A DISCIPLINA NA PEDAGOGIA DE KANT - UMA CONTRIBUIÇÃO MODERNA PARA A DISCUSSÃO DE PROBLEMAS CONTEMPORÂNEOS

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1 A DISCIPLINA NA PEDAGOGIA DE KANT - UMA CONTRIBUIÇÃO MODERNA PARA A DISCUSSÃO DE PROBLEMAS CONTEMPORÂNEOS THE PEDAGOGY IN THE DISCIPLINE OF KANT - A CONTRIBUTION TO MODERN DISCUSSION OF CONTEMPORARY ISSUES Paulo Francisco de Oliveira RESUMO Uma das críticas mais temidas atualmente pelos professores é a de autoritarismo. Ser autoritário está associado à repressão, métodos de ensino tradicionais, disciplina militar, enfim ao período da ditadura, no qual os estudantes não tinham nem voz nem vez. Com medo dos antigos fantasmas, os educadores ou evitam ou se constrangem ao falar do papel da disciplina no contexto pedagógico. Fugindo de uma educação escravizante e subserviente, deparamo-nos hoje na escola com os problemas de desordem e de transgressão de limites. Foi-se de um extremo a outro. Levando em conta esse contexto trazemos para a discussão o pensamento do filósofo alemão, do século XVIII, Immanuel Kant. Para ele, a disciplina exerce um papel fundamental no processo educacional. Procurando esclarecer e justificar essa posição, deter-nos-emos em alguns momentos de sua teoria pedagógica, estabelecendo vínculos com o restante de sua filosofia. Mostraremos como, para Kant, a disciplina é condição necessária para a autonomia do sujeito enquanto agente moral. PALAVRAS-CHAVES: DISCIPLINA; PEDAGOGIA; EDUCAÇÃO ABSTRACT One of the most dreaded by teachers today is to authoritarianism. Be authoritarian is associated with repression, traditional teaching methods, military discipline, in short the period of dictatorship, in which the students had no voice or no time. Afraid of the old ghosts, the educators or prevent or hamper is the talk of the role of discipline in the educational context. Fleeing from an education and subservient slave, we are currently in school with the problems of disorder and transgression of limits. It's gone from one extreme to another. Taking into account this context we bring to discuss the thought of German philosopher of the eighteenth century, Immanuel Kant. He says the discipline has a key role in the educational process. Seeking to clarify and justify that position, we will hold in some moments of his pedagogical theory, establishing links with the rest of Trabalho publicado nos Anais do XVII Congresso Nacional do CONPEDI, realizado em Brasília DF nos dias 20, 21 e 22 de novembro de

2 his philosophy. We'll show you how to Kant, the discipline is a necessary condition for the autonomy of the subject as a moral agent. KEYWORDS: DISCIPLINE, PEDAGOGY, EDUCATION INTRODUÇÃO Na atual conjuntura, o sistema educacional (principalmente no ensino público) enfrenta sérios problemas, no que diz respeito ao seguimento de regras e da indisciplina por parte dos alunos. Fugindo de uma educação escravizante e subserviente, hoje, na escola, os problemas de desordem e transgressão de limites são constantes, podendo dizer que caminhamos de um extremo a outro. No intuito de trazer uma contribuição moderna para uma discussão contemporânea, é pertinente, neste contexto, colocar em pauta o pensamento do filósofo alemão, do século XVIII, Immanuel Kant. Para Kant, homem é a única criatura que precisa ser educada. diferentemente dos outros animais que, logo que começam a sentir suas forças (graças a um impulso instintivo) usam-nas da maneira mais conveniente, Kant sempre atribuiu grande importância à pedagogia. Segundo ele, a pedagogia é o problema mais árduo e grave que o homem pode propor-se. Antes de qualquer coisa, deve-se considerar que a educação está estreitamente ligada à formação moral. Desse modo, educar moralmente uma criança é despertar a consciência da lei moral que está dentro dela mesma. Somente assim é afirmado que, no futuro, ela tenha a possibilidade de ser um sujeito autônomo e moral. No presente trabalho, será feita uma caracterização geral de alguns aspectos da Filosofia Prática de Kant, no intuito de mostrar que o conceito de disciplina desempenha um papel central, vinculando as questões pedagógicas e morais de sua filosofia. Para tanto, a exposição acentua a idéia de que a disciplina é a capacidade para contrapor-se à pretensão imediata da inclinação. Em outros termos, a disciplina pode ser definida como a condição necessária, mas não suficiente para o agir moral do homem. I. A PEDAGOGIA KANTIANA A educação do homem faz parte das grandes preocupações de Kant, pois segundo ele, os homens só poderiam ser felizes na medida em que se tornassem morais e sábios, o que somente seria possível por meio da educação. Sendo que a felicidade aqui deve ser entendida como um máximo de bem estar no nosso estado presente e em toda a nossa condição futura. Contudo, Kant discorda que a felicidade seja associada à satisfação de 4832

