OS PRONOMES NA LÍNGUA KAINGANG E A VARIAÇÃO NA ESTRUTURA FRASAL

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1 OS PRONOMES NA LÍNGUA KAINGANG E A VARIAÇÃO NA ESTRUTURA FRASAL Emília Rezende Rodrigues ABREU (PG UEL) Ludoviko dos SANTOS (UEL) ISBN: REFERÊNCIA: ABREU, Emília Rezende Rodrigues; SANTOS, Ludoviko dos. Os pronomes na língua kaingang e a variação na estrutura frasal. In: CELLI COLÓQUIO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS. 3, 2007, Maringá. Anais... Maringá, 2009, p INTRODUÇÃO Das 120 línguas indígenas faladas em todo o território brasileiro, poucas são amplamente estudadas. Podemos constatar que, as línguas indígenas que possuem estudos teóricos a seu respeito, contribuíram com a expansão do conhecimento dos mecanismos que regulam as línguas naturais. Os estudos da língua Kaingang tiveram seu início desde o século XIX. O primeiro lingüista a publicar um estudo de um dialeto Kaingang foi Mansur Guérios, num trabalho sobre o dialeto de Palmas (PR), na década de Já o primeiro estudo amplo da língua, da fonologia à sintaxe, se deve à lingüista Ursula Wiesemann. A morfologia da língua kaingang é relativamente simples, mas em sua sintaxe ocorrem ricos processos relacionados à expressão de aspecto. Porém, faltam estudos didáticos pedagógicos que auxiliem os professores nativos desta língua. Nas visitas à Terra Indígena no Apucaraninha, presenciamos algumas aulas do professor Ludoviko dos Santos, com objetivo de ajudá-los pedagogicamente. Pudemos constatar a carência de um material que auxilie os professores nativos do kaingang. É de suma importância, a pesquisa desta língua e principalmente, a elaboração de um material pedagógico que poderá ser usado nestas escolas indígenas. Sendo assim, esta pesquisa visa analisar os pronomes da língua Kaingang, abordando de forma descritiva os pronomes pessoais, possibilitando, um material de fácil acesso a Professores Bilíngües das escolas indígenas do Norte do Paraná e contribuir com a descrição da gramática desta língua. 2.OBJETIVO 1334

