Relação Pastoral de Ajuda

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1 Fernando Sampaio Relação Pastoral de Ajuda Boas práticas no acompanhamento espiritual de doentes Universidade Católica Editora Lisboa 2011

2 Índice Apresentação...9 Prologo Introdução PARTE I OS PRINCIPAIS CONCEITOS TEÓRICOS Introdução Boas práticas pastorais, porquê e para quê? Boas práticas Por fidelidade à pessoa Por razões de humanização e qualidade Por fidelidade ao Evangelho Para uma capelania renovada Relação Pastoral de Ajuda Modalidades de relação de ajuda Origens da relação pastoral de ajuda O conceito Método pastoral de acompanhamento A empatia Compreender o outro Uma capacidade humana que permite aceder ao outro e à vida social Pôr-se no lugar do outro: «também eu, se fosse tu» Terapeutas feridos A empatia comunica compreensão Um processo identificatório que exige separação Benefícios pessoais e pastorais da empatia Consideração positiva ou aceitação incondicional Acolher de forma calorosa A aceitação promove a dignidade do outro Aceitação e ágape Afecto, mas com tempero Benefícios da aceitação incondicional... 62

3 4 Relação Pastoral de Ajuda 4.6. Aceitar sem desculpar Algumas condições Autenticidade Muito mais do que sinceridade, ser si mesmo Uma qualidade humana a adquirir Um porto seguro Autenticidade e transparência Cinco níveis para uma comunicação autêntica Autenticidade, uma qualidade humana e pastoral Conclusão PARTE II APTIDÕES TÉCNICAS PARA A RESPOSTA Introdução Escuta activa Escutar a partir da perspectiva do doente Uma escuta polifónica Para além do ruído das palavras, indo para lá do discurso Escutar de forma activa Escutar, mas com vontade e querer Resposta empática: a reformulação A escuta activa, condição para a resposta empática Respostas espontâneas, atitudes defensivas a vencer A reformulação Modalidades da reformulação Para concluir Personalizar, confrontar e iniciar A personalização A confrontação Iniciar Persuasão, intenção paradoxal e outras aptidões Persuasão Intenção paradoxal Outras aptidões: auto-revelação e actualizar O agente de pastoral Prestar atenção física e observar A linguagem do olhar Qualidades humanas do agente de pastoral O desafio da maturidade

4 Índice Purificar a linguagem do sofrimento No agente de pastoral, a presença da comunidade Conclusão PARTE III A PRÁTICA PASTORAL DA RELAÇÃO DE AJUDA Introdução Metodologia Análise da vivência subjectiva da pessoa ajudada Análise crítica do diálogo Análise da experiência do agente de pastoral Necessidades espirituais e religiosas presentes Problemas éticos presentes Conclusão O Inquiridor Apresentação Análise da vivência subjectiva da doente Análise crítica do diálogo pastoral Análise da experiência do agente de pastoral Conclusão Uma visita apressada Apresentação Análise da vivência subjectiva dos doentes Análise crítica do diálogo Análise da experiência do agente de pastoral Necessidades espirituais e religiosas Conclusão Visita à D. Maria Apresentação Análise da experiência subjectiva da Maria Análise crítica do diálogo Análise da experiência do agente de pastoral Necessidades espirituais e religiosas Conclusão Mário pede a visita do Capelão Apresentação Análise da experiência subjectiva do doente Análise crítica do diálogo pastoral Análise da experiência do agente de pastoral

5 6 Relação Pastoral de Ajuda 5.5. Necessidades espirituais e religiosas Conclusão Parâmetros para a promoção de boas práticas pastorais Valores da relação pastoral de ajuda Orientações para a promoção de boas práticas na capelania Princípios éticos da relação pastoral de ajuda Linhas orientadoras para a promoção de boas práticas Conclusão Conclusão Geral Bibliografia