3 todos os nossos desejos e inclinações, pois a vida moral torna-nos dignos de ser felizes, mas não constitui a felicidade em si, sendo felicidade e bondade coisas bem distintas. Todo o ser humano tem o desejo da felicidade, porém não deve sobrepor esse desejo ao cumprimento do dever, de forma que se o dever fosse subordinado à felicidade, a atitude moral estaria transformando-se num ato interesseiro. Nem sempre o bem estar está relacionado ao bem fazer. Com efeito, uma pessoa moral é aquela que faz uso continuado da boa vontade para dar prioridade ao sumo bem. A noção de boa vontade apresenta-se como centro da filosofia moral kantiana, porque é a única coisa que pode ser considerada boa, sem quaisquer restrições, ela quem distingue um ato virtuoso de um ato mau. Ora, Kant uma distinção entre a boa vontade da felicidade, mas não as opõe. A boa vontade conduz sempre à virtude, mas o bem estar pode conduzir ao vício. A primeira torna-nos dignos da felicidade esta última deve estar sempre associada à virtude. Quando isso acontece, estamos diante do supremo bem. A moral kantiana entende que não basta ser virtuoso para alcançar a felicidade nem tão pouco basta procurar a felicidade para se ser virtuoso. A prática da virtude gera um contentamento de si, que se assemelha à felicidade e que é muito superior àquilo que sentimos quando nos limitamos a ser escravos das nossas inclinações e das nossas paixões, que podem darnos um prazer momentâneo, mas deixam, muitas vezes, um vazio ainda maior do que aquele que se julgou preencher. Essencialmente, a lei moral tende a afastar o homem dos seus instintos e das suas inclinações naturais. O verdadeiro bem consiste então na união da virtude e da felicidade, mas é sempre a virtude que constitui o elemento principal. Para se ser digno da felicidade é necessário ser-se virtuoso e a virtude baseiase na autonomia da razão. Terá de ser, portanto, desinteressada e não pode depender de nenhuma autoridade externa, tão pouco se condicionada pelo medo ou pelo interesse. O filósofo então define o homem filosoficamente pela necessidade da educação, ou seja, para que o homem se distinga das demais criaturas, é preciso que adquira aquilo que moralmente o torna homem, a educação. A formação e transformação do homem são atribuídas à educação, que tem a incumbência de proporcionar os meios adequados para o exercício de sua liberdade, autonomia e humanidade. Pela capacidade que sua condição humana lhe permite de vir a ser muitas coisas, a tendência do ser humano é estar sempre transpondo limites e desfrutando de todas as qualidades naturais que por excelência pertencem à humanidade e, por isso têm necessidade de utilizar-se de sua razão, sua liberdade. Uma vez que o homem só age moralmente porque é livre, porque a razão é quem vai determinar a conduta, não havendo forças exteriores, mas sim uma consciência moral indicando que o indivíduo tem que agir de tal maneira para garantir a ordem universal na convivência humana. A educação é o motor propulsor para o progresso histórico e o desenvolvimento histórico-social, na medida em que a destinação natural do homem não decide a sua essência, e por isso se faz necessário que seja educado não um indivíduo de forma isolada, mas tendo em vista a humanidade de maneira global, educando-se a espécie e não um homem no singular, realizando-se um processo contínuo, a logo prazo, que deve ser transmitido de geração a geração. Educar implica em civilizar, atividade imprescindível à condição humana e, somente dispondo de um sistema educacional adequado é que se pode pensar em progresso universal, pois a educação é que livra os homens do espírito servil, uma vez que a 4833

