Diagnóstico regional. Boletim Regional nº 2

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1 Flávio Bacellar/Olhar Imagem Diagnóstico regional Fonte Landsat e Google Earth Crédito Marcel Fanti/Litoral Sustentável DIAGNÓSTICo URBANo SoCIoAMBIENTAL E PRoGRAMA DE DESENVoLVIMENTo SUSTENTÁVEL EM MUNICÍPIoS DA BAIxADA SANTISTA E LIToRAL NoRTE Do ESTADo DE SÃo PAULo Limites dos municípios da Baixada Santista e do Litoral Norte Boletim Regional nº 2 Leitura Comunitária 3 População e ocupação do Território 5 Mobilidade Urbana 9 Economia 10 Infraestrutura e Serviços 13 Legislação e Gestão 16 Este Boletim integra o projeto Litoral Sustentável dezembro de 2012 REALIZAÇÃO CONVÊNIO 1

2 Diagnóstico Regional 2 Nas páginas deste boletim você vai encontrar uma síntese do Diagnóstico Urbano Socioambiental Participativo Regional, iniciativa integrada ao projeto Litoral Sustentável Desenvolvimento com Inclusão Social, que vem sendo realizado pelo Instituto Pólis, com apoio da Petrobras Leitura comunitária e técnica Este diagnóstico apresenta uma síntese da leitura comunitária e das leituras técnicas realizadas nos 13 municípios do Litoral Norte e da Baixada Santista. Na leitura comunitária de cada município procuramos perceber a avaliação de moradores sobre os processos de transformação em curso no litoral, suas perspectivas quanto ao desenvolvimento local e expectativas quanto ao futuro. Para isso, realizamos, em janeiro de 2012, uma pesquisa qualitativa para conhecer a percepção dos moradores sobre seu município e, durante o primeiro semestre, o mapeamento das organizações sociais existentes, entrevistamos lideranças de diferentes segmentos e setores e promovemos uma oficina pública de debates. A leitura técnica elaborada a partir de pesquisas e trabalhos realizados envolveu o estudo da economia dos municípios, suas fragilidades e potencialidades, a análise urbanística e jurídica do processo de ocupação do território e de suas contradições, com destaque para temas como as condições de moradia, o acesso a infraestrutura urbana, as condições de mobilidade local e regional; as questões relativas às áreas ambientais protegidas e às possibilidades de crescimento e adensamento urbano, e o impacto dos grandes projetos em curso no litoral. Também foram analisados temas sobre cultura, segurança pública, finanças públicas, saúde e segurança alimentar. Os próximos passos Esses são os resultados que apresentamos à comunidade. Depois desse processo, o diagnóstico será publicado no site Litoral Sustentável. A partir daí aprofundaremos a discussão de pontos específicos, visando à construção de uma agenda para o desenvolvimento sustentável para o município e para a região. SOLUÇÕES LOCAIS E REGIONAIS Os diagnósticos sobre a realidade de cada município demonstram que muitas questões enfrentadas localmente têm sua origem e podem ter suas soluções em âmbito regional, como as deficiências na mobilidade, de segurança pública, na oferta de formação especializada para os trabalhadores, entre outras. A análise e o debate desses problemas em cada município servirão de subsídios para a próxima etapa do projeto, que é a de construção coletiva de uma agenda para o desenvolvimento sustentável com propostas para o município e para a região. Neste processo, entendemos que a participação da sociedade e a articulação das políticas públicas municipais, estaduais e federais, além dos investimentos já previstos, serão fundamentais para alcançar soluções abrangentes para região e promover o desenvolvimento sustentável com inclusão social. Agenda do processo participativo Seminários temáticos com poder público, sociedade civil e especialistas, 1º semestre de 2013 Consultas públicas por município com poder público, sociedade civil, 1º semestre de 2013 Audiências públicas municipais para debater versão preliminar do Programa de Desenvolvimento Sustentável Local com o poder público, a sociedade civil, 1º semestre de 2013 Conferência Regional para apresentar e debater a versão preliminar do programa e pactuar as propostas da versão final, com a participação dos diferentes níveis de governo e organizações da sociedade atuantes, 2º semestre de 2013 Saiba mais sobre o projeto Litoral Sustentável, sua metodologia e equipe técnica no site