6 Apresentação Um Meio Indispensável 1. A SAÚDE TEM UM LUGAR MUITO IMPORTANTE NA VIDA DAS PESSOAS. Ela é a harmonia integral do ser humano que, apesar dos limites biológicos, psicológicos ou sociais, permite a cada pessoa realizar-se plenamente, na idade da vida que é a sua. Esta definição, proclamada por João Paulo II a 11 de Fevereiro de 2000, na viragem do milénio, permite compreender que todos desejam ter a saúde suficiente para se sentirem felizes, até ao fim da vida. Acontece, porém, que a doença continua a bater à porta de cada pessoa, e é sempre imprevisível a data da sua chegada. Nessa altura, impõe-se a assistência global a que se tem direito. Esta assistência não é só de natureza técnica, não bastam os bons profissionais de saúde, impõem-se assistentes espirituais que tenham em conta o apoio anímico a que cada um tem direito. A relação espiritual de ajuda cabe precisamente no conceito da assistência integral. 2. O Dr. Fernando Sampaio quis especializar-se nesta Relação Pastoral de Ajuda. Liga-nos um laço de profunda amizade, criada por um longo caminho de trabalho em comum. Tive oportunidade de acolhê-lo quando veio ter comigo, dizendo-me do gosto de ser capelão hospitalar. A sua experiência no IPO, em Santa Maria e no Hospital Júlio de Matos foi-lhe permitindo compreender que o trabalho com doentes, sobretudo em situações difíceis, exigia uma preparação sólida. Começou por aprofundar os estudos teológico-pastorais, depois licenciou-se em Psicologia, fazendo logo depois o Mestrado, entregou-se ao estudo da Pastoral da Saúde no primeiro Curso de Teologia e Ética em Saúde da Universidade Católica e, agora, especializou-se na relação pastoral de ajuda, a sua tese de Mestrado. Pela sua formação, foi-lhe possível começar a leccionar Assistência Espiritual e Religiosa, nos Cursos de Formação de Capelães e de Voluntários.

7 10 Relação Pastoral de Ajuda Agora publicou a sua tese de mestrado, precisamente sobre a Relação de Ajuda, uma área nova e essencial, para quem se dá ao acompanhamento do doente, sobretudo em fase terminal. 3. A relação pastoral de ajuda não é uma ciência fácil. Não se dirige sequer, exclusivamente, ao doente, até porque há muitos profissionais que, em situações concretas, precisam também dessa relação pessoal, apoio concreto também para o seu trabalho. Para que esta relação seja eficaz e tenha dimensão terapêutica supõe-se: O conhecimento da pessoa a quem se acompanha. Este conhecimento requer tempo, disponibilidade, alegria no dar, capacidade de receber, proximidade indispensável, com a empatia indispensável. A linguagem simbólica em que a verdade se transmite sem magoar, a comunicação se consegue pelo olhar, pelas expressões, pelos gestos, sempre com a proximidade que gera uma certa fraternização. O exercício da compaixão que não consiste em ter pena do outro, mas em assumir os seus problemas e fazer suas as dores que o outro sofre, com um envolvimento cheio de compreensão e de disponibilidade. A espiritualidade, com dimensão terapêutica, espiritualidade essa que supõe a cultura, as relações amigas e, mesmo, a transcendência, na medida da fé de cada um, com total liberdade. A presença, o diálogo, o jogo de afectos, coisas muito naturais na relação humana e que não podem aparecer forçadas, uma vez que é o tempo que se perde com o outro, que torna o outro verdadeiramente importante (cf. Saint Exupéry). A experiência religiosa, segundo as opções de cada um e a seu pedido, uma vez que a religião faz parte da vida da pessoa humana, na sua integridade. A procura da felicidade uma vez que esta não está no ter e no poder, mas se realiza na atenção ao outro, num quadro de Amor. Como diz Erich Fromm: amar é esquecer-se de si para fazer o outro feliz (L Art d Aimer). A relação de ajuda envolve tudo isto e é, por isso, que se torna indispensável no acompanhamento que se faz à pessoa doente. 4. O autor oferece-nos uma obra que se divide em três partes: Os principais conceitos técnicos, as aptidões indispensáveis para a resposta e a prática pastoral da relação de ajuda. É um trabalho completo, de extraordinária importância, para quem trabalha em saúde, sobretudo com doentes difíceis ou em fase terminal.