4 ignorância é companheira da escravidão. Através desse processo emancipatório, homem então se torna o autor de seu destino, sendo o único responsável por sua história, não devendo atribuir a qualquer outra fonte, a sua destinação. Daí a necessidade de instruirse o homem para que este seja capaz de um convívio social, conduzido à maioridade por meio da educação, tornando-o capaz de pensar e decidir sozinho, agindo agora não por inclinações externas, mas por sua razão que adquiriu uma formação moral no decorrer do processo educativo Estágios e subdivisões da Educação Kant, inicia a obra Sobre a Pedagogia afirmando que "o ser humano é a única criatura que precisa ser educada"[1]. Segundo ele, o homem não pode se tornar um verdadeiro homem senão pela educação, sendo o indivíduo aquilo que a educação o torna.ao contrário do animal que, pelo seu instinto, desde que nasce já é tudo o que pode vir a ser, o homem originariamente não é nada, embora tenha sempre a possibilidade de vir a ser múltiplas coisas, e por ser detentor exclusivo da liberdade tem uma multiplicidade infinita de caminhos para seguir. Isso significa dizer que o homem em si mesmo não é nada, mas pela sua liberdade pode tornar-se infinitas coisas. Por não ser capaz de desenvolver sozinho suas potencialidades, o ser humano necessita ser moldado pela educação para que possa vir a utilizar as suas possibilidades infinitas. A educação sob a perspectiva kantiana implica fundamentalmente em dois momentos, que são a disciplina, o que ele vai chamar de parte negativa e, a instrução, parte positiva da educação. Diferente dos demais animais, cuja finalidade da existência está préestabelecida pela natureza, o homem deve estabelecer por si mesmo o projeto de sua existência e, para isso ele não pode abrir mão da racionalidade. Por não conseguir fazer isso por conta própria e de modo imediato, torna-se indispensável a presença do outro que tenha sido educado e o eduque. A saber, uma geração educa a outra no intuito de desenvolver as disposições naturais existentes no ser humano, o qual ainda não possui a noção de moralidade. Estas disposições, entretanto, só podem ser desenvolvidas em seu pleno sentido visando à espécie humana como um todo, de forma que a espécie humana é obrigada a extrair de si mesma pouco a pouco, com suas próprias forças, todas as qualidades naturais, que pertencem à humanidade. Uma geração educa outra. Conforme nos afirma o autor, a educação pode ser entendida sob duas perspectivas fundamentais: Educação Física e Educação Prática ou moral. Com efeito, a física é aquela que se preocupa com a formação de hábitos de higiene, cuidados com a saúde e conservação do corpo. A educação prática ou moral é aquela em que a formação do caráter se torna a preocupação fundamental. Ele atribui à educação o papel de desenvolver a racionalidade da natureza humana, já que o ser humano é uma criatura indeterminada, passiva tanto de desenvolver e aperfeiçoar as suas potencialidades naturais, como de adquirir novas habilidades, determinando-se a si mesmo ao longo e sua existência. Entretanto, não há como falar-se em educação kantiana sem falar-se em moralidade, visto que para o filósofo, a condição para uma vida em sociedade está em derivar da razão as leis morais que determinam as ações humanas. Então Kant introduz os princípios de sua filosofia moral à sua proposta educacional, a qual possui como princípio e fim uma moralidade autônoma. Mas adverte que para alcançar essa autonomia de pensamento é necessário que o homem se habitue a desde criança, agir 4834

5 segundo máximas e para isso descreve em Sobre a Pedagogia os estágios e divisões do processo educativo Educação Física A Educação física consiste propriamente nos tratos maternais prestados às crianças pelos pais ou babás. Ela não denomina simplesmente nosso físico, como nosso corpo, por exemplo, mais ainda com referência physis dos gregos, que diz respeito à totalidade da natureza. O cuidado consiste no primeiro estágio da educação, abrangendo o primeiro estágio da vida humana. A maior parte dos animais requer nutrição, mas não necessita de cuidados que implica em não deixar que faça uso nocivo de suas forças. Mas o homem, no entanto, precisa de ambos. Aqui Kant refere-se ao cuidado que os pais devem ter com os filhos para que estes não venham a fazer qualquer uso prejudicial de suas forças. Ele descreve a maneira correta de lidar com os bebês incluindo a alimentação, a forma de vestir e até de ninar a criança. Já o segundo estágio da educação é a disciplina ou treinamento, que vai transformar a animalidade em humanidade. Não que se vá extinguir a animalidade natural do ser humano, mas disciplinar significa aqui evitar que a animalidade venha causar danos à humanidade. O autor chama à atenção para que a disciplina não seja entendida como uma forma de tornar as crianças escravas, mas sim faça com que elas se sintam livres, porém com a noção de que sua liberdade não deve ultrapassar à dos outros. Ressalta ainda o autor o fato de alguns pais se irritarem com perguntas que freqüentemente as crianças fazem e as repelem ou ainda, negam tudo aos filhos a fim de discipliná-los. E isso é totalmente negativo para a sua formação, tendo em vista que crianças não têm nenhuma noção de vergonha ou conveniência. Então essas repressões só servirão para tornar a criança tímida, com receio em conversar com os pais ou responsáveis e insegura. Ao invés de querer estar sempre próximo dos pais, elas vão buscar auxílio com outras pessoas e acabam aprendendo as coisas de maneira errada. Ao contrário, os pais têm que mostrar à criança que ela não irá conseguir nada por meio de gritos ou chantagens emocionais. O que significa dizer que se ela for educada de modo que nada possa conseguir gritando, ela se torna livre, sem ficar sem vergonha e, modesta, sem ser tímida.não se deve negar tudo aos filhos, exigindo um exercício de paciência, antes convém orientá-los para que eles se acostumem a agir sempre de modo socialmente aceito. Trata-se de fazer com que a vontade da criança aprenda a curvar-se diante dos obstáculos naturais, devendo desde cedo incentivá-la a agir sob máximas de ação, a princípio na família, na escola e, posteriormente na sociedade na qual está inserida Educação Prática A Educação prática é aquela pela qual o homem deve ser formado a fim de que possa viver como um ser que age livremente, abrangendo o que Kant chama de cultura positiva, que inclui a habilidade, prudência e moralidade. 4835