2 Com este trabalho pretendemos iniciar uma análise dos pronomes na língua kaingang e as modificações que ocorrem na estrutura padrão desta língua - S O V. 3. REFERENCIAL TEÓRICO: A linha teórica na elaboração deste trabalho se baseia nos preceitos da lingüística descritiva (GLEASON, 1961) e do funcionalismo (GIVÓN, 1984). Seguindo esta linha da lingüística givoniana, este projeto objetiva descrever as observações lingüísticas atestadas entre os falantes do kaingang. Sem buscar determinar regras ou padrões, documenta-se a língua e seu funcionamento no momento da descrição. Desta forma, busca-se determinar os princípios e características que regulam as estruturas lingüísticas analisadas, neste caso, o kaingang. Segundo Givón A comunicação humana é multiproposicional, na qual o discurso imediato e o tema do contexto geral controlam a maior parte das escolhas dos mecanismos gramaticais. (GIVÓN, 1984, p. 10). Em outras palavras, o estudo da lingüística envolve o falante e o ouvinte e o contexto no qual estão inseridos e as escolhas que ambos fazem para produzir seus enunciados. O estudo da sentença é o primeiro passo para identificar o inventário dos códigos lingüísticos que constroem a estrutura morfossintática de uma língua. O objetivo lingüístico, a partir desta visão, é elucidar como os mecanismos são usados na comunicação. Portanto, como primeira etapa do trabalho, temos as descrições das orações e a segunda etapa, o estudo de textos. Ainda segundo este autor, com a análise descritiva de sentenças, pode-se perceber quais estruturas são possíveis na língua estudada, mas não se pode saber nada sobre o contexto no qual ela foi usada. Também não há como saber com que freqüência outras sentenças, com mesmo significado, podem ocorrer. Através da coleta de dados, modelos experimentais são formados e hipóteses são levantadas e outras descartadas. Seguindo uma abordagem funcionalista, procuraremos descrever as várias formas possíveis de um enunciado. Cada análise das coletas efetuadas procurará estabelecer os princípios das estruturas escolhidas pelo falante indígena. Segundo Mussalim (MUSSALIN, 2001, p. 211): A abordagem funcionalista vê a linguagem como um sistema não-autônomo. Ela nasce a partir de uma necessidade de comunicação entre os membros de uma comunidade, que está sujeito às limitações impostas pela capacidade humana de adquirir e processar o conhecimento e que está continuamente se modificando para cumprir novas necessidades comunicativas. Portanto, nas análises dos enunciados em kaingang serão considerados o falante, o ouvinte e suas necessidades comunicativas que permearão estes enunciados. Quando um falante nativo fala, ele escolhe, faz opções e são estas variações que serão descritas. Para estabelecer um ponto de partida, algumas frases serão utilizadas como frases padrão (ou gabaritos) para que sejam estabelecidas as variações a partir destas. Assume-se que há a possibilidade de diversas alternativas para a ordenação dos constituintes em uma sentença. Não haveria uma única ordem possível, mas uma coexistência de vários padrões. Nosso trabalho, porém, seguirá certa estrutura, para que a partir desta, possamos determinar outras variações possíveis. Estudando os pronomes, sabemos que eles podem se referir tanto a pessoas como a animais, mas isto não é relevante sintaticamente. Lyons (1979) fala que nos pronomes pessoais, a categoria de pessoa se define com clareza pela noção de papel. Quando o falante se estabelece como a 1ª pessoa, ele mesmo é o objeto do discurso. A 2ª pessoa é usada para referir-se ao seu ouvinte. A 3ª pessoa é usada para se referir às 1335

3 pessoas ou coisas que não sejam o falante e seu ouvinte. Ainda segundo este autor, a 3ª pessoa também é considerada como um membro negativo no enunciado. Negativo, pois não participa do enunciado. Já a 1ª e 2ª pessoa são membros positivos, pois fazem parte ativa do enunciado. Lyons (1979) também destaca que a 2ª pessoa do plural não é o plural da 1ª pessoa do singular (eu nós), pois, nós pode indicar eu + outras pessoas que não o seu ouvinte. Por isso, há o nós inclusivo (eu + o seu ouvinte) e o nós exclusivo (eu outros, + o(s) ouvinte (s)). Em kaingang não há esta distinção entre o pronome nós : inclusivo e exclusivo. No inglês, os pronomes de 3ª pessoa se distinguem por traços não dêiticos de gênero: he (ele), she (ela) e it (neutro) que são neutralizados na 3ª pessoa do plural they (plural de he, she e it). Esta distinção também acontece no alemão e no russo. Porém, outras línguas românicas como, por exemplo, o francês e o português, a distinção no plural é mantida: elles (elas), ils (eles) e eles/ elas. Os pronomes de 3ª pessoa em Kaingang também possuem esta distinção de gênero, tanto no singular: ti (ele), fi (ela) como no plural: ag (eles) e fag (elas). Esta característica de distinção dos pronomes de 3ª pessoa ele/ ela, he/ she e it, em inglês, torna-os diferentes dos pronomes indefinidos: somebody/alguém e something/algo. Já na língua turca, a categoria definida é marcada por um sufixo nos pronomes de 1ª, 2ª pessoa no acusativo. 4. OS PRONOMES PESSOAIS EM KAINGANG Na tabela abaixo, temos a classificação dos pronomes pessoais e os pronomes demonstrativos. Estes funcionam como sujeito, objeto, possessivos, mas não como sujeito ergativo. Pronomes 1ªp.s. Inh- Eu/ meu(s), minha 1ª p. p. Ēg- Nós/ nosso(s), nossa(s). (s). Pessoais e 2ª p. s. Ã- tu, você/ teu (s), 2ª p. p. Ãjag- Vocês/ de vocês. seu(s). Possessivos 3ª p. s. Ti-Ele/ Seu, dele. Fi-Ela/ sua, dela. 3ª p. p. Ag- Eles/ deles. Fag-Elas, o casal/ delas, do casal. 5. ANÀLISES DOS DADOS Conforme algumas análises das coletas de dados, já efetuadas na terra indígena Apucaraninha, seguem abaixo algumas descrições quanto ao uso dos pronomes em kaingang e as variações na estrutura frasal desta língua. Para descrever os pronomes pessoais escolhemos frases com sujeitos nominais e sujeitos pronominais para verificar a variação na estrutura frasal. Também alguns verbos foram escolhidos para a verificação da estrutura das frases: verbos ir, matar. Seguem abaixo as análises descritivas. 5.1 ANÁLISES DAS ORAÇÔES COM VERBO IR 1336