8 Apresentação 11 Julgo que o estudo desta obra é indispensável, não apenas para assistentes espirituais, mas para todo e qualquer profissional de saúde. O livro agora trazido à estampa, tem ideias geniais para a assistência integral ao doente, tem desafios extraordinários para o trabalho concreto de ajuda à pessoa doente, em qualquer circunstância, e convida à criatividade, indispensável para uma relação humana que redima, que cure e que salve. Felicito o autor, mas congratulo-me com todos aqueles que, levando à prática a relação de ajuda, se tornam meio de bem-estar, para o doente que assistem. Parabéns aos leitores. Mons. Vítor Feytor Pinto

9 Prologo Acompañar en el sufrimiento es un arte. La tradición de quien se ha inspirado a lo largo de los siglos en los valores del Evangelio ha ido generando estilos diferentes de acompañamiento, cambiantes a lo largo del tiempo. Ha habido épocas en las que se ha insistido más en la importancia del acompañamiento personalizado que en otras. Hoy estamos asistiendo a la posibilidad de reforzar la importancia del encuentro interpersonal entre el agente de pastoral y la persona. Este es un momento privilegiado de diálogo cualificado que permita que el acontecimiento de la Pascua sea una experiencia en el corazón y en la mente del sufriente. Pero no basta la buena voluntad para acompañar de manera cualificada a una persona. Por eso, Fernando Sampaio, sabedor de la necesidad de que los agentes de pastoral cuenten con competencias relacionales, emocionales, espirituales, éticas, para centrarse en la persona y caminar con ellas, ha investigado, reflexionado y presentado de manera estructurada este texto que responde a una necesidad: la de cualificar el acompañamiento pastoral de estas competencias. Es necesario desaprender estilos de acompañamiento que han cristalizado en frases hechas, en tendencias a aconsejar o a indicar el camino a los demás o, peor aún, a moralizar sobre el mundo emotivo del que sufre. Este libro, pues, es una herramienta de primera necesidad para quienes quieren acompañar a otros en el lado oscuro de la vida. Nos presenta actitudes y técnicas imprescindibles para ser eficaces en el proceso del acompañamiento. Están centradas en la psicología pastoral, inspiradas en la psicología humanista, fundamentadas por nuestro referente último: Jesús de Nazaret. La identidad, el perfil académico y curricular del autor, experto en psicología y en teología, así como su experiencia práctica en el mundo de la

10 14 Relação Pastoral de Ajuda enfermedad y de la asistencia espiritual, constituyen una garantía de que los contenidos están pasados no sólo por la autoridad de las referencias bibliográficas, sino por la reflexión personal y por la evaluación de su eficacia en la acción pastoral concreta. El desarrollo de la pastoral de la salud está en estrecha relación con el camino que siga la formación en este tema de importancia universal y de total actualidad: la relación pastoral de ayuda. La formación en esta área constituye una urgencia entre los ministros presbíteros, así como entre los seglares profesionales o voluntarios- que desempeñan tareas de acompañamiento espiritual. Asimismo, cabe esperar que este texto sea de referencia para los profesionales de la salud que deseen cualificar su profesión desde el punto de vista relacional y comprender las genuinas actitudes que emergen de la Palabra para situarse adecuadamente ante el misterio del sufrimiento humano. Este libro es, por tanto, un recurso humanizador para la pastoral de la salud y para las profesiones sanitarias. Confío que dé sus frutos en manos de los lectores y que se beneficien de él personas y grupos que puedan utilizarlo individual y colectivamente, como lectura o como material de reflexión y trabajo sobre él. Y, puesto que la pastoral de la salud no se reduce a la acción de la Iglesia en los hospitales, sino que se ha de desplegar también en la parroquia, donde están muchos enfermos en sus domicilios y muchas personas con discapacidad y mayores dependientes, ojalá el libro alcance todos los rincones de la vida de la Iglesia para iluminar todo tipo de acompañamiento en el sufrimiento, no solo en la enfermedad en periodos de hospitalización. Mi deseo es de que este libro contribuya a que, como dijera San Camilo patrono de enfermos, enfermeros y hospitales, junto con San Juan de Dios-, sean muchos los que pongan más corazón en las manos. José Carlos Bermejo Director del Centro de Humanización de la Salud Madrid

