SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL E CONDIÇÕES URBANAS DE VIDA NOS ANOS 80: A METRÓPOLE DO RIO DE JANEIRO EM QUESTÃO

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1 SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL E CONDIÇÕES URBANAS DE VIDA NOS ANOS 80: A METRÓPOLE DO RIO DE JANEIRO EM QUESTÃO Luciana Corrêa do Lago 1 O presente trabalho tem como tema central as desigualdades sociais e espaciais nas grandes metrópoles e vai buscar avaliar as mudanças e permanências, ocorridas na década de 80, na estruturação espacial e no padrão de segregação da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O modelo dual núcleo-periferia, consolidado na literatura como expressão e explicação da dinâmica de organização interna do espaço metropolitano será utilizado como referência analítica. O alto grau de concentração das atividades econômicas e da infra-estrutura básica nos núcleos urbanos, assim como o padrão de localização dos diferentes segmentos sociais na metrópole foram as bases empíricas para que a perspectiva dual predominasse nos estudos sobre segregação urbana nos anos 70 e 80, embora o núcleo e a periferia nunca tenham se constituído plenamente em espaços socialmente homogêneos. Trabalha-se aqui com a hipótese de que as transformações sociais e espaciais ocorridas nos anos 80 apontam para a necessidade de se rever o modelo dual como expressão da realidade metropolitana que vem se configurando ao longo dos últimos quinze anos. Essa temática e as questões a ela inerentes inserem-se no debate em curso sobre os impactos sociais e espaciais da crise e da reestruturação econômica e que já reúne uma vasta literatura internacional e uma mais reduzida literatura nacional. Nesse debate, a idéia de dualidade alcançou uma relativa hegemonia, seja no âmbito da estrutura social seja no da nova espacialidade urbana. No primeiro caso, estão no centro do debate noções como polarização social e exclusão, enquanto no segundo, expressões como dual city, divided cities e cidade partida dão título à nova bibliografia sobre o urbano. 1 IPPUR/UFRJ. XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP 1705

2 Uma primeira visão da metrópole do Rio de Janeiro sob os efeitos da crise é a difusão da pobreza por todo o tecido metropolitano através da retomada do crescimento das favelas, tanto nas áreas centrais quanto nas periféricas. Uma segunda, é o fato da periferia ter se tornado socialmente mais heterogênea ao abrigar novos espaços residenciais e comerciais destinados às camadas médias. Essas duas evidências podem, no entanto, estar associadas a processos sociais distintos. Numa perspectiva, o aumento relativo dos pobres e da concentração de renda indicaria a tendência à polarização da estrutura social, em que os setores médios pauperizados teriam que buscar novas estratégias espaciais em áreas menos valorizadas e, portanto, mais distantes do núcleo. Noutra, a tendência seria de uma estrutura social mais complexa e menos polarizada entre ricos e pobres, com o aumento relativo dos setores médios, particularmente nas áreas periféricas onde começa a ocorrer maior dinamismo econômico. Na realidade, tais tendências não são necessariamente excludentes. Ao se incorporar na análise a dimensão espacial, torna-se possível pensar na coexistência de espaços tendencialmente mais polarizados com outros mais diversificados socialmente. No entanto, por todo o espaço metropolitano formas precárias de moradia vêm se expandindo significativamente, gerando uma crescente aproximação entre pobres e ricos no lugar de residência. É neste contexto que emergem novas modalidades de segregação socioespacial baseadas na exclusividade residencial e comercial, sejam nas áreas centrais, sejam nas periféricas. A presente análise não está centrada na busca das relações de causalidade ou na medição dos fatores mais ou menos explicativos da segregação residencial. Reconhece-se a interdependência de uma série de fatores que serão aqui incorporados numa estrutura analítica marcada por duas dimensões de fenômenos diretamente relacionados com o processo de estruturação do espaço metropolitano e com as condições urbanas de vida. As alterações no mercado de trabalho, no nível de renda e na capacidade de endividamento das famílias, assim como a crise do Estado, no que se refere particularmente à política habitacional e de saneamento, constituem as macrotendências econômicas e políticas que interagem com a dinâmica propriamente urbana, marcada pelo comportamento do mercado imobiliário e pela ação do poder público sobre o espaço construído e que foram assimiladas aqui como microtendências. No sentido de responder a essa perspectiva de análise, um conjunto de 1706 XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

3 informações quantitativas (dados censitários) e qualitativas foram utilizadas, tendo em vista as duas dimensões acima mencionadas e o período investigado: a década de OS EFEITOS DA CRISE ECONÔMICA NA DINÂMICA URBANA/IMOBILIÁRIA Precarização do trabalho, pobreza e concentração de renda caracterizaram os anos 80 como a década perdida. Estudos recentes (Faria, 1992; Rocha, 1994) têm destacado a natureza cíclica da crise, especialmente no que se refere ao nível de pobreza, com períodos de forte recessão e alta proporção de pobres (início e fim da década) intermediados por uma fase de crescimento econômico (os anos de 1985 e 1986). Além da queda geral dos rendimentos do trabalho, acentuou-se na década a desigualdade de sua distribuição. Em síntese, os trabalhadores brasileiros, e particularmente aqueles que viviam nas metrópoles, tornaram-se ao longo dos anos 80, mais pobres no que se refere à renda e mais vulneráveis quanto à estabilidade do trabalho. À precarização de tais condições objetivas soma-se, ainda, a inflexão nas expectativas de ascensão social que começaram a deixar de ser subjetivamente incorporadas por grande parte da população. A economia do Estado do Rio de Janeiro, em particular, que desde os anos 40 vinha sofrendo perdas em seu potencial industrial, foi profundamente atingida pela crise, apresentando, na última década, um quadro de estagnação: no período 1981/1990, o PIB do estado sofreu uma redução de 8,5% enquanto o PIB nacional cresceu 16,7%. Somada à crise econômica mais geral, a redução dos investimentos do setor público no período alterou profundamente a estrutura de provisão de moradia das grandes cidades brasileiras nos três segmentos que a compunham: a produção empresarial, a produção popular e a produção estatal. Essas alterações tiveram estreita relação com as novas tendências de organização interna do espaço metropolitano. O Estado, através do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), vinha garantindo, desde os anos 60, a expansão da forma empresarial de produção de moradia que até então era limitada pelas dificuldades decorrentes da inexistência de um mecanismo capaz de centralizar poupanças para financiar os empreendimentos (Lago, Ribeiro, 1996). Como conseqüência, as cidades brasileiras conheceram, no período XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP 1707

