EDUCAÇÃO PARA A AUTONOMIA EM KANT

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1 EDUCAÇÃO PARA A AUTONOMIA EM KANT MEDEIROS, Josemi Teixeira - UFPR josemi.medeiros@gmail.com Área Temática: Educação: História e Política Agência Financiadora: Não contou com financiamento. Resumo Este artigo faz uma apreciação sobre a proposta educacional de Immanuel Kant, abordando a concepção de educação nos escritos Sobre a Pedagogia. Procurou-se ressaltar o modelo de educação centrada no campo da moral, tendo como referência a idéia de que os seres humanos necessitam de uma formação direcionada, para que os indivíduos tornem-se seres autônomos e esclarecidos. O estudo tem como objetivo entender o questionamento kantiano: Como poderíamos tornar os homens felizes, se não os tornamos morais e sábios?. Para tanto fez-se necessário um aprofundamento da concepção antropológica kantiana, buscando perceber a proposta educacional e ressaltando a dimensão moral do ser humano. A preocupação essencial do filósofo com a educação insere-se no campo da moral, posto que o ser humano não nasce moral, mas torna-se moral por meio da educação. Palavras-chave: Educação; Kant; Autonomia; Moral; Esclarecimento. Introdução O presente trabalho pretende discutir a finalidade da educação, a partir do estudo da obra Sobre a Pedagogia de Imannuel Kant, abordando a educação e a moral, como parte do processo educacional para a autonomia. Para isso utilizaremos como referência um conjunto de preleções das suas anotações pedagógicos, editado por um ex-estudante chamado Friedrich Theodor Rink inicialmente publicado em 1803, um ano antes da morte de Kant. Nessa época, Kant tinha amadurecido a concepção de que a organização social da Alemanha, a qual está bastante longe dos ideais do esclarecimento devido ao despotismo político e à falta, no sistema educacional do seu país, de princípios universais advindos de uma moralidade apriorística e que aplicados no processo educativo levassem os seres humanos à liberdade e à felicidade. É, portanto, inserido neste pensamento que Kant lança uma pergunta que até hoje nos leva a refletir: Como poderíamos tornar os homens felizes, se não os tornamos morais e sábios? (KANT, 2006, p. 28). Os princípios filosóficos, procedentes do pensamento kantiano, causam repercussões na esfera educacional, contribuindo na definição das características básicas da pedagogia

2 3145 moderna, que passa a conceber o ser humano como autor de suas idéias e de seus atos. Para essa concepção pedagógica, há uma natureza humana que possibilita à criança tornar-se um adulto consciente de suas idéias e soberano de sua vontade, garantindo ao ser humano o exercício da autonomia. A formação do indivíduo Para entender o pensamento de Kant, sobre educação faz-se necessário entender o encaminhamento recomendado ao ser humano no decorre da vida. Kant faz a seguinte observação: quando o indivíduo nasce não traz consigo o entendimento necessário para viver em sociedade, sendo estes adquiridos por meio da educação (KANT, 2006, p.15). Esta pessoa, ao nascer precisa de um plano de conduta. No entanto, o ser humano é livre e as maneiras de educá-lo contribuem, mas não definem por completo seu destino. Por essa razão é necessário orientá-lo para o caminho do desenvolvimento da razão e do esclarecimento, que projeta a cada ser ver-se como humanidade. Buscando responder a indagação inicial, Kant constrói em sua obra Sobre a Pedagogia que a educação ocorre em dois momentos: o primeiro é chamado de educação física, e compreende uma análise sobre os cuidados do corpo; e o segundo momento é chamado de educação prática ou moral, o qual diz respeito à construção do ser humano, e esse indicativo é o uso cultura, afim de que possa viver como um ser livre e autônomo. O momento da educação física é constituído de três estágios: o primeiro estágio é o nascimento da criança, momento em que depende inteiramente do outro, é o instante em que o ser humano tem em comum com os animais, ou seja, os cuidados com a vida corporal, como parte da natureza do indivíduo. Esta etapa é caracterizada pelas precauções que os pais tomam para impedir que as crianças façam uso nocivo de suas forças. (KANT, 2006, p.11). O segundo estágio diz respeito à educação intelectual, que consiste na progressão no desenvolvimento da capacidade de pensar com autonomia; e ultimo estágio é a cultura, a qual abrange tanto o corpo, como também alma, tendo a função de desenvolver as faculdades do conhecimento, proporcionando o progresso para distinguir entre o instinto e a razão (KANT, 2006, ps.25-26). A recomendação da utilização da educação física como primeira instância do processo de aprendizagem, tem o intuito de levar o indivíduo à condição de moralidade. Ou seja, a educação do corpo ensina, por meio da natureza, o que significa que ela opera segundo leis

