Comércio. O comércio livre é uma fonte de crescimento económico COMPREENDER AS POLÍTICAS DA UNIÃO EUROPEIA

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1 COMPREENDER AS POLÍTICAS DA UNIÃO EUROPEIA Comércio O comércio livre é uma fonte de crescimento económico A abertura de novos mercados contribui para o crescimento da economia: só uma política ativa da União Europeia em matéria de comércio livre e de investimento permitirá atingir esse objetivo.

2 ÍNDICE COMPREENDER AS POLÍTICAS DA UNIÃO EUROPEIA A presente publicação faz parte de uma coleção que descreve a ação da União Europeia em vários domínios, as razões da sua intervenção e os resultados obtidos. Por que é necessária uma política comercial europeia... 3 Como é elaborada a política comercial europeia... 7 Em que consiste a política comercial...10 O futuro da política comercial Mais informações...16 A coleção está disponível em linha: Como funciona a União Europeia A Europa em 12 lições «Europa 2020»: a estratégia europeia de crescimento Os pais fundadores da União Europeia Ação climática Agenda digital Agricultura Ajuda humanitária e proteção civil Alargamento Alfândegas Ambiente Assuntos marítimos e pescas Bancos e finanças Comércio Concorrência Consumidores Cooperação internacional e desenvolvimento Cultura e audiovisual Educação, formação, juventude e desporto Emprego e assuntos sociais Empresas Energia Fiscalidade Fronteiras e segurança Investigação e inovação Justiça, direitos fundamentais e igualdade Luta contra a fraude Mercado interno Migração e asilo Orçamento Política externa e de segurança Política regional Saúde pública Segurança alimentar Transportes União Económica e Monetária e o euro Compreender as políticas da União Europeia: Comércio Comissão Europeia Direção-Geral da Comunicação Informação dos cidadãos 1049 Bruxelas BÉLGICA Manuscrito atualizado em novembro de 2014 Capa e imagem da página 2: istockphoto.com/grzegorz Petrykowski 16 p ,7 cm ISBN doi: /99349 Luxemburgo: Serviço das Publicações da União Europeia, 2014 União Europeia, 2014 Reprodução autorizada. As fotografias só podem ser utilizadas ou reproduzidas separadamente mediante a autorização prévia dos titulares dos direitos de autor.

3 C O M É R C I O 3 Por que é necessária uma política comercial europeia A política comercial da União Europeia (UE) tem de ser vista à luz de duas realidades do mundo atual: por um lado, a importância da própria União enquanto protagonista fundamental na cena mundial, por outro, a forma como a globalização está a transformar o contexto internacional. A UE é a maior economia do mundo, o maior exportador e importador, a principal fonte e o principal destinatário de investimento estrangeiro e o maior doador de ajuda. Com apenas 7% da população mundial, a UE gera mais de um quarto da riqueza mundial em termos de produto interno bruto (PIB), ou seja, o valor total dos bens e serviços produzidos. PRINCIPAIS ECONOMIAS MUNDIAIS (2013) União Europeia (28 países da UE) PIB a preços correntes (milhares de milhões de euros) % do PIB mundial Dívida pública bruta % do PIB ,2 88,0 Argentina 460 0,9 41,0 Austrália ,0 28,6 Brasil ,0 66,2 Canadá ,5 88,8 China ,8 39,4 Índia ,6 61,5 Indonésia 655 2,3 26,1 Japão ,6 243,2 México 949 2,0 46,4 Rússia ,4 13,9 Arábia Saudita 564 1,5 2,7 África do Sul 264 0,7 45,2 Coreia do Sul 982 1,7 33,9 Turquia 617 1,4 36,3 Estados Unidos ,5 104,2 Mundo ,0 Fonte: Perspetivas Económicas Mundiais do FMI. A capacidade da União Europeia para criar postos de trabalho graças às relações comerciais com outros países e regiões assenta no mercado único, que permite a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais no interior das fronteiras da União. É a UE, e não os governos nacionais, que é responsável por este mercado, bem como pela gestão das relações comerciais com o resto do mundo. Se falar a uma só voz, a União Europeia tem um peso muito maior nas negociações comerciais internacionais do que qualquer um dos Estados-Membros isoladamente. A União é um protagonista económico e político ativo, com interesses e responsabilidades crescentes a nível regional e mundial. O comércio externo da União Europeia: principais dados Parte da UE nas exportações e importações mundiais: 16,4% (2013) Investimento direto estrangeiro na UE: 3947 milhões de euros (2012) Investimento direto estrangeiro da UE em países terceiros: 5207 milhões de euros (2012) Excedente comercial da indústria transformadora, exceto petróleo: mais de 400 mil milhões de euros (2013) Excedente comercial do setor dos serviços: 110 mil milhões de euros (2013) Ajuda ao desenvolvimento da UE: milhões de euros (2013) A União Europeia é, e tenciona continuar a ser, uma das economias mais orientadas para o exterior. O comércio com o resto do mundo duplicou entre 1999 e 2010 e, atualmente, quase três quartos das importações para a UE estão isentas de direitos ou estão sujeitas a direitos reduzidos. Nos casos em que ainda existem direitos, a taxa média em 2012 não excedeu 2,2% para os produtos industriais e de 2,6% para as mercadorias em geral. A UE é o maior parceiro comercial de 59 países. Em comparação, a China e os EUA são o maior parceiro comercial de, respetivamente, 36 e 24 países. O comércio externo europeu de bens e serviços representa 35% do PIB da UE, um valor superior em cinco pontos percentuais ao dos EUA. A UE importa um volume de produtos agrícolas dos países em desenvolvimento idêntico ao da Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia e Estados Unidos da América juntos, que, no total, têm uma população comparável à da UE.