4 1970/80, um extraordinário crescimento dos edifícios de apartamentos produzidos para as classes médias nas áreas centrais, o que consolidou o padrão segregador de estruturação do espaço urbano, caracterizado, a grosso modo, pela moderna produção residencial no centro e pela conseqüente expulsão das camadas populares para a periferia. A partir da segunda metade das década de 80, esse padrão vem se alterando em razão da crise da produção empresarial. A derrocada do SFH e os efeitos da crise sobre a renda das camadas médias têm levado a uma extraordinária queda das construções nas grandes cidades durante a década de 80. O financiamento imobiliário passa a depender sobremaneira dos recursos próprios dos compradores, levando a um estreitamento do mercado, restrito àqueles que podem assumir uma grande parcela dos custos da construção. O fim do SFH levou, portanto, a estagnação e a elitização da produção empresarial nos últimos dez anos, afetando diretamente os segmentos sociais médios que passaram a buscar alternativas habitacionais nas áreas mais distantes do centro metropolitano, onde o preço da terra ainda permitia o acesso à casa própria. Vejamos o comportamento desse mercado no Município do Rio de Janeiro. Examinando o período pós-84, verifica-se a elitização do mercado imobiliário carioca, que nos anos anteriores havia se caracterizado, não só pela criação da nova fronteira de expansão na Barra da Tijuca, mas pela desconcentração das atividades dos grandes incorporadores em direção a alguns bairros suburbanos, que ao atuarem acima do preço médio da região em busca de sobrevalorização, alteraram o padrão socioeconômico local. Essa relativa valorização de alguns bairros suburbanos não anulou o diferencial do preço fundiário entre a região e as zonas sul e norte, garantindo a parcelas da classe média, com capacidade de endividamento a longo prazo, acesso, não apenas à casa própria, mas a um novo padrão de moradia, verticalizado e com equipamentos de lazer. Com a crise do SFH, porém, a produção das grandes empresas voltaram a se concentrar no núcleo, mais especificamente na Barra da Tijuca, que se consolidou, nos anos 80, como principal fronteira de expansão do mercado de ponta. A outra fronteira localiza-se no Município de Niterói (subnúcleo metropolitano) onde a expansão imobiliária empresarial sofreu um forte estímulo, a partir dos anos 70, com a construção da ponte Rio-Niterói XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

5 Se os grandes incorporadores saíram dos subúrbios no período de crise, o mesmo não pode ser dito em relação aos pequenos empreendedores/construtores, responsáveis por grande parte do espaço construído da região e que apresentaram uma produção relativamente constante no período 2. Uma outra alternativa habitacional voltada para os segmentos sociais médios começou a se expandir nos últimos dez anos nas áreas mais distantes da metrópole: são os chamados condomínios fechados, horizontais ou verticais, localizados fora das áreas centrais, onde o baixo valor da terra tem viabilizado a compra do imóvel. Trata-se da emergência de novos espaços nas periferias, que segregam e excluem não apenas pelo preço do acesso mas, especialmente, pelos muros e sistemas de controle e segurança. Esse fenômeno poder ser visto na zona oeste do Município do Rio de Janeiro, onde começou a se expandir, a partir do final da década de 70, uma nova forma de produção fundiária associada à incorporação imobiliária. O loteador descapitalizado, predominante na região nos anos 50, 60 e 70, cede lugar à empresa imobiliária que passa a realizar não apenas a compra e retalhamento da terra, mas também a construção e comercialização da moradia 3. Mudam a racionalidade da operação e as condições de acesso à terra 4. O resultado são loteamentos produzidos para os setores médios da população com algum acúmulo de capital e capacidade de endividamento. Indícios deste mesmo fenômeno de transformação das relações de produção do espaço periférico foram também observados nos Municípios de Nova Iguaçu, Caxias, São João de Meriti e Nilópolis. 2 Contrariamente à lógica de atuação dos incorporadores, esses agentes reiteram o padrão construtivo e as características socioeconômicas da região, com empreendimentos de pequena densidade e pouco verticalizados. Esses apartamentos de mais baixo custo tornaram-se uma das poucas alternativas encontradas pelos setores médios, com reduzida capacidade de poupança, em adquirir um imóvel. 3 Segundo Britto, os grandes incorporadores representavam apenas 6% dos empreendedores que atuavam na área, mas concentrando cerca de 42,6% da produção medida em número de unidades. Grande parte dos loteamentos eram comercializados com casas padronizadas, com área média de 60m 2 e dois ou três quartos (Britto, 1990). 4 As empresas realizam geralmente mais de um empreendimento, financiados por recursos próprios e por empréstimos da Caixa Econômica, dentro de um plano de atuação de médio e longo prazo. As vendas passam a ser feitas em prazos curtos e prevendo fórmulas de reajuste do valor da prestação. XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP 1709

