A ELEIÇÃO PARLAMENTAR NO MERCOSUL (MARIANO, 2011) Alane Pinheiro, Evertton Lira, Fernando D Oliveira, Yuri Monteiro

Transcrição

1 A ELEIÇÃO PARLAMENTAR NO MERCOSUL (MARIANO, 2011) Alane Pinheiro, Evertton Lira, Fernando D Oliveira, Yuri Monteiro

2 DA AUTORA: KARINA PASQUARIELLO MARIANO Atualmente é professora adjunta da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

3 Mercosul e os ajustes institucionais > ampliação da temática social nas negociações > suscitou o início de um intenso debate entre: céticos sobre a necessidade de ampliação x defensores da ampliação e aprofundamento

4 PROPOSTA DO ARTIGO Levantar alguns aspectos centrais sobre o papel desempenhado pelos parlamentares no âmbito da integração. Princípio da análise: o estabelecimento de um parlamento é um avanço no sentido de um aprofundamento no processo de integração.

5 2 PRESSUPOSTOS I. Não há nos governos do Mercosul disposição em retroceder do atual estágio de integração. II. Embora defenda-se um aprofundamento da integração, a lógica institucional do Mercosul permanece estritamente intergovernamental

6 Interesses domésticos se sobrepõem às decisões do bloco, reforçando a adoção de medidas protecionistas, especialmente em momentos de tensão política interna. (p.139) Duas visões: é preciso uma mudança estrutural x essa saída burocratizaria o bloco. O significado de aprofundamento

7 O Parlasul não é apenas uma representação legislativa no bloco Pergunta central do artigo : Em que medida o Parlasul representa uma modificação na lógica dos negociadores quanto ao significado do aprofundamento da integração, aceitando ou não a transferência de autoridade e autonomia para a institucionalidade regional? Como: Analisando o comportamento dos parlamentares brasileiros tanto na CPCM como no Parlasul > procurando compreender as motivações de suas ações e como elas afetam a própria evolução da integração no Cone Sul

8 A EVOLUÇÃO DA REPRESENTAÇÃO PARLAMENTAR NO MERCOSUL Alteração na conjuntura regional e seu impacto sobre os atores; Durante o processo de aproximação de Brasil e Argentina na década de 80, os parlamentares dos dois países estavam focados em questões democráticas internas; Tratado de Integração Cooperação e Desenvolvimento (1988) e a instauração da Comissão Parlamentar Conjunta de Integração (CPCI); Distanciamento entre a agenda e os interesses do Congresso brasileiro e o processo de integração do Cone Sul; Regimento interno da CPMC.

9 A EVOLUÇÃO DA REPRESENTAÇÃO PARLAMENTAR NO MERCOSUL Tanto a CPCI como a CPMC tiveram papel apenas consultivo e não faziam parte da estrutura institucional do bloco; Centralização do processo decisório no Executivo e a opção pela intergovernamentalidade institucional; Dificuldades institucionais internas e no bloco; Poucos resultados na incorporação de normas e decisões; Protocolo de Ouro Preto (1994).

10 A EVOLUÇÃO DA REPRESENTAÇÃO PARLAMENTAR NO MERCOSUL Falta de interesse dos parlamentares brasileiros de atuar na CPC; Existência de duas agendas políticas; Mudança na perspectiva do Mercosul com a chegada de governos de esquerda ao poder.

11 HERANÇA DO PARLASUL Funções legislativas convencionais x processo de integração; Fortalecimento democrático; Harmonização das normas nacionais; Questionamentos em torno do Parlasul.

12 DA CPC AO PARLASUL Primeira e segunda etapas; Parlasul atrelado ao que era a CPC com pequenos avanços; Conselho do Mercado Comum (CMC) como órgão mais importante; Ampliação do poder de fiscalização e controle do Parlasul como alternativa; Parlasul ir além da CPC implica em mudanças profundas.

13 CONSEQUÊNCIAS INESPERADAS DO PARLASUL Uma maior institucionalidade do Mercosul promoveria um aprofundamento no processo, trazendo o debate político para o seu cotidiano e estimulando a formação de uma identidade política e uma cidadania regional (p. 149); Governos de esquerda e cooperação sul-sul; Nova institucionalidade implica novos princípios; Eleição direta e representação proporcional é um primeiro indício de supranacionalidade; 31 de dezembro de 2014 era o prazo para que todos os membros do Parlasul fossem eleitos diretamente;

14 CONSEQUÊNCIAS INESPERADAS DO PARLASUL A composição parlamentar seria: Uruguai e Paraguai (18 membros), Argentina (deixa de ter 26 e passa a ter 43) e Brasil (passa de 37 para 75); Desinformação sobre a integração no Mercosul; Amorim Neto (2012); Tarouco, Madeira e Vieira (2013); Amadurecimento do debate sobre integração; Fomentar o conhecimento sobre o processo é essencial para fortalecera instituição; PL sobre eleições no Brasil para o Parlasul; Eleição direta estimularia o comportamento regionalista dos atores. Quanto maior e mais efetiva a atuação, maior seria as reivindicações por maior poder decisório.

15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Amorim Neto, Octávio. De Dutra a Lula: A condução e os determinantes da política externa brasileira. Rio de Janeiro, Elsevier, MARIANO, Karina Pasquariello. A eleição parlamentar no Mercosul. Revista Brasileira de Política Internacional, n. 54, vol. 2, pp TAROUCO, Gabriela; MADEIRA, Rafael; SORAIA, Vieira. Agendas, preferências e competição: PT e PSDB nas disputas presidenciais brasileiras. 37º encontro anual da ANPOCS

16 CONCLUSÕES