Contaminação Bacteriana na Fermentação Etanólica. Profª. Dra. Dejanira de Franceschi de Angelis

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Contaminação Bacteriana na Fermentação Etanólica. Profª. Dra. Dejanira de Franceschi de Angelis"

Transcrição

1 Contaminação Bacteriana na Fermentação Etanólica Profª. Dra. Dejanira de Franceschi de Angelis

2 1. INTRODUÇÃO O planeta Terra com seus estimados 4,8 bilhões de anos passou por diferentes etapas desde a sua formação até tornar-se um ambiente que favorecesse a condição de vida como entendemos hoje. Destas etapas, a primeira delas foi o resfriamento da superfície e a condensação da água. Durante este período as condições energéticas provavelmente eram muito severas: intensa radiação atômica; radiação solar e energia vulcânica ativa.

3 Soma-se a isto as descargas elétricas da atmosfera. Neste ambiente altamente energético e atmosfera tóxica foram sendo formadas muitas moléculas orgânicas simples e outras fotossensíveis que foram interagindo e complexando-se, formando na água um ambiente rico em nutrientes.

4 Com a formação das moléculas de ácidos graxos com sua polaridade hidrofílica e hidrofóbica formaram-se as micelas. Provavelmente, destas micelas surgiram as primeiras reações bioquímicas e os primeiros mecanismos biológicos de replicação, que denominamos de metabolismo.

5 Partindo pois destas micelas, as primeiras formas metabólicas que surgiram foram os metabolismos fermentativos anaeróbios, pois são muito mais simples que o metabolismo respiratório aeróbio. Esta forma é mais eficiente no aproveitamento da energia química acumulada nas moléculas. Deste período de cerca de 3,5 bilhões de anos já se evidenciaram alguns organismos simples capazes de captar a energia solar e produzir oxigênio (O 2 ). A produção de O 2 pelos microrganismos fotossintetizantes introduziu uma das mais importantes modificações da superfície terrestre, transformando-a de redutora para oxidante.

6 A produção de O 2 propiciou também a formação da camada de ozônio, impedindo pois que a radiação ultravioleta atingisse a Terra. Isto liberou a vida dos esconderijos das rochas e da profundidade oceânica. Neste período teve origem a biodiversidade. Supõe-se que os seres vivos tenham sua origem em um ancestral comum que se diversificou em três domínios:

7 ARCHAEA arqueobactérias BACTERIA bactérias verdadeiras EUKARYA Animais, plantas, algas, protozoários, fungos, leveduras ANCESTRAL COMUM

8 Esta divisão da Biologia não surgiu por acaso, mas sim por muitos estudos de todos os organismos para que pudessem ser entendidos em sua ecologia, fisiologia, genoma, constituição química, e outros atributos. Portanto, quando se faz referência aos organismos de cada domínio deve-se sempre considerá-los especiais em cada segmento e entender a diversidade biológica em cada domínio.

9 Os organismos dos 3 domínios são encontrados predominantemente no solo. As Arqueobactérias, bactérias e eucariotos são encontrados dispersos nos ambientes mais estranhos e suportando ambientes estressantes com alta biodiversidade. Tais organismos estão presentes também nos diferentes sítios onde está inserido o complexo ambiente de uma indústria sucro-alcooleira. Considerando-se a origem dos microrganismos na indústria, parece e inúmeras pesquisas comprovam que a terra ainda é a maior fonte de seus contaminantes.

10 2. CONTAMINANTES NA INDÚSTRIA Uma vez que o solo é o grande reservatório biológico de microrganismos, a contaminação que atinge a indústria em sua maior parte tem nele sua origem. A contaminação chega até a indústria mediante a terra aderida às raízes, caule, folhas, água, partículas carregadas pelas correntes aéreas, etc. SHEATA (1960) e TILBURY (1975) mostraram em seus trabalhos que na cana pode-se encontrar de 10 4 a 10 8 unidades formadoras de colônias (UFC).

11 Dentre os gêneros de bactérias encontradas destacam-se: Aerobacter Escherichia Flavobacterium Pseudomonas Enterobacter Erwinia Lactobacillus Leuconostoc Bacillus Micrococcus Corynebacterium

12 Escherichia coli Pseudomonas aeruginosa Lactobacillus ssp Lactobacillus plantarum Corynebacterium diphtheriae

13 Aerobacter aerogenes Leuconostoc mesenteroides Enterobacter

14 Bacillus Flavobacterium Erwinia Micrococcus

15 Também foram detectadas leveduras dos gêneros Candida, Saccharomyces, Torula e Pichia; além dos fungos filamentosos. Candida Candida parapsilosis

16 Pichia pastoris Saccharomyces cerevisiae Torula Fungo filamentoso

17 LIMA et al. (1974) constataram que as espécies de microrganismos encontradas na indústria são as mesmas daquelas presentes no solo da lavoura de cana. A cana ao ser queimada e cortada entra em contato com o solo e através de corte os microrganismos invadem os tecidos do vegetal. Tem aí a origem de muitos contaminantes encontrados na indústria (QUIMATEC, 1991).

18 Microrganismos que chegam à indústria vão encontrar condições ideais ao seu desenvolvimento. O caldo de cana constitui um ótimo meio de cultura que estimula o desenvolvimento microbiano considerando-se a sua composição de sais minerais e carboidratos, atividade de água, ph e temperatura favoráveis.

19 Além disso fatores como: variações nas formas de colheita terrenas, diferentes variedades de cana, condições climáticas muito oscilantes, pragas e doenças, tipo de transporte, armazenamento, tempo decorrido entre o corte da cana e o seu processamento na usina,

20 estado da matéria-prima ao dar entrada na usina (limpa, suja, molhada, seca, queimada, nova, velha, deteriorada, com raízes, perfuradas por insetos) Contribuem significativamente no número de microrganismos presentes na cana e conseqüentemente no caldo (GALLO; CÃNHOS, 1991). Durante a colheita, transporte e armazenamento, alguns desses microrganismos tendem a penetrar nos colmos através de lesões e se multiplicam agravando o problema.

21 Por outro lado, durante a lavagem da cana há duas possibilidades: remoção parcial dos contaminantes se a qualidade da água e os cuidados operacionais forem adequados; aumento drástico dos contaminantes quando os cuidados não são assumidos corretamente. Com controle adequado de matéria-prima, da água de lavagem e do processo de extração, pode-se obter um caldo misto com ph ao redor de 5.5 (BAYMA, 1973) e com números de contaminantes inferiores a 10 7 UFC/mL (COPERSUCAR, 1983).

22 Quando o ph da água encontra-se entre 10,0 e 11,0 em circuitos fechados, possui contagens de bactérias mais baixas. SERRA et al. (1979) efetuaram contagens microbianas em águas de lavagem de cana em duas usinas que operavam com diferentes circuitos. Os autores concluíram que na usina que não recirculava a água as contagens eram de 10 a 20 vezes menores.

23 LOBO et al. (1987) avaliaram o número de bactérias da água de lavagem de duas usinas e uma destilaria. Os autores verificaram que os valores obtidos de 10 4 e 10 5 UFC/mL não influenciavam nas contagens que eram efetuadas posteriormente nos caldos dos primeiros ternos de cada unidade analisada. Na indústria o preparo da cana para a extração do caldo mediante a ação dos picadores e desfibradores constitui um ponto importante para a exposição do caldo à ação microbiana.

24 Microrganismos aí encontrados por BEVAN, BOND (1971) mostraram que são ótimos metabolizadores de sacarose, glicose e frutose (Leuconostoc, Actinomycetos, Brevibacterium, fungos e leveduras). Dentre os pesquisadores TILBURY (1977) destaca-se pela preocupação com as perdas do processo. Dentre as perdas, o autor verificou que: 13% ocorrem pela inversão química, 25% pela inversão enzimática das enzimas extracelulares invertase, 63% em conseqüência da atividade microbiana.