11 Introdução Concebe-se a Relação Pastoral de Ajuda como um método estratégico no acolhimento e acompanhamento pastoral a doentes, familiares e profissionais, permanecendo, neste trabalho, o acompanhamento espiritual e religioso a doentes como principal referência. Porque centrado na pessoa do doente, é um método respeitador da dignidade humana. Já pelas suas características psicológicas e técnicas permite o estabelecimento de uma relação e de uma comunicação ao nível do ser com a pessoa ajudada. Constitui- -se, por isso, como um importante factor de humanização e um meio eficaz e personalizado de evangelização no mundo da saúde. A assistência espiritual e religiosa, hoje, exige novos saberes, métodos e competências em função da complexa e elevada cultura hospitalar e do respeito pelos próprios doentes. Hoje é reconhecido que as necessidades espirituais e religiosas dos doentes influenciam o seu bem-estar, sendo muitas vezes causa de grandes sofrimentos, se não são atendidas; ou, quando zelosa e competentemente satisfeitas, podem constituir momentos que, no calvário do sofrimento, refrescam a alma com um pouco de felicidade, harmonia e paz 1. É conhecida a psicologia do doente e existem técnicas de ajuda, nomeadamente da psicologia e da psicoterapia, que a pastoral não pode ignorar, sob pena de perder credibilidade. É a presença e a imagem da Igreja que está em causa. A pastoral tradicional de natureza sacramentalista não tem mais lugar hoje na capelania hospitalar. A boa vontade, o jeito para as relações humanas ou os conhecimentos pastorais do curso geral de teologia também são insuficientes para a nomeação de um capelão ou outro agente de pastoral 1 Há doentes que, ao referirem-se à comunhão, dizem: «dá-me força para suportar»; «sinto-me consolada»; «é a minha força para suportar o sofrimento»; «ajuda-me a permanecer viva».

12 16 Relação Pastoral de Ajuda para o ministério de acompanhamento no hospital. Não permitem ir além de uma relação pastoral ingénua e de consolo que facilmente se pode tornar moralizadora, culpabilizadora e desumanizadora. Mais, quando o agente de pastoral é realista e autocrítico dá-se conta, face à cultura hospitalar e aos problemas éticos e humanos concretos, de grandes deficits quer ao nível da formação, quer ao nível da acção pastoral concreta. É, na verdade, necessária formação específica para que o agente de pastoral possa sentir-se em casa, no hospital, e relacionar-se com os outros profissionais de igual para igual. A Relação Pastoral de Ajuda, para além de ser um método de relação e comunicação, veicula uma nova mentalidade que conduz à renovação pastoral da capelania em seus objectivos, métodos e linguagem. Nascida nos anos sessenta do século vinte entre os capelães protestantes americanos 2, rapidamente se estendeu à capelania católica nos países anglo-saxónicos e só mais tarde aos países latinos. Chegou a Portugal na década de noventa, mas têm sido grandes as resistências à sua generalização a todas as capelanias hospitalares e outros contextos da Pastoral da Saúde 3. Deixando de lado os objectivos e métodos pastorais tradicionais, influenciados pelas correntes humanistas e existenciais, os capelães-pastores aplicaram técnicas psicoterapêuticas e de counselling à escuta e acompanhamento de doentes. Dada a complexidade da teoria e do novo método para gente vinda da teologia, por um lado, e da satisfação dos agentes de pastoral e dos resultados alcançados por outro, investiram na formação e acabaram por fundar uma escola de Pastoral Clínica que se tornou um centro de propagação das novas ideias e de investigação. Recorrendo a expressões de C. Bermejo 4, pode dizer-se que o novo saber pastoral se, por um lado, é composto por um conjunto de conceitos teóricos que é necessário aprender (e não há uma boa prática sem uma boa teoria), por outro esses mesmos conceitos pressupõem a aquisição de um conjunto de atitudes autenticidade, empatia e aceitação incondicional ou consideração positiva que conduzem necessariamente a um saber ser, 2 Cf. A. Br u s c o, Relação pastoral de ajuda. In C. Ve n d r a m e e L. Pe s s i n i (Directores da Ed. Brasileira), Dicionário Interdisciplinar da Pastoral da Saúde. São Paulo: Ed Centro Universitário São Camilo e Ed. Paulus 1999, Iniciado na década de oitenta do século XX, o movimento renovador da Pastoral da Saúde foi oficializado pela Conferência Episcopal Portuguesa em Abril de 1985 com a criação da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde. Foi nomeado seu coordenador Mons. Feytor Pinto que tem exercido essas funções até ao presente. Cf. V. Feytor Pi n t o, Saúde para todos: desafios para uma acção pastoral. Apelação: Paulus Cf. J.C. Be r m e j o, Apuntes de relación de ayuda. Madrid: Sal Terrae 1998, 9.

