 30 metros quadrados. Referencie-se, igualmente, a exposição Alqueva paisagem como tema, Aldeia Dupla: fotografia e vídeo e Luz3, intervenção gráfica de Pedro Portugal na antiga estrada da Luz. No final do ano, 30 de novembro, destaque para a exposição A Natureza Ri da Cultura, um projeto coletivo dos artistas visuais Inês Botelho, 53 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

54 Susana Gaudêncio, Ramiro Guerreiro, Mattia Denisse e Gustavo Sumpta, do cineasta João Nicolau e do crítico de design Mário Moura, com a curadoria de Maria do Mar Fazenda. No âmbito do ciclo expositivo Dar Voz aos Objetos prosseguiu a exposição A Cachamorra, pelo pastor Jacinto Suzano: onde é que hoje há os pastores? e o projeto em torno de novos objetos (pote do azeite e burra). Esteve igualmente patente, na sede da EDIA, em Beja, primeiramente a exposição itinerante: a tarrafa de Francisco Capucho, a A lancheira, de Domingos Godinho e no final de 2013 A Cachamorra. Ao longo do ano procedeu-se à promoção de atividades para os diversos públicos-alvo do Museu, com a implementação das ações continuadas, visitas guiadas e programas especiais, para o público geral. No público escolar destaque para o curso prático Pequeno Grande C que visa promover a criatividade e a ilustração de livros infantis para professores e educadores. Foi realizado em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian - Educação para a Cultura e Ciência, em três módulos distintos. Este curso prepara também os professores para participarem com as suas turmas no concurso Pequeno Grande C da Fundação Calouste Gulbenkian. No que respeita às redes sociais, teve continuidade a promoção dos espaços e experiências do museu através de imagens fotográficas e textos na conta facebook do Museu da Luz e a divulgação da exposição temporária do Museu, suas atividades e iniciativas através desta rede social. Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia O Centro de Cartografia da EDIA fornece produtos e serviços inovadores no domínio da produção de informação geográfica, estando associado a projetos que envolvem a produção de cartografia, topografia, geodesia e cadastro predial. Com destaque para a execução de altimetria vetorial à escala 1: para a área do sistema global de abastecimento de água do EFMA, de acordo com as necessidades internas da EDIA. Decorreu, ao longo do ano, a monitorização geodésica das barragens de Amoreira e Álamos I, II e III, Vale de Carro, Penedrão, Brinches, Serpa, Reservatório de Ferreira, Amoreira, Loureiro, Reservatório 4 do Monte-Novo, Cinco Reis, Reservatório da Orada e Laje. Procedeu-se, igualmente, à fiscalização de cartografia e ortofotocartografia à escala 1:2.000 para os municípios de Aljustrel, Barrancos, Almodôvar, Ourique, Ferreira do Alentejo, Castro Verde e Mértola e foram concluídos os projetos externos de vectorização do cadastro geométrico da propriedade rústica do concelho de Ourique, de Beja e Almodôvar. Dos projetos onde o Centro de Cartografia tem estado envolvido destacam-se a produção da carta de ocupação/uso do solo de Portugal Continental COS, relativa ao ano de 2007 para a Direção Geral do Território. Atualmente o Centro participa por meio de consórcio externo na Aquisição de Serviços de Execução do Cadastro Predial para os concelhos de Loulé, São Brás de Alportel e Tavira no âmbito do Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral SiNErGIC, para a Direção Geral do Território. 54 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

55 O Centro de Cartografia da EDIA está certificado de acordo com a norma ISO 9001:2008, pela entidade certificadora Associação Portuguesa de Certificação (APCER), desde janeiro de No final do corrente ano foi realizada a auditoria externa pela entidade certificadora. Como resultado desta auditoria foram evidenciadas documentalmente e nos processos operacionais, as condições adequadas de conformidade com a NP EN ISO 9001:2008 e os elevados graus de implementação e de eficácia do sistema de gestão da qualidade do Centro de Cartografia da EDIA, tendo sido mantida a certificação. Em termos de informação geográfica prosseguiu a consolidação dos processos de negócio com forte componente espacial através, designadamente, do apoio prestado às atividades relacionadas com a exploração (gestão da inscrição de beneficiários), apuramento de faturação e correção dos erros e reclamações detetados relativos a áreas inscritas e consumos do ano de Foram igualmente desenvolvidas ou aperfeiçoadas aplicações informáticas para fazer face às necessidades de informação geográfica da empresa. Em 2013, e dada a programação prevista para a conclusão das obras do Empreendimento, registou-se um acréscimo de solicitações de informação relativas a diversas áreas da Empresa. Para estas atividades foi necessário garantir a conformidade e atualidade da informação utilizada, assim como a sincronização da informação CAD e SIG, já que são representações diferentes da mesma realidade, utilizadas para diferentes fins. Continuou o apoio prestado ao setor das expropriações e cadastro tendo sido efetuados melhoramentos à aplicação Sistema de Informação de Cadastro e Expropriações (SICE), designadamente, ao nível da produção de relatórios e respetiva integração com o sistema SAP. 55 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

56 Para suporte à área de Gestão de Ativos desenvolveu-se uma integração entre o SAP e o Sistema de Informação Geográfica, com o objetivo de permitir a passagem de informação do cadastro de infraestruturas existente no SIG para o módulo de gestão de ativos no SAP, de forma eficiente e expedita. Desta forma, a criação em SAP dos ativos nos novos blocos de rega será mais rápida. Prosseguiu, por outro lado, a migração para a nova base de dados Open Source, iniciada em 2012, e que foi adotada como base do SIG da Empresa. Concluíram-se os desenvolvimentos relativos aos componentes geográficos das aplicações cujas componentes alfanuméricas tinham já sido migradas. Na introdução massiva do produto destinado a utilizadores de PC, denominado Quantum GIS, foi ainda desenvolvido um módulo específico que permite um acesso rápido à informação geográfica, em tudo similar disponibilizado no software comercial existente na Empresa. Em 2013 foram definidos os limites das áreas de potencial benefício de regadio, limítrofes ao atual sistema global de abastecimento de água de Alqueva, culminando na definição de terrenos com excelente potencial para agricultura de regadio e onde a ligação ao sistema do EFMA é preferencial. Procedeu-se ainda à delimitação de áreas de elevado potencial para agricultura de regadio, para inclusão em futuros estudos de planeamento de utilização de recursos hídricos na agricultura, sobretudo na bacia do rio Guadiana. Na área de aplicações e sistemas, destaque-se a colaboração para a elaboração do novo site institucional da EDIA, com o desenvolvimento da aplicação Story Map Alqueva e de aplicações de apoio ao agricultor. Estas aplicações permitem saber se determinado terreno é beneficiado pelo empreendimento e obter dados técnicos das infraestruturas. Ao nível tecnológico modernizaram-se as aplicações usadas pelas diversas equipas da Empresa que utilizam aplicações SIG no suporte às suas atividades. Esta modernização veio permitir o uso de tecnologia mais moderna que possibilita uma maior produtividade aos utilizadores através da disponibilização de novas funcionalidades e do desenho de melhores interfaces gráficas. No Modelo de Monitorização e Gestão da Componente Hidroagrícola de Alqueva (ALWAYS) foram desenvolvidos os esforços necessários para que este sistema se possa sincronizar de forma automática com a base de dados geográfica, sem necessidade de intervenção humana. Por solicitação da Associação Iberlinx foi levado a cabo um estudo de quatro pontos alternativos para colocação de um observatório junto ao cercado para o lince Ibérico, a instalar no PNN. 56 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

57 Empresas do Grupo GESTALQUEVA O período a que se refere o presente Relatório e Contas corresponde fundamentalmente a questões relacionadas com: Os Colaboradores; A alienação do património, especialmente com os 51% do capital da Gescruzeiros. No que respeita aos dois colaboradores que continuaram em funções em 2013, não foi possível a sua integração nos quadros de pessoal dos associados da Gestalqueva, pelo que se procedeu ao respetivo processo de despedimento, por extinção do posto de trabalho, com o pagamento das respetivas indemnizações. Neste momento estão concluídos os processos de indemnizações. Em relação ao património, decorreu troca de informação do Ministério das Finanças sobre a proposta de alienação dos 51% do capital da Gescruzeiros, SA a favor da Nautialqueva, SA. Foi alienada, por doação, a viatura Volvo VP, propriedade da Gestalqueva, SA, a favor da ATMTGLA. Em relação à auditoria da IGF, no que respeitou á Gestalqueva, SA, foi dada resposta em fase de contraditório, assunto que neste momento se considera resolvido. O Apoio Técnico e Administrativo à Comissão Liquidatária foram garantidos pelos dois colaboradores em funções, até à extinção do respetivo posto de trabalho. Posteriormente esse apoio tem sido assegurado pela EDIA e pelas Câmaras Municipais, através da ATMTGLA. GESCRUZEIROS A missão da Gescruzeiros é o aproveitamento da atividade marítimo-turística no Grande Lago do Alqueva, e tem como vocação estratégica o desenvolvimento de passeios marítimo-turísticos. Para este efeito, foram adquiridas três embarcações. A primeira, denominada Guadiana Rio, foi comprada em 2006/07 e tem uma capacidade de transporte de cento e vinte passageiros. As outras duas embarcações, Alcarrache e Degebe, adquiridas à Gestalqueva S.A., com capacidade para vinte e cinco passageiros cada, destinam-se a passeios de curta duração, em geral, de cerca de sessenta a noventa minutos. Até 31 de dezembro de 2013, a Gescruzeiros transportou passageiros, menos passageiros do que aqueles que transportou, no ano anterior, em igual período. Importa, no entanto, evidenciar que se trata do pior ano de sempre em termos de número de passageiros transportados pela Empresa, e o pior ano de sempre em termos de valor absoluto de vendas. 57 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

58 Apesar da grande aposta no telemarketing, até ao final da época baixa desse mesmo ano, o que permitiu a divulgação da empresa em novos mercados, não se mostrou suficiente para que a Gescruzeiros alcançasse novos clientes. Evidencia-se também o facto de o preço médio por passageiro ter decrescido em relação ao ano transato, o que explica a redução do valor das vendas. As embarcações Alcarrache e Degebe transportaram neste período (de 01 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2013) passageiros, contra 554, em 2012, 5.344, em 2011, 5.911, em 2010, e 8.424, em A embarcação Guadiana transportou, no mesmo período, passageiros, contra , em 2012, , em 2011, , em 2010, e , em Em termos de objetivos e áreas estratégicas referencie-se que, apesar da conjuntura económica nacional se ter agravado de forma significativa no último ano, a Gescruzeiros definiu o objetivo de passageiros para 2013, reduzindo-o assim pelo segundo ano consecutivo, mas mantendo-o elevado, dado que só o regresso ao patamar dos passageiros permitirá a sustentabilidade da Empresa. A estratégia mantém-se na aposta de estabilização dos seus horários e passeios e nas ações de angariação de mais passageiros, designadamente, através de telemarketing, da participação em feiras da especialidade e no novo delegado comercial. A estabilização dos horários e passeios do barco cruzeiro Guadiana permitiu a captação de grupos para passeios semanais (estratégia que remonta ao ano de 2009), facto que permite uma otimização dos recursos, em especial em termos de recursos humanos. Por outro lado, e à semelhança do que ocorreu no ano de 2012, também em 2013 se destaca a presença, no mês de janeiro, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e na Feira Internacional de Turismo de Madrid (FITUR). No ano de 2013 manteve-se a estratégia delineada nos anos anteriores para os barcos de cruzeiro Alcarrache e Degebe. Nesse sentido, as duas embarcações permaneceram na Amieira Marina para realizar, preferencialmente, passeios de 90 minutos até à barragem e, a pedido de pequenos grupos, até à aldeia da Estrela. Uma vez que o resultado obtido junto das agências de viagem foi bastante positivo durante o ano de 2011, manteve-se a aposta neste segmento de mercado, personalizando-se, cada vez mais os contactos efetuados. 58 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

59 ESTRUTURA DE SUPORTE Recursos Humanos No decurso de 2013 a EDIA prosseguiu a sua estratégia de promoção e incremento do regadio de Alqueva, com o objetivo de maximizar o fomento da integração dos proprietários nas culturas de regadio, de modo a beneficiarem das vantagens competitivas proporcionadas pelo Projeto Alqueva. Para a concretização dos seus objetivos, a EDIA contou, ao longo do ano, com o contributo dos seus colaboradores. Atualmente tem 187 colaboradores permanentes, distribuídos nas várias direções e categorias profissionais. Empresa fortemente ligada ao Alentejo, a EDIA detém nos seus quadros mais de dois terços de efetivos naturais da região, que estão divididos pelas áreas técnicas da empresa, tais como, engenharia, economia, gestão, direito, biologia, ambiente, arqueologia, entre outras. Não obstante a redução do orçamento de formação para o ano de 2013, a Empresa não deixou de executar um conjunto de ações de formação para os seus colaboradores, em matérias relevantes para as diferentes áreas e vertentes que caraterizam a atividade da empresa No começo do ano, a EDIA deu início a um processo de revisão dos descritivos funcionais existentes na Empresa. Este processo integra-se num projeto mais vasto de revisão de diversos instrumentos de recursos humanos, nomeadamente os relacionados com a Gestão do Desempenho, com vista à entrada em vigor de um novo modelo no ano de Fruto da importância que a EDIA tem no desenvolvimento da região e do muito que pode fazer foi lançado o Programa EDIA Voluntário. Realce para a 1ª edição do Evento Interno da EDIA Partilha de Informação, o qual tem uma periodicidade quadrimestral e tem como principal 59 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

60 objetivo a partilha da informação entre todos os colaboradores relativamente à formação que cada um frequenta e dos inputs que isso pode trazer para a empresa. No início de 2013, foi assinado um protocolo com o Centro de Paralisia Cerebral de Beja com o objetivo de acolher um formando do curso de assistente administrativo, por um período de 9 meses. Este protocolo teve como objetivo proporcionar uma formação em contexto real de trabalho, facilitando a integração na vida ativa através da participação nas diversas atividades desenvolvidas no departamento, na área funcional em causa e de acordo com as competências do formando. Foi também dado apoio aos programas de estágios profissionais e curriculares em curso, com especial ênfase para o programa de estágios profissionais das aldeias ribeirinhas. Tendo-se preparado e estruturado a 2.ª fase deste programa de estágios, com vista à implementação dos Planos de Negócio e arranque das empresas a criar pelos jovens empreendedores. Com a reorganização de departamentos efetuada no mês de outubro foram introduzidas algumas alterações no Organograma da Empresa, o que implicou a sua atualização. O novo Organograma foi aprovado a 18 de outubro de 2013, entrando em vigor nesta data. Sistemas de Informação No decurso de 2013, de entre as diversas tarefas desenvolvidas nesta área, destacam-se as relacionadas com a implementação do portal alqueva.com.pt. A realização do site das que suporta a estratégia da EDIA de valorização do seu património (PNN, Museu Luz), lançado na BTL de fevereiro deste ano. Procedeu-se ainda à participação na implementação do site edia.pt, assim como no desenvolvimento do site do CEBAL. Realcem-se igualmente a reparametrização do software SAP R/3 de forma a refletir as novas imposições legais ao nível de salários, feriados e retenções, o desenvolvimento do modelo de gestão de indicadores, e ainda a participação no procedimento de ajuste direto do SISMA (Sistema de informação de suporte à monitorização ambiental do EFMA). Destaque-se também, no seguimento do convite endereçado pela empresa TA Cook, a realização, pela EDIA, de uma apresentação, em novembro, na conferência SAP Enabled Enterprise Asset Management Conference, em Manchester, sobre a sua solução de gestão de ativos. Este evento contou com a participação de empresas de três continentes distintos na área das utilities, gás e petróleo. Decorreu igualmente o ajustamento do ERP SAP de forma a suportar diversas alterações legais (MOE, IVA, duodécimos do subsidio de Natal). Com o intuito de promover a utilização de documentos digitais assinados eletronicamente e obter as vantagens daí inerentes, foi difundido pela empresa a utilização de um software gratuito de assinatura de pdfs, permitindo que ofícios e relatórios de concursos públicos sejam assinados digitalmente. 60 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

61 Procedeu-se ainda, ao lançamento de um portal interno que permite ao colaborador a colocação e consulta dos seus pedidos de intervenção, o acesso a uma base de dados de soluções desenvolvida internamente e o conhecimento dos equipamentos informáticos que lhe estão afetos. Neste período destaque-se a implementação do projeto de comunicações unificadas na EDIA entre a rede de voz fixa e móvel e a rede de dados móvel, permitindo a realização de uma poupança estimada em cerca de 20%. No Museu da Luz, realizou-se o upgrade do circuito de internet e a atualização do software POS para sua gestão. Desenvolvimento, Promoção e Divulgação Ao longo de 2013 foram acompanhados os trabalhos e iniciativas em curso da constituição da Reserva Dark Sky, em Alqueva, sendo de salientar a aprovação de candidatura ao INALENTEJO para dinamização deste projeto. A 15 de outubro, foi distinguido, pela Comissão Europeia, o programa Reserva Dark Sky em Alqueva como caso de inovação e boas práticas na área do turismo, segundo o documento Reforçar a competitividade do turismo na UE uma abordagem para o estabelecimento de 20 casos de inovação e de boas práticas. Realce-se que o sistema de monitorização colocado em prática com este programa se baseia nos princípios do novo Sistema Europeu Indicador de Turismo - European Tourism Indicators System: for Sustainable Management at Destination Level (ETIS) e constitui um exemplo de turismo dinâmico e inclusivo. Relativamente à coordenação do Projeto Aldeias Ribeirinhas de Alqueva (ARA) foram efetuadas, ao nível da coordenação do projeto, reuniões periódicas e articuladas interações com outras instituições da região. Neste âmbito, foi assinado um acordo entre a EDIA e o IPB, que visa a possibilidade de utilização dos laboratórios desta instituição para testes laboratoriais associados ao desenvolvimento de novos produtos alimentares. Com o objetivo de envolver as comunidades locais foram realizadas diversas atividades, promovidos pelos 15 jovens, com destaque para a Feira das Flores e Sabores que decorreu na aldeia da Luz, para o primeiro Encontro Náutico de Alqueva das ARA, e o lançamento da primeira edição do concurso de fotografia que, através do trabalho e envolvimento dos concorrentes, procurou alavancar a dinamização e promoção do projeto. Realce-se a atribuição do selo +e+i ao Projeto ARA, por parte do Ministério da Economia, assim como a sua seleção para beneficiar do apoio do programa EDP Solidária 2013, atribuído pela Fundação EDP. O projeto foi um dos 51 projetos selecionados a nível nacional, entre mais de candidaturas. 61 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

62 É de salientar o acompanhamento prestado ao nível dos projetos em curso abrangidos pelo Passaporte ao Empreendedorismo e Coopjovem, nomeadamente no que respeita ao acompanhamento da elaboração dos respetivos planos de negócio, bem como da construção do pitch que os jovens abrangidos pelo programa Passaporte para o Empreendedorismo tiveram de construir, para apresentação perante um júri. Desta apresentação, realizada em dezembro de 2013, observou-se que todos os projetos abrangidos por este programa passaram à fase seguinte. O acompanhamento referenciado contou com a colaboração da empresa de formação CEGOC, à qual foi adjudicado o trabalho de acompanhamento e construção dos planos de negócio tendo, para o efeito, sido realizadas várias sessões de trabalho com os jovens. Esta rúbrica está abrangida e incluída no prémio EDP solidária. Relativamente ao Centro de Documentação assegurou-se, neste período, a gestão e manutenção do acervo documental da empresa, bem como apoio a estudantes, investigadores e potenciais investidores. Deu-se início ao projeto de recuperação e transferência para formato digital da informação relativa à Empresa e ao projeto, atualmente registada em formato de vídeo VHS, a fim de a preservar. Ao longo de 2013, continuou a ser efetuado o acompanhamento, em reportagem, de diversos órgãos de comunicação social (OCS), na realização de cliping diário aos vários OCS nacionais, regionais e online, com registo para a publicação de notícias com referência à EDIA e/ou ao EFMA, e na produção e distribuição de notas de imprensa. Relativamente à componente de relações públicas prosseguiu ao longo do ano, a receção personalizada, com explicação multimédia do EFMA e visionamento das infraestruturas, a vários grupos de visitantes de proveniência nacional e internacional. Considerando a estratégia prosseguida pela EDIA de promoção do espaço Alqueva e de divulgação do Empreendimento assinale-se a participação da Empresa em inúmeros certames nacionais e internacionais, caso da AcqualiveExpo (Lisboa), o SISAB (Lisboa), Feira Nacional da Agricultura (Santarém), Fruit Logistica (Berlim Alemanha), Fruit Attraction (Madrid, Espanha), Ovibeja (Beja) e Vinipax (Beja) e a A importância do financiamento para o investimento no setor agroalimentar (auditório da EDIA). Em termos institucionais, destaque-se, a visita à EDIA e às infraestruturas do EFMA, da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar, do Sr. Ministro da Agricultura Finlandês, do Sr. Ministro da Agricultura e Pesca Marítima de Marrocos, da Sr.ª Embaixadora de Marrocos em Portugal, do Sr. Secretário de Estado da Agricultura, do Sr. Secretário Executivo das Nações Unidas responsável pelo combate à desertificação, acompanhado pelo Sr. Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, do Vice Ministro Chinês e respetiva delegação, de uma comitiva de jornalistas à Infraestruturas de Alqueva aquando da inauguração da Central de Alqueva II (dia 23 de janeiro). No que respeita a realizações em destaque ocorridas no decurso de 2013, evidencie-se as inaugurações da Estação Elevatória de Pedrógão - Margem Direita e blocos de rega de Pedrógão e Selmes, com presença da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar (17 de abril); e Perímetro de Ervidel, com a presença do Ministro da Agricultura e Pesca Marítima de Marrocos, da Sr.ª Embaixadora de Marrocos em Portugal, e do Sr. Secretário de Estado da Agricultura (05 de Junho). 62 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

63 Esteve em destaque, igualmente, a Potenciação de Alqueva enquanto Marca Territorial: Imagem e Estratégia, cuja apresentação teve lugar a 22 de maio, no âmbito da Estratégia e Suportes de Comunicação para a Promoção do Potencial Agrícola de Alqueva. Neste particular, referencie-se igualmente a organização da sessão pública de apresentação da Marca Alqueva aos colaboradores da EDIA e às forças vivas da região. A nova assinatura é agora bilingue: em português ALQUEVA, UMA NOVA TERRA DE ÁGUA e, em inglês, ALQUEVA, A FRESH NEW LAND. É neste contexto que surge o novo site online a partir de 17 de junho. A realização do Seminário Internacional Investir no Potencial Agrícola do Alqueva, em parceria com o BES, AICEP e jornal Expresso, evento realizado dia 24 de maio no hotel Tivoli, em Lisboa, e que contou com cerca de 350 convidados, nacionais e estrangeiros. Esta realização implicou ainda uma ação específica para jornalistas estrangeiros (23 de maio), e outra ação dirigida a potenciais investidores estrangeiros (25 de maio). Foi ainda produzido o filme Marca Alqueva, lançado no supra citado seminário. No âmbito da efetivação do projeto Estratégia de Comunicação para a região de Alqueva, 2014/2015, base de trabalho para o protocolo assinado com o Núcleo Empresarial da Região de Beja, NERBE/AEBAL, procedeu-se no final de 2013, ao lançamento de três procedimentos de concurso relacionados com a promoção do EFMA. É de referir o apoio ao BES para a produção do filme/resumo do Seminário Internacional Investir no Alqueva e igualmente, o apoio à equipa de reportagem da SIC Noticias para a realização da reportagem sucesso.pt. Em 2013 esteve, também, a 12.ª edição da exposição Arte numa Perspetiva Diferente (dia 20 novembro), inaugurada pela Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar, na sede da EDIA. Mencione-se igualmente o empréstimo da exposição Alqueva em cartoons ao Centro de Ciência Viva de Sintra e o apoio à realização da exposição do II Concurso de Fotografia da EDIA subordinado ao tema Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas. 63 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

64 64 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

65 INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO Investimento do Empreendimento O total de investimento realizado em 2013, não incluindo as capitalizações de encargos de estrutura e financeiros, atingiu m ,01, o que eleva o total de investimento no EFMA, desde 1995 até ao final do ano em análise, para m ,64. Face ao ano de 2012 a percentagem de execução foi inferior em cerca de 12,38%. A redução dos níveis de investimento no Empreendimento, comparativamente com os anos mais recentes, deve-se à necessidade de proceder à sua revisão, às dificuldades económicas e de financiamento sentidas não só em Portugal, mas também em toda a União Europeia, como consequência da atual recessão económica, e que tiveram impacto na capacidade de execução por parte dos fornecedores da EDIA. Simultaneamente, e face ao ponto de situação das empreitadas ainda não lançadas e aos prazos técnicos para a sua execução física, procedeu-se à reprogramação das atividades retornando o ano 2015, como meta para a conclusão de construção do Empreendimento. As necessidades de financiamento terão de ser ajustadas em conformidade. Investimento realizado "por Programa" até ao final de 2013 Unidade: Milhares de Euros PROGRAMAS Anos Até Total Barragem de Alqueva , , , , , , ,96 Central Hidrolétrcia de Alqueva ,32 52,30 75, ,62 Barragem e Central de Pedrógão , ,04 98,86 3,10 4,74 0, ,72 Estação Elevatória Alqueva-Álamos ,34 589,12 320,39 2,54 0, ,74 Rede Primária , , , , , , ,74 Rede Secundária de Rega , , , , , , ,51 Desenvolvimento Regional ,57 511,10 214, ,16 660,83 74, ,36 TOTAL , , , , , , ,64 Em 2013, a maior concentração do investimento verificou-se nas redes primária e secundária de rega, com valores na ordem m ,02 e m ,95, respetivamente. O sistema global de abastecimento de água representa, no essencial, no ano em análise, o esforço mais significativo do investimento realizado. Nos programas Barragem e Central de Pedrógão e Estação Elevatória Alqueva Álamos registaram-se um investimento residual. 65 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

66 Investimento em 2013 Barragem de Alqueva Central Hidrolétrcia de Alqueva Barragem e Central de Pedrógão Estação Elevatória Alqueva-Álamos Rede Primária Rede Secundária de Rega Na avaliação por Sistemas verificou-se que os investimentos globais incidiram nas infraestruturas do sistema primário, seguidos, com uma diferença significativa, das infraestruturas secundárias. Em 2013, o investimento incidiu sobretudo nas infraestruturas secundárias. Investimento realizado "por Sistema" até ao final de 2013 Unidade: Milhares de Euros SISTEMAS Anos Até Total Infraestruturas do Sistema Primário , , , , , , ,48 Infraestruturas Secundárias , , , , , , ,51 Promoção e Desenvolvimento Regional ,00 511,44 214, ,82 660,83 74, ,65 TOTAL , , , , , , ,64 Na análise por Projetos verificou-se a continuidade de incidência no projeto do sistema global de abastecimento de água, que corresponde às redes primária e secundária de rega. 66 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

67 Investimento realizado "por Projeto" até ao final de 2013 Unidade: Milhares de Euros PROJETOS Anos Até Total Escalão Hidroelétrico de Alqueva , , , , , , ,52 Escalão Hidroelétrico de Pedrógão , ,26 93,06 3,10 4,74 0, ,17 Sistema Global de Abastecimento de Água , , , , , , ,76 Ambiente e Património ,43 196,93 100,01 3,43 36,05 28, ,47 Promoção e Desenvolvimento Regional ,00 511,44 214, ,82 660,83 74, ,65 Ações de Apoio 3.813,66 528,51 109,86 27,20 20,00 29, ,06 TOTAL , , , , , , ,64 Financiamento do Empreendimento Em 2013, em linha com os anos anteriores, verificou-se que a estrutura do financiamento obtido assentou em duas origens: o financiamento comunitário e os empréstimos de curto prazo. Os valores recebidos de financiamento comunitário incidiram sobretudo nos projetos financiados pelo POVT e pelo PRODER. Os valores dos empréstimos de curto prazo, dentro do limite de acréscimo de endividamento de 4%, foram necessários para dar cumprimento aos compromissos que decorrem da política de financiamento adotada pelo Acionista. Realça-se ainda para a significativa redução dos montantes recebidos, essencialmente, no financiamento comunitário. Esta redução está relacionada com o nível dos investimentos em 2013, ano que fica marcado pela conclusão, logo no inicio do ano, de algumas obras que se encontravam em curso no final de 2012 e pelo deslize no início da construção de novas obras, do primeiro terço do ano para o segundo semestre, não tendo sido possível recuperar os atrasos verificados. Financiamento do Empreendimento Unidade: Milhares de Euros Anos Até Capital Social Fundos Comunitários PIDDAC Empréstimos de Médio/Longo Prazo Obrigacionista BEI Empréstimos a Curto Prazo RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

68 Financiamento em Capital Social Fundos Comunitários PIDDAC Empréstimos Empréstimos a de M/L Prazo Curto Prazo 68 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

69 PERSPETIVAS PARA O ANO DE 2014 O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) tem vindo a afirmar-se como o principal projeto estruturante do Alentejo, região beneficiária de um conjunto de infraestruturas que potenciam o seu desenvolvimento de forma integrada, sustentada e multissetorial. Quando Alqueva foi projetado considerou-se que a sua principal mais-valia deveria ser a reserva estratégica de água. De facto, a dimensão da albufeira criada pela barragem de Alqueva supera qualquer albufeira na Europa e permitiu criar um reservatório com milhões de metros cúbicos de água. Esta enorme reserva de água está ligada a todas as principais albufeiras espalhadas pelo território, criando as condições para o abastecimento e reforço de todas elas, garantindo a distribuição de água nos períodos mais críticos e assegurando que, mesmo em períodos de seca que se podem prolongar por 3 anos consecutivos, a água não falte. Perspetivando-se a conclusão da sua primeira fase, cerca de 120 mil hectares de área regada, no final do ano de 2015, a estratégia definida pretende dar a conhecer o potencial de desenvolvimento da região, sobretudo nas vertentes agrícola e agroindustrial, tirando partido de uma disponibilidade hidráulica única em Portugal. A complexidade e funcionalidades de Alqueva aconselham a ter uma visão abrangente da sua missão e objetivos, os quais se podem agrupar em duas grandes vertentes. Por um lado, permitir mudar o paradigma do Alentejo, transformando-o na principal região de agricultura de regadio em Portugal e, por outro, desenvolver económica e socialmente uma região deprimida do país. A região de Alqueva tem o maior potencial agrícola de Portugal. O espaço, a qualidade da terra e o clima garantem as condições para que o aproveitamento deste benefício se repercuta no estabelecimento de uma agricultura rentável, baseada no uso sustentado dos recursos naturais da região. Como projeto estruturante e potenciador de um novo ordenamento do território, a diversificação de atividades é aliás um dos seus propósitos fundamentais. Alqueva, mais do que um projeto hidráulico é também um exemplo de aproveitamento sustentável e otimizado de recursos hídricos numa região deficitária, com ameaças de desertificação física e humana, e com graves carências ao nível do abastecimento público. Responder a estes desafios implica um esforço mobilizador da EDIA tendo como principais alvos o agricultor, mas também investidores internos e externos de novas culturas, da agroindústria, da comercialização e até mesmo de outras alternativas inovadoras de financiamento e investimento. Pretende-se assim abranger toda a cadeia de valor potenciada por Alqueva. É este o principal elemento diferenciador, e como tal, o argumento central definido para a estratégia em curso. De destacar igualmente a consolidação da estratégia da Empresa no domínio da Sustentabilidade, designadamente com a elaboração interna do Relatório de Sustentabilidade para o período e a realização de uma conferência para sua apresentação, no final do ano. 69 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

70 Por esta razão, a estratégia de comunicação da EDIA estará fundamentalmente suportada na sustentabilidade e no agricultor, como elemento de desenvolvimento integrado do território, quer ao nível do mercado interno como externo, designadamente na Europa. Este objetivo surge reforçado não apenas pelo novo posicionamento estratégico da EDIA que se assume como empresa promotora do desenvolvimento económico regional através do uso eficiente da água nos seus diferentes fins, mas também pela existência da marca territorial Alqueva Uma nova Terra de Água. A EDIA e Alqueva funcionam como dois pilares estruturantes de um território marcado pela disponibilidade de água, sol e potencial agrícola, concebido e gerido numa lógica de sustentabilidade. Para a concretização destes objetivos e a maximização do impacto do projeto depende naturalmente da capacidade de evoluir na construção do sistema global de abastecimento de água. Neste âmbito, destaque-se para o final de 2014, o início da construção da ligação Roxo- Sado, que inclui as ligações do Roxo a Ermidas e de Ermidas a Morgavel, que permitirá o reforço do abastecimento ao Pólo de Sines. Em paralelo, no próximo ano, está previso avançar com diversas empreitadas das redes primária e secundária, de acordo com o quadro seguinte: Rede Primária Início Conclusão Subsistema Alqueva Canal Roxo-Sado 4.º trim/ º trim/ º Troço da Ligação a Vale de Gaio 4.º trim/ º trim/2015 Tamisação no Circuito Penedrão - Roxo 4.º trim/ º trim/2015 Subsistema Ardila Cicuito Hidráulico de Caliços-Pias 3.º trim/ º trim/2014 Cicuito Hidráulico de Caliços-Machados 2.º trim/ º trim/2015 Subsistema de Pedrógão Círcuito Hidráulico de Baleizão-Quintos 3.º trim/ º trim/2014 Círcuito Hidráulico de São Matias 2.º trim/ º trim/2015 Rede Secundária de Rega Início Conclusão Subsistema Alqueva Bloco de Rega de Beringel-Álamo (Blocos de Rega de Beringel - Beja) 2.º trim/ º trim/2015 Bloco de Rega de Beja (Blocos de Rega de Beringel - Beja) 2.º trim/ º trim/2015 Blocos de Rega do Roxo-Sado 4.º trim/ º trim/ ª Fase da E.E. do Loureiro-Alvito 3.º trim/ º trim/2015 Blocos de Rega de Barras, Torrão e Baronia Baixo (Blocos de Rega de Vale de Gaio) 3.º trim/ º trim/2015 Blocos de Rega da Baronia Alto, Alvito Baixo e Alvito Alto (Blocos de Rega de Vale de Gaio) 3.º trim/ º trim/2015 Subsistema Ardila Blocos de Rega de Caliços-Machados 2.º trim/ º trim/2015 Blocos de Rega de Pias 2.º trim/ º trim/2015 Blocos de Rega de Moura Gravítico 3.º trim/ º trim/ ª Fase da E.E. da Laje 4.º trim/ º trim/2015 Subsistema de Pedrógão Blocos de Rega 1, 2 e 3 Baleizão-Quintos Blocos 1 e 2 de São Matias Blocos 3 e 4 de São Matias 3.º trim/ º trim/ º trim/ º trim/ º trim/ º trim/ RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

71 Em termos de estudos e projetos, está previsto o lançamento de concursos respeitantes a áreas de benefício para finalização do EFMA, designadamente do bloco de rega de Moura (pressão), que beneficiará os prédios do emparcelamento dos Coutos de Moura, e das áreas limítrofes de Reguengos de Monsaraz e Póvoa Amareleja. Decorrerá igualmente a manutenção e exploração das redes primária e secundária de rega do Empreendimento, garantindo o melhor serviço aos nossos clientes, com particular destaque para os agricultores. Em termos de gestão e exploração de recursos naturais, prevê-se a manutenção da sinalização de segurança instalada no sistema Alqueva-Pedrógão e nas restantes albufeiras do EFMA, em exploração e sob gestão da EDIA. Em 2014 será também assegurada a verificação subaquática da estrutura de sinalização de segurança da barragem de Alqueva, e a manutenção e acompanhamento da barreira flutuante para contenção de plantas aquáticas, instalada a montante da albufeira de Alqueva, no âmbito da gestão do plano de água. Prosseguirá o apoio aos requerentes na instrução dos pedidos de licença/concessão de captação de águas superficiais, análise de processos e concomitante emissão de títulos. A Equipa de Fiscalização e Vigilância (EFV) seguirá as suas atividades de vigilância e fiscalização relacionadas com o processo de licenciamento de captações de água. Serão igualmente levadas a cabo ações de manutenção e beneficiação dos povoamentos instalados, e de arborização de novas áreas, assim como a remoção e abate de árvores mortas que se encontrem na faixa expropriada e em terrenos sobrantes, com o objetivo de evitar possíveis focos de poluição e/ou incêndio. Terá continuidade, por outro lado, o arrendamento dos terrenos da EDIA identificados para esse fim, de forma a proceder à sua rentabilização. No que respeita às estações automáticas, serão asseguradas as operações de manutenção da EDIA e do equipamento instalado nas estações do ex-inag, e a substituição de parte do equipamento associado a estas estações, de modo a garantir funcionamento do sistema de alerta e vigilância da EDIA relativo à qualidade água. Quanto às estações convencionais terá continuidade o programa de monitorização relativo à avaliação do estado/potencial químico e ecológico das albufeiras da rede primária do EFMA e das principais linhas de água associadas a estas infraestruturas. Será ainda revisto o Programa de Monitorização dos Potenciais Impactes da Transferência de água Guadiana Sado sobre a Ictiofauna. Na rede secundária de rega prosseguirá a monitorização do estado das águas de superfície associado aos blocos de rega já em exploração e será desenvolvido um programa de monitorização global que assegure a integração dos vários programas de recursos hídricos superficiais previstos para os diferentes blocos de rega do EFMA. Em termos de fauna, flora e vegetação referencie-se, entre outras atividades, a elaboração de um programa global de monitorização da avifauna na rede secundária de rega para a fase de exploração, que assegure a integração dos diferentes programas de monitorização da avifauna implementados no EFMA pela EDIA. 71 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

72 No domínio dos solos e agro-sistemas continuará a monitorização do descritor solo para os blocos de rega já em fase de exploração e será desenvolvido um programa global de monitorização dos solos para os blocos de rega do EFMA. Simultaneamente, terá lugar o acompanhamento ambiental e arqueológico das empreitadas e prosseguir-se-ão as ações de levantamento e salvamento do património histórico-cultural contemplando as medidas de minimização de impactes que se desenvolvem antes e durante a realização das obras. Tendo em consideração a gestão ambiental de empreitadas já concluídas, ou em fase de conclusão, está previsto, em simultâneo, o desenvolvimento de vários estudos e projetos de forma a dar cumprimento às medidas consagradas nas Declaração de Impacte Ambiental (DIA s) de projetos com processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) finalizado. Durante o próximo ano, terá seguimento o trabalho de análise dos custos de água para rega, a sua tarificação e impacte na rentabilidade das culturas. O programa SISAP será reformulado, gerando maior valor aos nossos cliente atuais e potenciais, e o Modelo técnico-económico para a monitorização e gestão da componente hidroagrícola de Alqueva será operacionalizado, alargando a sua aplicação aos novos perímetros de rega que já se encontram em funcionamento. Está igualmente prevista a implementação do portal do regante, o que virá possibilitar uma gestão mais eficaz dos perímetros de rega e a disponibilização de informação ao agricultor, via web. Proceder-se-á à atualização dos inquéritos de 2012/2013 e às áreas regadas nos perímetros de rega em exploração em Esta ação de promoção do contacto com potenciais novos regantes e beneficiários é fundamental para potenciar o fomento e a adesão ao regadio. Especial preocupação com a dinamização do regadio de pequena propriedade e das Academias de Alqueva. No próximo ano pretende-se ainda levar a cabo a identificação de culturas e variedades com potencialidade agrícola em Alqueva e sua rentabilidade económica, através da realização de um estudo em parceria com o Ministério da Agricultura e do Mar (MAM). Continuará também a ser assegurado o trabalho de suporte à captação e fixação de investimento agrícola e agroindustrial na região, assim como à identificação de terrenos e equipamentos públicos e privados existentes na zona de influência de Alqueva, com potencial de instalação de negócios decorrentes do Projeto. O Museu da Luz prosseguirá, por outro lado, a sua ação através da realização de um leque variado de atividades, no âmbito das quais se referenciam as iniciativas expositivas e interpretativas, as ações de divulgação e publicações, os programas educativos para diversos públicos-alvo, a dinamização junto da comunidade e concelhos da zona de influência de Alqueva e o estabelecimento de parcerias com diversas instituições. Destaque-se, igualmente, a promoção das suas atividades através do seu website oficial e da plataforma facebook, o programa de residências artísticas e investigação, inaugurado em 2013, e a implementação da manutenção, usos e ocupações de todos os espaços, instalações e equipamentos do Museu. No Parque de Natureza de Noudar prevê-se a realização de alguns investimentos associados à estratégia de evolução da exploração pecuária e à diversificação da oferta turística, nomeadamente, na área do turismo de natureza, necessários nesta fase do projeto. A sua 72 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

73 concretização permitirá dotar o projeto de uma maior rentabilidade e diversificar a oferta, possibilitando uma maior eficiência na implementação das várias atividades. O Centro de Cartografia continuará a dar resposta às necessidades de produção de informação geográfica, de acordo com as necessidades da Empresa, e prosseguirá a monitorização das barragens do EFMA e o projeto de cadastro predial SiNERrGIC. Prevê-se ainda a manutenção dos contatos com a Direção Geral do Território no sentido de elaborar o cadastro predial da região Alentejo. Em termos de sistemas de informação geográfica, e tendo como pano de fundo a entrada em exploração de diversas infraestruturas, prosseguirá o trabalho de suporte e desenvolvimento de instrumentos de apoio, na componente SIG, às diversas áreas operacionais da Empresa. Referencie-se, por outro lado, a dinamização e abertura à sociedade civil do Centro de Documentação da EDIA. No âmbito das novas oportunidades geradas por Alqueva está programado o lançamento de um concurso de ideias que premeiem o empreendedorismo e a inovação, com a atribuição de prémios por parte da EDIA junto de instituições de Ensino Superior do Alentejo. 73 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

74 74 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

75 INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS Em 2013, o conselho de administração realizou 42 reuniões, de onde resultaram, como mais relevantes, as seguintes deliberações: Janeiro de 2013 Foi autorizada a realização da despesa estimada com a execução dos trabalhos arqueológicos no sítio Monte dos Cotéis 3 (E.E. dos Caliços); Foi autorizado o lançamento do concurso público para a gestão e fiscalização da empreitada de construção da rede viária do bloco de Aljustrel; Foram adjudicados os serviços de monitorização dos recursos hídricos na área dos blocos de rega de Cinco Reis e Trindade, fase de construção; Foram adjudicados os serviços de monitorização dos recursos hídricos na área dos circuitos hidráulicos de Amoreira-Caliços e Caliços-Pias, fase de construção; Foram aprovadas medidas para redução dos consumos associados aos serviços de digitalização, cópia, impressão e fax da Empresa; Foi aprovada a renovação do contrato de manutenção da firewall checkpoint; Foram adjudicados os serviços de revisão do projeto de execução do circuito hidráulico de S. Matias e respetivo bloco de rega; Foi aprovada a reestruturação do site do Museu da Luz; Foram aprovados os serviços de manutenção do Museu da Luz e dos seus núcleos; Foi aprovado o tarifário de água para rega para a Campanha de 2013; Foi aprovada a participação da EDIA no evento Fruit Logística ; Foi aprovada a validação de fichas de avaliação por peritos da lista oficial do Tribunal da Relação, bem como os respetivos encargos associados; Foi adjudicada a empreitada de construção das linhas de média tensão de alimentação às infraestruturas do Adutor de Pedrógão Margem Direita e respetivos postos de transformação; Foram aprovadas as Orientações para análise de requerimentos para alterações da rede de rega ; Foi aprovada a implementação da solução para o aproveitamento de Serpa Norte, Orada, Cuba - Oeste e Vidigueira (1.ª fase da compensação de energia reativa). Fevereiro de 2013 Foi aprovada a formalização de cooperação com a Universidade do Algarve na área de geomática; Foi aprovada a realização do colóquio e da ação a desenvolver com as escolas, no âmbito da proposta de divulgação do património cultural do EFMA; 75 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

76 Foi adjudicada a prestação de serviços para a manutenção dos sistemas de telegestão via rádio instalados na rede secundária de rega do bloco de Orada-Amoreira; Foi aprovada a adjudicação da prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega e de drenagem do bloco de Pedrógão 3; Foram aprovadas as precauções gerais relativas à manutenção das redes de rega do EFMA; Foi aprovada a plantação de povoamento florestal na herdade das Piteiras; Foi adjudicada a monitorização dos recursos hídricos superficiais e de qualidade ecológica na área dos blocos de rega em fase de exploração; Foram aprovados os trabalhos de preparação da margem na zona de colocação da barreira de contenção de plantas aquáticas invasora; Foram aprovados os editais para a campanha de 2013; Foram aprovados os trabalhos preparatórios da exposição Perfil Barca do Xerez de Baixo ; Foi aprovada a realização da despesa com a reformulação e aplicação de software das E.E. s de Serpa, Brinches Norte e Brinches Sul; Foi aprovada a programação do Museu da Luz para 2013; Foi aprovado o programa de residência na aldeia do Museu da Luz; Foi aprovada a prestação de serviços para inspeção de instalações contendo equipamentos sob pressão (Reservatórios de Ar Comprimido RAC s) na E.E. Brinches e mini-hídrica de Serpa; Foi aprovada a participação na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL); Foi aprovada a participação da EDIA na Feira Nacional de Agricultura (Santarém); Foi aprovada a participação no Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB); Foi aprovada a participação na ACQUALIVEEXPO; Foi aprovado o procedimento de aquisição de publicações em 2013; Foi aprovada a adesão do PNN ao operador turístico PT TRIP; Foi aprovado procedimento para aquisição de publicações no Centro de Documentação da EDIA; Foi adjudicada a prestação de serviços para avaliação da eficácia do dispositivo de passagem para peixes da barragem de Pedrógão. Março de 2013 Foi adjudicada a monitorização de avifauna na área do sistema Alqueva-Pedrógão; Foi aprovada a contratação do serviço para montagem do stand promocional da EDIA; Foi aprovada a elaboração do projeto de execução da telegestão com comunicação por cabo nos blocos de rega de Beringel-Beja; Foi aprovada a participação da EDIA na OVIBEJA; Foi adjudicada a elaboração do Plano de Gestão das Ilhas e Penínsulas de Alqueva; Foi adjudicada a impressão do Relatório de Sustentabilidade; Foi aprovada a participação da EDIA na AQUALIVEEXPO; Foi aprovado o Plano de Investimentos Plurianual do EFMA (período ); Foi aprovada a solicitação de fornecimento de água através da rede primária albufeira de Cinco Reis; 76 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

77 Foi aprovada a adjudicação dos trabalhos de minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da execução do C.H. de São. Pedro-Baleizão e bloco de rega fase de obra; Foram aprovados os termos do protocolo, celebrado com a DRACALEN, para publicação das monografias dos trabalhos arqueológicos efetuados no regolfo da barragem de Alqueva: Coleção Memórias D Odiana 2.ª fase; Foi aprovada a revisão do Manual de Procedimentos; Foi aprovada a ação de divulgação do Museu da Luz: Um lago, duas aldeias, um museu Edição II Páscoa Abril de 2013 Foi adjudicada a empreitada para fornecimento das instalações e equipamentos mecânicos de AVAC do Museu da Luz; Foi aprovada a comparticipação no transporte, no âmbito de visitas de escolas do Programa de apoio ao transporte_pnn_ibl; Foi aprovada a constituição da equipa de projeto da EDIA que integrará a Associação IBERLINX; Foi aprovado o Regulamento de Assiduidade da EDIA; Foi adjudicada a prestação de serviços com vista à potenciação de Alqueva enquanto Marca Territorial, imagem e estratégia; Foi adjudicada a proposta para admissão de serviços SAP em regime de bolsa de horas; Foi adjudicada a empreitada de construção do circuito hidráulico de Amoreira-Caliços do EFMA (Concurso Público N.º 19/2012); Foi adjudicada a empreitada de construção do circuito hidráulico de Caliços-Pias do EFMA (Concurso Público N.º 20/2012); Foi adjudicada a empreitada de construção do circuito hidráulico de Baleizão-Quintos do EFMA (Concurso Público N.º 27/2012); Foi adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos 4 e 5 de Baleizão-Quintos de Baleizão Quintos do EFMA (Concurso Público N.º 24/2012); Foi adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos 1, 2 e 3 de Baleizão Quintos do EFMA (Concurso Público N.º 23/2012); Foi adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de Cinco Reis Trindade do EFMA (Concurso Público N.º 18/2012); Foi adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de São Pedro Baleizão do EFMA (Concurso Público N.º 17/2012); Foi aprovado o Relatório e Contas da EDIA e do Grupo Exercício de 2012; Foi aprovado o Relatório de Atividades do 4.º Trimestre de 2012; Foi adjudicada a conceção e impressão da folha informativa INFOALQUEVA; Foi adjudicada a empreitada de construção do circuito hidráulico de São Pedro-Baleizão do EFMA (Concurso Público N.º 25/2012); Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de regas 1, 2 e 3 de Baleizão Quintos (Concurso Público N.º 33/2012); 77 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

78 Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de Cinco Reis - Trindade (Concurso Público N.º 35/2012); Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos 4 e 5 de Baleizão Quintos (Concurso Público N.º 34/2012); Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de São Pedro - Baleizão (Concurso Público N.º 32/2012); Foi adjudicada a minimização de impactes sobre o património cultural dos blocos de rega de Cinco Reis Trindade fase de obra; Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de construção da rede viária do bloco de rega de Aljustrel (Concurso Público N.º 01/2013). Maio de 2013 Foi adjudicada a empreitada de construção da rede viária do bloco de rega de Aljustrel (Concurso Público N.º 16/2012); Foi aprovada a adjudicação da prestação de serviços de gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega e de drenagem do bloco de rega de Pedrógão 3; Foram adjudicados os trabalhos de minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da execução dos circuitos hidráulicos de Amoreira Caliços e de Caliços Pias fase de obra; Foi adjudicada a empreitada para a execução da rede de telegestão do adutor de Pedrógão Margem Direita e interligação aos subsistemas Alqueva e Ardila do EFMA; Foram adjudicados os serviços de manutenção dos ascensores da barragem de Alqueva, da estação elevatória dos Álamos e da estação elevatória de Pedrógão (Concurso Público); Foram aprovados os trabalhos adicionais referentes ao Modelo de Monitorização da Componente Hidroagrícola de Alqueva ; Foi adjudicada a gestão e monitorização de espécies invasoras na área de influência do EFMA; Foi adjudicada a remodelação do Centro de Informação de Alqueva (CIAL); Foi aprovada a contratação de vigilantes, no âmbito da vigilância de incêndios 2013 no PNN; Foi aprovada a adenda ao contrato do projeto SiNErGIC Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral; Foi adjudicada a gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega e de drenagem do bloco de rega de Pedrógão 3. Junho de 2013 Foram adjudicados os trabalhos de reparação da barreira de contenção de plantas invasoras a montante da albufeira de Alqueva; Foram adjudicados os trabalhos de minimização de impactes sobre o património cultural do circuito hidráulico de Baleizão Quintos e respetivo bloco de rega fase de obra (Concurso Público n.º 26/2012); 78 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

79 Foi aprovada a realização do II Concurso de Fotografia Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas. Julho de 2013 Foi aprovada a contratação de monitores para os campos de férias do PNN; Foi adjudicada a reparação da marina de Alqueva; Foi aprovada a renovação do protocolo com Myfarm.com; Foi aprovado o Relatório de Atividades do 1.º Trimestre de 2013; Foi aprovada a participação da EDIA na VINIPAX; Foi adjudicada a produção do site Alqueva.com.pt. Foram aprovados os termos do protocolo a celebrar com a Myfarm.com, realçando-se a articulação com a Academia de Hortícolas; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a elaboração e implementação do Portal do Regante de Alqueva; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre o património cultural dos blocos de rega de Beringel Beja fase prévia à obra; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre o património cultural do circuito hidráulico de São Matias - fase prévia à obra; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a contratação de peritos avaliadores; Foi adjudicado o fornecimento de serviços de sinalização de segurança da barragem de Cinco Reis; Foi adjudicada a prestação de serviços de auditoria energética à estação elevatória dos Álamos. Agosto de 2013 Foram adjudicados os trabalhos especializados de manutenção dos equipamentos nas infraestruturas do subsistema Alqueva do EFMA (Concurso Público N;º 05/2013); Foram adjudicados os trabalhos especializados de manutenção dos equipamentos nas infraestruturas do subsistema Ardila do EFMA (Concurso Público N;º 06/2013); Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de rega 1 e 2 de São Matias; Foi adjudicada a prestação de serviços de comunicações fixas e móveis (Concurso Público N;º 08/2013); Foi aprovada a realização da despesa com a remodelação do Centro de Interpretação de Alqueva (CIAL); Foi adjudicado o fornecimento e montagem de sistemas de compensação de energia reativa no edifício sede da EDIA e na estação elevatória dos Álamos; Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com comunicação por cabo para o bloco de rega de Beja; Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com comunicação por cabo para os blocos de rega de Caliços Machados; Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com comunicação por cabo para os blocos de rega de Pias; 79 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

80 Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com comunicação por cabo para os blocos de rega 3 e 4 do bloco de São Matias; Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com comunicação por cabo para os blocos de rega 1 e 2 do bloco de São Matias. Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de rega de Beja; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção do circuito hidráulico de Caliços Machados; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos 3 e 4 de São Matias; Foi aprovado o Relatório e Contas Consolidadas a 30 de junho de 2013; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de Caliços Machados; Foi ratificada a decisão de aprovação e assinatura do protocolo com o NERBE relativo ao Plano de Promoção do Alqueva; Foi aprovada a Agenda de Sustentabilidade da EDIA para o período ; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre o património cultural do circuito hidráulico de São Matias e blocos de rega - fase de obra; Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes no sítio Monte dos Cotéis 3 (Moura, Beja) estação elevatória dos Caliços (Concurso Público 02/2013); Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes no circuito hidráulico de Baleizão Quintos e respetivos blocos de rega fase prévia à obra (2.ª fase) (Concurso Público 07/2013); Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre o património cultural dos blocos de rega de Beringel - Beja fase de obra; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre o património cultural dos blocos de rega de Vale de Gaio fase prévia à obra; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre o património cultural do circuito hidráulico de Caliços Machados e respetivos blocos de rega fase prévia à obra. Setembro de 2013 Foi adjudicada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Moura Gravítico; Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução da telegestão com comunicação por cabo para o bloco de rega de Moura Gravítico; Foi adjudicada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Beringel Beja; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de Pias; Foi aprovada a aquisição de prémios para o II Concurso de Fotografia Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas ; Foi adjudicado o fornecimento de energia elétrica às infraestruturas do EFMA; Foram aprovados os Relatórios de Atividades do 1.º Semestre e do 2.º Trimestre de 2013; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de Beja; 80 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

81 Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de rega 1 e 2 de São Matias; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de Beringel e Álamo; Foram aprovados os termos da participação conjunta com a Portugal Fresh no evento Fruit Attraction; Foi aprovada a revisão do manual de procedimentos da EDIA; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de rega de Moura Gravítico; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de Barras, Torrão e Baronia de Baixo; Foi adjudicada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Vale de Gaio e estação elevatória da Baronia; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de rega 3 e 4 de São Matias; Foi autorizado o lançamento de concurso público para minimização de impactes sobre o património cultural dos blocos de rega de pias fase de obra; Foi autorizado o lançamento de concurso público para minimização de impactes sobre o património cultural do circuito hidráulico de Caliços Machados e blocos de rega fase de obra; Foi a adjudicação da execução dos procedimentos para operacionalizar o site da EDIA. Outubro de 2013 Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de Pias; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de rega de Caliços Machados; Foi adjudicada a revisão do projeto de execução do circuito hidráulico de Caliços Machados e respetivo bloco de rega; Foi adjudicada a instalação de vedação para gado na Umbria das Boticas PNN; Foi adjudicada a construção de marouços e parque de coelhos - PNN; Foi adjudicada a elaboração do programa global para a Monitorização dos Recursos Hídricos Subterrâneos do EFMA ; Foi aprovada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Pias; Foi aprovado o novo organograma da EDIA; Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre o património cultural do circuito hidráulico de São Pedro Baleizão e respetivo bloco de rega fase de obra 2.ª fase; Foi adjudicada a contratação de bolsa de peritos avaliadores para prestação de serviços de validação de avaliações no âmbito do processo de aquisição ou oneração de imóveis necessários à implementação Do EFMA (Concurso Publico n.º 16/2013); 81 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

82 Foi adjudicada a prestação de serviços de produção de material para a divulgação de 200 exemplares do Relatório e Contas da EDIA e do Grupo Exercício de 2012; Foi aprovada uma proposta de parceria com o Instituto Politécnico de Beja - Desenvolvimento Social; Foi aprovada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Moura Gravítico; Foi adjudicada a Piquetagem dos limites de expropriação e indemnização do circuito hidráulico de São Matias ; Foi aprovada a adjudicação do fornecimento de equipamentos a instalar na Orada Amoreira, Ferreira, Figueirinha e Valbom e Pisão; Foi adjudicada a empreitada de execução de alterações no sistema de telegestão de Ferreira. Novembro de 2013 Foi aprovada a participação na Feira do Montado (Portel); Foi autorizado o lançamento do concurso público para a prestação de serviços de gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de Barras, Torrão e Baronia Baixo; Foi aprovada a realização da exposição e inauguração da exposição Arte Numa Perspetiva Diferente 12.ª edição; Foram adjudicados os serviços para a conceção e desenvolvimento do sistema de informação de suporte à monitorização ambiental do EFMA; Foram adjudicados os serviços de criação de Modelo virtual 3D do dispositivo de passagem de peixes da barragem de Pedrógão ; Foi autorizado o lançamento do concurso público para a prestação de serviços de gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de Moura Gravítico; Foi adjudicada a prestação de serviços para execução do Projeto de Execução para a instalação dos grupos 3 e 4 da estação elevatória dos Álamos; Foi adjudicado o relatório final de auditoria aos sistemas de gestão de riscos, de informação e de controlo interno; Foi aprovada a realização de brochura relativa ao Projeto ARA; Foi adjudicada a correção do fator de potência EE 1 e EE 4; EE Orada e EE Serpa Norte; Foram adjudicados os trabalhos de reparação e placares de sinalização de segurança no bloco de rega do Monto Novo; Foi aprovado o Relatório de Atividades do 3.º Trimestre de 2013; Foi autorizado o lançamento do concurso público da empreitada de construção das infraestruturas de rega e viárias dos blocos de Baronia e Alvito Altos e Alvito Baixo; Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes do circuito hidráulico de Caliços Machados e blocos de rega - fase prévia à obra; Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes do circuito hidráulico de São Matias fase prévia à obra; Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes nos blocos de rega de Beringel Beja fase prévia à obra; Foram adjudicados os trabalhos de reabilitação de linhas de água no subsistema de rega do Ardila do EFMA; Foi aprovado a intervenção de qualificação e integração paisagística da piscina/tanque lúdico do Parque de Natureza de Noudar; 82 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

83 Foi autorizado o lançamento do concurso público para a minimização de impactes sobre o património cultural no circuito hidráulico de Baleizão Quintos e blocos de rega fase de obra 2.ª fase. Dezembro de 2013 Foi autorizado o lançamento da empreitada de construção faz infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco Roxo-Sado; Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes nos blocos de rega de Vale de Gaio fase prévia à obra; Procedeu-se à aprovação de princípio à candidatura referente à Call Water 1Horizon 2020 NAIAD RESERVADO; Foi adjudicada a prestação de serviços de alojamento de servidores virtuais em modelo de cloud computing; Foi adjudicada a prestação de serviços referente à Monitorização da linaria ricardoi na rede secundária de rega ; Foi aprovada a colocação de marcos de propriedade para delimitar a área expropriada no adutor Pisão-Beja. 83 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

84 Poderes de Autoridade Pelo Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foram atribuídos à EDIA os seguintes poderes de autoridade: Os poderes para, nos termos da lei, nomeadamente, do código das expropriações, agir como entidade expropriante dos bens imóveis e direitos a eles inerentes a expropriarem que sejam necessários à prossecução do seu escopo social; O direito de utilizar e administrar os bens do domínio público do estado que estejam ou venham a estar afetos ao exercício da sua atividade; Os poderes e prerrogativas do estado quanto à proteção, desocupação, demolição e defesa administrativa da posse dos terrenos e instalações que lhe sejam afetos e das obras por si executadas ou contratadas, podendo ainda, nos termos da lei, ocupar temporariamente os terrenos particulares de que necessite para estaleiros, depósito de materiais, alojamento de pessoal operário e instalação de escritórios, sem prejuízo do direito a indemnização a que houver lugar. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases da concessão outorgada por contrato entre o Estado e a EDIA em 17 de outubro de 2007, a EDIA detêm, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contraordenação nesse âmbito. 84 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

85 ANÁLISE FINANCEIRA Demonstrações Financeiras Individuais Conta de Resultados Nesta análise considera-se apenas os gastos e rendimentos não capitalizados, isto é, foram retirados os gastos e rendimentos relativos a trabalhos para a própria empresa, bem como ao investimento da rede secundária, que se anula por meio da variação de produção (investimento realizado nas obras integrantes da rede secundária de rega do EFMA que são propriedade do Estado à exceção da Infraestrutura 12 e do perímetro de rega da aldeia da Luz). Milhares de Euros Gastos Não Capitalizados Custo Mercadorias Vendidas/Matérias Consumidas Fornecimentos e Serviços Externos Gastos com o Pessoal Gastos de Depreciação e de Amortização Imparidades Provisões Exercicio Outros Gastos e Perdas Gastos e Perdas de Financiamento Imposto sobre o Rendimento Ganhos Não Capitalizados Vendas Prestações de Serviços Variações nos Inventários de Produção 0 0 Trabalhos para a Própria Entidade 0 0 Subsídios à Exploração Reversões Outros Rendimentos e Ganhos Juros e Rendimentos Similares Resultado Líquido Exercício RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

86 O exercício económico de 2013 apresentou um Resultado Líquido negativo de M 17,36, com uma variação de M -25,92 face ao resultado de No caso particular dos rendimentos verificou-se um decréscimo na ordem dos M 12,75, o que corresponde a menos de 35,16% que no ano anterior. Para essa diferença contribuem as reversões de imparidades das contas de 2012, no montante de M 16,4, bem como os resultados de vendas e prestações de serviços, que apresentam uma variação positiva de M 2,80, justificada essencialmente pelo aumento da faturação de água. As diferenças na rubrica gastos não capitalizáveis que, no conjunto, tiveram um acréscimo de M 13,17, mais 47,54% relativamente ao ano anterior, incidem sobretudo nas seguintes rubricas: Gastos com o pessoal apresentam uma variação positiva de M 0,52 relativamente ao ano de 2012, justificado sobretudo pela reposição em 2013, das remunerações ao pessoal referentes aos 13.º e 14.º meses; Ao contrário de 2012, em que se reconheceu uma reversão de imparidades, em 2013 contabilizou-se uma imparidade relativa ao negócio água no montante de M 7,47; Provisões, reconheceu-se um montante de M 1,44 relativamente a grandes reparações e substituições para dar cumprimento à IFRIC 12 e a processos em litígio; Os outros gastos e perdas registaram um acréscimo de M 0,92, explicado essencialmente pelo reconhecimento de M 1,25 que diz respeito a uma atualização de valor relativamente ao processo litigioso com a Portucel Recicla; e O decréscimo ocorrido na rubrica gastos e perdas de financiamento justifica-se pela diminuição dos juros suportados associados aos empréstimos contraídos pela empresa, dado que a taxa de juro média real foi inferior à taxa de juro média em 2012, essencialmente em resultado da descida da taxa indexante (euribor). 86 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

87 Balanço Em 31 de dezembro de 2013, a EDIA atingiu um ativo líquido de M , verificando-se um decréscimo de cerca de M , face a Milhares de euros Rubricas 31-Dez Dez-12 Ativo Não Corrente Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis Participações Financeiras Ativos por Impostos Diferidos Depósitos Cativos Ativo Corrente Inventários Clientes Adiantamentos a Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Acionistas/Sócios 1 1 Outras Contas a Receber Diferimentos Caixa e Depósitos Bancários TOTAL Este decréscimo resultou, essencialmente, das seguintes variações: Variação Positiva No ativo corrente a rubrica outras contas a receber apresenta um aumento em M 88,55 decorrente da entrega à DGADR das infraestruturas da rede de rega e drenagem já concluídas, pelo que os respetivos investimentos (antes evidenciados em Inventários ) e subsídios associados (antes evidenciados no passivo) foram transferidos para a conta da DGADR nesta rubrica de Outras contas a Receber. 87 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

88 Variação Negativa No ativo corrente: na rubrica de inventários cuja diminuição, de cerca de M 400,64 reflete a assinatura do contrato de entrega, entre a EDIA e o Estado Português, representado pela DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem onde o investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na rubrica de Inventários, na subconta de Produtos e Trabalhos em Curso foi transferido para Produtos Acabados e Intermédios e posteriormente registado na rubrica de Outras Contas a Receber, em nome da entidade Estado (DGADR), que assume em relação aos bens descritos, todos os inerentes direitos e obrigações estabelecidos na legislação em vigor. A variação negativa no montante de M 10,74 na rubrica de caixa e depósitos bancários justifica-se pelo pagamento do investimento a fornecedores. O capital próprio apresentou uma variação negativa na ordem dos M 15,26 decorrente do resultado líquido de 2013, assim como do reconhecimento de subsídios de investimento na rubrica outras variações no capital próprio. CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO Milhares de Euros CAPITAL PRÓPRIO Capital Outras Reservas Resultados Transitados Ajustamentos em Ativos Financeiros Outras Variações no Capital Próprio Resultado Líquido do Exercício TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO PASSIVO Passivo Não Corrente Financiamentos Obtidos Diferimentos Outros Passivos Não Correntes Passivo Corrente Financiamentos Obtidos Fornecedores e Outras Contas a Pagar Outros Passivos Correntes TOTAL DO PASSIVO PASSIVO RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

89 O passivo registou as seguintes variações: Diminuição do Passivo Não Corrente na ordem dos M 355,42, essencialmente justificado: Pela diminuição dos diferimentos na ordem dos M 343,77, justificado essencialmente pela assinatura dos contratos de entrega e de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede secundária do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva (EFMA), com a consequente transferência dos subsídios associados às infraestruturas da rede secundária já concluídas, no montante de 341,85, para a conta da DGADR, na rubrica de Outras Contas a Receber. No Passivo Corrente, verificou-se um aumento de M 40,88, resultante essencialmente das rubricas de: Financiamentos Obtidos: pela contratação de novos empréstimos de curto prazo em cerca de M 34,2; Fornecedores e Outras Contas a Pagar apresentam um aumento de M 6,81. Indicadores Financeiros Milhares de Euros Indicadores Financeiros Volume de Negócios EBITDA EBIT Resultados Financeiros Resultados Líquidos Meios Libertos Líquidos Investimento RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

90 No final do ano de 2013, a EDIA apresenta um resultado líquido negativo de cerca de M 17,36 enquanto no mesmo período de 2012 o resultado foi de M 8,56, este facto deve-se essencialmente: O acréscimo do EBITDA em 10,64% justifica-se essencialmente pelos resultados das vendas e prestações de serviços decorrentes do aumento da faturação de água. A rubrica Perdas/reversões de Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis apresenta uma variação negativa de cerca M 23,82 em resultado do reconhecimento de imparidade no montante de M 7,47 verificada em 2013 em contraste com a reversão de imparidade de M 16,35 em 2012, traduzindo-se assim num EBIT negativo M 3,97 para No período homólogo, o mesmo indicador apresentava um valor positivo de M 18,63. Os Resultados financeiros negativos justificam-se essencialmente pelos encargos financeiros suportados pela EDIA. Os Meios Libertos Líquidos, por sua vez, apresentaram um aumento de M 2,77, justificado essencialmente pelo aumento das receitas referentes devido ao acréscimo da faturação. A EDIA apresenta um investimento M 31,15 com variação negativa de M 12,12 face ao ano 2012, devido aos atrasos verificados na execução das empreitadas em curso. Estes atrasos decorrem fundamentalmente das dificuldades dos diversos adjudicatários em cumprir com os planos de trabalho inicialmente definidos, e dos desvios na adjudicação de novas obras, resultantes de um acréscimo processual nos novos procedimentos de contratação. Demonstrações Financeiras Consolidadas Breve Descrição do Balanço e Indicadores Financeiros Ativo 90 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

91 Milhares de euros Rubricas 31-Dez Dez-12 Ativo Não Corrente Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis Participações Financeiras Depósitos Cativos Ativo Corrente Inventários Clientes Adiantamentos a Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Outras Contas a Receber Diferimentos Caixa e Depósitos Bancários TOTAL Em 31 de dezembro de 2013, verificou-se uma diminuição, face ao final de 2012, dos Ativos não correntes em cerca de M 6,91, justificado essencialmente pelas amortizações e depreciações do exercício e, dentro destas, nas referentes aos bens afetos ao negócio energia. Por outro lado, pelo reconhecimento da atualização do montante relativo ao processo em litígio com a Portucel Recicla na rubrica de depósitos cativos. Relativamente aos ativos correntes a sua redução no mesmo período é justificada, essencialmente: (i) na rubrica inventários (M -400,64) e outras contas a receber (M 88,83), decorrente da assinatura do contrato de entrega das infraestruturas de rega e drenagem já concluídas, entre a EDIA e o Estado Português, representado pela DGADR ; e (ii) na rubrica Caixa e depósitos bancários (M -10,73) pelo pagamento do investimento a fornecedores. 91 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

92 Passivo e Capital Próprio Rubricas 31-Dez-13 Milhares de euros 31-Dez-12 Total do Capital Próprio do Grupo Interesses Minoritários Total do Capital Próprio Passivo Não Corrente Empréstimos Obtidos Diferimentos Outros Passivo Corrente Empréstimos Obtidos Fornecedores e Outras Contas a Pagar Outros Total do Passivo Total do Capital Próprio e do Passivo Durante 2013, verificou-se uma variação negativa dos capitais próprios (M 14,87), justificada essencialmente pelo resultado líquido do exercício. Neste período, verificou-se uma diminuição dos passivos em cerca de M 311,89 (-22,03%), justificados, essencialmente por uma diminuição dos passivos não correntes em cerca de M 353,43, nomeadamente pela diminuição dos diferimentos na ordem dos M 344,52, fruto da assinatura dos contratos de entrega e de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede secundária do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva (EFMA). No Passivo Corrente, verificou-se um aumento de M 41,54, resultante essencialmente das rubricas de: Financiamentos Obtidos: pela contratação de novos empréstimos de curto prazo (M 34,2). Fornecedores e Outras Contas a Pagar apresentam um aumento de M 7, RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

93 Indicadores Financeiros Indicadores Financeiros 31-Dez-13 Milhares de euros 31-Dez-12 Volume de Negócios EBITDA EBIT Resultados Financeiros Resultados Líquidos Meios Libertos Líquidos No final do ano de 2013 o grupo EDIA apresenta um resultado líquido negativo de cerca de M 14,92, face ao resultado de 2012 que foi positivo em M 7,55. A variação registada deve-se essencialmente: O acréscimo do EBITDA em 9,19% justifica-se essencialmente pelos resultados das vendas e prestações de serviços decorrentes do aumento da faturação de água. A rubrica Perdas/reversões de Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis apresenta uma variação negativa de cerca M 24,03 em resultado do reconhecimento de imparidade no montante de M 7,72 verificada em 2013 em contraste com a reversão de imparidade de M 16,32 em 2012, traduzindo-se assim num EBIT negativo M 4,41 para No período homólogo, o mesmo indicador apresentava um valor positivo de M 18,5. Os Resultados financeiros negativos justificam-se essencialmente pelos encargos financeiros suportados pela EDIA. Os Meios Libertos Líquidos, por sua vez, apresentaram um aumento de M 2,82 justificado essencialmente pelo aumento das receitas referentes devido ao acréscimo da faturação. 93 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

