AJURIS Escola Superior da Magistratura

Transcrição

1 AJURIS Escola Superior da Magistratura PRÁTICAS COLABORATIVAS INTERDISCIPLINARES Gestão Adequada de Conflitos Olivia Fürst Advogada Colaborativa e Mediadora de Conflitos

2 HISTÓRICO Início dos anos 1990, nos EUA com o advogado Stuart Webb e, anos mais tarde, com psicóloga Peggy Thompson Quando e onde surgiram? No Brasil, em 2011, por iniciativa de Tania Almeida, Fernanda Paiva e Flávia Soeiro, foi fundado o 1º grupo de PC no Rio de Janeiro e, concomitantemente em SP, coordenado por Adolfo Braga Neto Prática vencedora do Prêmio Innovare 2013 na categoria advocacia!

3 INSTITUIÇÕES QUE APOIAM E LEGITIMAM AS PRÁTICAS COLABORATIVAS

4 NOVOS PARADIGMAS Na transformação das FAMÍLIAS Novo contexto para os advogados Na LEI e no JUDICIÁRIO Nas FORMAS DE RESOLUÇÃO DAS CONTROVÉRSIAS Resolução 125 do CNJ: política judiciária nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses

5 O CONFLITO, UM NOVO OLHAR Inerente à condição humana Métodos adversariais e não adversariais de resolução de conflitos e os advogados Não é em si negativo ideia fundamental de manejo adequado dos conflitos Processos destrutivos x processos construtivos de administração dos conflitos (Morton Deutsch) Conflito como transição / rito de passagem / oportunidade / negociação de diferenças

6 X Y Negociação X C Y Conciliação X M Y Mediação X Adv Y Adv Práticas Colaborativas X A Y Arbitragem X J Y Litígio Judicial

7 Métodos não-adversariais de resolução de disputas: maior dinamismo e eficácia na gestão dos conflitos Não há um mecanismo melhor do que o outro há, sim, o mais ADEQUADO! Advogados como resolvedores de problemas e não mais como ajuizadores de processos!

8 PERSPECTIVA COLABORATIVA Conflito como rito de passagem Resolvendo disputas de maneira respeitosa Tradicionalmente é abordado por uma perspectiva monodisciplinar, sem interação No entanto, é um evento multifatorial Em muitas situações, como o divórcio, a abordagem estritamente legal mostra-se insuficiente e inadequada, resultando, muitas vezes no acirramento do conflito que se pretendia combater

9 DIVÓRCIO Desafios: tomar boas decisões, em tempos difíceis Diferenciar questões subjetivas e objetivas Manter o foco no bem-estar dos filhos Fase / transição / rito de passagem

10 TERMO DE PARTICIPAÇÃO Como atua o advogado colaborativo? Compromisso com a manutenção da relação Advogados assinam um TERMO DE NÃO LITIGÂNCIA requisito imprescindível que define a atuação do advogado como colaborativa Advogados passam a trabalhar um com o outro, e não um contra o outro construção conjunta do acordo, do 1 o tijolo ao topo (mudança de perspectiva) Se as partes optarem pelo ajuizamento de um processo litigioso deverão contratar novos representantes

11 NEGOCIAÇÃO COLABORATIVA.

12 MUDANÇAS NA POSTURA PROFISSIONAL E NA PRÁTICA DA ADVOCACIA Redefinição da relação com o CLIENTE O contrato e a procuração devem definir a representação como colaborativa e deixar claro seus limites Ideia de parceria e não mais de representação Auxílio na identificação de valores, reais interesses e prioridades de seu cliente e da outra parte Busca por soluções criativas, inclusivas e de benefício mútuo, mantendo o olhar voltado para o futuro

13 MUDANÇAS NA POSTURA PROFISSIONAL E NA PRÁTICA DA ADVOCACIA Atuação em parceria com o outro advogado, como guias do processo e mentores das negociações Redefinição da relação com o OUTRO ADVOGADO Lei como ferramenta e não como moldura Negociação pautada pela boa-fé, baseada em interesses e em critérios objetivos não há espaço para a barganha Trabalho em equipe Compromisso com a saúde da família

14 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR Na abordagem das complexas questões que envolvem um conflito familiar, a equipe multidisciplinar contempla a multifatorialidade do conflito e atua interdisciplinarmente: O Desafio é tomar boas decisões em tempos difíceis Advogados colaborativos Profissionais de saúde mental (coaches) Especialistas em desenvolvimento infantil (neutro) Consultores financeiros (neutro) Outros?