25 As perdas de sacarose na moenda podem atingir, segundo TILBURY (1977), 1kg de sacarose por tonelada de cana. Outros autores, ORTH in MOROZ (1969), tinham registrado perdas de 3,07% dos caldos em moendas lavadas e sem lavar. O caldo bruto, segundo LIMA et al. (1977), pode apresentar de 10 4 leveduras e 10 8 bactérias/ml. AMORIM, OLIVEIRA (1982) em seu trabalho verificaram que a diminuição da produção de etanol pode ser causada por diferentes motivos:

26 consumo de açúcar pelo contaminante; consumo do álcool produzido; liberação de substâncias tóxicas; excesso de ácidos; biocidas empregados no controle das infecções; perda do fermento nas centrífugas ou fundos de dorna; floculação do fermento, etc.

27 Deve-se considerar que em uma unidade industrial todos estes fatores podem acontecer simultaneamente. Ainda segundo os autores, durante uma safra pode acontecer perdas nas destilarias por formação de ácido. Se ocorrer, por exemplo, 5 a 6 g de acidez por litro de vinho, haverá diminuição do rendimento alcoólico em 60%. GUERRA e ANGELIS (1998) verificaram durante o acompanhamento da incidência de floculação do fermento a presença de bactérias indutoras da floculação.

28 A pesquisa pôde diferenciar quatro biotipos de bactérias que possuíam sensibilidades diferentes aos biocidas e antibióticos empregados na indústria estudada. Este fato permite verificar a dificuldade de solucionar o problema.

29 3. POR QUE CULTIVAR BACTÉRIAS? A preocupação dos pesquisadores com a contaminação microbiana dos processos industriais está voltada especialmente no que se refere à bebidas alcoólicas fermentadas. Deve-se considerar que a entrada de microrganismos em uma indústria constitui uma população mista proveniente do solo, água, etc. Nesta situação considera-se uma comunidade de espécies em competição. Mudanças nas condições externas podem favorecer o crescimento de uma ou poucas espécies particulares.

30 Isto pode resultar no estabelecimento de uma população predominante às custas de outras espécies. Diante da diversidade das espécies microbianas no interior de uma indústria sucroalcooleira, deve-se aplicar técnicas adequadas para sua detecção. Eventualmente há necessidade de se aplicar a técnica de enriquecimento onde se suprime determinada condição, favorecendo assim o desenvolvimento de outras espécies, que embora presentes não se desenvolvem por falta das condições que não lhes propiciam o crescimento.

31 Muitas tentativas têm sido feitas para promover um levantamento real dos microrganismos, predominantemente bactérias e mais recentemente as leveduras. Após a implantação do PRO-ÁLCOOL no Brasil como fonte alternativa de combustível, houve maior preocupação com os contaminantes da fermentação etanólica e com as conseqüentes perdas no processo. Os inconvenientes provocados pelos contaminantes formadores de gomas foram as primeiras características para as quais voltou-se a atenção dos pesquisadores.

32 A microbiologia dos caldos destinados à produção de açúcar e posteriormente à do álcool pode ser considerado o ponto inicial para a elucidação da formação dos compostos mucilaginosos nos caldos de cana. Quanto à detecção dos microrganismos nas usinas, a literatura mostra que muitos países adaptaram e desenvolveram métodos para a área do açúcar. Entretanto, a metodologia visa sempre o controle da qualidade bacteriológica do produto final.

33 Dentro do setor de produção de álcool o conhecimento de métodos de avaliação de contaminantes na fermentação alcoólica é muito restrito e não existe uma metodologia padronizada. Dentre as possibilidades existe a recomendação da contagem microscópica, esta, no entanto deixa a desejar porquanto muitas bactérias confundem-se com partículas do próprio caldo. As contagens das bactérias no microscópio ainda não avalia aquelas que estão mortas das vivas. Contudo para avaliar leveduras vivas e mortas a contagem microscópica constitui uma ferramenta importante.

34 A microscopia pode ainda associar-se com alguns tipos de coloração, o que evidenciará o material além de poder diferenciar sua morfologia como no caso das bactérias Gram-positivas das Gramnegativas. Este conhecimento poderá ser útil no controle dos contaminantes ao se procurar aplicar antibióticos ou biocidas. A vantagem da contagem microscópica é a sua rapidez, por outro lado, apresenta como desvantagem a possibilidade de se poder contar partículas que estejam em valores superiores a por ml.

35 Entretanto, a contagem em placas pode avaliar até um por ml, mais precisamente 30/mL. Embora com restrições, a contagem microscópica tem mostrado correlações positivas entre os valores de acidez e o número de bactérias. Por outro lado, a contagem nas placas contendo meio sólido embora seja um método indireto de avaliação, indica com segurança a quantidade de microrganismos vivos presentes na amostra mesmo quando estão em baixo número.

36 O uso deste método em fermentação alcoólica só foi possível com a descoberta de antibiótico que pudesse inibir o crescimento de levedura e desta forma quantificar as bactérias. A aplicação de actidiona (cicloheximida) em 1951 por GRAY permitiu o desenvolvimento de técnicas de avaliação bacteriana em cervejarias Dentre os meios recomendados para avaliação de bactérias pode-se destacar o Plate Count Agar (PCA) e Man, Rogosa e Sharpe (MRS). Há também indicações de suplementação do PCA com extrato de levedura para contagem total de bactérias.

37 ROSALES, FURLETTI, ANGELIS (1987) propuseram o emprego de meios de cultivo para dinamizar o levantamento dos principais problemas microbiológicos da indústria sucroalcooleira. Estes meios permitem verificar de 18 a 24 horas as bactérias produtoras de goma. O meio de oxidação do etanol exige um período maior, aproximadamente 30 horas.

38 Quando se propõe um levantamento microbiano na indústria sucro-alcooleira, parte-se em geral de um meio complexo onde há a possibilidade de crescer muitas espécies que normalmente não interagem em meios seletivos onde alguns grupos seriam favorecidos.

39 Contudo, hoje entendemos que existem grandes problemas microbiológicos na fermentação etanólica: gerado por bactérias: - produtoras da inversão e posterior polimerização na formação da goma. - produtoras de ácido empregando o açúcar. - consumidoras de etanol produzindo ácido acético.

40 gerado por leveduras selvagens: - células que consomem açúcar vorazmente e das quais sabemos pouco. Da população altamente diversificada da indústria, importante é conhecer o que estaria viável em cada etapa do processo.

41 Para tanto elegem-se meios de avaliação total dos contaminantes, que denominamos meios seletivos, para quantificar: bactérias totais; bactérias produtoras de gomas; bactérias produtoras de ácidos; bactérias consumidoras de etanol

42 4. UTILIDADES DO ACOMPANHAMENTO MICROBIOLÓGICO Independente do método aplicado o importante é estarem em sintonia: laboratório, processo e área agrícola. No controle do processo industrial da fermentação e na produção de açúcar podemos correlacionar: Água de lavagem acompanhar a água de lavagem da cana mantendo o ph entre 10 e 11. Moenda efetuar sempre que possível amostragens compostas; existem equipamentos específicos para coletas das amostras: caldo primário, caldo misto e caldo decantado.

43 Microrganismos = População bacteriana do caldo 1º terno População bacteriana do caldo misto Se a População do caldo misto é X e a População do caldo decantado é Y X-Y = W e W/X = Z, então Z x 100 = % redução Desta forma é possível avaliar a eficiência do tratamento do caldo.