4 Vyr = verbo intransitivo singular (v. i. sing.) = foi ORAÇÕES NO PASSADO COM SUJEITO NOMINAL Estrutura oracional: S O V 1. João vỹ ã ĩn ra vyr. João m.s. sua casa para ir *(m.s.=marcador de sujeito) João foi para sua casa. O pronome possessivo precedeu o objeto possuído. 2. João vỹ tĩ tũ nĩ ã ĩn ra. (S.+ Part. de neg. + O + prep. -sem o verbo). João m.s neg. sua casa para *(neg. = partícula de negação) João não foi para sua casa. 3. João vỹ ti ĩn ra tĩ tũ nĩ. (S O+ part. neg. + sem o verbo). João m.s. dele casa para neg. João não foi para casa dele. Na frase que temos as partículas de negação tĩ tũ nĩ As partículas de negação precederam o objeto. Quando o pronome possessivo usado foi dele, a partícula de negação posicionouse após o objeto. A frase afirmativa com sujeito menino. A estrutura oracional: S V (não foi dada o objeto casa, talvez por ter sido feita a coleta numa seqüência de frases quase idênticas ou porque é possível este enunciado com a ausência do objeto). 4. Gĩr vỹ ra vyr. S V Menino m.s. para foi O menino foi para. Também com sujeito Menino, não foi dada a palavra casa, somente Ele foi. 5. Gĩr ti vyr. S V Menino pron. dem. foi. * (pron. dem = pronome demonstrativo.) Esse menino foi Numa coleta de frase negativa, foi dada pelo nosso informante a frase: 6. Gĩr ti tũ tĩ nĩ. S + part. neg. Menino pron. dem. neg. Esse menino não Com os dados 5 e 6, pode-se concluir que, oralmente, em um contexto específico, nem sempre, em frases negativas e afirmativas, é necessário o uso do verbo e do objeto. 1337

5 Em outra coleta, repetimos a frase negativa e foi dada a seguinte frase: 7.Gĩr vỹ ti ĩn tĩ tũ nĩ. S O + part. neg. Menino m.s. sua casa neg. O menino não foi para casa dele. Hipóteses: A partícula de negação posicionou-se após o objeto. A estrutura frasal difere da frase com o sujeito nominal João. (dado nº. 2- João vỹ tĩ tũ nĩ ã ĩn ra). Nesta frase a partícula de negação posiciona-se na frente do objeto. A diferença pode ser por causa dos pronomes ã (seu) e ti (dele). Isto precisa ser verificado posteriormente. Também podemos verificar com os dados acima que quando não há a partícula marcadora de sujeito vỹ, nas frases com sujeito nominal Gĩr (menino), é usado o pronome demonstrativo ti ORAÇÕES NO PASSADO COM SUJEITO PRONOMINAL Estrutura O S V 8. Ti ĩn ra ti vyr. O S V Dele casa para ele foi Ele foi para casa dele. 9.Ã ĩn ra ti vyr. O S V Sua casa para ele foi Ele foi para sua casa (sua- com quem se fala). A frase com sujeito pronominal o objeto inicia a frase. A estrutura frasal foi O S V. Perguntei ao informante se poderia trocar a preposição ra (= para) pela preposição my (= para) e ele respondeu que não. Sua resposta exata foi: Quando dizemos:... ra ti vyr, entendemos que ele foi. Parece que há uma diferenciação como há na língua inglesa entre as preposições for e to. A preposição to" indica direção em relação a um objetivo. Quando este objetivo é físico, como um lugar, um destino, a preposição to indica movimento em direção à algum lugar. Este significado da preposição to parece ser o sentido da preposição ra em Kaingang VERBO IR: ORAÇÕES NO PASSADO 10. Ã ĩn ra ti tĩ tũ nĩ. O + S +part. neg. Sua casa para ele neg. Ele não foi para sua casa (com quem se fala) Na frase negativa o objeto também se posiciona no início da oração. A partícula de negação não está próxima do objeto, como nos dados 2, 3 e 7. Também se pode verificar que as partículas de negação vêm após a preposição ra. Diferente do dado nº. 2, com sujeito nominal João. 1338

