Vera Lúcia Silva de Sena

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Vera Lúcia Silva de Sena"

Transcrição

1 Vera Lúcia Silva de Sena Doação de Órgãos Análise das causas de não efetivação da doação no Estado de Mato Grosso Orientadora: Bartira de Aguiar Roza São Paulo

2 Resumo A doação de órgãos é regulamentada pela Legislação dos Transplantes no Brasil desde Muitas pessoas saíram da chamada "Fila da Morte" graças aos transplantes. A desproporção entre o número de notificações de potenciais doadores e sua efetivação se deve a diversas variáveis. Esta pesquisa buscou analisar as causas da não efetivação da doação de órgãos de potenciais doadores notificados a Central de Transplantes de Mato Grosso no período de 2005 a Trata-se de um estudo de revisão de literatura, com busca bibliográfica em bases de dados da bireme (lilacs, medline, e bdenf). As variáveis analisadas neste estudo foram: contra-indicação médica; morte encefálica não confirmada; não autorização familiar; parada cardiorrespiratória e infra-estrutura inadequada ou insuficiente (logística) e outros. Constatou-se que em Mato Grosso, o número de notificações foram decrescendo gradativamente nos anos de 2006 a 2008, sinalizando a retomada do crescimento em A contra indicação médica foi predominante para a não efetivação da doação no período, apenas em 2007 tivemos a não autorização familiar como causa principal. Quando se analisa os números a nível nacional, os dois últimos anos a negativa familiar predominou para a não efetivação da doação. Em Mato Grosso, porém a contra indicação médica predominou como fator principal da não efetivação de potenciais doadores notificados. Isto significa que os trabalhos de capacitação, sensibilização e campanhas junto à população do estado voltada para a importância doação de órgãos tem surtido efeitos positivos, uma vez que para a retirada de órgãos, tecidos, células ou partes do corpo para transplantes, é necessário que o potencial doador seja submetido a diversos exames visando atender normas de segurança para o receptor. Palavras-chaves: transplante de órgãos, morte encefálica, doação de órgãos.

3 1. Introdução O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente, denominada receptor, por outro órgão normal de um doador, falecido ou vivo. Esse procedimento vem assumindo um importante papel no tratamento de doenças terminais sem possibilidade de terapêutica clínica ou cirúrgica em conseqüência dos avanços científicos e tecnológicos. Em alguns tipos de transplante, o domínio das técnicas cirúrgicas, os adventos de imunossupressores, soluções de preservação mais eficientes bem como a mudança de hábitos favorecem a ajuda desses resultados proporcionando qualidade de vida aos pacientes que se submetem a esses procedimentos (1). A partir de 1997, com a publicação da Lei nº a qual regulamenta a remoção de órgãos e tecidos do corpo humano para transplante, intensificou-se a discussão na sociedade brasileira onde se travou um amplo debate sobre transplantes, prevalece o consentimento presumido, no qual o cidadão contrário a doação necessitava registrar sua decisão em vida. Tem início um período bastante significativo regulamentando a prática e normas técnicas com a criação de uma estrutura institucional nacional padronizando os procedimentos realizados a partir do momento em que ocorria um aumento das atividades, neste mesmo ano foi criado o Sistema Nacional de Transplantes (2). Alterando alguns dispositivos da Lei nº 9.434, em 2001 através da Lei nº , voltou-se a utilizar o consentimento informado, ou seja, a doação dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive (3). A doação de intervivos é permitida pela legislação quando se trata de órgãos duplos ou que se regenera entre cônjuges e parentes até o quarto grau, caso não atenda estes requisitos é necessário uma autorização judicial. Devem ser realizados ainda exames de compatibilidade entre doador e receptor. (3) Importante ressaltar que a aquisição de partes do corpo humano, para fins terapêuticos ou humanitários, poderá ser feita apenas pela doação gratuita, em vida ou post mortem, sendo que para que ocorra a remoção post mortem de órgãos e tecidos destinados a transplante é preciso, segundo resolução do Conselho Federal de Medicina que tenha o doador recebido o diagnóstico de morte encefálica (3). Com a promulgação do Decreto nº de 30 de junho de 1997, coube ao Ministério da Saúde o detalhamento técnico-operacional e normativo do Sistema Nacional de Transplantes (4).

4 A partir do Regulamento Técnico de Transplantes, o Ministério da Saúde implantou em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde as Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos/CNCDO, também chamadas de Centrais Estaduais de Transplantes (4). As Centrais Estaduais de Transplantes são responsáveis por coordenar todo o processo de captação e transplantes no âmbito estadual ou distrital, gerencia o cadastro técnico de potenciais receptores, promove toda a organização logística e distribuição dos órgãos e ou tecidos removidos na sua área de atuação, recebe as notificações de morte encefálica (4). Em se tratando de doação post mortem, de acordo com a Portaria do Ministério da Saúde, um potencial doador é o indivíduo com morte primariamente encefálica ou cardíaca, diagnosticada e declarada nos termos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, de quem se poderá retirar órgãos e os tecidos ou partes do corpo humano para transplante (5). O primeiro passo após se iniciar o primeiro teste clínico é notificar a Central de Transplante sobre um paciente com suspeita de morte encefálica (potencial doador) o qual esteja sob cuidados intensivos com lesão irreversível do encéfalo (4). Ocorre que a grande limitação ao transplante com doador falecido é que apenas uma pequena fração dos indivíduos que morrem converte-se em doadores de órgãos. A remoção de órgãos na grande maioria dos casos, só é possível em pacientes que apresentam destruição completa e irreversível do cérebro e tronco cerebral, ou seja, em morte encefálica mantendo, porém temporária e artificialmente os batimentos cardíacos e a circulação sanguínea (6). Estima-se que somente de 1 a 4% das pessoas que morrem em hospital e de 10 a 15% daquelas que morrem em unidades de cuidados intensivos apresentam o quadro de morte encefálica, convertendo-se em potenciais doadores (6). O Brasil possui hoje um dos maiores programas públicos de transplantes do mundo. Com 548 estabelecimentos de saúde e 1376 equipes médicas autorizadas a realizar transplantes, o Sistema Nacional de Transplantes está presente em 25 estados do país, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes (4). Foram investidos R$ 990,51 milhões em transplantes de órgãos no Brasil em 2009, e notificados potenciais doadores, destes, foram efetivados representando 8,5% doadores efetivos por milhão de população (pmp). Destacamos ainda que teve como causa da não efetivação da doação a não autorização familiar representando 21,4%. Porém pessoas ainda aguardam

5 por um transplante de órgãos ou tecidos no Brasil, desse total estão inscritos no Cadastro Técnico Único de Mato Grosso. Neste contexto, o presente estudo é de grande relevância social uma vez que existe a necessidade de doação de órgãos no Brasil para salvar ou melhorar a qualidade de vida de pessoas, cuja terapêutica é o transplante de órgãos. Sendo assim, é de suma importância o conhecimento das causas da não efetivação da doação de potenciais doadores notificados a Central de Transplantes. 2. Objetivo Analisar as causas da não efetivação da doação de órgãos de potenciais doadores notificados à Central de Transplantes de Mato Grosso no período de 2005 a Material e Método Trata-se de um estudo de revisão de literatura, com busca bibliográfica em bases de dados da bireme (lilacs, medline, e bdenf), compreendendo aos anos de 2005 a As variáveis discutidas neste estudo são: - contra-indicação médica; morte encefálica não confirmada; não autorização familiar; parada cardiorespiratória; infraestrutura inadequada ou insuficiente (logística) e outros. Os resultados serão apresentados com análise de literatura, com análise não paramétrica das variáveis, para responder o objetivo proposto, relacionadas à região Centro-Oeste para uso posterior da Coordenadoria de Transplantes de Mato Grosso, Gestores Estadual e Municipal. VARIÁVEIS DO ESTUDO: Vários fatores são responsáveis pelas não efetivações da doação de órgãos. No presente estudo foram abordados os que predominam segundo os dados encontrados, quais sejam: contra-indicação médica; morte encefálica não confirmada; não