6 Examinando os dados relativos às novas unidades conectadas ao sistema de distribuição de energia (novas ligações) mantido pela LIGTH 5, entre 1987 e 1991, verifica-se a expansão do mercado imobiliário (formal e informal) nessas áreas: 36% dos novos apartamentos construídos naquele período concentraram-se na zona oeste e nos quatro municípios citados, 31% nos subúrbios da capital e 33,5% nas zonas sul e norte. Em outra pesquisa (Furlanetto et al., 1987), as mesmas tendências de renovação espacial da periferia foram observadas. Nela é demonstrada, por um lado, a heterogeneização da periferia, especialmente do Município de Nova Iguaçu e, por outro, a presença de incorporadores atuando nas áreas mais centrais da cidade, justamente as dotadas de infra-estrutura urbana (água, luz, esgoto, asfalto etc.). Trata-se, portanto, de uma expansão com base na renovação do espaço construído, que segundo os autores é, ao mesmo tempo, física e social. Os empreendimentos horizontais e verticais começaram a substituir as antigas residências auto-produzidas em períodos anteriores, destinados às camadas de poder aquisitivo superior a dos antigos moradores. De acordo com observação de campo realizada pelos autores, parcela dos compradores eram pessoas procedentes do Município do Rio de Janeiro, evocando o deslocamento de segmentos das classes média e média-baixa para a periferia. Uma característica desse processo de renovação nos municípios periféricos é a altíssima concentração dos novos empreendimentos imobiliários em áreas restritas no centro do município ou do distrito (como é o caso de Mesquita, por exemplo). Estudo sobre a produção imobiliária empresarial em Nova Iguaçu mostrou que, do total de edifícios residenciais construídos entre 1980 e 1994, 80% estavam localizados na área central do município e que, do total da produção residencial formal, cerca de 17% eram em condomínios ou loteamentos fechados e outros 19% eram apartamentos 6. 5 Os serviços de eletricidade da LIGHT Serviços de Eletricidade S.A. atingiam, em 1991, mais de 95% dos domicílios localizados em sua área de ação, independentemente da situação legal destes domicílios. 6 O interessante é que num município periférico onde 55% dos chefes tinham, em 1991, um rendimento inferior a dois salários, encontrava-se, no mesmo ano, uma reduzida área do centro (o equivalente a quinze setores censitários) onde mais de 20% dos chefes tinham renda mensal acima de dez salários (Silva, 1995) XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

7 Esse conjunto de informações indica, portanto, a expansão, no período de crise econômica, do padrão capitalista empresarial de produção imobiliária para determinadas áreas da periferia metropolitana do Rio de Janeiro. Se, por um lado, a criação de um novo modo de morar, moderno e seguro, em locais extremamente precários de serviços urbanos e de baixo valor da terra, era garantia de sobrelucro para os incorporadores, por outro, a pauperização das camadas médias e a ausência de financiamentos de longo prazo para aquisição da casa própria criaram as condições de existência de uma demanda solvável para esses novos empreendimentos. Para concluir sobre o comportamento do setor de incorporação nesse período de crise é importante que se fale sobre o advento dos shopping-centers e sua difusão pelo espaço metropolitano do Rio de Janeiro nos últimos anos. Com a derrocada do SFH os fundos de pensões tornaram-se importante fonte de financiamento imobiliário, deslocando parte de suas aplicações financeiras para o setor, na forma de associação com o incorporador. Essa nova fonte, ao impulsionar a construção de shopping-centers e apart-hotéis por todo o país, garantiu a sobrevivência das grandes incorporadoras, que vinham atuando, até então, no setor residencial e que, com a retração da demanda solvável, passou a vincular sua rentabilidade ao faturamento das atividades do comércio. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, ocorreu uma explosão de shopping-centers na periferia, nos anos 90. São seis shoppings na região periférica composta por Nova Iguaçu, Caxias, São João de Meriti e Nilópolis. A elitização do mercado residencial de ponta e a emergência da produção empresarial em áreas restritas na periferia tiveram como contra-face a difusão das ocupações ilegais por todo o tecido urbano da metrópole. A crescente informalização da produção de moradia para os setores de baixa renda se deu através da periferização das favelas e, mesmo, da densificação das já existentes. O resultado foi a reversão, nos anos 80, do ritmo de crescimento da população favelada residente na Cidade do Rio de Janeiro, que vinha em queda de 1950 até No período 80-91, os moradores em favelas cresceram a uma taxa de 2,6% ao ano, enquanto o crescimento demográfico do município não chegou a 1%. Em 1991, a população favelada equivalia a 17,5% da população total da capital (Tabela 1). XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP 1711

8 Tabela 1 CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO TOTAL E FAVELADA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 1950/1991 Anos Pop. RJ Pop. favel. Cresc. pop. RJ a.a. (%) Cresc. pop. fav. a.a. (%) Pop. fav./pop. RJ (%) , ,34 7,06 10, ,57 5,37 13, ,82 2,49 14, ,67 2,65 17,57 Fonte: Censos Demográficos, FIBGE; IPLANRIO, As áreas de expansão da cidade 7 AP4 e AP5 apresentaram, na década de 80, uma taxa de crescimento anual da população favelada muito superior à verificada nas áreas consolidadas AP1, AP2 e AP3. Enquanto em Jacarepaguá e Barra da Tijuca, que compõem a AP4, os moradores em favelas cresceram 9,8% ao ano, nas zonas sul e norte, correspondentes à AP2, este percentual ficou em 1,5% 8 (Tabela 2). A AP3 zona suburbana embora tenha apresentado uma taxa de crescimento relativamente baixa 2,3% foi a área 7 Os dados disponíveis sobre crescimento dos residentes em favela entre 1980 e 1991 estão agregados segundo às cinco Áreas de Planejamento do Município do Rio de Janeiro: AP1: Centro e adjacências; AP2: Zonas sul e norte (Botafogo, Copacababa, Lagoa, Tijuca e Vila Izabel); AP3: Zona suburbana; AP4: Jacarepaguá e Barra da Tijuca; AP5: Zona oeste (área periférica). 8 O percentual de favelados residindo na Zona Sul se manteve em queda nas décadas de 70 e 80: em 1970 eles equivaliam a 9,6% do total de favelados, em 1980 a 9,1% e em 1991 a 8,3%. As regiões da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, por outro lado, abrigavam em 1980 apenas 3,8% dos favelados da cidade, passando a abrigar 7,8% em XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