44 NB = número de bactérias (avalia-se somente os bacilos ao microscópio) 4.3 FERMENTAÇÃO A contaminação bacteriana deve sempre ser o mínimo possível. O índice de contaminação (IC) de bactérias por ml pode ser correlacionado com diferentes parâmetros do processo: CV = número de células vivas de leveduras /ml VC = viabilidade celular da levedura RF = rendimento da fermentação A = acidez

45 IC = CV NB IC = VC NB RF IC = NB IC = A NB Estas correlações se bem reproduzidas poderão nortear as ações a serem assumidas em qualquer parte do processo. Pode-se calcular também as taxas de multiplicação do fermento na dorna (TMF). TMF = População que entra na dorna no início da fermentação (DIF) População na dorna no final da fermentação (DFF) X 100

46 Pode-se construir um gráfico correlacionando-se com o rendimento da fermentação. Outro parâmetro a ser considerado é a recirculação das bactérias (RC). RC = População das bactérias do leite População de bactérias na dorna no final da fermentação

47 5 JUSTIFICATIVA PARA EFETUAR O CONTROLE A fermentação etanólica processa-se no Brasil em condições não estéreis e as contaminações no processo causam prejuízos no rendimento final. As causas principais são relativas ao consumo de açúcar, produção de toxinas, mucilagens (gomas) que provocam entupimentos nas tubulações e floculação no fermento. A presença de bactérias está ligada à qualidade da matéria-prima e é influenciada pelo solo, variedade, tipo de corte, armazenagem, transporte, associado ainda à água de lavagem e da diluição do mosto.

48 Considera-se uma dorna contaminada aquela onde o número de bactérias atinge níveis que prejudiquem a produção de etanol. As bactérias presentes no mosto ou nas dornas causam fermentações secundárias tais como: acética, láctica, dextrânica, butírica, levânica. Todas as fermentações secundárias utilizam direta ou indiretamente o açúcar para produzirem o produto final.

49 5.1 FERMENTAÇÃO ACÉTICA As bactérias acéticas produzem a oxidação do etanol à ácido acético. Possuem tolerância relativamente alta à ácidos. São bactérias Gram (-), bastonetes curtos, aeróbios, desenvolvem-se entre 15 a 45ºC, sendo que a temperatura mais favorável é de 15 a 34ºC. O gênero mais freqüente é Acetobacter e as espécies: A. acetii, A. pasteurianum, A. acetosum, A. sub-oxydans.

50 5.2 FERMENTAÇÃO LÁCTICA Possuem a habilidade de inibir o crescimento de outras bactérias. São bactérias Gram (+), anaeróbias ou microaerófilas. Desenvolvem-se em temperaturas elevadas até 45ºC. Podem ser homofermentativas ou heterofermentativas.

51 Os principais gêneros: Lactobacillus e Streptococcus. As espécies mais freqüentes são: L. fermentum, L. plantarum L. bulgaricus, L. delbruckei, L. casei, S. lactis, S. thermophilus. Glicose homofermentação 2 ácido láctico Glicose heterofermentação Ácido lático + CO 2 +álcool etílico

52 5.3 FERMENTAÇÃO DEXTRÂNICA O principal agente é a bactéria Leuconostoc mesenteroides. São bactérias cocos Gram (+), vivem isoladas, em pares ou cadeias. Do metabolismo da sacarose forma-se uma massa gelatinosa transparente em polímeros de dextrana, conhecida como canjica. Temperatura ótima de desenvolvimento 36ºC é heterofermentativa. n C 12 H 22 O 11 Leuconostoc mesenteroides (C 6 H 10 O 6 ) n + n C 6 H 12 O 6 dextrana frutose

53 5.4 FERMENTAÇÃO DO LEVÂNIO As principais bactérias são do gênero Bacillus (Gram (+)), Aerobacter (Gram (-)) e Streptococcus (cocos Gram (+)). São do metabolismo da sacarose, polimerizam a frutose e liberam a glicose. n C 12 H 22 O 11 (C 6 H 10 O 5 ) n + n C 6 H 12 O 6 levânio glicose

54 5.5 Fermentação Butírica Geralmente está associada ou ocorre depois da fermentação láctica. São bactérias cilíndricas, ovais ou em forma de losangos ou de raquetes. São esporuladas, crescem bem a temperaturas de 40ºC e em mostos pouco ácidos. Metabolicamente geram ác. butírico, acético, fórmico, CO 2, álcoois, etc. Segundo ROSALES (1989), 222 linhagens isoladas do processo de fermentação etanólica foram identificadas:

55 BACTÉRIAS ISOLADAS Gram (+) 75,68% 222 CULTURAS Gram (-) 24,32% Bastonetes 76,78% Cocos 23,21% Acetobacter 29,63% Xantobacter 14,81% Pseudomonas 5,55% Acinetobacter 27,77% Enterobacter 27,77%

56 Bastonetes 76,78% Cocos 23,21% Lactobacillus 77,52% Bacillus 16,28% Sporolactobacillus sp 6,2% Leuconostoc - 82,05% Micrococos 10,25% Staphylococcus 7,69%

57 L. fermentum -29% Lactobacillus Bacillus L. brevis 33% L. canfusus 20% L. plantarum 7% outros 11% B. coagulans 14,28% B. subtilis 47,62% B. megaterium 28,57% B. firmus 9,50% Sporolactobacillus sp

58 LITERATURA RECOMENDADA Microrganismos da fermentação etanólica e possibilidade de utilização da vinhaça.seminário. UNIMEP. UNESP-IB.RC.ed. Buckman Lab. Ltda, 1987 (vários autores) ROSALES, S,V,R. Contaminantes bacterianas da fermentação etanólica: isolamento em meios diferenciais, identificação e avaliação de desinfetantes. Rio Claro. UNESP. Instituto de Biociências. Tese de doutorado. Área de Ciências Biológicas

59 GUERRA, E,J. Isolamento de bactérias da fermentação etanólica que induzem a floculação em Saccharomyces cerevisiae e sua sensibilidade a agentes microbianos. Rio Claro. UNESP Dissertação de Mestrado em Ciências Biológicas. Área de Microbiologia Aplicada GUERRA, E,J.; ANGELIS,D,F. Floculação da levedura induzida por bactérias na fermentação etanólica. I Método de detecção preventiva e estudos para o controle. STAB. YOKOIA,F.;OLIVA-NETO,P. Características da floculação de leveduras por Lactobacillus fermetum. Revista de Microbiologia. São Paulo, v.22, n.1, p

60 LIMA,U.A.;GOLDONI,J,S.;CEREDA,M,P.;SOUZA,L,Ocor rência de microrganismos em caldo bruto, caldo misto e água de embebição de uma usina de açúcar de cana. Brasil açucareiro. V.83, p

MICROSERV ASSESSORIA E SERVIÇOS EM MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL LTDA. Expositor: Teresa Cristina Vieira

MICROSERV ASSESSORIA E SERVIÇOS EM MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL LTDA. Expositor: Teresa Cristina Vieira Expositor: O USO DA MICROBIOLOGIA NA DETECÇÃO DE PROBLEMAS QUE DIMINUEM A EFICIÊNCIA DE RECUPERAÇÃO EM ART Tópicos desta apresentação 1- Explicando o que é Eficiência em ART e do que depende. 2- Alguns

Leia mais

Fermentação Aumento na Produção de Etanol através do Controle Microbiológico

Fermentação Aumento na Produção de Etanol através do Controle Microbiológico Fermentação Aumento na Produção de Etanol através do Controle Microbiológico FORUM PROCANA USINA DE ALTA PERFORMANCE RIBEIRÃO PRETO-SP 19 de setembro de 2014 Desde a safra de 2006, vem trabalhando com

Leia mais

Tecnologia de Bebidas Fermentadas. Thiago Rocha dos Santos Mathias

Tecnologia de Bebidas Fermentadas. Thiago Rocha dos Santos Mathias Tecnologia de Bebidas Fermentadas Thiago Rocha dos Santos Mathias thiago.mathias@ifrj.edu.br Tópicos Introdução aos Bioprocessos Tecnologia da cerveja Tecnologia do vinho Tecnologia da cachaça Introdução