6 autorização familiar; parada cardiorrespiratória e infra-estrutura inadequada ou insuficiente (logística) e outros. 1 - Contra-Indicação Médica: Não podem ser doadores de órgãos os pacientes portadores de insuficiência orgânica que comprometa o funcionamento dos órgãos e tecidos doados, como insuficiência renal, hepática, cardíaca, pulmonar, pancreática e medular; portadores de doenças contagiosas transmissíveis por transplante, como soropositivos para HIV, doença de Chagas, hepatite B e C, além de todas as demais contra-indicações utilizadas para a doação de sangue e hemoderivados; pacientes com infecção generalizada ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas; e pessoas com tumores malignos - com exceção daqueles restritos ao sistema nervoso central, carcinoma basocelular e câncer de útero - e doenças degenerativas crônicas (5). Desta forma, para a alocação de órgãos, tecidos, células ou partes do corpo para transplantes é necessário que o potencial doador seja submetido a diversos procedimentos visando atender normas de segurança para o receptor; 1- avaliação de situações de risco acrescida de informações do histórico de antecedentes pessoais e exame clínico. 2- avaliação de fatores de risco por meio de resultados positivos de exames sorológicos de triagem para: a) - doadores de córneas: HIV, HbsAg, Anti-HBc total e Anti- HCV; e b) - doadores de órgãos, outros tecidos, células ou partes do corpo: HIV, HTLV I e II, Hbsag, AntiHbc total e Anti-HCV, sífilis e doença de Chagas (5); A realização de exames sorológicos para toxoplasmose, citomegalovírus e Epstein - Bar é facultada, devendo ser regulamentada pelas CNCDO`s encaminhando amostra sangüínea do doador permitindo a pesquisa posterior caso necessário. O critério de exclusão absoluta de doador de órgãos, tecidos, células ou partes do corpo humano são: a - soro positividade para HIV; b- soro positividade para HTLV I e II; c tuberculose em atividade; d neoplasias (exceto tumores primários do Sistema Nervoso Central e carcinoma in situ de útero e pele); e- sepse refratária; e

7 f- infecções virais e fúngicas graves ou potencialmente graves na presença de imunossupressão, exceto as hepatites B e C. O atual regulamento técnico do SNT aprovado pela portaria nº 2.600, de 21 de outubro de 2009 define os critérios de exclusão e utilização de órgãos e tecidos definido por módulos desde que haja manifestação expressa baseada em termo de consentimento livre e esclarecido a respeito do uso do órgão ou tecido firmado pelo receptor (5). 2 - Morte Encefálica: O Conselho Federal de Medicina através da Resolução 1480 de 08 de agosto de 1997 define os critérios para o diagnóstico de morte encefálica no Brasil, considerando que a parada total e irreversível das funções encefálicas equivale a morte, conforme critérios já estabelecidos pela comunidade científica mundial (7). A morte encefálica deverá ser conseqüência de processo irreversível e de causa conhecida, caracterizada através de exames clínicos e complementares durante intervalos de tempos variáveis, de acordo com a faixa etária (8). De acordo com Marinho, menos de 1% dos indivíduos que morrem tem morte encefálica antes de apresentar parada cárdica, o que limita o número de potenciais doadores (9). Configura como fator mais freqüente das causas de ME o traumatismo crânio (TCE), acidentes automobilístico ou agressões; hemorragia subaracnóidea, lesões isquêmicas, hemorragia subaracnóidea, ligada a ruptura de aneurisma, lesão difusa do cérebro após parada cardiorrespiratória revertida. O diagnóstico de ME continua sendo uma barreira para notificação de doadores por parte das UTIs. Há médicos que não se sentem à vontade com tal diagnóstico e alegam controvérsias quanto aos testes para ME necessários, falta de suporte técnico necessário para realização dos exames complementares ao diagnóstico e responsabilidade legal que recai sobre tal diagnóstico (10). O diagnóstico de ME é determinado pelo exame clínico neurológico, a partir da ausência evidente de reflexos do tronco cerebral em um paciente em coma, e deve ser excluída qualquer causa reversível, afastando-se hipotermia, uso de drogas depressoras do sistema nervoso central e conhecimento da causa do coma (11). Ao se estabelecer a causa do coma devidamente registrado e de caráter irreversível deverão ser realizados exames clínicos para detectar a ausência da função encefálica. Para se iniciar os testes clínicos é necessário que o paciente esteja

8 hemodinamicamente estável, afastando-se hipotensão grave, hipotermia, alterações metabólicas e o uso de sedativos ou bloqueadores da junção neuromuscular para que não haja alteração na avaliação do exame neurológico comprometendo o diagnóstico (12). O exame clínico deverá ser repetido em no mínimo duas ocasiões, por médicos diferentes e em intervalos de tempo de no mínimo seis horas e constatar coma profundo arreativo e aperceptivo, ausência de reflexos do tronco encefálico e constatação da apnéia. Os exames devem ser registrados no Termo de Declaração de Morte Encefálica (7). O diagnóstico de ME é diferenciado de acordo com a idade, sendo: de 7 dias a 2 meses de idade ( incompletos): dois EEG com intervalo de 48 horas. de 2 meses a 1 ano ( incompletos): dois EEG com intervalo de 24 horas. De 1 ano a 2 anos ( incompletos): o tipo de exame é facultativo.no caso do EEG são necessários 2 registros com intervalo mínimo de 12 horas. Em pacientes acima desta idade é necessário apenas a realização de um exame complementar, de escolha facultativa (11) 3 - Não Autorização Familiar: A lei 9.434/ 97 que dispunha sobre a doação de órgãos e tecidos para fins de transplantes e incluía a doação presumida foi alterada em 2001, sendo substituída pelo consentimento informado, ou seja, a pessoa que deseja ser doador de órgãos deve avisar o seu desejo em vida para que seus familiares possam saber da sua vontade. Assim, o registro de ser ou não doador que constava na carteira de identidade civil ou na carteira nacional de habilitação perdeu a validade. A doação de órgãos no Brasil passou a depender da autorização expressa da família do doador desde que seja o cônjuge ou parente até o segundo grau maior de idade obedecendo a linha sucessória reta ou colateral. A autorização deve ser firmada em documento subscrito por duas testemunhas que participarão da verificação da morte (12). Os motivos mais freqüentemente alegado para recusa familiar em doar é a oposição da pessoa em vida, o desconhecimento ou a não aceitação do diagnóstico de morte encefálica, o receio de deformação do corpo, o medo de comércio dos órgãos e até mesmo valores culturais e crenças religiosas (6).