94 94 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

95 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Nos termos previstos na alínea f) do N.º 5 do Artigo 66.º do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração, Considerando: Que no exercício de 2013 foi apurado um Resultado Líquido negativo de Propõe: Que o Resultado Líquido negativo apurado no exercício de 2013 e constante no Balanço a 31 de dezembro de 2013, no valor de seja levado a Resultados Transitados. Beja, 25 de março de 2014 O Conselho de Administração Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema (Presidente) Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo (Vogal) Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez (Vogal) 95 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

96 96 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

97 2. GOVERNO DA SOCIEDADE 97 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

98 98 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

99 OBJETIVOS DE GESTÃO Para 2013 não existiram orientações e objetivos de gestão aprovados, em conformidade com o artigo 38.º do DL n.º 133/2013, de 3 de outubro. Apesar da não existência destes objetivos a EDIA indica, no entanto, os resultados de gestão alcançados durante o exercício de 2013: área de regadio, perímetros de rega concluídos, adjudicações, concursos lançados e indicadores financeiros. Área de Regadio No quadro seguinte apresentam-se os dados de adesão e consumos dos perímetros de rega sob gestão da EDIA nos anos de 2010, 2011, 2012 e Perímetros de Rega sob gestão da EDIA Área Beneficiada (ha) Área Inscrita Área Inscrita Área Inscrita Área Inscrita Consumos Consumos Consumos (ha) (ha) (ha) (ha) m 3 m 3 m 3 (ha) % (ha) % (ha) % (ha) % Entrada em exploração até , , , , Monte Novo , , , , Alvito - Pisão , , , , Pisão , , , , Entrada em exploração em , , , Alfundão , , , Ferreira, Figueirinha e Valbom , , , Orada - Amoreira , , , Brinches , , , Brinches - Enxoé , , , Serpa , , , Entrada em exploração em , , Loureiro-Alvito , , Ervidel , , Entrada em exploração em , Ervidel 2 e , Pedrógão - Margem Direita , TOTAL , , , , Consumos m 3 A adesão e os consumos verificados em 2013 registaram um significativo aumento face a Estes dados traduzem as dinâmicas de desenvolvimento e promoção do Emprendimento e espelham o forte contributo do Alqueva para o desenvolvimento verificado na economia regional e nacional. São motivo de satisfação para todos os intervenientes visto que, mais uma vez, se prova que o previsto para o Alqueva se está a concretizar no terreno, alcançando-se os resultados esperados. Perímetros de rega concluídos Em 2013 foram concluídos os blocos de rega de Ervidel 2 e 3 (perímetro de Ervidel), os blocos de Pedrógão 1 e 3 e o bloco de Selmes (perímetro de Pedrógão margem direita). 99 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

100 Adjudicações em 2013 Tendo em vista a construção do sistema global de abastecimento de água do EFMA, foram adjudicados os seguintes concursos respeitantes às empreitadas das redes primária e secundária do EFMA. Subsistema Ardila Rede Primária Data Adjudicação Valor de Adjudicação ( ) Circuito Hidráulico Amoreira - Caliços 2.º Trim/ ,00 Circuito Hidráulico Caliços - Pias 2.º Trim/ ,00 Subsistema Pedrógão Circuito Hidráulico de S. Pedro - Baleizão 2.º Trim/ ,00 Circuito Hidráulico de Baleizão - Quintos 2.º Trim/ ,79 Rede Secundária Data Adjudicação Valor de Adjudicação ( ) Subsistema Alqueva Blocos de Rega Cinco Reis - Tridade 2.º Trim/ ,00 Rede Viária do Bloco de Rega de Aljustrel 2.º Trim/ ,40 Subsistema Pedrógão Blocos de Rega de S. Pedro - Baleizão 2.º Trim/ ,24 Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Baleizão - Quintos 2.º Trim/ ,99 Blocos de Rega 4 e 5 de Baleizão - Quintos 2.º Trim/ , RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

101 Concursos lançados em 2013 Tendo em vista a construção do sistema global de abastecimento de água do EFMA, foram lançados os seguintes concursos de empreitadas das redes primária e secundária do EFMA. Rede Primária Data de Lançamento do Concurso Público Preço Base ( ) Subsistema Ardila Cicuito Hidráulico de Caliços-Machados 3.º Trim/ ,00 Subsistema de Pedrógão Círcuito Hidráulico de São Matias 3.º Trim/ ,00 Subsistema Alqueva Rede Secundária Data de Lançamento do Concurso Público Preço Base ( ) Bloco de Rega Beringel - Álamo 3.º Trim/ ,00 Bloco de Rega de Beja 3.º Trim/ ,00 Blocos de Barras, Torrão e Baronia Baixo 4.º Trim/ ,00 Blocos de Baronia Alto, Alvito Baixo e Alvito Alto 4.º Trim/ ,00 Blocos de Rega do Roxo - Sado 4.º Trim/ ,00 Subsistema Ardila Blocos de Rega de Caliços - Machados 3.º Trim/ ,00 Blocos de Rega de Pias 3.º Trim/ ,00 Blocos de Rega de Moura Gravítico 4.º Trim/ ,00 Subsistema de Pedrógão Blocos 1 e 2 de São Matias 3.º Trim/ ,00 Blocos 3 e 4 de São Matias 3.º Trim/ , RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

102 Indicadores Financeiros De acordo com o disposto na resolução de Conselhos de Ministros N.º 70/2008, os indicadores financeiros que se aplicam à realidade da EDIA constam do quadro seguinte: Indicadores Financeiros Ano 2013 Eficiência Custos Operacionais/EBITDA 160,42% Custos com o Pessoal/EBITDA 67,18% Taxa de variação dos Custos com o Pessoal 21,29% Prazo Médio de Pagamentos Prazo Médio de Pagamentos 79 Evolução (dias) face ao ano anterior (período homólogo) -6 Rentabilidade e Crescimento EBITDA/Receitas 52,29% Taxa de crescimento das receitas 18,96% Remuneração do Capital Investido Resultado Líquido/Capital investido -4,48% 102 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

103 GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO Gestão de risco financeiro, nos termos do Despacho N.º 101/09-SEFT, de 30 de janeiro. PROCEDIMENTOS ADOPTADOS EM MATÉRIA DE AVALIAÇÃO DE RISCO E RESPECTIVAS MEDIDAS DE COBERTURA Diversificação de instrumentos de financiamento, modalidades de taxa de juro disponíveis e entidades credoras A EDIA apresenta um investimento realizado acumulado, desde o ano de 1995 até ao final de 2013, de aproximadamente M O financiamento deste investimento consubstancia-se não só com capitais próprios e subsídios de investimento (fundos comunitários e PIDDAC), como também com capitais alheios, através de contratação de empréstimos bancários. Até à data de , a estrutura do financiamento é composta por: Aumentos de capital social no montante de M 387,3 Subsídios de Investimento - Fundos Comunitários no montante de M 956 Subsídios de Investimento PIDDAC no montante de M 138 Financiamento Bancário no montante de M 720,12 Políticas de Gestão do Risco Financeiro A EDIA, reconhece as diversas áreas de risco financeiro e que podem alterar de forma significativa o seu valor patrimonial, esses riscos são o risco de taxa de juro e o risco de liquidez. Risco de Taxa de Juro O risco de taxa de juro é normalmente associado às alterações de spreads e a riscos com a variação de taxa juro. A EDIA nunca subscreveu qualquer cobertura de taxa juro, todo o financiamento externo está indexado a taxa variável. Na nossa opinião esta politica tem sido acertada dado que estando o mercado com taxas relativamente baixas, apresenta-se assim, como uma vantagem face aos maiores encargos decorrentes deste tipo de operação. Estabelecendo uma análise comparativa dos encargos financeiros ao longo do período de vida de cada financiamento, conclui-se que a taxa média em 2013 está próxima dos 2,59%, taxa esta, manifestamente vantajosa face à contratualização deste tipo de instrumentos financeiros, nomeadamente fixação das taxas de juro. 103 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

104 Taxa de juro anual - média 6,00% 5,00% 4,00% 3,00% 2,00% 1,00% 0,00% Análise de Sensibilidade A análise de sensibilidade da taxa de juro é baseada nos seguintes pressupostos: Alterações nas taxas de juro afetam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis; A análise teve como base os instrumentos financeiros existentes durante o presente exercício. Assim tendo em conta os pressupostos, e uma variação das taxas de juros dos instrumentos financeiros, em 1%, o seu impacto nos Resultados Financeiros, assim como nos Resultados Líquidos do Exercício seria de (+/-) M 7,01 em 2013 e (+/-) M 6.8 em Risco de Liquidez Até ao ano de 2010, todas as operações de financiamento externo (capitais alheios) foram alvo de uma análise cuidada em resultado de uma consulta efetuada à Banca, considerando as melhores condições de mercado, quer a nível financeiro, quer a nível fiscal, tendo-se sempre optado por aquela que apresentava a all-in-cost mais favorável para a empresa. A partir de meados de 2011 surgiu uma nova realidade para a EDIA, com a conjuntura económico-financeira a nível mundial a degradar-se, o acesso a novos financiamentos tornavase cada vez mais dificultado. O downgrade operado ao Estado Português pelas principais agências internacionais de rating, levou a um aumento do risco de crédito a todas empresas do SEE, e consequentemente, as margens (spreads) dos financiamentos aumentaram significativamente. A partir 2012 de forma a garantir a liquidez necessária para o normal funcionamento da empresa, quer para assegurar o investimento realizado a ainda para fazer face aos encargos financeiros, todas as necessidades de financiamento e refinanciamento da EDIA de foram asseguradas por 5 Bancos (CGD, BES, BCP, BPI e Santander-Totta), fruto de mediação da Secretaria de Estado do Tesouro e Finanças e da Direção Geral do Tesouro e Finanças e a respetiva banca. Com a entrada em vigor do Decreto-Lei 133/2013, no início de Dezembro de 2013, todas as operações de financiamento da EDIA requerem aprovação da DGTF e parecer do IGCP. 104 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

105 ADOÇÃO DE POLÍTICA ACTIVA DE REFORÇO DE CAPITAIS PERMANENTES Consolidação do passivo remunerado através da transformação do passivo, de curto em médio e longo prazo, em circunstâncias de mercado que resultem favoráveis Em consequência das condições mais favoráveis do mercado, e sempre que a EDIA não tem possibilidade de obter financiamento através de aumentos de capital, vê-se obrigada a recorrer a financiamento de capitais alheios, existindo, nessa altura, a preocupação em consolidar o passivo remunerado de curto prazo para médio e longo prazo. No entanto, no ano de 2013, devido à conjuntura económico-financeira que se verificou a nível mundial, com reflexos no financiamento bancário a nível nacional, a EDIA viu-se forçada a contrair apenas empréstimos de curto prazo junto da banca nacional, no montante de M 34,36 (decorrente das negociações entre a Secretária de Estado do Tesouro e Finanças e os bancos CGD, BES, BCP, BPI e Santander-Totta, no âmbito do financiamento das empresas do Sector Empresarial do Estado). Minimização da prestação de garantias reais e de cláusulas restritivas (covenants) Considerando que o projeto do EFMA se reveste de grande interesse nacional por representar uma obra de aproveitamento dos recursos hídricos associados ao rio Guadiana e contribuindo para a promoção e o desenvolvimento económico e social da região do Alentejo, todo o financiamento da EDIA tem como premissa a garantia pessoal do Estado e uma identificação dos recursos financeiros estritamente necessários para fazer face ao investimento em determinado período, de modo a facilitar a obtenção do crédito às melhores condições de mercado. Aquando da contratação das operações de financiamento externo, tanto a EDIA como a DGTF (esta última enquanto representante do acionista único, o Estado) dedicam especial atenção à minimização das cláusulas restritivas através da análise das peças documentais. A partir do ano de 2011, devido à conjuntura económico-financeira, e aos constrangimentos de financiamento bancário a nível nacional, a EDIA contraiu empréstimos de curto prazo, até ao final de 2013, junto da banca nacional no montante de M 161,5, sem garantia do Estado Português (decorrente das negociações entre a Secretária de Estado do Tesouro e Finanças e os bancos CGD, BES, BCP, BPI e Santander-Totta no âmbito do financiamento das empresas do Sector Empresarial do Estado). MEDIDAS PROSSEGUIDAS COM VISTA À OPTIMIZAÇÃO DA ESTRUTURA FINANCEIRA DA EMPRESA A EDIA tem, desde a sua criação, centrado a sua atividade na execução de um conjunto de infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, das quais se destacam, pela sua envergadura, as barragens de Alqueva e Pedrógão e respetivas centrais hidroelétricas, o sistema adutor primário e ainda os blocos de rega que compõem os cerca de ha projetados para o EFMA. 105 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

106 Tanto as decisões de investimento como de financiamento da EDIA estão dependentes de aprovação do Estado, conforme indicado nos pontos seguintes: Segundo a alínea c) do ponto 1 do Art.º 3 do DL N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, é objeto social da EDIA A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao Empreendimento, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pela Ministra da Agricultura e do Mar. O financiamento deverá ser assegurado tal como está definido nos termos do ponto 2, isto é, Através do Ministério da Agricultura e do Mar, o Estado assegura o financiamento e demais condições relativas à atuação da EDIA, no que respeita à prossecução do objeto definido na alínea c) do número anterior, sendo as respetivas obras da propriedade do Estado. Relativamente à rede primária, no ponto 3 define-se que A construção das redes primária e secundária de rega integradas no Empreendimento está dependente de prévia aprovação dos projetos por parte da Ministra da Agricultura e do Mar, o qual deve acompanhar todo o respetivo processo, nos termos do regime jurídico das obras de aproveitamento hidroagrícola. Existe também, para a execução da rede primária, o requisito da necessidade de prévia aprovação do Acionista Estado. Quanto à contração de financiamento e garantias, no ponto 1 do Art.º 8 do mesmo Decreto-Lei, indica-se que A contração de financiamentos de médio e longo prazos pela EDIA carece de autorização do Ministério das Finanças.. Na programação dos investimentos e financiamentos do EFMA, a EDIA tem como único fim o cumprimento dos objetivos atribuídos à empresa pelo Acionista, assim como, no que respeita ao financiamento, são sempre considerados os fundos comunitários disponíveis nos diversos programas operacionais destinados ao EFMA, complementado com o recurso a dotações de capital do Acionista. Os projetos do EFMA estão contemplados nos principais programas de financiamento comunitário em curso no País, como sejam o POVT e o PRODER. Relativamente aos investimentos elegíveis, no POVT está previsto o apoio dos projetos da rede primária a uma taxa de 85% de Fundo de Coesão, enquanto no PRODER prevê-se o financiamento dos projetos da rede secundária a uma taxa de 100% (85% de FEADER e 15% de PIDDAC). Indica-se ainda que o financiamento do Acionista visa, sobretudo, assegurar a contrapartida nacional dos projetos comunitários e dos custos de funcionamento que refletem, principalmente, os custos financeiros resultantes da política de financiamento do EFMA. As receitas geradas pelas atividades de exploração da EDIA, nomeadamente, a componente energia, que tem como origem a renda do contrato de subconcessão da exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, e a componente água, resultante da exploração de perímetros de rega desde 2009, são aplicadas essencialmente nas despesas de funcionamento e manutenção das diversas infraestruturas e equipamentos das diversas áreas negócio, assim como nos gastos de estrutura da EDIA. Por fim indica-se que o Empreendimento de Alqueva é um projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN), conforme está indicado no ponto 1 do Art.º 9 do Decreto-lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro. 106 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

107 POLÍTICA DE FINANCIAMENTO Anos Encargos Financeiros ( ) , , , , ,90 Taxa Média Financiamento (%) 2,27% 1,36% 2,58% 2,93% 2,59% Para o período de , a necessidade de financiar as atividades de investimento do EFMA implicou o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários, com exceção do ano de A obtenção de recursos financeiros pela via de empréstimos bancários, empréstimos obrigacionistas, contas correntes caucionadas, entre outros, traduziu-se num aumento do Total do Passivo Remunerado na ordem dos 21,16%, o que implica um aumento gradual dos encargos financeiros. Este aumento resulta da política financeira definida pelo Acionista, assente na contratação de empréstimos, em detrimento da disponibilização de dotações de capital suficiente para acompanhar o ritmo dos investimentos. Neste período, foram realizados aumentos de Capital Social no montante de M 95,76, no ano de 2009, para fazer face a um investimento total de cerca de M 586. O aumento de capital social referido permitiu uma amortização de M 93,5 do empréstimo obrigacionista junto do BNP e do Caixa-BI. O financiamento bancário está indexado a taxas de juro variáveis, nomeadamente a Euribor, pelo que a evolução da taxa média de financiamento está diretamente relacionada com a variação desta taxa. A diminuição acentuada da taxa Euribor permitiu uma significativa redução da taxa média anual dos financiamentos da EDIA de 2,27% em 2009 para 1,36% em Por força da conjuntura internacional que afetou os mercados financeiros, que a EDIA, desde 2011 recorre a empréstimos bancários de curto prazo. No entanto, em 2013, embora as taxas indexantes apresentem mínimos históricos, os spreads dos financiamentos de curto prazo apresentam-se muito superiores, relativamente aos empréstimos de longo prazo (entre 4,75% e 8%) o que justifica a taxa média de 2,59%. De referir o aumento de financiamento bancário no ano de 2013 em cerca de 4%, face ao ano anterior, cumprindo assim a EDIA, os limites máximos de acréscimo de endividamento para 2013 (4%) de acordo com o Plano de Estabilidade e Crescimento, aprovado pela resolução da Assembleia da República N.º 29/2010, de 12 de Abril, e explicitado pelo despacho N.º 510/10- SEFT, de 1 de Junho. 107 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

108 LIMITES MÁXIMOS DE ACRÉSCIMO DE ENDIVIDAMENTO Limites Máximos de Acréscimo de Endividamento definidos para 2013, no Despacho N.º 155/2011-MEF, de 28 de abril. Quanto ao limite de variação de endividamento previsto de 4% no PEC, informamos que em 2013 o aumento de endividamento foi de 4%, conforme quadro seguinte: Passivo Remunerado ( ) Var. absol. Var. % Passivo não corrente Financiamentos obtidos , , ,50-1,14% Passivo corrente Financiamentos obtidos , , ,50 22,90% Total Passivo Remunerado , , ,00 4,00% EVOLUÇÃO DO PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO Evolução do Prazo Médio de Pagamentos (PMP), em conformidade com a RCM N.º 34/2008, 22 de fevereiro, com as alterações introduzidas pelo Despacho 9870/2009, de 13 de abril, aprova o Programa Pagar a Tempo e Horas que visa reduzir os prazos médios de pagamento praticados por entidades públicas a fornecedores de bens e serviços. Esta resolução estabelece a fórmula a usar para o cálculo do Prazo Médio de Pagamento (PMP) registado no final de cada trimestre, incumbindo à Direção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) efetuar o apuramento do mesmo e publicitá-lo na sua página eletrónica na internet. Apresenta-se, de seguida, o PMP da EDIA, S.A (por trimestre) para os anos de 2012 e 2013 (segundo fórmula da DGTF): PMP º T 2.º T 3.º T 4.º T 1.º T 2.º T 3.º T 4.º T Var. (%) 4.º T 2013/4.º T 2012 Prazo ,06% Durante o ano de 2013 conseguiu-se uma redução no Prazo Médio de Pagamento, face aos prazos apresentados em 2012, traduzindo-se numa redução na ordem de 7,06% comparando o 4º trimestre de 2013 com o 4º trimestre de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

109 ATRASOS NOS PAGAMENTOS ( ARREARS ) O ponto 2 do artigo 33.º do Decreto-Lei N.º 29-A/2011 de 01 de março obriga as empresas públicas, com um prazo médio de pagamento superior a 90 dias, a divulgar, trimestralmente a lista atualizada das suas dívidas certas, líquida e exigíveis há mais de 60 dias. Nos termos do art.º 183 da Lei N.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, compete aos órgãos de gestão das entidades dos sectores público administrativo e empresarial assegurar a divulgação, nas respetivas páginas eletrónicas, da situação no final de cada semestre ( ) devendo identificar, designadamente, os montantes em dívida para cada prazo, agrupados segundo a natureza de bem ou serviço fornecido. As dívidas a reportar referem-se aos fornecimentos dos bens e serviços cujo pagamento esteja em atraso, conforme a definição do Decreto-Lei N.º 65-A/2011, de 17 de maio: o não pagamento de fatura correspondente ao fornecimento dos bens e serviços no artigo seguinte após o decurso de 90 dias, ou mais, sobre a data convencionada para o pagamento de fatura ou, na sua ausência, sobre a data constante da mesma. Em conformidade com o disposto, apresenta-se, a lista final e identificação dos atrasos de pagamento da EDIA, S.A, a 31 de dezembro de 2013, segundo fórmula da DGTF: Dividas Vencidas 0-90 dias Dívidas vencidas de acordo com Art. 1.º DL 65-A/ dias dias dias > 360 dias Aquisição de Bens e Serviços , , , , ,43 Aquisição de Capital Total , , , , ,43 DILIGÊNCIAS TOMADAS E RESULTADOS OBTIDOS NO ÂMBITO DO CUMPRIMENTO DAS RECOMENDAÇÕES DO ACIONISTA Tendo em consideração o alinhamento do Setor Empresarial do Estado (SEE) com a administração pública, designadamente no que concerne à política de redução de custos e contenção salarial e relativamente ao cumprimento das recomendações do Acionista, no âmbito das orientações genéricas emitidas na assembleia geral de 11 de julho de 2013, informa-se que: O Órgão de Administração da EDIA ficou incumbido de diligenciar ( ) no sentido de proceder à redução remuneratória relativa ao Auditor Externo, nos termos estabelecidos no artigo 26.º da Lei n.º 64-B/2011 de 30 de dezembro, no sentido de dar cumprimento integral ao Principio da Unidade de Tesouraria do Estado estabelecido no artigo 124.º da Lei n.º 66-B/2012 de 31 de dezembro. Neste âmbito, clarifique-se que a EDIA celebrou em 2012 um contrato por um período de 3 anos, no valor total de ,00, o que perfaz, anualmente, um montante de ,00 para o triénio Esta renegociação representa uma redução relativa face ao ano de 2011, no valor de (33.500,00 - remuneração anual auferida). 109 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

110 O representante do Acionista Estado votou favoravelmente a Declaração sobre Política de Remuneração dos membros dos Órgão de Administração e Fiscalização da EDIA, datada de 14 de junho de 2013, e apresentada pela Comissão de Fixação de Remunerações da Empresa, em cumprimento do disposto no artigo 2.º, da Lei N.º 28/2009, de 19 de junho. De acordo com a mencionada Declaração o cumprimento do preceituado no artigo 2.º da Lei N.º 28/2009, de 19 de junho. De acordo com a mencionada declaração, a comissão de vencimentos declara que, em cumprimento do preceituado no artigo 37.º da Lei n.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, que aprovou o OE para 2013, durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal (PAEF), não haverá lugar à atribuição de prémios de gestão. Mais declara que o pagamento do subsídio de férias será efetuado nos moldes que vieram a ser definidos no orçamento retificativo e o subsídio de Natal é pago mensalmente por duodécimos. As remunerações a auferir efetivamente pelos membros do Conselho de Administração e Órgão de Fiscalização não podem exceder os montantes atribuídos à data de 01 de março de 2012, data de entrada em vigor da Resolução do Conselho de Ministros n.º 16/2012. Relativamente à política de recursos humanos, e na sequência das orientações transmitidas pela tutela, a Empresa tem vindo a reduzir o seu número global de colaboradores, optando, quase sempre, pela redistribuição de tarefas entre os recursos já ao serviço da Empresa, através da mobilidade interna, sendo o quadro de pessoal da EDIA, em 31 de dezembro de 2013, composto por 187 colaboradores (no final de janeiro de 2014 irá ser reduzido para 186), sem prejuízo do desenvolvimento dos trabalhos normais da EDIA. Estas medidas inserem-se num contexto caracterizado pela particular necessidade de adotar um regime remuneratório que traduza uma efetiva contenção de custos e moderação salarial, com total transparência no que se refere à definição das políticas remuneratórias aplicadas, de modo coerente com a estratégia e a natureza da atividade da Empresa e de forma consistente com uma eficiente gestão dos riscos associados à sua atividade. Em 2013 destaque-se ainda, a 18 de outubro, a alteração do organograma da Empresa e a tomada de posse do novo Presidente do Conselho de Administração da Empresa a 02 de dezembro. No que respeita à elaboração das demonstrações e mapas financeiros dos Relatórios de Gestão, e com objetivo de que as contas da Empresa evidenciem uma imagem atual, completa, objetiva e apropriada dos seus resultados, posição financeira e situação económico - financeira da EDIA e do Grupo EDIA, foi dado cumprimento às indicações constantes nas respetivas Certificações Legais das Contas, elaboradas por Auditor registado na CMVC, tendo-se procedido à incorporação das orientações nelas constantes, e atendido, designadamente, às recomendações e ênfases expressas nos referidos documentos, tendo em consideração as orientações definidas pelo Acionista e a atual fase de desenvolvimento do Empreendimento. 110 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

111 REMUNERAÇÕES Órgãos Sociais ESTATUTO REMUNERATÓRIO FIXADO MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente Secretário Senha de Presença no valor de 645,77 euros (por reunião de Assembleia Geral, normalmente uma por ano) Senha de Presença no valor de 387,97 euros (por reunião de Assembleia Geral, normalmente uma por ano) CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (Administradores Executivos) PRESIDENTE Remuneração de 5.465,43 (14 vezes no corrente ano) (*) Remuneração com redução de (5% ) ,16 Remuneração com redução de (5% +10% ) ,94 Viatura de Serviço (limite de aquisição de ,00 ); Motorista; Telemóvel (limite mensal de 95,00 ) ; Seguro de Saúde (311,28 por ano); Seguro de Acidentes Pessoais (264,00 por ano) VOGAIS Remuneração de 4.675,41 (14 vezes no corrente ano) (*) Remuneração com redução de (5% ) ,64 Remuneração com redução de (5% +10% ) ,48 Viatura de Serviço (limite de aquisição de ,00 ); Telemóvel (limite mensal de 95,00 ) ; Seguro de Saúde (311,28 por ano); Seguro de Acidentes Pessoais (264,00 por ano) ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO Revisor Oficial de Contas Conselho Fiscal Honorários ,00 Despesas de deslocação (transporte e alojamento), conforme Art.º59 do Estatutos do ROC. Honorários Presidente - 20% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de Administração Honorários Vogais - 15% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de Administração (*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em 2013, relativamente ao total de remunerações recebidas anualmente, tendo-se mantido no que respeita ao valor de cada remuneração. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010 de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%, 111 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

112 respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do artº. 29º - Suspensão do pagamento dos subsídios de férias ou equivalente - da Lei nº66-b/2012, de 31 de dezembro, foi também reposto o pagamento dos subsídios de férias. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo 28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em duodécimos. Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), como medida excecional de estabilidade orçamental foi suspenso, em 2012, o pagamento de subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses, conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de dezembro. Mesa da Assembleia Geral Mandato Estatuto Remuneração Anual ( ) Cargo Nome Remuneratório (Início - Fim) Bruta (2) Reduções (Lei Fixado ( ) (1) OE) Bruta após reduções ( ) Presidente Carlos Alberto Martins Portas 645,77 645, ,77 ( ) Secretário José Pedro da Silva Martins ( ) Secretária Cristina maria Pereir Freire 387,97 387, ,97 Legenda: (1) - Valor da Senha de presença fixada (2) - Antes de reduções remuneratórias Conselho de Administração Mandato Cargo Nome Designação (Início - Fim) Doc. (1) Data ( ) Presidente João Cláudio Cabral de Oliveira Basto AG ( ) Presidente José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema DSU ( ) Vogal Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo AG ( ) Vogal Jorge Manuel Vazquez Gonzalez AG Legenda: (1) Indicar Resolução (R)/AG/DUE/Despacho (D)/Deliberação Social Unânime por escrito (DSU) EGP OPRLO Nome Fixado Classificação Vencimento Despesas Representação Identificar Entidade Pagadora [S/N] [A/B/C] Valor (mensal) [Identifica/n.a.] [O/D] João Cláudio Cabral de Oliveira Basto S B José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema S B Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo S B Jorge Manuel Vazquez Gonzalez S B Nota: EGP - Estatuto do Gestor Público; OPRLO - Opção pela Remuneração do Lugar de Origem; O/D: Origem/Destino 112 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

113 Nome Variável Fixa** Outra *** Redução Lei 12-A/2010 Redução (Lei OE) Redução Anos Anteriores* Bruta após Reduções João Cláudio Cabral de Oliveira Basto José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Jorge Manuel Vazquez Gonzalez Nota: Redução de anos anteriores: refere a remunerações regularizadas no ano em referencia pertencentes a anos anteriores * Indicar os motivos subjacentes a este procedimento ** Incluir a remuneração + despesas de representação *** Valor correspondente a férias não gozadas EGP Nome Sub. Refeição Beneficios Sociais ( ) Regime de Proteção Social Seguro de Outros Seguro de Seguro de Acidentes Identificar Valor Saúde Vida Identificar Valor Pessoais João Cláudio Cabral de Oliveira Basto Seg. Social José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema 135 Seg. Social Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Seg. Social Jorge Manuel Vazquez Gonzalez Seg. Social Nome Acumulação de Funções - Valores Anuais ( ) Entidade Função Regime Bruta Redução (Lei OE) João Cláudio Cabral de Oliveira Basto José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Jorge Manuel Vazquez Gonzalez Nota: No caso do exercicio de funções ser em regime privado colocar n.a. (não aplicável) nos campos das reduções Bruta após Reduções Nome Plafond Mensal Definido Gastos com Comunicações - Móveis ( ) Valor Anual Observações João Cláudio Cabral de Oliveira Basto José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Jorge Manuel Vazquez Gonzalez Viatura Atribuida Celebração do contrato Valor de Referência da Viatura Encargos com Viaturas Modalidade (1) Ano Início Ano Termo N.º Prestações Valor da Renda Mensal Valor Anual João Cláudio Cabral de Oliveira Basto Leasing José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema Leasing Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Leasing Jorge Manuel Vazquez Gonzalez Leasing RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

114 Nome Plafond Mensal definido para Combustivel Gastos anuais associados a Viaturas ( ) Portagens Outras Reparações Seguro Observações João Cláudio Cabral de Oliveira Basto José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Jorge Manuel Vazquez Gonzalez Nome Deslocações em Serviço Gastos anuais associados a Deslocações em Serviço Custo com Alojamento Ajudas de Custo Identificar João Cláudio Cabral de Oliveira Basto José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Jorge Manuel Vazquez Gonzalez Outras Valor Gasto Total com Viagens (Σ) Fiscalização Conselho Fiscal Mandato Designação Estatuto Remuneratório Cargo Nome (Início - Fim) Doc. (1) Data Fixado (mensal) ( ) Presidente António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves AG ( ) Vogal Orlando José Manuel de Castro Borges AG ( ) Vogal Nelson Manuel Costa dos Santos DSU ( ) Vogal Suplente Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio AG Legenda: (1) Indicar AG/DUE/Despacho/Deliberação Social Unânime por escrito(dsu) Remuneração Anual ( ) Nome Bruta Redução (Lei OE) Bruta após Redução António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves Orlando José Manuel de Castro Borges Nelson Manuel Costa dos Santos Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

115 Revisor Oficial de Contas Mandato (Início - Fim) ( ) Cargo Revisor Oficial de Contas Nome Identificação SROC/ROC Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr José Vieira dos Reis Número Designação Remuneração ( ) N.º Registo na CMVM (2) Doc. (1) Data Limite fixado Contratada N.º de Mandatos exercidos na Sociedade AG de Notas: Suplente (SROC e ROC) não existe Legenda: (1) Indicar AG/DUE/Despacho (D) (2) O Auditor Externo da EDIA junto da CMVM é o ROC. Nome Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr José Vieira dos Reis Bruta Remuneração Anual ( ) Redução (Lei OE) Bruta após Redução Nota: Celebrou-se um contrato em 2012, por um período de 3 anos, no valor total de ,00, o que perfaz, anualmente, um montante de ,00 para o triénio Auditor Externo Identificação do Auditor Externo (SROC/ROC) Data da Contratação Remuneração Anual ( ) Nome BDO & Associados N.º de Inscrição na OROC N.º Registo na CMVM (1) Data Período Valor da Prestação de Serviços Redução (Lei OE) Bruta após Reduções Legenda: (1) O Auditor Externo da EDIA junto da CMVM é o ROC. Nota: Em 2012 celebrou-se um contrato por um período de 3 anos, no valor total de ,00, o que perfaz, anualmente, um montante de ,00 para o triénio Restantes Colaboradores No âmbito dos recursos humanos, a EDIA manteve em 2013, e por força da aplicação do número 1 do artigo 27.º da Lei 66-B/2012 de 31 de dezembro (LOE 2013), as reduções salariais estabelecidas pela Lei do Orçamento de Estado de 2011 e que abrangem, recorde-se, todas as remunerações de valor superior a 1.500,00. Por outro lado, e por força da aplicação do artigo 28.º da mesma Lei, em 2013 foi reposto o pagamento do subsídio de natal, em duodécimos. Por último, e nos termos do Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 187/2013 de 22 de abril de 2013 que declarou inconstitucional o artigo 29.º da LOE 2013, foi também reposto o pagamento do 115 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

116 subsídio de férias, o qual foi processado nos termos do disposto nos artigos 2.º e 6.º Lei 39/2013 de 21 de junho. ESTATUTO DO GESTOR PÚBLICO Em consonância com o estipulado no artigo 32.º do Estatuto do Gestor Público (EGP), e conforme republicado pelo Decreto-Lei N.º 8/2012, de 18 de janeiro, designadamente, no que respeita à aplicação do disposto nos números 1.º e 2.º do artigo 32.º do antedito decreto-lei, o Conselho de Administração da EDIA não utiliza cartões de crédito, ou outros instrumentos de pagamento utilizados pelos gestores públicos, tendo por objeto a realização de despesas ao serviço da EDIA, nem aufere reembolsos de quaisquer despesas que caiam no âmbito do conceito de despesas de representação pessoal. CONTRATAÇÃO PÚBLICA No que respeita à aplicação das Normas de Contratação Pública, a EDIA está sujeita à aplicação do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei N.º 18/2008, de 29 de janeiro, por força do disposto no respetivo artigo 2.º, N.º 2, alínea a). Na aplicação das normas da contratação pública, a EDIA norteia-se pelos princípios da igualdade, da não discriminação e da transparência enunciados no artigo 2.º da Diretiva N.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, sem perder de vista outros valores igualmente relevantes como sejam a economicidade ou boa gestão financeira dos recursos públicos e a seleção da proposta mais conveniente para o interesse público. As decisões que autorizam a realização de despesa suportam-se em informações onde é justificada a necessidade de contratar e proposto o procedimento mais adequado, seguindo a tramitação prevista no CCP e as regras de procedimento estabelecidas em regulamento interno, tendo presente a necessidade de desagregar funções e objetivar as peças de cada procedimento, em particular ao nível da definição do respetivo critério de adjudicação. Foram ainda incorporadas, nos procedimentos de contratação pública implementados na EDIA, as orientações constantes do Despacho N.º 438/10-SETF, de 10 de maio. Desde há vários anos a esta parte que a EDIA tem vindo a implementar um conjunto de medidas que permitiram uma redução significativa do custo de compras médio por colaborador antecipando-se, desta forma, algumas das medidas agora abordadas. Por outro lado, e na sequência da implementação destas medidas e concomitante efeito verificado em termos de redução de custos, tem sido motivo de principal preocupação a sua manutenção, não tendo sido igualmente descuradas as possibilidades que surgem no âmbito de eventuais reduções adicionais desses custos. Paralelamente, foi implementada a desmaterialização integral dos procedimentos adjudicatórios previstos no CCP comummente utilizados na Empresa, ou seja, o concurso público e o ajuste direto segundo o regime geral ali previsto. O desenvolvimento dos referidos procedimentos em plataforma eletrónica está agora em sintonia com a desmaterialização já operada no âmbito da gestão documental interna da Empresa. No plano mais concreto da realização da despesa com a aquisição de serviços, foi deliberado pelo Conselho de Administração que, para a realização de despesas cujo valor estimado seja superior a 5.000,00, o recurso ao procedimento de ajuste direto implicará sempre o convite a pelo menos cinco entidades, só se admitindo o convite a um universo inferior de interessados 116 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

117 em casos excecionais e devidamente fundamentados, sujeitos a autorização pelo Conselho de Administração. Ainda no âmbito dos manuais de aquisição de bens ou serviços, e indo de encontro também às preocupações subjacentes ao ofício-circular N.º 6132, de , da DGTF, já se havia determinado que, nos contratos de prestação de serviços de valor igual ou superior a ,00 (s/iva), a adjudicação deve ser precedida de justificação da necessidade de contratar, tanto do ponto de vista económico, como da ausência de soluções internas, bem como da explicitação dos objetivos que se pretende alcançar do ponto de vista de uma análise custobenefício. Neste momento foi já incorporada no respetivo manual de procedimentos interno, a necessidade de dar cumprimento, logo na preparação da informação que sustenta e propõe determinada aquisição, o cumprimento do disposto no artigo 127.º do CCP (na redação da Lei N.º 64- B/2011, de 30 de dezembro, com início de vigência em 1 de janeiro de 2012), nos termos do qual a publicitação no portal dos contratos públicos, de todos os contratos celebrados por ajuste direto e com um valor igual ou superior a 5.000,00, deve conter a fundamentação da necessidade de recurso ao ajuste direto, em especial sobre a impossibilidade de satisfação da necessidade por via dos recursos próprios da Administração Pública. No ano de 2013, a EDIA adjudicou contratos de valores superiores a ,00. Rede Primária Valor de Adjudicação ( ) Subsistema Ardila Circuito Hidráulico Amoreira - Caliços ,00 Circuito Hidráulico Caliços - Pias ,00 Subsistema Pedrógão Circuito Hidráulico de S. Pedro - Baleizão ,00 Circuito Hidráulico de Baleizão - Quintos ,79 Rede Secundária Valor de Adjudicação ( ) Subsistema Alqueva Blocos de Rega Cinco Reis - Tridade ,00 Subsistema Pedrógão Blocos de Rega de S. Pedro - Baleizão ,24 Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Baleizão - Quintos ,99 Blocos de Rega 4 e 5 de Baleizão - Quintos ,53 Por outro lado, e no que respeita à justificação da realização de cada despesa, foi dado corpo à necessidade de recorrer a procedimentos concorrenciais, exigindo-se, nos manuais de aquisição de bens ou serviços em vigor na empresa, que a opção pelo procedimento de convite a uma 117 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

118 única entidade tenha sempre a acompanhá-la uma justificação técnica, económica, de urgência ou outra, para que não se alargue o universo de concorrentes. Definida a orientação para que o fator preço assuma um peso crescente nos critérios de adjudicação procurou-se, por essa via, a obtenção de ganhos não só de eficiência e racionalização, mas também de transparência. Foi ainda implementada uma aplicação informática que facilita, logo aquando da seleção e proposta das entidades a convidar, o controlo dos limites estabelecidos pelo n.º 2 do artigo 113.º do Código dos Contratos Públicos. No que respeita à recomendação de incentivar as empresas a auscultar as suas competências internas, ao longo do presente relatório são efetuadas diversas referências ao esforço significativo desenvolvido pela EDIA no sentido de desenvolver a sua atividade com os mesmos ou, se possível, com um menor número de recursos, estratégia que, em 2013, sem por em causa a prossecução das atividades programadas. Por último, e considerando o despacho n.º 10754/2011 de 19 de agosto do Ministério da Agricultura, do Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT), onde se identificam as medidas de contenção orçamental e de limitação de despesa pública no âmbito deste Ministério articulado com todas as orientações emanadas da Tutela Financeira relativamente às medidas de controlo e execução de despesa pública, as competências para a realização de despesas e matéria de aquisição de bens e serviços encontram-se definidas na Ordem de Serviço N.º 1/2013, que tem como objetivo estabelecer regras claras e eficazes para a gestão dos recursos financeiros da Empresa. Este documento define de forma detalhada: Uma hierarquia escalonada de delegação de competências por níveis de responsabilidades; e A forma de aprovação, conferência e validação da despesa realizada. SISTEMA NACIONAL DE COMPRAS PÚBLICAS A EDIA, no aprovisionamento dos bens e serviços necessários à sua atividade, cumpre escrupulosamente a legislação em vigor e as orientações emanadas pelo seu Acionista. A existência de um modelo de governo claramente conhecido por todos os colaboradores, com atribuições diversificadas de competências, e de serviços centrais de compras, permitem a obtenção de economias de escala que se têm vindo a revelar eficientes e vantajosas na gestão da Empresa. Destacam-se, nesta matéria, os resultados obtidos na área da prestação de serviços de informática, de comunicações móveis, de gestão do património e de consumíveis. Referencie-se, de igual modo, que a EDIA já procedeu à desmaterialização de todo o ciclo de procedimento de contratação pública. A nível interno desde a autorização da despesa, validada sobre a plataforma de gestão documental e apoiada no SAP e ao nível da relação com os fornecedores pela utilização de uma plataforma eletrónica de contratação pública, interligada com o Portal Oficial dos Contratos Públicos. Por outro lado, com a progressiva entrada da empresa em fase de exploração, e tendo em conta a necessidade de contribuir para racionalização dos gastos e desburocratização dos processos públicos de aprovisionamento, a EDIA aderiu ao Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP), através da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I.P. (espap), 118 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

119 procedendo à avaliação das vantagens que possam advir desta modalidade de provimento de bens e serviços. Por fim, foi definida a orientação para que o fator preço assuma um peso crescente nos critérios de adjudicação adotados, procurando por essa via ganhos não só de eficiência e racionalização mas também de transparência. PARQUE DE VEÍCULOS DO ESTADO Relativamente ao parque de veículos do Estado, a EDIA possui, atualmente, 62 viaturas, referencie-se o desenvolvimento de algumas medidas, tais como: Não permitir o abastecimento utilizando combustíveis aditivados; Manter o alargamento dos prazos contratuais AOV (Aluguer Operacional de Veículos) para o prazo máximo de 54 meses, quando possível; e Manutenção de modelos de viaturas de gama inferior, nos respetivos contratos AOV, permitindo assim, valores de renda mais baixos. MEDIDAS DE REDUÇÃO DE GASTOS OPERACIONAIS (Oficio circular n.º 7896, de 8 de outubro, Instrumentos Previsionais de Gestão-2013) Em 2013, a redução dos custos operacionais promovida pela EDIA foi de 36,88% relativamente ao valor registado em 2010 o que gerou uma poupança superior aos 15% estipulados pelo Plano de Redução de Custos Operacionais, por outro lado também se assegurou a redução desses custos no volume de negócios. No que diz respeito a deslocações, ajudas de custo e alojamento a EDIA também cumpre com o estipulado, já nas comunicações ultrapassa-se o definido, embora apresente uma redução de 39,31%, justificado pelo aumento da área de exploração ( ha), tendo como consequência um aumento das necessidades de comunicações de voz, de dados (telegestão) e gastos postais. PRC Variação 2013/2010 Cumprimento Absoluta % Identificar [S/N] CMVMC (m ) 28,50 16,18 11,57 10,68 15,18-1,00-6,19% FSE (m ) , , , , , ,76-40,46% Deslocações/Estadas 64,21 34,90 36,97 22,69 32,72-2,18-6,27% S Ajudas de custo 182,19 153,29 62,3 31,04 32,58-120,71-78,74% S Comunicações 121,00 188,25 156,99 121,7 114,25-74,00-39,31% N Gastos com o pessoal (m ) 6.486, , , , ,84-170,15-2,68% Total , , , , , ,91-36,88 S Volume dee Negócios (m ) , , , , , ,11 50,36% Peso dos Gastos no VN (%) 1040,88% 574,28% 417,61% 335,68% 241,07% -333,19% -58,02% S 119 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

120 Quadro de Pessoal Número de R.H. sem Órgãos Sociais (O.S.) Número de cargos dirigentes sem O.S Número de Órgãos Sociais GastosTotais com pessoal , , , ,65 Gastos com Órgãos Sociais , , , ,63 Gastos com Dirigentes sem O.S , , , ,21 Gastos com R.H. sem O.S. e sem Dirigentes , , , ,81 Rescisões / Indemnizações ( ) 0,00 0,00 0, ,00 Na sequência das orientações transmitidas pela Tutela, a Empresa, apesar de assegurar uma forte componente da atividade de exploração dos perímetros de rega e de prosseguir a construção das infraestruturas da rede primária e da rede secundária, conforme a programação das atividades aprovados pelo acionista, tem vindo a reduzir o seu número global de colaboradores, privilegiando a redistribuição de tarefas entre os funcionários já ao seu serviço, através da adoção de políticas de mobilidade interna. De facto, em 31 de dezembro de 2010, o quadro de pessoal da EDIA era composto por 194 colaboradores, no final de 2011 era de 192 colaboradores, tendo passado para 188 em 2012 e, por último, para 187 colaboradores no final de Em conformidade com os seus objetivos e estatutos, o forte empenho dos recursos humanos da EDIA demonstrou-se, de forma particularmente expressiva, pelo reforço da valorização e introdução dos conceitos de flexibilidade e polivalência no interior da organização, facto que deu origem à transferência de colaboradores entre áreas, reforçando as áreas de exploração e a nova área comercial, de promoção do regadio. A política prosseguida pela EDIA ao longo do ano focou-se no redireccionamento de alguns dos seus recursos humanos para novas áreas de atuação da organização, através da reconversão das tarefas pelos quais os mesmos passaram a ser responsáveis. Realce-se que este aumento e diversificação das atividades da Empresa se efetuou com base num quadro de pessoal que se encontra estabilizado, tendo mesmo ocorrido, em 2013, um decréscimo no número total de colaboradores. PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA DO ESTADO Para ir de encontro ao cumprimento do princípio de unidade de tesouraria previsto no artigo 28º do Decreto-Lei nº133/2013, de 3 de outubro, a EDIA procedeu à abertura de contas bancárias no Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I. P. (IGCP), com o intuito de manter as suas disponibilidades e aplicações financeiras na referida entidade. RECOMENDAÇÕES RESULTANTES DE AUDITORIAS DO TRIBUNAL DE CONTAS Não obstante o Tribunal de Contas não ter procedido a nenhuma auditoria no decurso de 2013 e, por esse motivo, não terem havido recomendações deste órgão de soberania, referenciam-se, no entanto, as observações, apresentadas no Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas N.º 32/10/2.º S, subordinado ao tema Despesas de consultoria a entidades do SEE : que, pelo seu carácter transversal se aplicam, genericamente, no âmbito de atuação da Empresa, às atividades levadas a cabo pela EDIA: 120 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

121 Introduzir maior rigor na elaboração dos seus instrumento previsionais de gestão, o que significa, neste domínio, inscrever e fundamentar nos seus planos estratégicos e/ou de atividades, as necessidades de recurso a serviços externos de consultadoria evitando abordagens casuísticas ao processo de adjudicação destes serviços; Emitir orientações para que se apresente, num documento, a definição das necessidades a serem suprimidas, os objetivos a atingir, âmbito de cada serviço e a sua exata transmissão ao consultor, tendo em vista estimular a competição e a obtenção de maior valor para a Empresa; Realizar reuniões de briefing com os concorrentes, por forma a melhorar o caderno de encargos e as propostas apresentadas; Diligenciar no sentido de elaborarem manuais internos para aquisição de bens e serviços, que incluam uma matriz custo-benefício, procedimentos e critérios de adjudicação, minutas de contrato, modelo de avaliação dos consultores externos, cadastro de consultores com bom desempenho em anteriores contratações e divulgação das lições aprendidas; Incentivar as suas empresas, na adjudicação de novos serviços, a auscultar as competências internas, que inclui a transferência de conhecimentos adquiridos em anteriores contratações e as avaliações de desempenho de consultores externos racionalizando, desta forma, o recurso generalizado ao outsourcing na aquisição de serviços de consultadoria; Privilegiar, sempre que possível, procedimentos concorrenciais. Não obstante o novo código da contratação pública, atribuir caráter facultativo à consulta ao mercado para o ajuste direto, o Tribunal recomenda o seu uso como boa prática de gestão, vindo no seguimento das diretivas comunitárias de contratação pública que vincam a natureza excecional dos procedimentos não competitivos, pugnado, assim, pela transparência e tirando vantagem dos mercados concorrenciais; Reduzir a quantidade de adjudicações em procedimentos não concorrenciais, que se situou quase em 70% do valor adjudicado. O seu recurso excecional deve ser sempre justificado em obediência ao princípio da transparência; Melhorar a relação contratual entre consultor e entidade contraente através da disponibilização de informação necessária ao consultor, imprescindível para o seu bom desempenho, uma vez que o seu sucesso é, também, o da entidade que contrata o serviço e Coligir e sistematizar formalmente a informação sobre os processos de adjudicação em matéria de aquisição de serviços, definindo quem despoletou a necessidade, quem requereu, quem decidiu a sua contratação, quem acompanhou a sua implementação e quem a avaliou. Na sequência das recomendações suprarreferidas, e formuladas no mencionado relatório, foram implementadas algumas medidas e afinados determinados procedimentos com vista à introdução de maior economia, eficiência, racionalidade e transparência na aquisição de serviços, designadamente, de serviços de consultoria. Assim, a elaboração dos Planos de Atividades e Orçamento da Empresa tem em consideração os pressupostos macroeconómicos e as linhas de orientação delineadas para as empresas públicas, observando ainda o estabelecido em termos de medidas de racionalização e redução de custos definidas pelo Governo. Para tal, após a recolha dos vários contributos de todas as áreas operacionais da Empresa, os serviços financeiros responsáveis, com vista a uma maior seletividade no investimento público e, simultaneamente, a uma maior redução no crescimento dos níveis de endividamento, submete à aprovação do Conselho de Administração e 121 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

122 posteriormente à Tutela, o Orçamento anual global, adequado aos recursos e fontes de financiamento disponíveis, não descurando o cumprimento da missão e objetivos, bem como as estratégias de sustentabilidade do ponto de vista económico, social e ambiental. Mensalmente, no plano de acompanhamento e controlo financeiro, a EDIA monitoriza as atividades e respetivos custos e implementa medidas adicionais, caso se justifique. Referencie-se igualmente, que no âmbito da elaboração dos diversos documentos de report das atividades da Empresa (caso dos Planos de Atividades e Orçamento e Relatórios de Gestão da Empresa, por exemplo) são, de igual forma, seguidas e aplicadas as orientações vertidas e os objetivos definidos nos documentos remetidos, para esse efeito, pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) caso, designadamente, das instruções sobre a elaboração dos instrumentos previsionais de gestão e dos instrumentos de prestação de contas veiculadas por esta entidade e que têm de ser observadas aquando da elaboração dos referidos documentos. Destaque-se ainda, por outro lado, que no âmbito do novo Regime Jurídico do Setor Público Empresarial (RJSPE) decorrente do Decreto-lei n.º. 133/2013, de 03 de outubro, foram introduzidas alterações significativas em termos da elaboração dos Planos de Atividades e Orçamentos Anuais e Plurianuais, Planos de Investimento e fontes de financiamento, assim como nos documentos de prestação anual de contas e relatórios de execução orçamental das empresas do Setor Empresarial do Estado (SEE), onde a EDIA se inclui, e a cujas matérias relacionadas tem também de assegurar a respetiva observância nos termos da lei. Por outro lado, e no plano mais concreto da realização da despesa com a aquisição de serviços, foi deliberado pelo Conselho de Administração que, para a realização de despesas cujo valor estimado seja superior a 5.000,00, o recurso ao procedimento de ajuste direto implicará sempre o convite a pelo menos cinco entidades, só se admitindo o convite a um universo inferior de interessados em casos excecionais e devidamente fundamentados, sujeitos a autorização pelo Conselho de Administração. No que respeita à justificação da realização de cada despesa, foi dado corpo à necessidade de recorrer a procedimentos concorrenciais, exigindo-se, nos manuais de aquisição de bens ou serviços em vigor na empresa, que a opção pelo procedimento de convite a uma única entidade tenha sempre a acompanhá-la uma justificação técnica, económica, de urgência ou outra, para que não se alargue o universo de concorrentes. Ainda no âmbito dos manuais de aquisição de bens ou serviços, e indo de encontro também às preocupações subjacentes ao ofício-circular n.º 6132, de 06 de junho de 2010, da DGTF estabeleceu-se que, nos contratos de prestação de serviços de valor igual ou superior a ,00 (s/iva), a adjudicação deve ser precedida de justificação da necessidade de contratar, tanto do ponto de vista económico, como da ausência de soluções internas, bem como da explicitação dos objetivos que se pretende alcançar do ponto de vista da análise custobenefício. Definida a orientação para que o fator preço assuma um peso crescente nos critérios de adjudicação procurando, por essa via, ganhos não só de eficiência e racionalização, mas também de transparência. Foi ainda implementada uma aplicação informática que facilita, logo aquando da seleção e proposta das entidades a convidar, o controlo dos limites estabelecidos pelo n.º 2 do artigo 113.º do Código dos Contratos Públicos. 122 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

123 Por último, e no que respeita à recomendação de incentivar as empresas a auscultar as suas competências internas, referencie-se o esforço significativo desenvolvido pela EDIA no sentido de desenvolver a sua atividade com os mesmos, ou mesmo, com um menor número de recursos, estratégia que resultou não só na realização de diversos concursos de mobilidade interna com vista à supressão de necessidades entretanto sentidas e que decorrem da nova estratégia delineada para a Empresa, definida pelo órgão de gestão, e que se traduziu na alteração do seu organograma empresarial, como também na concretização, pela primeira vez, de trabalhos de âmbito eminentemente técnico inerentes à normal atividade da Empresa com base apenas na massa crítica, ou seja, através do now how dos seus recursos internos. 123 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

124 ANEXOS SOLICITADOS PELA DGTF Informação a constar no Site do SEE Estatutos actualizados (PDF) Historial, Visão, Missão e Estratégia Ficha sintese da empresa Identificação da Empresa: Missão, objectivos, politicas, obrig. serv. público e modelo de financiamento Modelo Governo / Ident. Orgãos Sociais: Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais) Estatuto remuneratório fixado Remunerações auferidas e demais regalias Regulamentos e Transacções: Regulamentos Internos e Externos Transações Relevantes c/ entidade(s) relacionada(s) Outras transacções Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental Avaliação do cumprimento dos PBG Código de Ética Informação Financeira histórica e actual Esforço Financeiro do Estado Divulgação S N N.A. x x x x x x x x x x x x x x x Comentários 124 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

125 Apêndice 2 - EPNF Cumprimento das Orientações legais Cumprimento Quantificação/Identificação S N N.A. Justificação/Refeência ao ponto do Relatório Objectivos de Gestão / Planos de Atividades e Orçamento: Objetivo 1 x Objetivo 2 x Objetivo 3 x Gestão do Risco Financeiro x Limites de Crescimento do Endividamento x 4% Evolução do PMP a fornecedores x 79 Divulgação dos Atrasos nos Pagamentos ("Arrears ") x ,64 Recomendações do acionista na aprovação de contas Recomendação 1 x Recomendação 2 Etc. Remunerações Não atribuição de prémios de gestão, nos termos art.º 37.º da Lei 66-B/2012 x Não aplicável Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos do art.º 27.º da Lei 66-B/2012 x ,00 Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010 x 9.434,00 Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº 75º da Lei 66-B/2012 x ,00 Restantes trabalhadores - redução remuneratória, nos termos do art.º 27º da Lei 66-B/2012 x ,13 Restantes trabalhadores - proibição de valorizações remuneratórias, nos termos do art.º 35º da Lei 66-B/2012 x Não aplicável Artigo 32.º do EGP Utilização de cartões de crédito x Reembolso de despesas de representação pessoal x Contratação Pública Aplicação das Normas de contratação pública pela empresa x pág. 105 Aplicação das Normas de contratação pública pelas participadas x pág. 105 Contratos submetidos a visto prévio do TC x 8 contratos, no valor total de ,55 Auditorias do Tribunal de Contas Recomendação 1 x pág. 108 Recomendação 2 Etc. Parque Automóvel x 6,8% Em 2012 a EDIA possuia 58 viaturas e em 2013, 62 Gastos Operacionais das Empresas Públicas (artigo 64.º da Lei n.º 66-B/2012) x quadro anexo 6 Pág. 106 Redução de Trabalhadores (artigo 63.º da Lei n.º 66-B/2012) N.º de trabalhadores x -1,2% Em 2012 a EDIA possuia 162 trabalhadores e em N.º de cargos dirigentes x 3,8% Em 2012 a EDIA possuia 26 dirigentes e em 2013, 27 Princípio da Unidade de Tesouraria (artigo 124.º da Lei n.º 66-B/2012) x 69,9% 125 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

126 GRELHA REFERENTE ÀS PRÁTICAS DE BOA GESTÃO SOCIETÁRIA ADOTADAS PELA EDIA EM 2013 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações SIM Não SIM NÃO I Missão, Objetivos e Politicas 1. Indicação da missão e da forma como é prosseguida, assim como a visão e os valores que orientam a empresa. 2. Políticas e linhas de ação desencadeadas no âmbito da estratégia definida X X X X Pág. 5 Pág Indicação dos objetivos e do grau de cumprimento dos mesmos, assim como a justificação dos desvios verificados e as medidas de correção aplicadas ou a aplicar. 4. Indicação dos fatores chave de que dependem os resultados da empresa. II Estrutura de Capital X X X X Pág. 6-9 Pág Estrutura de capital X X Pág Eventuais limitações à Pág. 11 titularidade e/ou X X transmissibilidade das ações. 3. Acordos parassociais. X X Pág. 11 III Participações Sociais e Obrigações detidas 1. Identificação das pessoas singulares (órgãos sociais) e/ou coletivas (Empresa) X X Pág RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

127 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações SIM Não SIM NÃO que, direta ou indiretamente, são titulares de participações noutras entidades, com indicação detalhada da percentagem de capital e de votos. 2. A aquisição e alienação de participações sociais, bem como a participação em quaisquer entidades de natureza associativa ou fundacional. 3. A prestação de garantias financeiras ou assunção de dívidas ou passivos de outras entidades. 4. Indicação sobre o número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e de fiscalização. 5. Informação sobre a existência de relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações e a sociedade. 6. Identificação dos mecanismos adotados para prevenir a existência de conflitos de interesses. IV Órgãos Sociais e Comissões X X X X X X X X X X Pág. 18 Pág. 18 Pág. 19 Pág. 19 Pág. 19 A. Mesa da Assembleia Geral 1. Composição da mesa AG, mandato e remuneração. 2. Identificação das deliberações acionistas. B. Administração e X X Pág. 20 Pág. 20 X X Não se aplica visto que o Estado, através da DGTF, é acionista único da EDIA. 127 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

128 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações Supervisão SIM Não SIM NÃO 1. Modelo de governo adotado X X Pág Regras estatutárias sobre procedimentos aplicáveis à nomeação e substituição dos membros. 3. Composição, duração do mandato, número de membros efetivos. 4. Identificação dos membros executivos e não executivos do CA e identificação dos membros independentes do CGS. 5. Elementos curriculares relevantes de cada um dos membros. 6. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas, dos membros, com acionistas a quem seja imputável participação qualificada superior a 2% dos direitos de voto. 7. Organogramas relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais. 8. Funcionamento do Conselho de Administração, do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração Executivo. X X X X X X X X X X X X X X Pág. 21 Pág. 21 Pág. 22 Pág Pág. 23 Pág Pág As comissões no seio do Órgão de Administração ou supervisão e Administradores Delegados não se aplicam à EDIA. 9. Comissões existentes no órgão de administração ou supervisão. X X Pág. 26 Não aplicável à EDIA. C. Fiscalização 128 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

129 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações SIM Não SIM NÃO 1. Identificação do órgão de fiscalização correspondente ao modelo adotado e composição, indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração do mandato, número de membros efetivos e suplentes. 2. Identificação dos membros da Fiscalização 3. Elementos curriculares relevantes de cada um dos membros. 4. Funcionamento da fiscalização. D. Revisor Oficial de Contas 1. Identificação do ROC, SROC. 2. Indicação das limitações, legais. 3. Indicação do número de anos em que a SROC e/ou ROC exerce funções consecutivamente junto da sociedade/grupo. 4. Descrição de outros serviços prestados pelo SROC à sociedade. E. Auditor Externo Pág. 27 X X X X Pág. 27 X X Pág X X Pág. 30 X X Pág X X Pág. 31 Pág. 32 X X X X Pág Identificação. X X Pág Política e periodicidade da rotação. 3. Identificação de trabalhos, distintos dos de auditoria, realizados. 4. Indicação do montante da remuneração anual paga. V. Organização Interna X X Pág. 33 X X Pág. 34 X X Pág. 34 A. Estatutos e Comunicações 129 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

130 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações SIM Não SIM NÃO 1. Alteração dos estatutos da sociedade - Regras aplicáveis 2. Comunicação de irregularidades. 3. Indicação das políticas antifraude. B. Controlo interno e gestão de riscos 1. Informação sobre a existência de um sistema de controlo interno (SCI). 2. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou SCI. 3. Principais medidas adotadas na política de risco. 4. Relações de dependência hierárquica e/ou funcional. 5. Outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos. 6. Identificação principais tipos de riscos. 7. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo, gestão e mitigação de riscos. 8. Elementos do SCI e de gestão de risco implementados na sociedade. C. Regulamentos e Códigos 1. Regulamentos internos aplicáveis e regulamentos externos. 2. Códigos de conduta e de Código de Ética. D. Sítio de Internet X X Pág. 35 X X Pág. 35 X X Pág X X Pág X X Pág. 37 X X Pág X X Pág X X Pág. 43 X X Pág Pág. 45 X X Pág. 46 X X X X Pág X X Pág Indicação do(s) endereço(s) e divulgação da informação disponibilizada. X X Pág RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

131 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações SIM Não SIM NÃO VI Remunerações A. Competência para a Determinação Indicação do órgão competente para fixar remuneração. B. Comissão de Fixação de Remunera. X X Pág Composição. X X Pág. 56 C. Estrutura das Remunerações 1. Política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização. X X 2. Informação sobre o modo como a remuneração é X X estruturada. 3. Componente variável da remuneração e critérios de atribuição. X X Pág. 56 Pág. 57 Pág. 57 Componente variável da remuneração e critérios de atribuição Não aplicável. 4. Diferimento do pagamento da componente variável. X X Pág. 57 Diferimento do pagamento da componente variável Não aplicável. 5. Parâmetros e fundamentos para atribuição de prémio. X X Pág. 57 Parâmetros e fundamentos para atribuição de prémio Não aplicável. 6. Regimes complementares de pensões. X X Pág. 57 Regimes complementares de pensões Não 131 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

132 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações D. Divulgação das Remunerações SIM Não SIM NÃO aplicável. 1. Indicação do montante anual da remuneração auferida. 2. Montantes pagos, por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo. X X X X Pág. 58 Pág. 58 Montantes pagos, por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo Não aplicável. 3. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou prémios. X X Pág. 58 Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou prémios Não aplicável. 4. Indemnizações pagas a exadministradores executivos. 5. Indicação do montante anual da remuneração auferida do órgão de fiscalização da sociedade. 6. Indicação da remuneração anual da mesa da assembleia geral. VII Transações com partes Relacionadas e Outras 1. Mecanismos implementados para controlo de transações com partes relacionadas. 2. Informação sobre outras transações. VIII Análise de sustentabilidade da empresa nos domínios económicos, social e ambiental X X Pág. 59 Pág. 59 X X X X Pág. 59 X X Pág. 60 X X Pág RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

133 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações SIM Não SIM NÃO 1. Estratégias adotadas e grau de cumprimento das metas fixadas. X X Pág Políticas prosseguidas. X X Pág Forma de cumprimento dos princípios inerentes a uma adequada gestão empresarial: IX a) Responsabilidade social b) Responsabilidade ambiental c) Responsabilidade económica. Avaliação do Governo Societário X X Pág Cumprimento das X X Pág. 67 Não aplicável. Recomendações 2. Outras informações X X Pág. 67 Não aplicável. 133 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

134 134 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

135 3. CONTAS INDIVIDUAIS 135 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

136 136 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

137 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 Balanço ATIVO Ativo Não Corrente Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis 7 e Participações Financeiras - Método Equivalência Patrimonial Participações Financeiras - Outros Métodos Ativos por Impostos Diferidos Depósitos Cativos Ativo Corrente Inventários Clientes Adiantamentos a Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Acionistas/Sócios Outras Contas a Receber Diferimentos Caixa e Depósitos Bancários Euros Total do Ativo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Balanço Notas 31-Dez Dez-12 Capital Próprio Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados 16 e Ajustamentos em Ativos Financeiros Outras Variações no Capital Próprio Resultado Líquido do Período Total do Capital Próprio Passivo Não Corrente Provisões Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar Passivos por Impostos Diferidos Diferimentos Passivo Corrente Fornecedores Adiantamento de Clientes Estado e Outros Entes Públicos Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar Diferimentos Total do Passivo Total do Capital Próprio e do Passivo A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração 137 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

138 Demonstração dos Resultados Demonstração dos Resultados Notas 31-Dez Dez-12 Vendas e Prestações de Serviços Subsídios à Exploração Ganhos/Perdas Imputados de Subsidiárias, Associadas e Empreendimentos Conjuntos 8 ( ) ( ) Variação nos Inventários da Produção Trabalhos para a Própria Entidade Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (15.176) (10.676) Fornecimentos e Serviços Externos 23 ( ) ( ) Gastos com o Pessoal 24 ( ) ( ) Provisões (Aumentos/Reduções) 18 ( ) ( ) Imparidades de Dívidas a Receber (Perdas/Reversões) 17 ( ) ( ) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas 26 ( ) ( ) Resultado Antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 28 ( ) ( ) Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) 17 ( ) Resultado Operacional (Antes de Gastos de Financiamento e Impostos) ( ) Juros e Rendimentos Similares Obtidos Juros e Gastos Similares Suportados 27 ( ) ( ) Resultado Antes de Impostos ( ) Imposto sobre o Rendimento do Período 9 ( ) Resultado Líquido do Período ( ) Euros A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração 138 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

139 Demonstração das Alterações no Capital Próprio Euros Demonstração das Alterações no Capital Próprio Capital Realizado Ajustamentos em Ativos Financeiros Outras Reservas Resultados Transitados Outras Variações no Capital Próprio Resultado Líquido do Periodo TOTAL Saldo em 1 de janeiro de Alterações no Período Aplicação do Resultado liquido de Efeito de Aplicação do Método Equivalência Patrimonial Subsidios ao Investimento reconhecidos no Capital Próprio Impostos Diferidos relativos a Subsidios ao Investimento Aumento/Redução de Capital Resultado Liquído do Período Resultado Integral Saldo em 31 de dezembro de Saldo em 1 de janeiro de Alterações no Período Aplicação do Resultado liquido de Efeito de Aplicação do Método Equivalência Patrimonial Subsidios ao Investimento reconhecidos no Capital Próprio Impostos Diferidos relativos a Subsidios ao Investimento Aumento/Redução de Capital Resultado Liquído do Período Resultado Integral Saldo em 31 de dezembro de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

140 Demonstração de Fluxos de Caixa Demonstração de Fluxos de Caixa Notas 31-Dez Dez-12 Euros Atividades Operacionais: Recebimentos de Clientes Pagamentos a Fornecedores Pagamentos ao Pessoal Caixa Gerada Pelas Operações Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento Outros Recebimentos/Pagamentos Relativos à Act. Operacional Caixa Gerada Antes das Rubricas Extraordinárias Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais Atividades de Investimento: Recebimentos Provenientes de: Ativos Fixos Tangíveis Subsídios ao Investimento Juros e Rendimentos Similares Pagamentos Respeitantes a: Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento Atividades de Financiamento: Recebimentos Provenientes de: Financiamentos Obtidos Pagamentos Respeitantes a: Financiamentos Obtidos Contratos de Locação Financeira Juros e Gastos Similares Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento Variações de Caixa e seus Equivalentes Caixa e seus Equivalentes no Início do Período Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

141 Anexo 1. Identificação da Entidade A EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (adiante EDIA, Empresa ou Entidade ) é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto - Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, segundo o qual passou a ser titular de todos os direitos e obrigações que pertenciam à Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva. O seu capital social é integralmente detido pelo Estado Português, através da Direção - Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). A 31 de dezembro de 2013, o Capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%. Nos termos do disposto no artigo 2.º daquele diploma, com a redação que lhe foi dada pelos Decretos-Lei N.º 232/98, de 22 de julho, N.º 335/01, de 24 de dezembro e N.º 42/07, de 22 de fevereiro, a EDIA tem atualmente por objeto social: A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) para fins de rega e exploração hidroelétrica, nos termos do contrato celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, em representação do Estado; A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes do sistema primário de rega do EFMA, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação; A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária afeta ao EFMA, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe forem dirigidas pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território; e A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao EFMA. No seguimento da consolidação do potencial de exploração energético, que não exclusivamente hidroelétrico, que constitui uma importante fonte potencial de receitas bem como um importante complemento à componente de regadio, foi publicado, em 17 de setembro, o Decreto-Lei N.º 313/2007, que aprovou as bases do contrato de concessão a celebrar entre a EDIA e o Estado concedente. Este Decreto veio estabelecer a concessão dos direitos de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão, respeitando os direitos adquiridos por terceiros atribuídos ao abrigo de legislação anterior. Face à legislação em vigor que regulamenta o sector dos recursos hídricos, a EDIA surge como a entidade concessionária da gestão e exploração do Empreendimento e também como titular, em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica. Em 17 de outubro de 2007, a Empresa celebrou o contrato de concessão com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento, do Território e do Desenvolvimento Regional, que regula a utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada à rega e à produção de energia 141 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