15 PROFISSIONAIS DE SAÚDE Coach individual manejo adequado dos sentimentos (melhores esperanças x piores medos); construção da confiança em si mesmo (e no outro) - discriminar sentimento de necessidades, percepção de fatos; delineamento do futuro pessoal e parental Especialistas em crianças e adolescentes (neutro) Forma cuidadosa de inclusão dos filhos no processo de divórcio quando os pais não tiverem possibilidade de representar suas vozes, oferece uma escuta isenta

16 PROFISSIONAL DE FINANÇAS assessoria às partes para na coleta de informações financeiras, no preparo de orçamentos e na elaboração de uma divisão apropriada dos bens, bem como na gestão desses bens contribuição no desenvolvimento e exploração de possíveis cenários e soluções econômicas, acenando para perdas desnecessárias de dinheiro e oferecendo alternativas eficientes à divisão do patrimônio

17 Coach A Coach B ADV 1 ADV 2 Parte A Parte B Neutro criança e adolescente Neutro Financeiro

18 PRÁTICAS COLABORATIVAS E MEDIAÇÃO Práticas Colaborativas e Mediação se equivalem? Práticas colaborativas, mediação e outras formas de resolução de conflitos Se durante a mediação as partes sentirem necessidade de orientação jurídica, a presença de um advogado com índole e habilidades colaborativas potencializa o processo de diálogo Se durante uma negociação colaborativa surgir um impasse, as partes podem recorrer à mediação para resolver uma questão específica

19 MUDANÇA DE PARADIGMA Saindo da mera formalidade dos acordos para......um cenário de profunda e. sustentável resolução de controvérsias

20 Práticas Colaborativas em âmbito civil e comercial Ampla aplicação e pertinência, na medida em que busca soluções melhores para problemas complexos Exs.: questões corporativas, societárias, contratos, parcerias, seguros, responsabilidade civil, design de sistemas (ex.: PI 447), entre outras

21 Aplicabilidade e riscos Habilidade e predisposição das partes envolvidas Não é apropriada nos casos em que houver: (i) violência doméstica; (ii) doenças mentais e (iii) pessoas com perfil fraudador Não se chegar a um acordo possível eventual sentimento de desamparo por parte do cliente

22 FILME

23 RJ SP DF ES MG BA PI PB RS PE PR SC Mais? GRUPOS DE PCs NO BRASIL

24 PERGUNTAS FREQUENTES E se o advogado colaborativo não respeitar o compromisso que o desqualifica para o litígio e ajuizar um processo? Como o advogado colaborativo é remunerado? O custeio de uma equipe multidisciplinar não onera excessivamente o cliente? Normalmente os clientes chegam com raiva, com desejo de vingança ou magoados, sem capacidade de reflexão. Como propor um enfoque colaborativo? Qual o papel dos promotores e magistrados no processo colaborativo? Em que a negociacão colaborativa se diferencia de uma negociação tradicional? E se o outro advogado não for colaborativo? Como proceder?

25 CAPACITAÇÕES EM PRÁTICAS COLABORATIVAS 2016 Rio de Janeiro dias 28, 29 e 30 de abril São Paulo previsão: setembro Inscrições:

26 Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem, Apenas sei de diversas harmonias bonitas, possíveis e sem juízo final Fora da Ordem Caetano Veloso

27 Saiba mais:

28 Práticas Colaborativas