9 com maior participação no incremento absoluto de favelados na cidade: dos cerca de 246 mil novos residentes em favelas entre 80 e 91, 47,2% estavam na AP3, 21,7% na AP5 e 19,6% na AP4. APs Tabela 2 POPULAÇÃO FAVELADA POR ÁREA DE PLANEJAMENTO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 1980 E 1991 Pop. fav Pop. fav Taxa cresc. a.a. (%) Pop. fav./pop. tot (%) Pop. fav./pop. tot (%) Participação no increm. (%) AP ,7 27,2 32,9 3,0 AP ,5 10,1 13,1 8,5 AP ,3 18,5 22,9 47,2 AP ,8 7,6 14,3 19,6 AP ,5 6,6 9,3 21,7 TOTAL ,7 14,1 17,6 100,0 Fonte: IPLANRIO, Apesar do surgimento de novas favelas, o crescimento da população favelada se deu sobretudo pelo adensamento das favelas já existentes, tanto nas áreas já consolidadas quanto nas de expansão. Na zona suburbana AP3 o aumento absoluto dos residentes em favelas, entre 1980 e 1991, correspondeu a cerca de 115 mil pessoas, mas apenas 19,5% destas foram morar em uma das 38 novas favelas que surgiram no período. A grande maioria conseguiu entrar numa favela já existente (Tabela 3). Nas áreas de expansão AP5 e AP4 o percentual referente àqueles que foram para novas favelas ficou um pouco acima do encontrado na AP3: 30,8% e 35,9%, o que significa que também nessas áreas o processo de favelização correspondeu, em primeiro lugar, ao adensamento das favelas existentes. Tal adensamento pode ter ocorrido através da verticalização dos imóveis 9 e pela ocupação dos reduzidos espaços livres ainda existentes, geralmente 9 Considerando o número de apartamentos nas favelas como um possível indicador de verticalização, verifica-se que em 1991 apenas nas áreas de maior densidade demográfica AP2 e AP3 as favelas apresentavam um número significativo de apartamentos: 7,5% do total de domicílios na AP2 e 3,8% na AP3. XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP 1713

10 nos locais de pior acesso e maior risco. Os diferenciais de densidade entre as áreas de favelas, segundo as APs, é um bom indicador: enquanto que nas áreas centrais a densidade situa-se entre 5,7 e 3,7 habitantes por metro quadrado, nas áreas de expansão a densidade está abaixo de 3 habitantes por metro quadrado. APs Tabela 3 DENSIDADE POPULACIONAL E NOVAS FAVELAS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, POR ÁREA DE PLANEJAMENTO 1991 Total favelas Novas favelas (1) Novas fav./ Total fav. (%) Pop. novas fav./ Novos favelados (2) (%) Densidade morador/m2 AP ,5 21,8 5,7 AP ,9 3,9 3,7 AP ,1 19,5 4,2 AP ,0 35,9 2,9 AP ,7 30,8 2,5 TOTAL ,6 23,9 3,8 Fonte: IPLANRIO, Notas: (1) Novas favelas são aquelas que se formaram entre 1980 e (2) Trata-se da proporção de novos favelados (pop. favelada de 1991 pop. favelada de 1980) que residem em uma das novas favelas. O resultado deste movimento de crescimento das favelas nos anos 80 foi a elevada participação da população favelada nas diferentes regiões da cidade, no início da presente década. Na área central AP1 cerca de 33% dos residentes viviam em favela em 1991, sendo que em São Cristóvão este percentual chegou a 49%. A área suburbana também apresentou uma alta proporção de favelados cerca de 23% com bairros onde mais de 80% dos residentes estavam nas favelas 10. Enquanto isso, na zona oeste AP5 a importância relativa da população moradora em favela era bem menor: 9,3% (Tabela 3). 10 Em três bairros suburbanos mais de 80% da população residia em favelas em 1991: Barros Filho (Pavuna) com 85,35%, Acari (Pavuna) com 80,71% e Jacaré (Inhaúma) com 80,52% XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

11 Três fatores contribuíram para a retomada do crescimento das favelas na década de 80. O primeiro fator, e talvez o de maior impacto, foi a retração do padrão periférico de crescimento metropolitano caracterizado pela produção extensiva de lotes populares que, durante trinta anos, gerou oportunidades de acesso à casa-própria para amplos segmentos sociais de baixa renda. Inflação, achatamento salarial, instabilidade no emprego e encarecimento da terra levaram ao colapso a produção descapitalizada de loteamentos 11 na periferia do Rio de Janeiro. Na zona oeste da capital, os loteadores descapitalizados, responsáveis por aproximadamente 50% da produção total de lotes na área (excluindo-se deste universo os loteamentos clandestinos), apresentaram na década de 80 uma produção pouco significativa: cerca de 8% dos lotes produzidos. Mantêm-se no mercado as empresas construtoras, apesar da queda de sua produção. Na realidade a produção começou a cair a partir da década de 60, sendo que na década de 80 o número de lotes ofertados representou apenas 10% da produção total dos últimos 50 anos. Convém lembrar que a crescente incapacidade de endividamento por parte dos trabalhadores não se deve apenas à desvalorização dos salários frente ao acelerado processo inflacionário no período; o aumento da instabilidade do trabalho e da incerteza em relação ao rendimento mensal é outro fator que interfere diretamente nas possibilidades de acesso à moradia por segmentos sociais que, não tendo condições de poupar, tinham como única saída o endividamento a longo prazo. 11 Grande parte dos loteamentos populares no Rio de Janeiro foram implementados por agentes descapitalizados que realizavam a operação por etapas, sem investir previamente grande soma de recursos. Quanto à forma de comercialização, a prática era, até o início do processo inflacionário mais acelerado no final da década de 70, a venda dos lotes através de prestações pré-fixadas. Foi essa forma de produção que sofreu retração na década de 80. No entanto, já há indícios (através de estudos ainda não sistemáticos) de que começam a se difundir, nos anos 90, novas formas de aquisição de lote pelas camadas de baixa renda, onde o loteador passa a ter o papel de gerenciador do processo de ocupação ilegal de uma gleba a ser apropriada por um grupo de pessoas. Há um acordo entre o loteador e os futuros moradores no que se refere à não-titulação da propriedade e ao não-cumprimento das exigências urbanísticas (Lago, Ribeiro, 1996). XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP 1715