142 elétrica no sistema primário do EFMA. Neste contrato, foi conferido à EDIA a gestão e exploração do EFMA, bem como a utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento. Em 24 de outubro de 2007, foi celebrado um contrato entre a EDIA e a EDP Gestão da Produção de Energia, S.A (EDP), que atribuiu, durante 35 anos, à EDP, a exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva (260 MW), em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW), em regime especial. Este contrato estabelece ainda, os direitos de utilização privativa do respetivo domínio hídrico, tendo potenciado a valia elétrica do sistema Alqueva-Pedrógão. Após aprovação do Plano de Investimentos e Orçamentos para 2013 procedeu-se à reprogramação plurianual dos investimentos, cuja principal alteração consistiu no ajustamento do cronograma à capacidade disponível de execução, daí resultando a perspetiva de conclusão do Empreendimento em Tendo por base os valores previsionais disponíveis mantiveramse os valores globais de cada um dos principais programas de investimentos (barragem de Alqueva; central de Alqueva; barragem e central de Pedrógão; estação elevatória dos Álamos; rede primária; rede secundária de rega e desenvolvimento regional). A proposta de reprogramação do plano plurianual de investimentos do EFMA (exceto capitalizações), no montante global de M 2.479,65, foi aprovada pelo Conselho de Administração na reunião de 14 de março de Este investimento inclui os montantes realizados e previstos da rede secundária de rega (M 841,92), cuja propriedade (com exceção da infraestrutura 12, que tem um regime de concessão excecional) pertence ao Ministério da Agricultura e do Mar (MAM). Deste valor está previsto realizar entre 2014 e 2015 um montante de M 268,34 cujo financiamento comunitário está previsto no Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) e no próximo período de programação. A principal fonte de financiamento dos investimentos do EFMA tem sido os fundos comunitários, tendo-se recebido verbas de FEDER, Fundo de Coesão, FEOGA-O, FEADER e FSE, com origem em três períodos de perspetivas comunitárias ( , e ). O FEOGA-O e o FEADER têm apoiado na sua maioria os investimentos da rede secundária do EFMA; o FEDER e o Fundo de Coesão têm financiado essencialmente as infraestruturas primárias e de energia. Indica-se ainda que do investimento total previsto para o EFMA (exceto capitalizações), de M 2.479,65, até ao final de 2013 tinham-se realizado M 2.017,41, aproximadamente 4/5 do total. No âmbito das candidaturas a financiamentos comunitários a EDIA obteve, até essa data, M 956 de fundos comunitários, cerca de 47% do investimento realizado. Para fazer face à contrapartida nacional dos investimentos apoiados pelo FEOGA-O e pelo FEADER, no âmbito do QCA III e do PRODER, obteve-se M 138 de PIDDAC. O financiamento necessário tanto para a restante contrapartida nacional dos projetos apoiados pelos fundos comunitários, como para as restantes despesas (funcionamento e encargos financeiros), tiveram origem em dotações de capital (M 387) e empréstimos bancários (M 720). A Empresa tem sede social na Rua Zeca Afonso N.º 2, Beja, e conta em 31 de dezembro de 2013 com 187 colaboradores. 142 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

143 2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras 2.1. Bases de Apresentação As presentes demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações da Empresa, a partir dos seus registos contabilísticos, mantidos de acordo com as normas do Sistema de Normalização Contabilística (SNC), regulado pelos seguintes diplomas legais: Decreto-Lei N.º 158/2009, de 13 de julho (Sistema de Normalização Contabilística), com as retificações da Declaração de Retificação N.º 67-B/2009, de 11 de setembro, e com as alterações introduzidas pela Lei N.º 20/2010, de 23 de agosto; Aviso N.º 15652/2009, de 7 de setembro (Estrutura Conceptual); Aviso N.º 15653/2009, de 7 de setembro (Normas Interpretativas do SNC); Aviso N.º 15655/2009, de 7 de setembro (Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro); e Portaria N.º 1011/2009, de 9 de setembro (Código de Contas). Em todos os aspetos relativos ao reconhecimento, mensuração e divulgação foram utilizadas as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) que integram o SNC, as Normas Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro (IAS/IFRS) e as respetivas interpretações (SIC/IFRIC), de forma a colmatar lacunas ou omissões relativas a aspetos de algumas transações ou situações particulares não previstas no SNC. As demonstrações financeiras foram elaboradas utilizando os modelos das demonstrações financeiras previstas no artigo 1.º da Portaria N.º 986/2009, de 7 de setembro, designadamente o Balanço, a Demonstração dos Resultados, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração de Fluxos de Caixa e o Anexo. O normativo SNC foi utilizado na elaboração das demonstrações financeiras pela primeira vez em 2010, passando a constituir o referencial de base para os períodos subsequentes. No período findo, em 31 de dezembro de 2013, a que respeitam as presentes demonstrações financeiras não foram derrogadas quaisquer disposições do SNC que pudessem ter produzido efeitos materialmente relevantes pondo em causa a imagem verdadeira e apropriada da informação divulgada. Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração formulou julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das politicas contabilísticas e o valor dos ativos, passivos, rendimentos e gastos incorridos, relativos ao período reportado. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros fatores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Todas as estimativas efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu conhecimento, à data de 31 de dezembro, dos eventos e das transações em curso. 143 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

144 Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão no dia 25 de março. As notas do anexo passam a seguir uma sequência lógica e estruturada com referenciação cruzada às demais demonstrações financeiras. As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação destas demonstrações financeiras estão descritas abaixo e foram consistentemente aplicadas. 3. Principais Políticas Contabilísticas As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes: 3.1. Bases de mensuração usadas na preparação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras são expressas em euros, moeda funcional da Empresa. Os rendimentos e gastos são registados de acordo com o regime do acréscimo, pelo que são reconhecidos à medida que são gerados ou incorridos, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. Os rendimentos e os gastos reconhecidos na Demonstração dos Resultados que ainda não tenham sido faturados ou cuja fatura de aquisição ainda não tenha sido rececionada são registados por contrapartida de Devedores por Acréscimos de Rendimentos ou de Credores por Acréscimos de Gastos relevados nas rubricas de Balanço de Outras Contas a Receber e Outras Contas a Pagar, respetivamente. Os rendimentos recebidos e os gastos pagos antecipadamente são registados por contrapartida das rubricas de Diferimentos do Passivo e do Ativo, respetivamente. 3.1.a. Ativos Fixos Tangíveis Ativos Fixos Tangíveis são itens que: Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e Se espera que sejam usados durante mais do que um período. Os ativos fixos tangíveis da Empresa são inicialmente registados ao custo de aquisição. Após o reconhecimento inicial os ativos fixos tangíveis são mensurados ao custo deduzido das respetivas depreciações acumuladas e perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável. 144 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

145 O custo de aquisição inclui: O preço de compra do ativo; As despesas diretamente imputáveis à compra; e Os gastos estimados de desmantelamento e remoção dos ativos e de restauração do local. Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à construção ou produção de um ativo elegível para capitalização são capitalizados até ao momento em que os bens estejam substancialmente concluídos. Os gastos diretos, relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos da Empresa são capitalizados no ativo fixo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida da rubrica de Trabalhos para a Própria Entidade. Os gastos subsequentes com os ativos fixos tangíveis, grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada, são reconhecidos nesses ativos e depreciados às taxas correspondentes à vida útil esperada. Todos os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são reconhecidos como gastos do período em que são incorridos, de acordo com o regime do acréscimo. As grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou da vida útil esperada são registadas como ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente substituída é identificada e abatida. Os ganhos ou perdas decorrentes da alienação de ativos fixos tangíveis, determinadas pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia registada na data da alienação, são contabilizadas em resultados na rubrica Outros Rendimentos e Ganhos ou Outros Gastos e Perdas. No âmbito da IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, os bens afetos à concessão estão evidenciados na rubrica de Ativos Intangíveis. As depreciações dos bens do Ativo Fixo Tangível, isto é, dos bens não afetos à concessão, deduzidos do seu valor residual, são calculadas de acordo com o método da linha reta (quotas constantes) e por duodécimos a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as diversas classes de ativos: (Anos) Conta Vida Útil Terrenos e Recursos Naturais - Edifícios e Outras Construções 50 Equipamento Básico 2-32 Equipamento de Transporte 2-8 Equipamento Administrativo 1-16 Outros Ativos Fixos Tangíveis RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

146 A depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda. Em cada data de relato, a EDIA avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar em imparidade e sempre que existam tais indícios, os ativos fixos tangíveis são sujeitos a testes de imparidade. Quando o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração dos Resultados na rubrica de Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (perdas/reversões). A quantia recuperável corresponde ao valor mais alto entre o preço de venda líquido (montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação) e o valor de uso (valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil). A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram, sendo reconhecida na demonstração dos resultados como dedução à rubrica Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões). Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores, e é reconhecida como um rendimento na Demonstração dos resultados. 3.1.b. Ativos Intangíveis Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Um ativo intangível é reconhecido se, e apenas se: For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao ativo fluam para a Empresa; e O custo do ativo possa ser fiavelmente mensurado. Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido das amortizações acumuladas e eventuais perdas de imparidade, quando aplicável e só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, se possam mensurar com fiabilidade e se a Empresa possuir o controlo sobre os mesmos. A EDIA adotou, no exercício de 2010, a interpretação IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, aplicável às atividades de produção de energia e de distribuição de água desenvolvidas ao abrigo do contrato de concessão celebrado com o Estado. Assim, com efeitos à data de transição para as NCRF (1 de Janeiro de 2009) e nos exercícios de 2009 (reexpresso) e de 2010, a Empresa: Transferiu todo o investimento associado a essas atividades da rubrica de Ativos Fixos Tangíveis para a de Ativos Intangíveis ; Ajustou a política de depreciação/amortização desses investimentos e de reconhecimento em rendimentos dos respetivos subsídios, que passaram todos a ser 146 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

147 amortizados pelo método das quotas constantes ao longo do período da concessão, isto é: As infraestruturas que já se encontravam disponíveis para uso à data do início da concessão (1 de novembro de 2007) são amortizadas ao longo dos 75 anos da concessão, ou seja, de novembro de 2007 a outubro de 2082; e As infraestruturas que ainda não estavam disponíveis para uso em 1 de novembro de 2007 são amortizadas desde a data em que cada uma delas ficou ou ficará disponível para uso até ao final do período de concessão (outubro de 2082). Constituiu e passou a atualizar anualmente uma provisão para fazer face aos encargos estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas ao longo do período da concessão. A provisão para fazer face à obrigação de manter/conservar as infraestruturas engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo assim a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem, ou, caso se verifique uma reversão da provisão, a referida será registada numa conta de rendimentos. A EDIA avalia a necessidade de efetuar testes de imparidade aos seus ativos intangíveis no final de cada ano. Estes testes são efetuados sempre que são identificados eventos ou alterações nas circunstâncias que indicam que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado, possa não ser recuperado, sendo ponderada a sua realização, tendo em conta a relação custobenefício. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração dos Resultados na rubrica de Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (perdas/reversões). Uma vez que, nos termos do contrato de concessão, se tratam de ativos não alienáveis, a quantia recuperável corresponde ao respetivo valor de uso (valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo). Tendo presente as disposições da NCRF12 - Imparidade de Ativos, que referem que, Após o reconhecimento de uma perda por imparidade, o encargo com a depreciação (amortização) do ativo deve ser ajustado nos períodos futuros para imputar a quantia escriturada revista do ativo, menos o seu valor residual (se o houver) numa base sistemática, durante a sua vida útil remanescente, cessaram-se as amortizações dos bens afetos ao segmento água (e consequente reversão de perdas de imparidade no mesmo montante), cujo valor líquido contabilístico é nulo. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixam de existir e consequentemente o ativo deixa de estar em imparidade. Nos exercícios anteriores (2009 a 2012), tendo-se identificado duas unidades geradoras de caixa, a distribuição de água e a energia, foram efetuados testes de imparidade aos ativos intangíveis, calculando-se o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a esses ativos líquidos sendo que, apenas uma se encontra em imparidade: a distribuição de água. 147 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

148 Estando as imparidades relacionadas com ajustamentos periódicos do valor dos ativos intangíveis, pelo processo de alocação do gasto, via amortização, no sentido da sua valorização, não sendo neste contexto, tratados os potenciais ganhos e, havendo já evidências objetivas que existem perdas futuras no investimento e dado que a realização dos testes de imparidade (anuais) implica um aumento exponencial de encargos, os mesmos não se efetuaram em dezembro de c. Investimentos em Curso Os Investimentos em Curso representam os ativos fixos tangíveis e intangíveis ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se registados ao custo de aquisição, deduzido das perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos. Em virtude da EDIA se encontrar ainda numa fase de investimento, têm vindo a ser capitalizados: Os gastos financeiros diretamente relacionados com o financiamento do investimento que ainda se encontra em fase de construção/desenvolvimento, até ao momento em que cada infraestrutura esteja substancialmente concluída; Os gastos com o pessoal diretamente relacionado com a atividade de planeamento e obra; e Os fornecimentos e serviços externos, que são, pela sua natureza, registados nos centros de custos diretamente relacionados com a construção das infraestruturas. 3.1.d. Política de Capitalização de Encargos de Estrutura e Financeiros Os encargos financeiros relacionados com financiamentos obtidos são reconhecidos como gasto de acordo com o regime do acréscimo, com exceção dos encargos financeiros com financiamentos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou associados às concessões, que são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente concluída, sendo interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso. Os gastos de estrutura da Empresa e os gastos financeiros que têm ligação direta com o Empreendimento em fase de construção têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao longo do tempo. Com a conclusão das obras e a entrada em exploração das barragens e centrais hidroelétricas de Alqueva (em dezembro de 2005) e Pedrógão (em 2006), também com a entrada em exploração dos perímetros de rega do: (i) Monte - Novo (1.º semestre de 2009), (ii) Alvito - Pisão e Pisão (2010), (iii) Orada Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa, Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Alfundão e Infraestrutura 12 (2011), (iv) Loureiro-Alvito (1.º semestre de 2012), (v) Ervidel 1 (2.º semestre de 2012) e Ervidel 2 e 3 e o Pedrogão 1 margem direita, no ano de 2013, os gastos afetos a essas infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do exercício, e os custos financeiros a eles associados deixaram de ser capitalizados. 148 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

149 Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os gastos relativos: a) aos órgãos sociais, secretariado e gabinetes de apoio; b) à Direção de Administração e Finanças, com exceção do Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos e do Departamento de Sistemas de Informação; c) à Direção de Gestão do Património, com exceção do Departamento de Expropriações; d) à Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio; e e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia. A chave de repartição para os custos de funcionamento imputados ao investimento tem em conta o seguinte: Os gastos de funcionamento dos serviços são distribuídos pelas direções capitalizáveis com base no número de colaboradores; Os gastos das direções são imputados da seguinte forma: Direção de Infraestruturas de Rega: 100% para a rede secundária; Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia: 100% para a rede primária; e Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento: 50% para a rede primária e 50% para a rede secundária. 3.1.e. Trabalhos para a própria Entidade Nesta rubrica são reconhecidos os gastos dos recursos diretamente atribuíveis aos ativos fixos tangíveis e intangíveis, durante a sua fase de desenvolvimento/construção, quando se conclui que os mesmos serão recuperados através da realização daqueles ativos. São mensurados ao custo, sendo portanto reconhecidos sem qualquer margem, com base em informação interna especialmente preparada para o efeito (custos internos) ou nos custos de aquisição. Os Trabalhos para a Própria Entidade refletem a capitalização dos encargos de estrutura que são basicamente os gastos com o pessoal e com trabalhos efetuados por terceiros sob administração direta da Empresa. As obras de construção, executadas pela própria Empresa, bem como as reparações de equipamentos que incluem despesas com materiais, mão-de-obra direta e gastos gerais, estão associados às obras em curso do EFMA. Este procedimento está de acordo com a política de capitalização de encargos de estrutura mencionada no ponto anterior. Tais despesas são objeto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos: Os ativos desenvolvidos são identificáveis; Existe forte probabilidade de os ativos virem a gerar benefícios económicos futuros; e Os custos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável. 149 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

150 3.1.f. Participações Financeiras Empresas Subsidiárias As participações financeiras em empresas nas quais a EDIA exerce um domínio ou influência significativa são registadas pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP). De acordo com este método, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo de aquisição e posteriormente ajustadas em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quotaparte da Empresa, anualmente, nos ativos líquidos das correspondentes empresas do grupo, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. As participações são ainda ajustadas pelo valor correspondente à participação noutras variações nos capitais próprios dessas empresas por contrapartida da rubrica Ajustamentos em Ativos Financeiros. É feita uma avaliação dos investimentos financeiros quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registadas como gastos na Demonstração dos Resultados, as perdas por imparidade que se conclua existir. Outras Participações Financeiras As participações detidas no capital de entidades que não conferem à EDIA uma influência dominante ou significativa (participações representativas de menos de 20% do respetivo capital) encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas. Conforme previsto na NCRF27 - Instrumentos Financeiros, à data do relato, a EDIA avalia a imparidade de todos os ativos financeiros, que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidades, é reconhecida uma perda por imparidade na Demonstração dos Resultados. 3.1.g. Locações A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da sua substância e não da forma legal do contrato, dando cumprimento aos critérios estabelecidos na NCRF 9 - Locações. As locações são classificadas como financeiras, sempre que nos seus termos ocorra a transferência substancial para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à propriedade do bem. Todas as restantes operações são classificadas como locações operacionais. Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo os ativos fixos tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. 150 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

151 Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são reconhecidos como gastos na Demonstração dos Resultados do exercício a que respeitam. Como referido acima, as locações operacionais são aquelas em que não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação, para o locatário. Nas locações consideradas como operacionais, os pagamentos (rendas) devidos são reconhecidos como gastos na Demonstração dos Resultados, dos períodos a que dizem respeito, numa base linear durante o período do contrato de locação. A Empresa mantém responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação operacional de viaturas. Por seu turno, os bens reconhecidos em regime de locação financeira são equipamentos administrativos (fotocopiadoras e impressoras) e uma viatura ligeira de passageiros, cujo contrato terminou em maio de Relativamente às divulgações requeridas pela norma NCRF9 - Locações, dada a reduzida expressão dos contratos de locação financeira e operacional em vigor em 2013 e anos anteriores, não se procedeu à divulgação completa da informação no que respeita à divulgação dos montantes dos pagamentos mínimos, ou que lhe possam ser exigidos (todos os pagamentos incluindo eventualmente o valor da opção de compra), em virtude da sua imaterialidade e de se considerar que não proporciona informação adicional relevante para o conhecimento da posição financeira e desempenho financeiro da Empresa e para a tomada de decisões dos diversos utilizadores da informação. 3.1.h. Instrumentos Financeiros - Ativos e Passivos Financeiros Um instrumento financeiro é um contrato que dá origem a um ativo financeiro numa entidade e a um passivo financeiro ou instrumento de capital próprio noutra entidade. Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos no Balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais. Para os ativos financeiros que apresentam indicadores de imparidade é determinado o respetivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados. Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja dinheiro ou um direito contratual de receber dinheiro. Um passivo financeiro é qualquer passivo que se consubstancie numa obrigação contratual de entregar dinheiro. Os ativos financeiros da Empresa são basicamente os Clientes, Outras Contas a Receber e Caixa e Equivalentes de Caixa. Os passivos financeiros são fundamentalmente os Financiamentos Obtidos, Fornecedores e Outras Contas a Pagar. 151 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

152 Clientes e Outras Contas a Receber No que respeita aos Clientes, as dívidas resultam de serviços prestados pela Empresa no decurso normal da sua atividade, efetuadas de acordo com as condições normais de crédito de curto prazo, pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber, deduzidos das perdas por imparidade, sendo expectável que a sua cobrança ocorra dentro de um ano ou menos, registam-se em Ativo Corrente. Não se aplica o critério de mensuração do custo amortizado aos saldos de Clientes, em virtude dos prazos de recebimento definidos, na sua maioria, serem cumpridos e não se perspetivarem atrasos significativos ou diferimentos no recebimento aquando do seu reconhecimento inicial. Assim, a aplicação do custo amortizado na mensuração dos ativos financeiros em causa não seria adequada. Mas mesmo não sendo um valor significativo, no ano de 2013, a EDIA reconheceu perdas por imparidade neste tipo de ativos financeiros (NCRF 27- Instrumentos Financeiros ). As Outras Contas a Receber são registadas pelo seu valor nominal, deduzido de eventuais perdas de imparidade, pois a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas seria nulo. As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos cash-flows esperados (descontados à taxa efetiva sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são reconhecidas na Demonstração dos Resultados do período em que são estimadas. Para efeitos de determinação das perdas por imparidade, consideram-se créditos de cobrança duvidosa aqueles que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica nos casos em que os créditos estejam em mora há mais de doze meses desde a data do respetivo vencimento e existam provas objetivas de terem sido efetuadas diligências para o seu recebimento. O saldo da rubrica de Outras Contas a Receber, reflete essencialmente: (i) a dívida da DGADR (ver Nota 14); (ii) Fundos Comunitários; (iii) Devedores por Acréscimos de Rendimentos. Os Fundos Comunitários são recebidos num curto prazo após a data do Balanço pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber (não há perdas por imparidade neste caso, pois só são reconhecidos como dívidas a receber, os subsídios que satisfazem os critérios de reconhecimento estabelecidos na NCRF 22 - Contabilização de subsídios do governo e divulgação de apoios do governo, ou seja, quando existe segurança de que a EDIA cumprirá as condições a eles associadas e de que os subsídios serão recebidos). Quanto aos Devedores por Acréscimos de Rendimentos, os mesmos são regularizados no curto prazo, sendo reconhecidos pelo valor não descontado dos rendimentos reconhecidos no exercício. 152 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

153 Caixa e Depósitos Bancários No Balanço, os montantes incluídos na rubrica de Caixa e Depósitos Bancários correspondem aos valores de caixa e aos depósitos à ordem ou a prazo. Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica Caixa e seus Equivalentes inclui os valores em caixa e depósitos à ordem, bem como os investimentos financeiros a curto prazo (incluindo os depósitos a prazo) que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. Para efeitos de Demonstração de Fluxos de Caixa, a rubrica de Caixa e seus Equivalentes é deduzida dos descobertos bancários, que no Balanço são incluídos na rubrica de Financiamentos Obtidos. Financiamentos Obtidos Os financiamentos obtidos são registados no Passivo pelo custo amortizado, sendo os correspondentes encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e, registados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. São expressos no Passivo Corrente ou não Corrente, dependendo do seu vencimento ocorrer a menos ou mais de um ano, respetivamente. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tenha havido lugar a liquidação, cancelamento ou expiração. Os encargos financeiros, relacionados com os empréstimos obtidos para financiamento do investimento em curso, são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja substancialmente concluída. Contas a Pagar Os saldos de Fornecedores, Fornecedores de Investimento e Outros Credores (não incluindo portanto os financiamentos obtidos, que tem uma secção autónoma) respeitam à generalidade das aquisições de bens e serviços contratadas pela Empresa, no decurso normal da sua atividade e de acordo com as condições normais do mercado, que correspondem a um crédito de curto prazo. Assim, estas contas a pagar são mensuradas pelo seu valor nominal, que corresponde ao valor não descontado dos fluxos de caixa a pagar. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como Passivo Corrente, caso contrário, são classificadas como Passivo não Corrente. 3.1.i. Depósitos Cativos O prazo de resolução dos processos aos quais se encontram afetos os depósitos cativos, pode abranger vários exercícios, no entanto a Empresa, para o processo cujo montante é 153 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

154 materialmente relevante, estimou a data de ocorrência dos fluxos de caixa associados e consequente aplicação do custo amortizado. 3.1.j. Inventários O valor dos inventários inclui todos os gastos de compra, gastos de conversão e outros gastos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual, encontrando-se valorizados ao custo de aquisição. No âmbito do Contrato de Entrega e respetivo Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA, assinado em 8 de abril de 2013, pela EDIA e pelo Estado, representado pela DGADR, a EDIA entregou ao Estado, as infraestruturas relativas à rede secundária de rega, já concluídas. Assim o investimento realizado, nestas infraestruturas da rede secundária que já estavam substancialmente concluídas, antes evidenciado na subconta de Produtos Acabados e Intermédios, deduzido dos respetivos subsídios ao investimento, foram transferidos para a conta da DGADR na rubrica Outras Contas a Receber. Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e a DGADR, à semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, a EDIA procedeu, em representação do Estado, à conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos a ela afetos, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel, cujo investimento se encontrava registado, em Produtos e Trabalhos em Curso e foi transferido para a conta da DGADR, na rubrica de Outras Contas a Receber (ver Nota 14). Deste modo, a 31 de dezembro de 2013, o saldo da rubrica de Inventários traduz o valor da subconta de Produtos e Trabalhos em Curso, referente aos investimentos afetos aos blocos de rega ainda em construção. 3.1.k. Reconhecimento de Gastos e Rendimentos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e rendimentos são registados no Passivo e no Ativo, respetivamente. Rédito (descrição mais pormenorizada na Nota 3.1.n) O rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das atividades ordinárias da EDIA quando esses influxos resultam em aumentos de capital próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio. O rédito é mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber. O rédito pode ser proveniente das vendas de bens, prestações de serviços e do uso de ativos que produzam juros, royalties e dividendos. 154 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

155 Encargos com Financiamentos Obtidos De acordo com o preconizado na NCRF10 - Custos de Empréstimos Obtidos, os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto do período em que sejam incorridos, de acordo com o regime do acréscimo e em conformidade com o método da taxa de juro efetiva. Os encargos financeiros com empréstimos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou associados às concessões são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente concluída, sendo também interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso. 3.1.l. Provisões São reconhecidas provisões quando: (i) a Empresa tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, resultante dum acontecimento passado, (ii) seja provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa (na data de relato) dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada considerando os riscos e incertezas associados à obrigação. Numa base semestral, as provisões são sujeitas a uma revisão, por parte do Gabinete Jurídico da Empresa, de acordo com a melhor estimativa das respetivas responsabilidades futuras, a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da EDIA são continuamente avaliados e aprovados pelo Conselho de Administração, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Empresa, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros, que nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. São constituídas provisões para processos judiciais em curso e para expropriações litigiosas, bem como de todos os encargos estimados, responsabilidade da Empresa, quando existe uma estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros, com base na avaliação da efetivação da probabilidade de pagar, tendo por base o parecer de advogados e peritos dos Tribunais Arbitrais. Na sequência do contrato de concessão celebrado com o Estado, em outubro de 2007 e na sequência da entrada em vigor das NCRF e da IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, a EDIA constitui, reforça ou reverte semestralmente a provisão, para fazer face aos encargos estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo 155 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

156 do período da concessão, não incluindo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. Neste sentido, são constituídas provisões para os gastos com a manutenção e conservação dos ativos, responsabilidade da EDIA relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas da rede secundária ao longo do período da concessão. 3.1.m. Subsídios Os subsídios são reconhecidos quando existe uma garantia razoável de que irão ser efetivamente recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios relacionados com rendimentos são reconhecidos como rendimentos na Demonstração dos Resultados no mesmo período do que os gastos que os mesmos se destinam a compensar. Com exceção dos subsídios referentes à rede secundária de rega e dos associados à atividade de distribuição de água (cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total), os subsídios atribuídos pelo Estado Português e pela União Europeia para financiar investimentos em ativos fixos são reconhecidos inicialmente no Capital Próprio na rubrica de Outras Variações nos Capitais Próprios e subsequentemente reconhecidos na Demonstração dos Resultados em Outros Rendimentos e Ganhos, numa base sistemática como rendimentos do período, de forma consistente e proporcional às depreciações dos ativos subsidiados e respetiva percentagem de comparticipação. Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega são reconhecidos em Diferimentos, no Passivo, uma vez que, quando estes ativos forem transferidos para outra entidade, os subsídios que lhes estão associados serão deduzidos ao investimento evidenciado na rubrica de Inventários, correspondendo o valor líquido ao montante que a EDIA pretende receber, por ter executado estes investimentos com fundos próprios, por conta do Estado. Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios. Os subsídios à exploração, nomeadamente para agricultura, turismo, ambiente e para a formação de colaboradores, são reconhecidos na Demonstração dos Resultados como rendimentos durante os períodos necessários para os balancear com os gastos incorridos. 3.1.n. Rédito Venda de Bens e Prestação de Serviços O reconhecimento de um rédito relativo a vendas e prestação de serviços exige que: (i) o montante possa ser fiavelmente mensurado, (ii) seja provável que os benefícios económicos futuros associados com a transação fluam para a Empresa. 156 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

157 O rédito decorrente da atividade ordinária da Empresa é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber, entendendo-se como tal o que é livremente fixado entre as partes contratantes numa base de independência, sendo que, relativamente à venda de bens e prestação de serviços, o justo valor reflete eventuais descontos concedidos e não inclui o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Na atividade de distribuição de água a Empresa apenas reconhece o rédito que resulta da aplicação das tarifas aprovadas pelo Estado. A 26 de maio de 2010 foi publicado o Despacho N.º 9000/2010, com efeitos a partir de 01 de junho, que aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de água do EFMA, que refere que: À saída da rede primária, para fornecimento de água às entidades que tenham a seu cargo a gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas integradas na rede secundária adstrita a cada perímetro: 0,042/m3; À saída da rede secundária, para fornecimento de água em alta pressão às explorações agrícolas: 0,089/m3; À saída da rede secundária, para fornecimento de água em baixa pressão às explorações agrícolas: 0,053/m3; e Fornecimento de água captada diretamente no sistema primário: 0,053/m3. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. O rédito é reconhecido com base nos valores do preço da água e nos consumos, ou seja, o rédito regista-se pelo resultado da multiplicação dos valores do preço da água aprovado pelos consumos verificados no período. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com os preços da água definidos pelo Estado, que por sua vez, na sua definição, consideram um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado nas taxas de variação média anual do índice de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal, em 2012, de 2,75%. Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de 16,05/ha/ano para a adução em baixa pressão. No que respeita à componente de exploração os valores aplicados para alta e baixa pressão são de 0,0735 /m3 e 0,0475 /m3, respetivamente. 157 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

158 Juros O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. Estes juros são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo. 3.1.o. Imposto Sobre o Rendimento O imposto sobre o rendimento engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O valor do imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de imposto sobre o rendimento respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período, ajustado de acordo com a legislação e regras fiscais. O imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável, calculado de acordo com os critérios fiscais vigentes à data do Balanço. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos diferidos decorrem das diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras, utilizando as taxas de imposto aprovadas à data de Balanço e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias reverterem. Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos como um gasto ou como um rendimento e incluídos no resultado líquido do período, exceto quando o imposto provenha de uma transação ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, diretamente no capital próprio, caso em que o respetivo imposto é diretamente debitado ou creditado ao capital próprio. Porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos ou quando existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os impostos diferidos ativos possam ser utilizados. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. A Empresa não contabiliza ativos por impostos diferidos relacionados com o reporte de prejuízos fiscais por não haver uma segurança razoável quanto à existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização desses prejuízos fiscais. Em relação às diferenças temporárias dedutíveis geradas pelas perdas de imparidade do segmento água registadas na rubrica de Ativos Intangíveis, em 2013 e anos anteriores, as mesmas só dão origem ao registo de ativos por impostos diferidos na medida em que se considera provável que esteja disponível lucro tributável contra o qual essas diferenças possam ser utilizadas, o que se verifica somente em relação a um montante equivalente ao das diferenças temporárias tributáveis associadas aos 158 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

159 subsídios registados no Capital Próprio (que dão origem ao reconhecimento de um passivo por imposto diferido associado à tributação futura desses subsídios, que ocorrerá ao longo do período em que os mesmos serão imputados como rendimentos), que se espera que venham a reverter nos mesmos períodos (isto é, de forma sistemática e regular ao longo do período da concessão) em que ocorrerá a reversão das diferenças tributárias dedutíveis. A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa de 25%, sendo a derrama calculada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável. Para a mensuração dos impostos diferidos, no encerramento das contas reportadas a 31 de dezembro de 2013, a taxa aplicada foi de 23%, uma vez que a Lei nº 2/2014 de 16 de janeiro já se encontrava aprovada pela Assembleia da República desde 20 de dezembro de 2013, inserindo-se deste modo na norma NCRF 25 - Imposto sobre o rendimento, entendimento este defendido pela Comissão de Normalização Contabilística. Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no mencionado artigo. No entanto as taxas de tributação autónoma são elevadas em 10%, uma vez que a EDIA apresenta prejuízo fiscal no período de tributação (exercício de 2013). De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro anos. Contudo, este prazo poderá ser prolongado ou suspenso desde que estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, ou se tiver havido prejuízos fiscais, situação em que, durante um período de seis anos após a sua ocorrência, relativamente a períodos anteriores a 2010 e de quatro anos relativamente aos períodos posteriores, não são suscetíveis de dedução aos lucros tributáveis que venham a ser gerados. No âmbito de uma inspeção da Autoridade Tributária à Empresa, com início em outubro de 2012, em sede de IRC, é entendimento deste órgão que as declarações de rendimentos de 2008 a 2013 poderão vir a ser corrigidas, não sendo expectável para a EDIA que das eventuais correções venha a decorrer um efeito significativo nas suas demonstrações financeiras. É convicção da Administração, que não ocorrerão liquidações adicionais de valor significativo no contexto das demonstrações financeiras. Para efeito de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), a Empresa encontra-se enquadrada no regime normal, periodicidade mensal, apresentando pedidos de reembolsos sucessivos. 3.1.p. Ativos e Passivos Contingentes Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são divulgados. 159 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

160 3.1.q. Acontecimentos Subsequentes Os acontecimentos ocorridos após a data do Balanço mas antes da data de aprovação das demonstrações financeiras pelo órgão de gestão da Empresa e desde que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do Balanço, dão lugar a ajustamentos, sendo refletidos nas demonstrações financeiras do período. Os eventos ocorridos após a data do Balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do Balanço (acontecimentos que não dão lugar a ajustamentos), são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se forem considerados materialmente relevantes. 3.1.r. Estimativas e Julgamentos Na preparação das demonstrações financeiras foram utilizados julgamentos e estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. As estimativas e pressupostos são determinadas com base no melhor conhecimento existente à data de preparação das demonstrações financeiras e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros. Nas demonstrações financeiras a 31 de dezembro de 2013, as estimativas refletidas mais significativas, incluem os estudos de imparidade realizados aos ativos intangíveis e investimentos em curso, impostos diferidos e o registo de provisões. De uma forma simples, a imparidade constitui uma estimativa de redução do valor escriturado dos ativos. Neste sentido, serve como um instrumento que proporciona à Empresa mais uma possibilidade de assegurar que as suas informações contabilísticas representam, em cada momento, da melhor forma a realidade económica das atividades desenvolvidas e o valor dos seus elementos patrimoniais. Disto depende toda a utilidade das demonstrações financeiras para o conjunto dos stakeholders, que procuram as melhores argumentações para as suas tomadas de decisão. A Empresa, com base nos testes de imparidade, verifica se os ativos estão em imparidade, de acordo com a política referida. O cálculo dos valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa envolve julgamento e na avaliação subjacente aos cálculos efetuados são utilizados pressupostos baseados na informação disponível quer do negócio, quer do enquadramento macroeconómico, em determinado momento. 160 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

161 O reconhecimento de impostos diferidos pressupõe a existência de resultados e matéria coletável futura. Os impostos diferidos, ativos e passivos, foram determinados com base na legislação fiscal atualmente em vigor ou em legislação já publicada para aplicação futura. Alterações na legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos. A Empresa exerce julgamento considerável na mensuração e reconhecimento de provisões. O julgamento é necessário de forma a aferir a probabilidade que um contencioso tem de ser bem sucedido. As provisões são constituídas quando a Empresa espera que processos em curso irão originar a saída de fluxos, a perda seja provável e possa ser razoavelmente estimada. Devido às incertezas inerentes ao processo de avaliação, as perdas reais poderão ser diferentes das originalmente estimadas na provisão. Estas estimativas estão sujeitas a alterações sempre que nova informação fica disponível. Revisões às estimativas destas perdas podem afetar os resultados futuros Políticas de Gestão do Risco Financeiro O Conselho de Administração providencia os princípios gerais para a gestão de riscos bem como os limites de exposição aos mesmos. As atividades da Empresa acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente: Risco de Mercado - fundamentalmente o das taxas de juro e o das taxas de câmbio, os quais estão associados, respetivamente, ao risco do impacto da variação das taxas de juro de mercado nos ativos e passivos financeiros e nos resultados e ao risco de flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas taxas de câmbio; Risco de Crédito - risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações financeiras; e Risco de Liquidez - risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer obrigações associadas a passivos financeiros. As atividades da EDIA estão expostas fundamentalmente ao risco da taxa de juro que advém essencialmente da contratação de empréstimos de longo prazo com taxas de juro variáveis (sendo os indexantes mais utilizados a Euribor a 3 meses e a 6 meses), não sendo utilizados quaisquer instrumentos financeiros derivados na gestão desses riscos. Esta situação prende-se com a necessidade da Empresa financiar as atividades de investimento do EFMA com o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários. A obtenção de recursos financeiros por esta via (empréstimos obrigacionistas, contas correntes caucionadas e outros) resulta de uma política financeira definida pelo único acionista, assente na contratação de empréstimos com garantia do Estado, e da não disponibilização de dotações de capital suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA. Por outro lado, a Empresa não tem gerado os meios necessários, não só para fazer face ao volume de investimentos que vem realizando, como também não dispõe de liquidez suficiente para satisfazer os encargos financeiros decorrentes da política de financiamento adotada. 161 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

162 Na Nota 19-Financiamentos Obtidos, encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante. Considera-se que, em virtude de não existirem instrumentos financeiros em moeda estrangeira e das dívidas de clientes serem reduzidas e recentes, não existem, até à presente data, riscos de outra natureza considerados relevantes que mereçam uma divulgação mais detalhada com vista a melhorar a informação e respetiva compreensão dos utilizadores sobre os riscos a que a Empresa se encontra exposta. 4. Fluxos de Caixa Para efeitos da Demonstração de Fluxos de Caixa, a Caixa e seus Equivalentes engloba o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem e também os investimentos financeiros a curto prazo, altamente líquidos, que sejam prontamente convertidos para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitas a um risco insignificante de alterações de valor. A Demonstração de Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Todos os saldos significativos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso não apresentando qualquer restrição à data de Balanço. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. As atividades de investimento incluem, nomeadamente os pagamentos e recebimentos decorrentes da compra e da venda de ativos e recebimentos de juros. As atividades de financiamento incluem os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e juros pagos. Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica de Caixa e Depósitos Bancários que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e outros equivalentes, detalha-se como segue: Euros Caixa e Depósitos Bancários 31-Dez Dez-12 Depósitos a Prazo Depósitos à Ordem Numerário RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

163 A diferença do valor apresentado em Balanço nesta rubrica ( ) e o valor de Caixa e seus Equivalentes no fim do período ( ) na Demonstração de Fluxos de Caixa (método direto), deve-se ao saldo credor no montante de , essencialmente da conta de depósitos à ordem do BCP, de juros devedores do financiamento associado ao depósito caução, que no Balanço se reflete na conta de Financiamentos Obtidos. Todas as contas de depósitos à ordem foram reconciliadas, com referência a 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. Em 2013, ocorreram alterações de políticas contabilísticas face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao período homólogo, apresentada para efeitos comparativos. Atendendo que se trata de alterações com alguma relevância no Balanço, a EDIA efetuou as seguintes reexpressões dos valores comparativos de 2012, também no sentido de permitir a comparabilidade entre rubricas: 163 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

164 Euros Balanço Notas 31/12/2012 (Aprovado) Impacto da reexpressão 31/12/2012 (Reexpresso) ATIVO Ativo Não Corrente Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis 7 e Participações Financeiras - Método Equivalência Patrimonial Participações Financeiras - Outros Métodos Ativos por Impostos Diferidos Depósitos Cativos (i) Ativo Corrente Inventários Clientes Adiantamentos a Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Acionistas/Sócios Outras Contas a Receber (i) Diferimentos Caixa e Depósitos Bancários Total do Ativo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital Próprio Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados 16 e Ajustamentos em Ativos Financeiros Outras Variações no Capital Próprio Resultado Líquido do Período Total do Capital Próprio Passivo Não Corrente Provisões Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar (iii) Passivos por Impostos Diferidos Diferimentos (ii)+(iii) Passivo Corrente Fornecedores Adiantamento de Clientes Estado e Outros Entes Públicos Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar (ii) Diferimentos Total do Passivo Total do Capital Próprio e do Passivo (i) O valor registado na conta de Outras Contas a Receber no Ativo Corrente foi reclassificado na sua maioria para uma conta de Depósitos Cativos no Ativo não Corrente, uma vez que só é expectável que os processos associados fiquem solucionados a médio e longo 164 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

165 prazo. Espera-se que os montantes dos depósitos cativos só sejam realizados num período superior a doze meses após a data do Balanço para liquidar um passivo, tendo em conta a habitual morosidade do desenvolvimento dos processos judiciais em curso. (ii) Foram transferidos da conta de Diferimentos no Passivo não Corrente para Outras Contas a Pagar no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, a título de adiantamentos, afetos à rede secundária, em que a despesa ainda não está realizada, prevendo-se a sua concretização até final do ano de 2014, dado que existe uma probabilidade efetiva de serem reembolsados. (iii) Foram transferidos da conta de Diferimentos no Passivo não Corrente para Outras Contas a Pagar no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos comunitários no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização por dedução da despesa a realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no final de 2012, e o seu encerramento está previsto para o final de Ativos Fixos Tangíveis Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os movimentos ocorridos na rubrica de Ativos Fixos Tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e nas perdas de imparidade acumuladas foram os seguintes: Euros 31-Dez-13 Edifícios e Ativos Fixos Adiantamentos Ativos Fixos Tangíveis Terrenos e Equipamento Equipamento de Equipamento Outros Ativos Outras Tangíveis por Conta de Total Recursos Naturais Básico Transporte Administrativo Fixos Tangíveis Construções em Curso Investimentos Ativo Bruto Saldo Inicial (23.072) Adições Outras Transferências/Abates (19.280) (71.197) (15.907) Saldo Final Depreciações Acumuladas Saldo Inicial Adições Outros Movimentos de Depreciações Acumuladas (19.281) (19.281) Saldo Final Valor Liquido Euros 31-Dez-12 Edifícios e Ativos Fixos Adiantamentos Ativos Fixos Tangíveis Terrenos e Equipamento Equipamento de Equipamento Outros Ativos Outras Tangíveis por Conta de Total Recursos Naturais Básico Transporte Administrativo Fixos Tangíveis Construções em Curso Investimentos Ativo Bruto Saldo Inicial Adições Outras Transferências/Abates (33.706) (74.543) ( ) ( ) ( ) Saldo Final (23.072) Depreciações Acumuladas Saldo Inicial Adições Outros Movimentos de Depreciações Acumuladas (33.706) (74.332) ( ) Saldo Final Valor Liquido (23.072) Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Os principais investimentos que se encontram registados como ativos fixos tangíveis na Empresa são os terrenos sobrantes de expropriações, o edifício da sede da Empresa, o Museu da Luz, o Parque de Natureza de Noudar e o Centro de Cartografia, os quais não se encontram afetos à concessão, pelo que não revertem para o Estado no final do período de concessão do contrato. À semelhança de anos anteriores, foi efetuada a transferência desses investimentos, de em curso para a devida rubrica de Ativos Fixos Tangíveis e iniciado o processo de depreciação, bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos subsídios que lhes estão associados. 165 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

166 Nas rubricas de Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico, as adições e as outras transferências, traduzem as obras efetuadas em imóveis próprios, concretamente benfeitorias e aquisição de equipamento hoteleiro para o Parque de Natureza de Noudar, bem como de outros equipamentos a afetar às infraestruturas do EFMA, concretamente ao Museu da Luz, que já se encontram em exploração. 7. Ativos Intangíveis Os movimentos ocorridos nas principais classes de Ativos Intangíveis, registados ao custo de aquisição deduzido das respetivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, tiveram a seguinte evolução em 2013 e 2012: Ativos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico 31-Dez-13 Ativos Projetos de Programas de Desenvolvimento Computador Outros Direitos Curso Intangíveis em Adiantamentos por conta de Investimentos Ativo Bruto Saldo Inicial Adições , Outras Transferências/Abates (66.984) ( ) ( ) ( ) Saldo Final Amortizações Acumuladas Saldo Inicial Adições Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Saldo Inicial Perdas Imparidade Reconhecidas Perdas Imparidade Revertidas ( ) (13.522) ( ) Saldo Final Saldo Final Total Euros Ativos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico 31-Dez-12 Ativos Projetos de Programas de Desenvolvimento Computador Outros Direitos Curso Intangíveis em Adiantamentos por conta de Investimentos Ativo Bruto Saldo Inicial Adições , Outras Transferências/Abates (1.278) ( ) ( ) (499) Saldo Final Amortizações Acumuladas Saldo Inicial Adições Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Saldo Inicial Perdas Imparidade Reconhecidas Perdas Imparidade Revertidas (829) (829) Saldo Final Saldo Final Total Euros 7.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Em resultado da entrada em funcionamento pleno da barragem e da central hidroelétrica de Alqueva em Dezembro de 2005, e da barragem e central hidroelétrica de Pedrógão no início de 2006, foi iniciado nessas datas o respetivo processo de depreciação (incluindo a parte das barragens afeta à produção de energia, que se estima em 35,1% do investimento total das barragens), bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são amortizados) dos subsídios que lhes estão associados. 166 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

167 Subsistema Ardila Subsistema Alqueva A partir de 1 de novembro de 2007 (com a entrada em vigor do contrato de concessão), essas infraestruturas, tal como os restantes bens afetos à concessão, passaram a ser amortizadas pelo método das quotas constantes ao longo do período de 75 anos da concessão, que termina em outubro de Nos exercícios de 2009 a 2013 ficaram substancialmente concluídas e entraram em exploração vários perímetros de rega, podendo as percentagens de afetação das infraestruturas primárias a cada um dos perímetros de rega em exploração, ser resumidas da seguinte forma: Perímetros em exploração Outros Perímetros Data de Entrada em exploração /áreas/ Infraestruturas da rede primária Área Beneficiada (hectares) Perímetro Perímetro Monte Novo Alvito-Pisão Perímetro do Pisão Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom (Perímetro Pisão- Roxo) Perímetro de Alfundão Infraestrutura 12 Bloco de Ervidel Perímetro 1 (Perímetro Loureiro-Alvito Pisão-Roxo) Subsistema Alqueva Bloco de Ervidel 2 e 3 (Perímetro Pisão-Roxo) Bloco de Aljustrel Perímetro Pisão 2.ºBlocos Roxo (Perímetro Roxo Beja Sado Sado) Perímetro de Vale de Gaio Área Beneficiada (hectares) Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) ,00% 9,13% 2,35% 4,64% 3,83% 5,43% 0,43% 2,64% 3,18% 1,18% 9,61% 1,77% 2,99% 54,16% Estação Elevatória dos Álamos ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00% Barragens dos Álamos ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00% Ligação Álamos - Loureiro ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00% Barragem do Loureiro ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00% Ligação Loureiro - Monte Novo ,00% ,00% Túnel Loureiro-Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00% Tomada de Água do Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00% Segregação de Água do Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00% Ligação Alvito-Pisão ,81% 6,13% 12,12% 9,98% - - 6,90% 8,31% 3,08% 25,06% 4,61% - 100,00% Derivação a Odivelas ,51% ,49% 100,00% Ligação Pisão-Beja ,00% ,00% Ligação Pisão-Roxo ,61% ,70% 23,72% 8,79% - 13,18% - 100,00% Ligação Roxo Sado ,00% - 100,00% Barragem do Pisão ,04% - 61,96% ,00% TOTAL Perímetros em exploração Outros Perímetros Data de Entrada em exploração /áreas/infraestruturas da rede primária Área Beneficiada (hectares) Perímetro Orada Amoreira Perímetro de Brinches Perímetro Perímetro de Brinchesde Serpa Enxoé Perímetro Caliços Machados Perimetro Caliços Moura Perímetro de Pias Perímetro de Brenhas TOTAL Subsistema Ardila Área Beneficiada (hectares) Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) ,29% 4,96% 4,26% 3,99% 4,54% 1,94% 4,19% 0,68% 26,84% Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão ,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00% Barragem da Amoreira e Brinches ,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00% CH Amoreira-Caliços ,02% 17,09% 36,93% 5,96% 100,00% CH Caliços-Pias ,00% - 100,00% CH Caliços-Machados ,00% ,00% Estação Elevatória de Brinches ,52% 32,26% 30,22% ,00% Adutor Brinches Enxoé ,52% 32,26% 30,22% ,00% Barragem de Serpa ,00% ,00% Est.Elev.Torre Lóbio, Adutor Serpa e Res. Serpa Norte ,00% ,00% 167 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

168 Subsistema Pedrógão Data de Entrada em exploração /áreas/infraestruturas da rede primária Área Beneficiada (hectares) Perímetros em exploração Perímetro Pedrógão-MD Outros Perímetros Perímetro S.Pedro Baleizão Quintos Perímetro S.Matias TOTAL Subsistema Pedrógão Área Beneficiada (hectares) Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) ,36% 10,23% 4,41% 19,00% Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão-Margem Direita ,93% 53,83% 23,24% 100,00% CH S. Pedro Baleizão Quintos ,00% - 100,00% CH S. Matias ,00% 100,00% As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afetas ao EFMA, objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (barragens, centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. No termo da concessão, os bens referidos anteriormente revertem, sem qualquer indemnização, para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos e em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção. Uma vez que estas infraestruturas se encontram afetas ao segmento água e como tal, já foram objeto de ajustamento por perdas por imparidade, sendo o seu valor líquido contabilístico nulo (ver Nota 7.3), não se efetua qualquer amortização destes investimentos. Assim, o cálculo do valor das amortizações que seriam refletidas nas demonstrações financeiras se não tivessem reconhecidas anteriormente as perdas por imparidade, serve apenas para determinar qual a parte das perdas por imparidade que é aceite como gasto fiscal de cada período, nos termos do artigo 35.º do Código do IRC Outros Direitos O montante da rubrica Outros Direitos corresponde, essencialmente, à compensação financeira inicial paga pela EDIA ao Estado, no montante de , resultante do Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, com a duração de 75 anos. Este Contrato concretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. Estando esta verba diretamente relacionada com a atividade de distribuição de água (e não com a atividade de produção de energia subconcessionada à EDP), que se encontra em imparidade total, os referidos encontram-se cobertos por perdas por imparidades acumuladas de igual montante (ver Nota 7.3. adiante). 168 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

169 7.3. Perdas por Imparidade Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário, a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento água através da determinação do respetivo valor de uso, tendo concluído, em 2013 e anos anteriores (2009 a 2012), que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda por imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis - subsídios) afetos a este segmento. Assim, os ativos líquidos de amortizações, afetos a este segmento registados em Ativos Intangíveis, com valor bruto em 31 de dezembro de 2013 ( em 31 de dezembro de 2012) encontram-se totalmente compensados por perdas de imparidade acumuladas de igual montante. Os montantes afetos a cada um dos segmentos (água, energia, outros) nas rubricas do Ativo Intangível (valores brutos) foram os seguintes: Euros 31-Dez Dez-12 Ativo Intangivel Segmento Água Segmento Energia Outros Segmento Água Segmento Energia Outros Projetos Desenvolvimento Programas de Computador Outros Direitos Terrenos e Recursos Naturais Edificios e Outras Construções Equipamento Básico Ativo Intangivel em Curso Adiantamentos por conta de Investimentos Total De igual modo, os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados ao longo dos anos) que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios. À data de relato, os subsídios que estavam diretamente associados a despesas que foram reconhecidas nos ativos intangíveis da EDIA em 2013, incluídas em pedidos de pagamento aos fundos comunitários apresentados após 31dezembro, mas também todas as outras despesas no ano em análise, que ainda não tinham sido incluídas em pedidos de pagamento até à data de encerramento de contas, mas que já se sabia que o viriam a ser e em que as hipóteses de não serem aceites pela entidade financiadora era diminuta e que estavam a dar origem ao reconhecimento de perdas de imparidade em 2013, foram especializados. Tratando-se de subsídios que cumprem os requisitos de contabilização estabelecidos na NCRF 22, isto é, em que existe uma segurança razoável de que a entidade cumprirá as condições a ele associadas e de que o subsídio será recebido, não faz sentido reconhecer perdas de imparidade para valores que já se sabe que vão ser compensados por subsídios, pelo que só procedendo à especialização destes subsídios se consegue assegurar, na melhor medida possível, que as perdas de imparidade são corretamente reconhecidas. 169 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

170 8. Partes Relacionadas Todas as empresas que fazem parte do Grupo EDIA foram consideradas como partes relacionadas da Empresa. O conceito de partes relacionadas inclui não apenas as entidades subsidiárias e associadas, mas também outras empresas detidas pela EDIA. As partes relacionadas englobam igualmente os quadro-chave da Empresa Participações Financeiras-Método da Equivalência Patrimonial O saldo desta rubrica corresponde à valorização, pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP), da participação de 51% detida pela EDIA no capital da Gestalqueva - Sociedade para o Aproveitamento do Potencial das Albufeiras de Alqueva e de Pedrogão, S.A.. Denominação Social Capital Social % Partic Gestalqueva -Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, S.A. N.º Acções/ Un. Particip. Valor Nominal Valor da participação em 31 Dezembro 2012 Equivalência Patrimonial Euros Valor da participação em 31 Dezembro A A Gestalqueva é uma sociedade anónima criada por escritura pública, lavrada em 07 de março de 2003, com sede social em Beja, na Rua Zeca Afonso N.º 2, com um capital social de , maioritariamente subscrito pela EDIA (51%), sendo o restante valor assumido em partes iguais pelos municípios das áreas do regolfo das albufeiras de Alqueva e do Pedrógão, a saber: Alandroal, Moura, Mourão, Serpa, Portel, Reguengos de Monsaraz e Vidigueira. Tratando-se de uma sociedade constituída nos termos da lei comercial, na qual o Estado pode exercer uma influência dominante, ainda que de forma indireta via participação maioritária detida pela EDIA, a Gestalqueva, S.A. é considerada empresa pública, nos termos do disposto no regime jurídico do setor empresarial do Estado. No atual contexto, e seguindo orientação superior que vinha sendo assumida em diversos momentos pelo Estado, até mas não só, na qualidade de acionista da EDIA, em 15 de junho de 2012 foi deliberada por unanimidade em Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A. a dissolução da sociedade, sem prejuízo dos sócios considerarem fundamental a concertação de ações por forma a garantir a gestão integrada do Grande Lago Alqueva e a promoção do desenvolvimento económico e social deste território. Na mesma Assembleia Geral foi eleita, nos termos legalmente previstos, a respetiva Comissão Liquidatária. Em 13 de agosto de 2012, e cumprindo com o disposto no artigo 149.º, N.ºs 1 e 2 do CSC, foram aprovadas as contas da Gestalqueva, S.A. à data da dissolução (15 de junho de 2012). Em 12 de outubro de 2012, e no âmbito do processo de liquidação em curso, foi equacionada a alienação da participação social de 51% detida pela Gestalqueva, S.A. na empresa Gescruzeiros, 170 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

171 S.A. Na referida Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A., de 12 de outubro, ficou deliberada a alienação da referida participação social, e assumida a opção pela alienação através de concurso público. Estando em causa a alienação de uma participação social por uma entidade pública, a EDIA levou ao conhecimento da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, a intenção de proceder à alienação da participação detida pela Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., no âmbito do processo de liquidação daquela. Em janeiro de 2013, foi dado à EDIA conhecimento do despacho exarado pela Exmª Senhora Ministra da Agricultura e do Mar, de que nada há a opor a que se confira autorização à alienação da participação da Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., desde que seja concretizada por valor igual ou superior ao valor da avaliação apresentado num estudo elaborado por uma entidade externa e independente. Conforme Assembleia Geral realizada em 07 de maio de 2013, em relação ao património da Gestalqueva, S.A, concluiu-se a alienação dos bens de equipamento e iniciou-se o processo de concurso público para alienação dos 51% do capital social da Gescruzeiros, S.A. Este processo não foi concluído porque o concurso ficou deserto e houve necessidade de recorrer à negociação direta com a Nautialqueva, S.A, na qualidade de sócio da Gescruzeiros, S.A, com direito de opção, para a aquisição dos 51% do capital da empresa. Este procedimento ainda não foi concluído, prolongando-se para além das previsões iniciais, que apontavam para a resolução definitiva até dezembro de Em outubro de 2013, nos termos previstos no nº3 do Artº.11 do DL nº.133/2013 de 3 de outubro e conforme solicitação da Direção - Geral do Tesouro e Finanças, a EDIA elaborou um estudo demonstrativo do interesse e viabilidade da alienação da participação social detida pela Gestalqueva, S.A, na Gescruzeiros, S.A.. Nesse estudo concluiu-se que a proposta de alienação desta participação é mais vantajosa para o Acionista, face à atual situação da Empresa e aos seus resultados económicos e financeiros expectáveis para os próximos anos, passa pelo pagamento de uma verba, libertando o Acionista de todos os compromissos atuais e futuros nessa Empresa. A EDIA, S.A. face ao estudo elaborado e considerando que existe interesse em se concluir rapidamente esta alienação, de forma a não ficar sujeita a outros compromissos entretanto resultantes da gestão corrente, solicitou autorização ao Acionista para realizar a operação em causa através da assunção pela Gestalqueva, S.A. dos compromissos associados aos 51% da Gescruzeiros, S.A. Em janeiro de 2014, a Direção - Geral do Tesouro e Finanças solicitou à EDIA uma atualização do respetivo estudo, alterando os valores previsionais utilizados, para os valores reais, de À data deste relato não existe nenhuma informação adicional. A 31 de dezembro de 2013 as contas desta empresa (registada já como uma empresa em liquidação), refletidas nas demonstrações financeiras da EDIA, pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP), apresentam um resultado líquido do exercício negativo de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

172 Uma vez que a quantia escriturada do investimento na subsidiária, de acordo com o MEP, foi reduzida a zero e a EDIA já tinha incorrido em obrigações legais e construtivas e feito pagamentos a favor da subsidiária, registou perdas por imparidade pelo valor das contas a receber e constituiu uma provisão pelo montante ainda em falta das perdas reconhecidas Participações Financeiras Outros Métodos A 31 de dezembro de 2013, a EDIA detém as mesmas participações financeiras do que em 31 de dezembro de Estas participações encontram-se registadas ao custo de aquisição, pois a Empresa não detém uma participação dominante ou significativa em nenhuma das sociedades abaixo identificadas. Denominação Social Capital Social % Partic N.º Ações/ Un. Particip. Valor Nominal Custo de Aquisição Perdas por Imparidade Valor da Participação em 31 dezembro 2013 Euros Valor da Participação em 31 dezembro 2012 Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio ,8 11 UP Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A , A 4, Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A , A (50.000) 0 0 Águas do Centro Alentejo, S.A , A Lusofuel - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A , A (50.000) ( ) Sempre que existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é efetuada uma avaliação destes investimentos e registada a perda por imparidade que se revele existir Transações e Saldos com Partes Relacionadas A 31 de dezembro de 2013, existem os seguintes saldos (contas a receber correntes (clientes) e de outros devedores) com partes relacionadas, totalmente cobertos por perdas por imparidade já reconhecidas: Contas a Receber Correntes Contas a Receber Outros Devedores Serviços Prestados Empréstimos Empresas Subsidiárias Total Euros RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

173 8.4. Remuneração do Pessoal Chave da Gestão CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (Administradores Executivos) PRESIDENTE Remuneração de 5.465,43 (14 vezes no corrente ano) (*) Remuneração com redução de (5% ) ,16 Remuneração com redução de (5% +10% ) ,94 Viatura de Serviço; Motorista; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais VOGAIS Remuneração de 4.675,41, (14 vezes no corrente ano) (*) Remuneração com redução de (5% ) ,64 Remuneração com redução de (5% +10% ) ,48 Viatura de Serviço; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais (*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em 2013, relativamente ao total de remunerações recebidas anualmente, tendo-se mantido no que respeita ao valor de cada remuneração. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010 de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%, respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do artº. 29º - Suspensão do pagamento dos subsídios de férias ou equivalente - da Lei nº66-b/2012, de 31 de dezembro, foi também reposto o pagamento dos subsídios de férias. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo 28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em duodécimos. Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), como medida excecional de estabilidade orçamental foi suspenso, em 2012, o pagamento de subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses, conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de dezembro. 173 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

174 9. Imposto Sobre o Rendimento Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas pela NCRF 25 - Imposto sobre o rendimento. A Empresa encontra-se sujeita a imposto sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 25% em 2013 (23% a partir de 2014), sendo a derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável. Para a mensuração dos impostos diferidos, no encerramento das contas reportadas a 31 de dezembro de 2013, a taxa aplicada foi de 23%, uma vez que a Lei nº 2/2014 de 16 de janeiro já se encontrava aprovada pela Assembleia da República desde 20 de dezembro de 2013, inserindo-se deste modo na norma anteriormente referida, entendimento este defendido pela Comissão de Normalização Contabilística. O gasto (rendimento) com impostos sobre o rendimento em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012 tem a seguinte composição: Euros Impostos Correntes Tributação Autónoma Impostos Diferidos ( ) Total ( ) O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos de 2013 e 2012 foi o seguinte: Ativos por Impostos Diferidos Passivos por Impostos Diferidos Ativos por Impostos Diferidos Euros Passivos por Impostos Diferidos Saldo em 1 de janeiro ( ) ( ) Efeitos na Demonstração dos Resultados Ativos por Impostos Diferidos referentes a Perdas de Imparidade de Ativos Intangíveis Total de efeitos na Demonstração dos Resultados Efeitos no Capital Próprio Passivos por Impostos Diferidos associados a Subsídios ao Investimento ( ) ( ) Total de efeitos no Capital Próprio ( ) ( ) Saldo em 31 de dezembro ( ) ( ) Os passivos por impostos diferidos decorrem unicamente da contabilização em capitais próprios dos subsídios recebidos para os investimentos, com exceção dos subsídios referentes à rede 174 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

175 secundária de rega (a transferir para entidade pública a indicar pelo MAM, sendo nessa altura os subsídios deduzidos ao investimento atualmente evidenciado na rubrica de Inventários ) e dos associados à atividade de distribuição de água (cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total, pelo que os correspondentes subsídios são desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos ativos). A 31 de dezembro de 2013, o montante de subsídios evidenciado nos capitais próprios ascende a ( em 31 de dezembro de 2012), pelo que o correspondente montante de passivos por impostos diferidos, registado por contrapartida de capitais próprios, ascende a (24,5% de ). Dos gastos com Impostos Diferidos ( ), o montante de decorre da redução da taxa de IRC (incluindo derrama) de 26,5% para 24,5% e os restantes da diminuição de nos subsídios evidenciados nos Capitais Próprios. Por existirem diferenças temporárias tributáveis que originaram o reconhecimento de passivos por impostos diferidos, a EDIA registou também ativos por impostos diferidos no mesmo montante, relacionados com as perdas de imparidade dos ativos intangíveis, uma vez que, quando as diferenças temporárias tributáveis reverterem (isto é, à medida que os subsídios evidenciados nos capitais próprios forem sendo reconhecidos como rendimentos na mesma proporção dos gastos com as amortizações dos ativos subsidiados) haverá também uma reversão de diferenças temporárias dedutíveis, decorrente da aceitação fiscal das perdas de imparidade, em partes iguais, ao longo do período de amortização que teria sido utilizado se as perdas por imparidade não tivessem sido registadas. Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012 existiam diferenças temporárias dedutíveis e prejuízos fiscais reportados relativamente aos quais não foi reconhecido qualquer ativo por imposto diferido por não existir expectativas razoáveis quanto à geração de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização: 31-Dez Dez-12 Euros Quantia Data de Extinção Quantia Data de Extinção Diferenças Temporárias Dedutíveis - Perdas de Imparidade nos Ativos Intangíveis Perdas de Imparidade em Investimentos não Depreciáveis/Amortizáveis Provisões não dedutíveis em IRC (IFRIC 12) Gastos de Financiamento não dedutiveis Prejuízos Fiscais reportados ainda não utilizados - Exercício de dez dez-15 - Exercício de dez dez-16 - Exercício de 2013 (estimativa) dez Total Os ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, têm a seguinte composição: 175 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

176 31-Dez Dez-12 Euros Ativos por Impostos Diferidos Passivos por Impostos Diferidos Ativos por Impostos Diferidos Passivos por Impostos Diferidos Subsídios ao Investimento reconhecidos no Capital Próprio ( ) ( ) Perdas de Imparidade em Ativos Intangíveis Saldo em 31 de dezembro ( ) ( ) 10. Depósitos Cativos A rubrica de Depósitos Cativos, no Ativo não Corrente, corresponde aos depósitos de caução constituídos pela EDIA, a médio e longo prazo, em instituições bancárias, concretamente a favor dos Tribunais Judiciais, no âmbito de processos judiciais e de expropriação litigiosos e da Autoridade Tributária e Aduaneira, apresentando, a 31 de dezembro de 2013 e a 31 de dezembro de 2012, os valores de e , respetivamente. Os depósitos cativos no Millennium BCP e no Banco Espírito Santo, nos montantes de e respetivamente, foram constituídos através da contração de empréstimos de igual montante, registados em Financiamentos Obtidos. O valor mais significativo desta rubrica ( ) resulta do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla, no âmbito do desmantelamento da fábrica, iniciado em outubro de 2003 e o montante de refere-se a um processo de expropriação litigiosa ainda em curso. Não é de esperar a conclusão definitiva desta ação judicial com a Portucel Recicla antes do final de Face a esta previsão, a EDIA mensurou e registou este ativo ao custo amortizado, ascendendo o valor presente a Sendo este montante inferior ao valor pelo qual o depósito cativo estava anteriormente mensurado, o diferencial ( ) foi registado na rubrica de Outros Gastos e Perdas. 11. Inventários Em 31 de dezembro 2013 e 31 de dezembro de 2012, os Inventários da Empresa apresentam o seguinte detalhe: Euros Inventários 31-Dez Dez-12 Inventários (Balanço) Produtos Acabados e Intermédios Produtos e Trabalhos em Curso Mercadorias Matérias Subsidiárias RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

177 Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12, previa a transferência para o Estado das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA, a partir do exercício de 2002, passou a evidenciar o custo das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de Inventários. Até 31 de dezembro de 2012, o saldo de Inventários correspondia essencialmente aos investimentos da rede secundária, concluídos e em curso, registados nas rubricas de Produtos Acabados e Intermédios e Produtos e Trabalhos em Curso respetivamente. Em 8 de abril de 2013, foi celebrado o Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, entre a EDIA e a DGADR, que vigorará até 31 de dezembro de 2020, em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente), aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA. Como consequência do Contrato de Entrega inicial e respetivo Contrato de Concessão, foram transferidos da subconta de Produtos Acabados e Intermédios os investimentos: (i) no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii) nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches- Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e Ervidel 1, concluídos em 2012, e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram substancialmente concluídos no primeiro semestre de A junho de 2013, a estes investimentos no valor de , foram adicionados os custos capitalizados dessas infraestruturas ( ) que foram transferidos para a rubrica de Outras Contas a Receber, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos para esta conta todos os subsídios que lhes estavam associados no montante de , adotando-se assim, um tratamento similar ao que foi adotado em anos anteriores para a Infraestrutura 12. Esta conta passa a refletir o valor que a EDIA espera vir a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede secundária. Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e o Estado Português, representado pela DGADR, a Empresa procedeu à entrega das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel. À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na rubrica de Inventários, na subconta de Produtos e Trabalhos em Curso foi transferido para Produtos Acabados e Intermédios e posteriormente registado na rubrica de Outras Contas a Receber, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária. 177 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

178 O valor de , na subconta de Produtos e Trabalhos em Curso reflete os investimentos em projetos afetos a blocos de rega ainda em construção. 12. Clientes, Vendas e Prestações de Serviços O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber Clientes O saldo de Clientes traduz na sua maioria, o valor a receber da renda anual periódica faturada à EDP, no âmbito do contrato celebrado e os valores a receber pelos serviços de distribuição de água prestados, que resultam do cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA. Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte da Empresa são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades. Não o fazer seria comprometer uma das características qualitativas do nosso normativo contabilístico, a saber, a representação fidedigna da realidade da Empresa. É considerado crédito em mora quando o pagamento não respeita o prazo contratualizado entre a Empresa e o adquirente e quando seja resultante da atividade normal da Empresa Vendas e Prestações de Serviços Euros Vendas e Prestações de Serviços Produção de Energia Distribuição de Água Cartografia Parque de Natureza de Noudar Total Vendas O valor de registado em vendas, em 2013, traduz essencialmente, o montante das vendas da energia emitida para a rede: (i) pelas centrais mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa ( ), (ii) pela central fotovoltaica de Alqueva ( ) e com as vendas dos bens de merchandising do Parque de Natureza de Noudar ( ). 178 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

179 Prestações de Serviços Produção de Energia Na conta de Produção de Energia foi reconhecido o montante de , no âmbito do Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, por 35 anos, celebrado entre a Empresa-Mãe e a EDP. Neste Contrato, a EDP obriga-se a proporcionar à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos: Um montante inicial no valor de , acrescido de IVA à taxa legal e pago na data de entrada em vigor do presente contrato; e Ao longo do período de vigência do contrato (35 anos), um montante anual periódico de (valor atualizado em 2012) acrescido de IVA à taxa legal e pago anualmente no mesmo dia e mês da entrada em vigor do contrato, sendo a primeira prestação devida no ano de No âmbito do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio hídrico público, e de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, foi faturado também à EDP, em 2013, em resultado da alteração dos volumes de retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, o montante de , referente a 2012 (sendo que o valor de rendimentos especializados nas contas em 31 de dezembro de 2012, que correspondia à melhor estimativa disponível à data de encerramento de contas de 2012, foi de ). A 31 de dezembro de 2013, a EDIA, segundo o regime do acréscimo, tem especializado o montante de , que representa o valor estimado da compensação financeira para o ano de 2013, e que resulta da revisibilidade decorrente da alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão. O saldo desta conta inclui ainda o valor de da componente de TRH, relativa à utilização de água na produção de energia da central hidroelétrica de Alqueva em 2013 (aplicação do Decreto - Lei N.º 97/2008), que à data de 31 de dezembro ainda não tinha sido faturado à empresa do Grupo EDP. Distribuição de Água A transposição da Diretiva Quadro da Água foi operada pela Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro, e desenvolvida pelo Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio, e pelo Decreto-Lei N.º 97/2008, de 1 de junho, tendo consagrado o princípio do valor económico da água, por força do qual se consagra o reconhecimento da escassez atual ou potencial deste recurso e a necessidade de garantir a sua utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e de recursos. Em cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA, a EDIA no 2.º semestre de 2010 iniciou o processo de faturação, cuja desagregação legalmente prevista (Art.º 23, N.º 2 do Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho) obedece aos seguintes termos: 179 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

180 Os valores do preço da água aprovados pelo Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, 0,089/m3 e 0,053/m3 já refletem a repercussão, legalmente exigida, sobre o utilizador final, do encargo económico representado pela taxa de recursos hídricos (TRH) e as componentes de conservação e exploração, e são reduzidos em 70% no 1.º ano, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até ao 8.º ano, perfazendo nesse ano os valores indicados. Os valores fixados para a componente de conservação são de 50,00/ha/ano para a adução em alta pressão e de 15,00/ha/ano para a adução em baixa pressão. Estes valores sofrem reduções conforme indicado no parágrafo anterior. O valor unitário do m3 de consumo de água faturado resulta das tarifas fixadas deduzidas da componente relativa à conservação. A componente de conservação unitária considera um consumo médio anual de m3/por hectare. O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado com os índices de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal em 2012 (taxa de variação média anual) de 2.75%. Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de 16,05/ha/ano para a adução em baixa pressão. Para base de cálculo é considerada a área beneficiada pelas infraestruturas de rega e o volume de água fornecido. Em relação ao montante da prestação de serviços no âmbito da distribuição de água, aplicando a tarifa reduzida aos valores a faturar de 70% para o 1.º ano de funcionamento de cada perímetro de rega, diminuindo anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até 8.º ano, no ano de 2013 foram registados os seguintes valores relativos à distribuição de água aos perímetros de rega e a captações diretas, tendo em conta as diversas componentes (taxa de recursos hídricos, exploração, conservação e recargas de albufeira): Albufeira do Albufeira do Monte-Novo Enxoé Pisão Ferreira, Monte - Novo Alvito - Pisão Figueirinha e Valbom Brinches Brinches - Enxoé Orada - Amoreira Serpa Alfundão Ervidel TRH Exploração Conservação Recarga de Albufeira Total Loureiro- Alvito Exploração Total Euros Foram especializados os rendimentos das componentes, TRH e exploração, do período de outubro a dezembro de 2013 dos vários perímetros de rega em exploração ( ) e das captações diretas, ( ) e anulada a especialização referente ao exercício de 2012 ( ), pelo que o total da conta de distribuição de água é de A faturação emitida referente à prestação de serviços no âmbito da distribuição de água, é feita em dois momentos: Início de abril: Faturação da componente de conservação do ano em curso; e 180 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

