Conceitos Básicos de INTERNET
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- Ana do Carmo Bugalho Castro
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1 Departamento de Informática Curso de Pós-Graduação em Redes de Computadores Conceitos Básicos de INTERNET Wandreson Luiz Brandino wandreson.com Abril/97
2 Sumário 1. O CONCEITO DA INTERNET HISTÓRICO E EVOLUÇÃO IMPORTÂNCIA CONCEITOS DE REDES E PROTOCOLOS ENDEREÇAMENTOS E DOMÍNIOS PORTAS SERVIÇOS BÁSICOS TERMINAL REMOTO (TELNET) CORREIO ELETRÔNICO ( ) TRANSFERÊNCIA DE ARQUIVOS (FTP) FTP Anônimo FTP por comandos em lote LISTAS DE DISCUSSÃO NEWSGROUPS OUTROS SERVIÇOS ARCHIE WAIS GOPHER FACILIDADES ADICIONAIS FINGER PING TALK NSLOOKUP WWW (WORLD WIDE WEB) A LINGUAGEM HTML COMANDOS BÁSICOS USANDO O FRONTPAGE ÉTICA NA INTERNET EMOTICONS E A INTERNET MELHOR USO DA INTERNET COMPRESSÃO DE ARQUIVOS SEGURANÇA VÍRUS, VERMES, CRACKERS, HACKERS E A INTERNET GERENCIAMENTO DA INTERNET RFCS O FUTURO DA INTERNET BIBLIOGRAFIA
3 1. O Conceito da INTERNET A Internet - também conhecida como a rede das redes - é uma rede que contém milhares de redes de computadores que servem a milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar de seu objetivo inicial ter sido permitir que pesquisadores acessassem sofisticados recursos de hardware, bem como prover uma comunicação interpessoal mais eficiente, a Internet demonstrou ser muito útil nas mais diferentes áreas, e por isso acabou transcendendo seu objetivo original. Hoje, seus usuários são imensamente diversificados - educadores, bibliotecários, empresários e aficionados por computadores, utilizando os mais variados serviços, que vão desde a simples comunicação interpessoal ao acesso a informações e recursos de valor inestimável. Por exemplo, pessoas que vivem em regiões cuja distância chega a milhares de quilômetros se comunicam sem nunca terem se visto, e há informações disponíveis 24 h por dia em milhares de lugares. Um ponto importante a destacar, na Internet, é que a maioria das informações disponíveis é gratuita. Naturalmente, alguns serviços são pagos e o acesso é restrito mas, na sua maioria é gratuito. A Internet se assemelha à anarquia 1, no sentido filosófico da palavra. A Internet é uma cidade eletrônica, já que nela podemos encontrar: bibliotecas, bancos, museus, previsões do tempo, acessar a bolsa de valores, conversar com outras pessoas, pedir uma pizza, comprar livros ou CD s, ouvir música, ler jornais e revistas, ter acesso a banco de dados, ir ao Shopping Center e muito mais. É um verdadeiro mundo on-line. 1 Ausência de governo Um estado de falta de leis ou de desordem política devido à ausência de autoridade governamental Uma sociedade utópica de indivíduos que apreciam a liberdade total sem governo 2
4 2. Histórico e Evolução A Internet se originou de uma única rede chamada ARPANET. Esta foi criada em 1969 pelo Departamento de Defesa Norte-Americano com o objetivo de promover o desenvolvimento na área militar. Os EUA pretendiam descentralizar os repositórios de informações de segurança nacional localizados em Washington para não correrem riscos de destruição de informações, já que elas estavam centralizadas. A ARPANET permitia que pesquisadores de várias universidades e empresas ligadas à defesa militar acessassem recursos de hardware e de software, assim como trocassem informações relativas ao desenvolvimento de projetos. Em vista dos benefícios alcançados na área de pesquisa militar, observou-se que esta tecnologia poderia se estender a uma ampla gama de conhecimentos, atraindo assim a atenção de pesquisadores ligados a outras áreas. Várias outras redes se conectaram com a ARPANET, promovendo o crescimento desta. Com esse crescimento foram descobertos outros benefícios que poderiam ser alcançados; desta forma, o objetivo original passou a ser aos poucos substituído por metas mais abrangentes. A partir de então, começou um grande crescimento da