12 O segundo fator explicativo do crescimento das ocupações ilegais no Rio de Janeiro foi o enorme aumento do contingente de pessoas pobres. Em 1980, residiam na metrópole 2 milhões e 400 mil pessoas com renda familiar abaixo de 2 salários; em 1991, este número pulou para 3 milhões e 600 mil pessoas 12 (cerca de 37% da população metropolitana que equivalem a um pouco mais de 1 milhão de famílias). Trata-se aqui do aumento relativo e absoluto desta população, numa possível mobilidade social descendente: setores médios empobrecidos, residentes em domicílio alugado, vão engrossar as fileiras dos sem alternativa de acesso à casa própria. Por último, as transformações, a partir das eleições estaduais de 1982, no quadro político do Estado do Rio de Janeiro marcaram o início de um período de legitimação das favelas por parte do poder público, reduzindo as barreiras para novas ocupações e expansão das já existentes. Com efeito, o governo Brizola lançou, em 1983, um programa de regularização fundiária que se pretendia de grande alcance (e na realidade não foi), com o objetivo de garantir segurança ao morador de favela ou loteamento, estimulando-o a investir na sua moradia. Se o programa foi de pouco impacto no que se refere ao número de titulações dadas 13, ele serviu, no entanto, para legitimar as ocupações ilegais como alternativa habitacional. As remoções estavam, portanto, descartadas e as favelas serviam como válvula de escape para a ausência de investimentos públicos, tanto federais quanto estaduais, em programas habitacionais. A partir de 1983, a CEHAB (Cia Estadual de Habitação) teve sua atuação bastante reduzida, dando término à era dos grandes conjuntos populares. A análise acima aponta mudanças significativas, nos anos 80, nas diferentes formas de produção do espaço construído da metrópole do Rio de Janeiro. Os efeitos da crise econômica e a redemocratização do país levaram a uma redefinição da estratégia de atuação de determinados agentes (como foi o caso das grandes incorporadoras e da população de baixa renda), ao mesmo tempo em que inviabilizou a continuidade da atuação de outros (como foi o caso dos loteadores descapitalizados). No entanto, para completar o quadro das alterações na dinâmica urbana/imobiliária nesse período, um último aspecto deve 12 Fonte: Censos Demográficos de 1980 e Em seus quatro anos de existência, o programa regularizou 16 mil lotes em todo o estado através de contratos particulares de promessa de compra e venda (Lago, 1990) XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

13 ser observado pela sua centralidade no processo de estruturação socioespacial. Trata-se da distribuição da infra-estrutura básica na região metropolitana. Ao analisar o caso do Município do Rio de Janeiro, Vetter, Massena (1982) identificaram na dinâmica urbana carioca uma matriz perversa de distribuição dos recursos urbanos, que fazia com que os investimentos públicos, escassos, revertessem direta ou indiretamente para as camadas já melhor servidas, de mais alta renda. O modelo de causação circular passou a ser considerado pela literatura como característico do padrão de urbanização metropolitano brasileiro. Existem hoje evidências de que este quadro sofreu alterações a partir do final dos anos 70. Marques (1993), estudando os contratos para execução de serviços pela CEDAE (Cia Estadual de Água e Esgoto), a partir de 1975, mostrou um crescimento dos investimentos nas zonas mais pobres (periferias e favelas), que passaram a ser equivalentes aos realizados nas áreas mais valorizadas. Essa mudança no padrão histórico de alocação dos investimentos, na década de 80, revertendo em melhoria nas condições de vida das populações pobres (como será visto mais adiante), não foi exclusiva do Rio de Janeiro 14. Um conjunto de fatores levou ao redirecionamento, mesmo que parcial, dos investimentos. Por um lado, as demandas que emergem, sob a forma de reivindicações, dos movimentos populares e que ganham legitimidade com o retorno das eleições diretas, assim como as demandas dos novos agentes econômicos responsáveis pela dinamização de áreas específicas nas periferias. Por outro lado, a retração dos investimentos públicos no urbano e a entrada dos programas financiados pelas grandes agências internacionais que, no caso do Rio de Janeiro, tiveram papel decisivo na distribuição dos recursos para infra-estrutura básica. O Programa de Despoluição da Baía de Guanabara, iniciado em 1984, cuja meta principal é a instalação de rede de água e esgoto nos municípios periféricos que compõem a Baixada Fluminense, vem sendo financiado pelo BIRD. 14 Ver Ribeiro, Lago (1995) sobre as mudanças, na década de 80, nas condições de saneamento na capital e na periferia das cinco maiores metrópoles brasileiras. XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP 1717

14 2 ALTERAÇÕES NAS CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS DOS RESIDENTES NA METRÓPOLE Vimos que a crise afetou profundamente a economia metropolitana do Rio de Janeiro, o que levou à diminuição da renda e ao aumento da vulnerabilidade dos trabalhadores residentes na região. As alterações na distribuição desses trabalhadores segundo categorias ocupacionais 15, entre as duas últimas décadas, apontaram nessa direção (pelo menos em parte), ao marcarem o aumento na participação dos trabalhadores manuais do comércio e serviços e dos trabalhadores da sobrevivência entre o total de trabalhadores. As categorias inferiores 16 continuavam absorvendo, em 1991, a maior parte dos trabalhadores metropolitanos (55%), apesar da queda significativa na participação dos trabalhadores da indústria em todas as áreas. Entretanto, indo na direção oposta, houve um ligeiro aumento de duas categorias superiores pequena burguesia e profissionais de nível superior e a permanência da elite dirigente no mesmo patamar de participação. Por fim, a categoria média trabalhadores não-manuais de ocupações médias sofreu uma queda no período, no entanto, esta alteração, assim como as demais, foi bastante diferenciada segundo as áreas (Quadro 1). 15 Serão utilizadas aqui as oito categorias sócio-ocupacionais derivadas da classificação feita no âmbito do estudo sobre desigualdades sociais na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Observatório de Políticas Urbanas e Gestão Municipal: Ocupações agrícolas. Elite dirigente: formada por empregadores de alta renda, dirigentes dos setores público e privado e profissionais liberais. Pequena burguesia: formada por empregadores de menor renda e comerciantes por conta própria. Profissionais de nível superior: formada por autônomos e assalariados. Trabalhadores não-manuais em ocupações médias: formada por trabalhadores em atividades de rotina, de supervisão, técnicas e artísticas, nas áreas de saúde, de educação, de segurança pública, justiça e correios. Trabalhadores do comércio e serviços: formada por vendedores, pracistas e prestadores de serviços. Trabalhadores manuais da indústria: formada por operários da indústria moderna, tradicional e da construção civil. Trabalhadores da sobrevivência: formada por empregados domésticos, ambulantes e biscateiros. 16 Entenda-se por categorias ocupacionais inferiores aquelas que abrigam os trabalhadores de mais baixa remuneração e qualificação: trabalhadores manuais do comércio e serviços; trabalhadores manuais da indústria e trabalhadores da sobrevivência XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