9 Quanto ao desconhecimento da vontade do paciente em doar seus órgãos isso se deve ao fato de que a morte ainda é considerada um tabu por grande maioria das pessoas. A ausência de diálogo sobre doação é atribuída à crença de que é remota a probabilidade da morte de algum membro da família, ou pelo fato de ter medo da morte (13). Uma pesquisa realizada pela Universidade de Cleveland revelou que o desconhecimento do desejo do falecido contribui para a recusa, porém, quando a preferência do doador era conhecida, a probabilidade de doação era 6,9 vezes maior, em comparação com os que desconheciam o desejo da pessoa em vida (14). A falta de esclarecimento, o noticiário sensacionalista sobre o tráfico de órgãos, a ausência de programas permanentes voltados para a conscientização da população e o incentivo à captação de órgãos, contribuem para alimentar dúvidas e preconceitos (1). Outro fator que serve de barreira para a autorização familiar consiste na negação da realidade da morte pelo familiar. O conhecimento limitado das pessoas em geral, em relação ao conceito de ME, associada à influência de ver o familiar apresentando uma aparência externa de vivo, com o coração batendo, e principalmente o corpo mantendo o seu calor, os movimentos respiratórios, cor saudável e com funcionamento de seus principais sistemas, dificulta a compreensão e/ou aceitação da ME, e constituem barreiras para doação de órgãos (15,16). Entrevistas realizadas por Moraes e Massarollo com o objetivo de conhecer a percepção de familiares de potenciais doadores sobre os motivos de recusa para doação de órgãos e tecidos para transplante, apontaram para dez motivos de recusa da doação de órgãos, apontados pelos familiares; são eles: a crença religiosa; a espera de um milagre; a não compreensão do diagnóstico de morte encefálica e a crença de reversão do quadro; a não aceitação da manipulação do corpo, o medo da reação da família; a inadequação da informação e a ausência de confirmação de morte encefálica; a desconfiança na assistência e o medo do comércio de órgãos; a inadequação no processo de doação; o desejo do paciente falecido, manifestado em vida, de não ser doador de órgãos e o medo da perda do ente querido (17). 4. Parada Cardiorrespiratória: Entre 10 e 20% dos potenciais doadores não são efetivados por apresentarem parada cardíaca irreversível durante o processo doação-transplante (18). 5.Infra-Estrutura Inadequada:

10 Os problemas de estrutura impedem 5 a 10% dos potenciais doadores efetivarem a doação. São comuns em hospitais de menor resolubilidade, que podem apresentar falta de leitos em UTIs; laboratórios sem condições para realizar as sorologias necessárias; falta de equipamentos para o diagnóstico de morte encefálica; impossibilidade de transporte do potencial doador (18). O tamanho dos hospitais é um fator limitante do transplante, uma vez que além dos custos fixos envolvidos existe ainda uma curva de aprendizado em procedimentos médicos de alta complexidade, o que constitui um entrave aos transplantes, em especial em cidades menos desenvolvidas (9). Resultados Apesar da grandeza do programa, a doação de órgãos e tecidos ainda caminha lentamente sendo a necessidade de órgãos muito superior à de doações efetivadas. Em Mato Grosso o período estudado de 2005 a 2009, mostrou que dos 396 potenciais doadores notificados a CNCDO, 59 foram efetivados, o que corresponde a um percentual de 14,89%; Em relação ao número de potenciais doadores notificados, esses números representam os seguintes percentuais: no ano de 2005, 49,15% dos potenciais doadores notificados efetivaram a doação de órgãos, em ,4% em 2007 o percentual é de 10,52% em 2008 caiu para 7,01% e em ,47%, conforme demonstra o gráfico abaixo: Potenciais Doadores Notificados CNCDO/MT x Doadores Efetivados Gráfico 1 Fonte: Elaborado pela autora a partir de dados obtidos na ABTO RBT: 2005, 206, 2007, 2008 e 2009

11 Os números de notificações foram decrescendo gradativamente nos anos de 2006 a 2008, sinalizando a retomada do crescimento em Sendo 131 em 2005, 90 em 2006, 57 em 2007, 57 em 2008 e 61 em Os números encontrados revelam que o percentual de doadores efetivados no Estado de Mato Grosso é muito pequeno se comparado aos doadores notificados razão pela qual é importante analisar as causas da não efetivação da doação. Causas da não efetivação da doação por ano em MT Gráfico 2 CIM = Contra Indicação Médica NAF = Não Autorização Familiar ME-NC = Morte Encefálica Não Confirmada PCR = Parada Cardio Respiratória IE-E = Infra Estrutura Inadequada Fonte: Elaborado pela autora a partir de dados obtidos na ABTO A contra indicação médica foi predominante nos anos de 2005, 2006, 2008 e Ressalta-se que esta variável corresponde aos critérios absolutos de não possibilidade de doação de órgãos, ou seja, de exclusão do doador. Os dados obtidos mostraram que a não autorização familiar foi causa predominante apenas no ano de 2007, o que aponta para o maior esclarecimento da população sobre a importância da doação de órgãos. Este esclarecimento pode ser feito tanto por políticas nacionais de conscientização e divulgação de dados do número de pessoas que estão nas listas de espera por um transplante. O profissional de saúde tem papel importante na divulgação, de informação sobre doação de órgãos, pois tem acesso a grande parte da população e

12 causam impacto maior que outros meios de comunicação nas atitudes em relação à doação de órgãos. Na Central Estadual de Mato Grosso uma equipe multiprofissional desempenha este trabalho de sensibilização, capacitação e divulgação da importância da doação de órgãos e do processo doação-transplante como um todo. Chama-nos a atenção a parada cardiorrespiratória que aparece como a segunda causa para a não efetivação da doação no ano de Assim sendo, vale reforçar a necessidade de se organizar melhor a estrutura de transplante e captação de órgãos já que o processo de transplante depende de vários fatores inclusive de profissionais treinados para conduzir o processo de detecção e notificação de ME, que quando detectado tardiamente pode ocorrer a parada cardiorrespiratória, inviabilizando o processo de doação de órgãos. Quanto à variável morte encefálica não confirmada, sabe-se que o diagnóstico de morte encefálica representa o primeiro passo no processo doação-transplante, por esta razão é preciso empreender esforços para que neurocirurgiões que são pessoas capacitadas para dar um diagnóstico preciso da morte encefálica estejam presentes nos quadros emergenciais dos hospitais. A grande distância geográfica entre a capital e os municípios tem-se tornado um fator limitante para o processo doação transplante, principalmente na efetivação da doação, onde nem sempre é possível realizar a sorologia, a confirmação da morte encefálica por não haver neurologista e ou exame complementar para o fechamento de diagnóstico de morte encefálica. Dados Globais do Brasil Potenciais Doadores Notificados x Doadores Efetivados Graf Potenciais doadores doadores Efetivos

13 No Brasil o número de notificações de potenciais doadores e efetivações vêm aumentando gradativamente, no período analisado de 2005 a Se comparado os números dos potenciais doadores com os doadores efetivos temos que em 2005, o percentual de doadores efetivos foi de 22.86%, sendo de 19,70% em 2006, 20,93%, no ano de 2007, progredindo para 21,97, em 2008 e 25,54% em Foram efetivados doadores de órgãos, ou 8,7 doadores por milhão da população (ppm). (4). Quanto às causas de não efetivação da doação no Brasil, os dados obtidos são os expostos no gráfico abaixo. Graf. 4 Causas da não efetivação da doação no Brasil NAF CIM A não autorização familiar foi a causa predominante para a não efetivação da doação nos anos de 2008 e 2009,quando os dados são globais, ou seja, abrangendo uma somatória de todas as regiões brasileiras enquanto que a contra indicação médica foi a responsável pela não efetivação da doação nos anos de 2005, 2006 e CONCLUSÃO O resultado desta pesquisa revelou que a Contra Indicação Médica foi a principal causa de não efetivação da doação no Estado de Mato Grosso destacando se nos anos de 2005, 2006, 2008 e 2009, sendo que a não autorização familiar como causa da não efetivação da doação se deu apenas no ano de Este dado revela que Mato Grosso vem evoluindo em termos de conscientização e mudança da cultura da população mato-grossense, cujos resultados apresentaram um