6 A cultura compõe o terceiro estágio da educação. É através da cultura que o homem se distingue dos demais animais. A cultura é também denominada por Kant como a obtenção de habilidades, sendo estas consideradas obtidas quando as pessoas alcançam com sucesso todos os seus fins escolhidos. Entretanto, o autor ressalta que para o desenvolvimento da habilidade a primeira e principal regra é dispensar ao máximo o uso de instrumentos pela criança, pois o uso de instrumentos causa danos à habilidade natural. Então Kant recomenda que se dispensem os carrinhos ou "andadeiras" para a criança, deixando assim que ela exercite sua própria habilidade de andar. Deve-se evitar também que sejam utilizados instrumentos para calcular, medir distâncias, espaço ou tempo. Até mesmo nas práticas lúdicas, devem ser introduzidas atividades que desenvolvam as potencialidades da criança, permitindo assim que esta exercite seu raciocínio, bem como desenvolva o uso voluntário dos órgãos dos sentidos. É preciso que desde o início se utilize poucos instrumentos para permitir que a criança desenvolva sua habilidade natural, aprendendo as coisas por si mesmas, pois quanto mais são utilizados os meios artificiais, tanto mais o homem ficará dependente deles. Ainda em relação à cultura, é feita uma distinção entre cultura geral e um outro tipo de cultura que o autor chama de civilização, forma de cultura tem como finalidade, não somente a habilitação, mas também a prudência. A prudência forma o quarto estágio da educação, consistindo na faculdade de uma pessoa utilizar-se de suas habilidades de um modo socialmente aceito para alcançar seus objetivos. O filósofo define que os pré-requisitos de uma pessoa civilizada são os comportamentos socialmente aceito e a capacidade de ser pragmático, isto é, a prudência através da qual o homem utiliza-se das habilidades de ouros seres humanos para o seu propósito final. Refere-se à capacidade do homem de interagir com outros da mesma espécie. Por fim, o autor trata da moralização. Na verdade, para Kant todas as etapas da educação visam basicamente à moralização, que implica na formação de caráter. E caráter na perspectiva kantiana implica na aptidão que o ser humano possui de agir em consonância com máximas que inicialmente são estabelecidas na família e na escola e em seguida na sociedade. Isso porque Kant, acredita na educação moral como pressuposto da confiabilidade entre as relações que os indivíduos da mesma espécie mantêm entre si, onde "os homens que não se pospuseram certas regras não podem inspirar confiança; não se sabe como se comportar com eles". Entretanto, para que o homem tenha essa inclinação para agir de acordo com máximas, é necessário que desde cedo a criança seja incentivada a obedecer leis, estabelecendo-se a princípio horários para brincar, trabalhar, dormir, estudar, etc. De maneira que as determinações apresentadas à criança, jamais sejam revogadas Nosso filósofo concorda com alguns docentes quando estes afirmam que as orientações devem ser apresentadas ás crianças de maneira que elas as cumpram por inclinação. Porém, ele adverte que muitas orientações devem ser apresentadas a elas como dever. Embora o filósofo admita que o entendimento absoluto do discente sobre o agir como dever somente será possível ao longo do tempo. A obediência cega da criança deve, desde que possível, ceder lugar à obediência voluntária do adolescente, que reconhece o dever de obedecer à lei moral. 4836

7 II. ADESTRAMENTO E LIBERDADE Um dos maiores problemas da educação é o poder de conciliar a submissão ao constrangimento das leis com o exercício da liberdade. Na verdade, o constrangimento é necessário [2]. O ideal, nesse caso, é que se formasse na criança a idéia de um autoconstrangimento. Pois, conforme consta na Introdução à Doutrina da virtude, o conceito de dever já é o conceito de um constrangimento (coação) de livre escolha através da lei [3]. A palavra adestramento significa, de um modo geral, simplesmente treinar ou domesticar. Entretanto, segundo Kant, o homem pode ser ou treinado, instruído mecanicamente, ou ser em verdade ilustrado. Treinam-se os cães e os cavalos; e também os homens podem ser treinados. (...). Entretanto, não é suficiente treinar as crianças; urge que aprendam a pensar [4] de modo que aprendam a ser livres. De fato, se quisermos considerar a humanidade do ponto de vista da natureza do homem, a fim de que o verdadeiro homem se realize e se tornem manifestas aquelas altas prerrogativas que o distinguem do animal (a razão e a liberdade), é necessário educá-lo, uma vez que o homem somente se realiza plenamente através da educação. Mas que fique claro, que educar e adestrar são duas coisas completamente distintas. III. EDUCAÇÃO NEGATIVA E EDUCAÇÃO POSITIVA A educação, segundo Kant, compreende os cuidados e também a formação das crianças. No primeiro caso, ela diz mais respeito à disciplina, no que tange às regras para corrigir defeitos. Nesse caso, ela pode ser chamada de educação negativa e, portanto, sempre diz respeito à privação de alguma coisa, e indica necessariamente o que não se deve fazer. Ela se baseia, pois, em um constrangimento exterior. A educação negativa não consiste em negar a educação posterior. Absolutamente, é justamente devido ao pendor à liberdade que se precisa o mais cedo possível, disciplinar o homem e polir sua rudeza. (...). Prepara-se então, através da 4837