15 Quadro 1 POPULAÇÃO OCUPADA SEGUNDO CATEGORIAS SÓCIO-OCUPACIONAIS, POR ÁREAS DA RMRJ 1980 E 1991 Profissionais de nível superior Pequena burquesia 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Rio de Janeiro Niterói Perif. consolidada Perif. em consol. Perif. em expans. RMRJ Rio de Janeiro Niterói Perif. consolidada Perif. em consol. Perif. em expans. RMRJ Trabalhadores não-manuais em ocupações médias Trabalhadores manuais da indústria 35% 35% 30% 30% 25% 25% 20% 20% 15% 15% 10% 10% 5% 5% 0% Rio de Janeiro Niterói Perif. consolidada Perif. em consol. Perif. em expans. RMRJ % Rio de Janeiro Niterói Perif. consolidada Perif. em consol. Perif. em expans. RMRJ Trabalhadores manuais do comércio e serviços Trabalhadores da sobrevivência 35% 35% 30% 30% 25% 25% 20% 20% 15% 15% 10% 10% 5% 5% 0% 0% Rio de Janeiro Niterói Perif. consolidada Perif. em consol. Perif. em expans. RMRJ Rio de Janeiro Niterói Perif. consolidada Perif. em consol. Perif. em expans. RMRJ Fonte: Censo Demográfico de 1980 e XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP 1719

16 A análise do perfil ocupacional dos trabalhadores metropolitanos, em 1991, pode ser sintetizada em três tendências gerais, no que se refere ao padrão de desigualdades sócio-espaciais. Em primeiro lugar, manteve-se, na última década, a alta concentração das categorias superiores no Rio de Janeiro e Niterói, com uma ligeira tendência à desconcentração para a periferia consolidada 17. Por essa ótica, o padrão de desigualdade sócio-espacial pouco se alterou na década. Em segundo lugar, a categoria dos trabalhadores em situação mais precária (trabalhadores da sobrevivência) teve sua participação elevada em todas as áreas, mas de forma mais acentuada nas periferias em consolidação e em expansão. Nesse sentido, a desigualdade entre núcleo e periferia aumentou. Por fim, verificou-se maior diferenciação entre as áreas periféricas, quanto às mudanças no perfil ocupacional dos ativos. Na periferia consolidada o aumento da participação dos trabalhadores da sobrevivência foi contrabalançado pelo aumento da pequena burguesia e dos profissionais de nível superior. Na periferia em consolidação tal compensação se deu pelo aumento dos trabalhadores de ocupações médias, enquanto na periferia em expansão praticamente não houve aumento das categorias médias e superiores. Portanto, a ampliação da diversidade ocupacional entre os trabalhadores da periferia ocorreu em algunas áreas apenas, indicando um aumento da desigualdade sócio-espacial no interior da própria periferia. As alterações, na década de 80, no perfil da população metropolitana segundo a renda familiar apontam para um quadro mais negativo que aquele referente à ocupação dos trabalhadores. Verificou-se um expressivo aumento na participação das faixas inferiores de renda (até 1 salário e de 1 a 2 salários) e uma queda nas demais faixas, particularmente das faixas médias (de 3 a 5 salários e de 5 a 10 salários), embora de forma bastante diferenciada entre as áreas. A população com renda de até 1 salário familiar teve seu peso elevado de 12,1% para 16,8%, enquanto aqueles com renda entre 1 a 2 salários, de 16,2% para 20% 18. Vejamos as diferenças intrametropolitanas. 17 A periferia metropolitana situada fora dos limites do Município do Rio de Janeiro foi dividida no presente trabalho em três grandes áreas, utilizando-se como critério a taxa de crescimento anual da população na década de 80. Assim, a periferia consolidada é composta pelos municípios com crescimento inferior a 1% ao ano, a periferia em consolidação por aqueles com crescimento entre 1% e 2% e a periferia em expansão por aqueles com taxa superior a 2%. 18 No entanto, a evolução do perfil educacional da população ativa metropolitana entre 1980 e 1991, evidencia um paradoxo: o aumento das ocupações inferiores e 1720 XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

17 Apesar do aumento generalizado do percentual de pobres, manteve-se na década a expressiva diferença, quanto ao perfil da renda, entre o Rio de Janeiro e Niterói, de um lado, e as três áreas periféricas, de outro, diferença esta já verificada em Enquanto os dois primeiros apresentaram maior heterogeneidade social (sendo que Niterói com um perfil de renda mais elevado que o da capital), as três áreas da periferia se mostraram mais homogêneas, com baixíssima representatividade das duas faixas superiores. Com efeito, 16,6% dos cariocas e 26,1% dos niteroienses tinham, em 1991, renda familiar acima de 10 salários, enquanto nas periferias este percentual não passou de 3,7%. Por outro lado, a população dos dois municípios que formam o núcleo da metrópole era composta, respectivamente, por 29,7% e 26,2% de pobres (com renda familiar de até 2 salários), enquanto nas periferias esta participação variou de 42,7%, na periferia consolidada, a 49,4%, na periferia em consolidação. A segunda evidência diz respeito ao aumento da diferença entre núcleo e periferia quanto à proporção da população pobre em cada área: os pobres tiveram, entre 1980 e 1991, um aumento bem maior nas três áreas periféricas. Tal mudança foi mais acentuada em relação à população miserável, com renda de até 1 salário: na periferia consolidada esta faixa teve sua participação elevada de 11,9% para 18,5%; na periferia em consolidação, de 13,1% para 23% e, na periferia em expansão, de 14,8% para 22,2%. No Rio de Janeiro, esse aumento foi menor, de 11,2% para 13,3% e, em Niterói, ao contrário, a representatividade dos miseráveis sofreu um ligeiro declínio na década (Quadro 2). Tais mudanças indicam, portanto, o aumento das desigualdades sócio-espaciais, no que se refere ao crescimento e à localização dos pobres no espaço metropolitano. A mesma tendência foi identificada anteriormente, em relação aos trabalhadores da sobrevivência. Vale observar que o maior empobrecimento nas áreas periféricas está diretamente relacionado aos deslocamentos populacionais do núcleo para essas áreas 19. Nos anos 80 aumentou a participação dos do contingente de pobres e miseráveis foi acompanhado por uma enorme melhora do nível de instrução da PEA. A expectativa de ascenção social em função da elevação do grau de instrução, presente, pelo menos no imaginário social, nas décadas passadas, foi bloqueada pela crise econômica. 19 Embora tenha diminuído a mobilidade espacial intrametropolitana e inter-regional na década de 80, os migrantes da década tinham um peso ainda significativo na população residente nas áreas periféricas, em 1991: na periferia consolidada 14,4% dos residentes eram migrantes, na periferia em consolidação 13,5% e na XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP 1721

