Integrando genética e ambiente na bovinocultura leiteira

Transcrição

1 Integrando genética e ambiente na bovinocultura leiteira Fábio Luiz Buranelo Toral Departamento de Zootecnia Escola de Veterinária / UFMG Belo Horizonte, MG

2 Roteiro Introdução Recursos disponíveis Potenciais dos grupos genéticos Conforto térmico Manejo sanitário Nutrição e manejo Ferramentas para o melhoramento Considerações finais

3 Introdução Produção de leite Nutrição Outros Sanidade Leite Clima Genética Manejo

4 Introdução Lei do mínimo: a produção é controlada pelo recurso mais escasso (Carl Sprengel, 1828) Estrutura Nutrição Clima Genética Manejo Sanidade Estrutura Nutrição Manejo Sanidade Leite

5 Recursos disponíveis Raças, grupos genéticos Shera JMMA Harvue Roy Frosty Galia MRN

6 Recursos disponíveis Ambientes, sistemas de produção Kadijah Suleiman Pedro Marques Torres Jorge Pegolo Filho

7 Recursos disponíveis Importância da integração dos recursos Evitar/reduzir o desperdício de recursos naturais Custo : benefício

8 Um exemplo...

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10 Potenciais dos grupos genéticos Tabela 1. Produções de leite (PL) e de gordura (PG) e duração da lactação (DL) em rebanhos leiteiros de acordo com o grupo genético (GG) 1ª lactação Todas as lactações GG PL (kg) PG (kg) DL (dias) PL (kg) PG (kg) DL (dias) Gir /2H /4H /8H /16H /32H Holandês (H) Fonte: adaptado de Araújo et al. (RBZ, v.30, p.1000, 2001), Ferreira et al. (RBZ, v.32, p.295, 2003), Freitas et al. (ABMVZ, v.53, p.708, 2001), Herrera et al. (RBZ, v.37, p.1774, 2008) e Freitas (Tese, 2011).

11 Potenciais dos grupos genéticos Produção de leite -PL (kg) Diferença em relação ao Zebu (kg) PL - Gir x Holandês (Facó et al., 2008) PL1 - Guzerá x Holandês (alto nível, Madalena et al., 1990a) PL1 - Guzerá x Holandês (baixo nível, Madalena et al., 1990a) Fração de Holandês (%) Figura 1. Produção de leite em diferentes grupos genéticos Zebu x Holandês.

12 Potenciais dos grupos genéticos 40 Intervalo de partos - IP (dias) Diferença em relação ao Zebu (dias) IP - Gir x Holandês (Facó et al., 2008) IP - Guzerá x Holandês (alto nível, Madalena et al., 1990a) IP - Guzerá x Holandês (baixo nível, Madalena et al., 1990a) Fração de Holandês (%) Figura 2. Intervalo de partos em diferentes grupos genéticos Zebu x Holandês.

13 Potenciais dos grupos genéticos PL / IP (kg/dia) Diferença em relação ao Zebu (kg/dia) Fração de Holandês (%) PL/IP - Gir x Holandês (Facó et al., 2008) PL1/IP - Guzerá x Holandês (alto nível, Madalena et al., 1990a) PL1/IP - Guzerá x Holandês (baixo nível, Madalena et al., 1990a) Figura 3. Produção de leite por dia de intervalo de partos em diferentes grupos genéticos Zebu x Holandês.

14 Conforto térmico Temperatura retal (ºC) 40,00 39,75 39,50 39,25 39,00 38,75 38,50 38,25 38,00 Temperatura retal (ºC) UR = 50%: 1/2H (33,6ºC), 3/4H (31,3ºC) e 7/8H (29,8ºC) UR = 70%: 1/2H (31,1ºC), 3/4H (29,1ºC) e 7/8H (27,8ºC) Índice de temperatura e umidade 1/2H 3/4H 7/8H Figura 4. Temperatura retal de vacas Zebu x Holandês em função do índice de temperatura e umidade (adaptado de Azevedo et al., RBZ, v.34, p.2000, 2005).

15 Conforto térmico Odair José Gerônimo José Geraldo Borges Celani Primavera Contenções para Ordenha Ltda

16 Conforto térmico Tabela 2. Ingestão de matéria seca e produção diária de leite de vacas Holandesas multíparas em diferentes ambientes Ambiente Sol Sombra Diferença Ingestãode matéria seca (kg/kg de PM) 0,143 0,144 0,001 NS Produção diária de leite (kg) 20,0 21,7 1,7* Fonte: Martello et al. (RBZ, v.33, p.181, 2004).

17 Conforto térmico Tabela 3. Ingestão de matéria seca, produção diária de leite e eficiência de produção de vacas Holandesas estabuladas em diferentes ambientes Ambiente Sol Sombra Diferença Ingestãode matéria seca (%PV) 3,3 3,4 0,1 NS Produção diária de leite (kg) 20,9 22,6 1,7* Eficiência de produção (kg de leite / kg de MS) 1,2 1,3 0,1* Fonte: Damasceno et al. (RBZ, v.27, p.595, 1998).

