JULIANO RICARDO RESENDE CUSTO DE PRODUÇÃO DA ATIVIDADE LEITEIRA: UM ESTUDO DE CASO NA REGIÃO DE GURINHATÃ MG

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1 JULIANO RICARDO RESENDE CUSTO DE PRODUÇÃO DA ATIVIDADE LEITEIRA: UM ESTUDO DE CASO NA REGIÃO DE GURINHATÃ MG Monografia apresentada ao departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras, como parte das exigências do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Bovinocultura Leiteira: Manejo, Mercado e Tecnologia (PBL) para a obtenção do título de especialista. Orientador: Prof. Ricardo Pereira Reis LAVRAS MINAS GERAIS, BRASIL 2006

2 JULIANO RICARDO RESENDE CUSTO DE PRODUÇÃO DA ATIVIDADE LEITEIRA: UM ESTUDO DE CASO NA REGIÃO DE GURINHATÃ MG Monografia apresentada ao departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras, como parte das exigências do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Bovinocultura Leiteira: Manejo, Mercado e Tecnologia (PBL) para a obtenção do título de especialista. APROVADA em de de Prof: Prof: Prof: UFLA (Orientador) LAVRAS MINAS GERAIS, BRASIL

3 Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus, por nunca ter me abandonado. A minha mãe e meu irmão, que estão sempre ao meu lado. A todos os professores da Universidade Federal de Lavras, em especial, ao meu orientador, por estar sempre à disposição para me ajudar. Aos amigos Nilander José Franco, Átila Martins e Ádson Aguiar que colaboraram com este trabalho. A todos, muito obrigado. 3

4 SUMÁRIO Páginas 1 - INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA E MODELO TEÓRICO Histórico da produção de leite no Brasil Crescimento do setor leiteiro no Brasil Custos de produção Particularidades do sistema de produção de leite Custo fixo Depreciações de recursos Custo variável Custo operacional Custo alternativo e de oportunidade Custo econômico Outras terminologias Rateio de custos Inventário Variação do inventário animal Receita Lucro/ha Análise econômica e interpretação dos resultados Fluxo de caixa Lucratividade Rentabilidade ou retorno do investimento Tempo do retorno do investimento Pay Back Taxa interna de retorno (TIR) Relação benefício/custo METODOLOGIA Estudo de casos Inventário Depreciações RESULTADOS E DISCUSSÃO Custo fixo Custo variável Custo operacional Custo alternativo ou de oportunidade Da terra Dos animais e outros bens Do custo operacional No capital total

5 4.5 Custo total da atividade leiteira Produção e receita Custos operacionais, econômicos e receita da atividade leiteira Custos operacionais, econômicos e receita do leite Resultado caixa da atividade leiteira Lucro operacional da atividade leiteira Lucro econômico da atividade leiteira Lucratividade da atividade leiteira Rentabilidade da atividade leiteira Tempo de retorno do investimento Pay Back da atividade leiteira Taxa interna de retorno da atividade leiteira Relação benefício/custo da atividade leiteira CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

6 LISTA DE TABELAS Páginas Tabela 1 Produção de leite em milhões de litros por ano (1995 a 2005)... 3 Tabela 2 Consumo de leite em milhões de litros por ano (1994 a 2004)... 5 Tabela 3 Estimativa da vida útil em horas máquina e equipamentos Tabela 4 Vida média produtiva de alguns animais Tabela 5 Inventário da propriedade avaliada Tabela 6 Vida útil estimada para cálculo das depreciações dos bens Tabela 7 Depreciações com base no inventário da propriedade avaliada Tabela 8 Custo fixo da atividade leiteira na propriedade avaliada Tabela 9 Custo variável da atividade leiteira na propriedade avaliada Tabela 10 Custo operacional da atividade leiteira na propriedade avaliada Tabela 11 Custo de oportunidade do capital empatado em terra Tabela 12 Custo de oportunidade do capital imobilizado Tabela 13 Custo de oportunidade do custo operacional Tabela 14 Custo de oportunidade do capital na atividade leiteira Tabela 15 Custo econômico da atividade leiteira Tabela 16 Produção, receita do leite e da atividade leiteira Tabela 17 Custos médios e receita média da atividade leiteira (R$/litro) Tabela 18 Custos médios e receita média do leite (R$/litro) Tabela 19 Produtividade dos produtores referências e do caso em estudo Tabela 20 Indicadores de eficiência na produção de leite e do caso em estudo Tabela 21 Resultado caixa da atividade leiteira na propriedade avaliada Tabela 22 Lucro operacional da atividade leiteira na propriedade avaliada Tabela 23 Lucro econômico da atividade leiteira na propriedade avaliada Tabela 24 Lucratividade da atividade leiteira na propriedade avaliada Tabela 25 Rentabilidade da atividade leiteira na propriedade avaliada Tabela 26 Pay Back da atividade leiteira na propriedade avaliada Tabela 27 Taxa interna de retorno da atividade leiteira na propriedade avaliada Tabela 28 Relação benefício/custo da atividade leiteira na propriedade

7 1 - INTRODUÇÃO A produção de leite é uma atividade muito explorada, onde é sempre questionada a questão da viabilidade econômica, que é indicada com os indicadores do custo de produção. Na análise de uma exploração de vacas para a produção de leite, deve-se procurar estabelecer índices de produtividade, porque somente através deles torna-se possível elaborar uma apreciação técnica da atividade (FARIA e CORSI, 2000). LEDIC (2005) afirma que o produtor de leite pode transformar sua atividade em uma opção competitiva com qualquer outro empreendimento dentro de uma visão do retorno do capital investido. O que difere a competividade da produção de leite de outras atividades é que, geralmente, estas atividades já têm uma maior tecnificação e também uma tecnologia superior obtendo sempre índices muito mais altos e, consequentemente, trazendo maior retorno financeiro ao produtor. Apesar disso, na produção de leite o que se encontra é uma grande melhoria na questão da tecnologia, pois a cada dia que passa os produtores estão investindo em novas máquinas, equipamentos, assistência técnica e mão de obra qualificada, para contribuir com o aumento da qualidade de sua produção, fazendo com que a produção de leite se torne cada dia mais competitiva com as demais atividades alternativas existentes no mercado. A realidade predominante na maioria das regiões produtoras de leite do país é de grande deficiência de conhecimentos sobre sistemas de produção mais intensivos. A história da produção leiteira no Brasil foi escrita para animais rústicos que exigem poucos conhecimentos sobre manejo, porém pouco produtivos que associados à baixa lotação das pastagens, alto intervalo entre partos e baixo nível tecnológico comprometem o sucesso da atividade quando encarada de forma empresarial (GOMES, 1999). Há alguns anos, na área urbana, conhecer os custos de produção era suficiente para um bom modelo de gestão financeira. As empresas sabiam os custos e calculavam os preços de venda, garantindo parte dos lucros que almejavam. Hoje em dia, os preços são formados pelo consumidor e o empresário deve gerir os 7