14 número ascendente de consentimentos familiares para doação de órgãos, conforme mostra o gráfico desta pesquisa. Conclui-se que a desproporção entre oferta e demanda de órgãos para transplante não se deve exclusivamente a uma falta de potenciais doadores, mas sim por diversas variáveis como a contra indicação medica, recusa familiar, não confirmação do diagnóstico de morte encefálica e ineficiência da estrutura hospitalar para atender de forma efetiva o processo de doação/transplantes. As variáveis que apareceram em maior proporção merecem ser melhor investigadas em outros trabalhos para que sejam propostas soluções efetivas para o Brasil e inclusive o Estado de Mato Grosso. Através deste estudo, constatou-se ainda que o número de doadores efetivados consiste num pequeno percentual se comparado aos potenciais doadores notificados. Isso sem contar que muitos casos nem chegam a ser notificado, o que significa dizer que o número de potenciais doadores pode ser superior aos números registrados, tanto em nível global quanto do Estado de Mato Grosso, apesar de termos um dos maiores Programas Públicos de Transplantes. Finalizando, destaca- se que toda mudança implica em transformação da realidade existente, em desenvolver programas planejados e adequados para cada situação, implementados e avaliados dentro de um processo de educação permanente, destinados a todos os segmentos da sociedade.

15 REFERÊNCIAS 1 MORAES, Márcia Wanderley de; GALLANI, Maria Cecília Bueno Jayme; MENEGHIN, Paolo. Crenças que influenciam adolescentes na doação de órgãos. Rev. Esc. Enferm. USP, 2006; 40 (4): RIBEIRO, Carlos Dimas Martins; SCHRAMM, Fermin Roland Schramm.Atenção médica, transplante de órgão e tecidos e políticas de focalização. Cad. Saúde Pública vol.22 no.9 Rio de Janeiro Sept Artigo disponível em: Acesso em 05, mar, BRASIL. Legislação sobre Transplantes no Brasil,Ministério da Saúde, Lei nº Altera os dispositivos da Lei nº 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. 4 Ministério da Saúde. Sistema Nacional de Transplantes. Trás informações, legislações, Centrais de Transplante, Comissões Intra-Hospitalar, etc. Disponível em: ela=1. Acesso (em 08, mar, 2010). 5 PORTARIA Nº 2.600, DE 21 DE OUTUBRO DE Aprova o Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes. Disponível em: Acesso em 05, mar, GARCIA, Valter Duro. A política de transplantes no Brasil. Painel desenvolvido em sessão da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina no dia 26/08/2006. IN: Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 50 (4): , out-dez, NOGUEIRA, Emília Cervino; PEREIRA, Carlos Umberto. Potencial para obtenção de órgãos em um hospital de urgência de Sergipe. IN: JBT J Bras. Transpl. 2007; 10: ). 8 Resolução CFM Nº 1480 de 08 de Agosto de Estabelece critérios diagnósticos de morte encefálica: Conselho Federal de Medicina; MARINHO, Alexandre. Um estudo sobre as filas para transplantes no Sistema Único de Saúde Brasileiro.IN: Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, 22 (10): , out, 2006.) 10 SCHELEMBERG, Augusto Mattos; ANDRADE, Joel de; BOING, Antonio Fernando. Notificação de mortes encefálicas ocorridas na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Governador Celso Ramos à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos: análise do período IN: Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 36, nº 1, de 2007). 11 GUETTI, Nancy Ramos; MARQUES, Isaac Rosa. Assistência de enfermagem ao potencial doador de órgãos em morte encefálica. IN: Revista Brasileira de Enfermagem REBEN, Brasília 2008, jan-fev: 61(1):91-7).

16 12 SHEMIE, Sam D. Parada Cerebral, parada cardíaca e incertezas na definição de morte. IN: J. Pediatr. (Rio J). vol. 83 nº 2, Porto Alegre, mar/apr, Disponível em: Acesso em 24, fev, TRAIBER, Cristiane; LOPES, Maria Helena Itaqui. Educação para doação de órgãos. IN: Scientia Médica, Porto Alegre: PUCRS, v. 16, n. 4, out/dez, SANTOS, Marcelo José dos; MASSAROLLO, Maria Cristina Komatsu Braga. Processo de Doação de Órgãos: Percepção de Familiares de Doadores Cadáveres.IN: Rev Latino-am Enfermagem 2005 maio-junho, 13 (3): MORAES, Edvaldo Leal; MASSAROLLO, Maria Cristina Komatsu Braga. Estudo Bibliométrico sobre a Recusa Familiar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes no Período de 1990 a 2004.IN: JBT J Bras Transpl. 2006; 9: DELL AGNOLO, Cátia Millene; et al. A Experiência da Família Frente à Abordagem Para Doação de Órgãos na Morte Encefálica. IN: Rev Gaucha Enferm. Porto Alegre (RS) 2009, set: 30 (3): MORAES, Edvaldo Leal de; MASSAROLLO, Maria Cristina Komatsu Braga. Recusa de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante Relatados por Familiares de Potenciais Doadores. IN: Acta Paul Enferma 2009; 22 (2): ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS. I Reunião de Diretrizes Básicas para Captação e Retirada de Múltiplos Órgãos e Tecidos da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Campos do Jordão- SP, 28 a 30 de março de 2003.

Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante

Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante POR QUE CRIAR CIHDOTTs? 6294 hospitais no país Necessidade de descentralização Equipes localizadas dentro do hospital notificante

Leia mais

COMISSÃO INTRAHOSPITALAR DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTES

COMISSÃO INTRAHOSPITALAR DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTES COMISSÃO INTRAHOSPITALAR DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTES A Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes-CIHDOTT tem por objetivo a organizar todo o processo

Leia mais

www.transplante.rj.gov.br

www.transplante.rj.gov.br f AMOR E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS S A N D R O M O N T E Z A N O 2 5 / 1 0 / 1 4 O que é transplante? O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na troca de um órgão (coração, rins, pulmão, e outros)

Leia mais

Mesa redonda: TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS

Mesa redonda: TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS VI CONGRESSO DE BIOÉTICA DE RIBEIRÃO PRETO Mesa redonda: TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS Maria Cristina Komatsu Braga Massarollo Escola de Enfermagem- USP massaro@usp.br TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS Modalidade

Leia mais

rim medula óssea familiar tecidos córneas tecidos órgãos fígado fígado pulmão pulmão pâncreas pâncreas intestino intestino pâncreas pâncreas

rim medula óssea familiar tecidos córneas tecidos órgãos fígado fígado pulmão pulmão pâncreas pâncreas intestino intestino pâncreas pâncreas familiar rim medula óssea fígado fígado pulmão pulmão pâncreas pâncreas intestino intestino tecidos córneas rim rim pâncreas pâncreas fígado fígado pulmão pulmão órgãos tecidos órgãos rins rins coração

Leia mais

Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes

Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes 2. Gestão dos Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes O Ministro da Saúde assinou hoje (21/10/2009) o novo Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Veja aqui os pontos

Leia mais

A morte cerebral é diferente da morte cardíaca: a primeira permite a doação de órgãos e tecidos; a segunda, só a doação de tecidos.