4 4 C O M P R E E N D E R A S P O L Í T I C A S D A U N I Ã O E U R O P E I A istockphoto/rainerplendl Atualmente, os produtos como os veículos automóveis já não são fabricados do princípio ao fim no mesmo local. Esta abertura é uma fonte de vigor num mundo em constante mutação. A globalização, que combina o progresso tecnológico e a liberalização económica, permite que as pessoas, as empresas, os bens, os serviços e os capitais cheguem praticamente a qualquer lugar do mundo de forma fácil e rápida. Globalização Hoje em dia, muitos produtos já não são fabricados do princípio ao fim no mesmo local e, frequentemente, as várias fases do processo de produção ocorrem em diferentes partes do mundo. A designação «Made in» num único país é agora mais a exceção do que a regra. Isto significa que precisamos de uma abordagem mais sofisticada das exportações e importações que não se limite a considerar os produtos acabados que entram ou saem de um país. O crescimento de outras potências económicas, como a China, a Índia e o Brasil, intensifica a concorrência em termos de preço e de qualidade dos bens produzidos e, o que talvez ainda seja mais importante, em termos de acesso à energia e às matérias-primas. Simultaneamente, está a surgir nesses países um novo grupo de consumidores dotado de um maior poder de compra. Além disso, as suas economias estão mais abertas do que há dez ou quinze anos. Entre 1996 e 2012, os direitos pautais aplicados às importação chinesas baixaram de 19,8% para 4,7%. Ao longo do mesmo período, os direitos pautais na Índia diminuíram de 20,1% para 7,0% e no Brasil de 13,8% para 10,0%, embora continuem a existir outros obstáculos às exportações da UE, menos visíveis. PRINCIPAIS POTÊNCIAS COMERCIAIS MUNDIAIS % das exportações mundiais de bens (2013) % das exportações mundiais de serviços (2013) Outros 55% União Europeia 15% Outros 42% União Europeia 25% Estados Unidos 10% Japão 5% Estados Unidos 19% China 15% Índia 4% China 6% Japão 4% Fonte: Eurostat - WTO.

5 C O M É R C I O 5 A política ativa da União Europeia em prol do comércio livre nas suas relações com as economias de mercado emergentes abre novas perspetivas de crescimento e oportunidades comerciais para a União. Até 2015, o Fundo Monetário Internacional estima que 90% do futuro crescimento económico será gerado no exterior da Europa (um terço do qual na China). istockphoto/kikkerdirk O comércio livre pode contribuir para ajudar a União Europeia a sair da crise. Vantagens económicas potenciais A Comissão Europeia calcula que a conclusão de todas as negociações sobre comércio livre atualmente em curso poderá fazer aumentar o PIB da UE em mais de 2%, o que equivale a acrescentar à economia europeia um país como a Áustria ou a Dinamarca. Além disso, poderá contribuir para garantir o emprego de mais de dois milhões de pessoas. Comércio livre e competitividade A política comercial europeia é uma componente da estratégia «Europa 2020» da União Europeia, destinada a incentivar o emprego e a criar uma economia mais moderna, viável e sustentável. Para garantir uma economia interna dinâmica, a União deve ser cada vez mais competitiva no estrangeiro. Hoje, mais do que nunca, o comércio livre é importante para o crescimento económico e a criação de emprego. Dois terços das importações são matérias-primas, bens intermédios e componentes necessárias aos fabricantes da União Europeia. O mercado europeu tem de continuar aberto à importação desses fatores de produção. Restringir o seu fluxo ou aumentar o custo das importações seria contraproducente, visto que isso só agravaria os custos e reduziria a competitividade das empresas europeias, tanto a nível interno como no estrangeiro. O comércio livre pode contribuir para ajudar a União Europeia a sair da crise atual, que embora tenha tido início nos Estados Unidos em com a crise do crédito imobiliário de alto risco (subprime), também revelou deficiências na própria União. Juntamente com o aprofundamento do mercado único e o investimento à escala europeia em domínios como a investigação, a educação e a energia, o comércio livre é um dos principais fatores que poderão estimular a economia europeia. Mais vantagens do comércio livre A abertura dos mercados gera mais crescimento económico e mais e melhores empregos para a Europa e seus parceiros. Em 2011, cerca de 14% da população ativa da UE dependia direta ou indiretamente das exportações para o resto do mundo, o que representa um aumento de cerca de 50% em relação a O investimento direto estrangeiro é também um importante motor da criação de emprego, com as empresas americanas e japonesas a empregar atualmente mais de 4,6 milhões de pessoas na Europa. A liberalização do comércio cria oportunidades adicionais de inovação e contribui para o aumento da produtividade. Os fluxos comerciais e de investimento difundem as novas ideias e a inovação, as novas tecnologias e os melhores resultados da investigação, conduzindo a melhorias dos produtos e serviços que as pessoas e as empresas utilizam. A experiência dos países da União Europeia mostra que um aumento de 1% na liberalização da economia conduz a um aumento de 0,6% da produtividade da mão de obra no ano seguinte. Entre as vantagens decorrentes do comércio figuram a descida dos preços e o aumento da escolha para os consumidores, uma vez que os alimentos, os bens de consumo e os componentes importados para a Europa se tornam mais baratos.