181 Faturação da componente de exploração e Taxa de Recursos Hídricos (TRH) referente ao 4.º trimestre do ano anterior. Início de outubro: Faturação da exploração e TRH referente aos 1.º, 2.º e 3.º trimestres do ano em curso. As faturas são emitidas com base nas contagens reais de consumo. Os rendimentos respeitantes à componente da distribuição de água a faturar, por consumos ocorridos, lidos e validados à data do Balanço, foram registados por estimativa. O valor estimado das componentes, TRH e exploração, do período de outubro a dezembro de 2013, ascende a Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007 de 17 de setembro, que aprovou as bases de concessão, a EDIA detém, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para a produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito (artigo 7.º). Conjugando o N.º 3 do artigo 5.º do mesmo Diploma, a TRH é repercutida nos respetivos utilizadores finais. Conforme o exposto, com base nos títulos emitidos para captações diretas e de acordo com os consumos de água indicados, a EDIA, segundo o princípio do acréscimo, registou em dezembro de 2013, por estimativa, o valor de desta componente, que será integralmente faturada em Outras Prestações de Serviços O valor remanescente ( ) na rubrica de Prestações de Serviços, reflete: (i) os serviços prestados pela EDIA no âmbito da cartografia e das expropriações ( ) e (ii) os serviços prestados no Parque de Natureza de Noudar ( ). 13. Estado e Outros Entes Públicos Esta rubrica inclui, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os seguintes saldos: 181 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

182 Euros 31-Dez Dez-12 Ativo Corrente IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado IRC - Imposto sobre o Rendimento Restantes Impostos Ajustamento de Imparidade - ( ) Passivo Corrente Retenções de Impostos sobre o Rendimento Contribuições para a Segurança Social IRC - Imposto sobre o Rendimento No Ativo Corrente, o saldo da conta de Imposto sobre o Valor Acrescentado - IVA inclui os montantes de reembolsos pedidos dos meses de outubro e novembro de 2013 ( ) decorrente da fase de investimento em que a EDIA ainda se encontra. Considerou-se também o montante a recuperar de referente a dezembro de 2013, embora este valor, à data de 31 de dezembro, ainda não tinha sido objeto de pedido de reembolso. O saldo da rubrica de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas - IRC ( ), apresentado no Ativo Corrente, refere-se aos Pagamentos Especiais por Conta de IRC (PEC) dos anos de 2010 a Atendendo ao limite temporal do imposto para a sua dedução (até ao quarto período de tributação seguinte) e de acordo com o disposto no artigo 93.º do Código do IRC e aos prejuízos fiscais a reportar, a Empresa procedeu ao correspondente reconhecimento, como gasto no exercício de 2013, do valor do PEC do ano de 2009, que ascende a Nos termos do disposto do Código da Contribuição Autárquica e nos termos do disposto do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, o Estado está isento do pagamento de impostos sobre os imóveis integrados no seu património. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 21- A/98, de 6 de fevereiro, os bens imóveis expropriados pela EDIA para implementação do EFMA são imediatamente integrados no domínio público do Estado após a sua adjudicação à entidade expropriante. No que respeita à isenção de SISA, esta vinha sendo requerida pela EDIA ao abrigo do artigo 11.º n.º 26.º do Código do Imposto Municipal de SISA e do Imposto sobre Sucessões e Doações e foi concedida em diversos processos. O fundamento para a isenção resulta do facto de se tratar de aquisições de bens situados em regiões economicamente mais desfavorecidas efetuadas por sociedade comercial que os destina ao exercício, naquelas regiões, de atividades agrícolas ou industriais consideradas de superior interesse económico e social. A essa data, a lei não exigia qualquer formalismo adicional para a concessão da isenção. 182 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

183 Em 1 de Janeiro de 2004 entrou em vigor o Código do IMT e foi revogado o Código da SISA, pelo Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de Novembro. O artigo 6.º alínea h) do Código do IMT manteve a isenção nos termos referidos, no entanto, o artigo 10.º n.º 3 do Código do IMT veio introduzir uma nova condição formal para a concessão da isenção. Dispõe este disposto normativo que a isenção só será reconhecida se a Câmara Municipal competente comprovar previamente que se encontram preenchidos os requisitos para a sua atribuição. Para este efeito, a Direcção-Geral dos Impostos solicita à Câmara Municipal competente a emissão do parecer vinculativo. Esta alteração teve como consequência que, sendo os Municípios os beneficiários da receita fiscal em causa, os pareceres das Câmaras Municipais passaram a ser sistematicamente negativos e, em resultado disso, a isenção sucessivamente negada. A EDIA ainda reclamou perante a Administração Fiscal alegando falta de fundamento dos pareceres camarários, mas foi respondido que essa mesma Administração Fiscal não tem competência para apreciar o teor dos pareceres das Câmaras, limitando-se a verificar se são favoráveis ou não e, assim, limitando-se a validar se está ou não reunido esse pressuposto legal, indispensável para a concessão da isenção. Em face do que, e após análise, a EDIA desreconheceu a conta a receber do Estado e o respetivo ajustamento de imparidade, ambos de Os saldos do Passivo Corrente ( ) incluem essencialmente os montantes em dívida à Segurança Social ( ), a pagar até ao dia 20 de janeiro, bem como o valor de IRC estimado das tributações autónomas a suportar ( ). 14. Outras Contas a Receber Esta rubrica tem o seguinte detalhe, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012: 31-Dez Dez-12 Outras Contas a Receber Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes DGADR_CC_RS DGADR_IE Fundos Comunitários Devedores por Acréscimo de Rendimentos Outros Devedores Diversos Perdas por Imparidade Outros Devedores (95.998) Euros DGADR IE 12 Em fevereiro de 2007, através do Decreto-Lei nº 42/2007 concretizou-se a recentralização dos objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, sendo revogado entre outros, o Decreto-Lei N.º 335/01, de 24 de dezembro, mantendo-se no entanto, um dos objetos sociais da EDIA, a conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura e do Mar (MAM). 183 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

184 Exceciona-se a Infraestrutura 12, que se mantém propriedade da EDIA sob o regime de concessão ao MAM, na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional - DGADR), em abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da Infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos, este investimento deduzido dos subsídios associados tem vindo a ser registado, desde 2006, em Outras Contas a Receber, pois a EDIA aguarda o ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado nesta infraestrutura, por parte da DGADR. É de salientar que o Tribunal de Contas, no seu relatório de fevereiro de 2005 intitulado Auditoria de follow-up à EDIA - Projeto EFMA, recomenda que o Estado, mais propriamente o MAM, assegure o financiamento das infraestruturas integrantes da rede secundária e reembolse anualmente a EDIA pela transferência (de propriedade) da Infraestrutura 12. Assim, no caso do saldo da conta DGADR_IE 12 ( ), o Conselho de Administração tem vindo sempre a concluir, no encerramento de contas de cada exercício, que espera que o ativo seja realizado num período inferior a doze meses após a data de Balanço, isto é, no exercício seguinte, pelo que tem vindo a considerar que esta dívida se encontra corretamente refletida no Ativo Corrente e, por outro lado, que não se justifica o reconhecimento de perdas de imparidade para fazer face a uma eventual incobrabilidade desse valor. Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da Empreitada de Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da mesma infraestrutura, que se traduz na anulação da provisão constituída deste processo arbitral, no valor de e consequentemente o montante da dívida da DGADR_IE 12 diminuiu proporcionalmente. DGADR - CC Rede Secundária Outras Contas a Receber Investimento Capitalizações Subsidios Total DGADR_CC_RS Euros Em 8 de abril de 2013 foram assinados, o Contrato de Entrega e o Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), pelo Presidente do Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A (EDIA) e pelo Diretor-Geral da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), que vigorará até 31 de dezembro de 2020, em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente), aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA, estando por clarificar e concretizar o estipulado no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 184 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

185 42/2007, de 22 de fevereiro, conjugado com o disposto na alínea c) do n.º 1 deste mesmo artigo, no que se refere ao Estado assegurar o financiamento e demais condições relativas à conceção, execução e construção destas infraestruturas. Segundo o Acionista, "só depois da conclusão de todas as infraestruturas", prevista para 2015, e "subsequente período de consolidação do seu funcionamento, de cinco anos, estará disponível o quadro de indicadores necessários para aferir do melhor modelo para prosseguir com a gestão, a exploração, a manutenção e a conservação do empreendimento. A concessão pelo prazo de sete anos, isto é, até 2020, garantirá um período de consolidação adequado, fundamental para a gestão da garantia das obras, a estabilização tendencial do tarifário e a perceção e otimização do funcionamento do empreendimento na sua plenitude, visando a sua efetiva contribuição e integração das diversas valências no desenvolvimento sustentado da região". Estando as seguintes infraestruturas terminadas, contempladas no Contrato de Entrega, foram transferidos da subconta de Produtos Acabados e Intermédios os respetivos investimentos: (i) no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii) nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches- Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e Ervidel 1, que ficaram substancialmente concluídos em 2012 e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram concluídos no primeiro semestre de A junho de 2013, ao valor do investimento foram adicionados os custos capitalizados nestas infraestruturas, valores estes transferidos para a rubrica de Outras Contas a Receber- Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos para esta conta, todos os subsídios que lhes estavam associados provenientes do Orçamento do Estado e da União Europeia que se encontram registados na rubrica de Diferimentos, adotando assim um tratamento similar ao que foi adotado em anos anteriores para a Infraestrutura 12, passando esta conta a refletir o valor que a EDIA espera vir a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede secundária. Em novembro de 2013, foi assinado um novo Contrato de Entrega, entre a EDIA e o Estado Português, representado pela DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel. À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na rubrica de Inventários, na subconta de Produtos e Trabalhos em Curso foi transferido para Produtos Acabados e Intermédios e posteriormente registado na rubrica de Outras Contas a Receber, para a entidade Estado (DGADR), que assume em relação aos bens descritos, todos os inerentes direitos e obrigações estabelecidos na legislação em vigor. No âmbito deste Contrato de Concessão, não foi constituída nenhuma provisão para fazer face aos encargos com as infraestruturas, objeto dos respetivos Contratos de Entrega, relativos à obrigação contratual de as manter/conservar, ao longo do período da concessão. 185 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

186 A não constituição da provisão, teve como pressuposto que, ao longo do período da concessão (7 anos), não ocorrerão grandes reparações e substituições nas respetivas infraestruturas e equipamentos, sendo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, reconhecidas como gastos, nos exercícios em que ocorrem. Fundos Comunitários O montante de corresponde aos valores de pedidos de pagamento de financiamento comunitário, ainda não liquidados, mas que a EDIA estima com um grau elevado de certeza vir a receber. Devedores por Acréscimo de Rendimentos O saldo desta conta Devedores por Acréscimo de Rendimentos reflete essencialmente o valor da estimativa, para o ano de 2013, da compensação financeira resultante da revisibilidade da alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico ( ). Este saldo traduz também os montantes estimados e especializados referentes a: (i) consumos dos perímetros de rega em exploração ( ), (ii) consumos das captações diretas do sistema primário da EFMA ( ) e (iii) volumes de água utilizados na produção de energia hidroelétrica a faturar a uma empresa do grupo EDP ( ). Perdas por Imparidade - Outros Devedores O valor de registado em Perdas por Imparidade-Outros Devedores respeita essencialmente ao adiantamento concedido pela EDIA à Gestalqueva, S.A., de modo a que esta pudesse assegurar compromissos mais urgentes (encargos com pessoal) até à resolução definitiva do seu processo de liquidação ( ). 15. Diferimentos Diferimentos (Ativo Corrente) Os diferimentos apresentados no Ativo Corrente (gastos a reconhecer) incluem, essencialmente: (i) os prémios dos seguros pagos até 31 de dezembro de 2013 mas correspondentes a períodos de vigência posteriores ( ), sendo que os prémios de seguros com valor mais significativo se referem aos ramos All Risks Industrial, Responsabilidade Civil Geral e de Exploração das infraestruturas do EFMA e também Saúde Grupo e (ii) montantes pagos em comissões e imposto de selo referentes a 2014 ( ). 186 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

187 15.2. Diferimentos (Passivo Corrente e não Corrente) Esta rubrica (rendimentos a reconhecer) apresenta a seguinte repartição entre Passivo Corrente e Passivo não Corrente : Euros 31-Dez Dez-12 Correntes Não correntes Correntes Não correntes Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos Subsídios do Estado Em 31 de dezembro de 2012 o valor dos subsídios ao investimento reconhecido no Passivo Não Corrente incluía todos os subsídios relativos à rede secundária de rega ( ), por um valor que se previa que correspondesse à diferença entre o respetivo custo de construção evidenciado na rubrica Inventários e o valor dos subsídios relativos a estas infraestruturas. A dezembro de 2013, o valor total destes subsídios ascende a mas na sequência da assinatura dos Contratos de Entrega e de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), os subsídios associados às infraestruturas da rede secundária já concluídas, no montante de , foram transferidos para a conta a receber da DGADR, na rubrica de Outras Contas a Receber (ver Notas 11 e 14). Esta transferência justifica a significativa redução no valor da rubrica de Diferimentos Subsídios do Estado no ano de Os subsídios do Estado apenas são reconhecidos quando existe uma certeza razoável de que a Empresa irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos Outros Diferimentos O valor de rendimentos diferidos do Contrato de Concessão da Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão com a EDP, evidenciado em 31 de dezembro de 2013 no Passivo não Corrente ( ) e no Passivo Corrente ( ), decorre do recebimento de , em 1 de novembro de 2007, nos termos da alínea a) do N.º 1 da cláusula 6.ª do Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico, celebrado com a EDP. Os montantes recebidos e a receber da EDP no âmbito deste contrato serão reconhecidos como rendimentos ao longo do período de duração do contrato (35 anos), com início de 1 de novembro de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

188 Assim, as referidas contas de rendimentos a reconhecer traduzem: (i) parte dos que ainda não foi reconhecida em rendimentos; e (ii) o diferencial entre os valores recebidos anualmente da EDP e o valor do rédito já reconhecido da atualização dos fluxos de caixa futuros à taxa efetiva de 5,5%. A 31 de dezembro de 2013, foram reconhecidos de rendimentos, referentes a 2013, dos quais se referem a prestação de serviços e a juros. 16. Capital Próprio No período compreendido entre 31 de dezembro de 2012 e 31 dezembro de 2013, os capitais próprios da EDIA apresentaram a seguinte evolução: Capital Próprio Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados Ajustamentos em Ativos Financeiros Outras Variações no Capital Próprio Resultado Líquido do Período Euros Capital Realizado A EDIA é uma Sociedade Anónima em que o capital social é detido na sua totalidade pelo acionista Estado Português, através da DGTF. O Capital inicial da EDIA ( ) foi sucessivamente aumentado, no período de 1996 a Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado, de é composto por ações com o valor nominal de 5 cada Outras Reservas A rubrica Outras Reservas inclui, essencialmente: de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da transferência para a EDIA das verbas incluídas no Orçamento de Estado para a extinta Comissão Instaladora do Alqueva; relativos à transferência para a EDIA do ativo da referida Comissão; referentes à doação de um mural para o edifício da sede da EDIA; e de subsídios afetos às áreas sobrantes (que não configuram investimentos amortizáveis). 188 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

189 Estas reservas não foram impostas pela lei ou pelos estatutos, nem constituídas de acordo com contratos firmados pela Empresa Resultados Transitados O resultado desta rubrica em 31 de dezembro de 2013 ( negativos) está essencialmente influenciado com o reconhecimento de perdas por imparidade nos Ativos Intangíveis do segmento água, cujo valor acumulado (líquido dos respetivos subsídios que têm vindo a ser desreconhecidos) ascende a Outras Variações no Capital Próprio A Empresa reconhece em Outras Variações no Capital Próprio os subsídios associados à aquisição de ativos não correntes (subsídios ao investimento), os quais foram integralmente recebidos e não são reembolsáveis. O saldo desta rubrica corresponde aos subsídios atribuídos pelo Estado Português e pela União Europeia para financiar investimentos em ativos fixos, com exceção dos subsídios referentes à rede secundária de rega (evidenciados na rubrica Diferimentos do Passivo, a deduzir ao investimento evidenciado em Inventários aquando da transferência destes ativos para uma entidade pública a indicar pelo MAM) e dos associados à atividade de distribuição de água (que têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos). Estes subsídios evidenciados em Outras Variações no Capital Próprio são subsequentemente imputados numa base sistemática como rendimento do período durante as vidas úteis dos ativos com os quais se relacionam. São reconhecidos como Outros Rendimentos e Ganhos na mesma proporção dos gastos com as depreciações dos bens subsidiados e respetiva percentagem de comparticipação. O saldo desta rubrica a 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, era conforme segue: 189 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

190 Outras Variações no Capital Próprio Período 31-Dez Dez-12 Subsídios já recebidos QCA II QCA III QREN-PRODER POVT PRODER Outros PIDDAC (QCA III e PRODER) Subsídios por Receber Rendimentos Já reconhecidos (valor acumulado) ( ) ( ) Subsídios p/ rede secundária de rega e segmento "água" ( ) ( ) Total de Subsidios registados no Capital Próprio Imposto Diferido ( ) ( ) Euros 17. Imparidade de Ativos Intangíveis Na sequência da cedência à EDP, pelo período de 35 anos, da exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e dos direitos de utilização privativa do respetivo domínio público hídrico, encontravam-se já definidas, desde outubro de 2007, a generalidade das receitas de exploração associadas à componente hidroelétrica do EFMA até ao ano de No entanto, à data do encerramento das contas de 2009 e das de anos anteriores, ainda não havia sido definido, pelo MAM, o tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário do Empreendimento, o qual iria influenciar de forma determinante as receitas de exploração esperadas da Empresa e permitiria avaliar em que medida as receitas totais de exploração esperadas com a utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA (as associadas ao fornecimento de água para rega e abastecimento humano, e as decorrentes da exploração hidroelétrica) permitiriam recuperar o investimento global previsto no âmbito do Empreendimento. No entanto, seria já possível, à data de encerramento das contas, quer de 2009 quer de anos anteriores, prever que os investimentos realizados no EFMA implicariam a necessidade de reconhecimento de perdas de imparidade. No entanto, é importante ter presente que o EFMA foi concebido como um instrumento de desenvolvimento regional de uma zona deprimida do interior do país, com especial enfoque na conversão do sector agrícola de sequeiro para regadio. O EFMA representa uma obra de aproveitamento de recursos hídricos associados ao Rio Guadiana e que garante uma reserva estratégica de água, contribuindo para inverter as tendências de declínio populacional e económico de uma vasta região do Alentejo, revestindose, assim, de um enorme interesse nacional, com os consequentes benefícios que advêm da sua concretização, ao nível da melhoria da qualidade de vida da população da região do Alentejo, bem como à promoção económica, social e ambiental. Este investimento destinou-se, desde sempre, a suprimir enormes carências existentes na região relacionadas com a disponibilidade de água para fins de abastecimento humano, agrícolas e 190 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

191 industriais. Nesse sentido, e considerando também as externalidades positivas geradas para a económica nacional, nunca esteve em causa o retorno financeiro dos ativos do EFMA, exclusivamente decorrente das receitas geradas pela atividade da EDIA. O pressuposto fundamental consistia em garantir que os benefícios económicos futuros tivessem capacidade de cobrir os custos de exploração das atividades (sem considerar a amortização dos investimentos), gerando expetavelmente resultados de exploração positivos. O Estado Português assumiu desde a sua génese o caráter de fins múltiplos deste Empreendimento, cuja concretização decorreria da utilização plena e eficiente da enorme reserva estratégica de água a armazenar nas albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Sendo detentor único do capital da EDIA, o Estado Português sempre assumiu, como consequência, a necessidade de assegurar a dotação dos fundos necessários à prossecução do seu objeto, criando as condições para a Empresa honrar os compromissos assumidos no decorrer da execução do projeto. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com a tarifa definida pelo Estado, que por sua vez, no seu cálculo, considera um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. Existindo (desde anos anteriores) indícios de que os ativos do segmento água estariam em imparidade, mas não sendo possível calcular a quantia recuperável de ativos individuais afetos a este segmento, dada a forte interligação dos influxos de caixa dos vários ativos ou grupos de ativos do segmento, a EDIA determinou a quantia recuperável da unidade geradora de caixa ( mais pequeno grupo identificável de ativos que seja gerador de influxos de caixa e que seja em larga medida independente dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos ) que corresponde a todo o segmento água. Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água do sistema primário, a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento água através da determinação do respetivo valor de uso, tendo-se concluído que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda de imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis) afetos a este segmento. Para este efeito, foram considerados fluxos de caixa até o ano de 2082, ano em que termina contrato de concessão à EDIA que contempla a gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, ao abrigo do disposto no Decreto - Lei N.º 313/2007. Para a atualização dos fluxos de caixa futuros foi utilizada uma taxa de desconto de 5,49% baseada no custo médio ponderado do capital (Weighted Average Cost of Capital WACC), por forma a refletir: (i) o valor temporal do dinheiro para os períodos até 2082; (ii) as expectativas acerca das variações possíveis na quantia ou tempestividade dos fluxos de caixa; (iii) o preço de suportar a incerteza inerente ao ativo; e (iv) outros fatores que os participantes no mercado refletiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a Empresa espera obter dos ativos. Tendo presente que todas as projeções futuras foram elaboradas com base em pressupostos considerados razoáveis e suportáveis, tendo em conta o mercado presente e futuro e que as decisões tomadas nas últimas projeções/estudos foram aprovadas por parte da administração da EDIA, os principais pressupostos adotados são os seguintes: 191 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

192 Taxa de adesão ao recurso água crescente em 10 anos; Consumo médio de água de m3/ha, em 80% da área coberta; Preço unitário de referência para fornecimento de água destinada a rega para fins agrícolas, à saída da rede primária, de 0,042 /m3, sendo que os valores no 1.º ano correspondem a 30% desse valor, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente até atingirem o mencionado valor de referência no 8.º ano (conforme Despacho N.º 9000/2010, de 26 de Maio); e Taxa de atualização de preços de 2%. Na medida em que as condições e pressupostos contemplados nos estudos de imparidade reportados a 31 de dezembro de 2009 já existiam ou eram previsíveis à data do encerramento das contas do exercício de 2008, no âmbito da reexpressão das demonstrações financeiras do exercício de 2009, foram imputadas a Resultados Transitados as perdas de imparidade correspondentes à totalidade dos ativos afetos ao segmento água, à data de 31 de dezembro de Os ativos e passivos do segmento água, assim como as perdas de imparidade reconhecidas com referência a 31 de dezembro de 2013 e a 31 de dezembro de 2012, podem ser apresentadas da seguinte forma: Segmento "água" Euros Ativos Intangíveis Adiantamentos a Fornecedores de Ativos Intangíveis Subsídios ao Investimento ( ) ( ) Imparidade Acumulada Perdas por Imparidade Reconhecidas no Período No Subsistema de Alqueva encontram-se integradas e em exploração as centrais mini-hídricas de Alvito, Pisão, Roxo, Odivelas e no Subsistema do Ardila a central mini-hídrica de Serpa. Estas infraestruturas tendo sido transferidas de Ativos Intangíveis em Curso para firme e consideradas unidades geradoras de caixa ao abrigo da NCRF12 - Imparidade de Ativos, foram alvo de testes de imparidade que permitissem concluir sobre qual a parte do investimento que foi efetuado, está em imparidade ou não, especificamente para as componentes elétrica e rega. Este estudo, como todos os estudos de índole prospetiva, tem os seus resultados estritamente ligados à validade das diferentes hipóteses de evolução que nele se consideram, designadamente, e entre outros pressupostos, no que concerne aos volumes efetivamente turbinados e aos custos unitários da energia, no horizonte de projeto. A subdivisão destes custos pelas componentes elétrica e rega foi obtida pela separação dos valores correspondentes aos investimentos diretamente afetos à produção de energia do restante, tendo em consideração os valores das quantidades de obra e do equipamento existentes nestas 192 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

193 infraestruturas e que se encontram diretamente relacionadas com as funções produção de eletricidade e rega. Tendo presente estes pressupostos e o objetivo do estudo, face ao conjunto de análises efetuadas, a conclusão foi de que estas unidades geradoras de caixa originam benefícios económicos futuros suficientes para assegurar o retorno do investimento, isto é, não se encontram em imparidade. De salientar que, de igual modo, de acordo com os estudos e melhores projeções da EDIA, não existe qualquer imparidade ao nível dos ativos do segmento energia Imparidade de Dívidas a Receber O valor de registado na rubrica de Imparidades de Dívidas a Receber reflete as imparidades que resultam dos indícios de incobrabilidade, isto é, dos créditos em mora pelos serviços de distribuição de água prestados pela EDIA, quando os clientes não respeitam o prazo contratualizado entre a Empresa e o adquirente. Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte da Empresa são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades. 18. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes A EDIA analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos necessário para a liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação daquele pressuposto, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. A mensuração das provisões é efetuada de acordo com a NCRF12 - Imparidade de Ativos. A EDIA considerou, com base no julgamento do Conselho de Administração e na análise aprofundada de cada um dos processos por parte do Gabinete Jurídico interno e de advogados externos, que estavam cumpridas as condições para o reconhecimento das provisões, referidas no parágrafo 13 da NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Em particular no que respeita à condição de que seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação, foi utilizado o critério definido no parágrafo 22 da referida NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, considerando como provável o exfluxo se o acontecimento for mais 193 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

194 propenso do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o acontecimento ocorrerá for maior do que a probabilidade de isso não acontecer. Esta estimativa baseia-se numa análise técnica aprofundada do Gabinete Jurídico que emite, para o efeito, um documento em que determina qual a melhor estimativa dos valores a provisionar, com base na experiência da EDIA quanto ao desfecho de processos semelhantes e com base nas informações dos advogados externos que colaboram com a Empresa. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, para fazer face aos processos judiciais e outras obrigações presentes decorrentes de acontecimentos passados, a EDIA constituiu provisões mas também fez reversões por as quantias provisionadas se revelarem desnecessárias ou porque os processos findaram. Provisões (Balanço) Saldo Inicial Aumentos Utilizações Reversões Provisões Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Provisão IFRIC Outras Provisões_Gestalqueva Reduções Euros Saldo Final Provisões (Balanço) Reduções Saldo Inicial Aumentos Utilizações Reversões Saldo Final Provisões Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Provisão IFRIC Euros Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Em 31 de dezembro de 2013 são conhecidos vários processos litigiosos, resultantes, quer de processos judiciais em curso, quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a EDIA, tendo a Empresa constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do valor dos encargos futuros a suportar. O montante ( ) refletido na rubrica de Provisões a 31 de dezembro de 2013, decorre essencialmente dos seguintes processos judiciais em curso e processos a decorrer no âmbito de expropriações litigiosas: 194 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

195 Euros Processos Judiciais 31-Dez Dez-12 Portucel Recicla (Empreitada de Desmantelamento) Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada IE12) Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada Equip.Colectivos nova Aldeia da Luz) Processo Arbitral EDIA/Tecnasol FGE Processo Arbitral EDIA/Alexandre Barbosa Borges SA Processo Arbitral EDIA/Teixeira Duarte SA/EPOS SA Geraldo Magela Assis Municípios de Reguengos de Monsaraz, Mourão,Portel,Moura e Alandroal Monte Adriano SA Herdeiros de Luís Soares da Cunha Florim Império Bonança Outros Processos de Expropriação Litigiosas Herdade dos Bacelos Joaquim Conceição Rato Outros A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de (correspondendo ao valor já faturado de acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com embargos de executado, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Para fazer face às eventuais responsabilidades decorrentes deste processo, a EDIA constituiu, em anos anteriores, uma provisão de , que foi estimada em metade do valor reclamado pela Portucel Recicla. Em dezembro de 2011 a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de (50% do montante de ), valor este, que corresponde à melhor estimativa do dispêndio a efetuar e é destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. Em dezembro de 2013, a EDIA reforçou, uma vez mais, esta provisão pelo valor de , que corresponde à atualização dos juros vencidos sobre o capital, à data de dezembro de 2013, destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. e que se mantém provisionado à data deste relato. A EDIA interpôs uma ação contra o consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, reclamando o pagamento de , acrescido de juros de mora, a título de ressarcimento pelas verbas despendidas na reparação do canal da Infraestrutura 12 e ainda indemnização por danos na imagem. O consórcio, em sede de reconvenção, reclama o pagamento de a título de juros de mora por atrasos nos pagamentos e na libertação da caução. Constituiu-se, em 2010, uma provisão no montante de que corresponde a 50% do pedido formulado pelo consórcio (valor este que corresponde à melhor estimativa do dispêndio a efetuar). Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio 195 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

196 Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da Empreitada de Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da mesma infraestrutura, que se traduz na anulação da provisão constituída, no valor de , deste processo arbitral. Em relação ao processo interposto pelo consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, relativo à Empreitada das habitações e comércios da construção da Nova Aldeia da Luz (provisão de ), é de salientar que, nos termos de sentença proferida pelo Tribunal Arbitral em setembro de 2006, ratificada em reunião de 24 de abril de 2007, a EDIA foi condenada a pagar mais revisões de preços e juros, e paralelamente, o consórcio foi condenado ao pagamento de A EDIA impugnou o acórdão proferido, junto do Tribunal Administrativo. Ainda no âmbito do acordo atrás referido, mas relativo à Empreitada das habitações e comércios da construção da nova aldeia da Luz decorrente do litígio a título de trabalhos adicionais e custos de estaleiro e correspondentes revisões de preços e juros de mora, foi também anulada a provisão inicialmente constituída deste processo arbitral, no valor total de No que concerne ao processo intentado pela Tecnasol FGE à EDIA, referente à Empreitada de tratamento de fundações e de implementação do plano de observação do aproveitamento de Pedrógão, a autora reclama, a título de trabalhos a mais e indemnização de maior onerosidade na realização dos trabalhos, a quantia de acrescida de juros no montante de A EDIA, em anos anteriores, tinha uma provisão constituída ( ) que correspondia a 50% dos valores reclamados (valor este que corresponde à melhor estimativa do dispêndio a efetuar). Na sequência de audiência preliminar em 17 de janeiro de 2013, o Tribunal não aceitou a ação, dando razão à tese da EDIA. A Autora recorreu entretanto para o Tribunal Central Administrativo Sul, tendo a EDIA apresentado contra-alegações e recorrido subordinadamente em relação a uma outra exceção que havia invocado e que o Tribunal não julgou procedente. No entanto é convicção da EDIA que o recurso interposto pela Autora não vai merecer provimento mas que o recurso por ela interposto irá. Defendendo a EDIA que a probabilidade de sucesso é superior a 50% e que o valor esperado da responsabilidade é nulo, desreconheceu nas suas contas, em 2013, a respetiva provisão. Em 2011, na sequência da ação de condenação (ainda na fase dos articulados), intentada pela empresa Alexandre Barbosa Borges SA, contratada pela EDIA para a execução da Empreitada de construção das centrais mini-hídricas do Alvito e de Odivelas do EFMA, a Autora peticiona o pagamento de Este montante é a título de trabalhos a mais titulados em contrato adicional, acrescido de juros vencidos, custos indiretos de produção e juros de mora sobre a faturação paga em atraso. A provisão constituída ( ) corresponde a 50% do pedido formulado pelo Consórcio, que a EDIA considera a melhor estimativa do dispêndio a efetuar. Em 2010 a EDIA foi citada para contestar uma ação judicial interposta pelas empresas Teixeira Duarte, SA e EPOS, SA onde é reclamado o pagamento de a título de juros de mora por atraso no pagamento de faturas vencidas no âmbito da Empreitada de Construção do Túnel Loureiro - Alvito. A EDIA contestou por exceção e impugnação e atendendo à matéria em discussão, constituiu uma provisão no valor de , correspondente ao valor mínimo que a EDIA teria que pagar se não vingasse a defesa por exceção. A 9 de dezembro de 2013 realizou-se uma audiência preliminar, no sentido de se alcançar uma solução extrajudicial. A EDIA formulou à Teixeira Duarte uma proposta de pagamento no valor de , considerando as datas de vencimento a partir da data de receção efetiva das faturas na Empresa, bem como aceitar os juros de mora associados a um atraso superior a 60 dias. A Teixeira Duarte 196 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

197 contrapôs a verba de que não foi aceite pela EDIA.O processo terminou entretanto por transação, nos termos da qual, a Teixeira Duarte reduziu o pedido para , que atendendo ao risco judicial associado, a EDIA entendeu ser um bom acordo. Concordou, pagou e anulou a respetiva provisão. Em 2012, cinco municípios da área do regolfo de Alqueva (Reguengos de Monsaraz, Mourão, Portel, Moura e Alandroal) interpuseram uma ação que respeita ao pagamento de rendas alegadamente em dívida pela EDIA àqueles municípios, nos termos do disposto no Decreto-Lei N.º 424/83, de 6 de dezembro, que obriga a EDP, enquanto titular de centros electroprodutores, ao pagamento de determinadas verbas anuais aos municípios afetados. Não é formulado pedido exato por alegada falta de elementos para aplicar a fórmula de cálculo do valor das rendas legalmente previstas. A EDIA vai contestar, mas a sua direção operacional de infraestruturas primárias e de energia estimou um valor de rendas na ordem dos , valor pelo qual foi constituída a provisão para este processo. No ano de 2012, foi interposta uma ação pela empresa de construção Monte Adriano S.A., no âmbito da Empreitada de construção do 3.º troço do adutor Pisão-Roxo (Penedrão-Roxo) e da barragem do Penedrão. O empreiteiro reclama o pagamento de trabalhos no valor de , alegando que esse montante não lhe foi pago por incorreta interpretação da EDIA a respeito do âmbito de trabalho de determinada rubrica do mapa de quantidades. A EDIA contestou e provisionou 50% ( ) do montante pedido pelo empreiteiro, que se considera como a melhor estimativa do dispêndio a efetuar. Numa ação de condenação decorrente de um acidente que vitimou um particular, ocorrido em Alqueva, foi interposto um recurso para o Tribunal da Relação. O Acórdão foi proferido, a EDIA foi absolvida, mas ainda sem trânsito em julgado, que não altera a decisão relativamente à EDIA. Face ao exposto foi entendimento interno do Gabinete Jurídico, a anulação da respetiva provisão no valor de O processo referente a uma ação de condenação, em que é reclamada uma indemnização decorrente de um acidente numa obra de Alqueva (Instância suspensa), mas em que a probabilidade de exfluxo de recursos é inferior a 50%, foi entendimento da EDIA, não provisionar mas divulgar apenas no Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados, pois está perante passivos contingentes. A constituição de provisões no âmbito de processos de expropriação litigiosos conduzidos pela EDIA obedece a um conjunto de pressupostos que, em função da fase de desenvolvimento do processo e dos valores provisoriamente estabelecidos em cada uma delas (proposta da EDIA, arbitragem, peritagem, sentença e eventuais recursos), vão determinando a variação do valor de cada provisão constituída. Relativamente a estes processos, apenas um merece referência, conforme enunciado abaixo. Os demais processos, além de envolverem montantes de baixo valor, estão em juízo por razões que não se prendem com a existência de litígio, mas sim com o desconhecimento dos proprietários, litígio entre herdeiros, entre outros. De salientar que o facto das provisões para vários dos processos judiciais em curso terem sido quantificadas em 50% dos valores reclamados pelos autores dos processos, decorre do processo de mensuração da provisão, ou seja, foi considerado que 50% do valor reclamado seria a melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação no fim do período de relato, nos 197 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

198 termos do parágrafo 35 da NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes Provisão IFRIC 12 As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afeto ao EFMA, objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. A rubrica Provisão - IFRIC 12 reflete o valor presente da estimativa de encargos relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo, assim, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. Esta provisão foi reconhecida e mensurada, com base nos pressupostos do estudo de viabilidade económico e financeiro utilizado: Valor total dos investimentos em exploração, nomeadamente os equipamentos e a construção civil, sem considerar o valor dos terrenos submersos e sobrantes; Aplicação de uma taxa estimada de 0,2% aos investimentos da atividade de distribuição de água, para apuramento do custo médio das grandes reparações anuais; Não se consideram custos de grandes reparações para a atividade produção de energia uma vez que ao abrigo do contrato de subconcessão celebrado com a EDP, estes custos são da sua responsabilidade; Prazo estimado para fazer face a grandes reparações, nos equipamentos e na construção civil, de 20 e 30 anos respetivamente; Taxa média de financiamento para o período de ; e A previsão da Euribor é feita com base nas taxas spot da Bloomberg. Em 2013, no âmbito da aplicação da IFRIC12- Acordos de Concessão de Serviços, foi feito um reforço da provisão, em relação às infraestruturas que já se encontram em exploração, no montante de , ficando a mesma registada por um valor total de Outras Provisões Uma vez que a quantia escriturada do investimento na associada Gestalqueva S.A., de acordo com o MEP, foi reduzida a zero e a EDIA já tinha incorrido em obrigações legais e construtivas e feito pagamentos a favor da associada, registou perdas por imparidade pelo valor das contas a receber e constituiu uma provisão pelo montante ainda em falta das perdas reconhecidas no valor de (NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas ). Para além do referido, a EDIA, como sócia maioritária da Gestalqueva, S.A., para fazer face a futuras responsabilidades que possam vir a ocorrer e que poderão não ser assumidas pelos restantes acionistas (autarquias), constituiu outra provisão no valor de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

199 19. Financiamentos Obtidos Financiamentos Obtidos 31-Dez-13 Total 31-Dez-12 Total Correntes Não correntes Correntes Não correntes Empréstimos por Obrigações Empréstimos Bancários Contas Correntes Caucionadas Locações Financeiras Depósitos à Ordem-Saldos Credores Euros O financiamento dos investimentos realizados nas várias infraestruturas do EFMA envolveu, até à presente data, a contratação de vários empréstimos por obrigações, de um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (BEI) e de diversos empréstimos bancários de curto prazo. Em 31 de dezembro de 2013, estão em vigor os seguintes financiamentos obtidos: BEI Data de início do contrato: 1999 Prazo: 20 anos Período de carência: 7 anos O montante de ,00, refletido na conta de empréstimos, resulta da utilização total das tranches A, B, C e D O reembolso deste empréstimo será efetuado da seguinte forma: Tranche A - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em setembro de Tranche B - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em setembro de Tranche C - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em março de Tranche D - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em março de 2009 Taxa Juro: taxa determinada pelo BEI em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo seu Conselho de Administração e que não poderá exceder a taxa Euribor 3 meses acrescida de 0,15% Reembolsos até Montante em Dívida: Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 2003 Prazo: 15 anos Reembolso: total no final do contrato (2018) Este empréstimo obrigacionista, foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa-Banco de Investimento, S.A. Os cupões são trimestrais e o seu reembolso é bullet Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,10% 199 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

200 Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 2007 Prazo: 20 anos Reembolso: total no final do contrato (2027) Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Millennium BCP e do BPI Os cupões são semestrais e o seu reembolso é bullet Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,005% Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 2010 Prazo: 20 anos Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, 28 prestações semestrais, iguais e sucessivas Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário constituído por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI); Banco Santander Totta, S.A. (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A. (CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. Sucursal em Portugal (Dexia) Taxa Juro: Euribor 6 meses + Spread 2,65% Conta Corrente Caucionada Santander-Totta Data de início do contrato: 02/11/2013 Data do fim do contrato: 02/05/2014 Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 6,75% Conta Corrente Caucionada BES Data de início do contrato: 20/11/2013 Data do fim do contrato: 19/02/2014 Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8% Conta Corrente Caucionada BES Data de início do contrato: 20/11/2013 Data do fim do contrato: 19/02/2014 Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) Millennium BCP Data de início do contrato: 27/12/2013 Data do fim do contrato: 30/01/2014 Taxa fixa: 3,985% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI Data de início do contrato: 16/12/2013 Data do fim do contrato: 14/03/2014 Euribor a 3 meses + Spread 7% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 09/10/2013 Data do fim do contrato: 13/01/2014 Euribor a 3 meses + Spread 5,75% 200 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

201 Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 16/12/2013 Data do fim do contrato: 17/03/2014 Euribor a 3 meses + Spread 5,75% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 16/12/2013 Data do fim do contrato: 17/03/2014 Euribor a 3 meses + Spread 5,75% Os financiamentos obtidos no Millennium BCP ( ) e no Banco Espírito Santo ( ) correspondem a empréstimos destinados a financiar a constituição de depósitos caução, ambos à ordem do Tribunal de Reguengos de Monsaraz, no âmbito do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla e de processos litigiosos de expropriação, respetivamente. O escalonamento das dívidas constantes no Balanço em 31 de dezembro de 2013 e em 31 de dezembro de 2012, com vencimento a mais de 5 anos, ascende a: 31-Dez Dez-12 Empréstimos por Obrigações Não Convertiveis Empréstimo Obrigacionista de 2003 (300 M ) Empréstimo Obrigacionista de 2007 (56,18 M ) Empréstimo Obrigacionista de 2010 (94,35 M ) Dívidas a Instituições de Crédito Banco Europeu de Investimento (135M ) Total Euros Para cumprimento do definido na NCRF 10 - Custos de Empréstimos Obtidos, nomeadamente quanto ao dever da entidade divulgar a quantia de gastos com os empréstimos obtidos, capitalizada durante o período e a taxa de capitalização usada para determinar a quantia dos gastos dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização, indica-se que, no ano de 2013, foram capitalizados os gastos a uma taxa média de 43,68% perfazendo o valor de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

202 20. Fornecedores e Outras Contas a Pagar Fornecedores e Outras Contas a Pagar 31-Dez Dez-12 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Fornecedores Fornecedores C/C Outras Contas a Pagar Fundos Comunitários Fornecedores de Investimento Credores por Acréscimos de Gastos Pessoal Outros Credores Euros Fornecedores c/c e Fornecedores de Investimento Os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, evidenciados na rubrica de Inventários, são registados na rubrica Fornecedores C/C, em vez de Fornecedores de Investimento, pois não decorrem de investimentos em ativos fixos tangíveis ou intangíveis mas de trabalhos de construção relevados na rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos Fundos Comunitários Esta conta inclui: (i) no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, afetos à rede secundária, em que a despesa ainda não foi realizada, mas que se prevê que seja realizada até final do ano de 2014, (ii) no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos comunitários, no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização, por dedução a despesa a realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no fim do ano de 2012 e o seu encerramento está previsto para o final de Credores por Acréscimos de Gastos A conta de Credores por Acréscimos de Gastos reflete essencialmente o valor especializado dos gastos com os juros de financiamentos obtidos e comissões de garantia (essencialmente empréstimos obrigacionistas e contas correntes caucionadas) no montante total de Esta conta inclui também outros valores especializados, nomeadamente: (i) relativos ao investimento realizado numa empreitada em curso da rede secundária de rega (auto do mês de dezembro de 2013), cuja fatura deu entrada na empresa em janeiro de 2014 e (ii) gastos com eletricidade no montante de faturados no mês seguinte (janeiro 2014) àquele a que os consumos se referiam. 202 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

203 Esta conta traduz também o montante estimado de gastos com férias e subsídio de férias dos funcionários da EDIA, referentes a 2013 (a pagar em 2014) nos montantes de e respetivamente. 21. Variação nos Inventários da Produção A variação nos inventários da produção a 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012 discrimina-se da seguinte forma: Produtos Acabados e Intermédios 31-Dez Dez-12 Euros Inventário Final Inventário Inicial Variação nos Inventários da Produção Produtos e Trabalhos em Curso 31-Dez Dez-12 Inventário Final Transferências Inventário Inicial Variação nos Inventários da Produção Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12 e do Perímetro de Rega da Luz, prevê a transferência para o Estado (MAM) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o gasto das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de Inventários. Em 2013, com a entrada em exploração de mais dois perímetros de rega, Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1-margem direita, e conforme tratamento dado em anos anteriores a outras infraestruturas da mesma natureza, procedeu-se à transferência dos investimentos que estão associados a essas infraestruturas, que se encontravam na conta Produtos e Trabalhos em Curso para a conta Produtos Acabados e Intermédios. Na sequência dos contratos de entrega celebrados com o Estado (DGADR), em abril e novembro de 2013, o saldo à data do relato, da conta de Produtos Acabados e Intermédios, relacionado com a rede secundária, investimentos nos perímetros de rega substancialmente concluídos e já em exploração, foi transferido para a rubrica de Outras Contas a Receber (conta da DGADR), tendo presente que é o Estado que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária que a EDIA construiu, em sua representação. 203 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

204 Os investimentos em curso das infraestruturas da rede secundária de rega, que correspondem essencialmente a projetos afetos aos blocos de rega ainda em construção, continuam a ser registados na subconta de Produtos e Trabalhos em Curso. A variação verificada na rubrica Variação nos Inventários da Produção, face ao período homólogo, resulta essencialmente pela baixa taxa de realização de investimentos na rede secundária no ano de Trabalhos para a própria Entidade Os trabalhos para a própria entidade registam a imputação ao investimento em curso (rubricas de Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis ) dos gastos afetos às áreas operacionais da Empresa ligadas diretamente à construção das infraestruturas do EFMA. Estes gastos estão diretamente afetos à rede primária e ao centro de cartografia, efetuados sob administração direta da Empresa. 23. Fornecimentos e Serviços Externos Fornecimentos e Serviços Externos 31-Dez Dez-12 Euros Subcontratos Electricidade Conservação e Reparação Trabalhos Especializados Seguros Rendas e Alugueres Vigilância e Segurança Honorários Combustíveis Comunicação Limpeza e Higiene Publicidade e Propaganda Ferramentas e Utensílios Contencioso Deslocações e Estadas Portagens e estacionamentos Despesas de Representação Material Escritório Outros Fluídos Água Livros e Documentação Técnica Outros Total A rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos apresenta uma variação negativa significativa, em termos homólogos, resultado do decréscimo da conta de Subcontratos, consequência de um menor volume de investimento na rede secundária de rega (evidenciado na 204 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

205 rubrica Inventários ), sendo esta diminuição de gastos compensada por uma redução de montante similar na conta de Variação dos Inventários da Produção. Os aumentos mais significativos ocorreram nas rubricas de Conservação e Reparação e Trabalhos Especializados, uma vez que o número de infraestruturas em exploração aumentou, pelo que os gastos com pessoal técnico especializado na manutenção preventiva dos equipamentos nessas infraestruturas, dos perímetros de rega, também subiram. A consequente cessação de capitalização dos gastos inerentes às infraestruturas da rede primária a montante é também um dos fatores decisivos para este acréscimo de gastos. 24. Gastos com o Pessoal O número de trabalhadores da EDIA em 2013 e 2012 foi de 187 e 188, respetivamente. Os Gastos com o Pessoal da Empresa tiveram a seguinte composição: Euros Gastos com o Pessoal 31-Dez Dez-12 Remunerações Encargos Sociais Outros Gastos com o Pessoal Face ao período homólogo, apesar de se ter verificado uma redução dos gastos mensais com os órgãos sociais, uma vez que o número de membros do Conselho de Administração da Empresa passou de quatro para três, esta rubrica apresenta um aumento significativo, que resulta sobretudo da reposição em 2013, das remunerações ao pessoal referente aos 13.º e 14.º meses, não pagas em 2012, mas também da reposição do subsídio de férias de 2012 na sequência do Acórdão do Tribunal Constitucional de 5 de abril Em 2013, as demonstrações financeiras refletem não só os duodécimos do subsídio de férias de 2013 (a pagar em 2014) e do subsídio de Natal (que tem vindo a ser processado e pago em duodécimos em 2013-Artigo 28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro), mas também o subsídio de férias de 2012 pago no segundo semestre de 2013, na sequência do Acórdão n.º 187/2013, de 5 de abril, do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade de alguns artigos da Lei do Orçamento do Estado para 2013, nomeadamente o artigo 29.º da Lei n.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, referente à suspensão do pagamento do subsídio de férias ou equivalente. Em 2013 mantiveram-se em vigor algumas das medidas de redução de custos do Sector Empresarial do Estado (SEE) aprovadas nos anos anteriores. Isenção de redução remuneratória para os trabalhadores que auferem uma remuneração total ilíquida igual ou inferior a mensais; 205 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

206 Manutenção da redução efetiva de remuneração para todos os trabalhadores que auferem uma remuneração total ilíquida calculada nos termos do N.º 1 do Art.º 20 da Lei N.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, superior a mensais; Proibição de atribuição de prémios de desempenho ou outras prestações pecuniárias de natureza afim; Progressividade da redução remuneratória, de modo a assegurar maior redução por parte e quem aufira uma redução total ilíquida mais elevada; e Proibição de atribuição de quaisquer benefícios geradores de encargos, designadamente subsídios, ajudas de custo ou quaisquer outros suplementos pecuniários com a finalidade de compensar, direta ou indiretamente, as reduções remuneratórias. Foram atribuídas, no decorrer dos anos de 2013 e 2012, aos membros dos órgãos sociais da Empresa, as seguintes remunerações relacionadas com o exercício das suas funções: 31-Dez-13 Euros 31-Dez-12 Conselho de Administração Revisor Oficial de Contas Conselho Fiscal Mesa da Assembleia Geral Outros Rendimentos e Ganhos Euros Outros Rendimentos e Ganhos 31-Dez Dez-12 Juros concessão exploração da CHA e CHP Imputação de Subsídios ao Investimento Outros Juros No âmbito do Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva (CHA) e Pedrógão (CHP) celebrado com a EDP, a EDIA recebeu um montante inicial de e irá receber, por um período de 35 anos, um montante anual periódico de (valor atualizado em 2012). O montante de evidenciado na conta Juros concessão exploração da CHA e CHP corresponde à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato), com base numa taxa implícita de 5,5%. 206 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

207 25.2. Imputação de Subsídios ao Investimento A rubrica Imputação de Subsídios ao Investimento reflete o reconhecimento em rendimentos dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que estes últimos são depreciados. Não inclui: Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega, que estão evidenciados em Diferimentos, no Passivo não Corrente, uma vez que os ativos correspondentes são propriedade do Estado. Estes subsídios foram, na sua maior parte, deduzidos ao investimento, evidenciado na rubrica de Inventários, por a EDIA ter executado estes investimentos com fundos próprios, em representação do Estado, resultante do Contrato de Concessão celebrado em abril de 2013, com a DGADR; e Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total, pelo que têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios. 26. Outros Gastos e Perdas Em 2013 esta rubrica inclui decorrentes da mensuração de um depósito cativo de que não vence juros pelo seu custo amortizado (ver Nota 10), uma vez que se prevê que a conclusão do respetivo processo judicial (Portucel Recicla) só venha a ocorrer no final de Do restante valor apresentado na rubrica de Outros Gastos e Perdas é de salientar: (i) relativos ao pagamento de taxas, pelas utilizações dos recursos hídricos em várias infraestruturas da EDIA, tais como Alqueva, Pedrógão, Cais da Barragem de Alqueva, furo da Herdade da Coitadinha, (ii) referentes ao desreconhecimento do valor do PEC por conta do IRC de 2009, (iii) de quotizações e (iv) de gastos incorridos com impostos diretos (Imposto Municipal de Imóveis). 27. Juros e Rendimentos Similares Obtidos e Juros e Gastos Similares Suportados Rendimentos e Gastos Financeiros 31-Dez Dez-12 Euros Rendimentos e Ganhos Financeiros Outros juros obtidos Gastos e Perdas Financeiros Juros e gastos similares suportados Outros gastos e perdas financeiros RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

208 27.1. Rendimentos e Ganhos Financeiros A conta Outros Juros Obtidos traduz, fundamentalmente, os juros de depósitos a prazo e à ordem Gastos e Perdas Financeiros O decréscimo ocorrido na conta Juros e gastos similares suportados deveu-se à diminuição dos juros suportados associados aos empréstimos contraídos pela Empresa, dado que a taxa de juro média real foi inferior à taxa de juro média em 2012, essencialmente em resultado da descida da Euribor. Os Outros gastos e perdas financeiros incluem essencialmente serviços bancários e comissões de garantia dos empréstimos obrigacionistas e bancários. 28. Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização Os gastos/reversões de depreciação e amortização, em 2013 e 2012, discriminam-se da seguinte forma: Euros Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização 31-Dez Dez-12 Ativos Fixos Tangíveis Terrenos e Recursos Naturais 2 2 Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Equipamento Administrativo Outros Ativos Tangíveis Ativos Fixos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Outros Ativos Intangíveis Programas de Computador RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

209 29. Segmentos Operacionais A atividade da EDIA está centrada em dois segmentos de negócio (Água e Energia). As restantes áreas de negócio tais como o turismo, o ambiente, a cultura e a produção cartográfica, devido à sua dimensão, foram agrupadas num único segmento (Projetos Especiais). O segmento Água está relacionado com a gestão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA com vista a garantir a sua distribuição através de critérios de rigor e sustentabilidade, sendo constituído por duas vertentes: a do Armazenamento de Água, onde se destacam os grandes reservatórios (albufeiras de Alqueva e de Pedrógão), e a da Adução de Água, traduzida pelos diversos subsistemas de abastecimento de água (Alqueva, Pedrógão e Ardila). A atividade de Armazenamento de Água tem como fim o fornecimento de água, quer para fins agrícolas, industriais ou abastecimento populacional, quer para produção hidroelétrica. Esta subatividade apresenta réditos, essencialmente, internos. Após a entrada em exploração de diversos perímetros de rega e da resolução administrativa por parte do Estado, através do Despacho n.º 9000/2010 dos Ministérios das Finanças e da Administração Pública, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente e do Ordenamento do Território, sobre o preço a aplicar à distribuição da água, o grupo EDIA iniciou verdadeiramente a atividade de exploração da componente Adução de Água, prevendose a breve prazo, um aumento gradual dos ganhos devido à entrada em exploração de novos perímetros, ao aumento de adesão ao regadio agrícola e à utilização da água para fins industriais e turísticos. O segmento Energia é constituído pela produção de eletricidade através das centrais hidroelétrica de Alqueva e Pedrógão, Mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa e pela Central Fotovoltaica de Alqueva. O volume de negócio resulta, essencialmente do recebimento da renda relativa ao contrato de concessão das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão à EDP, por um período de 35 anos. No entanto, refere-se também a exploração neste período de todas as centrais mini-hídricas e da central fotovoltaica, sendo essa atividade remunerada pelo fornecimento da eletricidade entregue na rede elétrica nacional. O segmento Projetos Especiais, como referido anteriormente, abrange diversas áreas das quais se destacam: Centro de Cartografia, projeto originalmente criado como um apoio ao investimento realizado pela EDIA, quer a nível cartográfico quer a nível topográfico, e que surge como uma oportunidade de negócio; O PNN que surgiu como um projeto de minimização ambiental em consequência da construção da albufeira Alqueva, mas que se complementa com as áreas agrícolas e turísticas; O Museu da Luz consubstancia-se num espaço de memória e de interpretação de todos os inéditos processos da recolocação da Aldeia da Luz e aparece como um projeto cultural crescente na nova aldeia. Os resultados de exploração por segmentos no final de 2013 e de 2012 são os seguintes: 209 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

210 2013 RUBRICAS Água Energia Projetos especiais Não alocados Total Euros Réditos Externos Gastos Operacionais de Exploração ( ) (88.747) ( ) ( ) ( ) Réditos / Gastos Intersegmentos ( ) Margem Bruta ( ) ( ) ( ) Outros Rendimentos e Ganhos ( ) Outros Gastos e Perdas ( ) (632) (6.257) (20.924) ( ) Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros ( ) (97.127) ( ) Depreciações e Amortizações (30.871) ( ) ( ) ( ) Perdas por Imparidade ( ) ( ) Resultado Operacional ( ) ( ) ( ) ( ) Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos Juros e Gastos Financeiros Suportados ( ) ( ) (618) (0) ( ) Resultado por Segmento de Negócio ( ) ( ) ( ) ( ) Imposto Sobre o Rendimento Resultado Liquído Exercicio ( ) ( ) 2012 RUBRICAS Água Energia Projetos especiais Não alocados Total Euros Réditos Externos (34.094) Gastos Operacionais de Exploração ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Réditos / Gastos Intersegmentos ( ) Margem Bruta ( ) ( ) ( ) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas ( ) ( ) (15.646) (33.315) ( ) Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros ( ) (86.631) ( ) Depreciações e Amortizações (29.958) ( ) ( ) (65.432) ( ) Imputação Sub. Investimento Perdas por Imparidade Resultado Operacional ( ) ( ) Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos Juros e Gastos Financeiros Suportados ( ) ( ) (3.151) (215) ( ) Resultado por Segmento de Negócio ( ) ( ) ( ) Imposto Sobre o Rendimento Resultado Liquído Exercicio Os principais indicadores da posição financeira por segmentos no final do ano de 2013 e de 2012 são os seguintes: 2013 RUBRICAS Água Energia Projetos Especiais Não alocados Total Euros Ativos Passivos RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

211 2012 RUBRICAS Água Energia Projetos Especiais Não alocados Total Euros Ativos Passivos Outras Informações Relevantes Esta nota, contemplada no modelo geral de anexo proposto pela Portaria N.º 986/2009, foi utilizada na divulgação de outras informações não previstas nas notas anteriores e que se consideram necessárias para melhor compreender a posição financeira e os resultados da EDIA. Inspeção Tributária De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro anos. Com base neste pressuposto, as declarações fiscais da Empresa do ano de 2008 até 2011 foram sujeitas a revisão por parte da Autoridade Tributária (AT). Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a AT uma correção aos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A generalidade dos bens atualmente registados nos Ativos Intangíveis encontravam-se, até à data da entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística, em 1 de janeiro de 2010, evidenciados na rubrica de Ativos Fixos Tangíveis, sendo então reclassificados para Ativos Intangíveis, conforme previsto na IFRIC 12 - Acordos de Concessão de Serviços, aplicável ao contrato de concessão celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, conforme expressamente reconhecido pela Comissão de Normalização Contabilística em 20 de janeiro de Sucede que os terrenos submersos em questão, e que foram amortizados pela EDIA, estão incluídos no EFMA e são objeto do contrato de concessão, celebrado em 17 de outubro de 2007 entre a EDIA e o Estado Português, designado por Contrato de Concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada a rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do EFMA, com a duração de 75 anos. Nos termos das Cláusulas 8.ª e 9.ª deste contrato, todos os bens incluídos no EFMA, incluindo os terrenos submersos objeto de amortização, reverterão para o Estado Português no termo do respetivo contrato de concessão. Pelo exposto, nos termos: (i) do artigo 13.º do Decreto Regulamentar N.º 2/90, de 12 de janeiro, em vigor no período a que se refere a inspeção tributária Os elementos do ativo imobilizado adquiridos ou produzidos por entidades concessionárias e que nos termos das cláusulas do 211 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

212 contrato de concessão sejam revertíveis no final desta podem ser reintegrados ou amortizados em função do número de anos que restem do período de concessão quando aquele for inferior ao seu período mínimo de vida útil e (ii) das Cláusulas 8.ª e 9.ª do contrato de concessão, considerando que os terrenos amortizados, bem como todos os bens integrados no EFMA reverterão para o Estado no final do Contrato, estão cumpridos todos os requisitos legais para a aceitação da amortização como custo fiscal, não devendo pois, ser efetuada qualquer correção em sede de IRC, sendo esta a posição defendida pela Empresa. Em maio de 2013, a EDIA apresenta Impugnação Judicial da decisão de indeferimento da Reclamação Graciosa da demonstração de liquidação de IRC referente aos exercícios de 2008, 2009, 2010 e 2011, e, desta forma, requer ao Exmo. Sr. Juiz de Direito do Tribunal Tributário de Beja a anulação total das demonstrações de liquidação de IRC e de juros, assim como a reposição dos prejuízos fiscais prejudicados com esta correção efetuada em sede de inspeção tributária, para os quatro exercícios. Em janeiro de 2014, à semelhança das Reclamações Graciosas e Impugnações Judiciais apresentadas, relativas aos anos anteriores (de 2008 a 2011), a EDIA apresentou Reclamação Graciosa relativa ao exercício de Em fevereiro, a AT comunicou o seu indeferimento, invocando, com os mesmos fundamentos, que as amortizações consideradas eram indevidas, pelo que se impunha a correção técnica, uma vez que a causa de pedir é exatamente igual à daqueles processos de IRC dos anos anteriores. Face ao exposto, a EDIA apresentou Impugnação Judicial da correção efetuada pela inspeção, referente ao exercício de Matérias Ambientais Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas no anexo pela NCRF 26 - Matérias Ambientais, que também exige divulgações no relatório de gestão. As matérias ambientais devem ser objeto de divulgação na medida em que sejam materialmente relevantes para avaliação do desempenho financeiro ou para a posição financeira da entidade. O contrato de concessão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concretizou os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. A atividade da Empresa é de natureza essencialmente não industrial, sendo relativamente reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processos. O peso dos impactes ambientais da atividade da Empresa é, em termos relativos, bastante inferior ao seu contributo para geração de valor no tecido económico e social da região. No entanto, para além de garantir a implementação das medidas de minimização definidas no Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a implementar, durante a fase de construção, um conjunto de medidas, que após a execução das intervenções nas áreas afetadas, eliminem quaisquer sinais de intervenção, repondo a situação original. 212 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

213 Em termos de política ambiental, a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do desempenho ambiental em que se destaca o cumprimento da legislação, a análise dos impactes ambientais derivados da atividade da Empresa e a formação e sensibilização dos trabalhadores. As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou reparar danos de carácter ambiental, que decorram da atividade ambiental normal da Empresa. Neste sentido, tendo em conta (i) a natureza e a dimensão da atividade da Empresa e os tipos de problemas ambientais associados à sua atividade, e (ii) informações sobre o seu desempenho ambiental, tais como, redução das emissões atmosféricas, remoção de resíduos; não existe qualquer responsabilidade de carácter ambiental que deva dar origem à constituição de provisões, uma vez que não o entendemos como materialmente relevante. Dívidas à Administração Fiscal e ao Instituto de Solidariedade e Segurança Social Das informações legalmente exigidas noutros diplomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º, 397.º, 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), das disposições legais decorrentes do Decreto-Lei N.º 534/80, de 7 de novembro emanado pelo Ministério das Finanças e do Plano e das disposições referidas na Lei N.º 110/2009, de 16 de setembro emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, importa referir que a EDIA, através dos documentos de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a Segurança Social. Garantias Prestadas A Portucel Recicla S.A. intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de (correspondendo ao valor já faturado de acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com embargos de executado, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Em dezembro de 2011, a EDIA prestou uma garantia bancária no montante de , valor este destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial de execução ordinária que corre termos pelo Tribunal Judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A..À data do relato financeiro esta garantia ainda se encontra vigente. No âmbito das empreitadas das redes, primária e secundária, a EDIA realiza perfurações horizontais nas estradas. Para isso, tem que fazer pedidos de licenciamento à empresa Estradas de Portugal, S.A. a qual exige que a EDIA, por cada atravessamento, preste uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, SA), pelo prazo de cinco anos. A 31 de dezembro de 2013 o montante constituído ascende a No âmbito da adjudicação do Concurso Público Internacional CP008/DSIC/2009 Aquisição de Serviços de Execução do Cadastro Predial ao consórcio CME/EDIA/RZMAPA/GEOGLOBAL/SIGMAGEO, definiu-se a emissão de uma Garantia Bancária conjunta, em que, cada um dos consorciados é responsável pela sua 213 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

214 proporção. A participação da EDIA, através do seu Centro de Cartografia, resultou na prestação de uma garantia bancária no valor de Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a Autoridade Tributária (AT) uma correção, nos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A EDIA contestou e teve que prestar a favor da AT, garantias bancárias no valor de , destinadas a caucionar a suspensão dos processos de execução fiscal que correm termos nos Serviços de Finanças. No âmbito do contrato celebrado com a Galp Energia, Petróleos de Portugal-Petrogal, S.A., a EDIA prestou uma garantia bancária destinada a caucionar o bom pagamento dos consumos relativos ao cartão GALP frota. A 31 de dezembro de 2013, o montante constituído ascende a Ativos e Passivos Contingentes O Reforço de Potência de Alqueva entrou em serviço industrial em dezembro de Ao abrigo do Anexo VII do Contrato de Exploração das Centrais de Alqueva e Pedrógão e do Contrato de Subconcessão do Domínio Público Hídrico, a compensação financeira anual a pagar pela EDP à EDIA poderá ser ajustada, designadamente, por alteração do valor do investimento previsto no mesmo Anexo para aquele Reforço de Potência, no montante de M 145, a preços de Havendo desacordo, entre a EDIA e a EDP, entre os termos dessa revisão, a via a seguir deverá ser o recurso aos mecanismos contratualmente previstos para a resolução de diferendos e nunca uma tomada de posição unilateral por uma das partes, em especial quando tal se traduza na retenção por parte da EDP, de parte da referida compensação anual. Além do mais, do contrato decorre, inequivocamente, que qualquer investimento, eventualmente necessário à construção de qualquer reforço de potência que não tenha sido incluído no âmbito da respetiva empreitada de construção ou no âmbito do respetivo fornecimento do equipamento, não poderá ser considerado para efeitos do cálculo do investimento a realizar com a construção desse reforço de potência. A EDIA concorda com a revisibilidade deste contrato cujos cálculos apontam para um montante de M 3,6 a favor da Empresa. Este montante resulta da aplicação dos termos previstos no contrato de concessão, sendo que a sua alteração deve ser efetuada sob a forma de aditamento ao contrato, não podendo a EDP proceder às suas alterações unilateralmente. A EDIA não considera devida a fatura da EDP (acerto na compensação financeira por alteração do valor do investimento previsto para o reforço de potência) no montante de M 1,5, nem que o seu pagamento tenha sido efetuado através da compensação da sua 214 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

215 fatura relativa à prestação anual de 2013, referente ao pagamento estabelecido na cláusula 6.ª do contrato. No que respeita aos argumentos expendidos pela EDP sobre os temas que constituem motivo de diferendo com a EDIA, esta reitera naturalmente a sua posição que já anteriormente e por diversas vias teve oportunidade de transmitir à EDP. Neste contexto, a EDIA considera que a posição manifestada pela EDP visou apenas expor o seu entendimento sobre os termos da revisão da compensação financeira anual e que em caso algum quis pôr em causa o escrupuloso cumprimento das cláusulas do Contrato de Cessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de Subconcessão do Domínio Público Hídrico (contrato). Assim, para que se possa proceder a um trabalho conjunto, e porque parece ser comum o empenho no cumprimento pontual dos termos acordados, será necessário repor as condições de normalidade contratual, por via da reposição da verba indevidamente retida pela EDP do valor da renda anual relativa a 2013, sendo certo, que a revisão dessa compensação só pode operar por uma de duas vias: ou por acordo entre as partes ou em resultado de decisão obtida por via dos mecanismos contratualmente previstos para a resolução de litígios entre as partes. Logo que a EDP proceda à reposição do valor em falta, estarão reunidas as condições de consenso, para que as partes reúnam com vista à obtenção de uma solução concertada para as divergências apontadas para o diferendo. São compromissos assumidos pela EDIA, que não figuram no Balanço em 31 de dezembro de 2013, as garantias prestadas nos termos do disposto no N.º 2 do artigo 56.º do Regulamento (CE) N.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro. A competência para a prestação de garantias pela Empresa cabe nas competências do Conselho de Administração, quer por via do disposto no artigo 15.º dos estatutos da EDIA, em particular por via da alínea c) do N.º 1 e, em especial, pelo disposto na alínea f) do artigo 406.º do Código das Sociedades Comerciais, aplicável por via do disposto no artigo 7.º do Decreto-Lei Nº 558/99, de 17 de dezembro. No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), e nos termos e ao abrigo do disposto no n.º 4 do Art.º 18º da Portaria N.º 820/2008, de 8 de agosto, a EDIA formulou vários pedidos de pagamento a título de adiantamento dentro do montante permitido pelos referidos normativos: Perímetro de Pedrógão-Margem Direita: 30% do valor do investimento elegível aprovado ,89; Blocos de Ervidel: 30% do valor do investimento elegível aprovado ,98; Perímetro de São Pedro-Baleizão-Quintos: 15% do valor do investimento elegível aprovado ,00; e Perímetro de Cinco Reis Trindade: 7% do valor do investimento elegível aprovado , RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

216 Nestes casos, e conforme disposto no Artº 56º do Regulamento (CE) n.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro, o Conselho de Administração (através de garantia escrita emitida ao organismo pagador competente do PRODER - Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, IP) garantiu o ressarcimento num montante correspondente a 110% do valor do adiantamento, caso não se prove o direito ao montante adiantado. Esta faculdade é permitida à EDIA por se tratar de um beneficiário público, nos termos da legislação comunitária. 216 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

217 CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria Elaborado por Auditor Registado na CMVM 217 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

218 218 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

219 219 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

220 220 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

221 221 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

222 222 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

223 223 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

224 224 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

225 Relatório de Auditoria Elaborado por Auditor Externo 225 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

226 226 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

227 1. Examinámos as demonstrações financeiras da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e quais compreendem o Balanço em 31 de dezembro de 2013 (que evidencia um total de Introdução Infra-estruturas do Alqueva, SA (adiante também designada por EDIA ou Empresa), as RELATÓRIO DE AUDITORIA garantia, e faz parte da rede internacional BDO de firmas independentes. BDO & Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50-10, Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial de A BL3O & Associados, SROC, Lda, sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada por Lisboa, NIPC , Capital euros. sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o numero da nossa opinião. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras. 5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras contêm ou não distorções materialmente relevantes. Para estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e (iv) a apreciação sobre se é Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o exame seja planeado e das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das tanto, o nosso exame incluiu: (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte foi realizado de acordo com as Normas Técnicas e Diretrizes de Revisão/Auditoria da 4. Exceto quanto à limitação descrita no parágrafo 7 abaixo, o exame a que procedemos Âmbito independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e Empresa, o resultado das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações Responsabi (idades Anexo. resultados por naturezas, a Demonstração das alterações no capital próprio, a incluindo um resultado líquido negativo de euros), a Demonstração dos Demonstração dos fluxos de caixa, do exercício findo naquela data, e o correspondente euros e um total de capital próprio negativo de euros, IBJ: www. bdo. pt Fax: Lisboa Te[: Av. da Repúb[ica,

