Pessoas autistas enfrentam as barreiras sociais do preconceito, da discriminação, da falta de apoios e de adaptações que as impedem de viver e

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2 Pessoas autistas enfrentam as barreiras sociais do preconceito, da discriminação, da falta de apoios e de adaptações que as impedem de viver e participar de suas comunidades em igualdade de condições com as demais pessoas e de ter pleno acesso aos serviços públicos que garantem direitos essenciais a todos os cidadãos, como educação, saúde, segurança social e lazer. Assim, mais sujeitos à violência, invisibilidade, abandono, negligência e segregação dentro de instituições totais de longa permanência

3 Grande parte dos abrigos de longa permanência destinados, ao mesmo, tempo à moradia e tratamento de pessoas com deficiência intelectual, psicossocial e autismo (às vezes também outras deficiências) funcionam como instituições totais, lugares onde há privação de direito de escolha e controle total sobre a vida das pessoas ali abrigadas. Nesse contexto, caracteriza-se o que é p o p u l a r m e n t e c o n h e c i d o c o m o manicômio, hospício ou asilo.

4 Muitas crianças autistas ou com outras deficiências têm frequentemente a existência n e g a d a p o r s u a s f a m í l i a s o u v i v e m invisibilizadas em abrigos, instituições de longa permanência ou outras instituições residenciais, onde passam muito tempo ou toda a sua vida. Adultos e crianças, principalmente, mulheres e meninas com deficiência, que vivem em instituições estão muito mais suscetíveis à situações de violência sexual, emocional e física, doenças sexualmente transmissíveis, abortos e esterilizações forçadas.

5 Violências silenciadas: Não-reconhecimento das pessoas enquanto seres humanos, negação da identidade, preferências pessoais, privacidade e posse de objetos ou do direitos de ter roupas próprias; Controle ou restrições quanto a relacionamentos de qualquer natureza; Medicação forçada e contenção química de rotina; Confinamento e contenção física como forma de punição; Condições precárias de infraestrutura e higiene; Espancamento, violência física, ameaças, humilhação, violência psicológica; Estupro, violência sexual; Esterilização não-consentida de mulheres com deficiência; Invisibilidade e ausência de mecanismos de denúncia.

6 Viver e ser incluído na comunidade Ter liberdade, incluindo a liberdade de escolha; Ter os apoios e o respeito necessário para exercer minha autonomia; Poder usar os serviços e espaços públicos que todo mundo usa; Não ser discriminado por quem eu sou; Não viver trancado em instituições.

7 O ECA, a LBI e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência garantem o direito à vida familiar e comunitária de crianças, jovens e adultos autistas e com outras deficiências. A proteção e o cuidado de adultos com deficiência que perderam os vínculos familiares e precisam de um lugar para morar deve acontecer em espaços residenciais inseridos e integrados às comunidades, como as residências inclusivas ou as residências terapêuticas. Crianças com ou sem deficiência devem ser atendidas todas no mesmo espaço, sem discriminação.

8 No Brasil, muitas pessoas ainda vivem em instituições totais, como hospitais psiquiátricos ou abrigos de longa permanência. Segundo o CENSO SUAS 2016, ainda existem: 4688 adultos com deficiência institucionalizados no Sistema Único de Assistência Social, grande parte em abrigos de longa permanência, com até 342 pessoas vivendo em um mesmo local; 808 crianças com deficiência vivendo em abrigos exclusivos para crianças com deficiência, com até 87 crianças vivendo no mesmo local; e 62% das crianças e adolescentes com deficiência vivendo em abrigos no Brasil está lá há pelo menos seis anos. De acordo com o DATASUS, existem 159 Hospitais Psiquiátricos, com um total de leitos.

9 O Ministério Público e os Conselhos de Direitos devem fazer visitas regulares e verificar e se não há maus tratos ou violência e se as normas de acolhimento institucional estão sendo respeitadas. Familiares, entidades representativas e a sociedade civil podem e devem cobrar mais fiscalização nas instituições de acolhimento de pessoas com deficiência de sua cidade e o estabelecimento de prazos razoáveis para implementação dos processos de desinstitucionalização.

10 E também: Combater a discriminação com base na deficiência; Lutar pela substituição das instituições totais por alternativas mais adequadas, integradas à comunidade; Combater o estigma que pessoas autistas são doentes e precisam ser curadas; Empoderar pessoas autistas e reconhecer seu direito à tomada de decisão; Exigir que as famílias recebam o apoio e as informações necessárias sobre os direitos da pessoa com deficiência e os serviços disponíveis; Lutar pelo acesso de todos à Saúde, Educação Inclusiva e Mercado de Trabalho; Exigir por espaços e serviços mais inclusivos, acessíveis e de qualidade.

11 É preciso entender as pessoas autistas, com deficiência psicossocial e com outras deficiências como parte integrante da diversidade humana, dentro das nossas famílias, dos nossos bairros, da nossa sociedade. É preciso compreender que viver em comunidade é direito de todos!

12 Referências: Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente e Lei Brasileira de Inclusão (BRASIL); Convenção sobre o Direito das Pessoas com Deficiência (ONU); General comment on article 19 (CRPD Committee, 2014); Forgotten Sisters (WWDA, 2007); Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (SNAS, 2014); CENSO SUAS 2016 (SNAS, 2017); Inspeções aos manicômios (Conselho Federal de Psicologia, 2015); Children and Young People with Disabilities Fact Sheet (UNICEF, 2013), WE DECIDE, (UNFPA, 2016

13 OBRIGADO!

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