6 6 C O M P R E E N D E R A S P O L Í T I C A S D A U N I Ã O E U R O P E I A A União Europeia atribui uma grande importância às questões sociais e ambientais. Os acordos de comércio livre podem também desempenhar um papel na promoção do desenvolvimento sustentável, da boa governação e do respeito pelos direitos humanos. Para garantir o correto funcionamento das trocas comerciais, não basta negociar a redução dos direitos para os exportadores. O respeito pelo Estado de direito é essencial, a fim de proporcionar um quadro jurídico estável e previsível, pelo que é vital eliminar as barreiras ao comércio menos visíveis, como as formalidades aduaneiras, a burocracia e, em alguns casos, as práticas comerciais de ética discutível. PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS DA UE: BENS 300 Shutterstock Exportações da UE (milhares de milhões de euros) Importações da UE (milhares de milhões de euros) 150 O comércio não se limita à circulação de bens materiais: também abrange os serviços e os investimentos Não só bens e serviços Estados Unidos China Rússia Suíça Noruega Turquia Japão Coreia do Sul Brasil Índia Antigamente, quando o comércio se limitava à transferência de bens materiais de uma parte do mundo para outra, as negociações comerciais centravam-se quase exclusivamente nos direitos aduaneiros e nos contingentes pautais. Agora que as economias são mais sofisticadas, a política comercial abrange um vasto leque de atividades e práticas, nomeadamente os serviços, os direitos de propriedade intelectual (DPI), o investimento direto estrangeiro, as normas relativas à saúde animal e à fitossanidade, as normas aplicáveis aos bens industriais e não industriais, as práticas de licenciamento e os impostos nacionais. África: importações 168,3; exportações 154,7 América Central e do Sul: importações 102,4; exportações 120,9 Outros países europeus: importações 477,6; exportações 488,7 América do Norte: importações 223,8; exportações 320,5 Oceânia: importações 14,6; exportações 39,0 Ásia: importações 678,6; exportações 573,7 Dados de Fonte: Eurostat.

7 C O M É R C I O 7 Como é elaborada a política comercial europeia A União Europeia é responsável pela política comercial dos Estados-Membros, cabendo à Comissão Europeia negociar em seu nome. Isto significa que nenhum governo nacional pode concluir um acordo de comércio bilateral com um país parceiro que não pertença à União. Esta repartição de responsabilidades baseia-se nos tratados da União Europeia. Objetivos dos acordos de comércio livre: Abrir novos mercados de bens e serviços. Reforçar a proteção e as oportunidades de investimento. Reduzir os custos do comércio através da diminuição dos direitos aduaneiros e da burocracia. Acelerar o comércio, através da facilitação do desalfandegamento e do estabelecimento de normas técnicas e sanitárias compatíveis. Garantir uma maior segurança através da definição de regras claras em matéria de direitos de propriedade intelectual, de concorrência e de contratação pública. Apoiar o desenvolvimento sustentável, promovendo a cooperação, a transparência e o diálogo sobre questões sociais e ambientais. O mesmo é válido para as cadeias de abastecimento no interior da própria UE, onde as fronteiras económicas se estão esbater e as relações comerciais a transformar. Quando as empresas exportam, criam emprego não apenas no país de onde saem os bens e serviços, mas em toda a UE. Os serviços são especialmente importantes em termos de integração da UE nas cadeias de abastecimento mundiais e da manutenção dos postos de trabalho na Europa. Cerca de um terço dos postos de trabalho gerados graças a bens manufaturados que saem da Europa estão em empresas que prestam serviços de apoio aos exportadores. Em termos globais, os serviços representam 50% do valor acrescentado interno nas exportações da Europa para o resto do mundo. PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS DA UE: SERVIÇOS Exportações da UE (milhares de milhões de euros) Importações da UE (milhares de milhões de euros) 0 Adaptação a novas circunstâncias EUA Suíça China Rússia Japão Canadá Índia Brasil Hong Kong As alterações verificadas nas cadeias de abastecimento mundiais fazem com que o lugar onde é criado o valor acrescentado seja mais importante do aquele onde as exportações são efetivamente registadas. Consequentemente, mais do que tentar guardar cada fase da produção no território europeu, a política comercial europeia visa manter e, se necessário, reinventar o lugar da União Europeia nas cadeias de abastecimento mundiais. O comércio tem a ver, cada vez mais, com acrescentar camadas de valor desde a investigação e o desenvolvimento e a conceção ao fabrico de componentes, à sua montagem e à logística. Dados de Fonte: Eurostat. Embora muitas pequenas e médias empresas nem sempre exportem elas próprias diretamente, muitas fornecem peças, componentes e serviços que são incluídos em produtos exportados por empresas de maior dimensão. Um produto oficialmente registado como fazendo parte das exportações alemãs, pode na realidade incluir elementos produzidos na República Checa, na Bélgica ou na Polónia.