3 Leitura comunitária Moradores indicam temas fundamentais para o desenvolvimento local e regional inclusivo O processo de leitura comunitária envolveu a realização de entrevistas com organizações da sociedade civil, pesquisa com moradores e oficinas públicas de debates Diana Basei Oficina de escuta comunitária em São Vicente, em 13 de junho de 2012 Diana Basei Oficina de escuta comunitária, em Itanhaém dia 11 de julho de 2012 Diana Basei Grupo de discussão, Oficina de Bertioga, em 27 de março de 2012 A região litorânea abordada neste relatório contempla 13 municípios que, juntos, abrigam 2 milhões de habitantes e geram um robusto Produto Interno Bruto de R$ 45,3 bilhões. Estão divididos em duas sub-regiões: a Região Metropolitana da Baixada Santista, que inclui Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão, Guarujá e Bertioga, e o Litoral Norte, com São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba. A leitura comunitária realizada em todos os municípios para a produção deste diagnóstico percebeu a expectativa de a população participar na definição dos rumos do desenvolvimento e ser beneficiária das riquezas produzidas. Além disso, emergiram oito temas como importantes pontos de preocupação ou de expectativas dos moradores: uso sustentável das áreas ambientalmente protegidas, dependência do veranismo, grandes projetos no Litoral Norte, pesca artesanal, ampliação do Porto de Santos e pré-sal, mobilidade regional e resíduos sólidos. Dependência do veranismo A dependência do veranismo baseado na segunda residência, caracterizado pela sazonalidade dos empregos e da geração de renda, é um traço comum ao Litoral. A alternativa esboçada pela sociedade civil aponta para um turismo mais sustentável, inclusivo e permanente, integrando o veraneio ao turismo ecológico, ao histórico-cultural, ao de base comunitária, entre outros. As cidades deveriam ter melhor planejamento para receber os turistas, infraestrutura e políticas públicas condizentes para o desenvolvimento da atividade turística, investir na infraestrutura e na qualificação de sua população para essas atividades diversificadas. Grandes projetos no Litoral Norte Os municípios do Litoral Norte vivem os impactos dos grandes projetos em andamento nessa região, como a ampliação do Porto de São Sebastião e a exploração de petróleo e gás já em curso e com perspectivas de ampliação. Em Caraguatatuba e em São Sebastião essas atividades vêm relativizando a importância do turismo, até há pouco tempo sua principal vocação, no desenvolvimento local. A questão central é como articular de forma sustentável as duas vocações que hoje coexistem. Em Ilhabela e Ubatuba o debate é colocado sobre as oportunidades que os grandes projetos abrem versus seus impactos sobre sua principal vocação: o turismo. Pesca artesanal Em todos os municípios, a pesca artesanal, que já vinha sofrendo com a ocupação acelerada do litoral, está sendo impactada pelos empreendimentos portuários e petrolíferos em andamento na região. A avaliação recorrente é de que a pesca artesanal, embora fragilizada, continua sendo uma atividade importante para o desenvolvimento local, gerando trabalho e renda para muitas pessoas. Contudo, necessitaria de maior apoio, e investimento em infraestrutura e políticas públicas para sua valorização, como atracadouros, aprofundamento de leitos de rios, espaços para beneficiamento e comercialização do pescado, entre outros. 3

4 Uso sustentável das áreas ambientalmente protegidas A percepção dos representantes da sociedade civil é a de que os municípios estão de frente para o mar e de costas para os parques, tendo em vista que o turismo, atividade econômica central na região, se restringe ao veranismo de praia. Os parques não estão incorporados na atividade turística, como ecoturismo ou outras modalidades. A exploração sustentável para agricultura e outras atividades têm sido proibida ou inviabilizada por uma legislação restritiva das unidades de conservação. Há ocupações precárias e irregulares nestas áreas demandando soluções adequadas social e ambientalmente. Porto de Santos e pré-sal A ampliação do Porto de Santos repercute diretamente no Guarujá e em Santos e, com menor intensidade, em São Vicente. Pode também impulsionar atividades e serviços em Itanhaém, que abriga um aeroporto e atividades retroportuárias. Já as atividades relacionadas à exploração do pré-sal geram expectativas de novos empregos e melhor renda. Os impactos desses empreendimentos já são sentidos especialmente em Santos e São Vicente, onde a especulação no mercado imobiliário elevou o valor dos imóveis, impactando a população local de baixa e média renda. A sociedade civil demanda uma maior participação nas discussões sobre o destino da riqueza a ser produzida, para assegurar que a população local seja a principal beneficiária. Mobilidade regional Grandes projetos no Litoral Norte e na Baixada Santista pressionam ainda mais a estrutura viária e a mobilidade urbana regional, que já conta vários gargalos e pontos críticos. Contudo, estão previstos vários projetos de alcance regional e metropolitano, como a duplicação da Rodovia dos Tamoios, a construção dos Contornos Norte e Sul, em Caraguatatuba e São Sebastião, do Ferroanel (Litoral Sul), do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT entre Santos e Praia Grande), as avenidas perimetrais e o túnel Santos- Guarujá, entre outros. Entre os desafios regionais nessa área estão uma maior segregação entre o tráfego de cargas e o tráfego urbano e a maior integração entre os transportes municipais, metropolitanos e regionais. Qualificação profissional Oferecer capacitação profissional e qualificação de mão de obra para a população local é um dos grandes desafios dos municípios do Litoral. Os moradores e entidades ouvidos para este relatório apontam a qualificação profissional como a melhor forma de a população local se beneficiar dos grandes empreendimentos em andamento na região e de aumentar a renda do município. Parcerias com escolas e universidades e investimento em cursos profissionalizantes estão entre as necessidades prementes da região, segundo a sociedade civil. Resíduos sólidos Em todos os municípios do litoral, a questão dos resíduos sólidos, principalmente a sua destinação final, é vista como um desafio a ser equacionado regionalmente. A reciclagem é apontada como uma demanda e perspectiva importante, como atividade capaz de gerar trabalho e renda e de conservar o meio ambiente. Arquivo Pólis Oficina em Ilhabela, 28 de março de 2012 Oficina em Praia Grande, 12 de julho de 2012 Diana Basei Diana Basei Oficina em Santos, 12 de junho de