rede. Devido a este crescimento, o Departamento de Defesa Norte-Americano formou uma rede própria, chamada MILNET, separando-se da original ARPANET. Ambas então, passaram a ser conhecidas como DARPA Internet, hoje Internet. Com sua expansão, a Internet passou a conectar-se com várias outras redes em diversos países do mundo. Com o crescimento da Internet, a NSF (National Science Foundation), agência do governo americano, a fim de tirar o maior proveito de seu sistema de computação, composto por supercomputadores, os interligou à Internet e, a partir daí todas as universidades passaram a ter acesso. Hoje, no Brasil, é possível utilizar os recursos de supercomputadores do IMPE e da UFRGS através da Internet, desde que o usuário tenha acesso. 3
5 3. Importância Como já foi dito, as motivações originais que deram origem à Internet foram a distribuição de recursos computacionais e a comunicação interpessoal. Hoje percebese que a sua importância foi bastante incrementada, visto que houve um grande avanço na tecnologia de comunicação de dados além do melhor uso dos benefícios oferecidos pela rede. Alguns dos benefícios oferecidos pela rede estão listados abaixo: O incremento no avanço da ciência, pois torna-se mais rápida e fácil a comunicação das comunidades científicas com troca de informação sobre trabalhos e avanços em determinada área. Por exemplo, uma pessoa de uma universidade dos EUA pode obter informações para sua pesquisa sobre Doenças Tropicais acessando bancos de dados de hospitais em diversos países como Brasil, Venezuela e África do Sul, sem precisar sair da sua sala; A utilização de recursos computacionais avançados por diversas pessoas em pontos distantes, bastando apenas um meio de comunicação da sua estação de trabalho ao local a ser acessado. Este meio pode ser uma linha telefônica ligada a um provedor de acesso (que está conectado à Internet) ou através de uma rede corporativa, que está toda ligada à grande rede. Por exemplo: uma pessoa que precisa executar um programa que exija grande recurso pode acessar e utilizar um supercomputador em uma universidade distante. O processamento seria executado pelo supercomputador e haveria apenas uma transferência dos resultados ao final do processamento. Aplicações deste tipo são conhecidas como Cliente/Servidor; A democratização da informação, pois não existe um único órgão que gerência o fluxo de informações. Cada um pode enviar mensagens e artigos livremente sem qualquer manipulação ou censura. Além de ser democrática, apresenta ainda outras qualidades como a de ser antidiscriminatória, permitindo que pessoas de qualquer raça, nível social ou credo se comuniquem sem preconceito. Entretanto, já existem algumas iniciativas, do governo americano, ainda sem resultados, de proibir certos tipos de tráfego na rede. Como por exemplo: comunicação entre traficantes, receitas de bombas ou páginas de Seitas religiosas que pregam o suicídio ou coisas do gênero, como aconteceu recentemente nos Estados Unidos; A obtenção dos mais variados softwares incluindo atualizações, pois existem programas que são de domínio público, ou seja, podem ser livremente copiados e utilizados. Além disso, as empresas descobriram na Internet uma excelente forma de deixar seus clientes bem atualizados sobre seus novos produtos. Desta forma, elas podem economizar com propaganda e levar a informação ao cliente de forma mais ágil e barata. É interessante ressaltar que estes são pequenos exemplos da importância da Internet. Já que a descoberta de novos serviços e recursos é constante. 4