8 8 C O M P R E E N D E R A S P O L Í T I C A S D A U N I Ã O E U R O P E I A Cadeia de fabrico multinacional A China oferece muitos exemplos da crescente fragmentação internacional da produção. Um smartphone «montado na China» pode ter menos de 4% do seu valor acrescentado produzido no país e mais de 16% na Europa. Há casos em que mais de metade do valor acrescentado de um smartphone ou tablete «Made in China» é criado na Europa. O mesmo acontece com outros produtos, de brinquedos a aviões. Ainda assim, a maioria dos países continua a depender fortemente de valor acrescentado interno para produzir os bens que exporta. Cerca de 87% do valor acrescentado dos produtos exportados pela UE é interno. Na China, essa percentagem é de 76%. As cadeias de valor são cada vez mais importantes para compreender as implicações do comércio internacional, nomeadamente no que respeita aos mercados de trabalho. Por exemplo, como consequência das relações crescentes em termos de produção entre a UE e a China, em 2009, mais de 1,1 milhões de postos de trabalho na UE dependiam da atividade de exportação chinesa e 5,5 milhões de empregos chineses eram garantidos por exportações da UE. Acordos de comércio livre Atualmente, a União Europeia prossegue uma política de envolvimento ativo relativamente aos seus parceiros, por vezes no contexto de agrupamentos regionais, tendo em vista a negociação de acordos de comércio livre abrangentes. Este tipo de acordos, que prevê um acesso privilegiado aos mercados dos países signatários, constitui uma exceção aceite ao princípio de base da Organização Mundial do Comércio (OMC) de que todos os parceiros comerciais devem beneficiar de igualdade de tratamento. Os acordos variam consoante o nível de ambição e as capacidades do país, ou grupo de países, com que a União Europeia está a negociar. Não existe uma solução universal. Uma vez que os parceiros da União têm interesses diferentes, os conteúdos dos acordos são adaptadas a cada situação específica. Os acordos de comércio livre com os países desenvolvidos e as economias emergentes são motivados por razões económicas, baseando-se geralmente istockphoto/joesboy na abertura recíproca dos mercados. Por sua vez, os acordos de parceria económica concluídos com os países de África, das Caraíbas e do Pacífico, combinam comércio e objetivos de desenvolvimento. A política comercial europeia privilegia essencialmente as relações com os principais parceiros da União Europeia, como os Estados Unidos, o Canadá e o Japão, embora também seja prestada atenção às economias emergentes, nomeadamente os denominados BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que são considerados os novos motores da economia mundial. As vantagens para os exportadores da União Europeia decorrentes da conclusão de acordos com estes países são evidentes, tendo em conta que, nas suas exportações para o resto do mundo, continuam a deparar-se com direitos pautais da ordem dos 5% e, mesmo, consideravelmente mais elevados em relação a alguns países. Um acordo típico deste tipo abrange vários setores e questões e prevê um calendário para as reduções pautais para cada produto. Os acordos comerciais modernos concluídos pela União Europeia abrangem questões não pautais que vão desde a propriedade intelectual aos contratos públicos e contêm diversas disposições, designadamente em matéria de regras de origem, para determinar que produtos poderão beneficiar da eliminação ou redução dos direitos que lhes são aplicáveis. Estes acordos reforçam o sistema da União Europeia, baseado em regras, que extravasa o âmbito da própria Organização Mundial do Comércio (OMC), integrando estes aspetos nas disposições contratuais internacionais, tendo em vista proteger e fomentar o comércio e o investimento. Propriedade intelectual A competitividade da Europa no contexto de uma economia à escala mundial baseia-se, em grande parte, na inovação e no valor acrescentado dos bens que produz. O crescimento económico e o emprego são prejudicados quando as ideias, marcas e produtos europeus são objeto de pirataria e contrafação. A proteção dos direitos de propriedade intelectual (DPI), nomeadamente de patentes, marcas, desenhos e modelos, direitos de autor ou indicações geográficas, é cada vez mais importante para as empresas e os inventores e criadores europeus, para evitar que concorrentes sem escrúpulos façam cópias ilegais. A UE protege os direitos de propriedade intelectual de várias formas. No contexto da OMC, foi um dos grandes defensores do Acordo sobre os Aspetos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio (TRIPS). Também negoceia disposições relevantes em Os acordos de parceria económica combinam objetivos de comércio e de desenvolvimento.

9 C O M É R C I O acordos comerciais bilaterais e colabora estreitamente com as autoridades de países que não pertencem à UE tendo em vista reforçar o sistema de proteção desses direitos. Investimento Na qualidade de maior fonte de investimento direto estrangeiro, a União Europeia apoia a adoção de regras claras para proteger esta modalidade de financiamento, que desempenha um papel fundamental na criação de empresas e de postos de trabalho no estrangeiro, bem como de cadeias de abastecimento à escala mundial. DESTINO E PROVENIÊNCIA DOS INVESTIMENTOS Fluxo de IDE procedente da UE Outros países 22% Noruega 3% Hong Kong 2% Canadá 4% China (exceto Hong Kong) 4% Rússia 4% Fluxo de IDE para a UE Outros países 10% Hong Kong 2% Singapura 2% Brasil 2% Rússia 3% Noruega 3% Canadá 4% Suíça 11% Montante total: 341 mil milhões de euros Brasil 8% Suíça 11% Montante total: 303 mil milhões de euros Centros financeiros offshore 18% Estados Unidos 28% Centros financeiros offshore 14% Estados Unidos 45% «Investimento direto estrangeiro (IDE)» significa que uma pessoa ou uma empresa detém uma empresa, ou parte dela, noutro país. Assim, «fluxo de IDE procedente da UE» refere-se às pessoas que, dentro da UE, detêm empresas com sede num país que não pertence à UE e «fluxo de IDE para a UE» refere-se à situação inversa. Os dados indicados representam a média em para o conjunto dos 27 países da UE no seu conjunto. Fonte: Eurostat. O objetivo é proporcionar aos investidores segurança jurídica e um enquadramento estável, previsível, equitativo e devidamente regulamentado para o exercício das suas atividades. Isto é assegurado, em grande medida, através do Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (GATS) da OMC e, sempre que possível, no âmbito de acordos bilaterais. Mais recentemente, com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, a UE passou a ser responsável pela condução de negociações sobre a proteção dos investimentos europeus em países que não pertencem à UE. Contratos públicos A União Europeia está empenhada em garantir que as empresas europeias usufruam de condições equitativas no acesso a contratos adjudicados por entidades públicas de países terceiros relativos a fornecimentos de bens ou serviços ou a empreitadas de obras. Estes contratos tanto podem dizer respeito a grandes projetos de infraestruturas, como estradas e hospitais, como à aquisição de equipamento informático. O seu valor eleva-se, em termos comerciais, a cerca de um bilião de euros por ano. Em 2011, a OMC acordou em introduzir alterações no seu acordo sobre contratos públicos. Tais alterações constituem um importante passo em matéria de abertura dos mercados dos contratos públicos internacionais. A Comissão foi mais longe, propondo legislação que impede que empresas de países que não pertencem à UE que não subscrevem as regras da OMC e que discriminam empresas europeias possam apresentar propostas a concursos públicos europeus. Conclusão de acordos de comércio livre Antes do início das negociações com vista à conclusão de um acordo comercial, são necessários muitos meses de preparativos, durante os quais são realizadas consultas públicas, é avaliado o impacto potencial do acordo para as empresas e os consumidores europeus e são levadas a cabo conversações formais e informais entre a Comissão e o país ou região em questão para determinar os aspetos que devem ser abrangidos pelo mesmo. Após esta fase exaustiva de preparação, a Comissão solicita autorização ao Conselho de Ministros (composto por representantes dos governos da UE) para dar início a negociações, devendo este chegar a acordo quanto aos objetivos que a Comissão deve prosseguir. Durante o processo de negociação, que geralmente dura vários anos, a Comissão informa regularmente o Parlamento Europeu e o Conselho sobre os progressos realizados. Assim que é alcançado um acordo, a sua assinatura deve ser formalmente autorizada pelo Conselho. O Parlamento Europeu, em virtude das competências que lhe foram conferidas pelo Tratado de Lisboa, pode aceitar ou rejeitar o texto do acordo, embora não possa alterá-lo. Para além da luz verde a nível internacional, alguns países da UE também têm de ratificar o acordo em conformidade com os respetivos procedimentos nacionais. O acordo entra em vigor numa data determinada, mas pode ser aplicado antecipadamente a título provisório. 9

