Os Jovens A Fé O Discernimento Vocacional. SÍNODO DOS BISPOS XV Assembleia Geral Ordinária

Transcrição

1 Os Jovens A Fé O Discernimento Vocacional SÍNODO DOS BISPOS XV Assembleia Geral Ordinária

2 O SÍNODO DE 2018 Como acompanhar os jovens para reconhecer e acolher o chamado ao amor e à vida em plenitude? Como os jovens podem nos ajudar a identificar hoje modalidades mais eficazes para anunciar a Boa Nova?

3 A VOCAÇÃO AO AMOR 1. Estado de vida 2. Profissão 3. Modo de compromisso social e político 4. Estilo de Vida 5. Gestão do dinheiro 6. Gestão do tempo...

4 REFLEXÃO DO DOCUMENTO PREPARATÓRIO 1. Os Jovens no Mundo de Hoje: Dinâmicas sociais e culturais (contexto) sob uma leitura de fé. 2. Fé, Discernimento e Vocação: Passos fundamentais que a Igreja oferece aos jovens para descobrirem seu caminho. 3. A Ação Pastoral: Articulações fundamentais de uma pastoral juvenil vocacional.

5 1. OS JOVENS NO MUNDO DE HOJE

6 Existe uma pluralidade de mundos juvenis. Algumas diferenças que se destacam: 1. Demografia: países com alta natalidade, onde os jovens são uma maior porcentagem da população, e países com poucos nascimentos. 2. Países e continentes com antiga tradição cristã x Países com cultura marcada por outras tradições religiosas, onde o cristianismo pode ser minoritário e recente. 3. Gênero masculino e feminino.

7 UM MUNDO QUE MUDA RAPIDAMENTE Contexto de fluidez e incerteza; Exigência de um olhar integral e de programar a longo prazo (sustentabilidade); Vulnerabilidade - combinação de mal-estar social com dificuldade econômica (desemprego, migrações, insegurança); Cultura cientificista e busca frenética de lucro (promete abrir possibilidades mas parece multiplicar solidão e tristeza); Presença de muitas culturas e religiões (novas oportunidades e diálogos, mas risco do relativismo).

8 AS NOVAS GERAÇÕES Pertença e participação (desejo de protagonismo) x NEET (not in education, employment or training): Oportunidades diferentes! Passividade e falta de confiança, por causa de preocupação excessiva com a imagem e conformismo a moda vigente.

9 PONTOS DE REFERÊNCIA PESSOAL Busca-se figuras que exprimam sintonia, encorajamento e ajuda para reconhecer os limites. Pais e educadores ausentes ou hiperprotetores tornam os filhos frágeis. Eles impõe suas próprias escolhas ou não se fazem ouvir. Com os pares, necessidade de interação livre, expressão afetiva, aprendizagem informal.

10 REFERÊNCIAS INSTITUCIONAIS Os jovens costumam ser cautelosos, desconfiados, indiferentes ou indignados com o que está fora de suas relações pessoais (política, ensino, Igreja...) Isso requer mais proximidade e mais atenção aos problemas sociais. Não são contra, mas aprendem a viver sem o Deus apresentado pelo Evangelho e sem a Igreja, o que faz os valores evangélicos se diluírem numa cultura globalizada.

11 GERAÇÃO HIPERCONECTADA As relações mediadas tecnologicamente mudam a concepção do mundo, da realidade e das relações interpessoais. A ação pastoral precisa desenvolver aí uma cultura adequada.

12 OS JOVENS E AS ESCOLHAS Opções sempre reversíveis mais do que escolhas definitivas: Hoje escolho isso. Amanhã veremos! Como escolher em meio a tantas dúvidas e incertezas? - Arrisca! Quem não arrisca não caminha! - Mas se eu errar? - Bendito seja O Senhor. Errarás mais se permaneceres parado! Promover capacidades pessoais e o protagonismo. Deixar espaço para surgirem as novidades.