6 4. Conceitos de Redes e Protocolos Redes: Atualmente o modelo do computador central (Fig. 1) fornecendo serviços a uma organização vem sendo substituída por uma configuração onde computadores de menor porte são interconectados para a execução das mais variadas tarefas. Este modelo é denominado de redes de computadores (Fig. 2) e sua difusão ocorreu após o barateamento e evolução dos microcomputadores. Esta configuração apresenta uma série Fígura de vantagens: 1 Fígura 2 Compartilhamento de recursos, pois programas, base de dados e hardware (exemplo: impressora) estão disponíveis a todos os usuários. A economia de recursos financeiros pois a relação custo/benefício de uma rede de computadores é menor que uma máquina de grande porte central, além da manutenção da rede e de seus computadores ser mais simples e portanto mais barata. Observe que uma informação enviada de um computador A para um computador B pode passar por diversos tipos de rede, com diferentes topologias, diferentes sistemas operacionais, etc. Isto só é possível graças ao protocolo que é utilizado. As conexões entre computadores podem ser feitas por satélite, cabo submarino, fibra ótica, cabo de cobre, etc, com diferentes velocidades, Protocolo: Além da conexão física entre os computadores, faz-se necessário o uso de uma certa linguagem comum (procedimentos) para a troca de informações entre eles. A esta conjunto de procedimentos, denominamos Protocolo de Comunicação. Estes protocolos definem os padrões e formalidades para uma perfeita comunicação na rede. Por exemplo, em uma comunicação por telefone é habitual o uso do alô para se iniciar uma conversa, o tchau para se terminar, além de outros. No rádio também faz-se o uso de alguns parâmetros para a comunicação, tal como 5
7 câmbio e câmbio final. Estes são exemplos de alguns protocolos utilizados em uma comunicação pessoal à distância. Em redes de computadores, tal como na Internet, acontece da mesma forma. Uma das benéficas características da Internet é o fato dela suportar diversas tecnologias, possibilitando a conexão de uma grande gama de redes, de diferentes fabricantes do mundo, além de diversos tipos de computadores, sistemas operacionais, etc. Para possibilitar a comunicação dos computadores na Internet é utilizado uma família de protocolos denominada TCP/IP (Transport Control Protocol / Internet Protocol). Os computadores comunicam-se entre si, enviando pacotes de informações uns para os outros. O TCP/IP é um protocolo aberto, isto é não-proprietário. Com isso, torna-se barato a sua utilização pois desobriga o pagamento de royalties, o que facilita sua implementação por estar amplamente documentado (o TCP/IP e todos os protocolos ou regras utilizadas na Internet, são definidos em RFC s, assunto que veremos mais adiante). Estas características foram grandes responsáveis pela rápida expansão da Internet. 6
8 5. Endereçamentos e Domínios Enquanto pôde, a Internet procurou manter a lista completa de seus computadores e redes. Com o crescimento da rede, esta lista tornou-se difícil de manusear, tanto pelo tamanho quanto pelo número de alterações feitas diariamente. O Domain Name System (Sistema de Nomes de Referência) evoluiu como uma maneira adequada de tratar estas listas. O Domain Name System (DNS) é responsável por diversas tarefas. Ele cria uma hierarquia de domínios, referências, ou grupos de computadores. Estabelece um nome de referência (também conhecido como endereço da Internet) para cada computador na rede. As referências principais tem a responsabilidade de manter listas e endereços de outras referências do nível imediatamente inferior em cada grupo. Este nível inferior de referências é o responsável pelo próximo nível e assim por diante até o usuário final, ou computador final. O DNS utiliza esta hierarquia para transformar um nome de computador, escrito por extenso, em um número denominado endereço IP. O protocolo TCP/IP precisa saber o endereço da máquina local e o endereço IP da máquina que se deseja conectar. Quando o usuário informa o nome de uma máquina e não o seu endereço IP é o serviço de DNS que se responsabiliza em transformar aquele nome de máquina em endereço IP, para que se possa estabelecer a comunicação. Em geral, este processo é totalmente transparente ao usuário