228 sem jbdo Reserva 7. Ás Outras contas a receber integram 159,1 milhões de euros a receber da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional (DGADR). Este montante inclui: (i) 70,8 milhões de euros referentes à denominada lnfraestrutura 12, relativamente à qual a EDIA formalizou com a DGADR, em abril de 2006, um contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação por um prazo de 30 anos; e (ii) 88,2 milhões de euros correspondentes ao valor dos investimentos efetuados pela EDIA nas infraestruturas da rede secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) que já se encontram concluídas, líquidas dos subsídios associados a esses investimentos, na sequência da entrega formal dessas infraestruturas à DGADR e do contrato celebrado em 8 de abril. de 201 3, que atribui à EDIA a concessão da gestão, exploração, manutenção e conservação destas infraestruturas até 31 de dezembro de Não está ainda esclarecida qual a forma de ressarcimento da EDIA pela parte do investimento que não foi subsidiada, que está dependente de decisão do Estado português, subsistindo assim uma importante incerteza quanto à forma e ao valor de realização dos referidos 159,1 milhões de euros, bem como dos 23,1 milhões de euros de ativos ( Inventários ) e dos 27,8 milhões de euros de passivos ( Outras contas a pagar e Diferimentos ) associados às infraestruturas da rede secundária ainda por executar ou concluir. Opinião 8. Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelarse necessários caso não existisse a limitação descrita no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras antes referidas apresentam adequada e apropriadamente, em todos os aspectos materialmente relevantes, a situação financeira da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, SÃ, em 31 de dezembro de 2013, o resultado das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa, no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. Ênfase 9. Sem afetar a opinião expressa no parágrafo anterior, salientamos que do investimento total previsto no EFMÃ (de acordo com Plano de Investimento aprovado em março de custos de estrutura e financeiros capitalizáveis) ainda falta realizar, em 31 de Dezembro de 2013, um total. de 462,3 milhões de euros, estando a sua concretização dependente dos financiamentos que a Empresa venha a obter junto da União Europeia, do acionista Estado e/ou de outros fundos. Nesse âmbito, é de salientar que, em 31 de dezembro de 2013, o total do capital próprio se apresenta negativo em 343,8 milhões de euros, pelo que são aplicáveis as disposições do Código das Sociedades Comerciais sobre a recomposição dos capitais e sobre a necessidade de divulgação externa do montante do capital próprio segundo o último balanço aprovado. 2

229 IBDO Relato sobre outros requisitos legais 10. É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício. Lisboa, 10 de abril de

230 230 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

231 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 231 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

232 232 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

233 233 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

234 234 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

235 235 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

236 236 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

237 237 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

238 238 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

239 239 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

240 240 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

241 241 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

242 242 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

243 4. CONTAS CONSOLIDADAS 243 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

244 244 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

245 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DEZEMBRO DE 2013 Demonstração Consolidada da Posição Financeira Demonstração da Posição Financeira Notas 31-Dez Dez-12 ATIVO Ativo Não Corrente Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis 7 e Participações Financeiras Depósitos Cativos Ativo Corrente Inventários Clientes Adiantamentos a Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Outras Contas a Receber Diferimentos Caixa e Depósitos Bancários Total do Ativo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital Próprio Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados 16 e Resultado Líquido do Exercício Atribuível aos Acionistas da Empresa - Mãe Total do Capital Próprio do Grupo Interesses Minoritários Total do Capital Próprio Passivo Não Corrente Provisões Financiamentos Obtidos Passivos por Impostos Diferidos Outras Contas a Pagar Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos Passivo Corrente Fornecedores Adiantamento de Clientes Estado e Outros Entes Públicos Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos Total do Passivo Total do Capital Próprio e do Passivo Euros A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração 245 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

246 Demonstração Consolidada do Rendimento Integral Demonstração do Rendimento Integral Notas 31-Dez Dez-12 Euros Vendas Prestações de Serviços Subsídios à Exploração Trabalhos para a Própria Entidade Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (19.611) (19.110) Variação nos Inventários da Produção Fornecimentos e Serviços Externos 23 ( ) ( ) Gastos com o Pessoal 24 ( ) ( ) Imparidade de Dívidas a Receber(Perdas/Reversões) 17 ( ) ( ) Provisões (Aumentos/Reduções) 18 ( ) ( ) Imparidade de Ativos Não Depreciáveis - (35.874) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas 26 ( ) ( ) Resultado antes de Depreciações, Gastos de Finan. e Impostos Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 28 ( ) ( ) Imparidade de Activos Fixos Tangíveis e Activos Intangíveis 17 ( ) Resultado Operacional (antes Gastos de Finan. e Impostos) ( ) Juros e Rendimentos Similares Obtidos Juros e Gastos Similares Suportados 27 ( ) ( ) Resultado antes de Impostos ( ) Imposto sobre o Rendimento do Período 9 (71.981) (79.403) Resultado Liquido do Período ( ) Outros Rendimentos e Gastos reconhecidos em Capital Próprio Outro Rendimento Integral do Período Rendimento Consolidado Integral do Período ( ) Resultado Líquido do Período atribuível a: Detentores do Capital da Empresa-Mãe ( ) Interesses Minoritários 29 ( ) ( ) ( ) Rendimento Consolidado Integral do Período atribuível a: Detentores do Capital da Empresa-Mãe ( ) Interesses Minoritários 29 ( ) ( ) ( ) Resultado Líquido por Acção: Básico (em euros) (0,193) 0,097 Diluído (em euros) (0,193) 0,097 A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração 246 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

247 Demonstração de Alterações no Capital Próprio Demonstração das Alterações no Capital Próprio Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados Resultado Líquido do Periodo Capital Próprio atribuível aos Acionistas da Empresa-Mãe Interesses Minoritários TOTAL Euros Saldo em 1 de janeiro de Aplicação do Resultado Líquido Consolidado de Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio Aumento de Capital Próprio Resultado Líquido Consolidado Saldo em 31 de dezembro de Saldo em 1 de janeiro de Aplicação do Resultado Líquido Consolidado de Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio Resultado Líquido Consolidado Saldo em 31 de dezembro de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

248 Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração dos Fluxos de Caixa Notas 31-Dez Dez-12 Atividades Operacionais: Recebimentos de Clientes Pagamentos a Fornecedores Pagamentos ao Pessoal Caixa Gerada pelas Operações Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento Outros Recebimentos /Pagamentos relativos à Atividade Operacional Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais Atividades de Investimento: Recebimentos Provenientes de: Ativos Fixos Tangíveis Subsídios ao Investimento Juros e Proveitos Similares Pagamentos respeitantes a: Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento Atividades de Financiamento: Recebimentos Provenientes de: Financiamentos Obtidos Pagamentos respeitantes a: Financiamentos Obtidos Contratos de Locação Financeira Juros e Custos Similares Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento Variações de Caixa e seus Equivalentes Efeito das Diferenças de Câmbio Caixa e seus Equivalentes no Início do Período Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período Euros 248 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

249 Anexo 1. Identificação do Grupo O Grupo tem as atividades principais relacionadas com o EFMA designadamente na conceção, execução e construção das infraestruturas e a promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas com elas conexas, que contribuam para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao Empreendimento. A descrição mais detalhada das atividades do negócio do Grupo consta no anexo na Nota 30 - Segmentos Operacionais. As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Euros por ser a moeda principal das operações do Grupo. Os saldos apresentados nas demonstrações financeiras do Grupo refletem, na sua maioria, os movimentos registados e mensurados da Empresa-Mãe, o que justifica que, algumas notas do Anexo, explicam somente as variações ocorridas na EDIA. EDIA - Empresa-Mãe A EDIA-Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (adiante EDIA, Empresa ou Empresa-Mãe ) é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto - Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, segundo o qual passou a ser titular de todos os direitos e obrigações que pertenciam à Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva. O seu capital social é integralmente detido pelo Estado Português, através da Direção - Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). A 31 de dezembro de 2013, o Capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%. Nos termos do disposto no artigo 2.º daquele diploma, com a redação que lhe foi dada pelos Decretos-Lei N.º 232/98, de 22 de julho, N.º 335/01, de 24 de dezembro e N.º 42/07, de 22 de fevereiro, a EDIA tem atualmente por objeto social: A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) para fins de rega e exploração hidroelétrica, nos termos do contrato celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, em representação do Estado; A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes do sistema primário de rega do EFMA, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação; A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária afeta ao EFMA, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe forem dirigidas pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território; e A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao EFMA. 249 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

250 GESTALQUEVA - Subsidiária A GESTALQUEVA-Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão S.A., com um capital social de , maioritariamente subscrito pela EDIA (51%), sendo o restante valor assumido em partes iguais pelos municípios das áreas do regolfo das albufeiras de Alqueva e do Pedrógão (Alandroal, Moura, Mourão, Serpa, Portel, Reguengos de Monsaraz e Vidigueira), foi constituída a 7 de março de 2003 e tem por objeto social: A conceção, promoção e execução de projetos de desenvolvimento e valorização das potencialidades das albufeiras de Alqueva e Pedrógão e das respetivas envolventes; A gestão de utilizações dos planos de água; A prestação de serviços nos domínios do planeamento, ordenamento, monitorização e gestão de equipamentos e infraestruturas de natureza ambiental na área compreendida pelas albufeiras de Alqueva e Pedrógão e dos concelhos do regolfo daquelas albufeiras; e A exploração de empreendimentos turísticos e de empreendimentos de turismo no espaço rural e de turismo da natureza. GESCRUZEIROS - Subsidiária A GESCRUZEIROS Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo - Turística no Grande Lago Alqueva S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva, S.A. e Nautialqueva Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros, S.A., constituída a 16 de março de 2006, é detido em 51% pela Gestalqueva, S.A. e tem como objeto social: Desenvolvimento de atividades Marítimo - Turísticas; Operador Marítimo Turístico; e Animação turística nas albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e na área correspondente aos municípios envolventes. Relativamente ao resultado do Grupo refere-se que as contas da Gestalqueva, S.A., refletidas nas demonstrações financeiras consolidadas da EDIA, foram preparadas numa ótica de liquidação. Tratando-se a Gestalqueva, S.A. de uma sociedade constituída nos termos da lei comercial, na qual o Estado pode exercer uma influência dominante, ainda que de forma indireta via participação maioritária detida pela EDIA, a Gestalqueva, S.A. é considerada empresa pública, nos termos do disposto no regime jurídico do setor empresarial do Estado. No atual contexto, e seguindo orientação superior que vinha sendo assumida em diversos momentos pelo Estado, até, mas não só na qualidade de acionista da EDIA, em 15 de junho de 2012 foi deliberada por unanimidade, em Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A., a dissolução da sociedade, sem prejuízo dos sócios considerarem fundamental a concertação de ações por 250 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

251 forma a garantir a gestão integrada do Grande Lago Alqueva e a promoção do desenvolvimento económico e social deste território. Na mesma Assembleia Geral foi eleita, nos termos legalmente previstos, a respetiva Comissão Liquidatária e foi considerado fundamental a existência de uma ação concertada entre os diversos intervenientes no desenvolvimento desta zona, por forma a garantir a Gestão Integrada do Grande Lago Alqueva e promover o seu desenvolvimento económico e social através da concretização de algumas condições: Aumentar a parceria para o aproveitamento das potencialidades associadas aos regolfos de Alqueva e Pedrógão, especialmente junto da EDP para que a sua ação em Alqueva seja, pelo menos, semelhante à desenvolvida noutras zonas onde têm barragens instaladas; Apresentar uma proposta de Programa de Ação para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago Alqueva, no qual estejam previstos os projetos e ações consideradas estruturantes para o futuro da zona, no contexto do EFMA. Em 13 de agosto de 2012, e cumprindo com o disposto no artigo 149.º, N.ºs 1 e 2 do Código das Sociedades Comerciais (CSC), foram aprovadas as contas da Gestalqueva, S.A à data da dissolução (15 de junho de 2012). Em 12 de outubro, e no âmbito do processo de liquidação em curso, foi equacionada a alienação da participação social de 51% detida pela Gestalqueva, S.A. na empresa Gescruzeiros, S.A. Nesta Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A. ficou deliberada a alienação da referida participação social e assumida a opção pela alienação através de concurso público. Estando em causa a alienação de uma participação social por uma entidade pública, a EDIA levou ao conhecimento da Direção-Geral do Tesouro e Finanças a intenção de proceder à alienação da participação detida pela Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., no âmbito do processo de liquidação daquela. Em janeiro de 2013, foi dado à EDIA conhecimento do despacho exarado pela Exmª Senhora Ministra da Agricultura e do Mar, de que nada há a opor a que se confira autorização à alienação da participação da Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., desde que seja concretizada por valor igual ou superior ao valor da avaliação apresentado num estudo elaborado por uma entidade externa e independente. Conforme Assembleia Geral realizada em 07 de maio de 2013, em relação ao património da Gestalqueva, S.A, concluiu-se a alienação dos bens de equipamento e iniciou-se o processo de concurso público para alienação dos 51% do capital social da Gescruzeiros, S.A. Este processo não foi concluído porque o concurso ficou deserto e houve necessidade de recorrer à negociação direta com a Nautialqueva, S.A, na qualidade de sócio da Gescruzeiros, S.A, com direito de opção, para a aquisição dos 51% do capital da empresa. Este procedimento ainda não foi concluído, prolongando-se para além das previsões iniciais, que apontavam para a resolução definitiva até dezembro de Em outubro de 2013, nos termos previstos no nº3 do Artº.11 do DLnº.133/2013 de 3 de outubro e conforme solicitação da Direção - Geral do Tesouro e Finanças, a EDIA elaborou um estudo 251 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

252 demonstrativo do interesse e viabilidade da alienação da participação social detida pela Gestalqueva, S.A, na Gescruzeiros, S.A.. Nesse estudo concluiu-se que a proposta de alienação desta participação é mais vantajosa para o Acionista, face à atual situação da Empresa e aos seus resultados económicos e financeiros expectáveis para os próximos anos, passa pelo pagamento de uma verba, libertando o Acionista de todos os compromissos atuais e futuros nessa Empresa. A EDIA, S.A. face ao estudo elaborado e considerando que existe interesse em se concluir rapidamente esta alienação, de forma a não ficar sujeita a outros compromissos entretanto resultantes da gestão corrente, solicitou autorização ao Acionista para realizar a operação em causa através da assunção pela Gestalqueva, S.A. dos compromissos associados aos 51% da Gescruzeiros, S.A. Em janeiro de 2014, a Direção - Geral do Tesouro e Finanças solicitou à EDIA uma atualização do respetivo estudo, alterando os valores previsionais utilizados, para os valores reais, de À data deste relato não existe nenhuma informação adicional. 2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adotadas pela União Europeia. As IAS/IFRS incluem as normas (standards) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as respetivas interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores. Na sua globalidade, as políticas contabilísticas e critérios de mensuração adotados são consistentes com os seguidos na preparação das demonstrações financeiras anuais do exercício de As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade e tomando por base o custo histórico, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa e das empresas incluídas na consolidação. À data da aprovação destas demonstrações financeiras, encontram-se emitidas e adotadas pela União Europeia as seguintes novas normas e interpretações ou suas alterações, com aplicação obrigatória em exercícios futuros, que se prevê que não tenham impacto relevante nas demonstrações financeiras consolidadas da EDIA: IAS 27 (revista em 2011) Demonstrações financeiras separadas Revista após a emissão da IFRS 10, contém os requisitos de contabilização e divulgação para investimentos em participações financeiras, quando as Entidades apresentam demonstrações financeiras separadas; IAS 28 (revista em 2011) Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos - prescreve o tratamento contabilístico dos investimentos em associadas, estabelecendo ainda os princípios da aplicação do método da equivalência patrimonial para esta natureza de investimentos; 252 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

253 Alterações à IAS 32 Instrumentos Financeiros-Apresentação - compensação de ativos e passivos financeiros - clarifica que o direito legal de compensação, para ser efetivo, tem de ser atual e tem de ser imputável a todas as partes no decurso normal do negócio, e elucida em que circunstâncias alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (câmaras de compensação) satisfazem os requisitos de compensação exigidos pela IAS 32; IFRS 10 Demonstrações financeiras Consolidadas - substitui todos os princípios associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS 27 e SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo (o princípio base de que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam a empresa mãe e as subsidiárias como uma entidade única mantém-se inalterado); IFRS 11 Acordos Conjuntos centra-se na identificação e classificação dos acordos conjuntos com base nos direitos e obrigações inerentes aos acordos estabelecidos, em vez da sua forma legal. A consolidação proporcional de empreendimentos conjuntos deixa de ser permitida; IFRS 12 Divulgação de interesses em outras entidades contempla os requisitos de divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades (incluindo-se associadas e entidades estruturadas), de forma a avaliar a natureza, os riscos e os impactos financeiros associados aos interesses de cada Entidade sobre estes investimentos; Alterações às IFRS 10, 11 e 12 Regime de transição - estas alterações clarificam os procedimentos de transição da IFRS 10 - "Demonstrações financeiras consolidadas" e proporcionam uma redução das exigências nos procedimentos de transição, para as normas IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, limitando as exigências de prestar informação comparativa ajustada, apenas para o período anual imediatamente anterior à data da aplicação inicial destas normas. Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração da EDIA adotou pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos ao período reportado, os quais estão descritos na nota seguinte Principais Políticas Contabilísticas. 3. Principais Políticas Contabilísticas Não foram reconhecidos erros materiais relativos a estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras de exercícios anteriores. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. 253 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

254 As principais políticas contabilísticas adotadas pelo Grupo na preparação das demonstrações financeiras consolidadas são as abaixo mencionadas: 3.1. Princípios de Consolidação As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são apresentadas como as de uma única entidade económica. As demonstrações financeiras consolidadas refletem os ativos, passivos e resultados da EDIA e de todas as suas subsidiárias, tendo sido preparadas usando políticas contabilísticas uniformes para as transações e para os outros acontecimentos idênticos em circunstâncias semelhantes. As demonstrações financeiras da EDIA e das suas subsidiárias, usadas na preparação das presentes demonstrações financeiras consolidadas, foram preparadas a partir das mesmas datas de relato. Concentrações de Atividades Empresariais As demonstrações financeiras consolidadas incorporam os resultados de concentrações de atividades empresariais usando o método de compra. Os resultados das operações das adquiridas são incluídos na demonstração consolidada dos resultados a partir da data em que o controlo é obtido. Subsidiárias Foram consideradas subsidiárias todas as entidades controladas pelo Grupo. A EDIA consolida integralmente as demonstrações financeiras das empresas subsidiárias em que o Grupo exerce o controlo. Presume-se a existência de controlo quando o Grupo detém mais de metade dos direitos de voto. Existe também controlo quando o Grupo detém o poder, de direta ou indiretamente, gerir a política financeira e operacional de determinada empresa. As entidades incluídas na consolidação pelo método integral, que incluem a Empresa-Mãe e todas as entidades que se qualificam como subsidiárias, são as seguintes: Subsidiárias EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A. GESTALQUEVA Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão, S.A. GESCRUZEIROS Sociedade para o Aproveitamento da Actividade Marítimo - Turística no Grande Lago Alqueva, S.A. Detentores de Capital % do Capital % do Capital Detido Detido Beja Estado Português 100% 100% Beja EDIA, S.A. 51% 51% Portel Gestalqueva, S.A. 51% 51% As demonstrações financeiras da Empresa-Mãe do Grupo e das suas subsidiárias foram combinadas linha a linha. De acordo com o método da consolidação integral são consolidados os ativos, passivos, rendimentos, gastos e fluxos de caixa das empresas do Grupo, sendo as 254 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

255 transações, saldos e fluxos significativos entre essas empresas eliminados no processo de consolidação. As mais e menos valias decorrentes das transações entre empresas do Grupo são igualmente anuladas. Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas subsidiárias, tendo em vista a uniformização das respetivas políticas contabilísticas com as do Grupo. A participação de terceiros no capital próprio e no resultado líquido das empresas incluídas na consolidação é apresentada na rubrica Interesses minoritários na Demonstração da Posição Financeira Consolidada, identificada separadamente do capital próprio e na Demonstração do Rendimento Integral. Os excessos de perdas aplicáveis às partes minoritárias sobre os respetivos interesses são imputados, sempre que aplicável, ao interesse maioritário. Se estas subsidiárias subsequentemente relatarem lucros, esses lucros são imputados ao interesse maioritário até que as partes minoritárias das perdas, previamente absorvidas pela maioria, tenham sido recuperadas. Associadas Uma empresa associada é uma entidade na qual o Grupo exerce influência significativa, através da participação nas decisões relativas às suas políticas financeiras e operacionais, mas não detém controlo ou controlo conjunto, o que em geral acontece quando a participação financeira se situa entre os 20% e os 50%. Presume-se que existe influência significativa quando a EDIA detém, direta ou indiretamente, 20% ou mais do poder de voto da investida. Nesse sentido, e tendo em consideração que não existe qualquer entidade (para além das subsidiárias que integram a consolidação pelo Método Integral) em que a EDIA detenha, direta ou indiretamente, 20% ou mais do respetivo poder de voto, não existe qualquer entidade que se qualifique como associada. Entidades Conjuntamente Controladas As participações financeiras em entidades conjuntamente controladas são consolidadas pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido. De acordo com este método, os ativos, passivos, rendimentos e gastos destas empresas são integrados e ou eliminados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. A classificação dos investimentos financeiros em entidades conjuntamente controladas é determinada com base na existência de acordo contratual que demonstre e regule o controlo conjunto. De acordo com a definição acima apresentada, não existe atualmente, no Grupo, qualquer empreendimento conjunto ou entidade conjuntamente controlada. 3.1.a. Ativos Fixos Tangíveis 255 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

256 Ativos Fixos Tangíveis são itens que: Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e Se espera que sejam usados durante mais do que um período. Os ativos fixos tangíveis do Grupo encontram-se valorizados ao custo de aquisição deduzido das respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável. No reconhecimento inicial de um ativo, o Grupo considera no respetivo custo de aquisição: O preço de compra do ativo; As despesas diretamente imputáveis à compra; e Os gastos estimados de desmantelamento e remoção dos ativos e de restauração do local. Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à construção ou produção de um ativo elegível para capitalização são capitalizados até ao momento em que os bens estejam substancialmente concluídos. Os gastos diretos, relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos do Grupo são capitalizados no ativo fixo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida da rubrica de Trabalhos para a Própria Entidade. Os gastos subsequentes com os ativos fixos tangíveis, grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada, são reconhecidos nesses ativos e depreciados às taxas correspondentes à vida útil esperada. Todos os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são reconhecidos como gastos do período em que são incorridos, de acordo com o regime do acréscimo. As grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou da vida útil esperada são registadas como ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente substituída é identificada e abatida. Os ganhos ou perdas decorrentes da alienação de ativos fixos tangíveis, determinadas pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia registada na data da alienação, são contabilizadas em resultados na rubrica Outros Rendimentos e Ganhos ou Outros Gastos e Perdas. No âmbito da IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, os bens afetos à concessão estão evidenciados na rubrica de Ativos Intangíveis. 256 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

257 Política de Depreciação As depreciações dos bens do Ativo Fixo Tangível, isto é, dos bens não afetos à concessão, deduzidos do seu valor residual, são calculadas de acordo com o método da linha reta (quotas constantes) e por duodécimos a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as diversas classes de ativos: (Anos) Conta Vida Útil Terrenos e Recursos Naturais - Edifícios e Outras Construções 50 Equipamento Básico 2-32 Equipamento de Transporte 2-8 Equipamento Administrativo 1-16 Outros Ativos Fixos Tangíveis 1-24 A depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda. Em cada data de relato, o Grupo EDIA avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar em imparidade e sempre que existam tais indícios, os ativos fixos tangíveis são sujeitos a testes de imparidade. Quando o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração do Rendimento Integral na rubrica de Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (perdas/reversões). A quantia recuperável corresponde ao valor mais alto entre o preço de venda líquido (montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação) e o valor de uso (valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil). A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram, sendo reconhecida na Demonstração do Rendimento Integral como dedução à rubrica Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões). Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores, e é reconhecida como um rendimento na Demonstração do Rendimento Integral. 3.1.b. Ativos Intangíveis Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Um ativo intangível é reconhecido se, e apenas se: 257 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

258 For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao ativo fluam para o Grupo; e O custo do ativo possa ser fiavelmente mensurado. Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido das amortizações acumuladas e eventuais perdas de imparidade, quando aplicável e só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, se possam mensurar com fiabilidade e se o Grupo possuir o controlo sobre os mesmos. Bens Afetos à Concessão A generalidade dos bens registados nos Ativos Intangíveis pertencem à EDIA e estão afetos ao Contrato de concessão do EFMA que entrou em vigor em 1 de novembro de 2007, revertendo para o Estado no final do período da concessão (75 anos). Os bens que, estando afetos à concessão, entraram em funcionamento até 1 de novembro de 2007, foram depreciados com base em critérios diferentes até 31 de outubro de 2007 e a partir de 1 de novembro 2007, uma vez que o referido contrato de concessão alterou de forma significativa a forma esperada de utilização desses bens. Em 1 de novembro de 2007, entraram em vigor: O Contrato de concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada a rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, celebrado em 17 de outubro de 2007 entre a EDIA e o Estado; e O Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico, celebrado a 24 de outubro de 2007 entre a EDIA e a EDP Gestão da Produção de Energia, SA, que atribui a esta última a exploração, pelo período de 35 anos, das centrais hidroelétricas de Alqueva (260 MW), em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW), em regime especial, assim como todos os direitos de utilização privativa do respetivo domínio hídrico. Estes dois contratos alteraram decisivamente o modelo pelo qual se espera que os benefícios económicos futuros dos bens afetos à concessão (e nomeadamente os afetos à produção de energia elétrica, que já estão a ser depreciados) serão obtidos pela EDIA, o que motivou a revisão do modelo de depreciações adotado, nos termos definidos na IAS 16 - Ativos Fixos Tangíveis. Assim, a Empresa-Mãe recalculou todas as amortizações dos ativos que revertem para o Estado no final do período da concessão (75 anos), tendo esses ativos passado a ser depreciados pelo método das quotas constantes, ao longo do período de concessão. As despesas subsequentes de substituição de componentes de ativos incorridas pela Empresa são adicionadas aos respetivos ativos. As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis são registadas como gasto do exercício em que ocorrem. Bens Não Afetos à Concessão 258 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

259 Os ativos intangíveis não afetos à concessão são constituídos, basicamente, por licenças de exploração de concessões, as quais são amortizadas pelo método das quotas constantes durante o período de vigência das mesmas, e por software, o qual é amortizado pelo método das quotas constantes durante um período entre três e seis anos. Eventuais despesas de investigação são reconhecidas como gasto do exercício em que são incorridas, enquanto as despesas com aumentos de capital são deduzidas ao capital próprio. 3.1.c. Imparidades de Ativos Tangíveis e Intangíveis Uma perda por imparidade é a quantia pela qual o valor escriturado de um ativo excede a sua quantia recuperável. A avaliação da existência de indícios de imparidade e a quantificação de eventuais perdas de imparidade seguem os termos da IAS 36 - Imparidade de Ativos, sendo efetuado um estudo de imparidade para todos os ativos individuais relevantes e/ou unidades geradoras de caixa relativamente aos quais existam indicações de que a sua quantia recuperável (determinada, neste caso, pelo seu valor de uso) pode ser inferior à respetiva quantia escriturada. Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, a IAS 36 - Imparidade de Ativos exige que o seu valor recuperável seja estimado, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. O Grupo EDIA reconhece as perdas por imparidade em resultados do período. A reversão de eventuais perdas é igualmente registada nos resultados do período. A quantia recuperável é o valor mais elevado entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é a quantia a obter da venda de um ativo ou unidade geradora de caixa numa transação entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer relacionamento entre elas, menos os custos de alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera que sejam derivados de um ativo ou unidade geradora de caixa. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence. A quantia escriturada de um item dos ativos fixos tangíveis e intangíveis é desreconhecida pelo Grupo EDIA nas seguintes situações: No momento da alienação; e Quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação. O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo tangível ou intangível: É incluído nos resultados quando o item é desreconhecido; e É determinado como a diferença entre os réditos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item. 259 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

260 O Grupo avalia a necessidade de efetuar os testes de imparidade aos seus ativos fixos tangíveis e intangíveis sempre que haja indícios, isto é, que ocorra algum evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado possa não ser recuperado. Em caso da existência de tais indícios, o Grupo procede à determinação do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a extensão da perda por imparidade. Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individualmente é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. Sempre que a quantia pelo qual um ativo se encontra reconhecido ou da unidade geradora de caixa é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração do Rendimento Integral na rubrica de Imparidade de Ativos Fixos Tangíveis e Intangíveis. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram, sendo a reversão das perdas de imparidade reconhecida na Demonstração do Rendimento Integral como resultados operacionais, dedução à rubrica Imparidade de Ativos Fixos Tangíveis e Intangíveis. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações ou amortizações) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores. Nos exercícios anteriores (2009 a 2012), tendo-se identificado duas unidades geradoras de caixa, a distribuição de água e a energia, foram efetuados testes de imparidade aos ativos intangíveis, calculando-se o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a esses ativos líquidos sendo que, apenas uma se encontra em imparidade: a distribuição de água. Em 2013 as imparidades nos ativos intangíveis mante-se. Desreconhecimento Os ativos intangíveis do Grupo são desreconhecidos nas seguintes situações: Quando ocorram alienações; Quando não se esperam benefícios económicos futuros do seu uso ou alienação; e O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo intangível. O valor do ativo cujo item é desreconhecido é determinado pela diferença entre os proveitos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item e é incluído nos resultados. 3.1.d. Investimentos em Curso Os Investimentos em Curso representam os ativos fixos tangíveis e intangíveis ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se registados ao custo de aquisição, deduzido das perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos. Em virtude da EDIA se encontrar ainda numa fase de investimento, têm vindo a ser capitalizados: 260 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

261 Os gastos financeiros diretamente relacionados com o financiamento do investimento que ainda se encontra em fase de construção/desenvolvimento, até ao momento em que cada infraestrutura esteja substancialmente concluída; Os gastos com o pessoal diretamente relacionado com a atividade de planeamento e obra; e Os fornecimentos e serviços externos, que são, pela sua natureza, registados nos centros de custos diretamente relacionados com a construção das infraestruturas. 3.1.e. Política de Capitalização de Encargos de Estrutura e Financeiros Os encargos financeiros relacionados com financiamentos obtidos são reconhecidos como gasto de acordo com o regime do acréscimo, com exceção dos encargos financeiros com financiamentos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou associados às concessões, que são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente concluída, sendo interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso. Os gastos de estrutura da Empresa e os gastos financeiros que têm ligação direta com o Empreendimento em fase de construção têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao longo do tempo. Com a conclusão das obras e a entrada em exploração das barragens e centrais hidroelétricas de Alqueva (em dezembro de 2005) e Pedrógão (em 2006), também com a entrada em exploração dos perímetros de rega do: (i) Monte - Novo (1.º semestre de 2009), (ii) Alvito - Pisão e Pisão (2010), (iii) Orada Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa, Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Alfundão e Infraestrutura 12 (2011), (iv) Loureiro-Alvito (1.º semestre de 2012), (v) Ervidel 1 (2.º semestre de 2012) e Ervidel 2 e 3 e o Pedrogão 1 margem direita, no ano de 2013, os gastos afetos a essas infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do exercício e os custos financeiros a eles associados deixaram de ser capitalizados. Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os gastos relativos: a) aos órgãos sociais, secretariado e gabinetes de apoio; b) à Direção de Administração e Finanças, com exceção do Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos e do Departamento de Sistemas de Informação; c) à Direção de Gestão do Património, com exceção do Departamento de Expropriações; d) à Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio; e e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia. A chave de repartição para os custos de funcionamento imputados ao investimento tem em conta o seguinte: Os gastos de funcionamento dos serviços são distribuídos pelas direções capitalizáveis com base no número de colaboradores; Os gastos das direções são imputados da seguinte forma: Direção de Infraestruturas de Rega: 100% para a rede secundária; Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia: 100% para a rede primária; e Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento: 50% para a rede primária e 50% para a rede secundária. 261 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

262 3.1.f. Participações Financeiras As participações detidas no capital de entidades que não conferem à EDIA uma influência dominante ou significativa (participações participativas de menos de 20% do respetivo capital) encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas. Conforme previsto nas IAS 32 - Instrumentos Financeiros-Apresentação e IAS 39 - Instrumentos Financeiros-Reconhecimento, à data do relato, a EDIA avalia a imparidade de todos os ativos financeiros que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidades, é reconhecida uma perda por imparidade na Demonstração do Rendimento Integral. 3.1.g. Locações A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato, dando cumprimento ao estabelecido na IAS 17 - Locações. As locações são classificadas como financeiras sempre que nos seus termos ocorra a transferência substancial, para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à propriedade do bem. As locações operacionais são aquelas em que não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação, para o locatário. Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo os ativos fixos tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade. Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são reconhecidos como gastos na Demonstração do Rendimento Integral do exercício a que respeitam. Nas locações consideradas como operacionais, os pagamentos (rendas) devidos são reconhecidos como gasto na Demonstração do Rendimento Integral numa base linear durante o período do contrato de locação. A Empresa-Mãe mantém responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação operacional de viaturas. 262 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

263 Por seu turno, os bens reconhecidos em regime de locação financeira são equipamentos administrativos (fotocopiadoras e impressoras) e uma viatura ligeira de passageiros, cujo contrato terminou em maio de Relativamente às divulgações requeridas pela IAS 17- Locações, dada a reduzida expressão dos contratos de locação financeira e operacional em vigor em 2013 e anos anteriores, não se procedeu à divulgação completa da informação no que respeita à divulgação dos montantes dos pagamentos mínimos, ou que lhe possam ser exigidos (todos os pagamentos, incluindo eventualmente o valor da opção de compra), em virtude da sua imaterialidade e de se considerar que não proporciona informação adicional relevante, para o conhecimento da posição financeira e desempenho financeiro da Empresa e para a tomada de decisões dos diversos utilizadores da informação. 3.1.h. Instrumentos Financeiros - Ativos e Passivos Financeiros Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na Demonstração da Posição Financeira quando o Grupo se torna parte das correspondentes disposições contratuais do respetivo instrumento financeiro. Os ativos financeiros do Grupo são basicamente os Clientes, Outras Contas a Receber e Caixa e Equivalentes de Caixa. Os passivos financeiros do Grupo são fundamentalmente os Financiamentos Obtidos, Fornecedores e Outras Contas a Pagar. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como Passivo Corrente, caso contrário, são classificadas como Passivo não Corrente. Conforme a IAS 32 - Instrumentos Financeiros-Apresentação e IAS 39 - Instrumentos Financeiros-Reconhecimento, salientamos que no ano de 2013, foram reconhecidas perdas por imparidade para os ativos financeiros (Clientes) tal como aconteceu em A EDIA considerou que, para todas as classes de ativos financeiros, não é necessário divulgar o justo valor pois a quantia escriturada é uma aproximação razoável do justo valor. Ativos Financeiros que estão vencidos ou com imparidades: A 31 de dezembro de 2013, os ativos financeiros vencidos, com exceção da dívida da DGADR, que está devidamente divulgada (Nota 14 - Outras Contas a Receber), não tinham qualquer materialidade, sendo considerada irrelevante a sua divulgação para a melhoria da informação financeira; e Divulgação efetuada na Nota 17 - Imparidade de Ativos. Clientes e Outras Contas a Receber No que respeita aos Clientes, as dívidas resultam de serviços prestados pela Empresa no decurso normal da sua atividade, efetuadas de acordo com as condições normais de crédito de curto prazo, pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber, 263 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

264 deduzidos das perdas por imparidade, sendo expectável que a sua cobrança ocorra dentro de um ano ou menos, registam-se em Ativo Corrente. Não se aplica o critério de mensuração do custo amortizado aos saldos de Clientes, em virtude dos prazos de recebimento definidos, na sua maioria, serem cumpridos e não se perspetivarem atrasos significativos ou diferimentos no recebimento aquando do seu reconhecimento inicial. Assim, a aplicação do custo amortizado na mensuração dos ativos financeiros em causa não seria adequada. Mas mesmo não sendo um valor significativo, no ano de 2013, a EDIA reconheceu perdas por imparidade neste tipo de ativos financeiros (IAS 32- Instrumentos Financeiros-Apresentação e IAS 39 - Instrumentos Financeiros-Reconhecimento ). As Outras Contas a Receber são registadas pelo seu valor nominal, deduzido de eventuais perdas de imparidade, pois a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas seria nulo. As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos cash-flows esperados (descontados à taxa efetiva sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral do período em que são estimadas. Para efeitos de determinação das perdas por imparidade, consideram-se créditos de cobrança duvidosa aqueles que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica nos casos em que os créditos estejam em mora há mais de doze meses desde a data do respetivo vencimento e existam provas objetivas de terem sido efetuadas diligências para o seu recebimento. O saldo da rubrica de Outras Contas a Receber (ver Nota 14), reflete essencialmente: (i) a dívida da DGADR; (ii) Fundos Comunitários; (iii) Devedores por Acréscimos de Rendimentos. Os Fundos Comunitários são recebidos num curto prazo após a data da Demonstração da Posição Financeira pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber (não há perdas por imparidade neste caso, pois só são reconhecidos como dívidas a receber, os subsídios que satisfazem os critérios de reconhecimento estabelecidos na IAS 20- Contabilização de subsídios do governo e divulgação de apoios do governo, ou seja, quando existe segurança de que a EDIA cumprirá as condições a eles associadas e de que os subsídios serão recebidos). Quanto aos Devedores por Acréscimos de Rendimentos, os mesmos são regularizados no curto prazo, sendo reconhecidos pelo valor não descontado dos rendimentos reconhecidos no exercício. Assim, a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas seria nulo. 264 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

265 Caixa e Depósitos Bancários Na Demonstração da Posição Financeira, os montantes incluídos na rubrica de Caixa e Depósitos Bancários correspondem aos valores de caixa e aos depósitos à ordem ou a prazo. Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica Caixa e seus Equivalentes inclui os valores em caixa e depósitos à ordem, bem como os investimentos financeiros a curto prazo (incluindo os depósitos a prazo) que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. Para efeitos de Demonstração de Fluxos de Caixa, a rubrica de Caixa e seus Equivalentes é deduzida dos descobertos bancários, que na Demonstração da Posição Financeira, são incluídos na rubrica de Financiamentos Obtidos. Financiamentos Obtidos Os financiamentos obtidos são registados no Passivo pelo custo amortizado, sendo os correspondentes encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e, registados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. São expressos no Passivo Corrente ou não Corrente, dependendo do seu vencimento ocorrer a menos ou mais de um ano, respetivamente. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tenha havido lugar a liquidação, cancelamento ou expiração. Os encargos financeiros, relacionados com os empréstimos obtidos para financiamento do investimento em curso, são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja substancialmente concluída. Contas a Pagar Os saldos de Fornecedores, Fornecedores de Investimento e Outros Credores (não incluindo portanto os financiamentos obtidos, que tem uma secção autónoma) respeitam à generalidade das aquisições de bens e serviços contratadas pela Empresa, no decurso normal da sua atividade e de acordo com as condições normais do mercado, que correspondem a um crédito de curto prazo. Assim, estas contas a pagar são mensuradas pelo seu valor nominal, que corresponde ao valor não descontado dos fluxos de caixa a pagar. Acresce referir que as condições normais de mercado correspondem a um crédito de curto prazo (prazo médio de pagamento 79 dias), pelo que não se justifica proceder ao respetivo desconto. Pelo enquadramento no âmbito do disposto na IAS 8 - Politicas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros, a política do custo amortizado não precisa de ser aplicada uma vez que o efeito da sua aplicação é imaterial. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como Passivo Corrente, caso contrário, são classificadas como Passivo não Corrente. 265 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

266 3.1.i. Depósitos Cativos O prazo de resolução dos processos aos quais se encontram afetos os depósitos cativos, pode abranger vários exercícios, no entanto a Empresa, para o processo cujo montante é materialmente relevante, estimou a data de ocorrência dos fluxos de caixa associados e consequente aplicação do custo amortizado. 3.1.j. Inventários O valor dos inventários inclui todos os gastos de compra, gastos de conversão e outros gastos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual, encontrando-se valorizados ao custo de aquisição. No âmbito do Contrato de Entrega e respetivo Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA, assinado em 8 de abril de 2013, pela EDIA e pelo Estado, representado pela DGADR, a EDIA entregou ao Estado, as infraestruturas relativas à rede secundária de rega, já concluídas. Assim o investimento realizado, nestas infraestruturas da rede secundária que já estavam substancialmente concluídas, antes evidenciado na subconta de Produtos Acabados e Intermédios, deduzido dos respetivos subsídios ao investimento, foram transferidos para a conta da DGADR na rubrica Outras Contas a Receber. Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e a DGADR, à semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, a EDIA procedeu, em representação do Estado, à conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos a ela afetos, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel, cujo investimento se encontrava registado, em Produtos e Trabalhos em Curso e foi transferido para a conta da DGADR, na rubrica de Outras Contas a Receber (ver Nota 14). Deste modo, a 31 de dezembro de 2013, o saldo da rubrica de Inventários traduz o valor da subconta de Produtos e Trabalhos em Curso, referente aos investimentos afetos aos blocos de rega ainda em construção. 3.1.k. Reconhecimento de Gastos e Rendimentos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e rendimentos são registados no Passivo e no Ativo, respetivamente. 266 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

267 3.1.l. Provisões São reconhecidas provisões quando: (i) o Grupo tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, resultante dum acontecimento passado, (ii) seja provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa (na data de relato) dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada considerando os riscos e incertezas associados à obrigação. Na Empresa-Mãe, numa base semestral, as provisões são sujeitas a uma revisão, por parte do Gabinete Jurídico da Empresa, de acordo com a melhor estimativa das respetivas responsabilidades futuras, a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da EDIA são continuamente avaliados e aprovados pelo Conselho de Administração, representando à data de cada Demonstração da Posição Financeira a melhor estimativa da Empresa, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros, que nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. São constituídas provisões para processos judiciais em curso e para expropriações litigiosas, bem como de todos os encargos estimados, responsabilidade da Empresa, quando existe uma estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros, com base na avaliação da efetivação da probabilidade de pagar, tendo por base o parecer de advogados e peritos dos Tribunais Arbitrais. Na sequência do contrato de concessão celebrado com o Estado, em outubro de 2007 e na sequência da entrada em vigor da IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, a EDIA constitui, reforça ou reverte semestralmente a provisão, para fazer face aos encargos estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. Neste sentido, são constituídas provisões para os gastos com a manutenção e conservação dos ativos, responsabilidade da EDIA relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas da rede secundária ao longo do período da concessão. 3.1.m. Subsídios Os subsídios são reconhecidos quando existe uma garantia razoável de que irão ser efetivamente recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão. 267 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

268 Os subsídios à exploração, nomeadamente para agricultura, turismo, ambiente e para a formação de colaboradores, são reconhecidos na Demonstração do Rendimento Integral como rendimentos durante os períodos necessários para os balancear com os gastos incorridos. Os subsídios ao investimento, atribuídos pelo Estado Português e pela União Europeia, a fundo perdido, para financiar projetos apresentados pelo Grupo, são reconhecidos numa rubrica do Passivo (Diferimentos - Subsídios do Estado) e subsequentemente reconhecidos como Outros Rendimentos e Ganhos, numa base sistemática como rendimentos do período, de forma consistente e proporcional às depreciações dos ativos subsidiados e respetiva percentagem de comparticipação. Na EDIA, os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega são reconhecidos em Diferimentos, no Passivo, uma vez que, quando estes ativos forem transferidos para outra entidade, os subsídios que lhes estão associados serão deduzidos ao investimento evidenciado na rubrica de Inventários, correspondendo o valor líquido ao montante que a Empresa-Mãe pretende receber, por ter executado estes investimentos com fundos próprios, por conta do Estado. Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, na EDIA, cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios. 3.1.n. Rédito O rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das atividades ordinárias do Grupo EDIA quando esses influxos resultam em aumentos de capital próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio. Venda de Bens e Prestação de Serviços O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O reconhecimento de um rédito relativo a vendas e prestação de serviços exige que: (i) o montante possa ser fiavelmente mensurado, (ii) seja provável que os benefícios económicos futuros associados com a transação fluam para o Grupo EDIA. O rédito decorrente da atividade ordinária da Empresa é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber, entendendo-se como tal o que é livremente fixado entre as partes contratantes numa base de independência, sendo que, relativamente à venda de bens e prestação de serviços, o justo valor reflete eventuais descontos concedidos e não inclui o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Na atividade de distribuição de água a Empresa-Mãe apenas reconhece o rédito que resulta da aplicação das tarifas aprovadas pelo Estado. 268 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

269 A 26 de maio de 2010 foi publicado o Despacho N.º 9000/2010, com efeitos a partir de 01 de junho, que aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de água do EFMA, que refere que: À saída da rede primária, para fornecimento de água às entidades que tenham a seu cargo a gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas integradas na rede secundária adstrita a cada perímetro: 0,042/m3; À saída da rede secundária, para fornecimento de água em alta pressão às explorações agrícolas: 0,089/m3; À saída da rede secundária, para fornecimento de água em baixa pressão às explorações agrícolas: 0,053/m3; e Fornecimento de água captada diretamente no sistema primário: 0,053/m3. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. O rédito é reconhecido com base nos valores do preço da água e nos consumos, ou seja, o rédito regista-se pelo resultado da multiplicação dos valores do preço da água aprovado pelos consumos verificados no período. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com os preços da água definidos pelo Estado, que por sua vez, na sua definição, consideram um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado nas taxas de variação média anual do índice de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal, em 2012, de 2,75%. Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de 16,05/ha/ano para a adução em baixa pressão. No que respeita à componente de exploração os valores aplicados para alta e baixa pressão são de 0,0735 /m3 e 0,0475 /m3, respetivamente. Juros O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. Estes juros são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo. 269 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

270 3.1.o. Imposto Sobre o Rendimento As empresas do Grupo estão sedeadas em Portugal e encontram-se sujeitas a imposto sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 25%, sendo a derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável. O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. O imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de impostos sobre o rendimento respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período, ajustado de acordo com a legislação e as regras fiscais. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base na Demonstração da Posição Financeira, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data da Demonstração da Posição Financeira em Portugal e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Diferenças temporárias são diferenças entre os montantes registados dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Ativos por Impostos Diferidos Ativos por impostos diferidos são as quantias de impostos sobre o rendimento recuperáveis em períodos futuros respeitantes a: Diferenças temporárias dedutíveis; O reporte de perdas fiscais não utilizadas; e O reporte de créditos tributáveis não utilizados. Um ativo por impostos diferidos é reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto em que seja provável que exista um lucro tributável ao qual a diferença temporária dedutível possa ser usada, a não ser que o ativo por impostos diferidos resulte do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que: Não seja uma concentração de atividades empresariais; e No momento da transação, não afete o lucro contabilístico nem o lucro tributável. Passivos por Impostos Diferidos São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, exceto quando esse imposto diferido resultar de: 270 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

271 Reconhecimento inicial do goodwill; ou Reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que não seja uma concentração de atividades empresariais e não afete, no momento dessa transação, nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável. Os ativos e passivos por impostos correntes dos períodos correntes e anteriores são mensurados pela quantia que se espera que seja recuperada ou paga às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data da Demonstração da Posição Financeira. Os ativos e passivos por impostos diferidos são mensurados pelas taxas fiscais que se espera que se apliquem no período em que seja realizado o ativo ou em que seja liquidado o passivo, tendo como base as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data da Demonstração da Posição Financeira. Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos como um rendimento ou como um gasto e incluídos no resultado líquido do período, exceto quando o imposto provenha de uma transação ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, diretamente no capital próprio, caso em que o respetivo imposto é diretamente debitado ou creditado ao capital próprio. Os ativos por impostos correntes são compensados com passivos por impostos correntes apenas quando: O Grupo tiver um direito legalmente executável para compensar as quantias reconhecidas; e Pretenda liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo. Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos são compensados apenas quando: O Grupo tiver um direito legalmente executável de compensar ativos por impostos correntes contra passivos por impostos correntes; e Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos se relacionarem com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre: A mesma entidade tributável; ou Diferentes entidades tributáveis que pretendam ou liquidar passivos e ativos por impostos correntes numa base líquida, ou realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente, em cada período futuro em que as quantias significativas de passivos ou ativos por impostos diferidos se esperem que sejam liquidadas ou recuperadas. 271 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

272 3.1.p. Resultado por Ação Os resultados por ação básicos, são calculados dividindo o lucro atribuível aos detentores de capital próprio ordinário da Entidade-Mãe do Grupo pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o período. O resultado por ação diluído, em que o número médio de ações ordinárias emitidas é ajustado para assumir a conversão de todas as potenciais ações ordinárias tratadas como diluidoras, é idêntico ao resultado por ação básico uma vez que a Empresa-Mãe não possui ações diluidoras. 3.1.q. Operações Descontinuadas Sempre que operações e fluxos de caixa que sejam claramente individualizáveis dentro do Grupo sejam alienadas ou sejam classificadas como ativos disponíveis para venda ou grupos para alienação são consideradas Operações Descontinuadas desde que: Representem uma linha de negócio relevante ou uma área geográfica separada; Façam parte de um plano global para a alienação de uma linha de negócio relevante ou uma área geográfica separada; ou Sejam uma subsidiária adquirida exclusivamente com vista à revenda. O impacto na Demonstração do Rendimento Integral consolidados dos ativos e passivos classificados como Operações Descontinuadas são apresentados numa única linha, pelo seu montante líquido de impostos. 3.1.r. Ativos e Passivos Contingentes Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são divulgados. 3.1.s. Acontecimentos Subsequentes Os acontecimentos subsequentes são aqueles que ocorrem entre a data das demonstrações financeiras e a data de autorização da sua emissão. Os acontecimentos ocorridos após a data da Demonstração da Posição Financeira, mas antes da data de aprovação das demonstrações financeiras pelos órgãos de gestão das empresas do Grupo e desde que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da Demonstração da Posição Financeira, dão lugar a ajustamentos, sendo refletidos nas demonstrações financeiras do período. Os eventos ocorridos após a data da Demonstração da Posição Financeira que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do Demonstração da Posição Financeira (acontecimentos 272 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

273 que não dão lugar a ajustamentos), são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se forem considerados materialmente relevantes. 3.1.t. Estimativas e Julgamentos Na preparação das demonstrações financeiras foram utilizados julgamentos e estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. As estimativas e pressupostos são determinadas com base no melhor conhecimento existente à data de preparação das demonstrações financeiras e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração da Empresa-Mãe, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros. Nas demonstrações financeiras consolidadas, a 31 de dezembro de 2013, as estimativas refletidas mais significativas, incluem os estudos de imparidade realizados aos ativos intangíveis e investimentos em curso e o registo de provisões Políticas de Gestão do Risco Financeiro O Conselho de Administração da Empresa-Mãe providencia os princípios gerais para a gestão de riscos bem como os limites de exposição aos mesmos. As atividades da Empresa acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente: Risco de Mercado - fundamentalmente o das taxas de juro e o das taxas de câmbio, os quais estão associados, respetivamente, ao risco do impacto da variação das taxas de juro de mercado nos ativos e passivos financeiros e nos resultados e ao risco de flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas taxas de câmbio; Risco de Crédito - risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações financeiras; e Risco de Liquidez - risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer obrigações associadas a passivos financeiros. As atividades da EDIA estão expostas fundamentalmente ao risco da taxa de juro que advém essencialmente da contratação de empréstimos de longo prazo com taxas de juro variáveis 273 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

274 (sendo os indexantes mais utilizados a Euribor a 3 meses e a 6 meses), não sendo utilizados quaisquer instrumentos financeiros derivados na gestão desses riscos. Esta situação prende-se com a necessidade da Empresa financiar as atividades de investimento do EFMA com o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários. A obtenção de recursos financeiros por esta via (empréstimos obrigacionistas, contas correntes caucionadas e outros) resulta de uma política financeira definida pelo único acionista, assente na contratação de empréstimos com garantia do Estado, e da não disponibilização de dotações de capitais suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA. Por outro lado, a Empresa não tem gerado os meios necessários, não só para fazer face ao volume de investimentos que vem realizando, como também não dispõe de liquidez suficiente para satisfazer os encargos financeiros decorrentes da política de financiamento adotada. Na Nota 19-Financiamentos Obtidos, encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante. Considera-se que, em virtude de não existirem instrumentos financeiros em moeda estrangeira e das dívidas de clientes serem reduzidas e recentes, não existem, até à presente data, riscos de outra natureza considerados relevantes que mereçam uma divulgação mais detalhada com vista a melhorar a informação e respetiva compreensão dos utilizadores sobre os riscos a que a Empresa se encontra exposta. 4. Fluxos de Caixa Para efeitos da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a Caixa e seus Equivalentes engloba o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem e também os investimentos financeiros a curto prazo, altamente líquidos, que sejam prontamente convertidos para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitas a um risco insignificante de alterações de valor. A Demonstração dos Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Todos os saldos significativos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso não apresentando qualquer restrição à data da Demonstração da Posição Financeira. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. As atividades de investimento incluem, nomeadamente os pagamentos e recebimentos decorrentes da compra e da venda de ativos e recebimentos de juros. As atividades de financiamento incluem os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e juros pagos. Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica de Caixa e Depósitos Bancários que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e outros equivalentes, detalha-se como segue: 274 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

275 Euros Caixa e Depósitos Bancários 31-Dez Dez-12 Depósitos a Prazo Depósitos à Ordem Numerário Todas as contas de depósitos à ordem foram reconciliadas, com referência a 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. Em 2013, houve alterações de políticas contabilísticas face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao período homólogo, apresentada para efeitos comparativos. Atendendo que se trata de alterações com alguma relevância na Demonstração da Posição Financeira, a EDIA efetuou as seguintes reexpressões dos valores comparativos de 2012, também no sentido de permitir a comparabilidade entre rubricas: 275 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

276 ATIVO Ativo Não Corrente Euros 31/12/2012 (Reexpresso) Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis 7 e Participações Financeiras Depósitos Cativos (i) Ativo Corrente Inventários Clientes Adiantamentos a Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Outras Contas a Receber (i) Diferimentos Caixa e Depósitos Bancários Total do Ativo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital Próprio Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados 16 e Resultado Líquido do Exercício Atribuível aos Acionistas da Empresa - Mãe Total do Capital Próprio do Grupo Interesses Minoritários Total do Capital Próprio Passivo Não Corrente Provisões Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar (iii) Diferimentos - Subsídios do Estado (ii)+(iii) Outros Diferimentos Passivo Corrente Demonstração da Posição Financeira Notas 31/12/2012 (Aprovado) Impacto da reexpressão Fornecedores Adiantamento de Clientes Estado e Outros Entes Públicos Financiamentos Obtidos Outras Contas a Pagar (ii) Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos Total do Passivo Total do Capital Próprio e do Passivo (i) Valor registado na conta de Outras Contas a Receber no Ativo Corrente que foi reclassificado para uma conta de Depósitos Cativos no Ativo não Corrente, uma vez que só é expectável que os processos associados fiquem solucionados a médio e longo prazo. Espera-se que os montantes dos depósitos cativos só sejam realizados num período superior a doze meses após a data do Demonstração da Posição Financeira para liquidar um passivo, tendo em conta a habitual morosidade do desenvolvimento dos processos judiciais em curso. (ii) Foram transferidos da conta de Diferimentos no Passivo não Corrente para Outras Contas a Pagar no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, a título de adiantamentos, afetos à rede secundária, em que a despesa ainda não está realizada, prevendo-se a sua concretização até final do ano de 2014, dado que existe uma probabilidade efetiva de serem reembolsados. 276 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

277 (iii) Foram transferidos da conta de Diferimentos no Passivo não Corrente para Outras Contas a Pagar no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos comunitários no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização por dedução da despesa a realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no final de 2012, e o seu encerramento está previsto para o final de Ativos Fixos Tangíveis Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os movimentos ocorridos na rubrica de Ativos Fixos Tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e nas perdas de imparidade acumuladas foram os seguintes: Ativos Fixos Tangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Equipamento Outras Básico Construções Equipamento de Transporte 31-Dez-13 Equipamento Administrativo Outros Ativos Fixos Tangíveis Ativos Fixos Tangíveis em Curso Adiantamentos por conta de Investimentos Ativo Bruto Saldo Inicial (23.409) Adições Outras Transferências/Abates ( ) (52.702) Saldo Final Depreciações Acumuladas Saldo Inicial Adições Alienações/Abates/Transferências (82.074) (52.702) ( ) Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Saldo Inicial Perdas Imparidade Reconhecidas Perdas Imparidade Revertidas (25.704) Saldo Final Valor Líquido Total Euros Activos Fixos Tangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Equipamento Outras Básico Construções Equipamento de Transporte 31-Dez-12 Equipamento Administrativo Outros Activos Fixos Activos Fixos Tangíveis em Curso Adiantamentos por Conta de Investimentos Activo Bruto Saldo Inicial Adições Alienações (87.852) ( ) Outras Transferências/Abates Saldo Final , (23.409) Depreciações Acumuladas Saldo Inicial Variação do perímetro de consolidação Adições Alienações/Abates/Transferências Outras Transferências/ abates Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Saldo Inicial 0 Perdas Imparidade Reconhecidas Saldo Final Valor Líquido Total Euros 6.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Os principais investimentos que se encontram registados como ativos fixos tangíveis na Empresa- Mãe são os terrenos sobrantes de expropriações, o edifício da sede da Empresa-Mãe, o Museu da Luz, o Parque de Natureza de Noudar e o Centro de Cartografia, os quais não se encontram afetos à concessão, pelo que não revertem para o Estado no final do período de concessão do contrato. 277 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

278 À semelhança de anos anteriores, foi efetuada a transferência desses investimentos, de em curso para a devida rubrica de Ativos Fixos Tangíveis e iniciado o processo de depreciação, bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos subsídios que lhes estão associados. 7. Ativos Intangíveis Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas pela IAS 38 - Ativos Intangíveis, não contemplando as divulgações de ativos intangíveis que se encontrem no âmbito de outras normas, como por exemplo, os ativos por impostos diferidos. O saldo desta rubrica reflete na sua globalidade os ativos intangíveis registados na Empresa- Mãe. Os movimentos ocorridos nas principais classes de Ativos Intangíveis, registados ao custo de aquisição deduzido das respetivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, tiveram a seguinte evolução em 2013 e 2012: Ativos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Projectos de Desenvolvimento 31-Dez-13 Programas de Computador Outros Direitos Ativos Intangíveis em Curso Adiantamentos por conta de Investimentos Ativo Bruto Saldo Inicial Adições Outras Transferências/Abates (66.984) ( ) ( ) ( ) Saldo Final Depreciações Acumuladas Saldo Inicial Adições Outras Transferências/Abates Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Saldo Inicial Perdas Imparidade Reconhecidas Perdas Imparidade Revertidas Saldo Final Saldo Final Total Euros Activos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Projectos de Desenvolvimento 31-Dez-12 Programas de Computador Outros Direitos Activos Intangíveis em Curso Adiantamentos por conta de Investimentos Activo Bruto Saldo Inicial Adições Outras Transferências/Abates (1.278) ( ) ( ) (499) Saldo Final Amortizações Acumuladas Saldo Inicial Adições Saldo Final Perdas de Imparidade Acumuladas Saldo Inicial Perdas Imparidade Reconhecidas Perdas Imparidade Revertidas (829) (829) Saldo Final Saldo Final Total Euros 7.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Em resultado da entrada em funcionamento pleno da barragem e da central hidroelétrica de Alqueva em Dezembro de 2005, e da barragem e central hidroelétrica de Pedrógão no início de 2006, foi iniciado nessas datas o respetivo processo de depreciação (incluindo a parte das 278 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

279 Subsistema Ardila Subsistema Alqueva barragens afeta à produção de energia, que se estima em 35,1% do investimento total das barragens), bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são amortizados) dos subsídios que lhes estão associados. A partir de 1 de novembro de 2007 (com a entrada em vigor do contrato de concessão), essas infraestruturas, tal como os restantes bens afetos à concessão, passaram a ser amortizadas pelo método das quotas constantes ao longo do período de 75 anos da concessão, que termina em outubro de Nos exercícios de 2009 a 2013 ficaram substancialmente concluídas e entraram em exploração vários perímetros de rega, podendo as percentagens de afetação das infraestruturas primárias a cada um dos perímetros de rega em exploração, ser resumida da seguinte forma: Perímetros em exploração Outros Perímetros Data de Entrada em exploração /áreas/ Infraestruturas da rede primária Área Perímetro Beneficiada Monte Novo (hectares) Perímetro Perímetro Alvito-Pisão do Pisão Blocos de Ferreira, Figueirinha Perímetro e Valbom de Alfundão (Perímetro Pisão-Roxo) Infraestrutura 12 Perímetro Loureiro- Alvito Bloco de Ervidel 1 (Perímetro Pisão-Roxo) Subsistema Alqueva Bloco de Ervidel 2 e 3 (Perímetro Pisão-Roxo) Bloco de Aljustrel (Perímetro Roxo Sado) Perímetro Pisão Beja Área Beneficiada (hectares) Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) ,00% 9,13% 2,35% 4,64% 3,83% 5,43% 0,43% 2,64% 3,18% 1,18% 9,61% 1,77% 2,99% 54,16% Estação Elevatória dos Álamos ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00% Barragens dos Álamos ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00% Ligação Álamos - Loureiro ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00% Barragem do Loureiro ,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00% Ligação Loureiro - Monte Novo ,00% ,00% Túnel Loureiro-Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00% Tomada de Água do Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00% Segregação de Água do Alvito ,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00% Ligação Alvito-Pisão ,81% 6,13% 12,12% 9,98% - - 6,90% 8,31% 3,08% 25,06% 4,61% - 100,00% Derivação a Odivelas ,51% ,49% 100,00% Ligação Pisão-Beja ,00% ,00% Ligação Pisão-Roxo ,61% ,70% 23,72% 8,79% - 13,18% - 100,00% Ligação Roxo Sado ,00% - 100,00% Barragem do Pisão ,04% - 61,96% ,00% 2.ºBlocos Roxo Sado Perímetro de Vale de Gaio TOTAL Perímetros em exploração Outros Perímetros Data de Entrada em exploração /áreas/infraestruturas da rede primária Área Beneficiada (hectares) Perímetro Orada Amoreira Perímetro de Brinches Perímetro Perímetro de Brinchesde Serpa Enxoé Perímetro Caliços Machados Perimetro Caliços Moura Perímetro de Pias Perímetro de Brenhas TOTAL Subsistema Ardila Área Beneficiada (hectares) Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) ,29% 4,96% 4,26% 3,99% 4,54% 1,94% 4,19% 0,68% 26,84% Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão ,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00% Barragem da Amoreira e Brinches ,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00% CH Amoreira-Caliços ,02% 17,09% 36,93% 5,96% 100,00% CH Caliços-Pias ,00% - 100,00% CH Caliços-Machados ,00% ,00% Estação Elevatória de Brinches ,52% 32,26% 30,22% ,00% Adutor Brinches Enxoé ,52% 32,26% 30,22% ,00% Barragem de Serpa ,00% ,00% Est.Elev.Torre Lóbio, Adutor Serpa e Res. Serpa Norte ,00% ,00% 279 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

280 Subsistema Pedrógão Data de Entrada em exploração /áreas/infraestruturas da rede primária Área Beneficiada (hectares) Perímetros em exploração Perímetro Pedrógão-MD Outros Perímetros Perímetro S.Pedro Baleizão Quintos Perímetro S.Matias TOTAL Subsistema Pedrógão Área Beneficiada (hectares) Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) ,36% 10,23% 4,41% 19,00% Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão-Margem Direita ,93% 53,83% 23,24% 100,00% CH S. Pedro Baleizão Quintos ,00% - 100,00% CH S. Matias ,00% 100,00% As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afetas ao EFMA, objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (barragens, centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. No termo da concessão, os bens referidos anteriormente revertem, sem qualquer indemnização, para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos e em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção. Uma vez que estas infraestruturas se encontram afetas ao segmento água e como tal, já foram objeto de ajustamento por perdas por imparidade, sendo o seu valor líquido contabilístico nulo (ver Nota 7.3), não se efetua qualquer amortização destes investimentos. Assim, o cálculo do valor das amortizações que seriam refletidas nas demonstrações financeiras se não tivessem reconhecidas anteriormente as perdas por imparidade, serve apenas para determinar qual a parte das perdas por imparidade que é aceite como gasto fiscal de cada período, nos termos do artigo 35.º do Código do IRC Outros Direitos O montante da rubrica Outros Direitos corresponde, essencialmente, à compensação financeira inicial paga pela EDIA ao Estado, no montante de , resultante do Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, com a duração de 75 anos. Este Contrato concretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. Estando esta verba diretamente relacionada com a atividade de distribuição de água (e não com a atividade de produção de energia subconcessionada à EDP), que se encontra em imparidade total, os referidos encontram-se cobertos por perdas por imparidades acumuladas de igual montante (ver Nota 7.3. adiante). 280 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

281 7.3. Perdas por Imparidade Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário, a Empresa-Mãe estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento água através da determinação do respetivo valor de uso, tendo concluído, em dezembro de 2013 e anos anteriores (2009 a 2012), que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda por imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis - subsídios) afetos a este segmento. Assim, os ativos líquidos de amortizações, afetos a este segmento registados em Ativos Intangíveis, com valor bruto em 31 de dezembro de 2013 ( em 31 de dezembro de 2012) encontram-se totalmente compensados por perdas de imparidade acumuladas de igual montante. Os montantes afetos a cada um dos segmentos (água, energia, outros) nas rubricas do Ativo Intangível (valores brutos) foram os seguintes: Euros 31-Dez Dez-12 Ativo Intangivel Segmento Água Segmento Energia Outros Segmento Água Segmento Energia Outros Projetos Desenvolvimento Programas de Computador Outros Direitos Terrenos e Recursos Naturais Edificios e Outras Construções Equipamento Básico Ativo Intangivel em Curso Adiantamentos por conta de Investimentos Total De igual modo, os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados ao longo dos anos) que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios. À data do relato, os subsídios que estavam diretamente associados a despesas que foram reconhecidas nos ativos intangíveis da Empresa-Mãe, em 2013, incluídas em pedidos de pagamento aos fundos comunitários apresentados após 31 dezembro, mas também todas as outras despesas no ano em análise, que ainda não tinham sido incluídas em pedidos de pagamento até à data de encerramento de contas, mas que já se sabia que o viriam a ser e em que as hipóteses de não serem aceites pela entidade financiadora era diminuta e que estavam a dar origem ao reconhecimento de perdas de imparidade em 2013, foram especializados. Tratando-se de subsídios que cumprem os requisitos de contabilização estabelecidos na IAS 20- Contabilização de subsídios do governo e divulgação de apoios do governo, isto é, em que existe uma segurança razoável de que a entidade cumprirá as condições a ele associadas e de que o subsídio será recebido, não faz sentido reconhecer perdas de imparidade para valores que já se sabe que vão ser compensados por subsídios, pelo que só procedendo à especialização destes subsídios se consegue assegurar, na melhor medida possível, que as perdas de imparidade são corretamente reconhecidas. 281 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

282 8. Partes Relacionadas 8.1. Participações Financeiras Todas as empresas que fazem parte do Grupo EDIA foram consideradas como partes relacionadas da Empresa. O conceito de partes relacionadas inclui não apenas as entidades subsidiárias e associadas, mas também outras empresas detidas pela EDIA. As partes relacionadas englobam igualmente os quadro-chave da Empresa. A 31 de dezembro de 2013, a Empresa-Mãe detém as mesmas participações financeiras do que em 31 de dezembro de Estas participações encontram-se registadas ao custo de aquisição, pois a EDIA não detém uma participação dominante ou significativa em nenhuma das sociedades abaixo identificadas. Denominação Social Capital Social % Partic N.º Ações/ Un. Particip. Valor Nominal Custo de Aquisição Perdas por Imparidade Valor da Participação em 31 dezembro 2013 Euros Valor da Participação em 31 dezembro 2012 Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio ,8 11 UP Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A , A 4, Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A , A (50.000) 0 0 Águas do Centro Alentejo, S.A , A Lusofuel - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A , A (50.000) ( ) Sempre que existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é efetuada uma avaliação destes investimentos e registada a perda por imparidade que se revele existir Remuneração do Pessoal Chave da Gestão da Empresa Mãe CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (Administradores Executivos) PRESIDENTE Remuneração de 5.465,43 (14 vezes no corrente ano) (*) Remuneração com redução de (5% ) ,16 Remuneração com redução de (5% +10% ) ,94 Viatura de Serviço; Motorista; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais VOGAIS Remuneração de 4.675,41, (14 vezes no corrente ano) (*) Remuneração com redução de (5% ) ,64 Remuneração com redução de (5% +10% ) ,48 Viatura de Serviço; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais 282 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

283 (*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em 2013, relativamente ao total de remunerações recebidas anualmente, tendo-se mantido no que respeita ao valor de cada remuneração. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010 de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%, respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do artº. 29º - Suspensão do pagamento dos subsídios de férias ou equivalente - da Lei nº66-b/2012, de 31 de dezembro, foi também reposto o pagamento dos subsídios de férias. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo 28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em duodécimos. Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), como medida excecional de estabilidade orçamental foi suspenso, em 2012, o pagamento de subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses, conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de dezembro. 9. Imposto Sobre o Rendimento Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas pela IAS 12 - Imposto sobre o rendimento. A Empresa encontra-se sujeita a imposto sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 25% em 2013 (23% a partir de 2014), sendo a derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável. Para a mensuração dos impostos diferidos, no encerramento das contas reportadas a 31 de dezembro de 2013, a taxa aplicada foi de 23%, uma vez que a Lei nº 2/2014 de 16 de janeiro já se encontrava aprovada pela Assembleia da República desde 20 de dezembro de 2013, inserindo-se deste modo na norma anteriormente referida, entendimento este defendido pela Comissão de Normalização Contabilística. O gasto (rendimento) com impostos sobre o rendimento em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, da EDIA, tem a seguinte composição: Euros Impostos Correntes Tributação Autónoma Total RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

284 Na Empresa-Mãe, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, existiam diferenças temporárias dedutíveis e prejuízos fiscais reportados relativamente aos quais não foi reconhecido qualquer ativo por imposto diferido por não existir expectativas razoáveis quanto à geração de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização: 31-Dez Dez-12 Euros Quantia Data de Extinção Quantia Data de Extinção Diferenças Temporárias Dedutíveis - Perdas de Imparidade nos Ativos Intangíveis Perdas de Imparidade em Investimentos não Depreciáveis/Amortizáveis Provisões não dedutíveis em IRC (IFRIC 12) Gastos de Financiamento não dedutiveis Prejuízos Fiscais reportados ainda não utilizados - Exercício de dez dez-15 - Exercício de dez dez-16 - Exercício de 2013 (estimativa) dez Total Depósitos Cativos A rubrica de Depósitos Cativos, no Ativo não Corrente, corresponde aos depósitos de caução constituídos, pela EDIA, a médio e longo prazo, em instituições bancárias, concretamente a favor dos Tribunais Judiciais e da Autoridade Tributária, apresentando, a 31 de dezembro de 2013 e a 31 de dezembro de 2012, os valores de e , respetivamente. Os depósitos cativos no Millennium BCP e no Banco Espírito Santo, nos montantes de e respetivamente, foram constituídos através da contração de empréstimos de igual montante, registados em Financiamentos Obtidos. O valor mais significativo desta rubrica ( ) resulta do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla, no âmbito do desmantelamento da fábrica, iniciado em outubro de 2003 e o montante de refere-se a um processo de expropriação litigiosa ainda em curso. Não é de esperar a conclusão definitiva desta ação judicial com a Portucel Recicla antes do final de Face a esta previsão, a EDIA mensurou e registou este ativo ao custo amortizado, ascendendo o valor presente a Sendo este montante inferior ao valor pelo qual o depósito cativo estava anteriormente mensurado, o diferencial ( ) foi registado na rubrica de Outros Gastos e Perdas. 11. Inventários A composição da rubrica de Inventários do Grupo, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, apresenta o seguinte detalhe: 284 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