3 3146 naturais que agem, com finalidade de possibilitar a inteira destinação do ser humano no uso de sua razão. Nesta primeira fase é oportuno de construir uma educação disciplinadora, para que o individuo consiga exercer plenamente a sua liberdade. No entanto, a disciplina é puramente negativa, pois tira dele a selvageria, em direção à humanidade. Descreve Kant : A disciplina submete o homem às leis da humanidade e começa a fazê-lo sentir a força [coerção] das próprias leis. Assim, as crianças são mandadas cedo à escola, não para que aí aprendam alguma coisa, mas para que aí se acostumem a ficar sentadas tranqüilamente e a obedecer pontualmente àquilo que lhes é mandado, afim de que no futuro elas não sigam de fato e imediatamente cada um de seus caprichos (...) Assim, é preciso acostumá-lo logo a submeter-se aos preceitos da razão (KANT, 2006, ps ). Portanto, o sentido da disciplina na educação é a de fornecer subsídios que corrobore a capacidade de criação, para uma possível autonomia do ser humano. Ela trataria do projeto de conduta em sua contínua formação, já que o indivíduo não possui características inatas para isto. Assim sendo, a disciplina atua de maneira negativa no que diz respeito a importância dos limites, para que o mesmo se submeta às leis. Em contrapartida, contribui para que a criança se torne um adulto capaz de reconhecer suas potencialidades e seus limites. Deste modo, é importante que não transpareça a ação de autoridade e superioridade do educador para que o indivíduo forme-se por si mesmo. Cabe à educação buscar, sobretudo pela disciplina, maneira para formar os sujeito capaz de compreender as regras e a capacidade de acolher suas próprias leis e também todo o conjunto de leis do Estado. O segundo momento é a designada educação prática ou moral, que tem como finalidade alcançar o objetivo da educação proposta por Kant, a qual consiste na capacidade de pensar por si mesmo. Através do texto Sobre a Pedagogia, pode-se entender que a educação moral é o meio pelo qual o ser humano deve cultivar para que possa viver como um ser livre, possuindo potencialidade para conviver de maneira harmoniosa no mundo, com base na moralidade. A educação moral A educação moral deverá propiciar ao ser humano autodeterminação objetiva para que possa fundamentar suas ações na autonomia da vontade, na universalidade. Segundo Kant, a moralidade só é possível com a aquisição da racionalidade, pela autonomia da vontade, pela universalidade do pensar e agir. A autonomia da vontade é a única possibilidade do indivíduo se tornar humano, livre e abandonar o estado de animalidade. Kant descreve, o ser humano

4 3147 Não é um ser moral por natureza. Torna-se moral apenas quando eleva sua razão até aos conceitos de dever e da lei. Pode-se, entretanto dizer que o homem traz em si tendências originárias para todos os vícios, pois tem inclinações e instintos que o impulsionam para um lado, enquanto que sua razão o impulsiona ao contrário. Ele, portanto poderá torna-se moralmente bom apenas graças à virtude, ou seja, graças a uma força exercida sobre si mesmo, ainda que possa ser inocente na ausência dos estímulos (KANT, 2006, p.95 ). A moralização, tal como posta nos escritos Sobre a Pedagogia, não pode ser uma simples adição da cultura e da civilização. Ela envolve também uma passagem para o estado da liberdade que pressupõe os passos preparatórios da cultura e da civilização. Para Kant, a humanidade está ainda muito distante do estágio final da moralização, pois se vive em um tempo de treinamento disciplinar, de cultura e de civilização, mas de modo algum em um tempo de moralização. Entretanto qual é o grande fim da moralização? Para Kant, em última instância, o fim da moralização e, portanto, de toda a educação moral é a formação do caráter do ser humano. O primeiro esforço da cultura moral deve ser lançar os fundamentos da personalidade do indivíduo. A saída do estágio de animalidade do ser humano para a humanização aconteceria através da educação, a qual se daria por meio da moralização dos humanos. Esse processo educacional mostra a superação de um estado inicial, a saber, o estado de natureza selvagem do ser humano, para um estado esclarecido, em que a razão se sobreponha. De acordo com o pensamento de Kant, os seres humanos se diferenciam dos animais, sobretudo pela plena razão. Pois, a natureza dotou o ser humano de razão, possibilitando-o se afastasse das determinações dos instintos. O objetivo de Kant com o seu pensamento sobre a educação propõe a formação de um ser humano ideal, para isso é necessário estabelecer a disciplina e a coação como pressupostos fundamentais no processo de educação. Mediante o rigor, a coação e a obediência levará a formação do caráter dos indivíduos. Segundo Kant, a disciplina e coação são apresentadas como fundamento necessário para a liberdade e a moral. A autonomia, princípio básico do bom uso da razão, depende da saída da menoridade, em que o ser humano não se encontra esclarecido. Mas, o que significa ser esclarecido? A esta pergunta, responde: Esclarecimento [Aufklärung] é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento [aufklãrung] (KANT, 1974, p.100).