A morte cerebral é diferente da morte cardíaca: a primeira permite a doação de órgãos e tecidos; a segunda, só a doação de tecidos. Doação de órgãos A doação de órgãos é um ato de caridade e amor ao próximo. A cada ano, muitas vidas são salvas por esse gesto altruísta. A conscientização da população sobre a importância da doação de

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANÁ MANUAL DO PACIENTE TRANSPLANTE DE CORAÇÃO CURITIBA 2012 Índice 1. Objetivo... 3 2. O que é a Central Estadual

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANÁ MANUAL DO PACIENTE TRANSPLANTE DE FÍGADO CURITIBA 2012 Índice 1. Objetivo... 3 2. O que é a Central Estadual

Leia mais

REGIMENTO INTERNO. Capítulo I

REGIMENTO INTERNO. Capítulo I REGIMENTO INTERNO Capítulo I Da constituição, localização, finalidade e missão da Comissão Intra- Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes Art. 1º A Comissão Intra-Hospitalar de Doação

Leia mais

O Processo de Doação Transplante Introdução

O Processo de Doação Transplante Introdução O Processo de Doação Transplante Introdução Desde o início da história dos transplantes, inúmeras dificuldades são enfrentadas para efetiva implantação desta prática terapêutica, essencialmente no que

Leia mais

Percepção de estudantes de enfermagem sobre a doação de órgãos

Percepção de estudantes de enfermagem sobre a doação de órgãos PESQUISA Percepção de estudantes de enfermagem sobre a doação de órgãos Mariana Lara dos Reis Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem. Débora Cristina Silva Popov Docente do Curso de Graduação em Enfermagem.

Leia mais

I CIHDOTT Curso para Implantação de Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. Central de Transplantes de Goiás

I CIHDOTT Curso para Implantação de Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. Central de Transplantes de Goiás I CIHDOTT Curso para Implantação de Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes Central de Transplantes de Goiás Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Sistema

Leia mais

APAR e CNCDO-SC. Estatísticas de Captação e Transplantes de Órgãos e Tecidos em Santa Catarina - 2006

APAR e CNCDO-SC. Estatísticas de Captação e Transplantes de Órgãos e Tecidos em Santa Catarina - 2006 APAR e CNCDO-SC Estatísticas de Captação e Transplantes de Órgãos e Tecidos em Santa Catarina - 26 Notificações Notificações ME e ME Doações e Doações em SC em / 26 SC / até 26 JULHO 26 Nro. De Notificações

Leia mais

DOCUMENTOS E ORIENTAÇÕES QUE DEVEM SER OBSERVADOS PARA TRANSPLANTES COM DOADOR VIVO EM RELAÇÃO A CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANÁ

DOCUMENTOS E ORIENTAÇÕES QUE DEVEM SER OBSERVADOS PARA TRANSPLANTES COM DOADOR VIVO EM RELAÇÃO A CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANÁ DOCUMENTOS E ORIENTAÇÕES QUE DEVEM SER OBSERVADOS PARA TRANSPLANTES COM DOADOR VIVO EM RELAÇÃO A CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANÁ Através do presente sintetizamos as exigências legais previstas

Leia mais

DO FIM AO RENASCIMENTO

DO FIM AO RENASCIMENTO Foto: Arquivo Sistema de Procura de Órgãos e Tecidos do Hospital das Clínicas (SPOT-HC) DO FIM AO RENASCIMENTO A MORTE DE UNS PODE SALVAR A VIDA DE OUTROS QUE ESTÃO EM RISCO 6 Não há lado bom quando uma

Leia mais

LEI Nº 9.434, DE 04 DE FEVEREIRO DE 1997

LEI Nº 9.434, DE 04 DE FEVEREIRO DE 1997 LEI Nº 9.434, DE 04 DE FEVEREIRO DE 1997 Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço

Leia mais

III MOSTRA NACIONAL DE PRODUÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

III MOSTRA NACIONAL DE PRODUÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA III MOSTRA NACIONAL DE PRODUÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA, O TRABALHO DE CAPTAÇÃO DE CANDIDATOS E A POSSIBILIDADE DE ENVOLVIMENTO DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA Déborah Carvalho Gerência

Leia mais

EDITAL PARA SELEÇÃO DE ACADÊMICOS PARA A LIGA ACADÊMICA ACRIANA DE ENFERMAGEM EM TRANSPLANTES

EDITAL PARA SELEÇÃO DE ACADÊMICOS PARA A LIGA ACADÊMICA ACRIANA DE ENFERMAGEM EM TRANSPLANTES EDITAL PARA SELEÇÃO DE ACADÊMICOS PARA A LIGA ACADÊMICA ACRIANA DE ENFERMAGEM EM TRANSPLANTES A (LAAET), fundada em 23 de Setembro de 2011, afiliada à Universidade Federal do Acre, Grupo HEPATO, Central

Leia mais

CÓRNEA O que você precisa saber...

CÓRNEA O que você precisa saber... CÓRNEA O que você precisa saber... Enf. Adriana Reña É a parte anterior do globo ocular.função de proteção e permitir uma perfeita visão pela sua transparência. CÓRNEA FLUXO PARA DOAÇÃO DE CÓRNEA Unidade

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANÁ MANUAL DO PACIENTE TRANSPLANTE DE RIM CURITIBA 2012 Índice 1. Objetivo... 3 2. O que é a Central Estadual de

Leia mais

TÍTULO: FILAS PARA OS TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS NO BRASIL UMA

TÍTULO: FILAS PARA OS TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS NO BRASIL UMA TÍTULO: FILAS PARA OS TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS NO BRASIL UMA QUESTÃO BIOÉTICA AUTORES Ana Cláudia Machado MACHADO, A. C. Thiago Rocha Cunha CUNHA, T. R. Jorge Alberto Cordón Portillo PORTILLO, J. A. C. Volnei

Leia mais

Orientações para o preenchimento da planilha dos dados de produção de Bancos de Tecidos Músculo-esqueléticos

Orientações para o preenchimento da planilha dos dados de produção de Bancos de Tecidos Músculo-esqueléticos Orientações para o preenchimento da planilha dos dados de produção de Bancos de Tecidos Músculo-esqueléticos 1. Considerações iniciais Estas orientações têm por objetivo instruir os Bancos de Tecidos Músculo-esqueléticos

Leia mais

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Experiências educativas no gerenciamento de resíduos gerados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre Tainá Flôres da Rosa contato: tfrosa@hcpa.ufrgs.br telefone:(51)81414438

Leia mais

MANUAL DE PREENCHIMENTO DA PLANILHA DOS DADOS DE PRODUÇÃO DOS BANCOS DE TECIDOS OCULARES

MANUAL DE PREENCHIMENTO DA PLANILHA DOS DADOS DE PRODUÇÃO DOS BANCOS DE TECIDOS OCULARES MANUAL DE PREENCHIMENTO DA PLANILHA DOS DADOS DE PRODUÇÃO DOS BANCOS DE TECIDOS OCULARES 1. Considerações iniciais Este manual tem por objetivo instruir os Bancos de Tecidos Oculares BTOC para o preenchimento

Leia mais

MINUTA DE RESOLUÇÃO CFM

MINUTA DE RESOLUÇÃO CFM MINUTA DE RESOLUÇÃO CFM Dispõe sobre a normatização do funcionamento dos prontos-socorros hospitalares, assim como do dimensionamento da equipe médica e do sistema de trabalho. O Conselho Federal de Medicina,

Leia mais

Associação Brasileira de Transplante de Órgãos - ABTO ABTO

Associação Brasileira de Transplante de Órgãos - ABTO ABTO Doação de órgãos e tecidos A vida em suas mãos... Associação Brasileira de Transplante de Órgãos - O que é Doação de Órgãos? É um ato pelo qual você manifesta a vontade de que, a partir do momento de sua

Leia mais

05 - Como faço para acessar um curso no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle/UFGD.