5 População e ocupação do território Crescimento populacional e expansão urbana no litoral O Litoral Paulista vem registrando altas taxas de crescimento populacional, com grande impacto na dinâmica imobiliária Os 13 municípios do Litoral Paulista avaliados neste diagnóstico Peruíbe, Mongaguá, Itanhaém, Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão, Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba somam cerca de 2 milhões de habitantes e ocupam uma área de 435 mil hectares, numa estreita faixa de terras entre a orla e a Serra do Mar. A maior parte dos municípios teve um crescimento acelerado de sua população residente nas décadas de 1980 e 1990, e uma desaceleração nesse ritmo de crescimento entre 2000 e 2010, embora continue alto em alguns deles. A Taxa Geométrica de Crescimento Anual (TGCA) mais elevada na última década na Baixada Santista é a de Bertioga, de 4%, seguida por Praia Grande, com 3,2%. São Sebastião e Caraguatatuba, no Litoral Norte, e Mongaguá, na porção sul da Baixada Santista, registraram TGCA entre 2% e 3% no período. Evolução da mancha urbana no Litoral Norte 1979/ / Evolução da mancha urbana na Baixada Santista 1979/ / Perfil dos municípios Ilhabela é o município menos populoso; Santos, o de maior população; Mongaguá ocupa o menor território, Ubatuba o maior. Os municípios centrais da Baixada Santista (Santos, Cubatão, Praia Grande, Guarujá e São Vicente) respondiam, em 2010, por 73% do total da população do Litoral, com 1,5 milhão de habitantes. Uma boa parcela do território dos municípios do Litoral Paulista está inserida em áreas de conservação. Na Baixada Santista, Santos tem 82,19% de seu território nessa condição, seguido por Bertioga, com 72,2%. No Litoral Norte, Caraguatatuba tem 82,03% e Ilhabela, 77,78%. População e território Município População 2010 Área (hectare) Área urbanizada (hectare) Território em Unidades de Conservação (%) Bertioga ,20% Cubatão ,90% Guarujá ,24% Itanhaém ,18% Mongaguá ,54% Peruíbe ,19% Praia Grande ,24% Santos ,19% São Vicente ,46% Baixada Santista São Sebastião ,21% Ilhabela ,78% Caraguatatuba ,03% Ubatuba ,06% Litoral Norte Total Regional ,16% Fonte IBGE, 2010, Secretaria do Meio Ambiente, SP, 2010; IBAMA,

6 Renda domiciliar Em 2010, Cubatão, um dos municípios mais ricos da região, apresentava a mais alta taxa (6%) de domicílios sem rendimento. Em Santos quase 50% dos domicílios registrava renda domiciliar maior do que 5 salários mínimos. Em todos os outros municípios esse percentual era no máximo de 24%. Classes de Rendimento Mensal Domiciliar 2010 Município Sem Até Entre Entre Mais renda 2 SM 2 e 5 SM 5 e 10 SM de 10 SM Bertioga 3,6 31,1 43,3 16,2 4,9 Cubatão 7,19 32,2 40,1 15,9 4,7 Guarujá 4,8 32,0 40,6 16,9 5,7 Itanhaém 5,1 39,5 38,2 13,3 3,9 Mongaguá 5,0 38,9 39,0 13,6 3,5,2 Peruíbe 5,2 39,5 36,7 13,3 5,2 Praia Grande 4,3 30,4 41,4 18,2 5,7 Santos 2,8 15,2 32,6 28,0 21,4 São Vicente 3,9 28,1 41,7 20,1 6,2 São Sebastião 2,9 31,4 41,7 16,9 7,0 Ilhabela 3,2 30,8 43,6 16,2 5,8 Caraguatatuba 4,3 33,4 40,5 16,0 5,8 Ubatuba 4,3 38,3 40,2 12,8 4,3 Fonte IBGE, 2010 Domicílios de uso ocasional É grande a concentração de domicílios de uso ocasional nos municípios do Litoral, chegando, em média, à metade dos domicílios em cada município. No centro da Baixada Santista Santos, Cubatão e São Vicente a maioria dos domicílios é ocupada por residentes. Guarujá e Praia Grande são exceções. O diagnóstico registrou um crescimento maior do número de domicílios de residentes permanentes do que os de uso ocasional, indicando a tendência de fixação da população. As exceções são Bertioga e Itanhaém. Os domicílios de uso ocasional concentram-se próximos à orla, com maior cobertura de infraestrutura urbana; os domicílios de uso permanente concentram-se mais nas áreas interiorizadas, com infraestrutura deficiente. Domicílios Particulares Ocupados, de Uso Ocasional e Vagos Fonte: IBGE 2010 (Pólis). 6

7 Assentamentos precários Todos os municípios estudados possuem assentamentos precários ocupados por população de baixa renda, caracterizados por irregularidade fundiária, situações de risco e por provisão insuficiente de infraestrutura urbana. As maiores concentrações desses assentamentos estão em Ubatuba, no Litoral Norte, e Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e Mongaguá na Baixada Santista. Parte significativa localiza-se em áreas de encostas, com altas declividades, na Zona de Amortecimento do Parque Estadual da Serra do Mar. Distribuição dos assentamentos precários Expansão urbana Apesar da redução no ritmo de crescimento populacional na região litorânea paulista, a população continua se expandindo, demandando a produção de novos espaços urbanos e o adensamento das áreas existentes. As áreas para expansão urbana são restritas, pois boa parte do território está inserida em unidades de conservação, ou em áreas de preservação permanente. O potencial de ocupação é mais restrito no centro da Baixada Santista (Santos, São Vicente, Cubatão e Guarujá) ampliandose entre Peruíbe, Mongaguá. No Litoral Norte, as maiores áreas para expansão urbana concentram-se em Caraguatatuba. Esses espaços, no entanto, em sua maioria integram as áreas de amortecimento do Parque Estadual da Serra do Mar e apresentam fragilidades geotécnicas, demandando um rígido controle sobre sua ocupação. Área com potencial para expansão urbana Verticalização As áreas urbanas da Baixada Santista, por serem mais antigas e consolidadas, apresentam locais com maior concentração de empreendimentos imobiliários verticais do que as áreas urbanas do Litoral Norte. Na Baixada Santista, Santos é o município que possui área urbana com maior verticalização (cerca de 60%). Em seguida, vêm os municípios do Guarujá, São Vicente, Praia Grande e Bertioga (com entre 6% e 7%). Nos demais municípios, o percentual fica abaixo de 3%. No Litoral Norte, Caraguatatuba é o único município com áreas urbanas verticalizadas. Essa verticalização do litoral paulista ocorre exclusivamente nos trechos localizados junto às praias, coincidindo com os locais caracterizados pela concentração de domicílios de uso ocasional, maiores níveis de rendimentos e maior valorização imobiliária. 7