10 10 C O M P R E E N D E R A S P O L Í T I C A S D A U N I Ã O E U R O P E I A Em que consiste a política comercial europeia A UE desenvolveu a sua política comercial com base em três áreas de atividade principais: um papel ativo nas negociações multilaterais conduzidas sob os auspícios da OMC; relações comerciais bilaterais mais estreitas com determinados países e regiões e aplicação de medidas unilaterais, como a concessão de tratamento preferencial a países em desenvolvimento; uma estratégia em matéria de acesso que procura eliminar determinadas barreiras específicas nos principais mercados de exportação. Uma abordagem multilateral A União Europeia é uma grande defensora da ação multilateral. Nesse sentido, tem apoiado firmemente a ronda de negociações comerciais de Doha para o desenvolvimento desde que esta foi lançada pela OMC, em 2001, com o objetivo de negociar uma maior liberalização do comércio de bens e serviços, melhorar o acesso ao mercado para os países em desenvolvimento e proceder a uma revisão das regras comerciais. As vantagens que decorreriam de uma conclusão bem sucedida destas negociações seriam enormes. Calcula- -se que se verificaria um aumento de 2% do volume do comércio mundial e uma simplificação considerável dos procedimentos comerciais, dos aspetos logísticos e dos transportes. No entanto, a complexidade das questões em causa e os interesses divergentes dos participantes têm impedido que seja alcançado um acordo. Organização Mundial do Comércio A OMC foi instituída em 1 de janeiro de 1995, enquanto sucessora do Acordo Geral sobre Pautas Aduaneiras e Comércio (GATT), estabelecido após o final da Segunda Guerra Mundial, e conta, atualmente, com 160 países membros de pleno direito e 24 países com estatuto de observador. A OMC ajudou a criar um sistema de regras que garante a abertura da economia mundial, assegurando a gestão dos acordos comerciais concluídos sobre a sua égide, proporcionando um fórum para negociações, gerindo litígios, acompanhando as políticas nacionais, prestando assistência técnica e formação aos países em desenvolvimento e organizando a cooperação com outras organizações internacionais. Sempre que os membros da OMC desejam atualizar as regras multilaterais por que se regem, é iniciada uma nova ronda de negociações comerciais. A mais recente (ainda a decorrer) é conhecida por Ronda de Doha (Doha Round). ACORDOS DE COMÉRCIO LIVRE A União Europeia tem conseguido fazer avançar, numa escala sem precedentes, os seus objetivos de abertura recíproca com os seus principais parceiros comerciais, designadamente através da conclusão de acordos de comércio livre (ACL). Antes de 2006, estes últimos representavam menos de um quarto das trocas comerciais da União. Se todas as negociações atualmente em curso forem bem sucedidas, este valor deverá aumentar para dois terços. No final de 2012, estavam em vigor 28 acordos comerciais da União Europeia. A União Europeia desempenha um papel fundamental no âmbito da OMC. iwto