8 custos de produção cujas características revelam um poder de concentração econômica, caracterizada em mercado oligopolista. Por meio deste trabalho, busca-se identificar indicadores técnicos e econômicos de custos e estimar o custo da atividade leiteira. Para tanto, será utilizado o acompanhamento de uma propriedade leiteira, caracterizando um estudo de caso. 8

9 2 REVISÃO DE LITERATURA E MODELO TEÓRICO 2.1 Histórico da produção de leite no Brasil O Brasil possui um dos maiores rebanhos leiteiros do mundo, porém com produção média muito baixa, por volta dos 5,7 litros por vaca por dia (ANUALPEC, 2005). As propriedades, de maneira geral, apresentam índices produtivos e reprodutivos muito baixos, fazendo com que a renda da propriedade não seja muito satisfatória. Frequentemente se diz que produzir leite, no Brasil, não é bom negócio, em razão do pequeno lucro, ou até mesmo do prejuízo que essa atividade dá ao produtor (GOMES, 2000). Entretanto, a produção de leite vem crescendo a cada ano que passa, se for comparada a produção de 1995, que foi de milhões de litros com a de 2005, que foi de milhões de litros, conforme Tabela 1. Tabela 1 Produção de leite em milhões de litros por ano (1995 a 2005). Produção de leite (milhões de litros/ano) Ano Estados Brasil Unidos Índia Rússia n.d. n.d. n.d FONTE: ANUALPEC, 2006 (adaptado). Pode-se notar um grande aumento na produção entre esses anos e se a produção brasileira for comparada com a de outros países grandes produtores, notase que o Brasil teve um grande crescimento anual enquanto a Rússia, por exemplo, no mesmo período, teve uma queda em sua produção. 9

10 Na raiz da explicação do aparente paradoxo (negócio ruim e aumento da produção) está a estrutura da produção de leite do Brasil, onde muitos produzem pouco e poucos produzem muito. Os produtores de até 50 litros de leite/dia correspondem a 50% do número total de produtores, mas respondem por apenas 10% da produção. No outro extremo, os produtores de mais de 200 litros de leite/dia correspondem a apenas 10% do número total, porém respondem com 50% da produção. Diante de tal realidade, é fácil compreender a afirmativa de que produzir leite não é bom negócio. Com certeza, para muitos não é, porém para outros é um excelente negócio (GOMES, 2000). 2.2 Crescimento do setor leiteiro do Brasil Segundo GOMES e ZOCCAL (2003), o padrão de crescimento que vem ocorrendo na pecuária leiteira no Brasil se caracteriza por grandes alterações no decorrer das últimas três décadas. Nos anos 70, esse crescimento foi explicado pelo aumento do número de vacas; nos anos 80, os ganhos de produtividade e o aumento do número de vacas ordenhadas explicam, em igual importância, o crescimento da produção. Entretanto, nos anos 90, o fator mais importante para o crescimento da produção foi o aumento da produtividade. O significativo crescimento da produtividade, nos anos 90 (5,4% ao ano), reflete as mudanças estruturais verificadas nos sistemas de produção, que respondem pela maior parte da produção nacional. Maior abertura comercial, desregulamentação do mercado de leite, queda da inflação, maior interação da cadeia produtiva com a coleta a granel e o espaço conquistado pelo leite longa vida foram argumentos que contribuíram para as mudanças estruturais verificadas. Aliado a essas variáveis econômicas, não se pode deixar de reconhecer o importante papel da pesquisa agrícola, cujas inovações tecnológicas permitiram aumentos de produtividade (GOMES, 2000). O mesmo autor comenta sobre as mudanças nas fontes de crescimento da produção, que contribuíram para alterar participações relativas dos diversos grupos de produtores na produção total. Outro importante fator para aumento na produção de leite brasileira é o aumento do consumo do produto fluido no país. Em 1994, o país consumiu 10

11 aproximadamente milhões de litros, já em 2004, este número passou para milhões de litros (Tabela 2), aumentando assim a demanda desse produto, fazendo com que a produção aumente para satisfazer a necessidade de mercado (ANUALPEC, 2006). Tabela 2 Consumo de leite fluido no Brasil (1994 a 2004). Ano Consumo (milhões de litros) FONTE: ANUALPEC, 2006 (adaptado). Quanto às exportações, o Brasil cresceu nos onze primeiros meses de Entre janeiro e novembro, as exportações de lácteos somaram U$ 81,3 milhões, sendo que em todo o ano de 2004 as remessas do setor ao exterior chegaram a U$ 95,3 milhões. Em relação à balança comercial, ocorreu um superávit de cerca de U$ 10 milhões, um valor muito positivo, se comparado a 2003, que apresentou um déficit na balança comercial de U$ 63,8 milhões. Mas o pior resultado foi alcançado em 1998, cujo saldo negativo chegou a U$ 503,9 milhões (ALVIM e MARTINS, 2005). Em 2005, as exportações somaram U$ 130,0 milhões, sendo que o saldo da balança comercial ficou em U$ 8,8 milhões, valor positivo, mais inferior ao de 2004 (ANUALPEC, 2006). Apesar de a recuperação ser uma boa noticia para o setor, percebe-se que a recomposição real no preço pago ao produtor está se dando em ritmo lento e em menor proporção que aumento dos custos (ALVIM e MARTINS, 2005). Neste cenário, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) prevê que, em 2010, o Brasil será deficitário no comércio mundial de lácteos. Em outras palavras, o país importará mais produtos lácteos do 11