13 Introdução 17 isto é, ao desenvolvimento de qualidades humanas específicas promotoras de uma boa competência relacional. Mas de nada vale um saber se não poder ser usado na prática, se não se transformar num saber fazer. Neste sentido, a relação de ajuda, como teoria, conduz a um modo relacional de ser e à aquisição de um conjunto de aptidões que se devem transformar numa arte prática de comunicação. O que mais nos interessa é esta arte de bem comunicar, este saber fazer que se deve expressar num novo interesse pastoral centrado no outro; no desenvolvimento de novas modalidades de relacionamento e comunicação fundadas num acolhimento genuíno, caloroso e empaticamente compreensivo; na capacidade de atender à pessoa em todas as suas dimensões e de observar o meio; de lidar com a linguagem não verbal própria e do ajudado e de desenvolver uma atenção/escuta polifónica; na possibilidade de escutar de forma activa os soluços do corpo, os protestos do espírito e os gemidos da alma do outro; na capacidade para responder de forma empática estimulando a auto-observação e transmitindo compreensão, respeito, estima; na habilidade para personalizar e confrontar conduzindo à autocompreensão e à transformação e crescimento pessoal. O agente de pastoral sábio e consistente, ao lidar bem e de forma competente com estas aptidões técnicas de relação e comunicação, é capaz de desenvolver um processo de Relação de Ajuda que leva o doente a sentir-se compreendido, respeitado e amado; um processo que aumenta a sua auto- -estima e o incita a mergulhar dentro de si na (re)descoberta das suas potencialidades e no reencontro com o seu sentido de vida; um processo que o impulsiona a ser mais, apesar das limitações da doença e para além do sofrimento. Neste sentido a melhor metáfora para dizer o que é a prática da Relação Pastoral de Ajuda é dizer que o agente de pastoral se faz companheiro do doente numa viagem ao seu mundo interno e aí, guiado por ele, ora o ajuda a (re)descobrir recursos inatendidos, ora se torna facilitador de crescimento humano e espiritual. Tomando como referência os discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35), companheiro, é aquele que, partilhando a mesma jornada, comparte do mesmo pão. E, porque se senta à mesma mesa, não é só do mesmo pão que comparte, mas acolhe também com ternura o coração do outro, as suas inquietações, temores, angústias, anseios e esperanças. Desse modo, sem julgar ou condenar, pode atear a torcida que ainda fumega na alma de outro ou mobilizar as suas forças interiores para reparar a cana rachada (cf. Is 42, 3). Não será o que espera de um agente de pastoral quem lhe pede ajuda?