6 2.João vỹ tĩ tũ nĩ ã ĩn ra. S + part. neg. + O João m.s. neg. sua casa para João não foi para sua casa Também a estrutura é diferente do dado nº. 7, com sujeito menino, na qual não se usa a preposição ra. Neste dado o objeto está no meio da frase, antes das partículas de negação. 7. Gĩr vỹ ti ĩn tĩ tũ nĩ. S O + part. neg. Menino m.s. dele casa neg. O menino não foi para casa dele Nas frases negativas, tanto com sujeito pronominal como sujeito nominal, não aparece explícito na frase o verbo vyr VERBO IR: ORAÇÕES NO FUTURO Quando foi coletada a frase no tempo futuro O menino não vai para sua casa, a frase possuía uma semelhança na estrutura frasal com tempo passado, porém, não foi usada a partícula que indica o futuro, nem a palavra ĩn (=casa). Com o sujeito pronominal, o verbo no futuro, no tempo passado e frase negativa. Ambas possuem a estrutura OS. (11= 10) 11. Ã ra ti tĩ tũ nĩ. O S + part. de neg. Sua casa ele neg. Ele não vai (irá) para casa sua 12. Ã ĩn ra ti tĩ tũ nĩ. O S + part. de neg. Sua casa para ele neg. Ele não foi para sua casa. Tanto na frase do tempo passado quanto na do futuro, o sujeito pronominal precede as partículas de negação. 13. João vỹ ã ĩn ra vyr. S O V João m. s. sua casa para foi João foi para sua casa. 14. João ĩn ra ti tĩ ke mũ. S O + partícula de futuro. João casa para pron. dem. ind. asp. fut. *( ind. asp. =indicador de aspecto e fut.= partículas de tempo futuro). João vai (irá) para casa dele. A partícula tĩ além de ser usada como parte da partícula de negação também aparece nas frases com o verbo no futuro. Ver dados nº. 14. Segundo WIESEMANN (2002), é um indicador de aspecto. Este fato poderá ser estudado posteriormente. Também se pode constatar que tanto nas frases negativas e nas frases com verbo no futuro o verbo vyr não aparece. Ver dados nº. 2, 3, 7, 10, 11,12 e