final. Assim como uma casa em um sistema postal, uma máquina na Internet possui um endereço. A forma de endereçamento na Internet é feita através de números. Cada máquina possui o seu número, denominado endereço IP. Porém, para maior facilidade da utilização dos endereços, foram criados apelidos para cada máquina. Utilizando-se a analogia do sistema postal podemos compreender melhor os endereços da Internet. Uma casa pode ser localizada através de seu país, estado, cidade, rua e número, onde o número esta contido na rua, que por sua vez esta contida na cidade e assim por diante (Fig 3). Na Internet o mecanismo é o mesmo, uma máquina é endereçada por um conjunto de informações, por exemplo a máquina cairo do Laboratório de Informática do CT-III da UFES pode ser localizada da seguinte forma: cairo.inf.ufes.br Este endereço indica que a máquina cairo está contida no conjunto inf que por sua vez está contida no conjunto ufes que está no conjunto br. O que foi referido como conjuntos, no mundo da Internet recebe o nome de domínios. Desta forma, existe o grande domínio br. Este contém vários sub-domínios dentre os quais o sub-domínio ufes, que por sua vez contém o sub-domínio inf, que possui a máquina cairo. Observe que a Internet possui uma estrutura descentralizada, isto significa que existe mais de uma máquina respondendo pelo domínio br, e mais de uma pelo domínio ufes, e assim sucessivamente. Isto possibilita que se uma máquina esteja inoperante, outra possa responder àquela solicitação. 7
9 Hierarquia de Nomes. Canadá ca Brasil br França fr Estados Unidos UFES ufes Governamental gov Comercial com Educacional edu Governamental gov Comercial com Elétrica ele Informática inf Outros cairo Fígura 3 Com os conceitos de domínios já discutidos pode-se mostrar como a Internet está estruturada. A Internet é formada por um conjunto de grande domínios globais, divididos em países, como mostrado abaixo: br ca uk it pt Brasil Canada Reino Unido Itália Portugal Existem ainda alguns domínios globais pertencentes aos Estados Unidos. Estes foram os domínios iniciais da Internet, antes das expansões para os outros países: mil gov edu com net org Militar Governamental Educacional Comercial Empresas/grupos preocupados com a Administração da Internet Outras organizações da Internet Cada um destes domínios apresenta vários sub-domínios pelos quais são responsáveis. Por exemplo, o grande domínio global br (que é gerenciado pela FAPESP), possui alguns sub-domínios: ufes.br rnp.br usp.br UFES Rede Nacional de Pesquisa USP 8
10 Observe que no Brasil, como as universidades e órgãos de pesquisa já faziam parte da Internet antes dela ser aberta comercialmente, os domínios não indicam se são instituições de pesquisa ou não. Após a abertura comercial da Internet no Brasil, alguns novos domínios foram criados, como os apresentados abaixo: com.br gov.br mil.br Comercial Governamental Militar Desta forma, a Internet ramifica-se em domínios e sub-domínios, sendo cada domínio responsável pelos seus sub-domínios contados logo abaixo. Cada máquina é então endereçada informando o seu nome e o sub-domínio ao qual ela pertence. Assim, voltando ao nosso exemplo, o endereço cairo.inf.ufes.br, refere-se à máquina de nome cairo pertencente ao sub-domínio inf, que está contida no subdomínio ufes, contido no grande domínio global br. No nosso exemplo, a máquina de apelido cairo.inf.ufes.br possui o endereço IP Como pode ser visto, é mais simples memorizar o seu apelido do que seu verdadeiro endereço. O sub-domínio ufes, que é gerenciado pelo NPD, é responsável pelos seguintes sub-domínios: inf ele cce Departamento de Informática Departamento de Engenharia Elétrica Centro de Ciências Exatas Observe que cada máquina na Internet tem pelo menos um endereço IP. Algumas máquinas especiais, como roteadores, podem ter mais de um endereço IP. Este assunto, entretanto está além do escopo deste texto, e não será discutido 9