14 18 Relação Pastoral de Ajuda O acompanhamento pastoral exige, portanto, muito mais do que boa vontade ou de que uma simples atitude de genuína caridade. Isso é importante que esteja presente num agente de pastoral, mas é necessário muito mais. Jesus Cristo, sendo Deus, abeirou-se da humanidade fazendo-se homem, e sendo homem humilhou-se ainda mais até à morte e morte de cruz (cf. Fil 2, 5-11). Cristo deu-se inteiramente. Também o agente de pastoral se deve comprometer inteiramente: primeiro intelectualmente através da preparação e do estudo, pelo saber ; depois pela doação de si mesmo no acolhimento, presença, disponibilidade, delicadeza, compreensão, aceitação incondicional, diálogo, pela sua inteireza humana, pelo ser ; e, finalmente, pelo querer tornar a relação intersubjectiva com o outro um momento significativo na redescoberta de sentido e um lugar de esperança, pelo saber fazer bem o bem. Na verdade, o acompanhamento pastoral está muito para além da técnica e da pura solidariedade: é um ágape que diz Deus e um lugar onde Deus se diz. A capelania tem por detrás uma comunidade. Melhor, uma Igreja de comunidades. No acolhimento cordial e caloroso que protagoniza, no encontro e na oração, no anúncio e na celebração da fé o doente descobre-se em casa, sente-se acolhido e amado, descobre-se pertença desta comunhão de Igreja e identifica-se com ela. Pode, por isso, fazer a experiência da fidelidade de Deus e da confiança no Seu amor; pode reconciliar-se consigo e com a comunidade a que redescobre pertencer; pode celebrar a fé e redescobrir a continuidade da vida, sonhando a esperança de que a linha da vida tem sua ponta ancorada em Deus pois n Ele está a fonte da vida e a sua plenitude. A capelania dá ao doente, desta forma, a possibilidade de satisfazer as suas necessidades espirituais e religiosas, elevando os seus níveis de bem-estar. As críticas e exigências da sociedade e do mundo da saúde à capelania não revelam uma acção concertada contra a presença da Igreja nos hospitais. As críticas o que têm subjacente é o tipo de capelania que a sociedade e os hospitais não querem e, por arrastamento, que tipo de agentes de pastoral não querem. Isto é, não querem uma capelania gueto, passadista, ausente, desorganizada, desatenta às pessoas e que não se integre na cultura hospitalar e não cumpra as exigências de qualidade e excelência traçadas para todos os serviços pela instituição. Desta forma, a crítica dá conta de uma necessidade premente dos homens de hoje: que a Igreja reassuma nos hospitais a sua função de ser fonte de esperança e de sentido para os homens e mulheres do nosso tempo, de ser alma do mundo. Abordaremos neste trabalho, sem ser exaustivos, os conceitos principais da relação de ajuda e a sua prática, enfatizando nesta os seus modos mais

15 Introdução 19 nobres de ajudar, as boas práticas. Assim, na primeira parte, depois de justificar o presente estudo no primeiro capítulo e de, no segundo, fazer uma apresentação genérica do conceito Relação Pastoral de Ajuda, apresentaremos em separado os três conceitos fundamentais que a firmam: empatia, aceitação incondicional ou consideração positiva, e autenticidade. A segunda parte é dedicada à técnica. Serão discutidos, por isso, os conceitos que configuram as aptidões técnicas da comunicação inerente à prática da relação de ajuda: escuta activa; resposta empática; personalizar, confrontar e iniciar; e persuasão, intenção paradoxal e outras aptidões. Mas estas aptidões serão tanto mais eficazes quanto aquele que as usa se revestir de algumas qualidades e componentes importantes. Esta secção termina, por isso, com uma sugestão sobre o perfil do agente de pastoral. Por fim, na terceira parte, seguir-se-á a prática da relação de ajuda. Iniciar-se-á com a metodologia. Aí serão descritos os procedimentos para a análise dos quatro casos pastorais a apresentar. Sobre cada um deles é feito um estudo crítico seguindo o método de relação de ajuda. Pretende- -se verificar a presença de boas práticas e seus elementos ou a sua ausência através dos elementos que distorcem o método, o anulam ou lhe são estranhos. As consequências ao nível da qualidade da relação pastoral serão naturalmente diferentes. Se no primeiro caso a pessoa será acolhida e escutada, no segundo o agente de pastoral passará ao lado da sua subjectividade. Este estudo sobre boas práticas em relação pastoral de ajuda, finalmente, não ficaria completo se não fossem também propostos parâmetros para a promoção de boas práticas na capelania, nomeadamente na sua acção programática, organizativa, acolhimento, relação interpessoal e acção pastoral diversificada. Estamos frente a um estudo exploratório. Não tem a pretensão de se transformar num handbook sobre boas práticas. Tem, no entanto, a pretensão de sensibilizar para a sua importância numa capelania que se preocupa com a qualidade e a excelência no seu modo de ser e fazer. Uma última observação. O uso, neste trabalho, dos termos capelão, agente de pastoral ou, por vezes, agente ou ajudante deve considerar-se inter-cambiável. O mesmo se pode dizer dos termos relação pastoral de ajuda, relação de ajuda (fora do contexto da psicologia ou da psicoterapia), diálogo pastoral, acompanhamento pastoral ou simplesmente acompanhamento; dos termos capelania, assistência espiritual e religiosa ou assistência espiritual; e dos termos doente, utente, ou ajudado. O termo terapeuta quando aparece está referido a contextos psicoterapêuticos que servem de exemplo ou referência ao contexto pastoral.

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