8 Demanda habitacional A precariedade habitacional é um ponto crítico na realidade urbana do litoral paulista. Todos os municípios estudados apresentam déficits qualitativos (necessidade de melhoria nas moradias existentes) e quantitativos (necessidade de novas habitações). Segundo os Planos Locais de Habitação de Interesse Social (PLHIS), o déficit regional de novas moradias nos 13 municípios é de 94,3 mil domicílios, ou cerca de 11% do total existente. Os maiores déficits estão em Cubatão (36% dos domicílios totais), Caraguatatuba (17%) e São Vicente (16%). Já a demanda prioritária por novas moradias (que representa as necessidades mais prementes) foi estimada em domicílios, o que representa 6,60% do total de municípios da região. Déficit de domicílios Fonte: (PLHIS) das prefeituras. *Sem informação para Guarujá e Mongaguá. Meio Ambiente Unidades de Conservação Os 13 municípios do Litoral Paulista pertencem a região de domínio da Mata Atlântica e 64,25% do território regional estão inseridos em unidades de conservação. Dentre estas, destaca-se o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), a maior unidade de conservação da região, abarcando porções de todos esses municípios. A região também abriga parques nacionais, unidades de conservação municipais, uma importante área de preservação de mangues, principalmente na porção central da Baixada Santista, terras indígenas, Áreas de Proteção Ambiental Marinhas, além de áreas instituídas como Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Contudo, muitas destas unidades não possuem planos de manejo e mesmo as que os têm enfrentam entraves burocráticos, financeiros e de falta de recursos humanos. Há a necessidade de viabilização do uso público dessas unidades de forma a transformá-las em ativo ambiental voltado para a inclusão social. Irregularidade fundiária A irregularidade fundiária é um problema crítico nos parques estaduais, chegando a 100% em Ilhabela (PEIB) e 67% na Serra do Mar (PESM). As populações tradicionais, que ocupam essas áreas por gerações, criticam as restrições da legislação ambiental que proíbe suas práticas seculares de cultivo do solo, e demandam a criação de Reservas de Desenvolvimento Sustentável. As ocupações urbanas irregulares (de baixa, média e alta renda) em unidades de conservação e em suas zonas de amortecimento são intensas nos municípios do Litoral Norte e em Cubatão. Outras ameaças a essas unidades são a pesca, a caça e extração de palmito ilegais. APAs Marinhas As APAS Marinhas poderiam ser fortalecidas como vetor de desenvolvimento regional e local, apoio e difusão de práticas de manejo sustentável e incentivo ao conhecimento científico sobre esses ecossistemas contribuindo para a redução da pobreza das comunidades de pescadores artesanais. Há também baixa integração entre os governos Federal e Estadual em ações de planejamento e fomento à exploração econômica e fiscalização do mar, para resolver conflitos relacionados à maricultura, turismo marítimo versus pescadores, sobrepesca, pesca esportiva ilegal, trânsito marinho etc. 8

9 Mobilidade urbana Movimentos pendulares regionais O estabelecimento de polos regionais de emprego e serviços no Litoral tem grande efeito nas dinâmicas dos movimentos pendulares diários, principalmente entre os locais de moradia e trabalho. Nesta região, 20,8% da população sai diariamente do município em que reside para trabalhar em outro. Os municípios que mais exportam trabalhadores estão na Baixada Santista: São Vicente apresenta o maior percentual, 48,7%, seguido da Praia Grande, com 26,5%, e de Mongaguá, com 20,1%. Cubatão, apesar de contar com um polo industrial, tem 19,4% dos seus moradores ocupados trabalhando em outro município. local DE exercício DO TRABALHO PRINCIPAL 2010 Distribuição dos empregos Santos, com a maior densidade de empregos da região, é o município que mais atrai trabalhadores residentes em outras cidades. Nas cidades de São Vicente e Praia Grande, por exemplo, 15% da população ocupada leva entre 1 e 2 horas no deslocamentos para o trabalho, seja no próprio município ou em outro. Mobilidade urbana e regional Boa parte dos pontos críticos da mobilidade urbana e regional do litoral paulista encontra-se ao longo dos eixos rodoviários que atravessam e interligam os bairros urbanos. Esta configuração faz com que o tráfego local de automóveis, bicicletas e pedestres se misture com o tráfego regional e estadual de carros e caminhões problema que se agrava nos feriados e períodos de férias. Na Baixada Santista Os congestionamentos são freqüentes nas principais avenidas de Santos, São Vicente, Cubatão e Guarujá. Em Santos, as vias de acesso à cidade, a partir das Rodovias Anchieta (SP- 150) e Imigrantes (SP-160), que também servem de acesso ao Porto, recebendo grande quantidade de caminhões, são importantes pontos críticos. Gargalos e congestionamentos ocorrem também na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP entre o Porto de Santos e Peruíbe), e na Rodovia Dr. Manoel Hyppólito Rego Jr. (SP entre Ubatuba e o Porto de Santos). No Litoral Norte A Rodovia Dr. Manoel Hyppólito Rego Jr. se conecta à Rodovia dos Tamoios, na área urbana de Caraguatatuba, e à Rodovia Oswaldo Cruz, na área urbana de Ubatuba, recebendo tráfego de veículos vindos do Vale do Paraíba e da região de Campinas, agravando os problemas de mobilidade local e regional. Para evitar o agravamento desses gargalos viários com a ampliação do Porto de São Sebastião estão sendo propostos os chamados Contorno Norte e Contorno Sul, para interligar a Rodovia dos Tamoios ao Porto de São Sebastião e a Ubatuba e desviar o tráfego de caminhões das áreas urbanas centrais daqueles municípios. 9