05 - Como faço para acessar um curso no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle/UFGD. DÚVIDAS FREQUENTES SOBRE CURSOS DE CAPACITAÇÃO 01 - O que é o Plano Anual de Capacitação? O Plano Anual de Capacitação tem como norteador o Decreto 5.707/06 que institui a Política e as Diretrizes para

Leia mais

Manual do Doador Voluntário de Medula Óssea

Manual do Doador Voluntário de Medula Óssea Manual do Doador Voluntário de Medula Óssea Manual do Doador Voluntário O desconhecimento sobre a doação de medula óssea é enorme. Quando as pessoas são informadas de como é fácil ser doador voluntário

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Nelson Bornier)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Nelson Bornier) PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Nelson Bornier) Dispõe sobre doação de sangue e células do corpo humano vivo para fins de transplante de medula óssea e de outros precursores hematopoéticos, e estabelece

Leia mais

BRIEFING BAHIA RECALL REVELAÇÃO. Apoio Social: HEMOBA - Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia

BRIEFING BAHIA RECALL REVELAÇÃO. Apoio Social: HEMOBA - Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia BRIEFING BAHIA RECALL REVELAÇÃO Clientes: Rede Bahia e Instituto ACM Apoio Social: HEMOBA - Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia Tema: Doação de Sangue Objetivo de Comunicação: Estimular a doação

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/2010 (Publicada no D.O.U. de 06 de janeiro de 2011, Seção I, p.79) A Resolução CFM nº 1.358/92, após 18 anos de vigência, recebeu modificações relativas

Leia mais

Transplantes de órgãos crescem 24,3% Qui, 24 de Setembro de 2009 00:00

Transplantes de órgãos crescem 24,3% Qui, 24 de Setembro de 2009 00:00 Qui, 24 de Setembro de 29 : Aumento é relativo ao número de procedimentos realizados com órgãos de doadores falecidos no primeiro semestre de 29 em relação ao primeiro semestre de 28. Ministério da Saúde

Leia mais

REQUERIMENTO DE INDICAÇÃO Nº, DE 2005. (Do Sr. Geraldo Resende)

REQUERIMENTO DE INDICAÇÃO Nº, DE 2005. (Do Sr. Geraldo Resende) REQUERIMENTO DE INDICAÇÃO Nº, DE 2005. (Do Sr. Geraldo Resende) Requer o envio de Indicação ao Excelentíssimo Sr. Ministro de Estado da Saúde, sugerindo o credenciamento de novas equipes para realização

Leia mais

Transplante de rim. Perguntas frequentes. Avitum

Transplante de rim. Perguntas frequentes. Avitum Transplante de rim Perguntas frequentes Avitum Por que irei precisar de um transplante de rim? Quando o rim de uma pessoa falha há três tratamentos disponíveis: Hemodiálise Diálise Peritoneal Transplante

Leia mais

PROJETO SANGUE CIDADÃO

PROJETO SANGUE CIDADÃO PROJETO SANGUE CIDADÃO 2015 Banco de Dados para Doadores de Sangue Criação de banco de doadores voluntários para atender campanhas emergenciais e fidelização de doadores de sangue B A N C O D E D A D O

Leia mais

Por que esses números são inaceitáveis?

Por que esses números são inaceitáveis? MANIFESTO DAS ONGS AIDS DE SÃO PAULO - 19/11/2014 AIDS: MAIS DE 12.000 MORTOS POR ANO NO BRASIL! É DESUMANO, É INADMISSÍVEL, É INACEITÁVEL. PRESIDENTE DILMA, NÃO DEIXE O PROGRAMA DE AIDS MORRER! Atualmente,

Leia mais

Tratamento do câncer no SUS

Tratamento do câncer no SUS 94 Tratamento do câncer no SUS A abordagem integrada das modalidades terapêuticas aumenta a possibilidade de cura e a de preservação dos órgãos. O passo fundamental para o tratamento adequado do câncer

Leia mais

Apresentação. É uma iniciativa da Fundação Ecarta para contribuir na formação de uma cultura de solidariedade

Apresentação. É uma iniciativa da Fundação Ecarta para contribuir na formação de uma cultura de solidariedade Apresentação Projeto Cultura Doadora É uma iniciativa da Fundação Ecarta para contribuir na formação de uma cultura de solidariedade e uma atitude proativa para a doação de órgãos e tecidos, bem como na

Leia mais

MORTE ENCEFÁLICA E DOAÇÃO DE ORGÃOS

MORTE ENCEFÁLICA E DOAÇÃO DE ORGÃOS MORTE ENCEFÁLICA E DOAÇÃO DE ORGÃOS CONCEITO Parada total do funcionamento cerebral. Perda da função do Tronco Cerebral Os parâmetros clínicos a serem observados para constatação de morte encefálica são:

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade?

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Texto divulgado na forma de um caderno, editorado, para a comunidade, profissionais de saúde e mídia SBMFC - 2006 Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Não? Então, convidamos você a conhecer

Leia mais

FABIANA PRADO DOS SANTOS NOGUEIRA CONSELHEIRA CRMMG DELEGADA REGIONAL UBERABA

FABIANA PRADO DOS SANTOS NOGUEIRA CONSELHEIRA CRMMG DELEGADA REGIONAL UBERABA FABIANA PRADO DOS SANTOS NOGUEIRA CONSELHEIRA CRMMG DELEGADA REGIONAL UBERABA FABIANA PRADO DOS SANTOS NOGUEIRA CONSELHEIRA CRMMG DELEGADA REGIONAL UBERABA Conjunto de normas que definem os aspectos da

Leia mais

TÍTULO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á CRIANÇA NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE TRANSPLANTE CARDÍACO

TÍTULO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á CRIANÇA NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE TRANSPLANTE CARDÍACO TÍTULO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á CRIANÇA NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE TRANSPLANTE CARDÍACO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO

Leia mais

Portaria nº 339 de 08 de Maio de 2002.

Portaria nº 339 de 08 de Maio de 2002. Portaria nº 339 de 08 de Maio de 2002. O Secretário de Assistência à Saúde, no uso de suas atribuições legais, Considerando a Portaria GM/MS nº 866, de 09 de maio de 2002, que cria os mecanismos para organização

Leia mais

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO INTRA HOSPITALAR DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTES

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO INTRA HOSPITALAR DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTES HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO INTRA HOSPITALAR DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTES 2014 REGIMENTO INTERNO Formatado: Fonte: Negrito, Sublinhado

Leia mais

EDUCAÇÃO EM TRANSPLANTES PROMOVIDA POR UMA LIGA ACADÊMICA

EDUCAÇÃO EM TRANSPLANTES PROMOVIDA POR UMA LIGA ACADÊMICA EDUCAÇÃO EM TRANSPLANTES PROMOVIDA POR UMA LIGA ACADÊMICA ALARCON, Bruna Santana 1 ; SANTOS, Dênis Ferreira dos 2 ; MAYNARDE, Israel Guilharde 2 ; DIAS, Raquel Vieira 2 ; ALMEIDA, Ricardo Araújo Meira

Leia mais

Mato Grosso do Sul conta com 80.665 pessoas cadastradas (até 2010) como doadoras de

Mato Grosso do Sul conta com 80.665 pessoas cadastradas (até 2010) como doadoras de Nesta sexta-feira (12) o Rádio Clube se dedica à solidariedade. Será feita uma campanha de captação de doadores de medula óssea no clube. A intenção da ação é sensibilizar as pessoas para aumentar o número

Leia mais

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma versão resumida do relatório técnico

Leia mais

Doença de Alzheimer: uma visão epidemiológica quanto ao processo de saúde-doença.