12 que os venderá ao exterior. Segundo a entidade, o Brasil estará consumindo anualmente quase 31 bilhões de litros, um aumento anual de 3,3%. Como a população deverá crescer ao redor de 1,5% ao ano, o aumento do consumo decorrerá em grande parte da elevação do consumo per capita. A FAO estima que o Brasil terá um consumo de 155 kg por habitante por ano em É um aumento substancial, frente aos 130 kg por pessoa hoje consumidos. Para a entidade, embora a produção deva crescer dentro das taxas históricas, ao redor de 3,5% ao ano, não crescerá a ponto de tornar o pais estruturalmente superavitário, ao menos nesse horizonte de tempo (ANUALPEC, 2006). 2.3 Custos de produção A definição de eficiência de uma propriedade leiteira começa pela conjunção de despesas e receitas, gerando lucro ou prejuízo. Normalmente, o produtor de leite se preocupa muito com o preço do produto, e o preço não justifica sucesso ou fracasso de um negócio. O que interessa é o todo, custo em conjunto com o preço e renda, o que determinará o lucro da atividade em questão (FARIA, 2005). A estimativa dos custos de produção é o detalhamento de todas as despesas e receitas diretas ou indiretas das atividades produtivas envolvidas (GOTTSCHAL et al., 2002). Este custo é um dos principais fatores a ser analisado para a boa administração de uma empresa. Com ele pode-se estimar a viabilidade econômica de um negócio, em função do capital investido ou compará-lo com outras atividades agropecuárias ou não. Porém, se a metodologia do cálculo deste custo não for conhecida, esta viabilidade pode ser estimada de maneira incorreta chegando a conclusões equivocadas. Por não conseguir controlar o preço do produto que vende, o produtor necessita administrar as variáveis que estão sob o seu controle. Trata-se de uma estratégia para tornar seu produto competitivo, atingindo menores custos de produção. O seu resultado econômico em um mercado caracterizado pela concorrência depende do gerenciamento dos custos de produção do leite e dos ganhos de escala. O aumento da eficiência produtiva é fator decisivo para a 12

13 competitividade do setor leiteiro que, produzindo com menor custo, beneficiará toda a cadeia do leite (REIS, MEDEIROS e MONTEIRO, 2001). REIS (2002) define custos de produção como sendo a soma dos valores de todos os recursos (insumos e serviços) utilizados no processo produtivo de uma atividade agrícola, em certo período de tempo e que podem ser classificados em curto e longo prazo. Neste caso, o curto prazo é a safra, ou seja, o período de análise. AGUIAR e ALMEIDA (2002) citam que o custo total de produção de um produto agropecuário deve representar todos os pagamentos em dinheiro (custo caixa) assim como as despesas implícitas que não envolvem desembolso de dinheiro (custo não caixa) a exemplo da depreciação dos bens utilizados no processo produtivo ou a remuneração do capital investido, ou a remuneração do capitalista. Segundo FARIA (2005), a realidade mostra que o produtor brasileiro ainda não sabe estimar seu lucro, ficando preocupado apenas em cobrir seus custos operacionais. O custo é só uma ferramenta usada para que decisões administrativas sejam tomadas. O que importa é a remuneração do capital, ou seja, a relação entre o lucro e o capital investido na atividade produtiva Particularidade do sistema de produção de leite O fato de uma propriedade leiteira ter produção conjunta de leite e de animais (bezerros que nascem, novilhas que crescem, vacas descartadas), a renda bruta, geralmente, é composta além da venda do leite, também da venda de animais, assim como o custo de produção engloba os gastos com a produção de leite e de animais. Sendo assim, os custos de uma fazenda leiteira correspondem não apenas ao custo do leite, e sim ao custo da atividade leiteira (produção de leite e animais). Entretanto, na comparação feita entre o preço do leite e o custo do leite, deve-se tomar cuidado para não superestimar esse custo, comparando o preço do leite com o custo da atividade leiteira. 13

14 Como na prática não se consegue separar o que vai para a produção de leite e o que vai para a produção de animais, devido à sua grande dificuldade operacional, AGUIAR e ALMEIDA (2002) citam que o método mais utilizado para apropriar esses custos é a distribuição dos custos da atividade na mesma proporção da renda bruta, conforme exemplo abaixo: a) Renda bruta anual da atividade leiteira: - Venda de leite = litros x R$ 0,50/litro = R$ ,00 - Venda de animais = R$ ,00 - Total = R$ ,00 b) Custo anual da atividade = R$ ,00 c) Composição percentual da renda bruta anual: - Leite = R$ ,00 / R$ ,00 = 80% - Animais = R$ ,00 / R$ ,00 = 20% d) Renda bruta anual da atividade leiteira/litro: R$ ,00 / litros = R$ 0,62/litro e) Custo da atividade leiteira/litro = R$ ,00 / litros = R$ 0,53/litro d) Custo do litro de leite = R$ 0,53/litro x 80% = R$ 0,43/litro Comparando o custo do litro de leite com o preço recebido de R$ 0,50/litro, observa-se um lucro por litro de R$ 0,07. Quando a comparação é feita com o custo da atividade/litro, tem-se um prejuízo de R$ 0,03/litro. Portanto, no momento da análise, é importante considerar que o preço do litro de leite pago ao produtor é sempre comparado com o custo do leite e não da atividade leiteira, 14

15 assim como o custo da atividade leiteira é comparado com a renda bruta da atividade por litro Custo fixo Custo fixo é aquele que permanece inalterável, em termos físicos de valor, independente do volume de produção e dentro de um intervalo de tempo relevante (GOTTSHALL et al. 2002). REIS (2002) define custo fixo como sendo aquele que não é assimilado totalmente pelo produto no curto prazo, ou seja, considera-se apenas a parcela de sua vida útil, por meio de depreciação. Do ponto de vista de fluxo de caixa, estes custos serão reembolsados a longo prazo, devendo, no curto prazo, somente considerar a depreciação do período de uso. São considerados custos fixos fatores como a depreciação dos bens e benfeitorias, impostos e taxas de remuneração fixa, calagem, obras de irrigação entre outros fatores que compõem o custo de produção Depreciação de recursos A depreciação é o custo necessário para substituir os bens quando esses tornam-se inúteis pelo desgaste físico. Representa a reserva em dinheiro que a empresa faz durante o período de vida útil provável do bem (benfeitorias, animais destinados à reprodução e serviços, máquinas, implementos, equipamentos) para sua posterior substituição (LOPES e CARVALHO, 2000). Quando é feito algum tipo de investimento na propriedade que vai ser útil por vários anos consecutivos não é justo que se aproprie este gasto no mesmo ano que ele foi gerado. Desta forma se procura com a depreciação evitar que os custos de produção sejam superestimados em anos de investimentos e subestimados em anos normais (AGUIAR e ALMEIDA, 2002). Segundo LOPES e CARVALHO (2000); NOGUEIRA (2004); AGUIAR e ALMEIDA (2002), o método mais simples para se calcular a depreciação de um bem é o chamado linear, que consiste na seguinte fórmula: 15