10 Economia Desenvolvimento econômico para combater as desigualdades sociais Somando PIB regional de R$ 45,3 bilhões, os 13 municípios do litoral paulista apresentam distintos estágios de expansão econômica. 10 As atividades econômicas com maiores potenciais de crescimento em praticamente todos os municípios do Litoral Paulista estudados neste diagnóstico estão no turismo, na pesca, na indústria náutica, na construção civil e nas atividades imobiliárias. Destacam-se com grande peso as atividades portuárias sediadas em Santos e em São Sebastião, as ligadas à cadeia de petróleo e gás e nos setores de infraestrutura (portos, estradas, ferrovias, saneamento etc.). O desafio ao desenvolvimento do Litoral Paulista estaria na capacidade de especialização das economias municipais da região, que possibilite o aumento da produtividade e da agregação local de valor, fundamentais para a melhoria das condições de vida da população. PIB robusto O Produto Interno Bruto (PIB a soma das riquezas produzidas) dos 13 municípios do Litoral Paulista estudados compõem um PIB regional de R$ 45,3 bilhões e a um PIB per capita de R$ 19,2 mil. Santos responde por metade (49,7%) de todo o PIB regional e por uma das mais elevadas rendas per capitas do País (R$ 54 mil). Os 9 municípios da Baixada Santista produzem 88,2% do PIB da região, e os quatro do Litoral Norte respondem por 12,8%. No entanto, o PIB per capita médio das duas regiões é semelhante: R$ 19,4 mil para a Baixada Santista e R$ 18,8 mil para o Litoral Norte. A renda per capita do Estado de São Paulo é R$ 26,2 mil e a do Brasil é R$ 16,9 mil. PIB POR MUNICÍPIO Municípios PIB (Em R$ milhões) PIB per capita Santos , ,76 Cubatão 5.786, ,53 Guarujá 3.429, ,34 São Vicente 2.898, ,79 Praia Grande 2.780, ,95 Bertioga 665, ,11 Itanhaém 824, ,65 Peruíbe 614, ,18 Mongaguá 447, ,23 Baixada Santista , ,84 São Sebastião 3.043, ,51 Caraguatatuba 1.147, ,31 Ubatuba 843, ,04 Ilhabela 303, ,61 Litoral Norte 5.338, ,62 PIB Regional , ,08 Fonte: Fundação Seade; IBGE Valor adicionado duplica O Valor Adicionado (que é o valor que os bens e serviços adquirem no processo de transformação, deduzidos os custos dos insumos) passou de R$ 12,39 bilhões, em 1999, para R$ 30,39 bilhões, em 2009, um crescimento de 145,14%, abaixo da média estadual de 180,7%. VALOR ADICIONADO POR MUNICÍPIO Região Valor adicionado Taxa de (R$) VA (R$) milhões Crescimento per capita Peruíbe ,4% Itanhaém ,6% Mongaguá ,3% Praia Grande ,9% São Vicente ,7% Santos ,7% Cubatão ,2% Guarujá ,1% Bertioga ,5% São Sebastião ,9% Ilhabela ,0% Caraguatatuba ,6% Ubatuba ,9% Total Regional ,18% Estado SP ,7% Fonte: Fundação SEADE

11 Participação setorial Em termos de participação setorial no Valor Adicionado regional, o setor terciário (comércio e serviços) tem grande relevância na região, com exceção de Cubatão, onde é forte a participação (60%) da indústria por conta de seu Polo Petroquímico. Em geral, a região é marcada por baixo nível de industrialização, inexpressivo papel do setor primário (formal) e dependência relativa da administração pública. Em Itanhaém, Mongaguá, São Vicente, Guarujá, Ilhabela e Peruíbe, administração pública responde por cerca de 20% do total de riqueza na cidade. Linha da pobreza Cerca de 22,6% da população dos municípios estudados vivem com até ½ salário mínimo e 8,2% vivem na linha da indigência, com até ¼ de salário mínimo. Municípios Pobres* Indigentes** Abaixo da linha da pobreza Peruíbe 17,6 8,6 26,2 Itanhaém 15,6 11,2 26,8 Mongaguá 17,0 12,0 29,0 Praia Grande 14,0 8,0 22,0 São Vicente 12,9 7,6 20,5 Cubatão 15,1 11,1 26,2 Santos 5,6 4,1 9,7 Guarujá 16,0 8,7 24,7 Bertioga 15,3 7,5 22,8 São Sebastião 13,0 4,0 17,0 Ilhabela 13,0 6,5 19,5 Caraguatatuba 15,2 8,2 23,4 Ubatuba 16,9 10,3 27,2 Média Regional 14,4 8,2 22,6 Fonte: Portal ODM IBGE *: Renda familiar per capita inferior a 1/2 salário mínimo **: Renda familiar per capita inferior a 1/4 de salário mínimo Mercado de trabalho O comércio, os serviços e a administração pública são os setores que mais contribuem para a geração de emprego formal na região, com exceção de Cubatão, onde a indússtria responde por cerca de 30% do emprego, bem acima da média dos demais municípios. Na construção civil, a participação do emprego formal é mais acentuada em Cubatão e Caraguatatuba, com participação próxima dos 20% do total. A administração pública é fonte importante de emprego sobretudo em Mongaguá, Itanhaém, Praia Grande e Peruíbe, cujo setor responde por mais de 20% do total de postos de trabalho formais. Desocupação Em Cubatão, Praia Grande, Guarujá, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe as taxas de desocupação do mercado de trabalho são superiores tanto à média na RMBS (que já é elevada: 9,8%) quanto à do Estado (8,6%) e à do país (7,6%). Cubatão apresenta a maior taxa de desocupação, em contraposição ao fato de apresentar a menor taxa de informalidade. TAXA DE DESOCUPAÇÃO Fonte: IBGE, SIDRA Censo 2010 (Elaboração Própria) TAXA DE INFORMALIDADE (%) Informalidade A taxa de informalidade do mercado de trabalho (empregos sem carteira assinada e trabalhadores por conta própria) na região, varia de 23% em Cubatão a 55% em Peruíbe e 53% em Itanhaém e Mongaguá. Dos 13 municípios investigados, oito registram taxas de informalidade acima da média nacional (41%) estadual (33%). Fonte: IBGE, SIDRA Censo 2010 (Elaboração Própria). 11