18 Manejo sanitário Carrapato Centro de Produções Técnicas - CPT

19 Manejo sanitário 2,9 L/dia 1 fêmea adulta = - 8,9 ml de leite / dia - 1,0 g de peso / dia Figura 5. Produção diária de leite de vacas Holandesas na Austrália (adaptado de Jonsson et al. (VP, v.78, p.65, 1998).

20 Manejo sanitário Número de carrapatos 600 Número de carrapatos Novilhas Vacas , ,5 100 Fração de Holandês (%) Figura 6. Número de carrapatos em novilhas e vacas Guzerá x Holandês no Brasil (adaptado de Lemos et al. (AP, v.41, p.187, 1985).

21 Nutrição e manejo Tabela 4. Características das classes de manejo Alto Baixo Número de fazendas 7 60 Média da produção diária (kg) 9,7 6,7 Vacas em lactação 49,8 42,2 Contribuição da força de trabalho familiar (%) 5,0 24,3 Oferta diária de concentrado por animal (kg) 4,5 1,6 Alimentação de acordo com a produção (% das vacas) 86,5 6,5 Ordenha mecânica (% das fazendas) 95,5 15,0 Monta natural (% das coberturas) 0 54,5 Monta controlada ou inseminação (% das coberturas) ,5 Fonte: Madalena et al. (JDS, v.73, p.1872, 1990a).

22 Nutrição e manejo Vida útil produtiva (dias) Vida útil produtiva (dias) Alto Baixo , ,5 100 Fração de Holandês (%) Figura 7. Vida útil produtiva em diferentes grupos genéticos Guzerá x Holandês (adaptado de Madalena et al. (JDS, v.73, p.1887, 1990b).

23 Nutrição e manejo Produção de leite por dia de vida útil produtiva (kg/dia) Produção de leite por dia de vida útil produtiva (kg/dia) , ,5 100 Fração de Holandês (%) Alto Baixo Figura 8. Produção de leite por dia de vida útil produtiva em diferentes grupos genéticos Guzerá x Holandês (adaptado de Madalena et al. (JDS, v.73, p.1887, 1990b).

24 Nutrição e manejo Lucro por dia de vida útil produtiva (kg de leite/dia) Lucro por dia de vida útil produtiva (kg de leite/dia) , ,5 100 Fração de Holandês (%) Alto Baixo Figura 9. Produção de leite por dia de vida útil produtiva em diferentes grupos genéticos Guzerá x Holandês (adaptado de Madalena et al. (JDS, v.73, p.1887, 1990b).

25 Ferramentas para o melhoramento Nascimento Cria e recria Todos os animais serão criados, recriados e poderão acasalar? Como os casais serão formados? S Acasalamento Gestação e l e ç ã Parto Lactação o Seleção Descarte

26 Ferramentas para o melhoramento Seleção é a escolha dos indivíduos que serão os pais da próxima geração Animais jovens Animais adultos Detalhe: vacas em produção! Objetivo de seleção Critérios de seleção

27 Ferramentas para o melhoramento Acasalamento é a formação dos casais Os reprodutores podem ser da mesma raça Mágica Fada 4 FIV 2B Calibre TE de Brasília Ou podem ser de raças diferentes Cruzamento Shera JMMA MS Atlees Sht Aftershock - ET

28 Ferramentas para o melhoramento Os planos de melhoramento mais eficientes combinam seleção e acasalamentos Todos os produtores podem promover melhoramento genético em seus rebanhos

29 Planos de melhoramento Seleção combinada com dois sistemas de acasalamentos (Guzerá e Holandês) Cruzamento alternado H, G,H, G,H, G,H, G,H, G Cruzamento alternado modificado H, H, G, H, H, G, H, H, G, H

30 Planos de melhoramento 7 Lucropordiade vidaútilprodutiva (kg de leite/dia) Alto - Alternado Alto - Alternado modificado Baixo - Alternado Baixo - Alternado modificado Geração Figura 10. Produção de leite por dia de vida útil produtiva para diferentes sistemas de acasalamentos Guzerá x Holandês (adaptado de Madalena et al. (JDS, v.73, p.1887, 1990b).

31 Planos de melhoramento 7 Lucropordiade vidaútilprodutiva (kg de leite/dia) Alto - Alternado Alto - Alternado modificado Geração Figura 10. Produção de leite por dia de vida útil produtiva para diferentes sistemas de acasalamentos Guzerá x Holandês (adaptado de Madalena et al. (JDS, v.73, p.1887, 1990b).

32 Planos de melhoramento 7 Lucropordiade vidaútilprodutiva (kg de leite/dia) Baixo - Alternado Baixo - Alternado modificado Geração Figura 10. Produção de leite por dia de vida útil produtiva para diferentes sistemas de acasalamentos Guzerá x Holandês (adaptado de Madalena et al. (JDS, v.73, p.1887, 1990b).

33 Considerações finais Conhecer o sistema de produção Identificar as necessidades e oportunidades Definir as prioridades Agir

34 Muito Obrigado! Fábio Luiz Buranelo Toral Departamento de Zootecnia Escola de Veterinária / UFMG Belo Horizonte, MG flbtoral@ufmg.br Tel: (31)