8 coerção, o exercício de um arbítrio verdadeiramente livre [5]. Segundo consta na Crítica do Juízo, a cultura da disciplina Zucht (Diszplin) é negativa e consiste na libertação da vontade em relação ao despotismo dos desejos, pelos quais nós nos prendemos a certas coisas da natureza e somos incapazes de escolher por nós mesmos, enquanto permitimos que os impulsos sirvam para nos prender, os quais a natureza nos forneceu como fios condutores para não descurarmos em nós a determinação da animalidade ou não a ferirmos, já que somos até suficientemente livres para a atrair ou abandonar, prolongá-la ou encurtá-la, segundo aquilo que exigem os fins da razão. No que se refere à educação positiva, referente à instrução e ao direcionamento, ela sempre está relacionada à cultura. O direcionamento é a condução prática daquilo que foi ensinado [6]. Aqui, nasce a diferença entre o professor e o governante. O primeiro ministra a educação da escola; o segundo a da vida. (...). No primeiro momento o constrangimento é mecânico; no segundo, é moral [7]. IV. PEDAGOGIA ESCRAVIZANTE E PEDAGOGIA LIBERTADORA Disciplinar não é submeter a criança à escravidão. Além do mais, isso vai de encontro à dignidade humana. Segundo Kant: Quanto à educação da índole, que pode, em certo sentido, se chamar de física, é preciso sobretudo cuidar para que a disciplina não trate as crianças como escravos, mas sim que faça com que elas sintam sempre a sua liberdade, mas de modo a não ofender a dos demais [8]. Kant fala nas preleções Sobre a pedagogia, dos vários planos propostos na educação, para encontrar o melhor método educativo. Segundo ele, é completamente errado deixar uma criança fazer o que bem entender. Uma criança deve ser submetida às regras de disciplina. A criança deve brincar, ter suas horas de recreio, mas deve também aprender a trabalhar [9] uma vez que, um dia, ingressará na vida em sociedade e, por isso, precisa, desde cedo, habituar-se às ocupações sérias. V. A DISCIPLINA NA PEDAGOGIA DE KANT Um dos pontos fundamentais da pedagogia de Kant é, sem dúvidas, a questão da disciplina. Não por acaso, logo na primeira página de seu texto Sobre a Pedagogia, Kant afirma que é através da disciplina que o homem transforma a animalidade em humanidade. Justamente por isso, a disciplina é, segundo Kant, o que impede ao 4838

9 homem de desviar-se do seu destino, de desviar-se da humanidade, através das suas inclinações animais [10]. Lembremos que os desejos são, para os homens, múltiplos e contraditórios. Justamente por isso um recém-nascido pode machucar-se; e, para evitar isso, é necessária a intervenção dos adultos. Faz-se necessário impor uma ordem e uma medida a seus movimentos. Os animais, ao contrário dos homens, são dotados de uma força instintiva determinante para toda sua vida. Os instintos animais comandam toda ação da vida de um animal. Segundo Kant, isso marca a maior diferença entre os homens e os animais, visto que para os homens, a natureza deu a razão. De uma maneira geral, o homem não é dotado de um instinto nos mesmos moldes do instinto animal. Ele possui desejos, mas estes não são regulados e ordenados pelos instintos. Como exemplo disso podemos pensar na atividade sexual dos animais, geralmente determinadas, instintivamente conforme as estações do ano, temperatura, condições climáticas, etc. Os homens não são obrigados pelo instinto a manter uma atividade sexual em apenas determinadas situações naturais. O homem mostra sua liberdade ao afastar-se das determinações instintivas da natureza. Como não podem contar com os instintos para determinar e garantir sua vida e segurança, os recém-nascidos dependem exclusivamente de outros para não prejudicarem a si mesmos. Assim, os cuidados oferecidos pelos adultos para as crianças representam o primeiro momento da educação apresentada por Kant. E esse primeiro momento, que mostra o homem como dependente de outros, também serve para reforçar a idéia que o homem é um ser completamente inacabado. A criança é um ser que ignora o modo de manter-se, mas nem por isso é um ser inferior. Ao contrário, segundo Kant, o fato do homem ser por natureza inacabado e deficiente é indício de sua dignidade e da força de sua razão. Se a natureza deu ao homem a condição de inacabado, emprestou, ao mesmo tempo, a necessidade de que ele se desenvolvesse. Ora, isso mostra o quanto o homem é digno de respeito, pois pode, por si mesmo, atingir seu fim último, sem precisar ser determinado desde seu nascimento pelos instintos. Se o homem é por natureza obrigado a determinar-se por si mesmo, então uma das condições básicas aqui inscritas é a de que ele possa obedecer e respeitar uma regra em geral. Pois apenas assim colocará em prática suas próprias decisões. Não devemos esquecer que essas decisões implicam uma reflexão autônoma. Cabe ao homem a tarefa de determinar-se a si próprio, e de maneira autônoma. A reflexão, que ajuda a consecução da realização da ação, é um ato racional, não impulsivo e muito menos intuitivo. Todo valor da razão encontra aqui sua justificação. A reflexão permite ao homem ser seu próprio mestre. O processo necessário de um desenvolvimento autônomo da razão é visto, através da reflexão, como o caminho possível para se atingir a finalidade da educação em Kant. O pensar por si mesmo é trazido à luz como o verdadeiro fim da educação. Com isso, a reflexão mostra que o homem não é simplesmente submisso aos impulsos do momento. Ela implica, de uma outra forma, uma espécie de abandono à satisfação dos desejos mais imediatos. Através da reflexão racional o homem é capaz de dominar seus impulsos e desejos, freando as disposições naturais de agir precipitadamente. A tarefa máxima da disciplina na educação em Kant é justamente fazer as crianças poderem aprender a obedecer. A disciplina favorece o surgimento da obediência. Não 4839