7 A posição da preposição ra também variou nestes dados e isto pode ser objeto de estudo posteriormente. A preposição ra posicionou-se: 1. Dado nº 1 João vÿ ã ĩn ra vyr. - Na frente do verbo 2. Dado nº 2.João vỹ tĩ tũ nĩ ã ĩn ra - Após a partícula de negação. 3. Dado nº 3. João vỹ ti ĩn ra tĩ tũ nĩ. Na frente da partícula de negação, após o objeto. (como no dado nº 10. Ã ĩn ra ti tĩ tũ nĩ, e dados 11 e 12.). 4. Dado nº 8. Ti ĩn ra ti vyr. Na frente do sujeito pronominal, após o objeto ANÁLISES DAS ORAÇÕES COM VERBO MATAR Tén= verbo transitivo singular (v. t. sing.) = matar/ embebedar. Tãnh= verbo transitivo (v. t.) = matar/ bater até morrer TEMPO PASSADO E ADVÉRBIO DE TEMPO: Com a análise dos dados coletados com este verbo, pudemos notar que com o uso de advérbio e sujeito pronominal, o advérbio pode se posicionar tanto no início da frase como também no final da mesma. 13. Rãké tá inh mĩg tén ou 14. Mĩg tén inh, rãké tá Ontem eu onça matar Onça matar eu, ontem Adv. + S O V ou O V S + adv. Eu matei a onça ontem 15. Rãké tá inh fi tén. Adv.+ S O V Ontem eu ela matar Eu matei ela ontem. O mesmo aconteceu com o uso de sujeito pronominal ele. 16. Rãké tá ti mĩg tén. Adv. + S O V Ontem ele onça matar Ele matou a onça ontem Pudemos observar que o sujeito pronominal sempre está próximo ao advérbio. 17. Mĩg tén inh, rãké tá. O V S + adv. Onça matar eu, ontem Eu matei a onça ontem Veja também os dados 13 a 16. O advérbio parece atrair o sujeito pronominal para perto de si. 18. Rãké tá Jũm vỹ mĩg tén Adv. + S O V Ontem João m.s. onça matar João matou a onça ontem 1340

8 19. Rãké tá Jũm vỹ mĩg fi tén. Adv. + S O V Ontem, João m.s. onça m.f. matar João matou a onça ontem O advérbio também atrai o sujeito nominal.para perto de si. Em todos os dados tanto do verbo ir como do verbo matar, podemos perceber que a partícula vỹ somente é usada com sujeito tópico nominal FRASES COM SUJEITO PRONOMINAL, OBJETO NOMINAL E PRONOMINAL Com a coleta de frases afirmativas simples com sujeito pronominal, objeto nominal e pronominal, percebemos que não há o uso de partículas, mesmo na frase com uso de advérbio de tempo. A estrutura é sempre: OVS, mudando apenas com o uso do advérbio, que tende a atrair o sujeito para perto de si. 19. Mĩg tén inh. O V S Onça matar eu Eu matei a onça. (Dados 13 e 14) 13. Rã ké tá inh mĩg tén/ ou 14. Mĩg tén inh, rã ké tá. Ontem eu onça matar ou Onça matar eu, ontem Adv. + S O V ou O V S + Adv. Eu matei a onça ontem 20. Fi tén inh. O V S Ela matar eu Eu matei ela. Nos dados abaixo podemos perceber que o sujeito posicionou-se tanto no início como no fim da frase, sendo ele nominal ou pronominal. Entretanto, o que não mudou foi a posição do objeto e do verbo. Estes estavam sempre próximos - O V 21. Jũm vỹ mĩg tén S O V João m.s. onça matar João matou a onça. 22. Rãké tá Jũm vỹ mĩg fi tén Adv. + S O V Ontem, João m.s. onça m.f. matar João matou a onça ontem 23. Mĩg tén inh O V S Onça matar eu Eu matei a onça. 24. Fi tén inh. O V S Ela matar eu Eu matei ela 1341