285 Inventários 31-Dez Dez-12 Euros Inventários (DCPF) Produtos Acabados e Intermédios Produtos e Trabalhos em Curso Mercadorias Matérias Subsidiárias Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12, previa a transferência para o Estado das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA, a partir do exercício de 2002, passou a evidenciar o custo das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de Inventários. Até 31 de dezembro de 2012, o saldo de Inventários correspondia essencialmente aos investimentos da rede secundária, concluídos e em curso, registados nas rubricas de Produtos Acabados e Intermédios e Produtos e Trabalhos em Curso respetivamente. Em 8 de abril de 2013, foi celebrado o Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, entre a EDIA e a DGADR, que vigorará até 31 de dezembro de 2020, em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente), aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA. Como consequência do Contrato de Entrega inicial e respetivo Contrato de Concessão, foram transferidos da subconta de Produtos Acabados e Intermédios os investimentos: (i) no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii) nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches- Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e Ervidel 1, concluídos em 2012, e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram substancialmente concluídos no primeiro semestre de A junho de 2013, a estes investimentos no valor de , foram adicionados os custos capitalizados dessas infraestruturas ( ) que foram transferidos para a rubrica de Outras Contas a Receber, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos para esta conta todos os subsídios que lhes estavam associados no montante de , adotando-se assim, um tratamento similar ao que foi adotado em anos anteriores para a Infraestrutura 12. Esta conta passa a refletir o valor que a EDIA espera vir 285 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

286 a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede secundária. Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e o Estado Português, representado pela DGADR, a Empresa procedeu à entrega das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel. À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na rubrica de Inventários, na subconta de Produtos e Trabalhos em Curso foi transferido para Produtos Acabados e Intermédios e posteriormente registado na rubrica de Outras Contas a Receber, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária. O valor de , na subconta de Produtos e Trabalhos em Curso reflete os investimentos em projetos afetos a blocos de rega ainda em construção. 12. Clientes, Vendas e Prestações de Serviços O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber Clientes O saldo de Clientes traduz na sua maioria, o valor a receber, pela EDIA, da renda anual periódica faturada à EDP, no âmbito do contrato celebrado e os valores a receber pelos serviços de distribuição de água prestados, que resultam do cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA. Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte da Empresa são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades. Não o fazer seria comprometer uma das características qualitativas do nosso normativo contabilístico, a saber, a representação fidedigna da realidade da Empresa. É considerado crédito em mora quando o pagamento não respeita o prazo contratualizado entre a Empresa e o adquirente e quando seja resultante da atividade normal da Empresa Vendas e Prestações de Serviços Vendas O valor de registado em vendas, em 2013, traduz essencialmente, o montante das vendas da energia emitida para a rede: (i) pelas centrais mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa ( ), (ii) pela central fotovoltaica de Alqueva ( ) e com as vendas dos bens de merchandising do Parque de Natureza de Noudar ( ).O valor 286 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

287 remanescente ( 766) corresponde à venda de artigos de merchandising das empresas Gescruzeiros, S.A e Gestalqueva S.A Prestações de Serviços Euros Prestações de Serviços Produção de Energia Distribuição de Água Passeios turísticos Cartografia Parque de Natureza de Noudar Outras Prestações de Serviços Total Produção de Energia Na conta de Produção de Energia foi reconhecido o montante de , no âmbito do Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, por 35 anos, celebrado entre a Empresa-Mãe e a EDP. Neste Contrato, a EDP obriga-se a proporcionar à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos: Um montante inicial no valor de , acrescido de IVA à taxa legal e pago na data de entrada em vigor do presente contrato; e Ao longo do período de vigência do contrato (35 anos), um montante anual periódico de (valor atualizado em 2012) acrescido de IVA à taxa legal e pago anualmente no mesmo dia e mês da entrada em vigor do contrato, sendo a primeira prestação devida no ano de No âmbito do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio hídrico público, e de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, foi faturado também à EDP, em 2013, em resultado da alteração dos volumes de retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, o montante de , referente a (sendo que o valor de rendimentos especializados nas contas em 31 de dezembro de 2012, que correspondia à melhor estimativa disponível à data de encerramento de contas de 2012, foi de ). A 31 de dezembro de 2013, a EDIA, segundo o regime do acréscimo, tem especializado o montante de , que representa o valor estimado da compensação financeira para o ano de 2013, e que resulta da revisibilidade decorrente da alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão. 287 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

288 O saldo desta conta inclui ainda o valor de da componente de TRH, relativa à utilização de água na produção de energia da central hidroelétrica de Alqueva em 2013 (aplicação do Decreto - Lei N.º 97/2008), que à data de 31 de dezembro ainda não tinha sido faturado à empresa do Grupo EDP. Distribuição de Água A transposição da Diretiva Quadro da Água foi operada pela Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro, e desenvolvida pelo Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio, e pelo Decreto-Lei N.º 97/2008, de 1 de junho, tendo consagrado o princípio do valor económico da água, por força do qual se consagra o reconhecimento da escassez atual ou potencial deste recurso e a necessidade de garantir a sua utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e de recursos. Em cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA, a EDIA no 2.º semestre de 2010 iniciou o processo de faturação, cuja desagregação legalmente prevista (Art.º 23, N.º 2 do Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho) obedece aos seguintes termos: Os valores do preço da água aprovados pelo Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, 0,089/m3 e 0,053/m3 já refletem a repercussão, legalmente exigida, sobre o utilizador final, do encargo económico representado pela taxa de recursos hídricos (TRH) e as componentes de conservação e exploração, e são reduzidos em 70% no 1.º ano, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até ao 8.º ano, perfazendo nesse ano os valores indicados. Os valores fixados para a componente de conservação são de 50,00/ha/ano para a adução em alta pressão e de 15,00/ha/ano para a adução em baixa pressão. Estes valores sofrem reduções conforme indicado no parágrafo anterior. O valor unitário do m3 de consumo de água faturado resulta das tarifas fixadas deduzidas da componente relativa à conservação. A componente de conservação unitária considera um consumo médio anual de m3/por hectare. O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado com os índices de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal em 2012 (taxa de variação média anual) de 2.75%. Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de 16,05/ha/ano para a adução em baixa pressão. Para base de cálculo é considerada a área beneficiada pelas infraestruturas de rega e o volume de água fornecido. Em relação ao montante da prestação de serviços no âmbito da distribuição de água, aplicando a tarifa reduzida aos valores a faturar de 70% para o 1.º ano de funcionamento de cada perímetro de rega, diminuindo anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até 8.º ano, no ano de 2013 foram registados os seguintes valores relativos à 288 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

289 distribuição de água aos perímetros de rega e a captações diretas, tendo em conta as diversas componentes (taxa de recursos hídricos, exploração, conservação e recargas de albufeira): Albufeira Albufeira do Montedo Enxoé Novo Pisão Monte - Novo Alvito - Pisão Ferreira, Brinches - Orada - Figueirinha Brinches Enxoé Amoreira e Valbom Serpa Alfundão Ervidel Loureiro- Alvito Exploração TRH Exploração Conservação Recarga de Albufeira Total Total Euros Foram especializados os rendimentos das componentes, TRH e exploração, do período de outubro a dezembro de 2013 dos vários perímetros de rega em exploração ( ) e das captações diretas, ( ) e anulada a especialização referente ao exercício de 2012 ( ), pelo que o total da conta de distribuição de água é de A faturação emitida referente à prestação de serviços no âmbito da distribuição de água, é feita em dois momentos: Início de abril: Faturação da componente de conservação do ano em curso; e Faturação da componente de exploração e Taxa de Recursos Hídricos (TRH) referente ao 4.º trimestre do ano anterior. Início de outubro: Faturação da exploração e TRH referente aos 1.º, 2.º e 3.º trimestres do ano em curso. As faturas são emitidas com base nas contagens reais de consumo. Os rendimentos respeitantes à componente da distribuição de água a faturar, por consumos ocorridos, lidos e validados à data da Demonstração da Posição Financeira, foram registados por estimativa. O valor estimado das componentes, TRH e exploração, do período de outubro a dezembro de 2013, ascende a Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007 de 17 de setembro, que aprovou as bases de concessão, a EDIA detém, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para a produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito (artigo 7.º). Conjugando o N.º 3 do artigo 5.º do mesmo Diploma, a TRH é repercutida nos respetivos utilizadores finais. Conforme o exposto, com base nos títulos emitidos para captações diretas e de acordo com os consumos de água indicados, a EDIA, segundo o princípio do acréscimo, registou em dezembro de 2013, por estimativa, o valor de desta componente, que será integralmente faturada em RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

290 Outras Prestações de Serviços O valor remanescente ( ) na rubrica de Prestações de Serviços, reflete essencialmente: (i) os serviços prestados da empresa Gescruzeiros, no âmbito dos passeios turísticos ( ), (ii) os serviços prestados pela EDIA no âmbito da cartografia e das expropriações ( ) e (iii) os serviços prestados no Parque de Natureza de Noudar ( ). 13. Estado e Outros Entes Públicos Esta rubrica inclui, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os seguintes saldos: 31-Dez Dez-12 Euros Ativo Corrente IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado IRC - Imposto sobre o Rendimento Restantes Impostos Ajustamento de Imparidade - ( ) Passivo Corrente Retenções de Impostos sobre o Rendimento Contribuições para a Segurança Social IRC - Imposto sobre o Rendimento IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado No Ativo Corrente, o saldo da conta de Imposto sobre o Valor Acrescentado - IVA corresponde na sua maioria aos montantes de reembolsos pedidos dos meses de outubro e novembro de 2013 ( ) decorrente da fase de investimento em que a EDIA ainda se encontra, bem como ao montante a recuperar de , referente a dezembro de 2013, embora este valor, à data de 31 de dezembro, ainda não tinha sido objeto de pedido de reembolso. O saldo da rubrica de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas - IRC ( ), apresentado no Ativo Corrente, refere-se essencialmente aos Pagamentos Especiais por Conta de IRC (PEC) dos anos de 2010 a 2013, da Empresa-Mãe. Atendendo ao limite temporal do imposto para a sua dedução (até ao quarto período de tributação seguinte) e de acordo com o disposto no artigo 93.º do Código do IRC e aos prejuízos fiscais a reportar, a Empresa procedeu ao correspondente reconhecimento, como gasto no exercício de 2013, do valor do PEC do ano de 2009, que ascende a RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

291 Nos termos do disposto do Código da Contribuição Autárquica e nos termos do disposto do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, o Estado está isento do pagamento de impostos sobre os imóveis integrados no seu património. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 21- A/98, de 6 de fevereiro, os bens imóveis expropriados pela EDIA para implementação do EFMA são imediatamente integrados no domínio público do Estado após a sua adjudicação à entidade expropriante. No que respeita à isenção de SISA, esta vinha sendo requerida pela EDIA ao abrigo do artigo 11.º n.º 26.º do Código do Imposto Municipal de SISA e do Imposto sobre Sucessões e Doações e foi concedida em diversos processos. O fundamento para a isenção resulta do facto de se tratar de aquisições de bens situados em regiões economicamente mais desfavorecidas efetuadas por sociedade comercial que os destina ao exercício, naquelas regiões, de atividades agrícolas ou industriais consideradas de superior interesse económico e social. A essa data, a lei não exigia qualquer formalismo adicional para a concessão da isenção. Em 1 de Janeiro de 2004 entrou em vigor o Código do IMT e foi revogado o Código da SISA, pelo Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de Novembro. O artigo 6.º alínea h) do Código do IMT manteve a isenção nos termos referidos, no entanto, o artigo 10.º n.º 3 do Código do IMT veio introduzir uma nova condição formal para a concessão da isenção. Dispõe este disposto normativo que a isenção só será reconhecida se a Câmara Municipal competente comprovar previamente que se encontram preenchidos os requisitos para a sua atribuição. Para este efeito, a Direcção-Geral dos Impostos solicita à Câmara Municipal competente a emissão do parecer vinculativo. Esta alteração teve como consequência que, sendo os Municípios os beneficiários da receita fiscal em causa, os pareceres das Câmaras Municipais passaram a ser sistematicamente negativos e, em resultado disso, a isenção sucessivamente negada. A EDIA ainda reclamou perante a Administração Fiscal alegando falta de fundamento dos pareceres camarários, mas foi respondido que essa mesma Administração Fiscal não tem competência para apreciar o teor dos pareceres das Câmaras, limitando-se a verificar se são favoráveis ou não e, assim, limitando-se a validar se está ou não reunido esse pressuposto legal, indispensável para a concessão da isenção. Em face do que, e após análise, a EDIA desreconheceu a conta a receber do Estado e o respetivo ajustamento de imparidade, ambos de Os saldos do Passivo Corrente ( ) incluem essencialmente os montantes em dívida à Segurança Social ( ), a pagar até ao dia 20 de janeiro, bem como o valor de IRC estimado das tributações autónomas a suportar ( ). 14. Outras Contas a Receber Esta rubrica tem o seguinte detalhe, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012: 291 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

292 Outras Contas a Receber 31-Dez Dez-12 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes DGADR_CC_RS DGADR_IE Fundos Comunitários Devedores por Acréscimo de Rendimentos Outros Devedores Diversos Perdas por Imparidade Outros Devedores (31.094) Euros DGADR IE 12 Em fevereiro de 2007, através do Decreto-Lei nº 42/2007 concretizou-se a recentralização dos objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, sendo revogado entre outros, o Decreto-Lei N.º 335/01, de 24 de dezembro, mantendo-se no entanto, um dos objetos sociais da EDIA, a conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura e do Mar (MAM). Exceciona-se a Infraestrutura 12, que se mantém propriedade da EDIA sob o regime de concessão ao MAM, na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional - DGADR), em abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da Infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos, este investimento deduzido dos subsídios associados tem vindo a ser registado, desde 2006, em Outras Contas a Receber, pois a EDIA aguarda o ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado nesta infraestrutura, por parte da DGADR. É de salientar que o Tribunal de Contas, no seu relatório de fevereiro de 2005 intitulado Auditoria de follow-up à EDIA - Projeto EFMA, recomenda que o Estado, mais propriamente o MAM, assegure o financiamento das infraestruturas integrantes da rede secundária e reembolse anualmente a EDIA pela transferência (de propriedade) da Infraestrutura 12. Assim, no caso do saldo da conta DGADR_IE 12 ( ), o Conselho de Administração tem vindo sempre a concluir, no encerramento de contas de cada exercício, que espera que o ativo seja realizado num período inferior a doze meses após a data de Demonstração da Posição Financeira, isto é, no exercício seguinte, pelo que tem vindo a considerar que esta dívida se encontra corretamente refletida no Ativo Corrente e, por outro lado, que não se justifica o reconhecimento de perdas de imparidade para fazer face a uma eventual incobrabilidade desse valor. Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da Empreitada de Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da mesma infraestrutura, que se traduz na anulação da provisão constituída deste processo arbitral, no valor de e consequentemente o montante da dívida da DGADR_IE 12 diminuiu proporcionalmente. 292 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

293 DGADR - CC Rede Secundária Euros Outras Contas a Receber Investimento Capitalizaçõe s Subsidios Total DGADR_CC_RS Em 8 de abril de 2013 foram assinados, o Contrato de Entrega e o Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), pelo Presidente do Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A (EDIA) e pelo Diretor-Geral da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), que vigorará até 31 de dezembro de 2020, em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente), aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA, estando por clarificar e concretizar o estipulado no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 42/2007, de 22 de fevereiro, conjugado com o disposto na alínea c) do n.º 1 deste mesmo artigo, no que se refere ao Estado assegurar o financiamento e demais condições relativas à conceção, execução e construção destas infraestruturas. Segundo o Acionista, "só depois da conclusão de todas as infraestruturas", prevista para 2015, e "subsequente período de consolidação do seu funcionamento, de cinco anos, estará disponível o quadro de indicadores necessários para aferir do melhor modelo para prosseguir com a gestão, a exploração, a manutenção e a conservação do empreendimento. A concessão pelo prazo de sete anos, isto é, até 2020, garantirá um período de consolidação adequado, fundamental para a gestão da garantia das obras, a estabilização tendencial do tarifário e a perceção e otimização do funcionamento do empreendimento na sua plenitude, visando a sua efetiva contribuição e integração das diversas valências no desenvolvimento sustentado da região". Estando as seguintes infraestruturas terminadas, contempladas no Contrato de Entrega, foram transferidos da subconta de Produtos Acabados e Intermédios os respetivos investimentos: (i) no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii) nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches- Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e Ervidel 1, que ficaram substancialmente concluídos em 2012 e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram concluídos no primeiro semestre de A junho de 2013, ao valor do investimento foram adicionados os custos capitalizados nestas infraestruturas, valores estes transferidos para a rubrica de Outras Contas a Receber- Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos para esta conta, todos os subsídios 293 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

294 que lhes estavam associados provenientes do Orçamento do Estado e da União Europeia que se encontram registados na rubrica de Diferimentos, adotando assim um tratamento similar ao que foi adotado em anos anteriores para a Infraestrutura 12, passando esta conta a refletir o valor que a EDIA espera vir a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede secundária. Em novembro de 2013, foi assinado um novo Contrato de Entrega, entre a EDIA e o Estado Português, representado pela DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel. À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na rubrica de Inventários, na subconta de Produtos e Trabalhos em Curso foi transferido para Produtos Acabados e Intermédios e posteriormente registado na rubrica de Outras Contas a Receber, para a entidade Estado (DGADR), que assume em relação aos bens descritos, todos os inerentes direitos e obrigações estabelecidos na legislação em vigor. No âmbito deste Contrato de Concessão, não foi constituída nenhuma provisão para fazer face aos encargos com as infraestruturas, objeto dos respetivos Contratos de Entrega, relativos à obrigação contratual de as manter/conservar, ao longo do período da concessão. A não constituição da provisão, teve como pressuposto que, ao longo do período da concessão (7 anos), não ocorrerão grandes reparações e substituições nas respetivas infraestruturas e equipamentos, sendo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, reconhecidas como gastos, nos exercícios em que ocorrem. Fundos Comunitários O montante de corresponde aos valores de pedidos de pagamento de financiamento comunitário, ainda não liquidados, mas que a EDIA estima com um grau elevado de certeza vir a receber. Devedores por Acréscimo de Rendimentos O saldo desta conta Devedores por Acréscimo de Rendimentos reflete essencialmente o valor da estimativa, para o ano de 2013, da compensação financeira resultante da revisibilidade da alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico ( ). Este saldo traduz também os montantes estimados e especializados referentes a: (i) consumos dos perímetros de rega em exploração ( ), (ii) consumos das captações diretas do sistema primário da EFMA ( ) e (iii) volumes de água utilizados na produção de energia hidroelétrica a faturar a uma empresa do grupo EDP ( ). 294 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

295 Perdas por Imparidade - Outros Devedores Na empresa Gescruzeiros, S.A, foi deliberado efetuar, com o objetivo de reforçar os capitais próprios, uma cobertura parcial dos prejuízos transitados, a ser efetuada na proporção das ações de cada acionista. Atendendo a que a Gestalqueva, S.A detém créditos sobre a Gescruzeiros, S.A, foi ainda deliberado que a cobertura dos referidos prejuízos transitados seria efetuada por compensação pelos créditos detidos. Assim, considerando a respetiva participação (51%), deixa de ser considerado valor por regularizar o montante de , que persistia nas contas há vários anos como divida à Gestalqueva, S.A., ficando este montante registado em Perdas por Imparidade-Outros Devedores. As contas a receber evidenciadas nesta rubrica estão registadas pelo seu valor nominal. 15. Diferimentos Diferimentos (Ativo Corrente) Os diferimentos apresentados no Ativo Corrente (gastos a reconhecer) incluem, essencialmente: (i) os prémios dos seguros pagos até 31 de dezembro de 2013 mas correspondentes a períodos de vigência posteriores ( ), sendo que os prémios de seguros com valor mais significativo se referem aos ramos All Risks Industrial, Responsabilidade Civil Geral e de Exploração das infraestruturas do EFMA e também Saúde Grupo e (ii) montantes pagos em comissões e imposto de selo referentes a 2014 ( ) Diferimentos (Passivo Corrente e não Corrente) Esta rubrica (rendimentos a reconhecer) apresenta a seguinte repartição entre Passivo Corrente e Passivo não Corrente : Euros 31-Dez Dez-12 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Diferimentos - Subsídios do Estado Outros Diferimentos Subsídios do Estado A conta de Subsídios do Estado, evidenciada na rubrica de Diferimentos no Passivo correspondem aos subsídios ao investimento, atribuídos a fundo perdido. 295 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

296 Os investimentos obtiveram financiamentos comunitários, sobretudo, no âmbito do QCA II (FEDER, FEOGA e Fundo de Coesão), QCAIII (FEDER e FEOGA-O), QREN (FEDER e Fundo de Coesão) e PRODER (FEADER). Alguns desses investimentos foram também financiados pelo PIDDAC para fazer face à contrapartida nacional dos projetos apoiados pelo FEOGA no QCA III, e pelo FEADER no PRODER. Os subsídios do Estado apenas são reconhecidos quando existe uma certeza razoável de que a Empresa irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos. Em 31 de dezembro de 2012 o valor dos subsídios ao investimento reconhecido no Passivo Não Corrente incluía todos os subsídios relativos à rede secundária de rega ( ), por um valor que se previa que correspondesse à diferença entre o respetivo custo de construção evidenciado na rubrica Inventários e o valor dos subsídios relativos a estas infraestruturas. A dezembro de 2013, o valor total destes subsídios ascende a mas na sequência da assinatura dos Contratos de Entrega e de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), os subsídios associados às infraestruturas da rede secundária já concluídas, no montante de , foram transferidos para a conta a receber da DGADR, na rubrica de Outras Contas a Receber (ver Notas 11 e 14). Esta transferência justifica a significativa redução no valor da rubrica de Diferimentos Subsídios do Estado no ano de Outros Diferimentos O valor de rendimentos diferidos do Contrato de Concessão da Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão com a EDP, evidenciado em 31 de dezembro de 2013 no Passivo não Corrente ( ) e no Passivo Corrente ( ), decorre do recebimento de , em 1 de novembro de 2007, nos termos da alínea a) do n.º 1 da cláusula 6.ª do Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico, celebrado com a EDP. Os montantes recebidos e a receber da EDP no âmbito deste contrato serão reconhecidos como rendimentos ao longo do período de duração do contrato (35 anos), com início de 1 de novembro de Assim, as referidas contas de rendimentos a reconhecer traduzem: (i) parte dos que ainda não foi reconhecida em rendimentos; e (ii) o diferencial entre os valores recebidos anualmente da EDP e o valor do rédito já reconhecido da atualização dos fluxos de caixa futuros à taxa efetiva de 5,5%. A 31 de dezembro de 2013, foram reconhecidos de rendimentos, referentes a 2013, dos quais se referem a prestação de serviços e a juros. 296 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

297 16. Capital Próprio No período compreendido entre 31 de dezembro de 2012 e 31 dezembro de 2013, os capitais próprios da EDIA apresentaram a seguinte evolução: Capital Próprio Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final Euros Capital Realizado Outras Reservas Resultados Transitados Resultado Líquido do Período Interesses Minoritários Capital Realizado A EDIA é uma Sociedade Anónima em que o capital social é detido na sua totalidade pelo acionista Estado Português, através da DGTF. O Capital inicial da EDIA ( ) foi sucessivamente aumentado, no período de 1996 a Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado, de é composto por ações com o valor nominal de 5 cada Outras Reservas A rubrica Outras Reservas inclui, essencialmente: de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da transferência para a EDIA das verbas incluídas no Orçamento de Estado para a extinta Comissão Instaladora do Alqueva; relativos à transferência para a EDIA do ativo da referida Comissão; referentes à doação de um mural para o edifício da sede da EDIA; e de subsídios afetos às áreas sobrantes (que não configuram investimentos amortizáveis). Estas reservas não foram impostas pela lei ou pelos estatutos, nem constituídas de acordo com contratos firmados pela Empresa. 297 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

298 16.3. Resultados Transitados O resultado desta rubrica em 31 de dezembro de 2013 ( negativos) está essencialmente influenciado com o reconhecimento de perdas por imparidade nos Ativos Intangíveis do segmento água, cujo valor acumulado (líquido dos respetivos subsídios que têm vindo a ser desreconhecidos) ascende a Imparidade de Ativos Imparidade de Ativos Intangíveis Na sequência da cedência à EDP, pelo período de 35 anos, da exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e dos direitos de utilização privativa do respetivo domínio público hídrico, encontravam-se já definidas, desde outubro de 2007, a generalidade das receitas de exploração associadas à componente hidroelétrica do EFMA até ao ano de No entanto, à data do encerramento das contas de 2009 e das de anos anteriores, ainda não havia sido definido, pelo MAM, o tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário do Empreendimento, o qual iria influenciar de forma determinante as receitas de exploração esperadas da Empresa e permitiria avaliar em que medida as receitas totais de exploração esperadas com a utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA (as associadas ao fornecimento de água para rega e abastecimento humano, e as decorrentes da exploração hidroelétrica) permitiriam recuperar o investimento global previsto no âmbito do Empreendimento. No entanto, seria já possível, à data de encerramento das contas, quer de 2009 quer de anos anteriores, prever que os investimentos realizados no EFMA implicariam a necessidade de reconhecimento de perdas de imparidade. No entanto, é importante ter presente que o EFMA foi concebido como um instrumento de desenvolvimento regional de uma zona deprimida do interior do país, com especial enfoque na conversão do sector agrícola de sequeiro para regadio. O EFMA representa uma obra de aproveitamento de recursos hídricos associados ao Rio Guadiana e que garante uma reserva estratégica de água, contribuindo para inverter as tendências de declínio populacional e económico de uma vasta região do Alentejo, revestindose, assim, de um enorme interesse nacional, com os consequentes benefícios que advêm da sua concretização, ao nível da melhoria da qualidade de vida da população da região do Alentejo, bem como à promoção económica, social e ambiental. Este investimento destinou-se, desde sempre, a suprimir enormes carências existentes na região relacionadas com a disponibilidade de água para fins de abastecimento humano, agrícolas e industriais. Nesse sentido, e considerando também as externalidades positivas geradas para a económica nacional, nunca esteve em causa o retorno financeiro dos ativos do EFMA, exclusivamente decorrente das receitas geradas pela atividade da EDIA. O pressuposto fundamental consistia em garantir que os benefícios económicos futuros tivessem capacidade de cobrir os custos de exploração das atividades (sem considerar a amortização dos investimentos), gerando expetavelmente resultados de exploração positivos. 298 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

299 O Estado Português assumiu desde a sua génese o caráter de fins múltiplos deste Empreendimento, cuja concretização decorreria da utilização plena e eficiente da enorme reserva estratégica de água a armazenar nas albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Sendo detentor único do capital da EDIA, o Estado Português sempre assumiu, como consequência, a necessidade de assegurar a dotação dos fundos necessários à prossecução do seu objeto, criando as condições para a Empresa honrar os compromissos assumidos no decorrer da execução do projeto. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com a tarifa definida pelo Estado, que por sua vez, no seu cálculo, considera um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. Existindo (desde anos anteriores) indícios de que os ativos do segmento água estariam em imparidade, mas não sendo possível calcular a quantia recuperável de ativos individuais afetos a este segmento, dada a forte interligação dos influxos de caixa dos vários ativos ou grupos de ativos do segmento, a EDIA determinou a quantia recuperável da unidade geradora de caixa ( mais pequeno grupo identificável de ativos que seja gerador de influxos de caixa e que seja em larga medida independente dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos ) que corresponde a todo o segmento água. Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água do sistema primário, a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento água através da determinação do respetivo valor de uso, tendo-se concluído que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda de imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis) afetos a este segmento. Para este efeito, foram considerados fluxos de caixa até o ano de 2082, ano em que termina contrato de concessão à EDIA que contempla a gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, ao abrigo do disposto no Decreto - Lei N.º 313/2007. Para a atualização dos fluxos de caixa futuros foi utilizada uma taxa de desconto de 5,49% baseada no custo médio ponderado do capital (Weighted Average Cost of Capital WACC), por forma a refletir: (i) o valor temporal do dinheiro para os períodos até 2082; (ii) as expectativas acerca das variações possíveis na quantia ou tempestividade dos fluxos de caixa; (iii) o preço de suportar a incerteza inerente ao ativo; e (iv) outros fatores que os participantes no mercado refletiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a Empresa espera obter dos ativos. Tendo presente que todas as projeções futuras foram elaboradas com base em pressupostos considerados razoáveis e suportáveis, tendo em conta o mercado presente e futuro e que as decisões tomadas nas últimas projeções/estudos foram aprovadas por parte da administração da EDIA, os principais pressupostos adotados são os seguintes: Taxa de adesão ao recurso água crescente em 10 anos; Consumo médio de água de m3/ha, em 80% da área coberta; Preço unitário de referência para fornecimento de água destinada a rega para fins agrícolas, à saída da rede primária, de 0,042 /m3, sendo que os valores no 1.º ano correspondem a 30% desse valor, aumentando anual, automática, progressiva e 299 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

300 linearmente até atingirem o mencionado valor de referência no 8.º ano (conforme Despacho N.º 9000/2010, de 26 de Maio); e Taxa de atualização de preços de 2%. Na medida em que as condições e pressupostos contemplados nos estudos de imparidade reportados a 31 de dezembro de 2009 já existiam ou eram previsíveis à data do encerramento das contas do exercício de 2008, no âmbito da reexpressão das demonstrações financeiras do exercício de 2009, foram imputadas a Resultados Transitados as perdas de imparidade correspondentes à totalidade dos ativos afetos ao segmento água, à data de 31 de dezembro de Os ativos e passivos do segmento água, assim como as perdas de imparidade reconhecidas com referência a 31 de dezembro de 2013 e a 31 de dezembro de 2012, podem ser apresentadas da seguinte forma: Segmento "água" Euros Ativos Intangíveis Adiantamentos a Fornecedores de Ativos Intangíveis Subsídios ao Investimento ( ) ( ) Imparidade Acumulada Perdas por Imparidade Reconhecidas no Período No Subsistema de Alqueva encontram-se integradas e em exploração as centrais mini-hídricas de Alvito, Pisão, Roxo, Odivelas e no Subsistema do Ardila a central mini-hídrica de Serpa. Estas infraestruturas tendo sido transferidas de Ativos Intangíveis em Curso para firme e consideradas unidades geradoras de caixa ao abrigo da IAS 36 - Imparidade de Ativos, foram alvo de testes de imparidade que permitissem concluir sobre qual a parte do investimento que foi efetuado, está em imparidade ou não, especificamente para as componentes elétrica e rega. Este estudo, como todos os estudos de índole prospetiva, tem os seus resultados estritamente ligados à validade das diferentes hipóteses de evolução que nele se consideram, designadamente, e entre outros pressupostos, no que concerne aos volumes efetivamente turbinados e aos custos unitários da energia, no horizonte de projeto. A subdivisão destes custos pelas componentes elétrica e rega foi obtida pela separação dos valores correspondentes aos investimentos diretamente afetos à produção de energia do restante, tendo em consideração os valores das quantidades de obra e do equipamento existentes nestas infraestruturas e que se encontram diretamente relacionadas com as funções produção de eletricidade e rega. Tendo presente estes pressupostos e o objetivo do estudo, face ao conjunto de análises efetuadas, a conclusão foi de que estas unidades geradoras de caixa originam benefícios económicos futuros suficientes para assegurar o retorno do investimento, isto é, não se encontram em imparidade. 300 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

301 De salientar que, de igual modo, de acordo com os estudos e melhores projeções da EDIA, não existe qualquer imparidade ao nível dos ativos do segmento energia. As restantes perdas por imparidade reconhecidas em 2013 (valor líquido de ) referem-se fundamentalmente ao equipamento básico (barcos) da Gescruzeiros ( ) Imparidade de Dívidas a Receber O valor de registado na rubrica de Imparidades de Dívidas a Receber reflete na sua maioria ( ) as imparidades da EDIA, que resultam dos indícios de incobrabilidade, isto é, dos créditos em mora pelos serviços de distribuição de água, quando os clientes não respeitam o prazo contratualizado entre a Empresa e o adquirente. Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte do Grupo são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades. 18. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos necessário para a liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação daquele pressuposto, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. A mensuração das provisões é efetuada de acordo com a IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. A EDIA considerou, com base no julgamento do Conselho de Administração e na análise aprofundada de cada um dos processos por parte do Gabinete Jurídico interno e de advogados externos, que estavam cumpridas as condições para o reconhecimento das provisões, referidas no parágrafo 14 da IAS 37- Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Em particular no que respeita à condição de que seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação, foi utilizado o critério definido no parágrafo 23 da referida IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, considerando como provável o exfluxo se o acontecimento for mais propenso do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o acontecimento ocorrerá for maior do que a probabilidade de isso não acontecer. Esta estimativa baseia-se numa análise técnica aprofundada do Gabinete Jurídico que emite, para o efeito, um documento em que determina qual a melhor estimativa dos valores a 301 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

302 provisionar, com base na experiência da EDIA quanto ao desfecho de processos semelhantes e com base nas informações dos advogados externos que colaboram com a Empresa. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, para fazer face aos processos judiciais e outras obrigações presentes decorrentes de acontecimentos passados, o Grupo constituiu provisões mas também fez reversões por as quantias provisionadas se revelarem desnecessárias ou porque os processos findaram. Provisões (DCPF) Euros Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final Provisões Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Provisão IFRIC Outras Provisões Provisões (DCPF) 2012 Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final Provisões Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Provisão IFRIC Euros Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Em 31 de dezembro de 2013 são conhecidos vários processos litigiosos, resultantes, quer de processos judiciais em curso, quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a EDIA, tendo a Empresa constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do valor dos encargos futuros a suportar. O montante ( ) refletido na rubrica de Provisões a 31 de dezembro de 2013, decorre essencialmente dos seguintes processos judiciais em curso e processos a decorrer no âmbito de expropriações litigiosas: 302 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

303 Euros Processos Judiciais 31-Dez Dez-12 Portucel Recicla (Empreitada de Desmantelamento) Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada IE12) Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada Equip.Colectivos nova Aldeia da Luz) Processo Arbitral EDIA/Tecnasol FGE Processo Arbitral EDIA/Alexandre Barbosa Borges SA Processo Arbitral EDIA/Teixeira Duarte SA/EPOS SA Geraldo Magela Assis Municípios de Reguengos de Monsaraz, Mourão,Portel,Moura e Alandroal Monte Adriano SA Herdeiros de Luís Soares da Cunha Florim Império Bonança Outros Processos de Expropriação Litigiosas Herdade dos Bacelos Joaquim Conceição Rato Outros A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de (correspondendo ao valor já faturado de acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com embargos de executado, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Para fazer face às eventuais responsabilidades decorrentes deste processo, a EDIA constituiu, em anos anteriores, uma provisão de , que foi estimada em metade do valor reclamado pela Portucel Recicla. Em dezembro de 2011 a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de (50% do montante de ), valor este, que corresponde à melhor estimativa do dispêndio a efetuar e é destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. Em dezembro de 2013, a EDIA reforçou, uma vez mais, esta provisão pelo valor de , que corresponde à atualização dos juros vencidos sobre o capital, à data de dezembro de 2013, destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. e que se mantém provisionado à data deste relato. A EDIA interpôs uma ação contra o consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, reclamando o pagamento de , acrescido de juros de mora, a título de ressarcimento pelas verbas despendidas na reparação do canal da Infraestrutura 12 e ainda indemnização por danos na imagem. O consórcio, em sede de reconvenção, reclama o pagamento de a título de juros de mora por atrasos nos pagamentos e na libertação da caução. Constituiu-se, em 2010, uma provisão no montante de que corresponde a 50% do pedido formulado pelo consórcio. Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da Empreitada de Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega 303 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

304 da mesma infraestrutura, que se traduz na anulação da provisão constituída, no valor de , deste processo arbitral. Em relação ao processo interposto pelo consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, relativo à Empreitada das habitações e comércios da construção da Nova Aldeia da Luz (provisão de ), é de salientar que, nos termos de sentença proferida pelo Tribunal Arbitral em setembro de 2006, ratificada em reunião de 24 de abril de 2007, a EDIA foi condenada a pagar mais revisões de preços e juros, e paralelamente, o consórcio foi condenado ao pagamento de A EDIA impugnou o acórdão proferido, junto do Tribunal Administrativo. Ainda no âmbito do acordo atrás referido, mas relativo à Empreitada das habitações e comércios da construção da nova aldeia da Luz decorrente do litígio a título de trabalhos adicionais e custos de estaleiro e correspondentes revisões de preços e juros de mora, foi também anulada a provisão inicialmente constituída deste processo arbitral, no valor total de No que concerne ao processo intentado pela Tecnasol FGE à EDIA, referente à Empreitada de tratamento de fundações e de implementação do plano de observação do aproveitamento de Pedrógão, a autora reclama, a título de trabalhos a mais e indemnização de maior onerosidade na realização dos trabalhos, a quantia de acrescida de juros no montante de A EDIA, em anos anteriores, tinha uma provisão constituída ( ) que correspondia a 50% dos valores reclamados (valor este que corresponde à melhor estimativa do dispêndio a efetuar). Na sequência de audiência preliminar em 17 de janeiro de 2013, o Tribunal não aceitou a ação, dando razão à tese da EDIA. A Autora recorreu entretanto para o Tribunal Central Administrativo Sul, tendo a EDIA apresentado contra-alegações e recorrido subordinadamente em relação a uma outra exceção que havia invocado e que o Tribunal não julgou procedente. No entanto é convicção da EDIA que o recurso interposto pela Autora não vai merecer provimento mas que o recurso por ela interposto irá. Defendendo a EDIA que a probabilidade de sucesso é superior a 50% e que o valor esperado da responsabilidade é nulo, desreconheceu nas suas contas, em 2013, a respetiva provisão. Em 2011, na sequência da ação de condenação (ainda na fase dos articulados), intentada pela empresa Alexandre Barbosa Borges SA, contratada pela EDIA para a execução da Empreitada de construção das centrais mini-hídricas do Alvito e de Odivelas do EFMA, a Autora peticiona o pagamento de Este montante é a título de trabalhos a mais titulados em contrato adicional, acrescido de juros vencidos, custos indiretos de produção e juros de mora sobre a faturação paga em atraso. A provisão constituída ( ) corresponde a 50% do pedido formulado pelo Consórcio, que a EDIA considera a melhor estimativa do dispêndio a efetuar. Em 2010 a EDIA foi citada para contestar uma ação judicial interposta pelas empresas Teixeira Duarte, SA e EPOS, SA onde é reclamado o pagamento de a título de juros de mora por atraso no pagamento de faturas vencidas no âmbito da Empreitada de Construção do Túnel Loureiro - Alvito. A EDIA contestou por exceção e impugnação e atendendo à matéria em discussão, constituiu uma provisão no valor de , correspondente ao valor mínimo que a EDIA teria que pagar se não vingasse a defesa por exceção. A 9 de dezembro de 2013 realizou-se uma audiência preliminar, no sentido de se alcançar uma solução extrajudicial. A EDIA formulou à Teixeira Duarte uma proposta de pagamento no valor de , considerando as datas de vencimento a partir da data de receção efetiva das faturas na Empresa, bem como aceitar os juros de mora associados a um atraso superior a 60 dias. A Teixeira Duarte contrapôs a verba de que não foi aceite pela EDIA.O processo terminou entretanto por transação, nos termos da qual, a Teixeira Duarte reduziu o pedido para , que 304 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

305 atendendo ao risco judicial associado, a EDIA entendeu ser um bom acordo. Concordou, pagou e anulou a respectiva provisão. Em 2012, cinco municípios da área do regolfo de Alqueva (Reguengos de Monsaraz, Mourão, Portel, Moura e Alandroal) interpuseram uma ação que respeita ao pagamento de rendas alegadamente em dívida pela EDIA àqueles municípios, nos termos do disposto no Decreto-Lei N.º 424/83, de 6 de dezembro, que obriga a EDP, enquanto titular de centros electroprodutores, ao pagamento de determinadas verbas anuais aos municípios afetados. Não é formulado pedido exato por alegada falta de elementos para aplicar a fórmula de cálculo do valor das rendas legalmente previstas. A EDIA vai contestar, mas a sua direção operacional de infraestruturas primárias e de energia estimou um valor de rendas na ordem dos , valor pelo qual foi constituída a provisão para este processo. No ano de 2012, foi interposta uma ação pela empresa de construção Monte Adriano S.A., no âmbito da Empreitada de construção do 3.º troço do adutor Pisão-Roxo (Penedrão-Roxo) e da barragem do Penedrão. O empreiteiro reclama o pagamento de trabalhos no valor de , alegando que esse montante não lhe foi pago por incorreta interpretação da EDIA a respeito do âmbito de trabalho de determinada rubrica do mapa de quantidades. A EDIA contestou e provisionou 50% ( ) do montante pedido pelo empreiteiro, que se considera como a melhor estimativa do dispêndio a efetuar. Numa ação de condenação decorrente de um acidente que vitimou um particular, ocorrido em Alqueva, foi interposto um recurso para o Tribunal da Relação. O Acórdão foi proferido, a EDIA foi absolvida, mas ainda sem trânsito em julgado, que não altera a decisão relativamente à EDIA. Face ao exposto foi entendimento interno do Gabinete Jurídico, a anulação da respetiva provisão no valor de O processo referente a uma ação de condenação, em que é reclamada uma indemnização decorrente de um acidente numa obra de Alqueva (Instância suspensa), mas em que a probabilidade de exfluxo de recursos é inferior a 50%, foi entendimento da EDIA, não provisionar mas divulgar apenas no Anexo à Demonstração da Posição Financeira e à Demonstração do Rendimento Integral, pois está perante passivos contingentes. A constituição de provisões no âmbito de processos de expropriação litigiosos conduzidos pela EDIA obedece a um conjunto de pressupostos que, em função da fase de desenvolvimento do processo e dos valores provisoriamente estabelecidos em cada uma delas (proposta da EDIA, arbitragem, peritagem, sentença e eventuais recursos), vão determinando a variação do valor de cada provisão constituída. Relativamente a estes processos, apenas um merece referência, conforme enunciado abaixo. Os demais processos, além de envolverem montantes de baixo valor, estão em juízo por razões que não se prendem com a existência de litígio, mas sim com o desconhecimento dos proprietários, litígio entre herdeiros, entre outros. De salientar que o facto das provisões para vários dos processos judiciais em curso terem sido quantificadas em 50% dos valores reclamados pelos autores dos processos, decorre do processo de mensuração da provisão, ou seja, foi considerado que 50% do valor reclamado seria a melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação no fim do período de relato, nos termos do parágrafo 36 da IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. 305 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

306 18.2. Provisão IFRIC 12 As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afeto ao EFMA, objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. A rubrica Provisão - IFRIC 12 reflete o valor presente da estimativa de encargos relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo, assim, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. Esta provisão foi reconhecida e mensurada, com base nos pressupostos do estudo de viabilidade económico e financeiro utilizado: Valor total dos investimentos em exploração, nomeadamente os equipamentos e a construção civil, sem considerar o valor dos terrenos submersos e sobrantes; Aplicação de uma taxa estimada de 0,2% aos investimentos da atividade de distribuição de água, para apuramento do custo médio das grandes reparações anuais; Não se consideram custos de grandes reparações para a atividade produção de energia uma vez que ao abrigo do contrato de subconcessão celebrado com a EDP, estes custos são da sua responsabilidade; Prazo estimado para fazer face a grandes reparações, nos equipamentos e na construção civil, de 20 e 30 anos respetivamente; Taxa média de financiamento para o período de ; e A previsão da Euribor é feita com base nas taxas spot da Bloomberg. Em 2013, no âmbito da aplicação da IFRIC12- Acordos de Concessão de Serviços, foi feito um reforço da provisão, em relação às infraestruturas que já se encontram em exploração, no montante de , ficando a mesma registada por um valor total de Outras Provisões Em 2007, a empresa Gestalqueva, S.A. (em liquidação à data de 31 dezembro de 2013) prestou uma fiança no Banco Português de Investimento (BPI), sobre um contrato de abertura de crédito até ao montante de Prevendo-se um exercício de 2013 difícil, sabendo da indisponibilidade da Comissão Liquidatária da Gestalqueva, S.A. para proceder a suprimentos financeiros à Gescruzeiros, S.A. o Conselho de Administração negociou no início do ano, com o BPI, a carência de capital durante o ano de 2013, até ao previsível desfecho da alienação do capital da Gescruzeiros, S.A. pela Comissão Liquidatária da Gestalqueva, S.A.. À data de 31 de dezembro de 2013, o valor do financiamento ascende a , tendo a Gestalqueva, S.A constituído uma provisão, na proporção dos 51% que detém na Gescruzeiros, S.A., no valor de RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

307 Para o saldo desta conta concorre também o montante de , resultante da provisão constituída pela EDIA, como sócia maioritária da Gestalqueva, S.A., para fazer face a futuras responsabilidades que possam vir a ocorrer e que poderão não ser assumidas pelos restantes acionistas (autarquias). 19. Financiamentos Obtidos Financiamentos Obtidos 31-Dez-13 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Empréstimos por Obrigações Empréstimos Bancários Contas Correntes Caucionadas Locações Financeiras Depósitos à Ordem-Saldos Credores Total 31-Dez-12 Total Euros O financiamento dos investimentos realizados nas várias infraestruturas do EFMA envolveu, até à presente data, a contratação de vários empréstimos por obrigações, de um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (BEI) e de diversos empréstimos bancários de curto prazo. Em 31 de dezembro de 2013, estão em vigor os seguintes financiamentos obtidos: BEI Data de início do contrato: 1999 Prazo: 20 anos Período de carência: 7 anos O montante de ,00, refletido na conta de empréstimos, resulta da utilização total das tranches A, B, C e D O reembolso deste empréstimo será efetuado da seguinte forma: Tranche A - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em Setembro de Tranche B - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em Setembro de Tranche C - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em Março de Tranche D - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em Março de 2009 Taxa Juro: taxa determinada pelo BEI em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo seu Conselho de Administração e que não poderá exceder a taxa Euribor 3 meses acrescida de 0,15% Reembolsos até Montante em Dívida: Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 2003 Prazo: 15 anos Reembolso: total no final do contrato (2018) Este empréstimo obrigacionista, foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa-Banco de Investimento, S.A. 307 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

308 Os cupões são trimestrais e o seu reembolso é bullet Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,10% Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 2007 Prazo: 20 anos Reembolso: total no final do contrato (2027) Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Millennium BCP e do BPI Os cupões são semestrais e o seu reembolso é bullet Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,005% Empréstimo Obrigacionista Data de início do contrato: 2010 Prazo: 20 anos Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, 28 prestações semestrais, iguais e sucessivas Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário constituído por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI); Banco Santander Totta, S.A. (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A. (CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. Sucursal em Portugal (Dexia) Taxa Juro: Euribor 6 meses + Spread 2,65% Conta Corrente Caucionada Santander-Totta Data de início do contrato: 02/11/2013 Data do fim do contrato: 02/05/2014 Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 6,75% Conta Corrente Caucionada BES Data de início do contrato: 20/11/2013 Data do fim do contrato: 19/02/2014 Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8% Conta Corrente Caucionada BES Data de início do contrato: 20/11/2013 Data do fim do contrato: 19/02/2014 Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) Millennium BCP Data de início do contrato: 27/12/2013 Data do fim do contrato: 30/01/2014 Taxa fixa: 3,985% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI Data de início do contrato: 16/12/2013 Data do fim do contrato: 14/03/2014 Euribor a 3 meses + Spread 7% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 09/10/ RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

309 Data do fim do contrato: 13/01/2014 Euribor a 3 meses + Spread 5,75% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 16/12/2013 Data do fim do contrato: 17/03/2014 Euribor a 3 meses + Spread 5,75% Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD Data de início do contrato: 16/12/2013 Data do fim do contrato: 17/03/2014 Euribor a 3 meses + Spread 5,75% Os financiamentos obtidos no Millennium BCP ( ) e no Banco Espírito Santo ( ) correspondem a empréstimos destinados a financiar a constituição de depósitos caução, ambos à ordem do Tribunal de Reguengos de Monsaraz, no âmbito do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla e de processos litigiosos de expropriação, respetivamente. O escalonamento das dívidas constantes na Demonstração da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2013 e em 31 de dezembro de 2012, com vencimento a mais de 5 anos, ascende a: 31-Dez Dez-12 Empréstimos por Obrigações Não Convertiveis Empréstimo Obrigacionista de 2003 (300 M ) Empréstimo Obrigacionista de 2007 (56,18 M ) Empréstimo Obrigacionista de 2010 (94,35 M ) Dívidas a Instituições de Crédito Banco Europeu de Investimento (135M ) Total Para cumprimento do definido na IAS 23 - Custos de Empréstimos Obtidos, nomeadamente quanto ao dever da entidade divulgar a quantia de gastos com os empréstimos obtidos, capitalizada durante o período e a taxa de capitalização usada para determinar a quantia dos gastos dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização, indica-se que, no ano de 2013, foram capitalizados os gastos a uma taxa média de 43,68% perfazendo o valor de Euros 309 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

310 20. Fornecedores e Outras Contas a Pagar Fornecedores e Outras Contas a Pagar 31-Dez Dez-12 Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes Fornecedores Fornecedores C/C Outras Contas a Pagar Fundos Comunitários Fornecedores de Investimento Credores por Acréscimos de Gastos Pessoal Outros Credores Euros Fornecedores c/c e Fornecedores de Investimento Os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, evidenciados na rubrica de Inventários, são registados na rubrica Fornecedores C/C, em vez de Fornecedores de Investimento, pois não decorrem de investimentos em ativos fixos tangíveis ou intangíveis mas de trabalhos de construção relevados na rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos Fundos Comunitários Esta conta inclui: (i) no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, afetos à rede secundária, em que a despesa ainda não foi realizada, mas que se prevê que seja realizada até final do ano de 2014, dado que existe uma probabilidade efetiva de serem reembolsados (ii) no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos comunitários, no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização, por dedução a despesa a realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no fim do ano de 2012 e o seu encerramento está previsto para o final de Credores por Acréscimos de Gastos A conta de Credores por Acréscimos de Gastos reflete essencialmente o valor especializado dos gastos com os juros de financiamentos obtidos e comissões de garantia (essencialmente empréstimos obrigacionistas e contas correntes caucionadas) no montante total de Esta conta inclui também outros valores especializados, nomeadamente: (i) relativos ao investimento realizado numa empreitada em curso da rede secundária de rega (auto do mês de dezembro de 2013), cuja fatura deu entrada na Empresa em janeiro de 2014 e (ii) gastos com eletricidade no montante de faturados no mês seguinte (janeiro 2014) àquele a que os consumos se referiam. 310 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

311 Esta conta traduz também o montante estimado de gastos com férias e subsídio de férias, dos funcionários da EDIA, referentes a 2013 (a pagar em 2014) nos montantes de e respetivamente. 21. Variação nos Inventários da Produção A variação nos inventários da produção a 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012 discrimina-se da seguinte forma: Produtos Acabados e Intermédios 31-Dez Dez-12 Euros Inventário Final Inventário Inicial Variação nos Inventários da Produção Produtos e Trabalhos em Curso 31-Dez Dez-12 Inventário Final Transferências Inventário Inicial Variação nos Inventários da Produção Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12 e do Perímetro de Rega da Luz, prevê a transferência para o Estado (MAM) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o gasto das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de Inventários. Em 2013, com a entrada em exploração de mais dois perímetros de rega, Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1-margem direita, e conforme tratamento dado em anos anteriores a outras infraestruturas da mesma natureza, procedeu-se à transferência dos investimentos que estão associados a essas infraestruturas, que se encontravam na conta Produtos e Trabalhos em Curso para a conta Produtos Acabados e Intermédios. Na sequência dos dois contratos de entrega celebrados com o Estado (DGADR), em abril e novembro de 2013, o saldo à data do relato, da conta de Produtos Acabados e Intermédios, relacionado com a rede secundária, investimentos nos perímetros de rega substancialmente concluídos e já em exploração, foi transferido para a rubrica de Outras Contas a Receber (conta da DGADR), tendo presente que é o Estado que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária que a EDIA construiu, em sua representação. 311 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

312 Os investimentos em curso das infraestruturas da rede secundária de rega, que correspondem essencialmente a projetos afetos aos blocos de rega ainda em construção, continuam a ser registados na subconta de Produtos e Trabalhos em Curso. A variação verificada na rubrica Variação nos Inventários da Produção, face ao período homólogo, resulta essencialmente pela baixa taxa de realização de investimentos na rede secundária no ano de Trabalhos para a própria Entidade Os trabalhos para a própria entidade registam a imputação ao investimento em curso (rubricas de Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis ) dos gastos afetos às áreas operacionais da Empresa ligadas diretamente à construção das infraestruturas do EFMA. Estes gastos estão diretamente afetos à rede primária e ao centro de cartografia, efetuados sob administração direta da Empresa. 23. Fornecimentos e Serviços Externos Euros Fornecimentos e Serviços Externos 31-Dez Dez-12 Subcontratos Electricidade Conservação e Reparação Trabalhos Especializados Seguros Rendas e Alugueres Combustíveis Vigilância e Segurança Honorários Comunicação Limpeza e Higiene Publicidade e Propaganda Ferramentas e Utensílios Contencioso Deslocações e Estadas Despesas de Representação Material Escritório Outros Total A rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos apresenta uma variação negativa significativa, em termos homólogos, resultado do decréscimo da conta de Subcontratos, consequência de um menor volume de investimento na rede secundária de rega (evidenciado na 312 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

313 rubrica Inventários ), sendo esta diminuição de gastos compensada por uma redução de montante similar na conta de Variação dos Inventários da Produção. Os aumentos mais significativos ocorreram nas rubricas de Conservação e Reparação e Trabalhos Especializados, uma vez que o número de infraestruturas em exploração aumentou, pelo que os gastos com pessoal técnico especializado na manutenção preventiva dos equipamentos nessas infraestruturas, dos perímetros de rega, também subiram. A consequente cessação de capitalização dos gastos inerentes às infraestruturas da rede primária a montante é também um dos fatores decisivos para este acréscimo de gastos. 24. Gastos com o Pessoal O número de trabalhadores do Grupo em 2013 e 2012 foi de 189 e 195, respetivamente. Os Gastos com o Pessoal do Grupo EDIA tiveram a seguinte composição: Euros Gastos com o Pessoal 31-Dez Dez-12 Remunerações Encargos Sociais Outros Gastos com o Pessoal Face ao período homólogo, apesar de se ter verificado uma redução dos gastos mensais com os órgãos sociais, uma vez que o número de membros do Conselho de Administração da Empresa passou de quatro para três, esta rubrica apresenta um aumento significativo, que resulta sobretudo da reposição em 2013, das remunerações ao pessoal referente aos 13.º e 14.º meses, não pagas em 2012, mas também da reposição do subsídio de férias de 2012 na sequência do Acórdão do Tribunal Constitucional de 5 de abril Em 2013, as demonstrações financeiras refletem não só os duodécimos do subsídio de férias de 2013 (a pagar em 2014) e do subsídio de Natal (que tem vindo a ser processado e pago em duodécimos em 2013-Artigo 28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro), mas também o subsídio de férias de 2012 pago no segundo semestre de 2013, na sequência do Acórdão n.º 187/2013, de 5 de abril, do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade de alguns artigos da Lei do Orçamento do Estado para 2013, nomeadamente o artigo 29.º da Lei n.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, referente à suspensão do pagamento do subsídio de férias ou equivalente. Em 2013 mantiveram-se em vigor algumas das medidas de redução de custos do Sector Empresarial do Estado (SEE) aprovadas nos anos anteriores: Isenção de redução remuneratória para os trabalhadores que auferem uma remuneração total ilíquida igual ou inferior a mensais; 313 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

314 Manutenção da redução efetiva de remuneração para todos os trabalhadores que auferem uma remuneração total ilíquida calculada nos termos do N.º 1 do Art.º 20 da Lei N.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, superior a mensais; Proibição de atribuição de prémios de desempenho ou outras prestações pecuniárias de natureza afim; Progressividade da redução remuneratória, de modo a assegurar maior redução por parte e quem aufira uma redução total ilíquida mais elevada; e Proibição de atribuição de quaisquer benefícios geradores de encargos, designadamente subsídios, ajudas de custo ou quaisquer outros suplementos pecuniários com a finalidade de compensar, direta ou indiretamente, as reduções remuneratórias. Dado que, no decorrer do ano de 2013, não se registaram gastos com os órgãos sociais da Gestalqueva, S.A., o valor das remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da Empresa-Mãe, relacionadas com o exercício das suas funções foi o seguinte: Euros 31-Dez Dez-12 Conselho de Administração Revisor Oficial de Contas Conselho Fiscal Mesa da Assembleia Geral Outros Rendimentos e Ganhos Euros Outros Rendimentos e Ganhos 31-Dez Dez-12 Juros Concessão Exploração da CHA e CHP Imputação de Subsídios ao Investimento Outros Rendimentos Suplementares Juros No âmbito do Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva (CHA) e Pedrógão (CHP) celebrado com a EDP, a EDIA recebeu um montante inicial de e irá receber, por um período de 35 anos, um montante anual periódico de (valor atualizado em 2012). 314 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

315 O montante de evidenciado na conta Juros concessão exploração da CHA e CHP corresponde à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato), com base numa taxa implícita de 5,5% Imputação de Subsídios ao Investimento A rubrica Imputação de Subsídios ao Investimento reflete o reconhecimento em rendimentos dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que estes últimos são depreciados. Não inclui: Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega, que estão evidenciados em Diferimentos, no Passivo não Corrente, uma vez que os ativos correspondentes são propriedade do Estado. Estes subsídios foram, na sua maior parte, deduzidos ao investimento, evidenciado na rubrica de Inventários, por a EDIA ter executado estes investimentos com fundos próprios, em representação do Estado, resultante do Contrato de Concessão celebrado em abril de 2013, com a DGADR; e Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total, pelo que têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios. 26. Outros Gastos e Perdas Em 2013 esta rubrica inclui decorrentes da mensuração de um depósito cativo de que não vence juros pelo seu custo amortizado (ver Nota 10), uma vez que se prevê que a conclusão do respetivo processo judicial (Portucel Recicla) só venha a ocorrer no final de Do restante valor apresentado na rubrica de Outros Gastos e Perdas é de salientar: (i) relativos ao pagamento de taxas, pelas utilizações dos recursos hídricos em várias infraestruturas da EDIA, tais como Alqueva, Pedrógão, Cais da Barragem de Alqueva, furo da Herdade da Coitadinha, (ii) referentes ao desreconhecimento do valor do PEC por conta do IRC de 2009, (iii) de quotizações e (iv) de gastos incorridos com impostos diretos (Imposto Municipal de Imóveis). 315 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

316 27. Juros e Rendimentos Similares Obtidos e Juros e Gastos Similares Suportados Rendimentos e Gastos Financeiros 31-Dez Dez-12 Euros Rendimentos e Ganhos Financeiros Outros Juros Obtidos Gastos e Perdas Financeiros Juros e Gastos Similares Suportados Rendimentos e Ganhos Financeiros A conta Outros Juros Obtidos traduz, fundamentalmente, os juros de depósitos a prazo e à ordem Gastos e Perdas Financeiros O decréscimo ocorrido na conta Juros e gastos similares suportados deveu-se à diminuição dos juros suportados associados aos empréstimos contraídos pela Empresa, dado que a taxa de juro média real foi inferior à taxa de juro média em 2012, essencialmente em resultado da descida da Euribor. Os Outros gastos e perdas financeiros incluem essencialmente serviços bancários e comissões de garantia dos empréstimos obrigacionistas e bancários. 28. Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização Os gastos/reversões de depreciação e amortização, em 2013 e 2012, discriminam-se da seguinte forma: 316 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

317 Euros Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 31-Dez Dez-12 Ativos Fixos Tangíveis Terrenos e Recursos Naturais 2 2 Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outros Ativos Tangíveis Ativos Intangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Outros Ativos Intangíveis Projetos de Desenvolvimento Programas de Computador Interesses Minoritários Os interesses minoritários na Demonstração da Posição Financeira discriminam-se como segue: Interesses Minoritários - Demonstração da Posição Financeira 31-Dez-13 Euros 31-Dez-12 Interesses Minoritários de Capital Próprio Gestalqueva, S.A. (94.195) Gescruzeiros, S.A. ( ) ( ) Os interesses minoritários na Demonstração do Rendimento Integral têm a seguinte composição: 317 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

318 Interesses Minoritários -Demonstração do Rendimento Integral 31-Dez-13 Euros 31-Dez-12 Interesses Minoritários de Resultado Líquido Gestalqueva, S.A. ( ) ( ) Gescruzeiros,S.A. ( ) (46.293) ( ) ( ) 30. Segmentos Operacionais A atividade do grupo EDIA está centrada em dois segmentos de negócio (Água e Energia). As restantes áreas de negócio tais como o turismo, o ambiente, a cultura e a produção cartográfica, devido à sua dimensão, foram agrupadas num único segmento (Projetos Especiais). O segmento Água está relacionado com a gestão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA com vista a garantir a sua distribuição através de critérios de rigor e sustentabilidade, sendo constituído por duas vertentes: a do Armazenamento de Água, onde se destacam os grandes reservatórios (albufeiras de Alqueva e de Pedrógão), e a da Adução de Água, traduzida pelos diversos subsistemas de abastecimento de água (Alqueva, Pedrógão e Ardila). A atividade de Armazenamento de Água tem como fim o fornecimento de água, quer para fins agrícolas, industriais ou abastecimento populacional, quer para produção hidroelétrica. Esta subatividade apresenta réditos, essencialmente, internos. Após a entrada em exploração de diversos perímetros de rega e da resolução administrativa por parte do Estado, através do Despacho nº 9000/2010 dos Ministérios das Finanças e da Administração Pública, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente e do Ordenamento do Território, sobre o preço a aplicar à distribuição da água, o grupo EDIA iniciou verdadeiramente a atividade de exploração da componente Adução de Água, prevendose a breve prazo, um aumento gradual dos ganhos devido à entrada em exploração de novos perímetros, ao aumento de adesão ao regadio agrícola e à utilização da água para fins industriais e turísticos. O segmento Energia é constituído pela produção de eletricidade através das centrais hidroelétrica de Alqueva e Pedrógão, Mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa e pela Central Fotovoltaica de Alqueva. O volume de negócio resulta, essencialmente do recebimento da renda relativa ao contrato de concessão das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão à EDP, por um período de 35 anos. No entanto, refere-se também a exploração neste período de todas as centrais mini-hídricas e da central fotovoltaica, sendo essa atividade remunerada pelo fornecimento da eletricidade entregue na rede elétrica nacional. O segmento Projetos Especiais, como referido anteriormente, abrange diversas áreas das quais se destacam: Centro de Cartografia, projeto originalmente criado como um apoio ao investimento realizado pelo grupo EDIA, quer a nível cartográfico quer a nível topográfico, e que surge como uma oportunidade de negócio; 318 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

319 O PNN que surgiu como um projeto de minimização ambiental em consequência da construção da albufeira Alqueva, mas que se complementa com as áreas agrícolas e turísticas; O Museu da Luz consubstancia-se num espaço de memória e de interpretação de todos os inéditos processos da recolocação da Aldeia da Luz e aparece como um projeto cultural crescente na nova aldeia. Os resultados de exploração por segmentos no final do ano de 2013 e de 2012 são os seguintes: Euros 2013 RUBRICAS Água Energia Projectos especiais Não Alocados Total Réditos Externos Gastos Operacionais de Exploração ( ) (88.747) ( ) ( ) ( ) Réditos / Gastos Intersegmentos ( ) Margem Bruta ( ) ( ) ( ) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas ( ) (632) (6.257) (47.063) ( ) Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros ( ) (97.127) ( ) Depreciações e Amortizações (30.871) ( ) ( ) (48.709) ( ) Imputação Sub. Investimento Perdas por Imparidade ( ) - - ( ) ( ) Resultado Operacional ( ) ( ) ( ) ( ) Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos Juros e Gastos Financeiros Suportados ( ) ( ) (618) (0) ( ) Resultado Antes de Impostos por Segmento de Negócio ( ) ( ) ( ) ( ) Imposto Sobre o Rendimento Resultado Liquído Exercicio (71.982) ( ) Euros 2012 RUBRICAS Água Energia Projetos especiais Não alocados Total Réditos Externos Gastos Operacionais de Exploração ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Réditos / Gastos Intersegmentos ( ) Margem Bruta ( ) ( ) ( ) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas ( ) ( ) (15.646) (49.067) ( ) Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros ( ) ( ) ( ) Depreciações e Amortizações (29.958) ( ) ( ) ( ) ( ) Imputação Sub. Investimento Perdas por Imparidade (13.363) Resultado Operacional ( ) ( ) Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos Juros e Gastos Financeiros Suportados ( ) ( ) (3.151) 0 ( ) Resultado por Segmento de Negócio ( ) ( ) Imposto Sobre o Rendimento Resultado Liquído Exercicio (79.403) RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

320 Os principais indicadores da posição financeira por segmentos no final do ano de 2013 e de 2012 são os seguintes: Euros 2013 RUBRICAS Água Energia Projectos Especiais Não Alocados Total Ativos Passivos Euros 2012 RUBRICAS Água Energia Projetos Especiais Não alocados Total Ativos Passivos Outras Informações Relevantes Esta nota, contemplada no modelo geral de anexo proposto pela Portaria N.º 986/2009, foi utilizada na divulgação de outras informações não previstas nas notas anteriores e que se consideram necessárias para melhor compreender a posição financeira e os resultados da EDIA. Inspeção Tributária De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária (AT) durante um período de quatro anos. Com base neste pressuposto, as declarações fiscais da Empresa do ano de 2008 até 2011 foram sujeitas a revisão por parte da AT. Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a AT uma correção aos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A generalidade dos bens atualmente registados nos Ativos Intangíveis, encontravam-se, até à data da entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística, em 1 de janeiro de 2010, evidenciados na rubrica de Ativos Fixos Tangíveis, sendo então reclassificados para Ativos Intangíveis, conforme previsto na IFRIC 12 - Acordos de Concessão de Serviços, aplicável ao contrato de concessão celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, conforme expressamente reconhecido pela Comissão de Normalização Contabilística em 20 de janeiro de Sucede que os terrenos submersos em questão, e que foram amortizados pela EDIA, estão incluídos no EFMA e são objeto do contrato de concessão, celebrado em 17 de outubro de 2007 entre a EDIA e o Estado Português, designado por Contrato de Concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada a rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do EFMA, com a duração de 75 anos. 320 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

321 Nos termos das Cláusulas 8.ª e 9.ª deste contrato, todos os bens incluídos no EFMA, incluindo os terrenos submersos objeto de amortização, reverterão para o Estado Português no termo do respetivo contrato de concessão. Pelo exposto, nos termos: (i) do artigo 13.º do Decreto Regulamentar N.º 2/90, de 12 de janeiro, em vigor no período a que se refere a inspeção tributária Os elementos do ativo imobilizado adquiridos ou produzidos por entidades concessionárias e que nos termos das cláusulas do contrato de concessão sejam revertíveis no final desta podem ser reintegrados ou amortizados em função do número de anos que restem do período de concessão quando aquele for inferior ao seu período mínimo de vida útil e (ii) das Cláusulas 8.ª e 9.ª do contrato de concessão, considerando que os terrenos amortizados, bem como todos os bens integrados no EFMA reverterão para o Estado no final do Contrato, estão cumpridos todos os requisitos legais para a aceitação da amortização como custo fiscal, não devendo pois, ser efetuada qualquer correção em sede de IRC, sendo esta a posição defendida pela Empresa. Em maio de 2013, a EDIA apresenta Impugnação Judicial da decisão de indeferimento da Reclamação Graciosa da demonstração de liquidação de IRC referente aos exercícios de 2008, 2009, 2010 e 2011, e, desta forma, requer ao Exmo. Sr. Juiz de Direito do Tribunal Tributário de Beja a anulação total das demonstrações de liquidação de IRC e de juros, assim como a reposição dos prejuízos fiscais prejudicados com esta correção efetuada em sede de inspeção tributária, para os quatro exercícios. Em janeiro de 2014, à semelhança das Reclamações Graciosas e Impugnações Judiciais apresentadas, relativas aos anos anteriores (de 2008 a 2011), a EDIA apresentou Reclamação Graciosa relativa ao exercício de Em fevereiro, a AT comunicou o seu indeferimento, invocando, com os mesmos fundamentos, que as amortizações consideradas eram indevidas, pelo que se impunha a correção técnica, uma vez que a causa de pedir é exatamente igual à daqueles processos de IRC dos anos anteriores. Face ao exposto, a EDIA apresentou Impugnação Judicial, da correção efetuada pela inspeção, relativa ao exercício de Matérias Ambientais O contrato de concessão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concretizou os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. A atividade da Empresa é de natureza essencialmente não industrial, sendo relativamente reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processos. O peso dos impactes ambientais da atividade da Empresa é, em termos relativos, bastante inferior ao seu contributo para geração de valor no tecido económico e social da região. No entanto, para além de garantir a implementação das medidas de minimização definidas no Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a implementar, durante a fase de 321 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

322 construção, um conjunto de medidas, que após a execução das intervenções nas áreas afetadas, eliminem quaisquer sinais de intervenção, repondo a situação original. Em termos de política ambiental, a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do desempenho ambiental em que se destaca o cumprimento da legislação, a análise dos impactes ambientais derivados da atividade da Empresa e a formação e sensibilização dos trabalhadores. As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou reparar danos de carácter ambiental, que decorram da atividade ambiental normal da Empresa. Neste sentido, tendo em conta (i) a natureza e a dimensão da atividade da Empresa e os tipos de problemas ambientais associados à sua atividade, e (ii) informações sobre o seu desempenho ambiental, tais como, redução das emissões atmosféricas, remoção de resíduos; não existe qualquer responsabilidade de carácter ambiental que deva dar origem à constituição de provisões, uma vez que não o entendemos como materialmente relevante. Dívidas à Administração Fiscal e ao Instituto de Solidariedade e Segurança Social Das informações legalmente exigidas noutros diplomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º, 397.º, 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), das disposições legais decorrentes do Decreto-Lei N.º 534/80, de 7 de novembro emanado pelo Ministério das Finanças e do Plano e das disposições referidas no Decreto-Lei N.º 411/91, de 17 de outubro emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, importa referir que a EDIA, através dos documentos de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a Segurança Social. Garantias Prestadas A Portucel Recicla S.A. intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de (correspondendo ao valor já faturado de acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com embargos de executado, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Em dezembro de 2011, a EDIA prestou uma garantia bancária no montante de , valor este destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial de execução ordinária que corre termos pelo Tribunal Judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A..À data do relato financeiro esta garantia ainda se encontra vigente. No âmbito das empreitadas das redes, primária e secundária, a EDIA realiza perfurações horizontais nas estradas. Para isso, tem que fazer pedidos de licenciamento à empresa Estradas de Portugal, S.A. a qual exige que a EDIA, por cada atravessamento, preste uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, SA), pelo prazo de cinco anos. A 31 de dezembro de 2013 o montante constituído ascende a No âmbito da adjudicação do Concurso Público Internacional CP008/DSIC/2009 Aquisição de Serviços de Execução do Cadastro Predial ao consórcio 322 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

323 CME/EDIA/RZMAPA/GEOGLOBAL/SIGMAGEO, definiu-se a emissão de uma Garantia Bancária conjunta, em que, cada um dos consorciados é responsável pela sua proporção. A participação da EDIA, através do seu Centro de Cartografia, resultou na prestação de uma garantia bancária no valor de Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a Autoridade Tributária (AT) uma correção, nos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A EDIA contestou e teve que prestar a favor da AT, garantias bancárias no valor de , destinadas a caucionar a suspensão dos processos de execução fiscal que correm termos nos Serviços de Finanças. No âmbito do contrato celebrado com a Galp Energia, Petróleos de Portugal-Petrogal, S.A., a EDIA prestou uma garantia bancária destinada a caucionar o bom pagamento dos consumos relativos ao cartão GALP frota. A 31 de dezembro de 2013, o montante constituído ascende a Ativos e Passivos Contingentes O Reforço de Potência de Alqueva entrou em serviço industrial em dezembro de Ao abrigo do Anexo VII do Contrato de Exploração das Centrais de Alqueva e Pedrógão e do Contrato de Subconcessão do Domínio Público Hídrico, a compensação financeira anual a pagar pela EDP à EDIA poderá ser ajustada, designadamente, por alteração do valor do investimento previsto no mesmo Anexo para aquele Reforço de Potência, no montante de M 145, a preços de Havendo desacordo, entre a EDIA e a EDP, entre os termos dessa revisão, a via a seguir deverá ser o recurso aos mecanismos contratualmente previstos para a resolução de diferendos e nunca uma tomada de posição unilateral por uma das partes, em especial quando tal se traduza na retenção por parte da EDP, de parte da referida compensação anual. Além do mais, do contrato decorre, inequivocamente, que qualquer investimento, eventualmente necessário à construção de qualquer reforço de potência que não tenha sido incluído no âmbito da respetiva empreitada de construção ou no âmbito do respetivo fornecimento do equipamento, não poderá ser considerado para efeitos do cálculo do investimento a realizar com a construção desse reforço de potência. A EDIA concorda com a revisibilidade deste contrato cujos cálculos apontam para um montante de M 3,6 a favor da Empresa. Este montante resulta da aplicação dos termos previstos no contrato de concessão, sendo que a sua alteração deve ser efetuada sob a forma de aditamento ao contrato, não podendo a EDP proceder às suas alterações unilateralmente. A EDIA não considera devida a fatura da EDP (acerto na compensação financeira por alteração do valor do investimento previsto para o reforço de potência) no montante de 323 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

324 M 1,5, nem que o seu pagamento tenha sido efetuado através da compensação da sua fatura relativa à prestação anual de 2013, referente ao pagamento estabelecido na cláusula 6.ª do contrato. No que respeita aos argumentos expendidos pela EDP sobre os temas que constituem motivo de diferendo com a EDIA, esta reitera naturalmente a sua posição que já anteriormente e por diversas vias teve oportunidade de transmitir à EDP. Neste contexto, a EDIA considera que a posição manifestada pela EDP visou apenas expor o seu entendimento sobre os termos da revisão da compensação financeira anual e que em caso algum quis pôr em causa o escrupuloso cumprimento das cláusulas do Contrato de Cessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de Subconcessão do Domínio Público Hídrico (contrato). Assim, para que se possa proceder a um trabalho conjunto, e porque parece ser comum o empenho no cumprimento pontual dos termos acordados, será necessário repor as condições de normalidade contratual, por via da reposição da verba indevidamente retida pela EDP do valor da renda anual relativa a 2013, sendo certo, que a revisão dessa compensação só pode operar por uma de duas vias: ou por acordo entre as partes ou em resultado de decisão obtida por via dos mecanismos contratualmente previstos para a resolução de litígios entre as partes. Logo que a EDP proceda à reposição do valor em falta, estarão reunidas as condições de consenso, para que as partes reúnam com vista à obtenção de uma solução concertada para as divergências apontadas para o diferendo. São compromissos assumidos pela EDIA, que não figuram na Demonstração da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2013, as garantias prestadas nos termos do disposto no N.º 2 do artigo 56.º do Regulamento (CE) N.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro. A competência para a prestação de garantias pela Empresa cabe nas competências do Conselho de Administração, quer por via do disposto no artigo 15.º dos estatutos da EDIA, em particular por via da alínea c) do N.º 1 e, em especial, pelo disposto na alínea f) do artigo 406.º do Código das Sociedades Comerciais, aplicável por via do disposto no artigo 7.º do Decreto-Lei Nº 558/99, de 17 de dezembro. No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), e nos termos e ao abrigo do disposto no n.º 4 do Art.º 18º da Portaria N.º 820/2008, de 8 de agosto, a EDIA formulou vários pedidos de pagamento a título de adiantamento dentro do montante permitido pelos referidos normativos: Perímetro de Pedrógão-Margem Direita: 30% do valor do investimento elegível aprovado ,89; Blocos de Ervidel: 30% do valor do investimento elegível aprovado ,98; Perímetro de São Pedro-Baleizão-Quintos: 15% do valor do investimento elegível aprovado ,00; e Perímetro de Cinco Reis Trindade: 7% do valor do investimento elegível aprovado , RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

325 Nestes casos, e conforme disposto no Artº 56º do Regulamento (CE) n.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro, o Conselho de Administração (através de garantia escrita emitida ao organismo pagador competente do PRODER - Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, IP) garantiu o ressarcimento num montante correspondente a 110% do valor do adiantamento, caso não se prove o direito ao montante adiantado. Esta faculdade é permitida à EDIA por se tratar de um beneficiário público, nos termos da legislação comunitária. 325 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

326 326 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

327 DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE Declaração de Conformidade de Conselho de Administração 327 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

328 Declaração de Conformidade de Conselho de Administração Senhores Acionistas Nos termos previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento: I. A informação constante no relatório de gestão expõe fielmente os acontecimentos importantes ocorridos no ano de 2013 e o impacto nas respetivas demonstrações financeiras, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam; e II. A informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. e das empresas incluídas no perímetro da consolidação. Beja, 25 de março de 2014 O Conselho de Administração Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema (Presidente) Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo (Vogal) Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez (Vogal) 328 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

329 CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria das Contas Consolidadas Elaborado por Auditor Registado na CMVM 329 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

330 330 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

331 331 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

332 332 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

333 333 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

334 334 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

335 335 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

336 336 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

337 Relatório de Auditora sobre as Contas Consolidadas Elaborado por Auditor Externo 337 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

338 338 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

339 1 Desenvolvimento e Infra-estruturas do ALqueva, SA (adiante também designada por 1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da EDIA - Empresa de Introdução RELATÓRIO DE AUDITORIA ÀS CONTAS CONSOLIDADAS aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em preparação; mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua em que não o tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos 4. Exceto quanto à Limitação descrita no parágrafo 7 abaixo, o exame a que Âmbito independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a como adotadas na União Europeia; (iii) a adoção de políticas e critérios consolidado e os fluxos de caixa consolidados; (ii) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal o resultado consolidado das suas operações, as alterações no capital próprio demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada, a posição financeira do conjunto das empresas incl.uídas na consolidação, atividade do conjunto das empresas incl.uídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados. 2. É da responsabilidade do ConseLho de Administração: (i) a preparação de Responsabilidades alterações no capital próprio e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa, do negativo atribuível aos acionistas da Empresa-mãe de euros), a Demonstração consolidada do rendimento integral, a Demonstração consolidada das exercício findo naquela data, e as correspondentes Notas. e um capital próprio negativo de euros, incluindo um resultado líquido financeira em 31 de dezembro de 2013 (que evidencia um total de euros EDIA ou Empresa), as quais compreendem: as Demonstrações consolidadas da posição I_Bt1 - Tel: Av. da República, Fax: Lisboa www. bdo. pt (1) a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na BDO b Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50-0, Lisboa, Regïstada na Conservatoria do Registo Comercial de Lisboa, NIPC , Capital euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o número A 500 ft Associados, SROC, Lda:, sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada por garantia, e faz parte da rede internacional BDO de firmas independentes.