10 uma obediência cega e totalmente heterônoma. Muito menos uma obediência a impulsos e desejos imediatos, mas uma obediência às regras racionais autônomas. A disciplina não é apresentada por Kant como uma espécie de escravidão, mas como um processo necessário para a compreensão que devemos sempre seguir regras. E, para segui-las, devemos aprender a respeitá-las. Em outros termos, não há como respeitarmos leis se não sabemos como respeitar. Através da disciplina, Kant nos ensina que os homens aprendem a agir de modo organizado e refletido. O hábito que a criança vai adquirir através da disciplina é um hábito formal, isto é, um hábito de impor uma certa forma à sua ação. O mais importante na disciplina da criança não é fazê-la cumprir o que foi determinado, mas fazer com que ela consiga controlar seus movimentos espontâneos e respeitar uma regra. Justamente por isso a disciplina na escola deve ensinar o aluno a ter paciência e tranqüilidade. Quando Kant afirma que o primeiro momento da disciplina está em fazer o aluno ficar quieto em seu lugar, está implícita a idéia que a obediência deve vir acompanhada de um sentimento de paciência. A intranqüilidade favorece a obstrução do pensamento. Só com tranqüilidade e calma o aluno pode pretender a tarefa de bem pensar. Apenas respondendo a seus instintos mais imediatos, o aluno não reflete, e não refletindo não propicia o bom desenvolvimento da razão, único meio possível para o esclarecimento. É por isso que a disciplina deve coagir a aluno, num primeiro momento, a obedecer, a restringir seus impulsos e desejos imediatos. Nesse primeiro momento, disciplinador, a educação pode ser vista como negativa. A disciplina traz consigo a coação, necessária também no processo de afastamento do estado primitivo selvagem do homem natural. A coação aqui cumpre a tarefa de limitar a liberdade, mas não a liberdade em sentido moral, porém a liberdade selvagem, liberdade anárquica, instintiva e irresponsável. Essa liberdade é aquela liberdade selvagem, encontrada no estado sem leis, onde reina a desordem, a violência e a brutalidade. É a liberdade no sentido do sem-lei. A educação, por seu turno, deve se opor à brutalidade e à selvageria. A condição proposta por Kant é simples, ou seja, quem não tem cultura de nenhuma espécie é um bruto; quem não tem disciplina ou educação é um selvagem [11]. O papel da disciplina é tão importante, no pensamento de Kant, que podemos ler na seqüência: A falta de disciplina é um mal pior que a falta de cultura, pois esta pode ser remediada mais tarde, ao passo que não se pode abolir o estado selvagem e corrigir um defeito de disciplina [12]. A partir da idéia de disciplina, temos que a tarefa da educação é a de vencer os impulsos anárquicos da liberdade nativa. A fim de cultivar a razão, desde a infância, é necessária a aplicação da disciplina e da coação. O processo todo de educação, que visa desenvolver a totalidade das disposições do homem e, sobretudo, do uso da razão, está, portanto, fundado na operação da disciplina. O papel fundamental da disciplina é, portanto, conciliar e possibilitar ao homem a convivência com os impulsos imediatos e prazeirosos do mundo empírico com a obediência racional do mundo moral. Ou seja, a disciplina afasta o mais possível a influência das tendências exteriores (heterônomas) em nossos atos. Tudo aquilo que se mostra mais fácil, que é mais rápido de ser atingido, ou numa linguagem popular, é mais gostoso, geralmente provém de situações que não são justas para todos. É inegável 4840