16 Depreciação = Vi Vf, onde: n Vi Valor inicial do bem; Vf Valor final ou valor de sucata do bem; n Vida útil estimada do bem (anos). NOGUEIRA (2004) recomenda que o valor residual de máquinas e veículos seja considerado em 10% do valor de um novo. As estimativas, segundo MARION (1996), principalmente as fixadas pelo imposto de renda, em relação às máquinas, é notado desvios significativos, pois há máquinas cuja vida útil não ultrapassa três anos, enquanto outras passam de 10 anos. Desta forma a análise da vida útil, de um implemento, ou benfeitoria separadamente é a melhor escolha. Esta deve ser prevista por pessoas experientes da área, no caso, zootecnistas, produtores rurais, técnicos, engenheiros agrônomos, entre outros. Ele sugere também que a depreciação de implementos agrícolas seja calculada por horas trabalhadas ao invés de anos de vida, pois não são utilizados ininterruptamente durante o ano. Desta maneira, o valor monetário do equipamento novo sobre o número estimado de horas de trabalho, implica na sua depreciação por hora. O número estimado de horas de trabalho na vida útil de implementos e máquinas pode ser encontrado em seus fabricantes ou por pesquisadores idôneos que desenvolvem esses dados ao longo dos anos (Tabela 3). 16

17 Tabela 3 - Estimativa da vida útil em horas máquina e equipamentos. Descrição Vida útil (horas) Trator de rodas Arados Grade de discos Grade de dentes Grade de molas Rolo Semeadeira a lanço 800 Semeadeira em linha Plantadeira de milho Pulverizador Enxada rotativa Capinadeira a trator Ceifadeira rotativa Ancinho mecânico Enfardadeira Ceifa-trilha Ensiladeira Colhedeira de milho Carregador de estrume Espalhador de estrume Moinho de forragem Elevador portátil Carroção Adubadeira FONTE: ANTUNES e ENGEL (1994) A partir dessas estimativas, associadas ao valor novo do equipamento, a depreciação por hora se torna uma ferramenta fácil para a determinação dos custos fixos. Em pastagem, a depreciação na proporção de sua perda de potencialidade tem capacidade limitada. E para efeito de custo, são feitas estimativas para o tempo de sua vida útil (MARION, 1996). Uma queda na produtividade das pastagens de aproximadamente 6% ao ano é atribuída à diminuição dos nutrientes no sistema da pastagem (MARTINS et al., 1996). Segundo AGUIAR (1996), há uma queda no potencial de produção das pastagens da ordem de 6 a 20% ao ano, afirmando que essa queda ocorre devido aos erros de manejo, na adequação das taxas de lotação animal (sub pastejo ou super pastejo) e a falta de adubação de manutenção. Analisando os dados desses autores, observa-se que nas pastagens pode ocorrer uma queda na taxa de produção que varia de 6 a 20% ao ano, o que 17

18 significa que, entre 5 a 16 anos, após a formação da pastagem essa se encontra totalmente exaurida, se não manejadas corretamente do ponto de vista. No entanto, tenho acompanhado propriedades com pastagens de capim colonião com mais de 60 anos de formação sem nenhum sinal de degradação, ou seja, a pastagem é uma cultura perene e a amortização deve ser determinada de acordo com a região, por um profissional capacitado embasado em informações históricas das pastagens já implantadas e sobre avaliação visual da situação das mesmas. MARION (1996) sugere que o gado reprodutor (touro e vaca), animais de trabalho e outros animais constantes no ativo permanente sejam alvos de depreciação, por perderem sua capacidade reprodutiva com o passar dos anos (Tabela 4). Deve-se considerar o valor residual para provável venda no frigorífico quando não mais for útil. O cálculo é feito pelo peso do animal multiplicado ao preço pago em arrobas. Tabela 4 - Vida média produtiva de alguns animais. Animais Vida média produtiva (anos) Taxa de depreciação ao ano (%) Bovinos reprodutor 8 12,5 Bovinos matrizes 10 10,0 Suínos 4 25,0 Burro de tração 12 8,3 Cavalo de sela 8 12,5 Boi de carro 5 20,0 FONTE: MARION (1996) Resultados de pesquisas sobre vida média de animais produtivos são de grande importância para se determinar o custo fixo dispensado aos mesmos, no decorrer de suas atividades. Como uma forma de repor o capital investido nesses bens à recomposição do mesmo, na compra de outros, quando esses estiverem com sua capacidade de reproduzir prejudicada, e não mais serem úteis. Por convenção não se deprecia a terra porque não perde valor de mercado e seu uso preserva a qualidade da mesma. Em rebanhos leiteiros estabilizados, que se considera no cálculo do custo todo o rebanho, a categoria vaca não será depreciada, uma vez que, as novilhas substituem as vacas e o custo da recria destas novilhas entram na composição do 18

19 custo de produção. Entretanto, ao se considerar apenas a categoria vacas, elas devem ser depreciadas (AGUIAR e ALMEIDA, 2004). NOGUEIRA (2004) cita que a reserva de capital, obtida com as depreciações não precisa necessariamente ser dirigida para investimento bancário, podendo ser armazenada em novos investimentos, ou seja, compra de bens de capital que tendem a gerar rendimentos ou riquezas para a empresa Custo variável Custo variável é aquele que varia de acordo com a quantidade produzida e cuja duração é igual ou menor que o ciclo de produção (curto prazo). Em outras palavras, eles incorporam totalmente ao produto no curto prazo, não sendo aproveitados para outro ciclo produtivo (LOPES e CARVALHO, 2000; AGUIAR e ALMEIDA, 2002). REIS (2002) cita que são os recursos que exigem dispêndios monetários de custeio durante a safra. São considerados custos variáveis na produção de leite, fatores como alimentação do rebanho, medicamentos, inseminação artificial, fertilizantes, defensivos, combustíveis, manutenções, mão de obra, entre outros. Segundo NOGUEIRA (2004), muitas vezes, o fluxo de caixa é confundido como custos variáveis. O primeiro é a relação entre as entradas e as saídas de capital de uma empresa, enquanto o segundo são os recursos que se incorporam ao produto ao longo do ciclo Custo operacional É o custo de todos os recursos que exigem desembolsos monetário por parte da atividade produtiva para a sua recomposição, como gastos com insumos, mão-de-obra, manutenção, despesas gerais, incluindo as depreciações dos recursos fixos. Pode ser definido também como sendo todos os custos fixos somados aos custos variáveis. A finalidade dos custos operacionais na análise é a opção de 19