11 5.1 Portas Qualquer serviço existente na Internet está associado a uma porta. Desta forma, quando um usuário deseja se conectar a um serviço, ele precisa informar, além do nome da máquina ou endereço IP a porta correspondente. Alguns serviços, entretanto, tem suas portas bem definidas e por isso não é necessário que o usuário informe o número da porta associada. Por exemplo, o serviço de Terminal Remoto (Telnet) está associado à porta 23, o serviço de WWW está associado à porta 80, e assim por diante. Alguns sistemas mudam a porta padrão por conveniência ou para fornecerem diferentes serviços. Por exemplo, poderiamos ter, o Telnet associado à porta 3000, como é o caso da máquina martini.eecs.umich.edu; desta forma para nos conectarmos a ela precisamos dar o comando da seguinte forma: telnet martini.eecs.umich.edu 3000 No entanto esta porta, está associada a um serviço ligeiramente diferente do telnet. Mas ele usa o mesmo aplicativo para se conectar. Nos Browsers visualizados, como o Netscape e o Explorer, é possível informar em qual porta queremos o serviço. Para tanto, após o endereço, basta colocar dois pontos e o número da porta. O exemplo abaixo é redundante, já que o serviço de WWW já esta na porta 80, mas serve como ilustração: 10
12 6. Serviços Básicos A Internet oferece serviços basicamente envolvendo transferência de informações. Dentre a gama de serviços oferecidos, existem três básicos: , FTP e TELNET. A seguir estudaremos cada um deles. 6.1 Terminal Remoto (Telnet) O Telnet é o serviço que possibilita o acesso a máquinas remotas, como se seu terminal estivesse conectado a ela. Por exemplo, uma pessoa localizada no Laboratório de Informática do Departamento de Informática, pode acessar o Núcleo de Processamento de Dados (NPD) através deste serviço e, com isso, pode-se fazer uma impressão de texto nas impressoras do NPD, caso as do laboratório estejam inoperantes. É importante salientar que pode-se fazer uma conexão com qualquer máquina, desde que esta esteja na Internet, e que ofereça o serviço de Telnet. Desta forma uma pessoa localizada em Vitória pode se conectar com uma máquina localizada no Japão. Para isto, é necessário que o usuário possua uma conta na máquina remota ou que a máquina ofereça acesso público. Este serviço é importante pois possibilita a distribuição de recursos computacionais. Por exemplo, a utilização de um supercomputador em um local distante, o acesso a bibliotecas e a serviços oferecidos por outras bases de dados como jornais, revistas, etc. Telnet no Windows A tela do sistema, é a apresentada na Fígura 4. Através do menu, pode-se escolher com qual máquina conectar e que porta utilizar, além da facilidade de desconexão no final do serviço. Após a conexão com a máquina remota, o sistema solicitará que o usuário informe nome (Login) e senha (Password) para completar a conexão. Caso a senha esteja incorreta o sistema perguntará novamente, até que o usuário digite a senha corretamente ou a conexão seja terminada. 11
13 Figura 4 Telnet no Unix Para se conectar a uma máquina remota utiliza-se o comando: telnet <nome da máquina> Ex: telnet npd1.ufes.br (o acesso ao NPD é feito pela máquina npd1) Com a conexão completada, a máquina remota solicita o nome da sua conta, como abaixo: login: E em seguida a sua senha: password: Outra forma de se conectar a uma máquina, é simplesmente digitar o comando: telnet Em seguida aparecerá o prompt do aplicativo telnet: TELNET> A partir daí, basta executar um comando do aplicativo. Alguns destes comandos estão relacionados abaixo: 12
14 ? open <nome da máquina> close quit #Lista os comandos #Estabelece conexão com a máquina remota #Finaliza a conexão com a máquina remota #Encera o aplicativo Telnet Abaixo são apresentados alguns servidores que permitem a conexão Telnet e quais serviços eles oferecem: Endereço Username Instituição Serviço Prestado aleph.pucrs.br guest PUC-RS Acesso a banco de dados bibliográficos ccvax.unicamp.br Diversos UNICAMP/CC Diversos 13