11 que existe uma tensão que contribui para uma dificuldade na consecução da lei, seja ela uma lei moral ou uma lei jurídica. E essa dificuldade impediria a moralidade mesma, o que implica que a possibilidade de uma sociedade legal de direito e, portanto livre, também enfrenta problemas devido a essa tensão. A disciplina visa justamente a superação, ou ao menos a diminuição dessa tensão. É apenas graças à disciplina que pode vir a ser forjado o caráter moral do homem. Caráter esse necessário para o desenvolvimento de um estado de paz perpétua. Em outras palavras, podemos afirmar que a disciplina nos oferece a oportunidade de domarmos nossos impulsos mais animais. Através da disciplina nos afastamos da tendência natural de preguiça, típica dos homens, e nos aproximamos de uma situação de maior esclarecimento. Com isso, caminhamos rumo a uma sociedade justa, formada, finalmente, por homens esclarecidos. A disciplina, entendida como o primeiro momento da educação, mas, que apesar de ser primeiro, não se acaba de imediato, devendo permanecer em todo processo de educação, é, desta forma, fundamento de possibilidade do bom desenvolvimento do homem. O caráter positivo da educação encontra aqui toda sua força, isto é o mesmo que afirmar que sem disciplina, dificilmente teremos como formar o verdadeiro cidadão, e muito almejar uma sociedade justa e de paz. Kant nos ensina que a finalidade última da educação é a formação moral dos indivíduos e a possibilidade de seu esclarecimento. A disciplina possui um caráter determinante e fundamental em todo esse processo. Com ela podemos esperar um caminho possível, e talvez o único caminho possível, para o esclarecimento. Segundo Kant, a disciplina serve para impedir que o homem se jogue selvagemente ao perigo. Devido a essa principal característica de impedir um mal ao homem, a disciplina é considerada a parte negativa da educação. De acordo com Kant, A disciplina submete o homem às leis da humanidade e começa a fazê-lo sentir a força das próprias leis. Mas, isso deve acontecer bem cedo. Assim, as crianças são mandadas cedo à escola, não para que aí aprendam alguma coisa, mas para que aí se acostumem a ficar sentadas tranqüilamente e a obedecer pontualmente àquilo que lhes é mandado, a fim de que no futuro elas não sigam de fato e imediatamente cada um de seus caprichos. Ora, é claro o objetivo da disciplina em Kant: ensinar a obedecer e a domar seus impulsos. O grande problema que se coloca a partir de uma análise parcial da obra de Kant é que não percebemos que o dever, a fim de nos obrigar a obedecer, deve ensinar a obedecer. Pois, caso considerássemos a obediência de modo a priori, correríamos o risco de estabelecer que há algo anterior e externo responsável pela razão. A compreensão da disciplina como possibilitadora da obediência é fundamental para o estabelecimento do esclarecimento. Deste modo, podemos afirmar que a educação em Kant se apresenta em dois momento, inicialmente distintos, mas relacionados necessariamente, a saber, em um primeiro momento a educação das crianças disciplina, e num segundo momento a educação dos adultos esclarecimento. Podemos perceber, portanto, que a disciplina deve ser colocada desde cedo, pois do contrário é muito difícil mudar depois o homem. Ele seguiria, então, todos os seus caprichos [13]. Kant insiste em afirmar que a disciplina é essencial para a perfeição da humanidade, visto que sua falta não pode ser remediada posteriormente, ou seja, podemos dizer que a falta de disciplina impedirá o homem de esclarecer-se, visto que se não conseguir dominar seus caprichos não alcançará a liberdade. 4841

12 A disciplina é, então, fundamental para a possibilidade do esclarecimento. Mas, não podemos esquecer que a disciplina requer alguém que a instaure. Esse alguém deve justamente ser uma autoridade competente, portanto, esclarecida. Aqui podemos perceber a relação entre a disciplina e o esclarecimento, relação esta que se mostra como ponto básico para uma análise do moral e do político em Kant. A autoridade política deve ser moralmente estabelecida. A autoridade moral é a própria razão. Mas, não podemos obedecer à lei moral antes de aprendermos a obedecer, aprendizado este que se coloca como possível a partir da ação da autoridade política no processo educacional. Se a disciplina é fundamento de possibilidade do esclarecimento, este é, por sua vez, fundamento de possibilidade daquela. E, mais importante, ambos se dirigem necessariamente para a consecução da moralidade e da legalidade. O papel fundamental da disciplina é conciliar e possibilitar ao homem a convivência com os impulsos imediatos e prazeirosos do mundo empírico com a obediência racional do mundo moral. O caráter essencial da autonomia é o de garantir que as ações tenham como móbiles um imperativo categórico. Kant não exclui a existência e, muito menos, a influência dos imperativos hipotéticos em nossos atos. Entretanto, o caminho para o pleno desenvolvimento das disposições do homem, bem como a possibilidade de uma sociedade justa requer a maior influência por parte de imperativos categóricos. A disciplina justamente afasta o mais possível a influência das tendências exteriores (heterônomas) em nossos atos. É inegável que existe uma tensão que contribui para uma dificuldade na consecução da lei moral. E essa dificuldade impediria a moralidade mesma, o que implica que a possibilidade de uma sociedade legal de direito e, portanto livre, também enfrenta problemas devido a essa tensão. A disciplina e o processo mesmo da educação em Kant visam justamente a superação, ou ao menos a diminuição dessa tensão. É apenas graças à disciplina que pode vir a ser forjado o caráter moral do Homem. Caráter esse necessário para o desenvolvimento de um estado de paz perpétua. Assim, a garantia de uma educação que vise o fim último do homem, fim que possui como norteador a idéia de uma sociedade justa, formada por homens morais, deve ter seu início na disciplina. Através da disciplina o caminho encontra-se aberto. Não devemos pensar, ingenuamente, que basta isso para encontrarmos um reino dos fins na terra. Kant é ciente da dificuldade, e até mesmo da impossibilidade disso. Mas, sem dúvidas, a disciplina é ponto fundamental para a busca, que caracteriza a vida humana. Só com a educação poderemos sonhar em atingir um estado de paz. E, sem disciplina, a educação não completa sua finalidade. Deste modo, a disciplina é, em Kant, fundamental e garantidora de uma educação que busque atingir seu fim último. Sem disciplina não há progresso. Sem disciplina não há educação. Sem disciplina não há esclarecimento. 4842