20 decisão em casos em que os retornos financeiros sejam inferiores aos de outras alternativas, representadas pelos custos de oportunidade (REIS, 2002) Custo alternativo ou de oportunidade Custo de oportunidade é o custo que um fator de produção (capital, mãode-obra, entre outros) possui devido a sua não utilização em uma outra atividade alternativa no mercado, e sim pelo seu uso na atividade avaliada. O custo de oportunidade não representa um desembolso de dinheiro propriamente dito e sim uma medida de eficiência que deve ser considerada como custo. Este custo envolve a taxa de juros de todo o capital investido na atividade durante o período de tempo necessário para se concluir o ciclo de produção (GOTTSCHALL et al., 2002). REIS (2002) cita que pode ser definido também como sendo o retorno que o capital utilizado na atividade agrícola estaria proporcionando se fosse aplicado em outras alternativas de investimento, como o mercado financeiro. Ele nos permite verificar se é viável economicamente o empreendimento em questão, desde que seu retorno financeiro seja igual ou superior às outras alternativas de uso do capital (taxa de juros real da caderneta de poupança, aluguel de terras, etc). Estas taxas utilizadas podem ser a taxa de juros de 6% ao ano ou a taxa de juros de 12% ao ano (GOTTSCHALL et al., 2002; NOGUEIRA, 2004). Caso o valor da terra seja incluído no cálculo, essa taxa deve ser de 3% ao ano para o total imobilizado. No entanto, essas taxas fixas e arbitrárias não contemplam as melhores oportunidades de uso do capital. Segundo NOGUEIRA (2004), fugindo das taxas bancárias, outra opção é analisar o rendimento de outras atividades, como agricultura anual, cana, laranja, aluguel de pastagens, etc Custo econômico Somando-se o custo operacional ao custo alternativo ou de oportunidade, obtém-se o custo econômico. 20

21 2.3.7 Outros terminologias REIS (1997) e REIS (2002) adotam também a metodologia de classificação dos custos de produção em custo total (CT), custo total médio (CTMe), custo operacional total (CopT), custo operacional fixo total (CopFT), custo operacional variável total (CopVT), custo operacional total médio (CopTMe), custo fixo médio (CFMe), custo variável médio (CVMe), custo operacional fixo médio (CopFMe) e o custo operacional variável médio (CopVMe) com a divisão dos respectivos valores totais pela produção na safra considerada. OLIVEIRA FILHO (1998) adota os custos diretos, que são aqueles relacionados a uma única atividade produtiva, ou seja, são exclusivos e fáceis de serem apropriados, sem a necessidade de nenhum tipo de processamento intermediário ou rateio e os custos indiretos, que necessitam de algum tipo de rateio até poderem ser apropriados às suas respectivas atividades produtivas, por beneficiar mais de uma atividade. GOMES (1999) adota custo operacional efetivo, custo operacional total e custo total e uma combinação das classes citadas por NOGUEIRA (2004) Rateio de custos Por mais detalhada e precisa que seja uma contabilidade, existem alguns custos, especialmente os fixos, que precisam ser rateados entre as unidades ou setores de produção. A necessidade de rateio é inversamente proporcional à organização da contabilidade da empresa (NOGUEIRA, 2004). Como critério de rateio dos custos indiretos, REIS, MEDEIROS e MONTEIRO (2001) citam que pode-se utilizar o índice percentual entre a área explorada com leite e a área total da propriedade. Para outros custos, NOGUEIRA (2004) sugere usar a receita proporcional de cada atividade, como por exemplo, em uma fazenda leiteira, a receita pode ser obtida com a venda de leite, de esterco e de animais, ou na proporção da área ocupada por cada categoria ou cultura. 21

22 2.4 - Inventário Os registros dos itens patrimoniais competentes ao negócio agropecuário servirão para fins gerenciais quando for utilizado na determinação do valor do negócio, na sua rentabilidade em um determinado período, e prover o empresário de informações que o auxiliarão na tomada de decisão (AGUIAR e ALMEIDA, 2004). O inventário é um tipo de registro geral que leva em consideração todos os bens da propriedade, atendendo às exigências tanto do fisco quanto do administrador. Deve ser feito anualmente e serve para corrigir as falhas de informação da contabilidade. Na verdade, é o primeiro levantamento a ser feito em um ano contábil. O inventário anual permite conhecer a evolução do balanço patrimonial que pode implicar em saldo positivo, caso haja crescimento no patrimônio, ou negativo, caso caia de um ano para outro (AGUIAR e ALMEIDA, 2004). Além da informação patrimonial, o inventário permitirá o cálculo dos custos das depreciações e remunerações do capital. E quando necessário, servirá também para incorporar a receita bruta da atividade em casos onde o rebanho bovino não está estabilizado. Ou seja, quando o rebanho apresentar variação no seu inventario, essa deve ser considerada para efeito de cálculo como renda bruta do período. Em casos de vendas extraordinárias do rebanho, o resultado negativo também deve ser considerado. AGUIAR e ALMEIDA (2002); AGUIAR e ALMEIDA (2004) citam que a melhor metodologia é aplicar preços de mercado atualizado para os itens de inventário. Caso o produtor tenha os preços de compra, pode-se transformar em dólar ou aplicar os índices de inflação, geralmente o IGP-DI. Esse critério é contestado por muitos pesquisadores e tende a originar um valor atualizado diferente dos valores correntes de mercado. De acordo com NOGUEIRA (2004), compõem essa escrituração, a terra, as benfeitorias, as máquinas, os equipamentos, as culturas permanentes (consideradas aquelas que produzam por mais de um ciclo), os animais em estoques, os animais produtivos e de trabalho. 22