9 25. Rãké tá inh fi tén. Adv. + S O V Ontem eu ela matar Eu matei ela ontem ANÁLISES DAS ORAÇÕES COM VERBO CAÇAR Ēnkrēnh= verbo intransitivo (v.i.) = caçar. Quando o sujeito é pronominal não há o uso da partícula vỹ (marcador de sujeito) e o sujeito posiciona-se após o verbo. 26. Paula fi vỹ ẽkrẽnh sór mũ. S V Paula m.f. m.s. caçar ind. m. ind. a. *(ind. m.= indicador de modo e ind. a.= indicador de aspecto). Paula está querendo caçar 27. Ēkrẽnh sór fi mũ. V S Caçar ind. m. ela ind. a. Ela está querendo caçar. 28. Ēkrẽnh sór fi mũ ũri. V S + adv Caçar ind. m. ela ind. a. hoje Ela está querendo caçar hoje. 29. Ũri fi ẽkrẽnh vyr. Adv.+ S V (locução verbal). Hoje ela caçar foi Ela foi caçar hoje. Mais uma vez observamos que o sujeito posiciona-se sempre próximo ao advérbio. Nos dados com sujeito pronominal, o pronome feminino fi (ela), posicionou-se nestes dados após o verbo ēkrēnh e sór (querer fazer). No dado nº 28, o sujeito pronominal não ficou exatamente ao lado do advérbio, como em dados anteriores, com verbo matar, mas entre eles havia a partícula mũ (ind.a.). Talvez o tempo verbal faça a diferença na proximidade do sujeito e advérbio. Outros dados em tempos verbais diferentes precisem ser analisados. Quando mudamos para o tempo passado, o sujeito mais uma vez aparece na posição ao lado do advérbio. Com tempo passado e uso de advérbio de tempo, o sujeito posiciona-se ao lado do advérbio. 30. Paula fi mré ũ vỹ ẽkrẽnh tĩ tũ nĩ. O S V + Part. neg. Paula m.f. com pron. ind. m.s. caçar neg. Ninguém foi caçar com Paula (ou Ninguém quis caçar com Paula) Na frase com pronome indefinido ũ (ninguém), este se posicionou após a preposição mré (com). Com a frase negativa o verbo vyr não aparece. Mas o verbo ēkrēnh permanece. 1342

10 A partícula de negação tĩ tũ nĩ posiciona-se após o verbo. 6. CONSIDERAÇÕES Nestas descrições constatamos que a estrutura canônica S O V ocorre na maioria das frases com sujeito nominal. Geralmente, com sujeito pronominal a estrutura é O V S. A estrutura canônica foi mantida numa frase com sujeito pronominal, pois havia o uso de um advérbio. Este estava no início do enunciado e atraiu o sujeito para perto de si. Nas coletas efetuadas com os verbos matar e caçar, com o uso de advérbio de tempo, o sujeito posicionou-se, em todos os dados, ao lado do advérbio, fosse ele nominal ou pronominal. Pudemos constatar que o advérbio tende a atrair o sujeito para perto de si. A estrutura S O V em que o verbo posiciona-se no final da frase e o sujeito na primeira posição, pudemos constatar as seguintes variações: S O (neg.), S O + (fut.), (Adv.) + S O V, S V (ausência do objeto), Adv. + S V e somente a frase com o sujeito - S. O sujeito pronominal posicionou-se em todos os dados coletados após o objeto. A estrutura frasal variou em O S + partículas de negação (verbo ausente ir-tempo passado), O V S + adv. A estrutura com o sujeito na última posição das frases, O V S também foi a estrutura de todas as frases com sujeito pronominal. Verificamos que as frases com partículas de negação, tempo futuro com verbo ir - tempo passado vyr, o verbo esteve ausente. REFERÊNCIAS GIVÓN, Talmy, Syntax- A Functional Typological Introduction, Jonh Benjamin s Publishing Company, Amsterdam/ Philadelphia, GLEASON, H. A. Jr. Introdução à Lingüística Descritiva. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, GUÉRIOS, Rosário F. Mansur. Estudos Sobre a Língua Caingangue. Arquivos do Museu Parananse. Curitiba, LYONS, John. Introdução à Lingüística Teórica. Tradução Rosa Virgínia Mattos e Hélio Pimentel. São Paulo: Editora Nacional: Ed. USP, MUSSALIN, F. BENTES, A.C.B. (orgs.) Introdução à Lingüística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, SHOPEN, Timothy, Language Typology and Syntactic Description, Vol. III- Grammatical Categories and Lexicon, Cambridge University Press, WIESEMANN, Úrsula, Dicionário Bilíngüe Kaingang-Português, Editora Evangélica Esperança, Curitiba,

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