12 Polos regionais e vetores de crescimento Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão formam um polo regional consolidado de comércio, serviços e indústria, com articulação industrial- -portuária-logística de importância nacional devido especialmente ao Porto de Santos e ao Polo Petroquímico de Cubatão. Concentra boa parte dos empregos na região e tem alto índice de urbanização. No Litoral Norte, São Sebastião e Caraguatatuba estão se constituindo como outro núcleo regional com a expansão das atividades da Petrobras e da ampliação do Porto de São Sebastião. Itanhaém também vem se constituindo como um polo complementar, tendência que pode se consolidar com a ampliação do seu aeroporto e heliporto, estratégicos para a exploração do pré-sal. Entre as principais cadeias produtivas da região, destacam-se a petroquímica e a de infraestrutura logística, já consolidadas, e a emergente cadeia de petróleo e gás, que abarcará parte das anteriores. Há também importantes cadeias de serviços voltados para o turismo e a construção civil. Produção imobiliária Os 13 municípios do Litoral Paulista estudados contabilizam pouco mais de 1 milhão de residências (IBGE - Censo de 2010). Praia Grande, Santos, Guarujá e São Vicente representam quase 2/3 desse total. Entre , a média de crescimento do estoque de residências da região foi de 19,4%. O Litoral Norte constitui a frente de produção residencial mais dinâmica da região (llhabela, com 50,2% de expansão; São Sebastião, com 31,5%; Ubatuba, 29,9%; e Caraguatatuba, com 24,4%) juntamente com Bertioga (72,6%), com destaque para a construção imobiliária voltada para segundas residências de alto padrão e de serviços de turismo. CRESCIMENTO DO ESTOQUE DE RESIDÊNCIAS Simon Townsley / Agência Petrobras Navio-plataforma Cidade de São Paulo, recém construído, em fase de testes para operar na Bacia de Santos Fonte: IBGE Pólis. Petróleo e gás A descoberta e o início da exploração da camada do pré-sal mobiliza um amplo leque de fornecedores para a cadeia de petróleo e gás suprimento de navios, sondas, plataformas, equipamentos offshore e inshore, serviços de logística, de transportes, de hospedagem etc. O desafio dos municípios da região está em identificar potencialidades capazes de inseri-los nessa cadeia produtiva. Santos capitaneia essa indústria, contando com mais de 16,5 mil unidades produtivas relacionadas, direta ou indiretamente, à essa cadeia. Unidades relacionadas à cadeia de Petróleo & Gás 12 Fonte: IBGE CNAE 2010.

13 Infraestrutura e Serviços Oferta desigual de serviços públicos O litoral apresenta carências significativas em esgotamento sanitário, saúde, educação e segurança pública Saneamento A cobertura das redes de esgoto ainda é bastante insuficiente na maioria dos 13 municípios do Litoral Paulista. Os maiores déficits são registrados em Ilhabela, Itanhaém, Ubatuba, Bertioga e Mongaguá, cujas redes não alcançavam 35% do total de seus domicílios, lançando a maior parte de seus esgotos em fossas sépticas nem sempre adequadas. Santos é o município do país com a melhor cobertura, com sua rede alcançando quase 100% dos domicílios. Em relação às redes de abastecimento de água, apenas São Sebastião e Ubatuba apresentavam cobertura menor do que 80% de seus domicílios. As áreas com menor oferta desse serviço se localizam nas regiões mais distantes da orla, onde se concentra boa parte dos assentamentos precários e também os domicílios com moradores de menor renda. Domicílios ligados à rede de água e esgoto Resíduos sólidos Fonte: Censo IBGE, 2010 A média de geração de resíduos sólidos nos municípios do Litoral Paulista é de 1 quilo por habitante por dia no conjunto dos 13 municípios, próxima da média nacional (1,1 kg/hab/dia), com a geração média de 2 mil toneladas de resíduos sólidos domiciliares por dia na região. Na alta temporada, esse volume pode duplicar e, em alguns casos, triplicar, demandando maior infraestrutura e aumento nos gastos públicos para garantir a coleta dos resíduos. O custo per capita de R$ 170,00 por habitante por dia para o serviço fica bem acima da média nacional de R$ 70,00. Quatro aterros servem a 12 municípios e localizam-se fora da região em Mauá, Tremembé, Santa Isabel, o que implica em custos maiores e dependência de operadores privados. Santos é o único município que tem aterro sanitário no seu território. Foram identificadas 11 cooperativas e associações de catadores na região que realizam a coleta seletiva, cujos sistemas ainda são operados pelas prefeituras, embora a Política Nacional de Resíduos sólidos responsabilize a iniciativa privada geradora pela coleta. Dos treze municípios analisados apenas Santos e Bertioga elaboraram Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS. Segurança alimentar Os 13 municípios do Litoral dependem muito de alimentos de fora da região, ainda que persista, em alguns deles, a produção para o auto consumo assegurada pela pesca e agricultura. Com isso, vem ocorrendo alterações significativas nos hábitos alimentares locais, com aumento do consumo de produtos industrializados pouco nutritivos, com elevados teores de gordura, óleos, açúcares e sal, em detrimento dos produtos regionais, como o pescado. Em termos de gestão pública, os programas de segurança alimentar e nutricional nos municípios são predominantemente (40%) federais (Bolsa Família, Alimentação Escolar e SISVAN e outros em editais), seguidos pelos estaduais (33%), municipais (25%). A maioria dos programas (60%) atua no eixo de acesso à alimentação, 23% na produção e abastecimento, e 14% no eixo da saúde. Entre os grandes desafios a serem enfrentados está a degradação da cultura alimentar local; a diminuição da produção da agricultura familiar e a das comunidades tradicionais (incluindo pescadores); a insuficiência de equipamentos públicos de abastecimento; o preço dos alimentos e os índices de sobrepeso e de obesidade na população. 13