23 Variação do inventário animal O pecuarista pode facilmente transformar seu rebanho em dinheiro através de sua venda, porque o bovino tem uma elevada liquidez de mercado. Por isso, a variação do inventário animal é de extrema importância para a análise econômica da atividade leiteira, devendo desta forma, compor a renda bruta da atividade quando se analisa o custo de produção de uma empresa. Segundo GOMES (1989), para se calcular a variação do inventário animal, utiliza-se a seguinte fórmula: VIA = VRF VRI VC, onde: VIA = Variação do inventário animal; VRF = Valor do rebanho no final do período; VRI = Valor do rebanho no início do período; VC = Valor de compras de animais durante o período Receita Segundo GOTTSCHALL et al. (2002), a renda ou receita bruta é o fruto do somatório do volume vendido multiplicado pelo preço unitário de cada produto. Este produto não se limita apenas ao leite, e sim, em quaisquer produtos vendidos que saiam do sistema de produção, como bezerros e vacas de descarte. REIS (2002) classifica a receita média como o preço do produto mais o valor médio das vendas de explorações secundárias (subprodutos). Comparando-se a receita média ou o preço com os custos totais médios obtém-se a análise econômica da atividade em questão por unidade produtiva. Comparando-se a receita média ou o preço com os custos operacionais médios tem-se o conceito de resíduo (ou margem) de cada unidade produtiva. 23

24 2.6 - Lucro/ha A avaliação do lucro por área permite a comparação de uma atividade com outras alternativas de uso da terra, tais como o plantio de grãos, exploração de gado de corte, leite, arrendamento da terra, entre outros Análise econômica e interpretação dos resultados Depois de estimar os custos de produção, o próximo passo consiste na análise dos resultados obtidos para identificar a viabilidade econômica e a perpetuidade da atividade em questão. Nesta avaliação, pode-se encontrar vários resultados e cada um tem sua forma de ser analisada, conforme sugere REIS (2002) e REIS (1997). O lucro supernormal é uma situação em que a atividade está obtendo retorno maior que as melhores alternativas possíveis de emprego do capital, indicando que a empresa pode expandir-se no médio ou longo prazo. Ocorre quando a receita ou o preço for maior que o custo econômico. O lucro supernormal também é denominado lucro econômico. Em se tratando de lucro normal, sugere-se que a atividade está obtendo retorno igual ao que seria obtido nas melhores alternativas possíveis de emprego de recursos. Significa estabilidade, mantendo o nível de produção a curto e longo prazo e ocorre quando a receita média ou preço for igual ao custo total médio. O lucro normal é o próprio custo alternativo ou de oportunidade. No caso em que o preço do produto ou a receita média da atividade não cobrir o custo total médio, pode-se utilizar o custo operacional para análise da rentabilidade do empreendimento, utilizando-se assim o conceito de resíduo. Se a receita média ou preço for maior que o custo operacional total médio, a atividade apresenta resíduo positivo. Ainda se trata de um retorno, mesmo que inferior aos possíveis de se obter em outras melhores alternativas, indicando que a empresa está cobrindo todos os custos operacionais, fixos e variáveis, mas recebendo menos que o valor alternativo (ou de oportunidade). 24

25 Caso a receita média (ou preço) seja igual ao custo operacional total médio, o resíduo é nulo. Neste caso, a atividade cobre todos os custos operacionais, mas não proporciona a remuneração do capital empatado na atividade. Uma atividade nesta situação não pode sustentar-se por muito tempo. Se o preço é menor que o custo operacional total médio, mas ainda superior ao custo operacional variável médio, a atividade está cobrindo todos os custos operacionais variáveis e somente parte do operacional fixo. Nesta situação, o empreendimento pode sustentar-se só no curto prazo, não levando em conta a remuneração do capital e a reposição de parte dos recursos fixos. É um processo de descapitalização. Se o preço é igual ao custo operacional variável media, a atividade cobre as despesas de custeio com recursos variáveis, sustentando-se por pouco tempo, tendendo a mudar de ramo se a situação assim permanecer. Se o preço é menor do que o custo operacional variável médio, então a atividade não cobre as despesas de custeio com recursos variáveis, as quais são obrigatórias no curto prazo, tendo que injetar recursos de outras fontes, o que se trata de subsidiar a atividade Fluxo de caixa Fluxo de caixa consiste na relação entre as saídas e entradas de recursos financeiros na empresa (NOGUEIRA, 2004). Segundo AGUIAR e ALMEIDA (2004), a demonstração de avaliação financeira feita pelo fluxo de caixa considera os seguintes possíveis diagnósticos: a) fluxo de caixa permite saldar despesas e investimentos. A empresa é saudável. b) fluxo de caixa salda apenas as despesas e parte dos investimentos. A empresa está consumindo seus recursos, tende a se endividar e parar a atividade. c) fluxo de caixa não salda as despesas. Encerramento da atividade ou subsídio. 25

26 O diagnóstico pelo fluxo de caixa permite apenas identificar se o negócio está indo bem ou mal Lucratividade Representa o quanto um produto deixa de resultado em relação ao seu preço de venda e seus custos de produção; em outras palavras, é o número percentual resultante entre a divisão do lucro pelo total de receitas (AGUIAR e ALMEIDA, 2004). Sua definição matemática é a porcentagem da receita que representa o lucro (NOGUEIRA, 2004): Lucratividade (%) = Lucro x 100. Receita total A polêmica em torno da lucratividade aparece em qual lucro utilizar. O operacional ou o econômico? Segundo NOGUEIRA (2004), mesmo que o critério de cálculo dos custos totais envolva o conceito de custos de oportunidade, algumas correntes preferem utilizar o lucro operacional para calcular o índice lucratividade Rentabilidade ou retorno do investimento Apresenta quanto uma atividade poderá remunerar o capital que nela foi investida. Essa é uma das formas de se avaliar o lucro obtido em uma atividade produtiva em relação ao capital investido para o desenvolvimento dessa atividade. Está representado pelo lucro sobre o capital investido (AGUIAR e ALMEIDA, 2002): Rentabilidade (%) = Lucro x 100. Capital total investido 26