Doença de Alzheimer: uma visão epidemiológica quanto ao processo de saúde-doença. Doença de Alzheimer: uma visão epidemiológica quanto ao processo de saúde-doença. Bruno Araújo da Silva Dantas¹ bruno_asd90@hotmail.com Luciane Alves Lopes² lucianesevla.l@gmail.com ¹ ²Acadêmico(a) do

Leia mais

Plano Municipal de Educação

Plano Municipal de Educação Plano Municipal de Educação Denise Carreira I Encontro Educação para uma Outra São Paulo 30 de novembro de 2007 O Plano Municipal de Educação e as reivindicações dos movimentos e organizações da cidade

Leia mais

O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP

O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP VERSÃO: 03-04-2008 2 O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP 1. Apresentação do Programa O Programa de Inclusão Social da USP (INCLUSP) foi concebido a partir da preocupação

Leia mais

I. Os anticorpos são transferidos através da placenta.

I. Os anticorpos são transferidos através da placenta. Revisão para recuperação Questão 01) A descoberta dos sistemas sanguíneos ABO e Rh teve grande impacto na área médica, pois permitiu realizar transfusões de sangue apenas entre pessoas de grupos sanguíneos

Leia mais

DOE SANGUE, DOE VIDA!

DOE SANGUE, DOE VIDA! 8. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (X) SAÚDE DOE SANGUE, DOE VIDA! Apresentador 1 Patrícia de Vargas Stella Apresentador 2 Josiane Cavali Barros da Silva Autor 3 Celso Luiz Borges

Leia mais

PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares.

PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares. PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares. Marianna Salgado Cavalcante de Vasconcelos mary_mscv16@hotmail.com Jadiel Djone Alves da Silva jadieldjone@hotmail.com

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

www.santahelenasuade.com.brmecanismos de

www.santahelenasuade.com.brmecanismos de 1 www.santahelenasuade.com.brmecanismos de Regulação 2 A CONTRATADA colocará à disposição dos beneficiários do Plano Privado de Assistência à Saúde, a que alude o Contrato, para a cobertura assistencial

Leia mais

Regulamento Institucional do Serviço de Apoio Psicopedagógico SAPP

Regulamento Institucional do Serviço de Apoio Psicopedagógico SAPP Regulamento Institucional do Serviço de Apoio Psicopedagógico SAPP Regulamento Institucional do Serviço de Apoio Psicopedagógico SAPP Art. 1 - Do serviço de apoio Psicopedagógico - SAPP O serviço de apoio

Leia mais

Projeto: POUSADA SOLIDARIEDADE

Projeto: POUSADA SOLIDARIEDADE Projeto: POUSADA SOLIDARIEDADE 1. Área de Ação: Casa de hospedagem destinada com prioridade a crianças e adolescentes, e adultos, que buscam Porto Alegre, oriundos de outras cidades para realizarem um

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA

TÍTULO: SE TOCA MULHER CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO

Leia mais

CONSULTA Nº 37.748/2015

CONSULTA Nº 37.748/2015 1 CONSULTA Nº 37.748/2015 Assunto: Sobre atestados que ultrapassam mais de um dia de licença efetuados por médicos do Programa Mais Médicos, sem a assinatura do médico tutor ou supervisor. Relatores: Conselheiro

Leia mais

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA MANUAL DE VISITA DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA Material exclusivo para uso interno. O QUE LEVA UMA EMPRESA OU GERENTE A INVESTIR EM UM ERP? Implantar um ERP exige tempo, dinheiro e envolve diversos

Leia mais

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma versão resumida do relatório técnico

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 3.638-C, DE 1993. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 3.638-C, DE 1993. O CONGRESSO NACIONAL decreta: COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 3.638-C, DE 1993 Institui normas para a utilização de técnicas de reprodução assistida. O CONGRESSO NACIONAL decreta: CAPÍTULO

Leia mais

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Juarez Sabino da Silva Junior Técnico de Segurança do Trabalho

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Juarez Sabino da Silva Junior Técnico de Segurança do Trabalho Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional Juarez Sabino da Silva Junior Técnico de Segurança do Trabalho Objetivo A Norma Regulamentadora 9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação,

Leia mais

RESOLUÇÃO CFM nº 1598/2000 (Publicado no D.O.U, 18 de agosto de 2000, Seção I, p.63) (Modificada pela Resolução CFM nº 1952/2010)

RESOLUÇÃO CFM nº 1598/2000 (Publicado no D.O.U, 18 de agosto de 2000, Seção I, p.63) (Modificada pela Resolução CFM nº 1952/2010) RESOLUÇÃO CFM nº 1598/2000 (Publicado no D.O.U, 18 de agosto de 2000, Seção I, p.63) (Modificada pela Resolução CFM nº 1952/2010) REVOGADA pela Resolução CFM n. 2.057/2013 Normatiza o atendimento médico

Leia mais

Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. HOSPITAL...

Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. HOSPITAL... Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. Baseado na NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde Portaria N 1.748 de 30 de Agosto de 2011. HOSPITAL... Validade

Leia mais

REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DOS CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA MINISTRADOS PELA FATEC-SOROCABA

REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DOS CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA MINISTRADOS PELA FATEC-SOROCABA Fatec Sorocaba REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DOS CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA MINISTRADOS PELA FATEC-SOROCABA Sorocaba, 2010 Reduza, Reutilize, Recicle REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR

Leia mais

Manual de Competências do Estágio dos Acadêmicos de Enfermagem-Projeto de Extensão

Manual de Competências do Estágio dos Acadêmicos de Enfermagem-Projeto de Extensão Hospital Universitário Walter Cantídio Diretoria de Ensino e Pesquisa Serviço de Desenvolvimento de Recursos Humanos Manual de Competências do Estágio dos Acadêmicos de Enfermagem-Projeto de Extensão HOSPITAL

Leia mais

Cuidando da Minha Criança com Aids

Cuidando da Minha Criança com Aids Cuidando da Minha Criança com Aids O que é aids/hiv? A aids atinge também as crianças? Como a criança se infecta com o vírus da aids? Que tipo de alimentação devo dar ao meu bebê? Devo amamentar meu bebê

Leia mais

2007: Seguindo as recomendações de 2006, o projeto ganha complexidade e chega aos seguintes resultados: 30 escolas, 1865 alunos e 92 professores.

2007: Seguindo as recomendações de 2006, o projeto ganha complexidade e chega aos seguintes resultados: 30 escolas, 1865 alunos e 92 professores. Apresentação do tema, a quem se destina O Falando de Coração é uma iniciativa da área de cuidados com a saúde da Philips voltada para os alunos do ciclo II do Ensino Fundamental. Trata-se de um projeto

Leia mais

DIFICULDADES E DESAFIOS NA DOAÇÃO Não faltam doadores. Falta doação.