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL Professor Dr. Joel Gustavo Teleken Palotina (PR), 15 de maio de 2014. SUMÁRIO 1) BIORREATORES 2) PROCESSO BIOETANOL 3) DESTILAÇÃO

Leia mais

AULA 03: Nutrição e metabolismo bacteriano

AULA 03: Nutrição e metabolismo bacteriano Microbiologia Básica AULA 03: Nutrição e metabolismo bacteriano Professor Luiz Felipe Leomil Coelho Departamento de Ciências Biológicas E-mail: coelho@unifal-mg.edu.br Objetivos Associar os métodos citados

Leia mais

FERMENTAÇÕES. Via metabólica de degradação da glicose

FERMENTAÇÕES. Via metabólica de degradação da glicose FERMENTAÇÕES A fermentação é um processo metabólico realizado por alguns microrganismos para a obtenção de energia a partir de nutrientes. Este processo é, por isso, um processo catabólico. Do ponto de

Leia mais

INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS FERMENTATIVOS. Professora: Erika Liz

INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS FERMENTATIVOS. Professora: Erika Liz INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS FERMENTATIVOS Professora: Erika Liz Características necessárias de microrganismos para aplicação industrial Apresentar elevada eficiência na conversão de nutrientes, de forma a

Leia mais

Fatores Físicos e Químicos que Influenciam a Fermentação Alcoólica

Fatores Físicos e Químicos que Influenciam a Fermentação Alcoólica Fatores Físicos e Químicos que Influenciam a Fermentação Alcoólica CLÓVIS PARAZZI. Universidade Federal de São Carlos. Centro Ciências Agrárias -Araras SP. FERMENTAÇÃO ÁLCOÓLICA PRINCIPAIS FATORES QUE

Leia mais

Bioquímica Fermentação. Profª. Ana Elisa Matias

Bioquímica Fermentação. Profª. Ana Elisa Matias Bioquímica Fermentação Profª. Ana Elisa Matias Respiração Celular X Fermentação Nos organismos aeróbios constitui o segmento inicial da degradação da glicose, sendo essencialmente prosseguida pelo processo

Leia mais

Graduação em Biotecnologia Disciplina de Biotecnologia Microbiana I. CLÁUDIA PINHO HARTLEBEN

Graduação em Biotecnologia Disciplina de Biotecnologia Microbiana I. CLÁUDIA PINHO HARTLEBEN Graduação em Biotecnologia Disciplina de Biotecnologia Microbiana I CLÁUDIA PINHO HARTLEBEN claudia.hartleben@pq.cnpq.br clauhart@terra.com.br 13 de setembro de 2011 Reprodução e Fisiologia Bacteriana

Leia mais

Tecnologia da Fabricação de Etanol

Tecnologia da Fabricação de Etanol Tecnologia da Fabricação de Etanol Matérias prima e preparo do mosto para produção de etanol A. Matéria prima e preparo do mosto 3 Sacarinas (açúcares) Amiláceas (amido) Celulósicas (2ª geração) 4 Mandioca

Leia mais

ESALQ / USP Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição. Matéria prima para a indústria sucroalcooleira

ESALQ / USP Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição. Matéria prima para a indústria sucroalcooleira ESALQ / USP Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição Matéria prima para a indústria sucroalcooleira 2 1. MATÉRIA-PRIMA: Cana-de-açúcar ASPECTOS GERAIS Cana-de-açúcar família gramíneas (5000

Leia mais

LAN Tecnologia do Álcool MICRORGANISMOS NA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA - LEVEDURAS E BACTÉRIAS. Prof. Antonio Sampaio Baptista

LAN Tecnologia do Álcool MICRORGANISMOS NA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA - LEVEDURAS E BACTÉRIAS. Prof. Antonio Sampaio Baptista Universidade de São Paulo USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Esalq Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição - LAN LAN 685 - Tecnologia do Álcool MICRORGANISMOS NA FERMENTAÇÃO

Leia mais

Desenvolvimento de um produto de controle de bactérias formadoras de biofilmes do sistema de produção industrial de etanol

Desenvolvimento de um produto de controle de bactérias formadoras de biofilmes do sistema de produção industrial de etanol Desenvolvimento de um produto de controle de bactérias formadoras de biofilmes do sistema de produção industrial de etanol Elizandra Faria Viana¹; Juliana Fernandes Moreira²; Alcilene de Abreu Pereira³

Leia mais

TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS

TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS Prof. Ana Rita Rainho TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS Fermentação www.biogeolearning.com 1 Fluxo de energia nos sistemas biológicos A energia radiante é captada pelos seres fotossintéticos

Leia mais

O papel da Instrumentação no processo fermentativo da usina sucroalcooleira

O papel da Instrumentação no processo fermentativo da usina sucroalcooleira O papel da Instrumentação no processo fermentativo da usina sucroalcooleira Com a preocupação acerca da escassez e dependência de energias não renováveis, diversas potências mundiais começaram suas buscas

Leia mais

DESINFECÇÃO INDUSTRIAL LIMPA E O CONTROLE MICROBIOLÓGICO DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO EATANÓLICA

DESINFECÇÃO INDUSTRIAL LIMPA E O CONTROLE MICROBIOLÓGICO DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO EATANÓLICA DESINFECÇÃO INDUSTRIAL LIMPA E O CONTROLE MICROBIOLÓGICO DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO EATANÓLICA SIMPÓSIO DE CIENCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTO DO MERCOSUL COSIMP CASCÁVEL -PARANÁ. 16 de novembro de 2016 CONTAMINAÇÃO

Leia mais

FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL INTRODUÇÃO

FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL INTRODUÇÃO Etanol??? Aplicado como combustível verde, em industrias de alimentos, perfumes, cosméticos e como insumo da industria química; Combustível potencialmente global; Alternativa muito procurada com a escassez

Leia mais

CONTROLE MICROBIOLÓGICO- PREVENÇÃO DE PERDAS E DA FLOCULAÇÃO

CONTROLE MICROBIOLÓGICO- PREVENÇÃO DE PERDAS E DA FLOCULAÇÃO CONTROLE MICROBIOLÓGICO- PREVENÇÃO DE PERDAS E DA FLOCULAÇÃO Profª Dra. Dejanira de Franceschi de Angelis Porf. Dr. Edilson José Guerra PRINCIPIO: o conhecimento das causas que conduzem aos problemas é

Leia mais

CONTAMINAÇÃO BACTERIANA DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO ETANÓLICA E SUAS IMPLICAÇÕES COSIMP 2016 CASCAVEL -PR

CONTAMINAÇÃO BACTERIANA DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO ETANÓLICA E SUAS IMPLICAÇÕES COSIMP 2016 CASCAVEL -PR CONTAMINAÇÃO BACTERIANA DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO ETANÓLICA E SUAS IMPLICAÇÕES COSIMP 2016 CASCAVEL -PR EMPRESAS DE DESENVOLVIMENTO & PESQUISA LINHA DE PRODUTOS ECOLOGICAMENTE CORRETOS PARA CONTROLE MICROBIOLÓGICO

Leia mais

METABOLISMO DOS FUNGOS

METABOLISMO DOS FUNGOS METABOLISMO DOS FUNGOS Os fungos são microrganismos heterotróficos e, em sua maioria, aeróbios obrigatórios. No entanto, certas leveduras fermentadoras, aeróbias facultativas, se desenvolvem em ambientes

Leia mais

MICRORGANISMOS E BIOTECNOLOGIA

MICRORGANISMOS E BIOTECNOLOGIA MICRORGANISMOS E BIOTECNOLOGIA BIOTECNOLOGIA - HISTÓRIA Estima-se que 8000 a.c., na Mesopotâmia, os povos selecionavam as melhores sementes das melhores plantas para aumentar a colheita. Fabricação de

Leia mais

COMO AS ENZIMAS COLABORAM PARA UMA USINA MAIS LUCRATIVA. Marcelo Vieira Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento

COMO AS ENZIMAS COLABORAM PARA UMA USINA MAIS LUCRATIVA. Marcelo Vieira Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento COMO AS ENZIMAS COLABORAM PARA UMA USINA MAIS LUCRATIVA Marcelo Vieira Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento AGENDA Prozyn; Desafios técnicos da indústria; Como as enzimas colaboram para uma usina mais

Leia mais

Para cada desafio, uma solução Prozyn em AÇÚCAR & ETANOL

Para cada desafio, uma solução Prozyn em AÇÚCAR & ETANOL Para cada desafio, uma solução Prozyn em AÇÚCAR & ETANOL Líder em enzimas para a indústria de açúcar e etanol Especializada na aplicação de enzimas e outros bioingredientes, a Prozyn atua de forma dinâmica,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL Joel Gustavo Teleken Palotina (PR), Maio de 2017. BIOETANOL 1) MATÉRIAS PRIMAS 2) BIORREATORES 3) PRODUÇÃO DE ETANOL 2 MATÉRIAS

Leia mais

NUTRIÇÃO E CONDIÇÕES DE CRESCIMENTO DO MICRORGANISMO

NUTRIÇÃO E CONDIÇÕES DE CRESCIMENTO DO MICRORGANISMO CURSO ENGENHARIA BIOQUIMICA MICROBIOLOGIA 2015 4 0 AULA NUTRIÇÃO E CONDIÇÕES DE CRESCIMENTO DO MICRORGANISMO Profa. Dra. Maria Bernadete de Medeiros COMPOSIÇÃO CELULAR DA BACTÉRIA Escherichia coli COMPOSIÇÃO

Leia mais

Biologia. Respiração Celular. Professor Enrico Blota.

Biologia. Respiração Celular. Professor Enrico Blota. Biologia Respiração Celular Professor Enrico Blota www.acasadoconcurseiro.com.br Biologia RESPIRAÇÃO CELULAR A bioenergética é o estudo dos processos do metabolismo celular de produção e quebra de energia

Leia mais

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Respiração celular e fermentação Parte 3. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Respiração celular e fermentação Parte 3. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Moléculas, células e tecidos Parte 3 Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem: Parte III - Fermentação láctica e alcoólica: I Conceitos fundamentais; II Tipos de fermentação; III Diferença

Leia mais

Universidade de São Paulo USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Esalq. LAN 1458 Açúcar e Álcool

Universidade de São Paulo USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Esalq. LAN 1458 Açúcar e Álcool Universidade de São Paulo USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Esalq Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição - LAN LAN 1458 Açúcar e Álcool Agentes da fermentação alcoólica, bioquímica

Leia mais

Rendimento e Eficiência na Industria Sucroenergética. Silvio Roberto Andrietta

Rendimento e Eficiência na Industria Sucroenergética. Silvio Roberto Andrietta Rendimento e Eficiência na Industria Sucroenergética Silvio Roberto Andrietta Introdução Definição Eficiência Relativo a recuperação de uma dada substância em um processo sem que haja conversão ou bioconversão

Leia mais

Matéria: Biologia Assunto: Respiração celular Prof. Enrico blota

Matéria: Biologia Assunto: Respiração celular Prof. Enrico blota Matéria: Biologia Assunto: Respiração celular Prof. Enrico blota Biologia 1. Moléculas, células e tecidos - Fotossíntese e respiração - Respiração celular Fermentação Organismos que só vivem na presença

Leia mais

Tecnologia da Fabricação de Etanol

Tecnologia da Fabricação de Etanol Tecnologia da Fabricação de Etanol 2 3 Fermentação alcoólica fermento (leveduras) Açúcares do etanol + CO 2 caldo de cana T=32º C, ph=4,5 (Mosto) Calor Biomassa Energia (ATP) Etanol Açúcares Glicose Frutose

Leia mais

Características dos seres vivos

Características dos seres vivos Necessidades Básicas dos Seres Vivos Módulo 1 AULA 3 Professora: Andréa Rodrigues Características dos seres vivos Composição química mais complexa Organização celular Capacidade de nutrição Reação a estímulos

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL Palotina (PR), Maio de 2018. BIOETANOL 1) MATÉRIAS PRIMAS 2) BIORREATORES 3) PRODUÇÃO DE ETANOL 2 MATÉRIAS PRIMAS As matérias-primas

Leia mais

16/09/2015. M.O. usados como alimentos. leveduras. algas. bactérias

16/09/2015. M.O. usados como alimentos. leveduras. algas. bactérias 1 2 leveduras algas bactérias 1 3 leveduras relevância no aumento de alimentos disponíveis boa fonte de proteínas e vitaminas crescem em diversos tipos de resíduos envólucros de cereais, maçarocas de milho,

Leia mais

Universidade de São Paulo USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Esalq. LAN 1458 Açúcar e Álcool

Universidade de São Paulo USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Esalq. LAN 1458 Açúcar e Álcool Universidade de São Paulo USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Esalq Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição - LAN LAN 1458 Açúcar e Álcool Processos industriais de condução da

Leia mais

10º Encontro de Higienização e Lavanderia Hospitalar da Região Sul AÇÃO DESINFETANTE NO PROCESSO DE LAVAGEM EM ROUPAS HOSPITALARES

10º Encontro de Higienização e Lavanderia Hospitalar da Região Sul AÇÃO DESINFETANTE NO PROCESSO DE LAVAGEM EM ROUPAS HOSPITALARES 10º Encontro de Higienização e Lavanderia AÇÃO DESINFETANTE NO PROCESSO DE LAVAGEM EM ROUPAS HOSPITALARES CONTROLE MICROBIOLÓGICO NO PROCESSO DE LAVAGEM DE ROUPAS HOSPITALARES AVALIAÇÃO DOS RISCOS BIOLÓGICOS

Leia mais

Meios de cultura bacteriano

Meios de cultura bacteriano Meios de cultura bacteriano O material preparado no laboratório para o crescimento de microrganismos. Inóculo e Cultura; Se desejarmos o crescimento de uma cultura de um certo microrganismo, por exemplo

Leia mais

Técnicas Microbiológicas

Técnicas Microbiológicas IX Semana de Biologia da UFPB Técnicas Microbiológicas e Rotina Laboratorial Laboratório de Genética de Microrganismos - DBM Conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos

Leia mais

PROCESSOS FERMENTATIVOS

PROCESSOS FERMENTATIVOS PROCESSOS FERMENTATIVOS AULA 2 TÓPICOS EM BIOPROCESSOS PPGPVBA 1. INTRODUÇÃO - Microrganismos decompositores de alimentos; fermentação de alimentos e bebidas. - Vinho e vinagre 10.000 AC; - Cerveja 5.000

Leia mais

Biologia Prof. Edgard Manfrim

Biologia Prof. Edgard Manfrim Metabolismo Celular conjunto de reações químicas que ocorrem no organismo. Energia Reagentes Produtos Metabolismo Celular A energia necessária para a realização de reações químicas do organismo vem da

Leia mais

METABOLISMO CELULAR PROCESSOS E MOLÉCULAS ESPECÍFICAS 06/08/2015. Oxidação: ocorre a saída de um átomo H; Redução: envolve o ganho de um átomo H.