27 Como a rentabilidade é uma relação entre o rendimento em dinheiro e o total de capital imobilizado, adota-se o lucro operacional. A rentabilidade será o índice que permitirá comparar o rendimento da atividade com as melhores opções de mercado. Portanto, parece mais lógico usar o lucro operacional ao invés de usar o lucro econômico, que já considera outras opções de investimentos no mercado (NOGUEIRA, 2004). Entretanto, empresas que definem juros de remuneração de capital para ser realmente pago aos proprietários do capital devem considerar o lucro econômico da atividade. Também no caso de capital de terceiros (empréstimos) (AGUIAR e ALMEIDA, 2004) Tempo de retorno do investimento Pay Back É o período em anos que os resultados levarão para possibilitar um novo investimento de mesmas proporções. Como as depreciações consideram o provisionamento para o reinvestimento, o tempo de retorno deve ser calculado incluindo seus valores. Portanto, não se usa o lucro operacional, mas sim o resultado de caixa, que são representados pela receita total menos o custo variável (NOGUEIRA, 2004): Tempo de retorno = Valor inicial do capital (valor de mercado). Resultado caixa Taxa interna de retorno (TIR) A Taxa Interna de Retorno (TIR) indica a taxa de pagamento de retorno anual do projeto, ou seja, quanto o projeto se paga ao ano. Considerando o capital investido ou imobilizado em um projeto, se levar cinco anos para ser amortizado, a TIR será de 20% ao ano. Se levar 10 anos será de 10% ao ano. Aceita-se o projeto se a TIR for maior que o custo do capital (NOGUEIRA, 2004). 27

28 2.7.6 Relação benefício/custo É a forma de avaliação mais usada pelos produtores para se optar ou não por um projeto (NOGUEIRA, 2004): Relação beneficio/custo = Soma dos resultados de caixa. Investimento líquido 28

29 3 METODOLOGIA 3.1 Estudo de caso Este estudo foi feito em uma fazenda localizada a 7 km do município de Gurinhatã, MG, no período de janeiro a dezembro de A área total para a atividade leiteira é de 97 ha, sendo 19,7 ha de área de reserva legal e preservação permanente, 4,7 ha de capim elefante e 72,6 ha destinados à pastagem. Utilizou-se animais da raça Girolando (3/4 Holandês/Gir), com alimentação volumosa, na época das águas, à base de pasto de capim braquiarão adubado e manejado sob lotação rotacionada. Na seca, além do pasto, os animais foram suplementados com silagem de capim elefante. A alimentação concentrada foi fornecida durante todo o ano, de acordo com a produção da vaca. Para os cálculos de custos de produção e avaliação de resultados, utilizouse a metodologia descrita por NOGUEIRA (2004). Considerando que a análise foi baseada em uma propriedade produtora de leite, este trabalho é caracterizado como um estudo de caso. 3.2 Inventário mercado. Para levantamento do inventário (Tabela 5), utilizou-se o valor atual de 29

30 Tabela 5 Inventário da propriedade avaliada. Bens de capital Valor inicial % do atual de mercado patrimônio Pastagem ,05 3,0 Máquinas e implementos ,00 1,5 Tratores ,00 2,2 Veículos ,00 3,6 Equipamentos manuais 7.483,00 1,0 Rufiões 1.000,00 0,1 Matrizes ,00 14,6 Novilhas ,00 6,8 Bezerros 4.250,00 0,6 Animais de trabalho 300,00 0,0 Capineira ,93 1,6 Caroço-de-algodão ,00 1,6 Silos 4.239,00 0,6 Benfeitorias ,64 6,8 Edificações ,00 9,3 Sala de ordenha ,00 3,4 Equipamentos de ordenha ,00 2,3 Terra ,00 40,9 Total ,62 100,0 Nesse caso, do capital imobilizado na atividade leiteira, 40,9% foi referente à terra e 22,2% em animais. As edificações representaram 9,3% do capital empatado na atividade. 3.3 Depreciações Após levantamento do inventário, calculou-se as depreciações (Tabela 7) com base na vida útil dos bens apresentados na Tabela 6. O método adotado foi o linear (LOPES e CARVALHO, 2000; NOGUEIRA, 2004; AGUIAR e ALMEIDA, 2002). 30

31 Tabela 6 Vida útil estimada para cálculo das depreciações dos bens. Informações para cálculos Depreciação anual (%) Vida útil (anos) Edificações 4,0 25,0 Benfeitorias 5,0 20,0 Curral de espera 4,0 25,0 Sala de ordenha 4,0 25,0 Sala de leite 4,0 25,0 Sala de máquinas 4,0 25,0 Depósitos 4,0 25,0 Sanitários 6,7 15,0 Enfermaria 4,0 25,0 Escritório 4,0 25,0 Pedilúvios 10,0 10,0 Equipamentos de ordenha 10,0 10,0 Tratores 10,0 10,0 Máquinas e implementos 10,0 10,0 Veículos 10,0 10,0 Equipamentos 10,0 10,0 Pastagem formada 4,0 25,0 Canavial 20,0 5,0 Silos 4,0 25,0 Silagem 100,0 1,0 Touros reprodutores 16,7 6,0 Animais de trabalho 10,0 10,0 Tabela 7 - Depreciações com base no inventário da propriedade avaliada. Bens de capital Depreciação Remuneração Valor total % do anual (R$) de capital (R$) (R$) depreciado Edificações 2.592, , ,00 19,5 Benfeitorias 2.332, , ,50 16,1 Sala de ordenha 960,00 780, ,00 7,2 Equipamentos de ordenha 1.494,00 547, ,80 8,5 Tratores 1.440,00 528, ,00 8,1 Máquinas e implementos 1.012,50 371, ,75 5,7 Veículos 2.340,00 858, ,00 13,2 Equipamentos 673,47 246,94 920,41 3,8 Culturas pastagens 832,90 676, ,63 6,3 Capineira 1.882,55 423, ,12 9,5 Silos 162,78 132,26 295,03 1,2 Rufiões 138,89 35,00 173,89 0,7 Animais de trabalho 27,00 9,90 36,90 0,2 Total , , ,04 100,0 Depreciação mensal (R$) 2.012,59 Além do valor de depreciação anual, foi considerado também a remuneração de capital sobre o valor atual do bem apresentado no inventário, no caso uma taxa de juros de 6% ao ano para anular o efeito da inflação. 31