13 CONCLUSÃO De um modo geral, a disciplina é entendida, em Kant, como uma capacidade que tem por objetivo evitar que o homem permaneça no estado selvagem [14]. Nesse mesmo sentido, a disciplina pode também ser justificada em relação à vida social. Visto que uma das maiores dificuldades em uma sociedade civil é a administração do direito. Na Idéia de uma história universal com um propósito cosmopolita, Kant faz uso de uma metáfora esclarecedora a esse respeito: (...) tal como as árvores num bosque, justamente por cada qual procurar tirar à outra o ar e o sol, se forçam a buscar por cima de si mesmas e assim conseguem um belo porte, ao passo que as que se encontram em liberdade e entre si isoladas estendem caprichosamente os seus ramos e crescem deformadas, tortas e retorcidas. Toda a cultura e toda a arte, que ornamentam a humanidade, e a mais bela ordem social são frutos da insociabilidade que por si mesma é forçada a disciplinar-se [15] Portanto, a disciplina exerce um papel fundamental, não só no que diz respeito à educação, em Kant, mas também em todo o sistema de sua filosofia prática. BIBLIOGRAFIA ABBAGNANO, Nicola. História da Filosofia. Trad. por Antônio R. Rosa e Antônio B. Coelho. Vol. 7. 4ª ed., Lisboa: Abril, BENDA, J. O pensamento vivo de Kant. São Paulo: USP, DALBOSCO, Cláudio Almir. Da pressão disciplinada à educação moral: esboço sobre o significado e o papel da pedagogia no pensamento de Kant. In: Educação e sociedade, Campinas, v. 25, n. 89, Set./Dez., 2004: ( ). 4843

14 DELEUZE, Gilles. A filosofia crítica de Kant. O saber e a filosofia. Lisboa: Ed. 70, GALETTI, R. A filosofia de Immanuel Kant. Brasília: UNB, GRAYEFF, Felix. Exposição e interpretação da filosofia teórica de Kant: um comentário às partes fundamentais da Crítica da Razão Pura. Lisboa: Ed. 70, HENNING, Leoni Maria Padilha (org). Apoio ao Ensino de Filosofia nas séries Iniciais. Londrina: UEL, LACROIX, J. Sobre Kant. São Paulo: EDUSP/ Iluminuras, LEBRUN, Gerard. Kant e o fim da metafísica. São Paulo: Martins Fontes, LIPMAN, M. A filosofia vai à escola. São Paulo: Summus, A filosofia na sala de aula. São Paulo: São Paulo: Nova Alexandria, O pensar na educação. Petrópolis: Vozes, KANT, Immanuel; TERRA, Ricardo R; LEBRUN, Gerard; GIANNOTTI, Jose Arthur. Idéia de uma historia universal de um ponto de vista cosmopolita. São Paulo: Brasiliense, A religião nos limites da simples razão. Edições 70, Lisboa,

15 . A Metafísica dos Costumes. Trad. Édson Bini. Bauru: EDIPRO, A Paz Perpétua e outros Opúsculos. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Lisboa: Ed. 70, Sobre a pedagogia. Trad. Francisco Cock Fontanella. Piracicaba: UNIMEP, PASCAL, Georges. O Pensamento de Kant. Trad. por Raimundo Vier. 6ª ed. Petrópolis: Vozes VINCENT, Luc. Educação e Liberdade: Kant e Fichte.São Paulo:Unesp, ZINGANO, M. A. Razão e história em Kant. São Paulo: Brasiliense, [1] KANT, Immanuel. Sobre a Pedagogia. Piracicaba: UNIMEP, 2004, p. 11. [2] KANT, Immanuel. Sobre a Pedagogia. Piracicaba: UNIMEP, 2004, p. 32. [3] Idem., A Metafísica dos Costumes. Bauru: EDIPRO, 2003, p [4] Ibid., 2004, p. 27. [5] VICENTI, Luc. Educação e liberdade: Kant e Fichte. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 1994, p

16 [6] Ibid., 2004, p [7] Ibidem. [8] Ibid., 2004, p. 50. [9] Ibid., 2004, p. 60. [10] Ibid., 2004, p. 12. [11] Ibid., 2004, p. 16. [12] Ibidem. [13] Ibid., 2004, p. 13. [14] DALBOSCO, Cláudio Almir. Da pressão disciplinada à educação moral: esboço sobre o significado e o papel da pedagogia no pensamento de Kant. In: Educação e sociedade, Campinas, v. 25, n. 89, Set./Dez., 2004, p [15] KANT, Immanuel. A Paz Perpétua e Outros Opúculos. Lisboa: Edições 70, 1988, p

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