5 3148 Esclarecimento significa ser livre, possuir autonomia, ser senhor de si mesmo por um processo de uma melhoria moral e cultural. Por que os seres humanos, em geral, gostam de obedecer e por que eles não alcançaram a maioridade moral e cultural? Em parte, responde Kant em função da preguiça e da covardia: A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma direção estranha naturalistei maiorennes, continuem, no entanto de bom grado menores durante toda a vida (KANT, 1974, p.100). Mas também os tutores e professores têm grande responsabilidade sobre o estado de menoridade que atinge os subalternos. Existe, é claro, uma culpa recíproca entre aquele que é preceptor e aquele que é criança. De certa forma toda criança necessita de ser mandada e gosta disto e todo adulto tem de mandar e se satisfaz com isto. Trata-se de um pacto medíocre feito entre o mandante e o mandado. Situação cômoda para ambos, mas principalmente para o segundo. É por isso que Kant insiste na idéia de que o ensino deve buscar o lema: pensar por si mesmo. Isto quer dizer, julgar questões segundo o exame próprio, segundo a autonomia intelectual e a ousadia moral. Aprender a pensar não significa, portanto, aprender pensamentos ensinados pelo professor. Para Kant pode-se apenas a aprender a filosofar, exercer o talento da razão; aprende-se a filosofar pelo exercício e pelo uso que se faz para si mesmo de sua própria razão. O papel da reflexão ou da razão autônoma não está em treinar a memória e nem a erudição, porém possibilitar a formação de um indivíduo esclarecido. Uma sociedade justa depende de seres humanos morais, que por sua vez, para serem formados, dependem das condições de uma sociedade justa. Por meio da educação baseada na disciplina será possível postularmos um indivíduo autônomo. Ou seja, a disciplina possibilita a cada um fazer uso de sua própria razão, sem medo. Com isso, abre-se a possibilidade de uma determinação moral da vontade (PINHEIRO, 2007, p.16). A educação para a autonomia como o agir livremente, baseado no querer de cada indivíduo supera a divisão entre os usos público e privado da razão. A educação acaba se comprometendo em desenvolver as capacidades individuais, para formar os seres racionais, conscientes de si, conhecedores e capazes. E quando diante as paixões, agir conforme a orientação da razão de viver em sociedade. Esse processo educacional que valoriza a autonomia, evidencia que: A educação é definida não no ponto de vista da sociedade, mas do ponto de vista do indivíduo: a formação do indivíduo, sua cultura, tornam-se o fim da educação, e

6 3149 também porque ela acontece em cada indivíduo e em cada contexto histórico. A definição de educação na tradição pedagógica do Ocidente obedece inteiramente a essa exigência. A E. é definida como formação do homem, amadurecimento do indivíduo, consecução da sua formação completa ou perfeita, etc.: portanto, como passagem gradual semelhante à de uma planta mas livre da potência ao ato dessa forma realizada (ABBAGNANO, 2000, p. 306). O processo educacional na perspectiva kantiana tem um duplo papel, o primeiro é o educar-se para si, quando a educação assume essa característica em formar o homemindivíduo, e o seu comprometimento moral; o segundo é o educar-se para o outro, quando a educação tem o compromisso de pensar na cidadania. Evidencia-se que Segundo Kant, a moralidade para os seres humanos é o resultado pretendido de um processo educacional extensivo já que atrás da educação repousa o grande segredo da perfeição da raça humana (PINHEIRO, 2007, p.16). A moralidade ao mesmo tempo em que é inerente aos seres humanos enquanto individualidade, implica também na vida daqueles que estão próximo. Pois, a moralidade não pode ser simplesmente um produto causal da educação, mas pressupõe uma precondição necessária, uma vez que por natureza o ser humano não é um ser moral em absoluto (KANT,2006, p.95). Por esse motivo a moral kantiana, esta vinculada à liberdade de cada indivíduo. A liberdade da qual ele trata, não é a liberdade intrínseca ao ser humano, liberto de qualquer tipo de lei, mas sim a competência de se determinar o uso das leis naturais e sociais. Sendo assim, a educação é a formação a que o indivíduo é submetido, seja ela na família, na escola ou na sociedade. A liberdade e a educação neste contexto devem desenvolver as ações deliberadas, que possa levar o sujeito a exercer as deliberações morais, que é o caminho em direção a sua autonomia. Os seres humanos são os únicos responsáveis pela sua formação e conduta de si. Cabendo a cada indivíduo sua destinação, sendo responsável por si mesmo. Desta forma, é possível definir o ser humano como aquele que é capaz de criar sua própria história. De tal modo, que possibilite ser segunda a sua própria determinação, incumbida pela capacidade de escolhas. Para que o indivíduo alcance tal propósito é imprescindível instruir, possibilitando a saída da menoridade, pois a ignorância é a companheira da escravidão e do espírito servil. Sendo necessária a instrução para melhorar o caráter do ser humano, permite-lhe esclarecer sobre os deveres e os vícios promovendo o nascimento do bom gosto em todas as coisas da