32 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Custo fixo Conforme COTTSHALL et al. (2002) e REIS (2002), todos os custos que não sofrem alterações no curto prazo foram classificados como custo fixo (Tabela 8). Neste caso, além das depreciações estão também as despesas administrativas. Tabela 8 Custo fixo da atividade leiteira na propriedade avaliada. Itens do custo Custo (R$/ano) % Custo fixo Depreciação de benfeitorias 3.879,5 9,3 Depreciação da sala de ordenha 1.740,0 4,1 Depreciação dos equipamentos de ordenha 2.041,8 4,9 Depreciação do silo 295,0 0,7 Depreciação de maquinas e implementos 1.383,8 3,3 Depreciação da pastagem (calagem,análise) 1.509,6 3,6 Depreciação do capineira 2.306,1 5,5 Depreciação de veículos 3.198,0 7,6 Depreciação de edificações 4.698,0 11,2 Depreciação de tratores 1.968,0 4,7 Depreciação de equipamentos 920,4 2,2 Depreciação de rufiões 173,9 0,4 Impostos (IR, CNA) 250,0 0,6 Outros (ração para cachorro) 2.250,0 5,4 Alimentação administrativa 230,8 0,6 Telefone escritório 2.400,0 5,7 Sindicatos (contabilidade) 150,0 0,4 Automóvel (combustível, IPVA, seguro,multa) 4.800,0 11,4 Energia elétrica 7.738,9 18,5 Custo fixo ,7 100,0 Avaliando-se a participação dos itens que mais oneraram o custo fixo de produção, identifica-se os custos com energia elétrica (18,5%), automóvel (11,4%), edificações (11,2%) e benfeitorias (9,3%). 4.2 Custo variável Todos os recursos que exigem dispêndios monetários de custeio (REIS, 2002) e que variam de acordo com a quantidade produzida (LOPES e CARVALHO, 2000; AGUIAR e ALMEIDA, 2002) foram classificados como custo variável (Tabela 9). 32

33 Tabela 9 Custo variável da atividade leiteira na propriedade avaliada. Itens do custo Custo % Custo (R$/ano) variável Mão de obra temporária 1.240,0 0,9 Mão de obra fixa (Vaqueiro) ,6 19,1 Mineralização 5.862,1 4,1 Ração com 24% de PB ,8 28,3 Ração com 18% de PB ,5 11,9 Medicamentos 4.700,7 3,3 Inseminação artificial 5.505,3 3,9 Consultoria (Zootecnista, Agrônomo e etc) 2.047,5 1,4 Frete 1.440,0 1,0 Pastagem ( adu.manut. herbicidas) 8.669,4 6,1 Impostos (GTA, ICMS, ITR, comissões) 90,0 0,1 Tropa ( arreios, medicamentos etc) 1.200,0 0,8 Capineira (adubo, calcário, limpeza) ,3 7,6 Diversos (roçagem dos pastos e outros) 1.333,7 0,9 Mortes 3.550,0 2,5 Borracharia 120,0 0,1 Man. de máquinas, veículos e equipamentos 2.262,0 1,6 Manutenção de benfeitorias (cerca, curral, casas) 118,8 0,1 Manutençao da ordenhadeira 3.635,3 2,6 Vacinas e vermífugos 4.787,3 3,4 Materiais para ordenha 593,6 0,4 Custo variável ,9 100,0 Entre os custos variáveis de produção, os mais onerosos foram às despesas com alimentação do rebanho, que participaram com 53,9% do custo da atividade leiteira analisada e o custo com mão de obra fixa e temporária, que representou 20,0%. 4.3 Custo operacional Somando os custos de todos os recursos que exigem desembolsos monetários por parte da atividade leiteira produtiva para a sua recomposição (custos variáveis) com as depreciações e outros custos fixos, estimou-se o custo operacional (Tabela 10). Tabela 10 Custo operacional da atividade leiteira na propriedade avaliada. Itens de custo Total (R$/ano) Composição (%) Custo variável ,9 77,3 Custo fixo ,7 22,7 Custo operacional ,6 100,0 33

34 Percebe-se que o custo fixo representou 22,7% do custo operacional da atividade leiteira e o custo variável 77,3%. 4.4 Custo alternativo ou de oportunidade Apesar de não representar desembolso de dinheiro, considerou-se um valor para representar o custo de oportunidade, visto que o custo do fator de produção poderia ter sido utilizado em uma outra alternativa no mercado Da terra Como o aluguel de pasto é uma atividade comum próximo à propriedade avaliada, utilizou-se valores de mercado da região para representar o custo de oportunidade do uso da terra (Tabela 11). A quantidade de cabeças por hectare na área total (pastagem + capineira) foi de foi de 1,3 cabeças. Tabela 11 Custo de oportunidade do capital empatado em terra. Pecuária Valores Aluguel (R$/cab/mês) 10,00 Cab/ha 1,30 R$/ha/ano 156,79 Valor da terra (R$/ha) 1.685,34 Custo de oportunidade real (%) 9,3 Na área útil (R$) ,00 O custo total de oportunidade estimado representou 9,3% do valor total imobilizado em terra, ficando, portanto acima das taxas de juros real da caderneta de poupança, resultado que corrobora com NOGUEIRA (2004), onde o autor sugere analisar outras opções além de taxas bancárias, pois estas não contemplam as melhores oportunidades do uso do capital. 34

35 4.4.2 Dos animais e outros bens Como alternativa do uso do capital imobilizado nos animais e outros bens, foi utilizado a taxa real de juros no mercado financeiro estimado com base nos valores da taxa SELIC e inflação no ano de 2005 (Tabela 12). Tabela 12 Custo de oportunidade do capital imobilizado. Imobilizado (R$) ,69 Custo oportunidade (%) 13,45 Taxa SELIC 19,0 Inflação (%) 5,55 Custo de oportunidade em animais + outros bens (R$) ,00 FONTE FGV, 2006 (adaptado). Do total imobilizado, o custo de oportunidade representou 13,45%, valor superior ao sugerido por GOTTSCHALL et al., (2002) e NOGUEIRA, (2004). Desta forma, utilizar a taxa de juros da caderneta de poupança pode não ser a melhor forma para estimar o custo de oportunidade sobre animais e outros bens Do custo operacional O custo alternativo sobre o custo operacional representado pelos custos variáveis e despesas administrativas foi estimado com base na taxa de juros da caderneta de poupança (GOTTSCHALL et al., 2002; NOGUEIRA, 2004), visto que envolvem desembolsos gradativos durante o período de produção (Tabela 13). Tabela 13 Custo de oportunidade do custo operacional. Custo operacional (CV + Despesas Administrativas) (R$) ,62 Custo oportunidade (%) 6,0 Custo de oportunidade (R$) , No capital total Representando o custo de oportunidade da atividade leiteira, somaram-se os custos de oportunidade da terra, dos animais e outros, dos custos variáveis e despesas administrativas (Tabela 14). 35

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