DIFICULDADES E DESAFIOS NA DOAÇÃO Não faltam doadores. Falta doação. DIFICULDADES E DESAFIOS NA DOAÇÃO Não faltam doadores. Falta doação. Palestra realizada por Francisco N. de Assis, presidente da ADOTE no I Fórum sobre doação de órgãos e tecidos, promovido pelo Conselho

Leia mais

Você sabia que 56% dos órgãos ofertados não são aproveitados pelas equipes de transplantes?

Você sabia que 56% dos órgãos ofertados não são aproveitados pelas equipes de transplantes? Você sabia que 56% dos órgãos ofertados não são aproveitados pelas equipes de transplantes? O Sistema Nacional de s precisa de nossa ajuda. É chegada a hora de PULSAR VIDA. Através de ações estratégicas,

Leia mais

Gerenciamento de Incidentes

Gerenciamento de Incidentes Gerenciamento de Incidentes Os usuários do negócio ou os usuários finais solicitam os serviços de Tecnologia da Informação para melhorar a eficiência dos seus próprios processos de negócio, de forma que

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL DA ELETROBRAS ELETRONORTE

POLÍTICA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL DA ELETROBRAS ELETRONORTE POLÍTICA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL DA ELETROBRAS ELETRONORTE 1 OBJETIVO... 1 2 CONCEITOS... 3 3 DIRETRIZES... 3 4 RESPOSABILIDADES... 5 5 DISPOSIÇÕES GERAIS... 5 2 1 OBJETIVO

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. PARECER COREN-SP 037/2012 CT PRCI n 100.072/2012 Tickets n 279.441, 284.278, 284.556 e 297.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. PARECER COREN-SP 037/2012 CT PRCI n 100.072/2012 Tickets n 279.441, 284.278, 284.556 e 297. PARECER COREN-SP 037/2012 CT PRCI n 100.072/2012 Tickets n 279.441, 284.278, 284.556 e 297.459 Ementa: Regulamentação e competência do instituto das abordagens de pré e pósconsultas pela equipe de Enfermagem

Leia mais

Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários.

Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários. Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários. Contributários demitidos ou exonerados sem justa causa e/ou aposentados. www.saolucassaude.com.br 01_ DIREITOS E DEVERES DO BENEFICIÁRIO

Leia mais

RECOMENDAÇÃO CFM Nº 8/2015

RECOMENDAÇÃO CFM Nº 8/2015 RECOMENDAÇÃO CFM Nº 8/2015 Recomenda a criação, o funcionamento e a participação dos médicos nos Comitês de Bioética. O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268,

Leia mais

RESOLUÇÃO CREMEC nº 44/2012 01/10/2012

RESOLUÇÃO CREMEC nº 44/2012 01/10/2012 RESOLUÇÃO CREMEC nº 44/2012 01/10/2012 Define e regulamenta as atividades da sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, no uso das atribuições que lhe

Leia mais

Seminário: "TURISMO DE SAÚDE NO BRASIL: MERCADO EM ASCENSÃO"

Seminário: TURISMO DE SAÚDE NO BRASIL: MERCADO EM ASCENSÃO Seminário: "TURISMO DE SAÚDE NO BRASIL: MERCADO EM ASCENSÃO" FLEURY LINHA DO TEMPO Uma história de sucesso Uma história de sucesso Uma história de sucesso Uma história de sucesso Uma história de sucesso

Leia mais

PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - PCMSO

PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - PCMSO 1 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - PCMSO PORTARIA Nº 3.214 DE 08/06/78 - NR7 (com redação dada pela Portaria nº 24 de 29/12/94 e Portaria nº 8 de 08/05/96) DO OBJETO A Norma Regulamentadora

Leia mais

Fatec de São Carlos. A Faculdade de Tecnologia de São Carlos será a última parte envolvida a assinar o termo de compromisso e demais documentos.

Fatec de São Carlos. A Faculdade de Tecnologia de São Carlos será a última parte envolvida a assinar o termo de compromisso e demais documentos. Memo 04/15 Coordenação São Carlos, 26 de Fevereiro de 2015. Orientações Gerais aos Discentes Assunto: Estágio obrigatório e não obrigatório O estágio é regulamentado pela legislação através da LEI DO ESTÁGIO

Leia mais

Perguntas e Respostas: Protocolo HVTN 910

Perguntas e Respostas: Protocolo HVTN 910 Perguntas e Respostas: Protocolo HVTN 910 Versão 1- Atualizado em 18/Nov/2011 1. O que é o Protocolo HVTN 910? O Protocolo HVTN 910 é um estudo clínico que avaliará por quanto tempo vacinas experimentais

Leia mais

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo:

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Análise dos dados e indicadores de qualidade 1. Análise dos dados (jan ( janeiro eiro/2000 a setembro/201 /2015) Apresenta-se aqui uma visão global sobre a base

Leia mais

CARTA DE PRAGA. Apela se aos governantes para aliviarem o sofrimento e assegurarem o direito e acesso aos cuidados paliativos

CARTA DE PRAGA. Apela se aos governantes para aliviarem o sofrimento e assegurarem o direito e acesso aos cuidados paliativos CARTA DE PRAGA Apela se aos governantes para aliviarem o sofrimento e assegurarem o direito e acesso aos cuidados paliativos A Associação Europeia de Cuidados Paliativos (EAPC), a Associação Internacional

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ DO SUL

PREFEITURA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ DO SUL ANEXOII ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS PARA CONCURSO PÚBLICO PARA EMPREGO PÚBLICO Nº. 001/2010 JUNDIAÍ DO SUL PARANÁ 1. Para os cargos do grupo PSF Programa da Saúde da Família, conveniados com o Governo Federal:

Leia mais

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS Renata Pinto Dutra Ferreira Especialista Administração de Sistemas de Informação Instituto Presidente Tancredo de Almeida

Leia mais

Gerenciamento de Problemas

Gerenciamento de Problemas Gerenciamento de Problemas O processo de Gerenciamento de Problemas se concentra em encontrar os erros conhecidos da infra-estrutura de TI. Tudo que é realizado neste processo está voltado a: Encontrar

Leia mais

CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL

CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL ÍNDICE 1. Introdução... 2. Definição do programa de gestão de saúde populacional... 3. Princípios do programa... 4. Recursos do programa... 5. Estrutura

Leia mais

PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA

PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA Hospital Estadual Diadema Prêmio Amigo do Meio Ambiente 2013 PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA Hospital Estadual de Diadema Responsáveis: João Paulo

Leia mais

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt2620_21_10_2009_rep.html

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt2620_21_10_2009_rep.html Page 1 of 8 ADVERTÊNCIA Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União Ministério da Saúde Gabinete do Ministro PORTARIA Nº 2.620, DE 21 DE OUTUBRO DE 2009(*) Inclui habilitação na Tabela

Leia mais

Normas de regulamentação para a certificação de. atualização profissional de títulos de especialista e certificados de área de atuação.

Normas de regulamentação para a certificação de. atualização profissional de títulos de especialista e certificados de área de atuação. Normas de regulamentação para a certificação de atualização profissional de título de especialista e certificado de área de atuação Em decorrência do convênio celebrado entre a Associação Médica Brasileira

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

PERGUNTAS E RESPOSTAS FREQUENTES

PERGUNTAS E RESPOSTAS FREQUENTES PERGUNTAS E RESPOSTAS FREQUENTES EDITAL Nº 1/GM/MS, DE 4 DE AGOSTO DE 2015. ADESÃO DE ENTES FEDERADOS E INSTITUIÇÕES À CONCESSÃO DE BOLSAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA 1.

Leia mais