13 FÉ, DISCERNIMENTO, VOCAÇÃO

14 A Igreja tem o desejo de encontrar, acompanhar e cada jovem a partir da fé. Para que suas vidas sejam boas experiências, apoiando as liberdades que estão se constituindo. Requer bondade, ternura. 3 Nascimentos: natural, batismal, e da passagem da vida corporal para a vida espiritual.

15 FÉ E VOCAÇÃO A fé é a fonte do discernimento vocacional. Faz descobrir nossa vocação ao amor e que vale a pena se entregar a ele. Na fidelidade de Deus está a força, mais forte que toda nossa fragilidade. Colocar-se na escuta do Espírito e em diálogo com a Palavra. Consciência: espaço inviolável em que se manifesta o convite para acolher uma promessa.

16 A vida e a história nos ensinam que para o ser humano não é sempre fácil reconhecer a forma concreta da alegria a que Deus o chama e a que o seu desejo tende. Outras vezes, a pessoa tem que lidar com o desânimo ou com a força de outros dispositivos, que a seguram em seu caminho para a plenitude.

17 O DOM DO DISCERNIMENTO Itinerário adequado: 1. Reconhecer: efeitos 2. Interpretar: confronto com a Palavra de Deus e a vida cristã (direção espiritual) 3. Escolher: Liberdade humana e responsabilidade pessoal. Pôr à prova a decisão. Dar início a um percurso. Tomar carne! É importante sair! Não deixar o medo travar.

18 O ACOMPANHAMENTO Partir de 3 convicções: 1. O Espírito de Deus age! 2. O coração geralmente se mostra dividido. 3. O percurso da vida, no entanto, impõe decidir. A direção espiritual é um grande instrumento para reconhecer o chamado do Senhor à alegria e escolher dar lhe uma resposta.

19 PSICÓLOGO Apoia uma pessoa na dificuldade; Ajuda a descobrir potencialidades e fragilidades na pessoa. DIRETOR ESPIRITUAL Favorece a relação entre a pessoa e o Senhor. Colabora para remover o que é obstáculo para este encontro; Reenvia a pessoa ao Senhor e prepara o terreno para o encontro com Ele.

20 PERFIL IDEAL DE UM ACOMPANHANTE 1. Olhar amoroso; 2. Palavra com autoridade; 3. Capacidade de fazer-se próximo ; 4. Escolhe caminhar ao lado ; 5. Testemunho de autenticidade; 6. Sem medo de preconceitos.

21 A Ação Pastoral

22 Caminhar com os jovens Sair dos próprios esquemas. Apenas ir a missa nos fins de semana não é uma escolha por uma vida madura na fé. A Pastoral Vocacional significa aprender o estilo de Jesus, que passa pelos lugares da vida diária, se detém sem pressa e, olhando para os irmãos com misericórdia os conduz ao encontro com Deus Pai.

23 Estilo de Jesus 1. Sair 2. Ver Passar um tempo com eles e escutar as suas histórias, alegrias e esperanças, tristezas e angústias, para compartilhálas. 3. Chamar Despertar o desejo! Fazer perguntas para as quais não existem respostas prontas!

24 Sujeitos 1. Todos os jovens, sem exceção 2. Uma comunidade responsável 3. As figuras de referência: - Pais e família - Pastores - Professores Superar a improvisação e a incompetência, levando sempre mais a sério a tarefa de pensar, concretizar, coordenar e realizar a Pastoral Juvenil de modo correto, coerente e eficaz.

25 Lugares 1. A vida cotidiana e o compromisso social 2. Os âmbitos específicos de pastoral 3. O mundo digital

26 Instrumentos 1. As linguagens da pastoral (valorizar o esporte e a música) 2. O cuidado educativo e os percursos de evangelização (gradualidade) 3. Silêncio, contemplação, oração (Lectio Divina)

27 Maria de Nazaré Em seus olhos, cada jovem pode redescobrir a beleza do discernimento, em seu coração, pode experimentar a ternura da intimidade e a coragem do testemunho e da missão.

28 Uma pergunta... Em contextos de forte secularização, que ações pastorais são mais eficazes para prosseguir um caminho de fé depois do percurso da iniciação cristã?