340 Empresa jbdo (ii) a verificação das operações de consolidação; (iii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. 5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação consolidada constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Reserva 7. As Outras contas a receber integram 159,1 milhões de euros a receber da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional (DGADR). Este montante inclui: (i) 70,8 milhões de euros referentes à denominada Infraestrutura 12, relativamente à qual a EDIA formalizou com a DGADR, em abril de 2006, um contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação por um prazo de 30 anos; e (ii) 88,2 milhões de euros correspondentes ao valor dos investimentos efetuados pela EDIA nas infraestruturas da rede secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) que já se encontram concluídas, líquidas dos subsídios associados a esses investimentos, na sequência da entrega formal dessas infraestruturas à DGADR e do contrato celebrado em 8 de abril de 2013, que atribui à EDIA a concessão da gestão, exploração, manutenção e conservação destas infraestruturas até 31 de dezembro de Não está ainda esclarecida qual a forma de ressarcimento da EDIA pela parte do investimento que não foi subsidiada, que está dependente de decisão do Estado português, subsistindo assim uma importante incerteza quanto à forma e ao valor de realização dos referidos 159,1 milhões de euros, bem como dos 23,1 milhões de euros de ativos ( Inventários ) e dos 27,8 milhões de euros de passivos ( Outras contas a pagar e Diferimentos ) associados às infraestruturas da rede secundária ainda por executar ou concluir. Opinião 8. Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários caso não existisse a limitação descrita no parágrafo anterior, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da EDIA - de Desenvolvimento e Infra-estruturas do ALqueva, SÃ, em 31 de dezembro de 2013, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de ReLato Financeiro tal como adotadas na União Europeia. 2

341 sem IBDO Ênfase 9. Sem afetar a opinião expressa no parágrafo anterior, salientamos que do investimento total previsto no EFMÁ (de acordo com Plano de Investimento aprovado em março de custos de estrutura e financeiros capitalizáveis) ainda falta realizar, em 31 de Dezembro de 2013, um total de 462,3 milhões de euros, estando a sua concretização dependente dos financiamentos que a Empresa venha a obter junto da União Europeia, do acionista Estado e/ou de outros fundos. Nesse âmbito, é de salientar que, em 31 de dezembro de 2013, o total do capital próprio se apresenta negativo em 477,3 milhões de euros. Relato sobre outros requisitos legais 10. É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas do exercício. Lisboa, 10 de abril de

342 342 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

343 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 343 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

344 344 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

345 345 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

346 346 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

347 347 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

348 348 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

349 349 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

350 350 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

351 Declaração sobre Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da EDIA, S.A. prevista na Lei 28/ RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

352 352 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

353 353 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

354 354 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

355 SIGLAS E ABREVIATURAS 355 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

356 ADLA - Ações para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago Alqueva ADPM Associação de Defesa do Património de Mértola ADRAL Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo AgdA Águas Públicas do Alentejo, S.A. AGROGLOBAL - Feira do Milho e das Grandes Culturas AIA Avaliação de Impacte Ambiental ANCP Autoridade Nacional de Proteção Civil AOV - Aluguer Operacional de Veículos APA Associação Portuguesa do Ambiente APCER - Associação Portuguesa de Certificação ARH - Administração da Região Hidrográfica AT Autoridade Tributária e Aduaneira ATMTGLA - Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago Alqueva BCC Betão Compactado por Cilindro BCP Banco Comercial Português BE Boletim Económico BES Banco Espírito Santo BEI Banco Europeu de Investimentos BPI Banco Português de Investimentos BTL Bolsa de Turismo de Lisboa C/C Conta Corrente CADC Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção sobre a Cooperação para a Proteção e o Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias Hidrográficas Luso Espanholas CCAM Caixa de Crédito Agrícola de Mértola CCP Código dos Contratos Públicos CCDR Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional CE Comunidade Europeia CERCIBEJA Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados CGD Caixa Geral de Depósitos CHA Central Hidroelétrica de Alqueva CHP - Central Hidroelétrica de Pedrógão CIAL - Centro de Informação de Alqueva CIEFMA - Aplicação web para consulta do Cadastro de Infraestruturas do EFMA e Gestão de Regantes CMVM Comissão do Mercado de Valores Mobiliários CO (SAP) Controlling/Contabilidade Analítica COTR - Centro Operativo de Tecnologias do Regadio CPC Conselho de Prevenção de Corrupção CRHA Conselho de Região Hidrográfica do Alentejo CSC Código das Sociedades Comerciais DAF Direção de Administração e Finanças DEAP Direção de Engenharia, Ambiente e Património DEAPR Direção de Economia da água e Promoção do Regadio 356 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

357 DGADR Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural DGERT Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho DGP Direção de Gestão do Património DGPC Direção Geral do Património Cultural DGT Direção Geral do Tesouro DGTF Direção Geral do Tesouro e Finanças DIA Declaração de Impacte Ambiental DIPE Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia DIR Direção de Infraestruturas de Rega DR Diário da República DRACALEN Direção Regional de Cultura do Alentejo DUP Declaração de Utilidade Pública DVD - Digital Versatile Disc EBITDA - Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization EDAB Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. EDP Energias de Portugal EFMA - Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva EFV - Equipa de Fiscalização e Vigilância EGP Estatuto do Gestor Público EIA Estudo de Impacte Ambiental ERP (SAP) Programas de Gestão Integrada da SAP ETA Estação de Tratamento de Águas EURIBOR - Euro Interbank Offered Rate EUROSTAT Estatísticas da Comissão Europeia FBCF Formação Bruta de Capital Fixo FEADER - Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional FEHISPOR Feira Hispano - Portuguesa FEOGA Fundo Europeu de Orientação e de Garantia Agrícola FI (SAP) - Contabilidade FIPA Federação das Industrias Portuguesas Agroalimentares FITUR Feira Internacional de Turismo de Madrid FMI Fundo Monetário Internacional FSC - Forest Stewardship Council FSE Fornecimentos e Serviços Externos GAJ Gabinete de Apoio Jurídico GEOP Entidade Gestora Operacional GESCRUZEIROS Sociedade para Aproveitamento da Atividade Marítimo-Turística no Grande Lago Alqueva S.A. GESTALQUEVA - Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão S.A. GRI Global Iniciative Reporting GRPC Gabinete de Relações Públicas e Comunicação h - Hora ha - Hectare 357 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

358 hm 3 Hectómetro cúbico IAS - International Accounting Standard IASB - International Accounting Standard Board ICNF Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional IFAP - Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas IFDR - Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional IPC - Índice de Preços do Consumidor IFRIC International Financial Reporting Interpretations Committee IFRS International Financial Reporting Standards IGESPAR Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico IGCP Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I.P. IM/PS Controlo e Gestão Orçamental de Investimentos IMT - Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis INAG Instituto da Água, I.P. INE Instituto Nacional de Estatística IPC Índice de Preços no Consumidor IPMA Instituto Português do Mar e da Atmosfera IRC Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas IRS Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares IS Imposto de Selo ISSO International Organization for Standartization IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado Km - Quilómetro Km 2 - Quilómetros quadrados kwh - Kilo Watt Hora LGT Lei Geral Tributária LIFE + INVASEP Lucha contra espécies invasoras en las cuencas hidrográficas del Tajo y Guadiana en la Península Ibérica LO (SAP) Controlo de Contratos de Empreitadas, Fornecimento de Equipamentos e Prestação de Serviços LOE Lei do Orçamento de Estado LUSOFUEL Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A. m 3 Metros cúbicos MAM Ministério da Agricultura e do Mar MAMAOT Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território MEP Método da Equivalência Patrimonial mm - Milímetro MW/h - MEGA WATT hora NCRF Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico OCS Órgãos de Comunicação Social OE Orçamento de Estado 358 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

359 OIT Organização Internacional do Trabalho OMT Organização Mundial de Turismo OTALEX Observatório Territorial e Ambiental do Alentejo e Extremadura PAEF - Programa de Ajustamento Económico e Financeiro PCP Partido Comunista Português PDM Plano Diretor Municipal PDSI Palmer Droght Severity Index PEC Programa de Estabilidade e Crescimento PEGLA Projeto Estruturante para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago de Alqueva PERP Projeto de Enquadramento e Recuperação Paisagística PGBH Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas PIB Produto Interno Bruto PIDDAC - Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central PIN Potencial Interesse Nacional PMCSado Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da Bacia Hidrográfica do Sado PMP Prazo Médio de Pagamentos PNN Parque de Natureza de Noudar POC Plano Oficial de Contabilidade POCTEP Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal - Espanha POVT Programa Operacional Temático de Valorização do Território PRC Plano de Redução de Custos PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural QCA Quadro Comunitário de Apoio QREN Quadro de Referência Estratégico Nacional RCM Resolução de Conselho de Ministros RH (SAP) Gestão de Recursos Humanos ROC Revisor Oficial de Contas S.A. Sociedade Anónima SAP - Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados SAU Superfície Agrícola Utilizada SD (SAP) - Vendas SEE Sector Empresarial do Estado SGA - Sistema de Gestão Ambiental SIG Sistema de Informação Geográfica SIMARSUL Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal SIRHAL Sistema de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva SISAP Elaboração de Cartas de Aptidão Cultural para o Perímetro de Rega do Alqueva SLA s Service Level Agréments SNC - Sistema de Normalização Contabilística SNCP - Sistema Nacional de Compras Públicas SROC Sociedade de Revisores Oficias de Contas SUSTAIN Sistema Europeu de Indicadores para Gestão de Destinos 359 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

360 TRH Taxa de Recursos Hídricos tva Taxa de Variação Anual VAB Valor Acrescentado Bruto VAB cf Valor Acrescentado Bruto a Custo de Fatores vma Valor Médio Anual WACC Weighted Average Cost of Capital 360 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

361 361 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

362 362 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

363 EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. Capital Social ,00 Capital Próprio Negativo ,00 Número de Pessoa Coletiva Matrícula / da Conservatória do Registo Comercial de Beja Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º BEJA Delegação de Lisboa Rua do Campo Grande, N.º 46-D, 2.º Dto Lisboa Delegação de Alqueva Apartado MOURA Delegação de Pedrógão Apartado MOURA Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, MOURÃO Parque de Natureza de Noudar Apartado BARRANCOS Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz LUZ - MOURÃO Fotografias Site: António Cunha/EDIA 363 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

364 364 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

365 RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 2013

366 EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. Capital Social ,00 Capital Próprio Negativo ,00 Número de Pessoa Coletiva Matrícula / da Conservatória do Registo Comercial de Beja Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º BEJA Delegação de Lisboa Rua do Campo Grande, N.º 46-D, 2.º Dto Lisboa Delegação de Alqueva Apartado MOURA Delegação de Pedrógão Apartado MOURA Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, MOURÃO Parque de Natureza de Noudar Apartado BARRANCOS Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz LUZ - MOURÃO Site:

367 ÍNDICE I. MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICAS... 5 II. ESTRUTURA DE CAPITAL III. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS IV. ÓRGAOS SOCIAIS E COMISSÕES A. MESA DA ASSEMBLEIA GERAL B. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO C. FISCALIZAÇÃO D. REVISOR OFICIAL DE CONTAS (ROC) E. AUDITOR EXTERNO V. ORGANIZAÇÃO INTERNA A. ESTATUTOS E COMISSÕES B. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS C. REGULAMENTOS E CÓDIGOS D. SÍTIO DE INTERNET VI. REMUNERAÇÕES A. COMPETÊNCIAS PARA A DETERMINAÇÃO B. COMISSÃO DE FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES C. ESTRUTURA DE REMUNERAÇÕES D. DIVULGAÇÃO DE REMUNERAÇÕES VII. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS E OUTRAS Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes relacionadas e indicação das transações que foram sujeitas a controlo em Informação sobre Outras Transações VIII. ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA NOS DOMÍNIOS ECONÓMICOS, SOCIAL E AMBIENTAL IX. AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO X. GRELHA REFERENTE ÀS PRÁTICAS DE BOA GESTÃO SOCIETÁRIA ADOTADAS PELA EDIA EM Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

368 4 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

369 I. MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICAS I.1. Missão, Visão e Valores Missão A EDIA tem como principal Missão : A conceção, execução, construção, gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o sistema primário do EFMA; A conceção, execução e construção, em representação do Estado, das infraestruturas que integram a rede secundária do EFMA; e A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao EFMA. Visão Consolidar a empresa no contexto regional e nacional. Valores A EDIA tem como principais Valores : A sustentabilidade: porque a atividade da EDIA se rege pela procura de sistemas, serviços e produtos que potenciam a sustentabilidade da zona do Alqueva; O dinamismo: porque a EDIA procura sempre as melhores soluções de gestão de recursos hídricos de forma a assegurar o dinamismo da região e de quem nela investe; O humanismo: porque, apesar da sua vertente tecnológica, a EDIA procura sempre acompanhar de perto os seus clientes, potenciando as oportunidades e o investimento; A inovação: porque a EDIA é uma empresa pioneira na sua área, demonstrando uma preocupação constante em inovar, não só no fornecimento de água, mas também nos serviços que a complementam; e A responsabilidade: para com os seus clientes, o meio-ambiente e para com toda a região impactada pelo trabalho da EDIA. 5 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

370 I.2. Políticas e Linhas de Ação Políticas da Empresa Cumprir a missão e os objetivos determinados, de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente; Cumprir a legislação e regulamentação em vigor; Salvaguardar os bens ativos; Cumprir o princípio da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres; Tratar com respeito e integridade os seus trabalhadores, contribuindo ativamente para a sua valorização profissional; Tratar com equidade todos os clientes e fornecedores; e Informar e divulgar as atividades de acordo com a legislação e outras orientações do Acionista. Objetivos I.3. Objetivos e Grau de Cumprimento Conceção, execução e construção das infraestruturas que integram o sistema primário do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação; Operar no sector do domínio público hídrico de captação, adução e distribuição de água em alta, rega e exploração hidroelétrica; Conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao Empreendimento, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, bem como, a gestão, exploração, manutenção e conservação da rede secundária afeta ao Empreendimento, mediante contrato de concessão; Potenciar o desenvolvimento económico e social sustentável na área de intervenção da Empresa; e Desenvolver uma estratégia empresarial que assegure a sustentabilidade da atividade da Empresa. A EDIA assumiu como compromissos fundamentais assegurar o elevado grau de desempenho ambiental consubstanciado na adoção de práticas de gestão ambiental, gestão e monitorização da água, valorização de áreas de interesse para a conservação da natureza e a valorização profissional dos seus trabalhadores. Relativamente à definição dos objetivos de gestão previstos no âmbito do artigo 11.º do Decreto-Lei N.º 300/2007, de 23 de agosto, na Assembleia Geral de 11 de julho de 2013 não foram abordados nem definidos objetivos de gestão para o triénio Contudo, apesar de não existirem orientações e objetivos de gestão aprovados para o presente ano, indicam-se os resultados de gestão alcançados durante o exercício de 2013, designadamente ao nível da área de regadio; perímetros de rega concluídos; adjudicações e concursos lançados em 2013 e indicadores financeiros. 6 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

371 Área de Regadio No quadro seguinte apresentam-se os dados de adesão e consumos dos perímetros de rega sob gestão da EDIA nos anos de 2010, 2011, 2012 e Perímetros de Rega sob gestão da EDIA Área Beneficiada (ha) Área Inscrita Área Inscrita Área Inscrita Área Inscrita Consumos Consumos Consumos (ha) (ha) (ha) (ha) m 3 m 3 m 3 (ha) % (ha) % (ha) % (ha) % Entrada em exploração até , , , , Monte Novo , , , , Alvito - Pisão , , , , Pisão , , , , Entrada em exploração em , , , Alfundão , , , Ferreira, Figueirinha e Valbom , , , Orada - Amoreira , , , Brinches , , , Brinches - Enxoé , , , Serpa , , , Entrada em exploração em , , Loureiro-Alvito , , Ervidel , , Entrada em exploração em , Ervidel 2 e , Pedrógão - Margem Direita , TOTAL , , , , Consumos m 3 A adesão e os consumos verificados em 2013 registaram um significativo aumento face a Estes dados traduzem as dinâmicas de desenvolvimento e promoção do Emprendimento e espelham o forte contributo do Alqueva para o crescimento verificado na economia regional e nacional. São motivo de satisfação para todos os intervenientes visto que, mais uma vez, se prova que o previsto para o Alqueva se está a concretizar no terreno, alcançando-se os resultados esperados. Perímetros de rega concluídos Em 2013 foram concluídos os blocos de rega de Ervidel 2 e 3 (perímetro de Ervidel), os blocos de Pedrógão 1 e 3 e o bloco de Selmes (perímetro de Pedrógão margem direita). 7 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

372 Adjudicações em 2013 Em 2013, conforme estava previsto, procedeu-se à adjudicação das seguintes obras: Subsistema Ardila Rede Primária Data Adjudicação Valor de Adjudicação ( ) Circuito Hidráulico Amoreira - Caliços 2.º Trim/ ,00 Circuito Hidráulico Caliços - Pias 2.º Trim/ ,00 Subsistema Pedrógão Circuito Hidráulico de S. Pedro - Baleizão 2.º Trim/ ,00 Circuito Hidráulico de Baleizão - Quintos 2.º Trim/ ,79 Rede Secundária Data Adjudicação Valor de Adjudicação ( ) Subsistema Alqueva Blocos de Rega Cinco Reis - Tridade 2.º Trim/ ,00 Rede Viária do Bloco de Rega de Aljustrel 2.º Trim/ ,40 Subsistema Pedrógão Blocos de Rega de S. Pedro - Baleizão 2.º Trim/ ,24 Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Baleizão - Quintos 2.º Trim/ ,99 Blocos de Rega 4 e 5 de Baleizão - Quintos 2.º Trim/ ,53 Concursos lançados em 2013 Tendo em vista a construção do sistema global de abastecimento de água do EFMA, foram lançados os seguintes concursos de empreitadas das redes primária e secundária do EFMA. Rede Primária Data de Lançamento do Concurso Público Preço Base ( ) Subsistema Ardila Cicuito Hidráulico de Caliços-Machados 3.º Trim/ ,00 Subsistema de Pedrógão Círcuito Hidráulico de São Matias 3.º Trim/ ,00 8 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

373 Subsistema Alqueva Rede Secundária Data de Lançamento do Concurso Público Preço Base ( ) Bloco de Rega Beringel - Álamo 3.º Trim/ ,00 Bloco de Rega de Beja 3.º Trim/ ,00 Blocos de Barras, Torrão e Baronia Baixo 4.º Trim/ ,00 Blocos de Baronia Alto, Alvito Baixo e Alvito Alto 4.º Trim/ ,00 Blocos de Rega do Roxo - Sado 4.º Trim/ ,00 Subsistema Ardila Blocos de Rega de Caliços - Machados 3.º Trim/ ,00 Blocos de Rega de Pias 3.º Trim/ ,00 Blocos de Rega de Moura Gravítico 4.º Trim/ ,00 Subsistema de Pedrógão Blocos 1 e 2 de São Matias 3.º Trim/ ,00 Blocos 3 e 4 de São Matias 3.º Trim/ ,00 Indicadores Financeiros De acordo com o disposto na resolução de Conselhos de Ministros N.º 70/2008, os indicadores financeiros que se aplicam à realidade da EDIA constam do quadro seguinte: Indicadores Financeiros Ano 2013 Eficiência Custos Operacionais/EBITDA 160,42% Custos com o Pessoal/EBITDA 67,18% Taxa de variação dos Custos com o Pessoal 21,29% Prazo Médio de Pagamentos Prazo Médio de Pagamentos 79 Evolução (dias) face ao ano anterior (período homólogo) -6 Rentabilidade e Crescimento EBITDA/Receitas 52,29% Taxa de crescimento das receitas 18,96% Remuneração do Capital Investido Resultado Líquido/Capital investido -4,48% 9 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

374 I.4. Fatores-Chave para os resultados da Empresa A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA) é uma entidade de capitais exclusivamente públicos que está mandatada pelo Estado para conceber, executar, construir e explorar o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA). Tendo em consideração o âmbito alargado de intervenção do Empreendimento, os fatores-chave para os resultados da Empresa têm uma abrangência e carácter transversal, compreendendo uma vertente pluridisciplinar, que envolve diversos domínios de atividade e que têm subjacente, entre outras, especificidades de cariz estratégico, operacional e financeiro. Neste contexto, identificam-se assim os seguintes fatores-chave para os resultados da Empresa: Promover o desenvolvimento económico da área de regadio de Alqueva, assim como a qualificação e o desenvolvimento regional; Aumentar a taxa de adesão ao regadio e os níveis de investimento em produção agrícola e agroalimentar na região e promover o envolvimento das partes interessadas nas diferentes áreas de Alqueva; Contribuir para a gestão integrada racional e otimizada dos recursos hídricos da área de influência do EFMA e aumentar a eficiência da distribuição de água; Promover a utilização responsável dos recursos naturais com especial destaque para a água e solo e sensibilizar as comunidades na região de influência do EFMA para as questões associadas à gestão responsável da água e à sustentabilidade deste recurso; Contribuir para o aumento dos níveis da qualidade da água que distribui; Aumentar os níveis de serviço das infraestruturas afetas ao EFMA; Aumentar os índices de biodiversidade na região de influência do EFMA; Reduzir o consumo energético e emissões da operação; Promover e requalificar o corpo técnico da Empresa em todas as suas valências; e Mitigar os principais riscos associados à atividade da EDIA e garantir a sua sustentabilidade financeira. 10 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

375 II. ESTRUTURA DE CAPITAL II.1. Estrutura de Capital O Capital Social da EDIA está definido no artigo 4.º do Decreto-lei n.º 42/2007, de 22 de fevereiro e estabelece que: 1. As ações representativas do capital social da EDIA realizado pelo Estado são detidas pela Direcção-Geral do Tesouro, sem prejuízo de a sua gestão poder ser cometida, em conformidade com as orientações de gestão, por despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, a uma pessoa coletiva de direito público ou a sociedades anónimas de capitais exclusivamente públicos. 2. Os direitos do Estado como acionista são exercidos através de representante designado por despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, salvo quando a gestão das ações seja cometida a outra entidade nos termos do número anterior. O Capital Social da EDIA ascende a ,00, e é detido a 100% pelo Estado Português, através da DGTF. As ações são nominativas, com o valor nominal de 5 /cada, dividido em ações. II.2. Limitações à titularidade e/ou transmissibilidade das Ações Estatutariamente não existem limitações à titularidade e/ou transmissibilidade das ações da Empresa. II.3. Acordos Parassociais Não se aplica uma vez que o Capital Social da EDIA é detido a 100% pelo Estado Português, através da DGTF. 11 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

376 III. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS III.1. Identificação das Pessoas Singulares (Órgãos Sociais) e/ou Coletivas (Empresas) Titulares de Participações noutras Entidades A EDIA é titular de participações nas seguintes entidades (empresas participadas): GESTALQUEVA; LUSOFUEL; COTR; Águas do Centro Alentejo; ADRAL e EDAB. As percentagens de capitais detidas nessas entidades são as que de seguida se elencam: Gestalqueva* 51%; LUSOFUEL** 10%; COTR 8,8%; Águas do Centro Alentejo 5%; ADRAL 4,11%; e EDAB** 1,25%. *Em dissolução ** Em liquidação GESTALQUEVA Mesa da Assembleia Geral Presidente EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. Representada pelo Presidente do Conselho de Administração, José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema Data de Eleição: 15/06/2012 Vice-presidente Município do Alandroal Representado pela Presidente Mariana Rosa Gomes Chilra Data de Eleição: 15/06/2012 Secretário Município de Serpa Representado pelo Vereador Carlos Alberto Martins Bule Alves 12 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

377 Data de Eleição: 15/06/2012 Comissão Liquidatária Presidente Manuel Bento Rosado Data de Eleição: 15/06/2012 Vogal Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Data de Eleição: 15/06/2012 Vogal João Emanuel Pereira Martins Data de Eleição: 15/06/2012 Vogal Ana Maria Charrama Farinho Data de Eleição: 15/06/2012 CENTRO OPERATIVO E DE TECNOLOGIA DO REGADIO (COTR) Direção Presidente da Direção António Manuel Faria Camarate de Campos Vogal da Direção Rui Manuel Inácio Garrido Vogal da Direção José Filipe Guerreiro Santos Vogal da Direção Francisco Calheiros Lopes de Seixas Palma 13 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

378 Vogal da Direção Manuel António Canilhas Reis Assembleia Geral Presidente Shakib Shahidian - Universidade de Évora Vice-Presidente João Campelo Secretário Arístides Pires Chinita ÁGUAS DO CENTRO ALENTEJO Mesa da Assembleia Geral Presidente Ângelo João Guarda Verdades Sá Presidente da Câmara Municipal de Borba Data de Eleição: 10/05/2012 Vice-Presidente EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A. Representada por Jorge Manuel Vazquez Gonzalez Data de Eleição: 10/05/2012 Secretário Paulo Manuel Marques Fernandes Data de Eleição: 10/05/2012 Conselho de Administração Presidente Artur Pato Mendes de Magalhães 14 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

379 Data de Eleição: 10/05/2012 Vogal António Manuel Vinagreiro dos Santos Ventura Data de Eleição: 10/05/2012 Vogal José Gabriel Paixão Calixto Em representação do Município de Reguengos de Monsaraz Data de Eleição: 10/05/2012 Fiscalização Fiscal Único Ernst & Young Audit & Associados SROC, S.A. Data de Eleição: 10/05/2012 Comissão de Vencimentos Presidente Afonso Lobato de Faria Data de Eleição: 10/05/2012 Vogal Maria de Fátima Ferreira Pica Ferreira Borges Data de Eleição: 10/05/2012 Vogal Alfredo Falamino Barroso Representante do Munício do Redondo Data de Eleição: 10/05/ Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

380 AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALENTEJO (ADRAL) Mesa da Assembleia Geral Presidente Universidade de Évora Representada por Manuel D Orey Cancela D Abreu Secretários Associação Comercial de Beja Representada por João Venâncio Jacinto Rosa BES Banco Espírito Santo Representada por José Cunha Conselho de Administração Presidente Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) Representada por Alfredo Falamino Barroso Vice-presidente NERBE Núcleo Empresarial da Região de Beja Representada por Filipe Jorge M. Piçarra Fialho Pombeiro Vogais AICEP Global Parques, S.A. Representada por Miguel Gulliver Borralho Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral Representada por Pedro Manuel Igrejas da Cunha Paredes Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo Representada por Armando Jorge Mendonça Varela Associação de Agricultores do Distrito de Évora Representada por Francisco Manuel Ramalho Carolino EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva Representada por Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Rota do Guadiana Associação de Desenvolvimento Integrado Representada por David Henrique Machado 16 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

381 FENACAM - Federação Nacional da Caixas de Crédito Agrícola Mútuo Representada por Josué Cândido Ferreira dos Santos Instituto Politécnico de Beja Representado por Isidro Lourenço Rodrigues Gois Féria NOVADELTA Comércio e Industria de Cafés, Lda. Representada por Maria Cristina Cordeiro Batista Turismo do Alentejo, ERT Representada por Domingos Fernando Cordeiro SOMINCOR Sociedade Mineira de Neves-Corvo Representada por Maria Lígia Câmara Garcia Várzea de Araújo Terras Dentro Associação para o Desenvolvimento Integrado Representada por Elsa Conceição Branco União de Sindicatos do Distrito de Évora Representada por Ricardo Manuel Cabeça Galhardo Comissão Executiva do Conselho de Administração Presidente Alfredo Falamino Barroso Representante da CIMAC Vice-presidente Filipe Jorge M. Piçarra Fialho Pombeiro (NERBE) Vogais Armando Jorge Mendonça Varela (CIMAA) Maria Cristina Cordeiro Batista (NOVADELTA) Elsa Conceição Branco (Terras Dentro) Conselho Fiscal Presidente NERPOR Núcleo Empresarial da Região de Portalegre Representado pelo Sr. Dr. Jorge Firmino Rebocho Pais Vogais Fundação Eugénio de Almeida Representada por Maria do Céu Baptista Ramos Revisor Oficial Contas L. Graça, R. Carvalho & M. Borges, SROC, LDA 17 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

382 Representada por Maria do Rosário Carvalho/ROC n.º 658 Revisor Oficial Contas Suplente Manuel Fernando Andrade Borges/ROC n.º 1067 Ao nível da identificação das pessoas singulares titulares de participações noutras entidades refira-se, no que respeita ao Conselho de Administração da EDIA, que, quer o Presidente do Conselho de Administração da EDIA, Eng.º José Pedro Mendes da Costa Salema, quer os vogais do Conselho de Administração: Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo e Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez, não são titulares de participações noutras entidades. Por outro lado, referencie-se que o presidente do Conselho Fiscal (António Lorena de Sèves) possui uma quota em Abalada Matos, Lorena de Sèves & Associados Sociedade de Advogados, R.L. e quota em Notas Verbais Unipessoal, Lda.. Os vogais do Conselho Fiscal (Orlando de Castro Borges e Nelson Manuel Costa Santos) não são titulares de participações qualificadas noutras entidades. III.2. Aquisição e Alienação de Participações Sociais/Participação em Entidades de Natureza Associativa ou Fundacional A EDIA não adquiriu ou alienou, no exercício, participações sociais/participações em entidades de natureza associativa ou fundacional. O Conselho de Administração da EDIA não é igualmente titular de participações sociais/participações em entidades de natureza associativa ou fundacional. Ao nível do Conselho Fiscal esta questão não é aplicável. III.3. Prestação de Garantias Financeiras ou assunção de Dívidas ou Passivos de Outras Entidades (mesmos nos casos em que assumam organização de grupo) A EDIA, no exercício, não prestou garantias financeiras ou assumiu dívidas ou provisões de outras Entidades. A empresa Gestalqueva, S.A. (em liquidação à data de 31 dezembro de 2013), em 2007 prestou uma fiança no Banco Português de Investimento (BPI), sobre um contrato de abertura de crédito até ao montante de Prevendo-se um exercício de 2013 difícil, sabendo da indisponibilidade da Comissão Liquidatária da Gestalqueva, S.A. para proceder a suprimentos financeiros à Gescruzeiros, S.A. o Conselho de Administração negociou no início do ano, com o BPI, a carência de capital durante o ano de 2013, até ao previsível desfecho da alienação do capital da Gescruzeiros, S.A. pela Comissão Liquidatária da Gestalqueva, S.A.. 18 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

383 III.4. Indicação sobre o número de Ações e Obrigações detidas por Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização Os membros dos Órgãos de Administração (Presidente do Conselho de Administração e os dois vogais do Conselho de Administração) não são titulares de ações e obrigações. Ao nível do Conselho Fiscal o Presidente e o vogal Orlando de Castro Borges do Conselho Fiscal não são titulares de ações e obrigações, enquanto o vogal Nelson Manuel Costa Santos não é titular de ações e obrigações que confiram uma participação qualificada. III.5. Informação sobre a existência de relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações e a sociedade Não existem relações de natureza comercial entre os titulares de participações e a sociedade. III.6. Identificação dos mecanismos adotados para prevenir a existência de conflitos de interesses/declaração dos Membros do Órgão de Administração de que se abstêm de interferir nas decisões que envolvam os seus próprios interesses No âmbito da prevenção de conflitos de interesses, importa ter presente, numa primeira linha, as determinações do Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexa em vigor e o quadro de medidas aí previstas, bem como os princípios e regras do Código de Ética da Empresa, tais como a declaração de interesses subscrita por cada colaborador da EDIA, em 2012, arquivada no seu processo individual. No que respeita aos Órgãos Sociais, em especial ao nível do Conselho de Administração, não existem conflitos de interesses no exercício da sua atividade. Acresce ainda que, para além do cumprimento escrupuloso das obrigações de comunicação de rendimentos e património se procede à monitorização regular e sistemática de todas as despesas realizadas, que são objeto de apreciação desagregada ao nível do controlo periódico dos custos de funcionamento da Empresa, com base em relatórios internos, divulgados e apreciados em reuniões, com todas a chefias da Empresa. Como tipologia de medidas especificamente vocacionadas para a prevenção de conflitos de interesses importa considerar a segregação de funções, a concentração do poder de adjudicação no Conselho de Administração e não no administrador do pelouro cuja margem de decisão é, nesse aspeto, reservada a patamares de despesa pouco elevados, de que é exemplo a Ordem de Serviço N.º 1/2013, em vigor desde o início de Merece ainda referência o estabelecimento de regras claras e transparentes no manual de procedimentos da Empresa. 19 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

384 IV. ÓRGAOS SOCIAIS E COMISSÕES A. MESA DA ASSEMBLEIA GERAL IV.A.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente Professor Doutor Carlos Alberto Martins Portas Secretários Dr. José Pedro da Silva Martins Dr.ª Cristina Maria Pereira Freire Mandato Cargo Nome (Início - Fim) Fixada( ) (1) Bruta Pago (2) ( ) Presidente Carlos Alberto Martins Portas 645,77 645,77 ( ) Secretário José Pedro da Silva Martins - - ( ) Secretária Cristina Maria Pereira Freire 387,97 387,97 Legenda: (1) - Valor da Senha de presença fixada (2) - Antes de reduções remuneratórias Remuneração Anual IV.A.2. Identificação das Deliberações Acionistas que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas com maioria qualificada, para além das legalmente previstas, e indicação dessas maiorias Não se aplica visto que o Estado, através da DGTF, é acionista único da EDIA. 20 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

385 B. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO IV.B.1. Modelo de Governo Adotado O modelo de governo da EDIA, S.A., o modelo latino reforçado visa a transparência e a eficácia da sua gestão, sendo um dos seus objetivos principais a separação clara de poderes entre os diversos órgãos sociais da empresa. São órgãos da sociedade: Assembleia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal Revisor Oficial de Contas IV.B.2. Regras Estatutárias sobre procedimentos aplicáveis à nomeação e substituição do Conselho de Administração Os membros do Conselho de Administração da EDIA são designados em Assembleia Geral pelo Acionista único, ou seja o Estado. Os estatutos da EDIA, aprovados pelo Decreto-Lei n.º 42/2007, de 22 de fevereiro, não contêm especificidades relativamente à nomeação e substituição do Conselho de Administração. As regras sobre procedimentos aplicáveis à nomeação e substituição do Conselho de Administração encontram-se previstas no Código das Sociedades Comerciais, aplicáveis por via do disposto no artigo 14.º do Regime Jurídico do Setor Público Empresarial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro. Deste último diploma destacam-se as normas dos artigos 21.º (Gestor Público), 31.º (Estrutura de Administração e de Fiscalização) e 32.º (Órgão de Administração). Com relevo ainda para a nomeação e substituição do Conselho de Administração importa referir ainda as disposições dos artigos 12.º e seguintes do Estatuto do Gestor Público. IV.B.3. Composição do Conselho de Administração Mandato (Início - Fim) Cargo Nome Designação Legal da atual Nomeação N.º de mandatos exercidos na Sociedade Observações ( ) Presidente João Cláudio Cabral de Oliveira Basto AG (08/03/2012) 1 * ( ) Presidente José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema DSU (02/12/2013) 1 - ( ) Vogal Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo AG (08/03/2012) 2 - ( ) Vogal Jorge Manuel Vazquez Gonzalez AG (08/03/2012) 1 - Notas: DSU - Deliberação Social Unânime por escrito AG - Assembleia Geral * Renunciou em 25 de outubro de 2013, exercendo funções até 30 de novembro de Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

386 IV.B.4. Distinção dos Membros Executivos e Não Executivos do Conselho de Administração O Conselho de Administração da EDIA é constituído por três membros executivos, não possuindo nenhum membro não executivo na sua composição. IV.B.5. Elementos Curriculares relevantes dos Membros do Conselho de Administração José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema * Presidente do Conselho de Administração * Nomeado em 02 de dezembro de Data de Nascimento: 02 de outubro de 1973 Habilitações Académicas Licenciatura em Engenharia Agronómica, Ramo de Economia Agrária e Sociologia Rural Master in Business Administration (MBA) com especialização em Gestão da Informação Mestrado em Gestão de Empresas Atividade Profissional Presidente do Conselho de Administração da EDIA (desde dezembro/2013) Sócio-Gerente - FZ Agrogestão, Consultoria em Meio Rural, Lda (Gestão Geral de Empresa; Gestão Financeira; Gestão de Informação) Consultor de várias empresas e associações do meio rural em Portugal e Angola Formador Externo - Ações de formação na temática da Gestão da Empresa Agrícola e das Tecnologias da Informação para a Agricultura - Ministério da Agricultura e IDRHa Responsável pelas aulas práticas da disciplina de Contabilidade da Empresa Agrícola - Instituto Superior de Agronomia Responsável pelas aulas práticas da disciplina de Economia - Instituto Superior de Agronomia Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Vogal do Conselho de Administração Data de Nascimento: 25 de fevereiro de 1972 Habilitações Académicas Licenciatura em Gestão de Empresas na Universidade de Évora Curso de Especialização em Contabilidade Financeira Avançada no Instituto para o Desenvolvimento da Gestão Empresarial do ISCTE 22 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

387 Programa de Direção de Empresas na Escola de Direção e Negócios AESE Atividade Profissional Vogal do Conselho de Administração da EDIA (desde Abril/2010) Diretora Coordenadora da Direção de Administração e Finanças da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva - EDIA, S.A. ( ) Vogal Não Executivo do Conselho de Administração da Gestalqueva, S.A. ( ) Vogal Não Executivo do Conselho de Administração da Merturis Empresa Municipal de Turismo da Câmara Municipal de Mértola ( ) Responsável pelo Projeto de modernização administrativa de 18 Serviços Públicos e 12 Empresas Públicas da Loja do Cidadão das Laranjeiras Lisboa (Instituto de Gestão das Lojas do Cidadão) ( ) Admissão na EDIA, S.A. exercendo funções no âmbito da Direção Administrativa e Financeira; a partir de 1996 nomeada Coordenadora do Núcleo de Gestão Financeira ( ) Formadora de contabilidade e gestão financeira no curso de formação Dinamizadores de Empresas, desenvolvida no âmbito do Programa Now (Novas Oportunidades para Mulheres) do IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional (1993) Jorge Manuel Vazquez Gonzalez Vogal do Conselho de Administração Data de Nascimento: 22 de julho de 1951 Habilitações Académicas Licenciatura em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico Mestrado em Mecânica dos Solos e Fundações pela Universidade Nova de Lisboa Atividade Profissional Vogal do Conselho de Administração da EDIA (desde março/2012) Diretor-Coordenador de Engenharia, Ambiente e Ordenamento do Território na EDIA ( ) Administrador da COBA (Consultores Obras, Barragens e Planeamento, S.A.) ( ) Diretor do Serviço de Geotecnia na COBA ( ) Diretor do Serviço de Barragens na COBA ( ) IV.B.6. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas, dos membros do Conselho de Administração com acionistas a quem seja imputável participação qualificada superior a 2% dos direitos de voto Não existem relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas. 23 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

388 IV.B.7. Mapas Funcionais relativos à repartição de competências entre os vários Órgãos Sociais As competências dos diversos órgãos sociais da EDIA, S.A. são as seguintes: Assembleia Geral Compete à Assembleia Geral: Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício; Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados; Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade; Eleger o revisor oficial de contas e o conselho fiscal; Deliberar sobre alterações dos estatutos; e Deliberar sobre qualquer outro assunto para que tenha sido convocada. As deliberações são tomadas por maioria de votos dos acionistas presentes ou representados na assembleia geral, sempre que a lei não disponha de forma diversa. Conselho de Administração De acordo com o artigo 15.º do Decreto-Lei N.º 42/2007, compete ao Conselho de Administração da EDIA assegurar a gestão dos negócios da sociedade, sendo-lhe atribuídos os mais amplos poderes e cabendo-lhe, designadamente: Aprovar o plano de atividades, anual e plurianual; Aprovar o orçamento e acompanhar a sua execução; Gerir os negócios sociais e praticar todos os atos relativos ao objeto social que não caibam na competência de outro órgão da sociedade; Adquirir, alienar ou onerar participações no capital de outras sociedades, bem como obrigações e outros títulos semelhantes; Representar a sociedade, em juízo e fora dele, ativa e passivamente, propor e acompanhar ações, confessar, desistir, transigir e aceitar compromissos arbitrais; Adquirir, alienar ou onerar bens imóveis até ao limite de metade do valor do capital social, mas nunca superior a ; Deliberar sobre a emissão de empréstimos obrigacionistas e contrair empréstimos não obrigacionistas no mercado financeiro, ressalvados os limites legais e a necessidade de autorização do Ministro das Finanças; Estabelecer a organização técnico-administrativa da sociedade; Decidir sobre a admissão de pessoal e sua remuneração; Constituir procuradores e mandatários da sociedade, nos termos que julgue conveniente; e Exercer as demais competências que lhe caibam por lei, independentemente e sem prejuízo das que lhe sejam delegadas pela assembleia geral. 24 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

389 Conselho Fiscal Compete ao Conselho Fiscal: Assistir às reuniões do conselho de administração sempre que o entenda conveniente; Emitir pareceres sobre qualquer matéria que lhe seja apresentada pelo conselho de administração; Colocar ao conselho de administração qualquer assunto que por ele deva ser ponderado; Aprovar o plano de atividades e orçamentos; e Emitir pareceres sobre os relatórios de atividade da Empresa Sem prejuízo do que se encontra disposto no Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, e em consonância com o disposto no Artigo 60.º da referida lei, os órgãos de fiscalização da sociedade têm as competências genéricas previstas na lei comercial. O Decreto-lei n.º 133/2013 vem, no entanto, através do artigo 33.º, alargar o âmbito de atuação do órgão de fiscalização na medida em que define, no seu n.º 4. que Sem prejuízo do disposto sobre a matéria nos respetivos estatutos, o conselho de administração das empresas públicas obtém parecer prévio favorável do conselho fiscal para a realização de operações de financiamento ou para a celebração de atos ou negócios jurídicos dos quais resultem obrigações para a empresa superiores a 5% do ativo líquido, salvo nos casos em que os mesmos tenham sido aprovados nos planos de atividades e orçamento. IV.B.8. Funcionamento do Conselho de Administração a) Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro às reuniões realizadas O Conselho de Administração (CA) da EDIA é composto por três (3) membros: o Presidente do Conselho de Administração e dois (2) vogais. Ao longo do ano de 2013 o CA da EDIA realizou 42 reuniões tendo contado, em todas elas, com a presença da totalidade dos seus membros. b) Indicação dos cargos exercidos em simultâneo noutras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício Presidente do Conselho de Administração José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da EDIA preside à Mesa da Assembleia Geral da comissão liquidatária da GESTALQUEVA, e representa a EDIA na Entidade Regional de Turismo do Alentejo. 25 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

390 Vogal Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo A Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo, é vogal da Comissão Liquidatária da Gestalqueva e representa a EDIA na Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL) e no Núcleo Empresarial da região de Beja (NERBE). Vogal Jorge Manuel Vazquez Gonzalez O Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez é vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral da empresa Águas do Centro Alentejo. c) Indicação dos Órgãos da Sociedade competentes para realizar a avaliação de desempenho dos administradores executivos e critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos mesmos O Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, que fixa o regime jurídico do setor público empresarial, introduz alterações importantes ao exercício da função acionista no âmbito do Setor Empresarial do Estado (SEE). Neste âmbito, o artigo 38.º do referido decreto-lei define, no seu n.º 2 que o O exercício da função acionista processa-se por via de deliberação em assembleia geral ou, tratando-se de entidades públicas empresariais, por resolução do Conselho de Ministros ou por despacho do titular da função acionista. No caso da EDIA, anualmente, em Assembleia Geral, o representante do Acionista - Estado, avalia o desempenho dos administradores executivos. Em 2013, e nos termos do definido no artigo 455.º do Código das Sociedades Comerciais, em Assembleia Geral realizada a 11 de julho de 2013 (ponto 4 da ata da referida Assembleia Geral (n.º 25), foi proposto e efetuada, por parte do representante do acionista Estado, a votação favorável dos Órgãos de Administração sociedade e de cada um dos seus membros. Não aplicável. d) Comissões no seio do Órgão de Administração ou supervisão e Administradores Delegados Não aplicável. IV.B.9. Comissões existentes no Órgão de Administração 26 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

391 C. FISCALIZAÇÃO IV.C.1. Órgão de Fiscalização Mandato (Início - Fim) Cargo ( ) Presidente António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves AG (08/03/2012) 2 - ( ) Vogal Orlando José Manuel de Castro Borges AG (08/03/2012) 1 - ( ) Vogal Nelson Manuel Costa dos Santos DSU (27/03/2013) 1 - ( ) Vogal Suplente Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio AG (08/03/2012) 2 - Notas: DSU - Deliberação Social Unânime por escrito AG - Assembleia Geral Nome Designação Legal da atual Nomeação N.º de mandatos exercidos na Sociedade Observações Mandato Remuneração Anual Cargo Nome (Início - Fim) Fixada( ) (1) Bruta Pago (2) ( ) Presidente António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves ( ) Vogal Orlando José Manuel de Castro Borges ( ) Vogal Nelson Manuel Costa dos Santos ( ) Vogal Suplente Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio - - Legenda: (1) - Valor Bruto Anual fixado (2) - Antes de Reduções remuneratórias Na EDIA, o Conselho Fiscal é composto por um (1) presidente, dois (2) vogais e um (1) suplente, estando em vigor um mandato de três (3) anos 2012/2014. IV.C.2. Identificação dos membros do Conselho Fiscal, nos termos do 414.º, n.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC) Conselho Fiscal Presidente António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves Vogais Orlando José Manuel de Castro Borges Nelson Manuel Costa dos Santos ** Vogal Suplente Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio ** Nomeado em 27 de março de Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

392 IV.C.3. Elementos curriculares relevantes de cada um dos membros do Conselho Fiscal Conselho Fiscal António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves Presidente do Conselho Fiscal Data de Nascimento: 11 de março de 1966 Habilitações Académicas Mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa Atividade Profissional Advogado, Sócio da Sociedade de Advogados Abalada Matos, Lorena de Sèves, Cunhal Sendim & Associados. Assistente Universitário no Departamento de Direito da Universidade Autónoma de Lisboa ( ) Assessor do Ministro das Finanças ( ) Assessor do Primeiro-Ministro ( ) Orlando José Manuel de Castro Borges Vogal Data de Nascimento: 05 de abril de 1960 Habilitações Académicas Licenciado em Geografia pela Universidade de Lisboa Mestrado Planeamento Regional e Urbano, Instituto Superior Técnico (parte escolar) Atividade Profissional Presidente do Instituto da Água ( ), acumulou funções com a Presidência da Comissão de Acompanhamento das Infra-estruturas de Alqueva. Vice-Presidente do Instituto da Água ( ) Chefe de Divisão de Ordenamento e Proteção na Direção Geral dos Recursos Naturais ( ) Técnico Superior na Direção Geral dos Recursos Naturais ( ) Técnico Superior na Direção Geral de Recursos e Aproveitamentos Hidráulicos ( ) Técnico Superior na Direção Geral de Ordenamento Nelson Manuel Costa dos Santos * Vogal * Nomeado em 27 de março de Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

393 Data de Nascimento: 19 de maio de 1973 Habilitações Académicas Licenciatura em Contabilidade e Auditoria, ISCAA Universidade de Aveiro Curso de Estudos Especializados em Auditoria Contabilística, ISCAA - Universidade de Aveiro Bacharelato em Contabilidade e Administração, ISCAA Universidade de Aveiro Atividade Profissional Membro do Grupo de Trabalho, em representação da DGTF, sobre o controlo dos impactos financeiros do PPTH e do PREDE nos municípios Vogal do Conselho Fiscal da EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A., desde marços de 2013 Membro do Conselho Geral da Comissão de Normalização Contabilística (CNC), desde fevereiro de 2013 Técnico Superior da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, na área da concessão de garantias e empréstimos, desde março de 2009 Técnico analista de risco de crédito e de controlo financeiro na Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública IGCP, E.P.E., de março de 2007 a março de 2009 Técnico Superior da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, na área da Tesouraria Central do Estado, de maio de 2000 a março de 2007 Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio Vogal Suplente Data de Nascimento: 18 de Novembro de 1958 Habilitações Académicas Licenciatura em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa (UCP) em 1983 Atividade Profissional Diretora da Direção de Serviços de Regularizações Financeiras da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, desde Junho de 2007; Diretora da Direção de Recuperação de Créditos da Direcção-Geral do Tesouro (DGT) entre Junho de 1999 e Junho de 2007; chefe da divisão de Cooperação Bilateral da Direção de Serviços de Cooperação Internacional da DGT entre Fevereiro de 1994 e Junho de 1999; técnica superior da DGT de Janeiro de 1985 a Fevereiro de Outras Atividades Profissionais Assegura atualmente os cargos de secretária da mesa da Assembleia-Geral da APA e de presidente do Conselho Fiscal da Parque Expo 98, S.A.. Assegurou os cargos de segunda secretária da mesa da Assembleia Geral da Hidroelétrica de Cahora-Bassa, S.A.R.L. ( ), de presidente da mesa da Assembleia Geral do Hospital Distrital da Figueira da Foz, SA ( ), de secretária da mesa da Assembleia Geral do Hospital Nossa Senhora do Rosário, SA ( ) e de presidente do Conselho de Administração da Gestínsua - Aquisições e Alienações de Património Imobiliário e Mobiliário, S.A., Sociedade constituída no quadro do processo de recuperação da empresa da Oliva ( ). 29 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

394 IV.C.4. Funcionamento do Conselho Fiscal a) Número de reuniões realizadas e respetivo grau de assiduidade de cada membro O Conselho Fiscal realizou 9 reuniões em 2013 nas seguintes datas: 28 de janeiro; 12 de março; 22 de março; 26 de abril; 7 de maio; 10 de maio, 21 de maio, 4 de outubro e 11 de dezembro. Todos os membros estiveram presentes em todas as reuniões efetuadas. b) Indicação dos cargos exercidos em simultâneo noutras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício Quanto aos cargos exercidos em simultâneo noutras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício, ao nível do Conselho Fiscal informa-se o seguinte: António Lorena de Sèves (Presidente do Conselho Fiscal): Vice-presidente da mesa da assembleia-geral da TAP e da TAP, SGPS; gerente da Notas Verbais Unipessoal, Lda.; Advogado. Orlando Castro e Borges (Vogal do Conselho Fiscal): Técnico superior da Agência Portuguesa do Ambiente. Nelson Manuel Costa Santos (Vogal do Conselho Fiscal): Técnico superior da Direção- Geral do Tesouro; Vogal suplente do Conselho Fiscal da CP, EPE. c) Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do Órgão de Fiscalização para efeitos de contratação de serviços adicionais ao Auditor Externo Os procedimentos são os previstos no Código dos Contratos Públicos. No exercício teve lugar um procedimento de ajuste direto com consulta prévia a 10 auditores. d) Outras funções dos Órgãos de Fiscalização e, se aplicável, da Comissão para as Matérias Financeira Não existem, no exercício, outras funções. D. REVISOR OFICIAL DE CONTAS (ROC) IV.D.1. Revisor Oficial de Contas (ROC) 30 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

395 Revisor Oficial de Contas Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr. José Vieira dos Reis O mandato do Revisor Oficial de Contas (ROC) efetivo para o triénio de teve início em 04 de maio de 2012, sendo titular do cargo a sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, representada pelo Dr. José Vieira dos Reis, Revisor Oficial de Contas. A Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda (representado pelo Dr. José Vieira dos Reis) exerce assim funções junto da EDIA e do Grupo desde 2012, estando mandatada para o triénio O número de inscrição da Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda (ROC: José Vieira dos Reis, ROC 359) na CMVM, é o 329 e OROC 23. A figura de ROC suplente não se aplica à EDIA. O mandato do Revisor Oficial de Contas (ROC), efetivo para o triénio de , teve início em 04 de maio de 2012, sendo titular do cargo a sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, representada pelo Dr. José Vieira dos Reis, Revisor Oficial de Contas. O SROC/ROC está mandatado para o triénio , exercendo funções consecutivas junto da EDIA e do Grupo desde No desempenho das suas competências foi atestada a independência do ROC e avaliada positivamente o trabalho por este desenvolvido ao longo do exercício de IV.D.2. Limitações, legais e outras, relativamente ao número de anos em que o ROC presta contas à sociedade A Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda (representado pelo Dr. José Vieira dos Reis) foi designada pela EDIA para o mandato que cobre os exercícios de 2012 a 2014, ou seja, para o triénio Neste sentido, o SROC obriga-se a prestar os seus serviços, em regime de completa independência funcional e hierárquica da EDIA, com observância dos estatutos deste (SROC), das normas constantes do Estatuto da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, das leis da fiscalização das sociedades, dos princípios de ética deontológica profissional e das normas técnicas e das diretrizes de revisão/auditoria aprovadas ou reconhecidas da Ordem. As referidas funções são ainda exercidas nos termos do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 413.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC) e incluem o desempenho das funções de Auditor Externo, para efeitos previstos no artigo 8.º do Código de Mercado de Valores Mobiliários. Tratando-se da primeira vez que a Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda desempenha funções para a EDIA, não se verificam, portanto, limitações, legais ou outras, relativamente ao número de anos em que o SROC/ROC presta contas à sociedade. 31 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

396 IV.D.3. Indicação do número de anos em que o SROC e/ou ROC exerce funções consecutivamente junto da sociedade/grupo, bem como indicação do número de anos em que o ROC presta serviços nesta sociedade, incluindo o ano a que se refere o presente relatório A Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda (representado pelo Dr. José Vieira dos Reis) exerce funções junto da EDIA há dois (2) anos consecutivos: 2012 e IV.D.4. Descrição de outros serviços prestados pelo SROC à sociedade e/ou prestados pelo ROC que representa o SROC, caso aplicável Os serviços da Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda (SROC/ROC) à EDIA consistem unicamente na revisão de contas, isto é, expressa uma opinião profissional e independente relativamente às contas individuais e consolidadas anuais, revisão limitada para as contas intercalares a 30 de junho e à revisão da posição financeira trimestral (março e setembro). Mandato (Início - Fim) Cargo ( ) Revisor Oficial de Contas Nome Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr José Vieira dos Reis Designação Legal da atual Nomeação N.º de mandatos exercidos na Sociedade Observações AG (4/05/2012) 1 - Mandato Remuneração Anual Cargo Nome (Início - Fim) Fixada ( ) (1) Bruta Pago (2) ( ) Revisor Oficial de Contas Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr José Vieira dos Reis Legenda: (1) - Valor Bruto fixado (2) - Antes de reduções remuneratórias E. AUDITOR EXTERNO IV.E.1. Auditor Externo 32 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

397 Auditor Externo O exercício de funções de auditoria externa às contas da EDIA é realizado pela empresa BDO bdc & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, sendo o auditor externo da EDIA junto da CMVM a Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda (SROC/ROC), que exerce quer as funções de ROC estatutário (assegurando assim a revisão legal das contas), quer as funções de auditor registado na CMVM para efeitos do Código dos Valores Mobiliários. A BDO bdc & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda (inscrita na OROC sob o número 29) presta serviços para a EDIA, assegurando a auditoria às contas anuais individuais e consolidadas, desde IV.E.2. Política e periodicidade da rotação do Auditor Externo e do respetivo sócio ROC que o representa no cumprimento dessas funções, bem como indicação do órgão responsável pela avaliação do Auditor Externo e periodicidade com que essa avaliação é feita A EDIA tem vindo a adotar, desde há vários anos, um modelo que é também seguido por muitas outras entidades públicas, que contempla para além dos órgãos de fiscalização (ROC e Conselho Fiscal) a existência de um auditor externo, sendo que a revisão/auditoria às contas por mais do que uma firma de auditoria contribui para uma maior credibilização das contas, nomeadamente, junto de instâncias internacionais, já que a EDIA tem obrigações admitidas à cotação em mercados de valores mobiliários estrangeiros. Reforce-se que o auditor externo da EDIA desempenha um papel significativo ao esclarecer regularmente dúvidas e efetuar aconselhamentos, designadamente, sobre procedimentos contabilísticos e demais documentos de report de informação emitidos pela EDIA: relatórios de gestão e as demonstrações financeiras, sendo efetuada uma revisão muito detalhada dos mesmos, não se atendendo apenas às questões materialmente relevantes. Refira-se ainda que a revisão de auditoria às contas por mais do que uma firma de auditoria é um modelo encorajado e recomendado pela Comissão Europeia para as entidades de interesse público, conceito que integra a EDIA. O ROC é mandatado por períodos de três (3) anos pelo Acionista único da Empresa (Estado Português), e a sua eleição é formalizada em sede de Assembleia Geral da Empresa, através de um representante do Acionista Estado designado para esse efeito. O Auditor Externo está a desempenhar as suas funções ao abrigo de um contrato trianual que abrange os exercícios de 2012, 2013 e O órgão da EDIA responsável pela avaliação do Auditor Externo é o Conselho de Administração da EDIA. Essa avaliação é feita anualmente e coincide com dois momentos específicos: a elaboração do Relatório de Gestão da EDIA e do Grupo, a 31 de dezembro e a elaboração do Relatório e Contas Consolidadas da EDIA e do Grupo, a 30 de junho de Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

398 IV.E.3. Identificação de trabalhos, distintos dos de auditoria, realizados pelo Auditor Externo para a sociedade e/ou para sociedades que com ela se encontrem em relação de domínio, bem como indicação dos procedimentos internos para efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a sua contratação O auditor externo (BDO bdc & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda) desenvolveu ainda para a EDIA trabalhos de assessoria fiscal. Esta avença tem vindo a ser renovada anualmente. IV.E.4. Auditor Externo Remunerações paga à SROC (inclui contas e consolidadas) Valor dos serviços de revisão de contas Valor dos serviços de consultoria fiscal Valor de outros serviços que não revisão de contas Total pago pela empresa à SROC Por entidades que integram o grupo (inclui contas individuais e consolidadas) Valor dos serviços de revisão de contas Valor dos serviços de consultoria fiscal Valor de outros serviços que não revisão de contas Total pago pelas entidades do Grupo à SROC ( ) (%) ,16% ,84% % ( ) (%) Nota: deverá indicar-se o valor dos honorários envolvidos recebidos pelos trabalhos e a percentagem sobre os honorários totais faturados pela empresa à sociedade/grupo. 34 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

399 V. ORGANIZAÇÃO INTERNA A. ESTATUTOS E COMISSÕES V.A.1. Alteração dos Estatutos da Sociedade Regras Aplicáveis As regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade encontram-se definidas no artigo 36.º do Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, que define que A alteração dos estatutos de empresas públicas é realizada através de decreto-lei ou nos termos do Código das Sociedades Comerciais, consoante se trate de entidade pública empresarial ou sociedade comercial, devendo os projetos de alteração ser devidamente fundamentados e aprovados pelo titular da função acionista. V.A.2. Comunicação de Irregularidades Meios e política de comunicação de irregularidades ocorridas na sociedade As atividades da Empresa são controladas pelos órgãos de fiscalização respetivos que produzem relatórios de certificação que são publicados no Relatório e Contas da Empresa, bem como Relatórios Trimestrais que são enviados para o Acionista-Estado. V.A.3. Indicação das políticas antifraude adotadas e identificação de ferramentas existentes com vista à mitigação e prevenção da fraude organizacional. Referência à existência de Planos de Ação para prevenir fraudes internas e externas, assim como a identificação das ocorrências e as medidas tomadas para a sua mitigação. Indicar se a empresa cumpre com a legislação e a regulamentação em vigor relativas à prevenção da corrupção e se elabora anualmente um Relatório Identificativo das Ocorrências, ou Risco de Ocorrências, dos factos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º da Lei n.º 54/2008, de 4 de setembro. Indicação do local no site da empresa onde se encontra publicitado o respetivo relatório (Artigo 46.º DL 133/2013) A EDIA dispõe de um sistema de controlo interno, tendo-se inclusive, adjudicado no final do ano de 2013, encontrando-se em curso, uma prestação de serviços de auditoria aos sistemas de gestão de riscos, de informação e de controlo interno. A EDIA adquiriu, para o efeito, software de qualidade, que se consubstancia num dos melhores ERP s (Programas de Gestão Integrada) existentes no mercado ERP da SAP. Este sistema informático procura contemplar a empresa como um todo e encontra-se dividido em diversos módulos, cada um correspondendo a uma área específica: 35 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

400 FI Contabilidade CO Controlling/Contabilidade Analítica SD Vendas IM /PS Controlo e Gestão Orçamental de Investimentos LO Controlo de Contratos de Empreitadas, Fornecimento de Equipamentos e Prestação de Serviços RH Gestão de Recursos Humanos A EDIA está a aguardar a conclusão da prestação de serviços referida antes de tomar mais medidas sobre esta matéria. O Relatório Final sobre a execução do Plano Anti Corrupção e Infrações Conexas foi elaborado, e encontra-se disponível no site da Empresa no separador Quem Somos» EDIA» Princípios de Bom Governo» Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas. B. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS V.B.1. Informação sobre a existência de um Sistema de Controlo Interno (SCI) compatível com a dimensão e complexidade da empresa, de modo a proteger os investimentos e os seus ativos O sistema de controlo interno é o plano de organização dos métodos e procedimentos definidos pela administração de uma entidade, para auxiliar a atingir o objetivo de gestão de assegurar, tanto quanto for praticável, a metódica e eficiente conduta dos seus negócios, incluindo a aderência às políticas da administração, a salvaguarda dos ativos, a prevenção e deteção de fraudes e erros, a precisão e plenitude dos registos contabilísticos e a atempada preparação de informação financeira fidedigna. Neste âmbito, e conforme referido num ponto anterior, a empresa está sujeita a vários Regulamentos Internos e Externos. De forma a garantir uma maior eficiência dos recursos necessários aos investimentos da Empresa, torna-se essencial um controlo eficiente na execução financeira traduzindo-se esta atuação numa maior transparência de procedimentos. No caso particular do controlo orçamental, definiram-se regras claras e eficazes para a gestão dos recursos financeiros, sem prejuízo das competências estatutárias atribuídas ao Conselho de Administração, que têm por objetivo definir a forma de aprovação, conferência e validação da despesa realizada e que passa pelo estabelecimento de uma hierarquia escalonada de delegação de competências por níveis de responsabilidade e por montantes. Saliente-se ainda que todo o investimento é baseado num orçamento anual e a respetiva realização é devidamente cabimentada, existindo um acompanhamento constante desta execução e uma identificação sistemática dos desvios verificados. A EDIA adquiriu, para o efeito, software de qualidade, que se consubstancia num dos melhores ERP s (Programas de Gestão Integrada) existentes no mercado ERP da SAP. 36 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