METABOLISMO CELULAR PROCESSOS E MOLÉCULAS ESPECÍFICAS 06/08/2015. Oxidação: ocorre a saída de um átomo H; Redução: envolve o ganho de um átomo H. METABOLISMO CELULAR É o conjunto de reações químicas que ocorrem na célula para que ela possa desempenhar suas atividades. + Pi + Energia As moléculas de não podem ser estocadas, desse modo, as células

Leia mais

BIOSFERA E SEUS ECOSSISTEMAS Cap.2

BIOSFERA E SEUS ECOSSISTEMAS Cap.2 BIOSFERA E SEUS ECOSSISTEMAS Cap.2 Conceitos Básicos ECOLOGIA Oikos =casa; logos= ciência É a ciência que estuda as relações entre os seres vivos entre si e com o ambiente onde eles vivem Estuda as formas

Leia mais

ISOLAMENTO E CULTIVO DE MICRORGANISMOS

ISOLAMENTO E CULTIVO DE MICRORGANISMOS ISOLAMENTO E CULTIVO DE MICRORGANISMOS ALGUMAS REGRAS GERAIS PARA A APLICAÇÃO DE ABORDAGENS ECOLÓGICAS PARA O ISOLAMENTO DE MICRORGANISMOS Obs: Podem ser aplicadas no isolamento de qualquer grupo de microrganismo.

Leia mais

SUCROENERGÉTICO AÇÚCAR E ETANOL. A Prozyn oferece soluções completas e inovadoras para o setor sucroenergético.

SUCROENERGÉTICO AÇÚCAR E ETANOL. A Prozyn oferece soluções completas e inovadoras para o setor sucroenergético. SUCROENERGÉTICO AÇÚCAR E ETANOL A Prozyn oferece soluções completas e inovadoras para o setor sucroenergético. Com amplo portfólio de enzimas e outros bioingredientes, o time de especialistas da Prozyn

Leia mais

CIÊNCIAS. Prof. Diângelo

CIÊNCIAS. Prof. Diângelo CIÊNCIAS Prof. Diângelo TABELA PERÍODICA Aula 18 Respiração Celular Respiração celular é o processo de conversão das ligações químicas de moléculas ricas em energia que poderão ser usadas nos processos

Leia mais

ÁCIDO LÁCTICO PRODUÇÃO DE ÁCIDO LÁCTICO COMO PRECURSOR DE DERIVADOS QUÍMICOS DE ALTO VALOR AGREGADO

ÁCIDO LÁCTICO PRODUÇÃO DE ÁCIDO LÁCTICO COMO PRECURSOR DE DERIVADOS QUÍMICOS DE ALTO VALOR AGREGADO 1 Workshop sobre o Estado da Arte da Tecnologia de Produção de Etanol: de Olho na Segunda Geração CTBE/CNPEM ÁCIDO LÁCTICO PRODUÇÃO DE ÁCIDO LÁCTICO COMO PRECURSOR DE DERIVADOS QUÍMICOS DE ALTO VALOR AGREGADO

Leia mais

Seminário STAB Regional Sul A vinhaça na Agroindistria da Cana de Açúcar Nadir Almeida da Gloria

Seminário STAB Regional Sul A vinhaça na Agroindistria da Cana de Açúcar Nadir Almeida da Gloria Seminário STAB Regional Sul A vinhaça na Agroindistria da Cana de Açúcar Nadir Almeida da Gloria O efeito da cana de vinhaça na fermentação alcoólica Silvio Roberto Andrietta Introdução Para determinar

Leia mais

LUIZ CARLOS BASSO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ESALQ/USP. V SEMANA DE FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA, Piracicaba 19/

LUIZ CARLOS BASSO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ESALQ/USP. V SEMANA DE FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA, Piracicaba 19/ A FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA: ALGUNS ASPECTOS BIOQUÍMICOS, FISIOLÓGICOS E MICROBIOLÓGICOS LUIZ CARLOS BASSO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ESALQ/USP V SEMANA DE FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA, Piracicaba 19/20-5-2011

Leia mais

COMO AS ENZIMAS COLABORAM PARA UMA USINA MAIS LUCRATIVA. Rafael Borges Coordenador de Aplicação e Novos Negócios

COMO AS ENZIMAS COLABORAM PARA UMA USINA MAIS LUCRATIVA. Rafael Borges Coordenador de Aplicação e Novos Negócios COMO AS ENZIMAS COLABORAM PARA UMA USINA MAIS LUCRATIVA Rafael Borges Coordenador de Aplicação e Novos Negócios AGENDA Prozyn Bio Solutions Desafio da industria Como as enzimas colaboram para uma usina

Leia mais

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato?

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato? A glicólise ocorre no citosol das células transforma a glicose em duas moléculas de piruvato e é constituída por uma sequência de 10 reações (10 enzimas) divididas em duas fases. Fase preparatória (cinco

Leia mais

BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 08 CÉLULAS: RESPIRAÇÃO CELULAR ANAERÓBIA

BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 08 CÉLULAS: RESPIRAÇÃO CELULAR ANAERÓBIA BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 08 CÉLULAS: RESPIRAÇÃO CELULAR ANAERÓBIA Como pode cair no enem A biodigestão anaeróbia, que se processa na ausência de ar, permite a obtenção de energia e materiais que podem

Leia mais

Nutrição e metabolismo. microbiano. Nutrição e Metabolismo. microbiano. Nutrição e metabolismo microbiano. Nutrição e metabolismo microbiano

Nutrição e metabolismo. microbiano. Nutrição e Metabolismo. microbiano. Nutrição e metabolismo microbiano. Nutrição e metabolismo microbiano Nutrição e Metabolismo 1. Introdução 3. Cultivo e crescimento bacteriano 1. Introdução Origem dos seus precursores retirados do meio sintetizados a partir de compostos mais simples O que contém uma célula

Leia mais

5 Aula Prática Exame do Microcultivo de levedura. Plaqueameno de Açúcar. Ensaio de Óxido-Redução com Resazurina

5 Aula Prática Exame do Microcultivo de levedura. Plaqueameno de Açúcar. Ensaio de Óxido-Redução com Resazurina IB UNESP - Rio Claro CCA - UFSCar Araras II CURSO DE MONITORAMENTO DA FERMENTAÇÃO ETANÓLICA PERÍODO: 11 a 15 DE FEVEREIRO DE 2008 ATIVIDADES PRÁTICAS 5 Aula Prática Exame do Microcultivo de levedura. Plaqueameno

Leia mais

METABOLISMO DE CARBOIDRATOS PELAS LEVEDURAS

METABOLISMO DE CARBOIDRATOS PELAS LEVEDURAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Centro de Ciências Agrárias campus Araras II CURSO DE MONITORAMENTO TEÓRICO E PRÁTICO DA FERMENTAÇÃO ETANÓLICA. UNESP - UFSCAR METABOLISMO DE CARBOIDRATOS PELAS LEVEDURAS

Leia mais

Fontes de m.o. 16/09/2015. Fontes de m.o. Plantas. algumas plantas produzem metabolitos antimicrobianos. interiores geralmente estéreis

Fontes de m.o. 16/09/2015. Fontes de m.o. Plantas. algumas plantas produzem metabolitos antimicrobianos. interiores geralmente estéreis 1 2 Plantas interiores geralmente estéreis algumas plantas produzem metabolitos antimicrobianos frutos e hortícolas têm m.o. superficiais variam com: tipo de solo fertilizantes e água qualidade do ar 1

Leia mais

Vida: uma evolução química

Vida: uma evolução química Vida: uma evolução química Eis as questões... Se a vida não surge espontaneamente, então, qual teria sido a origem dos primeiros seres vivos? Em outras palavras, como teria surgido a vida na Terra? A hipótese

Leia mais

Usina da Superação. 14º SBA - 30 e 31 de outubro de Henrique V. Amorim

Usina da Superação. 14º SBA - 30 e 31 de outubro de Henrique V. Amorim Usina da Superação 14º SBA - 30 e 31 de outubro de 2013 Henrique V. Amorim Inovando a 36 anos Sede Fermentec Nossos Serviços Transferência de Tecnologia Capacitação de Pessoas Pesquisa e Desenvolvimento

Leia mais

Graduação em Biotecnologia Disciplina de Biotecnologia Microbiana II. Probióticos. Por que devemos consumí-los diariamente?