18 miseráveis entre os que se deslocaram da capital para a periferia ao mesmo tempo em que diminuiu a participação desse mesmo segmento entre os que saíram da periferia em direção à capital. Nesse sentido, pode-se afirmar que a tendência ao fechamento do núcleo metropolitano aos mais pobres se aprofundou nos anos de crise. Essa conclusão desencadeia outra, referente à expansão das favelas no núcleo. A retomada do processo de favelização na última década não resultou da mobilidade espacial dos pobres em direção à capital, seja da periferia seja de outros estados do país, mas fundamentalmente da mobilidade social descendente dos já residentes. Cerca de 70% dos novos favelados na década de 80 eram, anteriormente, residentes no próprio Município do Rio de Janeiro. A participação dos setores de renda média (de 3 a 5 salários e de 5 a 10 salários) diminuiu em todas as áreas, mas de forma mais acentuada nas periferias. Já as faixas superiores apresentaram pouca variação em seus pesos, especialmente no que se refere à população com mais de 20 salários de renda familiar, que teve pequeno decréscimo apenas no Rio de Janeiro (Quadro 2). Conseqüentemente, a enorme concentração das faixas superiores na capital e em Niterói não se alteraram: em 1991, 55,3% dos residentes na metrópole estavam concentrados no Rio de Janeiro e 4,3%, em Niterói; já entre aqueles com renda acima de 20 salários, 84,3% concentravam-se no Rio de Janeiro e 10,7%, em Niterói. periferia em expansão 17,1%. É importante dizer que mantiveram-se, nos anos 80, as tendências já em curso nos anos 70, de esvaziamento das áreas centrais, consolidação de determinadas áreas da periferia e crescimento ainda significativo de outras (com taxas anuais acima de 2%). Tais tendências têm gerado como resultado um processo de desconcentração populacional do centro para as periferias: o peso das áreas periféricas juntas em relação ao conjunto da metrópole passou de 43,7% em 1970 para 52,9% em 1991 (Lago, 1998) XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

19 Quadro 2 PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO POR FAIXA DE RENDA FAMILIAR MENSAL, SEGUNDO ÁREA NA RMRJ 1991 População com renda de até 1 salário mínimo População com renda entre 1 e 2 salários mínimos 30,0% 30,0% 25,0% 25,0% 20,0% 20,0% 15,0% ,0% ,0% ,0% ,0% 5,0% 0,0% 0,0% RJ Niterói Periferia consolidada Periferia em consolidação Periferia em expansão RMRJ RJ Niterói Periferia consolidada Periferia em consolidação Periferia em expansão RMRJ População com renda entre 2 e 3 salários mínimos População com renda entre 3 e 5 salários mínimos 30,0% 30,0% 25,0% 25,0% 20,0% 20,0% 15,0% ,0% ,0% ,0% ,0% 5,0% 0,0% 0,0% RJ Niterói Periferia consolidada Periferia em consolidação Periferia em expansão RMRJ RJ Niterói Periferia consolidada Periferia em consolidação Periferia em expansão RMRJ População com renda entre 5 e 10 salários mínimos População com renda acima de 10 salários mínimos 30,0% 30,0% 25,0% 25,0% 20,0% 20,0% 15,0% ,0% ,0% ,0% ,0% 5,0% 0,0% 0,0% RJ Niterói Periferia consolidada Periferia em consolidação Periferia em expansão RMRJ RJ Niterói Periferia consolidada Periferia em consolidação Periferia em expansão RMRJ Fonte: Censo Demográfico de XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP 1723

20 É importante esclarecer que a precarização, nos anos 80, das condições do trabalho e da renda da população metropolitana não pode ter mais como explicação o aumento do fluxo de migrantes pobres em direção à metrópole. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a queda do crescimento populacional 20, nesse período, foi decorrente sobretudo da diminuição dos fluxos migratórios para a região que, vale lembrar, já vinham decrescendo desde a década de Com efeito, no período , a metrópole havia recebido 758 mil migrantes vindos de fora da região, número este que caiu para 573 mil entre 1980 e 1991, ou seja, um decréscimo de 24%. A principal redução foi entre os migrantes nordestinos, no entanto, essa foi em parte contrabalançada pelo aumento da chegada de migrantes do interior do Estado do Rio de Janeiro, embora o perfil de renda e instrução destes fosse mais elevado que o dos nordestinos. Essas tendências confirmam, de certa maneira, a idéia do fechamento do núcleo ao indicarem uma redução, na década de 80, na entrada dos migrantes de mais baixa renda na capital (Lago, 1998). 3 DINÂMICA URBANA E AS CONDIÇÕES DE MORADIA NA CRISE Por fim, vejamos em que medida as tendências socioespaciais apontadas foram (ou não) acompanhadas, ao longo dos anos 80, por alterações na dinâmica urbana/imobiliária e no padrão de moradia da população metropolitana. O acesso às informações sobre o domicílio na escala intramunicipal (distritos e regiões administrativas) possibilitará inferências mais precisas sobre as mudanças no padrão de segregação espacial. O tipo do domicílio (casa ou apartamento) foi um dos indicadores utilizados na análise da qualidade da habitação, compreendendo-se o apartamento como produto, em geral mas não 20 O crescimento de 1,0% ao ano alcançado pela Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi a menor taxa entre as metrópoles brasileiras. 21 O menor poder de atração exercido pela metrópole fluminense nos anos 80 não se deveu apenas às particularidades do esvaziamento econômico da região mas à reconfiguração do papel econômico das grandes metrópoles frente à desindustrialização XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