401 Este sistema informático procura contemplar a empresa como um todo e encontra-se dividido em diversos módulos, cada um correspondendo a uma área específica: FI Contabilidade CO Controlling/Contabilidade Analítica SD Vendas IM /PS Controlo e Gestão Orçamental de Investimentos LO Controlo de Contratos de Empreitadas, Fornecimento de Equipamentos e Prestação de Serviços RH Gestão de Recursos Humanos V.B.2. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela implementação de sistema de gestão e controlo de risco que permita antecipar e minimizar os riscos inerentes à atividade desenvolvida O Conselho de Administração da EDIA é, em última instância, o órgão responsável pela auditoria interna e/ou pela implementação de sistema de gestão e controlo de risco tendo em vista a minimização dos riscos inerentes à atividade desenvolvida pela Empresa. Neste particular, e tendo em consideração a necessidade de avaliar o sistema de controlo interno, assim como o reconhecimento da gestão de risco enquanto área estratégica para a organização, bem como a importância da informação e as especificidades da atividade da EDIA, destaque-se a auditoria ao sistema de controlo interno, adjudicada em 2013, recomendada pelo Conselho Fiscal da EDIA e aprovada pelo Conselho de Administração da Empresa. V.B.3. Plano Estratégico e de Política de Risco da Sociedade (deve incluir a definição de níveis de risco considerados aceitáveis e identificar as principais medidas adotadas) No âmbito da gestão de conflitos de interesses, e tendo em consideração a necessidade de dar cumprimento à Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção, de 7 de novembro de 2012, nos termos da qual a Empresa deverá dispor de mecanismos de acompanhamento e de gestão de conflito de interesses, procedeu-se à elaboração do Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas da EDIA. Através deste documento, a Sociedade assumiu e definiu como seu compromisso proceder a rigoroso controlo de validação, no sentido de verificar a conformidade factual entre as normas do Plano e a aplicação das mesmas. Este Plano pressupõe igualmente a criação de métodos e a definição de procedimentos pelos responsáveis, que contribuam para assegurar o desenvolvimento e controlo das atividades de forma adequada e eficiente, de modo a permitir a salvaguarda dos ativos, a prevenção e deteção de situações de ilegalidade, fraude e erro, garantindo a exatidão dos registos contabilísticos e os procedimentos de controlo a utilizar para atingir os objetivos definidos. Por outro lado, e no âmbito do aprofundamento dos processos do controlo sistemático do desenvolvimento operacional, temporal e financeiro das diversas tarefas intrínsecas à atividade, ou Missão da Empresa, procura-se, de forma sistematizada, garantir o cumprimento do planeamento estabelecido, ou o seu ajustamento atempado, caso necessário. 37 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

402 Refira-se ainda que o Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas se aplica aos membros dos órgãos sociais, ao pessoal com funções de chefia e a todos os trabalhadores e colaboradores da EDIA. A responsabilidade pela implementação, execução e avaliação do Plano cabe ao Conselho de Administração e a todo o pessoal com funções de chefia. Tendo em consideração a avaliação do conteúdo funcional desenvolvido por cada unidade orgânica da EDIA foram definidos as seguintes tipologias de risco no âmbito das atividades desenvolvidas pela Empresa: baixo, moderado e elevado. Não obstante, e tendo em consideração as medidas adotadas e os mecanismos de controlo interno tem subjacente a gestão de risco enquanto um comportamento integrado com o processo de planeamento estratégico e operacional da Empresa observe-se que as medidas enunciadas no referido Plano constituem, per si, a assunção da responsabilidade máxima pela respetiva implementação das medidas enunciadas no mesmo por parte do Conselho de Administração da Empresa, no âmbito das competências que lhe foram atribuídas para assegurar a gestão dos negócios da sociedade, tendo-lhe sido atribuídos os mais amplos poderes para exercer as demais competências que lhe caibam por lei, e sem prejuízo das que lhe sejam delegadas pela assembleia geral. Neste âmbito, destaque-se ainda, por outro lado, a auditoria aos sistemas de gestão de riscos, de informação e de controlo interno pedida pelo Conselho Fiscal em 2013, em conformidade com as orientações estratégicas emanadas pelo Setor Empresarial do Estado e de modo a monitorizar os riscos relevantes assumidos pela Empresa, e que visa proceder: À avaliação dos sistemas de informação e de controlo interno, tendo como base a análise crítica aos procedimentos em vigor na EDIA e conformidade com a dimensão e complexidade da organização; À determinação do risco de controlo; E elaboração de recomendações que considerem a relação custo de implementação vs diminuição do risco associado; A elaboração de um Relatório Final que consolidará os pontos atrás referidos. Em termos das medidas adotadas e dos vários mecanismos de controlo interno das diversas unidades orgânicas que integram a Empresa, com destaque para a segregação de funções e a promoção das diligências necessárias para a prossecução das tarefas que lhe são intrínsecas, elencam-se, complementarmente, as seguintes: Montagem de base de dados com informação relevante sobre aquisições anteriores; Aprovação de instruções/procedimentos escritos que regulem os procedimentos de planeamento, com todas as fases do concurso e seus possíveis incidentes; Definição prévia das responsabilidades de cada um dos intervenientes, nos processos de aquisição de bens e serviços e nas empreitadas; Implementação da segregação de funções; Obtenção de declarações de interesses privados dos trabalhadores ou colaboradores; Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar eventuais lacunas ou vulnerabilidades; Disponibilização, através das novas tecnologias, de toda a informação de carácter administrativo, nos termos do estabelecido na Lei de Acesso aos Documentos Administrativos; Elenco objetivo de critérios de seleção de candidatos que permita que a fundamentação das decisões de contratar seja facilmente percetível e sindicável; 38 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

403 As decisões tomadas sem intervenção de órgão colegial devem ser devidamente fundamentadas; Elaboração de um relatório anual das reclamações apresentadas por tipo, frequência e resultado da decisão; Exigência de entrega de uma declaração de impedimento, que deverá ser expressa, sob a forma escrita, e apensa ao procedimento em causa; Sensibilização dos intervenientes decisores no âmbito dos procedimentos de recrutamento e seleção, de avaliação, ou outros atos de gestão de pessoal, para a necessidade de fundamentação das suas decisões; Aprovação de regulamento que estabeleça os procedimentos e os critérios de atribuição de patrocínios e apoios e respetiva publicitação, nomeadamente no sítio da EDIA na internet; Exigência de declarações de interesses; Uniformização e consolidação da informação relativa a todas as pessoas e a todas as entidades beneficiárias; Publicitação da atribuição dos benefícios, nomeadamente no sítio da EDIA na internet, bem como de toda a informação dobre as entidades beneficiárias; Publicitação dos documentos com os resultados das análises levadas a efeito; Implementação de um sistema estruturado de avaliação das necessidades; Consagração de critérios internos que determinem e delimitem a realização e dimensão dos estudos necessários; Assunção do procedimento do concurso público como procedimento regra para a contratação de especialistas externos; Não designação dos mesmos elementos, de forma reiterada, para os júris; Implementação de um sistema de controlo interno que garanta: Que a entidade que autorizou a abertura do procedimento dispõe de competência para o efeito; Que o procedimento escolhido se encontra em conformidade com os preceitos legais; Que no caso em que se adote o ajuste direto com base em critérios materiais os mesmos são rigorosamente justificados baseando-se em dados objetivos e devidamente documentados; Que as especificações técnicas fixadas no caderno de encargos se adequam à natureza das prestações objeto do contrato a celebrar; Que os requisitos fixados não determinam o afastamento de grande parte dos potenciais concorrentes, mediante a imposição de condições inusuais ou demasiado exigentes e/ou restritivas; Que as cláusulas técnicas fixadas no caderno de encargos são claras, completas e não discriminatórias; Que é garantida a prestação atempada dos esclarecimentos, tidos por pertinentes, aos potenciais concorrentes que os solicitem, assegurando-se que tais respostas são amplamente divulgadas e partilhadas por todos os interessados; Que o modelo de avaliação das propostas tem um carácter objetivo e baseiam-se em dados quantificáveis e comparáveis; Que os critérios de adjudicação, fatores e subfactores de avaliação das propostas vêm enunciados de uma forma clara e suficientemente pormenorizada no respetivo programa do procedimento ou do convite; Que a escolha dos critérios, fatores e subfactores de avaliação das propostas, assim como a sua ponderação relativa, adequam-se à natureza e aos objetivos específicos de cada aquisição em concreto; 39 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

404 Que os referidos critérios e o modelo de avaliação são definidos no caderno de encargos e portanto delimitados antes de conhecidos os concorrentes; Que não se verificam situações de impedimento na composição dos júris de procedimento ; Que existe uma correspondência entre as cláusulas contratuais e o estabelecido nas peças do respetivo concurso; Que o seu clausulado é claro e rigoroso, não existindo erros, ambiguidades, lacunas ou omissões que possam implicar, designadamente, o agravamento dos custos contratuais ou o adiamento dos prazos de execução; Que prevejam e regulem com rigor as situações de eventual falta de licenças ou autorizações fundamentais para a execução do contrato; Que prevejam e regulem com o devido rigor o eventual suprimento de erros e omissões; Que o preço das propostas é avaliado por referência a parâmetros objetivos, os quais permitem aferir da respetiva razoabilidade; Nas empreitadas, no caso da existência de trabalhos a mais : Verificação da circunstância de que tais trabalhos respeitam a obras novas e foram observados os pressupostos legalmente previstos para a sua existência, designadamente a natureza imprevista ; Que esses trabalhos não podem ser técnica ou economicamente separáveis do objeto do contrato sem inconveniente grave para o dono da obra ou, embora separáveis, sejam estritamente necessários à conclusão da obra; Exigência de comprovação da circunstância, juntando a respetiva documentação; No caso das aquisições de serviços, e caso existam serviços a mais : Verificação da condição dos serviços a mais ser justificada pela ocorrência de uma circunstância imprevista ; Que esses serviços a mais não podem ser técnica ou economicamente separáveis do objeto do contrato sem inconvenientes graves para a entidade adjudicante, ou ainda que sejam separáveis são necessários à conclusão do objeto contratual; Exigência de comprovação da circunstância, juntando a respetiva documentação. Verificação da garantia, no caso das empreitadas, de que a execução de trabalhos de suprimento de erros e omissões não excede os limites quantitativos estabelecidos na lei; Implementação de normas internas que garantam a boa e atempada execução dos contratos por parte dos fornecedores/prestadores de serviços/empreiteiros, mediante: Fiscalização regular do desempenho do contratante, de acordo com os níveis de quantidade e/ou qualidade estabelecidos nos contratos e documentos anexos; Controlo rigoroso dos custos do contrato, garantindo a sua concordância com os valores orçamentados; Calendarização sistemática; Envio de advertências, em devido tempo, ao fornecedor/prestador de serviços/empreiteiro, logo que se detetem situações irregulares e/ou derrapagem de custos e de prazos contratuais. Atos prévios de inspeção e certificação da quantidade e da qualidade dos bens e serviços adquiridos, assim como a medição dos trabalhos e a vistoria da obra, relativamente à emissão da ordem de pagamento; Exigência da presença de dois trabalhadores na inspeção e/ou avaliação da quantidade e da qualidade dos bens e serviços adquiridos; Obtenção de declarações de interesses privados dos funcionários; 40 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

405 Identificação das necessidades de formação e implementação das respetivas ações; Avaliação à posteriori do nível de qualidade e do preço dos bens e serviços adquiridos e das empreitadas realizadas aos diversos fornecedores/prestadores de serviços/empreiteiros; Publicitação dos documentos com os resultados das análises levadas a efeito; Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar eventuais lacunas ou vulnerabilidades; Disponibilização, através das novas tecnologias de informação, de toda a informação de carácter administrativo, nos termos do estabelecido na Lei de Acesso aos Documentos Administrativo; Definição prévia de bases de avaliação preferencialmente validadas por perito independente; Tarefas de caracterização e avaliação realizadas pelo menos por dois técnicos; Estabelecimento de patamares de validação e autorização em função dos valores em causa; Implementação da segregação de funções; Montagem de base de dados com informação relevante; Definição prévia das responsabilidades de cada um dos intervenientes, nos processos de expropriação ou indemnização; Obtenção de declarações de interesses privados dos trabalhadores ou colaboradores; Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar eventuais lacunas ou vulnerabilidades; Informatização integrada dos procedimentos de controlo interno e contabilidade; Contabilidade Interna com imputação por centros de custos correspondentes à unidade orgânica de menor grau, se possível; Maior responsabilização pelo cumprimento das normas financeiras; Arquitetar procedimentos com normas e regulamentos bem definidos; Procedimentos efetivos e documentados; Limites de responsabilidade bem definidos; Registo metódico dos factos, sendo que todas as operações devem ser relevadas de uma forma sistémica e sequencial e todas as passagens dos documentos pelos diversos sectores devem ficar documentadas; Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar eventuais lacunas ou vulnerabilidades; Informatização integrada dos procedimentos; Arquitetura de procedimentos com normas e regulamentos bem definidos; Inventariação de equipamentos atualizada; Divulgação e formação a todos os trabalhadores e colaboradores no âmbito da política de segurança; Utilização de sistemas transacionais que permitem o registo de quem, quê e quando; Utilização do cartão do cidadão para assinatura de documentos eletrónicos, garantido que a informação não é adulterada; Configuração nos equipamentos ativos para garantir Virtual Private Networks; Auditoria periódica a todas as máquinas; Definição de políticas de retenção backups e logs; Utilização de antivírus, firewall e outros softwares de deteção de intrusões. Procedimentos efetivos e documentados; Limites de responsabilidade bem definidos; 41 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

406 Registo metódico dos factos, sendo que todas as operações devem ser relevadas de uma forma sistémica e sequencial e todas as passagens dos documentos pelos diversos sectores devem ficar documentadas; Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar eventuais lacunas ou vulnerabilidades; Publicitação dos documentos com os resultados das análises levadas a efeito. V.B.4. Organograma com as relações de dependência hierárquica e/ou funcional face a outros órgãos ou comissões da sociedade O controlo interno e a gestão de riscos existentes através do sistema de controlo interno compatível com a dimensão e complexidade da Empresa é assegurado pelo Conselho de Administração da EDIA que, responde ao Acionista estado através do Ministério da Agricultura e do Mar e Ministério da Finanças. V.B.5. Existência de outras áreas funcionais com competência no controlo de riscos A Direção Administrativa e o Gabinete de Apoio Jurídico são outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos. V.B.6. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos, financeiros, operacionais e jurídicos) a que a sociedade se expõe no exercício da atividade Identificam-se como principais riscos para o sucesso da Empresa o financiamento das infraestruturas públicas; o investimento do acionista na sociedade; os custos de investimento; o preço da água; as receitas de produção de energia hidroelétrica e de distribuição de água; os custos de exploração (sobretudo de energia); a adesão dos agricultores ao regadio; o acréscimo no VABcf agrícola e a capacidade financeira das empresas contratadas. Apresenta-se, seguidamente, uma breve descrição dos mesmos, com indicação sucinta dos seus impactos na atividade da EDIA. Financiamento das Infraestruturas Públicas Os investimentos do EFMA encontram-se projetados para serem implementados em vários anos, obtendo-se o financiamento necessário via dotações de capital do acionista, financiamento comunitário e capital alheio (financiamentos bancários). A ausência ou redução de qualquer uma destas dotações de capital compromete a boa execução das obras dentro dos prazos previstos e, por sua vez, a não execução das obras nos prazos previstos compromete todos os investimentos já realizados. Investimento do Acionista na Sociedade O investimento do acionista assume uma importância fundamental para a concretização das atividades programadas pela Empresa. A EDIA só conseguirá fazer face aos compromissos 42 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

407 assumidos tendo em vista a concretização de todos os investimentos, com a obtenção de fundos comunitários. Custos de Investimento O investimento efetuado na Empresa é programado para um determinado número de anos e efetuado em função das orientações estratégicas superiormente definidas, assim como do capital existente para fazer face a estes investimentos. Desta feita, qualquer modificação significativa ao nível dos investimentos previstos poderá constituir um fator de risco para a Empresa e tornar necessária a agilização de um conjunto de medidas, designadamente, ao nível do Plano de Investimentos e das dotações de capital necessário para fazer face a eventuais alterações. Preço da Água Através do Despacho N.º 9000/2010, de 26 de maio, foram fixados os valores do tarifário aplicável ao abastecimento de água, para uso agrícola, fornecido pela EDIA: Rede Primária: 0,042/m 3 Rede Secundária para fornecimento de água em alta pressão às explorações agrícolas: 0,089/m 3 Rede Secundária para fornecimento de água em baixa pressão às explorações agrícolas: 0,053/m 3 Fornecimento de água captada diretamente no Sistema Primário: 0,053/m 3 O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola em 2013 foi atualizado com base no IPC (2,75%). Os valores do tarifário atualizado pelo fornecimento da água para uso agrícola no 1.º ano são reduzidos a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até ao 8.º ano, devendo perfazer, nesse ano, os valores acima indicados, atualizados. O preço da água, que tem a particularidade de se aplicar de igual forma e com os mesmos valores em toda a área servida por Alqueva, apesar dos custos reais de transporte de água serem diferenciados em cada caso continuará, no entanto, a determinar a adesão do número de agricultores ao regadio. Está situação condicionará, de alguma forma, a Empresa tendo em consideração a necessidade de assegurar as despesas de funcionamento inerentes à exploração das infraestruturas do Empreendimento, bem como a sua atividade. Receitas de Produção de Energia Hidroelétrica e de Distribuição de Água Estes fatores são fundamentais para a atividade da Empresa, na medida em que a entrada de capital em maior ou menor montante poderá determinar a conduta a adotar, por parte da Empresa, face a determinadas situações, tais como a capacidade de assunção de novos compromissos. Custos de Exploração (sobretudo de energia) Estes custos são inerentes à atividade de exploração das infraestruturas do Empreendimento já em exploração devendo, por este motivo, ser otimizados, de modo a não comprometer a sustentabilidade futura da Empresa. Adesão dos Agricultores ao Regadio A adesão dos agricultores ao regadio constitui um fator de risco incontornável para o futuro da Empresa pois irá condicionar a entrada de receitas na Empresa e, consequentemente, a sua sustentabilidade futura. Daí que, nos últimos anos, a EDIA se tenha empenhado ativamente na criação de condições para garantir, com sucesso, a adesão dos agricultores às novas práticas 43 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

408 agrícolas preconizadas por Alqueva, de modo a incrementar a adesão ao regadio e minimizar os impactos decorrentes do subaproveitamento das infraestruturas. Acréscimo no VABcf agrícola Um dos impactos esperados com a implementação do Projeto Alqueva é o aumento do Valor Acrescentado Bruto a custo de fatores (VABcf) da atividade agrícola. O VAB agrícola não depende apenas, porém, do fator de produção água, mas também de uma série de outros fatores, de entre os quais se destacam os sistemas de preços dos produtos e os fatores de produção. Caso a conjuntura venha a ser desfavorável neste domínio, existirá uma diminuição no VAB agrícola e, consequentemente, uma menor apetência por parte dos agricultores para o regadio, facto desvantajoso para o sucesso do Projeto de Alqueva. Capacidade Financeira das Empresas Contratadas Devido à atual conjuntura de crise económica, durante a execução dos contratos formalizados no âmbito da implementação do Empreendimento, pode verificar-se o agravamento da capacidade financeira das entidades adjudicatárias que trabalham para a EDIA, o que condiciona a execução dos objetos contratuais. Os objetivos da Empresa são colocados em risco na medida em que a sua boa execução depende da manutenção da estabilidade financeira dessas entidades, de forma a assegurar a realização dos contratos em causa nos prazos e nas condições previstas. A EDIA possui a base de trabalho adequada para atingir os seus objetivos, dando corpo à visão e missão que estão subjacentes à sua criação e encontra-se dotada das ferramentas que lhe permitem lidar com os desafios inerentes à sua atividade, designadamente, a conclusão das infraestruturas dos sistemas primário e secundário do EFMA e a gestão integrada, transversal e sinérgica dos seus serviços. A Empresa desempenha ainda, um papel incontornável no desenvolvimento económico e social dos vinte concelhos beneficiados pelo EFMA (área de influência do projeto), através dos seus contínuos esforços com vista à captação de investimento para a região de implantação do Projeto, contribuindo assim, ativamente, para a criação de emprego e riqueza na região. V.B.7. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo, gestão e mitigação de riscos No âmbito do cumprimento do disposto no Despacho N.º 14277/2008, de 23 de maio, referencie-se que os procedimentos adotados pela EDIA cumprem as medidas de reforço dos mecanismos de controlo financeiro e dos deveres especiais de informação das Empresas Públicas, por estes estabelecidos, com a finalidade de asseverar a contenção da despesa pública e o rigor na gestão dos recursos disponíveis. Tendo em consideração a necessidade de proceder à identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e mitigação de riscos, saliente-se ainda que a EDIA, anualmente, elabora e procede ao reporte dos seguintes documentos: Planos de Atividades Anuais; Orçamentos anuais, incluindo a estimativa das operações financeiras com o Estado; Planos de Investimento Anuais e plurianuais e respetivas fontes de financiamento Documentos de prestação anual de contas individuais e consolidadas, acompanhados dos relatórios produzidos pelos auditores externos e relatório anual de fiscalização do ROC 44 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

409 Relatórios trimestrais e semestral de atividades e de execução orçamental, acompanhados dos respetivos relatórios do Órgão de Fiscalização Auditoria ao Sistema de gestão de riscos, de informação e de controlo interno. A EDIA procede ainda ao envio de informação no portal das empresas do SEE, reportando previamente essa informação e a sua atualização à DGTF. Referencie-se, neste particular, a auditoria financeira à EDIA, realizada em 2012, e levada a cabo pela Inspeção Geral de Finanças (IGF). 45 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

410 V.B.8. Principais elementos do SCI e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira A informação financeira divulgada pela Empresa é elaborada pelo Departamento de Contabilidade, validada pelo Departamento de Gestão Administrativa e Financeira e validada e auditada pelo ROC e Auditor Externo. A EDIA igualmente procede conforme normas e procedimentos à submissão de informação no Sistema de informação SIRIEF, conforme calendário definido pela DGT/IGF. C. REGULAMENTOS E CÓDIGOS V.C.1. Regulamentos Interno e Externos a que a entidade está legalmente obrigada Os regulamentos internos e externos a que a entidade se encontra legalmente obrigada encontram-se disponíveis no sítio próprio da EDIA na internet (www. edia.pt), no separador Princípios do Bom Governo. REGULAMENTOS EXTERNOS Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro Define o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, altera os estatutos da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A., e revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro; N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º 335/2001, de 24 de dezembro. O Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e aclara aspetos da envolvente económica e financeira do Empreendimento, adequando ainda o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos plasmado na Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho). Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro Desenvolve o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva e aprova as bases do respetivo contrato de concessão. Despacho N.º 9000/2010, de 26 de maio Com efeitos a partir de 01 de junho de 2010, fixa os valores do tarifário aplicável ao preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA e veio permitir à EDIA cobrar pela água destinada à rega. Em 2013, o tarifário de rega para Alqueva foi atualizado com base no índice de preços ao consumidor em 2,75%, numa percentagem acumulada de 7%, desde Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

411 Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro Aprova a lei da água, transpondo para a ordem jurídica nacional a Diretiva N.º 2000/60/CE, do parlamento europeu e do conselho, de 23 de outubro, e estabelece as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas. Decreto-Lei N.º 21 - A/98, de 6 de fevereiro Visa proceder a uma adequação do regime geral das expropriações, de modo a permitir a rápida disponibilidade dos terrenos situados na zona reservada das albufeiras do Alqueva e de Pedrógão e a concretização urgente dos processos de reinstalação da aldeia da Luz e realojamento das populações. Deste modo, é declarada a utilidade pública, com carácter de urgência, das expropriações dos imóveis e direitos a eles relativos necessários à realização do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva. É ainda declarada a utilidade pública das expropriações dos imóveis e direitos a eles relativos necessários à reinstalação da aldeia da Luz. Nos mesmos termos é também declarada a utilidade pública das expropriações para a construção das infraestruturas viárias. É conferida à EDIA, sem dependência de prazo e de outras formalidades, a posse administrativa imediata dos bens a expropriar. Decreto-Lei N.º 230/2006, de 24 de novembro É alterado o mapa anexo ao Decreto-Lei N.º 21-A/98, de 6 de fevereiro. Código dos Contratos Públicos aprovado pelo Decreto Lei N.º 18/2008, de 29 de janeiro Estabelece a disciplina aplicável à contratação pública e o regime substantivo dos contratos públicos. Código de Expropriações Lei N.º 56/2008, de 04 de setembro Aprova o código das expropriações que regula todo o procedimento expropriativo. Princípios do Bom Governo Resolução do Conselho de Ministros N.º 49/2007, de 01 de fevereiro Aprova os princípios de bom governo das empresas do sector empresarial do estado. Resolução da Assembleia da República N.º 53/2011, D.R. N.º 57, Série I, de 22 de março Alteração do regulamento de gestão e utilização das viaturas. Norma ISO 9001:2008 Sistemas de Gestão da Qualidade O Centro de Cartografia está certificado no âmbito da produção e fiscalização cartográfica, topografia e cadastro. A norma ISO 9001 constitui uma referência internacional para a certificação de sistemas de gestão da qualidade. A certificação de acordo com esta norma reconhece o esforço da organização em assegurar a conformidade dos seus produtos e/ou serviços, a satisfação dos seus clientes e a melhoria contínua. A certificação do sistema de gestão da qualidade é dirigida a qualquer organização, pública ou privada, independentemente da sua dimensão e sector de atividade. Decreto-Lei N.º 133/2013, de 03 de outubro Estabelece os princípios e regras aplicáveis ao sector público empresarial, incluindo as bases gerais do estatuto das empresas públicas. Com vista a promover a melhoria do desempenho da atividade pública empresarial. Com o presente decreto-lei foi criada a Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Sector Público Empresarial (Unidade Técnica). 47 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

412 REGULAMENTOS INTERNOS Regulamento da Avaliação de Desempenho dos Colaboradores da EDIA A avaliação de desempenho é um instrumento de desenvolvimento da estratégia da EDIA, que tem como objetivo a melhoria dos resultados, ajudando os colaboradores a atingir níveis de desempenho elevados. Regulamento do Centro de Documentação Neste regulamento estão definidos, entre outros assuntos, a natureza e principais funções do centro de documentação. Manual de Procedimentos O manual de procedimentos da EDIA operacionaliza a sua missão, estratégia e objetivos finais, servindo de fundamento a todas as tarefas executadas, identificando "quem as deve fazer", "como as deve fazer" e que "riscos e controlos estão associados. (Em 2013 houve uma revisão e atualização ao processo de empreitadas do manual de procedimentos da EDIA). Manual de Gestão de Documentos O manual de gestão de documentos é um documento normativo no qual vêm designados os procedimentos relacionados com a organização, funcionamento e implantação do arquivo da EDIA. Manual de Normas Gráficas EDIA O manual de normas gráficas A Marca EDIA, estabelece as normas básicas para a utilização do logotipo da EDIA, segundo regras que ajudem a estabilizar, normalizar e uniformizar a sua identificação visual. Manual de Normas Gráficas - Estacionário O manual de normas gráficas Normas e Modelos, estabelece as normas básicas para a utilização dos modelos de documentos existentes. Manual de Normas Gráficas da Marca Territorial Alqueva O manual de normas gráficas da marca territorial Alqueva, estabelece algumas regras para que a marca Alqueva seja bem implementada. Só assim é possível criar uma imagem clara e reconhecida da marca. Política de Computação Pessoal A política de computação pessoal apresenta as normas de conduta que devem ser respeitadas pelos colaboradores da EDIA e a descrição de alguns dos mecanismos automáticos implementados pelo gabinete de sistemas de informação para proteger os seus sistemas de informação. Regulamento para Cedência de Equipamento Informático O regulamento de cedência de equipamento informático estabelece as normas de requisição e cedência de equipamento informático não adequado para o uso profissional da EDIA. 48 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

413 Regulamento para Cedência de Equipamento Informático e de Comunicação para Motivos de Serviços O presente regulamento estabelece as normas de cedência de equipamento informático e de telecomunicações propriedade da EDIA por motivos de serviço. Regulamento de Gestão de Viaturas O regulamento de gestão de viaturas define um conjunto de princípios que tem como objetivo a otimização da frota existente, a uniformização de critérios e a responsabilidade dos utilizadores das viaturas da EDIA (O manual de utilização de viaturas foi alvo de alteração no ano de 2012, por forma a implementar as orientações resultantes da nova legislação em vigor). Regulamento de Utilização do Auditório O auditório do edifício sede da EDIA é um espaço ao qual podem ter acesso, além dos serviços desta empresa, entidades externas, usufruindo deste equipamento vocacionado para colóquios, debates, seminários, conferências, encontros e mesmo manifestações de carácter artístico/cultural. Este regulamento define, entre outros aspetos, as regras de utilização deste espaço. Regulamento Interno do Museu da Luz O regulamento interno do Museu da Luz define um conjunto de normas e procedimentos inerentes ao funcionamento do mesmo. Regulamento da Política de Incorporação do Museu da Luz O regulamento da política de incorporação do Museu da Luz constitui a política de incorporação do Museu da Luz definida segundo a vocação e consubstanciada no seu programa de atuação. Regulamento das Normas e Procedimentos de Conservação Preventiva do Museu da Luz Estabelece normas e procedimentos de conservação preventiva tendo em vista o cumprimento de uma função museológica de maior importância para os museus. Regulamento Geral de Formação dos Colaboradores da EDIA O regulamento geral de formação dos colaboradores da EDIA estabelece as linhas estratégicas e os princípios orientadores e normalizadores associados ao plano de formação da Empresa. Em 2012 este regulamento foi alterado, designadamente, no que respeita à frequência, por parte dos colaboradores, de cursos de pós-graduação e mestrados. Regulamento de Estágios da EDIA O presente regulamento tem por objetivo estabelecer a política global de funcionamento dos estágios na EDIA (profissionais comparticipados, profissionais não comparticipados e curriculares). Regulamento da Contratação de Prestação de Serviços Descrevendo de forma objetiva quais os motivos que levam à existência da necessidade de contratação de um prestador de serviços, devendo ainda ser claramente identificados quais os serviços a prestar a qual a duração dos mesmos. Regulamento de Admissão de Colaboradores em Regime de Contrato de Trabalho O presente regulamento é aplicável à contratação de colaboradores para a EDIA em regime de contrato de trabalho. 49 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

414 Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Este plano contém, nomeadamente, os seguintes elementos: Identificação, relativamente a cada área ou departamento, dos riscos de corrupção e infrações conexas; Com base na identificação dos riscos, identificação das medidas adotadas que previnam a sua ocorrência (por exemplo, mecanismos de controlo interno, segregação de funções, definição prévia de critérios gerais e abstratos, designadamente na concessão de benefícios públicos e no recurso a especialistas externos, nomeação de júris diferenciados para cada concurso, programação de ações de formação adequada, etc); Definição e identificação dos vários responsáveis, envolvidos na gestão do plano, sob a direção do órgão dirigente máximo; e Elaboração anual de um relatório sobre a execução do plano. Ordem de Serviço N.º 1/2013 Com esta ordem de serviço torna-se necessário definir: Uma hierarquia escalonada de delegação de competências por níveis de responsabilidades; e A forma de aprovação, conferência e validação da despesa realizada. Com o objetivo de estabelecer regras claras e eficazes para a gestão dos recursos financeiros da Empresa. V.C.2. Código de Ética O Código de Ética pode ser considerado como a Lei Maior da Empresa, a sua Constituição, através da qual se sistematizam, indicam e esclarecem as suas responsabilidades enquanto organização. Tem ainda a função de ligar a Empresa aos vários grupos e indivíduos que com ela interagem direta ou indiretamente (stakeholders). O Código de Ética é pois o instrumento que permite a todos os stakeholders conhecer a Empresa, suas formas de atuação e normas de conduta e dos seus funcionários, daí a importância da sua divulgação no seu site oficial, o que denota e torna público o compromisso da organização com os diversos agentes com os quais se relaciona, conforme o estipulado no artigo 47.º do Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro. A monitorização da necessidade de atualização do Código de Ética da EDIA tem vindo a ser assegurada não tendo, no entanto, ocorrido fatos relevantes que determinem a sua atualização. O Código de Ética contempla exigentes comportamentos éticos e deontológicos e está disponível no sítio próprio da EDIA na internet (www. edia.pt), no separador Princípios do Bom Governo, de modo a assegurar a sua divulgação junto dos seus colaboradores, clientes, fornecedores e público em geral. 1. Âmbito de Aplicação As normas gerais de conduta do Código de Ética aplicam-se a todos os colaboradores da EDIA, entendendo-se como tais todos os membros dos órgãos sociais, dirigentes e demais colaboradores da Empresa. A EDIA garante a disponibilização do Código de Ética a todos os colaboradores, bem como a existência de um canal de comunicação e de resolução de dúvidas. 50 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

415 A EDIA assume este Código como instrumento privilegiado na resolução de questões éticas, garantindo a conformidade deste com as práticas legais a que está sujeita. 2. Princípios e Normas 2.1. Cumprimento da Legalidade A EDIA e todos os seus colaboradores comprometem-se a garantir em todas as suas atividades a total conformidade com as legislações nacionais e internacionais vigentes. Os colaboradores nunca deverão executar, em nome da EDIA, qualquer ação que viole as legislações e os regulamentos aplicáveis à sua atividade Salvaguarda dos Bens Patrimoniais Os colaboradores devem assegurar a proteção e conservação do património físico, financeiro, intelectual e da informação da EDIA. Os recursos da Empresa devem ser utilizados de forma eficiente, com vista à prossecução dos seus objetivos e não deverão ser utilizados pelos colaboradores para fins pessoais Lealdade Os colaboradores devem assumir um comportamento de lealdade para com a EDIA, empenhando-se em salvaguardar a sua credibilidade e boa imagem em todas as situações, bem como em garantir o seu prestígio Confidencialidade e Sigilo Profissional Os colaboradores, mesmo depois do termo das suas funções, estão sujeitos ao sigilo profissional, em particular nas matérias que, pela sua efetiva importância, por virtude de decisão da EDIA ou por força da legislação em vigor, não devam ser do conhecimento geral. Os colaboradores, seja no interior da EDIA, seja no exterior da mesma, devem usar de reserva e discrição em relação a factos e informações de que tenham conhecimento por via do exercício das suas funções, bem como respeitar as regras instituídas quanto à confidencialidade da informação. As informações pessoais sobre os colaboradores estão sujeitas ao princípio da confidencialidade, apenas podendo a elas ter acesso o próprio ou quem tenha como responsabilidade específica a sua guarda, manutenção ou tratamento Governo da Sociedade A Administração da EDIA e o exercício de funções de alta direção devem ser desenvolvidos com rigor, zelo e transparência, estimulando a criação de condições de diálogo no seio do órgão de administração e dos dirigentes, nomeadamente no que respeita a estratégias, objetivos, análise de risco e avaliação de desempenho, em observância dos padrões de bom governo das sociedades Responsabilidade Os colaboradores devem pautar a sua atuação pelo rigoroso cumprimento dos limites de responsabilidade que lhe estão atribuídos, com especial relevo quanto aos limites e tolerância ao risco e aos objetivos orçamentais definidos para a EDIA. Os colaboradores devem usar o poder que lhes tenha sido delegado de forma não abusiva, orientado para a concretização dos objetivos da EDIA e não para a obtenção de vantagens pessoais sendo responsáveis perante a Empresa pela forma como exercem as suas funções. 51 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

416 2.7. Relações Institucionais com Outras Entidades Nas relações com outras entidades ou organizações, nacionais e internacionais, públicas ou privadas, a EDIA deve manter uma postura de participação e cooperação, apoiando iniciativas que se enquadrem no âmbito das suas atividades e possam traduzir-se em valorização da EDIA e dos seus colaboradores Divulgação e Fiabilidade da Informação A informação produzida e divulgada pela EDIA deve cumprir as leis e regulamentos aplicáveis, ser exata, completa, realizada atempadamente e representar com fiabilidade a situação financeira e os resultados das operações em todos os aspetos materialmente relevantes para o adequado conhecimento sobre a sua condição e performance financeira Conflito de Interesses Em todos os casos em que no exercício da sua atividade profissional os colaboradores sejam chamados a intervir em processos de decisão que envolvem direta ou indiretamente entidades com que colaborem ou tenham colaborado, ou pessoas singulares a que estejam ou tenham estado ligados por laços de parentesco ou afinidade de qualquer natureza, devem comunicar às chefias respetivas a existência dessas relações. Os colaboradores devem abster-se de exercer quaisquer funções fora da EDIA, sempre que tais atividades ponham em causa o cumprimento dos seus deveres enquanto colaboradores da Empresa, ou em organizações cujos objetivos possam colidir ou interferir com os objetivos da EDIA Integridade É interdita toda a prática de corrupção, em todas as suas formas ativas e passivas, quer através de atos e omissões quer por via da criação e manutenção de situações de favor ou irregulares. A EDIA e os seus colaboradores recusarão quaisquer ofertas que possam ser consideradas ou interpretadas como uma tentativa de influenciar a EDIA ou o colaborador. Em caso de dúvida, o colaborador deverá comunicar, por escrito, a situação à respetiva hierarquia. Os colaboradores não podem negociar nem efetuar quaisquer acordos relativamente a preços, partilha de mercados ou de clientes, em qualquer atividade suscetível de restringir ou falsear a concorrência Relações Interpessoais e Ambiente de Trabalho Os colaboradores devem contribuir para a criação e a manutenção de um bom clima de trabalho, cimentando a unidade, mormente através da colaboração e cooperação mútuas. A EDIA promoverá a correção, cordialidade, afabilidade e brio profissional nas relações entre colaboradores, bem como o respeito pelos respetivos direitos, sensibilidades e diversidade. Todos os colaboradores deverão conhecer, cumprir e fazer cumprir as normas de higiene e segurança no trabalho, bem como reportar quaisquer não conformidades verificadas. Os colaboradores pautarão as suas relações recíprocas por um tratamento cordial, respeitoso e profissional, devendo apresentar-se condignamente no seu local de trabalho e desenvolver a sua atividade com zelo, espírito de iniciativa e integridade Igualdade de Oportunidades e Não Discriminação A EDIA respeita o princípio da igualdade de oportunidades e promove a implementação de instrumentos que permitam avaliar o desempenho dos seus colaboradores com base no mérito individual efetivamente demonstrado, procurando valorizar as respetivas carreiras de acordo com estes critérios. A EDIA deve promover a valorização profissional dos seus colaboradores ao longo da sua vida laboral. Os colaboradores devem procurar, de forma permanente, o aperfeiçoamento e atualização dos seus conhecimentos, tendo em vista a manutenção, o 52 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

417 desenvolvimento e a melhoria das suas capacidades profissionais e a prestação de melhor serviço público. São inadmissíveis quaisquer formas de discriminação individual incompatíveis com a dignidade da pessoa humana, nomeadamente em razão da origem, etnia, sexo, confissão política e confissão religiosa. O direito à reserva da intimidade da vida privada deve ser respeitado escrupulosamente Relações com os Fornecedores e os Parceiros Os colaboradores da EDIA devem negociar na observância do princípio da boa fé e honrar integralmente os seus compromissos com os fornecedores e os parceiros, bem como verificar o integral cumprimento por aqueles das normas definidas contratualmente. Os contratos devem ser claramente redigidos, sem ambiguidades ou omissões e no respeito pela Lei e pelas disposições normativas internas que na EDIA vigorem sobre a matéria. A seleção de fornecedores ou prestadores de serviços deve processar-se em conformidade com as condições de mercado, devendo ser considerados não apenas os indicadores económicos e financeiros, condições comerciais e qualidade dos bens ou serviços propostos, mas também o comportamento ético do fornecedor ou prestador de serviços percebido pelo público em geral. Os colaboradores devem chamar a atenção dos seus fornecedores, prestadores de serviços e parceiros para o cumprimento dos valores éticos da EDIA, nomeadamente no que se refere à confidencialidade da informação relativa à empresa Relações com a Comunicação Social As informações prestadas aos meios de comunicação social através de publicidade devem possuir carácter informativo e verdadeiro, respeitar os parâmetros culturais e éticos da comunidade e a dignidade da pessoa humana, contribuir para a imagem da EDIA e para a criação de valor e dignificação da Empresa. A oportunidade das informações deve ser validada pela linha hierárquica relevante, quando prestadas por colaborador não mandatado para agir na qualidade de representante ou porta-voz da EDIA para o exterior Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável A EDIA assume a sua responsabilidade social junto das comunidades onde desenvolve as suas atividades empresariais de forma a contribuir para o seu progresso e bem-estar. A responsabilidade social da EDIA é entendida como a contribuição dos negócios para o desenvolvimento sustentável por via de uma gestão proactiva dos impactes ambientais, sociais e económicos das respetivas atividades. A EDIA e os seus colaboradores devem participar ativamente em políticas de meio ambiente e separação de resíduos, de eficiência energética, cuidando da gestão de bens escassos e dando preferência à utilização de materiais biodegradáveis/recicláveis. Os colaboradores, em especial os dirigentes, da EDIA devem garantir que, do exercício das suas atividades não resulta direta ou indiretamente qualquer agressão ou prejuízo para o património das comunidades, cuidando da sua imagem externa no respeito do património arqueológico, arquitetónico, ambiental e linguístico e melhorando a qualidade de vida dos cidadãos. A EDIA considera o desenvolvimento sustentável um objetivo estratégico para alcançar o crescimento económico e contribuir para uma sociedade mais evoluída, preservando o meio ambiente e os recursos não regeneráveis para as próximas gerações. D. SÍTIO DE INTERNET Indicação dos endereços e divulgação da informação disponibilizada, designadamente: 53 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

418 a) Sede e demais elementos mencionados no artigo 171.º do CSC A identificação da sede e demais elementos mencionados no artigo 171.º do CSC encontra-se disponível no website oficial da Empresa (www. edia.pt), no separador Quem Somos» EDIA» Princípios de Bom Governo. b) Estatutos dos Órgãos Sociais Os estatutos dos Órgãos Sociais da EDIA estão definidos no Decreto-lei n.º 42/2007, de 22 de fevereiro, diploma que define ainda o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), e encontram-se disponíveis no website oficial da Empresa (www. edia.pt), no separador Quem Somos» EDIA» Princípios de Bom Governo. c) Identificação dos titulares dos órgãos sociais e outros órgãos estatutários A identificação dos titulares dos órgãos sociais encontra-se disponível no website oficial da Empresa (www. edia.pt) no separador Quem Somos» EDIA» Princípios de Bom Governo» Corpos Sociais. d) Documentos de prestação de contas anuais e, caso aplicável, as semestrais Os documentos de prestação de contas anuais encontram-se disponíveis no website oficial da Empresa (www. edia.pt) no separador Quem Somos» EDIA» Informação Financeira. Os documentos de prestação de contas semestrais encontram-se disponíveis no website oficial da Empresa (www. edia.pt) no separador Quem Somos» EDIA» Relatórios de Atividades. 54 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

419 VI. REMUNERAÇÕES A. COMPETÊNCIAS PARA A DETERMINAÇÃO O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em 2013, relativamente ao total de remunerações recebidas anualmente, tendo-se mantido no que respeita ao valor de cada remuneração. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010 de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%, respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal 55 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

420 Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do art.º. 29.º - Suspensão do pagamento dos subsídios de férias ou equivalente - da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, foi também reposto o pagamento dos subsídios de férias. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo 28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em duodécimos. Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), como medida excecional de estabilidade orçamental foi suspenso, em 2012, o pagamento de subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses, conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de dezembro. B. COMISSÃO DE FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES Composição da Comissão de Fixação de Remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou coletivas contratadas para lhe prestar apoio. A Comissão de Fixação de Remunerações da EDIA, nomeada para o triénio , e aprovada em Assembleia Geral da EDIA de 8 de março de 2012, é a seguinte: Presidente: Filomena Maria Amaro Vieira Martinho Bacelar; Vogal: Rita Maria Pereira da Silva e Vogal: Maria Onilda Maia Condeças Oliveira Sousa. Nunca houve quaisquer pessoas singulares ou coletivas contratadas para prestarem apoio à Comissão. C. ESTRUTURA DE REMUNERAÇÕES VI.C.1. Descrição da política de remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização As remunerações dos membros dos Órgãos Socias das empresas públicas devem ser fixadas em função da complexidade, exigência e responsabilidade inerentes às respetivas funções e atendendo às práticas normais no respetivo setor de atividade, tendo em conta, de igual forma, os princípios e orientações estabelecidos pelos acionistas e a situação do mercado. As remunerações a auferir efetivamente pelos membros do Conselho de Administração e Órgão de Fiscalização não podem exceder os montantes atribuídos à data de 01 de março de 2012, data de entrada em vigor da Resolução do Conselho de Ministros n.º 16/2012. ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO Revisor Oficial de Contas Conselho Fiscal Honorários ,00 Despesas de deslocação (transporte e alojamento), conforme Art.º 59 do Estatutos do ROC. Honorários Presidente - 20% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de Administração Honorários Vogais - 15% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de Administração 56 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

421 VI.C.2. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses dos membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da sociedade A remuneração dos Órgãos de Administração da EDIA consiste unicamente no vencimento base, não havendo lugar ao pagamento de despesas de representação, prémios ou quaisquer outra remuneração variável. VI.C.3. Referência, se aplicável, à existência de uma componente variável da remuneração, critérios de atribuição e informação sobre eventual impacto da avaliação de desempenho nesta componente Não aplicável. VI.C.4. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento Não aplicável. VI.C.5. Parâmetros e fundamentos definidos no contrato de gestão para efeitos de atribuição de prémio Não aplicável. VI.C.6. Regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores e data em que foram aprovados em assembleia geral, em termos individuais Não aplicável. 57 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

422 D. DIVULGAÇÃO DE REMUNERAÇÕES VI.D.1. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros do órgão de administração da sociedade, proveniente da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e, relativamente a esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem, podendo ser remetida para ponto do relatório onde já conste esta informação EGP OPRLO Nome Fixado Classificação Vencimento Despesas Representação Identificar Entidade Pagadora [S/N] [A/B/C] Valor (mensal) [Identifica/n.a.] [O/D] João Cláudio Cabral de Oliveira Basto S B José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema S B Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo S B Jorge Manuel Vazquez Gonzalez S B Nota: EGP - Estatuto do Gestor Público; OPRLO - Opção pela Remuneração do Lugar de Origem; O/D: Origem/Destino Nome Variável Fixa** Outra *** Redução Lei 12-A/2010 Redução (Lei OE) Redução Anos Anteriores* Bruta após Reduções João Cláudio Cabral de Oliveira Basto José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Jorge Manuel Vazquez Gonzalez EGP Nota: Redução de anos anteriores: refere a remunerações regularizadas no ano em referencia pertencentes a anos anteriores * Indicar os motivos subjacentes a este procedimento ** Incluir a remuneração + despesas de representação *** Valor correspondente a férias não gozadas VI.D.2. Montantes pagos, por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeita a um domínio comum Não aplicável. VI.D.3. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e/ou participação nos lucros foram concedidos Não aplicável. 58 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

423 VI.D.4. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durantes o exercício Nenhum ex-membro do Conselho de Administração recebeu da EDIA, até à data, quaisquer indemnizações. VI.D.5. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros do órgão de fiscalização da sociedade Revisor Oficial de Contas Nome Bruta Remuneração Anual ( ) Redução (Lei OE) Bruta após Redução Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr José Vieira dos Reis Conselho Fiscal Remuneração Anual ( ) Nome Bruta Redução (Lei OE) Bruta após Redução António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves Orlando José Manuel de Castro Borges Nelson Manuel Costa dos Santos Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio VI.D.6. Indicação da remuneração no ano de referência dos membros da mesa da assembleia geral Mesa da Assembleia Geral Mandato Estatuto Remuneração Anual ( ) Cargo Nome Remuneratóri (Início - Fim) Bruta (2) Reduções Bruta após o Fixado ( ) (1) (Lei OE) Eeduções ( ) Presidente Carlos Alberto Martins Portas 645,77 645, ,77 ( ) Secretário José Pedro da Silva Martins ( ) Secretária Cristina Maria Pereira Freire 387,97 387, ,97 Legenda: (1) - Valor da senha de presença fixada (2) - Antes de Reduções remuneratórias 59 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

424 VII. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS E OUTRAS 1. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes relacionadas e indicação das transações que foram sujeitas a controlo em 2013 O Capital Social da EDIA é detido a 100% pelo Estado Português, através da DGTF. Em 31 de dezembro de 2013, o capital social realizado, ascende a ,00; O Capital Próprio da Empresa, a 31 de dezembro de 2013, era de ; Para fazer face aos investimentos, em 2013, a EDIA obteve financiamento através de diversas origens de fundos (Empréstimo Bancário, Fundos Comunitários e PIDDAC); O Financiamento Comunitário e de PIDDAC em 2013 foi de ; e O Financiamento Comunitário considera os montantes recebidos de FEDER, Fundo de Coesão e FEADER. 2. Informação sobre Outras Transações a) Identificação dos procedimentos adotados em matéria de aquisição de bens e serviços A EDIA procede às suas contratações em conformidade com o disposto no Código dos Contratos Públicos (CCP) e está sujeita à sua aplicação, nos termos aprovados pelo Decreto-Lei N.º 18/2008, de 29 de janeiro, por força do disposto no respetivo artigo 2.º, N.º 2, alínea a). Na aplicação das normas da contratação pública, a EDIA norteia-se pelos princípios da igualdade, da não discriminação e da transparência enunciados no artigo 2.º da Diretiva N.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, sem perder de vista outros valores igualmente relevantes como sejam a economicidade ou boa gestão financeira dos recursos públicos e a seleção da proposta mais conveniente para o interesse público. As decisões que autorizam a realização de despesa suportam-se em informações onde é justificada a necessidade de contratar e proposto o procedimento mais adequado, seguindo a tramitação prevista no CCP e as regras de procedimento estabelecidas em regulamento interno, tendo presente a necessidade de desagregar funções e objetivar as peças de cada procedimento, em particular ao nível da definição do respetivo critério de adjudicação. Foram ainda incorporadas, nos procedimentos de contratação pública implementados na EDIA, as orientações constantes do Despacho N.º 438/10-SETF, de 10 de maio. Neste âmbito, a EDIA norteia ainda a sua atividade pelo seguinte conjunto de princípios de referência: Os bens e serviços que integram o ativo intangível e tangível estão valorizados ao valor presente, que inclui o valor de fatura e ainda todos os gastos adicionais necessários à sua entrada em funcionamento; 60 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

425 As amortizações dos bens são calculadas conforme a política de amortizações descrita nas notas Ativo Intangível e Ativo Tangível, do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados; As reparações e gastos de manutenção de natureza corrente são reconhecidos como gastos do exercício em que ocorrem; A partir de 01 de janeiro de 2013, as competências para a realização de despesas em matéria de aquisição de bens e serviços encontram-se definidas na Ordem de Serviço N.º 1/2013; e Para despesas cujo valor estimado seja superior a 5.000,00, o recurso ao procedimento de ajuste direto implicará sempre o convite a pelo menos cinco entidades, só se admitindo o convite a um universo inferior de interessados em casos excecionais e devidamente fundamentadas, sujeito a autorização pelo Conselho de Administração. b) Universo das transações que não tenham ocorrido em condições de mercado A EDIA não efetuou transações fora das condições de mercado. c) Lista de fornecedores que representem mais de 5% dos Fornecimentos e Serviços Externos O total de FSE foi m A EDP Comercial foi o único fornecedor que representou mais de 5% da dos FSE (m 1.813) faturou cerca de m Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

426 VIII. ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA NOS DOMÍNIOS ECONÓMICOS, SOCIAL E AMBIENTAL ESTRATÉGIAS ADOTADAS As práticas de gestão sustentável são intrínsecas ao posicionamento da EDIA e a forma como operacionaliza o dia-a-dia da Organização, reflete-se no propósito da sua criação, enquanto catalisador do desenvolvimento regional, numa das regiões mais carenciadas de Portugal. A água é o principal ativo do Projeto Alqueva, existindo assim uma assunção plena por parte da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, que o sucesso dos objetivos a que se propõe, está diretamente correlacionado com a sua capacidade de o preservar e proteger. Para atingir este objetivo, a EDIA procura desenvolver uma relação de proximidade com todas as comunidades abrangidas pela sua atividade, fomentando a criação de sinergias entre as diferentes entidades competentes para a promoção económica e conservação ambiental. Ao implementar a sua atividade de uma forma sustentável e adotando as práticas de uma gestão responsável, está assim a contribuir para o desenvolvimento da região onde se encontra inserida e onde o projeto está alicerçado. Assim, procura centrar o esforço da sua atividade na promoção da boa utilização dos recursos hídricos disponíveis, através da construção e exploração das melhores infraestruturas para a sua reserva e transporte, minimizando perdas e promovendo a sua eficiência, criando as condições necessárias que permitam potenciar a produção de energia hidroelétrica, o desenvolvimento da agricultura e das agroindústrias e garantir o abastecimento público na área de influência do projeto. A EDIA considera que ao contribuir para o desenvolvimento destas fileiras, está a contribuir, não apenas para o desenvolvimento de uma das regiões com maior potencial agrícola do País, como também a dar o contributo necessário para que Portugal reverta a situação económicofinanceira delicada em que se encontra, ajudando os atuais empresários da região, bem como procurando atrair novos que reconheçam o elevado potencial desta região do Alentejo. A Agenda de Sustentabilidade para o período , constitui um instrumento fundamental para a EDIA, permitindo consolidar a estratégia da empresa do ponto de vista da sustentabilidade empresarial e assenta em quatro áreas estratégicas: Gestão da água Gestão da infraestrutura Promoção do regadio Desenvolvimento regional 62 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

427 No âmbito da Agenda, foram apresentados os compromissos para cada uma destas áreas, as ações a desenvolver, os indicadores associados, bem como as áreas da Empresa responsáveis pela sua implementação e o respetivo grau de dificuldade, com um cronograma associado. A Agenda Estratégica para a Sustentabilidade constitui uma ferramenta de trabalho importante para a consolidação da Empresa, enquanto entidade responsável pela conceção, construção, exploração e potenciação do Empreendimento de Fins Múltiplos, nas suas diferentes valências e cujo desempenho se quer sustentável do ponto de vista económico, social e ambiental. Dando corpo a esta estratégia integrativa, foi criado o Departamento de Sustentabilidade com a missão de contribuir para a implementação da Agenda e promover a incorporação dos princípios do desenvolvimento sustentável e o espirito da responsabilidade corporativa da empresa. Através da publicação do Relatório de Sustentabilidade, iniciada em 2012, a EDIA comunica às partes interessadas, o seu desempenho em termos de boas práticas de sustentabilidade a nível ambiental, social e económico. Grau de cumprimento de metas fixadas/políticas prosseguidas com vista a garantir a eficiência económica, financeira, social e ambiental e salvaguarda das normas de qualidade A Agenda Estratégica para a Sustentabilidade , aprovada pelo Conselho de Administração em agosto de 2013, prevê momentos anuais de avaliação do grau de cumprimento dos compromissos estabelecidos, estando claramente ligada aos objetivos gerais anuais da empresa, nas vertentes ambiental, económica e social. Desta forma, os grandes compromissos da Agenda são os compromissos da EDIA para este triénio e assumindo mais uma vez a água como principal ativo de toda a sua estratégia. A contribuição da EDIA para a gestão integrada racional e otimizada dos recursos hídricos da área de influência do EFMA, é uma das principais metas fixadas para a qual toda a Empresa proativamente contribui. Tendo entrado em fase de implementação no último trimestre de 2013, A Agenda Estratégica para Sustentabilidade constitui o principal instrumento da politica de sustentabilidade da Empresa, contemplando para as diferentes áreas estratégicas já referidas, os compromissos assumidos pela EDIA, as ações para dar cumprimento aos mesmos, indicadores para o esforço de monitorização e de implementação e as unidades internas responsáveis pela sua concretização. Na Gestão da Água, a EDIA assume contribuir para o aumento dos níveis da qualidade da água que distribui, além do contributo imprescindível para a gestão integrada, racional e otimizada deste recurso, que tem como origem um Rio Internacional, o Guadiana, através da promoção do uso eficiente da água nas explorações agrícolas e da definição de um plano que permita converter o consumo descentralizado de água para o consumo centralizado, através das infraestruturas do EFMA. Implementar um programa de monitorização anual para os recursos hídricos superficiais e promover o respetivo reporte com uma periodicidade anual são outras duas ações que a EDIA assume com essenciais para aumentar os níveis de qualidade da água que distribui. 63 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

428 A sensibilização das comunidades na região de influência do EFMA para as questões associadas à gestão responsável da água e à sustentabilidade deste recurso é outro dos compromissos assumidos como muito importante, implicando o planeamento para de uma estratégia de responsabilidade social corporativa com enfoque na gestão responsável da água. Aqui o COTR, Centro Operativo e de Tecnologias do Regadio, de cuja Direção a EDIA faz parte ativamente, constitui-se também como um braço armado de toda esta estratégia de promoção do uso eficiente da água e da otimização dos recursos afetos a todas as atividades económicas de regadio que se encontram a jusante do recurso água. A gestão da infraestrutura é outra área estratégica da EDIA, comprometendo-se a Empresa a aumentar os níveis de serviço das infraestruturas afetas ao EFMA, a reduzir o consumo energético e emissões da operação, a aumentar a eficiência da distribuição de água e a garantir a sustentabilidade financeira da operação. As ações definidas neste âmbito passam pela definição de um plano de otimização do consumo elétrico da infraestrutura, pela redução das perdas na rede, pela mitigação dos riscos que potenciem a quebra de fornecimento de água e pelo desenvolvimento de atividades de operação e manutenção da rede que garantam margens positivas para a EDIA. O acompanhamento de todas as questões correlacionadas com os tarifários do serviço de distribuição de água, que promovam a competitividade das atividades económicas a jusante da distribuição de água, mas que preservem os ativos da empresa, promovendo simultaneamente o uso eficiente da água para rega, são questões da máxima importância e que a EDIA tem vindo a trabalhar de forma intensa. A promoção do regadio assume-se claramente neste triénio como uma área de fundamental importância para o planeamento global do EFMA, numa ótica de pleno aproveitamento dos recursos hídricos disponibilizados à região. Considerando que a maior fatia dos recursos hídricos afetos ao projeto se destinam a atividades agrícolas ou a elas relacionadas, só promovendo todas estas fileiras e a sua rentabilização se consegue a utilização plena dos níveis de serviço afetos ao projeto. A promoção de soluções associadas à maximização do negócio de distribuição de água, à captação de investimentos nas áreas agrícola e agroindustrial, o desenvolvimento de pacotes comerciais e novos modelos de agro-negócio, constitui o grande instrumento para consolidar o desenvolvimento socioeconómico e ambiental do EFMA. Os compromissos assumidos nesta área para o triénio passam por aumentar a taxa de adesão ao regadio da forma mais rápida e sustentada possível, aumentar os níveis de investimento em produção agrícola e agroalimentar na região, promover a utilização responsável dos recursos naturais com especial destaque para a água e solo, contribuindo no seu conjunto para o desenvolvimento económico da área beneficiada pelo regadio do EFMA. As ações definidas para a sua concretização são diversificadas e incluem a caracterização das áreas beneficiadas que não regam atualmente, o acompanhamento de potenciais investidores agrícolas e agroindustriais, a monitorização anual da evolução das taxas de adesão ao regadio, a promoção da diversificação cultural, a sensibilização ativa dos produtores agrícolas e agroalimentares para a utilização de práticas de produção mais responsáveis, a dinamização de miniprojectos de emparcelamento natural nas áreas de pequena propriedade, a criação de Academias demonstrativas de novas tendências culturais, entre outras. Uma ação importante e 64 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

429 que servirá como instrumento de medição do impacto das ações anteriores passará por estimar o impacto económico indireto do regadio promovido pela EDIA através da implementação de um mecanismo anual de recolha de informação junto dos principais clientes da Empresa. Todos os compromissos assumidos pela EDIA no âmbito da sua Agenda Estratégica para o triénio confluem no objetivo último de promover a qualificação e o desenvolvimento do território na zona de influência do EFMA, dando um contributo decisivo para o desenvolvimento regional e para a economia nacional. Transversalmente a todas as áreas de intervenção serão igualmente desenvolvidas ações que contribuirão para a mitigação dos principais riscos associados à atividade da EDIA, para a promoção e requalificação do corpo técnico da Empresa em todas as suas valências, para o aumento dos índices de biodiversidade na região de influência do EFMA e para o crescente envolvimento das partes interessadas nas diferentes áreas de Alqueva. Entre estas ações, destacam-se a gestão dos principais riscos que afetam a atividade da EDIA (financeiros, ambientais e práticas de contratação pública) com a identificação dos riscos e sua classificação numa matriz de probabilidade de ocorrência versus impacto financeiro e a definição de medidas de mitigação para os riscos mais críticos identificados, o desenvolvimento de um plano de formação que contemple as necessidades de desenvolvimento de competências dos trabalhadores, alinhado com as necessidades do novo ciclo de gestão da Empresa, a monitorização da biodiversidade na área de influência do EFMA e implementação das correspondentes medidas de gestão e a implementação de uma estratégia de relacionamento com as diversas partes interessadas. Princípio da Igualdade de Género (Resolução do Conselho de Ministros N.º 19/2012, de 23 de fevereiro) A atual estrutura orgânica da EDIA tem em conta as especiais responsabilidades da Empresa no âmbito da gestão e construção do EFMA, visando atingir os objetivos definidos na lei e em conformidade com os seus estatutos. O equilíbrio da sua estrutura de recursos humanos tem vindo a ser conseguido através de um forte empenhamento dos seus colaboradores (originários, na sua grande maioria, da região), que passa também pela sua valorização (aposta forte na formação, o que permite um aumento das competências, quer verticais quer transversais), e pela introdução dos conceitos de flexibilidade e polivalência (o que tem permitido a conversão gradual de colaboradores das áreas de construção para as áreas de exploração, e a transferência de colaboradores entre departamentos consoante as necessidades específicas da empresa). Por outro lado, e tendo em consideração a determinação de adoção, em todas as entidades do SEE, dos planos para a igualdade previstos na Resolução do Conselho de Ministros N.º 70/2008, de 22 de abril, que visa alcançar uma efetiva equidade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres e promover a eliminação das discriminações e a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional dos seus profissionais, a EDIA possui, num quadro de pessoal composto por 187 colaboradores (a 31 de dezembro de 2013), 96 colaboradoras do sexo feminino, que ocupam 12 cargos de chefia na estrutura organizacional da Empresa. Este facto denota o esforço levado a cabo pela organização no sentido de promover o alcance de uma presença plural de mulheres e de homens para a ocupação de cargos de chefia no seio da 65 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

430 Empresa, com a adoção de políticas de promoção da igualdade de género entre os seus colaboradores, e no respeito dos princípios emanados pelas mesmas. A EDIA promove ainda a implementação de instrumentos que permitam avaliar o desempenho dos seus recursos humanos com base no mérito individual efetivamente demonstrado, procurando valorizar as respetivas carreiras de acordo com estes critérios. Fruto das boas práticas seguidas e implementadas pela empresa neste domínio é o resultado obtido na Avaliação efetuada quanto à Igualdade de Género nas Empresas que classifica a EDIA como uma empresa que além de cumprir a legislação no domínio da igualdade de género, evidencia princípios e práticas significativas neste domínio. 66 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

431 IX. AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO IX.1. Cumprimento das Recomendações Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos Não aplicável. a) Informação que permita aferir o cumprimento da recomendação ou remissão para o ponto do relatório onde a questão é desenvolvidamente tratada (capítulo, título, ponto, página) Não aplicável. b) Justificação para o eventual não cumprimento ou cumprimento parcial Não aplicável. c) Em caso de não cumprimento ou cumprimento parcial, identificação de eventual mecanismo alternativo adotado pela sociedade para efeitos de prossecução do mesmo objetivo da recomendação Não aplicável. IX.2. Outras Informações A sociedade deverá fornecer quaisquer elementos ou informações adicionais que, não se encontrando vertidas nos pontos anteriores, sejam relevantes para a compreensão do modelo e das práticas de governo adotadas 67 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

432 X. GRELHA REFERENTE ÀS PRÁTICAS DE BOA GESTÃO SOCIETÁRIA ADOTADAS PELA EDIA EM 2013 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações SIM Não SIM NÃO I Missão, Objetivos e Politicas 1. Indicação da missão e da forma como é prosseguida, assim como a visão e os valores que orientam a empresa. 2. Políticas e linhas de ação desencadeadas no âmbito da estratégia definida X X X X Pág. 5 Pág Indicação dos objetivos e do grau de cumprimento dos mesmos, assim como a justificação dos desvios verificados e as medidas de correção aplicadas ou a aplicar. 4. Indicação dos fatores chave de que dependem os resultados da empresa. II Estrutura de Capital X X X X Pág. 6-9 Pág Estrutura de capital X X Pág Eventuais limitações à Pág. 11 titularidade e/ou X X transmissibilidade das ações. 3. Acordos parassociais. X X Pág. 11 III Participações Sociais e Obrigações detidas 68 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

433 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações SIM Não SIM NÃO 1. Identificação das pessoas singulares (órgãos sociais) e/ou coletivas (Empresa) que, direta ou indiretamente, são titulares de participações noutras entidades, com indicação detalhada da percentagem de capital e de votos. 2. A aquisição e alienação de participações sociais, bem como a participação em quaisquer entidades de natureza associativa ou fundacional. 3. A prestação de garantias financeiras ou assunção de dívidas ou passivos de outras entidades. 4. Indicação sobre o número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e de fiscalização. 5. Informação sobre a existência de relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações e a sociedade. 6. Identificação dos mecanismos adotados para prevenir a existência de conflitos de interesses. IV Órgãos Sociais e Comissões X X X X X X X X X X X X Pág Pág. 18 Pág. 18 Pág. 19 Pág. 19 Pág. 19 A. Mesa da Assembleia Geral 1. Composição da mesa AG, X X Pág. 20 mandato e remuneração. 2. Identificação das deliberações acionistas. X X Pág. 20 Não se aplica visto que o Estado, através da DGTF, é acionista único da 69 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

434 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações B. Administração e Supervisão SIM Não SIM NÃO 1. Modelo de governo adotado X X Pág. 21 EDIA. 2. Regras estatutárias sobre procedimentos aplicáveis à nomeação e substituição dos membros. 3. Composição, duração do mandato, número de membros efetivos. 4. Identificação dos membros executivos e não executivos do CA e identificação dos membros independentes do CGS. 5. Elementos curriculares relevantes de cada um dos membros. 6. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas, dos membros, com acionistas a quem seja imputável participação qualificada superior a 2% dos direitos de voto. 7. Organogramas relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais. 8. Funcionamento do Conselho de Administração, do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração Executivo. X X X X X X X X X X X X X X Pág. 21 Pág. 21 Pág. 22 Pág Pág. 23 Pág Pág As comissões no seio do Órgão de Administração ou supervisão e Administradores Delegados não se aplicam à EDIA. 9. Comissões existentes no órgão de administração ou supervisão. X X Pág. 26 Não aplicável à EDIA. 70 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

435 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações C. Fiscalização SIM Não SIM NÃO 1. Identificação do órgão de fiscalização correspondente ao modelo adotado e composição, indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração do mandato, número de membros efetivos e suplentes. 2. Identificação dos membros da Fiscalização 3. Elementos curriculares relevantes de cada um dos membros. 4. Funcionamento da fiscalização. D. Revisor Oficial de Contas 1. Identificação do ROC, SROC. 2. Indicação das limitações, legais. 3. Indicação do número de anos em que a SROC e/ou ROC exerce funções consecutivamente junto da sociedade/grupo. 4. Descrição de outros serviços prestados pelo SROC à sociedade. E. Auditor Externo Pág. 27 X X X X Pág. 27 X X Pág X X Pág. 30 X X Pág X X Pág. 31 Pág. 32 X X X X Pág Identificação. X X Pág Política e periodicidade da rotação. 3. Identificação de trabalhos, distintos dos de auditoria, realizados. 4. Indicação do montante da remuneração anual paga. V. Organização Interna X X Pág. 33 X X Pág. 34 X X Pág Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

436 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações A. Estatutos e Comunicações SIM Não SIM NÃO 1. Alteração dos estatutos da sociedade - Regras aplicáveis 2. Comunicação de irregularidades. 3. Indicação das políticas antifraude. B. Controlo interno e gestão de riscos 1. Informação sobre a existência de um sistema de controlo interno (SCI). 2. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou SCI. 3. Principais medidas adotadas na política de risco. 4. Relações de dependência hierárquica e/ou funcional. 5. Outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos. 6. Identificação principais tipos de riscos. 7. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo, gestão e mitigação de riscos. 8. Elementos do SCI e de gestão de risco implementados na sociedade. C. Regulamentos e Códigos 1. Regulamentos internos aplicáveis e regulamentos externos. 2. Códigos de conduta e de Código de Ética. D. Sítio de Internet X X Pág. 35 X X Pág. 35 X X Pág X X Pág X X Pág. 37 X X Pág X X Pág X X Pág. 43 X X Pág Pág. 45 X X Pág. 46 X X X X Pág X X Pág Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

437 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações SIM Não SIM NÃO VI Indicação do(s) endereço(s) e divulgação da informação disponibilizada. Remunerações X X Pág. 54 A. Competência para a Determinação Indicação do órgão competente para fixar remuneração. B. Comissão de Fixação de Remunera. X X Pág Composição. X X Pág. 56 C. Estrutura das Remunerações 1. Política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização. X X 2. Informação sobre o modo como a remuneração é X X estruturada. 3. Componente variável da remuneração e critérios de atribuição. X X Pág. 56 Pág. 57 Pág. 57 Componente variável da remuneração e critérios de atribuição Não aplicável. 4. Diferimento do pagamento da componente variável. X X Pág. 57 Diferimento do pagamento da componente variável Não aplicável. 5. Parâmetros e fundamentos para atribuição de prémio. X X Pág. 57 Parâmetros e fundamentos para atribuição de prémio Não aplicável. 6. Regimes complementares de pensões. X X Pág. 57 Regimes complementares de 73 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

438 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações D. Divulgação das Remunerações SIM Não SIM NÃO pensões Não aplicável. 1. Indicação do montante anual da remuneração auferida. 2. Montantes pagos, por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo. X X X X Pág. 58 Pág. 58 Montantes pagos, por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo Não aplicável. 3. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou prémios. X X Pág. 58 Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou prémios Não aplicável. 4. Indemnizações pagas a exadministradores executivos. 5. Indicação do montante anual da remuneração auferida do órgão de fiscalização da sociedade. 6. Indicação da remuneração anual da mesa da assembleia geral. VII Transações com partes Relacionadas e Outras 1. Mecanismos implementados para controlo de transações com partes relacionadas. 2. Informação sobre outras transações. VIII Análise de sustentabilidade da empresa nos domínios económicos, social e X X Pág. 59 Pág. 59 X X X X Pág. 59 X X Pág. 60 X X Pág Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

439 Relatório de Governo Societário Identificação Divulgação Página Observações ambiental SIM Não SIM NÃO 1. Estratégias adotadas e grau de cumprimento das metas fixadas. X X Pág Políticas prosseguidas. X X Pág Forma de cumprimento dos princípios inerentes a uma adequada gestão empresarial: IX a) Responsabilidade social b) Responsabilidade ambiental c) Responsabilidade económica. Avaliação do Governo Societário X X Pág Cumprimento das X X Pág. 67 Não aplicável. Recomendações 2. Outras informações X X Pág. 67 Não aplicável. 75 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

440 76 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

441 77 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

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