14 Saúde Com oferta hospitalar insuficiente na maioria dos 13 municípios do Litoral, com exceção de Santos e Itanhaém, a região enfrenta desafios para melhorar seus índices de mortalidade infantil, as deficiências da rede de atenção básica de saúde e a baixa cobertura da Estratégia de Saúde da Família. Na Baixada Santista, Santos apresenta a maior taxa de cobertura de planos privados de saúde (63,4%), e Mongaguá, a menor (12%). No Litoral Norte, Caraguatatuba tem 22,2% de cobertura e Ilhabela 7,8%. Em relação às internações hospitalares, as maiores carências foram registradas em Mongaguá, onde 50,2% das internações da população local ocorreram fora do município, em Em Santos, 67,3% das internações locais eram de pacientes de fora do município, em Itanhaém esse percentual alcançou 8,5%. Apesar de mais ricos, os municípios da Baixada Santista apresentam as mais altas taxas de mortalidade infantil do Estado. TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL Estado 15,0 13,3 11,9 11,6 São Sebastião 15,2 11,2 13,8 6,4 Ilhabela 20,1 14,8 10,2 16,9 Caraguatatuba 18,4 16,3 18,4 11,3 Ubatuba 19,5 16,6 12,6 12,6 Santos 18,0 15,8 13,9 13,0 São Vicente 23,5 20,9 19,1 19,5 Cubatão 23,2 16,5 8,6 14,1 Guarujá 22,6 17,6 19,2 23,1 Bertioga 23,2 14,1 8,4 14,8 Praia Grande 22,8 14,8 12,4 13,6 Mongaguá 27,0 9,1 22,2 10,1 Itanhaém 21,7 22,7 14,5 14,1 Peruíbe 15,4 23,3 8,3 20,7 Fonte: SESSP/FSEADE Segurança pública Cubatão, um dos municípios com o maior Produto Interno Bruto do Litoral Paulista, lidera o ranking de criminalidade na Baixada Santista, seguido por Ubatuba, no Litoral Norte, em várias categorias, segundo dados de 2011 do Deinter (SSP-SP). Na Baixada Santista, Cubatão lidera em homicídios (cerca de 18 homicídios por mil habitantes) e em roubo (950/1000). Os furtos foram mais frequentes em Itanhaém (cerca de 175/1000). No Litoral Norte, Ubatuba lidera a taxa de homicídios (cerca de 14 por mil), seguido por Caraguatatuba (cerca de 13 por mil). São Sebastião é o primeiro em roubo, com cerca de 180 ocorrências por mil habitantes. Baixada Santista Litoral Norte Educação O sistema de Educação nos 13 municípios do litoral paulista, incluindo as redes estadual, municipal e privada, registrou, em 2011, cerca de 500 mil matrículas na educação básica. Destas, 57,5% foram no ensino fundamental, 17% na educação infantil, 17% no ensino médio, 5% na educação de jovens e adultos e 3,5% na educação profissional. Entretanto, as creches públicas acolhiam apenas a quinta parte das 104 mil crianças de zero a três anos da região; mais de 17 mil crianças de 4 e 5 anos ainda não tinham acesso à pré-escola e outras 17 mil crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos estavam fora das escolas. O analfabetismo alcança 64 mil pessoas com mais de 15 anos. No Ensino Superior (presencial de graduação), foram contabilizadas mais de 44 mil matrículas, em 2010, cerca de 50% de uma demanda estimada em 87,6 mil pessoas e apenas 6,5% dessas matrículas em instituições públicas. População não alfabetizada (com 15 anos ou mais 2010) Município Quantidade % Caraguatatuba ,72 Ilhabela ,31 São Sebastião ,86 Ubatuba ,82 Bertioga ,47 Cubatão ,33 Guarujá ,11 Itanhaém ,85 Mongaguá ,86 Peruíbe ,23 Praia Grande ,16 Santos ,23 São Vicente ,20 Total ,70 (média) Fonte: IBGE. 14

15 Diversidade e riqueza cultural A coexistência secular entre índios, caiçaras, quilombolas, migrantes de diferentes regiões do Brasil e imigrantes europeus forma o caldo cultural presente na maioria dos municípios do litoral paulista. Na região, há 11 terras indígenas (nove na Baixada Santista e três no Litoral Norte),5 quilombos (todos em Ubatuba) e diversas comunidades caiçaras, algumas fortemente constituídas, como em Ilhabela e Guarujá, outras mais fragmentadas. Nas 13 cidades, há também valioso acervo histórico, com fortes, museus, igrejas, casarios, e grande patrimônio ambiental. Manifestações tradicionais e contemporâneas se espalham pela região. No Litoral Norte, des- Mariana Romão taca-se a Festa de São Benedito, em Ilhabela, com a Congada e a Festa Indígena, em Bertioga. No Litoral Sul, eventos como o Curta- Santos, de cinema, os festivais de Dança e Teatro, e a celebração do nascimento da cidade em São Vicente, para citar algumas. Festa de São Benedito, Congada de Ilhabela SP Mais recentemente, a cultura vem ganhando relevância para além da realização de shows de verão ou de atividades lazer e entretenimento para turistas. Há uma crescente demanda local por espaços e equipamentos culturais descentralizados e por melhor qualificação das ações, das políticas e da participação cultural. Os Pontos de Cultura desenvolvem importante papel no fortalecimento e difusão da cultura local. Permanecem, contudo, muitos desafios para a gestão da cultura na região, como maior integração regional de ações, democratização e valorização da gestão pública, a criação de alternativas de geração de renda através da cultura como a articulação cultura-turismo-meio ambiente com repercussões mais amplas no desenvolvimento local. Falta também uma política que valorize a diversidade cultural e crie condições para que as comunidades tradicionais achem seu espaço no processo de desenvolvimento no Litoral, sob pena de enfraquecerem e desaparecerem. Distribuição das Comunidades Tradicionais Gestão Em relação à estrutura de gestão, os municípios do Litoral Norte já aderiram ou estão em processo de adesão ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), as secretarias ou órgãos responsáveis pela Cultura são mais consolidados, com maior número de funcionários. Na Baixada Santista a situação é mais diversificada. Cubatão, Guarujá e Peruíbe já aderiram ao SNC, Praia Grande e São Vicente estão em processo e os demais não aderiram. No entanto, os elementos que representam essa adesão (Conselho, Conferência, Fundo e Política Municipal de Cultura) ainda estão em constituição na maior parte dos municípios. Santos embora não tenha aderido, tem uma forte estrutura de gestão, contando com equipamentos públicos, ações culturais, funcionários e orçamento. 15