Graduação em Biotecnologia Disciplina de Biotecnologia Microbiana II. Probióticos. Por que devemos consumí-los diariamente? 15 de maio de 2013 Graduação em Biotecnologia Disciplina de Biotecnologia Microbiana II Probióticos Por que devemos consumí-los diariamente? Prof. Fabricio Rochedo Conceição fabricio.rochedo@ufpel.edu.br

Leia mais

FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA

FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA Departamento de Ciências Biológicas LCB 0208 - Bioquímica FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA Professora: Helaine Carrer Alunos: Deborah Bueno da Silva Gabriel Fernando da Silva Lucas Maniero Rodrigues Matheus Freire

Leia mais

Ecologia Microbiana. Microbiologia do Ar

Ecologia Microbiana. Microbiologia do Ar Ecologia Microbiana Microbiologia do Ar Microbiologia do ar Análise microbiológica do ar Entrada ar Aparelho de impacto sólido Entrada ar Aparelho de impacto líquido Origem dos microrganismos do ar A superfície

Leia mais

QUALIDADE DA MATÉRIA PRIMA QUALIDADE DA MATÉRIA PRIMA ENTREGUE NAS UNIDADES INDUSTRIAIS 16/11/2015. Antes exclusivamente pela POL (sacarose aparente).

QUALIDADE DA MATÉRIA PRIMA QUALIDADE DA MATÉRIA PRIMA ENTREGUE NAS UNIDADES INDUSTRIAIS 16/11/2015. Antes exclusivamente pela POL (sacarose aparente). QUALIDADE DA MATÉRIA PRIMA ENTREGUE NAS UNIDADES INDUSTRIAIS QUALIDADE DA MATÉRIA PRIMA Antes exclusivamente pela POL (sacarose aparente). Atualmente, há uma definição mais completa, que engloba as características

Leia mais

Bacteriologia 2º/ /08/2017

Bacteriologia 2º/ /08/2017 CULTIVO DE MICRORGANISMOS IN VITRO Para cultivar microrganismos em sistemas artificiais, deve-se obedecer a requisitos básicos, como a utilização de um meio com aporte nutritivo adequado para aquele microrganismo,

Leia mais

Professora Leonilda Brandão da Silva

Professora Leonilda Brandão da Silva COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ Professora Leonilda Brandão da Silva E-mail: leonildabrandaosilva@gmail.com http://professoraleonilda.wordpress.com/ UNIDADE 4 pág. 110 Célula:

Leia mais

BIOPROSPECÇÃO MICROBIANA

BIOPROSPECÇÃO MICROBIANA BIOPROSPECÇÃO MICROBIANA BIOPROSPECÇÃO MICROBIANA O Brasil, por sua grande diversidade de biomas e de ecossistemas, vasta extensão territorial e por estar nos trópicos onde se concentra a maior biodiversidade

Leia mais

TÍTULO: APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE MICROBIOLOGIA PREDITIVA EM PATÊ DE PEITO DE PERU PARA BACTÉRIAS LÁTICAS

TÍTULO: APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE MICROBIOLOGIA PREDITIVA EM PATÊ DE PEITO DE PERU PARA BACTÉRIAS LÁTICAS TÍTULO: APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE MICROBIOLOGIA PREDITIVA EM PATÊ DE PEITO DE PERU PARA BACTÉRIAS LÁTICAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: NUTRIÇÃO INSTITUIÇÃO: FACULDADE

Leia mais

FOTOSSÍNTESE E RESPIRAÇÃO Fotossíntese C4 e Ciclo de Krebs

FOTOSSÍNTESE E RESPIRAÇÃO Fotossíntese C4 e Ciclo de Krebs FISIOLOGIA VEGETAL APLICADA EM CANA-DE-AÇÚCAR Paulo Castro STAB CANAOESTE - Sertãozinho SP FOTOSSÍNTESE E RESPIRAÇÃO Fotossíntese C4 e Ciclo de Krebs Prof. Dr. Paulo A. M. de Figueiredo Engenheiro Agrônomo

Leia mais

Professora Leonilda Brandão da Silva

Professora Leonilda Brandão da Silva COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ Professora Leonilda Brandão da Silva E-mail: leonildabrandaosilva@gmail.com http://professoraleonilda.wordpress.com/ CAPÍTULO 8 p. 99 Respiração

Leia mais

ESALQ / USP Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição Matéria prima para a indústria sucroenergética

ESALQ / USP Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição Matéria prima para a indústria sucroenergética ESALQ / USP Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição Matéria prima para a indústria sucroenergética Prof Sandra H da Cruz 2 1. MATÉRIA-PRIMA: Cana-de-açúcar ASPECTOS GERAIS Cana-de-açúcar família

Leia mais

Microbiologia: Mikros (= pequeno) + Bio (= vida) + logos (= ciência)

Microbiologia: Mikros (= pequeno) + Bio (= vida) + logos (= ciência) INTRODUÇÃO Microbiologia: Mikros (= pequeno) + Bio (= vida) + logos (= ciência) A Microbiologia era definida, até recentemente, como a área da ciência que se dedica ao estudo dos microrganismos. Os microrganismos

Leia mais

A classificação dos seres vivos mais atual os divide em 3 grupos chamados domínios: Bacteria, Archaea e Eucarya

A classificação dos seres vivos mais atual os divide em 3 grupos chamados domínios: Bacteria, Archaea e Eucarya Monera A classificação dos seres vivos mais atual os divide em 3 grupos chamados domínios: Bacteria, Archaea e Eucarya Reino MONERA Reinos PROTISTA FUNGI ANIMALIA PLANTAE Domínio Archaea arqueobactérias

Leia mais

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato?

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato? A glicólise ocorre no citosol das células transforma a glicose em duas moléculas de piruvato e é constituída por uma sequência de 10 reações (10 enzimas) divididas em duas fases. Fase preparatória (cinco

Leia mais

Aula3: Nutrição, Metabolismo e Reprodução Microbiana

Aula3: Nutrição, Metabolismo e Reprodução Microbiana Instituto Federal de Santa Catarina Câmpus Florianópolis Unidade Curricular: MICROBIOLOGIA Aula3: Nutrição, Metabolismo e Reprodução Microbiana Prof. Leandro Parussolo leandro.parussolo@ifsc.edu.br Mesmas

Leia mais

Isolamento, Seleção e Cultivo de Bactérias Produtoras de Enzimas para Aplicação na Produção mais Limpa de Couros

Isolamento, Seleção e Cultivo de Bactérias Produtoras de Enzimas para Aplicação na Produção mais Limpa de Couros Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química Departamento de Engenharia Química Laboratório de Estudos em Couro e Meio Ambiente Isolamento, Seleção e Cultivo

Leia mais

Abra e descubra a mais nova tecnologia contra a broca de cana.

Abra e descubra a mais nova tecnologia contra a broca de cana. Abra e descubra a mais nova tecnologia contra a broca de cana. 10/2017 Bula Técnica CTC 20 BT Índice Variedade CTC 20 BT OGM e Tecnologia BT Benefícios da CTC 20 BT Posicionamento da Tecnologia Refúgio

Leia mais

TÍTULO: ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE ESPONJAS UTILIZADAS NA HIGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS DE COZINHA DE RESTAURANTES DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO

TÍTULO: ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE ESPONJAS UTILIZADAS NA HIGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS DE COZINHA DE RESTAURANTES DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE ESPONJAS UTILIZADAS NA HIGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS DE COZINHA DE RESTAURANTES

Leia mais

Microbiologia da Ensilagem

Microbiologia da Ensilagem Microbiologia da Ensilagem Prof. Ary Fernandes Junior Departamento de Microbiologia e Imunologia Instituto de Biociências - UNESP Distrito de Rubião Júnior s/n CEP 18618-000/ Botucatu/ SP /Brasil Tel.