11 C O M É R C I O ACORDOS DE COMÉRCIO LIVRE JÁ EM VIGOR Países da vizinhança oriental: em 2013, a UE concluiu negociações relativas a uma zona de comércio livre abrangente e aprofundado (ZCLAA) com a Moldávia, a Arménia e a Geórgia, enquanto parte integrante de acordos de associação mais amplos. Em dezembro de 2011, foram concluídas negociações com a Ucrânia. Durante o verão de 2014, a Moldávia, a Geórgia e a Ucrânia ratificaram os acordos de associação (incluindo as ZCLAA). Os acordos com a Moldávia e a Geórgia estão a ser aplicados a título provisório desde setembro de Por sua vez, o acordo com a Ucrânia está a ser aplicado a título provisório desde novembro de 2014, exceto no que se refere à ZCLAA, que começará a ser aplicada a título provisório em 1 de janeiro de Em setembro de 2013, a Arménia decidiu aderir à união aduaneira com a Rússia e pôr termo ao processo AA/ZCLAA com a UE. Peru e Colômbia: o acordo de comércio foi assinado em junho de 2012, estando a ser aplicado a título provisório pelo Peru desde março de 2013 e pela Colômbia desde agosto de No final do primeiro ano de aplicação provisória, o comércio entre a UE e o Peru elevava-se a milhões de euros e o comércio entre a UE e a Colômbia a milhões de euros. Em julho de 2014, a UE e o Equador concluíram negociações com vista à adesão deste país ao acordo. Coreia do Sul: o acordo de comércio livre entre a UE e a Coreia do Sul entrou em vigor em julho de Trata-se do primeiro acordo de uma nova geração de acordos de comércio livre, lançada pela UE em 2007, a ser concluído. Este acordo tem um alcance inédito no que se refere à eliminação dos entraves ao comércio e às condições destinadas a facilitar as trocas comerciais entre empresas europeias e coreanas. No terceiro ano de aplicação do acordo, as exportações de bens da UE para a Coreia aumentaram 35%, atingindo um valor de milhões de euros, em comparação com milhões de euros no ano anterior à entrada em vigor do acordo. Durante o mesmo período, as exportações de bens total ou parcialmente liberalizadas pelo acordo cresceram mais do que o total das exportações, registando-se um aumento de 46% para os bens totalmente liberalizados e de 37% para os bens parcialmente liberalizados. Chile: o acordo de associação de 2002 incluía um acordo de comércio livre de âmbito alargado que entrou em vigor no ano seguinte. O comércio bilateral mais do que duplicou desde 2003, atingindo 18 mil milhões de euros em A UE é a segunda maior fonte de importações do Chile e o terceiro maior mercado de exportação desse país. 11 México: desde a entrada em vigor do acordo, em outubro de 2000, o comércio bilateral duplicou, passando o seu valor de milhões de euros para 45 mil milhões de euros em A UE e o México estão atualmente a considerar a possibilidade de atualizar o acordo, por forma a alinhá-lo pela nova geração de acordos comerciais e a adaptá-lo à evolução da economia mexicana. África do Sul: o acordo de comércio, desenvolvimento e cooperação em vigor desde 2000 criou uma zona de comércio livre que abrange 90% do comércio bilateral entre a UE e o seu maior parceiro comercial no continente africano. Sul do Mediterrâneo: os acordos de associação com a Argélia, o Egito, Israel, a Jordânia, o Líbano, Marrocos, a Autoridade Palestiniana e a Tunísia, concluídos entre 1995 e 2002, incluem acordos de comércio livre de bens. América Central (Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá): o acordo de associação UE-América Central foi assinado em junho de A parte comercial do acordo está a ser aplicada a título provisório em relação às Honduras, à Nicarágua e ao Panamá desde agosto de 2013, à Costa Rica e Salvador desde outubro de 2013 e à Guatemala desde dezembro do mesmo ano. Em 2013, as trocas comerciais entre as duas regiões cifraram-se em 12 mil milhões de euros. ACORDOS DE COMÉRCIO LIVRE JÁ CONCLUÍDOS, MAS AINDA NÃO EM VIGOR Singapura: o acordo de comércio livre UE Singapura foi, na sua maior parte, rubricado em setembro de As negociações em matéria de proteção do investimento foram concluídas em outubro de Singapura é o primeiro membro da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) a concluir a um acordo com a UE. Canadá: as negociações sobre um acordo económico e comercial global UE Canadá foram concluídas em setembro de Este acordo elimina 99% dos direitos aduaneiros e muitos outros obstáculos com que se confrontavam os operadores económicos, podendo, quando plenamente aplicado, resultar em ganhos de cerca de 12 mil milhões de euros para o PIB da UE. Antes de poder entrar em vigor, o acordo tem de ser ratificado por ambas as partes (texto integral do acordo disponível em linha).

12 12 C O M P R E E N D E R A S P O L Í T I C A S D A U N I Ã O E U R O P E I A Estados de África, das Caraíbas e do Pacífico (ACP): estão a ser postos em prática acordos de parceria económica entre a UE e os países ACP. Durante mais de trinta anos, estes países beneficiaram de um acesso preferencial ao mercado europeu. No entanto, esta situação não promoveu suficientemente as economias locais nem estimulou o crescimento ou o aumento das suas exportações para a UE. Os acordos de parceria económica são concebidos para ajudar estes países a integrar-se na economia mundial, assegurar um crescimento sustentável e reduzir a pobreza. Há quatro acordos em vigor, que abrangem as Caraíbas (14 países), a África Oriental (Madagáscar, Maurícia, Seicheles e Zimbabué), a África Central (Camarões) e o Pacífico (Papua-Nova Guiné e Fiji). Em 2014, foram concluídas negociações relativas a mais dois acordos, um com a África Ocidental (16 países) e outro com a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) (6 países). ACORDOS DE COMÉRCIO LIVRE EM FASE DE NEGOCIAÇÃO Índia: as conversações, que tiveram início em 2007, constituem a primeira tentativa de envolver um grande país emergente num exercício de abertura recíproca do comércio. ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático): estão em curso negociações bilaterais separadas com alguns países (ver Singapura supra). Foi dado início a negociações com a Malásia em maio de 2010, com o Vietname em junho de 2012 e com a Tailândia em março de A União Europeia considera que os acordos de comércio livre concluídos com cada um dos países da ASEAN são contributos para a realização de um acordo entre as duas regiões, que continua a ser o objetivo último a longo prazo. Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela): em 2013, o Mercosul foi o sexto maior destino das exportações da UE, com as exportações de bens a ascender a 57 mil milhões de euros. Em 2012, as exportações de serviços da UE atingiram os 21 mil milhões de euros. Se as negociações forem bem sucedidas, a zona de comércio livre UE Mercosul será o maior espaço de comércio livre entre duas grandes regiões do mundo (a Europa e a América do Sul), com benefícios substanciais para ambas as partes. Conselho de Cooperação do Golfo (Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Catar, Barém e Omã): as negociações sobre um acordo de comércio livre com este parceiro comercial importante da UE foram suspensas em 2008, mas continuam a existir contactos informais. O comércio deve também beneficiar os países em desenvolvimento. istockphoto/stefaniegiglio