7 3150 vida. Instruir os seres humanos não quer dizer torná-os iguais, mas viabilizar o diálogo comum, permitir que o indivíduo se reconheça no coletivo. Esclarecer um povo é educá-lo. As novas formas de pensar, veículos para autonomia, só são possíveis por meio de um longo processo educativo, que se confunde com o ideal de esclarecimento. Para Kant, o caráter consiste no hábito de agir segundo certas máximas. Estas são, em princípio, as da escola e, mais tarde, as da humanidade. Em Sobre a pedagogia, Kant mostra que quando se quer formar o caráter das crianças, urge mostrar-lhes em todas as coisas um certo plano e certas leis, que elas devem seguir fielmente. Isto porque Kant acredita na formação moral como fomentadora da confiabilidade entre os seres humanos. Segundo Kant, apenas por meio da educação é possível ao indivíduo almejar a liberdade, e apenas pela educação é possível uma sociedade de nações com povos e Estados esclarecidos. A idéia da existência de uma educação que desenvolva absolutamente todas as disposições naturais do ser humano faz-se necessária. A humanidade, presente e futura, deve direcionar todos os esforços para levar de fato a concretização deste ideal indispensável. Mas, como se dará esse processo de autonomia em cada ser? A reflexão kantiana Sobre a Pedagogia, traz como preocupação os aspectos antropológicos, éticas e históricos, os quais são essências para a formação de cada pessoa. A necessidade da educação justifica-se em todas as vertentes da natureza humana, no plano biológico, psicológico, histórico e social. Como esclarece Kant, O homem é a única criatura que tem de ser educada. Um animal é já tudo mediante o instinto; uma razão alheia já cuidou de tudo o que precisa. O homem, porém, tem precisão de uma razão própria. Não tem instinto e tem de ser dotar de plano do seu comportamento. Mas, porque não está desde de logo em condições de o fazer, antes vem ao mundo em estado rude, assim outrem tem de o fazer por ele (KANT,2006, p.95). Podemos perceber que a educação segundo Kant é uma necessidade para o desenvolvimento pleno da humanidade. De tal modo, que é uma necessidade a partir das características que constitui a natureza de cada indivíduo, sendo necessária para a realização das potencialidades humanas em sua plenitude. Compreendida como uma arte, forjada através do imenso conjunto de gerações, cujo palco é a história da humanidade, a educação extravasa os limites estreitos que normalmente lhe são impostos, ligando-se diretamente à Filosofia. Kant integra, numa mesma reflexão,