21 exclusivamente, da forma empresarial de produção imobiliária voltada para segmentos sociais médios e altos, enquanto a casa estaria associada a formas de produção diferenciadas, mas com expressiva predominância da autoconstrução. Essa relação entre o tipo de moradia e o perfil social do morador foi confirmada ao se cruzar os indicadores de renda familiar e tipo de domicílio da população residente em Em todas as áreas da metrópole, mesmo naquelas em que o percentual de pessoas residindo em apartamento mostrava-se insignificante, verificou-se que as faixas de renda superiores reuniam um contingente proporcionalmente maior que as faixas inferiores de pessoas morando em apartamento. No Rio de Janeiro, apenas 15,7% da população pobre (com renda familiar de até 2 salários) residia, em 1991, em apartamento, enquanto que entre aqueles com renda acima de 10 salários, este percentual chegava a 69,4%. Na periferia, a diferenciação social da população também se expressava através do padrão da habitação: na periferia em consolidação, somente 1,4% dos pobres residiam em apartamento, enquanto que entre os que tinham renda acima de 10 salários, 14,3% moravam neste tipo de domicílio (Tabela 4). Na metrópole como um todo, ocorreu pouca alteração, na década, no peso da população residente por tipo de domicílio. Na realidade as mudanças mais significativas concentraram-se em áreas restritas, tanto na capital e Niterói, quanto na periferia. O Rio de Janeiro manteve a mesma proporção de moradores em casas e apartamentos, entre 1980 e 1991, no entanto, internamente ocorreram mudanças: i) a zona sul da cidade aumentou ainda mais a participação dos apartamentos no estoque domiciliar ao abrigar, em 1991, 79,2% dos seus moradores nesse tipo de domicílio; ii) as áreas suburbanas da capital também apresentaram aumento no peso dos residentes em apartamentos, embora mais da metade do total de residentes ainda morassem em casas, particularmente nas regiões do subúrbio mais distantes do centro e com uma população de mais baixa renda, como Anchieta; iii) o centro e adjacências sofreu ligeira queda no percentual de pessoas residindo em apartamento, sendo que esta queda ocorreu nas adjacências do centro administrativo, onde mais da metade dos moradores viviam em casas; XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP 1725

22 Tabela 4 POPULAÇÃO RESIDENTE EM DOMICÍLIO PARTICULAR PERMANENTE SEGUNDO A RENDA FAMILIAR E O TIPO DE DOMICÍLIO, POR ÁREAS DA RMRJ 1991 Faixa de renda familiar Até 2 sm 2 a 5 sm 5 a 10 sm + 10 sm Total Rio de Janeiro Casa 84,3 72,9 53,7 30,6 65,2 Apartamento 15,7 27,1 46,3 69,4 34,8 Niterói Casa 89,4 71,9 46,9 37,4 62,0 Apartamento 10,6 28,1 53,1 62,6 38,0 Periferia consolidada Casa 98,5 97,0 93,3 90,2 97,0 Apartamento 1,5 3,0 6,7 9,8 3,0 Periferia em consolidação Casa 98,6 96,9 92,4 85,7 97,0 Apartamento 1,4 3,1 7,6 14,3 3,0 Periferia em expansão Casa 97,4 93,2 85,3 83,7 93,9 Apartamento 2,6 6,8 14,7 16,3 6,1 RMRJ Casa 91,7 82,9 63,5 36,8 77,4 Apartamento 8,3 17,1 36,5 63,2 22,6 % Fonte: Censo Demográfico de iv) a zona oeste da cidade não apresentou alterações na década, mantendo cerca de 89% da população residindo em casas. Tais mudanças foram acompanhadas por uma queda no grau de concentração dos apartamentos na cidade. O ritmo de crescimento dos moradores em apartamentos fora do Rio de Janeiro foi superior ao dos de dentro: em 1980, 88,6% da população metropolitana que residia em apartamento estava na capital; em 1991, este percentual foi de 85,4% A tendência à desconcentração foi menor entre os residentes em casas XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

23 Fora do Rio de Janeiro, Niterói e, em certa medida, São Gonçalo (na periferia em expansão) foram os municípios responsáveis pela desconcentração da população residente em apartamento. Entre 1980 e 1991, o percentual da população residindo em apartamento em Niterói passou de 35,1% para 41,9% e, em São Gonçalo, de 4,5% para 9%. No entanto, esse aumento se deu em determinados distritos apenas 23. Em São Gonçalo, cerca de 20% dos residentes em apartamento eram migrantes intrametropolitanos da década de 80, enquanto entre os que moravam em casa a participação dos migrantes era de 8%. Provavelmente parte significativa dos migrantes de renda média que se dirigiram para o município (ou para os dois distritos citados) foram atraídos pelas novas ofertas de apartamentos na área. Outro indicador do padrão habitacional refere-se ao número de dormitórios do domicílio. O domicílio de dois quartos manteve-se, na década de 80, como o padrão predominante no estoque habitacional metropolitano: em todas as áreas, exceto a zona sul, o percentual da população residindo nesse padrão de moradia, em 1991, era próximo de 50%. No entanto, observou-se a tendência, no período, à redução no tamanho dos imóveis, tendo em vista a queda do peso dos moradores em domicílios de três e quatro ou mais quartos, inclusive na zona sul da capital, onde esse peso equivalia a 45,9% da população, em 1980, caindo para 35,4% em Nas demais áreas da metrópole, os imóveis de maior tamanho também perderam posição para os sala e quarto, conjugados e sala dois quartos, especialmente em Niterói, onde a queda dos domicílios de três ou mais dormitórios foi acompanhada pelo significativo aumento dos sala dois quartos. Dois processos podem estar atrelados à redução no tamanho dos imóveis, na década. Em primeiro lugar, a crise do setor imobiliário (tanto público quanto o privado) e o empobrecimento da população levaram a um aumento da produção informal da moradia, que nas áreas de maior densidade domiciliar significa habitações de pequenas dimensões. A retomada do crescimento das favelas no Rio de Janeiro e a difusão desses assentamentos da periferia seriam expressões desta tendência. Em segundo lugar, a elitização da produção imobiliária empresarial, resultante da crise no setor, foi acompanhada por uma forte retração do mercado e pelo boom dos apart-hotéis, nas áreas mais valorizadas da capital. Esses dois fenômenos explicariam, em parte, o aumento relativo dos 23 Em Niterói, no distrito sede, e em São Gonçalo, no distrito sede e no distrito de Neves. XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP 1727

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