13 C O M É R C I O Japão: em março de 2013, a UE e o Japão deram oficialmente início a negociações com vista a um acordo de comércio livre. As negociações em curso abrangem domínios como a progressiva liberalização do comércio de bens e serviços, o investimento, os contratos públicos e a eliminação das barreiras não pautais. Marrocos: em março de 2013, foram iniciadas negociações com vista a criar uma zona de comércio livre abrangente e aprofundado com a UE. Estados Unidos: as relações económicas da UE com os Estados Unidos, sem paralelo em termos de âmbito de aplicação nem de intensidade, ainda têm um potencial de desenvolvimento considerável. Uma vez que os direitos pautais são da ordem dos 4%, a solução para desbloquear esse potencial reside na eliminação das barreiras não pautais. Em julho de 2013, foram lançadas negociações sobre uma Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP). Segundo um estudo independente, os ganhos económicos para a UE resultantes de uma parceria tão ambiciosa como a TTIP poderão rondar os 119 mil milhões de euros por ano, o que se traduziria num rendimento anual adicional de 545 euros para uma família de quatro pessoas na UE. FUTURAS NEGOCIAÇÕES Sul do Mediterrâneo (Egito, Jordânia, Marrocos e Tunísia): em dezembro de 2011, os governos dos países da UE aprovaram mandatos de negociação para aprofundar a alargar os acordos de comércio livre em vigor. A primeira ronda de negociações foi lançada em março de 2013, com Marrocos. Os acordos de comércio livre são uma componente essencial de muitos acordos de associação. A UE está igualmente associada a um certo número de países vizinhos através de uniões aduaneiras (Andorra, São Marinho e Turquia). Estão em vigor acordos de comércio livre na Europa (Ilhas Faroé, Islândia Noruega e Suíça) e com países do Sul do Mediterrâneo (Argélia, Egito, Israel, Jordânia, Líbano, Marrocos, Autoridade Palestiniana, Síria e Tunísia). Para além dos acordos de estabilização e associação com os Balcãs Ocidentais, existe um regime comercial autónomo entre a UE e a antiga República jugoslava da Macedónia, a Albânia, o Montenegro e a Bósnia-Herzegovina, a Sérvia e o Kosovo*. * Esta designação não prejudica as posições relativas ao estatuto e está conforme com a Resolução 1244/1999 do Conselho de Segurança das Nações Unidas e com o parecer do Tribunal Internacional de Justiça sobre a declaração de independência do Kosovo. Relações estratégicas 13 China: a China é atualmente o segundo maior parceiro comercial da UE, a seguir aos Estados Unidos, e a UE é o maior parceiro comercial da China. Em novembro de 2013, a UE e a China anunciaram que iam dar início a negociações sobre um acordo de investimento abrangente UE-China, que prevê a liberalização progressiva do investimento e a eliminação recíproca de restrições para os investidores no mercado da outra parte. Rússia: a UE é, de longe, o parceiro comercial mais importante da Rússia, representando mais de metade das importações e exportações do país. A adesão da Rússia à OMC em 2012 teve como consequência a redução dos seus direitos de importação e criou um espaço para a resolução de eventuais problemas bilaterais. Contrariamente às expectativas da UE, desde então, a Rússia adotou uma posição mais protecionista, que se tem radicalizado com a crise na Ucrânia. Países em desenvolvimento A União Europeia encoraja vivamente os países em desenvolvimento a utilizar o comércio para impulsionar as suas próprias economias e melhorar as condições de vida. O crescimento do comércio pode reforçar a suas receitas de exportação e promover a diversificação das suas economias, fazendo com que estas deixem de depender dos produtos de base e das matérias-primas. A fim de fomentar as exportações dos países em desenvolvimento, a UE criou um sistema de preferências generalizadas (SPG) em 1971 tendo sido a primeira organização do mundo a fazê-lo nos termos do qual introduziu direitos de importação preferenciais para todos os países em desenvolvimento, conferindo-lhes um acesso vital aos mercados europeus. No entanto, nas últimas quatro décadas, os equilíbrios económicos e comerciais mundiais alteraram-se substancialmente. Vários países em desenvolvimento mais avançados integraram-se com êxito no sistema de comércio mundial, enquanto um maior número de países mais pobres começaram a ficar cada vez mais para trás. No atual contexto, caracterizado por uma grande competitividade, as preferências pautais devem ser concedidas aos países mais necessitados. Por conseguinte, o novo sistema de preferências generalizadas (SPG), que entrou em vigor em 2014, beneficia os países menos desenvolvidos e outras economias de rendimento baixo e médio-baixo que não usufruem de outro acesso preferencial à UE. Assim, atualmente, 88 países beneficiam de preferências generalizadas. Países como a Rússia, o Brasil, o Kuwait ou a Arábia Saudita, que o Banco Mundial classifica como