Leia mais

Uninassau PRONATEC Técnico em Serviços de Restaurante e Bar

Uninassau PRONATEC Técnico em Serviços de Restaurante e Bar Uninassau PRONATEC Técnico em Serviços de Restaurante e Bar Análise Bacteriológica de Água Adriano Barbosa da Silva Licenciado em Ciências Biológicas Mestrando em Ciência Animal Tropical Contatos: 88105041

Leia mais

NUTRIÇÃO E CRESCIMENTO MICROBIANO

NUTRIÇÃO E CRESCIMENTO MICROBIANO CRESCIMENTO MICROBIANO: NUTRIÇÃO E CRESCIMENTO MICROBIANO Em microbiologia, o termo crescimento refere-se a um aumento do número de células e não ao aumento das dimensões celulares. Crescimento Microbiano

Leia mais

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS E DO CRESCIMENTO BACTERIANO 1

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS E DO CRESCIMENTO BACTERIANO 1 CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS E DO CRESCIMENTO BACTERIANO 1 METABOLISMO BACTERIANO: Objetivo Principal Nutrientes Metabolismo Sub-Unidades Estruturais Energia Crescimento Bacteriano + Motilidade, Luminescência,...

Leia mais

Microbiologia de Alimentos

Microbiologia de Alimentos Microbiologia de Alimentos 1) Introdução à Microbiologia de Alimentos A Microbiologia de Alimentos é um ramo da biologia que estuda os microrganismos e suas atividades, envolvendo a análise das características

Leia mais

CARACTERÍSTICAS USOS

CARACTERÍSTICAS USOS Produção de Etanol CARACTERÍSTICAS líquido incolor cheiro característico, volátil, inflamável e solúvel em água ponto de ebulição: 78ºC baixo ponto de fusão: -144,1ºC USOS solvente na fabricação de tintas,

Leia mais

Ecologia Microbiana. Microbiologia do Solo. Microbiologia da Água

Ecologia Microbiana. Microbiologia do Solo. Microbiologia da Água Ecologia Microbiana Microbiologia do Solo Microbiologia da Água Camadas do solo (horizontes) Camada A: Solo superficial (rico em matéria orgânica) A Alta atividade microbiana Camada B: Subsolo (pobre

Leia mais

Degradação Bioquímica

Degradação Bioquímica Degradação de Polímeros e Corrosão Prof. Hamilton Viana Prof. Renato Altobelli Antunes 1. Introdução A degradação dos polímeros pode acontecer: Em presença de microorganismos (Biodegradação) Na ausência

Leia mais

PRINCÍPIOS BÁSICOS E MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO

PRINCÍPIOS BÁSICOS E MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO PRINCÍPIOS BÁSICOS E MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO Conservação e Rotulagem de Alimentos 3º Módulo Profª Vivian Pupo de Oliveira Machado ASSEPSIA Recipiente de transporte e de manipulação sujos, falta de cuidado

Leia mais

CITOLOGIA IV (UECE/ENEM) Profa Eduarda de Souza

CITOLOGIA IV (UECE/ENEM) Profa Eduarda de Souza CITOLOGIA IV (UECE/ENEM) Profa Eduarda de Souza Alimentos e Energia Ligações químicas Metabolismo Metabolismo capacidade de transformar substâncias de acordo com o interesse Anabolismo: produção de novas

Leia mais

FERMENTAÇÃO SEM ÁCIDO SULFÚRICO NOVA TECNOLOGIA BAC-CEN 20-14

FERMENTAÇÃO SEM ÁCIDO SULFÚRICO NOVA TECNOLOGIA BAC-CEN 20-14 FERMENTAÇÃO SEM ÁCIDO SULFÚRICO NOVA TECNOLOGIA A CENTERQUIMICA A Centerquímica está localizada em Araçatuba-SP, atuando há mais de 30 anos no setor Sucroalcooleiro. Fornecemos toda linha de especialidades

Leia mais

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS É o trânsito da matéria entre o meio físico e os seres vivos. Quando os organismos vivos realizam os processos vitais essenciais, eles incorporam moléculas de água, carbono, nitrogênio

Leia mais

Microbiologia Básica. Aula 01 Profº Ricardo Dalla Zanna

Microbiologia Básica. Aula 01 Profº Ricardo Dalla Zanna Microbiologia Básica Aula 01 Profº Ricardo Dalla Zanna Terças (1º semestre) Quartas (2º semestre) Disciplina 1ª aula Microbiologia Básica 2ª aula Microbiologia Básica Intervalo \0/ 3ª aula Química 4ª aula

Leia mais

Conservação de alimentos pelo uso de processos fermentativos

Conservação de alimentos pelo uso de processos fermentativos Ciência e Tecnologia de Alimentos Conservação de alimentos pelo uso de processos fermentativos Prof. Angelita Leitão 1º semestre 2017 O que é fermentação? È um processo de transformação de uma substância

Leia mais

ARMAZENAGEM E EMBALAGEM EM ATMOSFERA CONTROLADA OU MODIFICADA

ARMAZENAGEM E EMBALAGEM EM ATMOSFERA CONTROLADA OU MODIFICADA ARMAZENAGEM E EMBALAGEM EM ATMOSFERA CONTROLADA OU MODIFICADA Atmosfera controlada Uma redução na concentração de oxigênio ou um aumento na de dióxido de carbono na atmosfera de armazenamento de alimentos

Leia mais

PROCESSO DE TRATAMENTO

PROCESSO DE TRATAMENTO PROCESSO DE TRATAMENTO Consiste em separar a parte líquida da parte sólida do esgoto, e tratar cada uma delas separadamente, reduzindo ao máximo a carga poluidora, de forma que elas possam ser dispostas

Leia mais

Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais

Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais Precursor de intermediários metabólicos em várias reações

Leia mais

Crescimento Microbiano

Crescimento Microbiano Crescimento Microbiano 1 Cultivo e Crescimento de Micro-organimos Everlon Cid Rigobelo 2 Objetivos Cultivo laboratorial de Micro-organismos Técnica asséptica Meios de cultura Meios sólidos Meios Líquidos

Leia mais

11/03/2018 INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS ASPECTOS HISTÓRICOS. INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS

11/03/2018 INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS ASPECTOS HISTÓRICOS. INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS ASPECTOS HISTÓRICOS. No Inicio, a alimentação era baseada nos abundantes recursos da natureza. O homem passou a plantar, criar animais e produzir seus alimentos.

Leia mais

Produção de Açúcar. Processos Químicos Industriais II

Produção de Açúcar. Processos Químicos Industriais II Produção de Açúcar Processos Químicos Industriais II Energia Brasil Moagem de cana de açúcar da safra 2013/2014 acumulada até 01/06/2013 somou aproximadamente 105 milhões de toneladas. Ainda de acordo

Leia mais

Controle Microbiológico nas Usinas de açúcar e álcool. Prof.ª Drª Dejanira de Franceschi de Angelis

Controle Microbiológico nas Usinas de açúcar e álcool. Prof.ª Drª Dejanira de Franceschi de Angelis Controle Microbiológico nas Usinas de açúcar e álcool Prof.ª Drª Dejanira de Franceschi de Angelis 1. OBJETIVO O controle do crescimento da população microbiana dentro de um complexo industrial de açúcar

Leia mais

ethanol COMPACT system Extração e retificação destilação fermentação

ethanol COMPACT system Extração e retificação destilação fermentação Compactas ethanol COMPACT system Extração e preparo do caldo retificação fermentação destilação 2 Extração e preparo do caldo O caldo é extraído por meio de moendas fornecidas pelo Grupo Exal que têm por

Leia mais

METABOLISMO DOS FUNGOS

METABOLISMO DOS FUNGOS METABOLISMO DOS FUNGOS Os fungos são microrganismos heterotróficos e, em sua maioria, aeróbios obrigatórios. No entanto, certas leveduras fermentadoras, aeróbias facultativas, se desenvolvem em ambientes

Leia mais