16 Gestão e Legislação Regulamentação do território Municípios do Litoral podem se beneficiar da legislação urbanística brasileira que garante incentivos, como acesso a recursos federais, para a gestão regionalizada e integrada das políticas públicas Os territórios dos municípios do Litoral Paulista abarcam a Mata Atlântica, a Serra do Mar e a Zona Costeira, considerados patrimônio nacional pela Constituição Federal. A União, os Estados e os municípios regulam esses territórios do ponto de vista urbanístico e ambiental por meio de leis, decretos, portarias e resoluções, para lidar com a intensificação da urbanização das cidades litorâneas, com seu crescimento horizontal e vertical. Os municípios do Litoral estão articulados nas regiões metropolitanas da Baixada Santista, São Vicente, Guarujá, Cubatão, Praia Grande, Peruíbe, Mongaguá, Itanhaém e Bertioga e a do Vale do Paraíba e Litoral Norte Ubatuba, Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba. Foram instituídas também diversas unidades de conservação federais, estaduais e municipais na região, com destaque para o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), a maior área de proteção integral do litoral brasileiro, cujo plano de manejo institui várias zonas e estabelece uma série de diretrizes de uso e ocupação do solo. Além das unidades de conservação, vários outros espaços do litoral são protegidos por legislação ambiental contida no novo Código Florestal, na Lei da Mata Atlântica e na Política Nacional e Estadual de Mudanças Climáticas. Já o Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE) estabelece diretrizes de uso e ocupação para os municípios. O ZEE do Litoral Norte está em processo de revisão e o ZEE da Baixada Santista, por sua vez em elaboração. Integração metropolitana Outro instrumento de gestão e planejamento da Zona Costeira é o Projeto Orla, que visa elaborar um plano compartilhado entre União, Estado e municípios de intervenção na orla marítima. Por fim, a legislação urbanística brasileira recente garante uma série de estímulos e incentivos, bem como a prioridade de acesso a recursos federais, para a gestão regionalizada e integrada das políticas públicas. É o que estabelecem as diretrizes da Política Nacional de Saneamento, de Resíduos Sólidos, de Mobilidade Urbana e a Lei dos Consórcios Públicos, entre outras. CONTAS PÚBLICAS Os nove municípios da Baixada Santista arrecadaram R$ 4,7 bilhões, em 2010, resultando em receita média per capta de R$ 2,8 mil, acima da média estadual de R$ 2,2 mil (Finbra 2010 STN). Lideraram em arrecadação as cidades de Santos, com R$ 1,3 bilhão; Cubatão, com R$ 797 milhões; Praia Grande, com R$ 688 milhões; Guarujá, com R$ 684 milhões; e São Vicente, com R$ 567 milhões. Destaque para a receita per capita de Cubatão, de R$ 6,7 mil (a maior do litoral), e de Bertioga, de 4,3 mil, que ficaram acima da de Santos, de R$ 3,3 mil, e de todos os outros da Baixada Santista. No Litoral Norte, os quatro municípios arrecadaram R$ 966,1 milhões, em 2010, resultando em receita média per capta de R$ 3,4 mil, acima da média estadual de R$ 2,2 mil (Finbra 2010 STN). São Sebastião teve receita per capita de R$ 5,6 mil, a maior do Litoral Norte, seguida pela de Ilhabela, de R$ 3,4 mil. Receita Orçamentária Município Total Per capita R$ milhões R$ mil Baixada Santista Cubatão 797,0 6,7 Bertioga 205,0 4,3 Santos 1.384,5 3,3 Praia Grande 688,1 2,6 Guarujá 684,2 2,3 Peruíbe 140,6 2,3 Mongaguá 107,6 2,3 Itanhaém 196,2 2,2 São Vicente 567,5 1,7 Baixada Santista 4.771,1 2,8 Litoral Norte Caraguatatuba 269,3 2,6 Ilhabela 98,0 3,4 São Sebastião 419,0 5,6 Ubatuba 179,7 2,2 Litoral Norte 966,1 3,4 Estado SP ,8 2,2 Fonte: FINBRA 2010 STN Boletim Regional nº 2 Tiragem 3000 exemplares Impressão D Lippi Design+Print Instituto Pólis Rua Araújo, 124, Centro CEP São Paulo SP Brasil Tel.: Fax: O boletim Litoral Sustentável é uma publicação do Instituto Pólis Jornalista responsável Luci Ayala Redação e edição Luiz Gonzaga Produção Diogo Soares Direção de arte Renata Alves de Souza 16 litoralsustentavel@polis.org.br

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