15 6.2 Correio Eletrônico ( ) O (Eletronic Mail) é um serviço de correio eletrônico, onde pode-se trocar correspondência de uma forma rápida e barata com outras pessoas, de forma análoga ao correio tradicional. Utilizando-se desta analogia, uma carta, quando enviada, deve conter o endereço do destinatário e do remetente. No correio eletrônico também usa-se endereços, denominados endereços eletrônicos. Como já foi visto, cada máquina possui seu endereço. Visto que vários usuários utilizam-se de uma mesma máquina, faz-se necessário a identificação de cada usuário. Esta identificação é feita acrescentado a identificação do sistema ao endereço da máquina, unidos pelo (arroba) ou at. Por exemplo, o usuário brandino que possui uma conta na máquina de endereço cairo.inf.ufes.br será identificado da seguinte forma: brandino@inf.ufes.br ou brandino at inf.ufes.br Desta forma, pode-se enviar mensagens para qualquer usuário de qualquer máquina do mundo. Uma boa prática é utilizar como identificação do usuário, seu nome verdadeiro, porém nem sempre isso é possível, basta imaginar quantos nomes de Maria, João ou José temos, daí usa-se apelidos, sobrenomes, ou combinação destes. Veja alguns exemplos de endereços eletrônicos abaixo: zegonc brandino rcesar #Nome real José Gonçalves Pereira Filho #Nome real Wandreson Luiz Brandino #Nome real Roberto Cesar Cordeiro Caso você cometa algum erro ao escrever o endereço do destinatário, a sua mensagem não será entregue e retornará a você para que possa envia-la à pessoa correta. Entretanto, se a combinação de nomes digitada existir na Internet, a sua carta será entregue a uma outra pessoa, e não retornará à você. As mensagens de possuem alguns identificadores básicos que formam o cabeçalho da mensagem, a fim de identificar origem, destino, assunto, etc. Veja agora como é a estrutura interna de uma mensagem: 14
16 Message 9: From Fri Apr 11 10:40: Date: Fri, 11 Apr :40: From: (Rogerio F. Rodrigues) To: Subject: Congresso SBRC/97 #(número da mensagem) #(end. do remetente e data de envio) #(data de chegada) #(end. do remetente e seu nome real) #(end. do destinatário) #(Assunto da Mensagem) #(Corpo da Mensagem) Ola Wandreson, Como vao as coisas ai em Vitoria? Aqui na PUC esta aquela batalha de sempre, estou acabando a tese. Quando terminar a versao draft te mando uma copia. A proposito, voce vai no SBRC/97? Mande mensagem confirmando pra gente armar alguma coisa. Abracos Rogerio Observe que a mensagem é enviada para brandino@inf.ufes.br e não para brandino@cairo.inf.ufes.br, isto porque pode-se omitir o nome da máquina, e deixar só o nome do domínio, desde que se configure na máquina responsável pelo domínio inf.ufes.br, que qualquer mensagem enviada a inf.ufes.br deve ser direcionada à máquina cairo.inf.ufes.br. Ou seja, uma mensagem enviada para brandino@inf.ufes.br ou para brandino@cairo.inf.ufes.br vão para o mesmo destinatário. Alguns dados que vão com a mensagem não são descritos aqui, servem para identificar por onde a mensagem passou. Isto ajuda a confirmar se a mensagem veio de onde o usuário indica que ela veio realmente. É uma forma de validação da mensagem. Para a Internet, sua mensagem de correio eletrônico é um fluxo de pacotes, cada um com o endereço do destinatário. Em um processo conhecido como chaveamento de pacotes, a Internet envia os pacotes pelo melhor caminho entre seu computador e o endereço de destino. Este caminho pode não ser o mais curto, mas leva em consideração fatores como o volume de correio eletrônico nos diferentes backbones ou linhas e a qualidade da transmissão. A amplitude dos pacotes de correio eletrônico se estende muito além do mundo da Internet. Se colocarmos a Internet como qualquer grupo de usuários que se comunica pelo protocolo TCP/IP. Há muitos outros tipos de redes extensas, algumas quase tão amplas como