14 14 C O M P R E E N D E R A S P O L Í T I C A S D A U N I Ã O E U R O P E I A países de rendimento elevado ou médio, e parceiros que usufruam de outra forma de acesso preferencial ao mercado UE, idêntica ou mesmo mais vantajosa que as preferências generalizadas (por exemplo, um acordo de comércio livre), deixam de beneficiar deste sistema. Um incentivo especial, o SPG+, prevê reduções pautais adicionais para países vulneráveis que subscrevem 27 convenções internacionais sobre direitos humanos, direitos laborais, normas ambientais e normas de boa governação. Graças ao regime da UE «Tudo menos armas», 49 países menos desenvolvidos podem beneficiar de um acesso ao mercado europeu com isenção de direitos e de contingentes para todos os seus produtos, com exceção de armas e munições. Além disso, a Comissão Europeia gere um serviço de assistência especial em quatro línguas (inglês, francês, espanhol e português), que oferece aconselhamento em matéria de exportação às empresas dos países em desenvolvimento que não têm capacidade para o fazer. Estratégia de acesso aos mercados Esta estratégia cria novas oportunidades para as empresas europeias em matéria de exportação para mercados de países terceiros, especialmente para aqueles com os quais não foi concluído nenhum acordo de comércio livre. Uma parceria entre a Comissão, países da União Europeia, empresas e determinadas entidades locais, como as câmaras de comércio, contribui para identificar e lutar contra eventuais entraves ao comércio. A UE gere uma base de dados interativa e gratuita sobre o acesso aos mercados que contém informações sobre as condições prevalecentes em países que não pertencem à UE, nomeadamente sobre os entraves específicos ao comércio, as formalidades de importação, bases de dados sobre estatísticas e diversos estudos. Defesa comercial As negociações comerciais podem ajudar a preparar o caminho para a futura prosperidade económica, mas igualmente importante é a necessidade de assegurar que os direitos e regras existentes são devidamente respeitados e aplicados. Caso contrário, a capacidade da União Europeia para competir internacionalmente poderá ficar comprometida, prejudicando o emprego a nível interno. A Comissão atribui especial importância ao cumprimento da regulamentação. Nessa perspetiva, fiscaliza atentamente o comportamento dos seus parceiros comerciais a fim de poder intervir rapidamente em caso de entraves ao comércio discriminatórios ou desproporcionados, tais como dificuldades na obtenção de patentes ou licenças, ou de práticas desleais. O respeito dos direitos e o cumprimento das regras podem ser garantidos de várias formas: por via diplomática, contactos políticos, negociação ou cooperação regulamentar e através da OMC. Os processos de resolução de litígios da OMC constituem o principal fórum para a resolução de diferendos comerciais. Qualquer um dos membros da OMC pode apresentar um caso perante um painel especial, que o examina em conformidade com as regras acordadas a nível internacional. Se um membro não cumprir as recomendações, podem ser aplicadas sanções ou medidas de compensação comercial. Em conformidade com as regras da OMC, a União Europeia dispõe da sua própria série de instrumentos de defesa comercial para garantir a lealdade num mundo de concorrência. Esses instrumentos são concebidos cuidadosamente, de modo a garantir condições equitativas para todos e a evitar eventuais abuso protecionistas. A concorrência desleal assume essencialmente duas formas: subvenções ou dumping. No primeiro caso, trata-se da concessão de ajuda pública a um setor específico, o que falseia a concorrência uma vez que torna os bens subvencionados artificialmente competitivos. No segundo caso, os fabricantes de países terceiros vendem os seus produtos na União Europeia abaixo do preço de venda no respetivo mercado interno. Sempre que a Comissão suspeita da existência de casos de subvenções ou de dumping) ou recebe denúncias deste tipo de comportamentos, leva a cabo um inquérito. Caso as conclusões estabeleçam que houve violação das regras do comércio, a União Europeia pode aplicar medidas de compensação, nomeadamente direitos adicionais, a fim de eliminar as vantagens concorrenciais desleais de que o país em causa esperava beneficiar.

15 C O M É R C I O 15 O futuro da política comercial A União Europeia continua empenhada na realização dos seus ambiciosos objetivos comerciais, defendendo a abertura dos mercados e considerando que o comércio faz parte da solução para a crise económica. A conclusão das negociações em curso também é do interesse dos países e regiões que são parceiros comerciais da União Europeia, uma vez que esta representa o maior mercado do mundo para as suas exportações. Os acordos de comércio livre não estão isentos de críticas, sendo por vezes apresentados na Europa como uma forma de expor os produtores europeus à concorrência desleal de importações baratas. Numa perspetiva diferente, a União Europeia é às vezes acusada de pretender penetrar em mercados, particularmente de países em desenvolvimento, e de destruir postos de trabalho a nível local. No entanto, estas críticas não têm em conta os elementos que provam o contrário nem os benefícios visíveis desses acordos para a União e para os seus parceiros. Lutar contra o protecionismo É inevitável que alguns vejam o protecionismo como a solução para muitos problemas. O G20, que reúne os maiores países industrializados, prometeu formalmente não adotar medidas de restrição ao comércio e eliminar imediatamente todas as que forem introduzidas. No entanto, a realidade no terreno é, por vezes, diferente das palavras e princípios acordados em cimeiras de alto nível. Não obstante o compromisso assumido pelo G20, muitas economias emergentes parecem mais inclinadas a introduzir medidas que podem eventualmente distorcer o comércio no intuito de proteger os seus próprios mercados da concorrência internacional. A União Europeia continuará a lutar contra o protecionismo. A União perderia mais do que teria a ganhar se adotasse medidas protecionistas idênticas, uma vez que depende de muitos produtos importados. Aumentar o custo desses produtos reduziria a competitividade da União, tanto no seu interior como no exterior, conduzindo diretamente a uma perda de produção e de emprego na Europa. Um aumento de 10% das restrições comerciais poderia conduzir a uma perda de 4% do rendimento interno. Enquanto primeira região comercial do mundo, a União Europeia tem um grande interesse na abertura dos mercados e na existência de quadros regulamentares claros. Consciente da sua forte responsabilidade para com os seus próprios cidadãos e para com o resto do mundo, a União tenciona prosseguir a sua atual estratégia e defender vigorosamente um sistema de comércio mundial aberto e justo através de acordos bilaterais e multilaterais. Roterdão, nos Países Baixos, é um dos maiores terminais de contentores do mundo. istockphoto/opla

16 16 C O M P R E E N D E R A S P O L Í T I C A S D A U N I Ã O E U R O P E I A NA PT-C Mais informações XX Comércio externo da União Europeia: XX Boletim informativo da União Europeia sobre o comércio externo: XX Export Helpdesk: XX Base de dados sobre o acesso aos mercados: XX Perguntas sobre a União Europeia? O serviço Europe Direct pode ajudá-lo: ISBN doi: /99349

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