8 3151 educação e política, quando determina que existem duas descobertas humanas que temos o direito de considerar como as mais difíceis: a arte de governar os homens e aquela de os educar. Os seres humanos se distinguiram dos outros seres pela necessidade da educação como algo óbvio a vida, entre os demais seres ele é o mais necessitado e o mais dependente para entender o mundo que o cerca, por essa razão os educadores demonstram a necessidade em formar os seus educandos na perspectiva do futuro, mesmo tendo entendimento do imediatismo predominando nas idéias dos educados. A discussão sobre educação feita por Kant tem como preocupação a conduta dos indivíduos como bons cidadãos disciplinados. Está centrada na preocupação de pensar num processo educativo em que levasse o ser humano a liberdade e a felicidade. Por meio do questionamento: como poderíamos tornar os homens felizes, se não os tornamos morais e sábios? (KANT, 2006, p.17). A pertinência do questionamento kantiano sobre a educação nos leva a refletir, sobre a relevância da educação na história da humanidade, tendo como sujeito moral o elemento principal do processo educacional. Como afirma Kant, A educação é uma arte, cuja prática necessita ser aperfeiçoada por várias gerações. Cada geração, de posse dos conhecimentos das gerações precedentes, está sempre melhor aparelhada para exercer uma educação que desenvolva todas as disposições naturais na justa proporção e de conformidade com a finalidade daquelas, e, assim, guie toda a humana espécie a seu destino. (KANT, 2006, p.19). Kant destaca a necessidade da cumplicidade entre os humanos para construção cumulativa do conhecimento no decorrer da história dos indivíduos. O gênero humano deve desdobrar todas as disposições naturais da humanidade gradualmente a partir de si, através do seu próprio esforço, uma geração educa a outra (KANT, 2006, pp.9-10). A realização do ser humano consiste no empenho coletivo para alcançar a plenitude da racionalidade. Esse progresso proposto na idéia da educação é um processo positivo, no sentido de que seu caminhar em direção a uma melhoria do ser humano, ou seja, o indivíduo caminha em direção ao melhor, anda em busca de um aperfeiçoamento de toda a espécie. A antropologia kantiana tem como objetivo tornar o ser humano um cidadão do mundo, não deve ser uma antropologia particularizada, mas geral. Portanto, o compromisso com o ser humano não é uma condição individualizada, mas com a natureza da humanidade, visto que características particulares dos seres humanos, estão sempre em transformação.

9 3152 Considerações Finais A educação tem como função encaminhar o ser humano em direção ao fim último, que é sua idéia de perfeição. Portanto, uma educação que atinja sua finalidade cumpre, ao mesmo tempo, a finalidade da filosofia moral e política. O ser humano moral é o ideal a ser seguido no processo de educação, e apenas uma sociedade politicamente justa está apta a capacitá-lo a cumprir sua inteira destinação. Com o intuito de obtermos uma sociedade justa, faz-se necessário um conjunto de cidadãos também justos, vale dizer, morais. Com isso uma sociedade justa é formada por seres morais, que por sua vez, dependem de uma sociedade justa para efetivar-se moralmente. O processo de educação perpassa os dois âmbitos, a fim de possibilitar a efetivação do ser humano (PINHEIRO, 2007, p.15). Por fim, o ideal aspirado pela educação kantiana é ao mesmo tempo o sonho dos seres humanos. Isto é, cada ser humano se torna e se reconhece no conceito de humanidade. Para tanto, faz-se necessário o progresso, pois por meio dele está garantida a possibilidade de contemplar finalidade moral do ser humano, não sob um aspecto individualista, mas universal. Assim, a noção de progresso dá ao ser humano a esperança de atingir sua inteira finalidade na espécie. É importante a sociedade tomar consciência do coletivo, pois só nela será possível que o ser humano se afirme como um ser esclarecido e autônomo. Mediante o progresso em sociedade, o ser humano encontra a possibilidade de desenvolver sua cultura e seu esclarecimento, tornando-se um ser autônomo. È importante ressaltar a limitação do pensamento kantiano, percebendo que Kant teria distanciado da vida, na medida que criou uma concepção de mundo que jamais existiu, existe ou existirá. E nem a educação seria capaz de preparar o terreno para a implantação desse mundo. Kant apontou novos limites e novas possibilidades para compreendermos o mundo moderno. A insociabilidade é o momento privilegiado para o ser humano sair de sua menoridade. É como se vivesse numa comunidade e devesse passar a constituir-se em sociedade. Como descreve Kant, as disposições para o bem não estão prontas, não se desenvolvem por si mesmas, uma vez que a felicidade ou a infelicidade humana depende do próprio ser humano, cabendo a ele desenvolvê-la. Tornar-se melhor, educar-se e, se é mau, produzir em si a moralidade: eis o dever do homem. A educação, portanto, é o maior e o mais árduo problema que pode ser proposto aos homens (Kant, 2006, p.20). Em poucas palavras, a

10 3153 educação torna pleno o ser humano naquilo que ele possui de mais nobre, a capacidade racional. REFERÊNCIAS ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, KANT, Immanuel. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? p In: Textos seletos. Tradução de Floriano de Sousa Fernandes. Petrópolis: Vozes, KANT, Immanuel. Sobre a Pedagogia. Tradução: Francisco Cock Fontanella. Piracicaba,SP:Ed. Unimep, PINHEIRO, Celso de Moraes. Kant e a Educação: reflexões filosóficas. Caxias do Sul: Educs, 2007.

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