a Internet. Muitas dessas outras redes têm acordos com a Interenet e entre si para intercambiar correio eletrônico de um lado para o outro, do mesmo modo que os países trocam correio normal em suas fronteiras. Frequentemente, uma mensagem de correio eletrônico pode ter de passar por uma série de redes intermediárias para alcançar o destinatário. Uma vez que nem todas as redes usam o mesmo formato de correio eletrônico, uma porta de comunicação traduz o formato de uma mensagem de correio eletrônico em um formato que a próxima rede pode compreender. Isto é usado por muitos BBS que não tem acesso direto com a Internet, o BBS se conecta a um servidor por um determinado tempo, envia as mensagens e recebe outras. Para se enviar um mail é necessário utilizar um aplicativo (programa para utilizar este serviço). Podemos citar alguns programas para este fim: O ambiente 15
17 UNIX fornece o programa mail, que utiliza uma interface a caracter na linha de comando, existem também programas de mail para as interfaces gráficas do UNIX. No ambiente Windows também existem aplicativos para este fim, um dos mais conhecidos é o Eudora, entretanto os programas de browser WWW (veremos este assunto mais adiante), também fornecem aplicativos para correio eletrônico, entre eles podemos citar o Netscape e o Explorer, que são os mais populares Navegadores de páginas da Web. A seguir é apresentado o mail nativo do UNIX e do Netscape: Mail no Unix Para se executar o programa de mail no UNIX, basta digitar mail na linha de comando, isto faz com que o computador mostre todos os mail s que foram endereçados àquele usuários, como mostrado abaixo: O sinal > indica qual a mensagem corrente. A lista, como pode se notar, apresenta vários campos. Um campo representa o status da mensagem. A mensagem pode apresentar os seguintes status: N Nova Mensagem U Mensagem não lida P Mensagem já lida e preservada na caixa postal Sem Letra Mensagem já lida e não preservada Os outros campos são referentes ao número da mensagem, endereços do remetente, data, hora, tamanho da mensagem e assunto. Existem alguns comandos usados para se manipular estas mensagens, a maioria podem ser abreviados, estes são listados abaixo: print <número da mensagem> print 5 more <número da mensagem> more 3 delete <número da mensagem> (Ler uma mensagem) (Ler uma mensagem com pausa) (Apagar uma mensagem) 16
18 delete 4 preserve <número da mensagem> preserve 1 save <nome do arquivo> save trabalhos x quit? (Preservar a mensagem) (Salva a mensagem corrente em arquivo) (Sai do mail sem alterar o status) (Sai do aplicativo e altera o status) (Exibe lista de comandos e sua utilidades) Para se enviar uma mensagem, deve-se executar o programa mail, seguido do endereço eletrônico da pessoa a quem quer se enviar a mensagem. Exemplo: mail brandino@inf.ufes.br Aparecerá em seguida a requisição do assunto da mensagem Subject: (Digite o Assunto) A partir daí, digita-se a mensagem a ser enviada. Para se indicar o final da mensagem utiliza-se uma linha com apenas um ponto ou Control D Estes são apenas os comandos básicos, existem outros, mas estes são suficientes para iniciar a utilização do correio eletrônico. Mail no Netscape Da mesma forma que as mensagens podem ser enviadas diretas de uma máquina UNIX, também podem ser enviadas por máquinas rodando Windows, mesmo que a conta do usuário, esteja em uma máquina UNIX ou em qualquer sistema operacional que converse com a Internet. Bastando para isto, configurar no software aonde (endereço da máquina) esta a caixa postal. Na tela abaixo é mostrado, como se pode configurar o Visualizador para poder ler as mensagens, independente de onde elas estejam, e em que máquina. 17
19 Nesta outra tela, é mostrado um ambiente onde o usuário pode ler, escrever, enviar as mensagens, além de organiza-las da melhor forma. Observe, que a mesma mensagem pode ser enviada a outros usuários, preenchendo o campo de cópia carbono com o endereço destes usuários 18
20 6.3 Transferência de Arquivos (FTP) O FTP (File Transfer Protocol), como o próprio nome indica é um serviço que possibilita a transferência de arquivos entre máquinas. Com este aplicativo podemos transferir programas desenvolvidos por outras pessoas e executá-los em nosso computador. Por exemplo, uma pessoa que deseja obter um anti-vírus para o seu computador, pode transferi-lo de uma máquina remota onde este está a disposição. Outros tipos de arquivos comumente transferidos são relacionados a textos e imagens. A quantidade de informações disponíveis no FTP é imensa, não se sabe ao certo quantos gigabytes estão disponíveis, ou seria terabytes? Para se realizar a transferência de arquivos, faz-se necessário uma conexão com a máquina remota, para tanto utiliza-se o comando mostrado abaixo: FTP no UNIX ftp <nome da máquina> Ex: ftp ftp.microsoft.com Após este comando e com estabelecimento da conexão, será requisitado o nome da conta: name: Logo após, a senha: password: Outra forma é digitar o comando ftp, na linha de comando. Então aparecerá: FTP> Daí, para se estabelecer a conexão com a máquina remota, basta digitar: open <nome da máquina> Outros comandos disponíveis no FTP são: Comando dir ou ls cd <caminho> lcd <caminho> pwd!<comando> Ex:!del *.txt get <arquivo> Ex: get scan.exe mget <arquivos> Descrição Mostra a listagem do diretório corrente Muda o diretório remoto Muda o diretório local Informa o diretório remoto atual Permite a execução de comandos na máquina local Deleta os arquivos *.txt na máquina local Transfere um arquivo da máquina remota para a máquina local Transfere múltiplos arquivos da máquina remota para a 19
21 Comando mget *.txt put <arquivo> Ex: put agenda.dat mput <arquivos> mput *.gif hash help ou? quit ou bye ascii bin Descrição máquina local Transfere um arquivo da máquina local para a máquina remota Transfere múltiplos arquivos da máquina local para a máquina remota Imprime o símbolo #, a cada 1024 bytes transferidos Obtém a lista dos comandos disponíveis Encerra uma conexão FTP Para transferência de arquivos no forma ASCII Esta transferência, faz conversão de formatos, no caso de estarmos transferindo arquivos de máquinas com sistemas operacionais diferentes. Aconselhável para transferência de arquivos textos Para transferência no formato binário Esta transferência não altera nenhum bit do arquivo, transferindo-o de forma a deixa-lo igual na máquina local e remota. Aconselhável para transferência de programas Observe que os comandos bin e ascii tem que ser informados ao computador antes do início da transferência de um arquivo. Antes de transferir algum dado, verifique se o FTP esta no modo apropriado, porque se não você pode transferir dados e depois não conseguir ter acesso a eles. FTP no Windows Da mesma forma que se é feito o FTP através do UNIX, pode-se fazê-lo também pelo Windows. Os programas de FTP são bem fáceis de se utilizar, basta encontrar o arquivo e transferi-lo para o diretório desejado na máquina local. Observe que o programa abaixo permite fazer FTP anônimo (discutido adiante) e identificado. O FTP também pode ser feito pelos browsers da Web, entretanto, estes só o permitem fazê-lo por FTP anônimo. Não se esqueça de selecionar de que tipo é o arquivo que você esta trazendo, porque se você informar que o arquivo é do tipo ASCII e ele for um programa (tipo binário), quando ele chegar no seu computador e você tentar executá-lo, ele não vai funcionar. E além disso você vai ter perdido tempo e utilizado recursos da Internet desnecessariamente. Existem basicamente três tipo de arquivos: ASCII (American Standard Code for Information Interchange, ou Código Americano Padrão para Intercâmbio de 20
Ao ligar o equipamento, você verá a mensagem abaixo, o objetivo dela é fazer a configuração mínima para LOGAR ao servidor da Internet.
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